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Bruna Aparecida De Lima - brunalima.med@gmail.com - CPF: 109.035.

616-11
Os 12 passos
ESSENCIAIS
que você precisa
PA R A D E SENVOLVER
seu estilo
e pintar o que quiser
com a Aquarela!

Bruna Aparecida De Lima - brunalima.med@gmail.com - CPF: 109.035.616-11


Sumário clicável

Quem é Rafael Pita .................................................................................. 4


Introdução.................................................................................................. 7
1 Paciência e dedicação.......................................................................... 9
2 Encontrar o caminho............................................................................ 11
3 Desapegar dos materiais..................................................................... 14
.................................................... 15
4 Deixar fluir nas primeiras manchas
.
5 Entender as cores ................................................................................. 16
............................................ 22
6 Conhecer os fundamentos da Aquarela
7 Começar com o simples....................................................................... 26
8 Se aprofundar na teoria cromática..................................................... 33
Dica ninja: Planejando as etapas do processo............................................ 34
Dica ninja: Planejando as camadas............................................................ 45
............................... 49
Dica ninja: Para pintar de maneira fluida e espontânea
Dica ninja: 3 dicas para vencer o medo de errar nas cores......................... 53
9 Lapidar os detalhes.............................................................................. 56
10 Se aprofundar no desenho................................................................ 57
...................................... 60
Dica ninja: No início, use ovais e cubos para tudo
11 Masterizar a trajetória ......................................................................... 61
............................. 62
Dica ninja: Interpretação e simplificação de referências
12 Desenvolver seu estilo ....................................................................... 71
.................................................... 75
Continue praticando e conte comigo!

*Em baixo de cada página este símbolo te traz de volta ao índice:


Bruna Aparecida De Lima - brunalima.med@gmail.com - CPF: 109.035.616-11
Quem é Rafael Pita?
Rafael começou a desenhar ainda menino e, por vocação, foi
se descobrindo na arte enquanto se aprofundava no
conhecimento da Hatha Yoga. Aos 19 anos, o rapaz do
interior da Bahia mudou-se para São Paulo na busca de
ampliar seus horizontes artísticos e dava aulas de Yoga pra
pagar os estudos na Quanta Academia de Artes, onde se
conectou profundamente
com a Aquarela. Ainda
em São Paulo, estudou
gravura, pelo Instituto
Tomie Ohtake, e
quadrinhos, pelo Estúdio
Impacto HQ. Em 2010
voltou para Bahia, se
formou em Antropologia
pela UESC e conheceu a
veterinária Paula, com
quem produziu suas
melhores obras: Jasmim,
Joaquim e João, como
costuma dizer.

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Quem é Rafael Pita?
Em sua trajetória como artista plástico, participou de
exposições oficiais e foi premiado com Menção Especial no
Salão Regional de Artes Visuais - BA, em 2008, mas nunca
deixou de dar aulas e impactar vidas compartilhando seu
conhecimento. Depois de ouvir muita gente lamentar não ter
talento pras artes, certo de que todo mundo é capaz de
aprender Aquarela, se empenhou em aperfeiçoar um método
de ensino eficiente, para ajudar quem quer dominar a técnica
que transformou sua vida. Agora, a fim de possibilitar que seu
Método seja acessível a muito mais pessoas, Rafael lança seu
curso sistematizado para o universo digital.

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Quem é Rafael Pita?
Rafael atua também no mercado editorial como ilustrador,
tendo publicações em revistas e livros por editoras brasileiras.

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Introdução
Por que aprender Aquarela? Diferentes motivos levam alguém
a querer desenvolver essa técnica. Seu desejo pode ser
simplesmente fluir com a arte, ser capaz de pintar as coisas que
gosta por hobby, se sentindo seguro pra isso. Ou então precisa
desenvolver a criatividade e expressão artística para
complementar sua formação de arquitetura, moda, design, artes
plásticas etc. É um ilustrador ou tatuador e quer se destacar no
estilo Aquarela que tá muito valorizado. Mas, por algum motivo,
não acredita que pintar Aquarela pode ser simples. Pensa que
os bons aquarelistas nasceram com talento ou habilidade
especial.

Você pode até ter tentado sozinho, a partir de conteúdos


espalhados pela rede, mas como eles não são organizados, a
tendência é ir fazendo os exercícios aleatoriamente e não
conseguir se desenvolver como gostaria. Pode ainda ter se
deparado com cursos muito básicos ou muito avançados, que
não transmitem o conhecimento de forma estruturada.

Tudo isso pode gerar um bocado de frustração, né? Eu mesmo


já passei por isso. Sei como é ver caras geniais publicando seus
trabalhos, tentar fazer igual e ver que tá bem distante daquilo...

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Introdução
Mas acredite, aprender Aquarela é simples! Porém, de grande
dificuldade para quem tenta sem orientação. Nesse Livro Digital
você vai compreender de forma clara porque muitas pessoas
não estão se desenvolvendo e atingindo resultados
satisfatórios com a técnica. Além disso, vai conhecer o caminho
das pedras para chegar ao nível que deseja, com atividades
estratégicas para facilitar a compreensão dos tópicos!
É um passo a passo a trajetória de aprendizagem na Aquarela!
No Livro Digital Desbloqueando a Aquarela eu vou te mostrar
que é possível chegar a fazer pinturas profissionais, através de
3 pilares:
QUERER
MÉTODO
e PRÁTICA

Você poderá desenvolver esses pilares nos 12 PASSOS que


sistematizei nesse método, com o passo a passo de cada tópico
e dicas ninjas que vão potencializar seu aprendizado!
Você terá também atividades de cada elemento técnico
estudado, pra que você possa exercitar e utilizar como exemplo
pra encontrar seus próprios temas e, seguindo a orientação,
praticar mais e mais!

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1 Paciência e Dedicação
Precisa ter talento para pintar Aquarela? Bom, existem os
talentos fora da curva em todas as áreas. Na arte temos
exemplos clássicos como Michelangelo, Da Vinci, Caravaggio,
etc. Mas, salvo exceções como essas, costumo dizer que talento
é uma mistura infalível de vontade genuína e prática. Para
desmitificar o talento, precisamos olhar a trajetória do artista, e
ver que, seguindo aqueles passos, qualquer um que goste e
queira pintar, também pode!

Sempre acreditei que todos somos capazes de pintar Aquarela


com maestria e, depois de uma longa caminhada ensinando
esta técnica, pude comprovar que muitas pessoas, mesmo
nunca tendo tido contato com ela antes, com a orientação
correta e dedicação, sentem prazer em pintar, chegando a fazer
pinturas incríveis.

A trajetória da aprendizagem tem dois caminhos: o de quem


desde criança começou a praticar e foi desenvolvendo, fazendo
e fazendo, ou o caminho sinalizado, onde você é guiado apenas
na direção do que dá certo e não precisa ficar testando uma
coisa e outra até descobrir sozinho. Em uma aula você pode
aprender o que um autodidata demorou uma vida pra descobrir!
Aí só depende de encontrar esse caminho sinalizado e se
dedicar a caminhar nele, tendo paciência para dar um passo de
cada vez, até chegar na excelência!

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Introdução
1 Paciência e Dedicação
Quanto à metodologia, me perdoem os imediatistas, mas,
nesse caso, não existe milagre! Fuja de jargões apelativos do
tipo “domine aquarela em uma semana”, ou, “seja profissional
em 10 aulas” e etc. Isso não existe! O que existe de verdade é
um processo que você vai seguindo, passo a passo, começando
com coisas simples, desenvolvendo assim a experiência
cognitiva com o material. Quando menos esperar, estará
fazendo coisas mais complexas, usando o conhecimento
adquirido no caminho, que construirá a base que vai estruturar
seu aprendizado.

Acredito que o método mais adequado é aquele que conduz o


aluno a pintar Aquarela com AUTONOMIA. O que significa
isso? Não é ensinar a pintar um tema ou cena específica. Mas
mostrar o caminho para o aluno ter a liberdade de pintar o que
quiser, escolhendo seus temas até desenvolver o SEU ESTILO
na Aquarela!

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2 Encontrar o caminho
Muita gente vê um profissional pintando coisas maravilhosas
no estilo que a pessoa gosta e tem o desejo de fazer igual.

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2 Encontrar o caminho
E então quer começar pelo estágio em que está o profissional
com o qual se identifica. Mas não levam em consideração que
esse profissional percorreu um caminho para chegar onde está.
Por isso muita gente se frustra, achando que não tem o dom e
desiste, por não ter a paciência e dedicação para percorrer esse
caminho. É preciso entender que a identidade visual é a cereja
do bolo nesse processo. Só depois de dominar os fundamentos,
construir uma base sólida através deles é que você terá a
liberdade de estilizar, distorcer, brincar com o processo criativo,
construindo sua própria identidade
Mas qual é mesmo o caminho? Como caminhar? Encontrando
quem sabe ensinar! Se você chegar para qualquer expert em
Aquarela e pedir que te ensine a
pintar, será que TODOS vão saber
ensinar com eficiência? Muito
provável que não! Saber fazer é
diferente de saber ensinar. Então é
preciso encontrar um orientador que
tenha uma boa didática com a qual
você se identifique.

Com a experiência de anos


conduzindo o processo de aprendizagem de muitas pessoas,
desenvolvi um método de ensino SIMPLES e EFICIENTE que
transmite confiança para quem tá aprendendo. Fico feliz que
você tenha chegado até aqui e que eu possa contribuir para a
sua trajetória!
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2 Encontrar o caminho
Mas como assim, confiança, Rafa?
O processo de aprendizagem não é uma coisa mecânica, tipo
um download de informações. Quem ensina, com o tempo
aprende que deve levar em consideração aspectos emocionais
como a insegurança, o medo de errar, a ansiedade natural do
ser humano. E para ter êxito em sua didática, deve dispor de
estratégias que transmitam confiança, incentivando os alunos a
continuarem, através de recursos didáticos que os motivem,
percebendo o progresso a cada passo!

Mas isso não significa que o instrutor deve alimentar a


ansiedade dos alunos, dando a eles receitas prontas para que
façam cópias de uma ou outra pintura, fazendo que tenham a
falsa sensação de que sabem pintar. A base e os fundamentos
da técnica devem ser transmitidos primeiro, e a cada progresso
fornecer mais clareza, possibilitando ao aluno dedicado que
seja livre para desenvolver sua identidade e até superar o
mestre!

Uma coisa interessante é que o aprendizado acontece como um


“virar de chave”. Você vai desenvolvendo os fundamentos,
estruturando o conhecimento, e no inicio pode parecer meio
desconexo, mas de repente... a chave vira! E você passa a ver e
pensar como um artista!

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3 Desapegar dos materiais
Acredite, este é um ponto crucial, sua relação com o material
pode travar todo o seu processo.

É muito comum este tipo de sentimento: “tudo que faço é com


medo de errar e estragar o material e acredito que isso não me
ajuda muito a evoluir”, ou “eu morro de pena de estragar o
papel...”

O material profissional de aquarela é bem caro e tem uma série


de demandas bem específicas. Aí, voltamos para a questão do
professor. Um bom professor vai indicar os materiais que
funcionam ou não. O melhor jeito de não perder dinheiro é não
gastar com o material errado e investir no material correto para
o seu momento! Independente de qual padrão de material você
tem condição de investir no início, o principal é não se sentir
travado com medo de estar desperdiçando.

Eu já me senti assim. Minha técnica só melhorou depois que


parei de ter medo de gastar o material. O negócio é investir no
padrão que te deixe confortável para experimentar, gastar
mesmo, sem pena. Depois, com prática, você vai sentir o que
falta e vai escalando seus investimentos naqueles que supram
sua necessidade. Por isso eu desenvolvi o eBook completo
“Materiais de Aquarela – sofisticados x baratos e funcionais”,
que você recebeu como Bônus, onde passo toda a orientação
para você identificar o que cabe no seu bolso e deixar fluir!
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4 Deixar fluir nas primeiras manchas
Se está começando do zero, o início é deixar fluir! Sentir o
material, desenvolver a cognição. Experimente diferentes
formas de usar os pincéis, assim você vai conhecer o potencial
deles e identificar o momento de usar cada um. Com o pincel
sintético redondo, por exemplo, o critério básico seria o largo nº
18 para grandes coberturas, o médio nº 12 para definição das
formas e o pequeno nº 8 para detalhes. Com o tempo você
desenvolverá sua preferência entre os formatos de pincéis e
seus critérios para usá-los. Experimente também algumas
técnicas básicas de aplicação. Cruze pinceladas e começará a
perceber alguma coisa. Pinte com o papel seco, depois com ele
úmido... mas não precisa sistematizar muito agora.
Mas se você já tem alguma experiência, esteja aberto à revisitar
o processo, pois uma peça do quebra–cabeça fora do lugar pode
gerar um efeito cascata e bloquear muita coisa. Então
recomendo que você siga o programa desde o início. Isso pode
remover qualquer lacuna que você tenha e nem sabia que tinha.

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5 Entender as cores
É preciso compreender que os fundamentos da Aquarela não
podem ser absorvidos todos ao mesmo tempo. Começar a
praticar usando cores aleatoriamente só confunde e não
estrutura o conhecimento. Então é preciso conhecer a base da
teoria cromática para entender como aplicar as cores.
Para isso, comece aprendendo a construir o Círculo cromático. É
fácil achar vídeos e tutoriais ensinado. Mostram como
conseguir as cores secundárias e terciárias a partir das três
primárias – amarelo, azul e vermelho. Mas você não encontrará
facilmente a orientação clara para aplicação destes conceitos
na prática. Para estruturar sua compreensão sobre uso da cor, é
preciso conhecer as harmonias cromáticas e como utilizá-las.
Isso os tutoriais espalhados pela rede não mostram com
clareza. Ao longo deste Livro Digital você vai receber esta
orientação!
.

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5 Entender as cores
É preciso conhecer algumas características das tintas para
compor o círculo cromático e montar sua paleta de cores!
A Aquarela é muito sensível às reações particulares dos
pigmentos. A mesma cor, proveniente de pigmentos diferentes,
apresenta variações: cada uma está mais de um lado ou de
outro do círculo cromático. Um vermelho será tendencialmente
mais laranja e outro mais violeta, um azul mais esverdeado e
outro avioletado. Estes detalhes são muito importantes quando
se misturam pigmentos: eles vão se harmonizar ao se
aproximarem no círculo e entrar em conflito em caso contrário.
Construiremos o círculo cromático com foco na mistura de
cores, visando uma compreensão prática desta ferramenta. Por
isso usaremos sua versão com as primárias divididas.
Depois montaremos nossa paleta de cores com as versões
quente e fria de cada primária + algumas cores (os atalhos).
Essas são as cores para o círculo cromático, com as possíveis
substitutas ao lado:

Vermelhos:
Quente - Cadmium Red Scarlet Lake, Vermillion, Permanent Red
Frio - Alizarin Crimson Permanent Rose, Quinacridone Magenta
Azuis:
Quente - Ultramarine Blue Cobalt Blue
Frio - Pthalo Blue Ceulean Blue, Winsor Blue, Manganese Blue
Amarelo:
Único : Gamboge* Cadmium Yellow, Mediunm Yellow
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*Eu uso apenas um amarelo, não considero necessário usar dois!
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Atividade: círculo cromático
com primarias divididas

•Para criar os verdes, use as Misturando as três primárias


cores primárias mais próximas obtém-se o marrom neutro
do verde : azul frio + amarelo (quase preto). Na mistura, com
maior proporção de cada
•Para criar os laranjas, use as primária, obtém-se os marrons
cores primárias mais próximas cromáticos .
do laranja : amarelo + vermelho
quente

•Para criar os violetas, use as


cores primárias mais próximas
do violeta: vermelho frio+ azul
quente

Misturando as cores
complementares ou seja,
opostas no círculo cromático,
obtemos os cinzas cromáticos.

Misturar primárias “cruzadas”,


produz secundárias neutras,
Cinzas
porque incluem um traço das
três primárias

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Atividade para imprimir

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Atividade: montando sua
paleta de cores

Além das cores que usamos para fazer o círculo cromático,


uso algumas outras como atalho pra misturas que são
utilizadas com frequencia. O Burnt Sienna é um atalho para o
marrom quente e o Payne’s Gray para o frio. O Yellow Ochre é,
na verdade, um marrom terroso bem amarelado. Com o Viridian
podemos construir toda uma gama de verdes. O Cobalt Blue é
uma opção de azul, que se parece muito com o Ultramarine, só
que mais frio e claro. Com esta paleta RESUMIDA obtemos uma
enorme gama de matizes, sob nosso controle!

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Atividade para imprimir:
montando sua paleta de cores

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6 Conhecer os fundamentos
da Aquarela

Você precisa entender as especificidades da Aquarela. E é


através de harmonias cromáticas simples que se deve proceder
nesta etapa.

Monocromia – aqui se adquire a base!

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6 Conhecer os fundamentos
da Aquarela

No início, é melhor que os exercícios destes fundamentos


sejam feitos em monocromia. Porque usando uma cor apenas,
você vai se concentrar no fundamento que está treinando e as
cores não irão desviar sua atenção. Use o Payne’s Gray!

Quadro teórico: Transparência/camadas, técnicas de aplicação


da Aquarela, controle de carga (consistência no pincel).

*Deve-se sempre molhar o pincel para começar. Pincel seco significa que
você enxugou ele depois de mergulhar na água.

1 Pincel Seco*
MANTEIGA
(texturas e desenho)

2 Pincel úmido sobre MEL LEITE CAFÉ CHÁ


papel seco

3 Glazing – Pincel úmido


sobre camada seca

4 Pincel úmido sobre


camada úmida

5 Aguada ou Degrade
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Atividade: Camadas, técnicas
de aplicação e controle de carga

Chá, café, leite, mel e manteiga são uma metáfora para


compreender a consistência da tinta no pincel. Quando aplicadas ao
papel cada uma corresponderá a um tom na escala de valor tonal, do
claro ao escuro. Irei usar estes termos ao longo do Livro Digital.
1 Pincel Seco: depois de mergulhar na água, enxugue o pincel em um
pano e apanhe a tinta direto do godê. Encorpe o pincel com ela na
consistência de manteiga. Aplique a golpes rápidos para obter o
efeito.
2 Pincel úmido sobre papel seco: fazendo poças no godê, use
proporção adequada de água para obter cada uma das
consistências, chá, café, leite e mel (quanto menos água, mais
densa) e aplique diretamente no papel.
3 Glazing – Pincel úmido sobre camada seca: aplique uma camada de
chá sobre toda a linha, espere secar. Aplique as consistências
restantes, café, leite e mel sobre as respectivas células da tabela.
Observe que as pinceladas resultantes tem as bordas bem
definidas.
4 Pincel úmido sobre camada úmida: aplique uma camada de chá
sobre toda a linha. Com o papel ainda úmido, aplique as outras
consistências. Observe que a pincelada se espalha de forma etérea,
com bordas suaves
5 Aguada pode ser uniforme ou degrade: transição fluida entre o
chá e a manteiga, usando a gravidade para levar a carga de tinta
para baixo

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Atividade para imprimir

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7 Começar com o simples!

Você já sabe que não deve começar copiando o estilo dos


artistas que gosta. Então, como proceder? Você quer pintar
paisagens, retratos, animais, cenas urbanas etc., mas não tá
gostando do resultado, né? Será que você não tem capacidade?
Claro que tem! O que você não tem é uma base bem estruturada!
A partir dos sólidos geométricos podemos estruturar a base para
qualquer forma que existe. Por ansiedade, tendemos a ignorar
este fato e achar que não é preciso treinar esse tipo de coisa.
Mas não se pode subir uma escada sem passar pelo primeiro
degrau! Portanto, evite frustrações desnecessárias!
Estas formas puras são exatamente o que precisamos para
entender fundamentos essenciais como luz e sombra, valor
tonal, volume, profundidade e etc. Elas nos permitem explorar as
cores aos poucos. Imagine querer aprender tudo isso pintando
um cachorro ou uma cena urbana, por exemplo? Seria pular
etapas.

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Atividade: Fusão de duas
cores - melancia

1 Faça a primeira camada na consistência café, obtendo o verde


pela fusão do amarelo Gamboge + azul Phthalo. Preserve o
branco do papel para criar um pequeno ponto de luz. Preencha o
desenho com o amarelo primeiro, com o papel ainda úmido,
adicione o azul (só um toque) à medida que se aproxima da
sombra.

2 Com papel um pouco úmido na área da sombra, para integrar


as camadas, faça as listras. Elas são mais escuras, faça a
mistura no godê, utilize amarelo ocre + azul Ultramar (criando
um verde mais pesado e escuro) na consistência mel.

3 Experimente o azul Cobalto em consistência café para a


sombra projetada da melancia.

1 2 3
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Atividade: Fusão de duas
cores - melancia

Um esboço a lápis te ajuda a entender os planos e a luz.


1 A primeira camada é um café degrade Vermelho Cadmio.
Preserve o branco em baixo, próximo da casca.

2 Com o papel ainda úmido, aplique mais pigmento para textura


da melancia.

3 Utilize Alizarim + Viridian na segunda camada (leite), para


criar sombra no plano direito. A casca é feita com Viridian + um
toque de vermelho cadmio (mel).

4 Faça as sementes com uma manteiga de vermelho e verde.

2 3 4

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Atividade: Fusão
entre cores - gato

Vamos elaborar formas mais complexas a partir dos sólidos


geométricos e usar mais cores. Que tal um lindo gato Siamês?

Faça um desenho seguindo este esquema, definindo a silhueta


a partir das formas geométricas. Observe como a luz incide no
gato, procurando entender os volumes e as sombras.

Vamos intensificar a luz, pois a referência não apresenta uma


iluminação muito forte. Esta percepção ajuda a planejar a
pintura.

29 29
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Atividade: Fusão
entre cores - gato

1 *Umedeça o papel, com água pura dentro do desenho, antes


de aplicar a primeira camada. Comece com um chá amarelo ocre
+ toques de Alizarim nas regiões das sombras.

2 Com o papel ainda úmido, aplique toques de Ultramar onde


está o Alizarim, gerando sombras violetas pela fusão destas
cores.

1 2

*Como o papel está úmido, preserve o branco


removendo o excesso de amarelo com um
pincel seco limpo, de modo que a área de luz
não seja invadida pela tinta. Assim a borda da
mancha ficará suave, representando melhor a
textura do pelo.
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Atividade: Fusão
entre cores - gato

3 Misture no godê o ultramar + o marrom terroso Burnt Sienna e


use na segunda camada (variando entre leite e mel), para definir
as áreas escuras da pelagem e demarcar a silhueta nas costas.

4 Utilize Ultramar + leve toque de Alizarim no fundo,


demarcando a *silhueta pelo contraste com as áreas de luz.
Defina o olho!

3 4

*Neste caso, o objetivo é intensificar a luz, por


isso vamos usar estas bordas recortadas,
aumentando o contraste com o fundo.

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Atividade para imprimir

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8 Se aprofundar na
teoria cromática

O mesmo princípio rege toda a trajetória de aprendizagem.


Começar com exercícios menos complexos, o que permite focar
no fundamento estudado, no caso as harmonias cromáticas

Basicamente, comece com projetos simples, adequados para


estudar cada harmonia cromática separadamente. Análogas /
complementares e variações / tríades.

Análogas 33
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Dica ninja: planejando as
etapas do processo
Processo criativo eficiente em 3 passos
1 Fazer esboço definindo composição: Defina sua Intenção
pictórica/ponto focal: O que quero enfatizar? Simplifique as
formas, organize os elementos no espaço da imagem pela
hierarquia de informação, usando dominância, ou seja, algo é
predominante e tudo o mais é secundário. Faça o esboço usando
essas duas ferramentas:
Regra dos terços: Os melhores lugares para o ponto
focal são próximos às intersecções das linhas, pois
o centro é uma zona estática. Os outros elementos
da imagem são arranjados de modo a contribuir
para destacar o ponto focal.
Três planos: Nem toda cena terá os três planos.
Algumas contêm apenas dois, como natureza
morta, retratos, objetos etc. O plano em que está o
ponto focal é dominante em uma pintura. Os outros
estão apoiando. Você dará ênfase ao plano
dominante.
2 Fazer esboço estruturando Valor Tonal: O estudo
monocromático pode ser um desenho à carvão ou uma pintura
com tinta escura (Payne’s Gray, por ex.). Três tons são suficientes
nesta fase. Use o contraste para destacar o ponto focal.

3 Definir Harmonia Cromática: Pense em uma "família" de cores,


onde uma é dominante e o restante é secundária e faça um
pequeno esboço ou registre a paleta escolhida ao lado da pintura.
Execução: Projeto estruturado, é hora de pintar! O desenho para
pintar não tem manchas, apenas linhas e elas precisam ser
suaves, apenas para marcar os elementos. Ao pintar, coloque
quantidade modesta de detalhes no ponto focal para reter o olhar.
Diminua os detalhes e dissolva as bordas à medida que se
distancia dele.
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Atividade: Análogas
O esboço a lápis te ajuda a
entender os planos e a composição.
No segundo plano (rio) está o ponto
focal (barco) nesta cena, obedecendo
às regras citadas anteriormente.

O esboço monocromático ajuda a


planejar os valores. Neste caso, a
profundidade é obtida pela
perspectiva atmosférica (tons mais
claros à medida que se distancia do
primeiro plano).

Trabalharemos esta pintura na harmonia de cores Análogas.


Execução:
1 A primeira camada é um amarelo, consistência de chá.
2 Depois que secar o papel, aplique uma camada café vermelho
Cádmio nas montanhas, marcando a margem do rio.

1 3

2
35
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Atividade: Análogas
3 Utilize um leite vermelho cad. na segunda cadeia de
montanhas. Na terceira, adicione ao vermelho o Burnt Sienna e o
Payne’s Gray, para escurecer, na consistência mel. Faça isso
também na margem do rio que está em primeiro plano.

4 Dê pinceladas amarelas com pincel chato seco (mel) no rio,


depois de seco repita com laranja, criando luminosidade na
água.

5 Faça o detalhe do barco e o arbusto seco no primeiro plano,


com a consistência manteiga.
3 . 4

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8 Se aprofundar na
teoria cromática

Agora que você já conhece as especificidades da aquarela, as


técnicas de aplicação e as etapas do processo criativo, pode se
aprofundar ainda mais no estudo das cores.

Harmonia de Complementares:

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Atividade:
Complementares
e variações

Olhando em monocromático, note que intensificamos o


contraste entre telhado e fundo, produzindo uma luz intensa.

1 A primeira camada é um chá vermelho Cadmio na casa.


Preserve o branco no telhado. No fundo, um café Viridian +
Gamboge e leve toque de vermelho Cadmio.

2 Utilize Alizarim + toque de Viridian na sombra da casa (leite).

3 Faça o fundo mais escuro, mel Viridian + B. Sienna e Alizarim.


Defina, em pequenos detalhes, as sombras na casa (manteiga).

2 3

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8 Se aprofundar na
teoria cromática

Agora vamos estudar uma variação da harmonia de cores


complementares, que são as complementares dividas. Ou seja,
a partir de uma cor, neste caso o laranja, usamos as duas cores
vizinhas da sua complementar.

Vale salientar que, na pintura, nada precisa ser tão rígido. Estas
regras servem para orientar nossas escolhas e nos dar
segurança. No entanto, dê sempre mais valor à fluidez e
espontaneidade, para não deixar as regras te limitarem. Caso
contrário suas pinturas ficarão duras e rígidas também.

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Atividade:
Complementares
e variações

1 A primeira camada é um chá degrade azul Phthalo + Cobalto


no céu. Preserve uma claridade atrás das montanhas. Phthalo
para o mar + toque de cobalto na parte que demarca a margem
das montanhas. Para a areia use B. Sienna + amarelo ocre +
toque de cobalto no canto direito.

2 A segunda camada é um café B. Sienna + Gamboge, nas


montanhas. Trabalhando com o papel úmido, sobreponha as
montanhas com verde Gamboge + Phthalo, preservando a parte
iluminada do morro ao centro.

3 Acentue as sombras (leite das mesmas cores) nas montanhas


e faça os detalhes para dar dinâmica à composição.

2 3

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43
37
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8 Se aprofundar na
teoria cromática

Observe que, nesta etapa, você continua exercitando os


fundamentos da aquarela – camadas e técnicas de controle da
água. Você também desenvolve noção de composição enquanto
pratica.

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Dica ninja:
planejando as camadas

Identificando técnicas de aplicação em cada camada

Camada de luz Camada escura Preservando o


úmido sobre úmido seco sobre camada seca Branco do papel

Eu ficava mexendo, mexendo, mexendo, até o papel gritar


socorro. Ser muito perfeccionista me impedia de evoluir, de
parar, esperar secar até ir para o próximo passo.

Com o planejamento bem estruturado aprendi a preservar os


brancos, o que cria luz e contraste. Aprendi a resistir à tentação
de ficar pincelando de novo no mesmo lugar, até desenvolver os
exercícios com "pouca manipulação".
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Atividade:
Complementares
e variações
1 Primeiro umedeça o papel. Faça uma transição do chá amarelo
ocre na região atrás da igreja, passando pelo Alizarim, até o
ultramar no topo, de modo que aconteça a fusão das cores no
papel, criando laranjas e violetas rosados. Repita isto no mar e
preencha a região da igreja com ocre + Alizarim + toque B.
Sienna.
2 Os telhados são um mel B. Sienna. Com o papel seco, faça as
sombras da igreja com leite ultramar + Alizarim, depois conecte
com o reflexo dela na água. Escurecendo a base dos prédios.
3 Faça detalhes sugerindo formas e elementos da cena, não
tente desenhar tudo! Crie texturas e enriqueça a cena, tornando-
a mais atrativa.

1 2

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8 Se aprofundar na
teoria cromática

A medida que desenvolve suas habilidades, pode enfrentar


temas e esquemas de cor mais complexos!

Harmonias triádicas são indicadas por um triangulo dentro do


circulo cromático. Neste caso estamos trabalhando a tríade das
cores secundárias.

Lembre-se de não ser tão rígido. Queremos pintar de forma


espontânea e expressiva! O triângulo marca a harmonia
cromática, mas as cores que usamos não são rigorosamente
estas três. Elas estão na “região” de cada uma das cores que
compõem a harmonia cromática em questão. São Violeta(s),
laranja(s) e verde(s) interagindo entre si e com os marrons.

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Dica ninja: para pintar de
maneira fluida e espontânea!
Veja e pinte formas!
Simplificação: temas complexos podem ser simplificados (e
aprimorados) através de como você aborda as formas. Lembre-
se, você está fazendo uma pintura e é livre para fazer o que
quiser! Não tem obrigação de realizar uma xérox da referência,
pode interpretá-la. Seu compromisso é com sua pintura, sua
expressão!
Eis o segredo: pense nos objetos como formas, não como
"coisas“. É uma percepção que vem do seu lado direito do
cérebro "intuitivo“, não apenas do seu lado esquerdo "lógico"!
Você não está pintando árvores reais com um zilhão de folhas, e
sim uma forma para a copa das árvores. Que vai, por sua vez,
definir a silhueta de outras formas como o telhado e as paredes
da casa. É nesse processo de simplificação, encontrando
soluções gráficas para a síntese, que você vai criar uma
linguagem pictórica muito pessoal!
Desenhe os objetos como formas planas! Faça o contorno ao
redor da borda do objeto. Dê volume ao pintar. Isso é tudo! Você
acabou de transformar árvores complicadas em uma forma
simples!

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Atividade: Tríades
1 Para a primeira camada umedeça o papel antes. Faça uma
transição (chá) no céu do ultramar para o Alizarim até o B
Sienna. Preencha toda a região da pintura com B Sienna na
consistência de chá, coloque mais Alizarim no telhado e na
região da montanha, que receberá o violeta depois.

2 Café Ultramar + Alizarim na montanha, preservando o telhado


e a casa. B Sienna + Viridian na grama, preservando a estrada.

3 Com o papel ainda úmido, marque as formas das árvores e


arbustos com B Sienna. Aplique uma sombra violeta na casa.

1 3

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Atividade: Tríades
4 Use leite com Viridian + B Sienna para dar volume nas
folhagens, delineando e destacando ainda mais o contraste com
o telhado. Faça o mesmo no gramado, criando texturas.

Com leite azul cobalto faça a porta e janela na sombra. Use B


Sienna para porta e janela na luz.

5 Faça uma sombra com chá violeta na estrada. Com a mistura


de todas as cores usadas até então intensifique as sombras nas
folhagens. Use um café Viridian + toque de Alizarim para a
sombra projetada da casa no chão.

5
4

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Dica ninja: 3 dicas
para vencer o medo de errar nas
cores!
Como você já viu, é essencial planejar bem cada etapa do
processo para não travar nestes exercícios de cor. Aqui vão três
dicas de planejamento para seus próximos projetos, ou para
revisitar as atividades que você já fez:

1 Reforço a importância de planejar os valores! Sempre faça um


estudo monocromático antes de pintar qualquer tema. Assim
você estrutura bem a relação de valores primeiro e, quando for
pintar em cores, só vai se preocupar com as harmonias
cromáticas e a execução em si.

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Dica ninja: 3 dicas para vencer
o medo de errar nas cores!

Este processo será um guia em toda sua trajetória na Aquarela,


inclusive quando já estiver dominando a técnica.

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Dica ninja: 3 dicas para vencer
o medo de errar nas cores!

Se você estiver encontrando dificuldades, estas dicas podem te


ajudar a resolver!

2 Faça abundantemente no godê a preparação das cores que


vai usar no exercício, antes de começar a pintar. São “poças” de
tinta para que, durante o processo de pintura, você não tenha
que ficar tenso e preocupado com a umidade do papel
enquanto faz novas misturas toda hora.

3 Aquarela parece ter vida própria. Experimente passar a


pincelada uma única vez, sem esfregões e sem voltar a
pincelada para trás, como se estivesse rabiscando. Assim, deixe
que a água e a tinta tomem forma por conta própria. Se não ficar
como queria, ao invés de ficar tentando corrigir, aceite e repita o
exercício. A Aquarela é como um cavalo selvagem e você não
vai conseguir mudar muita coisa enquanto não a dominar.

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9 Lapidar os detalhes
Aqui é aonde se começa a adquirir uma identidade artística.
Com o tempo, amadurecimento e influências estéticas de
artistas que admira, você vai criar um padrão gráfico para
detalhes, o que gera unidade em seus trabalhos e os tornam
reconhecíveis. Você pode desenvolver mais de um estilo,
inclusive. Por ex. um para ilustração infantil e outro para fine art.

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10 Se aprofundar no desenho
Saiba que desenhar é essencial, inclusive este poderia ser o
primeiro passo deste Livro Digital, mas me concentrei em
orientar a aprendizagem da aquarela em si. Por isso estou
tratando deste tópico agora, quando você vai precisar se
aprofundar no desenho para refinar os detalhes dos trabalhos.

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10 Se aprofundar no desenho
Portanto, para dar cabo do passo anterior você precisará definir
seu objetivo. Isso vai determinar o grau de aprofundamento
necessário no desenho. A base da boa pintura é um desenho
que seja, no mínimo, razoável. Se faz aquarela por hobby, você
precisa ter noções básicas como ponto de partida. Se o seu
objetivo é ser ilustrador, valorizar projetos arquitetônicos ou
fazer artes autorais para tatuagens aquareladas por exemplo,
você já deve ter um desenho bem desenvolvido. E se não tiver,
precisará desenvolver.

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10 Se aprofundar no desenho
Para ter liberdade de pintar o que quiser é importante ter uma
boa noção de desenho. Mas se você não sabe desenhar, não se
preocupe! Sistematizei um curso básico e prático, onde você
encontrará as ferramentas necessárias para estruturar suas
pinturas. “O Desenho na Aquarela”, eBook que estou entregando
para vocês como BÔNUS! Nele, ensino como estruturar um
processo criativo eficiente a partir de 3 pilares: composição,
proporção e valor tonal.

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Dica ninja: Use ovais e
cubos para tudo!

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11 Masterizar a trajetória

Aqui você concluiu seu primeiro ciclo de aprendizagem! Para


quem está se sentindo muito travado, é importante perceber que
Aquarela pode ser uma boa terapia. O perfeccionismo
exagerado é a maior imperfeição que existe. Na Aquarela, não
buscamos apenas resultados. Buscamos fluir em processos de
aprendizado que trarão os resultados desejados. Tente relaxar e
aproveitar mais o momento com os materiais ao invés de buscar
apenas resultados perfeitos!

O próximo passo é revisitar o processo com temas mais


complexos, aplicando os fundamentos em situações que
desafiem seus conhecimentos, aumentando assim suas
habilidades e enriquecendo sua capacidade de solucionar a
interpretação de referências.

No que chamo de segundo ciclo de aprendizagem, o desafio é


abstrair o que vemos para extrair a síntese do que queremos
mostrar. Trabalhar como se pintasse um livro de colorir é
cômodo. Mas abstrair e representar o que você quer passar é
desafiador, te leva ao próximo nível, é o que vai definindo sua
linguagem, estilo e identidade visual.

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Dica ninja: Interpretação e
simplificação de referências
Esta era a minha maior dificuldade para estilizar. Tentava
sintetizar e abstrair as referências fotográficas, mas no decorrer
do trabalho, ficava preso aos detalhes e me via fazendo uma
xerox malfeita da foto.

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Atividade: Paisagem Urbana
Agora você vai reunir todo o conhecimento que construiu até
aqui para experimentar, na prática, o segundo ciclo de
aprendizagem!

É importante que tenha consumido o eBook “O Desenho na


Aquarela”. Consulte a página 57 - Exercício de Planejamento 3 -
para estruturar o processo criativo desta pintura.

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Atividade:
Paisagem Urbana
Fazendo o exercício de planejamento do eBook “O Desenho na
Aquarela”, você vai compreender a composição, estruturar o
valor tonal e definir o desenho para a pintura.

Sabemos que se trata de uma harmonia de complementares


dividas. Então vamos para a fase da execução, seguindo o
planejamento do processo criativo, descrito aqui no livro
Desbloqueando a Aquarela. Relembre, clique e vá à pg. 34.

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Atividade:
Paisagem Urbana
Consulte no eBook “O Desenho na Aquarela” os exercícios do
capítulo 2 Proporção, a partir da pg. 16 e o exercício
“Estruturando o valor tonal dos carros” na pg. 37.

Use o conhecimento de proporção e valor tonal, adquiridos no


eBook, para executar a pintura dos personagens e dos carros!

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Atividade:
Paisagem Urbana

Na primeira camada faça um gradiente usando um chá azul


Cobalto para o céu. Deixe uma luminosidade amarelo ocre
aparecendo atrás dos prédios.

Pinte toda a área urbana com amarelo ocre + B. Sienna e toque


de Alizarim principalmente nas áreas onde virão as sombras.
Faça isso na parte de baixo também. Preserve o branco do papel
nos sombreiros, nos carros e na parte mais ao longe da rua. O
personagem e os prédios do lado esquerdo serão abordados
depois, na segunda camada.

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Atividade:
Paisagem Urbana
Na segunda camada vamos estruturar os contrastes e a luz.
Use um leite Alizarim + Ultramar com um toque de B. Sienna e
marque as sombras quentes dos prédios à direita. À medida que
os prédios se distanciam, use tons mais altos, criando
profundidade pela perspectiva atmosférica. Faça manchas para
sugerir edificações na montanha ao fundo. Note que a
marcação das sombras é que vai delinear as formas dos
elementos da cena.
Misture uma base no godê de mel Ultramar + B. Sienna com
toque de Alizarim, de modo que fique uma mistura escura e
neutra. Marque as sombras em toda região à esquerda e
também nos carros. Preserve o branco no personagem e nas
partes iluminadas dos carros. Faça um chá cobalto com ocre e
pinte a montanha.

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Atividade:
Paisagem Urbana
A terceira camada finaliza a pintura. Defina quantidade
modesta de detalhes no centro de interesse. Diminua os
detalhes e dissolva as bordas à medida que se distancia dele.

Não se prenda à forma como eu defini e detalhei os elementos.


Se oriente pelo passo a passo que estou demonstrando, mas
procure fazer a sua interpretação da referência nesta pintura.

Um dos aspectos onde você vai construir sua linguagem própria


e identidade artística é a forma como detalha os elementos. Com
o tempo e amadurecimento você vai criar um padrão gráfico para
detalhes, o que gera unidade em seus trabalhos e os tornam
reconhecíveis.

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Atividade:
Referência

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Atividade para imprimir

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12 Desenvolver seu estilo

Você está num ponto da trajetória em que já entende todas as


etapas de um processo criativo eficiente. Consegue solucionar
temas variados. Agora é decidir o que quer fazer, para qual estilo
vai direcionar este conhecimento.
Este é o estágio onde faz total sentido estudar o trabalho de
outros artistas. Você já tem uma base estruturada e vai entender
como um artista interpretou graficamente a realidade, quais as
decisões que ele tomou. Tem parâmetros para identificar o
caminho que ele percorreu até chegar naquele resultado.
Se você faz isso antes de conhecer as ferramentas de
planejamento, não terá condição de entender este caminho.
Estará, meramente, copiando os artistas que admira.

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12 Desenvolver seu estilo

Então você vai lapidar seu conhecimento, fazendo estudos de


obras, no estilo que quer desenvolver. Aplicando todo o
conhecimento que adquiriu até aqui, para entender as soluções
gráficas específicas daquela linguagem estilizada!

Note que é um processo de amadurecimento contínuo. Você


segue enriquecendo sua abordagem para solucionar a
interpretação de referências, lapidando a forma como detalha os
elementos. Mas, agora tem um ingrediente a mais, a influência
que você recebe dos artistas que te inspiram!

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12 Desenvolver seu estilo
Pra facilitar ainda mais sua vida, eu gravei uma aula bônus:
“analisando obras de grandes artistas”. Que você assistirá no
Módulo 9 e aprenderá a analisar artistas para se inspirar!

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12 Desenvolver seu estilo

As escolhas conscientes que fazemos quando pintamos (fruto


do conhecimento que já temos) aliadas à influência de artistas
que admiramos, vão conduzindo o desenvolvimento da nossa
própria linguagem artística. É um caminho natural! Bebemos da
fonte de quem já tem uma longa jornada e um trabalho maduro
e consistente. Não para imitar e sim buscando inspiração!

Assim, você conquista a AUTONOMIA para escolher seus


temas e desenvolver o SEU ESTILO na aquarela! Com
LIBERDADE para pintar o que quiser!

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Continue praticando
e conte comigo!

O método que você conheceu neste livro te conduzirá a pintar


com AUTONOMIA! Com o Método Desbloqueando a Aquarela, a
trajetória de aprendizagem está acessível para você seguir! Aqui
te apresentei um caminho sinalizado, te guiando passo a passo!
Os exercícios que você fez não são apenas para te ensinar a
pintar um tema ou cena específica. Eles foram desenvolvidos para
te mostrar o caminho, começando com coisas simples e
fornecendo mais clareza a cada passo. Quando menos esperar,
estará fazendo coisas mais complexas, usando o conhecimento
adquirido aqui para continuar seu aprendizado.
Se você chegou até aqui é porque QUER aprender!
O MÉTODO você já conheceu!
O que precisa agora é continuar com a PRÁTICA constante!
Uma coisa interessante é que o aprendizado acontece como um
“virar de chave”. Você vai desenvolvendo os fundamentos,
estruturando o conhecimento e, no inicio, pode parecer meio
desconexo mas de repente... a chave vira! E você passa a ver e
pensar como um artista!
Te garanto que, seguindo esse Método, a cada passo você vai
eliminando os bloqueios e fluindo na Aquarela, tornando seu
aprendizado cada fez mais prazeroso!
Encontre seus temas para seguir praticando, aplique todas as
Dicas Ninja que te dei e continue me acompanhando, pois estarei
aqui para guiar seus próximos passos! Conte comigo!

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