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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

COPPE / ENGENHARIA OCEÂNICA


MSO – ENGENHARIA DE SISTEMAS OFFSHORE

CARLOS EDUARDO AZEVEDO TEIXEIRA

A RELEVÂNCIA DO USO DE FLUÍDOS NÃO AQUOSOS


NA PERFURAÇÃO DEPOÇOS DE PETROLÉO

Artigo científico apresentado como requisito


final para a conclusão do MBA em
Engenharia de Sistemas Offshore da COPPE
da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro
Maio / 2022

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


COPPE / ENGENHARIA OCEÂNICA
MSO – ENGENHARIA DE SISTEMAS OFFSHORE

CARLOS EDUARDO AZEVEDO TEIXEIRA

A RELEVÂNCIA DO USO DE FLUÍDOS NÃO AQUOSOS NA


PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETROLÉO

Aprovada por:

_________________________________________________
Examinador 1
Nome: José Marcio Vasconcellos D.Sc

_________________________________________________
Examinador 2
Nome: Marta Tapia Reyes D.Sc

_________________________________________________
Examinador 3
Nome: Roberto Rodrigues M.Sc

Rio de Janeiro
Maio / 2022
Declaração de Autoria e de Direitos

Eu, Carlos Eduardo Azevedo Teixeira CPF 100.281.187-23, autor da monografia A


RELEVÂNCIA DO USO DE FLUÍDOS NÃO AQUOSOS NA PERFURAÇÃODE POÇOS
DE PETROLÉO subscrevo para os devidos fins, as seguintes informações:

1. O autor declara que o trabalho apresentado na defesa do artigo cientifico do


curso de Pós-Graduação, Especialização MBA - MSO em Engenharia de Sistemas Offshore da
COPPE da UFRJ é de sua autoria, sendo original em forma e conteúdo.

2. Excetuam-se do item 1 eventuais transcrições de texto, figuras, tabelas,


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assim como ter conhecimento do teor da presente Declaração, estando ciente das sanções e
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como violação do direito autoral previsto no Código Penal Brasileiro no art.184 e art.299, bem
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acadêmicos publicados, não cabendo à UFRJ, aos seus representantes, ou ao(s) orientador(es),
qualquer responsabilização/ indenização nesse sentido.

6. Por ser verdade, firmo a presente declaração.

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2022.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

COPPE – Programa de Engenharia Oceânica MBA MSO - Especialização em Engenharia de


Sistemas Offshore Av. Athos da Silveira, 149 - Centro de Tecnologia, Bloco C, sala - 203,
Cidade Universitária Rio de Janeiro – RJ - CEP 21949-900.

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Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do(s) autor(es).


AGRADECIMENTOS

Ao alcançar, mas uma etapa da minha vida tenho muito a agradecer em primeiro lugar a Deus
por proporcionar tantas benções e vitórias para que hoje eu possa estar aqui. Aos meus amigos
pelo companheirismo e colaboração o meu muito obrigado.

A minha família esposa e filhos, por todo o apoio e pela ajuda, que muito contribuiu para a
realização deste trabalho. Aos meus pais e irmãos, que me incentivaram nos momentos
difíceis e compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste
trabalho.
A RELEVÂNCIA DO USO DE FLUÍDOS NÃO AQUOSOS NA PERFURAÇÃO
DE POÇOS DE PETROLÉO
Carlos Eduardo Azevedo Teixeira
MSO COPPE/UFRJ- ESPECILIZAÇÃO ENGENHARIA MASTER EM SISTEMAS OFFSHORE

RESUMO

O petróleo é a fonte de energia não renovável mais utilizada no mundo, necessitando de melhoramento
que facilitem o processo de exploração e produção petrolíferas. Os fluidos de perfuração têm uma
importância fundamental, eles permitem o resfriamento da broca, a retirada dos cascalhos gerados na
perfuração e a manutenção da estabilidade do poço. A indústria petrolífera cresce devido aos altos
investimentos tecnológicos, para a perfuração de poços de petróleo de maior profundidade. Novas
soluções tecnológicas e os diversos aditivos empregados nos fluidos de perfuração tem o intuito de
melhorar a eficiência da perfuração. Vários fluidos de perfuração absorvem elementos que possuem
características toxicas, corrosivas, ou prejudiciais ao meio ambiente. Os fluidos de perfuração não
aquosos (à base de óleo) foram desenvolvidos para perfuração em ambientes que apresentam condições
de altas temperaturas e elevadas pressões. Neste trabalho foi realizado através de um levantamento
bibliográfico, em artigos nacionais para verificar os principais parâmetros que podem vir a melhoraro
desempenho dos fluidos e os parâmetros que mais influenciam na qualidade de fluidos não aquosos são
as viscosidades plásticas e aparente, o limite de escoamento, as forças géis e o volume de perda de
filtrado.

Palavras-chaves: Petróleo; Fluído de Perfuração não aquosos; Meio ambiente

ABSTRACT

Oil is the most used non-renewable energy source in the world, requiring improvements to facilitate the process
of oil exploration and production. Drilling fluids are of fundamental importance, they allow the bit to cool down,
the removal of cuttings generated in the drilling and the maintenance of well stability. The oil industry grows due
to high technological investments for drilling deeper oil wells. New technological solutions and the various
additives used in drilling fluids are intended to improve drilling efficiency. Many drilling fluids absorb elements
that have toxic, corrosive, or environmentally harmful characteristics. Non-aqueous (oil-based) drilling fluids were
developed for drilling in environments with high temperature and high pressure conditions. This work was carried
out through a bibliographic survey, in national articles to verify the main parameters that can improve the
performance of fluids and the parameters that most influence the quality of non-aqueous fluids are the plastic and
apparent viscosities, the flow limit, the gel forces and the volume of filtrate loss.

Keywords: oil; non- aquosos drilling fluids, environment


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1. INTRODUÇÃO

O petróleo é conhecido como a principal fonte de energia do mundo moderno e ocupa sempre
uma partemuito significativa na sede enérgica mundial. Consequentemente a exploração do petróleo
vem se fortalecendo de3sde a sua descoberta até os dias de hoje, como é o caso de uma das descobertas
mais importantes em todo o mundo na última década o pré-sal. O petróleo com seus derivados é a fonte
de energia de maior disponibilidade no mundo, sendo a mais utilizada. (Lopes, 2016).
A fim de melhorar os fluidos e a busca de novos componentes para tentar descobrir alguns
problemas gerou o pensamento de uma nova composição para os fluidos de perfuração que foram
colocados em pesquisas que introduziram o uso do óleo como componente alguns fluidos de
perfurações. Sendo que partir da década de 40, os primeiros fluidos a base de óleo estavam disponíveis
no mercado, sendo sua formula um objeto de pesquisapraticada pela empresa OIL Base Drinlling Fluid
Company(EUA).Onde uma empresa chamada de Halliburton colocou no mercado um fluido a base de
asfalto e óleo, tornando este resultante de uma reação de óleo de origemanimal, e hidróxido de sódio e
silicato de sódio, que resolveria os problemas com a inconsistência provocada pelaágua. Porém tal fluido
trazia algumas desvantagens, especialmente, nas questões ambientais. (S e i x a s , 2010).

O fluido de perfuração é definido como todo fluido usado em uma operação de perfuração,
onde esse liquido circula ou bombeia da superfície até a broca, através do poço retornando ao anular.
(Darley & Gray ,1988 apud da Silva 2003). Sua função tem extrema importância para uma operação de
perfuração limpando, resfriandoe lubrificando a broca e a coluna de perfuração ,controlando as pressões
das formações perfuradas , de modo que impeça o influxo de fluidos nela existentes , trazendo para
superfície cascalhos gerados durante a perfuração, evitando a decantação de cascalhos durante as
paradas na circulação, realizando pressão sobre as parede do poço para torna-lo estável evitando o
desmoronamento, disseminando potência hidráulica á broca , diminuindo a corrosão da coluna de
perfuração e dos equipamentos de superfície de sonda e exibindo para a superfície os dadosde parâmetros
da perfuração.
Os fluidos são destinados para ajudar no processo de perfuração de poços de petróleo, poços
tubularese operações de sondagem e quando estão líquidos os fluidos são misturas que podem
conter agua, materialorgânico, sais dissolvidos e sólidos em suspenção nas mais variadas proporções.
Segundo o Manual de Engenharia de Fluidos de Perfuração 1977 apud Seixas 2010 os fluidos de
perfuração devem ser específicos para asseguraruma perfuração rápida e segura, sendo fundamental
que os fluidos possuam as seguintes características: Boaestabilidade química, garantir a estabilidade
mecânica e química da parede do poço, facilitar separação doscascalhos na superfície, estabelecer
com que os sólidos estejam em suspensão quando os fluidos estiveremestáticos, não causar danos ás
rochas produtoras, receber todos os tratamentos físico e químico e ser bombeável.
Segundo Seixas (2010) os fluidos são classificados conforme o componente principal que
constitui a fase continua ou dispersante. Podem ser à base de água, à base de óleo e fluidos a base de ar
ou de gás.
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Seu objetivo geral é analisar como o profissional da área do petróleo irá definir o uso do
fluido a base de óleo na perfuração e o objetivo especifico descrever como usar o fluido a base de
óleo e abordar a sua importância na perfuração dos poços.

A justificativa deste trabalho está baseada no reconhecimento s obre a importância do uso dos
fluidos abase de óleo na perfuração de poços de petróleo. Para os Engenheiros e profissionais na área do
petróleo este estudoirá contribuir para aperfeiçoar a conduta na decisão do uso de fluidos a base de óleo.

2.REVISÃO DE LITERATURA

A utilização dos fluidos de perfuração teve início no Texas no poço Spindletop, em 1901.São
constituídos de sólidos, líquidos e produtos químicos. Podendo conter gases em sua composição.
(Thomas, 2001 apud Ribeiro e Silva 2018). O fluido de perfuração também é chamado de lama de
perfuração. Ele opera na completa perfuração do poço, tornando possível a operação de perfuração tendo
como principais atribuições, preservar a segurança do pessoal de perfuração e a integridade do meio
ambiente. É feito por alguns aditivos, quepor vezes não são capazes de fundir e formar uma mistura
heterogênea durante a fase de abastecimento. (Kirschner,2008 apud Ribeiro e Silva 2018).
Temos alguns fatores externos que determinam a escolha de um fluido de perfuração como a
condiçãode segurança, formação rochosas salinas, zonas de altas pressões e temperaturas, condições
ambientais, formaçãoargilosas, trajetórias do poço e questões econômicas. (Guimarães e Rossi 2007).
Os fluidos de perfuração à base de óleo quando a fase continua ou dispersante é constituída
por uma fase óleo frequentemente composta por hidrocarbonetos líquidos. Pequenas gotículas de água ou
de solução aquosa formam a fase descontinua desses fluidos. Alguns sólidos coloidais, de natureza
inorgânica e ou orgânica, podemfazer parte da fase dispersa. Os fluidos podem ser emulsões água e ou
óleo propriamente dita (teor de água < 10%)ou emulsão inversa (teor de água de 10 % a 45%). Tendo um
alto custo inicial e grau de poluição esses fluidos sãoutilizados com menor frequência do que os fluidos
a base de água. (Silva, 2002).
A utilização de fluidos à base de óleo, mesmo que represente um alto custo das perfurações,
deve-se à maior estabilidade apresentada, à formação de um reboco fino e impermeável com capacidade
de perfurar camadas salinas e a boa lubricidade. Devido a vários problemas gerados em relação à
contaminação provocados por esses fluidos tem causado a sinalização de órgãos ambientais que nos dias
de hoje, têm sinalizado para a utilização de fluidos que se encontram mais “ambientalmente corretos”.
Foi a partir da década de 90 que se deu a conscientização global dos problemas ambientais enfrentados,
já que algumas décadas atrás o principal fluido utilizado era a base de óleo, conferindo estabilidade ao
poço, lubricidade, resistência as altas temperaturas e redução de danos à formação. (Souza,2001 apud
Seixas 2010). Atualmente os fluidos a base de óleo são mais utilizados em poços de alta pressão e alta
temperatura (HPHT), formações de folhelhos argilosos e plásticos, formação de salinas de halita, silvita,
carnalita e formações com baixa pressão de poro ou de fratura. (Thomas, 2001 apud Seixas, 2010).
Segundo Thomas (2001) são características dos fluidos à base óleo o grau de inibição elevado
em relação ás rochas ativas e baixíssima taxa de corrosão.
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Como já citamos, é muito rigorosa e importante as questões ambientais e é mais comum a


utilização defluidos a base de sintética, já que esses são menos agressivos ao meio ambiente, esses fluidos
têm sua fase continua ou dispersante, sendo o óleo seu principal componente, predominando os
hidrocarbonetos líquidos, avançando para os novos fluidos à base de óleo como óleo mineral e sintético
(Morais 2009 apud Seixas 2010).
Os fluidos sintéticos surgiram devido as limitações interpostas aos fluidos a base de água e
também as restrições ambientais aos fluidos a base de óleo. Sendo que a base desses tipos de fluidos são
substâncias químicassintéticas que são menos toxicas quando se comparado ao óleo diesel. Esses tipos
de fluidos são mais utilizados em áreas marítimas devido o descarte de cascalho ser proibido quando se
perfura com fluidos à base de óleo. O alto custo é a principal desvantagem para esse tipo de fluido.
(Lopes, 2016). Na figura abaixo descreve a classificação dos fluidos de perfuração.

Figura 1-Fluidos de perfuração

Fonte: Iramina, 2016


10

Figura 2- classificação dos fluidos de perfuração

Fonte: Thomas, 2001

Figura 3 - Classificação dos Fluidos de Perfuração

Fonte: Darley e Rogers 1980 apud Iramina 2016.


11

Os sistemas coloidais são sistemas em que a fase dispersa é geralmente um sólido ou um liquido
e a fasedispersante é geralmente um líquido, sendo água a mais presente. As dispersões coloidais são
formadas por partículas entre 0,1 μm e 0,001 μm. Separações coloidais diluídas de bentonitas sódicas
com certo grau de retirar a floculação apresentam o fenômeno de tixotropia, onde a suspensão torna-se
menos viscosa pela agitação e maisespessa pelo repouso. A tixotropia tende a aumentar com a presença
de partículas de cargas opostas que pode formar conexões, assim como também deteriora –se com o
tempo. (Santos, 1989 apud Leal et.al, 2013).
A bentonita é a argila comercial mais usada em fluidos à base de água doce, sendo adicionada
para fazeruma ou várias funções como ampliar a capacidade de limpeza do poço, diminuir as infiltrações
nas formações permeáveis, formar uma membrana de baixa permeabilidade (reboco), desenvolver a
estabilidade do poço e impedir ou superar a perda de circulação. (Darley & Gray, apud Leal et.al, 2013).
As suspensões argilosas são normalmente empregadas nas primeiras fases da perfuração de
poços, compostas geralmente por sedimentos não consistentes. (Thomas, 2001 apud Leal et.al, 2013).
Nas próximas fases, onde os poços atingem grandes profundidades, é comum a presença de
formaçõesgeológicas de difícil perfuração, a exemplo de folhelhos expansivos, bem como situações de
elevadas temperaturas. Quando a perfuração alcança logo estas fases, os fluidos encontram-se expostos
às condições presentes por longos períodos de tempo, ainda mais quando da necessidade de operações
rotineiras como as manobras, nas quais é removida toda a coluna de perfuração para troca da broca. As
suspensões argilosas são sensíveis a elevadas temperaturas e quando expostas a estas condições por
longos períodos formam géis rígidos, conseguindo comprometer as operações de perfuração.
Antigamente, para solucionar esses problemas, eram utilizados os fluidos à base de óleo diesel, pois
esses permaneciam estáveis a altas temperaturas. Porém, devido aos valores ambientais, logísticos e aos
altos custos, o uso desse tipo de fluido tornou-se inviável. (Clark, 1994 apud Leal et.al, 2013).
Tabela 1 Classes e Subclasses de Fluidos

Classe Subclasses Comuns


plt 7 - 9,5
"Spud"
Bentonita
Fosfato
Fluidos de água doce
Lignita
Lignosulfonato
Colóide Orgânico

Lima
Gyspsum
Inibidora Água do mar
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Água saturada em sal

Poucos sólidos Menos de 3% - 6%

Óleo em água
Emulsificante
Água do mar

Água em óleo

Menos de 5% de água

Fluido á base óleo Mistura de diesel e asfalto

Fonte: Palla (2016)

2.1. FUNÇÕES DOS FLUIDOS DE PERFURAÇÃO

No início os fluidos de perfuração eram utilizados apenas como veículo para retirada de detritos
geradosdurante a perfuração. Em alguns estudos de suas propriedades foi possível determinar diversas
outras funções quepodem ser executadas pelos fluidos de perfuração. (Schaffel 2002 apud Ribeiro et al,
2018).
Sendo assim preservar a integridade da parede do poço para se operar em um poço é exercida
uma pressão hidrostática sobre as formações permeáveis, sendo imprescindível que haja um controle
rígido dessa pressão. Ela deve sempre ser superior que a pressão no interior do reservatório, a fim de
evitar o rompimento dasparedes e não deixar que entre fluidos da formação no poço. Porém se a pressão
do poço for mais elevada que a pressão hidrostática, uma parte do fluido presente no interior é expulsa
pelo poço, este fenômeno se chama kick eé um aviso da possibilidade de ocorrência de um possível
blowout (vazamento), que pode acarretar vários danos àcoluna de perfuração, como tornar inviável a
implementação de sistemas de controle. No fato de o fluido preservara pressão sobre as paredes do poço,
parte dessa pressão se infiltra nos poros fazendo com que as partículas consolidadas do fluido se grudem
nas paredes do poço formando uma camada final impermeável que estabiliza oreboco (mud cake). Esta
camada também diminui a infiltração do fluido pelas formações. (Medeiros, 2010 apud Ribeiro et al,
2018).
Limpar o poço e carrear os cascalhos para a superfície: A retirada dos cascalhos é uma
importante função do fluido de perfuração. A função dele é de abrir espaço para a passagem da broca,
removendo os pedaços de rochas fragmentadas, reduzindo a perda de tempo para retriturá-los e
consequentemente reduzindo a taxa de infiltração nas formações. Quando o fluido atravessa a broca, os
cascalhos são conduzidos por ele para a superfície,isto ocorre devido a vazão e as propriedades do fluido.
(Chagas, 2014 apud Ribeiro et al, 2018).)
13

Na lubrificação e resfriamento existe um peso muito elevado sobre a broca e um atrito muito
alto entreas paredes do poço e a coluna de perfuração, provocando o aquecimento e fazendo com que
seja preciso o resfriamento pelo fluido. O resfriamento suaviza o processo de movimentação e aumenta
a vida útil da broca (Thomas, 2001).
Transportar até a superfície informações das formações perfuradas: Os geólogos usam o
cascalho e o fluido de perfuração para saber o tipo de formação que está sendo perfurada no momento
e para examinar o comportamento das camadas perfuradas. Sendo importante que estes materiais
chegam à superfície, pois apresentam valiosos dados sobre as formações perfuradas (Schaffel 2002 apud
Ribeiro et al, 2018).
Verificar as pressões das camadas perfuradas: Esta função necessita principalmente da ação
dos fluidosde perfuração, pois são desenvolvidos com a intenção de impedir acidentes e escapes dos
fluidos do interior da rocha, igualando a pressão dos fluidos na formação (Schaffel 2002 apud Ribeiro
et al, 2018).

Figura 4- Principais funções dos Fluidos de Perfuração

Fonte: Geehan, 2000 apud Souza, 2007, apud Ribeiro et al


2018.

3.REOLOGIA E SEUS PARÂMETROS REOLÓGICOS

Segundo Costa (2015) a reologia é a ciência que estuda como a matéria se deforma ou escoa,
quando está submetida a esforços originados por forças externas. O escoamento de um fluido, líquido
ou gás, écaracterizado por leis que descrevem a variação contínua da taxa ou grau de deformação em
função das forças outensões aplicadas. Os fluidos são classificados de acordo com seu comportamento
reológico por meio da análise da relação entre a tensão e a taxa de cisalhamento para condições
de temperatura e pressão estabelecidas.
14

Reologicamente os fluidos são divididos em duas categorias: newtonianos e não newtonianos. Nos
fluidos newtonianos a relação entre a tensão e a taxa de cisalhamento é constante, ou seja, sua
viscosidade é afetada pelatemperatura e pressão, entretanto sua viscosidade não varia com a taxa ou
tensão de cisalhamento, já nos fluidos não newtonianos a viscosidade varia com a taxa ou tensão de
cisalhamento. Alguns tipos de fluidos de perfuração,com exceção dos à base gás, comportam-se como
fluidos não newtonianos do tipo plástico. Suas características reológicas diferem das dos fluidos
newtonianos, uma vez que a viscosidade depende da tensão de cisalhamento aplicada. A atuação de
fluxo de um fluido é definida pelos parâmetros reológicos. Esses são determinados considerando um
modelo matemático particular, o qual influencia diretamente no cálculo das perdas de cargas (pressão)
na tubulação e velocidade de transporte de cascalhos. O modelo mais empregado no tratamento dos
fluidos de perfuração não newtonianos é o modelo Binghamiano e suas propriedades reológicas são
definidas através dos parâmetros de viscosidade plástica e limite de escoamento. Essas propriedades
refletem o comportamento coloidal dos sólidos presentes no fluido.
Os parâmetros reológicos explicam o comportamento do fluxo dos fluidos (Santos, 2018 apud
Ribeiroet. al, 2018).
Um fluido de Bingham não escoa até que a tensão aplicada seja maior que o limite de
escoamento. Iniciado o escoamento, a tensão passa a ser proporcional à taxa de cisalhamento e a constante
de proporcionalidadeé a viscosidade plástica (Costa, 2015).

Figura 5- Fluidos de Bingham

Fonte: Iramina, 2016


15

4. FLUIDOS NEWTONIANOS E NÃO NEWTONIANOS

Na indústria petrolífera é necessário o conhecimento reológico dos diversos tipos de fluidos


utilizados na perfuração, pois através desse conhecimento é possível identificar a viscosidade,
plasticidade, elasticidade, entre outros fatores. Pode-se observar que os fluidos não newtonianos são
subdivididos em dependentes do tempo e independentes do tempo. Nos fluidos não newtonianos,
dependentes do tempo, os mesmos se dividem em reopéticos e o tixotrópicos. Nos fluidos reopéticos a
viscosidade aparente aumenta com o tempo, enquanto que nos fluidos tixotrópicos a aparente decresce
com o tempo.
O fluido newtoniano apresenta viscosidade ideal e sua variação de taxa de deformação versus
tensão decisalhamento é linear. Sendo assim, dado uma determinada temperatura, a viscosidade desse
fluido permanece constante e independente do tempo. Alguns exemplos de fluidos newtonianos são:
água, gasolina e ar, quando em condições normais. Já nos fluidos não newtonianos, a tensão de
cisalhamento não é diretamente proporcional à taxa de deformação. Sendo assim sua viscosidade é
alterada à medida que é variada a taxa de cisalhamento (Ribeiro, et al 2018).

Figura 6 - Classificação dos Fluidos pelo comportamento reológico.

Fonte: Silva, 2010 apud Ribeiro et al, 2018.


16

5.PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS FLUIDOS DE PERFURAÇÃO.

 Forças géis: A força gel indica o grau de gelificarão das partículas dispersas, devido à
interaçãoelétrica. (Thomas,2001).
 Poucos fluidos de perfuração são tixotrópicos, isto é, obtém um estado semirrígido quando
estão em repouso e voltam a obter um estado de fluidez quando estão novamente em
movimento. A força gel é um princípio também de natureza reológica que indica o grau
de gelificação devido a relação elétrica entre partículas dispersas. A força gel inicial aferi
a resistência inicial para colocar o fluido em fluxo. A força gel final aferi a resistência do
fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo em repouso. A diferença
entre elas indica o grau de tixotropiado fluido. (Silva, 2003).

 Parâmetros de filtração: É a habilidade do fluido de perfuração em constituir rebocos sobre


as rochas permeáveis que ficam expostas pela broca. Apresenta grande importância para o
processo de perfuração e para que isto aconteça deve ocorrer o influxo da fase liquida da
lama para a formação. Esse processo é denominado filtração. (Thomas,2001).

 A capacidade do fluido de perfuração em criar uma camada de partículas sólidas úmidas,


chamada de reboco, sobre as rochas permeáveis expostas pela broca é principal importância
parao sucesso da perfuração e da completação do poço. Para formar o reboco, deve haver
o influxo da fase líquida do fluido do poço para a formação. Este processo é conhecido
como filtração. Éfundamental que o fluido tenha uma fração razoável de partículas com
dimensões ligeiramente menores que as dimensões dos poros das rochas expostas. Quando
encontram as partículas sólidas com dimensões adequadas, a obstrução dos poros é rápida
e somente a fase líquida do fluido, o filtrado, invade a rocha. O filtrado e a espessura do
reboco são dois parâmetros medidosrotineiramente para estabelecer o comportamento do
fluido quanto à filtração (Silva, 2003).

 Taxa de sólidos: A taxa de sólidos deve ser conservada com o menor valor possível e deve
ser controlada com muito rigor, pois seu aumento interfere diretamente nas outras
propriedades, trazendo um grande risco de ocorrer problemas nos equipamentos de
circulação. O tratamento para controle do teor de sólidos pode ser corretivo ou preventivo.
O primeiro prevê a inibição dos fluidos, evitando a difusão dos sólidos. Já o segundo, é
usado equipamentos como tanques de decantação e peneiras, que servem de extratores de
sólidos. (Thomas,2001).

 É uma propriedade que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica
aumento de várias outras propriedades, tais como densidade, viscosidade e forças géis,
17

além de aumentar possibilidade de ocorrência de problemas como desgaste dos


equipamentos de circulação, fratura das formações devido à elevação das pressões de
bombeio ou hidrostática, prisão da coluna e atenuação da taxa de penetração. O
tratamento do fluido para diminuir o teor de sólidospode ser preventivo ou corretivo.
O tratamento preventivo consiste em coibir o fluido, física ou quimicamente,
impedindo a dispersão dos sólidos perfurados. Na técnica corretiva pode-se fazeruso
de equipamentos extratores de sólidos, tanto como tanques de decantação, peneiras,
hidrociclones e centrifugadores, ou diluir o fluido. (Silva, 2003).

 Concentração hidrogeniônica (pH): Geralmente o pH dos fluidos é mantido baixo, entre 7


e 10.O objetivo é evitar a corrosão de equipamentos e evitar dispersões das formações
argilosas. (Thomas,2001).

 Alcalinidades: A determinação da alcalinidade de um fluido depende diretamente do pH.


São realizados testes onde são registrados diferentes tipos de alcalinidades, como:
alcalinidadeparcial, da lama e total. (Thomas,2001).
O PH determina apenas uma alcalinidade ou acidez relativa à concentração de H+,
empregandométodos comparativos. A determinação das alcalinidades por métodos
diretos de titulação volumétrica de neutralização considera as espécies carbonatos e
bicarbonatos dissolvidos no fluido, além dos íons hidroxilas dissolvidos e não
dissolvidos. (Silva, 2003).

 Teor de cloretos: É realizado a partir da análise volumétrica de precipitação e é utilizado


para identificar a salinidade da água de preparo da lama de perfuração, além de detectar
influxos de água salgada. (Thomas,2001). O teste de salinidade de um fluido é também
uma análise volumétrica de precipitação feita por titulação dos íons cloretos. Esta
salinidade é expressa em mg/l de cloretos, mg/l de NaCl equivalente ou ppm de NaCl
equivalente. (Silva, 2003).

 Teor de bentonita ou de sólidos ativos: É utilizado como uma análise de volume por
adsorção com a finalidade de indicar sólidos ativos na lama de perfuração. (Thomas,2001).
Ele mede a capacidade de troca de cátion (CTC) das argilas e sólidos ativos presentes
(Silva, 2003).

6.METODOLOGIA

Este artigo foi feito por meio de uma revisão integrativa de literatura com método descritivo e
abordagem qualitativa. A busca na literatura foi realizada nas bases da UFSC, CAPES, GALE, SCIELO,
utilizando os descritores“ Fluidos de perfuração”, ” Poços de petróleo”, “Fluidos a base de óleo”. O período
18

de busca de pesquisas bibliográficas ocorreu de dezembro 2021 a março de 2022. O critério para inclusão das
pesquisas foi artigos que estão alocados nas bases de dados, no idioma português com recorte temporal de
2003 a 2018. Os critérios de exclusão estabelecidos para a abordagem bibliográfica foram: publicações fora
do recorte temporal, pesquisas em outras línguas que não o português e textos indisponíveis gratuitamente.

7.RESULTADO E DISCUSSÕES

AUTOR/ ESTUDO/ OBJETIVO CONCLUSÃO


ANO AMOSTRA
Silva, C. Estudo Apresentar os tipos de fluidos de Foi verificado a existência de dois
T.da, 2003 experimental perfuração com enfoque nos fluidos a sistemas, fluido e floculado, os
base aquoso, bem como mostrar os sistemas floculados foram
aditivos utilizados nas formulações dos observados quando o limite de
fluidos a base água que melhoram as escoamento se apresentava
propriedades desses fluidos com objetivo superior a viscosidade plástica, o
de minimizar as suas deficiências e que representa um maior cuidado
diminuir as suas diferenças em relação ao monitorar esses fluidos, e que
aos fluidos a base de óleo. estes sistemas não devem ser
empregados em operação onde
tenha formação argilosa, pois
acarretará vários problemas
durante a perfuração; já os sistemas
fluidos podem ser utilizados sem
restrição. Deve ser considerado as
propriedades reológicas de uma
determinada razão e as
concentrações de cada aditivo, afim
de buscar sempre a melhor relação
custo/benefício para a perfuraçãode
um poço.

Guimarães Estudo Apresentar as vantagens e asdesvantagens Neste estudo procurou-se verificar


I.B. et.al, analítico/8 na formulação dos fluidos de perfuração. as principais características dos
2007 artigos Objetiva-se, desta forma, levantar componentes de um fluido de
subsídios que apontem no perfuração e através destes apontar
os principais parâmetros que
19

sentido de encontrar uma formulação poderiam vir a melhorar o


ótima de fluido de perfuração que possam desempenho dos fluidos de
ser, também, menos agressivas ao meio perfuração nas atividades de
ambiente. campo. Para trabalhos futuros, a
aquisição e a formulação de
amostras em escalas laboratoriais
para comparar os resultados podem
auxiliar ainda mais o entendimento
das propriedades e das
características de cada fluido
melhorando o seu desempenho na
aplicação desejada.

Seixas, J. Revisão Analisar os aditivos empregados nos O estudo das diversas funções dos

E. de, 2010 Bibliográfica fluidos de perfuração, no que diz respeito aditivos, apresentados em tabelas

/19 artigos aos problemas identificados durante a de orientações para o tratamento e

perfuração e como a aplicação dos intervenção nos fluidos de

aditivos pode minimizar os fatores perfuração e tratamento da água

causadores de perda de eficiência e utilizada para fluidos de perfuração

consequentemente na redução dos custos contra contaminantes, mostram a

operacionais na fase de perfuração de um importância da identificação dos

poço de petróleo. Para tanto, serão problemas apresentados e suas

inicialmente apresentados conceitos sobre respectivas correções por meio de

os fluidos de perfuração, classificações e aditivos adequados.

propriedades, além de discussões sobre


funções dos aditivos, a natureza de alguns
aditivos, além da identificação de alguns
problemas que ocorrem durante a
perfuração e como os mesmos podem ser
corrigidos aplicando os aditivos
específicos.

Medeiros, Estudo Avaliar diferentes tipos e concentrações Concluiu-se que: a adição de

et al. ,2008 experimental de lubrificantes em fluidos de perfuração lubrificante nos fluidos reduz os

aquosos aditivados com bentonita e parâmetros reológicos (VA e LE),


porém não compromete o seu
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polímeros. Para tanto, foram estudados desempenho, apresentando valores


uma amostra de bentonita sódica de VA, VP e LE de acordo com os
industrializada, três aditivos poliméricos especificados pela PETROBRAS;
e três lubrificantes em diferentes os diferentes tipos de lubrificantes
concentrações, e determinadas as utilizados não apresentaram
propriedades reológicas (viscosidade influência significativa nas
aparente (VA), plástica (VP), limite de propriedades dos fluidos; os fluidos
escoamento (LE) e força gel (FG)), de estudados apresentaram valores de
filtração (volume de filtrado (VF) e CL compatíveis com os
espessura de reboco (ER)) e o coeficiente apresentados por fluidos base óleo,
de lubricidade (CL) dos fluidos de de acordo com dados da literatura.
perfuração. Diante dos resultados obtidos,
ficou evidenciada a eficiência dos
três lubrificantes estudados, bem
como que o teor de 1,0 % de
lubrificante proporciona aos
fluidos de perfuração de base
aquosa aditivados com bentonita e
polímeros adequada lubricidade.

Ribeiro Revisão Abordar os diferentes tipos de fluidos de O trabalho visou mostrar de forma
L.G., et al Bibliográfica perfuração existentes, suas principais sucinta, as principais utilizações e
2018. /20artigos características, funções e aplicações na propriedades dos fluidos, como
indústria petrolífera, além de apontar este pode prejudicar ou favorecer o
alguns problemas que estes fluidos podem meio ambiente.
ocasionar ao meio ambiente
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Em estudo desenvolvido por Silva, revela a existência de dois sistemas fluido e floculado, os
sistemas floculados foram observados quando os limites de escoamento se apresenta superior a
viscosidade plástica. Deve se considerar as propriedades reológicas de uma determinada razão e as
concentrações de cada aditivo, afim de buscar sempre a melhor relação custo/benefício para perfuração
de um poço Já Guimarães I.B. et.al relata compreender os fluidos de perfuração abrange diversos temas,
sendo importante conhecer o fluido a ser utilizadocomo o perfil “formação rochosa” onde será utilizado.
O autor Seixas e Ribeiro et al, informa como é possível fazer o mapeamento dos diferentes tipos de
aditivos encontrados, agrupando-os de acordo com suas funções especificas e identificar como as
mesmas devem ser aplicados aos fluidos de perfuração para aumentar a eficiênciada perfuração levando
em consideração a aplicabilidade de novas tecnologias, devido as novas reservas de petróleodo pré-sal.
Não sendo essenciais somente novos equipamentos para aprimorar as perfurações, mas a necessidadede
novos aditivos e fluidos de perfuração como peças fundamentais para o sucesso da perfuração.
Por fim o estudo realizado por Medeiros, et al analisou que a adição de lubrificantes nos fluidos reduz
os parâmetros reológicos (VA e LE) porém não compromete seu desempenho, houve pequenas
variações nas propriedades de filtração ao ser adicionado os lubrificantes, sendo que os diferentes
tipos de lubrificantes utilizados não apresentam influência significativa nas propriedades dos
fluidos.

8.CONCLUSÃO

A realização do presente estudo permite uma pesquisa dos princípios básicos e essenciais dos
fluidos de perfuração, sendo o não aquoso o principal a ser abordado neste trabalho pontuando sua
importância para ocorreruma perfuração mais segura, eficiente e preservando o meio ambiente. Para que
tenhamos maior segurança, estabilidade do poço e diminuição do tempo dos processos é importante o
controle das propriedades do fluido, pois assim podemos prever qual será seu comportamento. Os
fluidos de perfuração a base de óleo são mais adequados nos poços HPHT, sendo mais estáveis em altas
temperaturas e apresentando desvantagem devido o gásser mais solúvel em óleo do que em agua e seu
alto custo. Os fluidos de perfuração devem ser específicos para assegurar uma perfuração rápida e
segura, sendo fundamental que os fluidos possuam as seguintes características:Boa estabilidade química,
garantir a estabilidade mecânica e química da parede do poço, facilitar separação dos cascalhos na
superfície, estabelecer com que os sólidos estejam em suspensão quando os fluidos estiverem estáticos,
não causar danos ás rochas produtoras, receber todos os tratamentos físico e químico e ser bombeável.
É possível encontrar também neste artigo os parâmetros dos fluidos de perfuração e sua reologia como
força géis,parâmetros de filtração e suas classificações reológicas que são divididos em newtonianos e
não newtonianos visando mostrar de forma precisa as propriedades dos fluidos e como podem prejudicar
ou favorecer o meio ambiente.
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9. REFERÊNCIAS

DA COSTA, J.C.M. Estudo de fluidos de perfuração não aquosos: Proposta de uma metodologia
paracaracterização. UFRN, Natal, RN, junho de 2015.

DA SILVA, C. T. Desenvolvimento de Fluidos de perfuração a base de óleos vegetais. UFRN,


Natal, janeiro de 2003.

DE SEIXAS, J.E. Aditivação de Fluidos de Perfuração. UFF, Niterói, RJ, julho de 2010.

GUIMARÃES, I.B. et al. Estudos dos constituintes dos fluidos de perfuração: proposta de uma
formulação otimizada e ambientalmente correta. 4º PDPETRO, Campinas, SP, outubro de 2007.

IRAMINA.S.W. Fluidos de Perfuração, USP, São Paulo, agosto de 2016.

LEAL, C.A. et al. Estudo de suspensões de bentonitas sob diferentes condições térmicas. UFCG,
CampinaGrande, PB, março de 2013.

LOPES, O. R. Desenvolvimento de biofluidos de perfuração para poços de petróleo na base


biodiesel, diesel e água. Brasília, novembro de 2016.

MEDEIROS, R.C.A. et. al. Avaliação de aditivos lubrificantes em fluidos aquosos para perfuração
de poçosde petróleo. UFCG, Campina Grande, PB, dezembro de 2008.

PALLA, L. Fluidos de perfuração de alta performance: Uma alternativa aos fluidos de


perfuração não aquosos. UFF, Niterói, RJ, março de 2016.

RIBEIRO, L.G. et al. Aspectos práticos e essenciais dos fluidos de perfuração na indústria do
petróleo.
Cachoeiro de Itapemirim, ES, julho de 2018.

THOMAS, J.E. Perfuração. In: Fundamentos de Engenharia do Petróleo. Editora Interciência. Rio de
Janeiro,2001.

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