Você está na página 1de 3

ESALQ

Disciplina LET5829

Resistência de Artrópodes a Táticas de Controle

Objetivos:

Abordar tópicos de análise de risco de evolução e manejo da resistência de artrópodes a principais


táticas de controle utilizadas em programas de manejo integrado de pragas. A disciplina envolve
discussão e apreciacão crítica da literatura científica nas áreas de resistência de artrópodes a
pesticidas, variedades de plantas resistentes a artrópodes, plantas geneticamente modificadas,
agentes do controle biológico, controle autocida, controle por comportamento e controle cultural.

Justificativa:

A evolução da resistência de pragas a táticas de controle, mais especificamente com relação aos
pesticidas e plantas geneticamente modificadas, tem se tornado um dos grandes entraves em
programas de manejo integrado de pragas (MIP). Até o final de 2020, já foram documentadas mais
de 600 espécies de insetos e ácaros resistentes a pelo menos um inseticida pertencente aos
principais grupos de inseticidas, incluindo produtos de origem biológica como Bacillus
thuringiensis. Como conseqüências drásticas da evolução da resistência estão as pulverizações mais
freqüente de pesticidas, uso de doses elevadas, uso de mistura de produtos e substituição por um
produto geralmente de maior toxicidade; levando ao comprometimento dos programas de MIP.
Associado a esses fatores, a descoberta de uma nova molécula química está se tornando cada vez
mais difícil e onerosa. A implementação de estratégias proativas de manejo da resistência de pragas
a plantas geneticamente modificadas que expressam toxinas de Bacillus thuringiensis é fundamental
para o sucesso dessa tecnologia. Portanto, a disciplina"Resistência de Artrópodes a Táticas de
Controle" possibilitará o treinamento de alunos para atuar nesta importante área de conhecimento
para a sustentabilidade da agricultura.

Conteúdo:

I. Considerações gerais. Definição de termos. Impacto da evolução de artrópodes resistentes a


táticas de controle para os programas de MIP.; II. Revisão de "Genética e Evolução"; III. Revisão de
"Toxicologia de Inseticidas"; IV. Detecção e monitoramento da resistência de artrópodes a
pesticidas. Tipos de bioensaios. Análise matemática dos dados toxicológicos; V. Mecanismos de
resistência de artrópodes a pesticidas; VI. Fatores que afetam a evolução da resistência; VII.
Estratégias de manejo da resistência. Discussão dos principais programas de manejo da resistência
de pragas a pesticidas; VIII. Resistência de artrópodes a plantas hospedeiras resistentes; IX.
Resistência de artrópodes a agentes do controle biológico; X. Resistência de artrópodes a agentes do
controle microbiano; XI. Resistência de artrópodes a controle por comportamento; XII. Resistência
de artrópodes a controle autocida; XIII. Resistência de artrópodes a controle cultural; XIV.
Dificuldades e desafios na implementação de estratégias de manejo da resistência de insetos (MRI).

Forma de Avaliação:

Projeto de pesquisa e/ou seminário (40%), exercícios (20%) e prova (peso 4).

Bibliografia:
Bass, C. & Field, L.M. 2011. Gene amplication and insecticide resistance. Pest Manag Sci; 67: 886–
890
ffrench-Constant, R.H.2007. Which came first: insecticides or resistance? Trends in Genetics 23(1):
1-4.
ffrench-Constant, R.H.2013. The molecular genetics of insecticide resistance. Cellular Genetics.
194: 807-815.
Fitt,G.P., Omoto, C., Maia, A.H., Waquil, J.M., Caprio, M., Okech, M.A., Ia, E., Huan, N.H. &
Andow, D.A. Resistance risks of Bt cotton and their management in Brazil. In: Hilbeck, A., Andow,
D.A. & Fontes, E.M.G. (Eds.). Environmental risk assessment of genetically modified organisms:
Methodologies for assessing Bt cotton in Brazil. Cambridge: CABI Publishing, 2006, p. 300-345.
Georghiou, G. P. & T. Saito. 1983. Pest Resistance to Pesticides. Plenum, New York. 809p.
Gould, F. 1998. Sustainability of transgenic insecticidal cultivar: integrating pest genetics and
ecology. Annu. Rev. Entomol. 43: 701-726.
Jurat-Fuentes, J.L.; Heckel, D.G. & Ferré, J. 2021. Mechanisms of Resistance to Insecticidal
Proteins from Bacillus thuringiensis. Annual Review of Entomology 66:1, 121-140
Haynes, K. F. & T. C. Baker. 1988. Potential for evolution of resistance to pheromones. Journal of
Chemical Ecology, 14: 1547-1560.
Hawkins, N.J.; Bass, C.; Dixon, A. & Neve, P. 2019. The evolutionary origins of pesticide
resistance. Biol. Rev., 94, pp. 135–155.
Heckel, D. G. 2012. Insecticide Resistance After Silent Spring. Science 337, 1612-1614.
Ishaaya, I. 2000. Biochemical Sites of Insecticide Action and Resistance. Springer, New York, NY.
343p.
Ives, A.R. & Andow, D.A. Evolution of resistance to Bt crops: Directional selection in structured
environments. Ecology Letters v. 5, p. 792-801, 2002.
Kim, K. C. & B. A. McPheron (eds.). 1993. Evolution of Insect Pests: Patterns of Variation. John
Wiley & Sons, New York, NY. 479p.
Krysan, J. L. 1993. Adaptations of Diabrotica to habitat manipulations, p. 361-373. In: Kim, K. C.
& B. A. McPheron (eds.). 1993. Evolution of Insect Pests: Patterns of Variation. John Wiley &
Sons, New York.
Lenormand, T.; Harmand, N. & Gallet, R. 2018. Cost of resistance: an unreasonably expensive cost.
Rethinking Ecology 3: 51–70.
McInnis, D.O.; D.R. Lance & Jackson, C.G. 1996. Behavioral resistance to the sterile insect
technique by Mediterranean fruit fly (Diptera: Tephritidae) in Hawaii. Ann. Entomol. Soc. Am. 98:
739-744.
Narang, S. K., A. C. Bartlett & R. M. Faust. 1993. Applications of Genetics to Arthropods of
Biological Control Significance. CRC Press, Boca Raton, FL. 199p.
National Research Council. 1986. Pesticide Resistance: Strategies and Tactics for Management.
National Academy Press, Washington. 471p.
Onstad, D.W. 2008. Insect Resistance Management: Biology, Economics and Prediction. American
Press,San Diego. 305p.
Robertson, J.L., R.M. Russell, H.K. Preisler & Savin, N.E. 2007. Bioassay with Arthropods. CRC
Press,New York. 19p.9
Roush, R. T. & B. E. Tabashnik. 1990. Pest Resistance in Arthropods. Chapman and Hall, New
York. 303p.
Sparks, T.C.; Storer, N.; Porter, A.; Slater, R. & Nauen, R. 2021. Insecticide resistance management
and industry: the origins and evolution of the Insecticide Resistance Action Committee (IRAC) and
the mode of action classification scheme. Pest Manag Sci 2021; 77: 2609–2619.
Tabashnik, B. E.; Mota-Sanchez, D.; Whalon, M.E.; Hollingworth, R. M.2; Carrière, Y. 2014.
Defining Terms for Proactive Management of Resistance to Bt Crops and Pesticides. J. Econ.
Entomol. DOI: http://dx.doi.org/10.1603/EC13458
Tabashnik, B.E. 1994. Evolution of resistance to Bacillus thuringiensis. Annu. Rev. Entomology,
39: 47-79.
Whalon, M. E.; Mota-Sanches, D. & Bills, P. 2021. Resistant Pest Management: Arthropod
Database. Michigan State University – Center for Integrated Plant Systems. Disponível em
<http://www.pesticideresistance.org/DB/index.html>.
YU, S.J. 2008. The Toxicology and Biochemistry of Insecticides. CRC Press. 296p.

Idiomas ministrados:
Português

Tipo de oferecimento da disciplina:

Presencial

Você também pode gostar