Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apresentação:
Provavelmente, você já deve ter se perguntado “Quais as diferenças entre as
religiões?” ou “Quando o ser humano teria reverenciado uma dimensão “maior” do
que ele, normalmente denominada, pela Fenomenologia da Religião, de sagrado?”:
essas perguntas, entre outras, estão na trajetória e na obra dos pesquisadores, em
sua maioria, teólogos, filósofos e historiadores que criaram e elaboraram a
Fenomenologia da Religião, uma escola teórica que reflete sobre a experiência
religiosa e o sagrado, isto é, um conjunto de teorias, autores, conceitos, livros e
textos que, unidos por semelhanças, procuraram pensar sobre a experiência religiosa
e o sagrado.
Objetivos:
Compreender as principais ideias das escolas fenomenológicas;
Identificar os principais autores das escolas fenomenológicas;
Desenvolver ampla visão sobre os conceitos fenomenológicos da religião.
Reflexões iniciais
Exerça um pouco sua imaginação. Pense sobre estas descrições imaginárias:
Você poderá se deparar hoje, com críticas a esse termo, já que teólogos,
historiados ou “cientistas das religiões” adaptaram de formas variadas a
doutrina filosófica (Fenomenologia) criada por Edmund Husserl (1859-
1938), inclusive deixando de lado alguns pressupostos e trocando de
lugar algumas ideias.
1
Um método analítico que se baseia em uma explicação das formas religiosas
mais essenciais.
Uma escola teórica que busca as estruturas mais universais e profundas dos
fenômenos religiosos.
Primeira evidência
Segunda evidência
Um dos mais importantes filósofos a criticar essa orientação, embora não seja
da linhagem fenomenológica, foi Wilhelm Dilthey, que desferiu uma crítica às
concepções positivistas da Psicologia e propôs uma psicologia descritiva e
analítica.
Fenomenologia da Religião
Compreensiva: a escola holandesa
Um dos mais importantes historiadores e filósofos foi o holandês Gerardus van
der Leeuw (1890-1950), que publicou, em 1933, Phänomenologie der
Religion, um esforço para construir um método especial de Fenomenologia da
Religião.
1
O primeiro componente de suas ideias é a retomada de Husserl, que você já
soube.
Comentário
Pense no seguinte exemplo: você deseja pesquisar um culto religioso
de uma religião X. Não basta apenas descrever os itens, as
características, os atores ou agentes, os objetos e as linguagens
presentes. É preciso saber o que o culto significa como um todo.
Primeira parte
Segunda parte
Terceira parte
Focada nas relações entre sujeito e objeto das religiões, analisam-se a ação
externa (sacrifício, rito, culto) e a ação interna (intenção, motivos etc.).
Quarta parte
Quinta parte
Saiba mais
Gerard van der Leeuw diz que em todas as religiões há dois significados
principais do sagrado:
Considera-se Rudolf Otto, que você viu na aula 03, um dos fundadores
dessa escola. A obra maior deste autor é o livro O sagrado que muitos
não consideram uma obra fenomenológico se o termo fenomenologia for
tomado ao “pé da letra”.
Saiba mais
É importante que você saiba que este outro pesquisador das escolas
fenomenológicas, orientalista (estudioso das culturas do mundo oriental)
da civilização persa/iraniana e filósofo sueco, criticou os pressupostos da
fenomenologia em três elementos:
Leitura
Eliade escreve uma obra muito vasta, e nos livros em que ele trata da
história das ideias e crenças religiosas, o simbolismo religioso é
essencial: objetos, traços, alfabetos, poemas, canções, orações etc. Ele
fez tipologias das muitas hierofanias. Note, por exemplo, as urânicas (do
céu), as ctônicas (da terra), etc. Leia: Hierofania ou manifestações
do sagrado. <galeria/aula4/anexo/hierofania.pdf>
Atividades
1. Leia com atenção este trecho do livro O sagrado, de Rudolf Otto: “Por
‘racional’ na ideia do divino entendemos aquilo que nela pode ser
formulado com clareza, compreendido com conceitos familiares e
definíveis. Afirmamos então que ao redor desse âmbito de clareza
conceitual existe uma esfera misteriosa e obscura que foge não ao nosso
sentir, mas ao nosso pensar conceitual, e que por isso chamamos de ‘o
irracional’.”
(OTTO, p. 97-98).
Notas
Paleolítico Superior e Inferior1
Ritos de passagem2
Ritos propiciatórios3
Ritos para atrair ou readquirir a boa vontade do sagrado ou de seres divinos; agradar
à divindade, aplacar sua ira ou justiça, obter o perdão das faltas etc.
Einfühlung4
Método indutivo5
Apriorismo6
Teogonia7
Cosmogonia8
Campo filosófico que reflete sobre a origem do Universo, a visão de mundo, o mesmo
que cosmogênese.
Antropogonia9
Referências
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. A essência das religiões. 3. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2016.
FIROLAMO, Giovanni; PRANDI, Carlo (orgs.). As Ciências das Religiões. 8. ed. São
Paulo: Paulinas, 2016.
Próximos Passos
Explore mais
Leia este breve livro do filósofo português Américo Pereira. Em 30 páginas, ele
apresenta as principais ideias da Fenomenologia da Religião:
PEREIRA, Américo. Fenomenologia da experiência religiosa. Disponível em:
https://goo.gl/c5rRrp <https://goo.gl/c5rRrp> . Acesso em 07 fev. 2018.