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TRADUÇÃO DA 5• ED I ÇÃO
E TOLOGIA
ELSEVIER
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Thomas P. Habif, MD
Adjunct Prof essor of Medicine (Dermat ology)
Dartmouth Medicai School
Hanover, NH, USA
MOSBY
ELSEVIER
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Capa
Mello e Mayer
Editoração Eletrônica
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NOTA
O conhecimento médico está em permanente mudança. Os cuidados normaisde segurança devem ser seguidos, mas, como as novas
pesquisas e a experiência clínica amplíam nosso conhecimento, alterações no tratamento e terapia à base de fármacos podem ser
necessárias ou apropriadas. Os leitores são aconselhados a checar informações mais atuais dos produtos, fornecidas pelos fabricantes
de cada fármaco a ser administrado, para verificar a dose recomendada, o método e a duração da administração e as contra indicações.
セ@ responsabilidade do médico, com base na experiência e contando com o conhecimento do paciente, determinar as dosagens e o
melhor tratamento para cada um individualmente. Nem o editor nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventual dano
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O Editor
CIP-BRASJL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
H123d
Habif, Thomas P.
Dermatologia clínica: gula colorido para diagnóstico e tratamento I Thomas P. Hablf;
[tradução de Maria Inês Correa Nascimento •. et ai.]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
1056p.: il.; 28 em
Tradução de: Clinicai dermatology: a calor guide to diagnosls and therapy Sth ed
Inclui índice
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Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-85-352-6584-2 (recurso eletrônico)
11-5041. CDD:616.5
CDU:616.5
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Revisão Científica
e Tradução
REVISAO CIENTIFJCA
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Ryssia Alvares Florião (Caps. 1, 4, 9, 14, 16, 18, 24, 26, fndice)
Doutorado e Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro {UPRJ)
Ex-Chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Geral de Jacarepaguá
TRADUçAO
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Revisão CienUfica e Tradução
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Dnmatologia QíniCD pretende ser uma fonte práúca para o médim Organização e conteúdo do texto
clinico. Mais de 1.500 ilustrações são combinadas com desrnções
de doenças e informações terapêuóca.• atuais e abrangentes. Títu- É usado aqui o método tradiáonal de organíza9ío das doenças
los em negrito são usados para faálitar o acesso rápido às infor- de pele. Doenças comuns slo discuódas em profundidade. São
mações. incluídas iltL<rrações de exemplos clássicos dessas doenças e fo-
tografias dos seus vários estágios. Informações teóricas, mecani,s.-
mos de doença e doen('..as raras são encontrados em livros mais
ACESSO RAPIDO AO TEXTO abrangentes.
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Índice de Distúrbios
Abscessos, 356 Dermatofibroma, 787
Acantose nigricans, 978 Dermatomiosite, 692
Acne, 226 Dermatose pustular erosiva, 946
Acne cística, 230 Dermografismo, 194
Acne esteroide, 248 Disidrose (ponfolix), 109
Acne rosácea, 256 Divisão da unha distai, 965
Acrocórdon (pontos na pele), 784 Doença da arranhadura do gato, 614
Adenoma sebáceo, 988 Doença de Bowen, 821
Alopecia androgenética (feminina), 924 Doença de Cowden, 996
Alopecia androgenética (masculina), 922 Doença de Grover, 334
Alopecia areata, 932 Doença de Kawasaki, 560
Anafilaxia induzida por exercício, 198 Doença de Lyme, 600
Angioedema, 200 Doença de Mucha-Habermann (PLEVA), 332
Angioma cereja, 904 Doença de Paget da mama, 843
Angiomas em aranha, 910 Doença de Schamberg, 740
Angiomatose bacilar, 615 Doença do soro, 210
Angioqueratoma, 904 Doença extramamária de Paget, 844
Atrofia esteroide, 85 Doença mão-pé-boca, 547
Blefarite (dermatite seborreica), 313 Ectima gangrenoso, 370
Bolhas em dedos distais, 359 Eczema asteatoico (xerose), 11 O
Buschke-Lõwenstein, condilomata gigante de, 830 Eczema craquelê, 11 O
Calcanhar negro, 461 Eczema de mão, 100
Calosidades, 460 Eczema herpético, 473
Calvice masculina, 922 Eczema numular, 104, 111
Cancroide, 410 Eflúvio telógeno, 920
Candidiase (moniliase), 523 "En coup de sabre", 709
Carbúnculo, 356 Envenenamento por coral, 631
Carcinoma de célula basal, 801 Epidermólise bolhosa adquirida, 661
Carcinoma de célula escamosa, 824 Epidermólise bolhosa simples, 664
Carcinoma superficial de célula basal, 807 Epidermólise distrófica bolhosa, 664
Carcinoma verrugoso, 830 Era venenosa, 138
Celulite, 342 Erisipela, 342
Celulite dissecante (foliculite), 943 Erisipeloide, 359
Cisto digital mucoso, 907 Eritema ab igne, 775
Cisto epidermal, 796 Eritema elevatum diutinum, 737
Cisto pilar, 798 Eritema infeccioso (quinta doença), 553
Cobertura de berço, 312 Eritema multiforme, 710
Coceira do nadador, 627 Eritema nodoso, 720
Comedões actinicos (senil), 251 Eritema tóxico do neonato, 670
Comedões senis, 251 Eritrasma, 501
Composto nevo, 848 Eritroderma esfoliativo, 578
Condiloma acuminata, 420 Eritroplasia de Queyrat, 823
Condrodermatite nodular, 795 Erupção de banhista do mar, 628
Delírios da parasitose, 121 Erupção fixa a fármaco, 576
Dermatite alérgica de contato, 133 Erupção rastejante, 625
Dermatite atópica, 154 Erupções a fármacos, 568
Dermatite berloque, 763 Erupções polimorfas à luz, 750
Dermatite de contato, 131 Escleroderma, 700
Dermatite de contato irritante, 131 Esclerose tuberosa, 987
Dermatite de estase, 122 Escoriações neuróticas, 120
Dermatite de lagarta, 595 Estria, 88
Dermatite e queimaduras do cimento, 145 Exantema súbito (roséola infantil), 556
Dermatite eczematosa, 91 Exantemas virais, 558
Dermatite herpetiforme, 643 Febre escarlate, 549
Dermatite perioral, 253 Febre maculosa das Montanhas Rochosas, 610
Dermatite seborreica, 312 Fogo e picadas, 626
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Índice de Distúrbios
Foliculite, 351 Metotrexato, 287
Foliculite descalvante, 942 Micose fungoide, 832
Foliculite em tufos, 945 Miíase, 622
Foliculite por Pseudomonas, 363 Milia, 251
Formigas, 626 Miliária rubra, 263
Furúnculo (tumor), 356 Molusco contagioso, 428, 465
Gonorreia, 413 Mordeduras, 616
Granuloma anular, 976 Mordida de cachorro, 616
Granuloma de piscina, 379 Mordida de gato, 616
Granuloma inguinal (donovanose), 412 Mordidas de animal, 616
Granuloma piogênico, 906, 971 Morfeia, 707
Hemangioma capilar (lobular), 906 Necrobiose lipoídica, 975
Hemangioma cavernoso, 896 Necrólise epidérmica tóxica, 717
Hemangioma da infância, 892 Neuralgia pós-herpética, 489
Herpes simples, 467 Neurofibromatose de von Recklinghausen,
Herpes-zóster, 479 983
Hidradenite supurativa, 260 Nevo anêmico, 770
Hiperplasia sebácea, 799 Nevo azul, 856
Hipomelanose idiopática da gota, 769 Nevo congênito, 850
Hirsutismo, 926 Nevo de Becker, 854
lctiose vulgar, 167 Nevo de junção, 848
lmpetigo, 336 Nevo de Spitz, 855
lmpetigo bolhoso, 336 Nevo dermal, 848
lntertrigo, 501 Nevo displásico (nevo atípico), 856
lsotretinoína, 243 Nevo epidermal, 792
Lago venoso, 905 Nevo flammeus (colorações de vinho do Porto),
Larva migrans cutânea, 625 898
Leishmaniose, 632 Nevo halo, 855
Lentigo (pontos hepáticos), 771 Nevo lentiginoso pontilhado, 853
Lentigo maligno, 868 Nevo sebáceo, 794
Leuconiquia, 964 Onicólise, 962
Leucoplasia, 829 Onicomicose (infecções fúngicas das unhas), 956
Leucoplasia pilosa, 451 Onicomicose branca superficial, 958
Linfangioma circunscrito, 905 Otite externa, 366
Linfoma cutâneo de célula T, 832 Panarício herpético, 955
Linhas de Beau, 551, 966 Pápulas penianas peroladas, 423
Líquen escleroso, 327 Papulose bowenoide, 427
Líquen plano, 320, 940 Paralisia por picada de carrapato, 613
Líquen plano vaginal, 324 Paroníquia, 953
Líquen simples crônico, 104, 115 Pediculose, 590
Lúpus eritematoso, 678 Pênfigo, 647
Lúpus eritematoso discoide cutâneo crônico, 682, Pênfigo crônico familiar benigno, 662
939 Penfigoide, 655
Lúpus eritematoso sistêmico, 688 Penfigoide bolhoso, 655
Mácula melanocítica labial, 856 Penfigoide cicatricial, 658
Manchas da pele (acrocórdon), 784 Perléche, 536
Mastocitose, 211 Pés rachados e fissurados, 113
Melanoma de espalhamento superficial, 864 Picadas da aranha marrom reclusa, 598
Melanoma juvenil benigno (nevo de Spitz), Picadas da aranha viúva negra, 596
855 Picadas de abelha, 620
Melanoma lentiginoso acral. 870 Picadas de aranhas, 596
Melanoma maligno, 860 Picadas de insetos, 620
Melanose pustular neonatal transitória, 670 Pioderma gangrenoso, 737
Melasma, 772 Piolho, 590, 592
Meningococcemia, 371 PLEVA (doença de Mucha-Habermann), 332
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Índice de Distúrbios
Poiquilodermia, 837 Síndrome de Muir-Torre, 997
Poiquilodermia vascular atrófica, 837 Síndrome de Sézary, 840
Ponfólide (disidrose), 109 Síndrome de Stevens-Johnson, 714
Pontos café com leite, 774, 983 Síndrome de Sturge-Weber, 902
Porfiria cutânea tardia, 756 Síndrome de Sweet, 734
Protoporfiria eritropoiética, 760 Síndrome do babuíno, 144
Prurido aquagênico, 199 Síndrome do carcinoma nevoide de célula basal,
Prurido nodular, 119 808
Pseudofoliculite da barba, 352 Síndrome do choque tóxico, 566
Pseudopelado, 941 Síndromes nevos atípicos, 856
Pseudoporfíria, 758 Siringoma, 800
Psoriase, 264 Telangiectasia macular eruptiva persistente,
Psoriase eritrodérmica, 269 214
Psoriase gutata, 268 Telangiectasia, 91 O
Psoriase pustular, 269 Tinea amiantacea, 312
Ptiriase alba, 170 Tinea barbae, 517
Ptiriase liquenoide crônica, 333 Tinea capitis, 509
Ptiriase rósea, 316 Tinea corporis, 502
Ptiriase rubra pilar, 309 Tinea cruris, 499
PUPPP, 207 Tinea gladiadorum, 504
Púrpura de Henoch-Schõnlein, 730 Tinea incognito, 88, 508
Queilite actinica, 818 Tinea pedis, 495
Queilite angular, 536 Tinea versicolor, 537
Queimadura de sol, 747 Trichomonas vaginalis, 391, 526
Queloide, 788 Tricomicose axilar, 946
Queratoacantoma, 790 Tricotilomania, 936
Queratoderma blenorrágico, 272 Tronco do nevo balnear, 852
Queratólise esfoliativa, 105 Úlceras arteriais na perna, 124
Queratólise pontual, 498 Úlceras de estase (venosa), 124
Queratose actinica, 812 úlceras venosas, 124
Queratose arsenical, 824 Unhas de Terry, 968
Queratose de estuque, 784 Uretrite, 390, 417
Queratose pilaris, 168 Urticária, 181
Queratose seborreica, 776 Urticária ao frio, 198
Quinta doença (eritema infeccioso), 553 Urticária aquagênica, 195
Reação dermatofítica, 109, 496 Urticária colinérgica, 197
Rosácea, 256 Urticária de pressão, 196
Rosácea esteroide, 82 Urticária pigmentosa, 212
Roséola infantil (exantema súbito), 556 Vaginose, bacteriana, 391
Rubéola, 552 Varicela, 474
Sarampo, 544 Vasculite, 722
Sarampo germânico, 552 Vasculite de hipersensibilidade, 727
Sarcoma de Kaposi, 907 Vasculite de pequeno vaso, 726
Sarna, 582 Vasculite leucocitoclástica, 727
Sicose da barba, 354 Vasculite urticarial, 209
Sífilis, 396 Verruga genital, 419
Sífilis congênita, 403 Verrugas, 454
Síndrome da pele escaldada estafilocócica, 360 Verrugas genitais, 419
Síndrome da telangiectasia nevoide unilateral, 912 Verrugas plantares, 460
Sindrome da unha amarela, 967 Vitiligo, 764
Síndrome da urticária de contato, 207 Xantelasma, 981
Síndrome de Birt-Hogg-Dubé, 998 Xantomas, 980
Síndrome de CREST, 704 Xantomas eruptivos, 982
Sindrome de Gardner, 997 Xerose, 110
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154
Infecções da pele .................................................... .........335
Patogênese e Imunologia ...................................... ......... 156 Foliculite ................................................................. ......... 351
Aspectos clínicos .................................................... ......... 156 Furúnculos e carbúnculos...................................... .........356
Características associadas ...................................... ......... 167 Erisipeloide ............................................................. .........359
Fatores desencadeantes .......................................... ......... 172 Dactilite dista! bolhosa .......................................... .........359
Tratamento da dermatite atópica .......................... ......... 172 Síndrome da pele escaldada estalilocócica .....................360
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Infecção por Pseudomonas aerugínosa ..............................363 Insetos com ferrão ........................................................ ..620
Meningococcemia ............................................................ 371 Insetos sugadores .......................................................... .. 621
Micobactéria não tuberculosa .........................................379 Empção por larva migrans ............................................ ..625
Formigas ........................................................................ ..626
Dem1atite assoàada à natação ..................................... ..627
10 Infecções Bacterianas Sexualmente Leishmaniose................................................................. .. 63 2
Transmissíveis 382
12 Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Doenças auto imunes ...................... ................................ 671
Virais 454 Doenças do teàdo conjutivo ......... ................................672
Lúpus etitematoso........................... ................................678
Verrugas ............................... ............................................. 454 Dermatomiosite e poUmiosite ........................................692
Molusco contagioso ............................................... ......... 465 l'sderodermia ...................................................................700
Herpes simples ....................................................... ......... 467
Varicela .................................................................... ......... 474
18 Síndromes de Hipersensibilidade e
Herpes zóster .......................................................... ......... 479
Vasculite 710
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Profilaxia antibiótica
22 Nevos e M elanoma Maligno 847
Anestesia local
Hemostasia
Nevas melanoáticos .............................................. .........84 7 Cicatrização de feridas
Melanoma maligno ............................................... .........860 Biópsia da pele
Manejo do melanoma ........................................... .........872 Eletrodissecção e curetagem
Jlstadiamento e prognóstico .................................. .........87 5 Curetagem
Tratamento do lentigo maligno ............................ .........879 Dissecção romba
Derrnatoscopia ....................................................... .........880 Criocirurgia
Extração de cistos
23 Tumores Vasculares e Malformações 891 Cirurgia micrográfica de Mohs
Peelütgs químicos
Preenchimentos dérmicos e subdérmicos
Lesões vasculares congênitas ................................. ......... 891 Lipoaspiração
Lesões vasculares adquiridas ................................. ......... 904 Lasers
Telangiectasias ........................................................ ......... 910 Toxina botulinica
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ANATOMIA DA PELE
Camada de tecido•-,
conjuntivo
セ エ ウ オ。エッ@ lúdico
:.--E!;trato granuloso
papilar
o
- - - - Camada §
reticular "'
Cutlcula capilar
capilar .__ _ _ Nervo motor
(autonOmico)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Mácula
Descoloração árcunscrita e plana que pode ser mar-
rom, azul, vem1clha ou hipopigmentada
Marrom Azul
Dermatite de estase (pág. 122) Mácula cerúlea (piolho)
Erit.rasma (pág. 501) Mancha mongólica
Fotoalergias (pág. 764) Ocronose
Hipopigmentada Lenligo (pág. 771) Tinia (tatuagem)
Dermatite por radiação Lenligo maligno (pág. 868)
Esclerose tuberosa (pág. 987) Manclus café com leile (pág. 983)
HiJ>Omelanose gutala idiopálica Mel asma (pág. 772) Vermelha
(pág. 769) Nevo de Becker (pág. 854) Artrite reumatoide juvenil (doença
Nevo anêmico (pág. 770) Nevos juncionais (pág. 848) de Slill)
Piebaldismo Reações fixas por farmacos (pág. 576) Erupções por fármacos (pág. 568)
Psorfase pós-inflamatória Reações fototóxicas (pág. 761) Exantema ll'iral (pág. 558)
Tinea vtm.ie<Jior (pág. 537) Sardas (pág. 771) Febre reumálica
Vililigo (pág. 764) Tinea nigra palmaris Sífilis secwtdária (pág. 400)
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Princlpios de D iagnóstico e Anatomia Capítulo
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Placa
Lesão árcunscrita, elevada, superfiáal e sólida com mais de 0,5 em
de diâmetro, formad a freq uentemente pela confiuênáa de pápulas
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
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Nódulo
Lesão árcunscrita, elevada e sólida com mais de 0,5 em de diâmetro;
um nódulo grande é d enominado tumor
Carcinoma basocelular (pág. 801) Melanoma (pág. 860)
Carcinoma de células escamosas Melástase culânea (pág. 845)
(pág. 826) Neurofibromatose (pág. 983)
Eritema nodoso (pág. 720) l'rurigo nodular (pág. 119)
Esporotricose Queratoacamoma (pág. 790)
Furúnculo (pág. 356) Sarcoma de Kaposi (pág. 907)
Hemangioma (pág. 904) Verrugas Hー£ァNセ@ 419, 454)
Linfoma Xantoma (pág. 980)
Linfomas culâneos de células T
(pág. 832)
Lipoma
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Pústula
Coleção circunscrita de leucócitos e liquido livre q ue
varia em tamanho
Acne (pág. 226) Herpes-zósLer (pág. 480)
Candid!ase (pág. 523) Hidradenite supuraliva (pág. 260)
Catapora (pág. 474) lrnpetigo (pág. 335)
Disidrose (pág. 109} Infecção por dermató6Lo (pág. 497)
Escabiose (pág. 585) Pioderma gangrenoso (pág. 737}
Foliculite (pág. 351) Psorfase (pãg. 269)
Foliculite por Pseudomonas Queratose pilar (pág. 168)
(pág. 363) Rosácea (pág. 256}
Conococcemia (pág. 416} Varicela (pág. 474)
Herpes simples (pág. 467)
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Vesícula
Coleção circunscrita de líquido livre com até 0,5 em de diâmetro
Dermalite herpeliforme (pág. 643) lmpeligo (pág. 335)
Doença da arranhadura do gato (pág. 614) Uquen plano (pág. 320)
Eczema (agudo) (pág. 93) Pênfigo familiar crônico benigno
Eritema mulliforme (pág. 710) (pág. 662)
Escabiose (pág. 582) Pênfigo foliáceo (pág. 650)
Herpes simples (pág. 467) Porfiria culânea tardia (pág. 756)
Herpes..zóster (pág. 480) Varicela (pág. 474)
Bolha
Coleção circunscrita de líquido livre com mais de 0,5 em
de diâmetro
Bolha em indi'VIduos diabélicos Herpes gestacional (pág. 660)
(pãg. 646) lúpus eri tema toso (pág. 686)
Epiderrnólise bolhosa adquirida Pênfigo (pãg. 64 7)
(pág. 661) Penfigoide bolhoso (pág. 655)
EruP{.ãO fixa por fármacos
(pág. 576)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Pápula (urticária)
Placa finne e edematosa que resulta da infiltração de fluido na
denne; as pápulas são transitórias e podem durar apenas algumas
horas
Angioedema (pág. 200) Urticária colinérgica (pâg. 197)
Dermografismo (pâg. 194) Urticária pigmenLosa (pág. 212)
Penfigoide bolhoso (pág. 655) Urticárias (pág. 183)
PUI'I' (pág. 208)
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Descamação
Excesso de células epidérmicas mortas que são produzidas por queratini-
zação anormal e queda
Eritema craquelé
(descamação densa)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Crosta
Coleção de soro seco e restos celulares; uma ácatriz
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Erosão
Perda focal de epiderme; as erosões não penetram abaixo da
junção dermoepidénnica e, portanto, curam sem àcatriz
Ângulos da boca (pág. 536) Infecção por dermató6to (pág. 495)
Candidfase (pág. 523) 11\lertrign (pág. 501)
Doença eczema tosa (pág. 91) Lesão solar (pág. 745)
Doenças vesiculares e bolhosas Necrólise epidérmica tóxica
(pág. 635) (pág. 718)
Escoriações neuróticas (pág. 120) Tinea pedis (pág. 495)
Herpes simples (pág. 467)
Úlcera
Perda focal de epiderme e derme; as úlceras curam com àcatriz
Afta Necrobiose lipofdica (pág. 975)
Cancroide (pág. 410) l'ioderma gangrenoso (pág. 737)
Decúbito Radiodermatite
Dermatite de estase (pãg. 122) Sf6lis primária (pág. 398)
Jsquêmica
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Fissura
Perda linear de epiderme e derme com paredes bem defini-
das e aproximadamente verticais
Ângulos da boca (pág. 536) lntertrigo (pág. 501)
Eczema das pontas dos dedos rNセ」ィ。、オイウ@ (mãos, pés)
(pág. 106) (págs. 102, 103)
Atrofia
Depressão na pele devido ao adelgaçamento da epiderme ou derme
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Cicatriz
Formação anom1al de tecido conjuntivo implicando dano dérmico;
após ferimento ou cicatriz por cirurgia são inicialmente espessas e
rosa, mas com o tempo se tornam brancas e atróficas
Acne (pág. 252) l'orfiria (pág. 757)
Herpes..zósLer (pág. 482) Queimaduras
Hidradenile supurativa (pág. 260) Queloide (pág. 788)
Penfigoide bolhoso (pág. 655) Varicela (pág. 474)
Penfigoide cicatricial (pág. 658)
Queloide Herpes-zóster
Porfiria
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Cisto
Lesão circunscrita com uma parede e uma luz; a luz pode conter
fiuido ou material sólido
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Petéquia Púrpura
Depósito órcunscrito de sangue com menos de 0,5 em Depósito circunscrito de sangue com mais de
de diâmetro 0,5 em de diâmetro
••
.. .
•
............
•
. .....
...
Púrpura de Henoch·Schõnlein Pele danificada pelo sol
Túnel Liquenificação
Canal estreito, elevado e sinuoso produzido por um Área de epiderme espessada induzida pelo ato
parasita de coçar; as linhas da pele ficam acentuadas de
fom1a que a superfíóe lembra uma tábua de
lavar
Telangiectasia
Vasos sanguú1eos superfiáais dilatados
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Couro
Fronlé Petiorbital cabéludo
(pp. 32, 62) (p 62) (p 63)
Nariz
セM[ O Lゥ@ / Face (pp. 28, 32, 60)
(p. 54) / / O<elha (p. 30)
Lábios
(p. 51)
Pescoço (mgiôéS M]セ セ M Queixo (pp. 28, 60)
lateml e antérior)
(p. 52) セMZ tBG@ Pescoço (regiao
pc<lefior) (p. 52)
Tórax :----__
Alôla
(p. 66) ----- (p. 24)
rnftamamária MK Mセ Btaços e
(p. 46) antebraços
/
(pp. 22, 74)
Cotovelo e joelho
(p. 31)
Ti'Onco
(p. 66)
Nádegas
(p. 29) Virilha
(p. 40)
Vutva Pema
(p. 72) (p. 47)
Coxa (supeoriície
inw na e pféga Petnas - por'ÇM
inguinal) infefior (p. 47)
(p. 65) )
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Anus
Candidfase (pág. 523)
Celulite perianal (pág. 348)
Dermatite de conlato alérgica
(pág. 133)
Doença de Paget extramamária
(pág. 844)
Escoriação anal (pág. 115)
Conorreia (pág. 413)
Herpes simples (pág. 467)
Hidradenile supuraüva (pág. 260)
Uquen esderoso (pág. 327)
Uquen plano (pág. 320)
Uquen simples crônico (pág. 115) Verrugas Eczema líquen plano
Psorfase im-ertida (pág. 27 4)
Sffilis secw\dária (pág. 401)
Sfndrome do babufno (pág. 144)
v・イオァNセウ@ (pág. 422)
Vitiligo (pág. 764)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Aréola (mama)
Acamose niKriClltJS (pág. 979)
Doença de Paget (pág. 843)
Eczema Hー£ァNセ N@ 95, 96)
Queratose seborreica (pág. 776)
Eczema, subagudo
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Axila
Acantose nigricans (pág. 978)
Candidfase (pág. 523)
Dermatite de contato alérgica (pág. 133)
Doenç.a de von Recklinghausen
(neurofibromaLose) (pág. 983)
Eczema (pág. 91)
Eritrasma (pãg. 501)
Escabiose (pág. 585)
Fúrunculos (pág. 356)
Hidradenile supuraliva (pág. 260)
lmpeligo (pág. 336)
Uquen plano (pág. 322)
Manchas de Fordyce (pág. 224)
Papilomas cutâneos (acrocórdons) e pólipos
(pág. 784)
Paraqueratose granular
Pediculose (pág. 590)
Neurofibromatose Psoríase pustulosa
Pênfigo イNセュゥャ。@ benigno crônico (pág. 663)
PseudoxanLoma elástico
Psorfase im>ersa (pág. 27 4)
Tinea (pág. 502)
Tricomicose (pág. 946)
Candidíase Candidíase
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
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Barba
Alopecia areala (pág. 932)
Dermatite seborreica (pág. 315)
Lúpus eritematoso cut.âneo crônico (discoide) (pág. 682)
PseudofoliculiLe da barba (pág. 352)
Sicose da barba (pág. 354)
Tinea da barba (pág. 51 7)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Braços e antebraços
Acne (pág. 230)
Carcinoma de células escamosas (pág. 826)
Dermatite a tópica (pág. 157)
Dermatite herpeLiforme (pág. 643)
Dermatomiosite (pág. 692)
Doença da arranhadura do gaLo (pág. 614)
Eczema (pág. 93)
Eczema numular (pág. 111)
Eritema infeccioso (pág. 554)
Eritema multiforme (pág. 710)
Erupç.ão polirnorfa à lU2 (pág. 750)
Escabiose (pág. 585)
Esclerodermia (pág. 700)
Escoriações neuróticas (pág. 120)
Cranulorna anular (pág. 976) Dermatite atópica Penfigoide bolhoso
Herpes..zóster (pág. 479)
Linhas de demarcação pigmentar
Uquen plano (pág. 320)
Lúpus eritematoso (pãg. 686)
Pele danificada pelo sol (pág. 743)
Penfigoide bolhoso (pág. 655)
PiLirfase alba (pág. 170)
Prurigo nodular (pág. 119)
Queratoacamoma (pág. 790)
Queratose J)i)ar (pág. 168)
Queratose seborreica (pág. 778)
Sfndrorne de Stevens-Johnson (pág. 714)
Sfndrorne de Sweet (pãg. 734)
Tinea (pág. 502)
Vasculite de hipersensibilidade (pág. 727)
xamoma e dislipoproteinernia (pág. 980)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Cavidade oral
Candidfase ( pág. 529)
Doença da mão, pé e boca (pág. 548)
Doença de Cowden ( pág. 996)
Estomatite aftosa
Herpes simples, primário (pág. 470)
Leucoplaquia pilosa da AJDS (págs. 447, 451)
Leucoplasia (pág. 829)
Uquen plano (pág. 324)
Pênfigo ( pág. 64 7) leucoplasia pilosa da AIDS
Sífilis secwtdária (pág. 400)
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Cotovelos e joelhos
Atro6a esteroide (pâg. 86)
Calcinosejsfndrome CREST (pág. 704)
Dermatite a tópica (pág. 161)
Dermatite herpetiforme (pág. 643)
Eczema numular (pág. 111)
Eritema multiforme (pâg. 710)
Escabiose (pág. 585)
Cota
Cranuloma anular (pág. 976)
Lfquen simples crônico (pág. 105)
Nódulo reumatoide
Psorfase (pág. 265)
J<antomas (pág. 980)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Couro cabeludo
Acne necrólica
Alopecia areata (pág. 932)
Carcinoma basocelular nodular
(pág. 801)
Celulite dissecante (pág. 943)
Ceratose actfnica (pág. 815)
Ceratose seborreica (pág. 780)
Cisto pilar (pág. 798)
Dermatite de contato (pág. 130)
Dermatite seborreica Hー£ァNセ@ 312, 314)
Dermatomiosite (pág. 695)
Escoriações neuróticas (pág. 120)
Eczema (pág. 99)
Foliculite (pág. 351)
Herpe.Hóster (pág. 479)
Escoriações neuróticas Dermatomiosite
Uquen planopilar (pág. 940)
Lúpus eritematoso cutâneo crônico
(discoide) (pág. 939)
Melanoma (pág. 860)
Nevo sebáceo (pág. 794)
Nevos (pág. 848)
Pediculose da cabeça (pág. 591)
Pediculose de cabeça (pág. 591)
Prurigo nodular (pág. 119)
Psorfase (pág. 270)
Sffilis (pág. 400)
Tinea (pág. 509)
Tricolilomania (pág. 937) Foliculite decalvante
セ@ ..
Tínea tonsurans Celulite dissecante Alopecia areata
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Couro
cabeludo
Psoriase Psoríase
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Hidradenite supurativa
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Dedos
Cisto mucoso (pág. 970)
Dermatomiosite (pág. 695)
Doenç.a da mão, pé e boca
(pág. 547)
Eczema (pág. 106)
Erisipeloide (pág. 359)
Cranuloma piogênico
(pág. 971)
Orf
Panarfcio herpético (pág. 955)
Reação Ide (pág. 109)
Sepse gonocócica (pág. 416)
Síndrome de S'weet (pág. 735)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Do rso
Acne (pág. 233) Uquen simples crônico (pág. 105)
Amiloidose Melanoma (pág. 860)
Atrofodermia Nevo anêmico (pág. 770)
Cicatrizes hipertróficas e queloides Nevo de Becker (pãg. 854)
(pág. 788) Notalgia parestésica
Dermografismo (pág. 194) Pilirlase liquenoide (pág. 332)
Doença de Crover (pág. 334) Psorlase eritrodérmica (pág. 269)
Eczema (pág. 112} Queratose seborreica (pág. 777)
Eczema numular (pág. 111) Tinea セ\ュゥ」ッャイ@ (pág. 537)
Eritema ab iK"e (pág. 775)
Escoriações neuróticas (pág. 120)
Estria (pág. 88)
FoliculiLe por piL)'rospontm (pág. 540)
Linfomas cutâneos de células T (pág. 832)
Lfquen escleroso (pág. 327)
Lfquen espinuloso
Lfquen plano (pág. 323)
Líquen plano
Tinea versicolor
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Face
Adenoma sebáceo (pág. 988)
Alopecia mucinosa
Angioedema (pág. 200)
Carcinoma basocelular nodular (pág. 804)
Carcinoma de células escamosas (pág. 824)
Catapora (pág. 475)
Cera tose actfnica (pág. 813)
Comedão senil (pág. 251)
Dermatite a tópica (pág. 159)
Dermatite perioral (pâg. 253) Dermatite factícia
Dermatite seborreica (pág. 312)
Dermatose papulosa nigra (pâg. 786)
Dermatose seborreica (pág. 780}
Diagnóstico de dermatite de contato (pág. 148)
Doença de Cowden (pág. 996)
Ee2ema (pág. 91)
Erisipela (pág. 342}
Esclerodermia (pág. 700)
Herpes simples (pág. 470)
HerpeH:óster (pág. 482)
Hiperplasia sebácea senil (pág. 799)
Dermatite seborreica
lmpeligo (pág. 337)
Lentigo maligno (pág. 868)
Lúpus eritematoso (pâg. 686)
Melasma (pág. 773)
Molu...co contagioso (pág. 465)
Nevo de Spitz (pág. 855)
Nevo sebáceo (pág. 794)
Pênfigo eritematoso (pág. 649)
Pitirfase alba (pág. 170)
Psorfase (pág. 264)
Queratoacamoma (pág. 790)
Queratose pilar (pág. 168)
Rosácea (pág. 256)
Sicose da barba (pág. 354)
Sffilis (pág. 400)
Síndrome CRES"r (pág. 705)
Sfndrome de Bin-Hogg-Dubé (pág. 998}
Síndrome de Stevens-Johnson (pág. 716) Herpes-zóster
Síndrome de Sweet (pâg. 735)
Tinea (pág. 51 7)
Verrugas planas (pág. 459)
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Face
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Lábios
Angioedema (pág. 200)
Carcinoma de células escamosas
(pág. 826)
Dermatite alérgica de contato (pág. 132)
Dermatite a tópica (pág. 159)
Eczema (pág. 95)
Eritema multiforme (pâg. 713)
Cranuloma piogênico (págs. 906, 971)
Herpes simples (pág. 470) Dennatite atópica
lmpeligo (pág. 339)
Lago venoso (pág. 905)
leucoplasia (pág. 829)
Mácula melanólica labial (pág. 856)
Perledle (pág. 536)
QueiliLe aclfnica (pág. 818)
Sfndrome de Stevens-)ohnson
(pág. 716)
Verrugas (pág. 459)
Queilite actinica
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Dermatomiosite
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
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Nádegas
Dermatite herpeLiforme (pág. 643}
Eritema ab igne (pág. 775}
Escabiose (pág. 585)
Foliculite por l'seudomonas (pág. 363)
Herpes (pág. 472)
Hidradenile supuraüva (pág. 260}
Molusco contagioso (pág. 429)
Psorfase (pág. 267)
Queratose pilar (pág. 168)
Psoriase, placa crônica
Tinea (pág. 502)
Molusco contagioso
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Nariz
Acne (pág. 226)
Adenoma sebáceo (pág. 988)
Carcinoma basocelular nodular (pág. 805)
Carcinoma de células escamosas (pág. 824)
Celulite (pág. 342)
Dermatite seborreica (pág. 312)
Fissura (narina) (pág. 15)
Foliculite estalilocócica (pág. 351)
Cra nulomatose de Wegener (pág. 724)
Cranulose rubra nasal
Herpes simples (pág. 4 71) Celulite
Herpes..zóster (pág. 483)
lmpeligo (pág. 337)
Lúpus eritematoso (pãg. 682)
Lúpus eritematoso cutâneo crônico (pág. 682)
Nevos (pág. 848)
Queratose acúnica (pãg. 818)
Rinofima (pág. 257)
Rosáce.1 (pág. 256)
Sulco nasal
Telangiectasia (pág. 257)
Rosácea
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Orelha
Carcinoma basocelular nodular (pág. 805)
Carcinoma de células escamosas (pág. 826)
Celulite (pâg. 365)
Ceratose actfnica (pág. 813)
Cisto epidérmico (pág. 796)
Condrodermatite nodular da hélice (pág. 795)
Dermatite de contato alérgica (pág. 140)
Dermatite seborreica (pág. 312)
Doenç.a de Bowen (pág. 822)
Eczema (pág. 94) Dermatite alérgica de contato Policondrite recorrente
Fibroxantoma atípico
Hidroa vaciniforme (pág. 753)
lnOamação eczema tosa crônica (pág. 99)
Lúpus eritematoso (discoide) (pág. 682)
Melanoma (pág. 860)
Nódulos desgastados pelo tempo
Policondrite recorrente
Psorfase (pág. 274)
Queloide (lobo) (pág. 788)
Síndrome de Ramsay HwH (herpes-zóster)
(pág. 484)
To fos (gota)
Celulite Eczema
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Pênis
Afta (síndrome de Behçet)
Atro6a por esteroide (pág. 87)
Balanite de Zoon (célula plasmática}
Cancroide (pág. 410)
Candidfase (sob o prepúcio)
(pág. 531)
Carcinoma de célula escamosa
(pág. 825)
Celulite estreptocócica (pág. 348)
Celulite por PseutÚ>monas (pág. 365}
Condiloma (verrugas) (pãg. 421)
Condiloma gigante (Bu.•;chke-
lowenstein) (pãg. 830)
Dermatite alérg·ica de contato Papulose bowenoide
(pág. 133)
Dermatite de contato (preservativos)
(pág. 140)
Eczema (pág. 91}
Eritroplasia de Queyrat (doença de
Bowen) (pág. 823)
Erupç.ão fixa por fármacos (pág. 577)
Escabiose (pág. 585}
Faclicia (pág. 120)
Cranuloma inguinal (pág. 412)
Herpes simplesfzóster Hー£ァNセ@ 433, 482}
Linfangite esclerosante (não venérea}
Linfogranuloma venéreo (pág. 408)
Uquen nftido
Uquen plano (pág. 325)
Uquen escleroso (pãg. 329)
Melanose peniana Candidíase Candidiase
mッャオNセ」@ contagioso (pág. 429)
Mordida (humana) (pág. 61 6)
Nevo (pág. 848)
Pápula peniana perolada (pág. 423)
Papulose bowenoide (pág. 427)
Pediculose (piolho) (pág. 592}
Psorfase (pág. 273)
Queratose seborreica (pág. 776)
Sfndrorne de Reiter (pãg. 273)
Sffilis (cancro) (pág. 398}
Verrugas (pág. 4 21)
Eczema, liquenificado
Escroto
Angioqueratoma (pág. 904}
Ceratose seborreica (pág. 776)
Cisto epidérmico (pãg. 797)
Condiloma (pág. 421)
Doença de Paget atramamária (pág. 844)
Escabiose (pág. 585}
Uquen simples crônico (págs. 104, 115)
Nevo (pág. 848)
Púrpura de Henocll-Scllõnlein
(pág. 733)
Cancroide Eczema
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Eczema, subagudo Erupção fixa por droga Erupção fixa por droga
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Princlpios de D iagnóstico e Anatomia Capítulo
Pênis/Escroto
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Psoríase Psoríase
Sindrome de Reíter
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Perioral
Acne (pág. 227)
Acne Cram-negali\>ll (pág. 248)
Dermatite alérgica de contato (pâg. 133)
Dermatite a tópica (pág. 163)
Dermatite perioral (pâg. 253)
Dermatite seborreica (pág. 315)
Foliculite estalilocócica (pág. 351)
Herpes simples (pág. 467)
lmpeligo (pág. 338) Dermatite alérgica de contato
Sicose da barba (pág. 354)
Tinea incógnita (pág. 88)
Verrugas planas (pág. 459)
Dermatite seborreica
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lmpetigo lmpetigo
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
Periorbital
Alergia a cosméticos e fragrâncias
(pág. 147)
Angioedema (pág. 200)
Cera tose actfnica (pág. 813)
Comedões acUnicos (pág. 745)
Dermatite a tópica (pág. 166)
Dermatite de contato (pág. 136)
Dermatite periorbital (pág. 253)
Dermatite seborreica (pág. 313)
Dermatomiosite (pág. 693)
Eczema (pág. 98)
Milia (pág. 251)
mッャオNセ」@ contagioso (pág. 465)
Papilomas culâneos (acrocórdons) Dermatite atópica Comedões actínicos
e pólipos (pág. 785)
Pediculose (pág. 591)
Rosáce.1 (pág. 259)
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Pernas
Parasitose psicogêJuca (pág. 121}
Carcinoma basocelular nodular
Púrpura (pág. 18)
(pág. 805}
Púrpura de Henoch-Scllõnlein (pág. 732)
Carcinoma de células escamosas (pág. 825)
Vasculite leucocitoclástica (pág. 727)
Dermatite a tópica (pág. 165)
Verrugas planas (pág. 459)
Dermatite de contato (pág. 146)
Sfndrome de Sweet (pág. 734)
Dermatite de estase (pág. 122)
Tinea (pág. 502}
Dermatite por Rhus (veneno de hera)
(pág. 138) Xerose (pág. 110}
Dermato6broma (pág. 787)
Doença de Bowen (pág. 821)
Doença de Schamberg (pâg. 740)
Doença de Weber-Christian
Eczema (pág. 91)
Eczema numular Hー£ァNセ N@ 104, 111)
Ecti ma gangrenoso (pág. 370)
Cranuloma de Majocdu (tiJ>ea) (pág. 504)
Cranulomatose de Wegener (pág. 724}
Livedo reticular
Lúpus panicular
Melanoma (pág. 860)
Mixedema pré-tibial
mッャオNセ」@ contagioso Hー£ァNセ@ 428, 465}
Paniculite
Picadas (pág. 621) Eczema
Pioderma gangrenoso (pág. 737)
Pitirfase liquenoide (pâg. 332)
Poliarterite nodosa (pág. 723)
Poroqueratose de Mibelli
Prurigo nodular (pâg. 119)
Psorfase (pág. 267)
Sarcoma de Kaposi (pág. 907)
Síndrome de cィオイァ セ セHヲ。オウ@ (pág. 723)
Urticária-vasculite (pág. 209)
Vasculite (pág. 724)
xamomas eruptivos (pâg. 982)
Pernas (região inferior) Foliculite
Bolhas diabéticas (pág. 646)
Celulite (pág. 342)
Dermopatia diabética (manchas na pele)
(pág. 974)
Erisipela (pág. 342}
Eritema indurado
Eritema nodoso (pág. 720)
Foliculite (pág. 351)
Cranuloma anular (pág. 976}
Hipomelanose gutata idiopática
(pág. 769)
lctiose \>ulgar (pág. 167)
Líquen plano (pág. 323)
Líquen simples crônico (págs. 104, 115)
Mixedema (pré-tibial)
Necrobiose lipoidica (pág. 975}
Necrose de gordura subculânea (asso-
ciada a pancreatite) Líquen simples crônico Psoriase crônica em placa
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Pernas
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Princlpios de D iagnóstico e Anatomia Capítulo
Pernas
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Eczema, impetiginizado
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Princlpios de D iagnóstico e Anatomia Capítulo
Vasculite
Psoriase Eczema
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Rachaduras plantares
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Psoriase pustulosa
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Pescoço
Acantose nip;ricans (pág. 978)
Acne (pág. 226)
Alerg·ia a cosméticos e fragrâncias
(pág. 147)
Cisto epidérmico (pág. 797)
Dermatite a tópica (pág. 163)
Dermatite de Berloque (pág. 763)
Dermatite de contato (pág. 147)
Eczema (pág. 91)
e ャ 。Nセエッウ・@ perfurante serpiginosa
Foliculite (pág. 351)
lmpetigo (pág. 338) Pitiriase rósea Eczema herpético
Papilomas cutâneos (acrocórdons)
e pólipos (pág. 784)
Pitirfase rósea (pág. 316)
Poiquilodermia de Civaue (pág. 744)
Pseudofoliculite (pág. 352)
Pseudoxantoma elástico
Psorfase (pág. 270)
Seio dental
Sicose da barba (fúngica, bacteriana)
(pág. 354)
Tinea (pág. 502)
v・イオァNセウ@ (pág. 458)
Pescoço (região posterior)
Acne (pág. 226)
Acne queloidal (págs. 355, 944)
Ceratose actfnica (pág. 812)
Cisto epidérmico (pág. 797)
Escoriações neuróticas (pág. 120)
Foliculite (pág. 351) Psoriase Dermatite atópica
Furunculose (pág. 356)
Herpes-2óster (pág. 4 79)
Lfquen simples crônico
(págs. 104, 115)
Mancha salmão (pãg. 903)
Tinea (pág. 503)
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Princlpios de Diagnóstico e Anatomia Capítulo
••
Acantose nigricans Acne cística Tinea corporis
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Punho
Dermatite a tópica (pág. 164)
Escabiose (pág. 586)
Lfquen plano (pág. 323)
Lfquen simples crônico
(págs. 104' 115)
üquen plano
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Prindpios de Diagnóslico e Anatomia Capítulo
Região lnframamária
Candidfase (pág. 532)
Dermalite seborreica (pág. 780)
Doença de Crover (pág. 334)
Hidradenile supuraüva (pág. 260)
lntertrigo (pág. 501)
Papilomas culâneos (acrocórdons) e pólipos (pág. 784)
Psorrase (pág. 27 4)
Tinea versiC<Jior (pág. 537)
Candidiase
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Tronco
Acne (pág. 231) 'lelangiectasia nell'oide unilateral (pág. 912)
Anetoderma Urticária pigmemosa (pág. 212)
Ceratose actfnica (pág. 817) Tó rax
Cisto epidérmico (pág. 796) Acne (pág. 233)
CrCL (micose fúngica) (pág. 832) Cera tose acUnica (pág. 817)
Dermatite a tópica (pág. 160) Cisto capilar viloso eruptivo
Dermatite seborreica (pág. 312) Dermatite acantolftica transitória (doença de Crover)
Doença de Darier (pãg. 334)
Doença de cイッセ・@ (pág. 334) Dermatite seborreica (pág. 312)
Doença de Hailey-Hailey (pág. 662) Doença de Darier
Doença de Lyme (pág. 600) Esteatocistoma multiplex
Eczema (págs. 112, 783) Ne\l'o anêmico (pág. 770)
Eritema anular centrifugo Queloides (pág. 788)
Erupção Gxa por fármacos (pág. 576) Siringoma erupLill'o (pág. 800)
Erupç.ão por fármacos (pág. 571) Tinea versicowr (pág. 53 7)
Escabiose (pág. 586)
Esteatocistoma mulliplex
Examema ll'iral (pág. 558)
Foliculite (clássica e banheira de hidromassagem)
(págs. 351, 364)
Foliculite pitirospórica (pág. 540)
Cranuloma anular (generalizado) (pág. 976)
Hansenfase
Hemangioma (da criança) (pág. 890)
Herpes-2óster (pág. 4 79)
Uquen escleroso (pág. 327)
Uquen plano (pág. 320)
Lúpus eritematoso (págs. 684, 685)
Mácula ash-leaf(folha de freixo)(pág. 989)
Mamilo assessório
Mastocitose (pág. 211)
Miliária (pãg. 263)
Morfeia (pág. 708)
Ne\l'o anêmico (pág. 770)
Ne\l'o halo (pág. 885)
Ne\l'o spilu.s (pág. 853)
Neurofibromatose de von Recklinghausen (pág. 984)
Parapsorfase (pág. 837) Dermatite atópica
Pediculose (piolho) (pág. 590)
Pênfigo foliáceo (pág. 650)
Pitirfase liquenoide (pâg. 332)
Pitirfase rósea (pág. 31 6)
Pitirfase rubra pilar (pág. 309)
Poiquilodermia セ。ウ」 オャ。イ@ atrófica (pág. 837)
Psorfase (gutata) (pág. 268)
Queloides (pág. 788)
Sarcoide
Sífilis (secundária) (pág. 401)
Siringoma eruptivo (pág. 800)
Tinea (pág. 502)
Tinea versicolor (pãg. 537)
Varicela (pág. 475)
Varicela (pág. 544)
Doença de Darier
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Erupção por droga, induzida pela luz Erupção por droga, pustulose
exantematosa aguda generalizada
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Tronco/Tórax
Doença de Grover
Psoríase
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TroncoiTórax
Psoriase, gutata
Exantema vira(
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Virilha
Candidfase (pág. 523)
Ceratose seborreica (pág. 780)
Condiloma (pág. 421)
Dermatite seborreica (pág. 780)
Doenç.a de Hailey-Hailey (pág. 662)
Doenç.a de Paget extramamária (pág. 844)
Eritrasma (pág. 501)
Hidradenite supuraüva (pág. 260)
H istioci tose X
lntertrigo (pág. 501)
Lfquen simples crônico (págs. 105, 115)
mッャオNセ」@ contagioso (pág. 465)
Papilomas cutâneos (acrocordons) e pólipos (pág. 784)
Pênfigo (pâg. 648)
Pên6go familiar crônico benigno (pág. 662)
Psorfase (pâg. 274)
Tinea (pág. 499)
Psoriase inversa
,
Pênfigo familiar Candidiase Candidíase
benigno crônico
(Doença de Hailey-Hailey)
Tinea Eritrasma
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Vulva
Angioqueratoma (pág. 904)
Cancroide (pág. 410)
Candidfase (pág. 527)
Card no ma de células escamosas
(pág. 824)
Carcinoma verrucoso (pág. 830)
Cisto epidérmico (pág. 797)
Dermatite alérgica por contato
(pág. 133)
Doença de Bowen (pág. 821)
Doença de Paget extramamária
(pág. 844)
Eczema (pág. 91)
Eritrasma ( pág. 501)
Foliculite (pág. 351)
Furunculose (pág. 356)
Cranuloma inguinal (pág. 412)
Herpes simplesfzóster (págs. 433, 485)
Hidradenile supurativa (pág. 261)
lnLertrigo (pág. 501) Candidíase Eczema com fissura
Leucoplasia (pág. 829)
Lfquen esderoso (pág. 328)
Lfquen plano (pág. 325)
Lfquen simples crônico (pãg. 115)
Manchas de Fordyce (pág. 797)
Melanoma (pág. 862)
Molu...co contagioso (pág. 428)
Nevo (pág. 848)
Pediculose ( pág. 592)
Pênfigo dcatricial (pág. 658)
Pólipo 6broepitelial (pág. 785)
Psorfase (pág. 27 4)
Sffilis (pág. 398)
Sfndrorne de Behçet
Sfndrorne de Stevens-Johnson
(pág. 716)
Verrugas (pág. 4 21) Herpes-zóster Uquen plano, erosivo
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I2 I
Terapia e Corticosteroides Tópicos
DOENÇAS ÚMIDAS. As doenças inflamatórias exsudativas
CONTEÚDO DO CAPITuLO
depletam o soro que permeia O.'i complexos de lipídeos e proteí-
• Terapia tópica nas da epiderme. Uma le.<ião úmida é tratada com compressas
úmidas que suprimem a inflamação e desbridam crostas e soro.
Cremes e loções emolientes
Ciclos repetidos de umidade e ressecamento acabam por secar a
Ressecamento cutâneo grave (xerose) lesão. O uso excessivo de rurativos úmidos cau.'ia イ・Nセ」。ュ ョエ ッ@ e
Curativos úmidos descamação ァイ。カ・Nセ@ Quando a fase úmida da doença estiver ccm-
• Corticosteroides tópicos trolada, é preciso restaurar os lipídeos e as proteínas com o us.o de
Potência 」イ・ュNセ@ e loções emolientes, suspendendo o U.'iO de compressas
Vefculo úmidas.
Combinações de esteroides-antibióticos
Quantidade de creme a dispensar Cremes e loções emolientes
Aplicação
Cremes e loções emolientes restauram água e lipídeos da epi-
Reações adversas derme (veja Formulário) . As formulações que contêm ureia ou
ácido láctico possuem propriedades lubri6cantes especiais e
podem ser mais eficazes. Os cremes são mais ・NセーMウッ@ e mais
lubri6cantes do q ue as loções; a vaselina e o ó leo mineral não
contêm água.
Os cremes e as ャッ・Nセ@ lubrificantes são mais eficazes se aplica-
TERAPIA TÓPICA dos na pele úmida. O ideal é aplicar hidrat.1ntes depois do banho.
Umedeça a ー・ャセ@ seque levemente e aplique o hidrntante imedia-
Uma grande variedade de medicações tópicas está disponível para tamente. Os emolientes deverão ser aplicados com a fTequência
tratar as doenças cut.'íneas (veja Formulário). Medicações especifi- necessária parn manter a pele macia. Substâncias químicas como
cas serão abordadas em detalhes no.'i capítulos 。ーイッゥ、NセL@ e os mentol e feno( são acre.scent.1das às loções lubri6cantes parn con-
prinápios básicos do tratamento tópico serão discutido..-. aqui. trolar o prurido (veja Formulário).
A pele é uma barreira importante cuja função precisa ser
mantida adequadamente. Qualquer agressão que remova água, Ressecamento cutâneo grave (xerose)
lipídeos ou proteínas da epiderme altern a integridade des.s a
barreira e compromete a sua função. A restauração da barreira A pele fica mais seca nos meses de inverno q uando a umidade
epidérmica normal é feita com o u:m de sabonetes suaves, cre- é baixa. O ...prurido do inverno * afeta mais comumente as
mes e loçôe.<i emolientes. Existe uma regra antiga e repetida com mãos e a parte inferior das pernas. Inicial mente, a pele fica
frequência a respeito da pele: "'Se estiver seca, umedeça; se esti- áspera e coberta com descamação branca e fina; posterior-
ver úmida, seque." mente,. pode aparecer uma desc.a mação castanha ou marrom.
A pele ma is gravemente afetada pode ficar marcada com fis-
DOENÇAS SECAS. A pele seca ou as lesões por re.secamento suras vermelhas superficiais. A pele seca pode coçar e arder.
rutfineo perderam água e, em muitos casos;, os lipídeos e as pro-- As fo rmulações listadas no Formulário deverão ser usadas nos
teínas rutâneas ajudam a manter a hidratação da epiderme. Essas casos leves; o ressecamento cutâneo grave responde à loç.1o de
substfincias são repostas com cremes e loções emolientes. lactato a 12%.
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2. Dobre o tecido de maneira a fonnar pelo menos quatro a A ternpernturn da soluç.;o da compressa deverá ser fria
oito camada..'ic e corte-o para enc.'lixar-se em uma área um quando se d eseja um efeito anti-inflamatório, e morna q uando o
pouco maior do q ue a área a ser tratada (Fig. 2-1 ). objetivo é desbridar urna lesão infect.1da, com crost.1s. Cobrir a
3. Umedeça as comp ressas na solução e torça-as bem para
que não fiquem encharcadas (nem pingando, nem leve-
men te úmidas).
4. Coloque as compressas ú m idas sobre a área afetada. Não
despeje a solução em um rurativo para mantê· lo úmido,
pois tal prática au menta a concentrnç.;o da solução e pode
causar irritações. Remova a compressa e su bstitua-a por
uma nova.
S. E.-.ses rurntivos são mantidos no local por 30 mi nutos a 1
horn. Os curativos podem ser usados duas a quatro vezes
ao dia ou continuam ente. sオZ セ ー・ ョ 、。@ o uso das compressas
úmidas q uando a pele tomar-se seca. O re.-.secamento ex- Figura 2-1 Compressas úmidas frias controlam a inflamação
cessivo cau.-.a rnchaduras e fissu rns na pele. aguda.
A.o:. comp ressas ú midas proporcionam os seguintes benefícios:
Tabela 2-1 Soluções para Curativos úmidos
• Ação antibacteriana.: Acet.1to de alumínio, ácido acético ou ni-
trato de prat.1 podem ser acrescentado.., à água para propor- Preparação
Solução Indicações
cionar um efeito antibacteriano (Thbela 2-1).
• Desbridamento da ferida: Uma compre.-.sa ú mida macem カ・ウ■ セ@
Água Água da torneira; Toxicodermatite,
nao precisa ser queimadura de sol,
cuJas e crostas, ajudando a desbridar esses materiais q uando a
esterilizada qualquer processo ex-
comp ressa é removida. sudativo ou inflamado
• Supressão da inflamação: As compressas têm um fo rte efeito nao infectado
anti-inflamatório. O resfriam ento evaporativo cau.-.a constri- Dissolver pó ou Levemente
Soluçao de
ção dos vasos rutâneos su perficiais, dimin uindo, assim, o eri- Burow tablete em água antisséptica; para
tema e a p rodução de soro. A..o:. compressas frias controlam inflamaçao aguda,
Pó adstringente toxicodermatite,
Tabll!les picadas de insetos,
efervescentes pé de atleta
Quadro 2-1 Doenças Tratadas com Compressas Úmidas
Nitrato de Fornecido como Bactericida para
lnflamaçao eczematosa aguda (toxicodennatites)
prata O, 1% - uma soluçao 50% lesões infectadas ex-
lnflamaçao eczematosa com infecçao secundária (pústulas) 0,5% (pre- aquosa; mancha a sudativas (p. ex., úl-
lmpetigo bolhoso parado por ai- pele de marrom- ceras de estase e der-
Herpes simples e herpes-zóster (lesoes vesiculares) guns escuro e mancha matite de estase)
farmacêuticos e ml!lais com preto.
Lesões exsudativas infectadas de qualquer tipo alguns hospi-
Picadas de insl!los tais)
lntertrigo (virilha ou submamário) Ácido acético a O vinagre é ácido Bactericida para de-
Eczema numular (lesões exsudativas) 1%-2,5% acético a 5%. Faça terminadas bactérias
Dermatite de estase (lesões exsudativas) uma soluçao a 1% Gram-negativas (p.
misturando 1-> xícara ex., Psl!!udomonas
Úlceras de estase
de vinagre (branco aeruginosa), otite
Queimaduras de sol (estágio bolhoso) ou tinto) a 500 ml externa. intertrigo por
Tinea pedis (estágio vesicular ou infecções maceradas) de água Pseudomonas
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Terapia e Corlicosteroides 'lõpicos Capítulo 12 1
comp ressa úmida com uma toalha ou plástico inibe a evaporação, ções de tratamento deste livro recomendam esteroides tópicos
promove a maceração e au ment.1 a temperatura da pele, o q ue pelo número do grupo, em vez de pelo nome genérico ou de
fucilita o crescimento bacteriano. marca, porque os agentes em cada grupo são ・ウNセョ」ゥ。 jュ ・ョエ@ equi-
valentes em termos de potência.
Concen trações menores das ュ・Nセ。ウ@ marcas podem ter o
CORTICOSTEROIDES TÓPICOS mesmo efeito em ensaios de vasoconstrição q ue as concentrações
maiores do mesmo produto. Um estudo mostrou que não havia
Os corticosteroides tópicos são uma ferramenta poderosa para d iferença em termos de va.soconstrição entre cremes a 0,025%,
trat.1r doen ças rutân eas. Entender o uso correto 、・ウNセ@ agen tes o, 1% ou 0,5%.
resultará no tratamento bem-sucedido de uma variedade de pro·
blemas dermatológicos. Existem mu itos produtos d ispon íveis, ESCOLHENDO UMA potセncia@ APROPRIADA. As
mas todo.'i basicamente tê m as mesmas propriedades anti-in fla- orientações para escolher a força e a marca apropriada dos este-
matórias, diferindo apenas em termos de potência, base e p reço. roides tópicos estão apresentadas no Quadro 2-2 e na Figura 2-2.
Os melhores resultados são obtidos quando form ulações de po-
tência adequ ada são usadas por u m periodo de te mpo esped6co.
Potência
FonnuJações "mais seguras"' de menor potência muit.1s vezes n ão
potセncia@ (GRUPOS I A VIl}. As propriedades anti-inflama- p roporcionam o contro le adequado. Pacientes q ue não respon·
tórias dos corticosteroides tópicos resultam em parte da su a capa- dem a u m agente depois de 1 a 4 seman as de tratam ento devem
cidade de induzir a カ。Nセッ」 ョ ウエイゥ ̄ッ@ dos pequenos vasos sanguí- ser reavaliados.
neos n a derme superior. fNG|セ。@ propriedade é usada em um
procedimento testagem para determinar a potência de cada novo
produto. Esses produtos são su bsequente.mente tabulados em sete
grupos, sendo o grupo T o mais forte e o grupo VH o mais fraco
(veja Formu lário e a parte pré-textual no inte rio r do livro). As se-
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ESTEROIDES TÓPICOS MEGAPOTENTES são mais potentes sem tluora.ção; entret.1nto, os efeitos colaterais
(GRUPO I) são possíveis com esse est.eroide de potência medhtm\.
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Terapia e \Gセイエォッウ エ ・イッゥ、ウ@ Tópicos Capítulo
• Possível efeito de ressecamento com o uso c:onúnuo; por· rutâneas inflamatórias n:io é infeaad.a ou contaminada por
tanto, melhores para tratar inflamações exsudativass agudas fungo.
• Mais úteis para áreas intenriginosas (p. ex., virilha, área reta!
e axila) OUTRAS COMBINAÇÕES DE ANTIBIÓTICOS E CORTI-
COSTEROIDES. A nistatina-triancinolona acetonida é indicada
POMADAS. A base da pomada contém um número limitado para o tratamento de candidíase rutânea.. A nista.tina não ttar..:t os
fungos que causam a t'inea pt.dis. A maioria das doenças rutâneas
de I'Ubstâncias orgânirns, con.'\isrindo basicamente. em gorduras,
como vaselina, com pouca ou nenhuma água. Muitas pomadas responsivas a e.orteroides pode ser trat.1.da com sucesso se.m antibió-
são livres de conse.rvantes. As pomadas têm as seguintes caracte- ticos tópicos.
rfstirns:
• Translúcidas (parecem vaselina) Quantidade de creme a dispensar
• A sensação oleosa permanece na superfl'cie da pele
A quantidade de aeme dispensada é muito importante Os pacien-
• Mais lubrificação, desejáveJ para Je.'iões mais secas
tes não gostam de receber uma prescrição de um tubo de 60 g de
• Maior penetração da medicação do que com os cremes e, por- aeme que cu<ta lU 50,00 para tratar uma pequena área de derma-
tanto, mais potência (veja a pane pré-textual no interior do tite na mão. O uso irrestrito e não supervisionado de cremes este·
livro; creme de triancinolona no grupo V e pomada de trian·
roides potentes pode levar a efeitos colaterais. Os pacientes ba-
ónolona no grupo IV)
seiam-se no julgamento do médico para determinar a quantidade
• Exassivamente oclusivas para inflamações ecumatos;u ( exsu- correta do agente tópico. Se uma quantidade pequena demais for
dativas) agudas ou áreas ゥョエ・イァッウ。セ@ como, por exemplo, prescrita, os pacientes podem concluir que o tratamento não fun-
a virilha cionou. É recomendd""l permitir uma quantidade suficiente de
aeme e, enL1o, estabelerer limites quanto à duração e frequéncia de
gセis N@ Os géis são misturas não gorduro.•as de propilenoglicol e aplicação. Muitos esteroides (p. e:x..1 triancinolona, hidrocort.isona)
água; alguns podem conter álcool. Os gé.is têm ns seguintes rnrnc- esL;o disponíveis na fonna genérirn. Ele.'i são comprados a granel
teristica.: pelo funnacêutico e podem ser dispensado.• em grandes quantida-
• Uma base clara, às vezes com uma 」Nッョセゥウエ↑。@ gelatinosa des com uma economia de セQNP@ considerável.
• Úteis para inflamações exsudativas agudas, tais como reação A quantidade de creme necessária para cobrir uma determi-
por toxicodermatite, e em áreas do oouro cabeludo, onde ou- nada área pode ser calculada lembrando-se que I g de creme CO·
tros veículos embaraçam o cabelo bre 100 centímetros rubicos de pele. A superflcie inteira da pele
de um adulto de tamanho mediano é coberta por 20 a 30 g de
SOlUÇÕES E lOÇÕES. As soluções podem conter água e ál- aeme.
cool, bem como outras substâncias químicas. A!l soluções têm as A unidade da ponta do dedo e a regra da mão proporcionam
seguintes características: um meio de estimar a quantidade de aeme a dispensar e aplicar.
• Aparência clara ou leitosa
• Mais .:íteis para o couro cabeludo, porque penetram facil- UNIDADE DA PONTA DO DEDO. Uma unidade de ponta
mente através do cabelo, não deixando resfduos do dedo (UPO) é a quantidade de pomada extraída de um tubo
• rodem resultar em ardência e ressecamento quando aplicadas com um bico de 5 mm de diâmetro, aplicada da dobrn da pele
em セイ・。ウ@ inte.rtriginosas, como a virilha dista] até a ponL1 do dedo indicador. Uma UPO pesa aproxima-
damente O,.S g.
ESPUMAS. Existem formu lações em e.•puma. N:lo é recomen-
dado o tratamento por mais de 2 ウ・ュセョ@ consecutivas, e a 、ッウ。セ@ A REGRA DA MÃO. A 4rea da mão pode ser usada parn esti-
gem total não deverá exceder a 50 g por semana em virtude do mar a área tot..1.l d e acometimento de uma doença rutânea e cal-
potencial da medicação de suprimir o eixo hipotalãmico-pituitá- ruJar a quantidade de pomada necessária. Uma área da mão de
óo-adrenal (HPA). Não é recomendado o uso em aianças com pele acometida requer 0,5 UPO ou 0,25 g de pomada, ou quatro
menos de 12 anos de idade. A espuma espalha-se pelos fios de áreas de mão equiv;Jiem a 2 UPOs, o que é igual a I g. A área de
cabelo att atingir o couro cabeludo, onde se dÍ$$Oive e セ「・イ。@ o uma face da mão repreoenta aproximadamente I% da área da
agatte: ativo. As espumas são úteis para tratar dermatoses do superflcie corporal e, ponanto, requer I UPO (2 unidades de
couro cabeludo e em outras áreas de inflamaçlo eczcmatosa mão) para cobrir 2% da superfície corporal. Aproximadamente
aguda, oomo a causada pela toxicodermatite e. a psorfase. em pia. 282 g são nec.ess.irio.s parn aplicações duas vezes ao dia para a área
cas. As espumas podem causar ardência pouco depois de aplica- corporal total (exceto o couro cabeludo) por 1 semana.
das.. F..."pumas e.molientes não catL'iam ardência.
Aplicação
Combinações de esteroides e antibióticos
frequセn c ia@
COMBINAÇÃO DE ANTIFÚNGICO E CORTICOIDE. É
indic.1dn pam o tratamento tópico do pé de atleta (tinoa pedis), TAQUIFilAXIA. A taquifilaxia refere'se à diminuição na res-
da micose da virilha (tinea cruris) e da micose da pele do corpo ponsividade a um agente em consequênda de indução enzimá-
(tinta corporis). Esse produto é usado por muitos médicos como tica. O termo é U.'iado em dermatologia em referência à tolerância
agente anti-inflamatório tópico de escolha. A maioria das doenças aguda à ação v.uoconstritora de conicosteroides aplicados topica-
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mente. Experimentos revelaram que a vasoconstriçâo diminui D iferentes áreas da pele variam em tennos de sua capacidade
ーイッァ・Nセウ ゥ カ。 ュ ・ョエ@ q uando u m esteroide tópico poten te é aplicado de absorver m edicações tópicas. A peJe 6na da pál pebra cicatriza
à pele trê.-. vezes ao d ia, por 4 d ias. A respost.1 vasoconstritorn re- rapidamente com esteroides do grupo VI ou VIl, enq uan to a pele
tomava 4 d ias depois da suspensão da terapia. F...'\..'ies experimentos mais espessa das palmas e das solas oferece u ma barreira maior à
corroboram anos de q ueixas dos pacientes q uan to às respostas penetração de medicações tópicas e requer uma terapia mais po-
inicialmente marcantes a novos esteroides tópicos q ue diminuem tente. Áreas intertriginosas (com atrito de pele con tra pele; p. ex.,
com o uso constan te. Seria, então, razoável instntir os pacientes a axila, virilha, área reta! e em baixo das mamas) respo ndem mais
aplirnr os cremes em u m esquema interrompido. rapidamente a cremes de potência mais frnca. A aposição de duas
superfícies cutâneas tem o m e.-.mo efeito de um rurativo oclu.-.ivo,
DOSAGEM INTERMITENTE o q ue au ment.1 muito a penetração do agente terapêutico. A pele
de bebês e crianças pequenas é mais receptiva aos medicamen tos
Esteroides tópicos do grupo I. Ainda não foram determi. tópicos e responde mais rapidamente a cremes mais fracos. A
nados esquemas posológicos ideais para o uso de esteroide.s tópi- fralda do bebê tem o mesmo efeito o clu.-.ivo de um curativo plás-
cos potentes. Estudos m o.ortrnm que doenças resistentes a e.,.teroides, tico. A penetraç.;o de cremes esteroides é muito maior; portanto,
como a psoriase em p laca..-. e o eczema da mão, respon dem melhor apenas formulaçõe.-. do grupo V, VI o u VII deverão ser オNセ。、ウ@ sob
quando o dobetasol é aplicado d uas vezes ao dia, por 2 a 3 sema. uma fralda. A pele inflamada absorve m edicações tópicas bem
nas. O tratamento é reiniciado depois de 1 semana de pausa. O mais efetivamente. Isso ex:plic.1 por q ue áreas vermelhas e inflama·
esquema de 2 sem anas de tratam ento, seguido por 1 semana de das geralmente têm u ma respost.1 inicial tão rápida quando trata·
ー。オNセL@ é repetido até que a..-. lesões tenham desaparecido. das com e.rteroides tópicos mais frncos.
O tratamento intermitente de lesões ruradas pode levar à re-
m issão prolongada. Pacientes psoriáticos com eritema p ro lon. OCL.USÃO. A oclusão com um rurativo plástico é um método
gado permanecem livres de lesões com aplicações três vezes ao eficaz para aumen t.1r a absorção de esteroides tópicos. O a u a.
dia em 1 dia por semana. Aplicações d uas vezes por semana de tivo plástico mantém a transpiração contra a superflc.ie da peJe,
dobet.1sol man têm WUENセ@ dos pacien tes psoriáticos e 70% dos aco. hidratando a camada superficial da epidenne, o estrato córneo.
metidos por eczema na mão em remissão. A medicação tópica penetra no estrato córneo umedecido 10 a
Ciclos rápidos semanais de corticosteroides tópicos podem ter 100 vezes mais efetivamente do q ue penetra a pele seca. Erup·
urn papel em manter a dermatite atópica de u m adulto sob con. ções resistentes à aplicaç.;o simples podem curar-se rapidam ente
trole. Aplicações semanais de pomada de fl uticasona, feit.1s uma com a intro duç.ão de urn curativo plástico. Praticam ente qual.
vez ao dia, por 2 dias consecutivos a cada semana, mantiveram as quer área pode ser oduída; o corpo inteiro pode ser ocluído com
melhoras conseguidas depois da fase inicial de tratamento e reci. uma roupa de gi nástica de vinil, d ispo nível nas lojas de artigos
diva ta rdia. es:portivos.
É preciso ter cau tela ao usar oclusão. A oclusão de áreas
Esteroides tópicos dos grupos 11 a VI/. A frequência ideal úmidas po de estimular o rápido desenvolvimen to de infecções.
de aplicação e duraç.;o do tratamento para e.'rteroides tópico.-. ainda Os curativos oclusivos são usad os ma is comumen te com cre-
não foi determinada. Re.orultad<>-• adequados e ade.•ão por parte dos me.-. do que com pom adas, mas as pomadas podem ser cober-
pacientes ocorrem q uando as seguintes etapas são seguidas: tas se as lesões fo rem particularmente secas. Produtos mais
1. Apliq ue e.rteroides tópicos dos grupos 11 a VI duas vezes ao fracos e mais baratos (p. ex., creme de triancinolona a 0, 10,1,)
d ia. o ferecem ・Nセオ イ ャ エ。 、 ッウ@ excelentes. Grand e.-. quantidades de.-.se
p roduto podem ser adquiridas com uma economia de custo
2. Limite a duração da aplicação para 2 a 6 semanas.
substancial.
3. Se o con trole adequado não fo r alcançado, interrompa o
tratamento por 4 a 7 d ias e inicie urn outro curso de trata. Método de oclusão. A área deverá ser limpa com água e
men to. sabão suave. Sabonetes an tibacterianos são desneces.s ários. O
medicamen to é levemente massagead o nas lesões e a área inteira
O contro le excelente pode ser conseguido com dosagens.
é cobert.1 com plástico (p. ex:., sacos plásticos ou luvas; Figs. 2·3
puJso. Estas são diretrize.-. gerais; instruções e limitações mais es.
a 2·5). O rurativo plástico deve ser preso com 6ta adesiva de
peá6c.as devem ser e.ortabelecidas para cada caso individual.
maneira a ficar próximo da pele, e as pontas são seladas com
rurativo hennético, se necessário. O plástico pod e ser man tido
MÉTODOS no lugar com u ma bandagem ou uma meia. Os melhores resu).
tados são o btidos se o curativo permanecer no lugar por pelo
APLICAÇÃO SIMPL.ES. Cremes e pomadas devem ser aplica- menos 2 horas. Muitos paciente.-. consideram q ue a hora de dor.
dos em camadas 6nas e lentam ente massageados no local, uma a mir é a mais conveniente para colocar um curativo plástico e,
quatro vezes ao dia. Não é preciso lavar an tes de cada aplicação. portan to, conseguem usá-lo por 8 horas. Mais medicação é apli.
Continue o tratamento até que a le.-.ão tenha desaparecido. Mui- cada pouco depois de se remover o rurativo ー ャ £セGエゥ」ッ@ e enq uanto
tos pacientes diminuem a frequência das aplicaçõe.-. o u ウオNセー・ ョ ᆳ a pele ainda e.rt.i úmida.
dem completamente o tratam ento quando as lesões parecem Os rurativos não deverão permanecer na área continuamente,
melhorar rapidam ente. Ou tros fica m tão impressio nados com a em vinude do risco de desenvolver infecção ou oclusão folicular
eficácia 、・Nセウ@ agentes que continuam o tratamento mesmo de- no local Se uma área oduída subitam ente piorar ou desenvolver
pois de a doença ter cedido, a 6m de evitar a recidiva; reações pústulas, deve-se desconfiar de uma infecção, geralmente por esta-
adversas podem ocorrer com ta l prática. filococos (Fig. 2·6). Neste caso, deve-se en tão administrar an ti bió-
80
Terapia e \Gセイエォッウ・ゥ、@ Tópicos Capítulo
81
Dermatologia Cllnica
EVITE FORMULAÇÕES "SEGURAS" MAIS FRACAS. guns médicos pararam de pre.-.crevê-los. Os e.rteroides tópicos têm
Em uma tentativa de evitar 」ッューャ ゥ 」。・NセL@ os médicos muitas sido usados por aproximadamente 50 anos com um perfil de se-
vezes optam por uma fonnulaç.âo esteroide mais fraca do que a gurança excelente. Entretanto, ele.-. de fato têm o potencial de
indicada; essas formulações mais fracas com muita frequência produzir uma série de reações adversas. Uma vez que estas este-
são decepcionante.-. e não produzem o efeito anti-inflamatório jam entendidas, o esteroide de potência mais apropriada pode ser
desejado. A doença não melhora, mas, sim, piora em funç.1o do prescrito com .segurança e confiança. As reações adversas relatadas
tempo gasto usando o creme ineficaz. O prurido continua, o aos esteroides tópicos esdio listadas no Quadro 2-3. Uma breve
paciente pode 、・Nセョカッャイ@ infecção e ficar frustrado. O trata- 、・ウ」イゥNセッ@ de algumas das mais importante.-. reações adversas est.i
mento de uma inflamação intensa com creme de hidrocortisona apresent.1da nas páginas a .seguir.
a 0,5% é uma perda de tempo e dinheiro. Geralmente, um este-
roide tópico de potência adequada (Quadro 2-2) deverá ser ROSÁCEA E DERMATITE PERIORAL
usado duas a quatro vezes ao dia por um período de tempo e.-.-
INDUZIDAS POR ESTEROIDE
pecífico, como, por exemplo, 7 a 21, dias, a fim de se obter o
controle rápido da afecção. Até mesmo durante esse intervalo A rosácea induzida por esteroide é um efeito colateral obser-
breve, existe a possibilidade de supressão adrenal, quando este- vado com frequência em mulheres de pele clara, que inicial-
roides dos grupos I a In são usados para tratar áreas extensas de mente .se queixam de eritema com ou .sem pústulas - a *tez
pele inflamada. Essa supressão do eixo hipot.11âmico-pituit.irio- vermelho-queimada"'. Em um exemplo típico, o médico pres·
adrena1 geralmente é reversível em 24 horas e é muito pouco creve um este.roide tópico suave que inicialmente produz re.'iul-
provável que produza os efeitos colaterais característicos do uso tados agradáveis. Ocorre então tolerância (t.1qui6 laxia) e um
si.stêmico prolongado. ・Nセエイッ ゥ 、・@ tópico novo e mais potente é pre.-.crito para suprimir
o eritema e as ーZセエオャ。ウ@ que podem aparecer em .seguida ao uso
CRIANÇAS. Muitos médicos preocupam-se com a absorção de ヲッ イュ オャ。Nセッ@ mais fraca. Essa progressão para cremes mais
sistêmica e não usarão esteroide.s tópicos mais fortes do que potentes pode continuar até que ・Nセエイッゥ、ウ@ do grupo 11 sejam
hidrocortisona a 1%.1 em bebês. O esteroide tópico do grupo V, aplicados várias vezes ao dia. A Figura 2-7 mostra uma mulher
creme de propionato de fluticasona a 0,05<>/b, parece seguro de meia-idade que aplicou um creme esteroide do grupo V
para o tratamento do eczema grave por até 4 .semanas em crian- uma vez ao dia, durante 5 anos. Eritema intenso e pustulação
ças acima dos 3 mese.-. de idade. Crianças entre 3 ュ・ウNセ@ e 6 ocorrem a cada vez que se tenta descont.inuar o tratamento
anos de idade com dermatite atópica moderada a ァイ。カ・Hセ@ 35o/o tópico. A pele pode tomar-se atró6ca e vermelha, com sensa-
da área de .superfície corporal; área de superfície corporal mé- ção de ardência.
dia trat.1da, 64o/o) foram tratadas com creme de propionato de
fluticasona a O,OSO;f, duas vezes ao dia, por 3 a 4 semanas.
PMID: JJ862174 Os níveis médios de cortisol eram semelhantes
no início e no final do tratamento. A segurança relativa de es-
teroides tópicos moderadamente fortes e sua relativa isenção
de toxicidade sistêmica grave a despeito do uso disseminado
em crianças muito jovens ficaram claramente 、・ュッョセGエイ。ウN@
Os paciente.'i deverão ser tratados por um período de tempo
específico, com uma medicação de potência apropriada. Os
cremes esteroides não deverão ser usados continuamente por Quadro 2-3 Reações Adversas a Esteroldes Tópicos
muitas semanas, e os pacientes que não respondem de uma
• Rosácea, dermatite perioral, acne
maneira previsível deverão ser reavaliados.
Devem-se evitar esteroides tópicos do grupo I em crianças pré- • Atrofia cutânea com telangiectasia, pseudocicatrizes estreladas
(braços), púrpura, estrias (por oclus11o anatômica; p. ex.. virilha)
púberes. Use apenas esteroides do grupo VI ou Vll na área da
• Tinea incógnita, impetigo incógnito, escabiose incógnita
fralda e por apenas 3 a 10 dias. Monitore os padrões de cresci-
mento nas crianças que recebem terapia crônirn com glicocorti- • Hipertensao ocular. glaucoma, catarata
coides tópicos. • Dermatite de contato alérgica
• Absorção sistémica
ADULTOS. Pode ocorrer supre..são durante intervalos curtos de • Ardência, prurido. irritação, ressecamento causado pelo veí·
tratamento com esteroides tópicos do grupo Tou 11, mas a rerupe- cuJo (p. ex., propilenoglicol)
ração é rápida quando o tratamento é descontinuado. Os médicos • Miliária e foliculite em seguida à oclusao com plástico
podem prescrever agentes mais forte.-. quando apropriado, mas o • Clareamento da pele por vasoconstriçáo aguda
paciente deve ser advertido de que o agente só deverá ser usado • Fenômeno de rebote (p. ex., a psoríase piora depois que o
pelo período de tempo indicado. tratamento é interrompido)
• Úlceras da perna nao cicatrizantes; esteroides aplicados a
Reações adversas qualquer úlcera da perna retardam o processo de rura
• Hipopigmentaçao
Na medida em que as informaçõe.-. a respeito dos perigos poten-
• Hipertricose da face
ciais de esteroides tópicos potentes foram tão disseminadas, aJ-
82
Terapia e Corlicosteroides 'lõpicos Capítulo 121
Numerosas pápulas vermelhas formaram-se nas bochechas e Dez dias depois de descontinuar o uso do esteroide tópico do
na t esta com o uso diário constante de um esteroide tópico grupo V.
do grupo V por mais de 5 anos.
Figura 2-7 Rosácea induzida por est eroide.
83
Dermatologia CHnica
Figura 2-10 Rosácea induzida por esteroide. Uma erupção Figura 2-11 Acne induzida por esteroide. A aplicação repe-
pustular difusa e dolorosa ocorreu em seguida à aplicação tida na face int eira de esteroide tópico do grupo V resultou
d iária por 12 semanas do esteroide tópico do grupo 11 fluo- nesta erupção pustular difusa. A inflamação melhorava cada
cinonida. vez que o esteroide tópico era usado, mas exacerbava com
maior intensidade cada vez que a medicação era interrompida.
84
Terapia e Corlicosteroides 'lõpicos Capítulo 121
ATROFIA
O uso pro longado de esteroide.-. tópicos forte.-. na mesma área
pode resultar no afinamento da epiderme e mudanças イ ・ァイNセLゥカ。ウ@
no tecido conjuntivo na derme. A.o:. áreas afetadas muitas vezes fi-
cam levemen te deprimidas em relação à pele nonnal e, em geral,
revelam telangiectasias:, proeminência de veias subjacentes e hipo-
pigmentação. Púrpurn e equimose resuham de traumas meno res.
A pele 6ca flácida, en rugada e lu.•trosa. A fuce (Figs. 2-12 a 2-15),
os dorsos das mãos (Fig. 2-16), as su perfides extensoras dos ante-
braços e pernas e as áreas intertriginosas são partirularmente
suscetíveis. Na maioria dos casos, a atrofia é reversível e pode se
esperar que de.-.apareça no perrurso de alguns meses. Doenças
(como psoríase) que respondem lentamente a esteroides tópicos
fortes demandam semanas de terapia; pode-se esperar o desenvol-
vimento de atro6a subsequentemen te (Fig. 2-17).
Figura 2-13 A trofia e t elangiectasia depois do uso contínuo Figura 2-14 Eritema induzido por esteroide. Este paciente
de um esteroide tópico do grupo IV por 6 meses. A atrofia usou o esteroide tópico do grupo 11 fluocinonida quase cons-
pode melhorar depois que o esteroide tópico é descontinuado, tantemente por 12 anos. Ocorria eritema, em vez de pústu-
mas a t elangiectasia geralmente persiste. las, cada vez que a medicação era suspensa.
85
Dermatologia CHnica
A aplicação diária do esteroide tópico do grupo 11 desoximeta- A aplicação diária de um esteroide tópico do grupo 11 na pele
sona nas pálpebras resultou em atrofia quase completa da do abdome produziu uma atrofia grave com telangiectasia .
derme. As pálpebras sangravam espont aneamente quando
tocadas. A pressão intraocular estava elevada. Houve uma
melhora marcante na atrofia e na pressão intraocular 8 sema-
nas depois de descontinuar o est eroide tópico.
Figura 2-15
Figura 2-16 Atrofia grave induzida por esteroide depois da Figura 2-17 Atrofia com proeminência de veias subjacentes
terapia oclusiva contínua durante vários meses. Ocorre uma e hipopigmentação, em seguida, ao uso do adesivo com cor-
melhora significativa na atrofia depois que os esteroides tópi- ticoide de alta potência aplicado diariamente por 3 meses
cos são descontinuados. para tratar psoríase. Observe que pequenas placas de psoríase
ainda persistem. A atrofia melhora depois que os esteroides
tópicos são descontinuados, mas um pouco de hipopigmen-
tação ainda pode persistir.
86
Terapia e Corlicosteroides 'lõpicos Capítulo 121
OCLUSÃO. A oclusão intensifica a penetração dos agentes e cetibilidade a rupturas o u sangramentos com o ato de coçar ou
acelern a ocorrência de.-.sa reação adversa. Muitos paciente.-. estão durante o coito. A atrofia parece ser mais duradoura nessas
familiarizados com esse efeito colateral e é preciso garnntir-lhe.-. áreas. Portanto, é preciso dar instruções cuidadosas a re.'ipeito
q ue o uso de esteroides tópicos potentes é perfeitamente seguro da duração da terapia (p. ex., duas veze• ao dia, por 10 dias).
q uando os agentes são usados conforme indicado por 2 a 3 sema- Se a doença não ceder rapidamente com a terapia tópica, é
nas. É preciso também tranquilizar os pacientes' de q ue, se de fato preciso reavaliar o paciente.
surgir alguma atrofia, ela cede na maioria dos casos, quando a
terapia é de."Kontinuada. INJEÇÃO INTRALESIONAL DE ESTEROIDES. A atrofia
pode surgir muito rapidamente depois da injeção intrnlesional de
ÁREAS MUCOSAS. A atrofia sob o prepúcio (Fig. 2 -18) e corticosteroides (p. ex., para tratamento de cistos da acne o u na
nas áreas retais e vaginais pode surgir bem mais rapidamente tentativa de promover o cre.'icimento de cabelo na alopecia areata ).
do que em outras áreas. A epiderme mais fina oferece menos O efeito colateral de atrofia é usado para reduzir o tamanho de
resistência à passagem dos corticosteroides para a derme. São cicatrize.., hipertróficas e queloides. Quando injetados na derme,.
áreas intertriginosas onde a aposição das su perfícies cutfineas 5 mg/mL de triandnolona acetonida podem produzir atrofia;
age da mesma maneira que um curativo plástico, retendo a !O mg/mL de triancinolona acetonida quase sempre produzem
umidade e facilitando bastante a absorção. Esses tecidos deli- atrofia. No caso de ゥョ ェ・Nセッ@ direta na pele, é provável que se devam
cados tornam-se fi nos e dolorosos, às vezes exibindo uma sus- evitar concentraç.ões mais fortes.
87
Dermatologia CHnica
USO PROLONGADO. O u.•o prolongado (durante meses) de n NEA INCÓGNITA. A tinea da virilha é vista caracteristica-
esteroides tópicos até mesmo fracos na parte interna superior da mente como uma placa super6dal localizada com uma borda
coxa ou nas axilas resulta em e.ruias semelhante.., às vist.1s no escamosa bem.definida (Fig. 2·20). Um corticosteroide do grupo
abdome de gestantes (Fig. 2-19) . Essas alterações são irreversí- 11 aplicado por 3 semanas a ・Nセウ。@ erupç.;o comum produziu o eri-
veis. O prurido na região da virilha é comum, e os pacientes têm tema visto na Figura 2-21. O fungo espalha-se rapidamente e en-
um alívio considerável quando recebem prescrição de e.'rteroides volve uma área bem mais ampla, e a borda tipicamente bem-de·
menos potentes. Os sintomas frequentemente recorrem após o finida desaparece. A tinea não tratada raramente produz uma
término do tratamento. É bastante tentador continuar o trata· erupç.;o florida como essa em climas temperados. Esse quadro
mento tópico, conforme "'demonstrado necessário"', mas é pre· clínico alterado foi denominado tinea incógnita.
ciso tentar determinar o processo subjacente e desencorajar o A Figura 2-22 mostra uma menina que aplicou um creme do
u.•o prolongado. grupo TI diariamente durante 6 meses para tratar BG ・」コュ。 セGN@ aNセ@
grandes placas exibem algumas das características de determina-
da.< infecções fúngicas em termos de bordas bem-definidas. A.•
ALTERAÇÃO DA INFECÇÃO
pápulas vermelhas e os nódulos são atípicos e geralmente são
Cremes de cortisona aplicados a infecções cutâneas podem alterar observados exclusivamente com uma forma incomum de infecção
a apresentação clínica usual daquelas doenç.1s e produzir erup- fúngica folicular, vista na parte inferior das pernas.
ções atípicas incomuns. O creme de cortisona suprime a inflama- FurúncuJos, folirulite,. erupções semelhantes à rosácea e esca-
ção tentando conter a infecç.;o e permite o crescimento irrestrito. mas finas difusas decorrentes do tratamento da tinea com esteroi-
des tópicos já foram descritos. Se um raslt cutâneo não responde
depois de um período de tempo razoável ou se a aparência mu-
dar, a ーイ・NセョGャ@ de tinea, infecç.;o bacteriana ou dennatite alérgica
de contato por algum componente do creme esteroide deve ser
considerada.
Estrias surgiram nas axilas depois do uso de creme com corti- Estrias surgiram na virilha depois do uso prolongado de este-
coide associado a fungicida'" continuamente por 3 meses. roides tópicos do g rupo V para tratar prurido. Essas mudan-
ças são irreversíveis.
Figura 2-19 Estrias induzidas por esteroide.
88
Terapia e Corlicosteroides 'lõpicos Capítulo 12 1
Figura 2-20 Apresentação típica de tinea da virilha antes do Figura 2-21 Tinea incógnita . Um padrão bizarro de inflama-
tratamento. Infecções f úngicas desse tipo exibem tipicamente ção disseminada criado pela aplicação de um esteroide t ópico
uma borda escamosa e bem-definida e pouca tendência a es- do grupo 11 duas vezes ao dia por 3 semanas a uma erupção
palhar-se. semelhante à vista na Figura 2-20. Uma formulação de hidró-
xido de potássio mostrou numerosos fungos.
Figura 2-22 Tinea incógnita. Uma placa de unea inicial- Figura 2-23 Eczema impetiginizado com pústulas-satélites
mente diagnosticada como eczema f oi tratada por 6 meses depois do tratamento de eczema exsudativo inf ectado com
com um esteroide tópico do g rupo 11. Pápulas vermelhas apa- um esteroide tópico do grupo V
receram onde apenas o eritema estava presente.
89
D ermato logia CHnica
90
Eczema e Dermatite das Mãos
O eczema (in8amaçào ecumatosa) é a doença rutânea in8ama·
tória mais comum. Embora o termo dermatite seja usado com
• Estágios de inflamação eczematosa frequência para se. referir a uma erupção eczematosa, a palavra
significa inflamação da pele e não é sinônimo de processos ecze:..
Inflamação eczematosa aguda matosos. Reconhecer オュセ@ erupção rut..inea como eczematos.a, e
Inflamação eczematosa subaguda n ão psoriasiforme ou lique noide, por exemplo, é de fundamental
Inflamação eczematosa crônica importância caso se アオ ・ ゥイセ@ efetivamente diagnosticar a doença
• Eczema das mãos cutânea. Nu ma ウゥエオ。 セッ@ dessas, assim como em outras doenças de
Dermatite de contato irritativa pele, é importante observar ooidadosamen te a erupção e determi·
nar a lesão primária.
Dermatite atópica das mãos
É essencial reconhecer a qualidade e a.\ características dos com·
Dermatite de contato alérgica
pcmentes da inflamaÇio ・」コュ。エッNセ@ ( eritema, escama e vesícuJas)
Eczema numular e determinar como eles difere.m de outras erupções rutâneas com
Uquen simples crônico características semelhantes. Uma vez familiarizado com essas 」。 セ@
Descamação palmar focal recorrente racteósticas, um múlico experiente consegue reconhecu um
Eczema hiperceratótico processo como e:c:zernatoso, m e"mo na presença de alterações ウ・ セ@
Eczema das pontas dos dedos amdárias produzidas peJo ato de coçar, por infecçào ou irritaçào.
Disidrose Com o diagnóstico de inAamação eczematosa estabelecido, jj se
(Reaçllo) Ide resolve uma parte importante do quebm-<abeça diagnóstico.
• Eczema: várias apresentações
Eczema asteatótico ESTAGIOS DE INFLAMAçAO ECZEMATOSA
Eczema numular
• Pés rachados Há três estágios de eczemn.: 。Nセ、ッL@ subagudo e crônico. Cada um
representa uma etapa na evolução de um p rocesso inflamatório
• Dermatoses autoinflig idas
dinâmico (Tabela 3- 1) . Clinirnmente, uma doença ecumatosa
Uquen simples crônico pode começar em qualquer estágio e evoluir para outro. A maioria
Prurigo nodular das doenças eaematosas, se deixada de lado (isto é, não irritadas.
Escoriações neuróticas coçadas ou me.dirndas), desaparece com o tempo, sem comp lirn·
• Parasitose psicogênica ções. Essa situaçào ideal quase nunca é percebida; o ato de coçar,
a irritação ou as tentativas de tratamento tópico são quase ゥョ・カ セ@
• Dermatite de estase e úlceras venosas: távris. A sensação de prurido é uma característica importante da
sfndromes pós-flebfticas inB.amação eczem:nosa.
Dermatite de estase
Tipos de inflamação eczematosa
Úlceras venosas nas pernas
91
Dermatologia CHnica
Figura 3-1 Inflamação eczematosa aguda. Inúmeras vesícu- Figura 3-2 Inflamação eczematosa aguda. As vesículas apare-
las em uma base eritematosa . Vesículas podem tornar-se con- ceram durante um período de 24 horas neste paciente com
fluentes com o tempo. eczema das mãos crônico. Episódios de inflamação aguda ocor-
reram várias vezes no passado.
92
Eczema e Dermatite das Mãos Capítulo
Infla mação eczematosa aguda eczematosa aguda evolui para um estágio subagudo antes ele de-
saparecer.
ETIOlOGIA. A inflamação é causada pelo contato com alérge-
nos espu:ificos como Rhus (he:ra venenosa, \"meDO do carvalho e TRATAMENTO
suma8J"") e produtos químims. Nas (reações) ides, as reações ve- Compressas úmidas, frias. O resfriamento evaporativo
sirulares ocorrem em um local distante, durante ou apó5 uma produzido por compressas úmidas provoca vasoconstrição e su·
infecç3o füngicct, uma dermatite de estasc ou outros ーイッ」MN・ウセ@ prime rapidamente n inflamaç..io e o prurido. O pó de Burow,
inflamatórios agudos. disponível em embalagem com 12 ー。」ッエ・ウセ@ pode ser adicionado
à soluç.1o parn suprimir o crescimento de 「。」エ←イゥウセ@ mas nonnal·
ACHADOS F[SICOS. o grau de in fla mação varia de mode- mente somente águ.1 é suficiente. U m tecido de algodão limpo é
mdo :.1 intenso. Uma placa vennelha bri lhante, inchada, e com embebido em água fria1 dobrado v:irias vezes e colocado d ireta·
オュセ@ supertlcie :lspera, desenvolve·se em algumas horas. O exame mente sobre as áreas afetada..c. O resfriamento evaporativo produz
atento da superfície revela vesículas minú.<iOJlas, cJarn.s e preen- vasoconstrição e reduz a produção de soro. As compressas úmidas
chicl.1s com soro (Figs. 3-1 a 3-3). A erupção pode nilo progredir não devem ser mantidas no local e preàsam ser cobertas com
ou pode evoluir para a formação de bolhas. As vesículas e bolhas toalhas ou sacos plásticos porque isso evita a evaporação. O te·
podem ser confluentes e frequentemente são lineares. A• lesões cido úmido mace:ra as vesículas .,. quando removido, desbrida
lineares são resultado do arrasto do agente agressor através da mecanicamente: a área e evita o aaímulo de soro e crosta. A3. com·
pele com o dedo durante o ato de coçar. O grau de inflamação pressas úmidas devem ser removidas após 30 minutos e remi oca-
em processos alérgims é diretamente proporcional à quantidade das com um tecido embebido recentemente. É tentador deixar a
de antígeno depositado sobre a pele. A escoriaçJo predispõe à compressa secar no local e molhá-la novamente derramando so·
infecçlo e provoca o aaímulo de soro, crosta e material puru- lução sobre o tecido. Embora o resfriamento evaporativo conti·
lento. nue, pode ocorrer initnçl\o devido ao aaímulo de ・ウ」。ュセ@ crosta
e soro e também em função do aumento da concentração de sul..
SI NTOMAS. O ecze.ma agudo coça intensamente. Os pacientes fato de alumínio e acetato de cálcio, ingredien tes ativos do pó de
coç.1m a áren até mesmo enquanto dormem. Umn ducha quente
Burow.
alivia temporariamente o prurido porque a dor produzida pela
água quente é melhor tolerada do que a sensação de prurido; no
Corticosteroides orais. Os corricosteroides orais, como a
entanto1 o calor agrava o eczema agudo. predni.sona, são úteis para controlar uma inflamação intensa ou
disseminada e podem ser utiliz.'ldos juntamente com as oompres,..
PERCURSO. A• lesões pode.m começara •urgir depois de horas
sas úmidas. A prednisona controla a maioria dos casos de hera
ou em até 2-3 dias após a exposição e podem continuar a aparecer
venenosa quando administrada em doses de 20 mg. duas vezes ao
por 1 semana ou mais. Se esse: surgimento tardio ocorrer, .._,lesões
dia, durante 7 a 14 dias (para adultos); porém, para tratar in8•-
menos inflamatórias podem confundir o paàente. pois ele não
mação intensa ou generalizada, a adminisuação de prednisona
consegue se lembrar de exposição adicional. As lesões produzidas
pode ser iniciada rom 30 mg ou mais, duas vezes ao 、ゥ。セ@ e man ..
por pequenas quantidades de alérgenos apresentam evolução
tida nesse nível por 3 a S dias.. セ@ V\!ZE'S1 são necessários 21 dias de
ュセゥウ@ lenta. Elas não são produzidas, como geralmente se acredita,
tratamento para o controle adequado. A dosagem não deve ser
pelo contato com o soro de bolhas rompidas, pois o líquido da
reduzida nesses ciclos relativamente: atrtos1 pois doses menores
boi ィセ@ não contém a substância q uímica agres..•mm. A inflamação
podem não fornecer o efeito anti-inflamatório desejado. A infla ..
mação pode reaparecer como eritema difus.o e pode ser ainda
mais extensa caso a dosagem seja muito baixa ou reduzida muito
rapidamente. A..'i embalagens com esquemas pré-estabelecidos de
corticosteroides di.sponrveis no mercado oferecem tratamento
para um tempo muito auto e, ponanto, não devem ser tJSada.s. 1
Os mrricosteroida tópicos são poum usados na fuse aguda, pois
o creme não penetra at:ra'Vés das vesículas..
93
Dermatologia CHnica
Figura 3-4 Inflamação eczematosa subaguda e crônica. A Figura 3-5 Inflamação eczematosa subaguda e crônica . O
pele fica seca, vermelha, descamativa e espessa. canal auditivo fica vermelho. descamativo e espesso devido à
escoriação crônica.
94
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
ECZEMA SUBAGUDO
Figura 3-6 Placas superficiais vermelhas, descamativas e nu- Figura 3-7 Eritema e descamação estão present es, a super-
mulares (redondas) ocorreram durante os meses de inverno fície é seca; e as bordas são mal def inidas.
devido à lavagem excessiva.
95
Dermatologia CHnica
Figura 3-10 Inflamação eczematosa aguda e subaguda. Eczema vesicula r agudo evoluindo
para eczema subagudo. Vesículas, vermelhidão e escamação também estão presentes nesta le-
são que passa por transição.
Figura 3-11 Eczema vesicular agudo evoluiu para eczema Figura 3-12 Inflamação eczematosa subaguda. Eritema e
subagudo, com eritema e descamação. descamação em um padrão redondo ou numular.
96
Eczema e De.rmalite das Mãos Capítulo
mente sem deixar àcatrizes, se todas as fontes de irriGJç.'lo e aler- Doxepina creme. Forma tópica do antidepressivo doxepina
gia forem eliminadas. O excesso de "''''ecamento gerado devido à ( doxepina creme a 5%; Zonalon) 2 é eficaz para o alívio do prurido
lavagem ou ao uso continuado de compressas úmidas provoca assoàado a eczema em adultos e crianças com idade superior a 12
rachaduras e fissuras. Se a escoriaç.'lo não for controlada, o pro- anos. Os dois efeitos adversos mais comuns são ardência no local
cesso subagudo pode ser convertido em um processo crônico. d a aplicaç.;o e sonolência. O medicamento pode ser aplicado 4
Doençn.s que apresentam in6amação ea:e.matoS.:1 subaguda como vezes ao di<\ conforme nttes!'ário.
caracterfstica estão listadas no Quadro 3-1.
Lubrificação. E.•1.1 é uma parte simples, mas es.•enàal do trata-
TRATAMENTO. É importante su.<pender o uso das compressas mento. A pele inflamada ficn seeo1 e mais su:«:etível a irritação e
ú midas quando a inflamaç.;o aguda evolui p ::m:s infla mação suba· in flamação adicionais. A.'i óreas secas que tiveram esse problema
guda. O ・ク」Nセウッ@ de イ・ウNセ」。ュ ョ エッ@ cria rnr.hnduras e ヲゥウオイ。セ@ p redis-- solucionado podem fud I mente apresentar reincidência de eczema
pondo a infecç.õe.<. subagudo caso a lubrificaç.:lo adequada seja negligenciada. Os
bidmtantes devem ser aplicados algumas horas após os corticos-
Corticosteroides tópicos. Esses agentes são o tratamento teroides tópicos e seu uso deve. ser oontinuado por dias ou sema-
de escolha (Cap. 2). Os cremes podem ser aplicados 2 a 4 vezes nas após a inflamaçlo desaparecer. A aplicaç.'lo frequente (1-4
ao dia ou sob oclusão. Podem-se aplicar pomadas 2 a 4 vezes veres ao dia) deve ser incentivada. Aplicar hidratantes logo após
ao dia parn as lesões mais secas. A inflamaç.'lo subaguda requer a pele ter sido ""''"'cada durante o banho repõe sua umidade. Lo-
corticosteroides do grupo ID até V parn controle nipido. A oclu- ções ou cremes, com ou sem produtos químicos hidmtantes,
são com cremes aceJera a resolução: produtos mais baratos, como ureia e áàdo lático, podem ser usados. Óleos de banho s.;o
mais frncos, como o creme de triandnolona 0,1% (Kenalog) muito úteis se forem utilizados em quantidades suficientes parn
dão excelentes resultados. O StaphyloctHXUS aureus coloniza le- deixar a pele oleosa ao tato quando o paciente sair da banheira.
sões eczematosas, mas estudos mostram que suas q uantidades
são significativamente reduzidas após tratamento com esteroi· Loções. Loções e Cremes Hidmtantes podem ser úteis.
des tó picos.
Cremes. DMI. Mo isturel, Neutrogena, Nivea, Euc.erin e Acid
lmunossupressores macrolideos tópicos. Pomada de Mantle o u qualquer um dos cremes listado..-. no Formulário são
taaolimus (Protopic•l e creme de pimecrolimus (!!lidei•) são os e6àentes.
primeiros imunossupressores macrolídeos tópicos que não são
derivados da hidrocortisona Eles inibem a produç.'lo de àtoànas Sabonetes suaves. A lavagem frequente com um sabonet"
inflamatórias nas células Te nos mastódtos e evit.1m a liberação ressecante, como o lvory nos EUA, atrasa a àcatrizaç.'lo. A lavagem
de mediadores inflamatórios pré-formada dos mastóótos. Não há infrequente com sabonetes suaves ou ultra-hidratantes (p. ex.,
ocorTência de atrofia dérmica. Esses agentes são dic:azes para o Dove, Cetaphil, Basis - consulte o Formulário Dermatológico)
ll'3tamento de doenças inflamatórias da pelr, como dermatite deve: ser ゥョ」・エカ。、 セ@ Em geral, não é ne.ce:ssário utilizar sabonetes
。エーゥセ@ dmnatite de contato alérgica e dermatite de contato ゥイ セ@ hipoalergénioos ou evitar sabonetes perfumados. Embora a aler-
t.:1tiva, Eles são aprovados para U.\0 em crianças com idade igual gia a perfumes oco1'1'3v a incidênóa é baixa.
ou superior a 2 anos. A resposta a es..'i.es agentes é mais lenta que
a resposta nos corticosteroides tópicos. Conicosteroicles tópicos Antibióticos. Placa• eczematosas que continuam com colora-
podem ser utilizados por alguns dias antes do uso desses agentes ção vermelho -vivo d urante o tratamen to com cortico!lo'tero ides
para se obter o controle ráp ido . tópicos podem e>1ar ゥョヲ・」セQ、ウ N@ O eczema subagudo infec.t.1do
deve ser triltado oom a ntibióticos sistêm icos adequados, que ge-
Creme de pimecrolimus (Eiidel"). O pimecrolimu.• pene- ralmente são aqueles ativos contra estafilococos. Os antibióticos
tr:.t mt pele em uma taxa mais baixa que o taaolimus, indicando sistêmkos são mais eficazes do que os antibióticos tópic.Ds ou
um menor potenàal de absorç.'lo percutânea. O creme é aplicado uma combinação de aemes antibiótioos.<ortioosteroides.
2 veu:s ao dia e pode ser usado no rosto. O uso contínuo por
longo prazo de inibidores tópioos da calcineurina em qualquer Alcatrão. Pomadas. banhos e sabonetes de alcatrão estavam
f.lixa et.iria deve ser evitado, devendo a aplicaç.'lo ser limitada entre os poucos agentes terapêuticos eficazes disponíveis para o
apenas às 、イ・Zセウ@ com dennatite. tratamento de ecuma, antes da introdução de corticoste.roides
tópicos. Na maioria dos casos. os conicosteroides tópicos promo-
Pomada de tacrolimus (Protopic."'). o tacrolimus é eficaz vem o controle rápido e duradouro do eczema antes da inrrodu-
no trnl."lmento de criaoças (com idade igual ou superior a 2 anos) ção de corticosteroides tópicos. Algumas fo nnas de eczema, como
e de adultos com dennatite atópica e eczema. O evento adverso a dermatite atópica e o eo:ema irritante, tendem a ser recorrentes.
mais importante é ardência no local da aplic.1ç3o e eritema. Está Os cortimsteroides tópicos se to mam menos eficazes com o uso
disponfvel como pomada com form ulações a 0,03% e O, 1%. Al- de lo ngo prnro. O alcatclo nlgu.mas vezes é uma alternativa ・Nヲゥ」[セコ@
guns médico." consideram a concentração d e 0,03% menos eficaz. n e.-.sa situação. A.•\ ーッュョ、セウ@ o u os cremes de aleo1triio podem ser
O u.•o oonúnuo por longo prazo de inibidores tópicos da calci-
ne:urina em quaJque.r faixa etária deve ser evitado, devendo a
aplietç3o ser limitada às áreas com dermatite. 2. Doxepina tópica nao se encontra disponivel no Brasil.
97
Dermato logia CHnica
98
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
Figura 3-17 Manipulação e fricção espessaram a pele atrás Figura 3-18 Uma placa de líquen simples crônico criada por
da orelha. escoriação está presente. Linhas cutâneas acentuadas e pápu-
las eczematosas além da borda ajudam a dif erenciar este pro-
cesso da psoriase.
99
De rmato lo gia CHnica
Corticorteroides tópicos. Os mrtirosteroides tópicos dos mulheres do que em homens. O tipo mais comum de eczema nas
gnJpos 11 a V são us.1dos em oclusão toda noite até que a inftama· mãos foi dermatite d• contato irritativa (35%), seguida por
ção desapam;a - geralmente em I a 3 semanas; os cortirosteroi· ecrema atópico da.< mãos {2.2 % ) • dermatite de mntato alérgica
des tópicos do gnJpo I são usados sem odu.'lào. A$ espum:u rom (19%). A$ aletgias de contato mais comuns foram a níquel,
conicosteroides tópicas (p. ex., espuma de dobetasol) podem ser cobalto, mistura de frngr.incia., bálsamo do Peru e colofônia. De
muito ・ャゥ」\セzウ N@ A pomada de tacrolimu.• a O, I% pode ser usada todas as profissões estudadas. os faxineiros apresentaram a maior
como trntammto primário ou alternativamente com cortic.oste· p revalênàa, de 21,3%. O eczema das mãos foi mais frequente
roide.• tó picos. entre pes..'\Oas q ue reJatarnm e:xposiç5o ocupaàonaL A exposição
mais p rejudicial er:t a produtos químicos, água e detergentes,
Injeção intralesional. A injeção intralesional (Triandl", diluído po eira e sujeira sec_a, A mudnnc;n de profis..'iâo foi relatada por 8%
P"'" 10 mg/ml) é u m modo mu ito eficaz d e tratamento . Lesõe.• e fo i mais comum em pessoas que trabalham em serviços de
que perma ne<:e.mm d urante anos podem desaparecer comple.. manu tenção. Os Ct1heleireiros apresentaram a maior freq uência
L1mente após uma in jeção ou u ma pequena série de injeç.õ es. de alteração. d・ュッョウエイオ セ ウ・@ que o eczema das mãos era uma
O medicamento é aplicado mm uma agulha d e o libre 27 a 30, doença de long;t duração, com um curso reddivante; 69% dos
sendo que a p laca inteira é infiltrada até que fique branca Placas paáentes haviam consultado um médico, oom 21 % desses
resistentes requerem injeções adicionais administradas em inter· estiverem de licença médica pelo menos uma vez por causa de:
valos de 3 a 4 semanas. ecrema nas mãos. O tempo mtdio total de faltas ao serviço foi de
18,9 semanas; a mediana foi d• 8 semanas. PMJD: 2145721 Os
fatores preditivos mais importantes para o eczema da mão estão
ECZEMA DAS MAOS listadas no Quadro 3-3.
A inflamaçl\o das mãos é um dos problemas mais comuns encon .. DIAGNÓSTICO. O diagnóstico e o tratamento do eczema das
trndos pelo dermatologista. A d ermatite da mão cau.'kl clescon· mãos são u m de.<iafio. N ão h á cruase nenhuma associaç.'io entre o
forto e constrangimento セ@ devido à sua localiz:u;:oio, interfere de pad rão clínico e a etiologia . Nenhu ma distribuição de eczema é
m:ane irn significativa nas atividades diárias nonnnis. A d ermatite tipicamente alérgica, irritativa o u endógena. Não só existem
dils m ãos é comum em p rofissões ind ustriais: el:t pode ameaçar a mu itos padrõe.• de inflamaç.,o eczematosa (Tabela 3-2), como
segurança do emprego se a in flamação não puder ser controlada. também existem outras doenças, t.'lis como psoríase.. que podem
O Qoodro 3 ·2 lista as instruções para os padenr.e s com dermatite parecer eczematosas. Muitos pt\cientes que recebem diagnóstico
irritante da mão. de eczema nas mãos na verdade têm psoriase. As lesões ーイゥュ£。Nセ@
originais e sua 、ゥウエイ「オセッ@ com o tempo são modificada.• por
EPIDEMIOLOGIA. Um estudo de grande pone forneceu as substâncias irritativru; ・ウ」ッイゥ。セL@ infecções e tratamento. Toda.•
oeguintes estaústicas: a prevalência de eczema nas m3os foi de as fases da inflamação eczematosa podem ser enronttadas no
aproximadamente 5,4%, sendo duas vezes mais comum em ecrema das mãos (Quadro 3·4 ).
100
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
Psoriase
Tinea
101
Dermatologia CHnica
Figura 3-19 Dermatite irritativa inicial com ressecamento e Figura 3-20 Inflamação eczematosa subaguda com resseca-
espessamento. menta g rave e rachadura das pontas dos dedos.
Figura 3-21 Inúmeras vesículas pequenas surgiram subita- Figura 3-22 Inflamação eczematosa crônica. A coçadura
mente nesses dedos cronicamente inflamados. engrossou a pele. Crostas são sinais de infecção.
102
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
resistente à irritação. O pH dessa cam ada superficial é ligeirnmente um sabonete líquido. O uso regular de emolientes evitou a der-
ácido. Os fato res ambientais o u elementos que mudam qualquer matite initativa causada po r detergente.
componente do estrato córneo interferem na sua função protetora
e expõem a pele a substâncias irritativas. Fatores como o ar frio do CREMES DE BARREIRA PROTETORA. A perda da função
inverno e a baixa umidade promovem perda de água. Substàncias de barreira da pele po r ataques mecânicos ou q uímicos pode re-
como solventes orgânicos e sabonete.-. alcalino.-. extraem as sultar em perda de água e eczem a nas mãos. Cremes de barreira
su bstâncias químicas e os lipídios de ligaç.;o com a água. Q uando protetora (Quadro 3-6 ) aplicados pelo menos 2 vezes por dia em
uma boa quantidade des....es elementos protetore.-. é extraída, a todas as áreas expostas protegem a pele e são form ulados para
pele fica descompensada, tomando-se eczematosa. serem impermeáveis a água ou ó leo. Os tipos impermeáveis a
água oferecem pouca proteção contra ó leo.-. ou solvente.-..
APRESENTAÇÃO CLINICA. o grau de inflamaç.'lo depende
de fa to res como força e concentração do produto químico, TRATAMENTO. A inflamação é tratada conforme descrito em
susceptibilidade individual, local de contato e época do ano. セウエNゥァッ@ de inflamação eczema tosa.N l ubrificar e evitar mais irri·
Alergia, infecção, coçadura e estresse modificam o quadro. tação ajuda a prevenir recidivas. Um programa de prevenção de
irritação deve ser ruidadosamente delineado para cada paciente
ESTÁGIOS DA INFLAMAÇÃO. Re..secamento e rachaduras (Quadro 3-2).
são as mudanç.as iniciais (Fig. 3-19) . Ocorrem rachaduras e 6ssu-
rns muito dolorosas, particularmente em áreas de dobrns da arti-
rulaçâo e ao redor das po ntas dos dedos. O dorso das mão.-. fim Dermatite atópica das mãos
vermelho, inchado e sensível. A superfície palmar, especialmente A dermatite das mãos pode ser a forma mais comum de dermatite
a dos dedos, fica vermelha e continua a イ・ウNセ」。@ e rnchar. Pode-se atópica do adulto (Cap. 5 ). O eczema das mãos é significante.
desenvolver uma superficie delicada, eritematosa, lisa e brilhante.. mente mais comum em pessoas com história de dermatite a tópica
que se abre facilmente com o menor traumatismo. fNセM。ウ@ são alte- do que nas demais. Os seguintes fu tores predizem a ocorrência de
rações eczematosas subagudas (Fig. 3-20). eczema nas mãos em adultos com história de dermatite atópica:
Ocorre inflamação eczem atosa aguda com mais irritação, o
que produz vesículas q ue ex..•mdam e formam crostas. O prurido
se intensifica, e as escoriações levam a infecç.'lo (Figs. 3-21 e 3-22 ).
Se o produto irritante for m uito 」£オZ セ エゥ」ッL@ ocorrem necrose e
ulcernç.'lo seguidas por formação de cicatriz.
Impermeável à água
• North 201
• SBS-44
• Kerodex #7 1
103
Dermatologia CHn ica
• Dermatite das mãos antes dos 15 anos de idade ACHADOS FfSICOS. o diagnóstico da dermatite de contato
• Eczema persistente no corpo alérgica é evidente quando a á rea de inOarnação corresponde exa-
• Pele seca ou pruriginosa na vida adulta tamente à área abrangida pelo albgeno (p. ex., uma placa re-
• Dermatite atópica ge_nunlizada na infância donda de eczema sob o relógio ou uma inflamação na fonna de
correia de sandália no pé). lndíáos """'"ihantes podem estar
Muitas pes.soas com dennatite atópic:a desenvolvem eczema presentes no eczema nas mãos, mas em muitos casos, eczemas
das mãos independentemente da exposição a substãnáas irritan- das mãos alérgicos e irritativos não podem ser distinguidos pela
tes, mas essa exposição pf'OV0('2 dermatite de contato irritativa sua apresentação clínica. A inftamação das mã<n, seja CJW1l for a
adicional origem. é aumentada por exposição posterior a produtos quími-
O do1110 das mã<n, principalmente os dedos, é acometido (Fíg. cos initantes, lavagem, ato de coçu, medicamentos e inf«ÇÕ<!S. A
H'
3-23). A dermatite começa como uma reação irritativa típica, com inflamação do dorso da mão é: mais frrquentemerue irritante ou
rachaduras e eritema. o desenvolvimento de várias formas de atópica que alérgica.
dermatite eczematosa; eritema.. edema, \"e$ia.da9io, formação de
crosta, escoriação, 、・ウ」。ュセッ@ e liquenificação aparecem e são TRATAMENTO. A alergia pode, iniáalmente. surgir como uma
intensificados pelo ato de coçar. O trntament o para ecurna ató- inflamação eczematosa aguda, subaguda ou crônica, e ser trntacb
pico das mãos é o mesmo que para o eczema irritativo das mãos. de acordo.
Alérgenos Fontes
Niquel Fechaduras de portas, cabos de utensí-
lios de cozinha, tesouras, agulhas de
tric6, equipamento industrial, equipa-
mento de cabeleireiro
Bicromato de
- Cimento, arugos de couro (luvas),
- potássio
Borracha
máquinas industriais, óleos
Luvas, equipamento industrial (ma nguei-
ras, dntos. cabos)
Fragrâncias Cosméticos. sabonetes, hidratantes, me-
dicamentos tópicos
Formaldefdo Tecidos que nao predsam ser passados a
ferro, papel, cosméticos, líquidos de em-
balsamamento
lanolina Hidratantes e medicamentos tópicos,
cosméticos Figura 3-24 Eczema numular. Placas eczematosas sao re-
dondas (em forma de moeda).
104
Eczema e Dermalite das M ãos Capítulo
inflamaç.;o é subaguda o u crônica, sendo o prurido de moderado dos pés; a sua causa é desconhecida (Fig. 3-25). A erupção é mais
a intenso. A causa é desconhecida. Piam-. espe.-.sas, crônica..-. e comum d urante os meses de verão, sendo frequen temente asso-
descamativas de eczema numular parecem psoríase; o tratamento ciada a palmas das mãos e plantas dos pés ウオ。、セ N@ Algumas pes--
para o eczema n umular é o mesmo que para o eczema subagudo soas experimentam esse fenôm eno apenas uma vez, enquanto
ou crônico. outros apresentam episódios repetidos. A descam ação começa si·
mu ltaneam ente a partir de vários pontos nas palmas das mãos ou
nas plant.1s dos pés com escamas redonda-. de 2 a 3 mm que pa·
Líquen simples crônico
recem ter se originado de uma ruptura de vesírula; no entanto,
A placa localizada de intlamaç.;o eczematosa crônica q ue é criada essas vesírulas n unca são observadas. A descamaç.;o continua a
pela coçadura habitual é chamada de líquen simples crônico o u ocorrer e estende-se perifericamente, fonnando áreas maiores,
neurodennatite circunscrita. A parte de trás do punho é um local q uase circulares, que se assemelham à tinha, enquanto a área
típico. A placa é espe.-.sa, com as linhas da pele proeminentes (li- central fica levemente avermelhada e sensíveL aNセ@ bordas descama·
quenificação) e as margens bem evidentes. U ma vez estabelecida, tivas podem coalescer. O problema desaparece em 1 a 3 semanas
a placa, em geral, não apresenta aumento de sua área. O líquen e não requer nenh um tratam ento diferente de lubrificação.
simples crônico é tratado da mesma maneira q ue a inflamação
eczematosa crônica.
Eczema hiperceratótico
U ma forma muito espessa e crônica de eczem a que ocorre nas
Descamação palmar focal recorrente
palmas das mãos e, om-.ionalmente, nas plantas dos pés é o bser-
A ceratólise esfoliativa ou descamação palmar focal recorrente é vada quase exclusivamente em homens. Uma ou várias placas de
uma descamação comum, crônica, 。ウNセゥョ エ ッュ£エゥイョL@ não inflamató- escam as densas, de coloração amarela-amarronzada, aument.1m
ria e bilateral das palmas das mãos e, ocasionalmente, das plantas de espessura e formam rachaduras interligadas profundas em
Figura 3-25 Ceratólise esfoliativa. Descamação não inflama- Figura 3-26 Eczema hiperceratótico. Placas de escama ama-
tória das palmas que frequentemente é associada à sudorese. rela-amarronzada densa ocorrem nas palmas. Est e paciente
A erupção deve ser diferenciada da tinha das palmas. era alérgico ao volante do carro.
105
Dermatologia CHnica
Estágio inicial. A pele está úmida. Há presença de vesícula. Estágio mais avançado. Descamação ocorre constantemente.
Eritema e descamação quebradiças ocorreram na área central. As linhas cutâneas são perdidas.
Figura 3-27
106
Eczema e DermaLite 、。セ@ m セッ ウ@ ·Capítulo
Figura 3-30 lnflamaçAo crônica grave. As linhas cutâneas Figura 3-31 Os dedos estão secos e enrugados, e a pele é
são perdidas. A pele seca é frágil e racha facilmente. Os pa - frágil. A pele descasca, mas não forma a escama espessa
cientes são tentados a retirar a escama S!!Ca solta. mostra da nas Figuras 3-29 e 3-30.
107
Dermatologia CHnica
PONFÓLIGE (DISIDROSE)
Figura 3-32 Vesículas evoluíram para pústulas. A erupção Figura 3-33 Infecção secundária resultou em pústulas.
persistiu por muitas semanas.
Figura 3-34 O processo agudo termina quando a pele des- Figura 3-35 Uma forma grave (com vesículas e bolhas gran-
cama, revelando uma base eritematosa fissurada com pontos des e profundas) que é indistinguível da psoríase pustulosa
marrons. Os pontos marrons são os locais de vesiculação an- das palmas e plantas dos pés.
terior.
108
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
com ou sem oclusão, conferem apenas um alívio temporário. levou à melhora significativa ou ao desaparecimento do pro-
t ウNセッ@
Depois de alergia e psoríase terem sido descartadas, deve-se tra- blema, sendo substancialmente reduzida ou eliminada a necessi·
tar o eczema das pontas dos dedos da mesma maneira q ue o dade de corticoterapia oral.
eczema subagudo e crônico, evitando irritações e hidrntando
com frequência. Elidel• ou Protopic® são à..-. veze.-. eficazes; cre-
Reação Ide
mes de alcatrão aplicados 2 vezes por dia podem promover alívio.
Processos inflamatórios intensos, como a dermatite de estase ativa
ou infecçõe.-. füngicas agudas dos pés, podem ser acompanhados
Disidrose
por uma erupção vesirular semelhante à disidrótica pruriginosa
Disidrose (Pomphol)'x, em inglês) é um padrão distinto de reação ("'reação ide"'; Fig. 3-36). Essas erupções são mais comuns nas la-
de etiologia desconhecida, apresentando-.se como dermatite vesi- terais do..-. dedos, mas podem ser generalizadas. As erupções desa-
cular simétrica de mãos e pés (Fig. 3-32). Prurido moderado a parecem à medida que a inflamaç.;o que as iniciou de.-.aparec.e. A
grave precede o surgimento de vesículas nas palmas e nas laterais Ide pode ser uma reação alérgica a fungo.-. ou a algum antígeno
dos dedos (Fig. 3-33 ). As palmas podem ficar vermelhas e úmidas criados durante o processo inflamatório. Q uase todas as erupções
com a transpiração, daí o nome disidrose. aNセ@ vesírulas desapare- disidróticas são incorretamente chamadas de Ides. O diagnóstico
cem lentamente em 3 a 4 semanas e são substituídas por anéis de de uma Ide não deve ser feito a meno.-. que haja um processo in-
escamas de 1 a 3 mm (Figs. 3-34 e 3-35). Alterações eczematosas Oamatório agudo em um local distante e a Ide desapareça Jogo
crônicas com eritema, descamação e liquenificação podem acom- após essa inflamação aguda ser controlada.
panhar. Ondas de vesirulaç.âo podem surgir indefinidamente. A
dor, e não prurido, é a queixa principaL A psoríase pustulosa das
palmas das mãos e das plantas dos pés pode assemelhar-se à d isi-
drose, mas as vesíadas de psoríase rapidamente se tomam turvas,
com secreção purulenta. A psoríase pustulosa é crônica e as pús-
tulas não evoluem e desaparecem dio rapidamente quanto as da
disidrose. Os pacientes com dermatite atópica são acometidos
com a mesma frequência q ue os o utros.
109
Dermatologia CHnica
Eczema asteatótico
O eczema asteatótico (eczema craquelê) ocorre após resseca-
menta excessivo, especial mente durante os meses de inverno e
entre os idosos. Pacientes com diátese atópica são mais propensos
a desenvolver ・ウNセ@ padrão distinto. A erupç.;o pode ocorrer em
qualquer área da pele, mas é mais comumente observada nas fa-
ces anterolaterais da parte inferior da..-. pernas. A parte inferior das
pernas se toma seca e escamosa e apresenta acentuação das linhas
da pele (xerose) (Fig. 3-37). Placas vermelhas com fissuras super-
6ciais finas, longas e horizontais surgem junto com ressecamento
e COÇJdura (Fig. 3-38). Padrões semelhantes de inflamação po-
dem surgir no tronco e nas extremidades superiores à medida que
o inverno avança. Uma amostra como porcelana rachada ou em
"'mosaico"' de fissuras desenvolve-;...e quando fissuras verticais pe-
quenas entram em contato com fissuras horizontais. O termo
eczema craquelê é usado para descrever adequadamente esse pa-
drão. A forma mais grnve desse tipo de eczema apresenta uma
acentuação do padrão descrito anteriormente, com fissuras hori-
zontais profundas e largas que exsudam e frequentemente são
purulentas (Fig. 3-3 9). Dor, e não prurido, é a queixa principal
dessa doença. O ato de coçar ou o tratamento com loções secan- Figura 3-38 Eczema asteatótico (xerose). Lavagem excessiva
tes, como calamina, agrava a inflamação eczemato..-.a e leva à in- da pele seca pode resultar em rachaduras horizontais e para-
fecção, com acúmuJo de crostas e material purulento. lelas.
110
Eczema e Dermatite das Mãos Capítulo
Figura 3-40 Eczema numular. Esta forma de eczema é de Figura 3-41 Eczema numular. Placas eczematosas redondas
origem indeterminada e não está necessariamente associada formadas no tronco, nas pernas e nos braços tornam-se con·
セ@ pele seca ou atopia. Placas eczematosas redondas, em fluentes.
forma de moeda, tendem a ser crônicas e resistentes ao trata-
mento.
111
Dermatologia CHnica
ECZEMA NUMULAR
Figura 3-42 Muitas placas redondas pequenas no tronco Figura 3-43 Placas redondas grandes estão inflamadas e
podem ser diagnosticadas de maneira equivocada como pso- podem tornar-se secundariamente infectadas.
ríase ou tinha.
112
Eczema e Dermatite das Mãos Capítulo
Figura 3-45 Pés rachados fissurados. Um estágio inicial com Figura 3-46 Um caso avançado de pés rachados no qual a
eritema e rachadura nas áreas de pressão. superfície plantar inteira está gravemente seca e fissurada.
1 13
Dermatologia Cllnica
Queixa derma-
tológica que é um Possíveis distúrbios
sintoma psiquiátrico Características psiquiátricos asso-
primário dermatológicas dados Diagnóstico Tratamento
Parasitose psicogênica Erosões e cicatrizes focais Distúrbio de delírio, tipo A maioria dos pacientes Antipsicóticos (pimozida
(delírios de parasitose) somático ou psicose hi- são mulheres com mais [Orap])
Pacientes convencidos de pocondríaca monossinto- de 50 anos
que estão infestados e Antidepressivos podem
mática; distúrbio psicó-
que irritados com os mé- tico partilhado com outra ser usados para doença
dicos porque •ninguém depressiva comórbida
pessoa (folie à deux); dis-
acredija neles" túrbio depressivo impor- Ansiolíticos e hipnóticos
tante com caracteristicas podem ser usados em
psicóticas; esquizofrenia conjunto com antipsicó-
incipiente ticos em alguns casos
Dermatite factícia Lesões cutâneas sáo in- Distúrbio de personali- A proporção de pacientes Abordagem empática, de
teiramente autoinfligidas; dade, lesões cutâneas do sexo feminino para o apoio
paciente nega sua natu- são um apelo por ajuda sexo masculino é de 4
reza autoinfligida para 1 Nenhum na maioria dos
Distúrbio de estresse pós- casos
Ampla gama de lesões, bo- traumá1ico Surgimento súbito de le-
lhas, úlceras, queimaduras Antipsicóticos e antide-
soes
Descarte abuso sexual e pressivos podem ser usa-
Padrões bizarros não típi- infantil "História sem sen1ido"; dos no transtorno do es-
cos de qualquer outra paciente não consegue tresse pós-traumático
doença Depressão, psicose,
descrever como a lesão
transtorno obsessivo- evoluiu
Frequentemente um compulsivo, fingimento
diagnóstico de exclusão de doença e síndrome de
Munchausen
Adolescentes, adultos jcr
vens
Escoriações neuróticas e Possivelmente iniciada Depressão, transtorno Excluir causas sistêmicas Abordagem empática, de
acne escoriada por doença cutânea pru- obsessivcrcompulsivo, de prurido apoio
riginosa traços perfeccionistas,
presença de estressor psi- Paciente admite natureza Antidepressivos, especial-
Autoescoriação repetitiva autoinftigida mente ISRS; fánnacos
cossocial significativo em
- paciente admite natu- ansiolíticos e antipsicóti-
33-98% dos pacientes
reza autoinfligida cos podem ser usados
Problemas de imagem como terapias adjuvantes
Escoriações lineares em
corporal, incluindo trans- quando indicado
áreas alcançadas com fa-
tornos alimentares, na
cilidade
acne escoriada
Grupos de cicatrizes re-
dondas ou lineares
Líquen simples crônico Criado e perpetuado por Nenhuma psicopatologia Biopsia mostra inflama- Corticosteroides tópicos
constante coçar e esfregar conhecida ção eczematosa ou lem- e oclusao plástica
bra psoriase
Placas ovais muito espessas Desencadeado por es- Fita de Cordran# Nota
tresse do revisor científico: Não
Em geral apenas uma lesáo
disponível no Brasil.#
Prurido intenso
Corticosteroide intrale-
Duração indefinida sional
Recorre com frequência
Prurigo nodular Nódulos pruriginosos de Prurido intenso interfere Biopsia mostra epidenne Cortioosteroides intralesionais
O, 5 a 1 em nos braços e nas atividades diárias e muito espessa e hiperpla-
nas pernas; permanece no sono sia das fibras nervosas Crioterapia
por anos Excisão
Creme de capsaicina
Pomada de calcipotriol
Adaptado de Gupta AK, Gupta MA: Dermatol C/in 18(4), 2000 PMID: 1105937; Gupta MD, Gupta AK: J Am Acad Dermaro/34:1030, 1996.
PMID: 8647969.
ISRS, inibi dores seletivos de receptação da serotonina.
114
Eczema e De.rmalite das Mãos Capítulo
Inúmeras doenças de pele são gerada• ou perpetuadas pela mani- PorÇão inferior externa da pane inferior da perna
puloç!lo da superfície da pele (Tabela 3-4 ). Os pacientes podem Escroto, vulva, regiao anal e púbis
beneficiar-se tanto de cuidado dermatológico quanto psiquiá- Punhos e tornozelos
trico. As dermatoses autointligidas mais C'..Omuns セッ@ discutidas Pálpebras superiores
3C(UÍ.
Dorso (líquen simples da nuca) e lado do pescoço
Orifício da orelha
Antebraços extensores próximos do cotovelo
Uque n s imples crônico Dobra por trás da orelha
Nódulos de quem belisca o couro cabeludo
Uquen simples crônico (Figs. 3-47 a 3-54 ), ou ne.urodennatite
circunscrita, é uma erupção eczematosa criada pelo hábito de co-
çar uma única área localizada. A doença é mais comum em aduJ.
lOS, mas pode ser observada em crianças. A$ áreas mais comu.
mente afetadas são aquelas que são facilmente alcançadas. Essas resultar da ウ・ョゥ「ャコ。セッ@ com medicoção tópico. Escama úmida.
áreas estlo listadas no Quadro 3-7, em ordem aproximada de soro, crostas e pt.btulas são sinaU de infecção.
frequblcia. Os pacientes sentem grande prnur no alivio advindo O líquen simples da nuca ocorre quase que exclusivamente em
do ato de coçar freneticamente o local inflamado. A perda dessa mulheres que alconçam a parte de trás do pescoço em situações
sensaç!lo de prazer ou o contínuo hábito subconsciente de coçar de estra<e (Fig. 3-51 ). A doença pode disseminar para além da
pode explicar porque essas erupções ocorrem com frequblàa. placa iniàal bem definida. Escama seca o u úmida difu....,, crost:l$
Uma placa típica é localizada e apresenta pouca tendência a e erosões estendem -.se da parte po..'iterior do couro cabeludo parn
aume:nl.ar com o tempo. As pápulas vennelhas coalescem, fo r· além do pescoç.o. A ínfecç;io seamdária é comum. Nódulos, em
mnndo uma p laca e.oq>essa, eritematosa, e 、 ・Bᆱ。ュョエゥカZセ@ com acen tu· geral com menos de 1 em e espalhados aleatoriam ente no couro
ação das linhas cutâneas (liquenificação). O lfquen simple.• crônico cabeludo, oç..orrem em pacientes que frequentemente "'beliscam.,
é uma doença eczema tosa crônica, mas ュオ、。ョ セウ@ agudas podem o couro cabeludo; )lOdem haver poucos ou muitos nódulos.
(
Figura 3-47 Líquen simples crônico da vulva. As linhas cutâ· Figura 3·48 Escoriações anais. O ato de coçar produziu ero-
neas s3o marcadamente acentuadas devido a anos de fricção sões focais e espessamento da pele ao redor do ânus.
e coçadura.
115
Dermatologia CHnica
Figura 3-49 Placa espessa esteve presente durante muitos Figura 3-50 Esta placa localizada de inflamação eczematosa
anos. Corticosteroides tópicos potentes melhoraram a erup- crônica foi criada por fricção com o calcanhar oposto.
ção, mas a placa rapidamente reapareceu após reinício do ato
habitual de coçar.
Figura 3-51 Líquen simples da nuca ocorre quase exclusivamente em mulheres que coçam a parte
de trás do pescoço em situações estressantes.
116
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
Figura 3-52 A pele é espessa e linhas cutâneas são acentuadas, ao contrário da pele adjacente es-
crotal.
Figura 3-53 Duas áreas lineares são beliscadas e coçadas, fazendo com que a pele fi- Figura 3-54 Toda a parte anterior do
que muito grossa . O paciente coça durante o dia e enquanto dorme. escroto foi liquenificada .
117
D ermato logia CHnica
118
Eczema e Dermatite das Mãos Capítulo
IOl!ÕeS liqueni6cadas pode bloquear a liberação de acetilcolina e TRATAMENTO. O prurigo nodular é resistente ao tratamento
controlar o prurido. e permanece: por muitos anos. T.·tl como acontece com os nódulos
decone:ntes do ato de. coçar o couro 」。「・ャオ、ッ セ@ injeções inualesio..
Prurigo nodular nais repetidas de corticnsteroide podem ser dicaus. A excisão de
nódulos isolados às vezes é útil. Crioterapia às vezes é bern-succ·
O prurigo nodular é uma doença rara e de causa desconhecida dida. A capsaiána a 0,025% e capsaiána a 0,075% HP (creme
que pode ser considerada uma forma nodular de lfquen simples Zostrix-HP) interfere nn percepç.ão de prurido e na dor pela deple·
crônico. H:\ prurido intrntável. Assemelha-se aos nódulos decor- ção de neuropeptfdeos em pequenos nervos sensoriais rutâneos.
rentes do nto de coçar o couro cabeludo, exceto peJo fato de que A aplicaç.1o do creme de 4 :a 6 vezes ao dia por até 10 me.'ies resul ..
os nódulos, em uma quantidade pequena de nté 20 ou mnisl est.1o tou na cessação da nrdência e do prurido. As lesões 、」。エイゥz\セュ@
distribufdos aleatoriamente sobre as fuces extensoras de brac;.os e gradualmente. O uso de calcipotrieno tópico com corticosteroide
pernas (Fi!!". 3-56 e 3-57). Eles são criados pela repetição do ato tópico em combinação ou sequencialmente tem sido eficaz. d・Nセ@
de coc;..nr. Os nódulos são vermelhos ou marrons, duros e em cobriu-se que a naltreXonn {50 mg por dia), um antagonista ッーゥセ ᆳ
forma de cúpula, com uma superfíáe lisa, com aost•1S, ou enru- ceo ativo por via oral, i uma terapia eti.rnz contra os sintomas
gada; des têm de 1 a 2 em de diâmetro. A hipertrofia dos nervos pruriginosos em muitas doenças. Cic.lo.<porina oral (3 a 5 mgfk:t,/
cutâneos papilares da derme é uma característica relativamente dia) foi eficaz em um estudo. PMID: 18445069 A gabapentina
constante. A.• queixas de prurido variam. AISU"" pacientes afir. tem sido utilizada em auos resistentes. PMID: 18086601 Depres-
mam que não há prurido e que o ato de 」ッ。イセ@ somente habirual, são e experiênáas cfusociat.ivas podem estar ligados a essa do-
enquaniO outros se queixam de que o prurido セ@ intenso. ença. podendo ser apropriado um encaminhamento psiquiátrico.
Figura 3·56 Prurigo nodular. Nódulos duros, espessos, ge- Figura 3-57 Prurigo nodular. Pápulas espessas e escoriações
ralmente presentes nas superfícies extensoras dos antebraços lineares são as caracterfsticas tanto do prurigo nodular como
e pernas, devido ao ato crônico de beliscar. das escoriações neuróticas.
119
Dermato logia CHnica
Figura 3-58 Escoriações neuróticas. As lesões aparecem em Figura 3-60 Escoriações neuróticas. Cicatrizes profundas
qualquer área do tronco e dos membros que seja facilmente ocorreram após longos períodos de manipulação agressiva.
alcançada.
120
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
121
Dermatologia CHnlca
Figura 3·62 Dermatite de estase em um estágio inicial. Eri· Figura 3-63 Dermatite de estase (inflamação grave). Placa
tema e erosões produzidos por escoriações s.'lo mostrados. eritematosa pruriginosa pode subitamente desenvolver infla-
mação aguda e/ou celulite. Exsudação, crostas e fissuras po-
dem ser extensas.
122
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
Figura 3-64 Dermatite de estase. Eczema infectado grave, Figura 3-65 Estase durante um período de meses a anos,
doloroso, exsudativo e got ejante com crosta úmida. Antibióti- frequentemente resulta em coloração permanente marrom da
cos orais e compressas frias são o tratamento inicial, seguidos pele.
em poucos dias por cremes ou pomadas tópicos de corticos-
teroides dos grupos 11 a V.
123
Dermato logia Cllnica
124
Eczema e Dermatite das Mãos Capítulo
MANIFESTAÇÕES CÚNICAS. A オャ」・イ。 ̄ッセ@ qu:ue inevitável ' Quadro 3-8 Úlceras das Pernas: Diagnóstico Diferendal
depoi$ que a pele 6ca espessa e a circulação comprometida. A
ulcernçlo pode ocorrer espontaneamente ou após tnumammos Venosas
mínimos (Fíg. 3-66). A úlcera pode permanecer pequena ou au- Sindmme pós-flebltK.a
mentar rapidamente, sem qualquer traumatismo adicional. Há Malformaçâo artenovenosa
presença de dor maçante e constante, que melhora com a devaçlo Arterial
da perna. A dor decorrente de úJcerns isquêmicas é m<ti5 intensa e
Aterosclerose
n3o melhorn c..om a elevação. Embolia de colesterol
Ali úlceras têm u ma borda distin ta ou inclinado e são profun-
Tromboangiite oblíterante
das ou ウオー・イヲゥ、。 ゥ セN@ A remoção de crostas e detritos revela uma
bnse úmida, com tecido de gran ulaÇio. A bnse e n pele circun- linfático (linfedema)
dante são frequen temen te infectadas. A cicatrizaç3o é lenta, de- Neuropátko
morando vária.s semanas o u meses. Após a cicatrizaçio, não é raro Diabetes Lúpus eritematoso
observar as úlceras retomarem rapidamente. A$ úlcerns s.:io subs- lesões medulares Vasculite nodular
tituídas por cicatrizes esclerosadas branc:o-mar6m. Apes.>r da dor Tabes dorsalis Poliarteri1e nodosa
e: da inconveniênda do tratamento, a maioria dos pacientes tolera vasculítica Artrite reurnatoide
bem a doença e mantém-se deambulante. Atrofia branca Esdemdennia
Vascuite por ィッーm・ョsセ「」ャ、。@ Granulomatose de Wegener
Hematológica
Anemia falciforrne
Talassemia
Traumática
Queimaduras (térmicas, radia<;ao) Factlcia
Frio Pressao
Neoplásica
Carcinoma basocelular Sarcoma (p.ex., Kaposi)
l infoma cutaneo de célula T Carcinoma espinocelular
Tumores metas1Aticos
Metabólica
Diabetes
Gota
Infecções bacterianas
Ectima gangrenoso Micobacterianas
Furúnculo Embolia séptica
Gram-negativas Slfilis
Infecção fúngica
Fúngica profunda
Granuloma por Trichophotoon
Infestações
Picadas de aranhas
Protozoários (leishrnan1a)
Paniculite
Necrobiose lipoldoca
Nec:rose ー。セ£エkN@ go«<urosa
Doença de Webe<..Chnstian
Outros
Necmbiose lipofdica
Pioderma gangrenoso
Figura 3-66 A pele é difusamente vermelha, espessa e Sarcoidose
presa por fibrose. Ocorre ulceração com traumatismo mais
leve.
125
Dermatologia CHnica
Figura 3-67 Vegetação de estase. Uma inflamação crônica Figura 3-68 Vegetação de estase. Um caso extenso com
pode causar longa obstrução linfática. Isso algumas vezes re- edema irreversível e alt eraçôes na superfície.
sulta em surgimento bizarro de inúmeras pápulas vermelhas e
azuis em forma de cúpula. Essas mudanças são irreversíveis.
126
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
AVALIAÇÃO LABORATORIAL. A avaliação inicial inclui perficial; no en tanto, pode ser difícil diferen ciar insu ficiência ve-
hemograma completo, glicemia e velocidade de hemossedimen· nosa superficial de insuficiên cia venosa profunda. A p letismogrn·
tação. Considere ruret.1gem o u biopsia da úlcera para rultura fia é um teste simp les para medir o grau de refluxo venoso e a
bacterian a. Realize a b iopsia da borda das úlceras que não cicatri· eficiência da bomba muscular da panturrilha. A ultra."<onogra6a
zam com tratamento convencional para descartar carcinoma ba· comu m associada à uJtrassonografia Doppler puJsátil, conhecida
soceJular ou carcinoma espinocelular. Faça a radiografia das úJce· como duplex, é um método q ue fornece informações anatômicas
ras pro fun das para excluir osteomielite. detalh adas e é especialmente útil para identi6car quais veias são
competentes. Essas características possibilitam substituir a Bebo-
EXAMES DE FUNÇÃO. Doppler, pletismogra6a e exame du- grafia pelo exame duplex, pois este exame não é invasivo e evit.1
plex são utiliz.1dos parn carncterizar a normalidades venosas e m contraste.-. radiológicos, mostrando tanto características an atômi·
pacientes com insuficiência venosa crôn ica. Exames Doppler de cas como funcio nais ( refluxo o u obstrução) do sistema venoso. É
onda contínua são úteis para fornecer informações sobre o nível o exam e de escolha para avaliar os sistemas super6dal, profundo
anatômico de q ualquer incompetência o u obstrução venosa su- e perfurante. PMID: 15941430
127
Dermatologia Cllnica
TRATAMENTO. Há clínirns de cuidado_• de feridas sediadas em Curativos oclusivos. Os rurativos oclusivos promovem uma
hospitais disponíveis para o tratamento. Pressão venosa e edema rápida cicatrização das úlceras da perna. Muitos p rodutos e.'rtão
nas pernas podem ser reduzidos com repouso no leito, elevação disponíveis; a escolha geralmente é determinada pelo tipo de ferida
da perna e compressão. Doença si.stêmica, infecção local e infla- e pela quantidade de exsudato. E..._'*:!S curativos devem ser オNセ、ッウ@
mações devem ser tratadas (Fig. 3-69). Suspenda o tabagismo e o com compre.-.são para o máximo beneficio. A-. clínicas para ruida-
consumo ・ク」Nセウゥカッ@ de álcool. Incentive uma boa nutriç.1o. Os dos de feridas são especializadas na aplicação des."'ieS rurntivos.
suplementos polivitamínicos que contêm vitaminas C e E e zinco
podem ajudar. Desbridamento químico. Agente.• de desbridamento enzi-
mático podem ser considerados para remoção do teddo necro·
ELEVAÇÃO DA PERNA. A hipertensão venosa deve ser rever- sado. Colagenase, papaína ou tripsina podem ser aplicadas uma
tida. Repouso no leito e elevaç.ão da perna são eficazes. Elevação ou várias veze.-. ao dia. A eficácia de todos esses agentes não está
das pernas acima do nível do coração durante 30 minutos, 3 a 4 bem estabelecida; Elase é ineficaz.
vezes ao dia, pos..'iibilita a diminuição do edema. A elevaç.1o da
perna à noite é realizada através da elevação dos pés da cama do Desbridamento cirúrgico ou mecânico. Desbridamento
paciente sobre blocos de 15 a 20 em de altura. com instrumentos cinírgicos cortantes deve ser realizado com
grande cuidado para não danificar o tecido delicado viável. "furbi-
INFLAMAÇÃO AO REDOR DA ÚLCERA. Compressas lhonamento, irrigaç.;o da ferida, compressas úmidas e hidrotera-
úmidas mornas de solução salina ou nitrato de prata (0,5%) con- pia são comumente utilizados.
128
Eczema e Dermalite das Mãos Capítulo
TRATAMENTO IDEAL Tabela 3-7 Meias de compressão (p.ex., Jobst, Juzo, Sigvaris)
1. Medir a úlcera em cada consulta.
2. Incentivar a elevaç.;o e períodos de exerádo e deambuJaç.âo. Pressão no
tornozelo
3. Minimizar as bactérias e os detritos necro..•mdos. Classe (mmHg) Indicações
4. Promover formação de tecido de granulação. I 20-30 Veias varicosas, edema brando
5. Induzir reepitelização. ou fadiga na perna
129
Dermatite de Contato e Teste Cutâneo de Contato
• Diagnóstico de dermatite de contato Concentraçao Em geral alta Pode ser muito baixa
de substância
Teste cutâneo de contato (patch test) necessária
130
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
131
Dermatologia CHnica
Figura 4-4 Ciclos repetidos de umedecimento e secagem por lamber os lábios resultaram em der-
matite irritativa.
132
Dermatite de Contato e Tesle Cull\neo de Contato Capítulo
Fases
FASE DE SENSIBILIZAÇÃO
O nntrgeno é aplicado à superffcie da pele, penetra a barreira epi-
dérmica (estrato córneo) e é captada pelas r.élulas de l..ongerhans
da camada basal da epiderme. O antígeno é 'proces..ado' e exi-
bido na superficie da célula de Langerhans. Esta célula migra para
os nóduJos linfáticos regionais e apresenta o antígeno aos linfóci.
tos T. A proliferação induzida por citocina.• e expando clonal nos
linfonodos resulta na manutenção, pelos linfócitos T, de recepto-
res que reconhecem o antígeno específico. Esses linfócitos T antí-
geno-espu;fficos entram na corrente sanguíne.1 e circulam de volta
para a epiderme.
FASE DE ELICITAÇÃO
A fase de eJicitação ocorre em pacientes sensibi lizados com expo·
siçao repetida ao antígeno. As células de L1ngerhans que portam
o nntJgeno interagem com os lin fódtosTnntJgeno-esped6cos que
estl\o drrulando na pele. Esta internç.io resulta na ativação ind u·
zida pela citocina e p roliferação dos linfócitos T antfgeno-espeá·
ficos e na liberação de mediadores inflamatórios. A dermatite de
contato aléigica desenvolve em um periodo de 12 a 48 horas de
exposição ao antígeno e persiste por 3 ou 4 semanas.
Sensibilização cruzada
Um altrgeno, cuja estrutura química é semelhante ao do antígeno
sensibilizante: original, pode catLur inAamação porque o sistema
imunológico não é capaz de diferenciar entre o antfgeno o riginal
e o antrge.no quimirnmente relacionado. Por exemplo, a pele dos
pncientes que são alérgicos ao báJsamo do Pe.ru, que esro presente
em inúmeras preparnçõe.., tópicas, pode se tomar inflamada
quando exposta ao benjoim quimicamente ligado na tintura de
benjoim.
133
Dermatologia Cllnica
Localização Material
Couro cabeludo e orelhas Xampus, tinturas de cabelo, medicamentos tópicos, brincos de metal, óculos, tampões de ouvido de borracha
Mucosa Maioria dos pacientes alérgica a alérgenos aplicados intraoralmente tem queilite, mas não estomatite; indi-
víduo que reage ao níquel, mercúrio, paládio ou ouro em amálgamas dentários com dennatite de contato
sistêmica com ou sem estomatite localizada
Pescoço Colares (metais, madeiras exóticas), alérgenos transmitidos no ar (ambrósia), perfumes, loção pós-barba;
alérgenos de cosméticos; dennatite têxtil (corantes, resinas de fonnaldeído em roupas)
Tronco Têxtil (poupando áreas axilares e sob roupas)
Tinturas de azo-anilina (roupas coloridas)
Resinas de ureia-fonnaldeido (roupas que não amassam)
NOTA: para-fenilenediamina (PPD) e formaldeído não são exames adequados para teste de contato para
alergia a tinturas de tecido e resinas
Alérgenos de borracha: Cós elástico, sutiã Spandex®
NOTA: Alérgenos do teste de contato padrão com borracha podem ser negativos; teste de contato com
uma porção de faixa elástica de uma vestimenta que foi clareada
Reaçoes generalizadas
Fragrâncias, conservantes em loções hidratantes, medicamento tópico, fihros solares; hera venenosa; plan-
tas (reações fototóxicas); fivelas de metal de cintos
Detergentes para lavar roupas raramente causam dermatite de contato alérgica
Dennatite generalizada •Dermatite de contato sistêmica• - um indiVíduo que foi sensibilizado topicamente com um alérgeno e
dispersa subsequentemente é exposto novamente, de maneira sistêmica (fármacotsubstância química introduzida
por vias intramuscular, intravenosa, oral, retal ou vaginal), alimentos, dispositivos médicos ou dentários
que entram em contato com as superfícies da mucosa ou que foram implantados cirurgicamente no corpo
Aldeído cinâmico e bálsamo (cosméticos, medicamentos tópicos, supositórios, líquidos dentários e aroma-
tizantes) ou parabenos (conservantes de alimentos)
Contaminantes em alimentos, como níquel
134
Dermaú te de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
Localização Material
Pontas dos dedos Secadores de cabelos - gliceril monotioglicolato em soluções permanentes ou p-fenilenediamina em tintu-
ras de cabelo
Enfermeiros - glutaraldeido em desinfetantes
Profissionais da セイ・。@ dentária e ortopédica - cola (metilmetacrilato)
Muitas substancias químicas penetram nas luvas padrão
Axilas Desodorante (abóbada axilar), roupas (pregas axilares)
Maos Sabões e dl!tergentes, alimentos, temperos, hera venenosa, solventes industriais e óleos, cimento, metal
(potes, anéis). medicamentos tópicos, luvas de borracha em cirurgiões
Genitais Hera venenosa (transferida com a mão). preservativos de borracha, diafragmas, ー・ウセ イゥ ッウ@
Apresentação clínica
INTENSIDADE E PADRÕES. A intensidade da info rrnaç.ão
FORMA E LOCALIZAÇÃO. A fonna e a localização da erup- depende do grau de sensibilidade e da concentração do antígeno.
ção são as pistas mais importante.-. parn a causa do alérgeno (Ta- Sensibilizadores forte.-. como a oleorresina da hera venenosa po-
bela 4-2). O padriio de inflam ação pode correspo nder exatamente dem produzir inflamação intensa em baixas concentrações, en-
à forma da su bstância agressora (Figs. 4-6 a 4-9). O diagnóstico é quanto sensibilizadores fracos podem causar apenas eritema. O
evidente q uando a inflamação est.i re.'rtrita especificamente à área surgimento também depende da localizaçlío e d uração. A infla-
sob a pulseira do relógio, do sapato ou cós elástico. A• plantas (p. maç.1o aguda aparece como eritema maadar, edema, vesírulas ou
ex., hera venenosa) produzem lesões lineare.'i. bolhas. A inflam ação crônica é caracterizada po r liqueni6cação,
Infelizm ente a maioria das reações alérgicas não se combina descamação ou fissuras. As alergias de contato podem ter padrões
com precisão às áreas em contato com o alérgeno. A mulher com não eczematosos que induem o aparecim ento semelhante a celu-
alergia a u m ingredien te d e seu co..'imético fucial geralmente ap re- lite de hipersensibilidade dérmica de contato, variantes liq uenoi-
senta eczem a facial irregular_, e não uma dermatite difusa envol- des, leucodermia de contato, púrpura de cont.1 to e eritema multi-
vendo todas as áreas do rosto na qual o cosmético foi aplicado. forme.
Um alérgeno pode ser d isseminado para outros locais por contato
acidental. O couro cabeludo, palmas das mãos e plant.1 s dos pés CONTATO DIRETO VERSUS TRANSMISSÃO PELO AR.
são resistentes a dermatite de contato alérgica e podem apresentar A dennatite aguda e crônica das partes expost.1s do corpo, espe-
apenas inflamação mínima ape.-.ar do contato com um aJérgeno cialmente a face, pode ser causada por subst.1ndas químicas em
que produz dermatite nas áreas adjacentes. suspensão no ar. Sprays, perfumes, pó químico e pó len de plantas
Aeroalérgenos inflam am a peJe exposta e pou pam áreas cober- (p. ex._, ambrosia) são as fo ntes possíveis. A inflamação decorrente
tas com roupas. Os alérgenos de roupas causam dermatite nas de sensibilizado res transmitidos pelo ar tende a ser mais difusa.
áreas vestidas. A ThbeJa 4-2 lista as substJtncias que são causas Foto dermatite pode ter a mesma d istribuição. O material transmi-
comuns de intlamaç.1o em regiões espeá6rns do corpo. A Thbela tido no ar arumula-se facilmente nas pálpebras superio res; esta
4-3 list.1 substâncias q ue são comumente encontradas em profis- área é partirularmente suscetivel. Substâncias voláteis podem
sões espeá6cas. arumular nas roupas.
A falha de uma dermatite eczematosa em responder aos trata-
mentos padrões também sugere que a dennatite é alérgica e não
irritativa.
135
D ermato logia CHnica
136
Dermaú te de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
Figura 4-8 Alergia a dicromato de potássio (pulseira de re- Figura 4-9 Exposição a hera venenosa resultou em uma in-
lógio de couro). f lamação aguda intensa .
137
Dermatologia CHnica
Figura 4-10 Hera venenosa. Apresentação clássica com vesí- Figura 4-11 Dermatite por hera venenosa. Inflamação
culas e bolhas. Uma linha de vesículas (lesões lineares} causada aguda em áreas amplas. A distribuição assimétrica de eritema
por arrastar a resina sobre a superfície da pele com o dedo que intenso e vesículas sugere o diagnóstico de um ataque ex-
coça é um sinal altamente característico da dermatite de con- terno. As lesões lineares são altamente típicas. Inflamação
tato por planta. com esta intensidade geralmente requer prednisona.
138
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
TRATAMENTO DE INFLAMAÇÃO - -
Quadro 4-1 Prednisona para Dermatite Grave por Hera
Compressas úmidas. Bolhas e erítema intenso são trntad<>-• Venenosa (Adultos)
com compressas fria..-. e úmidas e são altamente eficazes durante o Dia Dosagem (mg/dia)
estágio agudo de formação de bolhas. Devem.se utilizar compres.
sas frias por 15 a 30 minutos vária..-. vezes por dia, durante 1·3 dias
o
Comprim idos de 1 mg. tomados
como única dose toda manhã
até que a formação de bolhas e o prurido intenso sejam controla·
dos. Os corticosteroides tópicos não penetram nas bolha..-.. Ba-
1-4 60
nhos de banheira frios, curtos, com ou sem aveia coloidal 5-6 50
Haカ・ョセI@ são muito relaxantes e ajudam a controlar a inflama- 7-8 40
ção aguda generalizada. A loção de caJamina controla o prurido, 9-10 30
mas seu u:m prolongado provoca イ・ウNセ」。ュョエッ N@ Hidroxizina e 11-12 20
difenidramina controlam o prurido e estimuJam o sono. 13-14 10
Figura 4-12 Dermatite por hera venenosa. A exposição à Figura 4-13 Dermatite por hera venenosa. A intensidade da
planta em formação intensa de bolhas. reação foi tão grande que ocorreu hemorragia nas bolhas.
139
Dermatologia CHnlca
de induzir reações alérgicas em indivíduos que ainda n3o foram tanto, não contêm óxidos de metais, ・ョクッセ@ aceleradores ou
sensibilizados é alto. ュ・イ」。ーエッ「コゥャセ@ scnsibilizadores comumente: encontra·
dos em produtos de borracha. As luva• de vinil Allerderm", para
uso doméstico, podem ser usadas com um forro de algodão. Em
Alergia ao látex de borracha natural geral, há disponibilidade de luvas de vinil hipoalergênicas para
A alergia ao láteX de borracha natmal (LBN) é um problema de exames. O uso 、・ウョ」セイゥッ@ •rotineiro• de luvas de látex deve ser
saúde nacional. Crupos de maior risco incluem profissionais da desencorajado. Quando o seu uso é ョ・」ウNセイゥッL@ apenas luvas sem
área de s;1ócle, trabalhadore.• da indústria de borracha e pessoas pó e com baixo teor de proteJnas extr'3íveis devem ser usadas. Isto
deve 。ーャゥ」イ セ ウ・@ não só n todos os estabelecimentos de saúde, mas
que foram セGu「ュ・エゥ、。@ a vários procedimento.'i dn1rgicos.
também a ou tros locais onde o uso de luvas é comu m .
TIPOS DE REAÇÕES
HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO IMEDIATO (ALER-
H:I três reações aos produtos de LBN: dermatite de contato irrita- GIA DO TIPO I)_ Esta reação mediada pela imunoglobulina E
tiva, dermatite de rontato alérgica e reação de hipersensibilidade (lgE) requer se.nsibilização prévia. A reexposição ao alergeno
do tipo imediato. induz a liberação de histamina e outros mediadores. A exposi·
ção da pele provoca urricl.ria de contato. A exposição ao látex no
DERMATITE DE CONTATO IRRITATI V.A_ A dermatite de ar provoca rinite alérgica, conjuntivite, 。ウュセ@ anafilaxia e morte.
contato initativa é uma reação eczematosa não imune causada Os pacientes alérgicos e:st3o mais vulneráveis no ambiente hos.
pela umidade, calor e atrito sob as luvas. A gravidade da reação pitaln A ale.tgia ao látex pode se apresentar como anafilaxia
depende da duração da exposição, do grau de oclusão da peJe e mediada por lgE durante a cirutgia, enerna opaco ou trabalho
da temperatura da pele. Os sintomas incluem prurido, mtema e dentário. A anafilaxia intraoper.nória e morte podem ocorrer
desc::amamento seguidos por placas espessas, plac.•ts aostosas. O como resultado da absorçlo de látex pela mucosa no momento
u.w de um forro de algodão sob as luvas de LBN pode ajudar. da cirurgia ou procedimento devido à exposição às luvas de látex
do cirurgião. A exposiç.5o dn mucosa pode ocorrer de partírulas
DERMATITE DE CONTATO Al.ÉRGICA (ALERGIA TIPO de pó no ar, usado como lubrificante seco em luvas. O pó atua
IV). A alergia ao látex ocorre em até lO% dos enfermeiros que como transportador de proteínas do látex no ar. Estas partírulas
trabalham em centros cirutgicos. A sensibilização mediada por podem ser dispersas no momento da retirada das luvas e pro·
células T da hipersensibilidade do tipo tardio (tipo IV) a acelera- voca a contaminação do aerossol, イ・Nセオャエ。ョ、ッ@ em asma. Os pa·
dores de vulcanização (p. ex., compostos de tiurnnos, carbamat.o..'l., cientes com ale.tgia a LBN do tipo I podem ter uma reação cru-
mercaptos) e antioxidantes (não as proteínas do l:ltex) em luvas zada a determinados alimentos. Reações anafiláticas (à banana,
de l:lteX causa uma dermatite de contato alérgica geralmente limi- abacate, tomate ou kiwi) ou irritação local quando se trabalha
tada aos locais de rontato direto (p. ex., o dorso da mão) (Fig. com esses alimentos têm sido rdaudas..
4-14}. A aletgia à• luvas foi causada por tiuranos em 72% dos
eo1sos, carbamato! em 25% dos casos e compostos de mercapto DIAGNÓSTICO. Os pacientes com histórico de sintomas de
em 3% dos casos. Uma vez sensibilizados, os desafios subsequen- uma exposição a borracha podem ser triados com teste com イ。 セ@
tes do mesmo alergeno irão causar uma dermatite eczem:nosa dioalergossolvente (RASI') para de:tecçiio de lgE especifica do lá-
(eritema, descamaç.io, vesiculação). A alergia do tipo TV é respon- tex. Se o RAST for positivo, n3o se deve fuzer nenhum outro teste.
sável por cerca de 80% das ale.tgias por borracha adquiridas no Caso negativo (RASf pode ter uma セQク@ de falso- negativo de mais
trabalho. O diagnóstico é feito pelo teste 」オセGゥョ・ッ@ de rontato. A de SP\セO「IL@ um te.orte •de キセッBG@ utilizando uma luva de látex em u m
série de triagem padrão do teste (pág. 149) contém os produtos ambien te su pervisionado pode ser realizado, p rimeiro com um
químicos encontrados em produtos de látex. O teste de contato dedo, em seguida com toda ._, mão. Se ainda negativo, deve..se
com um pedaç.o fino de um produto de LBN (p. ex., luv:1s) pode realizar um teste por puntum com proteína do látex eluída em
ser útil, mas não em pacientes c.om suspeita de aJergia do tipo r a solução. Podem ocorrer reações anafiláticas com o uso e com
LBN. A dermatite das mãos e a atopia são fatores de risco para testes por puntura; portanto, deve haver equipamento de apoio à
alergia por LBN. Thmbém ocorre aletgia a outras forrnas de borra- vida disponível. O teste por punturn e o imunoensaio den= ser
cha (Fip. 4- IS e 4-16). oonduzidos apenas por pessoas especialistas tanto nas técrócas
oomo na interpretação. Os testes por puntma devem ser evitados
TRATAMENTO. Uma vez identificado o alérgeno pelo teste em pacientes com história de anafilaxia ao látex.
cutãneo, podem-se obter artigos de borracha alternati110s que
usam produtos químioos diferentes para a fabricação de borracha. TRATAMENTO_ Alternativas como luvas sem látex devem ser
Os pacientes que sofreram ou irão exigir vários procedimentos fornecidas aos profissionais 、セ@ áre.-1 de saúde que têm reações do
cirúrgioos devem rec..eher tratamento em um ambiente ィ ッセG}I ゥエNQャZオ@ tipo T, e os outros profissionais de saúde que trabalham no local
sem látex. devem u tilizar luvas com baixo teor de ttlérgeno ou sem pó.
Os dmrgiões r..om sensibilidade à borracha podem usar luvas Ar; luvas de vi nil podem furar e não fo rnecer uma barreira
cirurgicas hipoalergênic1s de Elastyre.n"' ou Thctylon•. Ao contrá- aceit.ivel de exposição a sangue e líquidos corporais. O ut<iO de
rio do látex de 「ッイ。」ィセ@ estas luvas não são カオ ャ 」NlョゥコZセ、。ウ@ e, por- dua.\ luva\ de vinil pode proporcionar maior proteção durante a
140
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
ALERGIA AO lÁTEX/BORRACHA
141
Dermatologia CHnlca
realização de exames da mucosa (p. ex., oral, イ・エZセャL@ vaginal). As 3. UmedCÇ'! cada camada com água, aplique as amostras na
luvas de eiMtômero termoplástico são mais caras. mas proporcio- parte externa superior do braço, cubra com fita adesiva e
nam uma barreira tão eficaz quanto as luvas de I.BN. prossiga como descito na セッ@ sobre o teste rutâneo de
contato.
Alergia a sapatos A borracha (p. ex., mercaptobenzotiazol) é o alérgeno mais
mmum, seguida do cromato, resina de p-tert-butilfenol formaldeído
lbdos os pacientes com dermatite nos pés que não respondem ao
e colofônio. O mercaptobenzotiazol é um componente de borra·
tratamento devem ser submetidos ao teste cutâneo de contolto c.ha de adesivos usado para cimentar as partes superiores do sa ..
para excluir a alergia ao sapato. A alergia aos sapatos nonnal-
pato, e o dicromato de potás..'IÍO é um agente usado para transfor·
mente aparece como inflamação eczematosa subaguda com ver-
mar a pele de animal em couro. Estes produtos químicos são
melhidão e descamamento sobre o dorso dos pés, particular- lixiviados pelo suor.
mente o-• dedos dos pés HfゥセN@ 4-17 e 4-18). Os espaços interdigit.>is
são poupados, em contraste com a tinha de pé. A inAnmação é
TRATAMENTO_ Os pacientes com alergia ao sapato devem
geralmente bilateral, ma.\ o envolvimento unilateral não exclui o
controlar a transpiração. As meias devem ser trocadas pelo menos
diagnóstico de alergia. A pele grossa das planta\ dos pés é mais
uma vez por dia. Um pó abM>rvente como Z.Sorb" aplicado aos
resistente aos alérgenos.
pés pode ser útil. Cloreto de alumínio hexa-hidrntado em solução
de 20% (Drysol") aplicado na hora de dormir é um antiperspi-
DIAGNÓSTICO DIFERENOAL Infecções fúngic.u. psoríase rante altamente eficaz. A maioria do• sapatos de vinil é substituta
e dermatite atópica são causas comuns de inflamação dos pés. A
aceitável para pacientes sensíveis à borracha e ao cromo. A inRa·
alergia aos sapatos deve ser sempre mnside:rada no diagnóstic.o
diferencial da inflamação dos pés, principalmente em crianÇ'Is. A
dermatite da meia suada, uma reação irritativ.1 em oianças C.1U-
sada pela transpiração excessiva, 。ー イ ・NGゥョエ。 N セ ウ・@ como resseet1mento
difuso com 6ssurn dos dedos dos pés, e'lpaç.o-• interdigitais e plan-
tas (Fig. 3-45 ). F....'ltas á reas irrit.1da.s podem tomar-se eczematosas
e. aparecem como dermatite de contato com o sapato.
142
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
mação das plantas dos pés pode ser evitada inserindo-se urna vel, e t.1rraxas de aço inoxidável ou plástico devem ser usadas até
barrei ra, como as palmilhas de espuma Dr. Scho(llt ou os reduto- que ocorra epitelialização mmpleta. Os chamados brincos hipoa-
res de odor da Johnson. Depois que a transpiração é controlada, lergênicos podem tomar uma pessoa sensível a um metaL AJguns
pode ser possíveJ aos pacientes sensibilizados usar tanto sapatos produtos de níquel que contêm aço inox podem causar dermatite
de couro como calçados que contenham cimento de borracha. Os de cont.1to alérgica e outros não. Alguns brincos de ouro contêm
pacientes que precisam de sapatos especiais antialérgicos devem e liberam níquel. Atualmente, há brincos inteiramente de plástico
ser encaminhados para clínicas especializadas em dermatite de com frentes, pinos e parte de trás de náilon rígido.
contato em centros universitoírios.
OUTRAS FONTES DE N[QUEL. A prevenção é a única forma
de evitar a inflamação. Fontes de contato são colare.o;;, met.1l nas
Dermatite por metais
roupas (como botões e zíperes de jeans), tesouras, maçanetas,
pulseiras de relógio, bracelete.<, 6velas de cint<>-< (Fig. 4-20), cha-
NiQUEL
ves carregadas em bolsos, rolos para cabelos e curvadore.o;; de á-
A sensibilização ao níquel é a principal causa de dermatite de tios, ganchos, botõe.o;; e moedas (comuns em pessoas que traba-
contato alérgica em todo o mundo. As mulheres são acometidas lham mmo caixas de lojas).
com muito mais frequência do que O.'i homens; os homens geral- As pessoas com sensibilidade ao níquel não apresentam maior
mente são sensibilizados em um ambiente industrial. O sintoma risco de desenvolvimento de desconforto na cavidade oral quando
mais comum da alergia ao níquel é uma história de reação a joias usam aparelho ortodôntico intraornl. As modernas substituições
ou a outro contato de metal com a pele. A alergia a outros metais de artirulações do metal por plástico raramente cau.o;;am sensibili-
encontrados em joias (p. ex., paládio, ouro) pode ser a cawm da zação a metais compostos e são seguros para pacientes com sen-
dermatite por joia.s. A perfuração da orelha e o UliO de joias bara- sibilidade ao níquel. O cimento ósseo acrílico nunca foi impli -
t.1s são as cau.o;;as mais comuns de sensibilizaç.1o ao níquel. locais cado como causa da dermatite,. embora cirurgiões ortopédicos
anteriores de inflamação são mais reativos do que a pele nonnal tenham se tomado sensíveis ao monômero metilmet.1ailato
à reexposiçâo ao níquel. usado no cimento. Os grampos cinírgicos da pele não devem ser
utilizados em pacientes com sensibilidade ao níquel. Cozinhar
BRINCOS. A perfuraç.'ío da orelha ou de partes do corpo ou o
uso de brinco.'i de pressão levam o metal ao contato direto com a
pele, um cenário ideal para a sensibilização ocorrer (Fig. 4-19). As
orelhas devem ser perfuradas com instrumentos de aço inoxidá-
Figura 4-19 Alergia ao níquel. Apresentação clássica. Figura 4-20 Alergia ao níquel. Fivela de cinto que roça no
abdome quando o paciente se inclina.
143
Dermatologia CHnica
CROMATOS
Os compostos triva1entes de cromo (insolúvel) e cromo hexava-
com panela..-. de aço inoxidável não fornece u ma fo nte de ingest.1o len te (solúvel) são sensib il izadores. O cromo trivalente é encon-
do níquel. trado em luvas de cou ro e calçados. O cromo hexavalente é en-
contrado no cimento. O cromato é possivelmente o sensibilizador
SPOT TEST COM DIMETILGLIOXIMA. o spot test com di- mais comum para os homens de países industrializados. A.o:. fon tes
metilglioxima para níq uel envolve a adição de duas soluções a são o cimento, os processos fotográficos, metal e corante.-.. O ci-
u ma superfíde met.1lica. Se a soluç.1o ficar rosa, o teste é positivo.
Todos os pacientes sen síveis ao níquel devem ser instruídos sobre
como usar o teste com d imeti lglioxi ma. Isso lhes penn ite de·
terminar que objetos metálicos devem evitar. Os kits para o
teste est.1o disponíveis em www.delasco.com e como u m kit de teste
ALLERF.ST Ni'" nos Estados Unidos e, internacionalmente, pela
Chemotechnique, como o Nickel Spot Test'".
TESTE CUTÂNEO DE CONTATO (PATCH TESn. Uma Figura 4-21 Ingestão de níquel em água potável causou
história positiva de dermatite de con tato alérgica, mas resu ltado.-. uma reação medicamentosa intertriginosa chamada de sin-
negativos do teste de contato para o níq uel não descartam alergia drome do babuíno.
144
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
menta é a causa mais comum de alergia ao cromato e atua tanto pernas de homens cuja pele está em contato direto com o cimento
como um irritante quanto como sensibilizador. molhado. Os sintomas iniciais são ardência e eritema; há 、・Nセョ ᆳ
volvimento de ulceração após 12 horas. As queimaduras mais
graves ocorrem quando o cimento derrama sobre a parte superior
Dermatite e queimaduras por cimento
da bota e é mantido próximo da pele (Figs. 4-22 e 4-23). Após
A maioria das pessoas que trabalham com cimento apresenta queimaduras graves, podem ocorrer dor crônirn e cicatrizes. Ope-
ressecamento da pele quando exposta pela primeira vez, mas a rários de indústrias com sensibilidade aos cromatos no cimento
maioria parece adaptar-se. Queimaduras rutâneas profundas gra- desenvolvem inflamação eczematosa no dorso das mãos e ante·
ves por alcalinos (pH 12) podem ocorrer na parte inferior das braços. A fonte de contato com frequência não é avaJiada até que
145
Dermato logia CHnica
estes pacientes não respo ndam aos cortico.rtero ide.-. tópicos nem Contact Dermatitis Group. O teste com bálsamo do Peru detect.1
sistêmicos. Assim que o paciente é removido do contato com o aproximadam ente 50% dos pacientes com alergia à fragrân cia. Na
cimento, a resposta ao tratamento é rápida. maioria das vezes, quando os pacientes reagem à fragrância, a
fo nte de exposição é u m produ to para a pele ou cabelos com
fragrância. Alguns dos chamados p rodutos •sem ー・イヲオュセG@ pode m
Pacientes com úlceras nas pernas
conter su bst.1ncias q uímicas de fragrân cia.
Os pacientes com úlceras nas pernas, insuficiência venosa e
edema na parte inferior da perna podem ter u ma alteração da
DIETA QUE EVITA BÁLSAMO DO PERU
sensibilidade aos produtos q uímicos e são partirularmente susce-
tíveis à dermatite de contato da parte inferior das pernas. Remé- A alergia a frngrân cia pode ser associada a dermatite de contato
dios tópicos contendo akoóis de lanolina acetilados, lanolina, sistêmirn a determinadas especiarias e alimentos in geridos e pode
fragrân cia, parabenos e neomicina e bacitrncina devem ser evita- ser responsável por alguns rnsos de estomatite, q ueilite, dermatite
dos (Fig. 4-24). p almar generalizada ou resistente e dermatite p lan tar ou anogeni-
tal. A• pessoas alérgicas ao bálsamo do Peru efou misto de fragrân-
cias beneficiam-se de uma dieta que evita bálsamos (Quadro 4-3
Alergias a cosméticos e fragrâncias
sobre os alimentos a serem evit.1dos em rnso de alergia ao bálsam o
Os cosméticos são frequen tem ente suspeitos de causar reações do Peru ou a mistura de fragrânáas). Os pacientes que mais podem
alérgicas (Figs. 4-25 a 4-27). Conservantes, fragrâncias e emulsio- se beneficiar de uma dieta com restrição de bálsamo incluem aque-
nan tes e.\'tão imp licados. O teste cutâneo de contato pode ser rea- le.'i com (1) dermatite crôn ica com d uração de pelo menos 1 ano,
lizado com produtos suspeitos. A Cosmetic, Toiletry, and Fra- q ue persiste apesar do fato de evitar contatos rut.1n eos com alérge-
grance A'isociation (www.ctfa.org) fornece infonnações sobre a nos conhecidos, (2) dermatite que envolve simetricam ente as mãos
formulação do produto e as características dos ingredientes de efou pés, região anogenital efou dobras da pele, e (3 ) teste rutâneo
u ma vasta gam a de produtos. de contato positivo para bálsamo do Peru e/ou mistura de fragrân-
O alérgeno cosmético mais com um é a fragrân cia. As fragrân - cias. Coloque esses pacientes em u ma dieta de restrição de bálsa-
cias são u bíquas e são usadas em urna amp la gama de produtos mos por pelo meno.'i 4 semanas; se a dennatite melhorar significa-
que não seja m cosméticos, como perfumes, aditivos para o ba- tivamente, recomenda-se a adesão de longo prazo. Posteriormente,
nho, desodorantes e produtos para o lar. A alergia à mistura de u m alimento (p. ex., tomate) pode ser reintroduzido na diet.'l em
fragrân cias foi encontrada e m 11,70/o dos pacientes q ue foram u m período de algumas semanas para determinar se esta su bstân cia
su b metidos ao teste cutâneo de cont.1to pela North American em p artirular exacerbou a dermatite.
,...--- -
Quadro 4-3 Dieta de Bálsamo do Peru (Alimentos a Serem
Evitados) para Pacientes Selecionados com Alergia ao
Bálsamo do Peru ou Mistura de Fragrâncias
• Produtos que contém frutas cítricas• (laranja, limão, toranja,
laranjas azedas, tangerinas), por exemplo, geleias, sucos e
produtos de padaria
• Os agentes aromatizantes, tais como aqueles encontrados no
pão de Viena e em outros produtos de padaria, balas e gomas
de mascar
• Espe<iarias• como canela, cravo, baunilha, curry, pimenta da
Jamaica, anis e gengibre
• Condimentos picantes, tais como ketchup, molho de pimenta,
molho barbecue, molho chutney e patê de ligado
• Picles e legumes em conserva
• Vinho, cerveja. gim e vermute
• Chá e tabaco aromatizado e com sabor, como os derivados de
tabaco
• Chocolate•
• Alguns medicamentos para tosse e pastilhas
• Sorvetes
• Refrigerantes de cola e outros temperados como Dr. Pepper
• Chilli (pimenta, pimentão picante, molho de tomate condi-
mentado com pimentão picante);• pizza. pratos italianos e
mexicanos com molhos vermelhos
• Tomates• e produtos que contenham tomate
146
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
147
Dermato logia Cllnica
!
Teste de contato
,--- P leitura em 48 h f--
セ@R leitura em S セ@ 7 dias
Teste de Teste de I
contato+ I contato -
Avaliar
- importancia
para anamnes
-
Figura 4-28
148
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
Figura 4-30 O paciente da Figura 4-25 foi submetido a teste de contato com várias preparações utiliza-
das no trabalho. Ocorreram muitas reações positivas de intensidades variadas.
149
Dermatologia CHnica
adesivos devem ser retirados dos locais de teste. Um teste de con- nais estão d isponíveis de fon tes fora dos Estados Unidos. aNセ@ イ・。 セ@
t.1to negativo com esta térnica direta não exclui o diagnóstico de ções positivas à m istura de ヲイ。ァ¬ョ」ゥNセL@ bál.samo do Peru e aditivos
alergia. A 」ッョ・エイNセ@ do material testado pode ser muito fraca de borracha tiurano e m isturas carba podem ser perdidas se o
para provocar uma resposta, ou um componente de u m medica- leste T.R.U.E. for usado isoladamente. Os alérgenos do te.<te de
mento tópico (p. ex., os corticosteroides tópicos) pode suprimir a contato 6toterápico moiABà na Europa são d istrib uídos no
reaç.ão alérgica induzida por outro componente do mesmo creme. Canadá e em muitos outros países. PesquiseTROIAB na internet
Se esta técnica fuJha ou se a apresentação dínica é de dermatite para obter mais detalhes. Eles têm u m grande número de alérge-
de contato alérgica, mas uma fon te não pode ser descoberta pela nos d iferentes disponíveis.
anamnese e exame físico, então o teste de con tato com a série de
teste de contato padrão deve ser considerado. TÉCNICA DO TESTE T.R.U.E. Cada um dos três painéis de
teste T.R.U.E. emprega alérgenos padronizados ou misturas de
alérgenos fixados em camadas de gel finas, desidrat.1das anexa-
ALÉRGENOS DO TESTE DE CONTATO
das a u m forro impermeável. A umidad e da pele após a aplica-
O teste com grupos de alérgenos geralmente é realizado por mé- ção faz com q ue o gel seja reid rat.1d o e li bere pequenas q uanti-
dicos que veem dermatite de contato com frequênda e têm expe- 、。・Nセ@ de alérgeno na pele d o paciente. Após 48 horas, o teste
riência com os problemas envolvidos ao se determinar de ma- T.R.U.E. é removido; as reações são então interpretadas em al-
neira precisa a importância dos result.1 dos dos testes. Um grupo gum momento entre 4 e 7 dias após a aplicação dos patciJes
de substâncias químicas que são comprovadamen te causas fre- (Figs. 4-31 e 4-32). A segunda leitura é importante para os pa-
quentes ou importantes da dermatite de contato alérgica foi m o n- cientes idosos, que desenvolvem u ma reação alérgica mais lenta
t.1do em séries de testes de con tato padriio. O teste T.R.U.E. (ou do que pacientes mais jovens. Mais da metade das reações à
seja, teste epirutâneo de uso rápido de camada fina) é um teste de neomicina não são evidentes até 96 horas após a aplicação do
cont.1to pronto para u:m para o diagnóstico da dermatite de con- teste de contato.
t.1to alérgica. Con tém 29 alérgenos e misturas de aJérgeno respon- Inúmeros alé.rgenos importantes não estão incluídos no teste
sáveis por até 80% das dermatite.< de contato alérgicas (Thbela T.R.U.E. Considere encaminhar para espedalist.1s em dermatite de
4-4). Os e.<pecialistas em testes de contato (geralmente baseados contato em departamentos de dermatologia de centros universit.1 -
em cen tros médicos de オョゥカ・イウ、。NセI@ usam mais alérgenos além rios para realização de mais エ ・ウエNセ@ de con tato caso o testeT.RU.E.
daqueles disponíveis nesta série padrão. Estes alérgenos adido- não forneça informações relevantes.
TESTE T.R.U.E.
Figura 4-31 Há três painéis de teste T.R.U.E. Os pacotes individu- Figura 4-32 Os três painéis são aplicados nas costas e
ais são abertos e aplicados nas costas. removidos 48 horas depois.
150
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
Frequência da
Componente Ocorrência reação(%)*
1. Sulfato de níquel Joias, metal e objetos banhados de metal 14,2
29. Quinolinemix Ataduras adesivas; preparações isentas ou não isentas de prescriçáo como: -
antibióticos tópicos e cremes antifúngicos, loções, pomadas; alimento para
animais; creme bacteriostático e fungistático (p. ex., creme sterosan)
*Estes resultados foram obtidos com outros sistemas de teste cutAneo de contato usado pelo North American Patch Test Group.
Manual de referência e folhetos com alérgenos a serem evitados estão disponíveis online em www.truetest.com. De North American Contact
Dermatitis Group Patch test results, 1996-1998 e 2001 -2001 study period, Dermatitis 15(4):176-183, 2004. PMID: 15842061
151
Dermato logia Cllnica
152
Dermaúte de Contato e Teste Cutâneo de Contato Capítulo 141
S{NDROME DA PELE EXCITADA (DORSO ZANGADO). 2000: sulfato de níquel (16,7%), neomicina (11,6%), Myroxilon
P..czema cria eczema." A síndrome da pele excitada é a principal
11
pereirae (bálsamo do Peru) (11,6%), mistura de fragrâncias
causa de reações falso-positivas dos testes de contato. Reações (10,4%), timerosal (10,2%), tiossulfato sódico de ouro (10,2%),
positivas ao teste de contato concomitantes, únicas ou múltiplas, quatemium-15 (9,3%), formaldeído (8,4%), bacitrncina (7,9%) e
podem produzir um estado de hiperreatividade da peJe em que cloreto de cobalto (7,4%). Dos 4.913 pacientes testados, 69% ti-
outros locais do teste de contato, particularmente aqueles com nham pelo menos u ma reaç.1o alérgica positiva ao teste de con.
irritação mínima, podem tomar-se reativos. Os pacientes que têm tato. Do total de pacientes, 15,80,1, tinham dermatite relacionada
múltiplas reações fortes ao teste devem ser testados novamente à ocupação, 15,4% foram determinados com dermatite de con.
em uma data posterior com um antígeno de cada vez (Fig. 4-37). tato irritativa, e 11,1% dos 15,4o/o tiveram uma reaç.1o relevante a
A repetição do teste pode mostrar que alguns dos testes iniciais um irritante ocupacional. Do total de pacientes analisados, 16,70A,
foram falso-- positivos. A síndrome da pele excitada também pode tiveram uma reaç.1o a um alérgeno que não estava na série· padrâo
ser causada até mesmo por dermatite mínima em outro locaL do NACDG«' e 5,50A, tiveram uma reação pertinente a um alérgeno
ocupacional que não estava na série-padrão. PMTD: 15842061
RELEVÂNCIA DOS RESULTADOS DO TESTE E TRATA-
MENTO. Inúmeras poss·íveis conclusões podem ser tiradas a FONTES DE ALÉRGENO DE CONTATO E
partir dos re:suh.ados do teste:
ALTERNATIVAS
• O alérgeno que desencadeia o resultado positivo é direta-
mente responsável peJa dermatite do paciente. Revise onde o alérgeno é encontrado (incluindo alimentos) e
• Um material quimicamente relacionado ou com reaç.1o discuta substituições seguras com o paciente. Identifique substân.
cruzada é responsável pela dermatite do paciente. das potenciais de reação cruzada. Visite www.truetest.com.
• O paciente não teve contato recente com o alérgeno indi·
cado e, embora o paciente seja alérgico a essa substância TESTES NEGATIVOS. Há inúmeras possibilidades para um
química espeá6ca, não é reJevante parn a presente condi· teste negativo: o eczema pode ser não alérgico, o produto quí·
ção. mico responsável pode não ter sido エ・Nセ。、ッ@ ou o resultado
• O te.rte é negativo, mas seria positivo se urna concentração pode ser falso·negativo. AJém disso, uma segunda leitura dos
suficiente do produto químico fosse utilizada no teste. locais de te.'ite após a inspeção inicial em 48 horas pode não ter
sido feita. Te.'ite.'i falso.negativos podem ocorrer quando a con·
• O te.rte positivo é uma reação irritativa e é irrelevante.
centraç.âo dos alérgenos do teste é muito baixa para provocar
Os resultados do te.rte de contato do North American Contact uma reação. É necessário realizar um te.orte de contato para fo.
Dermatitis Group (NACDG), período do estudo de 2001 a 2002, tossensibilidade q uando o alergeno requer fotoativação, como
detenninarnm que os 10 maiores alérgenos permaneceram os na dennatite de contato fotoalérgica causada pelo protetor so·
mesm<>-< que aqueles durante o periodo de estudo de 1999 a lar de oxibenzona.
153
Dermatite Atópica
O tenno atopia foi introduzido há anos para designar um grupo
CONTEÚDO DO CAPITuLO
de pacientes que tinham história ー・ウNセ。j@ ou familiar de uma ou
• Patogênese e imunologia mais das seguintes doenças: febre do feno ( rinite alérgica), asma,
xerose e eczema.
• Aspectos clinicos A dermatite atópica (DA) é uma doença eczematosa crônica e
Fase infantil (do nascimento aos 2 anos) pruriginosa que quase sempre começa na infància e segue um
Fase pré-pubera l (2 até 12 anos) curso de remissões e recidivas que pode continuar ao longo da
Fase adulta (12 anos - adultos) vida. Ela ororre pelo resultado da inter-relação complexa de fàto-
res ambientais, imunológicos, genéticos e farmacológicos. fNセエ。@
• Caracterlsticas associadas
doença pode ser agravada por infecçõe.-., estresse psicológico, mu-
Xerose danças sazonais/climáticas, irritantes e alérgenos. A doença geral-
lctiose vulgar mente melhora com a idade, mas pacientes carregam ao longo da
Queratose pi lar vida uma sensibilidade cutânea ゥイエ。ョセ@ e esta atopia predispõe a
Hiperlinearidade palmar doenç.as ocupacionais de pele.
Pitiriase alba A-, características da doença variam com a idade. L1ctentes têm
Prega infraorbital - linha de Dennie-Morgan eczema facial e corporal localizado ou generalizado. Adolescentes
Catarata e adultos têm eczema nas áreas de flexão e nas mãos. O padrão de
herança é 、・Nセ」ッョィゥL@ mas os dados disponíveis sugerem que é
• Fatores desencadeantes
poligênica.
Mudança de temperatura e sudorese
Diminuição da umidade CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS. Não existem sinais cut.'ineos
Banhos excessivos espeáficos, particularidades histológicas, nem resultados labora·
Contato com substâncias irritantes toriais característicos de dermatite atópica. Há uma variedade de
Alergia de contato características que indicam que o padente tem dermatite atópica
Aeroalérgenos (Quadro .S-1). O diagnóstico é feito q uando o paciente tem três
Agentes microbianos ou mais das características maiores e três ou mais das ュ・ョッイNセ@
Cada paciente é diferente, com uma combinação exclusiva de
Alimentos
critérios maiores e menores.
Estresse emocional
• Tratamento da dermatite atópica
Pele seca
Inflamação e infecção
Crianças
Pré-púberes e adultos
Alcatrão
Internação para casos extremamente resistentes
Hidratação
Sedação e anti-histaminicos
Fototerapia
Dieta de restrição e aleitamento
154
Dermatite Alópica Capítulo
155
Dermatologia Cllnica
156
Dermatite Alópica Capítulo I si
Figura 5-1 Dermatite eczematosa com eritema e desca mação na fossa poplítea .
Figura 5-2 Lesões papulares são comuns nas fossas antecu- Figura 5-3 Liquenificação com acentuação das linhas da
bitais e poplíteas. Pápulas tornam-se confluentes e formam pele normal. Essa placa liquenificada é cercada por pápulas.
placas.
157
Dermato logia CHnica
Figura 5-5 Dermatite atópica. Uma aparência comum em Figura 5-6 Crost as e erit emas extensos neste bebê com
crianças com eritema e descamação confinados nas regiões dermatite atópica no rost o e infecção secundária.
malares, poupando as áreas periorais e paranasais.
158
Dermatite Alópica Capítulo I si
Figura 5-8 Placas eczematosas tornaram-se confluentes na Figura 5-9 O hábito da criança atópica de lamber o lábio
face inferior. produz eritema e descamação, que pode eventualmente levar
à infecção secundária.
159
Dermato logia CHnica
160
Dermatite Alópica Capítulo I si
DERMATITE ATÓPICA
Figura 5-13 A, Inflamação nas áreas de flexão é a apresentação mais comum de dermatite atópica em crianças. B, Friccionar e
arranhar as áreas de flexão inflamadas provoca espessamento da pele {liquenificação). Estas lesóes formam f issuras e são infecta-
das com Staphylococcus aureus.
161
Dermato logia CHnica
Fase pré-puberal {2 até 12 anos) rapidamente em placas, q ue se tomam liquenificada..'i quando e.'KO-
riadas. A*i placas podem ser pálidas e levemente inflamadas com
A aparência mais comum e característica da DA é a inflamação nas pouca tendência a alterações (Fig. 5-16); se elas são coçadas vigoro-
áreas de flexão (isto é, fo.'isas antea1bitais, pescoço, p unh os e tomo· samente,. podem ser eritematobrilh an tes e descamativas, com ero--
zelos [Fi!>'. 5-15 a 5-18)). E.•tas áreas de repetidas flexões e exten- sões. Os limites podem ser nítidos e bem definido.'\, como acontece
sões transpiraram com o esforço ffsioo. O ato de transpirar estimuJa na psoriase, ou mal definidos com pápulas fora das áreas liquenifi.
o prurido ardente e intenso, o que inicia o cido de prurido.escoria- rndas. AJguns pacientes não desenvolvem liqueni6cação mesmo
ção. Roupas apertadas que retêm calo r sobre o pescoço ou nas ex- com escoriaçõe.'\ repetida..-.. Ali lesões exsudativas típicas da fase in ·
tremidades ainda agravam mais o problema. A in flamação normal- fantil não são tão comuns. A maioria dos pacientes com lesões
mente começa em uma das áreas de dobra ou ao redor do pescoço. crôn icas tolera sua doença e dorme bem.
A erupção pode permanecer localizada em uma o u d uas áreas o u O coçar constante pode levar à destruição dos melanócitos,
progredir envolvendo o pescoço, fossas antecubit:ais e poplíteas, resuJtando em áreas de hipopigmentação, que se tomam mais
p ulsos e tornozelo..-.. A erupção começa com pápuJas q ue coalescem evidentes q uan do a inflamaç.;o diminui. Estas áreas de hipopig·
Figura 5-1 5 Dermatite atópica. Aparência clássica de pápulas confluentes formando placas na fossa antecubital.
162
Dermatite Alópica Capítulo I si
163
Dermatologia CHnica
Figura 5-18 A, Dermatite atópica. Uma placa cronicamente inflamada liquenificada no pulso e dorso da mão. 8, Eczema do
punho é uma apresentação clássica de dermatite atópica .
164
Dermatite Alópica Capítulo I si
Figura 5-21 A dennatite foi generalizada para envolver todo o Figura 5-22 Placa liquenificada bem definida com descama-
corpo. Infecção de pele secundária com Staphylococcus aureus ção "pra teada " apresentando algumas das características da
está quase sempre presente com este grau de inflamação. psoríase. Erosões estão presentes.
165
Der matologia CHnlca
Fase adulta (12 anos até adultos) INFLAMAÇÃO AO REDOR DOS OLHOS. As pálpebras
são finas, frequentemente expostas a substâncias irritantes e faciJ..
A (a.., adulta da DA romeça perto do início da puberdade. A ra:riio mente traumatizada pelo ato de coçar. Muitos aduhos com DA
parn o ressurgimento da inRamação nesta alturn não é romprttn- têm inRamaç.'!o localiz.'lda nas pálpebras superiores (Fíg. 5-23).
dida, mas ela pode estar relacionada a alterações hormonais ou ao
Os pacientes relatam que a causa é alérgica, mas a eliminação de
estres"" do início da adolescência. Adultos podem n3o ter história alérgenos suspeitos pode n3o resolver o problema. O esfregar
da dennatit.e em anos anteriores_, m as isso é incomum . T::tl como habitual das pálpebras inAnmadas com o dor.;o da m ão é típico.
na fase da infãncia, a inflamação localizada com liqueníficayio é
Se a tentativa de controlar a inflamação f.tlhar, então um pa.tch test
o padrão mais comum. U ma ou várias áreas podem estar envolvi- deve ser considerado parn excluir dermatite de contato alérgirn.
das e existem muitos padrões caracterí.sticos.
UQUENIFICAÇÃO DA REGIÃO ANOGENITAL. Uqueni-
INFLAMAÇÃO NAS ÁREAS DE FLEXÃO. E.•te ーセ、イ ̄ッ@ ficação da região anogenit.1l é provavelmente mais comum em
ge.ralmenLe é visto e é idêntico ao padrão de Oaum da infância. pacientes com DA do que em outros. As áreas intertriginosas, que
são quentes e úmidas. podem ficar irritadas e pruriginosas. A Ji_.
DERMATITE DAS MÃOS. A dermatite das milos pode ser a quenüicação da vulva (Pig. 3-47), escroto (Fig. 3-53) e reto (Fig.
express:lo mais comum da diátese atópica no adulto (Cap. 3, 3-48) pode surgir com coçar repetido. Estas áreas são resistentes
Dermatite a tópica das mãos). Adultos estão expostos a uma varie-
ao tratamento, e a inftamação pode durar anos. O paàente pode
dade de produtos químiros irritantes em casa e no rrnbalho e la-
demorar a visitar um mMico, por sentir-se envergonhado, e as
vam as milos rom mais frequência do que os filhos. Irritação placas liqueni6cadas se:m tratamento tomam-se muito espessas.
provoat eritema e descamação no dorso das m3os ou sobre os
Fato res emocionais também devem ser considerados neste fenô...
dedos. Surge prurido, e a inevitável escoriação resulta em liqueni-
meno isolado.
ficaç.'!o ou infilrrnç.'!o e crostas. Alguns ou todos os dedos podem
ser atingidos ョ。セ@ pontas. Eles podem ser xerótiros e apresenL1r
descamação crônica o u ser eriternatosos e fissurndos. A erupç..io
pode ser 、ッ ャ ッイウ ZセNL@ crô nica e resistente ao tratamento. A psoríase
pode ter オュZセ@ :lpresen taçâo idêntica.
Figura 5-23 Dermatite atópica das pálpebras superiores. uma área que muitas vezes é esfregada
com o dorso da mao.
166
Dermatite Alópica Capítulo Isi
Figura 5-24 lctiose vulgar dominante. Escamas brancas, Figura 5-25 lctiose vulgar ligada ao sexo. Escamas grandes,
translúcidas, quadrangulares sobre as áreas extensoras d05 braços marrons, quadrangulares que podem invadir a fossa antecubi-
e pernas. Essa forma é significativamente associada à atopia. tal e poplítea. Compare esta apresentação com a Figura 5-24.
Não há nenhuma associação com atopia.
167
Dermatologia CHnica
Queratose pilar
Queratose pilar é muito comum e parece ocorrer mais frequente
e mais extensivamente em pacientes com DA. Pápulas pequenas
( 1 a 2 mm), folirulares e ásperas ou pústulas podem aparecer em
qualquer idade e são comuns em crianças pequenas (Fig. 5-26 ). O
pico de incidência é durante a adolescência, e o problema tende a
melhorar posteriormente. Adolescentes e adultos ficam incomo·
dados pela aparência.
A face posterolateral da parte superior do braço (Figs. 5-26 e
5 -27) e anterior das coxas é frequentemente envolvida, mas quaJ-
quer área, com exceção das palmas das mãos e plantas dos pés,
pode estar envolvida. A.o:. lesões no rosto podem ser confundidas
com ame, mas o tamanho pequeno e uniforme mais a associação
com pele seca "'rachada" diferenciam a queratose pilar da acne
pustulosa (Fig. 5-28). A erupção pode ser generalizada, seme-
lhante à erupção por calor ou miliária. A maioria dos casos é as-
sintomática, mas as lesões podem ser eritematosas, inflamatórias
e pustulosas, as.semeJhando-.se à folirulite bacteriana, particuJar-
mente nas coxa.< (Fig. 5-29). Na forma generalizada do adulto,
um halo eritematoso aparece na periferia da-. pápulas queratósi-
cas. fNセエ・@ padrão difuso incomum em adultos ー・イウゥセGエ@ indefinida-
mente (Fig. 5-30). A terapia com corticostemides sistêmicos pode
acentuar tanto a lesão quanto a distribuição, devido ao surgi-
Figura 5-26 Queratose pilar. Pápulas pequenas, ásperas, fo- mento de numerosas pústulas foliculares.
liculares ou pústulas ocorrem mais freq uentemente sobre as O tratamento com retinoides (creme de tretinoína ou t.1zaro-
áreas postero laterais da parte superior do braço e anteriores teno) pode induzir à melhora, mas a irritação é geralmente ina-
das coxas. ceitável. Cursos rápidos de corticosteroides tópicos do tipo V re-
duzem o eritema e podem ser oferecidos para o alívio temporário
desejado antes de um evento importante. A aplicação de lactato
de amônia 12% loção creme de ureia (10% a 40%) ou loção de
ácido salidlico 60A, reduz a aspereza. Esponjas abrasivas deixam a
pele ainda mais seca.
Figura 5-27 Queratose pilar. A forma florida com um halo Figura 5-28 Queratose pilar. Isso é comum na face das
eritematoso em torno do folículo pode persistir em adultos. crianças e é frequentemente confundido com acne.
168
Dermatite Alópica Capítulo I si
QUERATOSE PILAR
169
Dermato logia CHnica
Prega atópica
A presença de uma linha extra sobre a pálpebra inferior (prega de
Dennie-Morgan) tem sido considerada uma característica distin-
tiva dos pacientes com DA. A linha simplesmente pode ser cau-
sada pela mcçâo const.1nte dos o lhos. E.•ta linha extra pode L1m-
bém aparecer em pessoas que não têm DA e é um sinal inconstante
do q uadro atópico.
Catarata
Análise de um grande grupo de pacientes atópicos mostrou que a
incidência de catarata foi de cerca de JOOfc,. A raL1o para o seu
desenvolvimento não é compreendida. A maioria é assintomática
e só pode ser detectada pelo exam e de lâm pada de fenda. Os da-
dos sugerem q ue não há nenhuma dose segura dos cortico..rteroi-
des, e essa suscetibilidade ind ividual q ue determina o limiar para
o desenvolvimento de cat.1rnta.
170
Dermatite Alópica Capítulo I si
PITIR(ASE ALBA
Figura 5-32 Máculas redondas hipopigmentadas são uma Figura 5-33 As placas hipopigmentadas superficiais setor-
ocorrência comum sobre o rosto das crianças atópicas. nam escamosas e inf lamadas com o progresso dos meses se-
cos de inverno.
Figura 5-34 Áreas irregulares hipopigmentadas são fre- Figura 5-35 l esóes presentes aqui são mais numerosas do
quentemente vistas em pacientes atópicos e não devem ser que tipicamente são vistas.
confundidas com tinea versico/or ou vitiligo .
171
De rmatologia CHn ica
Aeroalérgenos
FATORES DESENCADEANTES
O ácaro da poeira de casa é o mais impon:ante aeroalérgeno. Mui·
Fatores que deixam a pele mais seca ou aumentam o desejo de tos paàentes com DA têm anticorpos anti-lgE para os antígenos
coçar piorarnm a DA. Compreender e controlar estes fa tores agra- dos ácaros do pó doméstico, ma< o papel do ácaro nas exacerba·
vantes é essenàal para o manejo bem-sucedido da DA. Uma ções da DA é controverso. Podem ocorrer inalação de antígenoo
anamnese complm do pad mte セ@ necessária, porque não há ne- do pó doméstico e penetração cutânea. Outros aeroalérgenos,
nhum esquema d e testes padronizados, como para rinite ou como o pólen e alérgenos de animai• de estimação, mofo podem
asma, que identifique f.uo res desencadeantes específicos na DA. contribuir para a dermatite atópica. dセュ@ ser tomadas medidas
para eliminação de aeroalérgenos. A dessensibilização pode ser
eficaz. mas há pouca experiência com este tratamento.
Mudança de temperatura e sudorese
Os paàentes atópicos não tolernm mudanças 「セusc。@ de ternpern- Agentes microbianos
twa A sudorese induz à coceira, especialmente nas fossas antecu·
bital e poplítea, em maior quantidade em paàmtes atópicos do STAPHYLOCOCCUS AUREUS. o S. aurrus セ@ o micro-orga·
que em outros indivíduos. Deitadoo wb cobertores quentes, dentro nismo da pele predominante: nas lesões na DA. Há um aumento
de um quarto quente e passando por es·rresse ff.sico, o desejo de significativo na pele não afetada. Normalmente o S. aureus repre·
coçar se intensifica. Diminuição súbita da temperatura., tais como senta menos de 5% da microflora total da pele em pessoas sem
sair de um banho quente, promove a coceira. Os padentes devem dermatite atópic.a. Antibióticos ウゥエ↑Nュ」Zッセ@ ou topic:amente podem
ser 、・ウョ」ッイ。ェNセ@ a vestir roupas que tendam a reter calor. melhorar drasticamente a dermatite atópic..1.
re.<pondem à terapêutic.1. 'lêste de contato [patch test) (Cap. 4) tópico, ocorrência simult.:1nea de asma ou rinite alérgica1 sedaç5o
pode ajudar a identificar o agente agressor. inadequada e estresse emociona l cnntínuo.
172
Dermatite Alópica Capítulo Isi
Quadro 5-3 Tratamento da Dermatite Atópka Quadro 5-4 Controlando a Dermatite Atópica
173
Der maLologla CHnica
DERMATITE ATÓPICA
Vários Esquemas de Tratamento Possíveis
Figura 5-36 (Adaptado de Abramovits W, Goldstein AM, Stevenson LC : Clin Dermato/21:381 -391, 2003.}
174
Dermatite Alópica Capítulo
175
D ermato logia CHnica
176
Dermatite Alópica Capítulo I sI
Internação para casos extremamente Designe um membro da famnia ou uma amiga(o) como
resistentes enfermeira(o).
Todo tratamento é administrado pela enfermeira.
Alguns pacientes com inflamação grave e generalizada não res- Escreva ordens para a enfermeira doméstica.
pondem ou pioram logo após um período razoável de terapia O tratamento começa na noite de sexta-f eira e termina na se-
tópica. Esses pacientes são candidatos à internação. Uma curta gunda-feira de manhil.
estada no hospitaJ rapidamente pode ajudar a controlar urna
Ondens
condição que tem tido um anso prolongado e instável. Um pro-
1. Repouso completo na cama com exceção para ir ao banheiro
grama para home ctJre é descrito no Quadro 5-.1}. 2. Ambiente com pouca luz
3. Sem visitantes além da enfermeira
4. Roupas de algodão; espaço livre de poeira e animais
5. Temperatura em torno de 21 graus
6. Umidade 70%
7. Dieta branda -sem álcool, especiarias ou cafeína
Terapia Tópica
1. Banho de banheira com banho de óleo (p. ex., Keri Bath Oi I ),
20 minutos, duas vezes por dia
2. Creme emoliente mornos aplicado ao corpo úmido após a
secagem inicial, imediatamente após a saída do banho
3. Aplicar creme ou pomada de esteroide do grupo V nas lesóes
do corpo, duas vezes por dia
4. Aplicar creme ou pomada de esteroide do grupo V nas lesóes
Tabela 5-1 Prednisona para Dermatite Atópica (Adultos) da face, duas vezes por dia
5. Tratar inflamação do couro cabeludo com xampu diário,
Dose (mg/dia) seguido de loçao esteroide tópica em óleo (p. ex., Derma-
Comprimidos de 1o mg Smoothe F/5)
(administrados em dose Terapia Sistêmica
Dia única pela manhil)
1. Antibióticos: por exemplo, cefadroxil 500 mg duas vezes ao
1-4 60 dia. Dicloxacilin 250 mg, quatro vezes por dia
2. Sedativo anti-histamínicos: p. ex., hidroxizina 1O a 25 mg,
5-6 50 quatro vezes diariamente. Doxepina 1Oa 25 mg, quatro vezes
7-8 40 diariamente; ou outros
3. Fenotiazidas para pacientes agitados: por exemplo, clorproma-
9-1 0 30 zina 25 mg, quatro vezes diariamente
11-12 4. Pode-se usar um esteroide injetável de ação curta antes da
20
hospitalização (p. ex., dexametasona 8 mg IM ou betameta-
13-14 10 sona 6 mg IM)
Modificado de Roth HL: lnt J Dermato126:139-1 49, 1987.
PMID: 3553045
177
Dermato logia Cllnica
Lubrificação Fototerapia
Restau ração da hidratação da pele aumenta a taxa de rura e esta- Fototerapia é eficaz no tratamento da dermatite atópica leve,
belece uma barreira mais d urável contra a pele seca e irritada. mo derada e grave. Combinação de tNA-UVB e tNA o u UVB
Uma variedade de loções e cremes está d isponível, e a maioria é mostrou ser eficaz no passado. A dosagem é consideravelmen te
suficiente para a reidratação. Vaselina (Vasel ine:'!') é especialmente menor do que o tratamento com UVB para pacientes com psoríase.
efirnz. Alguns produtos contêm u reia; outros, ácido láctico. U reia Trradiaç.'io com terapia de tNAl (variando de 340 a 400 nm) é
e ácido láctico têm q uaJidades especiais de hidratação e podem superior à fototerapia convencional UVA-UVB em paciente.'i' com
ser mais eficazes do q ue o utros hidrata ntes. Sua utilização deve DA grave. A dose ótima com relação ao efeito terapêutico e a
ser incentivada, espt!daJmente durante os meses de inverno. Os possíveis efeitos colaterais ainda está para ser determinada. Pode
pacientes devem ser advertidos q ue loções podem ー ゥョ ゥ」。セ@ logo existir uma correlaç.1o entre a radiação lNA, o fotoen velheci-
após a aplicaç.;o. Est.1 pode ser u ma propriedade de u ma base o u mento, a carcinogênese de peJe ou a indução de melanoma.
de um ingrediente específico, como o ácido láctico. Se prurido o u Programas para evitar recaídas rápidas estão sendo investigados.
ardor permanecerem com cada aplicação, outro produ to deve ser Baixas doses de tNAJ ou INB com banda estreit.1 (311 nm ) duas
selecionado. Se a inflam ação ocorrer após o u:m de um lubrifi. vezes por semana, durante 4 semanas, e uma vez semanalmen te
can te, deve ser considerada dermatite de con tato alérgica a um po r mais 4 sem anas parecem p revenir recaídas. UVB com banda
conservan te ou u m perfume. estreita (311 n m), como monoterapia, também é eficaz para
Lu b rifican tes são mais eficazes quando aplicados depois do eczema atópico mo derado a grave. Fotoquimioterapia com me-
ban ho. O paciente deve secar suavemente a pele com u ma toalha toxsaleno além de tNA (PINA) é eficaz, mas muitos m édicos
e aplicar imediatamente o lub rifican te para selar a umidade. Os abandonaram a sua utilização em DA devido ao seu risco de
óleos de banho (p. es., Keri Bath O iI) são um método eficiente de carcinogêne.-.e no longo prazo.
lubrificação, mas ele.-. podem tomar a ban heira escorregadia e
perigosa para os pacientes mais velhos. Para ser eficaz, u ma q uan- AGENTES IMUNOSSUPRESSORES ORAIS. Alguns pa-
tidade suficiente de óleo deve ser usada para criar u ma sensação cientes con tinuam a s.er gravemente afetados pela DA apesar do
de o leosidade na peJe ao sair da ban heira. Os sistemas de drena- tratam ento com esteroides sistêmicos e fototerapia. Agentes imu-
gem da água do boxe podem ser p rejudiClldos pelo uso prolon- nossupressores orais podem ser considerados para e.'icses poucos
gado de óleos de ban ho. Um sabão suave deve ser usado com rnsos resistente.,. ao tratam ento.
pouca frequência. Cetaphil, Dove, Keri, Pu rpose, Oilatum e Basis<t
são adequados; sabão marfim cau.-.a ressecamento e deve ser evi- CJCLOSPORINA. Corticosteroides sistêmicos são utilizados
t.1do. mais frequen tem ente do q ue cidosporina (C.•A) na p rática geral,
mas as diretrizes da Acad emia Americana de Dennatologia イ ・」ッ セ@
178
Dermatite Alópica Capítulo Isi
179
Der matologia CHnica
pode ocorrer 6 a 8 horas mais tarde. Esta f.ue de reaçllo tardia não DIETAS DE EXCLUSÃO EM LACTENTES. Ocorre uma re-
orom: na ausência de uma reação de fase inicial. A$ lesões de ur- lação entre a diVl<fSidade da dieta durante os primeiros 4 meses
ticária raramente são vistas. Muitos pacientes se queixam de náu- (introdução de alimentos sólidos atrasada) e o desenvolvimento
sea, dor abdominal, võmitos ou 、ゥ。イ・セ@ Sintomas respiratórios, da DA. O prurido diminui e o eczema pode melhorar significati-
incluindo estridor, sibilos, oongestão nasal e espirros, podem de- vamente. A dieta dt!\·e ser adequadamente supervisionada por um
senvolver-se. Reações anafiláticas são possíveis, mas incomuns, nutricionista pediátrico para garantir que a criança esteja livre dos
durante os teStes com alimentos. aJé.rgenos e ao mesmo tempo nutricionalmente adequ ada. Eczema
desenvolve em menos ai:mças que recebem um hidrolisado de
REAÇÕES DE FASE TARDIA A avaliação de alergia alimen- caseína, em comparação com aqueles que recebem soja ou fó r..
tar na ョオNセ」ゥ。@ de reações clínicas imediatas apresent.1 dificulda- mula de leite de vaca.
des de diagnósticos em crianças com DA. Reações dfniCóls de fase
tardia estão associadas a um teste de contato atópico (paú;IJ wst PROGNÓSTICO. Alergia alimentar não dura indefinida-
atópico), mas nem todos os clínicos realizam este teste. mente. A reintrodução grndunl dos alimentos culpados deve ser
cuidadosamente considerada depois que a crian ça faz o ter..
TESTE DE PELE E lgE. A maneira mais confiá""! e prática de ceiro aniversário. Alergias ao leite e soja geralmente desapare·
diagnostiotr alergia alimentar ainda não foi determinada. A cem com o envelhecimento. Alergias ao ovo e peixe tendem a
história é de valor marginaL Na criança muito jovem, testes de permanecer.
punctura de pele ou lgE espeálica no soro (p. ex., mttodo riJdio-
allergowrbent test{Immunocap [RAST/ CAPJ) podem ser úteis como CONTROLE DOS aerolセgnsN@ Dermatite atópica
testes de triagem para hiperse.nsibilidade alirne.ntar mediada por pode ser p roduzida por con"'to externo com um aeroalérgeno.
lgl!. l!m geral, teste.• de punctura e anticorpos lgE específicos se Lesões rutâneas ・」Nコュョエッウセ@ encontram-se predominantemente
correJacionam bem. Falsos negativos são incomuns. Result.1dos nas áreas expostas ao ar do couro cabeludo, face e pe.'KOÇO. Hiper·
falso-positivos セZゥョ@ comuns, partiadarmente nas crinnças mais sensibilidade mediada por lgE de questionável relevância clínica
velhas. é rotineiramen te demonstradn em ー。」ゥ・ョエセ@ com eczema atópico
pelo teste de p unctu<a ou teste radioallergosorbent (RAST). Um
TESTES DE PROVOCAÇÃO. São realizados teste.• de provo- n ovo teste, o patch test ntópico, que não é de U.'io ァ・イ。ャセ@ pode se.r
cação parn de.tenninar o significado clínico dos testes labor:no- mais específico e relevante.. O pntch te:st atópico tem u ma especifi..
riais positivos.. O teste de provocação duplo..cego, contraindo por cidade maior com relaçllo セ@ relevância clínica de um alérgeno
placebo alimentar, é reconhecido como o •padrão ouro• parn comparativamente com os testes de puncrura de pele e RAST. Em
alergia alimentar, mas este teste não é: prático parn a maioria dos um grande estudo, ácaros do pó doméstico foram os alérgenos
casos. O セ@ é realizado em ambiente hospitalar e com equipa- positivos mais comuns. seguidos por pólen e epitélio de gato. A
mento de emergência disponível Um ensaio aberto é menos maioria dos pacientes foi positiva para apenas um aJérgmo, rara..
exato, porim mais prático. Os pacientes devem permanecer um mente para dois ou tres. Um regime destinado a reduzir a pre·
perfodo evitando determinado antígeno. Alime.ntos que produ- se.nça de ácaros do p6 doméstico pode produzir melhoria clínica
zem teste de punctura positiva de.Vl<m ser eliminados da dieta do em pacientes com DA que apresentam hipersensibilidade de con·
paciente durante I a 2 semanas antes do teste de provocaçllo da tato aos antígenos do ácaro no te_çwe de pele. Redução de ácaros
alime.ntaçllo oral. com uma intens.a li mpez.1 da asa, cobrindo a roupa de cama,
pode resultar em u ma mel hora s:ignific.1tiva. Esses programas de
DIETAS RESTRITAS EM DERMATITE ATÓPICA. Se se limpeza de casa, que envolvem a limpeza de diversas superfí..
cogita alergia aliment..1r como uma possibilidade, um エ・Nセ@ por cies, m uitas vezes são recomendados por alergistas para os pa·
um período limitado com uma dieta de exdu.'iâo pode ser reco- cientes com rinite e asma, na tentativa de contro lar os aeroalér..
mendado após avaliação dietética e aconselhamento por um nu- genos como mofo e. dcaros. Allergy Contrai Products, Inc.
tricionista pediátrico. Hipersensibilidade do alimento pode ser ("ww.allergycontroLcom) oferece uma linha completa de suple-
um fator na atividade da DA em crianças muito pequenas, e o mento para reduzir à exposiçJo dos alergenos.
tratamento dietético é de valor nestes pacientes. Mais de 90% das
reações em aianças pequenas são causadas por apenas cinco ali-
manos: ()VOS.. leite:, amendoim,. soja e trigo.
180
I6 I
Urticária e Angioedema
Urtialria {também conhecida como IJives o u wlteals) é um padrão
CONTEÚDO DO CAPITuLO distinto e comum de reação. Urticárias podem ocorrer em q ual-
• Aspectos clinicos quer idade; até 200;b da populaç.;o terá peJo menos um episódio.
A u rticária pode ser mais comum em pacientes atópicos. Ela é
• Fisiopatologia classificada como aguda ou crônica. Na maioria dos casos é aguda,
• Avaliação inicial de todos os pacientes com durando de horns a algumas semanas. Angioedema frequente-
urticária mente ocorre com urticárias agudas, q ue é mais comum em crian-
ças e adultos jovens. A urticária crônica (arbitrnriam ente definida
• Urticária aguda como episódios de urticária com duração de mais de 6 semanas)
• Urticária crônica é mais comum em mulheres na meia-idade.
Devido ao futo de que a maioria das pessoa..-. consegue diag-
• Tratamento da urticária nosticar a urticária e percebe q ue esta é uma condição autolimi-
• Urticárias ffsicas tada, muitos não procurnm atendimento médico.
Dermografismo A causa da urticária aguda é determinada em muitos casos, mas
a causa da urticária crônica é determinada em apenas 50,4, a 200/o
Urticária de pressão
dos casos. Pacientes com urtic.iria crônica apresentam um pro-
Urticária colinérgica
blema frustrante no d iagnóstico e m anejo clínico. A anam ne.-.e é
Anafilaxia induzida pelo exercfcio crucial, mas tedio.-.a, e o tratamento é geralmente de su porte e não
Urticária ao frio rurativo.
Urticária solar Esses pacientes são frequen temente sujeitos a investigações
Urticárias ao calor, água e vibração médicas detalhadas e caras, que muitas vezes não são esclarecedo-
Prurido aquagênico ras. Estudos demonstram o valor de uma história completa e um
• Angioedema exame físico detalhado, seguido 、ッオNセ@ criterioso de exames labo-
ratoriais na avaliaç.âo dos resultados da anam nese e exam e físico.
Formas adquiridas de angioedema
Angioedema hereditário
• Sfndrome de urticária de contato
• Pápulas e placas urticariformes pruriginosas
da gravidez
• Urticária-vasculite
• Doença do soro
• Mastocitose
181
D erm a Lo logla CHnica
182
UrLicária e Angioedema Capítulo 16 1
URTICÁRIA
Figura 6-1 A apresentação mais característica são placas Figura 6-2 Placas urticariformes em diferentes fases de for-
vermelhas uniformes e edemaciadas rodeadas por um halo mação.
branco fraco. Est as lesões superficiais ocorrem pela transuda-
ção de fluido na derme.
Figura 6-3 Padrão policíclico. Figura 6-4 A palma inteira é afetada e é muito edema-
ciada. As lesões se parecem com aquelas do erit ema multi-
forme.
183
Dermatologia CHnica
URTICÁRIA
Figura 6-5
•
Urticas superficiais variam em cor. Figura 6-6 Urticas tornaram-se mais amplas e confluentes.
Figura 6-7 Angioedema é uma urtica maior e mais pro- Figura 6-8 Angioedema. Edema intenso de toda a área
funda do que as mostradas nas Figuras 6-1 a 6-3. セ@ causada central do dorso.
por transudação de fluido na derme profunda e tecido subcu-
tâneo. O lábio é um lugar comum de acometimento.
184
Urlic.iria e Angioedema Capítulo 1&1
Outros fatores
que causam
dilatação vascular:
Ingestão alcoólica
Estresse emocional
Fatores endócrinos:
menstruação
Exerdcio
Febre
Calor
Hipertireoidismo
Vênula pt>s.capiar
Ruído
Tríplice reação
de Lew is·:
1. Vasodilatação
(eritema local)
2. Reflexo axonal
(eritema Causa contraçao de
secundário) células endoteliais
e pru rido Permitem que vênulas
3. Urtica transudem fluidos
Figura 6-9 Fisiologia da liberação dE! histamina.
185
Dermatologia CHn ica
URTICÁRIA AGUDA
186
Urlic.iria e Angioedema Capítulo 1&1
Quadro 6-4 Classiflcação Etiológica das Urtlc6tlas IQuadro 6-5 Urtlórla Aguda - aカ。ャセ@ e Conduta
Alimentos História e exame ffsico
Peixes. crustáceos e moluscos, nozes, OYOS, chocolate, morangos, 1. Perguntar ao paoente se ele sabe o que causa as urticárias.
tomates. came de porco, leite de vaca, queop, tngo. levedura Em muitos casos. o pac1ente determina a causa.
2. Fazer uma anamnese. Ver Quadro 6-4 para etiologias espedfi·
Aditivos alimentares cas. As drogas sao causas comuns em adultos. Infecções voraos
Saholatos. corantes (p. ex., tartrazina). benzoatos. penicilina. as- das vias respiratórias e infecçoes estreptocócicas sao causas
partame (NutraSweet"). • sulfitos comuns nas crianças.
3. Realizar um exame flsico.
Drogas 4 . Fazer teste do dermografismo.
Penicilina. aspirina, sulfonamidas e drogas que causam liberaçao Se a etiologia não for determinada pela história, exame físico. e
de histamina de causa nao imunológica (p. ex.• morfina. codefna, ao provocar dermografismo no braço, pedir testes de laboratório.
polimixina, dextrana, curare, quinina}
Testes laboratoriais
Infecções
1. Solicitar hemograma com diferencial, velocidade de hemosse-
lnfecçoes crônicas ba<:terianas (p. ex.• seoos nasaiS, dentes, tórax, dimentaçao (VHS). testes de função hepática e análise de
veslcula biliar, vias urinárias), enterite por Campylobacter. in- uril'\3.
fecçoes fúngicas (p. ex., dennatofitoses. candldlase). onfecçoes võ- 2. A Mt6ria e o exame ffslco podem proporcionar evidências que
ratS (p. ex., reaçAo prodrõmica da hepatite 8, mononucleose in- justifiquem exames ccmplementares. Testar quanto à hepatite
fecoosa. coxsad<ie, protozoários e inlestaçoes por helmontos (p. A. B. C; mononucleose infecciosa; testes de func;ão da tireoide;
ex., vermes intestinais, malária) anticorpos antrtireoide; e anticorpos antinudeares (FAN).
lnalantes Considere testes alérgicos
Polens. esporos de mofo, pelos. poeira de casa, aerossóos. qufmi- 1. Testes de puntura: alimentos. medicamentos. aeroalérgenos.
cos voláteis veneno de inseto, borracha natural. Com exceção da penió·
lina. antibióticos têm uma alta taxa de falso-positivo com o
Doenças siS1êmicas teste de puntura.
Doença do soro, lúpus eritematoso sistémico. hipertireoidismo, 2. Radioimunoensaio (RAST) de penicilina. succinilcolina. látex de
doença autoimune da tireoide, carcinomas. linfomas. artrite reu- borracha natural.
matoide juvenil (doença de Still). vasculite leucocitoclástica. polici- 3. Testes de alimentos: dianos de alimentos e dietas de eliminação.
temia vera, febre reumática, algumas reações de transfusao de 4. Testes de provocaçao oral de alimentos e aditivos alimentares.
sangue
Conduta
Estlmulos físicos (urticárias físicas)
1. Evitar alé<genos セャヲゥ」ッウ N@
Oerrnografismo, urticária de pressao, urticána oobnérgica. sln- 2. Tratar com antagoniStas H, via oral.
drome anafilátic:a induzida pelo exen:icio, Ul'bc.ána solar, urticária 3. Adicionar antagonistas H2 para casos resistentes.
ao fno. urticária ao calo<; urticária vibratóna, urtdria aquagênica 4 . Anafilaxia- ep1nefnna subcutânea com ou sem anti-histamf.
nicos H 1 e H2 via parenteral (p. ex., 50 mg de difenidramina e
Urticária de contato não imunológica 50 mg de ranitid1na). Corticosteroides sistêmicos muitas vezes
Plantas (p. ex.• urtigas), animais (p. ex.• lagartas. água-viva). medi- sao úteis.
caçOes (p. ex .• aldeído cinámico. composto de 48180, dimetil 5. Reações por meio de contrastes intravenosos - tratar com
sulfóxido) antagonistas H, e corticosteroides antes do procedimento.
6 . Doentes alérgicos ao látex - administraçao profilática de cor·
Urticária de contato imunológica ou de mecanismo du- ticosteroides antes da cirurgia.
vidoso 7. ReaÇão de veneno de inseto- dessensibilizaçiio. manter sem·
Sulfato de amõnio usado em alvejantes de cabelos. produtos prepor perto seringas pré-carregadas com epinefrina.
qufmicos. alimentos, texteis, madeira, salova, cosméucos. per·
fumes. bacitraóna
Doenças de pele
Urtdria pigmentosa (mastocitose). dermatrte herpetrforme, pen- UBERAÇÃO DE HISTAMINA DE CAUSA NÃO IMU-
figoide. amiloidose. NOLÓGICA. Mediadores f.mnacológicos como a acetilcolina.
Hormônios opiáceos, polimixina 8 e morangos reagem diretamente com me·
diadores ligados à membrnn.• celular, com a liberação de hista·
Gravidez. crises pré-menstruais (progesterona)
mina. Aspirina/AINEs causam uma libe.rnçiio de histamina de
Genética, autossõmica dominante (todas raras) rnu..\a n ão imuno lógica. Os pacientes com sen.\ibilidade a aspi -
Angioedema hereditário, urticária colinérgica com progressiva rina/ AlNEs podem ter um histó rico d e rinite alérgica ou asma.
surdez. amiloidose dos rins. urticária familiar ao fno. urticária vi- A urticária podesercau.-so.d:t por alimentos que con têm histamina.
bratória Peixes da fumília Scombroidea acumulam hist.amina durante seu
processamento. O mec-a nismo ele unicáriaf anafilaxia relacionadas
De Geha R. et a/. Buckley CE: J AJ/ergy Clin /mmuno/92 :513,
1993. com rndiocontra.'ite é desconhecido. A inà dênria varia de 3,1% com
•Provavelmente nao causa urticária. agentes mais novos, de osmolaridade mais baixa, a 12,7%
com agentes mais antigos e com osmolaridade mais elevada.
Atopia é um fator de risco para desenvolver urticária após e.xpmi-
çiio a radiocontrastes. As urticária.< físicas podem ser induzidas
187
D ermato l ogia CHnica
por mecanismos de estimulação direta dos recepto re.'i da mem· lgE do basó6 lo e para lgE, além de doenças autoimunes da ti-
brana celular e imunológicos. reoide. A avaliação e o manejo da urtic.iria crônica são descritos
no Quadro 6-6.
O paciente deve entender que o curso desta doença é impre-
visível; pode d urar meses ou anos. D urante a avaliação, o pa-
ciente deve ser infonnado de que os anti-histamínicos irão d imi-
Pacientes q ue têm uma história de urticária com duração de 6 o u n uir o desconforto. O paciente deve também ser com unicado de
mais semanas são classificadas com o tendo urticária crônica q ue, embora a avaliação possa ser demorada e m uitas vezes in-
(UC). A etiologia é frequentemente pouco clara. A morfologia é frutífera, na maioria dos casos a doença tenn ina espontanea-
semelhante à da urticária aguda (Fig. 6-11). A UC é mais comum mente. Os pacientes que compreendem a natureza desta doença
em m ulh eres de meia·idade e é pouco frequente em crianças. não ficam desanimados tão facilmente, nem ficam à procura de
lesões individuais permanecem por menos de 24 horas e q ual- diversos médicos, buscando u ma cura.
quer su perfície da pele pode ser afetada. O prurido é pior durante Existem vários estudos na literatura sobre urticária crônica.
a noite. Queixas respiratórias e ァ。ウエイッ ゥ ョエ・Nセゥ。ウ@ são raras. Angio· Muitos demonstram q ue, se a causa não for encontrada depois da
edema ocorre em 50% dos casos. Angioedema associado à urticá- história e exame físico, há pouca possibilidade de ela ser deten ni-
ria crônica difere do angioedema heredit.irio em que raramente a nada. É tent.1dor solicitar testes laboratoriais, tais como O.'i níveis
laringe é afetada. Paciente.-. com UC podem experimentar urtic.iria de anticorpos antinudeares (FAN) e exam es de fezes buscando
física. Os sintomas continuam duran te semana.s1 mese.-. o u ano.'i. ovos e parasitas em um esforço para ser minucioso, ma.-. resulta-
U rticária de pressâo1 urtic.iria crônica e angioedema frequente- dos de estudos não oferecem su porte a e.-.sa abordagem. Existem
mente ocorrem no mesmo paciente. Em um estudo, urticária de certos exames e procedimentos que podem ser considerados
pressão tardia esteve presente em 37o/o dos pacientes com urti- quando a primei ra avaliação não foi esdarecedora.
cária crônica. Aspirina/ anti-inflamatórios não esteroides, penici-
lina, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (lECA), EXCLUIR URTICÁRIAS FfSICAS_ Urtic.irias ffsica.< não reco-
opiáceos, ákool, doenças febris e estresse exacerbam a urticária. nhecidas (pág. 194) podem represent.1r aproximadamente 10%
dos casos de urticária crônica. Em um grande estudo, urticárias
ffsicas est.1vam presentes em 71% dos paciente.-. com urticária
patogセnes@
crônica: 22% ti nham dennogra6smo imediato, 37% tinham
U rticária crônica decorre da liberação cutánea de histamina pelos urticária de pressão t.1rdia, 11% tinham urticária colinérgka, e 2%
mastócitos. Em contrnste com a urtic.iria aguda, gatilho.., exógenos tinham urticária ao frio.
não são encontrados na maio ria dos casos. Em muitos deles, a A presença de urticária ffsic.1 deve ser excluída pela história e
urticária crônica pode ser uma doença inflamatória imunome- testes adequados (Tabela 6-2) antes de um longo programa de
diada. A liberação pode ser induzida por imunoglobulina.< E es- tratamento e avaliaç.1o. Dennografismo é o tipo mais comum de
peá6cas (TgE), componentes de ativação do complemento, pepti- urticária físic.1; ele começa de repente após uma terapia medica-
deos endógenos, endorfinas e encefalinas. Mais de 300,4, dos mentosa ou uma doença viraJ, dura por meses ou anos e é resol·
pacientes com urtic.iria crônica têm fenô menos auto imunes ca- vido espontaneam ente. Placas q ue aparecem depois de um atrito
racterizados por testes cutâneos do soro autólogo positivo, anti- sobre o braço do paciente provam o diagnóstico.
corpos para a su bunidade alfa do receptor de alta afinidade da
DOENÇA AUTOIMUNE DA TIREOIDE- Há uma signi6m-
tiva 。ウNセッ」ゥ ̄@ entre urticária crônica e doenç.a autoimune da ti-
reoide ( ti reoidite de Hashimoto, doença de Grave.-., bócio multi-
nodular tóxico). Auto imunidade da tireoide foi encontrada em
120,4, dos 140 paciente.-. consecutivam ente vistos com urtic.iria
crônic.1 em uma série; 88% eram mulheres. A maioria dos pa-
ciente.-. com autoimunidade da tireoide é assintomática e tem
função da ti reoide nonnal ou apenas ligeiramente ano rmal.
Diretrizes para avaliação e tratam ento de urticárias relacionadas
à tireoide são apresentadas no Q uadro 6-7.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial da urticária crônica indui doenças q ue
têm lesõe.-. q ue simulam urticária (Tabela 6-1). Essas muitas ve-
zes possuem lesões urticarifonnes fixas, q ue têm algumas carac·
terísticas atípicas, como duração superior a 24 horas, relativa
falta de prurido ou alterações epiteliais (p. ex., hiperpigmenta-
ção, hipopigment.1çâo, vesículas o u bolhas, ou descam aç.1o).
Fig ura 6-11 Urticária crônica. Urticas podem t er a mesma
configuração e intensidade da urticária aguda. Este pacient e t em PMID: 18426134
urticas vermelhas com bordas bem definidas arredondadas, ovais
e anulares. O clareamento central é altament e característico da MUDANÇA DE AMBIENTE_ Como o ambiente é constituído
urticária. por diversos antígenos, os pacientes devem considerar um período
188
Urlicária e Angioedema Capítulo 1&1
189
Dermato logia Cllnica
Quadro 6-7 Diretrizes para aカ。 ャゥ セ  ̄ッ@ e Tratamento da experimentaJ de 1 ou 2 semana..-. de afastamento de casa e traba-
Urticária Crônica Relacionada com Doenças da Tireoide lho, de preferência com uma mudança geográ6ca.
1. Pesquisar por autoimunidade da tireoide através do teste de
tireoide antimicrossomal e anticorpos tireoglobulina. especial-
DIETA ALTAMENTE RESTRITIVA. Uma dieta altamente
mente em mulheres (relação mulher/homem de 7:1 ), ou nos restrita pode ser tentada. Os pacientes são aliment.1dos com car-
doentes com história familiar de doença da tireoide ou outras neiro, arroz, açúcar, sal e água por 5 dia..-.. A ocorrência de novas
doenças autoimunes. urticárias depois de 3 dias sugere que os alimentos não têm ne-
2. A administração de hormônio tireoidiano pode aliviar a unitá- nhum papeL Se as urticárias desaparecerem, um novo alimento é
ria crônica e/ou angioedema em determinados pacientes. reintroduzido todos os dias até as urticárias aparecerem .
3. O nível de hormônio estimulante da tireoide deve ser monito- BIOPSIA DE PELE. Reações urticáriais exibem um amplo es-
rado por 4-6 semanas após o início do tratamento, mantendo
pectro de ヲッイュ。ウセ@ que vão desde uma leve respost.1 dénnica infla-
sempre no limite inferior da normalidade, para garantir que o
paciente não fique hipenireoideo. matória a uma verdadeira vascuJ ite. Paciente.-. com urticárias1 que
4. Se não houver resposta ao tratamento após 8 semanas de ad- são características de urtic.iria-vnsculite.. devem fuzer uma biopsia
ministração, a levotiroxina deve ser descontinuada. da urtic.iria. fNセエ。ウ@ ardem, em vez de coçarem, e duram ma is do
S. Depois de ter havido remissão pelo menos 1 a 2 meses, a q ue 24 horas.
levotiroxina deve ser descontinuada. Se houver reincidência da Edema dérmico, dilatação vascuJar e linfática ocorrem. Au-
unicária crônica e /ou angioedema, o hormônio pode ser rea-
mento do número de linfódtos e eosinó6los ocorre e m paciente.-.
dministrado, com uma expectativa de que a maioria dos pa-
com urticária aguda e naquele.-. com urticária de pressão t.1rdia. Os
cientes será novamente responsiva ao tratamento.
números de mastócito..-. são mais e levados na derme da pele afe-
De Heymann WR: J Am AcM Dermato/40(2 Pt1):229, 1999. tada e não afet.1da de todos os pacientes com urticária. Infiltrados
mono nudeares são mais pronundados na urticária ao frio e na
urticária crônic.1.
190
UrLicária e Angioedema Capítulo 161
191
Dermatologia Cllnica
Fexofenadina (AIIegra8 ). Fexofenadina em dose única de idosos ou doentes com leve disfunção renal ou hepática. Fexo-
180 mg ao dia ou 60 mg duas vezes ao dia é a dose recomendada fenadina pode oferecer a melho r combinação de e6cáda e segu-
no tratamento da urticária. Ajuste de dose não é necessário em rança dentre todos os anti-histamínicos não se:dantes.
192
Uniclria e Angioedema Capítulo 1&1
Cetirizina (Zyrtece). Cetirizina é um ュ・エセ「ャゥッ@ da hidroxi· querna de administração descrito a seguir: o paàente recebe 5 dias
zina, um anti·histamínico H 1 de primeira geração. Alguns paàen· de 60 mg. 5 dias de 40 mg e 5 dias de 20 mg com a medicação
tes sentem sonolênàa após uma da.e de 10 mg. A dose para um sendo tomada uma vez pela manhã. Outros responder3o à pred-
adulto t de 10 mg por dia. Uma dose reduzida (S mg/dia) é reco- nisona 20 mg todos os dias com uma redução gradual.
mendada em pacientes com comprometimento renal ou ィ・ー£セ@
rico. Não s.ão relatadas interações medicame.n toS;;lS, e. não há ne· MODIFICADORES DE LEUCOTRIENOS. Modífic.1dores de
nhuma cnrdiotox:icidade. Uma dose maior do que o recomendado leucotrienos podem C.'lusar melhora em alguns casos de urtic.íria
pode ser necessária. crônica resistente aos 。ョエゥセ ィゥウエ。ュ■ョ」ッN@ A excelente segurança, a
não necessidade d e acomp::mhamento, nos casos de montelu·
Loratadína (Ciaritin8 ). loraL1dina é d e açilo prolongada. caste e zafi rlucnste, e a ampla disponibilidade tomam os modifi.
Uma dose de 10 mg suprime o edema por até 12 horasi o efeito cadores de leur.otrie.nos os agente.'i alternativos preferidos. Monte·
、オイセ@ ma_is tempo após uma dose maior. Uma d ose reduzida pode lucaste, zafirluc.1.ste e zileuton fo ram estudados. A resposta pode
ser necessária em pacientes com doenyt crônia do fígado ou levar dias a semi\nas. Ensaios controlados randomizados mos-
renal. N3o há nenhuma interação advers.1 significativa. Uma tram que zafirlucaste e monte.Jucaste isoladamente ou em com-
forma espeàal da medicação, Redtabs• (lO mg), rapidamente se binação com anti-histamfnicos são eficazes, mas também foram
desinteg;a na boca. Uma dose mais el=da do que a m:omen· publicados vários estudos ョセャゥ|Goウ N@ Montelucaste demonstrou
dada pode ser necessária. ser eficaz para pacientes com urticária crônica exacerbada por
AlNEs. Pacientes com teste. cutâneo do soro autólogo po!li-
Desloratadina (Ciarinexe, Desa/exe, no Brasil). Dcslo- tivo (ASST) podem ter melhores respostas aos modificadores de
rntadina t um ativo metabólito da loratadina. Uma dose de 5 mg leucotrienos.. Experiências em urticárias físicas também têm sido
por dia é eficaz. Não existe evidênàa de que oferece qualquer promissoras.
vantagem sobre a loratadina.
DAPSONA. Pe<rueno.• estudos demonstram excelente resposta
Anti-histaminicos triciclicos (Doxepina). Antidepre..si- clínica com dosagens C)ue variam de 25 mg/dia a 100 mgfdia.
vos triádicos são potentes bloquetldores dos receptores H1 e H1 A resposta pode ser bastante rdpida, mas alguns pacientes exigem
da histamina. O mais potente é a doxepina. Quando tomada em várias semanas para observar melhoria. Deve.se monitorar para
doses entre 10 e 25 mg. três vezes ao dia, a doxepina é eficaz para urna pequena e previsíve:J dim inuiç.ão do nível de hemoglobinil,
o tratamento de urticária crônica idiopática. Alguns efeitos colate· A droga é geralmente bem tolerada. Existe a possibilidade de re-
rnis OCOITml com esta dose baixa. Doses mili ores podem ser tole. missão sustenL1da após a interrupção da droga. Obter nível
melas se. tomadas à noitt>- Ooxepina é uma boa ahemativa parn sérico de C6PD para evitar anemia hemolítica grave em pa-
pacientes com urticária crônica que não s.io controladas com cientes com deficiência desta mz.ima.
anti·histamínicos convencionais e para pacientes que sofrem de
ansiedade c depressão associada à uniciria crônica. Laargia é co- INIBIDORES DA CALCINEURINA. Ciclosporina pode oe:r
mumente: ッ「ウ・イカ。セ@ mas diminui com o オNセ@ continuado. Boca uma alternativa eficaz em alguns pacientes com urticária crônica
seca e constipação também são comumente observ3das. Ooxepina insensíveis ao., tratamentos convendonais e pode ser conside-
pode interagir com outras drogas que são metabolizada.s pelo sis· rada, caso os modificadores de leucotrienos e dapsona fulharem.
tema do citocromo P450 (p. ex., cetoconawl, itrnconawl, eritro· Os pacientes com doençn grave incessante, que respondem mal a
midna, clnritromicina). anti-hist.1mínicos, po d em responder a 4 mglkg. diariamente, de
ddosporina dumnte 4 se.manas. Pacientes que predsavam ini·
EPINEFRINA. Urticária grave ou angioedema requerem epine- dalmente d e altas doses de glicoconicoide:s e com uma longa
frina. Soluções de epinefrina têm um efe.i to de infc.io rápido, história clínica s..io menos receptivos ao tratamento com dclos--
mas com a uta duração da ação. A dosagem para adultos é uma porina.
soluçAo 1:1000 (0,2 a 1,0 ml), aplicada via subcutânea o u por via
intramuscular, a dose iniáal é geralmente 0,3 mL A suspensão AGENTES DE TERCEIRA LINHA
de epinefrina fornece um efeito rápido e prolongado (até 8 ho·
ras). Para os adultos, 0,1 a 0,3 ml da suspensão I : 1.000 é dada IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA. Respostas variando
por via subcutânea. de remissão completa e duradoura a benefíàos modestos e r:ran-
sitórios s3o relatadas. A resposta parece ser rápida. A dose ideal e
o número de infusões são incertos. Apenas relatos de casos e pe-
AGENTES DE SEGUNDA LINHA
quenas séries de pacientes s3o descritos.
CORTICOSTEROIDES ORAIS. Muito.• pacientes com urticária
crônic.n e angioedema terão pouca re.<iposta, até mesmo com uma METOTREXATO. Metotrexato pode ser considerado nos casos
combinação de bloqueadores dos イ・」ーエ。Nセ@ H 1 e H 2• Os conicos-- resistente.'i de urticária . Relatos de casos e uma pequena série ele
teroides orais devem ser considerados para estes C.'lsos refratários. pacientes demonstraram beneffáo no p razo de 1 a 2 sem:mns
Devido a sua toxicidade, os corticosteroides sffo reservados para as após o início do metotrexnto. Como os efeitos adversos podem
fulhas dos 。ョエゥ セ ィゥウエ。ュ■ョ」ッ@ ou parn O$ <:.:'lsos mais graves. Eles são ser graves, o monitoramento frequente é necessário. Metotrexato
confiáveis e eficazes e não têm o potencial de causar remissão com deve ser reservado para casos diffceis em que outros agentes alter-
a suspensão das drogas. Prednisona 40 mg/dia em uma única nativos falharam. Metotrexato 10 a 15 mg semanalmente ou 2,5
manhã ou 20 mg duas vezes ao dia é eficaz na maioria dos casos. mg duas vezes ao dia durante 3 dias da semana seria uma dose
Outra abordagem é ーセ@ 30 comprimidos de 20 mg em es- iniàal adequada.
193
Dermatologia CHnica
URTICÁRIAS FfSICAS
Dermografismo
Também conhecido como "'escrit.1 na pele ou urticária fitctícia•, o
dermografismo é a urticária ffsica mais comum, ocorrendo em
algum grau em cerca de 5<>/b da população. Coçar, secar-se com
toalhas, ou outras atividades que produzem traumas de pele me-
nores induzem à coceira e a urticas. O início é geralmente repen-
tino; pacientes jovens são afet.1dos mais comumente. A tendência
a ter dermografismo sintomático dura semanas a meses, ou ano.-..
F...'tta condiç.;o tem um curso médio de 2 a 3 anos antes de ser
curada espontaneamente. Pode ser precedido por uma infecção
vira!, terapia antibiótica (especial mente penicilina) ou estresse
emocional, mas, na maioria dos casos, a causa é desconhecida.
Envolvimento de mucosas e angioedema não ocorrem. Não há
nenhuma associação sistêmirn reconhecida (como atopia ou au-
toimunidade).
O grau de resposta à urticária varia. O paciente estará altamente
reativo durante meses e,. em seguida, parecerá estar em remi.s..'ião,
até os sintomas ocorrerem novamente (Fig. 6 12). Os pacientes
4
194
Tabela 6-2 Comparação das Urticárias Físicas
2. Ocorre ampliação do eritema (reflexo neurogênico devido à angioedema frequentemente ocorrem no mesmo paciente. Em
d ilatação arteriolar). u m estudo, urticária de pressão tardia esteve p resen te em 37o/o dos
3. Uma urtica ao redor do eritema substitui a linha vermelha padentes com urticária crônica. Isso explica a fTequência de pápu-
(transudação do líquido através de capilares dilatados). las nos locais de pressão em pacientes com urticária crônica.
Tam bém explica a má resposta aos anti-histamínicos H1 em al-
Como contro le, o médico exam inador pode realizar o teste em guns padentes, porque a urtic..iria de p ressão tardia é geralmente
seu próprio braço ao mesmo tempo. pouco sensível a este tratamento.
Ao contrário de u rticária pigmentosa, causada por mastocitose As mãos, pés, tronco, nádegas, lábios e face são frequente-
cutânea (que tam bém se manifesta com dermografismo - sinal men te afetados. As lesões são induzidas por 6au de pé, andar,
de Darier), não há nenh um aumento do número de mastódtos usar rou pas apert.1das ou sentar por um período prolongado em
na pele. u ma su perfície rígida (Figs. 6-14 e 6-15).
TRATAMENTO. Tratam ento não é necessário a menos que o DIAGNÓSTICO. Como o edema ocorre horas após a aplicação
paciente seja altam ente sensível e reaja continuam ente ao mais da pressão, a causa pode não ser imediatamente aparente. Repeti-
leve trau ma. Os anti-histamínicos são muito eficazes. Anti-hist.1- dos edemas p ro fundos na mesma área são a pist.1 para o d iagnós-
mínicos não sedantes H 1 ou hidroxizina em doses relativam ente tico. Padentes com dermografismo podem ter pá pulas de pressão
baixas (10 a 25 mg diários por quatro vezes ao dia) fornecem que ocorrem imediat.1 mente, em vez de horas mais tarde. Testes
alívio suficiente. Alguns pacientes são gravemente afetados e exi- usando peso..-. são usados para estudos, mas geralmente não são
gem supres..\âo continua. Use a m enor dose possível para parar o exea.1tados na prática clínica.
prurido. Muitos pacientes se adaptam a uma 、ッNセ・@ baixa de hid ro-
xizina e não ficam sedados. TRATAMENTO. Proteger locais de p ressão. Esteroides sistê-
micos u ti lizados em cu rta duração são os tratamentos mais
Urticária de pressão eficazes na u rtic.iria de pressão grave, tard ia e incapadtante.
Doses de p rednisona su periores a 30 mgfdia podem ser nece.-.-
Um edema p rofundo, irritante,. em queimaç.1o ou 、ッ ャ ッイNセ@ q ue sárias. Os anti-histamínicos geralmente não são ú teis, m as de-
omrre 2 a 6 horas depois de um estímulo de p ressão e de du ração vem ser tentados. Cetirizina (d ose de 10 mg diário ou superio r)
de 8 a 72 horas, é uma característica desta forma comum de urti- é relatada como eficaz. Cetirizina (lO mg VO d iariamen te) e
cária física. A idade média de acometimento é a partir dos 30 teofilina (200 mg VO) são mais eficien tes do q ue cetirizina
anos. A doença é crônica, e a duraç.1o média é de 9 anos (inter- sozinha. PMID: 16164841
valo: I a 40 anos). Mal-est..r, fàdiga, feb re, calamos, dor de cabeça Dapsona (100 a 150 mg por dia) pode ser muito eficaz. Meto-
ou artrnlgia generalizada podem ocorrer. Muitos têm doenç.1 mo· trexato {15 mg/semana), mo ntelurnste,. cetotifeno mais nimesu-
dernda a grave e debilitan te,. espt!da1mente para aqueles q ue rea- lida, sulfasaJazina ou propionato de dobetasoJ tópico O,So/o são
lizam trabalhos manuais. Urticária de pressão, urticária crônica e relat.1dos como ・VイョコNセ@ em relatos de casos.
Figura 6-14 Urticas sob a borda do sutiã são devidas ao au- Figura 6-15 Urticas sob a borda do sutiã e d o cinto.
mento da pressão exercida pela vestimenta.
196
U rLicária e Angi oedema Capítulo 161
URTICÁRIA COLINtRGICA
'
Figura 6-16 Urticas arredondadas, eritematosas, que ocor- Figura 6-17 O paciente relatou pequenas urticas na pele
rem em respost a ao exercício, calor ou estresse emocional. após exercício. Um t este de esf orço reproduziu as lesões e
provou o diagnóstico.
197
Dermatologia CHnica
Anafilaxia induzida pelo exercício pele. A pápula dura ccrCl de meia hora. De:rmografismo c urticá-
ria coliné.rgica são relativamente. e com ftequência, encontrados
Pacientes desmvol""m prurido, urticária, desconforto respirató- e:m pacientes com urticária ao frio. A urticária pode: ocorrer na
rio c hipotensão após o exe:rdcio. Sintomas podem progredir para orofaringe após uma bebida fria_ Sintomas sistêmicos, oca-
angioedema, edema de laringe, broncoespasmo e. hipotens.io, e sionalmente graves c ana61aaoidcs, pode:rn ocorrer após uma
há uma olta frequência de progressão para acometimento da.ç extensa exposição como a imersão em água fria. Pode: haver uma
vias respiratórias superiores e choque. É associada n diferentes ti- história recente de infecção viral (M)mplasma pneumoniae). Me-
pos de exerdcio, apesar de a corrida ser a mais frequentemente lhora espontânea ocorre em uma média de 2 a 3 anos. A urticária
relnt.·u!n. O exercido atua como u m estímulo fl'sico, e 。エイカ←Nセ@ de acontece rom uma queda súbita de temperatura ou durante a
um mernnismo desconheddo provoca degrnnulação de mastóci- exposiç.1o à água fria. Muitos ー。」ゥ・ョエNセ@ têm reações grnve.s com
tos e níveis séricos elevados de histam ina. Em c.ontrnste com a urticária generalizada1 angioede.ma ou ambos. Nadar em água fria
urtic1ria coli né.rgica, as lesões são grandes e não são produzidas é a causa mais comum de re1ções grave.' e pode resu ltar e:m tran·
t
por chuveiros quentes_, pirexia ou ansiedade. diferenciacL1 de sudação maciça de fluido na pele, levando à hipotcnsão, des-
urticlria colinérgica pelo teste de imecsão em água quente (urti- maios, choque e até a mone. Como o dennografismo, urticária
cária colintrgiCl). Anafilaxia induzida pelo cxe:rdcio (ATE) ou fria geralmente começa após uma infecção, terapia medicamen. .
anafilaxia exerdcio-acentuada pode ocorrer somente após a inges- tosa ou estresse: emocionaL
tão de dd.efminados alimentos.. tais como aipo, austáceos_,
trigo, frutas, leite e peixe (ATE alimento-dependente). Ataques URTICÁRIA ADQUIRIDA AO FRIO SECUNDÁRIA- Urri·
ocorrem quando o paciente se exercita dentro de 30 minutos cária adquirida ao frio secundária ocorre em ce:rCt de 5% de pa-
após a ingestão dos alimentos; ingerir a comida sem exerdcio (e cicotes com urticária ao frio. Pápula.• são pcisistcnle'l. podem te:r
vice-verso) faz com que não haja sintomas. Os pacientes com AlE púrpuras e demonstrar vasculite na biopsia da pele. Crioglobulina,
associadas ao trigo têm testes rutâneos positivos para várias frn- aglutininas &ias ou aiofibrinogênios cstiio presentes. Investigar
çõe< do trigo. Outro fator prccipita.nte inclui a ingestão de dro- com hemograma completo ( HC), velocidade de sedimentação de
gas; umn tendência familiar tem sido relatada. O prognóstico eritrócitos (VHS), anticorpos antinudeares (FAN), teste de reagina
não é bem definido, mas u ma reduç.1o de ataques ocorre. em 45°.Al ráp ida de p lasma [RRP) pom mononudeose, futor rcumatoide,
dos pacientes por meio de d ietas de eliminação e alterações de comp lemento total, crioglobulinas, criofibrinogênio.-., aglutininas
componamento. O diagnóstico diferencial inclui asma induzida &ias e hcmoli<inas frias. A presença de aioglobulina d""" su..Otar
peJo exerdcio, anafilaxia idiopática, arritmias cardfaca.s e. sín- uma pesquisa para infecç!lo crônica de hepatite 8 ou C, maligui·
drome carcinoide. dade linforreticular ou febre glandular. A.< aioglobulinas podem
se:r policlooais [pós-infecção) ou monoclonais (lgC ou lgM), c
TRATAM ENTO. Anti-histamínicos H 1 são rttomenci.1dos ativação do complemento pode estar envolvida.
como profilaxia e rratamcnto da doença aguda. Administração de
cpinefrina por autoinjetor pode: se:r ョ・」ZウN£イゥ。 セ@ eク・Zイ」ゥエ。Mセ@ com DIAGNÓSTICO. O diagnóstico é feito por indução de uma
um parceiro é prudente. Exe:rádos devem se:r interrompidos se urticária com um rubo de gelo envolto e:rn plástico aplicado
オイエゥセ@ prurido ou e:ritema ocorrerem. Suportes cardi()V;)SQJlar e contra o antebraço, por 3 a S minutos (Fig. 6-18). Alguns pacien·
respiratório podem ser necessários. Tratamento ーイッVQセエゥ」@ indui tes requerem até 20 minutos para ウオNセエ。イ@ uma resposta. Um teste
evitar exe.rddos, abstenção de alimentos precipitantes pelo me- de imersão em água fria1 no qual o antebraço está submerso por
nos 4 horas antes dos exerácios, pré-tratamento com anti-hista- 5 a 15 minutos na água a o· e soe, ・Nセエ。「ャ」@ o d iagnóstico
mínicos e cromoglicato, ou a indução de tolerftnc.ia atr:wés de quando os resultado.' do te."'e de cubo de gelo são ambíguos. Os
exercício regular. pacientes devem ser monitorados de perto porque reações grave.'i
são pos.'\íveis.
Urticária ao frio
TRATAMENTO_ Os pacientes devem aprender a se protege-
Síndromes de urticária ao frio são um grupo de desorde:ru Ctrac- rem de: uma diminuição súbita da temperatura. Cipro-hepta..
tcrizadas por urticiria, angiocdcma ou anafilaxia que se descnvol- di ョ。セ@ loratadina, cetirizina, doxepina e outros anti·histamíni..
セ@ após exposição ao frio. cos podem ser eficazes. AJta.s dosage:n.s com anti-histamínicos,
até quatro vez.e.s a dose. diária recomendada, podem ser ne:ces...
URTICÁRIA ADQUIRIDA AO FRIO PRIMÁRIA. Urticária sárias. Terapia antibiótica pode ser ・ヲゥセ@ mesmo que nenhuma
adquirida ao frio primá.ria r·esscnciaJ•) ocorre em crianças e adul- infecção subjacente posSól w detectada. l'enicilina (p. ex., fcnoxi·
tos jovens. Pápulas locais e pruridos ocorrem dentro de alguns metilpenicilina um milh3o de unidades/dia por 2 a 4 semanas ou
minutos ao t.1plicar um estímuJo frio sólido ou fluido sobre a doxiciclina 200 mg/dia por 3 semanas) é recomendada.
198
U rLicária e Angioedema Capítulo 161
Prurido aquagênico
Desconforto intenso na peJe, formigamento, com ou sem lesões
de pele, ocorre de 1 a 15 minutos após contato com água a qual-
quer temperatura e tem a duração de 10 a 120 minutos (média:
40 minutos). A histamina parece ter um papel-chave na patogê-
nese do prurido aquagênico. Creme de capsaicina (Zostrix, Zos-
trix-H p3ti) aplicado três vezes ao dia por 4 semanas resultou no
alívio completo dos sintomas nas áreas tratadas. Fototerapia com
raios ultravioleta B e anti-histamínicos proporcionam algum
alívio. O prurido pode ser composto por duas entidades seme-
1h antes, porém distintas, com cada uma respondendo a um
199
Dennatologla CHnica
ANGIOEDEMA
Fonnas adquiridas de angioedema
ANGIOEDEMA IDIOPÁTICO. A maioria dos casos d e angioe·
Angioedema (edema angioneurótico) é um edema urticária-sí- dema é idiopática. Angioedema pode o correr em qualquer
mile cau.•ado pelo aumento da permeabilidade vasrular no tecido idade, mas é m ais comum na faix., emria de 40 a 50 anos. As
submtãneo e: mucosa e: camadas submucosas do trato respiratõ. mulheres são mais frequentemente afetadas. O padrão d e re.cor-
rio e gastrointestinal. Uma reaç.3o semelhante ocorre na de:rme rênàa é imprevisível, e epiiD<iios podem ocorrer em cinco ou
com urticiria'l. Unicária e angioedema comumente ocorrem si· mais anos. Participação do TCI e respiratório ocorrem, mas asfi.
multaneame.nte: e podem ter a mesma etiologia. Todos os tipos xia não é um perigo. Um anti-hi5L1mínico diário é a terapia ini-
são listados no Quadro 6-9 e Thbela 6-3. A praem;a de urticária é cial profilática.
uma caraaerí.•tica dos vários tipos de angioedema. Auséncia de Glicocorticoides são eficazes, mas os riscos da terapia crônica
urticária é uma característica de outro grupo (Quadro 6-lO). geralmente superam os beneffcios. Terapia de supras3o em longo
prazo pode ser necessária. Terapia em dias alternados セ@ indic:õtda
CARACTERISTICAS CLINICAS. A reação mais profunda se a supressão em longo prazo é nea!ll5ária (p. ex., predni50na 20
prodm um edema mal$ difwo do que セ@ visto nas urticárias. Pru- mg todos os dias), usando a menor dose de predni50na necessá-
rido geralmente é ausente. Sintomas consistem em queimação e ria para fo rnecer um controle adequado.
edema doloroso. Líbios, palmas das mãos, plantas dos pés, per-
nas, tronco e genitália são m;ais comumente afetados. Envolvi· ANGIOEDEMA ALtRGICO OU MEDIADO POR IMU -
mento do trato gastrointestinal (TCI) e respiratório produz disfu. NOGLOBUUNA E. Reações alérgirns graves de hipersensibili-
gia, dispneial 」ャゥ。セ@ dore.oc abdomina_is1 ataques de vômito e dade imediata do tipo I mediad1 por lgE podem causar angioe-
diarreia. Sintomas do TGI s!\o mais comuns nos tipos de angio- dema agudo e urticária (Figs. 6-19 a 6-24 e'Thbela 6-3). Anticorpos
edema hereditários. Angioedema pode ocorrer como resuhado de lgE na superficie dos mastócito.• se unem com o antígeno ( nlimen·
traumatismo. Urt.i clria é raramente vista no angioedema heredi- tos, medicamentos, veneno de inseto, pólen) e precipitam uma
t.irio ou adquirido. imediata e grande liberitção de histamina e outros mediadores dos
Em um estudo de 17 padentes admitidos d urante u m período mastócitos. Angioedema oc.orre sozinho ou com os outros sintQ.o
de 5 anos1 94°,1, tinham nngioedema na cabeç.a e no pe.•K oço (3 mas de anafilaxia sistêmica (p. ex., ;mgúst,in re.,--pirntória, hipoten ..
nec.es.."itaram de traqueostomia urgente ou intubaçâo), 35% ti- são). Algumas formas de urticária ao frio são mediadas por lgE e
nham iníc.io recente do uso do inibidor da enzima de conversão ocorrem iniáalmente c.omo angioedema. Catilhos comuns estão
da angiotensina (II!C'..A) como terapia da h ipertensão arterial e listados na Thbela 6-4. Evitar o.• a lérgenos é nea!ll5ário. Níveis
6°A> demonstraram ::tngioedema hereditário clássico. A maioria acima do normal de triptase e histamina no plasma e urina ocor-
(59%) não tinha etiologias clara• paro seus sintomas. rem após contato com 、・エイュゥョ。ッNセ@ alérgenos em pacientes com
biperseosibilidade imediat1. Solicitar dos.1gem de triptase no soro
e histamina na u.rina de 24 horas (Qu.,dro 6-12).
Os anti-histamínicos e gticocon:icoides mdhoram os sintomas
durante um episódio agudo. Edema d., laringe responde bem セ@
epinefrina, que pode ser dada por via intmmuscular ou atrav-és do
tubo endotraqueal. Anti-histamínicos diário• poderão diminuir
a severidade dos sintomas_. mas muitas vezes n!io conseguem
impedir os ataques.
200
UrLicária e Angioedema Capítulo 16 1
ACHADOS LABORATORIAIS
201
D ermato logia CHnica
202
UrLicária e Angioedema Capítulo 16 1
ANGIOEDEMA
Figura 6-23 Angioedema com g rande infiltração da pele Figura 6-24 Angioedema do pescoço e costas com lesões
produz urticas bastante espessas. policíclicas espessas.
203
Dennatologla CHnica
O uso con tinuado de inibidores da ECA a despeito de angioe- Angioedema hereditário (AEH)
dema resuiL1 em uma taxa altamente elevada de recorrência de
angioedema, com grave morbidade. O angioedema hereditário result..1 d e uma ausência funcional do
inibidor de Cl esterase. O angioedema hereditário (ddiciênàa
herdada do inibidor de Cl esterase) é transmitido como um
ANGIOEDEMA ADQUIRIDO (SINDROMES DE traço autossômico dominante e é devido a mutações no gene
defioセnc i a@ DE INIBIDOR DE C1) inibidor de Cl (CI INH). Existem dois tipos: tipo I (85% dos
Angioedema adquirido (AEA} resulta de uma deficiência de inibi- casos), e tipo O (15% dos casos). A apresentaç.'lo clínica para
dor de Cl (CI rNH) adquirida. O AEA é uma doença rara que ambos os tipos é a mesma. Tipo I é o mais comum e セ@ caraam.
ocorre em dua.• fonnas: AEA tipo r e AEA tipo 11. Os dois tipos são zado por uma produç.'lo insu6ciente de inibidor de C I. Isso afeta
ーイッカZセ・ャュョエ@ autoimunes (Quadro 6-9}. O tipo I .,.tá associado a 85% de todos os pacientes com angioedema heredit.irio. Os
a doença.• linfopmliferativas, induindo gamopatia monodonal pacientes com tipo O têm conce.ntraçlo normal ou elevada de
de signi6cado desoonhecido e linfomas de alto grau, e ocorre inibidor de Cl, mas a proteína é funcionalmente deficiente. A
através do consumo de proteínas inibidoras de CI por células doença afeta entre I em 10.000 e I em 50.000 pessoas. Na maio-
malignas.. O tipo 11 é as.sociado aos autoanticorpos para a proteína ria dos casos a doença começa no 6nal da infância ou adol...:ên·
inibidom de C I. O AEA geralmente ap..,..nta·se após a quarta cia precoce. Ocorrência.\ espontânea.' são vistas em ZGャエセ@ 25% dos
década de vida. As caracteristic.1s laboratoriais destas duas doen- pacientes. Muitos têm parentes que morreram repentinamente de
ças raras são mostradas na Thbela 6-3. Níveis de C4, Cl q e Cl asfixia. No passado, as taxas de mortalidade de ataques que en·
INH são baixos. Devem.se buscar doenças linfoproliferativas e volviam as vias respiratórias セオー・イゥッウ@ ultrapassavam 25%. Pa·
outras neoplasias. Eletroforese de proteínas, imunoRuorescên· dentes vivem em constante medo do risco de vida de uma obs..
cia, imunofenotipagem de lin fócitos do sangue periférico e to· truç.'lo laríngea.
mogrnfias oomput:tdorizadas do tórax, nbdome e pelve. devem ser As P""•oas com angioedema h ereditário têm um gene do
solicitados. Estudos iniciais podem ser negõltivos. Angioedema inibidor da Cl estera..'ie normal e um anormal. Em cirrunst..'incins
pode preceder outras doe nças por Mé 7 anos. nonnais, esse defeito é clinir..1mente sile ncioso. Trnumns meno-
At.1que..'i ngudos s!lo trnt.ados com e pinefrina e glicocorticoi- res, estresse mental e outros futore.'i desconhecidos ャ ・カ。ュセ@ libera ..
des. Altns 、ッウ ・セ@ de anti-histamCnicos podem ser eficazes. Con- ção de peptídeos vasoativos que produzem edema e pisódico.
centrado de Cl INH e plasma fre.,co congelado são o trata· Histamina n ão tem qualquer papel ne.<te tipo d e ed ema.
mento de escolha para e pisód ios agudos de AF.A. Este.'i .são
menos e.ficazes no AEA d o que e m angioedem a hereditário MANIFESTAÇÕES CLi NICAS. Angioedema heredit.irio do
( AEH) por causa da presença de anticorpos contra a proteína. abdome ou orofaringe pode re.rult.1r em mone. Ataques podem
O trat.1mento da doença linfoproliferativa subjacente é muitas ser complicados por edema cutâneo incapacitante, obstruç.'lo fa-
vezes curativo em AEA tipo r. AEA tipo 11 vem sendo tratado tal das vias respiratórias superiores e cólica gasuointestinal grnve.
com imu.nossupressores. Androgênios c.omo danazol são úteis Os pacientes geralmente experimentam ataques na segunda dé-
para ataques frequentes. cada de vida. São comuns atrasos no diagnóstico. A diagnose
deve ser suspeitada em qualquer paciente que se apresente
SiNDROME DE ANGIOEDEMA-EOSINOFILIA EPISÓ- com angioedema recorrente ou dor abdominal na ausência de
DICA. Esta síndrome benigna rara, n3o fatal (também conbe- オイエゥ」£。セ@ Os sintomas começam na inf'ãncia, agravam·se na pu ..
àda como síndrome de angioedema àtocina associada ou sín·- berdade e persistem ao longo da vida (Quadro 6· 11 ). hセ@ episó-
dmme do Cleich ), consiste em ataques periódicos de angioedema, dios recorrentes de edema suban..-ineo ou submucoso. liaumas
unicária, prurido, ュゥ。ャァェセ@ oligúria e febre. Durante as crises, o leves e estresse frequentemente precipitam ataques.
P""' do corpo aumenta em att 18% e a contagem de leucócitos
chega tão alto quanto 108.000/1'1 (88% eosinófilos). Eosino61ia
pode persistir entre ataques. Ataques de angioedema duram cerca
de 6 a 10 dias, resolvem espontaneamente: ou exigem rursos rá-
pido.'i de corticosre.r oides para controlar os sintomas e norma-
lizar o hemograma. Há um aumento do nível de citocina fator
estimulante de colônia dos granul6dtos-macr6fugos1 interleu-
Quadro 6-1 1 Aspectos Diagnósticos que Devem Suscitar
àna-3 (ll-3), ll-5 e 11.-6, que implicam panicipação dos linfóci- Investigações para Deficiência de lnlbldor de C1
tos T CD4+ na fisiopatologia deste processo.
Angioedema
Recorrentes
> 24 horas por d ia
Nao pruriginoso
Nao responsiva aos anti·histamlnicos
Eritema difuso
Sem unicária
Dores abdominais inexplicáveis (recorrentes. cólicas)
História familiar
Níveis baixos de C4
204
Urlic.iria e Angioedema Capítulo 1&1
Angioedema ocorre nos três seguintes loc:ais: tecido subru- DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DO AEH. o diagnóstico
tâneo (f.lu. mãos, braços. pernas, genitália e nádegas); órgãos é sugerido pela história f.lmiliar e pessoal. Uma investigação labo-
abdominais (estômago, intestino5r baiga); e vias respiratórias ratorial confirma o diagnóstico (Quadro 6-12 eThbela 6-3). Todos
superiores, que podem resultar em gravissimos edemas de laringe. os pacientes com angioedema hereditário têm um nível persisten·
N extn:midades são os locais rutâneos mais comumente relata- temente baixo de C4 com nívei• normais de Cl e C3. セ ᄋ ウ・@
dos. O edema en\'Oive as extremidades (96%), f.lce (85%}, orof.l- m edir os níveis de C4 como um teste de rastreamento. Em raros
ringe (64%) e mucosa int estinal (88%). casos, os níveis de C4 s5o nonnais entre os ataques. Se os n íveis de
C4 são baixos, em ウ・ァオゥ、。セ@ deve-se medir os níveis antigênicos e
TECIDOS SUBCUTÂNEOS. Os ederno.• não são eriternatosos, funcion a is do inibid.or d3 C1 esterase. Tsto confirma o diagnóstico
prurigínosos ou dolorosos. Nã o há n enhuma urticn.. Uma sensa- de angioede ma hereditário e fuz u ma d istinção entre AEH tipo 1
çao de formigamen to precede um ataque. O edema progride nas (baixos n íveis antigênicos e funcionais de inibidor da C l este·
primeiras 24 horas e desaparece nos próximos 2 ou 3 dia.s. aセ@ rase) e AEH tipo 11 (nfveis anrigênicos no rmais de inibidor da Cl
crises ocorrem a cada 7 a 14 dias, mas podem ser tão frequentes, esterase, mas com a parte funcional deficiente). Um terceiro tipo
como a cada 3 、ゥ。セ@ o u tão raros1 como 。ョセ@ de. difereru;..a. F..demaoç raro de angioedema hereditário (AEH tipo ID) tem sido descrito;
subcutâneos são resolvidos em 1 a 5 dias. no AE.H tipo HL pacientes tê.m níveis antigênicos e funcionais
normais de inibidor de Cl .
ÓRGÃOS ABDOMINAIS. Edema da mucosa ganrointestinal
resulta em náuseas, vômitos, diarreia e dor importantt. que pode TRATAMENTO DE AEH. O tratamento da ddiciênàa de inibi-
simular uma セ、イオ。 ̄ッ@ de emergência dn.íJgica. Diminuição da pe- dor de CJ é resumido na Tabela 6-5. Os anti-histamínicos, corti ..
risrnlse intestinal, defesa abdominal e aumento da sensibilidade costeroides e medicamentos adrenérgicos são de pou co valoL O
podem ser mal interpretados e conduzir a uma cirurg;a abdominal tratam ento é dassificado de acordo com a resposta e o local do
desnecessária. Sintomas abdomin ais s.âo resolvidos dentro de 12 ed ema. Tratamento agudo de at.•ques graves é p or infusão de con-
a 24 horas. cen trado de inibidor de Cl. r:1ra at..1qu es atenu ad os, utilizam-se
androgê nios efou ác.ido t-ranexâm ico. Tratamento profi.lático é
VIAS AÉREAS SUPERIORES. O bstrução do aparelho respi- fe ito co m androgênios atenuados ejou á cido tranexâmico. H6
ratório superior é respon sável pela taxa de 30% de mortalida de. u ma série de novos produtos em エ・ウ エ ・Nセ N@
ャ、ゥッーセエ」@
AE alérgico N
N
N
N
N
N
N
N
Elevado*
N
Elevado*
N
-
Adaptado de Am J Med 121(4):282-286. 2008 (rev1ew). PMID: 18374684
CT INH. inibídor de C 1 esterase; AEH. angioedema hereditArio; AEA. angioedema adquirido; AE. angioedema; N, normal.
•Durante episódios agudos.
205
Dermatologia Cllnica
Androgênios Danazol 100-600 mgldia, por Danazol 300 mgl dia, por 48 h,
atenuados 48 h, antes e após o procedi- antes e após o procedimento
mento
Estanozolol 2-6 mg/dia, por 48 h,
antes e após o procedimento
Ácido 1 g, 4 vezes ao dia por 48 h, an- 500 mg, 4 vezes ao dia por 48 h,
tranexâmico tes e após o procedimento antes e após o procedimento
Cuidados emer- Concentrado de 500-1.500 unidades; doses adicio- <10anos: 500 unidades Testes de função he-
genciais para crises inibidor de C1 nais e reavaliação se os sintomas pática basais, sorolo-
persistirem por > 2 h >10 anos: 1.000 unidades gia para hepatites
agudas
Androgênios Danazol até 1 gl dia
atenuados
Estanozolol até 16 mg/ dia
Ácido 1 g, 4 vezes ao dia por 48 h
tranexâmico
206
Urticária e Angioedema Capítulo 1&1
ti te de c.ontato por proteína é usado quando uma renç.io imediata ção do parto. rセオャエ。、ッウ@ perinatais são comparáveis aos das gra-
OOOI'Te após uma pele eczematosa ser exposta a det.e nninaclos tipos videzes sem PIJPPP. PMID: 16753771 Foi postulado que a d istensão
de alimentos (peixe, alho, cebola, pepino, s.1lsinha, cebolinha, to- abdominal ou uma イ・。セッ@ o isto pode desempenh ar um papel no
mate), pelos de animais (p. ex., \'3ca) ou substâncias de plantas. desenvolvimento das PUPPP.
Cozinheiros que se queixam de queimação ou ardor no manejo A biopsia rutãnea Te\-ela infiltrado perivascular linfo-histiod-
de certos alimentos podem ter síndmme de urticária de contato. tico não especifico. Eosin661os também foram registrados na
maioria das biopsias. Não há nenhuma anormalidade laborato-
DIAGNÓSTICO. Como não há nenhuma bateria de teste pa· rial, e a imunofluo rescência direta da lesão e da pde perilesional
drào para avaliação rotineira da unicária de contato, a história é negativa
ruidadosa sobre a ocorrência de reaçõec imediatas, se IOCIIizada O tratamento é de suporte. A gestante pode ser tranquilizada
ou generolizada, é essencial. Um patch test aberto pode ser reali- porq ue o prurido rapidnmmte. terminará antes ou após o pano.
zn.do, aplicando uma gota da subst.inda su..,peitn na superfíde Prurido pode se.r aliviado com esteroides tópicos do grupo V;
ventral do a ntebmço e observando o local paro a formação de compressas frescas e úm idas; banhos de aveia; e anti-histamíni-
pápulas 30 a 60 minutos mais tarde. Testes fechados podem ser cos. Medicações :mtipmrigino.o;as tópicas ( mentol, doxe-pin) são
associados a reações mais in tensas ou generalizadas. ú teis. Prednisona (40 mg/dia) pode ser nec.,;s:íria se o prurido
207
Dermatologia CHnica
PUPPP
O abdome é frequentemente o
local inicial do envolvimento. Lesões
iniciais podem ser limitadas às
estrias.
Erupção expandida.
Figura 6-25
208
UrLicária e Angioedema Capítulo 16 1
2 09
Dermatologia CHnica
dade aumentada foi relatada por 8,6%. Características extraanã- TRATAMENTO. Pro:lnisona em doses superiores a 40 mgfdia é
neas estavam presentes em 81%, hipocomplementemia em 11% e eficaz. Outras medicações que podem ser eficazes são indometa-
anomalias de ouuos parâmetros laboratoriais (p. a., セッ、。・@ cina (25 mg uêa セ。・ウ@ ao tÜa a 50 mg quauo vezes ao dia), colchi-
de hemossedimentação dos eritrócitos 。オュ・ョエ、セ@ hematúria cina (0,6 mg duas ou uêa vezes por dia), dapsona (máximo de
miaoscópica) em 76,6%. As lesões causam sintomas de queima- 200 mgfdia), baixa dose oral de metotrexato e medicamentos
ção e dor local, em vez de prurido. Os pacientes com urticária- antimaláricos. Cinarizina i: eficaz em uma alta porcentagem dos
vasrulite foram divididos em dois subgrupos: os com hipocom- pacientes. PMID: 186/ll 1169
plementonemia e os com níveis normais de complemento
(normocomplementêmicos).
DOENÇA DO SORO
UV normcp l e m
e n tセmicaN@ Urticária-vasculite
normocomplementêmica é geralmente idiop:itica. Esta fonna Doença do soro é uma doenyt produzida pela exposição medica·
mais comum também tem sido descrita em pacientes com gamo- mentosa, terapia com anticorpo monoclonal (rituximab), produ..
paria monodonal, neoplasia, exposição repetida ao frio e sensibi- tos sanguíneos, ou vacinas de origem animal. Após a exposição a
üdade à luz ultravioleta. esses antígenos, ocorre urna forte resposta anticorpo-hospedeiro.
Estes anticorpos circulantes reagmt com o recém-lançado antí-
UV hipocmlentセaN@ Pacientes com hipocom- geno para formar complexos antígeno-anticorpo que se precipi-
plementenemia do mais propensos a ter envolvimento sistêmir.o tam. Esta é urna reação do tipo m (imunocomplexo) ou reação de
do que p3cientes com níveis normais do oomplemento. Esta uni- Anhus. Estes imunocomplcxos cirrulantes estão presos nas pare·
cária·vasa.dite pode se apresentar com ou preceder uma síndrome des dos vasos de tÜversos órgãos. onde eles aóvam complemento.
que indui doença pulmonar obsuutiva e uvefte, lúpus eritema- A subida do nível dos imunocomplexos é acompanhada por uma
toso sistêmico, síndrome de Sjõgren ou crioglobulinemia (que diminuição nos níveis séricos de C3 e C4 e aumento C3a/C3a
eslli intimamente ligada à infecção pelo vfru.• da hepatite B ou de.•arginina, um produto da divisão de C3 ruja presença indica
pelo vfrus da hepatite C). que o sistema complem ento foi ativ::.do por imunocomp lexos.
Mediadores inflamatórios são libernclo.'i. C3a/C3a desarginina,
TESTES DE LABORATÓRIO. Solicitar hemograma, VHS, uma potente anatilatoxinG.t induz degranulação de mastócitos
ureia, crentinina1 FAN, complemento, 。ョエゥ セ dnaL@ 。ョエゥセsュL@ antk..or- para produzi r urticas.
pos anti-Ciq, crioglobulinas, teste de Schirmer e testes de função
pulmonar. MANIFESTAÇÕES CLINICAS. Os sintomas aparecem 8 a 13
Como a va$CUHte rut:ânea típica, a maioria dos pacientes tem dias após a exposição à droga ou antissom e duram por 4 tÜas ou
uma セッ、。・@ de hemossedimentação elevada. Autoant.icorpo mais. Eles incluem febre, mal-estar, erupções cutâneas, artralgias,
anti-Ciq desenvolve.se em distúrbios caracterizados por lesões náuseas, vômito, sangue oculto nas fezes e linfadenopatia. A do-
mediadas por imunocomplexo e está presente na maioria dos ença é sanada sem sequeJa na maioria dos casos. A erupção de
pacientes com síndrome de urticária-vasculite hipocomplementê- pele começa com o aparecimento de outros sintomas. Uma e:rup·
mica. Pacientes com um envolvimento mais grave possuem hipo- ção morbilifonne ou urticária é limitada ao uonco ou pode tor-
complementenernia (síndrome da lN hipocomplementêmica) nar-se generalizada. As mãos e os pés podem estar envolvidos.
com nfveis de CH50, C tq, C4 ou C2 baixos.
DIAGNÓSTICO. Os leucócitos podem ser tão elevados quanto
BIOPSIA. A biopsin mostra um quadro histológico que é indis- 25.000/mm'. Níveis séricos de cNセ@ e C4 estão abaixo do normal.
tinguível 、。アオ・ャセ@ vistos em vaSOllites nec.rosantes cutâneas (púr- Proteinúria ocorre em 400,4, dos pacientes. Tmunofluoresc.ênda
pura palpável). A fragmentação dos leucócitos e a deposição fibri- direta de lesões de pele com menos de 24 horas mostra depósitos
noide ocorrem nas paredes das vênulas pós..capilara, um padrão de Jg (lgM, lgE, lgA) ou C3 nos pequenos vasos sanguíneos super-
denominado vasculite leucodtodástica. Há um infiltrado intersti- ficiais da pele. Atualmente, as drog,1.s s.:io a 」。オNセ@ mais comum de
cial neuuofilico na derme. doença do soro. p・ョゥ£ャ。 セ@ sulfa, tiourndt corantes de colecistu.
grafia, hidantoín._.., ácido aminossalia1ico e esueptomicina estão
munoflrescセaN@i Pacientes com hipocomplemen- implicados com mais frequênóa.
tenemia podem ter um padrão imunoftuorescente de imunoglo-
bulinas ou C3 conforme determinado pela rotina de imunofluo- TRATAMENTO. o.--e·se evitar o agente agressor. Anti-histamí-
rescênàa diret.1. lmunoftuorescência direta em pacienteS com nicos como hidroxixina controlam as unicirias. Prednisona 40
hipocomplementenernia mostra a deposição de lg e C3; 87% têm mg/dia é usada, se. os sintomas s.:io intensos.
fluorescênciõ'l dos v:1.sos sanguíneos, e 70% têm Auorescência da
zona de membrana basal. Devem-se excluir outras 、ッ・ョセ@ ..'lS nas
quais a vasculite rutilnea pode se apresentar semelh::mteme.nte
como uma ・イオーセ@ ..io de u rtic.iria (p. ex., doença viml, lúpus erite-
matoso sistêm ico, セ■ョ、 イ ッュ・@ de Sjõgren e doença do soro).
21 0
U rLicária e Angioedema Capítulo 161
MASTOCITOSE CUTÂNEA
I diagnóstico
alternativo
1
Existem vários tipos de doença de mastócitos de pele. A maioria
dos casos de mastocitose pediátrica é esporádica e aparece du-
Não I Sim
I Não Sim I
Quadro 6-13 Oassiflcação da Mastodtose CutAnea
211
Dermatologia CHnica
MASTOCITOMA SOLITÁRIO. Uma grande coleção solit.-íria URTICÁRIA PIGMENTOSA. Urticária pigmentosa é a se-
de mastócitos é chamada de mastocitoma (Figs. 6.29 e 6.30). gunda mais frequente manifestação da mastocitose em crianças.
Mastocitoma é o tipo mais comu m de mastocitose cutfinea. Exis- Pode e.<rtar presente no nascimento_, aparecer na infância, em uma
tem u ma ou várias lesões. São nódulos eritematosos acastanhados idade média de 2,5 meses, e est.i ー イ・Nセョエ@ em SOOfc, dos indivíduos
ou placas que podem ter vários centímetros de diâmetro. Quando afetados dentro de 6 mese.-.. Os casos melhoram gradualmente, e
sofrem atrito, induzem a fonnaç.âo de u rticas ("'sinal de Darier ...), os sintomas são curados em cerca de SOo/o dos pacien tes na ado.
em decorrência da degrnnulaç.âo do.'i mastócitos e libernç.1o da lescênda. Urticária pigmentosa que começa após os 10 anos de
histamina. As lesões estão presente.-. ao nascimento ou se desen- idade geralmente persiste e pode ser associada à doença sistêmka.
volvem dentro de u m tempo médio de 1 semana; a maioria apa- Após a idade de 10 anos, o tempo médio do aparecimento de
rece nos p rimeiros 3 meses de vida. São raros nos adultos. Bolhas urticária pigmentosa é 26,5 anos. As lesões são placas bem demar-
podem ser vistas. Crianças raramente desenvolvem mastocitomas cadas, eritematosas acastanhadas, ligeiramente elevadas, medindo
adicionais após 2 meses do início da..-. lesões iniciais. A maioria de 0,5 a 1,5 em de diâmetro. Ocorrem em pequenos grupos sobre
ocorre nas extremidades, mas não na..-. palmas das mãos ou plan- o tronco e são frequentemente diagnosticadas como variações de
tas dos pés. As lesões podem involuir espontaneamente. Se u ma pigment.1ção (Figs. 6-31 a 6-35). Grandes números podem ocorrer
lesão não involuir_, poderá ser removida cirurgicamente. Evolução em qualquer superffcie corporal. A< palmas das mãos e planta.<
para envolvimento sistêmico não ocorrerá. dos pés são poupadas. Mem branas de mucosas podem estar en-
volvidas. As lesões podem aumentar em n úmero com os anos.
Bebês podem desenvolver bolhas e vesículas até 2 anos de idade.
Bolhas raramente são observadas após os 2 anos. Rias são curadas
sem cicatriz. Prurido, rubor e dermatografismo ocorrem. Sinal de
Darier (placa urticariforme e vasodilatação q ue é vista após atritar
as lesões) pode ser produzido (Figs. 6-31 e 6-34).
212
UrLicária e Angioedema Capítulo 16 1
URTICÁRIA PIGMENTOSA
Figura 6-32 Numerosas placas espessas começaram a apa- Figura 6-33 Inúmeras lesões apareceram aos 2 meses e têm
recer com um mês de idade. A criança coçava constante- mostrado pouca tendência a resolver. As lesões são bem tole-
mente. radas, e a criança dorme sem coçar.
Figura 6-34 Mastocitose cutânea (urticária pigmentosa): Sinal Figura 6-35 Numerosas pequenas pápulas, ligeiramente
de Darier. Atritar uma lesão com a ponta de algodão de um apli- elevadas, eritematosa acastanhadas, apareceram neste adult o.
cador produz uma urtica que permanece confinada à lesão ou
aumenta.
213
Dermatologia CHnica
TELANGIECTASIA MACULOSA ERUPTIVA PERSTANS a pele por mastóótos. Apresenta-se antes dos 3 anos de idade.
(TMEP) TMEP é a fonna rutânea mais rara. セ@ limitada aos Esses pacientes têm a 1'-requência mais alta de mastocitose siouê-
adultos e consiste em tdangiectasias e in6h:rados esparsos de mica. Dennografismo com bolha• hemorrágicas é comum. Mas-
mastócitos que se assemelham a sardas. Prurido, púrpura e bo- todtose: mtânea difusa em geral resolve-se: espontaneamente m-
lhas não ocorrem. As lesões são máculas eritemat0$3$ acastanha. tre as idades de 15 meses e S anos. In61traçâodifusa egeneraliz.,da
das, tebngie.ctásic:as com bordas irregulares. A biopsia nos CilSos da pele é chamada de mastocitose pseudoxantomatosa, ou xante-
de TMEP revela um aumento do número de mastódtos perivas-- lasmoidea, e começa na inf5ncia e persiste por t oda a vida.
rulares (Fig. 6-36).
MASTOCITOSE sitセmca@
TIPOS CUTÂNEOS DIFUSOS. Existem duas formas raras de
doença cutânea generaJizada. Mastocitose rutfmea eritrodénnica Mastodtose sistêmica pode ocorrer em qualquer idade, mas é geral-
difu...a t1ssemel h a-se a uma pele normal ou a uma peJe espessada, mente vista em 。ィュセ@ e セ、オャエッウ@ mais velhos. A frequênda de le-
edemadada, verme.lho..acastanhada, com te:xtum de casca de la.. sões de pele varia entre 50% e 100%. Doenças sistêmicas dos m.s-
ranja. Esses paóentes pediátricos tém um infiltrado difuso de toda tócitos cx:orre:m em aproximadamente 50% dos pacientes adultos
com urticária pigmentosa. Ocorre rubor, síncope e hipotensão. O
osso é o órgão mais envolvido a.pós a pele. Dor nos ossos é um
sintoma presente. Os pacientes tém lesões ósseas difusas ou focais
que podem ser vista< na radiografia. Envolvimento do trato gas.
trointestinal apreserua*se oom náu.scas, vômitos, dor abdominal,
diarreia e perda de peso. In61troçllo do ffgado, baço e linfonodos
causa hepatoesplenomegalia e linfudenopatia. Leucemia de ma.<tó-
citos ocorre em menos de 2% dos pacientes. É a fonna mais
MASTOCITOSE SISltMICA
Siml
Presença de um Leucemia
distúrbio hematológico de célula
clonal de célula n&o mastócita
mast6cit.) (tais como
OMPouSMO)
ウセ@
Evidência de cisfunç.ao
de órgão em fase final セ@
(p. ex., 。ウ」イエセN@ ma
absorção, セilI@
214
UrLicária e Angioedema Capítulo 161
agressiva de mastocitose. Surge trn.nsformação maligna em ?%.1 dos Quadro 6-14 OMS.Critérios Maiores e Menores para o
pacientes com doença sistêmica juveni l e em cerca de 30<>/b Diagnóstico de Mastodtose Sistêmica (MS)•
dos pacientes com doença sistêrnica de adultos.
Maior
DIAGNÓSTICO. O diagnóstico é feito por meio de exame his- Infiltrados densos multifocais de mastócitos na medula óssea e/ou
tológico de medula óssea com estudo imuno-histoquímico. outros órgãos extracutâneos com pelo menos 15 mastócitos por
Tmu nofenotipagem de mastócitos, estudos de citogenética ュッャ ・ セ@ campo e confinnado por coloração especial
cular e níveis séricos de triptase auxiliam na confirmação do Menor
diagnóstico. 1. Mais de 25% dos mastócitos no aspirado de medula óssea ou
A mastocitose deve ser suspeitada e m pacientes com anafilaxia seções de biopsia de tecido fusiforme e imatura, ou exibição
recorrente que se apresentam com episódios sincopais ou pré- de morfologia atípica
sincopais, sem urticárias associadas ou angioedem a. 2. Detecção de um ponto de mutação do códon 816 c-Kit ou
outra mutação de kit descrita em MS no sangue, medula ós-
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA MASTOCITOSE sea ou tecido lesional
3. Mastócitos na medula óssea, sangue ou outros tecidos lesio-
sitセmcaN@ O diagnóstico de mastocitose sistêmica (MS) é
nais, expressando CD25 e/ou CD2
feito quando pelo menos u m critério maior e um critério menor, 4. Nível basal total de triptase soro superior a 20 ng/ml (exceto
ou pelo menos três critérios menores, são preenchidos (Quadro quando existe um transtorno mieloide clonal associado, no
6-14). Um algoritmo de classi6caç1ío da mastocitose sistêmica qual este parâmetro não é válido)
para fundamentar esse diagnóstico em pacientes com um critério 1
maior e um critério menor ou três critérios menores é mostrado •o d1agnóst1CO de MS pode ser fe1t0 se um critério ma1or e um
na Figura 6·37. São listadas as variantes rutâneas e sistêmicas na menor estiverem presentes, ou com pelo menos três critérios
menores.
Thbela 6-6.
Tabela 6-6 Classificação de Mastocitose (Adaptado dos Critérios da OrganizaÇão Mundial de Saúde)
215
Dermatologia Cllnica
216
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados
ma..-. mais graves de acne ocorrem mais frequentemente em
CONTEÚDO DO CAPITuLO hom ens, mas a doença tende a ser mais persistente nas mulheres,
• Acne q ue podem ter exacerbações periódirns antes dos periodos mens--
tn mis, q ue continuam até a menopausa.
Classificação Uma visão geral do diagnóstico e tratamento é apresentada
Etiologia e patogenia nasFigums7-l a 7-3e na'làbela7-l.
Abordagem à terapia para acne
Tratamento da acne EFEITOS PSICOLÓGICOS DA ACNE. A acne, muitas vezes,
Agentes terapêuticos para o tratamento da acne não é valorizada por não causar ansiedade no paciente e não ser
Outros tipos de acne merecedora de tratamento. Acreditando ser uma fase do proce.-.so
• Cirurgia para acne de crescimento e que as lesões irão desaparecer em breve, os pais
de crianças com acne adiam a procura de aconselham ento mé·
• Dermatite perioral dico. Cicatrizes permanentes na pele e problemas emocionais
• Rosácea (acne rosácea) no paciente podem ser consequências dessa omissão. A doença
tem implicaçôe.<i q ue vão muito além das po ucas marcas q ue
Manifestações cutâneas
podem surgir no rosto. As lesôe.-. não podem ser escondidas sob
Rosácea ocu lar a roupa; cada uma é bem visíveJ e deprecia de maneira signific.'l·
• Hidradenite supurativa tiva a aparência pessoal e d iminui a autoestima. Insultos e zom.
Apresentação clfnica baria do.<i colegas são desmo ralizantes. Aparecer em público cria
Patogenia constrangimento e fru.\'1:ração. Como nos adole.<icentes a acne é
Tratamento percebida como tendo consequências pessoais e sociais importan·
tes e negativas, a melhora da mesma está relacionada ao trata ·
• Miliária mento médico. A aparência estétic.'l fad aJ se to m a endío mais
Miliária crista lina aceitável para os colegas, o constrangimento diminui e os pacien·
Miliária rubra tes se sentem sodalmente menos inibidos.
Miliária profunda
RELAÇÃO MtOICO-PACIENTE. Muitos daqueles q ue so-
frem de acne podem ficar decepcionados com os resultados do
tratamento. Eles podem ser sensíveis à falta de uma boa resposta
ao tratamento pre.'iaito pelo seu médico. A adolescência geral-
mente é uma fase de desafio às regrns impost.1 s peJos pais, e isso
é transferido para o relacionam ento com o médico. A falta de
adesão ao tratamento pode ser dimin uída explicando-.se ruidado-
Acne.. uma doença da unidade pilossebácea, surge em homens e samente os objetivos e as técnicas de trat.1 mento e deixando a
mulhere.-. q ue vivem em sociedade.-. ocidentais e est.1o perto da escolha da aplic.'lção a cargo do adolescente. Os pais que se ofere-
puberdade. Na maioria dos casos, a acne se toma m enos ativa cem para garantir que o adolescente siga o plano de tratam ento
quando tennina a adolescência. A intensidade e a d uração da po dem incentivar a não ade.-.ão ao colocar o tratamento no con-
atividade variam para cada indivíduo. texto das lutas reais entre pais e filhos. Uma maior consideração
A doença pode ser menos intensa, com apenas alguns come- da situação psicoló gica d os adol=en tes melhora os desfechos
dões ou pápulas, ou pode ocorrer como a acne ronglobata alta- terapêuticos, aumenta a adesão e leva a uma m aio r confiança no
mente inflamatória e com formação difusa de cicatrizes. A<i fo r- médico.
217
Dermatologia CHnica
CLASSIFICAÇÃO DA ACNE
I Avaliação do
paciente com acne
I
I
! t
História Exame físico
Duração Tipo de lesão e número
Localização Não inflamatória
Variação sazonal Comedõesabertos ("cravos")
Agravamento por estresse Comedões fechados ("cistos de mi/ium")
Tratamento(s) atual(is)
Tópico ou sistêmico Inflamatório
De acne Pápulas
De outras doenças Pústulas
Tratamento(s) anteriO<(es) Nódulos e/ou cistos
Tópico ou sistmliro Loulização
De acne face/pescoço
De outras doen(as Costas
História familiar Tórax
OUtros distúrbios cutJneos Parte superior dos braços
irritação ao tratamento tópico Graduação
para acne Branda, moderada, grave
Hidradenite su putativa
Outros Para cada tipo de lesão predominante
Alergias medicamentosas Localização
Saúde geral Complicações
Endócrina Tipo de cicatrização e gravidade
Outros Atrófica
Impacto da doença Hipertrófica
Desfiguração Queloides
Incapacidade ocupaóonal Outros achados associados
Impacto psicossodal
Lesões maculares pós..inflamatórias
Falha de terapias anteriores Hiperpigmentação e hipopigmentaçao
Mulheres
pós..inflamatória
Exace<bação pré-menstrual
História menstrual e estado de gravidez Hilsutismo para mulheres
Aumento dos pelos depoudeutes de A1opecia para mulheres
androgênio As>imetria da disbibU(ão da acne
Afinamento dos cabelos do couro Escoriações
cabeludo OUtras doen(as
Contraceptivos otais e oferto sobre
a acne
Testes hormonais
Cosméticos e hidratantes
I I
l
Identifique tiJ>OS de lesões e gravidade;
formule plano de tratamento
Pacientes que parecem semelhantes diferem na
resposta ao tratamento.
218
Acne, Rosácea e Distúrb ios Relacionados Capítulo
TIPO DE LESÕES
219
Dermatologia Cllnica
TRATAMENTO DA ACNE
Inicie com Retinoide Inicie com Retinoide Inicie com Formação mtnima de cicatriz
ou antibacterianos antibacterianos tópicos Tente tratamento
(terapia de "secagem") convencional t ópico
j
tóp icos ou com ambos
ou oral antes do AccutaneN
1 1 Formação de cicatriz
Retinoide Retinoide Sulfacetamida + enxofre
Longa história de
com ou sem ou outro
tratamento para acne
Antibiótico tópico Antibiótico tópico
Outros tratamentos falharam
ou com
Deprimido com
Peróxido de benzolla Peróxido de benzotla
Adapta-se em 4-8 semanas a aparência
com ou
Considerar adição de sem Antibióticos orais
antibacterianos tóp icos
I
j
Use como terapia de
combinação inicialmente Efeito máximo em 8 semanas,
ou adicione mais tarde então adicione retinoide
caso a acne não seja controlada
Peróxido de benzofla
1 1 I
ou Falha do
Antibiótico tópico Antibiótico oral
+ (tentativa de 3 meses) Retinoide
tratamento .I AccutaneN
1 (osotretinofna)
Considerar aumento da
potência do retinoide
ou mudar a base
Mulheres
/
M u lheres
Recidiva após segundo
Falha do tratamento
tratamento com Accutanen&
Não é candidata a Accutanen&
Avaliação endocrinológica
Contraceptivo oral
Espirolactona
/
Figura 7-3
220
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
221
Dermatologia Cllnica
Antibióticos orais
Tetraciclina Antibacteriano contra 250 mg VO, 4 vezes ao Terapia oral de primeira linha para acne inflamatória mode-
P. acnes, supressão indi- dia. 500 mg VO 2 vezes rada a grave. Pode causar fototoxicidade, infecÇllo por leve-
reta da inflamação ao dia dura vaginal, dispepsia, toxicidade hepática (rara), coloração
dos dentes em fetos e crianças, eficácia reduzida dos contra-
ceptivos orais. Requer estômago vazio; não pode ser tomado
com laticínios. Risco para gravidez: categoria D. Não é indi-
cado para tratamento de acne em crianças com menos de 12
anos de idade.
Ooxiciclina Antibacteriano contra 20, 40, 50, 75 ou 100 Alternativa mais barata ã tetraciclina. Pode causar fototoxici-
P. acnes, supressão indi- mg VO, 2 vezes ao dia; dade relacionada ã dose (requer proteÇllo solar). infecÇllo vagi-
reta da inflamação 75-100 mg vo diaria- nal por levedura, dispepsia. Pode ser ingerido com alimentos.
mente Risco para gravidez: categoria D. Não é usado para tratamento
da acne em crianças com menos de 12 anos de idade.
Minociclina Antibacteriano contra 50, 75 ou 100 mg VO, Alternativa de segunda linha para tetraciclina. Pode causar
P. acnes, supressão indi- 2 vezes ao dia; ou tontura, vertigem, mudança da coloraÇllo dos dentes, colora-
reta da inflamação forma de liberaÇllo pro- Çllo azul-acinzentada da pele, hepatotoxicidade (rara) e sín-
longada 45, 90 ou 135 drome semelhante ao lúpus. Pode ser ingerido com alimentos.
mg ao dia Forma de liberaÇllo prolongada é mais cara. Risco para gravi-
dez: categoria D. Não é indicado para tratamento da acne em
crianças com menos de 12 anos de idade.
Eritromicina Antibacteriano contra 1-1 ,2 mg/dia VO, em Alternativa ã tetracidina para acne inflamatória moderada a
P. acnes, supressão indi- doses divididas Qrave. Frequentemente causa desconforto gástrico ou diarreia.
reta da inflamação Util em grupo com faixa etária pediátrica. Risco para gravidez:
categoria B.
Azitromicina Antibacteriano contra 500 mg VO, no dia 1; Terapia de segunda linha para acne inflamatória moderada a
P. acnes, supressão indi- 250 mg/dia VO nos dias grave devido ao custo mais alto. Pode causar desconforto 9ás-
reta da inflamação 2-5; vários outros pro- trico ou diarreia, icterícia colestática (rara) e angioedema. Util
gramas são relatados na na faixa etária pediátrica. Risco para gravidez: categoria B.
literatura
Ampicilina ou Antibacteriano contra 500 mg VO, 2 vezes ao Terapia de segunda linha para acne inflamatória moderada.
amoxicilina P. acnes, supressão indi- dia Risco para gravidez: categoria B.
reta da inflamação
Sulfametoxazol-tri- Antibacteriano contra I comprimido OS, Terapia de segunda linha para acne inflamatória moderada.
metoprima P. acnes, supressão indi- 2 vezes ao dia Pode causar desconforto gástrico, erupções cutâneas e sín-
reta da inflamação drome (rara) de Stevens-Johnson. Útil quando a isotretinoína é
contraindicada. Risco para gravidez: categoria C. Uso pediá-
trico aprovado depois dos 2 meses de idade.
222
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
Etiologia e patogenia ença que envolve a unidade pilossebácea e é mais frequente e inten....a
em áreas onde as glândulas sebáceas são maiores e mais numerosas.
A Figura 7-4 ilustra o mecanismo de ação dos agentes terapêuticos e a A acne começa quando a produção de sebo aumenta em indi·
Figura 7-5 a evolução da.• diferentes lesões de ame. A ame é uma do- viduos predispostos. A Propionibacrerium acnes se prolifera no
Obstrução do dueto
pilossebáceo por
hiperqueratose coesiva
Proliferação l'H 1
l 1 - - - - - - -- Normalizam o padrão
lh1 \1
Efeito antibacteriano ._
de P. acnes t 1 de queratinização
1. Peróxido de benzo11a foliwlar
2. Antibióticos tópicos 1. Tretinofna
3. Antibióticos orais 2. lsotretinofna (Accutane'""")
4. lsotretino1na
(funciona indiretamente}
Figura 7-4 Modo de ação
dos agentes terapêuticos Inibem função da
glândula sebácea
1. Estrogênios
(contraceptivos orais)
Aumento
2. Corticosteroides orais,
da produção
dose muito baixa (5 a 7,5 mg
de sebo
de prednisona ou 0,25 a 0,5 mg
de dexametasona)
3. lsotretinofna (Accutane'""')
4. Antiandrogênios
Espironolactona
Efeito 。ョエゥ セゥョヲエ。 ュ。エイゥッ@ Fofículo piloso
1. Corticosteroides intralesionais (unidade pilossebácea)
2. Corticosteroides orais
3. Agentes anti-inflamatórios não esteroides
4. Antibióticos (evitam quimiotaxia de neutrófilos)
223
Dermatologia Cllnica
PATOGENIA DA ACNE
Normal
Hiperqueratose
coesiva
1
Estágio de
Figura 7-6 Agrupamento de glândulas sebáceas (pequenas
manchas branco-amareladas) que normalmente estão presen-
microcomedão tes na borda do vermelhão do lábio superior.
Oriflcio do
1
Comedão fechado
tórax_, nas costas e na parte su perior externa dos braços. Aglome-
rados de glândulas aparecem como glóbulO-' broncos relativa-
poro dilata men te grandes, visíveis na mucosa o ral (manchas de Fordyce), na
borda do vennelhão do lábio superior (Fig. 7-6), na aréola mamá-
Parede folicular ria, em m ulheres (tubérrulos de Montgomery), nos pequenos lá-
afina e acumulam-se bios, no prepúcio e ao redor do ânus.
polissacarfdeos
P. acnes As glândulas sebáceas são grnnde.-. em lactentes recém-nasci-
Comedão aberto
causa irritação dos, mas diminuem logo após o nascimento. Elas permanecem
relativamente pequenas d uran te a lactação e na maior parte da
1
Pápula
infiincia, mas aumentam e tom am-..se mais ativas na p ré-puber-
dade. Os hormônios influenciam a secreção das glândulas sebá-
ceas. A testosterona é convertida em di-hidrotestosterona na pele
e atua diretamente sobre as glând ulas sebáceas, aument.1ndo o
seu tamanho e a taxa met.1bólka. Os estrogênio.-., através de um
Parede folicular
se rompe mecanismo ainda não de6nido por completo, diminuem a secre-
Ocorre ção das glândulas sebáceas. A.' células da.• glândulas sebáceas
inflamação produzem uma mistura complexa de material oleoso. aNセ@ células
1
Pústula
sebáceas amadu recem, morrem, fragmentam-se e depois vão para
o dueto sebáceo, onde se combinam com as células descamativas
ou cisto do folículo piloso inferio r, e fi nalmente chegam à superffcie da
pele como sebo.
224
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
O comedão fechado, de poro pequeno, é o prerursor de pápulas, ACNE E DIETA. Nas rulturas ocideotais, a acne atinge até 95%
pústulas e dstos da acne inflamatória. dos adolescentes e persiste até a meia-idade em 12o/o das mulhe-
res e 30/o dos homens. Duas populações não ocidentais, a popula-
COLONIZAÇÃO BACTERIANA E INFLAMAÇÃO. P. acnes, ção nativa da ilha de Kitava da Papua, Nova Cuiné, e os caçadores-
um difteroide anaeróbico, est.i presente na pele normal e é o coletores Ache do Paraguai, não têm acne. Eles comem frutas,
principal componente da flora microbiana do folírulo pilossebá- peixe, caça e tubérruJos, mas não comem nenhum cereal o u açú-
ceo. Ac.redit.1 -se que as bactérias desempenham um papel impor- car re6nado.
t.1nte na ame. A P. acnes gera componentes que criam inflamação, Ts..<io sugere que os carboidratos com alto índice glicêmico
t.1is como lipases, proteases, hiaJuronidase e fatores q uimiotáti- (pão, biscoitos, donuts, biscoitos de sal, doces, bolo, batatas fri-
cos. As lipases hidrolisam triglicérides do sebo forma ndo ácidos tas), aqueles que aument.'lm de maneira substancial os níveis de
graxos livres, que são comedogênicos e irritante.-. primários. Os glicemia, desencadeiam uma série de alterações honno nais que
fato res q uimiotáticos atraem neutró61os para a parede folirular. causam acne. Os níveis elevados de glicemia o sangue levam ao
Os neutró6los elaboram hidrolases que enfraquecem a parede. A aumento da produç.1o de insulina. Isso afeta outros honnô nios
parede a6na, toma-se inflamada (pápula vermelha) e rompe-se, que podem causar o excesso de óleo na peJe. Portanto, d iet.1s de
liberando parte do comedão na derme. Uma reação inflamatória baixo índice glicêmico, como aquelas à base de frutas e vegetais,
intensa de um corpo estranho, resultando na formação da pústula podem oferecer uma nova opção de tratamento para pessoas com
ou do cisto da ame. O utras subst.1ncias bacterianas possivelmente acne e alguns estudos sustentam isso. O leite t.1m bém tem sido
medeiam a inflamação por meio da estimulaç.1o de mecanismos indicado como possível agravante da acne.
imunes.
COSMÉTICOS E PRODUTOS DE LIMPEZA. o uso mode-
Abordagem na terapia da acne rado de hidrntantes não o leo..-.os e cosméticos à base de água é
geralmente bem tolerado, mas uma diminuição gradual do uso
CONSULTA INICIAL de cosméticos é incentivada à medida q ue a ame melhora. Produ-
tos de limpeza à base de creme devem ser evitados.
ANAMNESE. Muit<>-s pacientes têm vergonha de pedir ajuda.
Qualquer sentimento de apatia ou indiferença por parte do CONTRACEPTIVOS ORAIS. Se os pacientes do sexo femi-
m édico será sentido, resultando em uma perda de estima e de nino estiverem tomando contraceptivos orais, uma m udanç.'l nas
・ ョ エオZセゥ。ウュッ@ para o trat.1mento. Um histórico ruidadoso deve ser combinações de estrogênio e progesterona também pode ser ne-
levant.1 do. Perguntar sobre muitos detalhes tranquiliza o paciente cessária.
de que essa é uma doenç.'l para ser levada a sério e tratada com
cuidado. O trat.1mento anterior deve ser documentado - tipos de
AVALIAÇÃO INICIAL
produtos de limpeza e hidratantes, história familiar e ィ ゥセw イゥ 」ッ@
das exacerbações menstruais ádicas. O potencial de irrit.1ç.1o TIPO DE LESÕES. Uma visão geral do d iagnóstico e trata-
pode ser determinado por respostas à terapia de dimin uição da mento é apresentada no início deste capítulo (Figs. 7 -1 a 7-3 ). Os
lubri6c.ação da pele com o peróxido de benzoíla, que, nos Est.1· tipos de lesões presentes são determinados (ou seja, comedões,
dos Unidos, pode ser comprado na fannácia sem receita. Essa pápulas, pústulas, nódulos ou cistos). O grau de gravidade (leve,
experiência facilita a e.-.colha de qual potência de componentes moderada, grave) t.1mbém é determinado.
com peróxido de benzoíla, tretinoína ou outros agentes tópicos
prescrever. GRAU DE SENSIBILIDADE DA PELE. o grau de sensibili-
dade da pele pode ser determinado pergunt.1 ndo-se sobre as expe-
PATOGENIA E CURSO CLINICO. A acne é uma doença he- riências com medicamentos tópicos e sabonetes. O grau de pig-
redit.i ria. Não é possível prever quais membros de uma família ment.1ç.1o e a cor dos cabelos não são os únicos determinantes da
irão herdá-la. A gravidade da acne em pessoas que desenvolvem a sensibilidade da pele. Paciente.-. atópicos, de peJe seca e com uma
doença não está ョ ・」ウNセ。イゥュ ョエ ・@ relacionada à gravidade da acne história de eczem a geralmente não toleram a terapia com dimi-
em seus pais. A acne não termina aos 19 anos de idade, e pode n uição agressiva da lubrificação da pele.
persistir em uma pessoa até os 40 anos. Muitas m ulheres têm seu
primeiro episódio após os 25 anos de idade. V.irios m itos devem SELEÇÃO DA TERAPIA. A terapia adequada para o tipo de
ser disrutidos. A acne não é cau.-.ada por sujeira. O pigmento nos acne é selecionada. (Para oríeotação inicial, veja a Fig. 7-3.) Se
cravos não é a sujeira e pode não ser melanina como já se suspei- antibióticos forem selecionados para a terapia inicial, é melhor
tou. A lavagem ・ク」ウNセゥカ。@ é desnecessária e interfere na maioria dos começar com "'doses terapêuticas# (seção sobre Antibióticos
programas de trat.'lmento. A manipulação suave de ーNセエオャ。ウ@ é to- Orais, p. 237).
lerada; a pressão agressiva e a escoriação produzem cicatrizes
permanentes. O eritema e a pigmentação que acompanham o CURSO DO TRATAMENTO. Pode-se estabelecer um pro-
de.-.aparecimento das lesões de ame, em alguns pacientes, podem grama para a maioria dos pacientes após três consultas, mas alguns
levar vários meses para desaparecer. casos mais difíceis exigem uma vigilância contínua. Para o resul-
Os pacientes não devem ter expectativas inadequadas. Na tado máximo, o tratamento deve ser contínuo e prolongado. Os
maioria dos casos, a acne pode ser controlada, mas não rurada. O pacientes que tiveram apenas algumas lesões que 、・Nセー。イ」ュ@
estresse é um fato r importante de exacerbação. rapidamente podem ー。G|Nセイ@ por um período experiment.1I, sem
225
Dermato logia CHnica
tratamento, em 6-8 semanas após o 、・Nセー。 イ ・」ゥュョエッN@ Em u ma milium' ) (Figl'. 7-7 a 7-9). Desenvolve-se nos anos da pré-adoles-
tentativa de suprimi r mais atividade, os pacientes com lesões n u- cência ou no início da adolescência e é causado por aumen to da
merosas devem continuar sob tratamento tópico continuo por vá- produção de sebo e por descamação anormal de céluJas epiteJ iais.
rio.'i meses. A propensão do paciente a cicatriz deve ser verificada. Não há lesões inflam atórias, porque a colonização com P. acnes
Pacientes variam na sua tendência de desenvolver cicatrizes. AJguns ainda não ocorreu.
demonstram pouca formação de cicatrizes mesmo após in flam ação
significativa, enquanto outros desenvolvem uma dcatriz para q uase TRATAMENTO. A acne com comed5o fechado (cisto de
todas as lesões in flamatória..-. papulosas ou pustulosas. fNセエ・@ ú ltimo milium) responde lentamente. Uma grande massa de material se-
grupo requer tratamento agressivo para evitar danos maiores. O uso báceo é impactada atrás de u m o rifício foliruJar m uito pequeno.
precoce da isotretinoína pode ser justificado nes.-.es pacientes. O orifício pode aumentar d urante o tratamento, tomando ーッウNセj N@
vel a e:xt.ração da ame por cirurgia. Os comedões podem perma·
necer inalterados d urante ュ・ウNセ@ ou evoluir para u ma pústula ou
Tratamento da acne
um cisto.
Os seguintes programas de tratamento são oferecidos somen te Os retinoides (Thzorac", Retin-A"', Differin", aコ・ ャ セI@ são apli-
como u m guia. Devem ser feitas m odificações para cada indiví- cad os na hora de dormir. A base e a potência são selecionadas de
duo (Fig. 7-3). acordo com a sensibilidade da pele. Tazorac® pode ser o mais
eficaz e mais irritativo. Comece com u ma baixa concentração do
creme ou geJ (disponíveis em 0,05o/o e O, 1%) e aumente a concen·
ACNE COMEDONIANA
tração se não ocorrer irritação. Retin-A® e Differin* são igual·
APRESENTAÇÃO CLiNJCA. o primeiro tipo de acne, em mente eficazes. Comece com Retin-A<t creme (0,025%, 0,05%,
geral, é de comedõe:s não infla matórios ("'cravos" e ...cisto de 0,1%) ou gel (0,01% e 0,025%) ou com Retin-A Micro" (0,04 e
•
•
•
Figura 7-7 Comedões (cravos) são ocasionalmente inflamados. Figura 7-8 A aparência dos comedões fechados pode ser
acentuada esticando-se a pe le.
226
Acne. Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
0,1%) ou Differin" (gd, creme. solução, compress.1s). Azda4' é extração; muitos são dificeis de: rem over4 Várias semanas de trata-
menos ーッエ・ョセ@ mas é menos irritante. Ele também tem atividade mento facilitam a extração. A terapia tópica pode ter de ser conti·
anlibacteriana. Os medicamentos セッ@ usados com mais ヲイ・ア オ ↑ョセ@ nuada por períodos prolongados.
cia quando tolerados. Adicione peróxido de benzoOa ou antibió-
ticos tópicos o u uma combinação de m edicamentos (p. ex., b・ョセ@ ACNE INFLAMATÓRIA BRANDA
zadin•) posteriormente para diminuir a aç.âo do P. acne e a
formação de lesões inflamatória'\. A resposta ao tratam ento é APRESENTAÇÃO CLINICA. Acne pustulosa brnnda e papu·
lenta e desestimulante. São necessários vários meses de trata- losa inflamató ria são definidas pela presença de menos de 20
mento. Os co medões abertos grandes (cr:wos) são rem ovidos por pú..'\tuJas. As lesões inAamat6rias ocorrem em comedões após a
227
Dermatologia CHn ica
228
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
"'-- '
•
.
••
' \: '
'
229
Dermato logia CHnica
U m retinoide pode ser introduzido caso o número de pústulas na parte central das bochechas. O eritema pode ser intenso. A
e o grau de inflam ação tenham diminuído. Inicie minodclina em d renagem purulent.1 dos cistos ocorre espontaneamente ou com
dose total se não houver resposta à tetraciclina ou à doxicidina traumatismo mí nimo. Não há comedões, e na maioria dos 」。ウッセ@
depois de 3 meses. Faz-se uma incisão delicada nas pústulas, e ocorre formação de cicatriz. Experiências emocionais traumáticas
elas são extraídas. lnjeta u ma quantidade muito pequena de trian- têm sido associadas a alguns casos. Muitos pacientes não têm
cino lona (Kenalog<!' 2,5 a 5,0 mg/mL) em cada pústula pode uma história de acne.
produzir resultados imediatos e muito gratificantes. aNセ@ rulturas ajudam a diferenciar essa condição da acne gram·
Naqueles q ue responderem bem_, pode.se começar a reduzir negativa. Lesões al tamente in flamadas podem ser trntadas ini·
gradualmente o antibiótico oral e em seguida interrompê-lo. dando isotretinoína e corticosteroide.-. o rais. Um estudo relatou
Alguns paciente.-. respondem muito bem a doses mais baixas manejo eficaz com o seguinte: trat.1mento foi iniciado com pred·
de an tibióticos orais e necessitam de tetraciclina 250 mg/dia ou nisolona (1,0 mg/kgfdia durante 1 a 2 sem anas); a isotretinoína
até mesmo e m dias alternad o..-. parn controle_ Esses pacientes po- foi ent.'ío adicionada (0,2 a 0,5 mg/kg/dia [raramente, 1,0 mgfkg
dem ser mantido.., de maneira segura com baixas doses de antib ió- em casos resistentes1) 1 com uma redução paulatina do corticoste-
tico.., por via oral por períodos pro longado..-.. Os pacientes q ue não ro ide pelas 2 a 3 semanas seguintes; a isotretinoína foi continu-
respondem à terapia convencional podem ter lesões q ue são colo- ada até que todas as lesões inflamatórias desaparece.-.sem. Isso
nizadas por bactérias grnm-negativas. Culturas de ーZ セ エオj。ウ@ e cistos exigiu 3 a 4 mese.-.. Nenhum dos pacientes teve recidiva. fNウセ・@
são ッ「エゥ 、 。ウセ@ e um antibiótico 。、・アオ 。、ッセ@ como am pidlina1 é ini· grupo de pacientes era de pessoas que 6cam vermelhas com faci.
dado. A resposta pode ser impre.-.sio nan te. lidade, e foi sugerido que o piodenna meia! é um tipo de rosácea.
Os pesquisadores p ropuseram o termo "rosácea fulminan te•.
ACNE CISTICA
A acne ástica é u ma doença grave e,. por veze.-.1 devastadora1 q ue
requer tratamento agressivo. A face,. o tórax, a região dorsal e a
parte superior dos braços podem ser permanentemente m utiladas
por inúmeras cicatrizes atróficas ou hipertró 6rns. Os pacientes,
por vezes1 demoram a prorurar ajuda, e.-.perando que a melhora
ocorra espontaneamente; consequentemente, a doença pode estar
basta nte avançada quando observada pelo médico.
Os pacien tes frequentemente 6rnm constrangidos e preocupa-
dos com sua doença. Eles podem ter ansiedade, 、・ー イ ・ウ ̄ッセ@ inse-
ァオ イ 。ョセ@ sofrimento psíquico e isolamento social. A aparência fi.
sica pode ficar t.1o repugnante q ue os adole.-.centes se recusam a
frequentar a escola e os adultos receiam ir para o trabalho. Os
pacientes relatam dificuJdade em manter o em p rego q uando aco-
metidos e problemas para serem aceitos no am biente de trabalho.
Os pacien tes com poucos cistos inflamado..-. podem ser tratados
com u m programa semelhante ao descrito para acne inflamató ria
moderada a grave. Antibióticos ッイ。 ゥウセ@ terapia tópica convencional
e injeções intrale.-.ionais periódirns de k・ョ。ャッセ@ podem manter o
problema sob controle adequado.
A acne cística extensa exige uma abordagem diferente. Há três
variantes mais comuns de acne dstica - pioderma ヲ。」ゥ ャ セ@ ame
fulminan te e acne conglobat.1.
230
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
ACNE NODULOcfSTICA
Figura 7-18 Inúmeras lesões de acne cística se tornaram Figura 7-19 Acne nodular e cística (grave).
confluentes. A erupção f icou restrita ao queixo.
Figura 7-20 Acne cística. As lesões nesse paciente são prin- Figura 7-21 Acne nodular e cística. Anos de atividade dei-
cipalmente císticas. Apenas algumas púst ulas e comedões es- xaram inúmeras cicatrizes sobre todas as costas. Vários cistos
tão presentes. ativos estão presentes.
231
Dermatologia CHnica
ACNE NODULOcfSTICA
Figura 7-22 Cistos são as únicas lesões presentes. Figura 7-23 Cistos e pústulas estão presentes.
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232
Acn e, Rosácea e Distúrbios lleladonados Capítulo
ACNE NODULOCfSTICA
• •
Figura 7-26 Cistos podem estar localizados na parte supe- Figura 7-27 Acne nodular cfstica (grave). 6 meses após sus-
rior das costas ou se estenderem até a cintura. pensão do uso de isotretinoína . Existem inúmeras cicatrizes
atróficas e hipertróficas com pigmentação pós-inflamatória.
233
Dennatologla CHn ica
Figura 7-28 Acne conglobata. Abscessos e cistos ulcerados Figura 7-29 Acne conglobata. Grandes cistos comunicantes
são encontrados na maior parte da área do ombro superior. estão presentes nas bochechas; a cicatrizaçao é extensa.
2 34
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
Agentes terapêuticos para o tratamento Técnicas de aplicação_ A pele deve ser lavada cuidados.1-
da acne mente com um sabão neutro (p. ex., Purpose', Basis•) não mais
que 2 a 3 vezes por dia, usando as m5os em vez de uma toalhinha.
Há quatro fato,... patogenétiCO« resporuáveis pelo desenvolvi- Sabonetes especiais para acne o u abrasivos devem ser f:Vitados.
mento de acne_ Eles s3o: hip6querntinização (formação de tam- Para minimizar possível irritação, deve-se deixar a pele secar com-
pão) dos folírulos pilosseb:ICt<Os, aumento do.• níveis de testoste- pletamente, esperando-"" 20 a 30 minutos antes da aplicação dos
rona {p roduzindo hiperseborreia), coloniz.1ção bacteriana com P. retinoides. O ácido retinoide. é ap licado em uma fina camada uma
acnes e inflamaç;lo_ Agentes tópicos inftuenóam pelo menos um vez por dia O medicamento é aplicado em toda a área, não ape-
desses fatores_ Mais de 50% dos paóentes apr""""tam comedões nas e.m lesões isoladas_ Uma quantidade do tamanho de uma er-
e acne pap ulopustulosa_Esses paóentes recebem inióalmente um vilha é suficiente para uma aplicaÇlo faóal rompleta_ Paóentes
tratamento tópico. Esquemas 、セ@ combinação, que incluem um com pele sensível ou que vivem em dimas frios e secos podem
antibiótico e um retinoide: parn reduzir o tamponamento foliru- começar com uma aplicação em dias alternados ou a cada 3 dias_
lar, são o esteio do tr.Jtamento tópico_ A ame ptmulosa pode A frequênóa de aplicação pode ser gradualmente aumentada pata
""'pDnder rapidamente à ternpia de secagem com uma combina- até 2 vezes por dia, se tolerado. Os cantos do nariz, da boca e dos
ção de peróxido de benzoOa e sulfacetamida e loção de enxofre. olhos devem ser evitados; essas áreas são as mais se:nsf\'e.is e as
O tratamento sistêmico com antibióticos ou isou-etinoína é utiJi- mais faólmente irritáveis_ Os retinoides s3o aplicados no queixo
zado quando ocorre fonnaçlo de cicatrizes ou para ame ástica. com menor frequência durante os estágios inid:tis da terapia; o
Agentes tópicos e ornis atuam em v:lrios e.•t.igios (Fig. 7-5) na queixo é sensível e normalmente é a primeira :ire1 a ficar verme-
evolução de uma lesão de acne e podem ser u.•ados isoladamente lha e escamosa. Devem-se usar protetores solnres durante os m e-
ou em combinaç5o para 。オュ・ョ エセイ@ a efic.ícia. Agentes tópicos de- ses de verão se for prevista exposição.
vem ser aplicados e m todn n áre.1 。ヲ・セ、@ para tratar as lesões
existentes e prevenir o desenvolvimento de ョッカ。セN@ Cremes de es- Resposta ao tratamento Uma a 4 semanas: Dur3nt.e as pri -
teroides tópicos potentes não produzem nenhuma melhora em mei ras semanas, os pacientes podem experime:ntnr vermelhidão,
curto prnzo em pndentes com acne ュッ、 ・ ュ、ZセN N@ ardor ou descam ação. Aque.les com initnç-5o exw:dva devem fa-
zer aplicações menos freque.ntes (ou seja, em dias alternados ou a
RETINOIDES cada 3 dias). A maioria dos pacientes se adapta no tratamento
dentro de 4 semanas e volta セウ@ aplicaçõe."' dí.irias. Aqueles que
Os retin o ides inven.em o padrllo anormal de queratiniz.1ç.ão obser- toleram aplicaçõe.oç diárias podem avançar para uma dosagem
vado na acne vuJgar. Agentes que ntuam de maneim comedolítica e mais elevada ou para uma solução mai.s potente.
anticomedogênica para reduzir o tamponamento folirular são os Três a 6 semaMS: Novas pápulas e pústulns podem surgir pois
retinoides tretinofna, adapaleno e tazaroteno, o áàdo azeláko e a os comedões ficam irritados durante o processo de desloc.:-..mento.
isotretinoína_ O dódo auláico tem potênóa antibacteriana forte, Pacientes que não têm consciência desse fenômeno podem inter-
sem indução de n:sistência 「。」エ・イゥョセ@ semelhante ao peróxido de romper o tratamento. Alguns pacientes nunca piornm セ@ às vezes,
benzoíla_ O adapaleno tem atividade anti-inflamatória. Os retinoi- começun a melhorar drasticamente por volta da quinta ou sexta
des podem causar um aumento do ressecamento e eritema faóat semana.
Após 6 semanas: a maioria dos pacientes melhor.! por volta da
Mecanismo de ação_Os retinoides inióam um aumento do nona a décima segunda semana c apresentam melhora contínua
tumo&..w cdular tanto nos folírulos nonnais como nos comedões depois. Alguns pacientes nunca se adaptam a retinoides e experi-
e reduzem a coesão entre as ci!ulas queratinizadas_ Eles agem es- mentam irritação oontínua ou prosseguem piorando. Um trata-
peóficamente nos microcomedões (a les.io ーイ・」オウッZセ@ de todas as mento alternativo deve ser seleóonado se a adaptaç;lo não tiver
formas de acne), causando a fragmentaçlio e a expulsão d os mi- ocorrido por volta de 6 a 8 semanas_ Alguns paóentes adaptam-
crotampões. a expulsão de comedões e a com,.,..ão de comedões se,. mas nunca melhoram. Os retinoides podem ser cont:inuado!
fechados em comedões abertos. A formação de novos comedões é por meses para evitar o swgimento de novas lesões.
impedida pelo u.so continuado. Pode ocorrer inflamação durante
esse. processo, tomando a acne temporariamente pior. A aplicação TRETINOINA_ A trerinofna (Retin-A•) é eficaz para a.m e não
tópica contínua leva ao afinamento do e!Çtrato córneo, tomando a inflamatória que consiste e.m comedões abonos e fechado•. E.<tá
pele mais su.sce.tfveJ a queimadutas solares. lesões decorrentes do disponível em diversas preparações: Retin-A• em gel (0,025% e
sol e irritação provoc..'lda pelo vento, frio ou dima seco. Irritantes, 0,01%) e Retin-A• Microgel (0,04% e 0,1%) e Retin-A• creme
como adstringentes, ákool e sabonetes para ame n ão serão tole- (O, I%, 0,05% e 0,025%).
rados como anteriormente. A incidênci:t de alergia de contato é
muito baW. d・カゥ、ッ セ@ aç3o direta dos retinoides no microcome- TAZAROTENQ_ O tazaroteno (Thzorac<") é um retinoide mais
dâo, muitos médicos acreditam que os re:tinoides são adequados recente. Está d isponível como gel (0,05%, 0,1 %) e c.reme (0,05%,
para todas as formas de. ncne. 0,1 %). Tazaroteno gel 0,1 o/o {uma vez ao dia) é mais eficaz do que
o gel de tretinoína a 0,025% (uma vez ao dia) no reduç.io do
Combinação terapia-sinergismo. Os retinoides aumen- n úmero de pápulas e comedõe.'i abertos e Minge: uma redução
tam a penetração de outros agentes tópicos/ tais como :tntibióti- mais rápida de pústulas na acne fndal branda a modernd:t. O
cos tópicos e peróxido de benzoíla, A maior penetração イ・Nセオャエ。@ tazaroteno ge.l a O, 1% em dias alternados é tão eficaz quanto o
em um efeito sinérgito com maior efic:ácia geral do f.innaco e adapaleno gela 0,1% uma vez por dia. A tolernbilidade do ta-
uma resposta mais rópida ao trat.nmento. zaroteno gel é comparável à do gel de tretinofna a 0,025%,
235
Dermatologia Cllnica
microesferas de geJ de tretinoína a O, 1% (Reti n-A"' Micro) e adap- matória, se comparadas com cada combinação usada isolada-
t.1leno gel a 0,3%. A tolerabilidade do tazaroteno é melhor mente. A combinaç.'ío clindamicinaf geJ de peróxido de benzoíla
quando se inicia a terapia com um esquema de dias alternados. tem uma vantagem sobre a eritromidna/gel de peróxido de ben-
Um método de contato auto pode ser eficaz. Aplique o gel por zoíla, porque o primeiro não necessit.1 de refrigeração. Os dois
apenas alguns minutos, depois enxague-o . p rodutos têm eficácia semelhante.
O peróxido de benzoíla produz um efeito de secagem que va-
ADAPATALENO. O adapaleno (Differin") est.i disponível ria de descamação suave a formação de escamas, descamação e
como gel ou creme. Possui atividade semelhante à tretinoína no rnc.hadura. Os paciente.-. devem ser tranquilizados de que o resse-
processo terminal de diferenciação do folículo piloso. O adapa- rnmento não provoca rugas. O peróxido de benzoíla provoca uma
leno tem uma atividade anti-inflamatória. O adapaleno gela O, JOio redução significativa na concentração de ácidos graxos livres, atra-
é tão eficaz quanto o gel de tretinoína a PLRUENセ@ para acne branda vés do seu efeito antibacteriano no P. acnes. Essa atividade é pre-
a moderada. É mais bem tolerado do que a tretinoína em gel. Não sumivelmente rnusada peJa liberação de radicais livres de oxigê-
causa sensibilidade ao sol. Differin"' gel a 0,3% já está disponível. nio, que é capaz de oxidar proteínas bacterianas. O peróxido de
benzoíla parece reduzir o t.1manho das glândulas sebáceas, mas
ÁCIDO AZELÁICO. Creme de ácido azeláico (Azelex") é um ainda não se sabe se a secreção de sebo é suprimida ou não. Os
composto de ocorrência natural que tem propriedades antiquera- pacientes devem ser advertidos de que o peróxido de benzoí1a é
tinizantes, antibacterianas e antiinflamatórias. É eficaz para acne um agente de branqueamento que pode estragar a roupa.
não inflamatória e inflamatória. É uma monoterapia eficaz para
as fonnas de acne branda a moderada, com uma eficácia geral PRINCfPIOS DO TRATAMENTO. o peróxido de benzoíla
comparável à da tretinoína (O,O.So/o), peróxido de benzoíla (5o/o) e deve ser aplirndo em uma camada fi na em toda a área afetada. A
eritromicina tópica (2%). Sua eficácia pode ser aumentada maioria dos pacientes apresenta leve eritema e des.rnmação du-
quando é usado em combinação com outros medicamentos tópi- rante os primeiros dias de trat.1mento, mesmo com concentração
cos, tais como peróxido de benzoíla ge.l a 4o/o, gel de dindamicina mais baixa, mas se adaptam em 1 ou 2 semanas. Anteriormente,
a JOfc,, creme de tretinoína a 0,025% e eritromicina gela 30/ofgel acredit.1va-.s e que era ョ ・」ウNセ£イゥ。@ uma descamação vigorosa para o
de peróxido de benzoíla a 5o/o. O creme de ácido azeláico pode ser efeito terapêutico máximo; embora muitos pacientes tenham
combinado com antibióticos orais para o trntamento de acne melhorado com essa técnica, outros pioraram. Um resultado tera-
moderada a grave e pode ser usado como terapia de manutenção, pêutico adequado pode ser obtido a partir de aplicaçõe.< diárias
quando os antibióticos são interrompidos. Não causa sensibili- do gel de 2,5% ou 5% e, gradualmente, aumentando ou dimi-
dade ao sol ou irritação local significativa. Não induz resistência nuindo a frequência de aplicações e a potência até que ocorra
em casos de P. acnes. ressecamento brando e descamaç.1o suave.
236
Acne, Rosácea e Distúrb ios Relacionados Capítulo
t.1mida a 10%, loção de enxofre a 5% (Sulfucet-W>). U m é usado cos por via oral, mas a experiência tem mostrado que esta é urna
na parte da manhã e o o utro, à noite,. ou q uan tas vezes tolerado. prátic.1 segura. O monitoramento laboratorial de rotina dos pa-
ciente.., que recebem antibióticos por via oral em longo prazo para
a acne raramente detecta uma reação adversa ao medicamento e
ANTIBIÓTICOS TÓPICOS
não justific.1 o custo de tais exames. O m o nitoram ento laborato-
Os antibióticos tópicos são úteis para a acne pustulosa bran da e rial deve ser limitado a pacien tes que podem est.1r em maior risco
de comedões. Eles podem ser prescritos inicialmente ou como de reaç.;o adversa ao medicam ento.
terap ia adju van te após o paciente adaptar-se à tretinoína ou ao
peróxido de benzoíla. Os ensaios clínicos 、・ュッョセGエイ。@ que a DOSAGEM E DURAÇÃO. Melhores resultados clínicos e
aplicaç.'ío 2 vezes por dia é t.'ío eficaz q uanto a tetracidina oral 250 u ma menor taxa de recaída após a suspensão de antibió ticos são
mg tomada 2 vezes ao dia ou a m inocidina 50 mg 2 vezes ao dia. atingidos pelo início com doses mais eJevadas, sendo reduzidas
A maio ria das soluções é à base de álcool e pode p roduzir algum apenas após o contro le ser atingido. Doses iniciais típicas são de
grau de irritação. Cleocin T® loção não contém p ropilenoglicol e tetracidina 500 mg, 2 vezes po r dia; doxicidina 100 mg, 1 ou 2
p ode ser menos irritante para alguns pacientes. A clindam icin a vezes po r dia; m inocidina 100 mg, 2 vezes ao dia e amoxicilina
( Cleocin セ」ッューイ・ウ。L@ solução e loção) é u m an tibiótico tópico 500 mg, 2 vezes ao d ia. Os antibióticos são prescritos em doses
comu mente util izado. Dapsona gela 5% (Aczone<!') tem proprie- d ivididas; há uma maio r ade.-.ão ao tratamento com uma dosa-
dades antibióticas e anti·inflamatórias. gem 2 vezes ao dia. Os antibióticos devem ser tomados durante
semanas para serem eficazes e u.-.ados por muitas semanas ou
meses para atingir o benefício máximo. Ten tativas de controlar a
ANTIBIÓTICOS ORAIS
acne com ciclos de curta duração de antibióticos, como m uitas
Os antibióticos têm s ido u.-.ados por cerrn de q uatro décadas para vezes é tentado para evitar exacerbações p ré-menstruais da acne,
o tratamento da ame papulosa, p ustulosa e ástica ('Thbela 7 -1). geralmente não são eficazes.
MECANISMO DE AÇÃO E DOSAGEM. Acredita-se que o TETRACICUNA. A tetraciclina é amplamen te prescrit.1 para a
p rincipal efeito do_• antibióticos decorra de sua capacidade de di- acne. Uma grande desvant.1 gem é a exigência de que a tetrncidina
minuir a população folicular de P. acnes. O papel de P. acnes na não seja ingerida com alimentos (especialmente latiánios), deter-
patogenia da ame não é completamente comp reendido. Fatore.-. m inados antiácidos e ferro, os quais interferem na absorção intes-
q uimiotáxicos dos neutrófilos são secretados d urante o cresci· tinal d o fármaco. A fulha em aderir a essas restrições é responsável
menta bacteriano, e este.-. podem desempenhar um papel impor- por m uitas das falhas ternpêutic.1s da tetracidina.
tante na iniciação do proce.-.so inflamatório. Pelo fu to de vários
an tibiótico.., u tilizados para tratar a acne p oderem inib ir a q ui· Dosagem. A efic.icia e adesão são o btidas iniciando·se a admi-
miotaxia de neutrófilos in vitro1 acredita-se que eles atuam como nistrnção de tetracidina 500 mg, 2 vezes ao dia, man tendo essa
agentes anti-inflamatórios. As concentrações inibitórias submíni· dosagem até que ocorra uma diminuição signific.'ltiva no n úmero
mas de minodclina m ostraram ter u m efeito an ti-inflamatório ao de lesões inflamatórias, geralmente em 3 a 6 semana..-.. Posterior·
inibir a produção de fu tores qui miot.ixicos de neutrófilos nas mente,. a dosagem pode ser reduzida para 250 mg. 2 vezes ao dia,
bactérias comedonianas. Cepas resistentes de P. acnes foram des.- o u a terapia oral pode ser interrompida e substituída por an tibió 4
」ッ「・イ エ ュ セN@ ticos tópicos. Os pacien tes que não respondem após 6 semana..-. a
doses adequadas d e tetraciclina oral devem receber u m trat.1 ·
PROPIONIBACTÉRIA RESISTENTE AOS ANTIBIÓTI- mento alternativo. Por razõe.-. desconhecidas, u m n úmero signifi-
COS E TERAPIA DE LONGO PRAZO. AP. acnes é sensível cativo de pacientes que tomava tetrnciclina exatamente conforme
a vários an tibióticos, mas a p revalê ncia de P. acnes resiste nte a o rien tados não responde a doses elevadas, enq uan to o utros res-
antibióticos vem a umentando . Os gen es de resistência são fudl- pondem m uito favoravelmente a 250 mg, 1 vez por dia ou 1 vez
men te transferido.., entre d iferentes bactéria..-.. Após o trntamento a cada 2 dias, e sofre exacerbações quando são fei t.'ls ten tativas de
com antibióticos tanto sistêmicos quanto orais, P. acnes desen- interromper o tratamen to.
volve resistência em mais de .'>0% dos casos, e estim a-se que um
em cada quatro pacientes com acne é portador de cepas resisten· Efeitos adversos. A incidência de fotossensibilidade a tetraci-
tesa tetracidina, eritromkina e d indamicina. Resistência a mino- d ina é baixa, ma..-. aumen ta q uando doses mais elevadas são usa-
ciclina é rara. Transporte de cepas re.'iisten tes resuha em falha te- das. Todas as mulheres devem ser advertidas sobre o au mento da
rapêutica de alguns, mas não de todos, os esquemas an tibióticos. incidência de vaginite por Qmdida albicans. A bula dos contracep-
Em muitos pacien tes com acne, a continuação do tratam ento com tivos orais adverte que pode ocorrer redução da eficácia e au-
antibióticos pode ser inadequada ou ineficaz. É importante reco- men to da incidência de hemorragias com tetracid ina e o utros
nhecer a falha terapêutica e alterar o tratam ento em conformi- antibióticos. Embora essa associação não tenha sido comprovada,
dade. O mm de an tibióticos rotacionais por longo prazo está ob- é pruden te informar os pacientes sobre esse risco potenciaL Pseu-
soleto e irá apenas exacerbar a resistência aos antibióticos. dotumo r cerebral, um distúrbio au tolimitado no qual a regulação
da pressão intrac.raniana é prejudicada, é uma complic.'lção rara
TRATAMENTO DE LONGO PRAZO. Os paciente.• podem do trat.1mento com tetrncidina. O aumento da ー イ ・ウNセ¬ッ@ intracra-
expressar preocupação sobre o u:m em longo prazo de an tibióti- niana provoca papiledema e cefaleia..-. intensa..-.. O aumen to da
237
D ermato logia CHnica
pressão intraorular pode levar à deficiência visual progressiva セ@ tetracicl ina. O esquema mais simples e o início precoce da me-
su bsequentemente, à cegueira. lhora clínica con tribuem para uma melhor adesão do paciente.
Portanto , não há justificativa para o u:m de minoc.idina como
DOXlClCLINA. A doxiciclina é u m medicamento seguro e efi. terapia oral de primeira linha.
caz. É comumen te prescrito para acne. Estudos de doxiciclina (50
e 100 mg) não mostraram d iferença significativa entre sua eficácia Dosagem. A dose inicial mais comum é de 50 a 100 m g, 2 vezes
clínica e a da minociclina no tratamento da ame. A doxicidina é ao dia. A dosagem é diminuída quando se observa uma diminui-
mais barata do que a minocidina. A incidência de ヲッエウNセゥ「ャᆳ ção significativa no número de lesões, geralmente em 3 a 6 sema-
dade é baixa, mas aumenta com o aumento dos níveis de dosa- nas. Solodyn é uma m inociclina de liberação prolongada. É um
gem (Fig. 7 -30}. comprimido q ue deve ser tomado u ma vez ao dia, prescrito com
base no peso do paciente para atingir a dose de aproximadam ente
Dosagem. Iniciar com 100 mg, 1 ou 2 vezes por dia e d iminuir 1 mg/kg. O com primido de 45 mg é indicado para pacientes na
a dose quando o con trole for obtido. A doxicidina pode ser inge- faixa de 45-59 kg. O comprimido de 90 mg é indicado para pa-
ri da com alimen tos. cientes que pesam 60-90 kg. e o comp rimido de 135 mg é indi-
cado para pacientes pesando 91-136 kg .
MINOClCLINA. A m inocicl ina (cápsulas e comp rimidos com
ranhuras para divisões em doses iguais, de 50 mg e 100 mg; Efeitos adversos. A m inociclina é altam ente lipossolúvel e
comprimidos de li beração pro longada de 45 mg, 90 mg e 135 penetra facilmente no líquido cerebroespinha1, causando ataxia
mg) é u m derivad o da tetrncid ina que provou seu valor em casos relacionada à dose,. vertigens, náuseas e vômito.., em alguns pa-
de acne p ustulosa que não respondiam à terapia convencional cientes. Em indivíduos suscetíveis, os efeitos colaterais no s istema
com antibióticos orais. A m inocid ina é carn; há fo nnas genéricas nervoso central {SNC) ocorrem nas primeiras doses da medica-
d isponíveis. U m estudo que comparou a m inocid ina (50 mg, 3 ção. Se reações adversas no SNC persistirem após a dosagem ser
vezes ao dia) com tetraciclina (250 mg, 4 vezes ao dia) revelou reduzida o u após as cápsulas serem tomadas junto com alimen-
que a minoc.iclina resultou em melhora signific.1tiva nos pacien- tos, uma terapia alternativa é indic.1da. A penetração da barreira
te.-. que não re.-.ponderam à tetracidina. Os pacientes q ue re..,- hematoencefálica pode causar pseudotumo r cerebral. A síndro me
ponderam à tetracid ina tiveram u ma melhora significativa- de pseudotumo r cerebral associada à minocidina é reJatada em
mente avançada quando mudaram para a minocidina. O efeito doses diárias de 50 a 200 mg. A duraçJío do tratamen to variou de
inibitório sobre a absorção gastrointestinal com alimentos e menos de 1 semana a 1 ano. Os sintomas foram cefuleia {75%),
leite é sign ifirntivamente maior para a tetraciclina q ue para a distúrbios visuais transitórios ( 41 o/o), d iplopia ( 41 %), zumbido
minociclina. O alimento p rovoca uma ini bição de J30A, na ab· pulsátil (17%} e náuseas e vómitos (25%). C.1Sos de hepatite
sorção da m inocid ina e 46o/o de inibição da tetraciclina; o leite, medicamentosa e reações semelhantes ao lúpus têm sido reJata-
u ma inibição de 270/o da m inodd ina e uma inibiç.;o de 65o/o da dos. Advirta os paciente.., para relatar quaisquer sintomas.
Figura 7-30 Reação grave a queimadura solar ocorreu com form igamento e ardência neste pa-
cient e que continuou a tomar a doxiciclina.
238
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
Uma pigmentação azul-acinzentada da ー・ャセ@ da mucosa oral, gram-negativos quando cultivados. A ampicilina (dpsulas de 250
das unhas, da esdern, do osso e da glânduJa tireoide tem sido mg e 500 mg) é eJicaz para essa acne chamada de gram-negativa.
encontrada em alguns pacientes, geralmente aqueJes que tomam A ampicilina é frequentemente eficaz para o tratamento da acne
dosagens elevadas de minocidina por longos períodos (Figs. 7-31 inflamatória leve a moderada convencional e é uma alternativa
e 7-32). A pigmentação da pele tem sido relatada em cicatrizes segura para pacientes que não respondem à tetracidina. A ampi-
deprimidas de acne, em locais de inflamação rutânea, como má- cilina pode ser prescrita para acne durante a gravidez ou durante
ruJas semelhantes a hematomas na parte inferior das pernas e o aleitamento. Uma dose de 500 mg, 2 veze.-. por dia é mantida
como mudança generalizada de cor, sugerindo um bronzeado até que se atinja o controle satisfatório. A dosagem é então redu-
fraco. A pigmentaç.'ío pode persistir por longos períodos após a zida. Alguns pacientes experimentam um surto de atividade em
minociclina ser descontinuada. As consequências desses depósi- doses mais baixas e devem voltar a tomar 500 mg, 2 vezes ao dia.
tos são desconhecidas. Manchas nos dentes (que duram anos)
localizada.-. na metade incisaJ até três quartos da coma têm sido CEFALOSPORINAS. Há vários relatos de indícios casuais exal-
relatadas em adultos, geralmente após anos de uso de minoci- tando a eficácia das cefalosporinas. F...'\....es fármacos podem ser
clina. Em contrapartida, a coloração dentária produzida pela te- considerado..., para uso em acne pustulosa resistente a antibióticos.
traciclina ocorre no terço gengiva! dos dentes em crianças tratadas
ante.'i dos 7 anos de idade. Hepatite autoimune, reações seme- TRIMETOPRIM E SULFAMETOXAZOL. Trimetoprim e
lhantes à doença do soro e lúpus induzido por fármacos foram sulfametoxazol Hb。」エイゥュセL@ Septra*), ou trimetoprim isolada, são
relatados em casos raros. p-ANCA pode ser um marcador soroló- úteis para tratar a acne gram·negativa e a acne re.-.istente à tetrnci·
gico para o desenvolvimento de doença autoimune em pacientes dina. A dosagem para adultos é de 160 mg de trimetoprim com-
que recebem m inocid ina. PMID: 174083?4 binada com 800 mg de sulfumetoxazol, 1 ou 2 vezes por dia.
CLINDAMICINA. A clindamicina (cápsulas de 75 mg e 150 TRIMETOPRIM. Uma dose de trimetoprim 300 mg, 2 vezes ao
mg) é um antibiótico ornl altamente eficaz para o controle da dia, pode ser considerada se outros antibióticos falharem.
acne. Seu u:m tem sido reduzido nos últimos anos por causa de
sua associação com colhe pseudomembranosa grave cammda por ANTIBIÓTICOS MACROLiDEOS. Eritromicina (p. ex., E-
Clostridium dífficile, que, felizmente, na maioria dos casos, res- Mycin* 250 mg ou 333 mg; eイケセ@ 250 mg; esTPセ@ mg) não é
ponde a antibióticos por via oral ou intravenosa. A dindamicina mais um tratamento medicamentoso de primeira linha como era
é eficaz em do..-.agens que variam de 75 a 300 mg, 2 vezes ao dia. anteriormente. A P. acnes resistente a eritromidna é um problema
significativo. AJguns paciente.-. podem ainda, no entanto, respon·
AMPICILINA OU AMOXICILINA. o uso prolongado de der à eritromidna ou a fánnacos afins, tais como a azitromidna
antibióticos orais para o tratamento da acne pode resultar no (Z.itroma.x*). A azitromicina tem uma meia-vida longa e é admi·
-s urgimento de cisto..'i e pústulas que produzem micro-organismos nistrada em uma única do..<ie de 250 mg ou 500 mg, 3 vezes por
Figura 7-31 Pigmentação azul apareceu nas unhas depois de Figura 7-32 Pigmentação azul apareceu na testa depois de
tomar minociclina por 2 anos. A pigmentação persistiu. tomar minociclina para rosácea durante 3 anos.
239
Dermato logia Cllnica
seman a. Muitos ou tros modelos fo ram test.1dos. Três pu lsos men- Quadro 7-1 Mulheres mais Adequadas para o Tratamento
sais de azitromid na 500 mg du rnnte 3 dias consecutivos foram Hormonal
e6caze.<. PMTD: 186087.37 -
Maior probabilidade de responder ao tratamento hormonal
Aumento da oleosidade facia l (seborreia)
TRATAMENTO HORMONAL Exacerbações pré-menstruais da acne
Acne inflamatória na linha da mandíbula e do pescoço
Acne pode ser o sinal de uma superprodução de androgênio.'i.
Síndrome do ovário poliástico, an ovulaç.âo, doença de Cushing e Outras indicações
tumores secretores de androgênios causam acne e hirsu tismo. Aparecimento da acne em adultos
Piora da acne quando adulto
androgセisN@ Os androgênios são produzidos em resposta Falhas no tratamento com intolerância a tratamentos padrão
aos honnônios da hipófi.se (hormônio ャ オエ・ゥョ ゥ ョエコ。 セ@ honnônio Insucesso do tratamento com Accutane "'
adrenocorticotrófico (AcrHl). A testostemna é produzida pelos História de irregula ridade menstrual
testirulos セ@ em menor escala, pelos ovários. A desidroepiandros- História de cistos ovarianos
terona (SDH EA) é produzida nas glân d ulas suprnrrenais e conver- Hirsutismo pela história ou pelo exame
tida em testostero na. A testo..rteron a é convertida n os tecidos-alvo Alopecia a ndrogenética
pela 5-alfu-redutase em di-hidrotestosterona (DHT). A testoste- Adaptado de Shaw JC: Oermato/C/in19:169, 2001. PMID:
rona e a DHTse ligam ao mesmo receptor androgênico nos se.bó- 11155581
citos. A DHT tem 10 vezes mais afinidade com o receptor do que
a testosterona. A acne é observada apenas na p resença de DHT.
Uma combinação dos efeitos dos androgênios cirwlantes e dos
efeitos de seu metabolismo n o folículo piloso m odula a produção p lasmático de SDHEA fo r maior que 800 mcg/dl (valor norrnal,
de sebo e a gravidade da acne. Androgênios (testosterona livre 350 mcg/dl). U ma segunda indicação para avaliaç.'ío horrnonal é
(TI), sulfuto de desidroepiandrosteron a [SDHEA)) são os hormô- quando há obesidade, acantose nigricans ou preorupação com
nios mais importantes na patogenia da acne. A testosterona livre diabetes ou síndrome de Cushing. A resistência à insuJina é co·
é a frnç.1o ativa da testosterona e determina u ma androgenicidade mu m em mulheres hipernndrogenêmicas com síndrome de ッカ£ セ@
240
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionad os Capítulo
241
Dermato l ogia Cllnica
declaro u que não havia evidências de nexo de causalidade entre o Quadro 7-2 Diretrizes para Tratamento da Ame com
uso de antibióticos e a redução da eficácia dos contraceptivos Esplronolaclona {comprimidos de Aldactone"' de 25, 50, 100 mg)
orais. Há evidências de q ue o suporte para a contrncepção não é
ョ ・」ウNセ£イゥッ@ em m ulheres que usam contraceptivos orais de fonna A. Indicações
confiável duran te o uso de an tibiótico oral. 1. Mulher adulta com acne facial inflamatória
2. Influência horrnonal sugerida por
ESPlRONOLACTONA. Aespironolactona (SPL) é um bloquea- a. Exacerbações pré-menstruais
b. Início após a idade de 25 anos
dor dos receptores de androgênios que tem propriedades antian- c. DistribuiÇllo na pane inferior da face, incluindo a linha da
drogênica..-. e é usado para tratar a acne, hirsu tismo e alopeda an- mandíbula e o queixo
drogênica. Os homens não t oleram a alta incidência de efeitos d. Aumento da oleosidade da face
colaterais endócrino.'i; portanto, ela só é U.'iada em mulheres. A e. Hirsutismo facial coexistente
SPL reduz a produção de esteroide.-. nos tecidos suprnrrenal e go- 3. Resposta inadequada ou intolerância ao tratamento padrão
nadaJ. Nas mulheres, a concentração sérica total de testostero na com 1erapias tópicas, antibióticos sistêmicos ou isotretinoína
4. Presença de sintomas coexistentes, tais como irregularidades
d iminui e o nível de suJfuto de desidroepiandrosterona é redu-
menstruais, ganho de peso pré-menstrual ou outros sintomas
zido ou permanece inalterado. Os níveis de testosterona livre fi- da síndrome pré-menstrual
cam inalterados ou são reduzidos. A SPL atua como u m antian-
drogênko perifericamente, bloqueando competitivamente os B. Avaliação pré-trat amento
receptores para di-hidrotestosterona nas glând ulas sebáceas. 1. Avaliação dos androgênios sé ricos geralmente nâo é ne-
cessária porque a maioria das mulheres com acne apresenta
Indicações. lnsuces...'\Os no tratamento são comuns em mulhe- níveis séricos normais. No aspecto clínico do surgimento da
acne com ou1ros sinais de virilização, a avaliação por um en-
res adultas. A espironolactona é m uito bem-sucedida no trata- docrinologista pode ser necessAria.
mento de muit.1s mulhere.-. adultas com ame. 2. DetenninaÇllo das medidas de controle adequadas ao nascer
A espironolactona pode ser usada com antibióticos ou an ti- 3. Discussão dos potendais efeitos colaterais à espironolactona oral
concepcionais orais ou como mo noternpia. Portanto, ela pode ser 4. Obtenção de pressão anerial inicial
usada quando a fo nte de androgênio é su p rarrenaJ ou ovariana,
C. Diretrizes para ini ciar o tratamento
ou quando a triagem para androgênios séricos é normaL O ace-
1. Comece com 1 ou 2 mglkg/dia {50-100 mg/dia) em dose
tato de ciproterona tem efeitos semelhantes (disponível fora dos única diária para minimizar os efeitos colaterais. Não se sabe
E.•tados Unidos). Uma formulação de acetato de ciproterona, se uma dosagem 2 vezes ao dia tem uma vantagem sobre
combinada com 50 o u 35 mg de estradiol, est.1 disponível fo ra uma dose única diária.
dos Estados Unidos. Esses f.ínnacos (Diane"' e D ianette<") podem 2. Verifique os níveis sé ricos de potássio e a pressão anerial em
ser usados t.1nto como contraceptivos orais, quanto como inibi- um mês. A obtenção de um hemograma completo é opcional,
dor de receptores androgênicos. pois anonnalidades hematológicas ocorrem apenas raramente.
3. As terapias tópicas e os antibióticos sistêmicos podem ser con-
tinuados enquanto o tratamento com espironolactona é ini·
Acne. F.spironolactona provoca u ma redução significativa na ciado. A redução gradual das terapias padrões pode então ser
secreção de sebo e uma di minuiç.;o na contagem das lesões dos possível à medida que urna resposta benéfica à espironolac-
pacien tes. Estudos m ostram que a SPL, em u ma dosagem de 200 tona é observada.
mg/dia, suprime a produção de sebo em 7S'o/o e pode reduzir as 4. Os contraceptivos orais, se não forem contraindicados, podem
contagens de lesões em até 7S'o/o duran te u m período de 4 meses. ser administrados concomitantemente no início do tratamento
Tndicações para a sua u tilização est.;o listadas no Quadro 7-2. A com espironolactona ou podem ser considerados se houver
desenvolvimento de irregularidades menstruais.
espironolactona pode ser usada em doses baixas (50 a lOO mgf
S. Se nenhuma resposta clínica for observada em 1 a 3 meses,
dia) como fánnaco único ou como adjuvante em terapias padrão considere aumentar a dosagem para 150 mg ou 200 mg/dia
para acne. O de.-.aparecimento da acne ocorreu em 330Jó dos pa- conforme tolerância. Boas respostas clínicas podem ser segui-
cientes tratados com baixas doses de espironolactona, 330/o tive- das por uma redução da dosagem para a menor dose diária
ram melhora acentuada, 27,40/Ó apresen taram melho ra parcial e eficaz.
70Jó não mostraram nenhu ma melhora. O ・Nセオュ。@ de tratamento 6. Se houver desenvolvimento de efeitos adversos. considere a
reduÇllo da dose; considere adicionar um contraceptivo oral
foi bem tolerado, sendo que .'i7,5'% não relataram efeitos adver-
para irregularidades menstruais.
sos. A incidência de efeitos colaterais aumen ta com doses maio- 7. O tratamento eficaz do hirsutismo geralmente requer períodos
res. Em outro estudo, a espironolactona 50 mg, 2 vezes por dia, de tratamento mais longos e doses maiores do que as u1iliza·
foi administrada nos dias 5 a 21 do ciclo menstrual. O efeito ad- das para obter benefício clínico no tratamento da acne.
verso mais comu m foi metro rragia, q ue parece ser bem tolerada.
De Shaw JC: J Am Acad Dermato/24:236. 1991.
A incidência de metro rragia pode ser significativamente reduzida PM/0: 1826112
pela adição de pílulas an ticoncepcionais à rotina dos pacien tes.
Espironolactona com e sem contraceptivos orais. das como uma dose ún ica matinal. Oitenta e cinco por cento das
Um total de 27 mul heres (com i dades entre 18 e 43) com acne pacientes ficaram tot.'llmen te livres das lesões de acne o u 。ー イ ・Nセョ ᆳ
fudaJ papulosa o u noduloástirn grave foram tratadas com um taram mel hora excelente no 6nal do estudo de 6 meses. PMTD:
contraceptivo oral combinado contendo 30 mcg de etinilestradio l 17964689 A dosagem foi diferente em outro estudo. A partir do
e 3 mg de drospirenona (Yasmin"') e com 100 mg de espironolac- quinto dia do ciclo menstrual cada paciente recebeu 100 mgfdia
tona ingerida diariamente. Não se encontrou eJevaç.;o s ignifica- de espironolactona d ivididos em doses matinais e noturnas,
tiva do nível sérico de potássio. Ambas as medicações foram da- sendo cada dose de 50 mg, d uran te 16 dias. As pacientes não to·
242
Acne, Rosácea e Distúrbio s llelac.ion ad os ·Capítulo
maram contrilceptivos orais. Os resultados de ambos os esrudos da acne e na indução de イ・ュゥAMャウNセ@ de longo prazo, mas não é
foram semelhantes. T>MID: 1575228.l adequada para todos os tipos de ome. A isotretlnolna afeta todos
os fatores etiológicos principais implicados na acne. Ela reduz
Reações adversas. Os efeitos colaterais são dependentes da expressivamente a excreção de. sebo, a queratiniz.açJo fo licular e
dose. A incidênóa é baixa e a gravidade é geralmente leve, e mais as contagens duaais e de superfíóe de P. """"'· Esses efeitos são
mulheres toleram o tratamento. Ocorrem irregularidades mens-
truais (80CM»), oomo amenoneia, aumento ou diminuição do
fluxo, sangramento no meio do ódo e tempo enrurtado do cido. Quadro 7 · 3 Diretrizes para o Tratamento da Acne com
Os rontrnce:privos orais reduzem a inódência e a gravidade das lsotn!tlnolna (Qpsulas de 10, 20, 30 • 40 "'9)
irregularidadet menstruais. Aumento ou sensibilidade nas mamas
Indicações
e diminuição de libido são raros. Outros efeitos induem hipeiJ>O-
rassemia leve. cef.tleia, tonturas, sonolência, confusão, ョ£|Nis・。セ@ Acne cística grave, recalàtrante
vômitos, anorexia e diarreia. nセッ@ há casos dorumentados de tu· Acne nodular e inflamatória grave. recalcitrante
Acne moderada que nAo responde 11 terapia convencoonal
mores re.laàonados com espironolaaona em seres humanos. A
Pacientes que formam cicatriz
segurança do uso de espironolaaona durante a gravidez é desco-
Oleosidade excessiva
nheóda.
Pacientes gravemente deprimidos ou dismórlicos
243
Dermato logia Cllnica
man tidos duran te o tratamento e persistem em níveis variáveis A.o:. le.-.ôes reaparecem semanas o u meses após a interrupç.;o do
após a terapia. Uma lista completa de indicações e orientações tratamento.
para tratam ento é encon trada no Q uadro 7 3. Uma série de efei
4 4
tos colaterais ocorre durante o tratamento. A i.sotretinoína é um DOSAGEM. A gravidade dos efeitos mlaterais da isotretinoína
teratogênico potente; deve-se evitar a gravidez durante o trnta- é proporcional à dose diária. Tnicie com doses menores e aumente
mento. A isotretinoína não é mutagênica; pacientes do sexo femi- progre...,-.ivamente a dosagem de acordo com a tolerância (Tabela
nino devem ser informadas de que poderão engravidar sem risco, 7-4). O tratamento geralmente começa com O,.S mg/kg por dia e
mas devem esperar por peJo menos u m mês após a interrupção aumenta para 1,0 mg/kg/dia.
do tratamento com isotretinoína. A idade não é u m fator limi- A dose cumulativa pode ser mais importante do q ue a durnç.;o
tante na seJeç.âo dos pacien tes. da terapia. Uma dose rumulativa superior a 120 mg/kg e.''!á asso-
ciada a u ma remissão de longo prazo significativamente melhor.
INDICAÇÕES Esse nível de dosagem pode ser alcançado mm I mg/kg/dia d u.
ran te 4 mese.-. ou com uma dosagem meno r d urnnte um período
Acne inflamatória cistica ou nodular recalcitrante m ais longo. Descobriu-se q ue 6 m e.-.es de tratamen to com doses
grave. Alguns pacientes com doença grave res:pondem a anti- baixas de isotretinoina (20 mg/dia) são e6cazes no tratamento de
biótico..-. orais e terapia de secagem vigorosa com u ma combina- ame modernda, com uma baixa incidência de efeitos colaterais
ç.1o de agen tes, tais como o peróxido de benzoíla e suJfucetamida/ graves e com u m custo menor do que com doses mais elevadas.
loção de enxofre. Aqueles que não respondem após u ma experi- PM/D: u;54658(; O benefício terapêutico de u ma dose rumu(a.
mentação rurta dessa terapia con vencional devem ser tratados tiva de mais de 150 mg/kg é praticamente inexistente. Uma aná-
com isotretinoína parn minimizar as cicatrizes. lise de 9 anos de experiência demonstrou q ue I mg/kg/dia de
isotretinoína durnnte 4 meses resultou em remissões mais longas.
Acne moderada refratária à terapia convendonal. A As taxas de recidiva em pacientes que receberam 0,5 mg/kg/dia
acne moderada geralmente responde aos antibióticos (tetracidina fornm de aproximadamente 40%, e os pacien tes que receberam
ou doxiciclina) junto com agentes tópicos. Mude para u m anti- 1,0 mg/kg/dia tiveram taxas de aproximadamente 20% de reci-
biótico d iferente (p. ex., minocid ina 100 mg, 2 vezes ao dia) se a diva. Pacien tes mais jovens do sexo masa.dino, e pacientes com
resposta for p recária após 3 meses. Altere parn isotretinoína se a ame no tórax, beneficiam-se ao m áximo de dose.-. mais elevadas.
resposta não for satisfatória após dois cidos conserutivos de 3 Nesses pacientes, dosagens inferiores a 0,5 mg/kg/dia para u m
meses de antibióticos. Paciente.-. q ue têm uma recidiva durnnte ou cido padrão de 4 mese.-. estão associadas a uma alta taxa de reei·
após dois ciclo.-. de antibióticos também são candidatos a isotreti- diva. Trate pacientes mais veJ hos com acne fucial com u ma dosa·
noína. gem d e 0,5 mg/kg/dia. Dobre a dose se não hou ver resposta ao
final de 2 meses. A dosagem intermitente pode ser útil para pa-
Pacientes em que se formam cicatrizes. Qualquer pa- cientes com mais de 25 anos com ame facial brnnda a moderada
cien te em que se formam cicatrizes deve ser considerado parn e q ue não イ ・Nセーッョ、ュ@ aos antibióticos convencionais o u q ue
tratamento com a isotretinoína. As cicatrizes da acne deixam apresentam recidiva imediata após terapia convencional com an·
marca permanente ta nto na pele quanto psíquica. tibióticos. Trate com isotretinoína, 0,5 mg/kg/dia, po r 1 semana
em cada 4 semanas, nu m total de 6 meses. Uma do.-.e muito baixa
Oleosidade excessiva. Oleosidade exce.-siva é preocupante de isotretinoína pode ser u ma opção terapêu tica ú til em rnros
e pode d urar anos. Os antibióticos e a terapia tópica podem pro· pacientes q ue continuam a sofrer com a acne aos 60 e 70 anos. A
mover algum alívio, mas o efeito da isotretinoína é ・クーイウNセゥカッ@ O isotretinoína 0,25 mg/kg/dia durante 6 meses é bem tolerada e
alívio pode d urar meses o u anos; alguns pacientes necessitam de eficaz. Os efeitos colaterais em todos os pacientes dependem da
u m segundo ou terceiro ciclo de tratam ento. Alguns pacientes dosagem e podem ser controlados através da redução.
respondem a u m ・Nセ オ ・ュ。@ de baixa dosagem e longo p razo, tais
como 10 mg em d ias alternados ou a cada 3 d ias.
Tabela 7-4 Dosagem de lsotretinoína pelo Peso Corporal
Pacientes gravemente deprimidos ou d ismorfofóbi-
cos. Alguns pacien tes, m e.-.mo com acne brnnda HセGュ・ョッイIL@ fi- Peso corporal Total mg/dia
cam deprimidos. Aqueles que não respondem à terapia conven-
cional são candidatos à isotretinoína. Eles respondem bem ao Quilo- 0,5 1 2
gramas Libras mg/kg mg/kg mg/kg
tratam ento com isotretinoína, em born alguns po.-.sam vir a reinci-
dir de fonna rápida e nece.-.sitar de repetição do ciclo de trata- 40 88 20 40 80
mento. 110 100
50 25 50
244
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
DURAÇÃO DA TERAPIA. Um ciclo padrão de tr.namento e aumentando gradualmente a dose durante as primeira• 4 a 6
com isottaínoína é de 16 a 20 semana•. Aproximadamente 85% semanas. O tratamento t descontinuado ao final de 16 a 20 .ema-
dos pacientes não apresentam lesões no final de 16 semanas; 15% nas, e o paciente observado durante 2 a 5 meses. Aquele. com
n«essitam de tratamento mais longo. Os efeitos colaterais estão ame persistentemente grave podem receber um segundo ciclo de
relacionados à dosagem. Realize o tratamento por um período tratamento após o período de observação pós-tratamento.
mais longo com uma dosagem menor se efeitos colaterais muco..
cutâ neos se tomarem um incômodo. Pacientes com grandes co· Resposta à terapia. Com dosagens de 1 mg/kgfdia, a produ-
med8.,. fechados podem responder devagar e com recidiva pre· ção de sebo cai para nproximndamente 10% dos valores anteriores
roce com pápulas inflama tórias. Outro grupo mal definido ao エイ。 ュ ・ョエッセ@ e as glândulas sebáceas reduzem de tamnnho.
responde lentamente e req uer até 9 meses até <Jue. o problema Atinge....セ・@ inibiç..io máx:ima por volta da terceira ou quana se-
com ece a melhorar. A isotretinoína intermitente (0,5 mg/kg/dia) mana. No período d e 1 semana1 os pacien tes normalmen te perc..e.-
ildministmda durante os p rim eiros 10 dias de cada mês, durante be.m res.'iernme.nto e rnc.hndurn da pele facial e a oleosidade da
6 meses, foi eficaz, e os pacientes apresentaram menos efeitos pele desaparece. rnpicL1mente. Esses efeitos persistem por u m periodo
colaterais do que aqueles tratados com o programa convencional. indefinido quando a terapia é interrompida.
PMTD: I 771()426 Durante o primeiro mês, geralmente há uma redução nas le-
sões superficiais, como pápulas e pústulas. Novos cistos evoluem
RECIDIVA E TRATAMENTOS REPETIDOS DE ISOTRE- e desaparex:e:rn rapidamente. A redução significativa no número
TINOINA. Aproximadamente 40% dos pacientes apresentam de cistos ョッイュ。ャ・セ@ demora pelo menos 8 semanas. As lesões
recidiva e necessitam de antibióticos por via oral ou isotrctinoína faciais respondem mais rapidamente do que as lesões do tórax.
adicional. A recidiva em geral ocorre no.' primeiros 3 anos apó.s a
isotretinorna ser interrompida, mais frequentemente durante os PACIENTES RESISTENTES . São pacientes mais jovens (14
primeiros 18 meses após a terapia. Alguns pacientes neces..'iitam a 19 anos de idade) e aqueles que têm recidiv.J de acne grave
de múltiplas repetiç.õe.s da terapia. A re.•posta à repetição da tera· com mais frequênda. A acne do tórax apresenta recidiva com
p ia é consistentemente bem-sucedida, e os efeltos colaterais são m ais freq u ênci:1 do que a acne facial. U m reto mo da taxa redu-
semelhantes aos de tratamentos anteriores. Repetir tratamentos zida de excreção d e sebo para 10% do nível pré-tratamento é
mm isotretinoína parece ser seguro. um fator d e prognósti co precário. PõJcientes com acne microds-
As seguintes condições foram est.1tisticamente associadas à tica (cist os de mílium) e mulheres com problemas ginecoendo-
recidiva da ame: sexo masruJino; idade inferior a 16 anos e morar crinológicos são resistentes ao tratamento. Mulheres que não
em área urbana; receber doses 。オョャエゥ カ。セ@ de isotretinofna supe- apresentem d esaparecimento das lesões após uma dose cumu-
riores a 2.450 mg; e submeter-se a traL1mento com isotretinoína lativa total de 150 mg/kg exigem avaliação laboratorial e clí-
por mais de 121 dias. PMID: 17970803 nica de seu e.sL1do endocrinológico. Elas podem beneficiar-.e
com a terapia antiandrogê.nica.
TERAPIA COM ISOTRETINOINA. Os pacientes são atendi-
dos a cada 4 semanas. A i.sotretinoína é adminisuada em duas IMPLICAÇÕES PSICOSSOCIAIS. Os pacientes tratados
doses didrias fracionadas, de preferência com as refeições. Muitos com suce:s..oço com a isotretino(na apresentam ganhos significati-
p;1cientes apresentam exacerbação moderada n grave da ame du- vos no pós-tratamento em turnos de conveniência social e auto-
rante as primeiras semanas de tratamento. E.ot"a reaçíio adversa estima. Há també m umn redução significativa da ansiedade e da
pode ser minimizada começan do com 10 a 20 mg, 2 vezes ao dia1 depressão.
p。」ゥ・ ョ エ・セ@ com acne faci:JI mfnima, mas com ウ ゥョ エッ ュ 。セ@ de clis-
morfofobia ( depres.<5o inadequada e/ou resposta de an siedade a
ame branda) são frequentemente trntados com an tibiotiooterapia
Tabele 7-5 Exames laboratoria is com lsotretinorna
de longo prazo sem melhora perceptível. Esses pacientes respon-
Exame dem ao tratamento com isotretinoína, pois ficam satisfeitos com
Gravidez
Comentários
Veja diretrizes do programa iPUDGE •
- os resuJtados estéticos alcançados. A inádênáa de reádiva é
maior que em outros pacientes com ame e geralmente requer te-
Nlvel de Realizada durante o pré-tratAmento. ap;;;- rapia adiàonal na fonna de antibióticos ou mais isotrttinoína.
lllglocetfdeost 2-3 semanas de tratamento, e depois a in-
teovalos de 4 semanas. Se os nNels exce- EXAMES LABORATORIAIS. Exames de gravidez, exames de
dem 350-400 mgldl. repetir a med!Ç3o de triglicerideos, hemograma completo e testes de função hepática
lipídios no sangue em inteovaros de 2-3 se-
são realizados em pncientt:'l que tomam isotretinoína (ThbeJa
manas. Pare se o valor excede< 700-800
7 -5); testes de gravidez são realizados a cada 4 semanas de acom-
-
mg/dl para reduzir risco de pancreatite.
pan hamento.
Hemograma Realiu.do a ntes do tratamento e após
completo 4-6 semanas de tratamento.
EFEITOS COLATERAIS. Os efeitos colaterais omrrem r.om
Funç&o hepáticat Realiu.do a ntes do tratamento e após frequênda, s;to dependentes da dose e são reversíveis logo 。ーセ@ a
4-6 semanas de tratamento descontinu ação do tri.\t.1mento. Os padentes com efeitos colate-
•WW>N.ipledgeprogram.com rais podem ser trat.1dos oom uma dosagem menor, por um período
tAnormahdades hepáticas e lipídicas raramente exigem a reduç&o sufiáentemente longo para alcançar o nível de dose rumulativa
da dosagem. de 120 mgfkg. Explique aos pacientes que o beneficio a longo
245
Dennatol ogla CHnica
246
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
tos que têm lesões crostosas que drenam ou lesões ulceradas pre- CORTICOSTEROIDES INTRALESIONAIS
existentes. O tecido de granulação pode ser controlado com inje-
ções intralesionais de conicoides ou bastões de nitrato de prata. Lesões isoladas nodulodstias e pustulosas grandes podem ser
Pele gravemente: ressecada ou eczema comumente ocorre nos eficazmente tratadas com uma única injeção de acetonida de:
dorsos das mãos. Recomendam-se o オNセ@ rotineiro de. cremes hi- triancinolona, admini$trada com agulha de calibre 27 ou 30. As
dratantes e lavagem pouco frequente. Os esteroides tópicos do preparações comercialmente disponíveis incluem Kenaloga ( 10
grupo V tratam o eczema. mg/ml) e TAc- 3 (3 mg/ml). A suspe.nsão de 10 mg/ml pode ser
usada com potência tot:tl ou diluída com lidocaína a 1% o u soro
Depressão. Em 1998, os fubric mtes d a isotretinoína, ju nta- 6.-iológic.o. O soro é preferível porque as injeções d e mistum de
mente com a FDA, anu nciaram um;, n ovn ndvenência: ....-rans to r- xilocaína são dolorosas. Uma concentração de 2,5 a 51 0 mgfm l é
nos psiqui:ítricos: i.sotretinoína po d e r_;msar 、・ーイウNLセッ@ ps icose e, geralmente u m a ゥョ ェ ・セッ@ adequada para suprimir a inflamação.
raramente., tendência suicida, t ent.1 tivas de suiddio e suiddio. A Alguns pacien tes com <'lcne dstica têm uma melho ra signifiCJtivn
descontinuaç.ão do tratamento com isotretinoína pode ser insufi. apenas com cortioosteroides intralesionais. Injete 1 vez por mês
dente; poderá ser necessária uma av:Jiiaç.io m:tis profunda. Ne- durante 2 ou 3 meses.
nhum mecanismo de ação foi estabelecido para esses eventos. • O
I'Ótulo do produto agora afirma: •oos pacientes que relataram TERAPIA COM CORTICOSTEROIDE INTRALESIONAL
depress.\o, alguns expõem que a depress.io diminui com a des- O frasco de solução de conicosteroide deve ser agitado cuidad<>-
continuação da terapia e retoma com a reinstitui(fjo da terapia.• samente para dispenar a suspensão branca. A seringa deve ser
Há estudos conflitantes na literatura médica. agitada imediatamente antes da injeção. A agulba é inserida atra-
vés da porção mai$ fina do teto do cisto, e O, 1 a 0,3 ml da solução
é d epositado na cavidade do cisto. Essa quantidade branqueia
PREDNISONA mo mentaneamente a ma-ioria dos cistos. Pode ocorrer atrofia caso
O..'i: corticosteroides sej.am injetados na base do cisto. Deve-se asse-
A prednisona tem u m lugar limitado, mas definido no trntam ento
gurar aos pacientes que CJso ocorra ー、・ イ ・Nセ セ  ̄ ッ@ da pele, na mnioria
dn acne. A acne noduloástica pode ser resisten te a todas ;:15 fo nnas
de terapia tó pica e a antibióticos convencionais. A acne no clulo. dos casos e la é temporária e desaparece gradualmente em 4 a 6
d>1ica pode ser destrutiva, produzindo desfiguração difundida m e.セ・ウ N@ Múltiplos cistos podem ser injetad os no derurso de uma
sessão. A inje:ç.ão intralesional é オNセ、。@ especificamente para com-
através de dcatrizes. A intervenção com agentes anti-inflamatórios
potentes nilo deve ser adiada em caso de doenç-1 de evolução rá- plementar outros programas.
É confortant.e para os pacientes saberem que,. se surgir um cisto
pida. Os cistos profundos m elboram apenas lentamente com a
isottetinofna e grande parte da lesão permanente pode ocorrer grande, e doloroso, t possível o alívio rápido com esse procedi-
enquanto se espera pelos efeitos. mento relativamente: indoloL Ocasionalmente, as injeções de
corticosteroides intralesionais podem ser administradas em pe-
TRATAMENTO COM PREDNISONA. A dosagem e a dura- quenas pápulas e pústulas quando se deseja uma resolução rá-
ção do tratamento com prednisona são determinadas pela res- pida. O uso contínuo e prolongado dos conicosteroides intrale-
posta do paciente. O seguinte programa tem sido 「・ュM\セオ」、ゥッ@ sionais resultou em .suprcs.!\o suprarrenaL
no tratamento de ame ástica d o lorosa, extensa e de. avanço rá-
pido: õl prednisona deve ser iniciada com 40-60 mg/dia1 adminis-
trndos em doses fracionadas, 2 カ・コNセ@ por diõl . F...'l.'kl dosagem é
man tidõl até q ue a maioria das lesões イ ー 。 ・Nセョエ@ melhora significa.
tiva. A dosagem é reduzida gradualmente. A dosagem é reduzida
par<\ 30 mg, administrados co m o d ose: únirn peJa manhã. A dosa·
gem pode ser reduzida em 5 mg por semana até que se atin ja 20
mg. ponto em que a prednisona pode ser reduzida para 30 mg em
dias alternados e retirada em incrementos de S mg a cada 4 dias.
Os pacientes com ame: grave o sufiàente para aigir prednisona
geralmente requerem isotretinoína para um contrOle duradouro.
Ambos os fánnacos podem ser iniàados simultaneamente.
2.4 7
Dermatologia CHnica
Figura 7-33 Acne esteroide. Inúmeras pápulas e pústulas セ@ Figura 7·34 Acne neonatal. Pequenas pápulas e pústulas
de tamanho uniforme e estão simetricamente distribufdas. ocorrem geralmente nas bochechas e no nariz da criança.
248
Acne, Rosácea e Distúrbios lleladonados Capítulo
249
Dermato logia CHnica
ACNE ESCORIADA
A maioria dos pacientes com acne tenta drenar os comedões e as Figura 7-38 Acne excoriée des j eunes filies. Erosões e úlce-
ras são criadas por tentativas inadequadas de d renar as lesões
pústulas com uma pressão moderada dos dedos. Ocasionalmente,
da acne.
u ma mulher jovem com pouca ou nenhuma acne desenvolve d i-
versas erosões lineares profundas na fuce (Fig<. 7-37 a 7-40). A
pele foi beliscada vigorosamente com a u nha e em seguida fo r-
mou-se uma crosta. Essas erosões vermeJhas grandes com crostas
aderentes são sinais evidentes de manipulaç.1o e podem ser faci l-
mente d iferenciadas de pápulas e pústulas que desapareceram .
eNGゥセ@ tentativa inadequada de erradicar as lesões provoca a forma-
ção de cicatrizes e uma hiperpigmentaç.âo marrom . As mulheres
podem negar ou ficar alheias a essa manip ulação. Deve-se explicar
que essas lesões podem ocorrer apenas com a manipulaç.1o e q ue
as lesões podem ser criadas inconscientem ente durante o sono.
Uma vez confrontadas, muitas mulhere.-. são capazes de ter uma
contenção adequada. Aqueles que não conseguem 。「セGエ・ イ M ウ・@ de
escoriar a fuce podem beneficiar-se de cuidados psiquiátricos. Um
paciente melhorou com olanzapina de 2,5 mg administrada d u-
ran te 6 meses.
250
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
Figura 7-42 Comedões senis. Comedões pequenos ou Figura 7-43 Milio. Cistos minúsculos, brancos e em f orma
grandes podem surgir ao redor dos o lhos e das têmporas em de cúpula que ocorrem ao redor dos olhos e nas bochechas.
indivíduos de meia-idade e idosos. A luz do sol é um fator Não há abertura folicular evidente como aquela observada
predisponente. nos comedões fechados.
251
Dermatologia CHnica
Figura 7·44 Cicatrizes de acne com depressão. Os cirurgiOes Figura 7-45 Cicatrizes semelhantes a crateras são desfigu·
plásticos e dermatológicos têm uma série de técnicas (p. ex.• rantes e de difícil manejo.
dermoabrasáo, enxertia na depressão, resurfadng com laser)
para tratar esse problema difícil.
252
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
DERMATITE PERIORAL
253
Dermatologia CHnica
254
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
DERMATITE PERIORAL
Figura 7-51 Dermatite perioral nesse lactente foi diagnosticada como eczema e tratada com corticosteroides
tópicos.
Figura 7-52 Dermatit e perioral. Autotratamento com um corticost eroide do grupo I t ópico, 1 ou 2
vezes por semana, durante meses, resultou no surgimento de pápulas, pústulas, descamação e
edema . A crise persistiu por 8 semanas após a interrupção do creme com corticosteroide e não res-
pondeu aos antibióticos o rais.
255
D ermato logia CHnica
256
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
ROSÁCEA
Figura 7-56 Rosácea grave. Antibióticos orais f alharam. Pred- Figura 7-57 Rosácea e rinofima. Rosácea crônica do nariz
nisona acompanhada de isotretinoína eliminou a erupção. causou hipertrofia irreversível (rinofima).
257
Dermato logia CHnica
258
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
259
Dennatologla CHn ica
Patogenia
HIDRADENITE SUPURATIVA
As lesões começam com hiperquerntose folicular e formação de
A hidradenite supurativa (arne invei'S.'I) é uma doença crônica comedão e evoluem para a ruprura do infundfbulo folirular, com
supurntiva e com formação de cicatrizes da pele e do tecido sub- inflamação da derme circundante. Um infiltrado granulomatoso se
cutâneo que: oc.orrem nas 。クゥャセ@ nas regiões anoge:nitais e sob a forma com inflamação local, causando forrnaç!o de absa:.so e
mama feminina (Figs. 7-59 a 7-64). Aqueles pacientes que ga- apocrinite à medida que a inflamação se dissemina. As lesões ini-
nham peso f"requentemente desenvolvem lesões entre as pregas ciais mostram oclusão folicular que poupa as glândulas apóainas.
recém-formadas de gordura. Exi.<te uma grande variação na gravi- A doença oão aparece até depois da ーオ「・イ、。セ@ e a maioria
dade clínica. Muitos casos, especialmente nas coxas e na vulva1 dos casos se desenvolve na segunda e terceira décadas de vida.
são brandos e mal 、ゥ。ァjセッウエ」@ como furunculosc rerorrente. A Estudos mostram um agrupamento em rnmnias. Um tipo rnmiliar
doença é mai.< セョッウ@ obesos. A anropatia inflamatória pode com herança autossõmica dominante foi descrito. Ass·i m como
ocorrer em pacientes com hidradenite supurativa e ame amglobata. em relação à ame. pode haver uma taxa excessiva de c.onva>ao de
androgênios dentro da glândula em um metabólito androgênico
mais ativo ou uma resposta exagerada da glândula para um deter·
Apresentação cHnica minado estímulo borrnonaL
A marca da hidrnde.nite é um comed.3o duplo - um •cravo• com A hidradenite faz parte da rara síndrome de oclusão folicular
uma ou duas, ou algumas vezes várias, aberturas na superfície que com tríade de acne conglobata, hidradenite supurativa e c.e.lulite
se comunicam sob a pele (Fi!!-'. 7-62 e 7-64 ). E.o;.<a lesão distintiva dissecativa do couro cabeludo.
pode existir durante anos antes que outros s intomas apareçam.
Ao contrário da acne, qu:mdo a doença começ:t, toma--se progres·
siva e autoperpetu:mte. A inflamação clérmiCll extensa e profunda
resulL1 em ab..r.essos dolorosos e grandes (Fig.•. 7-59 e 7-63). O
proces.."o de dc.1triz.1ção altera pe:nnanentemente a clerme. Faixas
semelhantes a cordas de tecido cic...1tricinl cruzam as axilas e a vi-
rilha (Fig. 7-59) . A reepitelia lizoç.1o leva a tratos sinu.,ais revesti-
dos de epitélio serpe.ntenntes, nos quais material estranho e bac-
térias ficam presos. Um trato sinusal pode ser pequeno e maJ
interpretttdo como uma lesão dstiC.'\. O OJI'SO varia entre os indi-
カ■、オッNセ L@ e vai desde um cisto ocasional nas axilas até a formação
de abscesso difuso na região inguinal.
Figura 7-59 Anos de inflamaçao nas axilas resultaram em Figura 7-60 Hidradenite supurativa. Um caso extenso com
várias cicatrizes em faixa. cistos e hiperpigmentação.
260
Acne, Rosácea e Distúrbios Relacionados Capítulo
HIDRADENITE
Figura 7-61 Hidradenite supurativa nas nádegas. Cistos Figura 7-62 Hidradenite supurativa. Cicatrizes lineares e co-
confluentes extensos. medões estão presentes na região inguinal direita.
261
Dermato logia Cllnica
ISOTRETINOINA CIRURGIA
A isotretino ína (1 mgfkgfdia d urante 20 semanas) pode ser eficaz A excisão dnírgica é_. às vezes, a ú nica solução. l esões re.-.iduais,
em determinados casos. A resposta é variável e imp revisível, e a particulannente do trato sinusal indolente, são u ma fonte de in-
su p ressão completa ou a remissão p rolongada é incomu m . Os Oamação recorrente. A excisão local é frequentem ente seguida por
primeiros casos apenas com lesões dsticas inflamató rias nos recorrência.
quais os tratos sinusais miniaturizado não se 、・Nセョカッ ャ カ・ イ 。ュ@ têm A excisâo radical precoce é o tratam ento de escolha para al-
mais chances de ser contro lados, mas os caso.'i graves também têm guns casos. O fechamento p ri mário resulta em uma taxa de recor-
respondido. rênda em até 70o/o dos pacientes. Não houve nenhuma recorrên-
A mono terapia com isotretinoína tem efeito terapêutico limi- cia, nenhu ma complicação grave e nenh uma operação de revisão
tado. Dado.'i retrospectivos de pacientes tratado..-. com isotretino ína nos pacientes tratados de maneira agressiva pela exdsâo radical
por 4 a 6 meses foram analisados. Em 23,50,4, dos pacien tes, a de todas as áreas su.r ten tadoras de pelos e reconstruídas com en-
condição 、・Nセ。ーイ」オ@ completamen te durante a terapia inicial e xerto ou retalho. PM/D: 1578?789
16,20/b man tiveram a melhora. O tratamento foi mais bem-suce-
dido nas fonnas mais brandas da doença.
262
Capítulo
'
Acne, Rosácea e Distúrbios llelacionados
MILIÁRIA
Miliária rubra
A miliária rubra (Fig. 7-66), a mais comum das doenç.u de reten·
A miliária, ou brotoeja, é um fenômeno comwn que ocorre em ção de suor, resulta da oclusão cL1 pane intraepidérmica do dueto
indivíduos predispostos durante períodos de esforço ou exposi· sudoriparo écrino. Pápulas e vesíruJas cirru.ndadas por um haJo
ção ao calor. A oclusão do dueto sudoriparo écrino é o evento セ・ャィッ@ ou por um eritema difuso 、・ウョカッャセ M オ@ セ@ medida
iniàaL O dueto se rompe. o suor vaza para os tecidos 、イ。ュョ セ@ que a resposta inflamatória se desenvol"e. Em vez de prurido, a
tes e ゥウNセ@ induz uma resposu inflamatória. A oclusão ocorre em erupção é acompanhada por uma 'fisgada' ou Sf:Dsaçllo de 'pi·
!rés ním!, produzindo !rés formas distintas de miliária. As lesões cada'. A erupção ororre sob a roupa ou em áreas propensas a su·
papul0!13s e """irulares que Sf: assemelham a pústulas de folirulite dorese após esforço ou superaquecimento; as palmas das tnãos e
têm uma grande característica distintivas: das não são folirulares as plantas dos pés são poupada.<. A doença é geralmente autoümi·
e, portanto, não têm uma haste pilosa penetrante. As pústulas tada, mas alguns paáentes nunca se ad.1ptam ao dima quente e:
folirulares pmva..,lmente são infecciosa!, enquanto pápulas não devem. portanto, fazer uma mudança geográfica para ajudar na
folirular.., vesfrulas e pústulas, tais romo aquelas observadas na sua condição.
miliária, em geral não são inf«ciosas. O tratamento consiste na remoÇio do paciente paro uma área
fresca e com ar-condicionado. A aplicnçllo frequente de uma lo-
ção anti-inflamatória branda (p. ex., loção de desonida) alivia os
Miliária cristalina sintomas e reduz a duração da inflam:u;l\o,
Na miliária cristalina (Fig. 7-65 ), a od\L'Iào do dueto écrino na
superficie da pele resulta no aaímulo de. suo r debaixo do estrato Miliária profunda
córneo. A vesícula preenchida com suor está t.;o próxima da su·
perfície da pele que aparece como uma gota clara de orvalho. Há A miliária profunda é observada nos trópico.• em pacientes que ti·
pouco ou nenhum ・イゥ エ ・ュ。セ@ e as lesões s5o as..'iintomátirns. aセ@ ve· veram várias crises de miliária rubra. A ッ」ャオNセ sッ@ d:1 parte dénnicn do
sículas apnrece.m individun.lmente o u e.m agrupamentos e são dueto éaino é seguida por uma e rupç...'io papulosa branca. Lanolina
mais freque ntes e m lnctentes o u padentes acamados superaqueci· anidra e isotretinoína são 、セ」イゥエ N ョウ@ como tratamento e ficaz..
dos. A ruptura de uma vesfcula produz uma gota de líquido claro.
Uma compressa de água fria e ventilaçllo adequada são o bastante
para trar.ar esse proces.w :autolimitado
Figura 7-65 Miliária cristalina. Oclusao do dueto sudoríparo Figura WセV@ Miliária (brotoeja). Uma erupç3o difusa de pe-
écrino na superfície da pele resulta em um conjunto de vesí- quenas pápulas e vesículas ocorre após esforço ou superaque-
culas cheias de liquido claro. cimento.
263
Is I
Psoríase e Outras Doenças Papuloescamosas
A.o:. doenças papuJoescamosas fonnam um grupo de desordens
CONTEÚDO DO CAPfnn.O
caracterizadas por pápulas e placas descamativas. Estas entidades
• Psorfase pouco têm em comum, exceto as carncteósticas clínicas da lesão
Psorfase crônica em placas primária. Uma lista completa das doenças caracterizadas por placas
Psorfase gutata de.'icamativas aparece na seção de lesõe.-. primárias do Capítulo 1.
A.o:. prindpais doenças papuloescamosas são de.'Kritas aqui.
Psorfase pustu losa generalizada
Psorfase eritrodérmica
Psorfase fotossensfvel PSOR(ASE
Psorfase do couro cabeludo
Psorfase das pa lmas e plantas A psoríase ocorre em 1o/o a 3o/o da população. A doença é geneti-
Psorfase pustu losa das palmas e plantas camente transmitida, provaveJ mente de maneira dominante com
Queratodermia blenorrágica (sfndrome de Reiter) penetrãncia variável; sua origem é de.'Konhecida. A doença é vita-
Psorfase do pên is e sfndrome de Reiter lida e caracterizada por exacerbações e remissões recorrentes,
Psorfase pustu losa dos dedos crônicas, que são emocional e fisicamente debilitantes.
Psorfase invertida (psorfase das flexuras ou áreas Pode haver muitos milhões de ind ivíduos com potencial para
intertriginosas) desenvolver psoríase, que p recisam apenas da combinação correta
Psorfase induzida pelo vfrus da imunodeficiência de fatores ambientais para desencadear a doença. fNセエイ・ウZL@ por
humana (HIV) exemplo, pode de.'iencadear um episódio. Influências am bientais
Psorfase ungueal podem modificar o curso e a gravidade da doença. A extensão e a
Artrite psoriática gravidade da doença variam enormemente. A psoríase frequente·
men te começa na infância, quando o primeiro episódio pode ser
• Pitirfase rubra pilar
desencadeado por faringite estreptocócica (psoríase gutata).
• Dermatite seborreica
Lactentes (crosta láctea)
Crianças pequenas (tinea amiantácea e blefarite) Patogênese
Adolescentes e adultos (dermatite seborreica A psoríase é uma doença genética de alteração da regulação infla-
clássica) matória. O mecanismo de heranç.'l não está completamente escla-
Sfndrome da imunodeficiência adquirida recido.
• Pitirfase rósea A psoríase é uma doença de pele efou das artirulações imu-
• Lfquen plano nologicamente mediada na q ual a inflamaç.1o intralesional esti-
Pápul as locali zadas mula a hiperpro liferação dos queratinócitos basais. A eficácia de
Uquen plano hipertrófico agente.'i imunossupre.-.sores como metotrexato, ciclosporina, e
inibidores biológicos do fator de necrose tumoral (TNF) no
Uquen plano generali zado e erupções liquenoi-
des por drogas tratamento da psoríase sugere que a psoríase envolva mecanis-
Uquen plano das palmas e plantas mos imunológicos. A re.'iolução da psoríase est.1 associada à d i-
m inuição da infiltração lesional de células T, células dendríticas
Uquen plano folicular
dérmicas, células de Langerhans e neutrófilos, além de diminui-
Uquen plano oral e genital
çlío da expressão de TNF-C<, interferon-y e genes dependentes da
Uquen plano vaginal erosivo IL-12/23. Fatores ambientais também têm papel na patogênese
Unhas
• Lfquen escleroso e atrófico
• Pitirfase liquenoide
• Doença de Grover
264
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 181
da psoríase, incluindo droga..-., trauma rutâneo (fenômeno de A psoríase pode surgir no local de trauma ffsico H・ウ」ッイゥ。 ̄セ@
Koebner), infecções e estresse. queimadura ウッャ。イセ@ cirurgia); a isto se chama fenômeno isomórfico
ou de Koebner (Fig. 8-3; veja também as Figs. 8-8 e 8-10). O pru-
"O DESGOSTO DA PSORiASE." Para a maioria dos pacien- rido é altamente v.uiável. Embora a イMセッゥ。ウ・@ possa afetar q ualquer
tes a psoríase é mais deva..,.tadora psicológica do que fisicamente. A superfície cutânea, algumas áreas são preferenciais e devem ser
psoríase destrói a autoe.'itima e força a vítima a u ma vida de reco- examinadas em todos os padentes nos quais o diagnóstico de
lhimento e isolamento. Os padentes evitam muitas atividades, in- psoriase seja suspeitado. Estes locais são os cotovelos, ェ ッ・ャィウセ@
cluindo banho.'i de sol, que são excelentes para o tratamento da couro cabeludo, sulco interglúteo, unhas das mãos e dos pés.
psoríase, por medo de serem descobertos. Portanto, mesmo quan do
um paciente apresenta apenas poucas placas crônicas, a.'\.sintomáti-
cas, a doença pode ser mais séria do que aparenta.
Manifestações clínicas
A.o:. lesões de psoriase são características. Elas se iniciam como
pápulas eriternatosas descamativas que coale.s.cem para formar
placas ovais a arredondadas bem delimitadas (Fig. 8 -1 ). A escama
é aderida e b ranco-prateada, revelando pontilhado hemorrágico
quando curetada (sinal de Auspitz). As escamas podem se tomar
extremamente 、・ョウ。セ@ especialmente no couro rnbeludo. As áreas
intertriginosas fonnam escamas1 mas estas são maceradas e dis-
persadas; portanto1 as placas de psoríase das áreas de dobras pa-
recem lisas, avermelhadas com superfície macerada. O local mais
comum de aparecimento de placas intertriginous é o sulco inter-
glúteo (Fig. 8-2). A coloração verrnelho·viVll é outro sinal caracte-
rístico e permanece constante em outrns áreas.
Figura 8-1 Psoríase. Placa típica oval com bordas bem defi- Figura 8-3 Psoríase. Fenõmeno de Koebner. Aparecimento
nidas e escamas prateadas. de psoríase na área doadora de enxerto de pele.
265
Dermatologia Cllnica
A doença afet.1 mais as superfícies extensoras do que flexoras e AGENTES BETABLOQUEADORES. Os betabloqueadores
frequentemen te poupa palmas, plantas e face. A maioria dos pa· podem piorar a psoríase e devem ser ruidadosamen te avaJiados
dentes apresenta doenç.'l crônica localizada, porém existem mui· no tratamento destes pacientes.
tas outras apresentações. Placas localizadas podem ser confundi·
das com eczema ou dermatite seborreica, e a forma gutata com AGENTES ANTIMALÁRICOS. Já se descreveu dermatite es-
múltiplas pequenas lesões pode lembrar sífilis secundária ou piti- foliativa e exacerbação da ーウッイ■。Nセ・@ e m pacientes com psoríase em
ríase rósea. tratamento com antimaláricos, porém a incidência é baixa. Os
antimaláric.os não s.1o contraindicados e m paciente.'i com psoriase
DROGAS QUE PRECIPITAM OU EXACERBAM A que ョ・」ウNセゥエ。ュ@ de tratamento pro61ático contra malária.
PSORIASE
CORTICOSTEROIDES sitセmcoN@ Os corticosteroide.<
LfTIO. É bem dorumentado que a psoríase preexistente pode ser sistêmicos rapidamente induzem a regressão da psoríase; infeliz..
exacerbada durante o tratamento com lítio, porém a presença de mente,. em muitos rnsos a doença piora, ocasionalmente evo·
ーウッイ■。Nセ・@ não é uma contraindicação ao tratamento com lítio. A luindo para psoríase pustuJosa quando os corticosteroides são
doença não apresent..1 piora em muitos pacientes tratados com retirados. Por ・ウNセ。@ razão, os corticosteroides s istêmicos foram
lítio. Caso o tratamento com lítio seja necessário, é indicada a abandonado..-. como tratamento de rotina para psoríase.
reduç.1o de sua dosagem ou a intensificação do tratamento da
ーウッイ■。Nセ・@
266
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo ISI
Figura 8-4 A, Placa de psorfase crônica. As placas não inflamadas tendem a permanecer fixas na mesma posiç3o por meses.
B, As placas estao mais inflamadas do que no paciente da foto A.
267
Dermatologia CHnica
Psoríase gutata
Mais de 30% dos pacientes com psoríase têm seu primeiro episó-
dio antes dos 20 anos; muitas vezes, um episódio de psoríase
gutata é o primeiro indído da p ropensão do paciente à doença.
Faringite estreptocódca ou infecção viral do trnto イ・Nセー ゥイ 。エイゥッ@ su-
perior pode preceder a erupção em l ou 2 semanas. Pápulas des-
camativas surgem subitamente no tronco e nas extremidades-,
poupando palmas e plantas (Fig. 8 -5, A-D). Seu número varia de
poucas a muitas, e seu tamanho pode ser apenas pontual a até 1
em. As le.<iôes aumentam de tamanho com o tempo. O couro ca-
beludo e a face também podem estar envolvidos. O prurido é
variáveL A psoriase gutata pode se resolver espontaneamente em
semanas a meses; ela responde mais prontamente ao tratamento
do que a psoríase crônica em placas. Deve-se colher rultura de
orofaringe parn descartar infecção estreptocódca. Há uma alta
incidência de títulos positivos de antiestreptolisina O neste grupo.
'
As placas aumentaram de tamanho com o passar do tempo. Lesões puntiformes de até 1 em desenvolveram descamação
típica da psoríase logo após o aparecimento.
Figura 8-5 Psoríase gut ata.
268
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
Figura 8-6 Psoríase pustulosa generalizada. Uma placa eri- Figura 8-7 Eritrodermia psoriática. Aparecimento de eri-
tematosa evoluiu com o aparecimento de múltiplas pústulas t ema generalizado logo após o paciente descontinuar o uso
estéreis, as quais coalesceram em muitas áreas. de metotrexato.
269
D ermato logia CHnica
270
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 18 1
Figura 8-10 Psoríase dos dedos. A erupção parece eczema- Figura 8-11 Psoríase da mão. Uma placa lisa, de um verme-
tosa, porém o halo vermelho-vivo é típico de psoríase. Essa lho profundo, em um paciente com lesões típicas pelo corpo.
erupção ocorreu como fenômeno de Koebner em um cirurgião.
Um caso precoce com localização típica. Esta é uma doença crônica na qual as plantas podem per-
manecer inflamadas por anos.
Figura 8-12 Psoríase pust ulosa das plantas.
271
Dermatologia CHnlca
Queratodermia blenorrágica {síndrome vos) por qualquer uma 、セ@ diferentes infecções, espeáalmente
aquelas que causam dise.ntcria ou オイ・エゥセ@ oomo Yersinia ・ョエセ@
de Reiter)
litica e V. pseudotubm:ulosis. Lesões de pele psoriasiformes desen-
A ウAョ、イッュセ@ de ReiU<r aparenta ser uma resposta imunológia rea- volvem-se em pacientes com s!ndrome de ReiU<r (uretrite e/ou
tiva アオセ@ é normalmente desencadeada em um individuo genetica- ceiVicite, artrite periférica com mais de I mês de duração) usual-
mente si.ISCLtfveJ (60% a 90% dos pacientes são HLA-827-positi- mente I a 2 meses após o inicio da anrite; 25% dos pacientes
apresentam conjuntivite. As lesões rnracte.rísticas, queratodermia
blenorrágica_, tipicamente ap<1.recem nas regiões plantares (Fig.
8-13, A) e e'!tendem-se até os podod:íctilos {Fig. 8 -13, B), mas
tam bém podem ocorrer nas pe,mn.s, couro c.'lbeludo e mãos. Po·
dem ocorrer espessamento, destroição e distrofia ungueal. A..v,
placas são psoriasifonnes com a borda característica, drrular,
descamativa {Fig. 8-14) . As placu de bordos desenhados, desrn-
mativas, desenvolvem..sc da fusão de placas papulo,""esiculosas em
expansão, com escamas espessas.. 。ュイ・ャ、セ@ aglomeradas. Po--
dem ocorrer lesões similares no pêni1. Os sintomas rutâneos e
articulares respondem ao metorrexato, aátretina e cetoconazol.
... lt
.• •
..
• •
•
272
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
Figura 8-16 Doença de Reiter. Balanite circinata, uma lesão Figura 8-17 Psoríase pustulosa dos dedos. Essa erupção
psoriasiforme muito característica. Ocorre na doença de Reit er permaneceu localizada nesse mesmo dedo por anos.
quando erosões recobertas por escamas e crostas na glande
coalescem para formar esse característ ico padrão sinuoso.
273
Dermato logia CHnica
Figura 8-19 Psoríase inversa. As placas são eritematosas e Figura 8-20 Psoríase inversa. Muitos clínicos dariam aqui o
simétricas. O diagnóstico diferencial inclui candidíase e inter- diagnóstico de candidiase. A história pregressa de psoriase da
trigo. paciente sugeriu o diagnóstico.
274
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 181
Psoríase ungueal
As alteraçõe.<i u ngueais são características da psoríase e os pacientes
devem ter suas u nhas examinadas (Cap. 25). Essas alterações fre-
quentemente fornecem dados que corroboram o diagnóstico de
psoríase quando as alterações de peJe são equívocas ou ausentes.
Figura 8-22 Na psoríase, o pitting da matriz ungueal proxi- Figura 8-23 Lesão em mancha de óleo. A coloração translú-
mal é resultado da perda de células paraqueratósicas da su- cida verm elho -amarelada lembra uma gota de óleo abaixo da
perfície da lâmina ungueal. Est e processo é análogo à desca- lâmina. Ela é result ado de psoríase do leito ungueal, que cul-
mação da psoríase na pele. mina no aprisionamento de soro subungueal.
275
Dermato logia Cllnica
Porcentagem de
todos os
pacientes com
Tipo artrite psoriátíca Caracteríscticas
Artrite assimétrica, 30-50 Estão envolvidas articulações dos dedos das mãos e pés ('dedos em salsicha")
oligoarticular (uma ou mais
articulações)
Artrite simétrica. 30-50 lembra clinicamen te a artrite reumatoide (AR), com fato r reumatoide negativo. Aco-
poliarticular (padrão AR) mete pequenas artirulações das mãos e pés, punhos, tornozelos, joelhos e cotovelos.
Predominantemente 25 leve, crõnica, nao incapacitante e associada a doença ungueal. Envolve mãos e pés.
interfala ngeana distai t a apresentação de artrite psoriática mais característica.
Poliartrite destrutiva (artrite 5 A forma mais grave de artrite psoriática envolve osteólise de qualquer um dos pe-
mutilante) quenos ossos das mãos e pés. A ela atribuem-se deformidades grosseiras e subluxa-
ção. Osteólise grave culmina no dedo em telescópio, produzindo a deformidade em
'órulos de ópera". Esta deformidade pode ser vista na artrite reumatoide.
Espondilite anquilosante e 30-35 Ocorrem como fenômeno isolado ou em associação de doença articular periférica.
sacroileíte Têm associação de HlA-827 e espondilite. A associação é mais forte em homens
com sacroileHe. Ocorre sacro ileíte assintomática em cerca de um terço dos casos de
psoríase. Normalmen te é assimétrica e associada a espondilite.
•Para rumprir os aitérios de artrite psoriática de 1973 de Moll e Wright, o ー[セ 」 ゥ ・ョエ@ com psoríase e a rtrite inflamatória q ue tem fator reumatoide
negativo deve apresentar um dos cinco subtipos clínicos acima. A especificidade é de 98% e a sensibilidade, de 91 %.
276
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 18 1
ARTRITE PSORIÁTICA
@ @
© ®
Figura 8-24 Sinais e sintomas de artrite psoriática. A, Pitting, onicólise, coloração acastanhada da lâmina ungueal.
8 e C, Edema das articulações dos dedos. O, Dedos em salsicha (dactilite). E, Edema do calcanhar na altura do ten-
dão de aquiles {entesite).
277
Dermato logia Cllnica
Rigidez Pela manha f!Jou com Pela manha f!Jou com Com atividade Incomum
imobilidade imobilidade
Sensibilidade dolorosa Leve Grave Leve Grave
ao toque
Envolvimento do Comum Incomum Incomum Incomum
esqueleto axial
Lesões de pele Sempre Incomuns Incomuns Incomuns
Lesões ungueais Comuns Incomuns Incomuns Incomuns
Oactilite Comum Incomum Incomum Incomum
Alterações radiológicas
Osteopenia Menos comum Comum Incomum Incomum
Adaptado de Clinicai, radiological, and functional assessment in psoriatic arthritis: is it different from other inflammatory joint diseases? Ann
Rheum Ois 65(suppl 3):iii22-24, 2006 (revisao). No abstract available. PMID: 17038466
278
Capítulo lei
'
Psorlase e Outras Doenças Papuloesc.1 mosas
-Distribuiçao
(em anos)
Outras lesões de pele AlteraçOes ungueais Incomum Queratodermia blenorrágica Eritema nodoso, pioderma
gangrenoso
Adaptado de Clinicai, radiological, and functional assessment in psoriatic arthritis: is it different from other inflammatory joínt diseases? Ann
Rheum Dis 65(suppl 3):iii22·24, 2006 (revisao). PMID: 17038466
279
Dermato logia Cllnica
entesite (inflamação no pon to de inserção da musculatura esque- tratam ento tópico caro e moderadamente eficaz que dura sema·
lética no osso). nas ou meses. A doença limitada pode ser conduzida com trata ·
mento tópico (Thbela 8.5). Uma infiltração intralesional de corti-
TRATAMENTO DA ARTRITE PSORIÁTICA. A condut.1 é coide pode rurnr uma pequena placa e mantê-la em rem issão por
semelhante à das outrns doenças articulares crônic.'ls inflamató- meses. F...ctte é o tratam ento ideal para pacien tes com pequenas e
rias. Agentes anti-inflamató rios não esteroide.-. são o pilar do tra- poucas placas. Pomadas e cremes de corticosteroides tópicos,
tamento e normalmente alcançam controle adequado, porém calcipotriol (Daivonex'>), tazaroteno (Tazorac"') , antralina, e coal-
não induzem rem i.s..-.ões. São agentes de p rimeira linha para PsA tar são os pilares do tratamen to tópico. Estes agen tes podem ser
leve. Injeções intrn-articulares com corticosteroides podem ser u tilizados com ou sem exposição ultravioleta. Podem-se desenhar
eficazes. Nenhu m dos tratam entos citados é capaz de interferir no programas especiais para pacientes q ue não tenham acesso à ex-
desenvolvimento de dano estrutural artirular. O metotrexato con- posição lum inosa terapêutica e para pacientes com doença li mi·
trola doença artirular e cut.1nea avançada. Sulfassalazina, lefluno- tada. Sem luz, o coaltar é moderadamente eficaz, porém o uso
mida e cidosporina também são eficazes. O tratamento com persisten te de calcipotriol, tazaroteno ou an traJina pode melhorar
agentes antifator de necmse tumora(.a (anti.TNF·a) (etanercept, a doença e oferecer ao pacien te razoáveis períodos de remissão.
infliximab) pode ser bastante eficaz. Os corticoides tópicos agem depressa, mas dificilmen te alcançam
a rum complet.1 das lesões. Os períodos de rem is..'ião são rurtos, e
Metotrexato. O metotrexato é um agente de segunda li nha os cremes tomam-se menos eficaze.-. com o passar do tempo.
eficaz para artrite psoriática. Ele frequentem ente é usado mmo Os pacientes com psoríase cobrindo mais de 20% do corpo
DMARD (medicamento antirreumático modificador de doença) necessit.1m de p rogramas e.<peciai.s de tratamento (Tabela 8 -6).
p rimário na PsA, por sua eficácia tan to em tratar a doença cutânea
q uanto o com pro metimento artirular em pacientes com psoríase. DETERMINANDO O GRAU DE INFLAMAÇÃO. A forma
O metotrexato não é caro. A dor e a função articular meJ horam mais comum de psoria...e é a doença crônica em placas localizada
enormemen te 2 a 6 semanas após o início do tratamento com 5 envolvendo a pele e o couro cabeludo. Antes de começar o trnta-
mg a cada 12 horas em três doses mnserutivas semanalmente. mento, deve-se determinar se a placa está ou não inflamada (Fig.
Doses menores podem não ser eficazes. O metotrexato também 8-26). Placas vermelhas e escoriadas podem ser irritadas por calápo-
pode ser administrado como dose única ou em duas dose.-. sepa- triol, coaltar e an traJina. A irritação pode induzir atividade subse-
radas por 12 horas. A dose é aumen tada para 25 a 30 mg por se- quente. Esta inflamação deve ser suprimida oom corticosteroides tó-
mana, até obtenção do 」ッ ョエイ 。 ゥ セ@ e então diminuída para u ma picos efou antibiótioos antes de serem iniciados outros tratamentos.
dose de man utenção en tre 5 e 15 mg/semana.
O risco de toxicidade hepática em pacientes que fazem trata- DETERMINANDO O FIM DO TRATAMENTO. A placa
m ento em longo prazo com metotrexato em baixas dose.-. para encon tra-se efetivamente tratada quando a ind uração desapare-
artrite psoriática é considerável, e este risco aumenta juntam ente ceu. Q uando a placa desaparece, é comum encontrar eritem a resi·
com a dose acumulada e com o consumo excessivo de ákool. d ual, hipopigmen tação ou hiperpigmen taç.ão acastanhada; os
Devem-se real izar biopsias hepáticas periodicam ente para moni· pacientes frequen temente confundem essa coloração re.-.idual
tornr toxicidade hepática (ver a seç.ão sobre tratamento com m e· com doença e conti nuam o tratamento. No momento em q ue a
totrexato neste capítulo). placa não for mais percebida ao se passar o dedo sobre o local da
lesão, o trat.1men to deve ser descontinuado.
Etanercept (Enbref&), adalimumab (Humirae), lnfli-
ximab (Remicade9 ). E.•te.• agentes an tifator de necrose tumo- CONTROLE DO ESTRESSE. Um e.•tudo demonstrou u ma
ral (an ti-1NF) ligam.se e inibem a atividade do TNF. São alta- correJação positiva entre a gravidade dos sintomas da psoríase e
m ente e.ficaze.-. para artrite psoriática. Seu rusto é muito alto. A-. estresse psicológico. Técnicas de redução do estresse podem ser
orien tações para seu uso são d iscutidas no tema Tratam ento da adequadas para certos paciente.-..
Psoríase. Estes agen tes frequentemente são combinados com
DMARDs, especial mente o metotrexato. DURAÇÃO DA REMISSÃO. Entre os agente.< de monotera.
A hidroxicloroquina não é apropriadamente eficaz para o tra- pia tópica, a an tralina e o t.1 zaroteno induzem periodos de remis-
tamen to da artrite psoriática. C..osticosteroides sistêm icos normal· são mais longos do que o calcipotriol e os corticosteroides; entre
mente são evitados pelo risco de rebate da doença de pele na re- os agentes sistêmicos, ocorrem remissões ma is longas usando-se
tirada. acitretina do que metotrexato ou ciclosporina, mas quando com-
A ciclosporina em doses de 1,5 a 5,0 mg/kg promove u m alívio parados com a taxa de remissão dos tratamentos fototerapêuticos,
considerável das artralgias e uma melhora da função artirular. as taxas de remissão são bem menores (Tabelas 8-.S e 8.6). O tra·
Em bora possam ocorrer recidivas leves a moderadas, não se ob- dicional método de Goeckennan é mais provável de induzir re-
serva fenômeno de rebote após a descontinuação do tratamen to. m issões prolongadas do que a fototerapia com UVB simples, o
Seu uso é limitado por sua toxicidade renal. Goeckerman "feito em casa• com líquor carbonis detergen.s (I.CD)
ou helioterapia. A fototerapia com PUVA tam bém é capaz de in-
duzir remissões prolongadas.
Tratamento da psoríase
Alguns trat.1mentos são mais adequados para melhora mais
F...cttão d isponíveis muitos agente.-. tópicos e sistêrnims. Nen huma rápida; outros são mais bem ind icados para tratamentos de ma-
das medicações tópicas é previsivelmente eficaz. Todas requerem nu tenção. A conduta ideal envolve o uso sequencial de agentes
tratamento p ro longado e o alívio é em geral temporário. A adesão terapêu ticos em três passos, a saber, a fase de claream ento, a fase
toma-se u m problema. Os pacientes ficam desestimulados com o de transiç.;o, e a fase de man u tenção.
280
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
Tabela 3-5 Opções Terapêuticas para Pessoas com Psoríase em Menos de 20% do Corpo
281
DermaLologla CHnica
282
イウッヲ。Nセ・@ e Outras Doenças l'apuloesca rnosas Capítulo 18 1
Para melhores resultados, são necessárias de uma a quatro PREPARAÇÕES E USO. A antralina está disponível comer-
aplicaçõe diárias de um esteroide tópico do grupo I ao V. Odu- cialmente em concentrações de O, 1%, 0,25%, 0,5% e 1,0% (3%
s3o com plástico dos esteroides tópicos é muito mais eficaz do fora dos EstadO!! UnidO!!). Os pacientes devem ser orientadO!!
que a aplicação simples. Pomada de dipropionato de belameta- quanto à possibilidade de irritação e pigmentação. O Psoriatec" t
sona e dobetasol são extremamente potentes, e, portanto, não se uma formulação em aeme de antralina a 1% desenvolvida para
usa oclusão para estes dois agentes. Os ateroides tópicos do reduzir o risco de pigment.lção e irrit.1çâo.
grupo V aplicados uma a du as vezes por dia podem ser usados nas As m ãos devem ser ruidadosament.e lavadas após a 。ーャゥ」セッL@
áre..'\S ;ntertriginosas e na face. AJgumas placo1s desaparecem, mas com o cuidado de evitnr contttto com os olhos. Também se deve
a mnioria fica apenas parcialmente reduzida com a ZQー ャ ゥ」ZセN ̄ッ@ c..on- ter ruidado para proteger a pele nonnal, e a antralina não deve ser
tínun. Não se deve en corajar a aplirnção contfnua por mais de 3 aplicada na fuce ou em セイウ@ in tertriginosas. A pomada é remo-
ウ・ュセョZQN@ As イ・ュ ゥ ウ・Nセ@ em geral são autas e as p lacas retomnm vida pelo e=ígue com snb3o. Aplicam-se entlío lubrificantes paro
tão logo o tratamento seja descontinuado. Cremes de esteroides evitar ressecamento e eliminar os traços restantes da antralina. Se
tópiCO$ aplicados sob oclusão promovem uma meJhora rápida, a irritação persistir, a antralin::t deve ser interrompida, e os pacien-
ma.s a remi.s..,ão não é mais longa. tes devem ser tratados com esteroides tópicos do grupo 11 ao V até
O aparecimento rápido de atrofia e セャ。ョァゥ・ウ@ ocorre que seja observada uma melhora.
quando "' usa um esteroide tópico do grupo I sob oclus.'io. As A coloração da pele cede em questão de semanas, mas a colo-
soluções de esteroide tópico são úteis para psori.,., do couro ca- ração arroxeada das roupas é permanente (Fig. 8-27). A antralina
beludo. Infiltração intralesional de pequenas placas com trianci- também é usada para psori.,., de couro cabeludo. A trietanola-
lonola aCII<tonida (Kenalog" 5 a 10 mg{ml) leva a uma melhora da mina, apücada quando • antralina é retirada, evita a coloração da
les3o e à remissão prolongada quase que invariavelmente. Pode pele e diminui a irritaç.'lo. Detergentes com hipoclorito foram
ocorrer atrofia na concentração de 10 mg{ml. usados com sucesso para remover a coloração da antralina dos
A espuma devalerato de betametasona (Lwciq•) e a espuma de objetos, e um sabão levemente áddo remove a coloração da pelt..
proprionato de clobetasol HoiセL@ Olux-E'") ・ウエNセッ@ db-poníveis em
embalagens de 50 g e de 100 g. O Lwciq• também está disponível Terapia de curto contato. Aplique a mediação e enx.ígue
em emba lagens de !50 g. A espuma se toma liquida em c.ontato após 20 m_inutos. O tempo de cont:lt.o pode se estender até 1
oom a pele. O dobel.1.'1ol também está disponível em .<pmy (Ciobex<"). hora. Períodos maiores se tomam inoonvenientes e provavel-
Essas formulações são mu ito eficazes e. preferíveis aos cremes, mente não aumentam a efic.1da. O objetivo é: manter um es-
pomadas e soluções para tratamento de psoriase do couro cabe- quema diário usando a mais aiL1 concentração de antralina possf...
ludo e lesões em placas do tronco e extremidades por muitos vel que possa ser tolerada sem induzir inflamação.
pacientes. Alguns pacientes referem pinicação transitória. As for-
mulações de espumas hemolientes são muito bem toleradas. Po-
dem-K aplicar hidrntantes logo após a aplicação da espuma.
ESTEROIDES INTRALESIONAIS
Padentes com psoríase crônica com poucas e pequenas placas no
couro cnbeludo ou no corpo podem ser tratados de maneira efic.12
com uma únirn infiltração intrnlesional de triancinolona aceto-
nida Hk・ョ。 ャ ッセ@ 5 a 10 mg/ml). A solução de 10 rng{ml pode ser
dilufda com soro fisiológico. A maioria das placas infiltradas cla-
reia completamente e permanece em remissão por meses. No lo-
cal da injeção, podem aparecer atrofia e telangiectasias. Evitar a
face e áreas intertriginosas.
ANTRALINA
A antralina é usada apenas para psoriase crônica em placas. A
antralina foi usada em hospitais por anos, de maneira eficaz, para
tratamento da psoríase. Os pontos negativos são a sujeira cau.çada
pela aplicação, os longos períodos de tratamento, e. i:\ pigmenta-
ção. A aderência máxima do paciente pode ser conseguida com
pre.parnções r..omerdais já disponíveis e com novos esque.mtts de
curtos períodos de tratamento. Existem diferentes ・ウ\ { オ・ュ。セ@ efic.1-
zes de tratamento. A psoríase meJhora mais rapidamente quando
a radiação UVB é usada em conjunto com a antralina. Figura 8-27 Placas de psoríase em tratamento com antra-
lina. Como em todas as formas de tratamento, as lesões
apresentam inicialmente clareamento central.
283
Dennatologja CHnlca
284
イウッヲ。Nセ・@ e Outras Doenças l'apuloesca rnosas Capítulo )8 1
encontram livres de doença após os primeiros 2 a 3 meses de Lentigos. Os lentigos desenvolvem-se em mwtos pacientes
エイョセュ」ッ@ de manutenção permanecerá assim nos próximos 6 a após o tratamento prolongado com PlNA. Essas pequenas máru·
12 meses. O controle da doença tem duraÇ!o maior após PlNA las ruperaôJ1llcas ocorrem em locais <xpo<tos ao PlNA.
do que lNB. O uso contínuo de PlNA após a &se de dareamento
inicial permite um controle da doença adequado por períodos Catarata. Existe ceru preocupaçiio quanto ao fato de o trata·
prolonpdos. A taxa de recorrência é mais alta em pacientes que menta com PlNA facilitar o 3parecimento de catarata, porém a
não fazem o tratamento de manutenção; entretanto, ., m:mut.en- inádência parece. ser muito baixa quando se usa proteção oruJar
ção por longos períodos resulta em doses cumulativas maiores. adequada. Durante. o primeiro dia de tratamento com PUVI\ os
pacientes devem u.'iar ócu los com bloqueio l.NA, plásticos, com
PUVA ASSOCIADO A OUTRAS MODALIDADES. A<.«>- cobertura total (incluinclo ns laternis), desde o momento em que
ciar PUVA n outras modalidades (lNB, caldpotriol, エ。コイッ・ョセ@ a droga foi ingerida até a hora de donnir, quando estiverem em
adtretina, metotrexato) reduz o número de séS..\Ões de fototerapia ambiente externo. Quando em área interna o u durante a pe.num·
necessárias para manutenção da remissão, resulta em me.no..\ efei- bra, usar óculos com cobert-ura total ou daros com bloqueio UVA.
tos adversos do t:ratamento, aumenta a eficlc.ia e reduz os ru.•nos. A partir do segundo dia, t3nto os óculos com cobertura total
quaotos os óculos claros com cobertura lNA devem ser utilizados
PUVA mais acitretina. o tratamento combinado da psoríase durante todo o dia.
com acitretina e fototerapia (psoralmo-ultr.avioleta A (PlNA) ou
ultravioleta 8 [lNB)) fornece múltiplas vantagens sobre o uso de EFEITOS EM CU RTO PRAZO. Os efeitos em runo prazo
cada tratamento i50ladamente. incluem bronzeamento escuro, prurido, náusea e queimadura
solar grave.
EFEITOS ADVERSOS EM LONGO PRAZO. A maioria dos
efeitos adversos da PlNA é dose-dependente. O objetjvo deve ser Náusea. A náu.'iea é o efeito colateral mais comum. Ela se de-
oontrol:.u a doe.nÇil u..undo a menor dose necessária de tr.lL'lmento senvolve logo ap6s a inge.'t!\o do metoxissaJeno. Pode ser preve.·
com f'l.NA. Tsto inclui o uso de dosagens apropriadas, uso de te- nida dividindo--se o psolnreno ao longo de 1.1) minutos e ingerindo..
mpins combinadas e evitar ao máximo o uso prolonbrado de tera- o com alimento.'i; 1.500 mg de gengibre ingeridos 20 minutos antes
pia de manutenção. da ingestão do psomleno também podem evitar a náusea. Os trata·
mentos com PlNA 。、ュゥョウエイッNセ@ no final do dia têm menos
Tumores cutâneos. o PlNA promove o envt<lhecimento rutâ- cbance de causar náusea do que o.• administrados pela manhã.
neo, qucrntoses actínicas e carcinoma espinocelular {CEC), prind-
palmente em paáentes previamente tratados com arsênico ou ra- Fototoxiddade. Evitar exposiçiio solar nos ruas de tratamento
diaçllo ionizante e em pacieotes com história de dncer de pele. O para prevenir queimaduras. A queimadura do PlNA começa 24
risco de CEC rutãneo com PlNA é dose-relacionado. Existe um horas após a <xpo<iç;\o, e o pico, em 48 horas. O PlNA não é
fone aumento, dose-depeodente. do risco de tumores genitais 3SSO- adnllnistrado em 2 dias seguidO!, pois o paciente pode não estar
ciado à <xpo<içiio a PlNA e lNB. Os homens devem u.ur proteção ciente de que uma queimadura ainda irá ocorrer a partir do pri-
genital qu.1ndo expostos ao lNA e a outras formas de rndiaç.io ul- meiro dia de tratamento.
travioleta para fins ternpêutioos, recreativos ou estilicos.
O risco de melanoma maligno aumenta cerm de 1 5 anos após
n primeiro セウ ̄ッ@
FITAS OU CURATIVOS OCLUSIVOS
de tratamento oom PlNA, e:spednlme.nte entre os
paciente.< que reoebernm 250 ou mais tratame ntos (1àbela 1\-7). Um estudo demonstrou <)ue curnt.ivos odusivos adesivos aplica..
dos e trocados a cada semana foram terapeuticamente superiores
a u m corticosteroide. do grupo V e comparáveis ao tratamento
com lNB. A melhora completa ocorreu em 47% dos casos em
Tabela 8--7 Risco de Câncer Relacionado ao PWA
média em 5 semanas; outros 41% apresentaram melhora parciaL
Carcinoma de Adesivo à prova d'água com baixa permeabilidade de vapor
M elanoma células Carcinoma úmido aplicado continuamente por 1 semana mostrou resultados
maligno escamosas basocelular semelhantes. Foram necessária.' dua.' ou mais aplicações. F.su::
1-1-S_a_nos
:;__
apó< __ョ ⦅ エッ セ 、ッ セ イゥウ」 M ッ MZ
__a_ _ _A_ume s・ュ M 。オュ・\セエッ@ do tratamento pode ser adequado para psoríase aônka em placas
ーョュ・セイ。@ sessAo de persistente, dose- nsco até uma dé- localizadas. Actidenn• e DuoDERM• são curativos autoadesivos
PUVA. maior risco dependente cada após o inicio que são aplicados isoladamente ou sobre corticosteroides tópicos
em pacientes com do tratamento e trocados a cada I o 7 dias.
mais de 250
sessoes
TRATAMENTO DO COURO CABELUDO
Pequeno número Aumento de 11 ve-
de pacientes zes nos pacientes O couro cabeludo é diffci l d e tratar/ pois o cabelo interfere com
tratados com mais a aplicação das ュ ・、 ゥ 」。・Nセ@ e protege a pele da radiação ultrn·
de 260 sessões de violeta. Sintomas como prurido e sensibilidade são altamente
PUVA. variáveis. O objetivo é promover alívio sintomático e estético.
De Morison W et ai: Arch Dennato/134(5):595, 1998. Tentar manter o cabelo con.s:t.ante.mente. limpo é impraticável c
PMID 9606329 desnecessário.
285
Dermatologia CHnica
REMOÇÃO DE ESCAMAS. pイゥュ・。ョセ@ as escamas de· cüa por 2 semanas ou até haver melhora. O tratamento deve ser
\'em ser removidas para facilitar a penetração da ッ | N セ ゥ 、 ・ ュ N@ E..cJ. mantido por até 8 semanas. A dose máxima semanal não deve:
mas supaiiáais podem ser removidas com xampus que conte· ultrapassar 100 g. O. paáentes dO\no agitar o frasco antes de
nham coaltar e áádo salicílico (p. ex., T/ Cel•). As escamas mais utilizar o produto.
espess;u s3o removidas aplicando-se P & S de BackeJ'O ou LCD a As medicações seguintes podem ser utilizadas, e toda.• usam
10% em óleo Nfvea" no couro cabeludo, enxaguando-se após 6 a óleos ou preparações em pomadas visando à penetração nas esca-
8 horas com líquido detergente de Dawn. O ato de se pentear mas. São aplicadas ao deitar e enxaguadas pela manhã com deter-
durante a lavagem ajuda a desprender as escamas. gentes potentes como o Uquido detergente de Oawn•. Durante o
O líquido P & S de Backet« (fenol, cloreto de sódio e para· dia podem-se aplic.1r soluções de corticosteroides.
fi na líquida) aplicado no couro cabeludo à noite e en,x aguado
pela mnnhã é moderadamente eficaz na reduç.ão das ・Nセ」ョ ュ。ウN@ Coaltar e óleo. LCD a 10% em óleo Nívea aplicado sobre o
O líquido de Backer" é agradável e bem tolerado por longos couro cabeludo, coberto com touca e enxaguado pela manhã re-
períodos. move as escamas e suprime a inflamação. Esta fónnula deve ser
LCD {10%}, um derivado extraído do óleo cru do coaltar, é preparada por um farmacêutico espeáaliz.ado.
misturado ao óleo Nívea• apenas pelo fannacêutim. A mistura
desagradável é Üvremente massageada no couro cabeludo ao dei· Antralina. A pomada de antralina aplicada cüariamente à noite
tar. Aquecer a mistura antes da aplicação aumenta a penetração e removida pela manhã t ouno método para o tratamento de
nas escamas. Uma touca de banho protege travesseiros e aumenta psoríase refratária do couro CJbeludo. Um método de contato
a penetraç.\o do produto. Uma quantidade expressiva de escamas auto semelhante ao previamente descrito para antralina pode ser
é removida logo nos primeiros dias. Aplicações noturnas s3o con· utilizado. Aplica-se pomada de antralina a 0,5%, lavando-se mm-
rinuadns até o couro cabeludo estar razoavelmente limpo. pletamente 10 a 20 minutos apó• a aplicação. O Drito-ScalpOI é
embalado em um tubo com um longo aplicador, para que penetre
ENVOLVIMENTO DO COURO CABELUDO LEVE A no couro cabeJudo.
MODERADO. Quando usado ao menos em dias alternados,
xampus de conltnr (veja no Formulário) podem se,r enrnzes no Tratamento sistêmico
controle da descamaç.âo moderada. Soluç.õe.< d e corticosteroides
têm alto custo, porém algumas gotas podem robrir extensas áreas. O tratamento tópico tem seus limites. Muitos paciente...; não
Céis de esteroides (p. ex., gel de 6uoánonida, gel de clobetasol, respondem aos progmmas de tratamento mais vigorosos, ou a
gel de desoxirnrtasona), os quais têm base queratolítica e pene· doença pode ser tão extensa que o tratamento tópico toma-se
tram no CJbelo, s.âo eficazes para placas localizadas. Loção inviável.
Derma.Smoothe/FS• (óleo de amendoim, ftuoánolona aceto· A psoríase moderada a grave vari3\-elmente definida como
nida a 0,01%} é uma loção de e:steroide tópico que pode ser psoríase com envolvimento de 20% ou mais de superíláe corpo-
aplicada a todo o couro cabeludo e ocluída com uma touca de ral, ou aquela que não responda aos tratamentos tópicos, pode
banho. O couro cabeludo deve ser umedeádo antes da aplicação. ser tratada com di"""as modalidades terapêuticas, como fototera-
O óleo base penetra e desprende as escamall O tratamento é repe· pia_, fotoquimioterapia (PtNA), イ・エゥョッ、セ@ metotrexato, ou agen-
tido dinriJmente. à noite por 1 a 3 semanas até que o eritema e o tes biológim.•.
prurido estejam controlados. Vários agentes sistê.micos estão disponíveis, alguns dos quais
A espuma de valera to de betametasona (Luxiq"') e a espuma de têm efeitos colaterais potencialmente graves. O metotrex.1to é
clohetasol (Oiux") são disponíveis em fraS<ns de 50 g e de 100 g. bastante eficaz, relativamente seguro e bem tolerado, embora a
O Luxiq'" também está disponível em frascos d e I 50 g. A espuma ョ・ 」・ウNセゥ 、。・@ de biopsias hepáticns periódicas desencoraje alguns
toma-se um líquido em contato com a pele. A fórmula é eficaz e m édicos e paáentes. A fotoquimioterapia (PlNA) é eficaz e rela-
。ァイ、セカ・ャL@ e penetra faálmente através dos cabelos. Pode ocorrer tivamente segura. a」ゥエイ・Zョセ@ é usada para potenciaJizar os efeitos
comichão temporário durante a aplicação. do PlNA e como monoternpia para psoriase em placas, pustuJar
Pequenas placas s.âo efetivamente tratadas com injeções de e erit.rodérmia1. A acitretina tem muitos efeitos colaterais incon-
esteroides intralesionais de trianálonona acetnoida (Kenalog" venientes. A Hydrea• não t hepatotóxica, mas raramente é utiJi.
10 mgfml). At; remissões assoáadas ao uso de corticoides intra· zada por ser eficaz em apenas alguns paáentes. A ádosporina é
lesionais s3o muito maiores do que as associad.u aos esteroides rapidamente eficaz, mas seu uso p rolongado está associado à
tópicos. perda da função renal. Agaltes biológicos s.âo seguros e efica:us e
Cetoconazol tópico pode ser útil. Cetoconazol ornl ( 400 mg estão se tomando rapidamente o tratamento sistêmico preferido
diários) pode ser eficaz em alguns casos. A possibilidade de toxi· para psoríase.
c:.idade da droga limita seu U!W.
TERAPIA ROTACIONAL
TRATAMENTO DA PSOR[ASE DIFUSA E ESPESSA DO
COURO CABELUDO. o calápotriol a 0,005% e o dipropio· Foi sugerida a abordogem d e tratamento rotaáonal (Fig. 8-28). A
nato de betametasona a 0,064% em suspensão tópica ('Thdonex" rotação dos tratamentos disponíveis para psoríase moderada a
c.1pilar, Daivobet"', Xamiol") formam uma suspens3o tópica para grave (UVB e coaltar, rUVA., metotre:xõlto, acitretina, cidosporina
o tratamento de psoríase moderada a grave do muro ・セ「ャオ、ッ@ de e agentes 「ゥッャァ」NセI@ pode minimizar a toxicidade em longo
adultos. Aplicar a suspensão sobre as áreas afetadas uma vez ao prazo e permitir que tratamento• eficazes sejam mantidos por
286
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 18 1
TERAPIA ROTACIONAL moduJadores. O metotrexato é imunossup ressor; seu us.o deve ser
evitado em pacien tes com infecções ativas.
Drogas
biológicas
DOSAGEM. O regime oral de dose tripla costuma"" ser o mé-
todo mais utilizado. Administrava-se a dose em intervalos de 12
horas durante u m período de 36 horas u ma vez por seman a. Atu-
almente prefere-se a dose única semanal. Tnicia-..se com u ma dose
Radiação teste de 2,5 a 5,0 mg. e então obtêm-se he mogram a completo e
ukravioleta B prova.• de função hepátirn (PFH) após 1 semana. Se esta dose fo r
com ousem
Calcipotriol bem tolerada, inicia-se com um comprimido de 2,5 mg em inter-
ou Coaltar ou valos de 12 horas comp letando três doses. Na próxima semana a
Antralin PUVA dose é aumentada de u m a dois comprimidos. Nas semanas se-
guintes, a dose é aumentada ou diminuída até se en contrar a dose
mais eficaz e mais bem tolerada. A ma io ria dos pacientes é bem
con trolada e tolera adequadamente uma dose sem a nal de 15 mg.
Cidosporina Uma vez qu e o grau de regressão das lesões desejado é alcançado,
a dose é d iminuída em um comprimido por semana ao lon go de
algumas semanas até chegar a um tratamento de manutenção
Para minimizar os efeitos tóxicos de algumas terapias para a psorfase (i.e., 2,5 a 5,0 m&fseman a). O alvo não ョ ・」Nセウ。イゥュ ョエ ・@ será
moderada a grave. Uma sequência razoável deve ser iniciada com fototerapia
JOOOAI de regressão das lesões, mas sim alcan çar 800A, de melhora.
(PlNA ou ultravioleta B}, seguida de metotrexato, então de outra forma
de radiação, em seguida outro agente oraL Pacientes que não toleram a Esta abordagem é mais segura e evita o uso de doses maiores e
terapia radioativa devem receber terapia rotacional com agentes orais. mais tóxicas pam obter 100% de melhora.
Figura 8-28 Deve-se de.'icontinu ar a droga por alguns meses para descanso;
os meses de verão são os mais adequados, quando a luz solar
pode contro lar a doen ça. A retirada gradual do m etotrexato pa-
rece apresentar menor q uantidade de problemas com rebote do
mu itos anos. Os pacientes receberiam cada forma de tratamento q ue a interrupção súbita do medicamento.
por 1 a 2 anos e e nt.1o trocaria m parn a próxima forma. r・。 jゥセ@
zando a troca de cada uma das medicações nos intervalos reco· MONITORAMENTO. A toxicidade da medula óssea é o mais
mendados, pas.s.am-se cerca de 4 a 5 ano.'i antes que o paciente grave efeito colateral em auto p razo; hepatotoxicidade é o efeito
retom e para o p rimeiro tratamento, portan to m inimizan do a to· colateral mais comu m com o uso prolon gado. O MTX é excretado
xicidade rumulativa, já que se deixa de usar cada medicam ento principalmente pela via renaL Indivídu os mais velhos te ndem a
por mu ito tempo. apresentar redução da fu nção renal e necessitam de menores do-
O médico e o paciente devem, em conjunto, toma r a decisão ses da droga.
6nal de qual a melhor abordagem terapêutica com base nas carne· As contagen s de plaquetas e leu cócitos atingem os menores
teristicas ú nicas de cada caso individuaL valores de 7 a 10 dias após o início do tratamento. Uma queda
Uma sequ ência razoável inicia-se com fototerapia (ultravioleta dessas contagens abaixo dos n íveis n ormais necessita de redução
B de faixa estreita), seguida de u m agente biológico. Os pacien tes ou interrupção do tratamento. A.o:. PFH são colhidas 1 seman a
que não responderam ou que não podem te r acesso aos bio lógi- após a última dose do medicamen to. O MTX causa elevações
cos são então direcionados ao metotrexato. transitórias nas PFH de 1 a 3 d ias após sua administração, por-
tanto uma falsa elevnç.1o pode ser vista caso o pacien te colha os
METOTREXATO (Quadros 8-2 a 8-10) exames precocemente.
INDICAÇÕES. o metotrexato (MTX) é util izado para trat.1- EFEITOS COLATERAIS. Os efeitos colaterais em curto prazo
mento da psoríase há mais de 40 anos. É o ...padrão-ouro"' para o incluem náuseas, anorexia, fadiga, estomatite e u lcerações orais,
trat<lmento da psoríase grave e é particularmente eficaz no con- leucop enia leve, trombocitopenia e an emia macroótica. São efei-
trole da psoríase p ustular generalizada e erítrodénnirn. É capaz de tos 、ッウ・MーョエNセ@ e rapidam ente reversíveis, relacionados à
in duzir remissões na maioria dos pacientes tratados e mantém a função renal e hematológica. A troca entre a dose tripla, dose se·
remissão por longos períodos com o tratam ento contínu o. O manal oral e dose intramuscular pode aliviar O.'i sintoma.-.. Po·
MTX também é eficaz para artrite psoriática. É relativam ente se- dem-se desenvolver fibrose hepática e cirrose com tratamen to
guro e bem tolerado em bora a necessidade de biopsias 、・Nセョ」ッᆳ prolongado. Consumo excessivo de álcool, dose diária, doença
raje mu itos médicos e pacientes a usá-lo. hepática p révia e acúmu lo de MTX predispõem os pacientes a fi.
brose e cirrose. H omens e mu lheres devem desc.ontinuar o M'TX
MECANISMO DE AÇÃO. o MTX é um a nt.1gonista do por 3 a 4 ュ・Nセウ@ 。ョエ・Nセ@ de tentar concepção.
ácido fólico que inibe a diid rofolato redutase. A síntese de DNA
é inibida conforme os níveis de timidina e purin a c.1em após o SUPLEMENTOS DE ÁCIDO FÓLICO E FOLfNICO. Os
tratamento com MTX. O MTX suprime a reprodução da célula folatos podem reduzir os efeitos adversos e a toxicidade sem
epidérmica psoriátic.'l e tem efeitos anti-inflama tórios e i muno- alterar a efic.1cia. Previnem-se ná usea, vômito, diarreia, alopecia,
287
Dermatologia CHnica
• Indicação: Psoríase incapacitante, recalcitrante, grave. que não apresenta resposta eficaz a outros tratamentos.
• Dosagem: O metotrexato é administrado semanalmente como dose única via oral ou dividido em três doses. A dose pode ser aumentada
gradualmente até alcançar a resposta máxima. A dose total não deve uhrapassar 30 mg semanais. A dose deve ser diminuída para a
menor dose possível que mantenha o controle adequado da psorlase com tratamento tópico concomitante.
Recomenda-se uma dose-teste com 2.5 a 5 mg.
• Duração da Administração
O tratamento pode ser continuado pelo tempo que for necessário desde que o monitoramento adequado não mostre sinais de toxicidade
da medula óssea.
Suplementação com ácido fólico 1-5 mg por semana via oral reduz a frequência de efeitos colaterais.
• Resultados Terapêuticos
No único estudo placebo-controlado do metotrexato para psoríase, 36% dos pacientes tratados com 7.5 mg via oral por semana, aumen-
tados conforme necessidade para até 25 mg semanais, alcançaram PASI 75 após 16 semanas.
• Contraindícações Absolutas
Gravidez
Aleitamento
Alcoolismo
Doença hepática por alcoolismo ou outra doença hepática crônica
Síndromes de imunodeficiência
Hipoplasia de medula óssea, leucopenia, trombocitopenia ou anemia significativa
Hipersensibilidade ao metotrexato
• Contraindícações Relativas
Anormalidades da função renal
Anormalidades da função hepática
Infecção ativa
Obesidade
Diabetes melito
• Tox:iddade
Aumento de transaminases hepáticas
• Pequenas elevações de transaminases são comuns. Se a elevaçao for maior do que
2x o valor de referência, deve-se monitorar com maior frequência. Se exceder 3x
Psoriase em placa
o valor de referência, considerar reduçao da dose. Caso exceda em 5x o valor de extensiva crônica
referência, descontinuar o uso.
Anemia, anemia aplásica, leucopenia, trombocitopenia
Pneumonite intersticial
Estomatite ulcerativa
Náuseas, vômitos, diarreia
Mal-estar ou fadiga
Febre e calafrios
Tontura
Diminuição da resistência a infecções
Sangramento e ulceração gastrointestinal
Fotossensibilidade (radiation rea.m
Alopecia
• Interações Medicamentosas
Drogas hepatotóxicas como barbitúricos
A acitretinatem sido usada de modo bem-sucedido associada ao metotrexato apesar do potencial hepatotóxico de ambas as medicações.
Drogas que interferem com a excreção renal do metotrexato, como sulfametoxazol. AINEs e penicilina
Antagonistas do ácido fólico como trimetoprim
• Bíopsía Hepática
Pacientes com baixo risco- não é necessário realizar de início
• Primeira biopsia: 3,5 a 4,0 g; biopsias subsequentes a cada 1,5 g
Pacientes de alto risco, induindo os que apresentam história de diabetes, obesidade, alteração das transaminases, ingestao excessiva de
álcool, doença hepática crônica, história familiar de doença hepática hereditária.
• Considerar biopsia de início ou aos 6 meses, com biopsias subsequentes a cada 1-1,5 g.
From Journal of the American Academy of Dermatology (in Press). Guidelines of Care for lhe Management of Psoriasis and Psoriatic Arthritis.
Section 4: Guidelines of Care for lhe Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
288
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
Quadro 8-3 Contraindlcações Relativas para o Uso do Quadro 8-4 Fatores de Risco para Toxiddade Hematológica
Metotrexato por Metotrexato
- -
• Anormalidades da função renal podem implicar redução conside- • Insuficiência renal
rável da dose, já que 85% do metotrexato tem excreção renal. • Idade avançada
• Anormalidades significativas da funçao hepática - devem-se • Ausência de suplementaçao com ácido fólico
acompanhar as transaminases e qualquer elevaçao requer
• Uso incorreto da medicaçao
monitoramento cuidadoso.
• Interações medicamentosas
• Hepatite, ativa ou recorrente
• Excesso de consumo atual de álcool -já que nao existem da- • Hipoalbuminemia
dos para confirmar os limites específicos para o consumo de • Excesso de ingestao alcoólica
álcool, alguns médicos exigem que os pacientes se afastem • Múltiplas medicações concomitantes
completamente da bebida, enquanto outros toleram um con- De Journal of the Amencan Academy of Dermatology (in Press).
sumo diário de álcool. Uma história de alcoolismo é particular- Guidelines of Care for the Management of Psoriasis and Psoriatic
mente preocupante se o paciente já possuir lesao hepática no Arthritis. Section 4: Guidelines of Care for the Management and
início do tratamento. Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
• Uso concomitante de drogas hepatotóxicas- avaliar monitora-
mento mais frequente da funçao hepática.
• Doenças infecciosas ativas, principalmente doenças crônicas Quadro 8-5 Indicações para o Uso de Metotrexato ー。イ セ@
que costumam piorar com os efeitos imunossupressores do Psoriase
metotrexato, como tuberculose ativa não tratada ou síndrome
da imunodeficiência adquirida. O metotrexato deve ser sus- Psoríase grave que pode ser devastadora física, emocional ou eco-
penso durante infecções ativas. nomicamente.
• Uso concomitante de agentes imunossupressores I. Pacientes com psoriase moderada a grave
• Gravidez deve ser evitada durante o tratamento com meto- 2. Eritrodermia psoriática
trexato e apôs seu término por pelo menos 3 meses no 3. Artrite psoriática, moderada a grave
homem ou quatro ciclos ovulatórios na mulher 4. Psoríase pustular aguda, tipo von Zumbusch
• Vacinação recente com vírus vivo S. Acometimento de mais de 20% da superfície corporal
• Obesidade- IMC >30 kg/m 2 6. Psoríase pustular localizada
• Diabetes melito 7. Psoríase que afeta determinadas regiões do corpo de maneira
• Pacientes nao confiáveis que impeça trabalho e funções normais
8. Ausência de resposta a fototerapia, PUVA e retinoides
De Journal of the American Academy of Dermatology (1n Press).
Guidelines of Care for the Management of Psoriasis and Psoriatic De Roenigk H et a/: 1 Am Acad Oermato/ 1998; 38(3):478.
Arthritis. Section 4: Guidelines of Care for lhe Management and
Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
289
Dermatologia Cllnica
Quadro !Hi Monitoramento de Hepatotoxicidade em hepatotoxiddade e ウオーイ・Nセッ@ da medula ウNセ@ que resuha em
Pacientes sem Fatores de Risco para Hepatotoxlcidade leucopenia, trombocitopenia ou pandtopenia. Comumente pres-
」イ・カMNセ@ áddo fólico 1 mg diariamente como suplementação de
• Sem biopsia hepática de início primeirn linha a paciente.-. recebendo metotrexato para trata-
• Monitorar a funçao hepática com testes mensais nos primeiros mento de psoríase. Pode ser dado diariamente, indusive no dia da
6 meses e entao a cada 1-3 meses: administração do metotre:xato . O ácido folínico é mais caro. Ava-
- Para elevações menores que duas vezes o limite superior
liar o uso do ácido folínico em substituição do ácido fólico, se
do valor de referência: repetir em 2-4 semanas.
- Para elevações maiores que duas vezes porém menores não houver melhora das anormalidades hepáticas (elevaçôe.-. das
que três vezes o limite superior do valor de referência: PFH) e sintomas da toxicidad e do MTX. A dosagem do ácido
monitorar cautelosamente, repetir em 2-4 semanas. e di- folínico muito próxima (dentro de 24 horas) da administrnçlío
minuir a dose conforme necessário. de metotrexato pode prejudicar sua eficácia. O ácido folínico
- Para elevações persistentes em 519 níveis de AST em um
período de 1 ano ou se existe um declínio no nível de al-
bumina sérico abaixo do valor nonnal com estado ョ オ エ イゥ」セ@
nal nonnal, em um paciente com doença bem controlada.
deve-se realizar uma biopsia hepática
• Considerar a biopsia hepática com dose acumulada total de
3,5-4 9
ou
• Considerar a troca de agente sistêmico ou suspender o trata- Quadro 8-9 Medicamentos que Podem Aumentar a
mento após a dose total cumulativa de 3.5 a 4 g. Toxiddade do Metotrexato
ou -
• Considerar dar continuidade ao tratamento seguindo as orien- Anti-inflamatórios
tações acima sem biopsia. não esteroides Antibióticos Outros
De Journal of the American Academy of Dermatology (1n Press). Salicilatos t イゥ ュセッー イゥ ュO@ Barbitúricos
Guidelines of Care for the Management of Psoriasis and Psoriatic suKametoxazol
Arthritis. Se<:tion 4: Guidelines of Care for the Management and Naproxeno Sulfonamidas Colchicina
Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
lbuprofeno Penicilinas Dipiridamol
lndometacina Minociclina Etano!
Fenilbutazona Ciprofloxacino Fenitoína
Sulfoniureias
Furosemida
Quadro 8-7 Monitoramento de Hepatotoxicidade em Diuréticos
Pacientes com Fatores de Risco para Hepatotoxiddade 1iazídicos
• Considerar o uso de um agente diferente De Journal of the Amencan Academy of Dermatology (1n Press).
Guidelines of Care for the Management of Psoriasis and Psoriatic
• Considerar biopsia hepática tardia (após 2-6 meses de
Arthritis. Section 4: Guidelines of Care for the Management and
tratamento para estabelecer a tolerância e a eficácia da Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
medicação)
• Repetir biopsia hepática após 1-1 ,5 g de metotrexato
290
Psorfase e Oul.rlls Doenças Papuloescamosas Capítulo I BI
(Latcovorin•) é presmto em doses de 5 mg (oral) a ca<:b 12 h x Os preditores mais fones de leslo pulmonar são idade aV>n-
três d oses, apenas. A primeira dose é <:b<:b 24 horas após a última ça<:b, diabet., en''Oivimento reumatoide pleuropulmonar, uso
dose do MTX semanal. Este esquema é repet.i do semanalmente. prévio de drogas 。ョエゥュ\オセ」ウ@ modificadoras de doença e hipo-
PM/0. 16198787 albuminemia..
291
Dermato logia Cllnica
ISOTRETINO[NA
A isotretino fna é altamente eficaz para psoriase pustular e é benéfica
quaodo rombinad a com PUVA ou tNB para psori.,.., em placas.
I
• Efeitos colaterais mucocutâneos, llepatotoxiádade e altera-
ções do perfil lipídico sAo dose-dependentes.
• Pode ocorrer um fiare inicia l envolvendo uma área maior do
que a das lesões de psoríase apesar do menor eritema e me-
no< cJescamac;ão, com duraç30 de 1-2 meses após o início do
tratament o.
J
Figura 8-29 Psoríase eritrodérmica apresenta boa resposta à
acitretina.
292
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
• Indicação: Aprovado pelo FDA para uso em adultos com psoríase grave em placas
• Dosagem: 10-50 mg/dia como dose única
Doses menores (25 mg/dia ou menos) são usadas em geral para minimizar os efeitos colaterais, especialmente em regimes combinados.
Quando a acitretina é adicionada ao U\1, a dose de luz deve ser reduzida em 30%-50%.
• Resultados em Curto Prazo
Taxas de eficácia náo estão bem definidas, porém são ahas, baseadas em estudos com doses maiores que sao mal toleradas.
As taxas de eficácia silo maiores quando usado em combinação com fototerapia.
• Resultados em longo Prazo
Nilo descritos
• Contraíndícações
A acitretina é um teratógeno potente e deve ser evitado em mulheres em idade fértil.
Funçao renal ou hepática gravemente comprometida
Valores lipídicos sanguíneos cronicamente anormais
• Tox:iddade
Queilite
Alopecia
Xerose, prurido
Xeroftalmia, cegueira noturna
Boca seca
Paroníquia
Parestesias
Ctrlaleia. pseudotumor cerebral
Náusea. dor abdominal
Artralgia
Mialgia
Hipertrigliceridemia
Psoríase eritrodérmica
Provas de função hepática anormais
• Interações Medicamentosas
A ingestão concomitante de acitretina e etano! pode resuhar na formação de etretinato.
A acitretina pode potencializar o efeito hipoglicemiante da glibenclamida.
Pode interferir com o efeito contraceptivo da minipOula com microdose de progesterona.
Em pacientes usando metotrexato e etretinato, ocorreu hepatite. Apesar de estar descrito como contraindicação, também foi descrito
como sendo de uso seguro.
Pode reduzir a proteína ligante da fenitoína.
Acitretina e tetraciclinas podem aumentar a pressão intracraniana. Deve-se evitar essa combinação.
Administração concomitante de vitamina A e outros retinoides orais com acitretina deve ser evitada.
• Monitoramento no lnítio do Tratamento
História e exame físico
Perfil lipídico, leucograma. funçao hepática, testes de funçao renal
Teste de gravidez caso necessário
• Monitoramento Durante o Tratamento
Funçao hepática, perfil lipídico a cada 2 semanas durante as primeiras 8 semanas, e enti!o a cada 6-12 semanas
Leucograma. função renal a cada 3 meses
Teste de gravidez caso indicado
• Gravidez: Categoria X
• Aleitamento: Mulheres em uso de adtre1ina náo devem amamentar.
• Uso Pediátrico: A segurança e a eficácia da acitretina em crianças com psoríase ni!o foi estabelecida. O uso de retinoides em altas doses,
por longo tempo, foi associado a ossificação dos ligamentos interósseos e dos tendões das extremidades, hiperostose esquelética, dimi-
nuição da densidade mineral óssea e fechamento prematuro das epífises.
• Artrite Psoriática: Geralmente aceit o como ineficaz para artrite psoriática
De Journal of the American Academy of Dermatology (in Press). Guidelines of Care for the Management of Psoriasis and Psoriatic Arthritis.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
293
Dermato logia Cllnica
CICLOSPORINA (Quadros 8-14 a 8-17) ç.âo da função renal e hipertensão. Em m uitos pacientes ocorre
algum grau de perda da fu nção renal; que normalmen te é leve e
A cidosporina (CS) nas doses de 2,5 a 5,0 mgfkgfdia administra- reversíveL
das a pacientes confiáveis e cuidadosamente selecionados q ue são Usualmente níveis elevados de creatinina são observados na.-.
mo nitorados frequentem ente tanto para ahe.rações clínicas p rimeiras 16 semanas de tratam ento e que se estabilizam após
quanto laboratoriais produz resultados rápidos e favoráveis para este período. Sugerem-se aferições quinzenais pelo menos na.-.
psoriase grave em placas. A ddosporina é indicada no tratam ento p rimeiras 12 semanas de tratamento. Caso a creatinina sérica au-
da psoríase em placas grave, recalcitran te, em adultos q ue sejam mente em mais de 30o/o acima no valor inicial_, deve·se repetir a
imunorompt!tente.<. A m icroemulsão de cidosporina (Neoral') aferição em 2 semanas. Caso o segundo valor confirme o au·
e<tá disponível em cápsulas gelatinosas mal eávei s (25 m g, 100 mento, a dose deve ser diminuída em pelo menos 1 mg,lkg/dia_, e
mg) e solução oral (fi-asco de 50 ml a 100 mgfml). O Cydospo- os níveis devem ser reavaliad os em 1 mês. Se os níveis tiverem
rine C..onsensus C;onference Report fo rnece as orient:açõe.-. para o dimin uído para menos de 300/o acima dos valore.-. iniciais_, o trata·
uso desta medicaç.ão. mento pode ser continuado. Caso os níveis mantenham-se au-
mentados em mais de 30%, o tratam ento deve ser interrompido
MONITORAMENTO DE INICIO. A base para o monitora- e não deve ser retomado enq uanto não ho uver retom o dos níveis
mento de início é a obtenção de valores basais predsos an tes do em 10% do valor inicial. Aferições da taxa de filtração glomerular
início do tratamento.
e do clearence de creatinina de rotina não são ョ ・」ウNセ£イゥ。M N@ Não se
realizam biopsias renais de rotina.
FUNÇÃO RENAL E CREATININA. As al terações renais são
fu ncionais e anatômicas. Elas são causadas por alterações nos HIPERTENSÃO. Desenvolve-se hipertensão em 8% a 30% dos
padrões do fluxo sanguíneo renal e efeitos citotóxicos nas células pacientes. Tratamento anti-hipertensivo pode controlar a eJevaç.;o
renais. Ocorrem alterações anatômicas que incluem 6brose inters- da p ressão arterial. A melhor resposta é alcançada com an tagonis-
ticial_, atrofia tubular e arteriopatia. Elas ocorrem em todos os tas do canal de cálcio como nifedipina, isradipina ou felodipina.
pacientes tratados por pelo menos 1 ano. Efeitos mais graves Tnibidores da enzima conversora de angiotensina não são efica-
ocorrem nos pacientes que apresentam idade avançada, diminui- zes_, e betabloqueadores podem ocasionalmente piorar a psoríase.
294
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
• Tox:iddade
Dano renal
- Agudo
- Crônico (ocorre aumento da fibrose glomerular com o aumento da duraÇllo do tratamento em doses mais ahas)
Hipertensão
Malignidades
- Cutâneas
- linfoproliferativas
Cefaleia, tremores, parestesia
Hipertricose
Hiperplasia gengiva!
Piora da acne
Náuseas, vômitos, diarreia
Mialgias
Sintomas semelhantes aos da gripe
letargia
Hipertrigliceridemia
Hipomagnesemia
Hipercalemia
Hiperbilirrubinemia
Risco aumentado de infecção Psoríase em placas grave
Pode aumentar o risco de cáncer
• Interações Medicamentosas (Quadro 8--15)
lndutores/inibidores do citocromo P450 3A4
Erva de sao João diminui a concentração de ciclosporina.
Ciclosporina pode reduzir o c/earence de digoxina. colchicina, prednisolona, estatinas (o que aumenta o risco de rabdomiólise)
Diuréticos poupadores de potássio causam hipercalemia.
Diuréticos tiazídicos aumentam a nefrotoxicidade.
Vacinas não vivas podem ter eficácia reduzida.
VacinaÇllo com vírus vivo não é indicada.
Suco de ァ イ 。ーセ イオ ゥ エ@
AINEs
• Monitoramento no Início
História e exame físico
Pressão arterial x 2
BUN e creatinina x 2
Análise da urina
Considerar PPD
FunÇllo hepática, hemograma completo, perfil lipídico, magnésio, ácido úrico e potássio;
Teste de gravidez, caso indicado
Psoríase pustular generalizada
• Monitoramento Durante o Tratamento
Durante os primeiros 3 meses, avaliar a cada 2 semanas; após esse período, avaliar mensalmente: pressão arterial, BUN e creatinina
Mensalmente: Hemograma completo, função hepática, perfil lipídico, magnésio, ácido úrico e potássio; teste de gravidez, caso indicado
• Gravidez: Categoria C; em pacientes transplantadas, foram descritos menor duração da gravidez e baixo peso ao nascer. Nâo parece ser
teratogênica em pacientes transplantadas.
• Aleitamento: Mâes em tratamento com ciclosporina nao devem amamentar.
• Uso Pediátríco: Existem pacientes transplantados bem jovens, até mesmo de 1 ano de idade, que foram tratados sem efeitos adversos
nao convencionais. Embora a segurança e a eficácia da ciclosporina ainda não tenham sido estabelecidas para crianças com psoríase <18
anos, ela pode ser considerada nessa população se a psoríase for grave.
• Artrite Psoríática: Existem estudos que mostram eficácia da cidosporina em artríte psoriática.
295
D ermato l ogia CHnica
A diminuiç.1o da função renal e a hipertensão são potencialmente dose é di minuída em 0,5 a 1 mg/kg/dia, mas não mais q ue u ma
reversíveis com a di minuição da dose ou interrupç.1o da ciclospo· etapa destas por semana, até que se alcance a menor dose eficaz
rina, mas existe u m dano renal irreversível em muitos pacientes. de manu tenção.
Em alguns poucos pacientes, a hipertensão permanece após a in-
te rrupç.1o da ciclosporina. Recomen da-se uma diminu ição da Cursos curtos intermitentes. Uma nova estratégia de trata-
dosagem de 25o/o a 50<>A. caso se desenvolva hipertensão. mento com 」ゥ、ッNセ イゥ ョ。@ para manejo da psoriase em placa mode-
rada a grave é o trat.'lm ento com pulsos curtos intermitentes. Ele é
FUNÇÃO HEPÁTICA. Os níveis séricos de bilirrubina nonnal- eficaz e bem tolerado e reduz o risco de efeitO-< adversm . A ciclO-,._
men te encontram-se elevados. Elevações isoladas nos n íveis de porina é ini cialmente administrada em uma dose de 2,5 mgfkgfdia
bilirrubina não devem causar alarme. Apenas na p resença de o u- dividida em dua.< d<>-<e.<. Esta dosagem pode ser aumentada em 0,5
tras anonnaJidades da funç.1o hepática consistentes e significati- a 1,0 mgfkgfdia por semana até o máximo de 5 mgfkgfdia. O tra-
va.-. é q ue o paciente necessita de en caminhamento para avaJia- tam ento é continuado até que ocorra a regressão da psoríase, defi.
çôes adicionais. A seguranç.a da ciclos:porina em pacien tes com
hepatite ativa crônica é desconhecida.
- -
OUTRAS SUBSTÂNCIAS. Os níveis de ácido úrico podem Quadro 8 ·15 Medicamentos que Podem Interferir com a
Cidosporina
aumentar e raram ente requerem trntamento. Os níveis séricos de
magnésio podem diminuir; caso seus níveis sanguíneos estejam Medicamentos que aumentam os níveis de ciclosporina:
abaixo do valor de referência, indica-se reposição com comprimi· Antaúngicos: cetoconazol. itraconazol, fluconazol. vorinconazol
dos de magnésio. Os níveis de colesterol e triglicerideos podem Diuréticos: furosemida, tiazídicos. inibidores da anidrase carbônica
aumentar. Antagonistas do canal de cálcio: 、 ゥ セ ゥ 。コ・ュL@ nicardipina, verapamil
Corticosteroides: altas doses de metilprednisolona
OUTROS EFEITOS COLATERAIS. Os efeitos colaterai s são Antieméticos: metoclopramida
dose-dependente. Podem ocorrer fadiga ou mal-estar, náusea, ce- Antibióticos: macrolideos. fluoroquinolonas
faleia e dores em geraL Tremores nas mãos, parestesias, ou sensi. Antiarrítmicos: amiodarona
bilidade ao calo r ou ao frio nos dedos das mãos e dos pés tendem Antimaláricos: hidroxicloroquina, cloroquina
a ocorrer em doses mais altas. fNG|セ・ゥZ@ sintomas tendem a se resolver Drogas anti-HIV: ritonavir. indinavir, saquinavir, nelfinavir
com a continuidade do tratam ento. Pode ocorrer hipertricose. Os ISRS: fluoxetina, sertralina
paciente.'i: que desenvolvem hiperplasia gengiva) são enviados Medicamentos que diminuem os níveis de cidosporina:
para um dentista. Aumento nos níveis de ácido úrico pode desen. Antibióticos: nafcillina, rifabutina, rifampicina, rifapentina
cadear gota. El evações nos níveis de triglicerídeos (>750 m gfdl) Antiepiléticos: carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, áddo
valproico
ocorrem em 15% dos pacien tes; elevações nos níveis de colesterol
Análogos da somatostatina: octreotide
( >300 mgfdl) ocorrem em menos de 3%. A maioria das anorma-
Tuberculostáticos: rifampicina
lidades laboratoriais é reversível quando a cidospori na é inter.
Retinoides: bexaroteno
rompida.
Erva de Sao João: Hypericum perforatum
Outras: octreotide, ticlopidina. bosentan
DOSAGEM. A dose inicial depende do estado clínico. Há duas Medicações que podem aumentar o risco de
abordagens para se determinar a dose iniciaL A velocidade de nefrotoxiddade:
meJ hora e a t.'l.Xa de sucesso do tratam ento são proporcionais à AINEs: diclofenaco, naproxeno, sulindac, indometacina
dosagem . Antifúngicos: anfotericina B. cetoconazol
Antibióticos: ciprofloxacino. vancomicina. gentamicina, to-
Abordagem em baixa dose. Inicia-se com 2,5 mgfkgfdia, bramicina. trimetoprim
e se aguarda ao menos 1 mês antes de se considerar aumento da Agentes alquilantes: melfalan
dosagem. Est.'l abordagem com aumentos lentos e graduais da do- Outras: antagonistas de receptores de histamina-H, tacrolimus
sagem é adequada para pacientes com psoriase general izada, está- Medicações cujos níveis aumentam quando ingeridas con,.
comitant emente com a ciclosporina
vel, ou para pacientes nos q uais a gravidade varia entre moderada
Bloqueadores do canal de cálcio: diltiazem, nicardipina. verapamil
e grave. O aumento da dosagem é de 0,5 a 1,0 mgfkgfdi a a cada
Drogas para disfunção erétil: sildenafil, tadalafil, vardenafil
2 semanas, até o má."<imo de 5,0 mg/kg/dia se necessário. Doses
Estatinas: atorvastatina, lovastatina, sinvastatina
maiores raram ente são necessárias.
Benzodiazepínicos: midazolam, triazolam
Outros: prednisolona, digoxina. colchidna, didofenaco, bosentan
Abordagem em alta dose. I nicia-se com 5,0 mgfkgfdia Em qualquer caso no qual seja necessário administrar alguma -
q uando a necessidade de u ma melhora rápida é crítica. São c.an· outra droga juntamente com a ciclosporina. é altamente reco-
didatos a esta abordagem os pacientes com surtos graves e infla. mendável procurar por referências farmacêuticas atualizadas.
matórios, paciente.'i: com casos recalcitrantes que não obtiveram
sucesso com ou tras modalidades terapêuticas, ou pacientes e.mes.- De Journal of the American Academy of Derrnatology (1n Press).
Guidelines of Care for the Management of Psoriasis and Psoriatic
sados em u ma situação de crise. Altas doses em geral são bem Arthritis. Section 4: Guidelines of Care for the Management and
toleradas para オNセッ@ em rurto prazo. A.'\..<i:im que ho uver resposta, a Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
296
イウッヲ。Nセ・@ e Outras Doenças l'apuloesca mosas Capítulo Is i
·.
vivos; outra.' Vilcinações podem ser menos eficazes durante o tra- • Tioguanina
tamento com ddosporina. Os pacientes com cãnce,r de colo ute-
Sulfassalazina
rino ou de próstata que foram completamente errndicados podem
faur uso da cidosporina. I
. Áddo micofenóhco
Adaptado de lebwohl M et ai: J Am AciKJ Dermato/39(3):464,
1998. PMID: 9738783
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. Os pacientes em uso
de drogas merabolizadas pelo citocromo P450 devem ser alerta-
dos para o uso concomitante da cidosporina. que pode aumentar
I Quadro 8-17 Dosagem de CldosporinaJNeoral·
cセーウ オ ャ。ウ@ (2 5 mg, 100 mg)
ou diminuir os níveis da droga tomada em conjunto.
Soluç30 oral (frasco de 50 ml: 100 mg/ml)
Dose de infcio: 2.5-5,0 mglkg/dia em uma ou duas doses divididas
TRATAMENTO COMBINADO. Agente.< tópicos (c.,lcipo- Ajustar em 0,5-1 ,O mglkgfdia semanalmente conforme ョ ・」ウセイゥッ@
triol, t.1zaroteno, c.orticoides tópicos superpotente.') podem ser
utiliz:1<:los p:na tratamento de placas resisten tes. A medicação tó- • No Brasil, o nome comerdal da cidosporina é Sandimmun, da
pica também pode ser utilizada parn ma nter a regres.."3o. R.«(ue- Novartis. A 」セーウ オャ。@ também possui apresentação de 50 mg. além
das anteriormente dtadas.
mas comuns de tratamento incluem a aplicnçiio matinal de u m
corticosteroide superpotente e uma aplicação noturna ou de taza-
roteno ou de calápotriol em cada nova le:<ão. Thmbém se podem
considerar outros agentes para manter a dose rumulativa de ci-
OUTROS AGENTES sitセmco@ PARA
dosporina a mais baixa possível, listados no Quadro 8-16. Não PSORIASE
há muita experiência no uso desses tratammtos combinados. A Muitas outras droJÇU s3o utiliz.1das para tratar pacientes que apre-
combinação de l'lNA ou UVB e cidosporina é raramente utHi- sentaram toxicidade ou ausência de resposta aos retinoides, meto-.
zada pela preompação acerca da maior incidência de câncer de trexato e cidosporina. A experiência é. limitada com todos estes
pele em pacientes imunossuprimidos. O uso de cidosporina com agentes. As orientações para uso destas drogas são listadas nos
acitretina é bem tolerado. A trOGJ da cidosporina pela acitretina Quadros 8-17 a 8-25, (pp. 298-305}.
pode ser uma maneira eficaz de retirada do t:ratamento com d-
dosporina. Texto conti111UJ 11n pág. .306
TRATAMENTO ROTACIONAL
O trat.1me.nto rotacional é a abordagem padr3o parn limitar os
efeitos colaterais assoáados ao uso prolongado dos agentes isola-
dos. Isto implica alternar entre UVB, PlNA. metotrexato, retinoi-
des, agentes biológicos e cidosporina em intervalos de aproxima-
damente 1 a 2 anos. O uso de cidosporina imediatamente antes
ou especialmente após o PlNA deve ser evitado por conta dos
possíveis efeitns sinérgicos no desexnrolvimento de cânceres de
pele.
297
Dermatologia Cllnica
• Indicação
Não é aprovado pelo FDA para o uso em psoríase.
• Dosagem
1,0-1 ,5 g via oral duas vezes ao dia
• Resultados em Curto Prazo
Redução de 47% do PASI na 12' semana em 23 pacientes com psorlase tratados com 1,0 a 1,5 g 2x ao dia
Redução de 47% do PASI na 6' semana em 11 pacientes com psorlase tratados com 1 g 2x ao dia por 3 semanas e entao 0,5 g 2x ao
dia por mais 3 semanas.
• Resultados em Longo Prazo: Sem dados
• Contraindicações
Hipersensibilidade ao micofenolato mofetil, ácido micofenólico
• Toxicidade
Efeitos gastrointeS1inais (diarreia, náuseas/vômitos, cólicas abdominais). Podem ocorrer no início e diminuir com o uso da medicação.
Hematológicos (o mais comum é leucopenia; anemia, trombocitopenia)
Genitourinários (urgência, frequéncia, disúria, piúria estéril)
Aumento da incidência de infecções virais, bacterianas e micobacterianas
Leucoencefalopatia multifocal progressiva
Hipercolesterolemia, hipofosfatemia, hipercalemia, hipocalemia
Febre e mialgias
Cefaleia, insônia
Edema periférico
Hipertensão
Pacientes em uso de micofenolato mofetil não devem receber vacinas de vírus vivos atenuados.
• Interações Medicamentosas
Antiácidos contendo alumínio e magnésio
Cálcio e ferro
Colestiramina
Antibióticos contendo cefalosporinas, fluoroquinolonas, macrolídeos, carbapenêmicos, penicilina, sulfonamidas, inibem a recirculação ên-
tero-hepática e diminuem os níveis de micofenolato mofetil.
Salicilatos em altas doses
Fenitoína
Broncodilatadores derivados da xantina
Probenecida
Aciclovir. ganciclovir, valganciclovir
• Monitoramento de Início
História e exame físico
Hemograma. contagem de plaquetas
Bioquímica, função hepática
Teste de gravidez, caso indicado
• Monitoramento Durante o Tratamento
Hemograma completo, plaquetometria semanal durante o primeiro mês, entao a cada 2 semanas por 2 meses, e então mensalmente
Bioquímica e 1ransaminases mensalmente
Exame físico com enfoque no exame dos linfonodos e exame de cáncer de pele (principalmente CEC) a cada 2 anos
Teste de gravidez, caso indicado
• Gravidez/ Lactação: Categoria D para gestação
A gravidez e o aleitamento devem ser evitados durante o tratamento e os pacientes (inclusive homens) devem usar métodos contra-
ceptivos.
• Uso Pediátrico: Sem dados
• Artrite Psoriática: Os casos descritos sugerem melhora.
De Journal of the Amencan Academy of Dermatology (1n Press). Guidehnes of Care for the Management of Psonas1s and Psonatic Arthntls.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
298
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
• Indicação
Não foi aprovado pelo FDA para uso em psoríase.
• Dose para Psoríase
0,05-0,15 mgll<g
• Duração do Tratamento
Indeterminada
• Resultados em Curto Prazo
As taxas de efic.1cia são mal caracterizadas. Pacientes com doses de 0,05 mg/kg nao apresentaram diferença do placebo na 3' semana.
Quando a dose foi de O, 1-0,15 mglkg, na 9' semana houve uma melhora estatisticamente significativa no PASI comparada ao placebo.
• Resultados em longo Prazo
Náo descritos
• Contraindicações
Pacientes com hipersensibilidade ao tacrolimus ou aos seus metabólitos
• Perfil de Efeitos Colaterais Semelhantes aos da Ciclosporina:
Os efeitos colaterais mais comuns incluem tremores, cefaleia, náusea, diarreia, hipertensao e anormalidade dos testes de funçao renal.
Efeitos colaterais menos comuns incluem hiperglicemia, hipercalemia, aumento de transaminases, anemia, leucocitose, dispneia, febre, ar-
tralgias, edema, diabetes, insônia, parestesias.
• Interações Medicamentosas
Existem inúmeras interações medicamentosas, já que o tacrolimus é metabolizado pelo citocromo P450.
Náo administrar tacrolimus e ciclosporina ウゥュオセ。 ョ・。 ュ・ ョ エ・N@
• Monitoramento de Inicio
História e exame físico
Hemograma com diferencial, testes de função hepática e renal
Teste de gravidez, caso indicado
• Monitoramento Durante o Tratamento- Não se Estabeleceu uma Frequência Adequada
Pressão arterial
Bioquímica sérica
Função renal
Função hepática
Teste de gravidez, caso indicado
• Gravidez: Categoria C
• Aleitamento: O tacrolimus nao deve ser usado por mães que estao amamentando
• Uso Pediátrico: Sem dados
• Artrite Psoriática: Os casos descritos sugerem melhora.
De Journal of the Amencan Academy of Dermatology (1n Press). Guidehnes of Care for the Management oi Psonas1s and Psoriatic Arthritis.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatrnent of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
299
Dermatologia Cllnica
• Indicação
Sem aprovaçao do FDA para uso em psoríase.
• Dosagem
Dosagem inicial de 500 mg VO 2x ao dia aumentando até 3 g/dia conforme tolerância.
Também foi utilizada dose de 3-4,5 g/semana.
• Resultados em Curto Prazo
As taxas de eficâcia variam amplamente.
Um esrudo demonstrou que 55% dos 31 pacientes tratados obtiveram ao menos um grau de melhora de 70% (média de tempo de
tratamento de 36 semanas), enquanto outro estudo comparando hidroxiureia a metotrexato demonstrou uma redução do PASI de 48%
após 12 semanas de hidroxiureia.
• Resultados em longo Prazo
Um esrudo demonstrou que 60% de 85 pacientes tratados em média por 16 meses tiveram um c/earance completo ou quase completo.
• Contraíndícações
Depressao de medula óssea acentuada, induindo leucopenia, trombocitopenia e anemia
• Toxicidade
Supressao de medula óssea
Sintomas gastrointestinais (estomatite, anorexia. náuseas, vômitos, diarreia. constipaçao)
Reações dermatológicas (erupção, ulceração, alterações cutaneas semelhantes à dermatomiosite. alopecia)
Disúria raramente
Alterações neurológicas limitadas a cefaleia. tonturas, desorientaçao, alucinações, e raramente convulsões
Prejuízo temporário da função renal, acompanhado de elevações do ácido úrico sérico, creatinina e BUN
Febre, calafrios, mal-estar, edema. astenia
Elevação de transaminases
Fibrose pulmonar raramente
Em pacientes infectados pelo HIV que receberam hidroxiureia concomitantemente com a terapia antirretroviral foi descrita a ocorrência de
panaeatite fatal e nao fatal, hepatotoxicidade e neuropatia periférica grave.
• Interações Medicamentosas
O uso concomitante de hidroxiureia e outros agentes mielossupressores ou radiação pode aumentar a probabilidade de depressao da me-
dula óssea.
Hidroxiureia pode aumentar os níveis séricos de ácido úrico; pode ser necessário ajuste da dose da medicaçao uricosúrica.
• Monitoramento no Início
História e exame físico
Hemograma completo de início e semanalmente até estabelecimento da dose
Teste de gravidez, caso indicado
• Monitoramento Durante o Tratamento
Hemograma completo mensalmente
Exame físico com enfoque no exame dos linfonodos e exame de câncer de pele (principalmente CEC) a cada 2 anos
Teste de gravidez, caso indicado
• Gravidez/Aleitamento: Categoria O de Gravidez
A gravidez e o aleitamento devem ser evitados durante o tratamento e os pacientes devem usar métodos contraceptivos (inclusive homens).
• Uso pediátrico: Sem dados
• Artrite Psoriática: Sem dados
De Journal of lhe Amencan Academy of Dermatology (in Press). GUidehnes of Care for the Management of Psorias1s and Psonat1c Arthnt1s.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
300
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
• ャョ、ゥ。セ ̄ッ@
Não é aprovada pelo FDA para o uso em psorlase.
• Dosagem
Iniciar com 80 mg duas vezes por semana_ Aumentar 20 mg a cada 2-4 semanas.
A dose máxima é de 160 mg três vezes por semana.
• Resultados em Curto Prazo
Estudo aberto de 14 pacientes tratados com dose de pulso seguida de dose de manutenção (120 mg duas vezes por semana a 160 mg três
vezes por semana). Dos 11 pacientes que se mostraram respondedores em longo prazo, 6/11 apresentaram resposta após 2-4 semanas.
• Resultados em longo Prazo
76 pacientes foram acompanhados por mais de 1 mês. Em 24 meses, 58% foram efetivamente mantidos. Foi usada de maneira segura
por mais de 145 meses. Outro estudo mostrou que 14118 pacientes obtiveram 90% de melhora.
• Contraindic.ações
Doença hepática preexistente
1munossupressâo
Anemia, leucopenia e/ou trombocitopenia
• Toxicidade
Mielossupressâo
Hepatotoxicidade por doença hepática veno-oclusiva
Aumento de TGO e TGP
Hiperuricemia
Fotodermatite
Alterações gustativas
Refluxo gastroesofágico, úlcera gástrica
Cefaleia
Náuseas/vômitos
Úlceras aftosas
Fadiga
Câncer de pele nao melanoma
Múltiplas verrugas, herpes-zóster
• Interações Medicamentosas
Derivados aminossalicilados (olssalazina, messalazina, sulf assalazina) podem inibir TMTP.
• Monitoramento no Início
História e exame físico
Hemograma completo, contagem de plaquetas, bioquímica, testes de funçao hepática, hepatites B e C, PPD
Teste de gravidez, caso indicado
• Monitoramento Durante o Tratamento
Hemograma completo e dosagem de plaquetas a cada 2-4 semanas; bioquímica sérica a cada 3 meses.
Exame físico com enfoque no exame dos linfonodos e exame de câncer de pele (principalmente CEC) a cada 2 anos
Teste de gravidez, caso indicado
• Gravidez/Aleitamento: Categoria D para gravidez.
A gravidez e o aleitamento devem ser evitados durante o tratamento, e os pacientes devem usar contracepçao adequada (inclusive homens).
• Uso Pediátrico: Sem dados
De Journal of lhe Amencan Academy of Dermatology (in Press). GUidehnes of Care for the Management of Psorias1s and Psonat1c Arthnt1s.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
301
Dermatologia Cllnica
• Indicação:
Não é aprovada pelo FDA para uso em psoríase.
• Dosagem
Para orientar a dosagem, normalmente usam-se os níveis da TPMP (tiopurina metiltransferase).
Um esquema diário sugerido guiado pelos níveis de TPMT:
- TPMT < 5,0 unidades, não utilizar azatioprina
- TPMT 5-13,7 unidades, dose máxima de 0,5 mg/kg
- TPMT 13,7-19,0 unidades, dose máxima de 1,5 mglkg
- TPMT >19,0 unidades, dose máxima de 2,5 mglkg
Como altemativa. pode-se iniciar com 0,5 mg/kg e monitorar citopenia. Se não houver citopenia, pode-se aumentar a dose em 0,5 mg/
kg!dia após 6-8 semanas se necessário e aumentar em 0,5 mglkg/dia após cada 4 semanas conforme necessário. Geralmente a dose varia
entre 75-150 mgldia.
• Eficácia
Em um estudo 19129 pacientes obtiveram >75% de melhora, porém em outro estudo menor 5110 pacientes obtiveram> 25% de melhora.
• Contraindic.ações
Absolutas
- a ャ ・ イ ァゥ。セ@ azatioprina?
- Gravidez ou planos de engravidar>
- Infecção ativa clinicamente significativa?
Relativas
- Uso concomitante de alopurinol?
- Tratamento anterior com ciclofosfamida ou clorambucil
• Toxicidade
Supressáo da medula óssea
Neoplasias
- Cutâneas
- linfoproliferativas
Risco aumentado de infecções
Gl: náuseas, vômitos, diarreia
Síndrome de hipersensibilidade
Pancreatite
Hepatite
• Interações Medicamentosas
Alopurinol- maior risco de pancitopenia (se usado concomitantemente, diminuir a dose de azatiprina em 75%)
Captopril - pode aumentar o risco de anemia e leucopenia
Warfarin - pode requerer um aumento na dose de warfarina
Pancurônio - pode requerer um aumento da dose para paralisação adequada
Cotrimoxazol - maior risco de toxicidade hematológica
Rifampicina - diminui a eficácia da azatioprina. e também hepatotoxicidade
Clozapina- maior risco de agranulocitose
• Monitoramento no Início
História e exame físico
Testes de função hepática. hemograma completo com diferencial, perfil bioquímico sérico, urinálise. PPD, sorologia para hepatites B e C
Teste de gravidez, caso indicado
• Monitoramento Durante o Tratamento
Hemograma completo com diferencial duas vezes ao més nos primeiros 2 meses, mensalmente nos 2 meses seguintes, e após este
período a cada 2 meses.
Testes de função hepática mensalmente nos primeiros 3 meses, e então a cada 2 meses.
Exame físico com enfoque no exame dos linfonodos e exame de cáncer de pele (principalmente CEC) a cada 2 anos
Teste de gravidez, caso indicado
• Gravidez/Aleitamento: Categoria D para gravidez
A gravidez e o aleitamento devem ser evitados durante o tratamento com azatioprina, e os pacientes (incluindo homens) devem usar con-
tracepção adequada.
• Uso Pediátrico: Sem dados
• Artrite Psoriática: Um pequeno estudo observacional de coorte sugere que a azatioprina tem seu valor no tratamento da artrite
psoriática.
De Journal of lhe Amencan Academy of Dermatology (in Press). GUidehnes of Care for the Management of Psorias1s and Psonat1c Arthnt1s.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
302
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
• ャョ、ゥ。セ ̄ッ@
Não são aprovados pelo FDA para tratamento da psoríase nos Estados Unidos. Os ésteres do ácido fumá rico são aprovados na Europa.
• Dosagem
Dose de inicio: Um comprimido de FUMADERM* . Aumentar nas próximas 8 semanas até o máximo de seis comprimidos diários.
• Resultados em Curto Prazo
Um esrudo multicêntrico. randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, de 100 pacientes demonstrou que, após 16 semanas, os pacien-
tes tratados com fumarato alcançaram um PASI médio de 50, comparados aos pacientes do grupo-placebo cujo PASI foi essencialmente
alterado.
Um esrudo controlado, duplo-cego, randomizado, de 143 pacientes a quem foi administrado fumarato e calcipotriol ou apenas fumarato
demonstrou que os pacientes em terapia combinada alcançaram um PASI 50 em 3 semanas versus os pacientes apenas com fumarato,
que alcançaram um PASI 50 em 9 semanas.
• Resultados em longo Prazo
Séries de casos com pacientes tratados por mais de 14 anos não sugerem um aumento do risco para infecções ou neoplasias. São ne-
cessários estudos de acompanhamento maiores e mais longos para confinnar tais observações.
• Contraindic.ações
Doença hepática grave
Doença gastrointestinal grave ou crônica
Doença renal grave ou crónica
Neoplasia ou história de neoplasia
Leucopenia e outras anormalidades hematológicas
Gravidez
Aleitamento
• Toxicidade
Gastrointestinal (cólicas abdominais, náuseas, diarreia, plenitude e flatulência)
Rubor (flushing)
Mal-estar
Fadiga
Linfopenia, leucopenia. eosinofilia
Hepatotoxicidade e provas de função hepáticas alteradas
Aumento do colesterol e triglicerídeos
Aumento da creatinina e potássio séricos, e proteinúria
Raros casos descritos de doença renal, porém nenhum em estudos controlados
• Interações Medicamentosas
Outros derivados dos ésteres do ácido fumárico, metotrexato, ciclosporina, agentes imunossupressores e drogas citostáticas podem poten-
cializar a toxicidade.
Drogas que sabidamente causam disfunção renal.
• Monitoramento no Inicio
História e exame físico
Hemograma completo, contagem de plaquetas
Bioquímica
Exame de urina
• Monitoramento Durante o Tratamento
Hemograma completo, contagem de plaquetas a cada 2 semanas nos primeiros 2 meses; mensalmente até o sexto mês, e entlio a cada 2 meses
Bioquímica e exame de urina a cada 2 semanas no primeiro mês; mensalmente nos primeiros 6 meses. e então a cada 2 meses
• Gravidez: Não recomendado para gravidez (não há categoria de gravidez pelo FDA. pois não é aprovado nos Estados Unidos)
• Aleitamento: Não existem dados e, portanto, mães recebendo ésteres do ácido fumá rico não devem amamentar.
• Uso Pediátrico: Sem dados
• Artrite pウッイゥ£エ。セZ@ Um pequeno estudo duplo-cego. placebo-controlado, sugere uma pequena eficácia evidenciada como diminuição da
dor articular e da taxa de homossedimentação.
De Journal of lhe Amencan Academy of Dermatology (in Press). GUidehnes of Care for the Management of Psorias1s and Psonat1c Arthnt1s.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
303
Dermatologia Cllnica
• Indicação
Não é aprovada pelo FDA para o uso em psorlase.
• Dosagem para Psoríase
Em psoríase, a dose inicial é de 500 mg VO duas vezes ao dia, aumentando-se até o máximo de 3-4 g/dia de acordo com a tolerância.
• Duração do Tratamento
O tempo que for necessário. Não se conhece toxicidade cumulativa.
• Resultados em Curto Prazo
As taxas de eficâcia nâo sao bem caracterizadas. No único estudo randomizado e controlado, 8 semanas de sulf assalazina 3-4 g/dia le-
varam a uma melhora moderada (melhora global de 30%-59%) em 7/17 pacientes, comparados com 1/27 pacientes com placebo).
• Resultados em longo Prazo
Não descritos
• Contraindicações
Pacientes com obstrução intestinal ou urinária; pacientes com porfiria; pacientes com hipersensibilidade a sulfassalazina, seus metabólitos,
sulfonamidas ou salicilatos
• Toxicidade
Anorexia, cefaleia, sintomas gastrointestinais (incluindo náuseas, vômitos e desosdens gástricas) e oligoespermia podem ocorrer em até
um terço dos pacientes.
Reações menos frequentes incluem erupções cutAneas, prurido, urticária, febre, anemia hemolítica e cianose, que podem ocorrer em 1/30
pacientes ou menos.
• Interações Medicamentosas
Menor absorçao de ácido fólico e digoxina
• Monitoramento no Início
História e exame físico
Hemograma completo com diferencial e provas de funçao hepática
Teste de gravidez, caso indicado
• Monitoramento Durante o Tratamento
Hemograma completo com diferencial e provas de funçao hepática a cada 2 semanas nos primeiros 3 meses. Durante os 3 meses
seguintes, hemograma completo com diferencial e provas de funçao hepática mensalmente e, após este período, a cada 3 meses. Exame
de urina e provas de funçao renal devem ser realizados periodicamente.
Teste de gravidez, caso indicado.
• Gravidez: Categoria B
• Aleitamento: Sulfonamidas sao excretadas no leite. No recém-nascido, elas competem com o sítio de ligaçao da bilirrubina nas proteínas
plasmáticas e podem causar kernicterus.
• Uso Pediátrico: Sem dados
• Artrite Psoriática: No maior estudo de sulfassalazina para artrite psoriática, após 36 semanas de tratamento com 2 g/dia, 58% dos paci-
entes em uso de sulfassalazina alcançaram PsARC, comparados com 45% dos que usaram placebo.
De Journal of lhe American Academy of Dermatology (in Press). Guidelines of Care for the Management of Psoriasis and Psoriatic Arthritis.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
304
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
• ャョ、ゥ。セ ̄ッ@
Não é aprovada pelo FDA para o uso em psorlase.
• Dosagem
Dose de ataque de 100 mg/dia por 3 dias seguida de 20 mgldia em longo prazo.
• Resultados em Curto Prazo
No único esrudo randomizado e controlado de 190 pacientes, a quem foi administrada leflunomida por 24 semanas, na dose anterior-
mente descrita, levou a um PASI 75 de 17% versus 8% do placebo (p = 0,048).
• Resultados em longo Prazo
Não descritos
• Contraindic.ações
Pacientes com hipersensibilidade à leflunomida ou aos seus metabólitos.
• Toxicidade
Os efeitos colaterais mais comuns induem náuseas, diarreia, perda de apetite, perda de peso, cefaleia, tontura.
Efeitos menos comuns podem incluir dano hepático grave. inclusive com êxito letal. A maioria dos casos de dano hepático grave ocorre
nos primeiros 6 meses de tratamento e em pacientes com múhiplos fatores de risco para hepatotoxicidade.
Existem relatos de pancitopenia, agranulocitose e trombocitopenia em pacientes usando leflunomida. Estes efeitos ocorreram em pacien-
tes que foram tratados com metotrexato ou outros agentes imunossupressores, ou que haviam interrompido o uso destes recentemente.
• Interações Medicamentosas
A coadministração de leflunomida com metotrexato nâo demonstra interação larmacocinética entre as duas drogas, embora possa levar a
um aumento da hepatotoxicidade.
Os niveis da leflunomida sâo aumentados quando administrada juntamente com rifampicina.
• Monitoramento no Início
História e exame físico
Hemograma completo com diferencial e provas de funçao hepática
Teste de gravidez, caso indicado
• Monitoramento Durante o Tratamento
Hemograma completo e provas de funçao hepática mensalmente durante os primeiros 6 meses e entao a cada 6 a 8 semanas.
Teste de gravidez, caso necessário
• Gravidez: Categoria X
• Aleitamento: A leflunomida nâo deve ser utilizada por mulheres que estao amamentando.
• Uso Pediátrico: Sem dados
• Artrite pウッイゥ£エ。セZ@ No único estudo randomizado e controlado de 190 pacientes com psoríase e artrite psoriática, 59% dos pacientes
tratados com leflunomida versus 30% dos tratados com placebo foram respondedores pelo PsARC.
De Journal of lhe Amencan Academy of Dermatology (in Press). GUidehnes of Care for the Management of Psorias1s and Psonat1c Anhnt1s.
Section 4: Guidelines of Care for the Management and Treatment of Psoriasis with Traditional Systemic Agents.
305
Dermato logia Cllnica
306
Psorfase e Oul.rlls Doen ças Papuloesca mosas Capítulo I BI
De Mente r A et ai: J Am Acad Dermatr>l 58(5):826·850, 2008. De Menter A et a/: J Am Acad Dermatr>l 58(5):826-850, 2008.
PMID 18423260 PMID 18423260
!CC. Insuficiência cardíaca congestiva; SNC. sistema nervoso cen- !CC. lnsuficiencia cardraca congestiva; SNC. sistema nervoso cen-
tral; ES. esderose múltipla; PASI lS. 75% de melhora no Pscriasis tral; ES, esderose múltipla; PASI-75, 75% de melho<a no Pscriasis
Area itfld s-;ry lndex Score; PPD, purifred protem derivarwe. Area and s--iry lndex セ@ PPD, purifred protein derivarNe.
307
Dermatologia CHnica
oontínuo. A resposta ao inlliximab é rápida. Pode ocorrer perda citocinas interleucina (IL)-12 e 11.,.23 são produzidas por células
da elicácia com o tempo. Alguns dermatologistas presaevem bai· apresentadoras de antíl!"nOS ativadas e tem papel na diferencia-
xa' doses de metotrexato ooncomitantemente visando uma d.imi· ção e prolife:raÇio de células tipo T-he/per I. Há evidências da ex-
nuição na formação de anticorpos oontra o infliximab セ@ por pressão de altos nívei.< de IL. 12 e 11.,.23 nas lesões de psoría'le.
conseguinte, a manutenção da eficácia clínica. As recomendações
para o uso do infliximab estão listadas no Quadro 8-29. USTEKINUMAB. O umkinumab é um antirorpo humano mo-
noclonal oom alvo na interieuána- 12 (11.,.12) e naiL-23. Ele se li!Y' à
subunidade p40, oomum tanto à 11.,.12 quanto à TL-23, prevenindo
AGENTES BIOLÓGICOS COM ALVO NA dLULA
que estas árocinas liguem·se à superflcie celular das célula.• T, por-
T patogセnic@
tanto rompendo oom a cadei3 inAamatória envolvida na ー ウッイ■ゥGャセ@
ALEFACEPT. (Amevive"') inibe a ativaÇio e reduz o número de célu- O u stekinu mab parece ser t:5o eficaz quanto os antioorpos
la.< T de memória. Alguns pacientes não apresentam re.'J)O.<ta. Os pa- :mti·TNF-a d urante a indução do tratamento, e os dado.-; demons-
áentes que não re.pondem podem adquirir beneli'áo adidonal por tram uma resposta clínica ・ウセカャ@ ao longo do tempo, sem rebate
meio de 12 semanas ronsemtivas de tratamento. Não ィセ@ como prever após a retimda da dro!Y' e oom resposta PASI-75 ao retratamento
qual paciente irá apresentar melhora. Deve""' ter roidado com ao pa- de cerca de 85%. Há evidências de que o ustelónumab seja eliau:
áentes que esL1o em risco de desemoh...- ou apresentam história na artrite psoriátirn. As recomendações para o uso do ustelónu-
pessoal de neoplasia ou infeo;i'iel. especialmente infecQles diniGJo mab estão listadas no Quadro 8-31.
mente significativas. O ald3c.ept tem rntegeria 8 de gravidez. As ra:I)o
rnendaç6es para o uso do ale:fàcept estão listadas no Quadro 8-30.
Quadro 8· 31 r・」ッュセウ@ para o Uso de Ustekinumab
(STHARA)
AGENTES BIOLÓGICOS COM A LVO NAS
lndicaçio: Psorfase em placas moderada a grave em adultos
CITOCINAS INTERLEUCINA (IL)-12 E IL-23 o
o Dosagem: 45 mg para pessoas com peso de 100 kg ou me-
A psorfase é, e m parte, conseq uência da ativação e migm(ão de nos, e 90 mg para pessoas com peso maior que 100 kg. Ad·
células T pam a epiderme e da libernç.;o de mediadores inAama .. ministra-se uma dose inicial na semana O, seguida de uma ou-
tra dose na semana 4, seguida de uma dose adicional a cada
tórios, os quais levam à hiperpro liferaÇio de células cull'lneas. As
12 semanas. Nao é necessário aju51e de dose para paóentes
acima de 65 anos. N&o é recomendado para crianças abaixo
de 18 anos por falta de dados.
Quadro 8·30 Recomendações para o uso de Alefacept ] o Resposta em Curto Prazo: Na 12' semana, 67% dos paáen·
tes recebendo 45 mg e 66% dos pac;entes recebendo 90 mg
o lndlcaçio: Pso<fase moderada a grave em adultos de ustekinumab alcançaram um PASI-75. PMID: 1848673
o Dosagem: 15 mg semanais administrados como ゥ セ@ lntra- • Resposta em longo Prazo: A manutençãO do PASI-75 foi
muscular por 12 semanas, com um acompanhamento sem significativamente superior com o tratamento contínuo com o
tratamento de mais 12 semanas. ustekinumab, comparado com o de retirada; na 7&' semana,
84% dos pacientes rerrandomizados para ュ。ョオエ・セッ@ do tra-
Resultados em Curto Prazo tamento alcançaram um PASI-75, comparados com 19% dos
o 2 1% dos pacientes alcançaram PASI· 75 na 14• semana pacientes rerrandomizados para placebo.
• Aumento da Dose: Considerar aumento da dose uma vez a
Resultados em Longo Prazo cada 8 semanas com 90 mg de u51ekinumab em pacientes
o Associado a longos períodos de remissao em um subgrupo de que nao alcançaram PASI·75 na 28' semana. PMID 18486740
respondedores.
Toxicidade
o Resposta prévia ao a lefacept é provavelmente um marcador
de resposta ao tratamento futuro; portanto, os pacientes que o As reações adversas mais comuns(> 10%) são infecçao das
responderam ao primeiro ócio de terapia podem ser tratados vias aéreas superiores e nasofanngite. A maioria foi conside·
a longo prazo com cidos repetidos de 12 semanas de alefa· rada leve e nao nece5Sitou de interrupçao do tratamento.
cept. com intervalo mínimo de 24 semanas. • Contraindicaçoes incluem mfecçJo ativa dinicamente impor·
tante.
Toxicidade • Em estudos, as taxas de elertos adversos sérios, incluindo in-
Excelente perfil de segurança nos estudos clínicos fecçoes sérias, neoplasias e eventos cardiovasculares, foram
baixas e de acordo com as taxas esperadas pela expeóéncia.
Monitoramento no Início
Contagem de C04 Monitoramento no Inicio
o PPD e considerar radiografia de tórax
Monitoramento Durante o Tratamento
o Provas de funç.1o hepábca, hemograma completo e perfil de
Necessita contagem de C04 quinzenal; suspender a dose para hepatites
conlagens <250.
Categoria de GestaçAo: B Mon itoramento Durante o Tratamento
Contralndlcações: lnfecç.1o pelo HIV o Considerar PPO anual, e hemograma completo e provas de
funçao hepática periódicos
Oe Mente r A et ai: J Am Acad Dermato/ 58(5):826·850, 2008. o História e exame físico penódicos
PMID 18423260
PASI-75. 7 5% de melhora no Psoriasis An>a and s-;ty lndex Adaptado da monografia pmduz1da, Jans.sen-Ortho Inc. Toronto,
Score. Ontario, Oecember 12, 2008.
308
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
MANIFESTAÇÕES CLiNICAS
PITIRIASE RUBRA PILAR
A forma clássica de PRP do adulto inicia-se insidiosamente, nor-
A p iti ríase rubra pilar (PRP) é uma doença crônica rara, de etiolo- malmente pela quinta ou sext.1 década de vida, na fo nna de pe-
gia desconhecida, com uma combinação pecuJ iar de característi- quenas placas desrnmativa..-., eritematosas, indolentes, na face e
cas. A PRP em geral tem u m impacto devastador na vida dos pa- parte superior do corpo. A placa lentamente aumenta ao longo
cientes. A descriç.;o das caracteristicas histopatológirns não é dos dias ou semanas, e as palmas e plan tas começam a se espessar,
u niforme. Encontrar um tratamento efirnz pode ser u m 、・Nセ。ヲゥッ@ A surgindo pápulas folirulares amarelo-alaranjadas b rilhantes na
PRP pode ocorrer em qu alquer idade, porém a maioria d o..-. casos parte dorsal das falanges proxim ais, cotovelos, joelhos e tronco,
está entre a p rimeira e a quinta ou sexta década de vida. confonne a doença vai evoluindo e progredindo para u ma erup-
ção generalizada grotesca (Fig,;. 8-30, 8-31 e 8-32 ). As pápulas
foliculares q ueratóticas coalescem em muitas áreas do corpo para
CLASSIFICAÇÃO DE GRIFFITHS p roduzir um padrão comp lexo de discretas pá pulas e placas erite-
Griffiths dividiu a PRP em cinco subtipos (Thbela 8 -8): os tipos I matosas de bordos bem delimitados com ilhas de pele sã ('pon-
e JJ representam a..-. fonnas clássicas e atipicas da PRP do aduho; t<>-• faltan do') (Fig,;. 8-30 e 8-31). A erupção pode se espalhar e
os tipos Tn, IV e V são vistos em jovens. As fonnas clássicas (tipos atingir quase toda a superfície cutânea. A-, escam as são rudes na
I e lll) mo_ruam uma ampla distribuição de pápu las fo lirulares e metade inferio r do corpo e finas e p ulverulentas na met.1de supe-
placas com am pla fusão, poupando ilhas de pele não acometida. rior. Quando o envolvimento fudaJ é expressivo, ocorre ectrópio.
O tipo TV de PRP é visto principalmente e m criança...., com lesões A.o:. unhas mostram coloração amarelo-amarronzada, hiperquera-
circunscritas restritas aos cotovelos e joelhos e hiperqueratose tose subungueal, espessamento ungueal e hemorragias em esti-
palmoplantar frequente. As formas atipicas (tipo li do adulto e lhas. As unhas com psoriase mostram onicólise (principalmente
tipo V juvenil) mostram uma dennatite ictiosiforme e hiperq ue- marginal), manchas de óleo, pequenas depressões e grandes re-
ratose paJmoplantar. Uma forma grave de PRP pode ser revelada, cortes na lâmina ungueaL
precipit.1da, ou, de outra maneira, associada à infecção pelo H IV. Há pouco ou nenhum prurido. O padente é incapacitado
É caracterizada por uma tríade de ame noduJocística, líquen espi- pelas escamas aderidas e espessas do couro cabeludo, face.. palmas
nuloso e ・イオーNセッ@ semelhan te a PRP. e pelas fissuras dolorosas que se 、・Nセョカッ ャ カ・ュ@ nas plant.1s. O rosto
11. Atípica 5 Generalizada l esões ictiosiformes, mais Áreas de a lterações 20 anos ou mais
do adulto persistentes e psoriasifo rmes, eczematosas, alopeda
p rindpalmente nas pernas
111. Clássica 10 Generalizada Semelhante ao tipo I; pápulas Distribuiç.1o cefalocaudal Início nos primeiros 2 anos
juvenil e placas foliculares hipercera- de vida; remissao em média
tóticas generalizadas coales- com I a 2 anos
centes com áreas de pele s1l
111. Circuns- 25 Localizada Pápulas foliculares hipercera- Crianças pré-púberes; pe- A forma aguda se resolve em
crita tóticas locais e eritema e pia· quenas pápulas dissemi· 6 meses; a forma intermediá·
juvenil cas nos joelhos, cotovelo, nadas o u placas na face, ria se resolve em 1 ano; a
palmas e plantas tronco e extremidades forma crônica dura mais de I
ano e pode progredir para
forma e ritrodérmica (tipos I
ou 111)
v. Atípica 5 Generalizada Hiperqueratose folicular, der- Alterações esclerodermi· Surge no primeiro ano de
juvenil matite ictiosiforme generali- formes das palmas e vida; tem curso crônico, in-
zada plant<ls; a maioria dos tratável
casos de PRP familiar per-
tence a este grupo
VI. Associada Ascen- Face e tronco Lesões acneiformes pustula· Resistente aos tratamentos Refratária
ao HIV dente superior res e nodulocísticas; lesões padrão; pode responder à
tipo líquen espinuloso (tam- terapia antirretrovira l
pões foliculares alongados)
309
Dermatologia CHnica
310
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
muito descamativo e difusa mente eritematoso destrói a autoima- Daivonex"' ( calcipotriol) pode ser eficaz. Os esteroides sistêmicos
gem, e estes paciente.-. permanecem isolados. A erupção dura e o metotrexato são os tratamentos de primeira linha para PRP
meses a anos; 80% estão melhores em 3 anos. generalizada.
PITIRfASE RUBRA PILAR DA INFÂNCIA. A PRP da inffin- RETINOIDES. Os retinoides são agente• sistêmicos efetivos. A
cia inicia-se no couro cabeludo e na face e simula dermatite se:bor- isotretinoína promove alívio sintomático do eritema, prurido,
reica. A doença se 、ゥNウセュ ョ 。@ evoluindo com pápulas hiperquera- descamação, ectrópio e q ueratodermia em 4 semanas, enquanto
tóticas folicuJares. A forma da infância tende a recorrer por anos, uma melhora significativa ou dareamento leva de 16 a 24 sema-
o que não é carncteristico da fonna do adulto. A forma circuns- nas. Em muitos pacientes, a melhora é mantida após a ウオNセー・ョ ̄ッ@
crita é carncterizada por placas vennelho-aJarnnjada..,., u sualmente do tratamento. Usam-se doses na faixa de 0,5 a 2,0 mg/kg/dia por
nos cotovelos e joelhos, formadas por áreas nitidamente marca- até 6 meses. A acitretina com ou sem fototerapia pode ser superior
das de hiperquerntose folirular e eritema. A t.'l.Xa de remi.s..,.âo em à isotretinoína na forma do adulto.
3 anos é de 32%. Retinoides orais inicialmente associados a metotrexato sema-
nal em baixas doses concomit.1ntes ou subsequentes resultou em
25% a 75% de melhora da PRP em 17 de 24 pacieote• após 16
DIAGNÓSTICO
semanas de tratamento.
O quadro clínico característico é o a.,,.pecto diagnóstico mais va- Megadose de vitamina A ( l milhão de unidades/dia) dada por
lioso. A doença lembra psoriase quando localizada no couro ca- .r> a 14 dias limpa a pele em quest.1o de dias em alguns estudos e
beludo, cotovelos e joelhos. A biopsia mostra escamas espe...,•ms e se mostra menos efic..1z em outros. O gel de tazaroteno aplicado
tampões folirulare.-. densos, queratóticosj camada granulosa a u- d uas vezes ao dia pode ser útil na PRP locaJizada.
mentada e acantólise. Muit.1s outras características são descritas.
METOTREXATO. Metotrexato diário (2,5 mg/dia) é mais efi.
c..1z do que o tratamento padrão semanal usado na psoríase e
TRATAMENTO
pode ser mais eficaz q ue os retinoides. Pode-se notar uma me-
Etanercept e intliximab são descritos como efetivos em relatos de lhora na segunda ou terceira semana, e existe u ma melhora acen-
caso. O uso frequente de emolientes como lac-Hydrin* (ácido tuada na 1011 a 1211 semana, nas quais a dose já pode ser reduzida.
lático a 12%), Eucerin<t, Aquaphor* e vaselina mantém a pele A ddosporina deve ser considerada no tratamento da PRP
macia e hidratada. Vanamide'l' (ureia a 40%) aplicada nos pés ao clássica do adulto. Penicilina, estanozolol e o método de Goer-
deitar e coberta com p(á..,'tico é uma abordagem e.6c..1z para remo- ckennan (UVB e coaltar cru) provavelmente não são eficazes. Os
ção das escamas. A aplicaç.1o de hidratantes densos, como o pacientes com PRP são fotossensíveis e a maioria detlagrn crise
Aquaphor* e Uni base<' em partes iguais, seguida da odu.-.ão com quando em u.•o de psoraleoo e ultravioleta A (PlNA) ou trata-
61me plástico por várias horas também toma a pele hidratada. mento com ultravioleta B.
311
D ermato logia CHnica
A dermatite seborreica é u ma doença comum, crônica, inflama- TRATAMENTO. Os pacientes com crostas e M!creçiio devem ser
tória, com padrões carncterí.sticos para d iferentes faixas et.irias. tratados com antibióticos antiestafilocócicos orais. Uma vez que a
O fungo Malassezia ovaUs provavelmente é o agente causador, infecção estiver contro lada, o eritema e a de.-.camaç.;o podem ser
mas tanto fato res ambientais quanto genéticos parecem influen- con trolados com cremes ou loçõe.-. de corticosteroides dos grupos
ciar o início e o curso da doença. Muitos pacientes adu ltos têm VT e VIl. Escamas aderidas, espessas, densas, podem ser removidas
aspecto o leoso, a chamada d iátese seborreica. Em adultos, a aplicando-se de óleo mineral mo m o, azeite, o u loç.;o Derma·
dermatite seborreica tende a persistir, mas atravessa períodos de Smoothefi'S* (óleo de amendoim, ó leo mineral, fluoci no lona
remissão e exacerbação. A extensão do envolvimento varia ba..-.- acetonida a 0,01 O/o) no couro cabeludo e enxaguando-se várias
tante entre os pacientes. A maioria dos rnsos pode ser controlada horas depois. As remissõe.-. p rovavelmente podem ser prolonga-
adequadamente. das com o uso frequen te de ácido saliálico ou xampu.-. de co altar
(veja Formulário). A soluçJío capilar Carmo('" (sulfacetam ida)
também pode ser efic.'lz. É aplicada uma ou duas vezes ao dia.
Lactentes (crosta láctea)
Cetoconazol é ou tra opção para o tratamento da dermatite sebor-
Os lactentes normalmente desen volvem escam as aderentes gra- reica infuntil, para evitar os efeitos colaterais do u.-.o pro longado
xenta.s no vértex do cou ro cabeludo. Escamas em menor q uan ti- e em grandes extensões dos corticosteroides tópicos. A eficáda do
dade são facilmente removidas por meio de lavagem frequen te creme de cetoconazol a 20/o e hidrocortisona a 1Ofo no tratamento
com xampus contendo enxofre, ácido saJicílko, o u ambos (p. ex., da dermatite seborreica infantil é semelhante à eficácia de cada
Sebulex"xampu, T/ Gel"' xampu). A< escamas podem se arumular, um dos agentes separadam ente.
tomando-se espessas e aderidas por todo o cou ro cabeludo e po-
Crianças pequenas (tinea amiantácea e
blefarite)
A tinea amiantácea é uma erupção característica de etio logia des-
conhecida. As mães de crianç.1s afetadas geralmente referem his-
tória de crosta láctea na infftncia. Alguns autores acreditam q ue a
tinea amiantácea seja u ma fonna de eczema ou de psoríase. Uma
ou m uitas placas de escam as densas aparecem em qualquer lugar
do couro cabeludo e podem persistir por meses an tes que o pa-
ciente perceba queda de cabelo temporária ou as características
grande.-. placas ovais, brnnco·amareladas, firme mente aderidas ao
cabelo e ao couro cabeludo (Fig. 8-34). Caracteristicamente, a
escam a se liga ao cabelo e é fonnada conforme o cabelo vai cres-
cendo. Placas de e.-.camas densas variam de 2 a 10 em. A escama
se assemelha a infecção fúngica do couro cabeludo, o que explica
o nome tinea. Amiant.icea, que significa am ianto, se refere à carac-
terística em placa das e."Kamas, que relembrn amianto natural.
312
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 18 1
DERMATITE SEBORREICA
Figura 8-34 Dermatit e seborreica (tinea amiantácea). O Figura 8-35 Dermatite seborreica (blefarite). As escamas se
couro cabeludo apresenta densas áreas de escamas. Grandes acumulam e aderem aos cnios. Pode-se usar para higiene da
placas de escamas branco-amareladas aderem-se firmemente região algumas gotas de xampu de bebê com um pouco de
à haste do pelo . água morna. Pomada de sulf acetamida pode controlar a des-
camação e a inflamação.
'< I
Figura 8-36 Dermatite seborreica da pele retroauricular. Figura 8-37 Dermatite seborrei ca do conduto aud it ivo
ext erno.
313
Dermato logia CHnica
Embora os c-ernes e loções de corticosteroides tópicos eliminem bial, orelha externa (Figs. 8-36 e 8-37), sulco auricular posterior e
a doença, o uso prolongado destas preparnções ao redor dm área pre-estemal (Fig. 8 -38}.
olhm pode causar glaucoma e deve ser evitado. Creme de cetoco- As axilas, sulcos infra mamários, virilha e umbigo são afetados
nazol (Nizornl•) uma vez ao dia pode ser tentado em casos resis- menos frequentemente. A desmmação das orelhas pode ser con-
tentes. fundida com eczema ou infecçllo fúngica. Sua presença em asso-
ciação de de:sc.,maç.'lo carncterfsticn em outras áreas típicas 」ッイセ@
bora o diagnóstico. A descamaç3o pode aparecer q uan do a barha
Adolescentes e adultos (dermatite
cresce e desaparecer quando é rnspada (Figs. 8-39 e 8-40). Uma
seborreica clássica) vez instaJada, a doenç:t tende a persistir e m graus variáveis. Pa-
A maioria dos ind ivíduos vivenda e pisód ios de escamas finas, cientes mais velhos, p:uticulannente aqueles acamados ou com
brancas, secas, com algum prurido; isto é caspa. Há オュセ@ tendên· p roblemas n eurológicos como doença de Parkinson, te ndem a ter
da em :1tribuir esta condição ao couro c.1beludo seco e canse· urn a forma mais c..rõnica e extensa da doença. Ocasionalmente a
que.nteme:nte. evitar lavar o cabelo. Quando se faz isso, as escamas escama d o cou ro c.>beludo pode ser difusa, espessa e aderida.
se arumuJam e pode ooorrer inflamação. Pacientes com pouca Pode ser impos.çível diferenciar da psoriase.
caspa devem ser estimulados a lavar os cabelos diariamente ou Os paáentes da""" セ@ tranquilizados a respeito de a dermatite
em dias alternados com xampus anticaspa (w:ja Formulirio). seborreica não causar alopt!l(ia pennanmte. TIIWl copitis causada pelo
Podem ocorrer acamas finas, secas, brancas ou amareladas sobre Trichop/t)mn IDn5UmnS no adulto tem uma escama seca. brnnca, difusa.
uma base eritemat.osa A distribuição das escamas e da inllamação que não apresenta fluortOIC:inàa .00 a lâmpada de Wood. Culrura
pode ser mais difusa e acometer as áreas seborre.icas: couro cabe- fúngi<:a e exame direto rom hidtólàdo de pot:íssio são indicad05 para
ludo e seus limites, sobrancelhas, base dos a1ios, sulco nasola.. descamação atípica ou resi<tente de oouro cabeludo.
314
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 181
Figura 8-39 Dermatite seborreica pode aparecer em indivi- Figura 8-40 A dermatite seborreica se estendeu da área do
duas predispostos quando estes deixam a barba crescer. bigode até a base do sulco nasolabial.
damente aos cremes de corticoides tópicos do.'i grupos V a VIL çiio levou apenas a u ma melhora adicional discreta. PMfD: 186691.%.
loções de corticosteroides devem ser aplicadas no couro cabeludo Fluoonazol 300 mg em dose única semanal por 2 semanas promove
duas vezes ao dia. Os pacientes devem ser alert.1dos de q ue os uma melhorn marginal e estatisticamente insignificante no trata-
cortico.orteroide.-. tópicos não devem ser utilizados como terapia de mento da dermatite seborreica. PMID: 17645.378.
manutenção. Descamação densa e difusa do couro cabeludo pode ser エイ。 セ@
A loção d・イュ。 セ セュッエ「・OfsGB@ (óleo de amendoim, óleo m ine- tada com Derma ..Smoothe/FS lotion (óleo de amendoim, óleo
ral, fluoci nolona acetonida a 0,01%) é um corticosteroide tópico mineral, fluocinolona acetonida 0,001%) ou LCD 10% em ó leo
eficaz que pode ser aplicado em todo o couro cabeludo e oduído Nívea«> como previamente de.<icrito para o tratamento de crianças
com uma touca de banho. O couro cabeludo é umedecido antes pequenas. Os produtos devem ser aplicados ao deitar, cobrindo o
da aplicação. O tratamento deve ser repetido toda noite por 1 a 3 couro cabeludo com uma touca de banho. O tratamento é repe-
semanas até q ue o prurido e a des.camação sejam controlados. A<i tido diariamente durante cerca de 1-3 semanas. Xampus são オウ。 セ@
escamas são completamente removidas em 1 a 3 semanas, e xam· dos como terapia de manutenção.
pus de coahar como t O g・ャセ@ ou tィイウオュセ@ são usados como manu·
tenção. Recorrências periódicas são tratadas de maneira seme. OUTROS TÓPICOS. Sulfucetamida (loção capilar de trata-
Ih ante. mento Carmollll') aplicada uma ou duas vezes por dia diariamente
Thnto o pimecrolimus a JO;b quanto o cetoconazol são eficazes pode ser muito eficaz para doença ativa, e.-.pedaJmente na pre-
no tratamento da dermatite seborreica. Observa-se retomo da sença de pústulas. O geJ de metronidazol a 0,7:>% ou a 1% tem
dennatite seborreica entre 3 e 8 semanas após a suspensão do eficácia comparável ao creme de cetoconaz.ol no tratamento da
pimecrolimu.-.. Pode ocorrer u ma dermatite rosaceiforme como dermatite seborreica fucial. PMID: 17309456.
315
Der matologia CHnlca
ᄋセ@ - セᄋNBGM[⦅@ .
セM ...
-
w, ... -
-
Figura 8-41 Pitiríase rósea. O medalhão está presente na Figura 8-42 Pitiríase rósea . A erupção está plenamente de-
mama. LesOes subsequentes normalmente começam na re- senvolvida 2 semanas após seu início.
giao inferior do abdome.
316
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 18 1
PITIR[ASE RÓSEA
Figura 8-44 Encontram-se tanto pequenas placas ovais Figura 8-45 Um anel de descamação cor da pele (colarete
quanto pequenas pápulas, múltiplas. Ocasionalmente a erup- de escamas) permanece aderido à borda int erna da placa.
ção consist e apenas em pequenas pápulas.
317
D ermato logia CHnica
CONDUTA
Figura 8-46 Pitiríase rósea. Lesões papulares podem ser vis-
Não se sabe se a pitiríase rósea é con tagiosa ou não. A doença é
t as em crianças, gestantes e negros.
benigna e au tolimitada e não parece afetar o fe to; portanto, o
isolamento é desnecessário. Em um estudo, usou-se estearato de
eritromicina o ral d iário (1 g dividido em quatro doses iguais por
2 semanas em adultos e 25 a 40 mg/kg em q uatro doses em
crianças) para tratamento da PR Nesse estudo, 33 pacientes
Em alguns casos, p redominam ou tros tipos de lesões. A varie· obtiveram resposta completa em 2 semanas, q uatro pacientes
dade papular é mais comu m em crianças pequenas, ァ・ウエ。ョNセL@ e apresentaram desaparecimento da lesão no final da sexta se-
negros (Figs. 8-46 e 8-47). Raramente, observa-se em lactentes e mana, e o ito pacientes não responderam. Um estudo mais re-
crianças lesões vesiculares e pu rpúricas. Lesões eczematizadas cente relatou que a eritromicina não foi eficaz. PMID: 1824()696.
podem ser vistas em 5,4% dos caso..-.. Raramente as lesões parecem Corticosteroides tópicos do grupo V e anti-histam ínicos orais
cobrir toda a superfície rorporal (Fig. 8-48). Foram de.•critas algu- podem ser usad os conforme necessário para aliviar o prurido.
ma..-. variedades de lesões orais. Nos raros casos extensos, com prurid o intenso, podem ser usa-
A maioria das lesões é assintomática, embora m uitos pacientes dos 20 mg de prednisona duas vezes ao dia por 1 a 2 sem anas.
se queixem de prurido leve transitório. Prurido grave pode acom· A exposição solar direta acelera a involução de lesões individu-
panhar erupções inflam atórias extensas. A doença se curn e.,.pon· ais, enq uanto as lesÕe.'i de áreas fotoprotegidas, como por baixo
taneam ente em 1 a 3 meses. Pode ocorrer pigmentação pós-infla. da rou pa de banho, permanecem. A luz u ltra.noleta B (UVB)
mataria, principalmente em negro..-.. As crianças negras amerirnnas administrada em cinco ウ・NセᅰGゥ@ eritemogênicas diárias conseruti-
apresentam envolvimento facial mais comum {300/o) e mais le· vas resulta em d iminuição do prurido e acelera o 、・Nセ。ー イ ・」ゥᆳ
sões de couro cabeludo (8%) do que as usualmente descritas em mento das ャ・Nセ@ O tratamento é mais eficaz quando iniciado
populações brancas. Lesões papulosas ocorrem em u m terço dos na p rimeira semana da erupção. Fototerapia com lNB cinco
casos. A doença se re.m lve dentro de 2 semanas em cerca de me· vezes na semana por 2 sem anas resulta em menor gravidade da
tade dos pacientes negros. Hiperpigmentação resid ual é vista em doença durante o período de trat.1mento. Entretanto, o prurido
480/o dos negros. H ipopigmen tação ocorre em 29% dos negros e o curso da doença permaneceram inalterados. A possível asso-
com lesões p uramente papuJosas o u papulovesirulosa..-.. PMTD: ciação de herpesvirus humano 6 (HHV-6) e H HV-7 e pitiría.se
17485628. rósea sugere q ue medicações sistêmicas d irecionadas contra o
HHV possam acelerar a recuperação de pacientes com pitiríase
rósea. Em um estudo, os pacientes foram trat.1dos com ac.iclovir
DIAGNÓSTICO
oral por 1 semana (800 mg cinco vezes ao d ia). As lesões clarea-
O obsenrndor experiente pode confiar na ゥ ュー イ ・ウNセ¬ッ@ clínica para ram em 18,5 dias nos ョエー。」ゥ・ ・Nセ@ tratados e em 37,9 dias no
dar o diagnóstico. Pode-se exduir tinea por exam e micológico grupo-placebo. A melhora foi alcançada em 17,2 dias nos pa-
direto com hid róxido d e potássio. Sífilis secundária pode ser in- cientes tratados na p rimeira semana de início e em 19,7 dias nos
distinguível da pitióase rósea, especialmente se não ho uver meda- pacientes tratados após. PM/D: 16884760
318
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
PITIR[ASE RÓSEA
Figura 8-48 Uma erupção extensa e rara. A erupção é concentrada na área mais frequentemente aco-
metida {pescoço, tronco e virilha).
319
De rmato logia CHnica
LESÕES PRIMÁRIAS
LfQUEN PLANO
A morfOI"!9a e distribuição dos lesões são caractetisticas (Fig. 8-49).
As rnrncteristi= clínicas do líquen plano podem ser memori7'1-
O líquen plano (IJ') é um padrão de reação inflamatório fmpar,
dos pelos cinco Ps do líquen plano: p;lpulas pwpúricas, poligonais,
de etiologio de.conhecida, que afeta a pele e as membranos mu·
pruriginosas, planas. A lesão primária é uma pápula plana de 2-10
cosas. A idade média de início é de 40,.3 ano.' em homens contra
mm com borda irregular angulada (pápula poligonal). A inspeção
46,4 anos em mulheres. A erupção in icial melhora em 1 ano em
cuidadosa revela em sua superficie delicadas linhas esbranquiça-
68% dos pacientes, porém em 49% a erupção recorre. Embora
das eotrecruzadas, reticuladas (estrias de Wickham), que podem
possa acometer qualquer idade,. é rarn em crianças menores de 5
ser aceotuadas por u ma goro de ó leo (Figs. 8-50 e 8-51) . Histolo-
anos. Aproximadamente lOOJó dos padentes têm história fnmiliar
gicamente, as estrins de Wickham correspo ndem a áreas de espes-
positiva. Isto corrobora a hipótese de que os f.ttore." genéLicos têm
samento epidérmico.
importância etio lógim. A doença hepática é um futorde risco para
As lesões recentes são bran(l')-.rosadas, porém ao longo do
U>, embora seja um marcador inespeáfico. Uquen plano oral e
tempo assumem um halo peculiar purpúrico, ou violáceo, com
cut.ineo pode ser associado a hepatite crônirn ativa pelo vírus da
brilho de cera característico. As lesões que persistem por meses
hepatite C (HCV). O vírus pode ter um potencial papel patogê·
podem se tomar mais ・ウー[セ@ e de cor vermelho-profundo (li·
nico se replirnndo no tecido cutáneo e d"""'rndeando líquen
quen plano hipenrófico). As pápulas se agregam em diferentes
plano em pacientes geneticamente suscetíveis infectados pelo
padrões. Estes padrões geralmente são agregados ao acaso, mas
HCV. Em um estudo, não se achou associação entn: estado de
podem ser anulares, difusamente papulosos (gutata), ou lineares,
ponador do ant!&"no de superficie do vírus da hepatite 8 (HbsAg)
existe aparecendo em respo.<ta a uma escoriação (fenômeno de Koeb-
e LP. PMIO; 18693602. Outro estudo demonstrou que ョセッ@
ner). Raramente, uma linha de p:lpulas pode se estender ao longo
a.<$ociação clara entre líquen plano oral e doenç.n cr6nirn pelo
de uma extremidade. Vesículas ou bolhas podem a parecer sobre
HCV. PMID; 176254.n.
lesões preexiste ntes ou em pele normal. Muitos pacientes apre-
Existem várias fonnas dínicas, e o número de lesões varia de
senta m pigmentilçilo acnst.'lnhadn nas áreas afetada.... que podem
pouc.1s pápulas crónicas a doença aguda genernli7'lda ('Tbbela 8 ·9).
persistir por anos após a me lhoro da erupção.
Erupções por drogas (p. ex., ouro, cloroquina, metildopa, pe·
nicilaminn), exposiç5o química (proce.セウ。 ュ ・ョイッ@ de filmes), infec·
ções baaerianas (sífilis secundária) e pós-transplante de medula
ós.-.ea (re.1ç.:!o enxerto·versw-hospedeiro) que tem aparência simi·
lar são referidos como liquenoides.
Vários padrões
de lfquen plano Lugares mais comuns
Actfnico
- - -Áreas fotoexpos tas
1-
Anular Mセ }[ ZN イッ ZN ョ NZ 」ッL@ genitália externa セ@
Atrófico Qualquer área
f- -----
Plantas dos pés, boca
UiceroerOSNO
r-FofJCular (lfquen plano pilar) Couro cabeludo
-
Pequenas pápulas gutatas
---
Tronco
(numerosas)
Hipertrófico Membros inferiores
(espeàalmente tornozelos)
- - --l
linear Zosteriforme (perna). área ar·
ranhada
l-
Doença ungueal
---
Unhas
1-
Papular (localaado) Superfície ftexora (antebraços Figura 8-49 Líquen p lano. Uma lesão caracte rística de
e pulsos) pápulas planas, poligonais, purpúricas. apresentando linhas
Vesiculobolhoso ----Membros inferiores, boca - esbranquiçadas, rendilhadas, entrecruzadas (estrias de
Wickham) na superfíde.
320
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 18 1
L(QUEN PLANO
@
A lesão elementar é uma pápula plana com bordas irregulares, Um exame mais próximo da superficie mostra um padrão ren-
anguladas (pápulas poligonais). dilhado, reticulado, de linhas esbranquiçadas entrecruzadas
(estrias de Whickham}, aqui acentuadas por uma gota de
óleo de imersão.
Figura 8-50 Lesões elementares.
Um grande número de lesões purpúricas policiclicas nos O óleo acentua as esbranquiçadas e rendilhadas estrias de
punhos. Wickham e ajuda a confirmar o diagnóstico clinico.
Figura 8-51 Lesões localizadas.
321
Dermatologia CHn ica
322
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 18 1
L(QUEN PLANO
Figura 8-54 Líquen plano hipertrófico. Placas marrom-aver- Figura 8-55 Líquen plano generalizado. lesóes discretas
melhadas, espessas, mais frequentes na parte inferior das (gutatas) variam de 1 mm a 1 em de diâmetro. Essa erupção
pernas. disseminada ocorreu após o início de antimaláricos.
Figura 8-56 Líquen plano hipertrófico confluente. A s lesões Figura 8-57 Líquen plano palmar. As pápulas são grandes e
são extremamente pruriginosas. se tornam agregadas.
3 23
Dermatologia CHnica
3 24
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo 181
lio. Uma biopsia realizada de área hiperceratótica esbranquiçada lineares proximais a distais ou estrias e destruição complet.1 ou
na pele do lábio pode fo rnecer evidências histológicas mais ade- parcial da lâmina ungueal. O desenvolvimento de destruição pre-
quadas. Descam ação vaginal n ão está a.s..•m ciada a líque n esc.le- coce e grave da matriz ungueal caracteriza u m pequeno su bgrupo
roso. Cort.icosteroide.-. tópicos e orais são o tratamen to mais efi- de paciente.• com LP u ngueal. A observ.1ção por longo-< períodos
caz. Thcrolimus tópico Hpイッエーゥ」 セ@ pomada) ou pimecrolim us demonstra que o dano permanente à matriz ungueal é raro
(Eiidel® creme) podem ser eficaze.<. Alguns pacientes respondem mesmo em pacientes com envolvimento difuso da matriz (Fig.
à dapsona. Muitos outros agentes sistêm icos foram usados. Gel de 25-10). Foi descrito u m caso tratado com gel de tazaroteno tópico
aloe vera é um tratamento seguro e eficaz para pacientes com lí- e gel de clobet..sol. PMID: 1737317.9
quen plano vulvar. PMID: 18940117
A síndrome vulvovaginal·gengival é u ma variante de líquen
Diagnóstico
plano mucosa carncterizada por erosões e descamação da vulva,
vagina e gengiva. líquen plano gengiva! estoí p resente em todos os O d iagnóstico pode ser feito clinicamente, mas a biopsia da pele
pacientes e se caracteriza por erosões, eritema e )e.,.ôes brancas elimina q ualq uer d úvida. A im unofluores.c.ência direta pode aju-
retiruladas. O líquen plano vulvovaginal também apresenta ero· dar a e.•tabelecer o diagnóstico. A pele m ostra depósitos globula-
sões na maioria dos pacientes. Uso simultâneo de várias drogas res de lgG, lgM, lgA e complemento. Q uase todos os pacien tes
no rmalmente é necessário parn se obter u m controle adequado. apresentam depósitos de fib rina e fib rinogênio na zona da mem-
E..'ttrogênio não é eficaz. brana basaJ, em u m padrão linear, p resen tes em lesões orais e
cutâneas. Não foram encon trad os an ticorpos cirrulantes; por-
t.1nto, a im unofluorescência ind ireta é negativa.
Unhas
As alterações u ngueais frequentem ente acompanham o líquen
plano generaJizado, mas podem ocorrer como ú nica manifesta-
ção da doença. Cerca de 25o/o dos pacientes com LP u ngueal
apresentam LP em outros locais antes ou após o aparecimento das
lesões u ngueais. LP u ngueal normalmen te aparece durante a
qui nta o u sexta década de vida. A.-. alternções incluem depressões
Figura 8-61 Líquen plano do pênis. Um padrão rendilhado Figura 8-62 líquen plano erosivo vaginal. Todo o trato vagi-
e esbranquiçado, idêntico ao visto na mucosa oral. nal está envolvido nesse g rave caso.
325
Der maLologla CHnica
Trat a m ento ineficaz por conta de diagnósticos equivocados. d・カ セ ウ・@ consi...
der.u a realização de biopsia para confirmar o diagnóstico. A
TRATAMENTO PARA O ÚQUEN PLANO maioria dos pacientes i. assintomática e não necessita trata·
CUTÂNEO mento. A maioria das formas sintomáticas de doença é do tipo
erosivo e atrófico, os quais podem requerer tratamento sistê·
Corticosteroides tópicos. Os mrtimsLeroides tópims dos mico. Os tratamentos mais eficazes são rursos curtos de corti..
grupos I e 11 (aplicados duas '""""' ao dia em creme ou pomacL1) costeroides via oral (pre:dnisona) e conicosteroides tópicos de
são utilizados como tratamento inicial para doença loaliz..1da. alta potência.
Eles aliviôlm o prurido, mas as lesões regridem lentamente. Oclu-
são plti.stica aument.1 a eficida dos corticosteroides tópicos. Tacrolimus e pimecrollmus. Thcrolimus tópico (Protopic"'
pomada a O, 1% e a 0,03%) e pimecro limus (Eiidel®creme), que
Corticosteroides intralesionais. A triancinolona aceto· são imunomoduladores aprovados para U.'iO na dermatite 。エーゥgi セ@
ni<fu (Kenalog" 5 a 10 mgfml) pode reduziras lesões hipertróficas também foram descritos como sendo eficazes para o tratamento
localizadas nos punhos e parte inferior das pernas. A infiltração do líquen plano erosivo. Pode ser neces..'kirio tratamento por lon·
pode ser repetida a cada 3 ou 4 semanas. gos períodos. Já foi de!Crito nível$ sanguíneos elevados de pime•
crolimus. Po\-IID: 17438179. Devido ao ri= de transfotmação
Corticosteroides sistêmicos. o líquen plano generalizado neoplásica dessas le:sões e da ョ。エオセ@ imunossupressora dos ini..
intcnsammtl! pruriginoso responde à conicotcrapia oral. Para bidores da calóneurina, os pacientes devem ser ammpanhados
adultos. um ódo de 2 a 4 semanas de prednisona, 20 mg dua• de perto. A medicação também pode ser obtida mistuJando.se pó
vezes ao dia, normalmente é suficiente para induzir a regressão da de tacrolimus em oro base a 0, I %.
doença. Para diminuir as chances de recorrência, é aconselhável
reduz.ir a dose gradativamente ao longo de 3 semanas. Corticosteroides. Essas medic,1ções normalmente são o tra·
tamento inidaJ do líquen plano oral. Aplkaç.1o tópica de 」ッイエ ゥ セ@
Acitretina. Um grande estudo demonstrou que a acitretina é costeroide.-. (proprionato de clobe.L1sol, Auodnonida, oオッ」ゥョ セ@
uma a lte mntivn aceit:ivel e eficaz para rn.sos graves de líquen lona acetonida, trianánolona acetonida [Kenalog*]) em base
plano. Um número significativamente alto de pacientes ( 64%) ade.•iva (oro base) é segura e e.fic:.1><. O gel de fluocinolona aceto·
demonstmu regressão das lesões o u melhora acentuada qu;:mdo nida a O, 1% é u ma altemativ::t segura e eficaz à tluocinolona
tratado com 30 mg/dia de aátretina, comparado com placebo acetonida em orobase a O, 1%. O proprionato de dobetasol em
{13%) . f>MID: 1829465. Na fase aberta do estudo, ao longo d.1s 8 orobase é mais eficaz que a pomada de lluoónonida para do-
semanas seguintes, o grupo previamente tratado com placebo ença vesiculoerosiva oral. Não se frir.áonam as formulações em
respondeu de maneira favorável {83%) a aótretina. orobase; elas simplesmente são aplicadas sobre a lesão. A mas-
sagem da base cremosa especial resulta em perda da adesividade.
Azatioprina. A azatioprina pode ser um tratamento poupador A aplicação tópica de gd de fluoónonida à gengiva e à mucosa
de mrticoide eficaz para o líquen plano generalizado. A azatio- bucal por um período d e 3 semanas em paáentes com líquen
prina isolada é uma opçiio terapêutica, principalmente quando plano erosivo não produziu supressão adrenaJ. Pode ocorrer
・クゥセGエュ@ futore.' de risco para o uso de cortioosteroides. c.andidíase aguda durante o tratamento, mas esta responde aos
antifúngicos tópicos.
Ciclosporina. Paáentes com líquen plano grave. crônico, fo. A infiltração intrnlesional submuco!\a de corticosteroides, em
rnm rmt1dos de maneiril bem-sucedida com ciclosporin:.1 (6 mgf uma única aplicação de 0,5 a 1,0 m l de aceL1to de ュ・エゥャーイ、ョウ ッ セ@
kg/din). nッエオMセ・@ uma resposta na 41!- semana, e a regressão (".Om- lona (Depo· Medrol" 40 mgfml), pode ser suficiente para melho-
pleta foi alcançada após 8 semanas de tratamento. Não foram rar o líquen plano oral erosivo em 1 semana. A prednisona con ..
observados efeitos adversos significativos. Os pacientes suste.nt.1- trola a doença de maneira r:tpida e eficaz, mas pode haver
ram a remissão por até 10 meses após o tratamento. recorrência q uando a dose t diminuída.
Anti-histaminicos. Anti.histamínims como hidroxi:zina, 10 a Gel de aloe vera. O gel de aloe vera leva à melhora dínica e
25 mg a ada 4 horas, podem proporáonar alívio do prurido. sintomática do LPO. PMID: 1809.J246
Pode-se tentar <fupsona (50 a ISO mgfdia) caso os tratamentos
Fototerapia. O PINA (psoraleno • !NA) e a INB de faixa médicos mnservadores tenham falhado.
ampla ou estreita s.io tratamentos eficazes para o ICque:n plano O sulfato de hidroxidoroquina, na dose de 200 a 400 mg di á·
ウゥョエッュセ」@ generalizado. Pode não ser necessária ter.1pia de ma- rios, é útil no líquen plano oral. Ocorre alívio da dor e do eritema
nutençJo uma vez que haja regressão completa das lesões. após 1 a 2 meses; as erosões neces!-:it.1m de 3 a 6 meses antes de
cicatrizarem.
Pomada de tacrolimus. Uquen plano ulcerativo plantar
pode re.•ponder ii pomada de tacrolimu.• a 0,1%. f>MIO: 1847711>2 Azatioprina A azatioprina é muito e.fimz no controle do lí·
quen plano oral e deve-se considerá-la nos casos resistentes e de·
TRATAMENTO PARA O LiQUEN PLANO DE bilitantes (veja p. 302)
MEMBRANAS MUCOSAS
Micofenolato mofetil. O micofenolato mofetil em doses de
O líquen plano oral e vaginal pode ter um curso arrastado por 100 a 2.000 mg/dia é de!Crito como eficaz no tratamento do lí-
anos. O tratamento é desafiador. A maioria dos tratame.n tos é quen plano oral erosivo (veja p. 298). PMID: 17243970.
326
Psorfase e Out.ras DoenÇõls Papuloescamosas Capítulo I BI
Figura 8·64 As lesões papulares, como as ilustradas na Fi· Figura 8--65 Uquen esderoso e atrófico. A epiderme é fina
gura 8-63, coalescem para formar placas atróficas com super- e atrófica e dá a aparência de papel de seda enrugado
flcie enrugada. Tampões foliculares queratósicos brancos a quando comprimida.
castanhos.
327
Dermatologia CHnica
Figura 8-67 Líquen escleroso e atrófico da vulva (craurose Figura 8-68 líquen escleroso e atrófico. O LEA pré-puberal
vulvar). As áreas com sulcos estão atróficas e enrugadas, o lá- tipicamente acomete as regiões vulvar e retal. Ocorre remis-
bio está hiperpigmentado, e o introito está contraído e ulce- são espontânea em mais de dois terços dos pacientes.
rado.
328
イウッヲ。Nセ・@ e Outras Doenças l'apuloesca rnosas Capítulo Is i
Figura 8-69 O envolvimento do corpo de pênis é menos co- Figura 8·70 Líquen escleroso e atrófico do pênis (balanite
mum. Aqui nota-se uma lesão anular esclerótica em expansão xerótica obliterante). A glande é lisa, branca e atrófica. Erosões
envolvendo a glande e o corpo do pênis. são encontradas no prepúcio.
329
Dermato logia Cllnica
330
Psorfase e Oul.rlls Doenças Papuloescamosas Capítulo I BI
331
Dermatologia Cllnica
Variante Idade
e% de Apresentação média de
casos clínica inicio Duração Histopatologia Tratamento Comentários
PlEVA Erupçao aguda a suba· 60 meses Duração Infiltrado de células Eritromicina, azitromi- Sequelas de hiper
57,3% guda de pequenas e média: 18 principalmente cina, fototerapia. cor- o u hipopigmenta·
múltiplas pápulas erite· Picos com T-CD8+, concentrado ticosteroides tópicos çâo, cicatriz varioli-
meses (va·
matosas que evoluem 2·3 anos riaçllo: na derme, em cunha. ou sistêmicos, ml!to· forme, excluir diag-
rapidamente para le- (24,8%)e 4·108 me- com espongiose epi· trexate, dapsona, ci· nóstico de
sões polimórficas (vesí· 5·7 anos ses) dénnica, paraquera- closporina. acitretina papulose linfoma-
rulas, pústulas, ulceras) (32%) tose, necrose e ulce- toide, geralmente
com períodos de remis· ração apresenta bom
s11o variável prognóstico
PLC 37% Desenvolve-se gradual- 72 meses Duração Infiltrado superficial. Fototerapia. Pode flutua r por
mente, márulas e média: 20 dénnico, principal· eritromicina, anos com curso re·
Picos aos
pápulas muito peque· meses (va· mente de linfócitos T azitromicina. cidivante; pode
nas, vennelho-acasta· 2·3 anos ria 3-132 CD4+, em faixa, com conicosteroides evoluir para PLEVA
nhadas, achatadas, (24,8% e meses) discretas escamas pa- tópicos, anti·
com escamas aderentes 5·7 anos raqueratósicas histamínicos,
(32%) metotrexato,
ao cen1ro. brilha ntes,
semelhante a mica acitre1ina,
ciclosporina,calciferol,
bromelina
FUMHD Erupçao súbita, in· Sem dados Sem dados Infiltrado inflamató· Corticosteroides sistê· Apresenta potencial
Muit o tensa. generalizada, de rio intenso com ulce· micos, metotrexato, de letalidade de
raro placas ulceronecróticas ração acentuada e IVIg, a ntimicrobianos mais de 25%;
purpúricas a enegreci· vasculite leucocito-- sistêmicos, PUVA.DDS, emergência derma -
das, com sinais e sinto- elástica considerar biológicos tológica
mas sistêmicos
DOS. 4-d iaminodifenilsulfona (dapsona); FUMHD, doença de Mucha -Habermann febril ulceronecrótica; /VIg, imunoglobulina intravenosa;
Pi.C pitiríase liquenoide crônica; PLEVA, pitiríase liquenoide e variolifo nne aguda; PUVA psoraleno + UVA.
Adaptado de Pityriasis lichenoides: pathophysiology, classificatio n, a nd treatment, Am 1 Clin Dermato/8(1):29·36, 2007 (review). PMID:
17298104; and Pityriasis lichenoides in childhood: a retrospective review of 124 patients, 1 Am Acad Dermatol 56(2):205·2 10, 2007 (Epub
10/13/2006). PMID: 17097385.
332
Psorlase e Outras Doenças Papuloescamosas Capítulo Iai
Figura 8-72 Pitiríase liquenoide e varioliforme aguda Figura 8-73 PLEVA. Erosões, pústulas e pápulas verm elho-
(PLEVA). Erupção florida generalizada. amarronzadas, polimórlicas, discretas e disseminadas.
333
Dermatologia CHnica
DOENÇA DE GROVER
Figura 8-75 Doença de Grover. A erupção t em início na parte anterior do tórax como pápulas
queratósicas vermelho-acastanhadas que permanecem discretas.
334
Infecções Bacterianas
INFECÇ0ES DA PELE
• Infecções da pele
Os dois cocos eram-positivos Staphylococcus aureus e estreptoco·
lmpetigo
cos beta-hemolíticos do grupo A são responsáveis pela maioria.
Celulite e erisipela
das infecções de pode e tecidos moles. O S. aureus invade o pele e
Celul ite de áreas especificas
cau."' impetigo, folirulite, celulite e funínculos. A elaboração de
Infecções necrosantes da pele e de tecidos moles
toxina..'i' pelo S. aurew causa :JS lesões do impetigo bo lhoso e n
Fasciite necrosante síndrome da pele e8Calda.da estnfilocócica. Os estreptococos são
• Foliculite invasores secuncMrios de lesões traumática\ da pele e causam
Foliculite estafilocócica impetigo, erisipela, celulite e linfungite.
Pseudofoliculite da barba (borbulhas)
Queratose pilar lmpetigo
Sicose da barba O impetigo é uma ゥョヲセッ@ comum e contagiosa da pele supcrfi-
Acne queloidal àal que é produz.ida por estreptococos, estaJilococos ou por uma
• Furúnculos e carbúnculos combinação de ambas os bactérias. Existem duas apresentações
• Erisipeloide clúúcas diferentes: impetigo bolhoso e impetigo não bolhoso.
Ambos iniciam como vesfrulas com uma membrana muito fina e
• Dactilite distai bolhosa frágil que consistem somente em estrato córneo. O impetigo bo-
• Slndrome da pele escaldada estafilocócica lhoso é uma doença primariamente estreptocódca. Antigamen te
pensava.se que o impe.tigo não bolhoso era u ma doença p ri ma..
Toxina epidermolltica riamente e.'itreptoc.ódc..a, mas estnfilococos são isolados da maio..
• Infecção por Pseudomonas aeruginosa ria das lesões em casos de. impetigo bolhoso e não bolhoso. Sabe..
Foliculite por Pseudomonas se atualmente que S. aureus é o patógeno primário em casos dt:
Celulite por Pseudomonas impetigo bolhoso c nilo bolhoso.
Crianças em contato ffsico próximo umas com as outros apll'!·
Otite externa
sentam uma taxa de inf«ção mais alta do que os adult= Os
Otite externa maligna
sintomas de prurido e dor são ウZオ。セ [@ sintomas sistêmiros são
Infecção do dedo do pé incomuns. O impetigo pode ocorrer após uma pequena lesão de
Ectima gangrenoso pele tal como uma picada de inseto, mas se desenvolve. mais fre:.
• Meningococ:cemia quentemente em pele aparentemente ゥョエ。セ@ A doença é autoli·
Doença fulminante e púrpura fulminante mitante, mas quando não trat.1da ela pode durar semanas o u
Quimioprofilaxia meses. A glomerulo nefrite pós-estreptocócica pode se seguir ao
impetigo. Febre reumátiC'I n3o foi relat.'lda como urna complica·
• Micobactéria não tuberculosa
ção d o impetigo.
335
D ermato logia CHnica
IMPETIGO BOLHOSO lha, inflamada e que libera soro. O centro pode secar sem formar
u ma crosta e deixar uma base vermelha com u m aro de escala. Na
O impetigo bolhoso (impetigo esta6locócico) é causado por uma maioria dos casos, uma borda do tipo tae11ía substitui o anel c.heio
toxina epidermolítica produzida no local da infecção e normal- de fluido à medida que as lesões arredondadas aumentam e en.
mente não é contaminada secundariamente pelos estreptocóci- contram -se contíguas com as outras (Figs. 9 -1 a 9 -5). A borda seca
cos. A toxina causa q uebra intraepidermaJ abaixo ou den tro do e forma uma crosta. A.o:. lesõe.-. têm pouco o u nenh um eritema
estrato granuloso. cirrundan te. Em alguns casos não trat.1dos, as lesões podem se
estender radialmente e reter u ma borda estreita e bolhosa do tubo
MANIFESTAÇÕES CliNICAS. o impetigo bolhoso é mais interno. Essas lesões individuais alcançam 2 a 8 em e ent.1o param
comum em crianças, mas pode ocorrer em aduhos. Ele ocorre ti· de crescer, mas podem permanecer por meses (Fig. 9-5). Uma
picamente na fuce, mas pode infectar qualquer superffcie do espessa crosta se forma nessas lesõe.-. de longa d uração. As lesões
corpo. Podem ・クゥセQイ@ poucas lesões localizadas em uma área, ou cicatrizam com uma hiperpigmentaç.âo em indivíduos negros. A
as lesões podem ser tão n umerosas e dispersas q ue se assemelham linfudenite regional é incomum no impetigo unicamente esta6Jo.
a hera venenosa. Uma ou mais vesículas aumentam rapidam ente cóc.ico. Existe alguma evidência de q ue o estafilococo responsável
para formar uma bolha na q uaJ o conteúdo dam se transforma coloniza o nariz e então se e.-.palha para a pele normal an tes da
em opaco. O centro da fina bolha recobert.1 entra em colapso, infecção.
mas a área periférica pode reter líquido por muitos dias na borda Tnfecções secundárias sérias (p. a ., osteomieJ ite, artrite séptica
interna em fonna de anel. Uma crosta fina, lisa e cor de mel pode e pneu monia) podem seguir a infecções superficiais aparente·
su rgir no centro e., se removida, expõe u ma base brilhante, venne- mente inóruas em crianças.
Figura 9-1 Lesões estão presentes em todos os estágios do Figura 9-2 Inicialmente, as lesões estão presentes no braço
desenvolvimento. Ruptura da bolha. expondo a lesão com e autoinoculam o tórax.
uma superfície com erosão e escala periférica.
336
Infecções Bacterianas Capítulo
IMPETIGO BOLHOSO
Figura 9-4 Gra ndes lesões com base corroída e resplan- Figura 9-5 Um anel bolhoso se estende le ntamente por se-
dencente e colarete de escama úmida. manas. Nenhum tratame nto tópico ou oral foi tentado.
337
D ermato logia CHnica
Figura 9-6 lmpetigo não bolhoso. As lesões se iniciam como vesículas e então se rompem e liberam soro, que seca e forma
uma crost a de cor de mel. Múltiplas lesões ocorrem no mesmo local.
338
Infecções Bacterianas Capítulo
IMPETIGO NÃO-BOLHOSO
Figura 9-7 Disseminação espalhada após 3 semanas de tra- Figura 9-8 Soro e crosta em torno das narinas são uma
tamento com esteroide tópico do grupo IV: apresentação comum no impetigo.
Figura 9-9 Soro e crosta no ângulo da boca são uma apre- Figura 9-10 Esta lesão com crosta foi mal interpretada
sentação comum no impetigo. como herpes recorrente.
339
Dermatologia CHnica
Tabela 9-1 Terap1a AMm1aobiana para lmpetigo e para Infecções de Pele e Tecidos Moles
DOSAGEM
Antibioticoterapia,
por doença Adultos cイゥ 。ョセウ@ Comentário
lmpetigo•
Oidoxaolina 250 rng. 4 vezes ao dia, PO 12 mg/l<gfdia em 4 doses divididas, PO
-CefaleJcina 250 rng. 4 vezes ao dia, PO 25 mg/l<gfdia em 4 doses divididas, PO
-Eritromiooa 250 rng, 4 vezes ao dia, 40 mg/l<gfdía em 4 doses divididas, PO S. aureus e algumas cepas de
PO' S. pyogenes podem ser resostentes
Clindamicina 300-400 mg, 3 vezes ao ID-20 mg/l<gfdía em 3 doses divididas,
dia, PO PO
-Amoxidlinal 8751125 mg, 2 vezes por 25 mg/l<gfdia de componente de amc:r
--
340
In fecções Bacterianas Capítulo
Tabela セQ@ Terapia Antimicrobiana para lmpetigo e para Infecções de Pele e Tecidos Moles - cont.
DOSAGEM
Antibioticoterapia,
por doença Adultos Crianças* Comentário
'
Infecção de pele e tecidos moles: Abscessos, celulite, erisipela, furúnculos, carbúnculos (S. aureus suscetíveis à
meticilina)
Nafcilina ou oxadlina 1-2 gm a cada 4 horas, IV 100-150 mg/kg/dia em 4 doses Fánnaco parenteral de escolha; inativo
divididas, PO contra MRSA
Cefazolina 1 gm a cada 8 horas, IV 50 mglkg/dia em 3 doses divididas, PO Para pacientes alérgicos セ@ penicilina, ex-
ceto セ アオ ・ ャ ・ウ@ com reações de hipersensibi-
!idade imediata
Clindamicina 600 mglkg a cada 8 horas, 25-40 mglkg/dia em 3 doses divididas, Bacteriostático; potendal para resistênda
1\1, ou 300-450 mg, 3 vezes 1\1, ou 10-20 mglkg/dia em 3 doses di- cruzada e emergência da resistência em
ao dia, PO vididas, PO cepas resistentes à eritromicina; resistên-
cia induzida em MRSA
Oicloxacilina 500 mg quatro vezes ao 25 mglkg/dia em 4 doses divididas, PO Agente oral de escolha para cepas susce-
dia PO tíveis à meticilina
Cefalexina 500 mg, 4 vezes ao dia, PO 25 mglkg/dia em 4 doses divididas, PO Para pacientes alérgicos セ@ penicilina, ex-
ceto aqueles com reações de hipersensibi-
!idade imediata
Ooxiciclina, 100 mg, 2 vezes ao dia, PO Nao recomendado para pessoas com Bacteriostático; experiência clínica recente
minodclina idade < 8 anos limitada
TMP-SMZ Um ou dois tabletes du- 8-12 mglkg (baseado no componente Bactericida; eficáda fracamente
pios, 2 vezes ao dia, PO trimetoprim) ou em 4 doses IV dividi- documentada
das ou em 2 doses divididas, PO
Infecção de pele e tecidos moles: Abscessos, celulite, erisipela, furúnculos, carbúnculos (S. aureus resistente à
meticilina)
Vancomicina 30 mglkg/dia em 2 doses 40 mglkg/dia em 4 doses divididas, IV Para pacientes alérgicos セ@ penicilina; fár-
divididas. IV maco parenteral de escolha para o trata-
mento de infecções causadas por MRSA
linezolida 600 mg a cada 12 horas IV 1O mglkg a cada 12 horas, IV ou PO Bacteriostático; experiência clínica limi-
ou 600 mg, 2 vezes ao dia. tada; nenhuma resistênda cruzada com
PO outras classes de antibióticos; caro; pode
eventualmente substituir outros agentes
de segunda linha como agente preferen-
cial para a terapia oral de infecções MRSA
Clindamicina 600 mglkg a cada 8 horas, 25-40 mglkg/dia em 3 doses divididas, Bacteriostático; potendal de resistênda
1\1, ou 300-450 mg, 3 vezes 1\1, ou 10-20 mglkg/dia em 3 doses di- cruzada e emergência de resistência em
ao dia, PO vididas, PO cepas resistentes à eritromicina, resistên-
cia induzida em MRSA
Oaptomicina 4 mglkg a cada 24 horas Nao aplicável Bactericida; possível miopatia
IV
Ooxiciclina, 100 mg, 2 vezes ao dia, PO Nao recomendados para pessoas com Bacteriostático, experiência clínica recente
minodclina idade < 8 anos limitada
TMP-SMZ Um ou dois tabletes du- 8-1 2 mglkg/dia (baseado no compcr Bactericida; resultados de eficácia publica-
pios, 2 vezes ao dia, PO nente do trimetoprim) ou em 4 doses dos sao limitados
divididas IV ou em 2 doses divididas, PO
341
Dermatologia CHnica
342
In fecções Bacterianas Capítulo
Tabela セR@ Variantes Anatômicas Específicas da Celulite e Causas de Predisposição para a Condição
meirn linha parn a 'IVP, po is não usa m eio de contraste. P.VllD: Método..-. ideais para o diagnóstico etiológico em adultos não
llll59459 foram desenhados. A rultura das lesões é uma fonte mais previsí-
vel de informaç.;o do q ue procedimentos mais invnsivos. aNセー ゥイ 。ᆳ
CULTURAS. Em adultos sem doença subjacente, o rendimento dos da bo rda e do ponto médio, após injeç.;o de saJina, e cultura
da rulturn de am ostras de aspirado, am ostras de biopsias e de de sangue são de pouco vaJor em hospedeiro..-. normais. Uma
sangue é baixo. Em adultos com doença subjacente (p. ex., diabe- concentração mais alta de bactéria pode ser encontrada no ponto
tes meJito, malignidades hematológicas, abu:m de drogas intrave- de inflam aç.ão máxima. A aspiração com agulha no po nto de in-
nosas, infecção pelo víru.-. da imunodeficiência humana, q uimio- flamação máxima alcança uma taxa de 45% de cultura positiva,
terapia), os resultados das culturas são mais produtivos. Nesses comparado com uma taxa de 50A, em culturas da borda. A aspira-
pacientes, a celulite frequentemente é causada por outro..-. organis- ção com agulha é realizada po r perfuração da pele com uma
mos aJém do S. aureus ou o estreptococos do grupo A, tais como agulha de calibre 20, montada em uma seringa de tuberculina.
Acinerobact€fi Clostridíum septicum, Enterobacte1i Escheric1tía coli, H. Uma agulha de calibre 22 é utilizada para lesões faciais. A agul ha
inftuetWJe, Pasteurella mulrocida, Proteus mirabilis, P. aeruginosa e é introduzida no tecido subrutàneo. Sucção é aplicada à medida
estreptomco do grupo B. Culturas de locais de entrada, am ostras q ue a agulha é retirada. A maioria dos clínicos não faz cultura e
de aspirado, amostras de biopsias e de sangue facilitam a seleção procede ao tratamento com antibióticos orais.
do antibiótico apropriado para esses padentes.
343
Dermatologia Cllnica
Doença Descrição
Antrax (cutAnea) Edema em torno de lesão com crosta. Dor ou coceira. Contato animal.
Calcifilaxia (aneriolopatia urêmica Afeta pacientes diabéticos em estágio final de doença renal e hiperparatireoidismo e que recebem te-
calcificante) rapia de reposiçao renal. A calcificaçao metastática leva à vasculopatia de pequenos vasos. Estágio ini-
cial: presente com placas nao ulceradas. As lesões eventualmente se tornam necróticas e úlceras dolo-
ridas se desenvolvem.
Carcinoma erisipeloide Uma fonna de carcinoma ュセ。ウエ£ゥ」ッ@ com envolvimento linfático. Visto na parede do tórax anterior
em cáncer de mama e locais de metástase distante. Nenhuma febre, lenta progressão. Se uma infecção
suspeita de mama não for resolvida com antibióticos, mamografia e biopsia do tecido são indicadas.
Dermatite de contato (aguda) Lesão nitidamente demarcada e constrita à área de exposiçao. Prurido presente, nâo na celulite. Este-
roides tópicos sao E!letivos. Corticosteroides sistêmicos são indicados para casos graves. lnfecçao secun-
dária pode complicar a dennatite.
Tromboflebite venosa profunda Edema unilateral da perna, quente, ou eritema. Fragilidade ao longo das veias envolvidas. Pode haver
febre fraca, leucocitose. Diagnóstico por ultrassonografia duplex.
Celulite eosinofílica (síndrome de Dennatite prurítica aguda. Lesões do tipo colmeia com limpeza central. As lesões evoluem por 2-3 dias
Wells) e se resolvem sem cicatriz em 2-8 semanas. A doença se repete. Eosinofilia periférica durante a fase
aguda. Biopsia: eosinófilos. ldiopática ou associada a doenças mieloproliferativas, imunológicas e infec-
ciosas e com medicações. Responde a costicosteroides orais.
Erisipeloide (Erysipelothrix Infecção bacteriana aguda (Erysipelothrix musiopathiae) da pele traumatizada. Contato com alimento
rhusiopathiae) contaminado ou com animais ou peixe infectados. Lesões afetam maos; bem demarcadas; placas ver-
melho brilhante a púrpura com superfície suave e reluzente.
Eritema migrans Erupção da doença de Lyme que tipicamente se expande, mas limpa no centro. Com frequência, lesões
arredondadas e vermelhas, únicas ou múltiplas, ocorrem e se expandem por muitos centímetros, mas
nao mostram centro limpo.
Eritema nodoso Paniculite mais comum. Lesões elevadas, doloridas, bilaterais, macias, localizadas sobre ambas as cane-
las. As lesões podem coalescer e assemelhar-se à celulite.
Facticial Manipulação mecánica ou química da pele pode produzir uma área de eritema que se assemelha à celulite.
Febre familiar hiberniana Ancestral irlandês; rara. Lesões tipo erisipela podem ocorrer em qualquer local do corpo; o local mais co-
mum é em um membro. Inicia-se proximalmente e migra distai mente durante uma crise. A lesão (cerca
de 15 em de diâmetro) é bem demarcada, vermelha, morna e dolorida. Conicosteroides sao efetivos.
Febre familiar do Mediterrâneo Recessiva autossõmica. Judeus e árabes da regiilo do Mediterrâneo. Episódios agudos autolimitados de
febre acompanhados por peritonite, pleurite, pericardite ou sinovite. Crise inicial: crianças ou adoles-
centes jovens. Eritema do tipo erisipela. Áreas macias, vermelhas, bem demarcadas, mornas, inchadas
com um diâmetro de 10-1 5 em. Ocorre abaixo do joelho, na perna anterior ou no dorso do pé (unila-
teral ou simetricamente). O eritema permanece por 24-48 horas quando a crise aguda se resolve. Re-
corrente. Responde a colchicina.
Erupção fixa a fármaco Uma placa bem demarcada que recorre no mesmo local a cada vez que um fármaco é ingerido. Coceiras
e queimaduras não são vistos na celulite. As áreas mais comumente afetadas sao os lábios e a genitália.
Reações granulomatosas de corpo Material injetado na pele pode estimular um eritema sobrejacente.
estranho (injeções de silicone, óleo
de parafina)
Glucagonoma Tumor pancreático que é quase sempre maligno; apresenta-se com 、ゥ。「セ・ウ@ melito, diarreia e perda de
peso. O eritema migratório necrolítico é uma erupção que se inicia como uma área eritematosa e gra-
dual mente se espalha; após ocorrer a crosta central, as lesões se curam. a ヲ セ。@ áreas intenriginosas, pe-
rioral e perigenital.
Artrite gotosa (aguda) Articulação inflamada com eritema sobreposto e calor. Pode levar à tendonite e bursite. Calafrios, febre
baixa, elevada contagem de leucócitos. Tipicamente monoanicular, baixa extremidade, normalmente
articulação metatarsofalangeal ou joelho.
Picadas de insetos ou outros Inchaço que pode se estender por uma grande área; picos dentro de 48 horas e que perduram por até
envenenamentos 7 dias. Nenhuma linfangite. O prurido distingue essa lesao de celulite infecciosa. O envenenamento
por animais marinhos causa um quadro similar.
Leucemia/linfoma Linfoma diagnosticado após falha na antibioticoterapia. Febre persistente ou linfadenopatia generali-
zada pode sugerir o diagnóstico.
Fasciite ne<:rosante Um eritema de avanço rápido. Inicia-se com febre e calafrios. Vesículas e bolhas podem se fonnar e
drenar fluido. Úlceras doloridas surgem à medida que o processo se espalha.
344
In fecções Bacterianas Capítulo
Doença Descrição
Paniculite Doença pancreática, inflamatória ou neoplásica, pode levar à paniculite e se apresentar como nódulos
macios, vermelhos e localizados nas regiões pré-tibiais ou nádegas. O lúpus paniculite ocorre na face e
nas extremidades superiores. A deficiência de a1-antitripsina pode se apresentar como celulite no
tronco e nas extremidades proximais, frequentemente precipitada por trauma. O enfisema panacinar, a
hepatite nâo infecciosa e a cirrose devem sugerir o diagnóstico. A eletroforese de proteína revela bai-
xos níveis de a 1-antitripsina. Alguns pacientes respondem à dapsona ou ao concentrado de inibidor de
n1 -protease. Outras formas de paniculite sao a doença de Weber-Christian. a paniculite histiocítica ci-
tofágica, a paniculite pós-esteroide e a paniculite nodular. Biopsias excisionais profundas em vez de
biopsia de punçao sao necessárias para o diagnóstico da paniculite.
l ipodermatoesclerose (celulite Uma forma de paniculite; afeta mulheres de meia-idade, associada a uma insuficiência venosa. A
endurecida crônica) forma aguda se assemelha à celulite. Áreas doloridas, vermelhas, endurecidas e edematosas no aspecto
mediai da perna. Dura poucos meses. Pode ocorrer celulite sobreposta. A terapia de compressao reduz
a hipertensão venosa e o extravasamento de fluidos.
linfedema Edema sem pontos, eritema e endurecimento das extremidades. Nenhuma febre, nenhuma resposta
aos antibióticos. Recorrentemente, pode ser complicada por infecção. A linfangioscintilografia confirma
o diagnóstico.
Pioderma gangrenoso Uma doença ulcerativa cutânea. As úlceras podem se seguir ao trauma. Uma forma atípica ocorre na
mão. Uma borda vermelha na úlcera pode ser mal interpretada como infecçao.
Policondrite reincidente Afeta estruturas cartilaginosas. A condrite auricular é a manifestaçao mais comum, normalmente em
ambas as orelhas; a celulite normalmente é unilateral com linfadenopatia regional. A policondrite rein-
cidente poupa o lobo da orelha porque esta estrutura nâo é cartilaginosa. A inflamaçao recorrente
causa deformaçao auricular ou nariz em sela. As caracteristicas associadas incluem poliartrite periférica
nâo erosiva; episclerite; queratite ou uveíte e insuficiência da vá leula aórtica.
Poliarterite nodosa Nódulos subcui:Aneos inflamatórios vermelhos a azulados (2 em de diâmetro) que seguem o curso das
artérias envolvidas; extremidades inferiores, frequentemente bilateral; torna-se confluente para formar
placas subcui:Aneas doloridas que podem se assemelhar à celulite. Úlceras podem ocorrer.
Sarcoidose l esões atípicas se manifestam como placas vermelhas endurecidas com edema e dor.
Tromboflebite superficial Início gradual de maciez localizada, seguida por eritema ao longo da via da veia superficial. Veias vari-
cosas, viagem prolongada ou estase forçada podem ser as causas.
Síndrome de Sweet (dermatose Pápulas que coalescem para formar placas inflamatórias (vermelhas e macias); extremidades superiores,
neutrofílica febril aguda) face e pescoço. Febre, artralgia ou artrite. Moderada neutrofilia. Biopsia: leucócitos polimorfonucleares
dérmicos. 1O% têm uma condição maligna associada (p. ex., leucemia mielogênica aguda). Os corti-
costeroides sao efetivos.
TRATAMENTO DA CELULITE
ADULTOS. A terapia para erisipela ou celulite é um antibiótico
ativo contrn estreptococos. Tanto os antibióticos セャ。」エ¬ュゥッウ@ Quadro 9-1 UtillzaçAo de Antibióticos em Indivíduos
como os não セ ャ 。」エ¬ ュ ゥ」ッウ@ podem ser utilizado.., para tratar celu- Tratados com Celulite Não Complicada
lite não complicada (Thbela 9-1 e Q uadro 9-1). PMTD: 18456038
O uso de antibióticos Jl-lactâmkos empíricos fornece várias van- Terapia com tJ-lactamicos
tagens menores. A segurança das cefàlos:porinas e a propensão a Cefalexina
efeitos adversos com trimetropin-sulfametoxazol, d indamicina e Outra terapia com fl-lactamicos
tluo roquino lona..-. são conhecidos. Pacientes com celulite não Dicloxacilina
complicada são aqueles sem ulceração ou absce.-.sos, imunossu· Amoxicilina/clavulanato
pressão ウ ゥァョ ヲゥ」。 ョ エセ@ drenagem o u desbridamento, ou terapia in· Outros (cefuroxima, cefpodoxima, penicilina, amoxicilina)
travenosa. F...'\..-.e.'i: paciente.-. pode m receber medicações orais desde Terapia não [:1-lactâmica
o início. A resistê ncia aos macrolídeos dentre os estreptococos do
Clinda miei na
grupo A tem aumentado regionalmente nos Estados Unidos. A Trimetoprim-sulfametoxazol
terapia parenteral é indicada para paciente.-. seriamente doentes Fluoroquinolona (gatifloxacina. ciprofloxacina)
ou para aqueles incapazes de tolerar medicações orais. Um ciclo Macrolídeos (eritromicina, azitromicina, claritromicina)
de 5 dias de antibiótico é dio efetivo quanto um ciclo de 10 dias Tetraciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina)
para celulite não complicada. Alguns pacientes são le ntos em Terapia combinada (dois nao セM ャ。」エ¬ュ ゥ 」ッウI@
responder. Eles podem ter uma infecção mais profunda, diabetes,
Adaptado de Am J Mecf 121(5):419-425, 2008. PMID: 18456038
insuficiência venosa crônica ou linfedema. A inflamaç.;o cutfinea
345
Dermatologia CHnica
algumas vezes piora após o início dos antibióticos. Es..セ@ resposta eritromicina ou lg de penicilina V. Uma alternativa é fornecer
pode ser atenuada com um curso oral de 8 dias de corticoternpia antibióticos orais para o início da terapia tão logo os sintomas da
que se inicia com 30 mg de prednisolona. infecção se iniciem. Uma baixa dose de clindamicina oral foi de-
A elevação da área afetada promove drenagem do edema e fendida para a prevenção das infecções recorrentes de peJe causa-
aceJera a recuperação para infecções das partes inferiores das per- das por estafilococo.., e também pode ser útil para a prevenção da
nas. A dor pode ser aliviada com compressas frias. Trate as condi- ceJulite recorrente.
ções subjacentes que podem predispor à infecç.;o, tais como tinea
pedis, dennatite por estase ou trauma. CRIANÇAS. A celulite causada por H. influenz.a agora é rara
desde a introdução da vacina contra o Haemaphilus influenza tipo
B (Hib). Atualmente a vacina é usada na rotina de programaçJío
PREVENINDO A CELULITE RECORRENTE
de imunização em mais de 100 países.
Cada at.1que de celulite causa inflamação linfática e possivel-
mente algum dano permanente. Episódios grave.-. ou repetidos de Celulite de áreas específicas
celuJite podem levar ao linfederna, algumas vezes substancial o
suficiente para causar elefantíase. Medidas para reduzir a recorrên- CELULITE E ERISIPELA DAS EXTREMIDADES
cia da celulite induem o tratamento da maceração interdigital, a
manutenção da pele bem hidratada com emolientes para evitar A celulite das extremidade.-. é mais frequentemente causada pelos
seaua e rachaduras e a redução de qualquer edema subjacente estreptococos beta-hemolíticos do grupo A e é caracterizada pela
por métodos tais como elevação da extremidade, u:m de compres- expansão de uma placa vermelha, inchada, que tende a ser dolo-
sas ou bombas de pres..-.ão pneumática e, se apropriado, terapia rosa e com uma borda indefinida, que pode cobrir urna área pe-
com d iuréticos. quena ou grande (Figs. 9-11 e 9-12). C.1lafri<>-• e feb re ocorrem à
medida que a placa vermelha se espalha rapidamente, toma-se
ANTIBIOTICOTERA PIA PROFILÁTICA PARA PREVE- edemaciada e, algumas vezes, desenvolve bolhas ou supura. As
NIR A rec o rセn c i a N@ A pro6laxia antimicrobiana prolon- formas menos agudas detectadas em tomo de ・ウエュセ@ de úlcera de
gada é efetiva e segura na prevenção dos episódios recorrentes de perna se espal ham lentamente e podem parecer como uma área
infecções de tecidos moles e pode ser continuada por meses ou de eritema sem nenhum inchaço ou febre. A erisipela de extremi-
anos. Os estreptococos causam a maioria dos casos de celulite dade inferior é agora mais comum do que a erisipela facial. O
recorrente. As opções de tratamento incluem injeções intrnmu.-.ru- estreptococo do grupo G pode ser um patógeno comum, especial-
lares mensais de 1,2 miliunidade de penicilina benzatina em mente em pacientes com mais de 50 anos de idade. Faixas venne-
adultos ou terapia o ral com doses 2 vezes ao dia de 250 mg de lhas, algumas vezes doloridas, de linfangite podem se estender em
Figura 9-11 Celulite. A área infectada é macia, de colora- Figura 9-12 Celulite. Existe eritema, edema e maciez.
ção vermelha intensa e inchada.
346
In fecções Bacterianas Capítulo
direção aos linfonodos regionais. At.1que.-. repetidos podem cau- Após os sintomas prodrômicos que d uram de 4 a 48 horas e
sar prejuízo da drenagem linfática1 o que p redispõe o paciente a consistem em mal-estar, calafrios, febre (38° a 40°C) e ocasional-
mais infecções e inchaço permanente. fNGゥセ。@ série de eventos ocorre mente anorexia e vômitos, u m o u mais pontos vermelhos e firmes
com mais fTequência na porção inferio r das pernas de pacien tes aparecem no local da infecção. Esses pontos rapidamente aumen-
com estase venosa e ulceração. O estágio fi nal, que inclui fibrose tam em tamanho, formando u m trecho tenso, vermelho, q uente,
dérmirn, linfedema e espe.-.sam ento epidennal da perna, é cha- uniformemente elevado, com uma borda externa irregular e niti-
mado de elefuntíase. damente definida (Fig. 9 -13). À medida q ue o processo se de.,en-
volve, a cor se toma esrura, vermelha-escura, e uma vesírula su rge
TRATAMENTO. O tratamento com antibióticos orais o u intra- na borda avançada e sobre a superfície. Os sintomas de coceira,
venosos deve ser iniciado imediatamente e, se apropriado, alte- queimaç.1o, sensibilidade e dor podem ser de moderados a seve-
rado de acordo com os resultados do laboratório (Thbela 9-1). O ros. Sem tratamento, a erupção rut.'lnea atinge seu auge em apro-
tempo médio para rum após o tratamento ser iniciado é de 12 ximadamen te 1 semana e retrocede lentamente duran te as próxi-
dias, com uma variação de 5 a 2.rJ dias. Consulte a seção Trat<l- mas 1 a 2 semanas.
mento da Celul ite para mais det.1lhes.
recoセniaN@ A recorrência após a antibioticoterapia ocorre
em J80tf> a 30% dos casos. Em pessoas partiruJarmente suscetíveis,
ERISIPELAS FACIAIS E CELULITE EM ADULTOS
a erisipela pode ocorrer com frequência por um longo período e,
ERISIPELAS. O termo arcaico Fogo de Santo Antônio de<creve por obstrução dos linfáticos, causa espessam ento permanente da
com precisão a intensidade dessa erupção. A erisipela é uma celu- pele (linfedema). Ataques subsequen tes podem ser iniciados por
lite superficial com envolvimento linfático. Casos isolados são a um trauma mais suave ou podem ocorrer espontaneamente para
regra; formas epidêmica..-. são raras. Os locais fadais se tomaram causar u m novo espessamento irreversível da pele. O pavilhão
raros, mas a erisipela nas pernas é comu m . Ela pode se o riginar de au ricular e a porç.1o inferior das pernas são particularmente sen-
u m ferimento traumático o u dnírgico, mas na maioria d o..-. casos síveis a esse padrão recorrente (Fig. 9-14).
nen huma porta de entrada é encontrada. Na era pré-antibiótica, a
erisipela era a doença mais temida com u ma significativa taxa de TRATAMENTO. O tratamento é o mesmo q ue o da celulite
mo rta lidade,. particularmente em crianças. A maioria dos casos estreptococócica (Tabela 9-1). C..1sos recorrentes podem necessitar
contemporâneos é de intensidade moderada e de rurso benigno. de tratam ento pro6lático de longo prazo com baixa dose de peni-
Na maioria dos casos, os estrep tococos do grupo A são os o rganis. cilina ou eritromicina. Se o utros o rganismos fore m encon trados
mos responsáveis. O segundo organismo causador são os estrep· na rultura, u m agente diferente é necessário. Consulte a seç.1o
tococos do grupo G. Tratam ento da Celulite para mais detalhe.<.
Figura 9-13 Erisipela. Celulite por estreptococos. Fase Figura 9-14 Erisipela. Episódios recorrentes de infecção re-
aguda com eritema int enso. sultaram em obstrução linfática e causaram espessamento
permanente da pele.
347
Dennatologla CHn ica
348
Infecções Bacterianas Capítulo 19 1
causadas pelos estreptococos do grupo A e podem lewr a choque DIAGNÓSTICO. A tomografia computadorizada (TC) ou ima-
séptico. A FN ocorre em geral nas extremidades. com uma predi- gem por ressonância magnética nuclear (RMN) podem mostrar
lr:çllo para as panes inferiores das pem;u. A FN pode mimerizar a edema ao longo do plano r...cial. Gás pode estar presente em in-
trombose venosa profunda. Fatores ーイ・、ゥウッョセa\s@ incluem fecções por clostrldeo e ae:róbiCJjanaeróbica misturada, mas
trauma (com frequência trivial), queimaduras, lascas, cirurgia, nunca está presente ern infecções por estreptoc:ocos do grupo A.
nascimento de criança, diabetes meHto, catapora, ゥュオョッセー イ・ウᆳ Radiografias planas, TC e オィイ。ウNセッュ@ são úteis na demonstração de
s:io, fulência renal, arteriosclerose, infecção odontogênica, malig- bolhas de ar dos tecidos moles. A inspeçio direta durante a cirur-
nidades e alcoolismo. Agentes anti-inflamatórios não esteroidais gia mostra que. a fáscia e.\13 inrl1ada e acinzentada em 。ーイ↑ョ」ゥセL@
podem セiエ・イ。@ a respost<l imune e fuz.er com C('Ue uma infecção com áreas fibrosas de n ecrose. Um exudato tê nue de cor marrom
menor se tome fulminante. emerge da ferida. Não existe pu.". O.s planos tissulare..'ic podem ser
d issecados com um dedo protegido por luva ou por um instru·
mento cego. Uma coloratlto de Cram do exsudato demonstra a
MANIFESTAÇÕES CLiNICAS
presença de patógenos. Cocos eram-positivos em cadeias suge·
Uma extens:io a partir de uma lesão de pele ocorre em 80% dos rem organismos de slteptocoaus (grupo A o u anaeróbicos) . Gran-
casos. A les.i.o inidal frequentemente é trivial, tal como abrasão, des grumos de coc:os Cmm-positi\r"'S sugerem S. aunu.s, mas es.se
picada de inseto, local da injeção (nos viciados em droga.•) ou é um organismo primário não usual nessas infecções espalhadM.
queimadura; 20% dos pacientes não têm leslo vislvd na pele. É necessário obter amostraS de cultura de tecidos profundos e
lnici.1lmente existe dor, eritema. edema. celulite e febre alta. O obter culturas sanguíneas.
paciente pode estar desorientado e letárgico. O local mostra celu-
lite (90% dos casos), edema (80%), descoloraç.'lo d.1 pele ou
gangrena (70%) e anestesia da pele envolvida. Uma sens.1ç'io de TRATAMENTO
mndeira nos エ・」ゥ、ッNセ@ subrutâneos é c.arncterístirn. A FN necessita de desbrid<1mento cinírgico do tecido n ecrótico,
Muitos pacientes são diagnosticados com c.elu lite e enviados uso de agentes antimicrobianos e ruidados à ferida e de suporte.
para cas:.t; eles retomam quando a condição piora. O vestígio cli- Pacientes cujos agentes etiológico." n;\o podem ser definitiva-
nico mais consistente é a dor inces..o;.ante e forn de proporção c.om mente iden tificados devem ser tratados com イ・ァゥュ ・Nセ@ an timicro-
os achados clínicos, mesmo se só existir febre moderada ou eri- bianos de amplo espectro. A exploraçio cinírgica é indicada
tema. Tipicamente existe um inchaço difu.w de um bmç.o ou uma quando o diagnóstico da infecção é duvidoso e o paciente está
perna e inten.•m dor à palpaçâo. Cerca de 1 ou 2 、ゥセウ@ após o início muito doente. A cirurgia pode e.<tabelecer um diagnóstico pelo
dos sintomas, o padente: tem febre 。jセ@ ャ ・オ」ッゥエセ@ edema rom fornecimento de. material para rultura, coloração de Gram e exa·
manchM azul-esarro descolorido, exudação em bolhas e bordas mes histopatológicos. Um diagnóstico pode ser feito durante a
com celulite. A bolha com fluido claro rap idamente se toma vi<>- cirurgia com o •teste: do dedo•. Quando é feita uma incisão no
l:lcea. A septicemia pode se desenvolver secundariamente e deve local e o dedo é inserido, a pele descasca facilmente na fáscia
ser fortemente suspeita na presença de febre, anorexia, náuoçea, subrutânea. Uma simples drenagem, um desbridamento radical
dianeia, confusão e hipotensão. A progressio para gangrena, al- ou amputaçio são as opções para o tratamento. Jmunoglobulina
gumas vezeç com mionecrose,. e uma extensão de processo infla- intravenosa pode ser um adjuvante útil no tratamento da sfn·
matório ao longo do plano fasciaJ são possíveis. Vinte e cinco por drome do dtoque tóxico por ・Nセ エイ・ーッ」ウ@ associada à fu.sciite
cento dos padentes irá morrer de choque séptico e falência de necrosante. Um tratamento :mtimicrobiano precoce e agres..o;.ivo
órg;lo. pode ajudar a evitar a intervenção drúrgica. Indicações parn cirur-
gia são mostradas no Qu.t1dro 9-3. A maioria dos pacientes retoma
bactセri@ ao centro cinírgico 2 4 a 36 horas após o primeiro desbridamento
e diariamente nos dias subse<(Uentes até que não seja mais neces-
FORMA MONOMICROBIANA. s. pyogenes, S. aureus, V. sário qualquer de:;bridamento. A< ferida< podem liberar quanti-
vulnificw, A. hydrophila e estreptococos anaeróbicos (p. ex., espé- dades copiosas de fluido tecidual e a administração de fluido fre-
cies de Prptastreptococrus) são isolados com mais frequência. E.<ta- quentemeote é necess;iria (1àbela 9-4).
filococos e estreptococos hemolíticos podem ocorrer simultanea-
mente. Os S. pyogenes são vistos com mais frequência após
cataporn, arranhões e picadas de insetos. A monalicbde nesse
grupo alcanÇI 50% a 70% em pacientes com hipotens.'lo e fulên-
IQuadro 9-3 lndlcaç6es para Orurgla na Fasdite Neaosante•
349
Dermatologia Cllnica
Agente antimicrobiano
de primeira linha, por Agente(s) antimicrobiano por pacientes com
tipo de infecção Dosagem para adulto hipersensibilidade severa à penicilina
Infecção mista
Ampicilina-sulbactam 1,5-3 9 a cada 6-8 h, IV Clindamicina ou me-tronidazol* com aminoglicosídeo ou
fluoroquinolona
ou
Piperacilina-tazobactam 3,37 9 a cada 6-8 h, IV
mais
Clindamicina 600-900 mglkg a cada 8 h, rv
mais
Ciprofloxacina 400 mg a cada 12 h, rv
lmipenemtcilastatina 1 9 a cada 6-8 h, IV -
Meropenem 19acada8h,IV -
Ertapenem 1 9 por dia, IV -
Cefotaxima 2 9 every 6 hr IV -
mais
Metronidazol 500 m9 a cada 6 h, IV
ou
Clindamicina 600-900 mglkg a cada 8 h, IV
350
Infecções Bacterianas Capítulo
351
Dermato logia CHnica
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Figura 9-19 Pseudofoliculite da barba. A, Pápulas e pústulas persistem após o barbea-
mento. 8, PFB é encontrado principalment e em homens negros. Cicatrizes e queloides po-
dem ocorrer em casos crônicos. C, Pápulas vermelhas ocorrem com o eixo do cabelo embu-
tido no seu centro. O, Pápulas de d iferentes tamanhos podem perdurar indefinidament e.
352
セ@
Infecções Bacterianas Capítulo 19 1
I
Quadro 9-4 Programa para o Tratamento da Pseudofolkullte
da Barba o material é retirndo e deixam uma ponta macia do cabelo que
tem uma menor probabilidade de encravar. Esses produtos são
1. Interrompa a lavagem, a eletróise, o uso セ@ aemes depilató- irritantes e só são tolerados 1 ou 2 \-ezes por ウ・ュ。ョセ@ Se: essas
nos e a depilaçao com cera. (A PFB pode piorar durante a pri- medidas falharem, o barbcamenro deve ser descontinuado indefi.
meira semana por causa do novo crescimento.)
2. Ublize uma técnica de limpeza de pelo. Lave a barba por vá- nid.amente.
nos minutos em movimento circular com escova de limpeza
de roupa ou escova de dente para deslocar os pelos em cres- LASER. Vários lasers diferente.• esL'io disponíveis para a remoção
cimento. permanente dos pelos da borba.
3. Relire o pelo encravado com a inserçilo de um instrumento
pontiagudo, 1al como uma agulha, abaixo da alc;a do pelo e
levante-o firmemente. Querat ose pilar
4. Um perfodo curto de antibiótico (p. ex.• tetraciclinas, cefalos-
porinas) pode piorar a resolução. A querntose. pilar é. um achado comum nos 。Nセー・」エッウ@ posterolate·
S. CortiCOS1eroides (prednisona a 40 a 60 mgldoa durante S a 1O rais da porção superior dO$ braçn.• e anterior das roxas. A erupção
dias) podem ser usados ern casos moderados a severos para é mais romum em atópicos (veja p. 168). Clinicamente. um
reduzir a inflamaçilo ern torno dos folículos capilares até que grupo de pequenas e pontuais pú.<rula.< folírulares permanece na
o pelo cresça e nao seja mais um fator agravante. mesma área por anos. Esrudos histológicos mostram que a inRa·
6. Tnaninolona acetonída intralesionar (2,5 a 10 mglml) é utili-
mação realmente ocom: fora do folírulo capilar. Riscar, vestir
zada para pápulas vermelhas que perduram.
roupar justas ou fazer uso de tratamentos mm abrasivos pode
Para uma soluçilo de longo prazo da pse<JdofoiiCIJhte da
barba, a remoçilo a laser dos pelos pode ser a melhor opçilo. infectar essas pústulas estéreis e causar uma erupção difusa (Fig.
9-20). É importante reconhecer e..sa entidade para se evitar trata·
mento desnecessá rio e. prejudiciaL Muitos paáentes não atentam
Quadro 9-S Programa para a Prevenção da Pseudofollwllte para essas pequenas e ゥョ ウゥァョ ヲャ 」N Qョエ・Nセ@ bolhas. A queratose pilar
da Barba resiste a todos os tipos de tratamen to. Os antibióticos orais ativos
1. Molhe a barba com água morna. Isso hidrata o pelo de modo contra S. aureus são usados se a foliculite se desenvolver. Os e.'ite..
que ele é cortado mais facilmente e deixa uma ponta que não イ ッ ゥ、 ・Nセ@ tópicos do grupo V fornecem alívio temporário quando a
é afiada. área se toma seca e inflamada. Cremes com ureia (p. ex., Vana-
2. Use uma escova de dente de cerdas macias em movimento mida) e misturas com dcido fá tico (L1c-Hydrin. Aml.actin) amo-
circular para deslocar as pontas dos pelos que perfuram a lecem a pele.
pele. Faça isso antes de se barbear e na hora de dormir. Use
uma agulha estéril para deslocar as pontas roxas dos pelos.
3. Reduza os inteovalos entre o barbear. Evrte se barbear com la-
monas duplas ou triplas.
4 . Faça a barba com barbeadores elétricos (p. ex., No<ek:o,
Braun, Remington) ern um comprimento mfnomo de I mm.
Compre em lojas próprias ou em www.electrishaver.com.
S. Fac;a a barba com lâmina "The Bump Fighter • (American Sa-
fety Razor Co., Staunton, Va) (www.asrco.com). uma lâmina
simples com cobertura de polímero e folha. Essa lâmina espe-
cial corta o pelo em um comprimento correto e previne que
ele entre novamente na pele. Use uma espuma espessa de gel
(p. ex., Aveeno, Edge gelou " Bump Fighter Shaving gel ").
Evite esticar a pele enquanto se barbeia. Faça a barba com a
lamina na direçilo do crescimento do pelo. Lave a lâmina após
cada barbear para prevenir a traçao que ocorre com o acú-
mulo de cabelo entre a lâmina e a proteçilo. Aphque com-
pressa quente após se barbear.
6. Ahernativamente, use um barbeador elétrico, evitando a pro-
ximidade do aparelho. As laminas de barbear podem ser en-
l
comendadas na Oelasco: 608 13th Avenue, Counol Bluffs,
lowa 51501-6401. Fone: QセSMVRW N@
7. Aplique uma loção ácida glicólíca (p. ex, loçilo Nutraplus)
para reduzir a hiperqueratose.
8. Considere o uso de depilatórios químicos para remover o pelo.
Adap1ado de Crutchfield CE: Cutis 61 :351, 1998; and Peny PK:
J Am Acad Dermato/46:S113, 2002. PMID: 11807473
353
Dermatologia CHnica
Sicose da barba
A sicose implica inflamação foli rular de toda a profundidade do
folículo rnpilar e pode ser causada por infecção com S. aureus ou
fungos dermató6tos. (Consulte o Capítulo 13 sobre infecções
fúngicas para urna 、ゥウ」オNセ ̄ッ@ de sicose fúngica.) A doença ocorre
somente em homens que começam a se barbear. Ela se inicia com
a aparência de pequenas pápulas folkulares ou ーZセエオj。ウ Q@ que ra-
pidamente se tomam mais difusas à medida que o barbear conti-
nua (Figs. 9-21, 9-22 e 9-23). A reaçlío à doença varia muito entre
os indivíduos. A ゥョヲャエイNセッ@ pelo folírulo pode ser suave ou ex-
tensa. Os casos mais infiltrados se rurnm com cicatrizes. Em casos
crônicos, as pústulas podem permanecer confinadas a uma área,
tais como o lábio superior ou o pescoço. Os pelos são depilados
com difiruldade na sicose estafilocódca e com relativa fucilidade
na sicose fúngica. Os pelos devem ser removidos e examinados
para fungos e o material purulento deve ser enviado para cultura.
A.o:. infecções fúngicas tendem a ser mais severas e produzem áreas
de inflamação mais profundas e maiores. As infecções bacterianas
foliculares normalmente se apresentam com pústulas discretas. A
pseudofoliculite (seção anterior) tem uma aparência similar.
A inflamação localizada é tratada topicamente com mupiro·
cina (pomada Bactroban). A doença extensiva é tratada com anti-
bióticos orais (p. ex., dicloxadlina, cefalexina) por pelo menos 2
semanas ou até que todos os sinais de ゥョエャ。ュNセッ@ tenham desa-
parecido. As recorrência..-. não são incomuns e necessitam de um
Figura 9-21 Sicose da barba. Pústulas foliculares profundas
ciclo adicional de antibióticos orais. A barba deve ser feita com
são concentradas em áreas não lavadas neste paciente.
uma lâmina limpa .
Figura 9-22 Sicose da barba . Um caso anormalmente ex- Figura 9-23 Sicose da barba. Várias pústulas rapidamente
tenso que envolve o pescoço e a face. limpas com cefalexina 500 mg, 4 vezes ao dia .
354
Infecções Bacterianas Capítulo
Figura 9-24 Foliculite profunda. Pústulas f oliculares são ro- Figura 9-25 Acne queloidal. Pápulas queloidais podem
deadas por eritema e inchaço. Toda a estrutura f olicular está eventualmente se formar na parte de trás do pescoço após
inflamada. Estafilococos foram isolados em cultura. inflamação crônica dos foliculos capilares.
355
Dermatologia CHnica
Figura 9-26 Um furúnculo é um abscesso que exsuda mate- Figura 9-27 A superfície deste furúnculo sofreu erosão e
rial purulento por uma única abertura. Esta fotografia mostra exsuda material purulento.
uma lesão de tamanho médio.
356
In fecções Bacterianas Capítulo
Figura 9-28 Furúnculo (tumor). Massa inchada e alargada Figura 9-29 Cisto epidermal rompido. Este é comumente
com material purulento que inicia a exsudação a partir de vá- mal interpretado como um furúnculo . Uma grande massa de
rios pontos na superfície. material branco, amorfo e pus exsudam após ser feita uma
incisão linear sobre a superfície.
357
Dermato logia Cllnica
358
Capítulo 191
'
Infecções llacterianas
DIAGNÓSTICO
ERISIPELOIDE
O organismo pode ser isolado por biopsia ou amostras sangu.í·
A erisipeloide é uma infecção agudo de pele causada pelo bacilo neas em meio de cu.ltura padrão.
Erysipclor:hrix rhusiopor:hiae (ou E. insidiosa), Gram·positivo, arre-
dondado e não esporulante. Ele é イ・ウーッセB」ャ@ por causa< infecção TRATAMENTO
em várias dezena.' de: espécies de mamíferos e outros animais e
peixes. Os humanos se tomam infectados atrnvés da exposição a Embora existam muitos casos de formas rutáneas da doença com
animais ou a produtos animais infectadm ou conta.minados. A um Oli'SO autolimitado, todos os pacientes dC\"ern receber antibic>.
doença é um perigo ocupacional parn pessoas que manipulam tiros para prevenir a progressão parn a doença sistêmia e o desen-
carne não processada e produtos animais, tais como pescadores volvimento de endocardite. A doença responde a penicilina G,
(envenenamento do peiu, envenenamento de car.mguejo, dedo cefalosporinas. eritromiàna e Auoroquinolonas:.
selado, dedo de baleia), açougueiros (erisipela suína), fazendeiros
e veterinários. Pacientes que têm rq>etidas infecções sabem que
DACTILITE DISTAL BOLHOSA
・ャ。セ@ respondem à penicilina e trnt3m essas infecções sozinhos.
Figura 9-30 Erisipeloide. Aproximadamente 3 dias após o Figura 9-31 Dactilite d istai bolhosa. Esta infecç3o superficial
contato com um animal ou peixe, um eritema vermelho e da almofada anterio r da porção distai dos dedos é causada
amorfo surge no local de inóculo e se estende centrifuga- mais comumente por estreptococos beta·hemolfticos do
mente. g rupo A. (Cortesia de lucia Martin-Moreno, MD).
359
Dermatologia CHnica
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
SfNDROME DA PELE ESCALDADA
ESTAFILOCÓCICA A SPES se inicia com uma infecção localizada, com frequência
inaparente, de S. aureus na conjuntiYõl, na garganta, nas narinas ou
no umbigo. Um eriterna difuso e macio surge; a pele 1en1 uma
A síndrome da pele escaldada estaJilocócica (SI'ES) é uma doença
textura pareàda com lixa e 5imilar セア オ・ャ。@ vista na febre escarlate.
d e bolhas cau:<ada pelas toxinas do Staphyloax:cus aureus esfolia·
tivo {ETs). Essas toxinas causam divisão intrnepidé.n nica através O eritema é frequente mente :il<:entuado nas áreas Be:xurnl e perio-
prote.ína rificiaL Entret.1nto, a erupção da febre esctulate não é macia. A
da camada granular pela quebra da desmogleína l J オュセ@
temperatura aument.1 e dentro de 1 ou dois dias a pele se enruga,
caderina desmo..••sômica que medeia a adesão céluJn.célula dos
forma bolhas エイョセゥ ・ョエ ・セL@ 、 ・ウセュ。@ em grnndes folhas e deixa umn
que rMinócitos na camada granular. O impetjgo bolhoso é a
superfide ュゥ、。セ@ vermelha e resplandencente (Figs. 9 -32 até
forma loc.1lizada da SPES. Ela se inicia com uma infecç3o de pele
9 -36). Uma pre..sffo me nor induz à separação da pele (sinal de
com ce.pn de S. aureus produtora de rn que podem ser recupera..
do• a partir da bolha. A forma generalizada da SI'ES afeta recém· Nikolsky). A área de envolvimento pode ser localizada, mas ela
com frequência é generalizada. A perda de fluido evaporativo de
na•cidos (doença de Ritter) e crianças, mas raramente adultos. O
grandes áreas está associada a um aumento da perda de lluido e
lluido da bolha é estéril, mas o S. aurew pode ser isolado de locais
distantes, IAÍS como o nariz. A SPES pode então se desenvolver a desidratação. Uma crmta amarela se forma e a superfície desnuda
seca e racha. A cura oc.orre entre 7 e 10 dias, acompanhada pela
partir cb absorção sistêmica dos Efs de locais colonizados que são
descamação similar àquela vista na febre escarlate. A reepiteliza.
então espalhados através da corrente sanguínea para a pele. Ela é
explicada por urna falta de imunidade às toxinas セ@ por imaturi· ção é rápida por cau..a do alto nfvel de divisão na epiderme. A dis-
tinção entre a fonna localizada de SI'ES e o impetigo bolhoso pode
dade renal em crianças_, o que leva a uma fraca eliminaçlo das
ser difícil. Os critérios e:m fuvor da SPES localizada são: ( 1) ausência
toxinas. Existem três formas sorológica• de ETs estafilocócicas
(ErA, E11! e ETC). A ETA e a E1'B causam a SI'ES. A E1'B é mais de célula.< inllamatórias na derme durante a biopsia, (2) pele erite-
matosa com fragilicL1de. (3) fenômeno de Nikolsky m1 tomo das
frequentemente isolada do que a ITA em crianças com SPES ge·
nerílliznd;,. lesões, e (4) uma cultura nqçJtivo, resultado da bolha int.1cta. A
erupção est1filocócica ・NセイャZゥエヲッョ@ é similar à SPES, exc.eto pelo
futo de q ue nffo há formação de bolha ou casca na pele.
Toxina epidermolítica
As bo lhas no impetigo bolhoso e na síndrome da pele escaldada
SI'ES são causadas pela toxina esfoliativa liberada pelos esiAfilo·
cocos. Em pacientes com impetigo bolhoso, a toxina produz bo-
lha.< localizadas no local da infecção. Em casos da sfndrome da
pele escaldada, a toxina circula por todo o corpo e cau:<a bolhas
em locais distantes daquele da iofecção. A toxina é antigmica e
quando elaborada elicia uma resposta de anticorpo. Duas formas
:mtigenicamente distintas - toxina A e toxina B - foram identi6..
cadas. O anticorpo da toxina epidermolítica está presente em
75% das ('C.'I:IOas normais com mais de 10 ano.< de idade. um futo
que explica a raridade da SPES en1 adultos. É especulado que as
toxinas agem na clesmogleína 1, um componente dos desmosso..
mas nas célula.< epiteliais que medeiam a adesão célula-célula.
fNセ@ at.nque m usa uma bolha Jogo abaixo do est.r:tto córneo simi-
lar 1i que é vista no pênfigo foliáceo.
Incidência
A forma inf.mtil da SPES é mais frequentemente vúta em crianças
..udáveis. Aproximadamente 62% das crianças têm menos de 2
anos de idade; 98% têm 6 anos ou menos. O tipo adulto da SPES
generalizada (raro) está associado a doenças subjace.n tes relacio-
nadas a imunos.supressão, imunidade anormal e insuficiência re..
nal. O risco de morte por SPES é menor do que 5% e ntre as
crianças, mas entre os adultos a síndrome nonnalmente ocorre
naqueles CJUe. est5o imunos..•mprimidos e o risco ele morte pode ser
L'io alto quanto 60%.
361
Dermatologia CHnica
362
Infecções Bacterianas Capítulo
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
O paciente típico tem aproximadamente 50 placas de 0,5 a 3 em,
pruríticas, arredondadas e de urticária, com uma pápula ou pús-
tula central locaJizada em toda a superfície da pele, exceto na ca-
beça (Fig. 9-37). A erupção pode ser folicular, marulopapular,
vesicuJar, pustular ou uma erupç.;o polimór6ca que indui todos
esses tipos de lesões. Mulheres que usam roupa de banho est.1o
sob risco aumentado (Figs. 9-37 a 9-42). A erupção, na maioria
dos casos, toma-se limpa em 7 a 10 dias, deixa pontos redondos Figura 9-37 Foliculite por Pseudomonas. As pápulas folicu-
vennelho-amarronzados e hiperpigmentação pó..,-intlamatória, lares, vesículas e pústulas progridem para papulopústulas ver-
mas os pacientes reJat.1ram ter rulturas recorrentes das lesões por melhas que têm uma pústula central.
3 63
Dermatologia CHnica
Figura 9-38 Placas de urticária com pústulas localizadas primariamente nas áreas cobertas pelas
roupas de banho.
364
Capítulo 191
'
In fecções ャ。」セイゥ ョ 。ウ@
Medidas preventiv:ts incluem filtraçllo oontínua da água para Celulite por Pseudomonas
eliminar a pele descamada, monitoramento frequente dos níveis
dos de.<infeL1ntes e troca frequente da :lgua, especialmente du- A celulite por Pseudomonm pode ser localizada ou pode ocorrer
rante o uso pes:tdo. Banheira.s e piscinas públicas de uso continuo durante septicemia por Pseudomonm. A fonna localizada ocorre
e intenso de\-em ser drenadas completamente todos os dias, e o como uma infecçllo secundária na pele dos dedos dos pés ou da
interior delas deve ser limpo diariamente com uma solução ácida virilha (Fig. 9-42}, escaras, úlcera' de esuse. queimaduras, áreas
Uma quantidade grande de banhistaS. :1gua turbulenu e aeraçllo enxertadas abaixo do prepúào do pénis e após um ferimento. A
tomam difl"àl a manutenção de níveis satisf.ttórios de cloro. O maceração ou odusão dessa.' lesões anãneas encoraja uma infec.
Centro de ContrOle e セャッ@ de Doenças recomenda uma çllo secundária com r...udomonm. A supressão da Aora baaeriana
concentraçllo de cloro ou brometo li""' de 3 a 6 ppm, com guias normal com antibióticos de: amplo espectrO encoraja uma infec·
de saúde e segurança para SPAs e pi.Kinas públicas. O pH reco- çllo secundária. A infecçllo por Ps<udomonas com frequênàa é in-
mendado em uma piscina é entre: 7,6 e: 7,8, porque um pH maior suspeiu e. dessa fonna, a terapia apropriada é ruardada. Erosões
da água altera a dissoàação do cloro ou do brometo e os torna profundas e necrose teàdual podem ocorrer antes do di38"'óstico
menos efetivos. Altm diMO, frequentemente é necessário mais correto ser feito. Dor intensa é muito característica do envolvi..
cloro para mantu os mesmos nfveis dessa substância em tempe· mento de uma infecçllo. A pele se toma vermelha-escura (Fig.
raturas mais alta$, tal como em ofur&. A infecçllo mmbém pode 9-42}. Um material verde-azulado, purulento, com um odor fru.
ser prevenida pela recluçllo da abrasividade dos pisos das pisànas tado ou pardacento se arumula como uma :ire.1 vennelha e e.ndu..
ou ofurôs, visto que a maioria dos cn.sos da síndrome de foliculite recida, que se toma macerada e então sofre erosão. VesCrula.s e
por Pseudomonas em mf\o e pés aftta crianças com uma fina c.a· pústulas podem ocorrer como lesões satélites. A erupção pode se
mada de estrato córneo da epiderme na.s palmas das mãos e na.\ espalhar para cobrir grandes áreas e ser ncompanhada por sinto..
solas 、ッウセ N@ mas sistêmicos. A septicemia por Pseudornonas pode produzir uma
celulite p rofunda, en durecida e n ecr6tica, que se as.."emelha a
outras fo nnas de celul ite infec.ciosa.
TRATAMENTO
O tratamento consiste em oompress3s mornas de セ」ゥ 、ッ@ acético 50,1,
(vinagre branco}, aplicadas por 20 minutos. 4 vezes ao dia. Infec-
ções localizadas respondem ao tratamento oral com ciproAox..1cina
(Cipro} 500 ou 750 mg. 2 veu< ao dia. Infecções graves podem
responder à dinofloxaàna administracL, intrnvenosamente.
fゥァセイ。@ 9-41 _Celulite por Pseudomonas. M aceração ocorrida Figura 9-42 Área inflamada tem odor pardacento seme-
na area mtertng1nosa entre o pên1s e o escroto. Ocorre uma lhant e ao de suco de uva.
celulite dolorosa. A cultura mostrou Pseudomonas.
365
Der matologia CHnlca
366
Infecções Bacterianas Capítulo
PREVENÇÃO
A prevenção da otite externa recorrente é feita para minimizar o
trauma no canal auditivo e evitar a exposiç.1o à água. Enxugar os
ouvidos com um secador de cabelo e evitar a manipulação do
canal auditivo externo pode ajudar a prevenir a recorrência.
Figura 9·45 Otite externa. O eczema do pavilhão auricular
tornou-se infectado e dolorido. As culturas mostraram infec-
ção por estafilococos e não Pseudomonas. Dicloxacilina 500
mg. 4 vezes ao dia. controlou a infecção. Esteroides tópicos
do grupo V foram então usados para tratar o eczema.
367
Dermatologia CHn ica
Critérios obrigatórios:•
Dor intensa e prolongada
Edema
EJcsudato purulento
Tecido de granulação
Microabscessos (quando operado)
Scan ósseo com Tc99 po5iiiYo no osso temporal (Importante na
detecçãO de ostecmielite)
Falha no tratamento local frequentemente mais do que uma se-
mana
Recuperação da Pseudcmollas em cultura
Envolvimento de tecidos moles e destruiç3o óssea (envolv1mento
nasofaringeo) na TC
Critérios ocasionais:
Diabe tes
Envolvimento do ョ・セッ@ craniano (a partir da extensao sub tem-
poral da infecçao)
Radiografia positiva
Condiçao debilitante
Idade avançada
368
Capítulo 191
'
In fecções ャ。 」 セイゥ。 ョ 。 ウ@
TRATAMENTO
Prim eiro, as camadas espes..'kls, edemadadas e desvit.'llizadas da
A terap ia consiste. no uso de c.efalosporinas de terceira geração epiderme são eliminadas. Aplic.1ções repetidas de nitrato de prata
(celbzidimo ou cefTriaxona) e fluoroqui no lona (ciprofloxacina (0,5%) ou ácido acético 5% (vinagre branco) nos dedos e nas
ou ofloL1CÍna ). A assodaçllo de ciprofloxacina e cehazidima é superficies dorsal e plan tar ー イ ッュo|Mセ@ a secagem e suprimem a
eficiente em contrabalançar a resistência aumentada da P. aerugi- bactéria. Creme de gentamicina, creme de sulfadia.zina de prata
no.sa às quinolonas. Cirurgia mio é indiada. (Silvadene) ou pasta de Castellani (gel Derma-Cas) d o então
aplicados até qu e a infec.ção seja resolvida. Infecções que não
respondem à terapia tópica são tratadas com ciprolloxacina (Ci-
pro) 500 ou 750 mg. 2 vezes ao dia. Algumas cepas d e P:seudomo-
nas desenvolveram res:isténàa ao Cipro.
Medidas para prevenir reinfec(3<> induern o uso de
pequena• compressas d e gaze entre os dedos para pre-
venir a oclus.io, o u.w de sandálias ou sapatos abertos
parn aumentar a evaporação do suor e o uso d e adstrin-
gentes, tais como cloreto de alumfnio 20% (Drysol),
para promover a sec.1ge.m.
369
Dermatologia CHn ica
Ectima gangrenoso septicemia por P. aeruginosa, mas fonnas n5o septic:êmicas são
descritas em crianças e adultos. Casos n3o septicêm icos ocorrem
O ectima gangrenoso (EC) t uma manifeSiação a nâne.' da septi- sem imunossupressâo evidente ou neutropenia e podem aconte-
cemia por P. aeruginCMn que afeta tipic.-.mente pacientes imunes- cer após uma antibioticoternpia.
suprimidos, partirularmente aqueles com neutropenia. A 1'. aeru- As lesões mnsistem em múltiplas úlcerns ョセッ@ contíguas ou
ginosa sistêmica nonnalmente complica condições debilitantes, úlceras solitárias. Elas mmeçam como máculas isoladas, vume-
tais como leucemia, queimadu.ras e fibrose dstica. Muitos outros lbas e pwpúricas que se tomam ..,.;cuJares, endurecidas e. mai.'l
patógenos podem produzir lesões clinic.,mente indi.<tinguíveis. tarde, bolhosas ou pustulares. As pústulas podem se tomar he-
Ela não deve ser confundida com piodcrma gangrenoso ou ectima morrágicas.. As lesões permanecem localizadas ッオセ@ mais tipica-
estrq>tocócico. t uma entidade ra.rn# mas altamente carnaerística_, mente, estendem--se por vários centímetros. A área central se toma
que é patognômica de infecção por I'Jmdorrumas. As lesões repre- hemorrágica e oecrótica (Fig. 9-49). A lesão entlo umedea e
sentam uma infecção meustática de P. aerugí11m11 originada do forma uma úlcera gangre:nosa com uma escara cinza-negra e um
sangue para a pele ou uma lesão primária sem baaeremia. A taxa halo eritematoso cirrunvizinho. As lesões OCOrTem principal-
de mortalidade é alta para a fonna septicêmica e de aproximada- mente nas regiões glútea e perineal (57%), nas extremidades
mente 15% nos casos sem bacte:remia. A doença é rara e ocorre (30%), no tronm (6%) • na f.tre (6%), mas podem ocorre:r em
em somente 1,3% a 6% dos pacientes com sepse por l'seudomoruu. qualquer locaL
Normalmente existem menos de 10 lesões. Pacientes septicémicos têm altas temperaturns, calafrios, hipo-
Todos os padentes têm fatores predispone nte:s que aumentam tensão e taquicardia ou taquipneia, ou ambos. A nanropenia é
os riscos de infecç3o. O EC ocorre em pacientes imunoc..ompro- um achado constante e a contagem absoluta de neutrófilos se
metidos ( neoplasia, leucemia, tratamento ゥュオョッセウーイ・カL@ pa- correladona intimamente com o resultado clfnico. A maioria dos
cientes que receberam órg3o transpla ntndo, desnutrição, diabe- paáente.'i morreu quando a contagem de neutrófi los est:tV<\ menor
tes), em pacientes queimado.li e naqueles trattldos com p enicilina. do que 500/rnm' durante ou após o terapia apropriada. As lesõe.<
Muitos pacientes têm umn desordem que lev:t à seve.ra neutrope- na pele têm ácatrizaç.i:o lenta (uma médi:.t de 4 semnnns).
nia ou pandtopenin. A maioria dos c-asos surge durante uma Os mecanismos postulados são a vasculite rnusada por bacilos
na parede do vaso, por cirrulaçâo de imunocomplexos e/ou pe.lo
efeito de e.xotoxinas ou e ndotoxinas bacterianas.
370
Infecções Bacterianas Capítulo
371
Dermatologia CHnica
MENINGOCOCCEMIA
372
Capítulo 191
'
In fecções jャ。」セイゥョウ@
Figura 9-54 セイーオ。@ fulminante. A septicemia 「。セ・イゥ@ resulta ・⦅ュ ョ ・」イ セ ウ・ Lケッュセウ・@ de pequenos vasos e 」ッ。ァオャセ@ intra-
vascular d1ssem1nada e frequentemente é assoc1ada a falenCia de mult1plos orgaos. Vanas amputações podem ser necessárias.
373
Dermatologia CHnica
Este diagrama ilustra o desenvolvimento dos sinais e sintomas nos confins do espectro da doença meningocó-
cica. É importante que os sinais da meningite ou septicemia subjacente sejam procurados em todos os pacien-
tes febris sem uma causa óbvia para a febre; e nos pacientes que estão sem febre e que têm uma história de
febre. A doença meningocócica avançada pode passar despercebida se os sinais a seguir não forem procurados.
As percepções e as preocupações de pais e pacientes devem ser seriamente levantados.
A ordem na qual os sintomas surgem pode variar. Alguns sintomas podem estar ausentes.
 Dor em membro/artla.tbç5o
.t. Mios e pés frios e enchimento capilar prolongado
A Pele pálida
A Taqule:ardb
 Taqulpnela
.t. Rigor
A OIIgú-
 Etupçlo em qu31quer lugar do corpo (pode nSo ser um Slr«:oma precoce)
à Febre  Dor abdominal (algunas veres com dlarrela)
.t. Náuseas, V&nltos .t. Sonofftlcla/confus!o/c:onsdftlcla prejudicada (sinais tardios em c:rl3ftÇU)
.t. Ma}.estar A HlpOtenslo (sln31 multo tardiO, prá-termlnal em crianças)
A lemrgla
374
'hlares Normais dos !hls Vitais
SINAIS FfSICOS EM CRIANÇAS (do Maooal AvançaOO & sオセ@ àVIla l'!dlálrica)
COM DOENÇA MENINGOCÓCICA tl;<l! Ta<aCalliiic.l r... R.,Ptattro 1\'essa:iSangum
(a>J;) pofmrJJto p:rmoiiiD 5ísltli:.l
<1 QセF@ J0.4II ro.go
1·2 11J0.150 25-35 80-95
2·5 95-1-10 25-lO 80-1110
5·12 XセQRP@ 20.25 90-110
Respiratório • Taxa respi>!Óril ..........to enbollO • N..ohuma RliOOnÇl precore na doenço l<i"'d! 12 ii)-100 15-20 IIJ0.120
"'ffÍÚÍÍ OOOI1'e セ@ """''"'le,
sec...-dm à.000.. e àセークゥ。@ à moJida • Padrões respiratÓrios anonnais カゥウエッセ@ mais tl'de
can aumento aítioo mpressão irttr?A:ranWa lm'ÇÃO: Aerupção da doenço meni,.ac6cica pode se iiciar como
'1-" ooorre blência à<Uotório.
(Varia de hjoeoventi!ação arespiraçio de erupção bran01em até um lel)o dos pacier<e< lenl>re.ede checa'
para sinas ウオセ 。 イ・ッエZウ@ de meningle e septicemia em crianças que se
Cheyn..Stoi<es oo '!oneia)
apreserí3m oom uma erupção maculopaj>olar.
Cardiovasrular o""""" aidaobo """" listoma '. em... • Nenhuma nv.odaoça precocera doença.
P.cirus oom ュ・ョセ@ tendem alfr eruP\ÕeS mais """"(oo ausen-
セ、ッャーゥ。エN@
do,_, maatória (dooqua)-
Cnmlitia!díitls
• Mais t3rde, oameniD "' pressão iolruraniara tEs) do""'""'" oomseplicemia.lddmeme, toda a9.jl011Dedapele
leva abradbnb e hipertensâo. de um pacieru fehrt""' uma ca&l óiMa de fe!re d,.. ser ct.ada.
I
• vュZッイ£ゥセ@ periférica resoJta em püJez, orõos
epés iios e...tos.
• TelfiiO de endoiroerm aplar セ@ Jsepdos oo
セッオ@ -.o é aooonrol, セ@ 4segmdoo na
perieril em oonjlltD com outros silàs sugere
choque
• PS éoorrml até o セ@ 6nal da sejltic!mia. A
セーッエ・ョウ£@ é um onal pté<Erminal
SNC Criolços tim 11n nr..l de CllfiSáincia oorrml até o Fmção do SNC ュ。セ@ piO'Iávl!l de ser 1n01111ai
6nal da doença epodem parecer alert!s e
lniabliolade, sonolêocia, coríusio e セ@ no
nr..l de coruciênda àmeolda que apreSláo
""""'""'
• Hipóxia e セーッ・イャオウゥ@ .....rualmente leml à intracraniara 011nería.llell0s podem ter uma
セ@ "' niYel de oonsciência: esse é ,. onal expressão セ「、ッ・ゥ。N@ Adolescentts
セゥッ@ e pté<Erminal de ctoope. podem se tornar c.onfusos eoombativ06.
• N..ohuma rigiJez de pescoço oo fotofobia ocorre R&iolez do pescoço eヲッ エ ッヲセ。@ sôo sinas
na septKemia.. no iníào da meningite em セ@ jOYeOS,
Dosagem de www.meningitis.org
benzilpenidlna セ@
Renal Biorhçào reduzido de urina
("""" em
no cflcxJoe.
セ@
セ@ ...... plridi'o)
.W1m • crianços oom
id>fede lOanos
Morte
Meningitis ?!
l'<!sul!ado da t.l!ndu•nlonsad" (d!oque) Pablodo ounenllu• prsio セ@ ou llllid .2GO ""
OOOças '·'"'"' 100mc
Esoilolrlo"CÍ"*Kiall\lh!dl)l<id1Dlll hd61!11111 1d61li11M lllibtol1aalf•iojollllln1tllllmll1lbdBIUIOOI Rtcim-nasódos: lOO me
ャュ」ィエゥッ ヲゥャセ@ セ@ セuャAN@
「jゥ\ャィエLGAセヲhi^ッf[ュpwN|{。
ャエQAwセ q セ N@ &ii<\lriloollplh&Hll'
q dャ@ HッセNLゥョャ ゥョッrャヲ■o@
Research Foundation
w
...UI
Dermatologia Cllnica
Informação Adicional
Reconhecimento Precoce
•
•
Erupções pet!equ:iais/purpúricas ou sinais de menin,it:e
A en.pç.âo pode estar ausente ou atípica na ap-csentaçio
'Sinais de Alerta c-""'>
Os sepintes avisos de irnpedimentolpion
•
•
セ@ de pescoço pode estar ausente em mais de 30% dos casos de meninaite
AntibiÓtiClDS anteriores podem セ。@ da doença 」ョセーゥッ@ meninpócica típica
do choque, fal&tda respiratória ou aumento
na .,.-essio intracraniana e necessidade
de nwisio urpnte e intervenção
(•er alpribno):
• Erupsio npidarnente P' ozre:ssi,_
Avalie a Severidade S. lnt: rvenção Imediata lnv&stlgações • Fraca perfusio periférica, CRT > "'
Prlortt.irlas:
• Vias aéreas
• + e,. açúcar
sepndos. oliz{lria e PS < 90 (hipotensio
- -
Vas Aéreas Sepras (GCS < 12) ou nivd de comciênda
Atto Fluxo de O, •• Sanzue pua co. .ado
EDTA
flutuante (queda em GCS > 2)
• Ne..rolozia focal
Grande ciâmetro de Cânula fV :!: ressuscitação com fluido PCR
• Convulsões penittentes
• Bradkardia e hipertensio
• Papiloederna
Predominant emente pイ・、ッュゥョ。エ セ ュ・ョエ@ Meningiteb,c.d
Septicemia • Avalie cuidadosamente o paciente antes de red:r.ar LI' •rc e meningite
Meningocócica • CJ.arne a equipe de cuidado intensivo se qual.,..er (..utcfs)
• ......................
cancterlstk.a de aumento na pe-essio intracraniana, choque Essa inwestipçio somente cte.e ser usada
Niotente LP
ou Wênda respiratória OCJOn"Cr
• 2g de celotaxima ou oeftriaxona IV
•
........
Em caso de d-"ida. perzunt:e a alpérn mais eaperiente
• CJ.:arM a equipe de cuidado intensivo para
• Monitore e estabiliZe a circuaaçio
• Uma TC normal r1io exdui aumento na
pressio intracraniana
..
I I
Nenhum aumento no ICP
I • Se r1io セ@
-...
contraindic.ações c1n cas
pan. LP. uma TC nio é antecipedarente
Sinais d& choqu& Sina is de
Nenhum choque Aumanto na repa.b • s..bsequentemente,. urna TC pode se.- útl
SIM NÃO Nenhuma Fal da Respiratória" ..
na ideo rtlf aç•o de defeitos cb-ais
" ...
pftdisponentes pa.-a me.-.pe
•
de O,
Volume de renorrit'po
• 21 de Cetotaximal
Cdtriuona IV •
Adiar 11 punçio tombar
ャウ、・c」ヲッセョ。@ IV Re'll'isio ClOim microbio!op.:
• Cont:n:lle na unidade de
após LP
• ftltssuscltaçio 」オゥ、。ッウセ@ de volume
ministrada a indMduos > 55 anos pa.-a
• cobrir listeria
l
• Considere E!ewçio de 300 dll cabeça
tn.tamento intensivo
corticost:eroide
• c:or.ti"'Oe na unidllde de trwtarncnto • Yancomidna :!: rifarnpidna se resistência
• '""'"'""'
pneurnoeócica à penicilina for suspeita
ャゥmーッウセ@ fraca
Boa
resposta
I
• Se LP to.- atnsada em
mais de 30 minutos, 8aboo I. . . . pua intubaçio elctiw'a + • Alterar os antibióticos eorn base nos
resultados mia b·a16aioos
dar antibiÓticos IV Vcndlaçio (prot!Cçio oerebl'llll)
primeiro
•corticosteroides na meningite
Próximas
intervenções: ... ..L, ..L, em adultos c-""'>
• • Dexa.netasona O, IS,........ 4 'I'UeS ao c5a,
-
lntubaçio P' eemptha + ."'
Monitoramento CUI: d a d osoa por 4 c5a:s, iniciando ;unto ou
"hu 'açi=
セゥ。エュ・ョ@ antes da primeira dose de
•• Suporte de \'OUne
Suporte inoâ'Õpico/ Revisão Repetida
antibióticos. particularmente onde a
セ・@ meninp::ócica é suspeita
• ........
• Nio administrar ao menos que você tenha
Cor.siden! protd'na cn certeza de que está usando os
Saúd& Públlca/Control& da lnf&cç.:io antimicrobianos corretiOIS
• Bom c:ontrde alidmicon • Notificar cax:t
•
• Para a dexametuona se uma causa nio
Na falência drallatória rehtária, • Se a doença ュ・ョゥセ」。@ for provável ou confirmada. contate o bactaiana lor identificada
substituição fisiolólic:a da tenpia
.........,..
CCDC4 セ・ュョエ@ no que di:z re:spe;to a profilaxia ao contato
de awticosteroide pode ter • Notifique a microbiolop
Ver Refertncias no Veno
• Isole o paciente petas primdra.s 2o4 horas
(Com permissão de M eningitidis Resea rch Foundation, 2008; ver www.meningit idis.org para referência e notas).
376
Infecções Bacterianas Capítulo
Reconhecimento precoce
Febre + dor de cabeça +
erupção não descorada
I
Tratamento pré-hospitalar
l
Benzi!penicilina, ceftriaxona ou cefotaxima IV ou IM
em adultos e IM em crianças
Quadrfceps para injeção intramuscutar
+
Combinado com vancomicina até que o agente
causador seja identificado
Epidêmicos em pa1ses em desenvolvimento, injeção IM
única de cloranfenicol de longa duração
N. meningitidts é identificado
セ@
Benzilpenicilina apenas ou cefalosporina d
terceira geração (ceftriaxona, cefotaxima)
3 ou 4 dias de antibióticos intravenosos
I
Prevenir o
colapso circulatório
I
l l
lactentes e crianças Adultos
20 ml por kg de fluido intravenoso de Salina (0,9%) ou coloides se iniciam com 1l
ressuscitação por 5· 1O min. Coloide e cristaloide infundido intravenosa mente por 15·20 min
(salina 0,9%} são usados seguidos, por vários litros em velocidade reduzida
Fluido adicional é administrado dependendo Volume total por 24 horas é decidido pela
do efeito na circulação e a taxa de infusão resposta ao tratamento - isto é, perfusão teódual,
é gradualmente baixada pressão sangufnea, eliminação urinária e
Edema pulmonar pode se desenvolver evidência de sobrecarga de volume intravascular
após o recebimento de 40·60 ml por kg e pode
ser necessária ventilação mecanica
Volumes de 2 ou 3 vezes seu próprio volume
sangufneo podem ser necessários durante as
primeiras 24 horas
!
Volume de tratamento normalmente
combinado com terapia com vasopressor,
incluindo dopamina, noradrenalina,
adrenalina ou dobutamina
A maioria dos pacientes com sepse
meningocócica fulminante necessita de diálise
l
Sinais de septicemia meningocócica
fulminante+ risco de hemorragia adrenal
!
Cortisol sérico baixo + hormônio
adrenocorticotrópico alto
!
ITratar com baixas doses de esteroidesl
Fig u ra 9-55
377
Dermato logia CHnica
378
In fecções Bacterianas Capítulo
Adaptado de Rosenstein NE et a/: New Engl J Med 344:1378, 2001 . PMID: 11333996
• A raampina não deve ser utilizada em mulheres ァ イ セカゥ、。ウN@ A 5e9urança dos contraceptivos orais pode ser afetada pela rifampina.
tA ciprofloxacina pode ser utilizada em pessoas <18 anos de idade se nenhuma alternativa 。」・ ゥ エ セカ・ ャ@ estiver disponível.
379
Dermatologia Cllnica
M. fortuitum e M. avium-intra-
Característica M. marinum M. ulcerans M. chelonae cellulare M. kansasii
Fonte de Água fresca e água Água; áreas alagadas Oceano e água Costa do Golfo; Obscuro; foi isolado
infecção salgada (piscinas, po- da Austrália, Uganda fresca. sujeira, pó, costa do Pacífico; de água de torneira;
ços, peixe contami- e Zaire alimento animal, in- norte dos EUA cen- infecção oportunís-
nado. tanques de fecções pós-operató- trai; solo, pó de resi- tica
peixe); pacientes rias esporádicas; dência, água. plantas
imunossuprimidos trauma, equipa- secas
mento de diálise;
abscessos pós-injeçao
Sintomas Assintomático a in- Assintomático a in- Frequentemente se Febre assintomática. Prurido, febre, pia-
chaço dolorido da chaço dolorido da desenvolve em pa- perda de peso, dor cas, inchaço
pele pele; redução da mo- cientes com doença óssea
A doença mais co-
bilidade de articula- preexistente de pul-
mum é a infecção
Ções mão
pulmonar em ho-
Doença disseminada mens idosos com do-
e associada à AIDS ença pulmonar sub-
jacente crônica
lesões de pele As lesões ocorrem no Úlceras grandes, sol i- Nódulos granuloma- Sinovite granuloma- Pápulas verrucosas,
local de inóculo !Arias, profundas, do- tosos; abscessos dre- tosa; infecção pro- errupçao estorotri-
loridas, nas extremi- nantes; úlceras; le- funda de mão; pani- coide, celulite, placas
Pápulas; nódulos; dades inferiores sões esporotricoides; culite; nódulos granulomatosas, úl-
placas verrugosas; úl-
celulite; doença dis- subcutãneos ceras e papulopústu-
ceras/abscessos, es- Ocorre necrose se- seminada las necróticas
porotricoide; dissemi- cundária
nado
Afeta primariamente
crianças e adultos jo-
vens
Tratamento Minociclina ou doxi- Grande excisão com Doença grave: des- Terapia agressiva com Ri fampina em adição
xiclina 100 mg, 2 ve- ou sem enxerto de bridamento cirúrgico; múltiplos fármacos ao etambutol ou iso-
zes ao dia; trimetro- pele é o tratamento amicacina (15 mglkg/ incluindo INH, clofa- niazida
prim-sulfametoxazol de escolha dia) mais cefoxitina zimina, rifampina, es-
(200 mg/kg/dia) treptomicina, etam- Resistência ao fár-
160-800 mg, 2 vezes
ao dia; dari1romicina, Trimetroprim-sulfa- combinada com ad- maco foi relatada
butol, etionamida.
metoxazol 801400 com isoniazida
rifampina, 600 mg ministração oral de cicloserina, capreomi-
diariamente e etam- mg, 2 vezes ao dia probenecida, seguida cina ou daritromicina
seguido por rifam- Tratamento com do-
butol 800 mg diaria- por sulfonamida, eri- ses mais altas de iso-
mente para cepas re- pina 600 mg diaria- tromicina ou minoci-
mente e minociclina niazida (900 mg) foi
sistentes, lesões clina tentado
esporotricoides e in- 100 mg diariamente,
fecções disseminadas ou uma combinação Doença menos Sulfonamidas e ami-
de estreptomicina, grave: sulfonamida cacina foram adido-
Tratamento por 1 dapsona e etambutol com eritromicina nadas quando ocor-
mês a 1 ano reram cepas
Áreas quentes com Terapia contínua por
envoltórios oclusivos 4-6 semanas após a resistentes à rifam-
pina
porque o M. ufcerans cicatrizaçao do feri-
é sensível ao calor mento
Temperatura de 30° a 33° C 30° a 33° C Entre 25° a 40°C 37° c 37° c
incubação da
cultura
Adaptado de Street Ml et ai: 1 Am Acad Dermatof 24:208, 1991. PMID: 2007665
380
Infecções Bacterianas Capítulo
MYCOBACTERIUM MAR/NUM
Figura 9-56 Pacientes podem relatar que os nódulos doloridos formaram úlceras.
Figura 9-57 Pacientes que estão expostos aos aquários domésticos estão sob risco. A pápula evolui em
um nódulo no local do t rauma 2-3 semanas antes. Novas lesões podem então progredir para os braços,
como visto na esporotricose.
381
110 1
Infecções Bacterianas Sexualmente Transmissíveis
382
Infecções Bacterianas Sexualmente Transmissíveis Capítulo 110 1
383
Dermatologia Cllnica
Crianças • Azitromicina 1 g por via oral, em dose única (se não for utili-
• Penicilina G benzatina 50.000 unidades/kg IM, até a dose de zado para o episódio inicial)
adulto de 2,4 milhões de unidades em uma única dose Cervicite
• A lidocaína como diluente para penicilina G benzatina (Bicillin)
reduz a dor causada pela injeç!lo, sem afetar a concentraçao de Esquema recomendado para tratamento presuntívot
penicilina. • Azitromicina t g por via oral em dose única
Sífilis primária e secundária entre as pessoas infectadas ou
pelo HIV • Ooxiciclina 100 m9 por via oral, duas vezes por dia, por 7 dias
• O tratamento com penicilina benzatina 2.4 milhões de unidades Infecções por clamídia
IM em uma única dose é recomendado. Alguns especialistas re- • Azitromicina 1 g por via oral, em dose única
comendam tratamentos adicionais (p. ex., penicilina G benza- ou
tina, administrada em intervalos de 1 semana, por 3 semanas,
• Ooxiciclina 100 m9 por via oral, duas vezes ao dia, por 7 dias
conforme recomendado para a sífilis tardia), além de penicilina
benzatina 2,4 milhões de unidades IM. Esquemas alternativos
Sífilis latente recente - adultos • Eritromicina base 500 mg por via oral, quatro vezes ao dia,
durante 7 dias
• Penicilina G benzatina 2,4 milhões de unidades IM em uma
única dose
ou
• Etilsuccinato de eritromicina 800 m9 por via oral, quatro vezes
Sífilis lat ente tardia ou sífilis latente de duração desco- ao dia, por 7 dias
nhecida - adultos ou
• Penicilina G benzatina 7,2 milhões de unidades total, adminis- • Ofloxacina 300 m9 por via oral, duas vezes ao dia, por 7 dias
trada em 3 doses de 2,4 milhão de unidades IM cada, em inter- ou
valos de 1 semana • Levofloxacina 500 mg por via oral, uma vez ao dia, por 7 dias
Sífilis latente recente- crianças Infecções gonocócicas não complicadas do
• Penicilina G benzatina 50.000 unidades/kg IM, até a dose de colo do útero, uretra e reto
adulto de 2,4 milhões de unidades em uma única dose • CE!ftriaxona 125 mg IM em dose única
Sífilis lat ente tardia e sífilis latente de duração desconhe- ou
cida -crianças • CE!fixima* 400 mg por via oral, em dose única, ou 400 m9 por
suspensão (200 mg/5 ml)
• Penicilina G benzatina 50.000 unidades/kg IM, até a dose de
MAIS
adulto de 2,4 milhões de unidades, administrada em 3 doses, com
• Tratamento para clamídia, se infecç!lo por clamídia não for
intervalos de 1 semana (total de 150.000 unidades/kg até a dose
adulta total de 7,2 milhões de unidades) descartada
• Veja as diretrizes completas do COC para tratamento de sífilis Esquemas alternativos
latente entre as pessoas infectadas pelo HIV. • Espectinomicinas 2 g em uma única dose (IM)
Sífilis terciária
ou
• Esquemas de cefalosporina de dose única
• Penicilina G benzatina 7,2 milhões de unidades total, adminis- • Outras terapias de dose única de cefalosporina, que são consi-
trada em 3 doses de 2,4 milhões de unidades IM cada, em in- deradas esquemas 。 ・セ イ ョ。エゥカッウ@ de tratamento para infecções
tervalos de 1 semana urogenitais e anorretais gonocócicas não complicadas, incluem
ceftizoxima, 500 mg IM; ou cefoxitina 2 g IM, administrados
Uretrite não gonocócica
com probenecida 1 9 por via oral; ou cefotaxima 500 mg IM.
• Azitromicina 1 g por via oral, em dose única Algumas evidências indicam que cefpodoxima 400 mg e cefu-
ou roxima axetil 1 g podem ser alternativas orais.
• Ooxicid ina 100 m9 por via oral, duas vezes ao dia, por 7 dias
Infecções gonocócicas não complicadas da faringe
Esquemas alternativos
Esquemas recomendados
• Eritromicina base 500 mg por via oral, quatro vezes ao dia, du-
rante 7 dias • CE!ftriaxona 125 mg IM em dose única
ou MAIS
• Etilsuccinato de eritromicina 800 m9 por via oral, quatro vezes • Tratamento para damídia, se infecç!lo por clamídia não for
ao dia, por 7 dias descartada
ou Infecção gonocócica disseminada (IGD)
• Ofloxacina 300 mg por via oral, duas vezes ao dia, por 7 dias
• CE!ftriaxona 1 g IM ou IV a cada 24 horas
ou
• Levofloxacina 500 m9 por via oral, uma vez ao dia, por 7 dias Esquemas alternativos
• CE!fotaxima 1 g IV a cada 8 horas
Uretrite recorrente e persistente
ou
• Metronidazol 2 g por via oral, em dose única • CE!ftizoxima 1 9 IV a cada 8 horas
ou ou
• Tinidazol 2 g por via oral, em dose única • Espectinomicinas 2 g IM a cada 12 horas
MAIS
384
Infecções Bacterianas Sexualmente Transmissíveis Capítulo 110 1
385
Dermatologia CHnica
Granuloma Linfogranuloma
Cancroide inguinal venéreo (LGV) Sifilis primária Herpes simples
Etiologia Haemophilus Calymmatobacterium Chlamydia Treponema pallidum Herpes virus hominis
ducreyi (Donovania)
granu/omatis
Período de 12ha3dias 3 a 6 semanas 3 dias a vArias semanas 3 semanas 3a l O dias
incubaçllo
les11o inicial Úlceras únicas ou PApula(s) mole(s), in- Úlcera evanescente (ra- PApula indolor, exul- lesões primárias são
múltiplas, redondas dolor que forma(m) ramente observada) cerada com base múltiplas erosões,
a ovais, profundas úlcera irregular com limpa e bordas fir- edematosas, doloro-
com bordas irregu- base friável vermelho mes, endurecidas, sas com revesti-
lares e solapadas e carne. e borda ele- elevadas; múltiplas mento membranoso
base purulenta; le- vada lesões ocasional- branco-amarelado;
sões s11o dolorosas mente observadas episódios recorrentes
podem ter vesículas
agrupadas em uma
base erit ematosa
Duraçao Indeterminada Indeterminada (anos) 2a6dias 3 a 6 semanas Primário 2 a 6
(meses) semanas; recorrente
7a l 0dias
local Geni1al ou perianal Genital, perianal ou Geni1al, perianal ou Genital, perianal ou Genital ou perianal
inguinal reta I retaI
Adenopatia Adenopatia fixa, Lesões granulomato- Adenopatia inguinal uni- Adenopatia inguinal Adenopatia inguinal
regional unilateral ou bilate- sas perilinfáticas sub- lateral ou bilateral firme, unilateral ou bilate- bilateral, sensível, em
ral sensível, co- cutâneas que produ- dolorosa com "pele em- ral firme. móvel, geral presente com
berta, que pode zem edemas poeirada" sobrejacentes; não suporativa, vulvovagini1e primá-
tornar-se mole e inguinais e não sao pode tornar-se flutuante indolor ria e pode ou não
ftu1uante linfadenite (pseudo- e desenvolver "sulcos na estar presente com
bubóes) virilha" ("bico de rega- lesões genitais recor-
dO<") rentes
Exames diagnós- Esfregaço, cultura Biopsia: preparaçllo Teste de fixaçllo de Exame de campo es- Esfregaço de Tzanck;
ticos ou biopsia de lesao; por contato a partir complemento de l GV, curo, VDRl, FTA- cultura
esfregaço de linfo- de biopsia corada cultura ABS
nodo aspirado não com Giemsa
rompido
ÚLCERAS GENITAIS
386
Infecções BacLerianas Sexual mente Transmissfveis Capítulo 110 1
morar em u ma área o nde H. ducre)'i é uma causa importan te de Um d iagnóstico mais definitivo ou etiológico pode ser possí-
úlceras genitais. Mesmo após avaJiação diagnóstica completa, vel com instalações laboratoriais sofisticadas, mas is..•m nem sem-
pelo m enos RUENセ@ dos pacientes que têm úlceras genitais não têm pre é po.'isível. Os exames laboratoriais exigem recursos, adicio-
diagnóstico confirmado labomtorialmente (Tabela.< 10-1 e 10-2). nam custo, podem exigir consultas extras e podem atrasar o
tratamento. Por estas razões-, as o rientações de tratamento sindrô-
m icas são am plamente usadas parn síndromes, mesmo em países
TRATAMENTO SINDRÔMICO DE DOENÇAS desenvolvidos com instalações laboratoriais avançadas.
SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS A OMS desenvolveu um fluxograma para orientar os p rofissio-
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Muit<>-< nais de saúde na implement.1ção do trat.1men to sindrômico das
centros de saúde em países em desen volvim ento carecem de equi- DST. Estes quadros aparecem de maneira modificada nas p róxi-
pamento e pessoal treinado necessários parn o d iagnóstico etiol<).. mas páginas.
gico das doen ça..-. sexualmente エイ。 ョ ウュゥNセ■カ・ N@ Para su perar este As síndromes q ue causam infecções sexualmente transmissí-
problema, uma abordagem s indrôm ica, em vez de u ma aborda- veis (Dsr) são apresent.1das nas Thbel as 10-2 a 10-10.
gem convencional baseada em exames laboratoriais, foi desenvol-
vida em um grande número de países. A abordagem de trata- Texto amtinua na página .t 96
mento sindrômica baseia-se na identificação de grupo..-.
consistentes de sinais e sintomas fud Imente rec.onheáveis ( sín·
dromes), e na prestação do tratam ento q ue irá lidar com a maio.
ria dos o rganismos, ou com os mais grnves, responsáveis por
produzir uma síndro me.
Tabela 10.2 Sinais. Sintomas e Causas de Síndromes de DST (Termos e Definições da Organizaçao Mundial de Saúde)
387
D ermato logia CHnica
Sífilis
Cancroíde ! "m al
Trate como herpes simples Ferida ou úlcera Ofereça teste
Trate como sifilis -Não-o
presente? de HIV
• se PRP for +
• sem tratamento
J
r
recente para sffilis
Continue o
Oferecer
tratamento por
teste para HI mais 7 dias
Figura 10-1
Úlceras de herpes
Crosta de herpes
3 88
Infecções Bacterianas Sexualmente Transmissíveis Capítulo 110 1
Cancroide Ciprofloxacina• 500 mg por via oral Ceftriaxona 250 mg como injeção Eritromicina• 500 mg por via oral 4 ve-
duas vezes ao dia por 3 dias, ou intramuscular única zes ao dia durante 7 dias, ou
Azitromicina 1 g por via oral como Azitromicina 1 g por via oral como dose
dose única, ou única ou
Eri1romicina' 500 mg por via oral 4 Ceftriaxona 250 mg como injeção intra-
vezes ao dia por 7 dias musrular única
Terapia adicional para HSV-2 onde HSV-2 é comum
Herpes genital Infecção primária Infecção primária Use acidovir apenas quando o benefício
Aciclovir§ 200 mg por via oral 5 vezes Fancidovir§ 125 mg por via oral 3 é maior que o risco
ao dia por 7 dias, ou vezes ao dia por 7 dias, ou
Aciclovir§ 400 mg por via oral 3 vezes Valaciclovir§ 1 g duas vezes por
ao dia durante 7 dias 7 dias
Tabela 10-4 Tratamento Adicional Recomendado p;Jra Úlceras Genitais (em áreas onde o granuloma inguinal e o linfogranuloma venéreo sao
causas importantes de úlceras genitais)
De Sexually transmitted and other reproductive tract infections: A guide to essencial practice, Organização Mundial da Saúde, 2005.
*Estes fármacos sao contraindicados para mulheres grávidas ou amamentando.
tEstolato de eritromicina é contraindicado na gravidez devido à hepatotoxicidade relacionada com o fármaco; apenas eritromicina base ou
etilsuccinato de eritromicina devem ser usados.
389
Dermatologia CHnica
CORRIMENTO URETRAL
(em homens)
Queixas de corrimento
uretra! ou disúria
l
Examine
Expressão da uretra, se necessário
l
Corrim ento confirmado?
I
,__C_ _,
Si Nã
Tabela 1().5 Tratamento Recomendado para Secreçao Uretral {Homens apenas) (Terapia para gonorreia nao complicada mais terapia para
ela mídia)
Primeira escolha
Cobertura Escolha 1 de cada quadro (total de 2 fármacos) Substitutos eficazes
Gonorreia Cefixima 400 mg por via oral como dose única ou Ciprofloxacina• 500 mg por via oral como única dose ou
Ceftriaxona 125 mg por injeçao intramuscular Espectinomicina 2 9 por injeção intramuscular
Clamídia Azitromicina 1 9 por via oral como única dose ou Ofloxacina• • 300 m9 por via oral, duas vezes ao dia, por 7
dias ou
Doxiciclina 100 m9 por via oral, duas vezes ao dia, por 7
dias Tetraciclina 500 mg por via oral, quatro vezes ao dia, por
7 dias ou
Eritromicina 500 mg por via oral, quatro vezes ao dia, por
7 dias
De Sexual/y transmirted and other reproductive tract infections: A guide to essential practice, Or9anizaçao Mundial da Saúde, 2005.
•o uso de quinolonas deve levar em consideração os padrões de resistência a Neisseria gonorrhoeae, como nas regiões do Sudeste Asiático e
ocidentais do Pacífico.
tOfloxacina. quando usada como indicado para infecção por clamídia, também fornece cobertura para gonorreia.
390
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissfveis Capítulo 110 1
TRATAMENTO SINDRÔMICO (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE)
SECREÇÃO VAGINAL EM MULHERES NÃO GESTANTES
Padente queixa-se de
corrimento vaginal, prurido
vulva r ou queimação
!
Corrimento anormal
ou eritema vulvar
Sim I Nã
Sim
Sim
I Nã Ciprofloxacino• 500 mg por via
oral como única dose, ou
Encaminhe para Há dor ao Espectinomicina 2 g por injeçao
opinião de cirurgião movimento no colo intramuscular
ou ginecologista uterino ou dor
abdominal inferior e Clamídia Ooxiciclina' 100 mg por via oral,
corrimento vaginal? duas vezes por dia, durante 14
dias, ou
s·
! "m Nã
Tetradclina• 500 mg por via oral,
quatro vezes ao dia, por 14 dias
Trate como OIP e Qualquer outra
encaminhe parceiro doença encontrada? Anaeróbicos Metronidazol' 400-500 mg por
para tratamento via oral, duas vezes ao dia, por
Revise em 3 dias 14 dias
Sim
! De Sexually transmitted and other reproductive tract infections: A
Gerenciar guide 10 essential practice, OrganiUJçao Mundial da Saúde, 2005.
adequadamente •o uso de quinolonas deve levar em consideraçao os padrões de
resistência da Neisseria gonorrfloeae. como nas regiões do Su-
deste Asiático e nas regiões ocidentais do Pacífico da OMS.
Continue até
tl:sses fármacos sao contraindicados para mulheres grávidas ou
a conclusão
do tratamento
<-S im- ュ
Paciente
セ ィ ッ イ ッオ_@
f---,Não-
Encaminhe
paciente amamentando. OIP é incomum na gravidez.
Ofereça teste *Os pacientes que tomam metronidazol devem ser aconselhados
para HIV a evitar o álcool. O metronidazol também deve ser evitado du-
rante o primeiro trimestre da gravidez.
Figura 10-4
NoTA: A hospitalizaçao de pacientes com doença inflamatória
pélvica deve ser seriamente considerada quando: (a) uma emer-
gência cirúrgica, como apendicite ou gravidez ectópica, não
pode ser excluída, (b) há suspeita de um abscesso pélvico; (c)
doença grave impede tratamento em uma base ambulatorial; (d)
a paciente estA grávida; (e) o paciente é um adolescente, (f) o
paciente é incapaz de seguir ou tolerar um esquema ambulato-
rial; ou (g) o paciente nao responde ao tratamento ambulatorial
(Tabela 10-9).
3 92
Infecções Bacterianas Sexualmente Transmissíveis Capítulo 110 1
Tabela 10-8 Tratamento Recomendado para Infecção do Colo Uterino (Terapia para gonorreia sem complicações mais terapia para damídia)
Tabela 10.9 Tratamento para Paciente Hospitalizado Recomendado para DIP (Terapia para gonorreia mais tratamento para clamídia mais
tratamento para infecções anaeróbicas)*
Opção3
Opção 1 Opção2 Comumente disponível;
Escolha 1 de cada quadro (total Administre ambos os fárma- administre 3 f ármacos mais
de 3 fármacos) e conti nue com cos e continue com terapia t erapia oral ambulatorial a
Cobertura terapia oral ambulatorial a seguir oral ambulatorial a seguir seguir
Gonorreia Ceftriaxona 250 g por injeção intramus- Gentamicina 1,5 mglkg de peso cor- Ampicilina 2 g por injeção intrave-
cuiar poral por injeção intravenosa a cada nosa ou intramuscular, em seguida
8h 1 g a cada 6 h MAIS
Ciprofloxacina• 500 mg por via oral como
única dose ou MAIS Gentamicina 80 mg por injeção in-
tramuscular a cada 8 h MAIS
Espectinomicina 2 g por injeção intramus- Clindamicina 900 mg por injeção in-
cu lar travenosa a cada 8 h Metronidazol 500 mg ou 100 ml
por infusão intravenosa a cada 8 h
Clamídia Doxiciclina•§ 100 mg por via oral ou por
injeção intravenosa. duas vezes por dia
ou
Tetraciclina§ 500 mg por via oral, quatro
vezes ao dia
Anaeróbios Metronidazol 400-500 mg por via oral ou
injeção intravenosa, duas vezes por dia,
ou
Cloranfenicol§ 500 mg por via oral ou por
injeção intravenosa. quatro vezes ao dia
De Sexually transmitted and other reproductive tract infectiofiS: A guide to essentia/ practice, Organização Mundial da Saúde, 2005.
*Para as três opções, o tratamento deve ser continuado até, pelo menos, dois dias depois que o paciente melhorou e deve então ser seguido
por um dos seguintes tratamentos por via oral, por um total de 14 dias: doxiciclina§ 100 mg por via oral, duas vezes por dia, ou tetraciclina§
500 mg por via oral, 4 vezes ao dia.
t A utilização de quinolonas deve levar em consideração os padrões de resistência à Neisseria gonorrhoeae. como no Sudeste Asiático e nas
regiões ocidentais do Pacífico da OMS.
セdック ゥ 」 ゥ」ャ ゥ ョ。@ intravenosa é dolorosa e não tem vantagem sobre a via oral, se o paciente for capaz de tomar o remédio por via oral.
§Contraindicado para mulheres grávidas ou para mulheres amamentando. DIP é incomum na gravidez.
393
Dermato l ogia Cllnica
BUBÃO INGUINAL
(em Homens e Mulheres)
Bubão{ões) ゥョァオ。セウスャ@
femorai(IS) presente(s)?
Sim-------'-------Nã·o
!Não-_JL--sim
.----'-----.
Trate para linfogranuloma Use fluxograma Use fluxograma Ofereça
venéreo e cancroide de úlcera genital adequado teste de HIV
• Se flutuante, aspire
através da pele saudável
• Faça o tratamento e trate
parceiro
Ofereça teste para HIV
Retorno em 7 dias
Figura 10-5
Tabela 10-10 Tratamento Recomendado para Bubao lnguinal (Terapias de dose única ou multidose para tratamentos de cancroide mais
terapias multidose para linfogranuloma venéreo [LGV)) •
De Sexually transmitted and other reproductive tract infections. A guide to essential practice, Organização Mundial da Saúde, 2005.
NoTA: Alguns casos podem exigir um tratamento mais prolongado do que os 14 dias recomendados. Os linfonodos flutuantes devem ser aspi-
rados através da pele saudável. lncisao e drenagem ou excisao dos nodos podem atrasar a cicatrizaçao e nao devem ser tentadas.
*Esses fármacos sao contraindicados para mulheres grávidas ou amamentando.
t A utilização de quinolonas deve levar em consideraçao os padrões de resistência à Neisseria gonorrhoeae, como nas regiões da OMS no
Sudeste Asiático e nas regiões ocidentais do Pacífico.
*Estolato de eritromicina é contraindicado na gravidez devido à hepatotoxicidade do fármaco; apenas a eritromicina base ou o etilsucinato de
eritromicina devem ser usados.
394
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissfveis Capítulo 110 1
395
Dennatologla CHnica
Estágios
SfFILIS
A sífilis não tralllda pode p.ssar por três estágios. A sífilis começa
A sífilis é uma doença infecciosa humana causada pela bactéria com os estágios rutâneos ゥョヲ・ 」ゥッウセ@ primário e secund,rio, que
TreporumJa pallwum. A doença é transmitida por contato direto podem terminar sem outras sequelas ou podem evoluir para um
com uma lesão durante o estágio primário ou sea.mdário, no estágio latente que dura meses ou anos antes do estágio terciário
útero, por via transplacent.ária, ou durante o parto quando o bebê atualmente raro, marcado pelo surgimento de complicações car·
passa por um canal infectado. Tal como o gonococo, esu bactéria diovasculares. neurológicas e cutâneas profundas (Fig. 10-7).
é frágil e morre quando removida do ambiente humano. Ao con- Os Centers for Disease Conuol and Prevmtion ddinem os
ttário do gonococo, a T. pallwum pode inftttar qualquer órgão, estágios da sífilis como segue:
causando um número infinito de: apresentações clínicas; daí o 1. Sífilis infecciosa inclui os estágios de sífilis latente primá·
velho ditado: •aquele que conhett a sífilis conhea: a medicina•. ria. serundária e latente recente, de menos de 1 ano de du·
ração.
Incidê ncia 2. Infecções latentes (ou seja, aquelas sem manifeslllções díni.
cas) são detectadas por testes sorológicos. A sífilis latente E
A incidência de sífilis primária e secundária nos Estados Unidos dividida em doença latente recente, de duração inferior a t
foi de 3,3 casos por 100.000 habilllntes em 2006 (9.756 casos no ano, e doença latente tardia, de mais de 1 ano de. durnção.
total). Os negros apresentam maior t.1Xa de sífilis que os brancos
3. A doença latente tardia tem duração de 4 ;anos o u mai.s.
nos Estados Unidos, com base em 6 .862 casos relatados em 2002;
a incidência por 100.000 ィ。「ゥエセョ ・ウ@ foi de 9,4 e.m n egros e 1, 1 em
brancos. A sífilis é encontrada nos estados do sul dos E.,,tados
Unidos, especialmen te e m negros ( Fig. 10.6). O tLm de crack e a
tro<".a de sexo por drogas são fatores contribuintes.
VT o.s
NH 1.0
MA 1.9
RI 1,3
CT 1,8
NJ 2,0
DE 2,4
MO 5,4
DC 21 ,1
Figura 1().6
396
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissfveis Capítulo 110 1
/
. Benigno
tardio
Cardio-
vascular
Sistema
nervoso
15% 1Oo/o central
/
.. ./ 8%
!3
セ@
セ@ Infecção com
Cura espontanea
セ@ y-" Treponema pal/idum
o 5 10 15 20 25 30
Anos
Figura 1D-7 História natural da sífilis adquirida não tratada. (De
Morgan HJ: South Med J 26:18, 1933; incidência de Clark EG,
Danbolt N: J Chronic Ois 2:311, 1955.)
Risco de transmissão
O maior risco de transmissão ocorre durante os estágios primá-
rios, serund.írios e latente recente da doença. O paciente é mais
infeccioso d urante os primeiros 1 a 2 anos de infecç.;o. Os pacien-
tes com sífilis serundária são os mais contagiosos devido ao
grande número de lesões. O risco de adquirir sífilis de um par-
ceiro infectado é de JQO;f, a 60%. Um terço das pessoas com urna
ú nica exposição à sífilis precoce será infectado.
T. pallidum
T. ー。ャゥ、オュ セ@ o m icro-organismo responsáveJ pela sífilis, é uma
bactéria espiral muito pequena (espiroqueta) cuja forma e moti-
lidade em saca-rolhas podem ser observadas apenas por micros-
copia de campo escuro (Fig. 10-8). O tempo de reprodução é es-
timado em 30 a 33 horas, em contrnste com a maioria das
bactérias, que reproduzem a cada 30 minutos. Os níveis séricos de
antibióticos devem, portanto, persistir por pelo menos 7 a 10 dias
para matar todos os micro-organismos replicantes. A coloração de
Gram não pode ser usada e o crescimento da bactéria é difícil.
397
Dennatologla CHn ica
Sífilis primária
A sífilis primária, camcterizada por uma úlcera rutânea (Figs. 10-9
a 10-13), é adquirida pelo contato direto com uma lesão infec-
ciosa da pele ou a superffcie úmida da boca, ânus ou vagina. De
10 a 90 dias (em média, 21 dias) após a exposição, uma lesão
primária, o cancro, se deserl\'olve no local do contato iniciaJ. Os
cancros s.io geralmente solitários, mas as lesõa múltiplas não são
incomuns.. Os canaos e:nrngeniuis representam 6% de todos os
」。ョセ@ e a maioria ocorre nos lábios e na c:avidade: oral e é: trans-
mióda por beijo ou sao orogmital. A lesão começJ como uma
pápula que sofre necmse isquêmica e eroslo, formando uma úl-
cera endurecida de 0,3 a 2,0 em, indolor a sensíveL 6nne; a base
é limpa, com um exsudato seroso amarelado escasso. Pelo fato de
o cancro ter 」ッュ・ᅦセ、@ como p:lpula, as bordas da úlcera são ele-
vada.•, lisas e bem definidas (Fig. 10-9). O cancro do rnncroide
(cancro mole) é mole e doloroso. Unfoadenopaóa regional dis-
persa, dura, dolort)$.;1, ocorre em 1 a 2 semanas; as lesões nunca
coalesc.em ou supuram a menos que haja uma infecção mista.
Sem tratamento, o cancro cicatriza c.om formação de cicatriz em
3 a 6 semanas. As lesõe.• vaginais e anais indolore.• (Fig. lO- lO)
podem nunca ser detectadas.. O diagnóstico diferencial inclui Je.
sões genitais ulcerndas, como Cllncroide, ィ・イーNセ@ genital, aftas
(síndrome de Behç.et) e úlcer<ts l-rnumóticas, como as que ocorrem
com mordedums. Se não tr"tadns, 25% das infecções p rogridem
diret.1mente parn o segundo estágio; os outros 750.-b entram em Figura 11l-9 Sífilis primária. Cancro sifilítico é uma úlcera
latêncja. com uma base limpa, não p urulenta e lisa, borda regular,
bem definida.
398
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissfveis Capítulo 110 1
SfFILIS PRIMÁRIA
Figura 1D-11 Dois cancros localizados próximos. A base é bem definida e limpa.
Figura 1D-12 Duas úlceras grandes com uma base puru- Figura 10-13 Três cancros com uma base purulenta. Can-
lenta parecem cancro mole. As lesões estão "se beijando" e cros cobertos por um prepúcio tendem a desenvolver um ex-
foram criadas por autoinoculação. sudato purulento.
399
Dermatologia CHn ica
LESÕES
A."' lesões da sífilis secundária têm determinadas características
que as diferenciam de. ouLras doenÇí.'ls cutâneas. Há pour.a ou n e-
nhuma feb re no in feio. A<i lesõe.-s são não inflamatórias1 desenvol-
vem·se lentamente e podem persistir por semanas ou ュ・Nセウ N@ Dor
ou prurido é mínimo ou ausente. Existe um:t tendência acenruada
para o polimorfismo, com vários tipos de lesões apresentando-se
simultaneamente, ao contrário de outras doenças de pele erupti-
va.", rujo aspecto morfológico das lesõe-s é uniforme. A cor é tí-
pica,. lembrando um •presunto fatiado• ou com uma tonalidade
acobreada. As lesões podem assumir uma variedade de formas,
incluindo redonda, "iíptica ou anular. As erupções podem ser li- Figura 1Q-14 Sífilis secundária. Alopecia temporária, irregular
mitadas e discretas, profu.sas, ge.n eralizadas ou mais ou menos ("alopecia em clareira") do couro cabeludo. (Cortesia de Subhash
conBuentes e variar em sua intensidade. K. Hira. MO)
Os tipos cle laões na ordem aproximada de frequência são
maculopápulas, polpulas, máculas, anulares, papuloptLuulosas,
psoriasiformes e foliculares. As lesões em indivíduos negros são
marcadas pela au.sênáa de coloração •vumeJha アオ・ゥュ。、セ@ As
lesões ocorrem nas palmas das mãos ou plantas dos pés na mai<>-
ria dos pacientes com sífilis serundária (Fig. 10-15). Ao conttário
das máculas melanodticas pigmentadas frequentemente observa-
das nas palmas das mãos e plantas dos pés de melanodérmioos
mais velhos, as lesões da sífilis serund.iria d.1s palmas das mãos e
plantas dos pés são isoladas. ovais, ligeiramente elevadas, erite-
matosas e escamosas. Pode oc..orrer alopec:ia irregular temporária
(•alopecia em clareira• ) da barba, couro cabeludo ou o1ios (Fig.
10· 14). Pápulas úmidas, anais, semelhantes a verrugas (condi-
lema plano) são altamente infecciosas (Pig. 10-16). A.ç lesões po-
dem aparecer em qualquer membrana mur.osa. 1bdas as lesões
cutâneas de sífilis serunclári:1 s5o infecciosas; portanto, se você
n ão sabe o que é, n ão a toque. O diagnóstico diferencial é Vilsto.
A.o:. doenças comumente ッ「ウ・イカョ、。セ@ que podem セ・イ@ confun didas
com sífilis .serundária s5o pitirfase rósea (especjalmentese a p laca
prerursorn estiver n.u.o:.ente), psorlase gut.1ta サーNセッイ■。ウ・@ q ue surge
subitamente com inúmeros pápulas e p lacas pequenas), líquen
plano, p iti ríase versicolor e erupções medic.1mentosas e exante-
Figura 10-15 Sífilis secundária. Apresentaçao clássica da sr-
mas virais. filis secundária com placas descamativas cor de cobre nas pal-
mas das mãos e plantas dos pés.
400
Infecções BacLerianas Sexual mente Transmissíveis Capítulo 110 1
SfFILIS SECUNDÁRIA
Figura 1D-16 Erupção difusa que consiste em máculas, Figura 10-17 Inúmeras lesões estão presentes em todas as
pápulas e pústulas. Lesões iniciais típicas geralmente são má- superfícies do corpo. Esta é uma apresentação comum com
culas em menos de 20, redondas, não pruriginosas e simétri- lesões maculopapulosas e psoriasiformes.
cas distribuídas no t ronco e extremidades proximais. As lesões
eritemato-papulosas também podem aparecer nas palmas das
mãos, plantas dos pés, face e couro cabeludo e podem tor-
nar-se necrosadas. Alopecia irregular e não irregular podem
ocorrer. Em áreas intertriginosas, as pápulas podem coalescer
formando lesões altamente inf ecciosas, chamadas condiloma
/atum (plano). As lesões inicialmente vermelhas, dolorosas e
vesiculares progridem para " cinza cor de metal" à medida
que a erupção desaparece.
Figura 1D-18 Um agrupamento de pápulas eritematosas Figura 10-19 Pápulas úmidas, anais, semelhantes a verru-
está localizado no escroto. gas (condiloma /atum) são altamente contagiosas.
401
D ermato logia CHnica
402
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissfveis Capítulo 110 1
Tabela 10-11 Sensibilidade de Testes Sorológicos nos Estágios de Sífilis (Porcentagem Positiva)
403
Dermatologia Cllnica
RPR
reativa•
! !
RPR provavelmente História de sffilis?
falsa (+) (Verifique registro de slfilis)
I
I
Não Sim
Alto risco ou titu lação I
Baixo risco
deRPR>1 :8 1
Tratamento
anterior
RPR falsa (+) Repita RPR documentado?
sem outra e FTA·ABS em
r-
avaliação nova amostra
O tratamento foi
Não adequado para o Sim
estágio de slfilis?
Sinais/sintomas de sffilis
atualmente ou no ano passado !
Sim
1
Sim Náo RPR aumentou
4 vezes a partir
Não
da titulação I
no soro?
RPR conhecida (-)
1
no ano passado (pré-natal,
doação de sangue, teste
ー イ← セ 。、 ュ ゥウ ̄ッL@ outra DST)
H Não
1
Sim
Caso antigo
Nenhum tratamento
necessário
Exposição 1
Sim I. conhecida a stfilis Possibilidade
infecó osa (precoce)
I epidemiológica Não
neste ano passado? de reinfecção?
1 1
Não Sim
1 !
-
Estágio: Estágio: Reinfecção Caso antigo,
p rimário, Estágio: sffilis latente de caso a ntigo falha do
secundário ou latente recente tardia, Faça tratamento,?
latente recente exame? LCE reestadiamento exame LCE
1 1
Trate Trate Trate Trate Trate
Figura 1D-22
404
Infecções Bacterianas Sexualmente Transmisslveis Capítulo 110 I
405
Dermatologia Cllnica
100
95- 100
90 95 - ,........................ ····················]'
I
85 90 /
I
,·'
...
I
80 85 ,l ....... 11
75 80 I ... I
/ / I
70 75 I .• I
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30 35 / !// (
25 30 / :' I
20 - - - Sifilis primária 25 I _./_Macular I
15 ............. Sffilis secundária 20 / ..... ······• ---- Maculopapulosa I
10 I
15
<. · · ·· · · · · ••••••• Papulosa
·--
1
• • ••• • •
5 1O Pustulosa 1
oセ イtMセL@ Uセ MイN セイッMNG GB B ⦅L L ML L ML L ML L M[ L@
o 1 2 3 4 56 7 8 910111213 141516 1718192021222324 1 2 3 4 56 7 8 9 10 11 1213 1415 161718192021222324 25
Meses Meses
Figura 10-23 Velocidade de sororreversão de 500 pacientes com Figura 10-24 Velocidade de sororreversão de 522 pacientes
sífilis primária e 522 pacientes com sífilis secundária: 1977-1981. com sífilis secundária por tipo de lesão: 1977- 1981 .
406
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissfveis Capítulo 110 1
407
Dennatologla CHn ica
LESÕES PRIMÁRIAS
DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSIVEIS RARAS Após um período de incubação de 5 a 21 dias, uma ーセオャ。@ pe-
quena, indolor ou uma vesícula viral (herpetiforme) ocorre no
pênis, fúrcula, parede vaginal posterior ou colo do útero (Fig. 10-
Linfogranuloma venéreo 26). A lesão emlui rapidamente para uma erosão pequena e inde>-
O Jinfogranuloma venéreo (LCV} t principalmente uma doença lor que melhora sem formação de cicatrizes em uma ウ・ュャョ セ@ A
do tecido Jinf.ítico アオ・セ@ espalha para os tecidos circundantes. O lesão, na maioria dos casos, é ゥョイオ。Nセ@ e a maioria dos pacientes
LCV é endêmico na África, fndia, Sudeste Asiático e partes da não se lembrará dela. A lesão primária rnramente t obsavada em
América Central e do Sul. Ocorre esporndicamente na América do mulheres. Pode haver presença de secreção mucopurulenta que
None, Europa e Au.mália. Recmtemente, swgiram c:asos em he>- afeta a uretra nos homen.'t e o colo do útero em mulheres.
mens que praticam sexo com outros homens, na Holanda1 em
outra• cidades na Europa Ocidental e nos Estados Unidos. Estes ESTÁGIO INGUINAL
casos apresentaram-se com proctite grnve: sem linfadenopatia in-
guina! e predomínio do sorotipo 1.2. PMID: 15472852 É mais Os macrófugos infectados drenam para os linfonodos rqionais,
comum em homens ( 1S a 40 anos) . Ponadores assintomáticos do linfadenopatia inguinal unilaternl ou por vezes bilateral, acom-
sexo feminino s..1o, provõlvelmente, a fonte primária de infecção. panhada de cefuleia, febre e polimialgia e anralgia migratórias,
Os homens apresentam úlceras ou linfadenopatia inguinal e/ou surge a partir de 1 a 6 semanas após a cicatriz.,ção doles:lo primá-
femoral sensível que geralmente é unilaternl. Mulheres e homens ria (Fig. 10-27). Nas mulheres, os nódulo.• pé.lvicos profundos
homossexuais podem ter proctocolite ou envolvimento inflama- tambêrn podem e.•tar envolvidos. Em pouco tempo, os linfono-
tório dos tecidos linfáticos perirretais ou perianais que podem dos tomam-se sensíveis e flutuantes e são chamados de bubões.,
resultar em fístula. e estenose.•. O LCV é causado pela bactéria quando ulceram e secretam material purulento. Os bubões que
intrar.elulnr obrigatória Chlnmydia tracltOIIUltis (sorotipos LI, 1.2 e drenam podem persistir por meses. A inAamação se espalha para
lセI N@ E..,1es subtipos infectam macrófugos. Os sorotipos de C. rra- os nodos adjacentes e produz um em:1ranhaclo. Os abscessos
c11omatis que cnu.•mm ure.trite e cervicite infectam as células esca- rompem-se, e os trato..'i sinusais subsequente eventualmente for..
mocolunares e a infecção é limitada セウ@ mucosas. O diagnóstico mam cicatrizes. Os b ubões são r.omuns nos homenSt mns ocor..
geralmente é feito sorologicnmente e pt!.ln exclu.'ião de outras cau- rem em apena.'i u m terço das mulheres infectadas. O alargamento
sas de linf.tdenopatia inguinal ou úlcems genitais. dos linfo nodos inguinais acima e os nodos femornis abaixo do
408
Infecções Bacterianas Sexualmente Transmissíveis Capítulo 110 1
ligammto de Poupan criam o •sinal da rnnaleta• em arca de um EXAMES PARA CHLAMYDIA. Exame de anticorpo por mi-
quinto dos paàentes, o que é considerado patognomõnico parn croimunoftuorescênóa ( MIF) pode ser realizado com soro do es-
LGV (Fig. 10-27). A linfadenopatia inguinal ocorre em apenas tágio agudo e 」ッョカ。ャ・ウエセ@ A• amostrns são obtidas em um tubo
20% a 30% da• mulheres. Elas têm envolvimento primário do de tampa verrndha ou um tubo para soro com gel e são refrigera-
reto, vagina, colo do útero ou uretra posterior, que drenam para das. As amostras convalescenteS devem ser retiradas 2 a 3 semanas
os nodos ilíacos profundos ou perirretais. Isto produz dor abdo- após o início. O teste de ácido nudeico é sensível e conveniente.
minal inferior ou dor lombar. A ruJtura é cara e a sensibilidade é baixa. Os micro..organismos
A proc.tire é. a manifes tação mais comum qu:.1ndo o reto é o são reruperndos aproximildamente 30°/o do tempo na fase serun ..
local da inoculação primária, tanto em homens como em mu- dária da doença, provavelmente porque a resposta inflamatória
lh eres. Febre e mal-estar são comuns. As Cllusas ゥョヲ・」Nッセ。ウ@ reduz a carga do micro-organismo.
mais comuns de proctite em homens que praticam sexo com
o utros ho mens são gonorreia, hupe.'\ simple.", d:1mfdia e sífilis.
PMID: 14699467 Os pacientes podem apresentar proctite he- TRATAMENTO
morr:igica. e ser erroneamente diagnosticados com doença in- Na auséncia de test<ll especfficos de diagnóstico de LCV. os pa-
Bamatória intestinal. cientes com uma síndrome clínica compatíveJ com LCV, in-
cluindo ーイッ」エセ・@ ou doença de úlcera genital com linfudeno-
SINDROME GENITOANORRETAL patia, devem..,- tratados para LGV como descrito aqui.
Este estágio tardio ocorre mais frequentemente em mulheres que ESQUEMA MEDICAMENTOSO. o esquema medicamen-
eram previamente assintomáticas. Proctocolite ou o etwolvi- toso de escolha é doxiódina 100 mg por via oral, duas vezes ao
mento inflamatório de tecidos linfáticos perirretais ou perianais dia, durante 21 dias. Ver Quadro 10-1 e Thbda 10-4 para informa-
podem lev3r a abscessos perirret.ais, fístuJas, estreitilmentos e este- ções completas sobre. prescri(io. p・ウNセ。@ que tiveram contato se.·
noses do reto e ulceração do..-. ャ£「ゥッセ@ mucosa retal e vagina. xual com um paciente que tem LCV em um periodo de 60 d ias
Edem:t crônico (elefantiase) dos ó rgãos ァ・NョゥセQウ@ femininos exter- antes do início dos sintomas do paciente devem ser examinadas,
nos é um::t manifest.1ç.1o tardia de obstrução linf.itica. Aumento, submetidas a exame.'i parn infecção ure.tral ou cervical por clamí-
espessamento e fibrose dos lábios são chamados de estiomene. dia e tratadas com um esquema padrão para damídia (azitromi-
Edemil peniano ejou es.crotal e distorção macroscópica do pênis cina 1 g por via oral por dia ou doxiddina 100 mg por via oral
s.5o chamados de "'pênis em saxofone"'. duas vezes ao dia durante 7 dia$).
409
Dermato logia CHnica
Cancroide
O cancroide (cancro mole) é comu m e endêmico em muitas par-
tes do mundo. Ele ocorre em surtos d ispersos em algumas áreas
dos Estados Unidos (Nova Iorque, Califórnia, Texas e Carolina do
Sul). É comum na África, bacia do Caribe e Sudoeste Asiático. A
incidência global geral pode superar a de sífilis. No Quênia, Gâm-
bia e Zim bábue, o cancroide é considerado a causa mais comum
de ulceração genital. O cancro ide é u m cofator para a transmissão
do HIV. Dez por cento das pessoas q ue têm c.anc.roide q ue foi
adquirido nos Estados U nidos eSL;o infect.1das com T. pallidum o u
vírus herpes simples. Esse percen tual é maior em pessoas q ue
adquiriram cancroide fora dos Est.1dos Unido.'i.
BACTÉRIAS
O cancroide é cau.-.ado por bastonetes Grnm-negativos de H. du-
creyi. A relação homem/ mulher é de aproximadamente lO: L O
cancroide acomete predominantemente homens heterossexuais, e
vários casos são o riginários de ーイッウエゥオ エ ュ セ L@ que são muitas vezes
portadoras assintomáticas.
Figura 10-29 Cancro mole com bordas irregulares. Figura 10-30 Cancroide {cancro mole). ú lceras grandes do-
lorosas com base "suja" purulenta.
410
Infecções Bacterianas Sexual mente Transmissrveis Capítulo 110 1
411
D ermato logia CHnica
evitam a ョ ・」ウNセゥ 、 。、・@ de reaspiraçôes frequentes dos bubões. Lin- frequen temen te envolvido em mulhere.-.. O granuJoma inguinal
foadenopatia supurativa pode responder a esquemas antibióticos do colo do útero apresenta-se como u m crescimen to proliferativo
adequados. A intetvenção dnírgica parn bubôes pode, em alguns e pode imit.1r o carcinoma. Pode ocorrer d isseminação sistêmica.
casos, ser adiada e usada apenas parn aqueles recakitrnnte:s à an- A maioria dos parceiros sexuais de pacien tes infea.ado.s não apre·
tibioticoterapia. senta evidência de infecção com donovanose. O atraso no trat.1·
mento resulta em destruição local e morbidade signi6rntiva. Pode
Granuloma inguinal (donovanose) haver fo rmação de fistulas e abscessos perianais extensos e múlti-
plos. O granuloma inguinal não produz sintomas constitucionais.
O gran uloma inguinal é uma causa p redominantem ente tropical Os sintomas sistêmkos .sugerem 、ゥウNセュ ゥョ 。 ̄ッ@ hematogênica,
da úlcera genital, que ocorre principalmente em pequenos focos que pode cau.-.ar doenças em locais distante.-. e morte. Locais ex-
endêmicos em todos os continentes, exceto a Europa. Ele é endê- tragenitais tomam-se infectados por au toinorulaç.1o (partirular-
mico na Papua, Nova C uiné., Sudeste da fndia, Cari be e áreas ad- mente na rnvidade oral) ou extensão para órgãos subjacentes,
jacente.-. da América do Sul, Durban, África do Sul, e en tre os como ossos, intestinos ou bexiga.
aborígines na Austrália. É uma doença ulcerativa crônica, superfi- A obstrução linfática causa edema genit.1l Cicatrizes e mutila-
cial das áreas genital, inguinal e perianal. O granuJoma inguinal é ções da região anogenitaJ podem exigir correção c.inírgirn.
moderadamente contagioso. A taxa de infecção entre os parceiros
conjugais varia de 0,4o/o a 520/o. É causada por c。ャケュエッ「」セイゥオ@
DIAGNÓSTICO
granulomatís, u m bacilo encapsulado, intracelular obrigatório, fa-
cuhativo, Gram-negativo. A rultura é muito difícil em meios de cultura artificiais. O método
mais confiável de d iagnóstico en volve visual ização d ireta dos
corpo.-. de inclu.-.ão intrncitoplasmáticos de coloração bipolar,
APRESENTAÇÃO CLiNICA
chamados de corpúsrulos de Donovan. Estes corpos que surgem
O período de inrubação é desconhecido, ma.s .suspeita-se de q ue em "alfinete fechadoh podem ser observados dentro de hi.stiócitos
seja de 14 a 50 dias. A doença começa rom uma o u múltiplas de esfi-egaços de tecido de granu lação ou amostras de biopsia de
pápulas, nódulos ou úlceras nos órgãos genitais e depois evolui tecido. O d iagnóstico pode .ser confirmado em uma hora com a
para u ma úlcera indolor, ampla, su perficial, com uma margem seguinte témica: a lesão é lavada com soro fisiológico. Aplica-se
distinta, elevada, irregular e friáveJ e uma base semelhan te a te- pomada de EMlA, que é retirada em 10 m inutos, reaplicada e
cido de granulação, •vermelho cor de carne" elevada acima da novamen te retirada 10 minutos depois. Duas porções são retira-
su perllcie da pele (Fig. 10-31). A ulceraç.'ío espalha-se de maneira das o mais profundamente possível da le.-.ão a partir da borda,
contigua, causando mu tilações progressivas e destruição do tecido que avança da ulceração, com u ma rureta ou colher calázio. A
local. A autoinorulação produz lesões na peJe adjacente, chama- primeira é colocada em fonnol para estudo histopatológico. A
das de le.•ões de con tato {'kissing lesions). A doenç.• progride para segunda é friccionada entre d uas lâminas de vidro para garantir
a.s p regas genitocrurnis e inguinais em homens e as regiões peri- u ma d issem inação unifonne de células a parti r do materiaL Faça
neaJ e perianal no .sexo feminino. Ela permanece restrit.1 a áreas preparações de tecido imediat.1mente enq uanto o teddo está
de epitélio úmido, estratificado, pou pando o epitélio colunar da ú mido. A d issecç.1o resulta em ruptura do.s hi.stiócitos envolvido.-..
área retaJ. A.o:. úlceras sangram ao toque e normalmente não são Os corpúsrulos de Donovan são mais fadlmente reconhecidos
as..o:.ociadas à linfude nopatia inguinal, como com LGV e cancroide. em esfregaços do que em cortes de tecido para biopsia. As lâminas
As m ulheres apresentam ulcemção genital (88,5%) e sangra- são levadas ao laboratório, imediatamente secas ao ar e fixadas
menta do trato genital (19,7%). A vulva é o lornl anatômico mais em álcool metílico por 5 minutos, seguido de coloração com
Giemsa a 200Jópor 10 m inu tos. O excess.o de corante é lavado com
água. A coloração de Wright ou leishman também é adequada.
Após seco, o exame microscópico em lentes objetivas em imersão
em óleo com aumento de 100 x revela bacilo.-. de coloração bipo-
lar em vacúolos no citoplasma de histiócitos grandes. O.s o rganis-
mos intracelulares são chamados de corpúsculos de Donovan e
têm uma cápsula proeminente clara quando maduros. Se as lâmi-
nas não puderem ser imediat.1men te levadas para o laboratório,
elas devem ser secas ao ar e fixadas com u m fixado r de aerossol,
como aquele usado para testes de Papanicolau. A técnica de Rapi-
Diff é adequada para uso no diagnóstico de granuloma inguinal
(donovanose) em clínicas bastante proruradas que tratam de do-
enças sexualmente transmis..o:.íveis.
Para o estudo histopatológicn, as colorações de prata de v\lanhin-
Starry demonstram o bacilo encapsulado dentro de histiócito_ç_
TRATAMENTO
Figura 10-31 Granuloma inguinal. Úlcera indolor, larga, super- O esquema recomendado é de doxicidina 100 mg por via o ral,
f icial com t extura em vermelho cor de carne, é elE!IIada acima da duas vezes por d ia, durante pelo menos 3 semanas, e até que to-
superfície da pele. das as lesões ten ham cicatrizado completamente.
412
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissfveis Capítulo 110 1
Ver Quadro 10-1 e Thbela 10-4 para infonnações completas sores núcleos"' ou pessoas com infecções repetidas sejam respon-
sobre prescrição. O tratamento deve ser mantido por pelo menos sáveis pela transmissão da maioria das infecções em áreas urba-
3 semanas e até que todas as lesões tenham cicatriz.1do completa- nas. Todas as formas da doença anteriormente respondiam à
mente. penicilina, mas têm surgido cepas resistentes.
413
Der matologia CHnlca
INFECÇÃO GENITAL NAS MULHERES Quadro 10-3 CJttér1os pata Dlagn6stlco de Doença Inflamatória
PéMca (Cenlers for Disease CDntrol and Pre.eortiou)
A maioria dos casos ocorre entre os 15 e 19 anos. O risco de in-
fecçlo para a mulher após uma única exposiyio a um homem M ínimos (todos presentes sem outra causa)
infttt.'ldo é estimado em 50% a 90%. A gonorreia genital femi- • Dor abdominal inlenor
nina tem sido tradicionalmente descrita como uma doença 。ウセゥョᆳ • Dor セ@ palpaçAo ele anexos
tomática, mas os sintomas de uretrite e endocervicite podem ser • Dor セ@ mobilizaçAo do colo uterino
desencadeados de 40% a 60% das mulheres. Enquanto a uretra e
Critérios adicionais que sustentam o diagnóstico de DIP
o reto são freq uentemente envolvidos_, o lornl da infe.cçl\o é tipi-
incluem
camente a endocénrir..e.
• Temperatura oral > 38,3°(
• Corrimento anormal do colo uterino ou vagina
CERVICITE. lnf..-.c;.ão endoc.ervical pode surgir como um corri-
• Velocidade de ィ・ュッ ウ・、ゥュョエ。セッ@ elevada
mento vaginnl inespedfico, de coloração amarelo-pálido, mas em
• Nível elevado de protelna C reativa
muitos casos isso não é detectado ou é aceito como sendo uma
• Documentação laboratonal ele ゥョャ・」セッ@ do colo uterino com
variação normal. O colo do útero pode parecer normal, ou pode N. goncnnoeae ou c trachomatis
apresentar alterações inflamatórias acentuadas com erosões cervi-
cais e pus que exsuda do oriffáo. As glândulas de Skene (glându- Critérios definitivos para diagnóstico de DIP
las ー。イNセオ・エョゥウI L@ que se encontram em um ou outrO lado do • Evidências histopatológiCaS de endometrite na biopsia endo-
meato urinário, exsudam pus,. se infectadas. metrial
• Anormalidades laparoscópocas consistentes com doença in-
URETRITE. A uretrite começa com a frequênáa e disúria depois fla matória セャカゥ」。@
• Ultrassonografla transvagonal ou outras técnicas de imagem
de um perlodo de incubayio de 3 a 5 dias. Estes sintomM são de
mostrando espessamento de tubos preenchidos com líquido,
intensidade vnri:ível. O ーオNセ@ pode ser observado exsudando do com ou sem lfquido pélvico livre ou complexo t ubo-ovariano 1
meato urinário externo vermelho ou após a uretra ser "'orde- • Anormalidades laparoscópicas compatíveis com DIP ___j
n hada"' com um dedo na vagina.
414
Infecções BacLerianas Sexualmente Transmissíveis Capítulo 110 1
APRESENTAÇÃO CLfNICA. Os sintomas variam de um mí· DIAGNÓSTICO. A cultura anal deve ser considerada para "''
nimo (p. ex., sensibilidade abdominal inferior) até dor intensa, homossexuais do sexo masculino com sintomas e mulheres com
acompanhada por sinais peritoneais. A doença inflamatória ー←ャセ@ sintomas que têm se envolvido em sexo retaL A proctite gonocó-
vica é uma causa importante de infertilidade. O sintoma mais cica não envolve segmentos do inte.<rtino além do reto. A área de
comum é dor abdominal baixa, geralmente bilateral. A DlP gono· infecç.;o é de aproximadamente 2,5 em no interior do canal anal
cócirn tem um início abrupto, com fe.bre e irritação peritoneal. Os na linha pectínea das cript.1s de Morgagni. Não é necessário anos-
sintomas das doenças não gonocócicas são mais leve.-.. Qualquer cópia para a obtenção de material de rultura. Um cotonete com
uma dest.1s infecções pode ser assintomática. Os sintomas são algodão estéril é inserido aproximadamente RセU@ em no canal anal.
mais propensos a começar durnnte a primeira metade do ciclo (Se o cotonete for inadvertidamente empurrado para as fe.ze.-.1
menstruaL outro cotonete deve ser usado para obter uma amostra.) O coto-
nete é movido de um lado para outro no canal anal para criptas
DIAGNÓSTICO. O diagnóstico é, em geral, feito clinicamente. da amostra; deixa-se por 10 a 30 segundos para possibilitar a aO..
Sensibilidade abdominal inferior e dor à manipulaçlío do colo do sorção de organismos sobre o cotonete.
útero são observadas na maioria dos casos. f・「イセ@ leucocitose, Os testes de bio logia molecular (Ge.n-Probe") são sensíveis e
aumento da velocidade de hemos.sedimentação, níveis elevados especificas para a detecção de gonorreia retal e da fàringe. Se forem
de proteína C reativa e corrimento vaginal também podem ocorrer. usados método.., diferentes de culturn para rnstrear a infecção gono-
A maioria das mulheres tem corrimento mucopurulento do cócica, devem-se obter culturns de pacientes com resultados positi·
colo uterino ou evidências de leucócitos na avaliação microsc.Ó· カッウセ@ de maneira que a su:K.etibilidade dos antibióticos e a epide.
pica de uma preparação fisiológica do líquido vaginal. Se o exsu- miologia molecular da população gonocócica possa ser monitorada.
dato do colo uterino parece nonnal e não são encontrndos leucó- A coloração de Gram não é confiável drndo à presença de
citos na preparação úmida, o diagnóstico de DIP é ゥューイッカ£・ャセ@ e inúmeras outras bactérias.
causas alternativas da dor devem ser ゥョカ・ウエァ。、セ N@
Espécimes endocervicais devem ser examinados para detecção
de N. gonorrluJeae e C. tracltomatis. A visualizaç.;o direta com o
FARINGITE GONOCÓCICA
laparoscópio de inflamação da-. tubas uterinas e outras estnrturas A furingite gonocócica é adquirida pela exposição peniano-oml e
pélvicas é o método mais preciso de diagnóstico, mas esse proce· raramente pelo beijo. A po.sibilidade de infecção é aumentada
dimento geralmente não é prático. A avaliação microbiológica quando o pênis é inserido p rofundamente na faringe posterior1 t.'ll
completa deve ser realizada em amostras obtidas através da lapa· como praticada pela maioria dos homens que fuzem sexo com
roscopia. O diagnóstico diferencial inclui apendicite 。ァオ、セ@ endo· homens. A maioria do.'i casos é 。ウNセゥョエッュ£」 L@ sendo que o gano-
metriose pélvica, hematoma do corpo lúteo ou gravidez ectópica. coco pode ser carregado durante meses na furinge sem ser detec.-
As complicações em longo prazo (doenças recorrentes1 dor crÔ· t.'ldo. Naqueles com sintomas1 as queixas variam de dores de gar-
nica1 gravidez ectópica, infertilidade) ocorrem a partir de lesão gant.'l b randas a furingite grave, com eritema difuso e exsudatos.
tubária e cicatrizes.
DIAGNÓSTICO. A rultura é mais produtiva se houver prese.nça
TRATAMENTO. O tratamento empírico da DIP deve ser ini· de exsudatos. N. numíngíridis é um habitante normal da fari nge;
ciado em mulhere.-. jovens sexualmente ativas e outrns pessoas em consequentemente, os testes de utilização de açúcar são necessários
risco para doenç.as sexualmente transmissíveis, se todos O.'i míni- sobre as espécies de Neisseria isoladas da faringe para determinar
mos critérios no Quadro 10-3 estiverem presentes e nenhuma com precisão se há presença de micro-organismos infeccio..•ms.
outra causa da doença puder ser identificada. Os esquemas reco- A coloração de Gram é útil somente se exsudato estiver pre-
mendados são encontrados no Quadro 10· 1. Avalie os parceiros sente e deve, portanto1 ser interpretada com cautela para evit.1r
sexuais masrulinos. aNセ@ infecções damidiais e gonocócicas nestes confusão com outrns espécies de Neisseria. Os teste.-. de biologia
homens são muitas vezes assintomáticas. molecular (Ge.n-Probe") são sensíveis e especificns para a gonor-
reia na faringe.
GONORREIA RETAL
INFECÇÃO GONOCÓCICA DISSEMINADA
A gonorreia retal é adquirida por relações sexuais anais. Mulheres
(SINDROME ARTRITE-DERMATITE)
com gonorreia genital também podem adquirir gonorreia retal
decorrente de contaminação da mucosa anorretal por corrimento Tnfro;.ão gonocócica (TGD) é a causa mais cnmum de artrite sép·
vaginal infeccioso. Uma história de sexo anal é o indído mais tica aguda em adultos jovens sexualmente ativos. A tríade clínica
importante para o 、ゥ。ァョウエ」ッセ@ porque os sinais e sintomas da clássica é a dermatite, tenosinovite e poli artrite migratória. Segue-
gonorreia retaJ são, na maioria dos 」。ウッセ@ inespeáficos. se uma infecção da mucosa geniturinária, retal ou ヲ。イ■ョァ・セ@ que é
O exame anoscópico de homens que fazem sexo oom homens 。ウNセゥョエッュ£」@ na maioria do.'i pacientes. O diagnóstico deve ser
(HSH) revela exsudato generalizado em 54% dos pacie.ntes cnm considerado em qualquer adulto jovem ou adolescente que apre-
rultura positiva e 370/b dos pacientes com cultura negativa. Muitos sent.'l erupção cutftneal edema artirular e dor.
pacientes apresentam muco.'ia retal de aparência normal. Estes da-
dos e.nfatizam o que geralme.nte é observado- que a especificidade incdセaN@ A IGD desenvolve-se em aproximadamente 1% a
dos sinais e sintomas mais comuns da gonorreia retal é baixa. Al- 30;b dos pacientes com infecçõe.-. das mucosas e é mais comum em
guns pacientes relatam dor durante a defecação1 sangue nas fezes, adultos jovens. É a forma mais comum de artrite infecciosa. A
pus em roupas íntimas ou desconforto intenso ao caminhar. relação homem-mulher é 1:4.
415
D ermato logia CHnica
SEPSE GONOCÓCICA
セ@ ..
Há eritema e edema das da mão esquerda. Lesão mais avançada do que a mostrada em A.
vesícula está presente na mão direita. A base tornou-se hemorrágica e necrótica.
Figura 11l-33
416
Infecções Bacterianas Sexualmente Transm isslveis Capítulo 110 I
SINDROME DE ARTRITE-DERMATITE. Calafrios (25%} e Os resultados de hemorultura geralmente são positivos apenas
febre (mais de 50%} são acompanhados de dor, rubor e edema de durante os primeiros dias.
três a seis das pequenas artirulações sem derrame. Estas poli artrite
e tenossinovite ocorrem nas mãos e punhos,. com dor nos tendões Coloração de Gram A coloração de Grnm das lesões rutãneas
do punho e dedos. Os dedos dos pés e tornozelos também podem é realizada no pus obtido por destelhamento da pústula. E...fregaços
ser acometidos. Estes paàentes apresentam maior probabilidade corados com coloraÇio de Crnm no sedimento concentrado de li-
de ter resultados positivos na hemocultura e resultados negativos quido sinovial centrifug;tdo mostrnm result:Jdos positivos em me-
na cuJturn da articulação. no.• de 25% do• casos.
LESOES CUTÂNEAS. A dermatite é observada em dois terço.' dos TRATAMENTO DE INFECÇÃO GONOCÓCICA
casos. CaJnfrio.'i e febre terminam quando surge a erupçi'io wtânea
nas superficies extensoras das mãos e superfi'cies dors.1is dos tomoze· A-:. reoomendaç.ões de tT:at.amento para a gonorreia são ・ョ」ッエイセᆳ
los e dedoo dos pés. As lesões podem desenvolver-se no tronco. das no Quadro 10-1, página 383-385.
Acredita-se que as lesões mtâneas sejam cm.•adas por embolização
de orpnismos para a pele oom o desenvolvimento de miaoabsces- Uretrite não gonocócica
sos. O número total de lesões é geralmente inferior a dez. As lesões
são observadas em vários estágios de desenvolvimento. Muitos casos A uretrite não gonocócicl (UNG) e a cerviàte são as doençL• sexu.11·
têm apenas uma ou duas lesões. As lesões rutlneas começam wmo mmte transmi...m,is mais comuns nos Estados Unidos. O diagnós.
pápulas ou petéquias etitematosas indoloreo, não prurigin""""' mi- ticn, cnmo o nome indica. COSIWilaVa ser ele exdmão; no entanto,
nWrul:u, que desaparecem ou evoluem parn estàgios """i rolares (Fig. testes de diagnóstico de rotina para identifirnr os vários micro.org;mis-
10-33, A) e pustuloooo, desenvolvendo um omtro necrosado aàn- mos infectantes estlo atualmente dispooM;s. O oontrole epidemioló-
zent.1do e depois hemorràgioo (Fig. 10-33, B) . A área ctmtrnl hemor- gioo é dilicil, porque muitos dos que e<tâo infectados não apresent,1m
rágica é o foco embólico do gonococo. F.."-,aS lesões dcntrizam em sintomas. A maioria das mulheres oom infec9ío por damídia do enio
poucn.<t semanas. Novas lesões podem surgir mesmo depois de a do útero, a maioria dos homms que fuzem sexo com homem; com
antibioticotempia ser iniciada. infecção por damfdia retal e a té 30% dos homens heterossexuais
rom uretrite por damfdia apresentam jx^ucoNセ@ ou nenhum sintoma.
ARTRITE SÉPTICA LOCALIZADA. Gernlmente uma ou duas
grandes anirulações são acometidas, mais frequentemente o joe- MICRO-ORGANISMOS
lho, seguido do tornozelo, punho e cotovelo. A articut..ção afe-
tada l: quente, dolorosa e edemaciada, e o movimento é: restrito. A infecção gl'!lital por damldia é responsá\'el por cerca de me<ade dos
Podem ocorrer alterações artirulares permanentes. A rontAgem casos de UNG. llrmplasma urml)úaun e M)""fl/asma genitJJJium podem
média de leucócitos no líquido sinovial é muitas vezes maior do causar 10% a 30% dos casos de UNG. h・イーウセ@ T. mginalis, espé.
que 50.000 cilulas/mm3. As artirulações frequentemente são esté- àes de Haemopht1w e baabias anaerúbicas são responsâreis por me-
reis, possivelmente como resultado de mecanismos imunológi- nos de 10% dos casos de UNC. Em aproximadamente um terço dos
cos. A dermatite geralmente é au.'""te. C3SOS, nenhuma cau.'l.1 infe.a:iosa pode ser encontrada.
viall lesõe."" cutâneas, endocérvice, uretra, reto e f3ringe. N. goPior- Oisúria Sensaçao de ardor Ardência I
rlroeae é cultivado do líquido sinovia l e m aproximadamente Queimaçao
50% das anirulaç.ões purulentas e 25% para 30% de todos pa· 1-
Corrimento Mucoide ou Purulento
cientes com IGD. Mais de 80% das amostras de cultura obtidas purulento
a partir de locais primários da mucosa ou de um parceiro sexual
Coloraç.1o de leuc6atos Oiplococos
mostram resuJtados positivos. Os resuJt.1dos da hemoruJtura são
Gram de polimorlonudeares intracelulares
positivos em 20% a 30% dos pacientes com IGO, e as amostras GrartHlegativos
ウ・。セ@
de culturn da pele detectam infecção em menos de 5% dos casos.
417
D ermato logia CHnica
Figura 10-34 Gonorreia. Disúria e secreção são os sintomas COLETA DA AMOSTRA. A coleta e o manejo adequados dos
mais comuns em homens. espécimes são importante.-. em todos os métodos util izados para
identificar Chlamydia. Pelo fà to de as Chlamydia serem m icro-or-
ganismos intracelu lares obrigatórios que infectam o epitéJio colu-
nar, o objetivo dos procedimentos de coleta de am ostra é a obten-
ção de c.éJu las epiteJiais colunares da uretra.
• Adie a obtenção de amostras para até 2 horas após micção
do pacien te.
u m ex..rudato u retra! espesso a m ucopurule nto amarelado, com
• Obtenh a am ostras para te.rtes de clamídia após a obtenç.;o
ardência (Fig. 10-34). A UNG começa 7 a 28 dias ap<i• o contato
sexual com uma sen sação de ardor ao u rina r e um exsudato m u- de amostras de esrregaço de coloração de Gram o u cultura
de N . gonorrhoeae.
coide. A T.1bela 10-15 compara a.• d uas formas de u retrite. C. rra-
ciJOmatis m usa pelo men os dois terços das epididimites Ál'idiopáti- • Parn os ensaios diferen tes de culturn de Chlamydia, use o
cas"' agudas em homens sexualmente ativos com menos de 35 swab fornecido ou especificado pelo tàbrican te.
anos de idade. • Introduza deJicadamente o swab urogenital na u retra ( mu -
lheres: 1 a 2 em, homens: 2 a 4 an). Gire o swab em u ma
direção dan do pelo menos uma volta por 5 segundos. Re-
URETRITE NÃO GONOCÓCICA EM MULHERES tire o swab e coloque-o no meio de tran sporte adequado
Os sinais e sintomas n as mulh eres são ainda mais inespeóficos. A o u use o swab para preparar u ma lâmina para teste de fluo·
cervicite não gonocódca é assintomática o u começa com um ex- rescênda direta para anticorpo.
sudado mucopurulento endocervical ou u m corrimento de m uco
v.Jginal. URETRITE NÃO GONOCÓCICA NEGATIVA PARA
C. TRACHOMATIS
DIAGNÓSTICO C. trachomatis causa mais comu m de UNG n egativa para C. uacho-
O diagnóstico é feito através da confirmação da presença de ure- matis são micoplasmas, tais como o U. urealytiatm eM. genímlium.
trite, demonstrando a p resença de C. trac1tomatis e excluindo in- T. vaginalis, leveduras e bactérias anaeróbicas e aeróbic.as são outras
fecção gonocócica. possíveis fon tes de infecção. O diagnóstico requer m lturas em
meio.• especifico.• ou detecção por métodos de biologia molecular.
TESTES BIOLÓGICOS MOLECULARES. Os métodos de
biologia molerular d iagnósticos têm su bstituído rultura e testes
TRATAMENTO
de antígen o. En.. aios de amplificação (Gen-Probe", l Cx Uriprobe<")
são altamente eficazes n a identi6rnç.1o de damídia genital e infec- Doxicidina e azitromicina são os fárma= de escolha (Quadro 10-1 ).
418
111 I
Infecções Virais Sexualmente Transmissíveis
419
Dermatologia CHn ica
Apresentação cHnica As verrugas espalh am-se rapid amente sobre セイ・。ウ@ ú midas e
podem, po rtanto, ser sim étricas e m supe.rfl'des opost..lS dos lábios
As verrugas genitai.ol (oondilomM acuminados o u verrugas vené- o u do reto ( Fig. 11 -7). Verrugas comuns podem, eventualmente,
reas) são de cor moa pálido, com inúmeras projeções dispersas, de ser a fonte d e vt!ITllg3S genitais, embora, geralmente, sejam causa-
estreitas a l;ugas. sobre uma ba.e ampla. A superfície é lisa o u :M!- das por diferentes tipos antigênicos do vírus. As verrug;IS podem
Iudada e úmida e n3o apre.enta hiperquerntose da.• 111!1Tllga.• mam- estender·se para o trato vaginal, urd:Ta e: canal anal ou bexiga, caso
trada em outros locais (Fi&". 11 - 1 a 11 -S) . As 1/I!ITUga.• podem coa- em que há necessidade de uso de um espéculo ou sigmoidoscópio
lescer na área reta] ou perineal, formando uma massa grande, para quando se imagjna sem..,. e tratamento. O condiloma pode
semelhante à cou..,.ftor (Figs. 11 -6 e 11-7). Pode h...,. presença de regredir espontaneamente, aumentar ou permanecer inalt.erndo.
verrugas perianais em pessoas que n3o praticam """" anal. As verrugas genitais frequentemente retomam após o tratamento.
Outro tipo é obselvado com mais frequência em pacientes jo- Existem duas raz.ões possíveis. Há um vírus latente fora das áreas
vens, sexualmente ativos. Npulas multifocais, frequentemente bila- do tratamento na pele clinicamente normal. As verrug;1s planas e
terais, de pigmen13ção vermelha ou marrom, ligeiramente elevadas, discretas, especialmente no corpo do pênis e meato uretral, pas-
lisas, possuem os mesmos tipos de vírus observados no condilom a sam desapercebidas ao tral3mento.
exofftico, mas em alguns casos e>tas p:lpulas têm características
histológjcas da doença de Bowen. (Veja a disruss.io sobre papulose
bowenoide mais adiante neste capítulo.)
Figura 11-1 Verrugas no corpo do pênis podem ter superfície papilomatosa e uma base muito ampla.
420
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
VERRUGAS GENITAIS
Figura 11-2 Verruga de base larga no corpo do pênis. Há Figura 11-3 Múltiplas verrugas pequenas sob o prepúcio.
inúmeras projeções na superfície. Múltiplas inoculações ocorrem em uma superfície úmida.
Cada verruga é composta de muitas projeções estreitas,
dispersas.
Figura 11-4 Verruga no meato uretra!. Figura 11-5 Pápulas verrucosas pequenas no corpo do pênis.
Est as estruturas lisas em forma de cúpula não respondem tão
bem quanto as verrugas papilomatosas de base ampla aos
tratamentos tópicos. Elas são tratadas de maneira eficaz com
eletrodissecação, criocirurgia ou excisão com tesoura.
421
Dermatologia CHnica
VERRUGAS GENITAIS
422
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
Variante anatômica de pápulas normais mais Grupo de pápulas, encontrado próximo à coroa do pên is,
comumente encontradas na coroa do pênis. Al- algumas vezes é confundido com verrugas.
gumas vezes elas são confundidas com verru-
gas. Não há necessidade de tratamento.
Figura 11-9
423
Dermato logja CHnica
VERRUGAS GENITAIS EM CRIANÇAS nudeico. O teste serve como um complemento para o exame de
Papanicolaou na identifiCJção de mulhen:s que podem estar sob
E.stima•se que pelo menos 50% dos CJSOS de condiloma acumi- risco aumentado de neoplasia intraepitelial cervical (NlC) . O
nado em crianças é resultado de abuso sexual. E.m エッ、Nセ@ os esta- teste é realizado com frequênóa. Podem"'e utilizar um SUNJb e
dos dos Estados Unidos exi.cem leis que declarnm: ' Se o abtL'IO biopsias do colo do útero. Deve-se utilizar um swab espeóal para
infantil é reconheddo ou suspeito, ele tem de ser comunicado às colo do útero (p. ex., lrit de coleta de amoslr.l Oigene Hl'V !apenas
autoridades." para mulheres não grávidasI). Em seguida. as amostras de biopsia
v・イオァ[セウ@ na regi3o genital podem ser adquirida• sem abuso do colo do útero de 3 mm são submetidas ao meio de trnnspone
sexual. Uma criança com \/Ul'\IPS nas mãos pode 1r.1nsferi-las de amostras Digene. Este ensaio faz uma distinç3o entre dois gru-
para a boca, genitais e rqião anal. Uma mãe com verrugas na pos de HPV: tipos de HPV-6, 11, 4 2, 43 e 44 ""'"'tipos de HPV-16,
mão pode 1r.1nsferir as \/Ul'\IPS para a criança. Brincadeiras sexu- 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51 , 52, 56, 58, 59 e 68. Ele não identifica
ais entre as crianças é outro modo de transmissão possível.. Não tipos virais espeóficos dentro destes grupos. O teste de DNA do
se sabe se as crianças podem adquirir condiloma acuminado de HPV provavelmente irá se: tomar o instrumento de triagem primá-
adultos com verrugas anogenitais através de modos de uansmis- rio do câncer de colo de útero à medida que o \UO da vadna se
são diferentes do contato pele a pele. O período de incubação expande.
para as verrugas freq uentemente é d e muitos meses; isto toma
difíól a assoóação a "'""tos passados. TIPAGEM VIRAL COM USO DE BIOPSIAS EMBEBIDAS
EM PARAFINA. O teste de tipagem do papilomavfcus humano
VERRUGAS GENITAIS E CÂNCER (Hl'V) por hibridização in situ de DNA detecta a presença de ácido
nucleiro em cêlulas ou teódos. Utilizam-se as biopsias embebid•s
Há fortes evidênóas de que vários tipos d e Hl'V estão as.<oóados em parafina. O teste é capaz de detectar dois grupos distintos do
a cânceres genitais.. A"t ve:rrugns genitoanais sffo predominante- vírus: os tipos de HPV-6/11 e os tipos de HPV- 16/18/31/33/35/39
mente induzidas pelo HI'V-6, HI'V-11 , Hl'V- 16 e HI'V-18. Uma / 45/51/52/56/58/66. Podem surgir outros tipos de HI'V nas le•<ies
forte assoóação foi estabelecida entre a infec.ção pelo Hl'V-16 e an ogenitais, mas não são detect.:íveis com este e nsaio. Os エゥーッNᄋセ@ de
HPV. l8 e o desenvolvimento subsequente d e cânce r no colo do HPV-6 e 11 são os vírus predom inantes 。ウNBッ」ゥョ、セ@ a condilomn
útero. Quando a tipagem do vlrus paM::t a est.ar disponível, ela acuminado (verrugas genitais). A condição geralmente permanece
secá útil parn identificnr pacientes que abrigam os tipos de Hl'V de benigna. Os tipos de HPV-16/18/31/33/35/39/4 5/51/52/56/58/66
alto risco. O Hl'V-16 foi demonstrndo e m 84% e o Hl'V-18 em são frequentemente encontrados em NIC m (displnsiM grnves e
SOM dos tumores genitais. carcinoma in situ) e câncer cervicaJ. Este teste é muito cn.ro e não é
Setenta e três por cento d e. tecido clínic•l e histologic.1mente utilizado rotineiramente.
normal, não maligno, a 2 a 5 em doo tumores, continham o Hl'V-16.
Isso indica que o HPV pode persistir de mõlneirn latente no tecido VACINAÇÃO. Gardasil é uma vaóna indicada para meninas e
aparentemente normal. Os mrcinom::ts de c.olo do útero e a.\ le- mulheres entre 9 e 26 anos de idade parn a prevenç3o do c.'incer
sões pré--cance.rosa.s e.m muJhues podem estar 。N|セ、ッウ@ à infec- do colo do útero, lesões pré-cancerosas ou displásicas e verrugas
ção pelo papilomavfru:1 genital em seus parceirm sexuais do sexo genitais causadas por HPV tipos 6, 11, 16 e 18. Ela é usada no
masculino. Quarenta e três por cento doo parceirm sexuais mas- tratamento de verrugas genitais. セ。、ュゥョウエイ@ por via i nua mus-
culinm de mulhero com \/Ul'\IPS genit.,is tinham lesões que cular em um esquema de três doses, com a inj<.Çio inicial seguida
poderiam ser detectadas apenas após apliCJção de áódo acético. de doses subsequentes em 2 e 6 meses. E.studoo sobre oo homens
O comportamento homossexual nos homens é um f.nor de risco estão em andamento. Outras vaónas est3o sendo estudadas.
para câncer anaL O carcinoma espinoceluJar anal está 。NGMセ、ッ@ a
um histórico de V<Onlgas genitais. o que sugere que a infecção
pelo papilomavírus é uma causa de. cince.r anaL A drruncisão Tratamento
masculina está assoóada a um risco reduzido de infecção peniana Um panorama detalhado do lr.ltamento é fomeódo pela Organi-
pelo H1'V e, no caso dos homens com história de múltiplos par- zação Mundial da Saúde no Capítulo 10.
ceiros sexuais, um risco reduzido de câncer de colo de útero em O HPV não pode ser completamente eliminado por causa da
suas parceiras atuais.. infecção por HPV subclínica adjacente. A remoç.'!o das lesõe.<
visíveis diminui a transmissão viraJ. lbdos os métodos de trat.1·
Diagnóstico menta estão associados a uma alta tax.a de recorrência, que
provavelmente está relacionada com a infecçlo subdínica adja-
Na maioria dos casos, pode-se fazer um diagnóstico clínico. O cente. Terapias com atividade antivirnlfimunomoduladora (p. ex.,
diagnóstico diferencial inclui queratose se.borreica, nevos, mo- creme de imiqu imod) podem e.'itar assodad.as a me nores エ。ク[セウ@
ltLo;co contagioso e p:lpulas penianas peroladas. A biopsia de le- de recorrência.
sÕe.'i suspeitas dt!\te ser realiz..1da
424
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
ーイッカ。・ャュョエセ@ já está subclinicamente infectada pelo HPY, primeiro dclo de tratamento; isto é reduzido parn 5<>;b até o úl-
mesmo que eles não tenham verrugas visíveis. O uso de preserva- timo ciclo de tratamento. Os efeitos adversos locais do fiírmaco,
tivos pode reduzir a transmissão para parceiros provavelmente como dor, ardor, inflamação e erosões, ocorreram em mais de
não infect:ados1 como os parceiros recentes. A infecção pelo HPV 500/b dos pacientes. Podo61ox não é recomendado para verrugas
pode persistir durante toda a vida do parceiro em um estado la- perianais, vaginais ou uretrais e é mntraindicado na gravidez.
tente e tomar-se infecciosa intermitentemente. Não se sabe se os
pacientes com infecção subclínica por HPV são tão contagiosos
TERAPIAS ADMINISTRADAS PELO MÉDICO
quanto os pacientes com verrugas exofiticas. Um e.'rtudo mostrou
que a taxa de falha do tratamento de mulheres com mndiloma CRIOCIRURGIA. O nitrogênio líquido administrado com uma
aruminado não diminui, se os seu.-. parceiros sexuais também sonda, como um spray ou com um aplicador de algodão, é muito
forem tratados. eficaz para o tratamento de verrugas genitais menores, mais pla-
nas. É muito doloroso para os pacientes com doença extensa. As
lesões exoffticas são mais bem tratadas com excisão, imiquimod
GRAVIDEZ ou podofilox. Verrugas no corpo do pênis e na vulva respondem
O UliO de podofilina e podo61ox é contraindicado durante a gra- muito bem, com pouca ou nenhuma cicatriz. A criorirurgia da
videz. As lesões genitais papilares têm uma tendência a proliferar área retaJ é dolorosa. Uma técnica conservadora é melhor. Con-
e tomarem-se friáveis durante a gravidez. Muitos especialistas gele a lesão até que a borda branca se estenda aproximadamente
defendem a remoção das verrugas visíveis durante a gravidez. 1 mm além da verruga. A terapia excessivamente agressiva pro-
HPV-'6 e HPV-11 podem cau.-.ar papilomatose laríngea em crian- voca dor, edema maciço e formação de cicatrizes.
ças. A via de transmissão é desconhecida, e a papilomatose larín- A bolha aparece e sofre erosão formando uma úlcera em 1 a 3
gea ocorreu em lactentes nascidos por parto cesáreo. O parto ce- dias, e a lesão cicatriza em 1 a 2 semanas. Repit.1 o tratamento a
sáreo não deve ser realizado exclusivamente para prevenir a cada 2 a 4 semanas, se ョ・」NセM£イゥッ@ Duas a três ウ・Nセ@ podem ser
エイ。ョウュゥNセ ̄ッ@ da infecção por HPV para o recém-nascido. Em casos suficientes.
raros, o parto cesáreo pode ser indicado para mulheres com ver- Use creme EM !A e{ou injeção de lidocaína a I% pam pacien-
rugas genitais, se o canal do parto estiver obstruído ou se o parto tes que não toleram a dor da crioterapia.
vaginal puder resultar em sangramento excessivo. A aioterapia é eficaz e segura tanto parn a mãe como parn o
feto quando aplicada no segundo e terceiro trimestres da gravi-
dez. Uma técnica de pulverização intermitente, utilizando um
CRIANÇAS bico de spray pequeno, é usada para atingir uma pequena região
A resolução espontânea dos condilomas pediátricos ocorre em de aionecrose, limitando o escoamento e a dispersão do nitrogê·
mais da metade dos casos em 5 anos. A não intervenção é uma nio líquido. O envolvimento cervical que requer crioterapia não
abordagem inicial razoável parn o tratamento de verrugas vené- aumenta o risco para a mãe ou o feto.
reas em crianças.
REMOÇÃO CIRÚRGICA E ELETROCIRURGIA. A excisão
com tesoura, curetagem ou eletrocirurgia produz result.1dos ime-
TERAPIAS ADMINISTRADAS PELO PACIENTE diatos. Esses métodos são úteis tanto para os condilomas exten-
IMIQUIMOD. A melhora da eficácia e taxas menores de reci- sos como para um número limitado de verrugas. Pequenas ver-
diva ocorrem com imiquimod (AJdarafli), que induz as defesas rugas isoladas no corpo do pênis são mais bem tratadas com
imunológicas do próprio corpo. Tmiquimod tem um efeito imu- eletrocirurgia conservadora ou excisão com tesoura, em vez de
nomodulador e não depende de destruição física da lesão. Ele submeter o paciente a sessões repetidas de podofilina. Massas
tem propriedades antivirais por indução de citoc.inas, como inter- grandes, refratárias de verrugas ao redor do reto ou vulva, po-
feron, fator de necrose tumoral e interleucina (TL)-6, TL-8 e IL-12. dem ser tratadas por exdsão, com tesoura, da maior parte da
O imiquimod aumenta a atividade citolítica mediada pelas célu- ma.s..-.a1 seguida de eletrocauterizaç.1o do tecido remanescente até
las contra o HPV. O creme é aplicado na hora de dormir em dias a superfície da peJe. A remoção de uma massa muito grande de
altemados1 por um máximo de 16 semanas. Na manhã após a verrugas é um procedimento doloroso e é mais bem realizada
aplicação, a área tratada deve ser limpa. Pode ocorrer irritação com a administração de ane.rtesia geral ou raquidiana na sala de
local., de leve a moderada. Reações sistêmicas não têm sido relata- cirurgia.
das. O imiquimod não foi estudado para uso durante a gravidez.
ÁCIDO TRICLOROACtTICO. A aplicaçlío de ácido tridoroa-
PODOFILOX. Podofilox, também conhecido como podo61oto· cético (TCA) e de ácido didoroacético (DCA) de 80% a 90% é
x:ina, é o principal componente citotóxico da podofilina. Podo6- eficaz e menos destrutiva do que a cirurgia a laser, eletrocautério
lox gel (Condylox'>) está disponível para autoaplicação e é útil ou aplicaç.1o de nitrogênio líquido. É mais eficaz em verrugas
para pacientes responsáveis, que aderem ao tratamento. Os pa- pequenas e úmidas.
cientes são instruídos a aplicar o gela 0,5<>/b em suas verrugas ge- Este é um tratamento ideal para as lesões isoladas em gestan-
nitais externas duas vezes ao dia durante 3 dias conserutivos, se- tes. Uma quantidade muito pequena é aplicada na verruga, que
guido.-. de 4 dias sem tratamento. Recomenda-se que não mais clareia imediatamente. O ácido é então neutralizado com água ou
que 10 an 2 de tecido das verrugas devem ser tratados em um dia. bicarbonato de sódio. O esfucelo do tecido cicatriza em 7 a 10
Este ciclo é repetido em intervalos semanais por um período má- dias. Repiter semanalmente ou em semanas alternadas, conforme
ximo de 4 a 6 semanas. Aproximadamente J5<>;b dos pacientes necessário. A aplicação excessiva provoca cicatrizes. Tomar muito
relatam reações locais graves parn a área de tratamento após o cuidado para não trat.1r a pele normal circundante.
425
Dermato logia CHnica
RESINA DE PODOFILINA. A podofilina é um composto fito- podofilina fulharem. Muitas varugas desaparecem após um único
terápico que faz com que as células parem na mitose, levando à tratamento. As form3.< alternativas de terapia devem ser tentadas,
necrose do tecido. A resina de podofilina de 10% a 25% em tin- se não houver melhora após cinco sessões de tratamento.
rurn composta de bcnjoim costumava ser a ternpia-padrio admi-
nisrrnda pelo profissional. Hoje em dia, os medicamentos aplica,. Aviso. A toxiddade sistêmirn ocorre em decorrência da ab.oçor-
dos pelo paciente são comumente tL'i3dos. A medicaç!lo pode ser ção de podo61ína. Parestesia, polineurite, íleo paralítico, leuco-
muito eficaz, principalmente para as verrugas úmidas com uma penia, trombodtope:nia, coma e morte ocorreram quando gran-
grande :lrea de supt!rfície e para as lesões com projeções na super· des quantidades de podófilo foram aplicadas em grandes :írea.
fíc:ie. A po d ofilina é. relativamente ine.6c.1z em :ireo:ts secas, como o ou permaneceram em contato com a pele por um período pro-
escroto, corpo do pênis e grandes lábios. Não é recomendado lo ngado. Apen;ts áreas lim itadas devem ser tratadas dur;tnte
para as vem.Jgas do colo do ú tero, カ。ァゥ ョ 。ゥセ@ ou intrauretrnis. O cada sessão. Quantidades muito pequenas devem ser usadas n a
composto é aplicado com u m aplicador de algodão (Fig. 11 - 10). boca, no trato vaginal ou re tossigmoide. Não エlセ。 イ@ podo61ina em
Thda a supt!rfície da verruga é coberta com a soluçllo, e o paciente ュオ ャィ・イNセ@ grávidas.
penn01nece imóvel até a secagem da solução em 。ーイックゥュ、 セ@
mente 2 minutos. Quando as lesões coberta.< pelo prepúcio são Alteração histopatológica. A podofilina pode produzir
uata<IM, deve-se deixar a solução secar por alguns minutos antes formas bizarras de células escamosas, que podem ser confundida.•
de o prepúcio retomar à sua posição habitual. Polvilhar as varu· com carcinoma espinocdular. O patologista deve ser informado
ga.< após o tratamento ou aplicar vaselina na pele cin:undante da exposição do paciente à podofilina, quando se faz uma biopsia
pode ajudar a evitar a contaminação da pele nonnal com a resina de uma verruga prmamente tmtada.
irritante. O medicamento é removido por lavagem 1 hora mais
tarde. O paciente é tratado novamente em 1 semana. A podofilina CREME DE S-FLUOROURACIL. A aplicação de um creme de
po de entllo permanecer na verruga d urante 8 a 12 horn.\, se hou· 5 -fluorourncil (Carne, Efudex) pode ser considerada em casos de
ver pouca o u n enhuma inflamaç.1o após o primeiro tratamen to. verrugas genitais que do resistentes a todos os o utros tratamen-
O tmtnme:nto inicial, excessivamente entusiástico, pode resul .. tos. Uma fina camada de creme é aplicada uma a três vezes por
ta r em inflamação intensa e de.'iconforto que duram dias. O pro- semana e lavada depois d e 3 n 10 horns, dependendo da sensibi-
cesso é simples/ e toma-se tentador ーッウNセゥ「ャエ。イ@ o tratamento do· lidade do locaL Tratar durante Wrias semanas, oonforme nec..ess:í-
miciliar, mas na maioria dos caiDs isso deve ser evitado. Muito rio. A irritação toma o tri.\t.1mmto insuportável para aJguns pa-
frequentemente., os pacientes exageram no オセッ@ e pi"OVOO'lm infla· cientes.
mação excessiva, aplicando podofilina na pele normal. Para t!Vitar As verrugas vaginais são tratadas através da inserção de um
desconfono extremo, tratar apenas parte de uma m;usa verrucosa aplicador (como o fornecido pela Ortho Pharmaceutic.al Corp.
grande na rqjào pcrineal e reta!. Verrugas no corpo do peni.< não para o tratamento de oセョ、ゥ。@ vaginal) preenchido com um terço
respondem com sucesso à podofilina, como as verrugas na glande de creme de 5-fluorouracil a 5% (aproximadamente 3 ml) pro-
ou no prepúcio; con.sequentementer a e.lmodrurgia ou aiocirur· fundamente na vagina, ao deitar, uma """ por semana, por até 10
gia deve ser usada, se duas ou três ウ。セ@ de tratamento com semanas oonsecutivas. A vulva e a uretra são protegidas com カ。Nセᆳ
Lina. Deve-se inserir um tamp3o no interior do introito. Em um
estudo, não houve nenhuma evidência da doença em 85% dos
pacientes 3 ュ・ウ ・Nセ@ após o tratamento. Os casos resistentes foram
tratados duas vezes por semana. Pode haver 、・Nセョカッ ャ カゥ ュ ・ョエッ@ de
irritação leve e seaeção vagi nal. A vulva deve ser protegida com
pomadas de óxido de zinco ou hidrocortisona, caso o esquema de
d uas vezes por semana se.ja usado. A aplkaçâo n o epitélio quera-
tinizado (vulva, ¬ョオセ@ e pênis) duas vezes por semana, em 2 dias
consecutivos, é bem to lernda, mas menos eficaz; este tratamento
não d"'"' ser usado para mulheres grávidas. Os paáentes devem
ser advertidos para mtar uma cobertura espessa. porque o ex-
cesso de creme prOYOCJ inflamaçlo ou ulceração nas pregas Jabio-
crurais ou anais. Luvas de proteção não são necessárias, desde que
as mãos sejam ruidadosamente lavadas após aplicar o creme de
5-ftuorourncil. Uma dose única intravaginal de 1,5 g de 5-0uorou-
racil a 5% em creme contém apenas 75 mg de 5-lluorournál. Isso
é menos do que 10% cl;, dose sistêmica usual e muito inferior ao
nível de toxicidade do f::irmaco, mesmo qu e ocorra absorção rá-
pida e completa. 5-Fiuorouracil (1 %) e m um gel vaginal hidrofí-
lico foi utilizado em outro estudo. Uti lizou.se um aplicador des-
canável para inserir 4 g d e medicamento na vagin a, uma vez na
hora de dormir, em dias alternados (p. ex., dias 1, 3 e 5) na se-
Figura 11· 10 Podofilina aplicada nestas verrugas papulosas. mana. Deve-se fazer no máximo 12 aplicações em 4 semanas. Foi
O medicamento é lavado várias h oras mais tarde. relatada uma alta taxa de rura. PMTD: 10872909
426
ltúecções Virais Sexua I mente Transm isslveis Capítulo 111 I
427
Dermatologia CHnica
Figura 11-12 Molusco contagioso é uma doença sexual- Figura 11-13 Moluscos contagiosos são f acilmente diagnos-
mente transmissível nos adultos. É necessária uma observação ticados erroneamente como verrugas genitais. As lesões
atenta das lesões individualmente para confirmar o diagnós- nunca são confluentes ou surgem como uma massa grande
tico. As lesões frequentemente são diagnosticadas erronea- como as verrugas.
mente como verrugas ou herpes simples.
4 28
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
MOLUSCO CONTAGIOSO
Figura 11-14 Molusco contagioso deve ser examinado com Figura 11-15 Molusco contagioso. As lesões geralmente
rigor para que seja d iferenciado de verrugas, principalmente são dispersas, brancas e em f orma de cúpula. Eles não têm as
na região da virilha. projeções muitos pequenas encontradas na superfície das ver-
rugas genitais.
'
Figura 11-16 Molusco contagioso. Uma única lesão (ou lesões múltiplas) pode se tornar inflamada e depois desaparecer.
429
Der maLologla CHnica
CIMETIDINA ORAL
CRIOCIRURGIA
Os pacientes pediátricos foram trat.,dos com um curso de 2 meses
A criocirurgia é o tratamento de escolha para os pacientes que não de 40 mrfkgjdia de cimetidina por via oraL Todas as crianças que
se opõem à dor. A pápula é pul•-erizada ou tocada le\oanente com oompJetaram o tratamento, exceto três, apresentaram desapareci·
um cotonete molhado etn nitrogénio até que a borda congelada, mento de todas as lesões. Nenhum efeito adverso foi observado.
branc.•, que está avançando, progrida até o lado da pápula, fo r- A resposta à cimetidina pode ser melhor em crianças ató picas, em
m ando um halo de 1 mm na pele no rmal, circundando a le.<ão. comparação com as não atópicas.
l s.w deve levar S segundos. Uma abordagem conservadora é ne-
ce.o;sárin, porque o m ngelamento ・ク」Nセ ウZ ゥカ ッ@ prod uz hipopigmentn-
TERAPIA A LASER
ção ou hiperpigmentação.
O laser de 585 nm é um tratamento eficaz, bem to lerado e rápido
ANTIVIRAIS E TERAPIAS DE para molusco contagioso.
IMUNOMODULAÇÃO
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO
Homens entre 9 e 27 anos de: idade, com molusco contagioso,
auLoadminist.raram um análogo do creme imiquimod a 5% (Al- O tratamento realizado mm 25% a 50% de ácido tridoroacético
dara}, três vezes por dia, duranle 5 dias consecuLivos por se- (média de 35%) e repetido a cada 2 semanas, conforme necessá·
mana, durante: 4 semanas. A taxa de cu.ra foi de mais de 80%. As rio, resultou em uma reduçlo média na contagem das lesões de
crianças podem responder com m enos irritação, se tratadas uma 40,5% (variação de 0% o 90%} em pacientes com HN positivos
vez por dia ou em dias alternados. As crianças (idade média de com m o lusco oontagioso e:xtenso. Não houve propagação de le·
1 anos) for3m traL1cl.1s toda noite, durante 4 seman:ts. As reaç.ões sões do m o lusco, formaç._:,;o de dc.1trizes ou infecção secundária
adversas fora m limitadas a reaçôe.'i no local da 。ーャゥ」セッ N@ Não no exame de 2 m e.'ies de acomp:.mhamento.
430
Capítulo I
'
Infecções Virais Sex1L1l me n te Trans m ゥ セヲカ・ ゥ ウ@ 111
Prevalência
De 1988 a 1994, a soroprevalênda de HSV-2 em pessoas com 12
a nos de idade ou mais nos Estados Unidos foi de 21,90A:1, corres-
pon dendo a 50 milhões de pessoas infeaadas. HSV-2 atualmente
é detect..ivel em uma de cada cinco pessoas oom 12 anos de idade
ou mais, em todo o pa(s.
I Horpes genital
50 milhões
Figura 11·17 Há 1 milhão de novas infecçOes genitais por
herpes por ano nos Estados Unidos.
100
90
Mulheres
80 negras
l ·····•···••·······+···············
+
70
"':> t····················
Mulheres
.,.,
セ@ 60 brancas
Figura 11-18 Soroprevalência de HSV-2 de Homens
acordo com o número de parceiros sexuais du- .!li
v 50
c negros
rante a vida, ajustados para idade, para mulhe-
res negras e brancas 1988 a 1994. (De Fleming "'セ@ 40 Homens
/
_,/
DT et ai: N Eng J Med 337:1105, 1997. PM/0 brancos
eo ,,., ·'
Q.
30 ,/ /
9329932
....-···+
........... , . ,, .,·""
"'
20
.....セ⦅NL ᄋ LN@
.
10 Nセ@ .... -------+セ@
o
o 5·9 1C>-49 :1:50
nセ@ de Parceiros Sexuais
431
Dermatologia Cllnica
HERPES GENITAL
!
Duração da infecção assintornática
Propagação viral assintomática pode ocorrer
independentemente da frequência de surtos recorrentes
A infecção intermitente ocorre mesmo naqueles com
infecção de longa data ou clinicamente silenciosa
Figura 11-19
432
Infecções Virais Sexualmente Transmissíveis Capítulo 111 I
Vesículas são d ispersas e podem ser confundidas com Um grupo de vesículas rompeu-se, deixando uma erosão.
verrugas e molusco contagioso. A lesão primária é uma Vesículas t ensas estão na periferia.
vesícula que se torna rapidamente umbilicada.
Erosões dispersas cobertas com exsudato. Inúmeras erosões surgiram em 6 dias após contato com
portador assintomático.
Figura 11-20
433
Dermatologia CHnica
Figura 11-21 Lesões t ornam-se numerosas nessa área inter- Figura 11-22 Inúmeras erosões est ão presentes nesta área
triginosa. Material purulent o aderido nas superfícies cutâneas intertriginosa. Não há formação de crostas nas superfícies
apost as. cutâneas apostas.
Figura 11-23 A, Vesículas agrupadas em uma base vermelha é a lesão inicial. B, Vesículas
não são aparent es no prepúcio. Elas são maceradas formando erosões em saca-bocado .
C, Há formação de crostas e cura com ou sem formação de cicatriz.
434
Infecções Virais Sexualmente Transmissíveis Capítulo 111 I
435
D ermato l ogia Cllnica
Os vírus ascendem O.'i nervos sensoriais periféricos após a infec· A frequência de reativnç.;o dimin ui ao longo do tempo na
ção primária e estabelecem latência no.'i gânglios da raiz nervosa. maioria dos pacientes. Noventa e cinco por cento dos pacientes
Relações ウ・クオ。ゥセ@ traumatismo キ エ ヲゥ ョ ・ッセ@ frio ou calo r_, ・ウエイセ@ infec· com HSV-2 apresentam recorrências, com um tem po médio para
ção con oomitante e menstruação podem provocar reativação. a primeira recorrência de aproxi madamente 50 dias. As taxas de
recorrência em pacientes com sintomas com um primeiro episó-
d io sintomático de infecção genital por HSV-2 e.ortão documenta -
INFECÇÃO RECORRENTE
das no Quadro 11-l. Cinquenta por cento dos paciente.< com
SINAIS E SINTOMAS CÚNICOS. A infecção recorrente em HSV-1 primário apresentam surtos recorrentes, e o tempo médio
mulheres pode ser mínima ou discreta na vagina o u no colo do para a pri meira repetição é de 1 ano.
útero, q ue passa despercebida. Isso explica por q ue alguns ho· A média das trums de recorrência no primeiro ano é um (HSV-1)
mens com doença primária n ão est.1o cientes da origem . Não se e cinco (HSV-2) por ano em pacientes com infecção adquirida
podem p rever as recorrências, mas: elas frequentemente ocorrem recentemente. Pacientes infectados com HSV-2, q ue foram obser-
depois da reJaç.'ío sexual. Prurido o u dor pode preceder a lesão vados por mais de 4 anos, tiveram reduç.;o média de d uas recor-
recorrente. Surge um pequeno grupo de vesículas q ue umbilica rências entre os J!l e se anos. No entanto, 25% destes pacientes
em 1 ou 2 dias e,. em seguida, sofre erosão e forma crosta..-.. A lesão tiveram um aumento de pelo menos uma recorrência em 5 anos.
cicatriza em 10 a 14 d ias. Não se observam vesícuJas no prepúcio A d iminuição das recidivas nos pacientes que n unca receberam
ou nas áreas úmidas da vulva ou vagina (Figs. 11-20 e 11-23). terapia su pressora foi semelhante d urante períodos sem trata-
O vírus pode ser cultivado por aproximadamente 5 dias de m ento nos pacientes q ue receberam terapia supressora.
lesões genitais ativas, e são certam ente infecciosas durante este
tempo. Homens e mulhere.-. que não apresentam sintomas po- LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA. A frequência de recorrência
dem transmitir a doença. A infecção pode se desenvolver em pa- varia com a localização anatômica e o tipo de vírus. A frequência
cientes do sexo masrulino a partir do contato com portadores do das recorrências de herpes por HSV·2 genital é maior que a infec-
sexo feminino que não têm nenhuma doença evidente. A infecção ç.;o o ro labial por HSV-1. A..*i recorrências das infecções orais por
pode ser adquirida de uma infecç.;o ativa do colo do útero o u de HSV-1 são mais frequentes do q ue aquelas das infecções genitais
secreções do colo do útero de uma mulher que é portadora crô- por HSV-1. As infecçõe.-. geni tais por HSV·2 ocorrem seis vezes
nica do カ■イオZ セ L@ a partir de úJceras vulvares, fissuras e in fecções mais do que as infecçõe.-. genitais por HSV-1. A frequência de re-
anorretais. corrência é menor parn infecções oro labiais por HSV-2.
Quadro 11-1 Taxas de RecorTênd a de Herpes Genital durante INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA. A maioria das pessoas que
o Primeiro Ano após o Primeiro Episódio Sintomático de têm evidências sorológicas de infecção com o HSV-2 é assintomá-
Infecção pelo HSV-2 tica. A localização é de.-.conhecida. O vírus não foi isolado do sê-
89% têm pelo menos 1 recorrência men ou da uretra após a infecção primária. A propagação virnl
38% têm mais de 6 recorrências pode ocorrer a qualquer momento. A infecç.;o subdínica assinto·
20% têm mais de 1O recorrências mática ocorre mais comumente no primeiro ano após o episódio
primário (especial mente nos primeiros 3 meses), durante o período
Nenhuma ou 1 recorrência prodrômko, na semana após uma recidiva sintomática, e em in·
26% das mulheres fecções por HSV-2 versus HSV-1.
8% dos homens A taxa de infecção subdínica do HSV nos indivíduos sem his.
Mais de 10 recorrências tória relatada de herpes genital era semelhante àquela dos ind iví-
duos com esta história (3 ,00A, versus 2,70ic>).
14% das mulheres
Entre as m ulheres com infecção genital pelo HSV-2, a infecção
26% dos homens
Os pacientes que tiveram infecção primária grave tiveram quase subclínica ocorreu em uma média de 2% nesses d ias. A duração
que duas vezes mais reddivas e um tempo menor para a primeira média da manifestação viral d urante os episódios subdínicos foi
recorrência em comparação com aqueles que apresentam primeiros de 1,5 dia, em comparação com 1,8 dia durante os episódios
episódios mais curtos. sintomáticos. As mulheres com recorrências sintomáticas fre.
De Benedetti J et ai: Ann lntern Med 121:847, 1994. quente.-. também têm infecção subdínica frequente e podem estar
PMID 7978697 em risco elevado de transmissão do HSV.
436
Infecções Virais Sexual mente Transmissíveis Capítulo 111 I
437
Dermatologia CHnlca
438
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
Tratamento do herpes genital (diretrizes A Figura 11-24 resume as indicações e os efeitos do trata-
mento.
dos CDC)
A medicaç.'io oral antivirnJ e o aconselhamento são os principais
FÁRMACOS
pilares do tratamento. Fármacos antivirais sistêmkos controlam
parcial mente os sinais e sintomas. Eles não erradicam o カ■イオNセ@ la- Três medicamentos antivirnis são e.firnze.-.: aciclovir, vaJaciclovir e
tente ou afetam o risco, a frequência ou a gravidade das recorrên- funciclovir. O valaciclovir é um éster de valina do acidovir com
cias depois que o fánnaco é interrompido. Os fármacos antivirais maior absorção após a administração oraL O funciclovir, um fár-
tópicos oferecem benefício mínimo. maco precursor do penciclovir, também tem aJt.1 biodisponibili-
dade oral. A terapia tópica com aciclovir é menos eficaz do q ue o
1 l
Infecções no Terapia supressora Terapia episód ica
primeiro episódio I . Padentes que são sexualmente 1. Pacientes que não são sexualmente
ativos com parceiro não infectado ativos e não estão preocupados
para reduzir taxa de transmissão com seus surtos
2. Estão preocupados com seus surtos 2. Pacientes que têm um parceiro
ou frequência dos surtos com herpes genital e não estão
independentemente preocupados com seus surtos
do estado de sua relação
3. Estão preocupados em transmitir
herpes genital para seu parceiro
1 1
Redução da Redução dos surtos Redução do risco
propagação viral Pacientes tomando valaciclovir 1 g, uma de transmissão
Valaciclovir 500 mg uma vez ao dia, não tiveram surtos durante Valadclovir 500 mg uma
vez ao dia reduziu a quase 1 ano vez ao dia reduziu risco de
propagaçãoviral total em 73% Dosagem recomendada: valaciclovir
transmissão de herpes
1 g uma vez ao dia genital em 75%
l l
Pacientes sob tratamento com 52% dos pacientes sob
valaciclovir tiveram uma redução sob tratamento com valaciclovir
de 54o/o na frequência de 1 g, uma vez ao dia, não tiveram
surtos versus placebo surtos aos 6 meses versus 32%
daqueles sob tratamento com placebo
1. Oriente sobre o potencial para episódios recorrentes, propagação vira! assintomática e risco de transmissão sexual.
2. Pessoas com primeiro episódio de HG devem ser alertadas sobre o fato de que a terapia diária supressora está
dispontvel e é eficaz e que a terapia episódica, algumas vezes, é útil em encurtar a duração dos episódios
recorrentes.
3. Transmissão sexual de HSV pode ocorrer durante perfodos assintomáticos. O risco de transmissão sexual de HSV
pode ser reduzido pelo uso diá rio de valaciclovir pela pessoa infectada.
4. Todas as pessoas com herpes genital devem evitar contato sexual quando já há presença de lesões e/ou sintomas.
Figura 11-24
439
Dermatologia Cllnica
lmunocomprometido (pessoas
Condição lmunocompetente infectadas pelo HIV)
Herpes genit al primário Aciclovir 200 mg cinco vezes/dia, por 7-10 dias
Aciclovir 400 mg três vezes/dia, por 7-10 dias
Valaciclovir 1 g duas vezes/dia, por 7-10 dias
Fanciclovir 250 mg três vezes/dia, por 7-10 dias
Herpes genit al recorrente Aciclovir 400 mg três vezes/dia, por 5 dias Aciclovir 400 mg três vezes/dia, por 5-1 O dias
(terapia episódica)
Aciclovir 800 mg duas vezes/dia, por 5 dias Valaciclovir 1 g duas vezes/dia, por 5-1 O dias
Aciclovir 800 mg três vezes/dia, por 2 dias Fancidovir 500 mg duas vezes/dia, por 5-1O
dias
Valaciclovir 500 mg duas vezes/dia, por 3 dias
Valaciclovir 1 g uma vez ao dia, por 5 dias
Fanciclovir 125 mg duas vezes/dia, por 5 dias
Fanciclovir 1.000 mg duas vezes/dia, por 1 dia
Herpes genit al recorrente Aciclovir 400 mg duas vezes/dia Aciclovir 400-800 mg duas ou três vezes/dia
(terapia supressora de longo
Valaciclovir 500 mg uma vez ao dia, por < 9 episódios/ Valaciclovir 500 mg duas vezes/dia
prazo)
ano
Fancidovir 500 mg duas vezes/dia
Valaciclovir 1 g uma vez ao dia, por> 10 episódios/
ano
Fanciclovir 250 mg duas vezes/dia
Doença grave Aciclovir 5-10 mglkg/peso corporal rv 8/h
Diretrizes dos Disease Contro/ and Prevention Guide/ines, 2006.
440
ltúecções Virais Sexua I mente Transm isslveis Capítulo 111 I
sobre os aspectos crorucos da doença depois que a doença Herpes simples genital durante a
aguda desaparece. Forneça informações aos pacientes como gravidez
apresentadas no Quadro 11-2.
A maioria das mães de bebês que adquirem o herpes neonatal
não tem hi«órias clinicamente evidentes de herpes genitaL Mui·
EPISÓDIOS RECORRENTES PELO HERPES VIRUS tas infecções neonatais resultam de infecção viraJ assintomática
SIMPLES do colo do útero após um episódio primário de HSV geniL1l no
A maioria dos pacientes com o primeiro episódio de infecção terceiro trimestre. O risco de transmis.'i.âo para o recém.nasddo de
genital pelo HSV-2 terá episódios recorrentes. A te.rapia antiviral uma mãe infeaada é elevado {300,1, a 50%) entre as mulher"" que
episódica ou supre."'sora pode e nrurtar a duração das lesõe.ot ou adquirem herpe< genital próximo da época do parto e é baix.1 ( < I%)
atenuar recorrências. O tratamento é mnis eflc..u アオセョ、ッ@ iniciado entre mulheres com histórico de herpes recorrente ao tenno ou
durante o pródromo ou em um período de 1 dio opós o surgi- que adquirem HSV genita l durante a primeira metade da gravidez.
mento das lesões. O tratamento episódico inidado pelo paciente No entanto, como o herpes genital recorrente é muito mais CO·
é mais dicaz do que o tratamento iniciado pelo pravroor de mum do que a infecçlo inicial pelo HSV durante a gravidez, •
saúde em reduzir o tempo de cicatrização nas infecções genitais proporção de infecções neonatais por HSV adquiridas de mães
por HSV recorrentes. Se o tratamento episódico da recidiva for com hapes recorrente permanece elevada A P""""'ção de hapes
escolhido, o paàente deve recebe:r terapia antivirnl ou uma receita neonatal depende "'nto em prevenir a aquisição da infecção pelo
para o medicamento, de modo que o tratame:nt.o seja iniciado no HSV genital durante a gravidez tardia quanto em evitar a exposi-
primeiro sinal de pródromo ou de letões genitais. ção do bebê às lesões herpéticas durante o parto.
A decisrlo de iniciar a terapia supressora contínua é subjetiva e A aquisiçiío de herpes genita I durante a gravidez tem sido alk<O·
base.ia-se na frequên cia e gravidade das recidivas e nos fatores dada ao aborto espont..'ineo, prematuridade e herpes congênito e
psioossociais. A terapia ウZオーイ ・Nセウッイ。@ diária cont(nua reduz significa. neonatal. Dois por ce,n lo ou mais das mulheres suscetíveis adqui·
tivamentr., mas n5o suprime complet1mente a アオセョエゥ、。・@ de in. rem a infecção pelo HSV durante a gravidez. A infecçio com soro·
fecç5o assintomática e de surtos clínicos. Portanto1 ョセッ@ se sabe até conversão sanad.1 ant.es do rmbalho de parto não foi as..o;odada il
que ponto a terapia supressora pode prevenir a transmissão do um aumento da morbidade neonatal ou a quaisquer rnsos de in·
HSV. A terapia supressora diária reduz a frequência das recorrên- fecção congênita por herpes. mas a infecção adquirida pouoo an-
cias do herpes genital em 75% entre os pacientes que apresentam tes do parto é associada a herpes neonatal e morbidade perinatal.
recorrência frequente (ou seja. seis ou mais recorrências por ano).
A segurança e dioicia foram documentada• em pacientes que re- TRIAGEM E TRATAMENTO PRÉ-NATAL
cebem terapia diária com acidovir por até 6 anos, e com o valaci·
dovir e fancidovir por I ano. A maioria dos recém-nascidos adquire a infecção pelo con"'to
A terapia supressorn não foi associada ao surgimento de resis. com secreções genitais infectadas durante o parto de uma mãe
tência ao aciclovir clinicamente significativa no.s pacientes imuno· assintomática que adquiriu um primeiro episódio de herpes geni·
competentes. Após 1 ano de terapia supressiva contfnua1 a des· tal p róximo ao periodo do trabalho de parto. A maioria dos casos
continuação da terapia deve ser discutid.1 com o paciente para de primeiro epi.wdio de herpes genital durante a gravidez não é
avaliar a adaptação p.'iicológica do paciente ao herpe.oc genital e a reconhedda. Alguns especialist..1s recomendam teste somlógico
エ。セ@ de episódios recorrentes, uma vez que n frequênda das recor· de HSV para HSV-1 e HSV-2 na primeira consulta pré-natal. Esta
rêndas diminui ao longo do tempo em muitos pacientes. Pacien· identificuia os pacientes já infectados e aqueles em risco para il
tes com histórico inferior a 10 recorrências por ano ウセッ@ tratados aquisição de herpes genital. As mulheres grávidas que não e.<Lio
de maneira eficaz com 500 mg de valacidovir uma vez por dia. infectadas com o HSV-2 s3o aconselhadas a evitar as re.lações se-
Um grama de valaciclovir, uma vez por dia, ou 400 mg de aciclo- xuais durante o terceiro trimestre com homens que tenham her-
vir, duas \"a.CS ao dia, é mais eficaz em pacientes com mais de 10 pes genital. A• mulheres grávidas que não estão infectadas com o
recorrências por ano. Esquemas de uma vez por dia oferecem uma HSV-1 devem ser aconselhadas a evitar exposição genital ao
opç3o útil para pacientes que necessitam de terapia supressora HSV-1 durante o terceiro trimestre (p. ex., cunilíngua com um
para o tratamento do hapes genitaL parceiro com hapes oral e relação vaginal com um parceiro mm
infecção geniL1l pelo HSV-1) . A profilaxia antiviral com aáclovir
pode ser consideracl.1 no final da gravidez para as mulheres com
LUBRIFICAÇÃO história conhecida de hapes genital.
Pom;,das oclusivas, tais como vaselina1 não devem ser aplicadas
em le.-s5es erosadas. Loções hidratantes leves para o corpo são PREVENÇÃO
sunvizantes, quando a inflamação diminui e os tecidos secam.
As mulheres com múltiplas lesões erosadas nos grandes e pe· A prevenção de herpes neonatal deve enfatizar a aquisição da in·
quenos lóbios apresentam enonne desconforto ao urinar. A dor fecção geniL1I pelo HSV durante o final da gravidez. Mulheres
pode ser evitada sentando-se em uma banheira com água e sepa· suscetíveis, rujos parceiros têm infecç.ão oral ou genital pelo HSV,
rando os lábios para urinar. ou aque.las cujo estado de infecção dos parceiros sexuais é desc.o-
nhecido, devem ser aconselhadas a evitar contato sexual geni"'l
441
Dermatologia CHnica
442
Infecções Virais Sexualmen te Transmissfveis Capítulo 111 I
443
Dermato logia Cllnica
Patogenia do vírus da imunodeficiência Após a infecção primária, a 、ゥウNセュ ゥョ 。 ̄ッ@ do vírus e o surgi mento
da imu nidade espeó6ca para o HTY, a maioria dos pacientes tem
humana
u m período de 'latência clínirn' que d ura anos (Fig. 11-25). A
O HIV é um retrovírus. Os retrovírus carregam um ácido ribonu- apresentação clínica de pacientes com infecções pelo HIV varia de
deico (RNA) de polaridade positiva e usam uma enzima de poli- 。ウNセゥョ エ ッュ£エゥイョL@ passando por linfadenopatia general izada crônica,
merase do ácido desoxirribonucleico (DNA) chamada trnnscrip- até eficiência su bclínica e clínica das células T. Existe u ma forte
t.1se reversa para converter RNA viral em DNA. Isso inverte o as..'\Ociação en tre o desenvolvimento de doenç.1s oportunistas
processo nonnal de transcrição pelo q ual o DNA é convertido em ameaçadoras da vida e o número absoluto de linfócitos T CD4+.
RNA; por ゥウNセッ@ o tenno retrovíru.-.. O HTV fixa ....セ@ em u m local de À medida q ue o número de linfócitos T CD4+ d iminui, aumenta
receptor de proteína (CD4) na superilcie dos linfócitos CD4+, o risco e a gravidade das doenç.a..-. oportunistas. O Sistema de Clas-
penetra na célula e expõe seu núcleo de RNA; en tão, a trnnscrip- si6caç1ío Revisado dos Centers for Disease Contrai and Preven-
t.1se reversa converte RNA vira) em DNA, que se toma parte do tion parn a infecção por HTV categoriza as pessoas com base em
genoma do hospedeiro. Novas partírulas virais são p roduzidas condições clínicas associadas à infecção pelo HIV e cont.1gem de
duran te a divisão celular normal e linfóci tos CD4+ são destruí- linfócitos T CD4+. As medições de linfócitos T CD4+ são utiliza-
dos. Ocorre um ciclo repetitivo de ativação imune e depu ração das para orien tar o tratam ento clínico e terapêutico.
parcial do vírus, e reinfecção das células imunológicas por repli-
cação do vírus. セ、。@ componente do sistema imu nológico tenta PROGRESSÃO PARA SiNDROME DA
impedir a doença, mas não consegue. Componentes do sistema
imunodefcセa@ ADQUIRIDA
imunológico desgastam-se ou são destruídos, levando à imu nos-
su p ressão grave e progressão da doença por HIV para AIDS e Os pacien tes apresentam inú meros sintomas durante a progres·
morte. O sistema imuno lógico p roduz citocinas que têm um são da doença. Eles apresen tam sintomas constitucionais prolon-
efeito inflamatório que promove a propagação da infecção pelo gados, como fudiga crônica, sudorese noturna, febre,. perda de
HN e a penetração do HIV em vários tipos de células. peso e diarreia. Eles frequentemente têm manifestações clínicas
de disfunção de células T, como doença da mucosa (candidíase
ornl, leucoplasia pilosa) e doenças dennatológica.s (herpes sim-
DESTRUIÇÃO DE LINFÓCITOS T CD4+ LEVA À
plesfzóster, infecçôe.< por fungos).
INFECÇÃO
A AIDS é o e.''tágio fi nal da infecção pelo HIV. É caracterizada
HIV ataca seJetivamen te os linfócitos CD4+ auxiliares/indutores, por u ma variedade de tumores incomu ns e infecções oportunis-
diminui seu n ú mero e interfere em sua função. Os linfócitos T t.1s. Parece haver um espectro da doença e a sobrevida a longo
CD4+ são responsáveis, essencialmente, peJa modulação de toda prazo parece ser possível com esquemas furmacológicos novos.
a resposta imu ne. Ocorre linfopenia devido aos números reduzi-
dos de linfócitos T CD4+. Infecções normalmente controladas
pela imunidade celular ocorrem com frequência significativa-
mente aumentada.
444
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
expo.ição ao HIV
Slndrome vnl aguda (lebre, móatgia, artralgías,
faringite, erupção difusa)
Iセ@
Soroconverslo, rultura +
1
neutropenia, febre, fadiga
l
"Leucoplaquia pilosa" oral
700
Anticorpo anti·HIV começa a diminuir
lj
400
100
キLNセ NL NL@ __ ))
lnfecçOes oportunistas
Iセオ@
Sarcoma de Kaposi
"Consun<;Ao" (febre, diarreia, perda de peso)
Morte
445
De rmato logia CHnica
446
Infecções Virais Sexualmente Transmissíveis Capítulo 111 I
Herpes-zóster Herpes pode ser grave. resultando em Cultura para herpes vírus Aciclovir, valaciclovir ou
formaçáo de cicatrizes profundas fanciclovir
Herpes (sinal comum Esfregaço de Tzand< para células gi-
da AIDS) Lesões disseminadas persistentes gantes muhinucleadas
Dor herpética intratável
Varicela (incomum) Varicela com inúmeras lesões e Mesmo tratamento que para
pneumonia herpes-zóster
Molusco contagioso Agrupamentos de pápulas brancas. Preparações com KOH de material Criocirurgia, curetagem
umbilicadas mole em centro da lesao mostram
grandes inclusões virais Excisao com tesoura com ponta
Persistente na face, virilha romba
Biopsia - grandes inclusões virais
Criptococos cutaneo pode mimetizar Ácido tridoacético descama ca-
molusco contagioso sos extensos
Creme de imiquimod (Aidara)
Verrugas/condiloma Verrugas comuns - extensa e persis- Biopsia ou aparência dínica Criocirurgia, dissecçáo romba,
(comum) tente excisao. cirurgia
Reduçáo profunda das células T CD4+
Papilomavírus hu- Condilomas - aumento da prevalên- Creme de imiquimod (Aidara)
mano (HPV) da, número, tamanho
Podofilotoxina (Condilox)
Carcinoma de colo de útero. espino-
celular anal (HPV tipos 16, 18)
Leucoplasia pilosa Placas esbranquiçadas, verrucosas nao Biopsia - acantose e paraqueratose Tratar O.ndida oral melhora a
(vírus Epstein-Barr) removíveis com pelos nos lados da com células grandes que coram em aparência
(comum) língua cor pálida com núdeos picnóticos
Resina de podofilina a 25% em
Pode assemelhar-se a infecções fúngi- etano! e acetona
cas da língua
Soluçao de violeta de genciana
(OTC)
Infecções fúngicas
Candida albicans Placas brancas nas bochechas. língua Cultura Suspensão oral de nistatina
(muito comum)
Dor de garganta, disfagia Obter amostra para preparaçao de Clotrimazol (Mycelex Troche)
lamina de KOH com swab de algodão 1O mg cinco vezes/dia VO
Erosões profundas na língua. placas
espessas na pane de trás da garganta Cetoconazol (200 mg VO
diariamente)
lnfecçáo esofágica
Fluconazol (100-200 mg VO
lnfecçáo vaginal intratável diariamente)
lnfecçáo ungueal por Candida Anfotericina B (casos graves)
0,3 mglkg IV diariamente
Continua
447
Dermatologia Cllnica
Cryptocoa:us Pápulas brancas que se assemelham Ensaios para antígeno no soro ou Anfotericina B ou adicionar flu-
neoformans (raro) ao molusco contagioso líquido cerebroespinal, tinta nanquim citosina seguida de fluconazol
ou coloração de Wright 200-400 mg VO por dia
Cultura
Biopsia
Histop/asma Pápulas ュセゥー ャ 。ウL@ nódulos, máculas e Biopsia - coloração PAS Anfotericina B
capsufatum (raro) úlceras orais e cutAneas nos braços,
face e tronco Preparação com tecido esmagado - セ イ。」ッョコャ@ 200 mg VO duas
diagnóstico rápido vezes/dia
História de viagem (América do Sul)
Cultura - vArias semanas necessárias
Infecções bacterianas
'
Staphylocoa:us aureus lmpetigo bolhoso - axilas ou virilha Cultura Oicloxacilina
(comum)
Foliculite facial ou de tronco (seme- Cefadroxil
lhante à acne)
Muitos outros
lmpetigo da barba e do corpo
Sffilis (Incomum) Pápulas e placas papuloscamosas Titulação de VORL pode ser muito Tratamento-padrão recomen-
generalizadas alta ou negativa; obter testes sequen- dado pode não ser suficiente
ciais ou biopsia da pele com colora- para evitar doença do sistema
Pode miml!tizar quase todo distúrbio
ções especiais nervoso central; ver Capítulo 1O
cutAneo inflamatório
Período de incubação para neurossífi-
lis pode ser muito breve (meses)
Artrópodes
Escabiose (incomum) Pápulas generalizadas com crostas Preparação com KOH ou óleo mostra lindane (Kwell)
ácaros
Escabiose norueguesa -erupção Perml!trina (Eiimite)
hiperqueratótica generalizada
lvermectina (Stromectol) oral
Distúrbios proliferativos
Oerma1i1e s.eborreica Placas descamativas vermelhas com Biopsia dif ere da dermatite seborreica Creme de cl!toconazol
(comum) escamas e crosta amareladas, gordu- comum
rosas Ciclopirox gel
Paraqueratose é disseminada
Margens distintas, hipopigmentaçâo
do couro cabeludo, face; algumas Queratinócitos necrosados
vezes virilha e extremidades Obliteração dermoepidérmica por lin-
fócitos
Gravidade correlaciona-se com grau
de deterioração clínica Espongiose esparsa
Vasos de paredes espessas
Fazer KOH para afastar tinha
448
Infecções Virais Sexualmente Transmissíveis Capítulo 111 I
Erupção papulosa Pápulas de 2-5 mm cor da pele na ca- Biopsia - infiltrado perivascular linfo- Fototerapia com ultravioleta B
(comum) beça, pescoço e parte superior do cítico com inúmeros eosinófilos
1ronco Frequentemente resistente a
Dano folicular esteroides tópicos e anti-
Prurido e inúmeras pápulas podem ir histamínicos orais
e vir com o tempo
loções antipruriginosas (Sarna)
Oapsona 100 mg VO diária
possivelmente eficaz
Foliculite pustulosa Grupos de vesículas e pústulas peque- Biopsia é diagnosticada p ・イュセゥョ。@ creme (Eiimite)
eosinofnica (rara) nas tornando-se confluentes e for- diariamente até lesões
mando lagos pustulosos irregulares e Eosinófilos que invadem glândulas
desaparecerem
erosões sebáceas e bainhas radiculares
externas dos folículos pilosos Fototerapia com ultravioleta B
Placas policíclicas com hiperpigmenta-
ção central Eosinofilia moderada e leucocitose Anti-histamínicos
(50%)
Esteroides tópicos do grupo 1:
Prurido grave, intratável
Contagens de CD4+ < 250-300 tacrolimus topicamente
Crônica e persistente células/mm'
hraconazol 100-400 mg/dia
Muitas lesões não foliculares
Oapsona 100 mg VO diária
possivelmente eficaz
Metronidazol
Acitretina
Ooxiciclina
Distúrbios vasculares
Telangie<:tasias da Telangiectasia linear em distribuição Biopsia mostra vasos sanguíneos 、 セ@ Nenhuma
parede anterior do crescente pelo tórax latados com infiltrado de células
tórax (incomum) pequenas perivasculares
Associado a eritema em uma mesma
distribuição Proliferação não endotelial
Angiomatose bacilar Pápulas solitárias ou múltiplas friáveis Biopsia - proliferação de pequenos Eritromidna, azitromicina,
(epitelioide) (rara) em forma de cúpula, vermelho-vivo, vasos sanguíneos revestidos com célu- tetracidina, doxidclina.
semelhante a tecido de granulação e las endoteliais projetando para a luz trimetoprima-sulfametoxazol,
nódulos subcutâneos (1 mm a 2 em) rifampicina
na face, tronco, extremidades Bacilos Barrone//a observados com
coloraçao de prata de Warthin-Starry
Angiomatose visceral
Mordedura ou arranhadura de gato
Púrpura tromboci- Petéquia Hemograma completo Tratar HIV
topênica (comum)
Continua
449
Dermatologia CHnica
Distúrbios neoplãsicos
Sarcoma de Kaposi Placas pálidas a violáceas profundas, Biopsia Radiação para lesões individuais
finas, ovais
Proliferação de pequenos vasos Vimblastina intralesional (O, 1-
Eixo longo de lesões alinhadas com 0,5 mg/mL a cada 4 semanas)
linhas de tensão da pele Proliferação de feixes de células fusi-
formes entrelaçadas Crioterapia de nitrogênio líquido
Muitas apresentações incomuns (mantenha a embalagem co-
Espaços intercelulares semelhantes a berta para evitar exposição de
Variam de poucas a muitas lesões fendas com eritrócitos extravasados
outros ao HN}
Qualquer superfície da pele e da Muitos outros
boca, em geral palato
Lesões viscerais
Lesões induzidas por traumatismo
'
Outros
'
Reações cutâneas a Erupções mobiliformes predominam Trimetoprim-sulfametoxazol Suspenda o fármaco, se possível
fármacos
Urticária Dapsona
Incidência muito maior do que a po- Aminopenidlinas
pulação geral
Prurido (incomum) Prurido intratável sem malignidade in- Inúmeras escoriações Emolientes, esteroides tópicos e
tema prednisona não sao セ ゥ 」。コ・ウ@
Eliminar outras causas de prurido (p.
Pode apresentar sintoma de AIDS ex .• disfunção hepática, tireóidea, re-
nal; fármacos; neoplasia maligna; dia-
betes; anemia ferropriva)
Unhas amarelas Coloração amarelada da placa un- Diferenciam da síndrome da unha Trate possíveis condições agra-
gueal amarela: placa ungueal amarela + vantes (p. ex., pneumonia por
cutículas ausentes + taxa de cresci- P. ェゥイッカ・」セ@
Muitas associadas ã pneumonia por mento reduzida + excesso de curva-
Pneumocyslis jiroveci tura transversa da placa ungueal +
hiperqueratose subungueal
Unhas azuis-escuras Aparência azulada escurecida nas História recente de tratamento com Nenhum
bases das unhas das mãos (pacientes zidovudina
negros > pacientes brancos)
Vitiligo (incomum) Perda de pigmentação dos cabelos e Exame físico Nenhum
da pele, em geral. após outros sinais
Branqueamento pre- e sintomas da AIDS
maturo dos cabelos
(comum)
Alisamento dos cabelos Pode ser causado por desnutrição Exame físico Nenhum
450
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
Figura 11-28 Herpes-zóster. (Cortesia Benjamin K. Fisher, Figura 11-29 Molusco contagioso. (De Redfield RR, James
MO.) WD, Wright DC : 1 Am Acad Dermato/ 13:821, 1985.)
Figura 11-30 Candida albicans. (Cortesia W illiam O. James, Figura 11-31 Leucoplasia pilosa. (Cortesia Deborah
MO.) S. Greenspan.)
Figura 11-32 Erupção papulosa. (Cortesia David Goodman, Figura 11-33 Dermatite seborreica. (Cortesia W illiam
MO.) O. James, MO.)
451
Dermatologia CHnica
Figura 11-36 Herpes simples. Erosivo. (Cortesia Neal S. Figura 11-37 Herpes simples. Erosivo. {Cortesia Benjamin K.
Penneys, MD, PhD.) Fisher, MD.)
452
Infecções Virais Sexualmente Transmissfveis Capítulo 111 I
Figura 11-38 Sarcoma de Kaposi. (Cortesia H. J. Hulsebosch, Figura 11-39 Sarcoma de Kaposi. (Cortesia Benjamin
MO.) K. Fisher, MO.)
Figura 11-40 Sarcoma de Kaposi . (Cortesia Benjamin Figura 11-41 Sarcoma de Kaposi. (Cortesia W illiam
K. Fisher, MO.) O. James, MO.)
453
112 I
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Virais
454
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 1121
455
Dermatologia CHnica
VERRUGAS: A LESÃO PRIMÁRIA 12-3); isso produz um padrão de mosaico ahamente organizado
na superfície. Esse padrão é ・ク、オZセゥカッ@ das verrugas e é um sinal
A.o:. verrugas virais são tumores iniciados por uma infecção viraJ diagnóstico útil (Fig. 12-4). Os vasos negros trombosados ficam
nos queratinócitos. As células se proliferaram fonnando uma presos nessas projeções e são observados como ponto..-. pretos na
massa, mas a massa permanece restrita à epiderme. Não há "'raí- superfície de algumas verruga.• (Fig. 12-5). Embora as verrugas
zes"' que penetrem na derme. Vários tipos de verruga..,. formam permaneçam restritas à epiderme, a massa crescente pode proje·
projeções cilíndricas. fNセᄋュウ@ projeções são claramente obsetvadas tar-se para baixo e deslocar a denne. A dissecção romba de uma
em verrugas digitifonnes que ocorrem na fuce (Fig. 12-2). A• pro- verruga mostra que a parte de baixo é lisa (Fig. 12-6).
jeçõ es se fundem em verrugas comuns na pele mais espessa (Fig.
Figura 12-2 Verrugas formam projeções Figura 12-3 Projeções cilíndricas são Figura 12-4 Projeções cilíndricas são
cilíndricas. Elas se separam quando a ver- parcialmente fundidas nessa verruga firmemente agrupadas, restritas à pele
ruga cresce na pele fina. ma1or. circundante. Esse padrão de superfície
unif orme em mosaico é exclusivo de
verrugas e é um sinal diagnóstico útil.
O padrão pode ser facilmente obser-
vado com uma lente manual.
4 56
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
Figura 12-7 Verrugas vulgares no dorso da mão. Figura 12-8 Verruga vulgar com pontos pretos na superfície.
Verrugas comuns
A.o:. verrugas comuns (verrugas vulgares) começam como pápulas
cor de carne, lisas, e evoluem para crescimentos em forma de a1-
puJa, castanho-acinzentados;, com pontos pretos na superfície
(Figs. 12-7 e 12-8). Os pontos pretos, que são capilares trombosa-
dos, são um sinal diagnóstico útil e podem ser expostos por em-
parelhamento da superfide hiperquerntótica com uma lâmina
cinírgic.'l nD15. As mãos são as áreas mais comumente envolvidas,
mas as verrugas podem ser encontrada..-. em qualquer superficie da
pele. Em geral, as verrugas são poucas, mas não é incomum as
verrugas vuJgares se tomarem tão numerosas que q uan do cem-
fluem obsrurecem áreas extensas de pele nonnal. Figura 12-9 Criocirurgia produziu bolha hemorrágica, espe-
rada.
TRATAMENTO. Preparações tópicas com ácido saliálico, ni-
trogênio líquido (Figs. 12-9 e 12-10) e eletrocautério mu ito leve
são os melhores métodos para a terapia inicial. A dissecç.;o romba
é utilizada para as le.-.ões resistentes ou muito grandes. A técnica
para a aplicação de áddo saliálico é descrita na seção de trata-
mento para verrugas plantares. A oclusão com esparadrapo não é
eficaz.
457
Dermatologia CHnica
TRATAMENTO DE VERRUGAS
RECALCITRANTES
IMIQUIMOD. A aplicação noturna do fármaco imunomodula·
dor imiquimod (Aidara" creme) pode ser eficaz. O paciente é
instrUido a embeber a verruga para suavizar a superffcie de quera·
tina. A remoção da queratina com um material abrasivo, como
umil pedra-pomes, e aplicação de esparadrapo para cobrir a área
filcilitam n penetração do creme imiquimod.
458
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
459
Dermatologia CHnica
460
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
DESBRIDAMENTO DE CALOS
Figura 12-19 A. Calos (clavas) na superfície plantar são frequentemente confundidos com verrugas. B, Superfície plantar retra-
tada em detalhe em A com calosidades duras e moles retiradas do calo revelando uma depressão profunda. O exame com uma
lente manual não mostra nenhum padrão de superfície organizado como é observado em uma verruga plantar. C e O mostram
que o calo foi removido.
461
Dermatologia CHnlca
infectados por víru.• pode ocorrer no processo de regress.'o de al- Terapia com queratolíticos (liquido de áddo salidlico)
gumas I/UI\lgll"- A terapia queratolítirn com ácido salia1im (isento de prescrição)
é o tratamento inicial conservador parn verrugas plantares.. O t:rn•
TRATAMENTO. As verrugas plantares não necessitam 、セ@ tera- tamento não fonna cicatrizes e i relativamente eficaz, mas exige a
pia, desde que. sejam indolores. Embora possam aumentar em aplicação persistente do medicamento urna vez por dia durante
número1 às G セ@ é melhor explicar a história natural da infe<".ção várias semanas.
pelo vírus e aguardar a resolução em vez de submeter o paciente A verruga é reconada com uma lâmina, pedra-pomes ou lixa
a um progrnma de trnL'lmento longo. Um desoonfon o mínimo (lixa de unha). A área afemda é embebida em água morna para
pode ser nliviado pela remoç.âo do calo periodic.1me nte com uma hidrnmr a superficie de querntina, o que fucilita a penetração do
lâmina ou pedrn-pomes. medicamento. Aplica-se umn gok1 de soluç.io com o aplicador e
As verrugas doloros.1s devem ser tratadas Hfゥァセ\ N@ 12-22 e 12-23 ). deixa-se o local ウ・」。イ セ@ Pode ser ョ ・」N セウ£イゥッ@ aplicar a solução em
Deve-se usar uma téc.nirn que não provoque. cicntrizesi dc:)triz.es toda a superficie da verrug;>, a fim de cobri-la com a medicação. A
nas plantas dos pés podem pennanecer dolorosas durante anos. penetração da mistura de ácido é aumentada se a verruga tramda
for mberta com um pedaço de fita adesiva. Podem ocorrer infla-
DESBRIDAMENTO. É muito importante desbridar o tecido mação e dor após a oclusão com a fita, o que exige a interrupção
hipuqueratótico sobre e ao redor das verrugas plantares parn ga- periódica do tratamento; consequwtemente. o paciente pode fi.
rantir a セ・エイョ ̄ッ@ do medicamento. Isso pode exigir uma mn- car satisfeito com o processo mais longo e mais confortável de:
ウオィセ@ a cada 2-3 semanas. simplesmente aplicar a soluçAo na hora de dormiL fッョ。 セ ウ・@ uma
queratina maleável branca セュ@ poum• dias, que deve ser aparada
TERAPIA COMBINADA. Várias técnicas ウゥュオャエ ̄ョセ@ são fre- com uma lâmina ou retirada com abra.,ivos, como lixa ou pedra...
quentemente necessárias para tratar com sucesso a.s venug3s pomes. Idealmente, a queratina branca deve ser removida para
plantares e podem induir os seguintes esquemas. expor a pele cor de rosa; parn isso, pode ser neces..Qria uma ida
ocasional ao consultório.
462
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
Terapia com queratoliticos (emplastros de ácido Cantaridina. As misturas de can taridina são muito eJicazes
salicifico a 40%). E.o;.<;e é um tratamento seguro, sem formaçlío para verrugas plan tares. Aplicar Canthacur® PS ( cantarona mais
de cicatriz_, semelhante à terapia quernto lítica com líq uido de podofilina a 50/o e ácido sa1iá lico a 30%) no consultório e deixe
ácid osaliá lico, exceto pelo fato de que o ácido saliá lico foi incor- secar. Evite tocar a pele normaL Cubra com fit.1 oclu:üva (p. ex.,
porado a u m curativo. Os emplastros de ácido salia1ico são parti- b ャ・ョ、 ・イュセI@ ou Moleskin- e rem ova em 24 horas o u an tes, se
rularmente ú teis no tratam ento de verruga.-. em mosaico, que co-- houver desconforto significativo. Geralmente surge uma bolha.
brem uma área grande. Os pad en tes podem aliviar a dor rompendo a bolha. Os pacien tes
(;orta-se o emplastro no tamanho da verruga. A parte de trás podem aplicar Moleskin<t o u u m atrativo de feltro ao redor, mas
do emplastro é removida, e a superflcie adesiva é aplicada na não sobre a lesão, para diminuir a p ressão. Em 2 a 3 dias, remova
verruga e fixada com espamdrapo. O emplastro é retimdo em 2 4 a bolha por exdsão com tesoura ou com uma cureta após a admi-
a 48 horas, a querntina maleável branca é reduzida da maneira nistração de um ane.rtésico locaL Repita semanalmente se neces-
anteriormente descrita, e aplica-se ou tro emplastro. O tratamento sário.
requer várias semanas, mas é e6caz e menos irritante do que o
líq uido de ácido saliá lico e ácido lático. A d o r é aliviada po rque Laser. V.írios lasers est.1o dispo níveis para trat.1m en to de verrugas
uma grande quantidade de queratina é rem ovida d uran te os pri- resistentes. O p rocedimento é caro e.. às vezes, doloroso.
meiros dias de tratamen to.
Quimioterapia. D urante anos, u ma Vllriedade de ácidos foi
Vinagre de maçã. Muit.. s pessoas a6rmam sucesso com es.<a オNセ、。@ com suces.so para o tratamento de verrugas plan tare.-.. Essa
técnica. Mergulhe a verruga no vinagre por 20 m inu tos. Apliq ue técnica é オNセ、。@ ocasio nalmente para o trntamento de verrugas que
Vllselina ao redor da verruga pam p roteger a pele. Molhe um pe· retomaram após o tratam en to com outras técnicas e às vezes é
daço de algod ão em vinagre e prenda·o com es:parndrapo para オNセ、。@ como terapia iniciaL A-.sim como a terapia queratolítica, é
proteger a verruga d uran te a noite.. Repita todas as noites até q ue necessária aplicação repetida. A aplicação de ácidos em casa é
a verruga desapareça. m uito perigosa; po rtanto, são necessárias idas semanais ou q uin-
zenais ao consultório. U ma série de ácidos pode ser utilizada
Dissecção romba. A dissecção romba é u ma alternativa cinír· (ácido dicloroacético e.-.tá d ispo nível comercialmente).
gica rápida, eJicaz (taxa de cura de 90%) e gemi men te não fo rma O tratamento é o descrito a seguir. O calo em excesso é apa-
cicatrizes. É superior tan to à eletrodissecção-curetagem como à rado. A área circundante é p ro tegida com vaselina. A lesão inteira
excisão porque o tecido normal não é agredido. (Veja o Cap. 27 é revestida com ácido, e o ácido é trabalhado na verruga com um
para técnicas cinírgicas.) palito de dentes a6ado. Esse p rocedimento é repetido a cada 7 a
10 dias.
lmiquimod. O fármaco imu nomodulador imiq uimod (Al·
dara® creme) é mais eficaz sobre a peJe queratin izada mais es- Formo/. Pode ser considerado para casos resistentes. As verrugas
pessa (não genital) quando o cluído e utilizado em combinação em mosaico ou ou tras áreas grandes envolvidas podem ser trata.
com crioterapia ou com um agen te querntolítico. É essendal des- das com imersões diárias por 30 minu tos em soluç.1o de forma-
bridar a escama ・ウーNセ@ antes de aplicar imiquimod. O pacien te lina a 4%,. O tecido fixo, firme, é aparado an tes da su bsequente
aplica o creme diariamente e cobre com e.o;paradrapo (por tempo imersão. A so lução de formaldeído (a 10%) está com ercialmente
igual o u superior a 12 horas) para aumentar a penetração. A res- disponível para aplicação direta nas verrugas (o autor se refere à
posta ao uso de imiqui mod na su pe.rfid e plantar geralmente não comerdaliz.1ção nos EUA). Há um risco de ind uzir a sensib il iza-
é p recedida po r u ma reação inflam ató ria. ção ao forma l.
Terapia sugestiva. A tempia sugesti\'ll geralmente funciona Criocirurgia. A criocirurgia na plan ta do pé pode p roduzir uma
em pessoas até os 10 anos de idade. U ma casca de banana, um bolha profunda, dolorosa e interferir na mobilidade. Aplicações
o lho de batat.1 ou uma moeda aplicada sobre a pele e coberta com suaves e repetidas de nitrogênio líquido são p referíveis a um tra-
esparadrapo por u m período de 1 a 2 semanas tem sido eficaz em tamento 。ァイ・Nセウ ゥ カッN@ A crioternpia é igualmente eficaz quando apli·
crianças. O utra técnica consiste em de...enhar a parte do corpo cada com u m cotonete ou po r meio de um spray. Uma lâmina
acometida em um pedaç.o de papel e depois desenhar a verruga cinírgica é usada para dimin uir o volu me da verruga antes do
nessa figura. Os desenhos são rasgados e jogados no lixo. congelamento. O nitrogênio líquido é aplicado até que a forma.
ção de u ma bola de gelo tenha se espalhado a partir do cen tro,
incluindo uma margem de 2 mm ao red or de cada verruga. Um
ciclo duplo ou triplo de congelamento e descongelamen to pode
ser mais eficaz do que u m congelamento ú nico. O tratamento é
realiz.1do a cada 2 a 4 semanas durante até 3 mese.-..
463
Dermato logia CHnica
Figura 12-24 Verrugas periungueais. As verrugas podem es- Figura 12-25 Verrugas periungueais podem estender-se
tender-se sob a unha. O ato de roer a cutícula pode espalhar profundamente sob a unha.
as verrugas.
464
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
MOLUSCO CONTAGIOSO
Figura 12-27 Molusco contagioso. Inoculação em torno do Figura 12-28 Molusco contagioso propaga-se rapidamente
olho. na pele eczematosa. Esse paciente tem dermatite atópica na
fossa poplítea.
465
Dermatologia CHnica
MOLUSCO CONTAGIOSO EM PACIENTES INFECTA- rar a criocinugi.l. A pápula i. tocada levemente com um cotonete
DOS PELO HIV. O molusco contagio."" é uma ゥョセッ@ viral banhado em rtitrogé:nio ou spnzy até que a borda rongelada branca
cutânea comum e algumas vezes gravemente desfigurante em pa· evolua formando um halo de I mm na pde normal ao redor da le-
cientes com HIV. Ocorrem lesões faáais aúpicu seja com múhi· são. Isso dere levar cerca de S segundoo. Esse método ronservador
pias pápulas pequenas, seja rom tumores nodulares gijpntes. A destrói a maioria 、。Nセ@ lesões em uma a três sessões de tratamento com
criptococose: rutânea pode assemelhar....\e ao molusco contagioso intervalos de 1 ou 2 semanas e mramcnte produz uma cicatriz.
em pacie.ntes com AIDS. O exame citológico da pele com escova
revela leveduras com brotamento encapsuladas. Observa.se urna Cantaridina. A cantaridina, um extrato quimiovesicante do
relação inversa entre a contagem de CD4+ e o número de lesõe.'i besouro da família Meloiclae.. é muito eficaz, bem tolerado e se-
de molusco contagioso. guro em crianças. Ele penetrn na epiderme e induz vesirulaç.ão
através de ac.1ntólise. A cnntnridina é moderadamente aplir.ada
DIAGNÓSTICO. Se necessário, o diagnóstico pode ser fucil· em cada lesão não fitdal com a ponta romba de madeira do apli-
mente estabelecido por métodos laboratoriais. O vírus inf<.<ta as cador enmlta em algodão. O contato rom a pele circundante é
células epiteliais, criando grandes corpos de indusilo intracito· evitado, e um máximo de 20 lesões é tratado por consulta. A•
plasmáticos e rompendo as ligações celulares pelas quais as célu· áreas tratadas são lavadas com água e sabão após 4 a 6 horas, ou
las epiteliais geralmente são unidas. Essa falta de adertncia faz antes, se ocorrer 。イ、↑ョ」ゥセ@ desconforto ou vesirulação; a terapia é
com que o núcleo central da lesão fique mole. A confirmaçào r.l· repetida em intervalos de 2 a 4 semanas. /v; lesões formam bolhas
pida pode ser feita removendo uma pequena lesão com c:urrta e e podem desaparecer sem deixar cicatrizes. Ocasionalmente, no-
colocando-a com uma gota de hidróxido de potássio entre duas vas lesões aparecem no local da bolha criada rom cantaridina. As
lâminas de microscópio. A preparação é levemente aquecida e. em bolhas e a dor são brandas a moderadas, Algumas vezes ocorrem
seguida, esmagada com pressão firme em torção. As p:lpulas um· depressões ra'(as.
bilicadas maiores têm um centro mole,. e seu conteúdo pode ser
obtido pela escavação com uma agulha. fNBGセ@ material contém lmiquimod. A aplicaç5o noturna do fármaco imunomodula-
apenas as células infectadas e pode ser examinado direto1men te dor imiquimod (Aldora" creme) foi relatada como eficaz em
e m uma preparação de hidróxido de pot.íssio aquecido. A-l células crianças e adultos imunocomprometido..'i e imunocompetentes. O
infect:1das セッ@ escura.'i e redondas e 、ゥウー・ョセ。ュ Mウ・@ com fucilidade creme é aplic.1do durante várias semanas.
com uma pressão leve, ao passo que células epite.liais nonnais são
plana.s e retangulares e tendem a ficar juntas nas lâminas. Os VÍ· Hidróxido de potássio a 5%. Os pais são orient.1dos a
rions que saem da massa amorfa podem ser observados caso Secli- aplicar a solução preparada pelo farmacêutico 2 vezes ao dia com
Stain, uma coloração supravitaJ usada para corar os sedimentos um cotonete. Pode ocorrer uma ardência breve logo após a apli-
de urina, seja usada. O azul de toluidina tem os mesmos resulta· cação. A maioria das lesões desaparece em 4 semanas.
dos. lndusões vir.ús (grandes, eosinof\1icas, redondas, corpos in·
r:rncitoplasmáticos) são facilmente observada.• em uma amostra Podofilotoxina a 0,5%. Pode... tentar a aplicação diária de
de biopsia tt.ada e corada. podo61otoxina a 0,5% (Condylox") para casos resistentes a ou-
tros terapias.
TRATAMENTO. O lr.ltamento deve ser individualizado. Devem·
se usar métodos con.'iei'V3dores que não formam dc:atriz.e5 para Fita adesiva cirúrgica hipoalergênica. A fita é aplic.,da
cri:mças que têm muitas lesões. As lesões genitais em adulto.-; de· uma vez ao dia após o banho e é usada todos os dias até a ruptum
vem ser definitivamen te tratadas para evitilr a d issemin::u;íio por da le.<ião e o vaz.1me.nto do núcleo. O tempo médio para desilpa-
contato sexual (Cap. 11). Nova• lesões q ue são pequenas demais recimento é de 16 セ・ュ。ョウ N@
466
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Virais Capítulo 112 1
467
Dennatologla CHnica
retrógrado para os gnnglios da イセゥコ@ dorsal, e a latência é estab ele. A frequênda d e recorrência vnria c.om a localizaçio anatômica
cida n o gânglio. e o tipo de víru...;. ャ ョヲ・」Nセ@ orais por VHS· l recorrem mais fre..
quent emente d o qu e as infec.ções genitais por VHS-1; as infecções
genitais por VHS-2 rerorrem seis vezes mais do que infecções ge-
Infecção recorrente nitais por VI-IS.l, e a frequênda de recorrê:nda é menor para as
O traumatismo loolizado na pele (p. ex., a exposição à luz ultra- infecções orolabiais pelo VHS-2.
violeta, rnchadura., abrasão) ou alternções sistêmicas (p. ex.,
menstruação, fadiga, febre) reativam o vírus, que, em seguida, DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O diagnó>tico laborato·
pe:rrorre os ne:JVOS periféricos parn o local da infecção inicial e rial de herpes simples é abordado no Capítulo 11, que diJcute as
produz a infecção recorrente fool tfpic::o. Infecção rerorreote não infecções virais sexualmente transmi.uíveis. A detecç3o do vírus
é inevitável. Muitas pessoas têm aumento no título de anticorpos do herpes simples por reação rápida em cadeia da polimerase
e nunca apresentam recorrência. O.s sintomou prodrômicos de (PCR) é o método mais preciso e con6ável de detecç3o do vírus.
prurido ou ardência, com duração de 2 a 24 horas. assemelham-se Cultura e sorologia também estão disponíveis.
às da infecção primária. DentrO de 12 horas, um grupo de lesões
evolui rnpidame.nt.e a panir 、セ@ uma base ・イゥエュ。ッセ@ formando TRATAMENTO. Uma série de medid.1S pode ser tomada pam
pá pulas e. em seguida, ..,.rculas HfゥセᅦN@ 12-30 e 12-31). As vesículas aliviar o desconforto e promover a rurn; elas são desaiw nas ウ・セ@
em forma de cúpula, tens."\S, tomam·se escavadas rapidamente.. ções seguin tes. O uso adequado de agentes anrivirnis de uso tópiro,
Em 2 a 4 dias, eJas se rompem, formando erosões semelhantes a oral e endovenoso é desaito (Thbela 12-2 e Quadro 12-1 ). Os me-
aftas na área da boca e vnginal ou erosões cobertas por crosta-. nos dicamentos orais d iminuem a duração d.1 exae(!io viml, a forma·
lábios e na pele. A•' crostas caem em aproximadamente 8 dias, ção de nova lesão e vesíatlas e promovem uma r:tpid:t cicatriz..1Çio.
revela ndo uma superfrcie rosada reepitelializada. Em contraste A taxa de recorrência suhsequen te não é influenciada pelo aciclovir.
com a in fecção primária, os sintomas sistêm icos e linfnd enopatia Infecções por VHS resistentes no aciclovir est3o se tomando um
são イ。 イッウセ@ n menos que haja ゥョヲ・」Nセッ@ ウ・」オ ョ 、セイゥ。N@ problema em pacientes com AIDS. 1, Lisina não é eficaz.
468
Verrugas, Herpes Simples e Outras lnfecç.ões Virais Capítulo 112 1
INFECÇÃO PRIMÁRIA
A transmissão depa>de do contato íntimo e pesooal com alguém
que está excretando VHS. g・ョァゥカッセエュ。@ e furingite são as
manifestações mais frequeotes do primeiro episódio de infecr;ão
por VHS-1. A infecção ocorre mais comumente em aianças entre
I e 5 anos. O período de incubar;ão t de 3 a 12 dias. Embora a
maioria dos casos seja bran<b. alguns são grava. Dor de g;ugant.,
e febre podem preceder o aparecimento de vesículas dolorosas
que ocorrem em qualquer lugar na cavidade oral ou na f.,ce (Figs.
12-32 e 12-33). As vesículas coalescem rapidamente. erosando
com e:xsudato superficial, branco, c em seguida amarelo puru-
lento. As crianças não conseguem ingerir líquidos por causa de
edema, ulcerações e dor. Há desenvolvimento de linfudenopatia
cervical sensível. A febre desaparece em 3 a 5 dias, e dor na boca
Figura 12-30 A les3o recorrente é um grupo pequeno de ve- e erosões geralmente desaparecem em 2 semanas; em casos gra-
sículas que, assim como as lesOes primárias, evolui formando ves, podem d urar 3 semanas.
pústulas umbilicadas e depois crostas.
INFECÇÃO RECORRENTE
A.o:. recorrências apresen tam u ma média de duas ou lTêS por ano/
mas podem ocorrer até 12 vezes por ano. As infecções o r:ais por
VHS-1 recorrem com mais freq uê.nda do q ue as ゥョ ヲ・アNセ@ o rais
por VHS-2. O herpe.• simples oral recorrente pode surgir c.omo
u m agrupamento localizado de pequenns úlcerns na ctwidade
o ral, mas a manifestação mais comum consiste em erupções na
borda d o vermelhão do lábio ( herpes labial rec:idivante) (Pigs.
12-34 a 12-37}. Febre ('bolhas da febre'), infecções do trato res-
pirató rio superior e a exposição à luz ultmvioleta, dentre outras
coisas, podem preceder o início. O curso cb doença n::t região
orolabial é o mesmo de out:rrus áreas. 0$ pacientes imunodeprimi-
d os estão sob risco maior de desenvolver lesões nos lábios, na
cavidade oral e na pele circundante. As lesões 13mbém podem
aparecer no lábio superior e queixo. A taxa de recorrênàa e a
história narural de longo prazo não estão bem definidas. Muitas
pessoas sofrem uma redur;ão da frequênc:ia de recidivas, mas ou-
tras sofrem um aumento. Uma história de herpes labial recidi-
vante está presente em 38% dos esrudantes universitários. A pre-
Figura 12-31 Pequeno grupo de vesículas em uma base eri- valência de excrer;ão assintomática do VHS após reoorrtnóa varia
tematosa s3o as lesOes Iniciais.
de I% a 5% em adultos.
469
Dermatologia CHnica
Figura 12-32 A boca está inflamada. As vesículas umbilica- Figura 12-33 O paciente está febril. As lesões não são agru-
das são amplamente espalhadas pela área perioral. padas como no herpes recorrente.
Figura 12-34 Toda a superfície dos lábios está envolvida Figura 12-35 A recorrência envolve duas áreas simultanea-
nesse caso, estimulada pela exposição ao sol. mente.
Figura 12-36 O herpes recorrente começa com um pró- Figura 12-37 Vesículas de herpes recorrente evoluem em al-
drama de prurido ou ardência. Um grupo de vesículas aparece guns dias formando crostas. O d iagnóstico é sugestivo porque
em uma base eritematosa. Episódios anteriores na mesma área as crostas são redondas, pequenas e agrupadas. Episódios an-
são típicos. teriores confi rmam o diagnóstico.
470
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
471
Dermatologia CHnica
Figura 12-41 Panarício herpético. Pústulas agrupadas po- Figura 12-42 Panarício herpético. Inoculação após exame
dem ser diagnosticadas como uma infecção bacteriana. A re- da boca do paciente.
corrência no mesmo local foi o indício para o diagnóstico.
Figura 12-43 Herpes das nádegas. O diagnóstico é suges- Figura 12-44 Herpes recorrente das nádegas. Lesões recor-
tivo devido à apresentação clássica de doença recorrente com rentes na mesma área que evoluem de vesículas para crostas
vesículas agrupadas altamente típicas, de tamanho uniforme fazem o diagnóstico clínico. Os pacientes com herpes das ná-
sobre uma base eritematosa. Essa apresentação é observada degas podem ter recidivas em diversas áreas das nádegas.
quase exclusivamente em mulheres. As recidivas podem ser Grupos de cicatrizes redondas pequenas podem ser a única
frequentes e muito perturbadoras; a terapia supressora pode evidência de recorrências anteriores.
melhorar significativamente a qualidade de vida.
472
Verrugas, Herpes sゥューォセ@ e Outtas Infecções Vitais Capítulo 112 1
Figura 12-45 Eczema herpético. Inúmeras lesOes espalhadas Figura 12-46 Eczema herpético. As lesões em volta dos
pela face nesse paciente com dermatite atópica ativa. olhos são uma apresentaçao comum nas crianças.
473
Dermato logia Cllnica
+
melha de 2 a 4 m m, que desenvolve um contorno irregular (pé-
t.1la de rosa) à medida que uma vesícula clara de parede fi na surge
na superfície (orvalho) (Fig. 12-47 ). Essa lesão 'gota de orvalho
numa pétala de rosa .o- é bastante típica. A vesírula fica umbilicada
e turva e rompe-se em 8 a 12 horas1 formando uma crosta à me-
dida que a base vermelha de.-.aparece. Os grupos recentes de lesões
adidonais1 que passam pelo me.-.mo processo1 ocorrem em todas
as áreas em intervalos irregulares d urante os próximos 3 a 5 dia..-.1
conferindo o q uadro característico de pápulas, カ・ウ ■ イオ ャ 。ウセ@ pústulas
e crost.1s misturadas. Prurido moderado a intenso geralmente está
presente durante a fase vesicular. O grau de elevação da tempera-
tura é paralelo à extensão e à gravidade da erupção e varia de
38,3° a 401 .'i 0 C. A temperatura volta ao normal quando 。セ@ vesí-
culas já desapareceram. As crostas caem em 7 dias (em média de
5 a 20 d ias) e se ruram sem fonnar cicatriz. lnfecç.1o ou escoriação
seamdária estende o processo até a derme, produzindo uma cica-
triz de cat.1porn semelhante a uma cratera. A-. vesírulas frequente-
Forma-se uma crosta no centro, que subsequentemente subs- mente se fonnam na cavidade oral e na vagina e ro mpem-se rapi-
titui a porção remanescente da vesícula na periferia. damente formando múltiplas úlceras semelhantes a aftas.
Fi gura 12-47
474
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
COMPLICAÇÕES
...
•• Infecção cutânea. A complicaçlío mais comum em crianças é
.. a infecção bacteriana da pele (Fig. 12-49). Deve-se suspeitar de
...' ... • •• • •
infecção secundária quando as vesirulopústula.s desenvolvem
• • •
..· : '
•• áreas desnudadas, úmidas e grandes, especialmente q uando as
'• lesões se tomam dolorosas.
..
• Complicações neurológicas. A complicação extracutânea
mais comum é o en volvimento do sistema nervoso central. Ence·
falite e síndrome de Reye são complicações da varicela. Existem
dua'ic formas de ence.fulite. A fonna cerebelar observada em crian.
ças é au tolimitada e ocorre rew.peraçâo completa . Há ataxia com
nist.1gmo, ce.fuleia, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Os paden.
te.'i' aduJtos com encefuJite apresentam alteração sensorial, convuJ.
sões e sinais neurológicos fornis, com uma taxa de mortalidade de
até 35%. A síndro me de Reye é uma ence.fulopatia não intlamató.
ria aguda associada a hepatite ou a met.1morfose gordurosa do
fígado; 20% a 30% dos casos de síndmme de Reye são precedidos
por varicela. A taxa de letalidade é de 20%. Os salicilatos usados
durante a infecção por varicela podem aumentar o risco de desen.
volvimento de síndro me de Reye.
Figura 12-48 A doença inicia-se com lesões no tórax e de- Figura 12-49 Infecção secundária com impetigo é comum
pois se espalha para a face e as extremidades. em crianças. Escoriação pode predispor a infecções.
475
Dermatologia CHnica
Pneumonia. A pneumonia por varicela ocorre em I a cada 400 catapora hemon:ígica, também chamada de catapora maligna, é
casos. A pneumonia é rara em crianças ョッイュ。セ@ m.as é a compli· uma complicação grave em que as lesões são numerosas, frequen-
cação grave: mais comum em adultos normai5. A pneumonia viraJ temente bolhosas e ocorre sangramento na pele, na base da lesão.
se desenvolve I a 6 dias após o início da erupção. Na maioria dos As bolhas ficam marrom-aruras e em seguida pretas à medida que
casos é assintomática e só pode ser detectada com um exame de o sangue se acumula no lrquido da bolha. Os pacientes geralmente
raios X de tórax. Podem ocorrer tos.<;e, dispneia, febre e dor no apresentam quadro sistémico tóxicos, com febre alta e delírio e
peito. A taxa de mortalidade por pneumonia da varicela do adulto podem desenvolver convulsões e coma. Eles frequentemente apre-
é de 10% dos pacientes imunocompetentes e 30% dos pacientes sentam sangramento ga.stmintestinaJ e das membrana-. muoosas.
imunocomprometidos. Comumente há ocorrêndn de pneumonia com hemoptise. A taxa
de mortaJidade foi de 71O/o e m uma série de pacientes.
Outros. A hepatite é a complicação mais c.omum em pacientes
imunodeprimidos. Graus leves detromboàtnpenia podem acom- Catapora e infecção pelo HIV
panhar G'\SOS de rotina.
Muitas crian(OS com infec(Jio pelo HIV que adquirem varicela tém
um auso dínko não complicado e têm uma resposta significativa
Varicela no paciente imunodeprimido dos anticorpos ao VVZ. Alguns. no entanto, apresentam varicela
Pacimt.a: com câncer ou paámtes que estão tomando fánnacos crônica,. recorrente: ou persistente. A varicela em pacientes adultos
imunossuprasores, partirulannmte conicosteroides sistêrnicos e infeaados pelo H1V é uma infecção potmcialmmte grave, mas
intranasais, têm erupções extensas e mai.• complicações. A taxa de esses pacientes respondem bem ao tratamento com acidovir. O
mortali<L1de de crianças imunodeprimidas ou crianças portadoras estado imunológioo à varicela não está correlacionado ao dedínio
de leucemia t de 7% a 14%. Os adultos com 、ッ・ョH\セ@ maligna e da contagem de célul:u CD4+ e é bem preservado, mesmo em
v:uicela têm uma taxa de mortalidade de até 50% (Figura 12·50). A pacientes com menos de 200 células CD4+/mm>.
476
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 11 2 1
477
DeronaLologla CHnlca
N pessoas não devem tomar a vacina da varicela caso já te- Adultos. O mtamento precoce com aáclovir oral (800 mg. S
nham tido uma reação alérgica com risco de vida a gelatina, ao vezes por dia durante 7 dias) diminui o tempo de ócatrização
antibiótico neomiána ou a uma dose. anterior da vacina contra a rutânea da varicela do adulto, diminui a duração da febre e mo-
varicela. As mulheres grávidas deYem esperar para Lomar a vaóna dera os sintomas. O iníóo da terapia após o primeiro dia da do-
conl1'3 a varicela até depois do pano. As mulheres não devem ença não tem nenhum valor e:m casos de va.ricela não complicada
engmvidar até 1 mês após tomar a vacina contra カ。イゥ」・ャZセ L N@ A vaàna do adulto.
com o vfrus vivo atenuado não deve ser administrada em pacien-
tes com infect;.ão por HIV ou em outros pacientes imunodeprimi- Pacientes imunocomprometidos. Os estudos mostram
dos. que ー。」ゥ・ョエNセ@ imunodeprimidos エイZ。、ッセ@ com addovir 。ー イ ・ウ ョ エ。セ@
Quem já leVe varicela n ão precisa da vacina. A meia 。ョッセ@ cerca rnm morbidade reduzida decorrente d.1 disseminação vi.sceral;
de 1o,.& das ー・ウNキ。セ@ que receberam a vacina contra a variceJa 、・Nセョᆳ houve um efeilo modesto sobre a d oença cutânea (Tabela 12-2 ).
volve. rntnpora. As infecções adquiridas pe.la vaána s3o mais leves O aáclovir (500 mgfm2 por via inuavenosa a cada 8 horas du-
do que a セイゥ」N・ Nャ 。@ normal Os pacientes geralmente têm menos de rante 7 a !O dias) é o f.!rmaco de escolha para o Lmtamento da
50 lesões, que não formam bolhas. Eles também se apresentam varic.ela em pacientes imunodeprimidos..
afebris e n3o apresentam complicações. A infusão conúnua de aóclovir pode ser benéfica para infec·
A incidênci't de herpes zóster em crianças com leucemia não é ções por WZ graves, ameaçadorall da vida, que são resistentes ao
maior do que nas crianças que tiveram varicela natural tratamento com o esquema convencional, e talvez até mesmo
infecções por vírus do herpes resistentes ao aóclovir. Uma infusão
TRATAMENTO conúnua de aáclovir a uma l3Jta de 2 mgfkg de peso corporal/
hora (2.250 mgfdia) foi eficaz em um relato.
As loções antipruriginosa• brandas (p. ex., Sarna Anti-lt.c h• lcãn- As cepas de WZ resistentes ao aádovir foram relatadas em
forn e. mentol isentos de pre.セ」イゥ ̄ッ}I[@
compressas úmidas, frias; paáentes com AIDS. O foscamet é potenáalmente eficaz em ce·
banhos momos e antitérmicos (excluindo ácido acetilsalicílico pas de VVZ resistentes ao nciclovir.
por musa de sua 。セッ、NQ@ com a síndrome de Reye) proporcio-
nam alívio sintom:itico. Os anti-histamínico.s (p. ex., hidroxizine) VZIG. O tmtamento preventivo estó disponível após a exposição
podem njud3r a controlar a escoriação. Os antibióticos ornis ati- à varicela parn as pesso as suscetíveis que não s.1o indicadas para
vos conLm Streptoax:a•s e Staphylococcus são indicados para lesões receber a vacina contra o vírus. A imunoglobulina contra o カ。イゥセ@
secundariamente infectada.\. cela-zóster (VZIG) pode prevenir ou modificar a doença após o
contato com algué.m com catapora. A VZIC é recomendada s.o-
ACICLOVIR mente para pessoas com alto risco de desenvolver doença ァイ。セ@
Crianças e adolescentes. Tratamento inióal oral com aá- que não são indicadas para receber a vacina da varicela.
clovir inióado em um período de 24 hornll após o inlóo da do- Os indivíduos a seguir podem ser incluídos nesse grupo:
ença para crianças saudáveis com erupção úpica de varicela re- • Recém·nascidos rujas mães tenham varicela 5 dias antes a
sulta em uma redução da febre I dia depois e uma redução 2 dias após o pano;
aproximada de 15% a 30% na intensidade dos sinais e sintomas • Os bebês prematuros expostos à varicela no primeiro mês
rutâneos e sistêmicos. Não se demonstrou que o tratamento re- de vida;
duz a セBGx。@ de complicações agudas, prurido, disseminação de in- • Crianças com leucemia ou linfoma que não foram カ。」ゥョ セ@
fecções ou duraç1io de ausência na escola. das;
O Comitê em Doenças Infecciosas da American Academy of
• Pessoas com imunodeflde,nci:ts celulares o u ou tros pro·
Pe.dintrics publicou recomendações para o U.\O cle acidovir ora l
blema.s do sistema imunol6gko;
em crianças saudáveis com varicela. As イ・」ッュ ョ、。 N ・セ@ ウセッ@ que: • Pessoas que rereMm medic.1mentos, tais como altas doses
(1) a terapia com acidovir por via oral não seja rotineiramente
de esteroides sistêmiCO$, que suprimem o sistema imuno-
recomendada para o tratamento de varicela não complicada em
lógico;
crianças saudáveis e que. (2) para determinados grupos com ri=
• Mulheres grávidas.
aumenu.do de varicela grave ou suas complicaçôest o trau.mento
Não há comprovação de que a VZIC seja útil no IJ'3tamento da
com aóclovir por via oral para varicela seja considerado ca.'IO
varicela ou de zóster clinico ou na prevenção de herpes zóster
possa ser iniciado na5 primeiras 24 horas após o inicio da erupção
cutânea. Esses grupos incluem indivíduos não grnvidos saudá''eis, disseminado. A duração da proteção é estimada em 3 semanas.
Os padentes expostos novamente mais de 3 semanas após uma
de 13 anos de idade ou mais velhos, e as crianças com idade su-
perior a 12 meses com uma doença crônica cutânea ou pulmonar dose de VZTG devem receber outra dose completa. A VZTC é ad-
e aqueles que estria recebendo terapia de longo prazo com salici- ministrada por via intramus.culnr.
A VZIG deve ser administrada o mais rapidamente possível,
lato, embora não セ・@ tenha demonstrado que no último caso o
ma.'i não mais que 96 horas npós a exposição à varicela. A produ·
risco reduzido para セ■ョ、 イ ッ ュ ・@ de Reye tenha resultado dn terapia
com acidovir ornl ou de uma doença mais brnnda com vnrir.ela. ção de VZTG foi descontinuada nos E.•tndos Unidos em 2006. U m
prod uto semelhante, VariZlC1 ・Nセエ£@ 、ゥセーッョ■カ・ャ@ atualmente.
478
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Virais Capítulo 112 1
479
Dermatologia CHnica
Grupo de vesículas que variam de tamanho. Vesículas de her- Vesículas tornam-se umbilicadas e depois formam crostas.
pes simples são de tamanho uniforme.
Grupos confluentes de vesículas em um caso altamente infla- Vesículas evoluem para crostas e podem subsequentemente
mado. formar cicatriz se a inflamação for intensa.
Figura 12-53
480
Verrugas, Herpes s ゥ ューォセ@ e Oultas Infecções Vitais Capítulo 112 1
FAS E ERUPTIVA. A erupção começa com placas vennelhas Embora geralmente limitada à pele de um único dermátomo
inchadas de tamanhos variados c dissemina-se ・セキッャカ」ョ、@ parte (Fíg. 12-54 ), a erupçAo pode envolver um ou dois dennátomos
de um dcrmátomo ou sua totalidade (Fíg1. 12-54 a 12-61 ). As adjacentes (Fíg. 12-SS). Às veza, ウキァ・セョ@ algumas vesículas ao
vesfrulas ウキァ・セョ@ em grupos a panir da base eriteJnatosa c tomam- longo da linha média. A erupção é rara em dermátomos bilateral-
se turvas, com secreção purulenta por volta do 3• ou 4• dia. Em mente simétricos ou assimétricos. Aproximadamente 50% do.s
alguns casos, não há fonnação de vesículas, ou el01,s são tão peque· pacientes com zóster não complicado têm uma viremia, com o
nas que. são difíceis de ver. As vesírula.\ variam em t..1manho, em aparecimento d e 20 a 30 ""sfculas espalhadas sobre a superficie
contraste com o conjunto de vesírulas de tamanho uniforme ol>- da pele fora do dennátomo acomt!tido. Possivelmente pelo fato
servado no herpes simples. Sucessivos grupos de vesCrula.s conti- de a varicela ser centrfpeta (localizada no tórax), a região torácica
nuam n surgi r por mais 7 d ias. As vesículas sofrem u mb ilirnç.ão é acom etida em dois terços dos casos de herpe.'i zóster. U m ilt.'lque
(Fig. 12-53) ou ruptura antes de forma r uma crosta, que cai em 2 de herpes zóster não confere imunidade d uradoura, e é possível,
a 3 semanas.. Pacientes idosos o u debilit.1dos podem ter uma evo.. embora muito raro, ter dois ou trê.'i episódios na vida.
luçilo prolongada c difícil. Para eles, a erupçilo é tipicamente mais
extensa e inflamatória, ocasionalmmte: resultando em bolhas DOR. A dor aguda associada ao herpes zóstcr e à neuralgia pós-
hemorrágicas, nccrose da pele, infecção bacteriana secundária ou herpética ( NPH) é neuropática c resulta de lesão dos nervos peri-
ciatriz.es extensas, que por vezes são hipe:n:róficas ou queloidais. férioos, alterando o processamt:nto de sinais pelo sistema ne::n"Oso
central. Após a le:s.io, os neurônios periféricos 、」ウ。イ・ァ[セュ@ espon-
taneamente, têm mmor limiar de ativação e apresentam respostas
exageradas a estímulos. O recracimmto axonaJ após a lesão pro-
duz brotos nervo.'I<>S que também estão propensos à descarga não
provocada. Acredita-se que a atividade periférica excaoriva leva a
hipcrexcitabilidade do como dorsal, resultando em respostas exa-
geradas do si.stemi1 nervoso central a todos os estímulos. Essas
mu dançm; podem ser tao complexas que nenhuma abordagem
terapêutica ir:i melhorar todas ns a normalidades.
481
Dermatologia CHnica
HERPES ZÓSTER
Figura 12-56 Apresentação comum com envolvimento de Figura 12-57 Distribuição em único dermátomo unilateral
um único dermátomo torácico. envolvendo o ramo mandibular do quinto nervo.
Figura 12-58 Quase toda a superfície cutânea de um der- Figura 12-59 Zóster do pênis parece exatament e igual ao
mát omo é envolvida. Zóster é observado em crianças. herpes simples.
Figura 12-60 Zóster da mão é uma apresentação que con- Figura 12-61 Zóster com infecção de quase toda a superfí-
funde. Reação a hera venenosa era o diagnóstico inicial aqui. cie da pele de dois ou três dermátomos.
482
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Virais Capítulo 112 1
Herpes zóster durante a gravidez APRESENTAÇÃO CÚNICA. Cefaleia, náuseas e vômitos são
sintomas prodrômicos. O envolvimento pré-aurirular ipsilateral,
O herpes z.ó<ter durante a gravidez, independentemente de ocor- e, às セ@ o envolvimento nodal submaxilar, é um evento ーイッ セ@
rer no ini'óo ou mais tarde, parece não ter efeitos deletérios sobre drômico comum. A Jinfadenopatia reativa pode ocorrer mais
• mae ou o behé. tarde, com infecção secuncLiria das vesírulas. O ramo oftálmico
do quinto nervo crnninno emite ramos para o tentório e para o
terceiro e sexto nervos cr:ani:mos1 o q ue pode explicar os sinais
menín geos e, ocasionalme nte, as paralisias do tercei ro e sexto
nervos cran ianos as..wci;:,das ao herpes zóster oft.1lmico. A erupção
se esten de desde o nCvel do olho até o vértex do crânio, mas não
cruza alinha média Hfゥセᅦc@ 12-62 e 12-63). Herpeszósteroftálmico
Figura 12-62 Herpes zóster (zóster oftálmico). Envolvimento Figura 12-63 Herpes zóster (herpes zóster oftálmico). Infec-
do primeiro ramo do nervo trigêmeo. Vesfculas na lateral do ção virulenta da pele e dos olhos.
nariz s.'io associadas às complicações oculares mais graves.
483
Dermatologia Cllnica
pode ser re.'itrito a determinado..-. ramos do ner.ro trigêmeo. A Envolvimento ocular. Entre 20% e 72% desenvolvem com-
ponta e a lateral do nariz e dos olhos são inervadas pelo ramo p licaçõe.-. orulare.-.. Uveíte anterior e as diversas variedades de
nasociliar do nervo trigêmeo. A.o:. ves-ícula..-. na lateral o u na ponta querntite são mais comu ns, afetando 920/o e 52<>/b dos pacientes
do nariz (sinal de Hutc.hinson) q ue ocorrem durante u m episódio com comprometimento orular, respectivamente. Complicações
do zóster são a....sociadas às complicações orulare:s mais graves, ameaçadoras da visão induem q ueratite neuropática, perfuração,
como doenças conju ntivais, da córnea, da esdern e outras doenças glaucoma sea.mdário, esderite po..rteriorjsíndrome do ápice orbi-
oculares, embora isso não seja invariável. O envolvi mento de tal, neurite óptica e necrose aguda da retina (Tabela 12-3 ). Vinte
outros ramos sensórios do n ervo trigêmeo provavelmente produz e oito por cento dos olhos inicialmente envolvidos desenvolvem
envolvimento periom lar, mas poupa o globo orular. Ocorre dor doença oadar de lon go prazo (6 meses), sendo que uveíte crô-
aguda em 93% dos pacientes e esta perdura por 6 meses em SQENセ@ nica, queratite e ulceração neu ropática são as mais comuns.
dos paciente.-.. Dos pacientes com idade igual ou su perior a 60 O tratamento imediato com fármacos antivirais por via oral
anos, a dor persiste por 6 meses em 30% dos casos ou mais, e esse (Thbela 12-4) reduz a gravidade da eruPS<'ío rntânea, a incidência
percentual sobe para 71 Ofo naquele.-. com 80 anos ou mais. e a gravidade de manifestações oculares tardias e a intensidade de
NPH. Após 6 mese.-., são observadas complicaçõe.-. inflamatórias
oculares tardia..-. em 29,1% dos paciente.-. tratados com aciclovir
ver:sus 500AI a 71% dos pacientes' não tratados. A pomada oftálmica
de acidovir a 3% pode ser utilizada parn complicações oculares
estabelecidas.
Tabela 12-3 Complicações Oculares em 86 Pacientes com Herpes
Zóster Oftálmico• Sindrome de Ramsay Hunt. A definição restrita da sín -
drome de Ramsay Hunt (zóster do gânglio genirulado) é a parali-
Complicação N° de Pacientes sia do nervo fada( periférico acompanhada por uma erupção ve-
Envolvimento palpebral 11 sicuJar n a orelha (zóster ótico) ou na boca. É causada por zóste r
do gânglio genirulado. O utros sinais e sintomas frequente.-. in-
Envolvimento da córnea 66
cluem zumbido, perda aud itiva, ョ£オウ・。セL@ vômitos, vertigem e
Envolvimento da esdera 4 ョゥ セGエ。ァュッ N@ Essas carncterísticas do Vlll nervo craniano são causa-
Formação de dcatriz canalirular 2 das pela proximidade entre o gânglio genirulado e o ner.ro vesti-
bulococlear dentro do canal ós_-;eo facial. A paralisia de Bell (pa-
Uveíte 37 raJisia facial sem erupção rutfinea) está significativamente
Glaucoma (secundário) 10 associada à infecç.1o peJo vírus do herpes simples.
Há envolvimento da porção sen.•mrial e da porção motora do
Glaucoma (persistente) 2
VTJ ner.ro craniano. Pode haver perda u nilaternl do paladar nos
Catarata 7 dois terços anteriore.-. da língua, bem como vesículas na mem ·
brnna timpânica, meato auditivo externo, ouvido externo e pavi.
Envolvimento neuroftálmico 7
Ihão aurirular. O en volvimento da divisão motora do VIl nervo
Neuralgia pós-herpética 15 crnniano a msa paraJisia facial unilateraL Ocorre envolvimento do
*Alguns pacientes tiveram mais de uma manifestação de en110lvimento. nervo auditivo em 37,2% dos pacientes, resultan do e m déficit'i
Modificado de Womacl: P\1, liesegang TJ: Arch Ophtha/mo/1 01 :44, a uditivos e vertigem. A reruperação da paralisia motorn geral·
1983. Com pennissáo de Mayo Foundation. PMID: 6600391 mente é completa, mas é possível uma fraqueza residual. Sweeney
484
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Virais Capítulo 112 1
Figura 12-64 Zóster ilioinguinal e sacra!. Zóster dos dermá- Figura 12-65 Herpes zóster pode não ser esperado quando
tomos de T1 2, L1-L2 e S2-S4 pode, ocasionalmente, causar as lesões aparecem em áreas incomuns. O pródromo de dor e
bexiga neurogênica. Retenção urinária aguda e poliúria são os surgimento súbito de vesfculas agrupadas, crostas ou erosões
sintomas mais comuns. confirmam o diagnóstico. As vesículas são maceradas for-
mando erosões nas áreas intertriginosas.
485
Dermatologia CHnica
Duração da dor. A dor pode persistir em u m dermátomo por Paresia motora. A fraqueza musrular no grupo de músrulo_s
mese.-. o u anos após as le.ttôes deu pareceram. A probabilidade de as..'\.Ociada ao dermátomo infect.1do pode ser observada ante.-.,
dor de longa d uração em paciente.-. não tratados com fármacos duran te ou após um episódio de herpes zó..rter. A paralisia geral·
antivirais é baixa. Um estudo amplo forneceu os dados a seguir. mente ocorre nas p rimeiras 2 a 3 semanas apó.-. o início do exan·
Independentem ente da idade,. a incidência de d or foi de QY L RENセ@ tema e pode persistir por várias semanas. A fraqueza resulta da
em 1 mê.'i; 7,2% em 3 meses e 3A<>;b em 1 ano. Entre os pacientes 、ゥウNセ・ュ ゥョ 。 ̄ッ@ do vírus a partir do gânglio da raiz d orsal até o
menores de 60 anos, o risco de NPH 3 meses após o início da como anterior da raiz. Pacientes na sexta a oitava décadas de vida
erupç.1o por zóster foi de 2o/o e a dor era branda em todos os são mais comumente envolvidos. As neumpatias motoras geral·
casos. Após 60 anos de idade,. tanto a frequência como a inten- mente são transitórias, e aproximadamente 75% dos pacien tes se
sidade da dor aumentaram, em bora dor moderada fosse rara reruperam. Elas ocorrem em aproximadamente 5% dos rnsos de
após 3 meses e dor intensa não fosse comum em todos os mo- zóster, mas em até 12% dos pacientes com zóster cefálico. A sín·
mentos (Fig. 12-66). A probabilidade de ter NPH grave após 3 drome de Ramsay Hunt é responsável por mais de metade das
mese.-. ne.-.sa faixa etária foi de m enos de 70/o, e foi inferior a 30/o neuropatias motoras cefálicas.
em 12 meses.
Uma vez presente, a neu ralgia pode persistir d urante anos, mas Encefalite. Os sintomas neurológiros caracteristicamente sur-
a イ・ ュゥウNセッ@ espontftnea pode ocorrer após vário..-. anos. gem nas p rimeiras 2 semanas do início das lesões de pele. É pos-
sível que a encefulite seja im uno med iada, e não resultado de in·
Fisiopatologia da dor. A neuralgia pós-herpética está asso- vasâo viral. Os pacientes com maior risco são aqueles com zóster
ciada à formação de cicatriz do gânglio da raiz dorsal e à atrofia do trigêmeo e disseminado, bem como os imunodeprimidos. A
do como dorsal no lado acometido. Essas mudanças são causadas taxa de mortalidade é de JOOA, a 200A,, sendo que a maioria dos
por inflamação extensa que ocorre durante a infecção ativa. sobreviventes recupera-se completamente. O diagnóstico é di6·
rultado pelo fàto de que o vírus raramen te é isolado do líquido
Disseminação. Algumas vesírulas podem ser encontradas dis- cerebroespinaL A cont.1gem de céJulas e a concentraç.1o de prote-
tantes do dennátomo acometido em pacientes imunommpeten· ínas do líquido cerebroespinhal são elevadas na encefaHte e em
tes e provavelmente é resultado da 、ゥウNセ・ュ ゥョ 。 ̄ッ@ hematogênka aproximadamente 400/o dos pacientes com zóster típico.
do vírus. A disseminaç.1o rutânea é definida como mais de 20
vesículas fora dos dermátomos primários e imediatam ente adja· Necrose, infecção e cicatrizes. Os pacien tes idosos, desnu-
centes. A disseminação visc.eral (pulmões, fígado, cérebro) ocorre tridos, debilit.'ldos ou imunodeprimidos tendem a ter um curso
em 10% dos pacientes im unocomprometidos. Além disso, os pa· mais virulento e mais extenso da doença. Toda a área da pele de
cientes com doença de Hodgkin são excepcionalmente suscetiveis u m dermátomo pode ser perdida após vesiculação difusa. gイ。ョ セ@
ao herpes zóster. Além disso, JSOA, a 500/o dos pacientes com zós. des crostas aderentes promovem infecção e aumentam a ーイッヲオョ セ@
ter que possuem doença de Hodgkin ativa têm doença dissemi· d idade do envolvimento (Fig. 12-67). Em seguida, ocorrem cica-
nada que en volve a peJe, os pulmõe.-. e o cérebro; 10% a 250A, dos trizes, por vezes hipertróficas, ou queloides.
pacientes morrem. Nos pacientes com outros tipos de câncer, a
morte devido ao zóster é incomum. Os pacientes infectados pelo
HN com zóster apresentam aumento das complicações neuroló-
gicas (p. ex., meningite asséptica, rndirulite e mielite) e com plica·
ções oftalmológicas.
100
- - - 60·90 anos
80 ------- 0.59 anos
セ@
"' 60
1"'
"'
·o
:3.
セ@ 40 -
* 20
o
o 2 3 4 5 6 7
Tempo (anos) Figura 12-67 Herpes zóster. Envolvimento maciço de um
Figura 12-66 Gráfico de duração de qualquer dor desde o início dermátomo: inúmeras vesículas foram substituídas por crost as
do herpes zóst er entre pacientes nos dois grupos etários. grandes.
486
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Vimis Capítulo 112 1
Celulite. A erupçJío do herpes zóster pode nunca evoluir para o ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO. o tratamento para herpes
est..igio vesirular. A.o:. placas vermelhas, inflamadas, edemaciadas zóster agudo pode acelerar a rura. controlar a dor e reduzir o risco de
ou urticarifonnes podem parecer infectadas, mas geralmente têm complicações. O herpes zóster agudo provoca dor mista somática e
uma superfície fina em "'pedra de calçamento"' indicativa de um neuropática (dor decorrente de uma lesão do nervo) de intensidade
conjunto de vesírulas m inúsculas. Uma biopsia da pele mostrn variável. A dor deve ser oontrolada. A terapia antiviral nas primeiras
alterações características. 72 horas desde o aparecimento da erupção cutánea ou dor radicular
e o lL'ID de 。ョャァ←ウゥ」ッNセ@ como os opioides (se necessário), b loqueios
de nuvos e terapia antidepressiva precoce são as opçôe.'i de trnta-
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL mento. A dose e o fánnaoo devem ser selecionado..-:. de acordo com as
Na maioria dos casos, faz-se urn diagnóstico clínico; a confinna- necessidades individuais de cada paciente. Se medicamentos anaJgé-
ção laboratorial geralmente é de.mec.essária. Os métodos labora- sicos menos potentes forem ineficazes, devem-se prescrever agentes
toriais para identificação são os ュ・Nセッウ@ que para herpes simples. mais fortes até que a dor seja aliviada ou ocorram ・ヲゥエッNセ@ colaterais
E.•fregaços de Tzanck, biopsia de pele, pesquisa de anticorpo_•, limitadores da dose. É po.o:.sível que o trntamento inicial agressivo
」ッ ャ ッイョ・Nセ@ imunotluore.•..centes para detecção de anticorpos em evite a NPH. O tratamento oom amitriptiJina e fánnacos relaciona-
líquido vesicular, m icroscopia eletrônica e rultura do líquido ve- dos, bloqueio de ョ・イカッNセ@ efou opioides logo após o desenvolvimento
sicuJar são alguns dos ・ク。ュNセ@ a serem considerados. O teste ini- da dor aguda pode ajudar a prevenir a sensibilização do sistema
cial de escolha é um esfregaço citológico ( e.megaço de Tzanck). O nervoso central que podem levar à persistência da dor. Os pacientes
exame não diferencia herpes simples da varicela. A base de urna que desenvolvem neuralgia pó..,_herpética s.'io tratados com gabapen-
lesão precoce é raspada e corada com hematoxilina-eosina, Gie- tina, pregabalina, opioides, antidepressivos triádicos, adesivo..-:. de
msa, coloração de \Vright, azuJ de toluidina ou coloração de Pa- lidocaína a 5% e capsaicina. A neuralgia pós-herpética refratária ao
panicolau. \...élulas gigantes muJtinudeadas e células epiteJiais tratamento pode responder a abordagens não fàrmacológicas por
que contêm inclusões intranucleares acidófilas são observadas. O um especiaJist.'l em controle da dor.
zóster é observado cerca de sete vezes mais frequentemente em
pacientes com HTV Deve-se solicitar um teste de HIV se indicado. Terapia tópica. Soluç.'io de Burow ou água fria podem ser
usadas em uma compressa úmida. As 」ッューイ・NLセ。ウ@ aplicadas du·
VACINA CONTRA VARICELA ZÓSTER. A imunização com rante 20 m inutos V.írias カ・Nコセ@ ao dia, maceram as vesículas, remo-
uma vacina contra a varicela aument.1 a imunidade ceJular, redu- vem o soro e a crost.1 e suprimem o crescimento bacteriano. Uma
zida em pes..'\Oas idosas. Um ensaio de grande porte de uma vacina banheira de hidromassagem com solução de Betadine (povidona-
antiWZ de vírus vivo atenuado da Oka/ Merck (Zostavax<") foi iodo) é particularmente útil na remoção da crost.1 e do soro que
realizado em indivíduos com idade igua l ou superior a 60 anos. ocorrem com erupções extensas em idosos.
A incidência de ィ・イーNセ@ zóster foi 51% menor no grupo vacinado
(5,4 casos por 1.000 pessoas-ano versus 11, I casos por 1.000 pes- Fármacos antivirais. Os medicamentos antivirais reduzem a
soas-ano, P < 0,001). A incidência de neuralgia pós-herpética foi gravidade, a duração e a prevalência de NPH em até 50%, mas
670/o menor (0,5 caso por 1.000 pessoas·ano versus 1,4 caso por 20% dos ー。」ゥ・ョエNセ@ com mais de 50 anos de idade tratados com
1.000 pessoas-ano, P < 0,001 ). A duração média da dor entre os famcidovir ou valacidovir relatam dor por 6 mese.• (Tabela 12-4).
487
Dermatologia CHnica
Aciclovir tópico. Pomada tópica de aádovir aplicada 4 vezes vesículas deve ser considerado. A dosagem oral recomendada é
ao dia durante 10 dias para paáentes imunodeprimidos diminuiu mostrada na Tabela 12-4. Hidratação e Ruxo urinário adequados
significttivameote o tempo de ácatrização completa. devem ser mantidos.
Valaciclovír (Valtrexe). o valaádovir está disponr..,lapeoas Infecção resistente ao aciclovir. Pessoas com AIDS que
como formulação oral. Após a ingestão, o fármaco é conwrudo têm contagens de CD4+ inferiores a 100 cilulas/mm3 e receptores
em acidovir no trato gastroin testina1 e fígado. A sua biodisponi .. de transplante, espeáalmente receptores de aloenxerto de medula
hilidn.de oral é de trê.-ç a cinoo vezes maior do que a do aciclovir. ós....ea, podem sofrer infecções com VVZ resistente ao acidovir. Os
E.•m1dos demonstram uma vantagem signific.1tivn do Valtre.x• em pacientes que recebernm ーイ・カゥセュNョ エ ・N@ tratamento repetido ;mte-
compar:u;ão com Zovirax4' na reduç.;o dil duração e da incidência rior com acidovir parecem estn r em maior risco de abrig.1r 」N・ー。 Nセ@
da dor, como dor aguda e NPH. O valaádovir reduziu a duração イ・Nセゥウエョ@ ao adclovir. O エイ。セュ・ョッ@ com foscamet (40 mgfkg
média da dor de 60 dias após a cura (com aádovir) para 40 dias. intravenosos a cada 8 hor:.ts) deve ser iniciado no prazo de 7 a 10
Seis meses após a cura, apenas 19% dos paáentes que tomam dias em pacientes com suspeita de infecções por VVZ resistentes
valacidovir tiveram dor, em comparação com 26% dos pacientes ao acidovir. O tratamento com foscamet deve ser continuado
que tomaram aádovir. Os paáentes que podem ter problemas durante pelo menos 10 dias ou até que as lesões sejam completa-
aderindo a uma dosagem 5 vezes ao dia de zッカゥセ@ por via oral mente cicatrizada,.
e pacientes com alto risco para NPH (p. ex., pacientes ido.<os e
aqueles com dor prodrómica) podem beoefiáar-se do uso deva· Herpes zóster disseminado no hospedeiro imuno·
laciclovír. deprimido. Aádovir (30 mg/lqVdia em intervalos de 8 horas)
e vidarabina (infus.'io continua de 12 horas a 10 mgfk&'dia) por7
Famciclovir (Famvi,.). O famádovir é um análogo do pen· d ias (mais longo se a resoluç.!lo da doença cutânea ou víscera! for
ádovit 1l bem absorvido após administração oral e é rapida· incompleta) são igualmente eficazes para o tratamento de herpes
mente metabolizado em pencidovir no trato gastrointestinal, zóster disseminado. A taxa de mortalidade resultante é baixa.
sangue e frgado. A meia..vida intracelular do fánnaco ativo, trifos·
fàto d e penddovir, é m uito longa. O f.1mddovi r est<i disponível Esteroides orais. E.•tudos têm demonstrado que a adição de
para o tratamento oral de herpes zóster agudo nilo complicado. corticosteroides aos 。ョエゥカイセウ@ ョセッ@ oferece nenhum benefício na
Os beneil'cios paretem ser semelhantes aos do adclovir. Desco- redução de tempo parn completar a cessação da dor e não leva a
briu-se que diminui a duração de NPH entre pacientes idosos em nenhuma outra redução na inddênáa de neuralgia pós-herpética.
」ッュー。イセ@ com placebo. O tratamento com c.nrtioosteroides pode inicialmente reduzir a
dor, mas está 。セᅦN\ッ」ゥ、@ ao risco de. efeitos adversos graves.
Aciclovir oral e intravenoso. O aádovir reduz a dor
aguda, inflamação, formação de vesículas e derramamento viral. Bloqueios nervosos. Os bloqueios simpáticos (g;inglio es.
A duração mtdia da dor nos paáentes que recebem aáclovir é de trelado ou peridural), com bupivaca!na a 0,25% acabam com a
20 dias contra 62 dias para os seus homólogos que recebem pla· dor do herpes zóster agudo e. possivelmente, previnem ou ali-
cebo. Vários estudos mostram q ue não há nenhum efeito sobre o viam a NPH em pacientes tratados no período de 2 meses do
dese.n volvimento subsequente de NPH, me.'imo em padentes que iníáo da fàse aguda da doença. São feitas trés injeções em dias
experimentam aHvio imediato da dor. Um estudo mostrou u ma alternados. Quando há envolvimento de de:rmátomos tor.idcos1
pos..dvel redução na incidência de NPH se o trato'lmento iniciasse deixa-se um cateter peridurol no local para os 5 dias de terapia
dentro de 4 dias a partir do início da dor ou no prazo de 48 horas para evitar a substituiçfio da agulha a cada vez. As injeçõ es peri-
após o inCdo da erupção cutJinea. O adclovir parece alterar a na.. durais são feitas no dermát.omo mais alto da erupção cutânea ou
rurezt1 da NPH. Seu lL'iO deve ser considerado para pacientes imu.. logo acima dele. Há alívio imediato da dor e todos os sintomas
nodeprimidos, debilitados e que desen\'olvem doença rut.'lnea normalmente desaparecem após a segunda injeção. O bloqueio
extensa e para padentes com zóster oftáJmko que est3o em risco simpático aplicado dentro dos primeiros 2 meses após o apare-
aumentado de complicações oculares. O tratamento é mais eficaz ámeoto do herpes zóster agudo conclui a fase aguda da doença,
qu.•ndo iniáado dentro das primeiras 72 hora• da infecçio. Se as provavelmente por meio da restauração do fluxo sanguíneo in-
lesões nilo estivaem completamente cobemu por crostas e o pa· traneuraJ, evitando, a.uim, a mone: das fibras grandes e o desen-
dente ti""' mais de 50 anos de idade, for imunodeprimido qou volvimento de NPH. Após 2 meses, a lesão às fibras grandes é
ri""' zóster trigeminal, o tratamento após 72 horas do infcio das irreversível.
488
Verrugas, Herpes Simples e Outras Infecções Virais Capítulo 112 1
Oesenvofv1mento de
.I
neuralgia póvherpética
Tratamento 、 ゥ t イ 。エMZョ・セッ@
primeira de pnme.ra
;--- linha r•nha -
Aprovado pelo Aprovado pelo
FOA para NPH FDA para NPH
Ade<Ml: R"'c;ões locais são
Sonolência. tontura, eritema e erupção cutanea
ataxia, edema 1-o Pregaballl>a Ade<Ml de lidocalna Alivio em 4 a 12 horas
periférico 300 ou 600 rt9dia a 5% (Udodem1"') 1<- Pode "" usado com
ou gobapenbna Creme de capsaicina outros medicamentos
Comece rom dose 1.800 ou 2 400 mghia, Absorção sistêmica mfnima
baixa e aumente 1-o mA>amo 3 600 mgldia
até eficácia ou
desenvolvimento Al&ncia provocada durante
de efeitos colaterais tイ。エセ・ョッ@ '-- a aplicação do creme é
intoleráw!l em alguns pacientes
não eficaz
セ@
セ@ Tratamento
não eficaz
Podf! ser mais eficaz para I
reduzir risco de NPH,
atenuando o in1cio de Analgésicos opioides Constipação, náuseas,
sensibilização central e Oxicodona de liberação vômitos, perda de apetite,
limitando alterações controlada (dose média tontura e sonolência
estruturais e funcionais final45 mgidia)
I
causadas por dor aguda grave
tイ。エ セ・ ョエ ッ@ Também usado como
não f ficaz possfvel tratamento de
primeira linha ou para qualquer
estágio para dor intensa
Espe<ialista em
tratamento da dor
Figura 12-68
489
Der matologia CHnica
490
113 I
Infecções Fúngicas Superficiais
491
Dermatologia CHnica
492
1nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
........,
t l
• I
Figura 13-3 Hifas fúngicas na preparação com hidróxido de Figura 13-5 Artefato em mosaico. Gotículas lipídicas, obser-
potássio. A característica típica é a ramif icação, a existência vadas como uma fila única entre as células epiteliais, simulam
de estruturas filamentosas de largura uniforme. hifas fúngicas nas preparações com hidróxido de potássio. O
calor ajuda a separação celular e o desaparecimento do arte-
fato. (Cortesia da Dra. Leanor Haley, Centers for Disease Con-
trol and Prevention.)
493
Dermato logia Cllnica
Colorações espedais. As hifus podem ser difíceis de encon- DTM e onicomicose. O DTM pode ser usado na confirmação
trar em um preparado com hidróxido de pot.issio. Os métodos de de infecções por dermatófitos e m pacientes com possível o nico-
dorazol, Swartz L'lmkins ou tinta azu l Parker coram, d istin ta- micose. O d iagnóstico da onicomicose requer somente a confir-
men te, as hifas, tomando-as visíveis sob baixo a umento. Colora- mação da infecção por dermatófitos, sem ゥ 、・ ョエゥ ヲゥ」。Nセッ@ de gênero
ções especializadas podem ser encontradas em Dermatologic Lab e espécie. O DTM p reenche este requisito e sua confia bilidade
and Su pply, Inc. (www.delasco.com). diagnóstica é com paráveJ à cultura em laboratórios cen trais. Isto
permite q ue o diagnóstico seja estabelecido em consuJtório e deve
Cultura. Na maio ria dos casos, não é necessário saber a espécie ser suficiente quando as seguradoras exigem a confirmação da
de dermatófito qu e infecta a pele, já que os mesmos agente.-. tópi- ゥョ ヲ・」Nセッ@ antes da aprovação do uso de a ntifúngicos orais.
cos e orais são ativos contra todos esses fungos. A cultura de fun- O ágar micobiótico é uma modificação do ágar Sabou raud,
gos deve ser realizada em casos de infecção de pelos e u nh as. Em contendo cidoeximida e clora nfe nicol1 impedin do o cresci mento
crianças, infecções do couro cabeludo podem ser originadas de de bactérias e fu ngos saprófitas; a quantidade de dextrose contida
um ani mal que carrega u ma determinada espécie de dennatófit o. no ágar Mycosel foi reduzida, permitin do o meJ ho r cresci mento
O animal, então, pode ser rastreado e tratado ou sacrificado, p re- de dermató6tos.
venindo a ocorrên cia de novas infecçõe.'i em ou tros seres huma- O ágar Sabourau d, que n ão contém antibióticos, pennite o
nos. A lâmina unguea1, principalmen te das u nhas dos pés, pode crescimento da maioria dos fungos, inclusive não dermatófit os.
ser infectada por não 、・ョ。エVッウセ@ como o fungo sapró6ta Scoprt- Isto pode ser ú til em in fecções ungueais, já que a detecção de não
lariopsis1 que não responde ao tratamento. A identificação do gê- dermatófitos é, nestes caso.'i, desejáveJ; o ágar micobiótico, mais
nero de fungo responsáveJ pela infecção na lâmina u ngueal é, seletivo, porém, é melhor n a avaliação da tinea do couro cabe-
porta nto, necessária antes da instituição de u m tratamento pro- ludo1 já q ue apenas dermatófitos são capazes de cau sá-la. As cul-
longado. turas geralmente se tomam p ositivas em 1 a 2 semanas.
Técnica do swab de algodão para cultura. U m swab de ai· Meio de cultura para leveduras. leveduras podem ser isoladas
godão estéril qu e é umedecido com água estéril ou ágar, de u ma em placas obtidas em laboratórios de hosp itais. O Acu-Nic.kerson®
p laca, e esfregado vigorosam ente sobre a ャ・Nセ ̄ッ Q@ produz イ・Nセオャ エ 。、ッウ@ é u m m eio comercial izado, em ゥョ、。Nセッ L@ u sado no isolamen to
comparáveis aos obtidos pelo raspado com lâmina de bisturi. Um e na identi6caçJío de espécies de Candida.
e..rtregaço leve sobre a lesão não coleta ma te riaJ suficiente; o swab,
portanto, pode ser esfregado vigorosamente sobre a parte ativa da Exame em lâmpada de Wood. Raios luminosos de com-
lesão1 e1 en tão, sobre a superffcie do ágar. O sUNJb é útil em áreas p rimento de onda acima de 36.'> nm são produzidos quando a luz
diffceis de raspar, como o couro cabeludo, as pálpebrns, os pavi- u ltravioleta é projetada por um filtro de Wood. Pelos, mas não a
lhões auricuJares, o nariz e entre os dedos do pé. O swab estéril é p ele do couro cabeludo, tluo rescem e m cor azu1-esverdeada1 caso
menos ameaçador do que a lâmina, sendo mais seguro em situa- infectados por M'ícrosporum canis ou Microsponma audouinU. O TH-
ções e m que a movimentação sú bita de uma criança ーッウNセ。@ provo- chophyton schoenleinii1 mais raro, produz uma fl uo rescência verde-
rnr um machucado. p áJida em peJos infect.1dos; ne nh um ou tro dennatófito q ue in-
fett.1 est.1s estruturas produz fluorescê ncia. As infecções fúngicas
Meío de cultura para tinea. Os dermatófitos são aeróbios e da pele n ão エャ オッ イ・ ウ」・ュセ@ à exceção da tinea versicolor, q ue produz
crescem na superfície do meio. Os três tipos de meios de cuJturn u ma fluorescência páJida1 b ran co-am arelada. O eritrnsma1 uma
util izados n o isolamento e n a iden tificação são o meio-teste parn erupção es.camativa n ão inflam atória, de coloração marrom-p á-
dermatófitos (DTM), o ágar micobiótico e o ágar dextrose de Sa· lida, dos ・Nセー。ッウ@ interdigitais dos pés, das viri lhas e das axilas,
bouraud. Muitos laboratórios de hospitais não têm experiência na causada pela bactéria Corynebaaerúma minutissimum, apresen ta
interpretação de rulturns de fungos, en vian do-os para an álise em u ma b rilhante coloração vermelho-comi ao exame com lâmpada
laboratórios externos. O ma teriaJ a ser cultivado pode ser e nviado de \"/ood. Este exame deve ser realizado e m sala eswra, com ins-
d iretam ente parn um laboratório, já アオセ@ diferentemente de bac- trumen to de alta intensidade. A fl uorescência dos peJos pode ser
térias1 os fungos perman ecem viáveis por dias na ・ウ」。ュNセッ@ e nos p rovocada por metabólitos de trip tofuno .
pelos1 sem ser in oculados e m meio de cuJturn. Ah emativam ente,
m uitos hospitais e clínicos utilizam o DTM, que oferece resulta -
dos mais イ £ーゥ、ッウセ@ porém u m pouco menos confiáveis.
O DTM é u m meio comercializado em tubos, pronto para a
inocuJação d ireta. O meio a marelo, que conté m o in dicador ver-
melho de fenol1 fica rosa na presença de metabólitos alrnlin os
produzidos por dermatófitos em 6 a 7 dias, mas n ão m uda de cor
na p resença de produtos metabólitos ácidos de fungos não pato-
gên ico.'i. O meio deve ser descartado após 2 sem an as, já que os
sap rófitas podem induzir u ma alteração de cor similar após este
periodo. Com o DTM, a identificação da espécie é ーッNセゥウ■カ・ャL@ mas
esta é mais precisa quando o ágar micobiótico o u de Sabourau d é
empregado, já q ue o corante do DTM pode interferir na interpre-
tação.
494
Infecções Fúngicas Su perficiais Capítulo
Figura 13·6 Tinea pedis. O clássico padrão da tinea pode Figura 13·7 Tinea pedis (infecçao dos. ゥョエ ・イ、 ヲセゥ エッウIN@
ser observado em qualquer superfície corpórea . A, A escamação é seca ou B, o espaço onterdiQital contém es·
camação úmida macerada. O quarto espaço interdigital é o
mais comumente acometido.
495
Dermato logia CHnica
estrato córneo e.. por meio da produç.1o de antibióticos, influen- O creme de terbinafina a 1% (Lamisil*, de venda livre), apli-
ciam a seleção de uma população bacteriana mais resistente a es- cado duas vezes ao dia, por 1 semana, resuha em alta taxa de cura
sas molérulas. A p revalência de Stap1Jylococcus aureus, bactérias da rinea pedis interdigit.1l Em u m estudo, a terbinafina levou à
Gram-negativas, Qnynebaaerúma mínutissimum, Staphylococcus epi- progressiva melhora mkológica; em 5 semanas após o trata-
dermidís e Micrococcus sedentarius aumenta. A extensão para além mento, 880,4, dos pacientes estavam livre.-. da infecção. A terapia
do espaço interdigital, para a superfície plantar o u dorsal do セ@ é eficaz de curta d uração, com potente.-. drogas fungicidas, como a
comum e ocorre da escamação clássica, crônica, da borda em terbinafina, pode evita r fulhas terapêuticas cau.-.adas pela não
atividade ou ainda em erupções agudas e vesiculares (Fig.l3-8). A adesão a agente.-. fungistáticos, como o dotrimazol, que requer 4
identi6cação de hifàs fúngícas na pele macerada dos espaço_• in- semanas de tratamen to. A butenafina Hm・ ョ エNセ@ creme, l o trimin
terdigitais dos pés pode ser difíci l. Ultra* de venda livre), aplicada duas veze.'i ao dia, por 1 semana,
é t.1mbém altam ente eficaz no tratamento da tinea pedis interdigi-
tal. O nitrato de econazol (Spectazole®) é ativo contra várias espé-
SINDROME DOS DOIS PÉS E UMA MÃO
cies de bactérias associadas à grave maceração de espaços interdi-
A síndrome dos dois pés e uma mão envolve a infecç.1o derma- gitais. A-. recidivas são prevenidas por meio do uso de sapatos
tofític.1 em ambos os pés, com tinea na palma da mão d ireita o u mais largos e da expansão dos espaços interdigitais com u ma pe-
esquerda (Fig. 13-9). A infecção das unhas das mãos e dos pés quena fàixa de lã de cordeiro (Dr. Scholls' lamb's wool"'). Talcos,
também pode ser observada. A maioria dos casos é vista em não nece.'i.'iariamente medicamentosos, absorvem a umidade. Os
homens. O mesmo ュゥ」イッ セ ッイァ。 ョゥ ウ ュ ッ@ infecta os pés, as mãos e as talcos devem ser aplicados nos pés, não nos sapatos. Meias úmi-
unhas. O T. rulm11n é_. em grande parte dos casos, o agente etio· das devem ser trocadas.
lógico. O de.'ien volvimento da tinea pedlsfonicomicose ァ・イ。ャセ@ A tinea hiperqueratótica, em mocassim, da superfície plan t.1r
mente p recede o incremen to da infecção nas mãos. A tinea ma· responde à terapia convencional de modo lento. A administração
nuum tende a se d esenvolver na mão オZセ。、@ para escoriar os pés oral de terbinafina, em dose de 125 mg por dia, por 4 semanas,
ou cutucar as unhas. Os padente.'i cuja ocupação envolve alta produz taxas de rum de 9:>%. PMID: 18076589 A griseofulvina,
intensidade do uso das mãos tendem a desenvolver a doença em dose de 250 a 500 mg, d uas veze.'i ao dia, por 6 semanas, re-
quando mais jovens. sultou em taxas de cura de 27% a 35%.
A tínea pedis vesirular aguda respond e a compressas de solução
TRATAMENTO. Na• infecções dermatofíticas, a mais nova de Bu row, aplicadas por 30 minu tos, várias vezes ao dia. A admi-
」ャ。ウNセ・@de agen tes anti fúngico..-. produz maior e.-. taxas de rum e nistração oral de drogas antifúngicas controla a inflam ação. A
respostas mais rápidas do que drogas mais antigas, como o clotri- infecç.1o bacteriana secundária é tratada com antibióticos o rais.
mazol. Sua taxa de cura é maior e a t.'lXa de recidiva, m enor do Durante uma infecção inflamató ria podai, u ma reação vesicular
q ue a combinação antifúngicofcorticosteroide (p. ex., Lotrisone® autoeczematou é ocasionalmente observada em sítios distan tes.
fclo trimazol/betametasona ]). C..ompressas úmidas, corticosteroides tópicos do grupo V e, às ve-
zes, prednisona, 20 mg, d uas vezes ao dia, po r 8 a 10 d ias, são
nece.'i.'iários ao contro le dessas reações.
A tinea pedis tem sido tratada, de forma eficaz, com p ulsos de
fluco nazol, em doses de 150 mg, por via oral, u ma vez por se-
mana, acompanhados por 200 mg de itraconazol, diariamente,
por 2 semanas, o u 200 mg, duas ve.ze.'i ao dia, po r 1 semana, e
terbinafina, 250 mg por dia, por 2 semanas.
Fig u ra 13-8 Tinea pedis. A infecção se d isseminou para Figura 13-9 É comum observar a infecção em uma mão e
além dos espaços int erdigit ais. dois pés ou nas duas mãos e um pé, mas rarament e as duas
mãos e os dois pés são acometidos ao mesmo tempo.
496
Infecções Fúngicas Su1>erficiais Capítulo 113 1
figura 13-11 Tinea pedis. Toda a superfície plantar de am- Figura 13·12 Tinea pedis. Este paciente apresenta inflama-
bos os pés apresenta espessamento e coloração mais escura, ção crônica das plantas dos pés, com ocasionais exacerbações
além de uma escamação fina e esbranquiçada. nos dorsos e tornozelos.
497
Dermatologia CHnica
Queratólise sulcada
A queratólise sulcada é uma doença que mimetiza a tinea pedis,
por ser uma erupção das superfície.-. su.,'tentadoras do peso das
plantas dos pés. Os sítios mais comuns de acometimento são as
áreas que suportam pressão, como a face ventral dos dedos dos
pé.'i, a região do metatarso e o calcanhar. A.-. lesões raramente são
observadas em locais onde não há pres..\âo. A hiperidrose é o sin-
toma mais comumente observado. O odor desagradável e a fragi-
lidade da peJe também são características distintivas.
A doença tem origem bacteriana_, mas é frequentemente
confundida com uma i nfecção fúngica. É caracterizada por
muitas depre.-.sões 」ゥイオ ャ 。イ・Nセ@ ou longitudinais na superfície
cutfinea (Figs. 13 -13 e 13-14). A maioria dos c.1sos é assinto-
mática, mas le.'iÕes dolorosas, em fonnato de placas, podem ser Figura 13-13 Queratólise sulcada. Os profu ndos sulcos lon-
observadas em crianças e adultos. A erupção é limitada ao es- gitudinais localizam-se, principalmente, nas superfícies de su-
trato córneo, causando pouca ou nenhuma in flamação. A hipe- porte de peso.
ridrose, o uso de meias úmidas ou a imersão dos ー←Nセゥ@ favo recem
seu desenvolvimento. Podem ser observadas algumas depres- TRATAMENTO. lavagem diária dos pés com água e sabão ousa-
sões circulare.'i, que passam despercebidas; alternativamente, bonete antibacteriano. Os pés devem pennanecer secos. Ali meias
toda a superfície de sustentação de peso pode ser recoberta por devem ser frequentemente trocadas. A cura rápida é observada cnm
sulcos anulare.-.. Diversas bactérias foram implicadas, incluindo a aplicação de solução de doreto de alumínio a 20% (Drysol*), duas
Dermatopl1ilus congolensis e Micrococcus sedentarius. Estas bacté- vezes ao dia. A solução de Jazerfonnalida (formaldeído a lO%}, que
rias produzem e excretam exoenzimas ( queratinase) , que são é um potente antiperspirante, é útil. O tratamento pode, então, ser
」。ーコ・Nセ@ de degradar a queratina e produzi r sulcos no estrato periodicamente aplicado, quando nec.ess.1rio. Antibióticos são efica-
córneo quando a pele ・NセエQ@ hidrat.1da e o pH fica acima da neu- zes, me.m1o na ausência de doreto de alumínio ou fonnaldeído. A
tralidade. Esses micro-organismos não são facilmente cultiva- aplicação, duas vezes ao dia, de peróxido de benzoíla, em 「。Nセ@ alco-
dos, mas agentes filamentosos e cocoides podem ser observa- ó lica, também pode ser eficaz. O tratamento com medicamentos
dos em cortes de estrato córneo, fixados em forma li na, prepa- antiacne, como a solução tópica de eritromicina ou de dindamidna,
rados para histopatologia e corados com hematoxilina e também é cur.Jtivo. A pomada ou o creme de mupirocina (Bacttoban"')
eosina. A apresentação clínica é t.1o característica que a confir- e o creme de ácido fusídico também podem ser efic:azes. A adminis-
mação laboratorial geralmente não é necessária. tração oral de eritromicina é uma alternativa.
498
Infecções Fúngicas Superficiais Capítulo IH I
TINEA DA VIRILHA
A tinea da virilha (tinea cruris, tinea crural, mkose da virilha) é
frequentemente observada no verão, após meses de sudorese ex-
cessiva ou U.'a> de roupa..-. molhadas, e no inverno, após meses de
uso de diversas camadas de roupas. O fator predisponente, como
em muitos outros tipos de infecção superficial, é a presença de um
ambiente quente e úmido. Os homens são acometidos em frequên-
cia muito maior que as mulheres; crianças raramente apresentam
tinea da virilha. O prurido piora confonne há acúmulo de umi-
dade e maceração dessa área intertrigi nosa.
Ar; lesões são, com maior frequênda, unilaterais, começando
na dobra crural. Há fonnação de uma placa em fonnato de meia-
lua, assim como de uma borda de escamação bem-definida e,
ocasionalmente, vesicular, que avança para além da dobra crural,
até a coxa (Fig. 13-15). A pele da borda se toma marrom-avenne-
lhada, é menos e.'icamativa e pode desenvolver pápulas eritemato-
Figura 13-15 Tinea cruris. Uma placa em formato de meia-
sas. A inflamação aguda pode surgir após o indivíduo usar roupas lua apresenta borda escamativa e bem-definida.
ッ、オNセゥカ。ウ@ por um período prolongado. A infecç.;o ocasionalmente
migra para as nádega..-. e a área do sulco interglúteo. O acometi·
mento do escroto é incomum, diferentemente das reações causa-
das por Omdida, que é normalmente observado (Fig. 13-16). Para
o exame com hidróxido de pot.'Í.s..'iio, as amostra..-. devem ser retira-
das da borda escamativa em atividade.
(';ortico..rteroides em creme são frequentemente prescritos para
doenç.as rutâneas inflamatórias da virilha e modificam a apresen-
t.1ção clássica da rinea. A erupção pode ser muito mais extensa, e
a borda de es<:llmação pode não ser observ.Jda (Fig. 13-34). Pápu-
las eritematosas são ocasionalmente observadas nas bordas e no
centro da lesão. E.orta forma modificada ( tinea incogniw) pode não Figura 13-16 Infecção por Candida na virilha. A tinea cruris
ser imediatamente reconhecid.1i a única indicação é o histórico de geralmente se apresenta como uma placa unilateral, em for-
uma placa de aparência característica, em formato de meia-lua, mato de meia-lua, que não se estende até o escroto. As in-
tratada com cortisona em creme. A escamação, caso presente, f ecções por Candida na virilha são mais extensas e t endem a
ser bilaterais. Nestes casos, são observadas infecção do es-
contém numerosas hifus. croto, bordas escamativas caracteristicamente com franjas e
pústulas satélites.
499
Dermatologia CHnica
INTERTRIGO
500
Infecções Fúngicas Su1>erfic.iais Capítulo 113 1
501
Dermatologia CHn ica
TINEA DO CORPO E DA FACE zada e geralmente contêm dive.rsas pápuJas eritematos..'tS. As bor-
das são serpiginosas ou anulares e bastante irregulares.
A tinea cla fuce Hセ@ exceç3o da área d.1 bama, e.m homens), do A pitiríase rósea e as múltiplas lesõc pequenas e a nulares da
tronco e dos membros i. denominad.1 tinea corporis (infecção der- dennatofitose podem parecer semelhantes. Entrwnto, o anel es-
matofitic:a do corpo). A doença pode ocorrer e.m qualquer idade camativo da pitiría.se rósea não atinge a bord..1 eritematosa, como
e é mais comum em climas quentes. A gama de manifestações é observado na rinea. Outras caracteristicas distintivas da pitirfase
ampla, com lel!Ões de tamanho, grnu de inftamaÇio e profundi- rósea incluem o rápido aparecimento de lesões e sua locali%i!Çio
dade de acometimento variá""is. F.sta variabilidade é explicada no tronco. A tinea dos gatos pode aparecer de fonna súbita, como
por diferenças rekrentes à imunidade do ho.<pedeiro e à espécie múltiplas placas, de formato arredondado a oval, no tronco e nos
de fungo. Uma epidemia de rima eotpOris, pmrocada por Trich<>- membros (Fig. 13-25).
p/ryton tonsurGru, foi relatada em estudantes panicipanU<S de lutas
desponivas.
Figura 13-21 pセーオャ。ウ@ e pústulas podem surgir nas bordas Figura 13-22 Tinea corporis. As bordas sao bastante distin-
da lesão, indicando a ocorrência de infecção folicular pro- tas e contêm pápulas de coloração vermelha. A セイ・。@ central
funda. da lesão é marrom-<lara e escamativa.
502
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
Figura 13-24 Tinea da face. A borda ativa é bem-definida. Figura 13-25 A tinea dos gatos pode se apresentar como
O diagnóstico inicial foi de eczema. múltiplas pequenas placas no tronco e nos membros.
503
D ermato logia CHnica
TINEA CORPOR/S (TINEA GLADIATORUM) Uma forma distintiva de tínea, denominada granuloma de Ma-
jocchi, causada por T. rubrum e o utras espécies, foi originalmente
A tinea corporis se tomou comum entre lutadore.-. ーイッヲゥウNセョ。@ descrita como ocorrendo na porção inferior da..-. pernas de mulhe-
Muito..-. do.'i casos reJa ta do..-. são causados por T. tottsurans. O con- res que se depilam, mas é também observada em outros sítios, em
t.1to ー・NセLッ。@ a pessoa é, provavelmente, a principal fonte de trans- homens e crianças. A lesão primária é um nódulo papulopu.-.-
missão. O papeJ de port.1dores assintomáticos dos dermatófitos é tuloso folicular ou inflamatória. Nódulos granulo matosos in-
desconhecido. tracutâneos e subcutâneos surgem a partir de.-.tas infecções
dermatofitirns inflamatórias. A."i lesões apre."ientam áreas necróti-
LESÕES INFLAMATÓRIAS PROFUNDAS. Fungos zoofíli- cas, contendo elementos fúngicos; tais áreas são cercadas por cé-
cos, como T. verrucosum de bovinos, podem produzir u ma infec· lulas epitelioides, céluJas gigan tes, linfócitos e leucócitos polimo r-
ção rutânea muito inflamatória (Figs. 13-26, 13-27 e 13-28). Nos fonudeares, e acredita-se serem resultan tes da rup tura de folículos
Est.1dos U nido..,., a infecção é mais comum no norte, onde o gado infectados na denne e no su brutâneo- daí o termo granuloma. Há
é confinado em espaços fechados duran te o inverno. A lesão re· u ma grande variação nas formas wmais das hifas. Dentre elas,
donda, intensamen te inflam atória, apresenta u ma superficie u ni- incluem-se formas leveduriformes, hifus bizarras e coberturas
fo rmemente elevada, eritematosa, úmida e pustulo..-.a. As pústulas mucinosas. Estas variações podem ser u m fator que permite a
são folirulares e representam a penetração profunda do fungo no persistência e o crescimento dos dermatófitos de manei ra ano r-
folículo piloso (Figs. 13-26 e 13-28). Infecções bacterianas serun- maL As lesões são únicas ou múJtiplas e d iscretas ou confl uen tes.
d.írias podem ser observadas. O processo é finalizado por hiper· A área acometida tem até 10 em e pode ser eritem atosa e escam a-
pigmen tação amarronzacla e formação de cicatrize.< (Fig. 13-27). tiva, mas não é dio intensam ente inflam ada como observado na
A rultura de fungos auxi lia a identificação da fon te animal ele in- infecção por T. verrucosum, anteriormen te de.'Krita. A borda pode
fecçJío. não ser bem-definida. A biopsia ela pele, utilizando colorações
Figura 13-26 Trichophyton verrucosum, um fungo zoofílico Figura 13-27 Trichophyton verrucosum. A infecção inflama-
dos bovinos, que causa inflamação int ensa em humanos. tória profunda provocou a hiperpigment ação amarronzada e as
escoriações observadas. Os folículos pilosos f oram destruídos.
504
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
especiais para fungos, é requerida para o estabelecimento do diag· orais, porém, é seguro, e poucos médicos não prescrevem tal tra-
nóstico, caso as hifus não possam ser observadas na escamação ou tamento. Como no quérion da tinea capítis, porém, a administra-
nos pelos. ção de prednisona por um curto período de tempo pode ser
avent.1da em pacientes que apresent.1m quérions altamente infla-
TRATAMENTO. A lesão superficial da tinea wrporis responde mados, como o paciente mostrado na Figura 13-26.
aos cremes antifúngicos de:saitos no FonnuJário. aセ@ lesões geral·
mente respondem apó.'i 2 semanas de tratamento, duas vezes ao INFECÇÃO DERMATOFiTICA INVASIVA. Os dermatófitos
dia, mas a aplicaç.1o tópica deve ser continuada por, pelo menos, são geralmente confinados à camada epitelial queratinizada. Seu
1 semana após a resoluç.1o da infecção. Lesões superficiais exten· potencial patogênico é dependente, porém, de diversos fatores
sas, ou que apresentam pápulas eritematosas, respondem de locais e sistêmicos, afet.1ndo a resistência natural do hospedeiro à
fonna mais previsível ao tratamento por via oral (Tabela 13-·2, p. infecç..1o dermatofítica. Doenç.1s sistêmirns ウオ「 ェ 。」・ョエNセ@ que dimi-
5l9}. A tinea wrporis é tratada rom 50 a 100 mg de fluconazol, nuem a imunidade celular, como linfo mas malignos e a doença
diariamente, ou 150 mg, uma vez por semana, por 2 a 4 semanas, de Cushing, assim como a administração de corticoste.roides exó-
ou ainda com 100 mg de itrnconazol, diariamente por 2 semanas, geno.'i ou de agentes imunossupressores, podem levar ao desen-
ou 200 mg por dia, durante 7 dias. A administraç.'lo de 100 mg de volvimento de uma infecção dermatofítica atípica, generalizada
itrnconazol, duas vezes ao dia, imediatamente após as refeições, ou invasiva. A infecção dermatofítica invasiva deve ser incluída no
nos dias I e 8 ou I e 2, também pode ser eficaz. PMID: 12?50?01 diagnóstico diferencial de massas noduJares, ヲゥョ・Nセ@ ou flutuantes
A terbina6na, em dose de 250 mg por dia, por 1 a 2 semanas, (principalmente nos membm<). Diversas espécies de dermatófi.
também é eficaz. Nos pacientes com extensas infecções superfi. to.'i causam ゥョヲ・」 ・Nセ@ profundas e generalizadas, em que os micro-
dais, a t.'lXa de recidiva é alta. Lesões inflamatórias profundas re· organismos invadem diversos ó rgão.'i viscerais.
querem 1 a 3 ou mais meses de tratamento oraL A inflamação
pode ser reduzida por meio do uso de compressas frias de solução
de bオイッカNセ@ e a infecção bacteriana é tratada com a terapia antibió-
tica o ral adequada. Alguns autores acredit.1m que agentes antifún.
gicos orais ou tópicos não alteram a ーイッァ・ウNセ ̄@ da rinea altamente
inflamatória (p. ex., tinea カ・ュセ」ッウオIL@ já que a intensa respost.1
inflamatória destrói os micro-organismos. O uso de antifúngicos
505
Dermatologia CHnica
TINEA DA MÃO
Figura 13-29 O padrão clássico, com borda escamativa Figura 13-30 As áreas afetadas apresentam vermelhidão,
proeminente. com pouca ou nenhuma escamação.
Figura 13-31 A borda avermelhada é bem-definida . Há es- Figura 13-32 Observam-se eritema difuso e escamação,
camação, ao contrário do caso ilustrado na Figura 13-30. simulando a dermatite de contato.
506
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
TINEA DA MÃO
A tinea da face dorsal da mão (tinea manuum) (Figs. 13-29 a 13-
32) apresenta todas as características da rinea corporis; a tinea da
palma (Fig. 13-33) tem a mesma aparência da forma seca, difusa
e queratótica da infecção na..'i' planta..-. dos pé.-.. A forma querntótica
seca pode ser assintomática e o paciente desconhecer a infecção,
atribuindo a superfície desidrat.1da1 espes..<ia e escamativa ao traba-
lho ffsico intenso. A tinea das pal mas das mãos é frequentemente
as..'fficiada à infecç.;o nas plantas dos pé.-.. O padrão u:maJ é o aco-
metimento de um pé e ambas as mãos ou de ambos os pés e urna
mão. A infecção das unhas da mão geral mente acompanha a do-
ença da mão ou da palma. O tratamento é o mes-mo recomen-
dado para a rinea pedis e.. como nas plantas dos pé.-., uma alta taxa
de recidiva pode ser esperada nas infecções das palmas das mãos.
507
Dermatologia CHnica
TINEA INCOGNITO
Infecções fúngicas tratadas com corticosteroides frequentemente
perdem algumas de suas caracteristicas dássicas. Os cortico..rteroi-
des tópico.., diminuem a inflamação e dão a falsa ゥューイ・ウNセ¬ッ@ de
melhora da erupção, enquanto o fungo progride, serundaria-
mente altera as funções imunológicas induzidas pelo medica-
mento. O tratamento é interrompido, a erupção retoma, e a me-
mória da boa resposta inicial leva a reutilizar o creme de
corticosteroide, mas, desta vez, a doença sofreu alteração. A esca-
mação das bordas pode estar 。オZセ・ョエN@ Eritema e descamação difu-
sos, pústulas ou pápulas disseminadas (Figs. 13-34 e 13-35) e
hiperpigmentação amarronzada podem ser observados. Uma
borda bem-definida pode não estar presente, e o processo, ou-
trora localizado, pode estar bastante expandido. A intensidade do
prurido é variável. A tinea incogníto é frequentemente observada
na カゥイャィ。セ@ na face e na face dorsaJ da mão. aNセ@ infecçõe.-. dermato-
Figura 13-34 Tinea incognito. O tratamento inadequado da fíticas da mão ウ ̄ッ セ@ muitas カ・コウセ@ erroneamente diagnosticadas
tinea da virilha, com aplicação tópica de corticosteroides, per- como eczema e trat.1das por meio da 。ーャゥイョNセッ@ de corticosteroides
mitiu q ue a infecção, outro ra localizada, se est endesse para tópicos. aNセ@ hifus são facilmente observadas1 principalmente aJ-
uma área ampla.
guns dias após a interrupção do tratamento com corticosteroides,
quando a escamação reaparece.
Figura 13-35 Tinea incognito. O tratamento inicial foi feito com antibióticos administrados por via oral. A seguir, corticosteroi-
des t ópicos foram prescrit os, e a infecção foi intensificada. Outro tratamento com antibióticos não teve resultado. O exame com
hidróxido de potássio revelou a presença de numerosas hifas fúngicas, e o paciente foi curado após 2 semanas de administração
de terbinafina.
508
Infecções Fúngicas Su1>erficiais Capítulo 113 1
TINEA DO COURO CABELUDO haste pilosa. O cracimento das ィゥヲ。セ@ ocorre no fio, acima da zona
de queratinização da haste pilosa, e acompanha o crescimento
A linm do roum cabeludo (linm capitis) ocotre. com maior frequên- dos cabe.los. Distai a esu zona de aesàmento ativo, artróspoTOS
àa, em aianças pré-adolescentes. entre 3 c 7 anos de idade. A são formados no interior ou na superffàe do fio, dependendo da
infe:cçlo possui diferentes apresentações. As esptcies de dermató- espéàe de dennat66to presente. As hifas crescem no interior e se
fitos que tendem a causar a tinea ropitis são variáveis de país para fragmentam em segmentos runos, denominados artrósporos. No
pafs1 m01s, na maioria das áreas, há predominância de fungos an- padrão mdothrix1 os artrósporos permanecem no interior da haste
tropof\'liros (encontrados em humanos). A rinea capitis é mais pilosa (Fig. 13-36). No tipo ecwrhrix, são deslocados (Fig. 13-37),
comum em áreas pobres e m uito populosas. A infecção é originá- obsa.rrecidos e penetram a rutirulil da haste pilosa, formando
rin do contato com um animal de estimação ou indivíduo infec- uma bainha de esfe.rns bas-tante próximas. Os artrósporos podem
tado. C"Ada animal est.i associado a um número li mitndo de espé- ser grandes (de 6 n 10 mm) ou pequenos (de 2 a 3 mm). Esporos
cie." fúngica..,; deve-se tentar, portanto, identificar o fungo por grandes podem ser observados como estruturas di'itintas à micros..
me.io de cultura, para ajudar a localizar e tratar uma possível fonte copia em pequeno aumento. O maior aumento é necessário à
animal. Os esporos são eliminados no ar adjacente ao paàente. O observação dos eliporos pequenos.
contato direto, portanto, não é necessário à disseminação da in-
fe:cçlo. Diferentemente de outrns infecções fúngicu, a riMa do
couro cabeludo pode ser contagiosa por contato direto ou roupas
contaminadas; isto justifica. em parte, o breve isolamento dos
indivíduos sabidamente infectados.
509
Dermatologia Cllnica
PADRÃO ENDOTHRIX DE INVASÃO. A invasão pilosa no rans e T. violaceum, o córtex do fio é quase completamente substi-
padrão endot1trix é produzida, predominantemente, por T. tollSu- tuído por esporos e apresenta u m au mento de volume no infun-
rans, T. soudanense e T. violaceum. O fungo cresce completamente díbulo, impedindo a saída de novos fios de cabelo em crescimento
no interior da haste pilosa, e a superffde cutiru.Jar do cabelo per- e fazendo com que estes, já enfraquecidos, se en rolem no interior
manece intacta. A.o:. hifas p resentes no interior do fio são converti- do infundíbulo, formando u m ponto escuro. As infecções endo-
das em artroconídias (esporos). Este.-. ficam no interior da haste thrix tendem a progredir, tomando-:se crônirns, e a perdurar por
pilosa. Na tinea capitis em "'pontos negros#, causada por T. tollSu- toda a vida adulta.
510
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
Quadro 13-2 Orientações Britânicas para o Manejo da 77nea Capltls (2000), Modificadas
Definição
A tinea capitis é uma infecção causada por fungos dermatófitos (geralmente espécies dos gêneros Microsporum e Trichophyton) dos foliculos
pilosos do couro cabeludo e da pele adjacente.
Epidemiologia
A tinea capitis é, predominantemente, uma doença de crianças pré-adolescentes, sendo os casos 。、オ セ ッウ@ raros. Os principais patógenos são mi-
era-organismos antropofílicos, sendo o Trichophyton tonsurans a1ualmente responsável por mais de 90% dos casos observados no Reino Unido
e na América do Norte. Estas infecções sao frequentemente disseminadas entre membros da família e colegas de classe. Em comunidades nao
urbanas, as infecções esporádicas adquiridas de filhotes de cao e gato se devem ao M. canis, que é responsável por menos de 10% dos casos
observados no Reino Unido. A infecçao ocasional por outros hospedeiros animais (p. ex., I verrucosum de bovinos) ocorre em áreas rurais.
Patogênese
Existem !rés padrões: endothri;<, ectothrix e favo. Este último, um padrao de perda de cabelo causado por I schoen/einii, raramente é observado no
Reino Unido, sendo, em grande parte, confinado ao leste da Europa e à Ásia; portanto, nao será mais discutido aqui. As infecções endothrix são
caracterizadas pela presença de artroconidios (esporos) no interior da haste pilosa. A cuticula nao é destruida. As infecções ectothrix são caracterizadas
pela presença de fragmentos de hifas e de artroconidios na porçao externa da haste pilosa, o que acaba por levar à destruiçao da cuticula.
Diagnóstico clínico
Diversas apresentações clinicas são reconhecidas como inflamatórias ou não inflamatórias, com associação a áreas de alopecia (veja "Resumo
dos padrões clínicos da tinea capitis"). A infecçao, porém, nao é !Ao disseminada, e as aparências clínicas são !Ao sutis que, em áreas urba-
nas, a tinea capitis deve ser considerada no diagnóstico de qualquer criança de mais de 3 meses de idade que apresente escamação do couro
cabeludo, até a exclusão pela micologia negativa. A infecçao também pode ser associada à linfoadenopatia regional dolorosa, principalmente
nas variantes inflamatórias. Uma erupçao generalizada de pá pulas pruriginosas, principalmente ao redor da hélice externa do pavilhão auricu-
lar, pode ser observada como fenômeno reativo (uma resposta autoeczematosa). Esta lesao pode surgir com a introduçao da terapia sistêmica
e, consequentemente, ser confundida com uma reação medicamentosa.
Diagnóstico laboratorial
As amostras devem ser coletadas para confirmar o diagnóstico, já que a terapia sistêmica será necessária.
Obtenção de amostras
As áreas afetadas devem ser raspadas com uma lâmina de bisturi cega, para coletar fios de cabelo acometidos, tocos de fios quebrados e a
escamaçao do couro cabeludo. Esta técnica é preferida à avulsao, que pode remover fios não acometidos. Os raspados devem ser transporta-
dos em quadrados de papel dobrado, de preferência presos com um clipe, mas pacotes adequados também são comercializados. Alternativa-
mente, a área pode ser esfregada com gaze úmida ou gentilmente escamada com uma escova de dentes plástica, descartável e de uso único.
A escova pode, en!Ao, ser enviada na caixa fornecida pelo laboratório para a cultura.
Microscopia e cultura
Preparações úmidas com hidróxido de potássio
A microscopia é a forma mais rápida de diagnóstico. Com firmeza, esfregue uma gaze molhada em água de torneira ou uma escova de den-
tes sobre a área acometida. Cada fio de cabelo é retirado da gaze com uma agulha ou fórceps e colocado sobre uma lâmina com hidróxido
de potássio. A soluçao de hidróxido de potássio a 1O% ou 20% é adicionada, a lâmina é gentilmente aquecida e, entao, examinada ao mi-
croscópio, para detecção de hifas e esporos fúngicos. Lesões recentes ou muito inflamadas podem conter poucas hifas. O superaquecimento
da lâmina pode romper o fio e dificultar a diferenciaçao dos padrões endothrix e ecrothrix. A microscopia positiva (quando se observam fios
ou escamações invadidos por esporos ou hifas) confirma o diagnóstico e permite a instituiçao do tratamento.
Método da cultura com escova
O método da cultura com escova envolve a esfregaçao leve de uma escova de dentes, previamente esterilizada, em movimentos circulares,
pelas áreas escamativas ou nas margens das placas alopécicas. As fibras da escova são, entao, pressionadas sobre um meio de cultura (p. ex.,
meio de Sabouraud) e a escova é descartada. Um swab de algodão produz resultados similares. Quando estas técnicas sao utilizadas, as cuI-
turas ficam positivas com maior rapidez. A cultura permite a identificação precisa do micro-organismo envolvido, o que pode alterar o es-
quema terapêutico. A cultura é mais sensível do que a microscopia; seus resultados podem ser positivos, mesmo quando a microscopia é
negativa. Os sinais de crescimento são geralmente observados em 7 a 1O dias, mas seu aparecimento pode demorar até 4 semanas.
..
Mod1f1cado de H1gg1ns EM, Fuller LC, Smrth CH: GUidehnes for the management of bnea caprtos, Brrt J Dermato/ 143(1 ):53-58, 2000
(doi:1 0.1046/j.1 365). PMID: 10886135
Continua
511
Dermatologia Cllnica
Quadro 13-2 Orientações Britânicas para o Manejo da Tlnea Caplt/s (2000), Modificadas - cont.
Tópico
O tratamento tópico, isoladamente, não é recomendado ao manejo da tinea capitis. O tratamento local, com um antifúngico tópico de me-
canismo de ação fungicida, como os cremes de ciclopiroxolamina ou terbinafina. pode reduzir o risco de infecção de outros indivíduos e dimi-
nuir a duração da terapia sistémica. Todo o cabelo do couro cabeludo. em sua extensão completa, deve ser tratado com um antifúngico. O
tratamento deve ser administrado uma vez ao dia, por aproximadamente 1 semana. O cabelo deve ser lavado duas vezes por semana, com
um xampu antifúngico (iodo-povidona. dissulfeto de selênio).
Outras medidas de apoio: O corte dos cabelos, ou raspagem da cabeça, pode reduzir, de forma significativa, a duração do tratamento anti-
fúngico sistêmico. A raspagem das áreas afetadas do couro cabeludo diminui, significativamente, a carga infecciosa. A raspagem deve ser re-
alizada no início do tratamento sistêmico e, novamente, 3 a 4 semanas depois. Raspar os cabelos uma vez por semana pode reduzir, de
modo significativo, o tratamento.
Oral
Todos os antifúngicos sistémicos si!o mais eficazes na presença de infecções endothrix (p. ex., Trichophyton spp.) do que em pacientes com
infecções ectothrix (p. ex., M. canis). Os resuhados atuais sugerem que as infecções por M. canis podem ser mais responsivas ao itraconazol.
Gríseofulvina
A griseofulvina é, atualmente, a droga de escolha em crianças. Este ヲセ イュ 。」ッ@ possui um longo histórico de segurança, o menor número de inte-
rações medicamentosas conhecidas e é bem-tolerado. A griseofulvina é fungistática e anti-inflamatória e pode ser encontrada em comprimidos
ou suspensões. A dose recomendada, em indivíduos com mais de 1 més de idade, é de 1O mglkg por dia. A tomada da droga acompanhada
por alimentos ricos em gordura aumenta sua absorçao e biodisponibilidade. As recomendações de dose variam de acordo com a formulação
usada; alguns autores recomendam o uso de doses maiores de griseofulvina micronizada do que da forma uhramicronizada, mas até 25 mg/kg
podem ser necessários. A duração do tratamento depende do micro-organismo causador (p. ex., a infecção por T. tonsurans pode requerer es-
quemas terapêuticos mais longos), mas varia de 8 a 1Osemanas. Tratamentos mais curtos podem aumentar as taxas de recidiva. Dentre seus
efeitos colaterais, incluem-se náusea e erupções cutAneas, observadas em 8% a 15% dos casos. A administração da droga durante a gravidez
é contraindicada, e os fabricantes recomendam que os homens evitem gerar filhos por até 6 meses após o término da terapia.
Vantagens: Uso aprovado; barata; a formulação em xarope é mais palatável; a suspensão permite ajustes de dose precisos em crianças;
grande experiência.
Desvantagens: Necessidade de tratamento longo. Contraindicado em pacientes com lúpus eritematoso, porfiria e doença hepática grave.
lnteraçoes medicamentosas: Varlarina, ciclosporina e anticoncepcionais orais.
Terbinafína
Fungicida. É eficaz contra todos os dermatófitos. É pelo menos tão eficaz quanto a griseofulvina e segura no manejo da infecção dermatofí-
tica do couro cabeludo causada por Tríchophyton sp. em crianças. Seu papel no manejo das infecções por Microsporum sp. é discutível. Evi-
dências iniciais sugerem que doses altas ou tratamentos mais longos (> 4 semanas) podem ser necessários em infecções por Microsporum.
A dosagem depende do peso do paciente, mas geralmente varia entre 3 e 6 mg/kg por dia. Dentre seus efeitos colaterais, incluem-se ahe-
rações gastrointestinais e erupções cutâneas, observadas em, respectivamente, 5% e 3% dos casos. Os sintomas gastrointestinais desapare-
cem com a continuidade do tratamento.
Vantagens: É fungicida e, assim, o tratamento é mais curto (diferentemente da griseofulvina); portanto, a adesao ao tratamento tende a ser maior.
Desvantagem: Não existe formulaçao em suspensão.
lnteraçoes medicamentosas: As concentrações ー ャ。ウュセエ ゥ 」。ウ@ são reduzidas pela rifampicina e aumentadas pela cimetidina.
ltraconazol
Ação fungistática e fungicida, dependendo da concentração da droga nos tecidos. A administração de 100 mg/dia por 4 semanas ou de 5 mglkg
por dia em crianças é táo eficaz アオ。 ョエ ッセ@ de griseofulvina e terbinafina. Sua biodisponibilidade é aumentada quando o itraconazol é ingerido com
refeições ricas em gorduras. Náusea e カュ セッ@ si!o observados; anomalias da função ィ・ ー セ エゥ 」。@ s1!o observadas em mais de 1% dos pacientes.
Vantagens: Esquemas terapêuticos em pulsos, mais curtos, si!o possíveis.
Desvantagens: Possibilidade de interaÇóes medicamentosas.
lnteraçoes medicamentosas: Aumento da toxicidade dos anticoagulantes (varfarina), anti-histamínicos (terfenadina e astemizol), antipsicóti-
cos (sertindol), ansiolíticos (midazolam), digoxina, cisaprida, cidosporina e sinvastatina (aumento do risco de miopatia). A eficácia do intra-
conazol é reduzida pelo uso 」ッ ョ 」ッュ セ 。 ョ エ ・@ de bloqueadores H,_ fenitoína e rifampicina.
512
Infecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
Quadro 13-2 Orientações Britânicas para o Manejo da 77nea Capltls (2000), Modifkadas - cont.
Fluconazol
Seu uso foi limitado, principalmente, por seus efeitos colaterais. Doses de 3 a 5 mg/l<g por dia, por 4 semanas, silo eficazes em crianças
com tinea capitis. Os efeitos colaterais mais comuns são náusea e vômito, mas anomalias em exames de funçáo hepática sao também ob-
servadas. O fluconazol é aprovado pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos para uso em crianças com mais de 6 meses de
idade. É comercializado em fórmula líquida de sabor agradável (1O e 40 mglml ).
Cetonazol
Uso limitado pelos efeitos colaterais. Doses entre 3,3 e 6,6 mg/l<g por dia. A resoluçáo é comparável à da griseofulvina, mas a resposta pode
ser mais lenta. Seus efeitos colaterais, porém, sao suficientes para levar alguns autores a recomendar que não seja usado em crianças. Estudos
não mostraram, de forma consistente, que o cetoconazol é superior à griseofulvina, e seu uso em crianças é limitado pela hepatoxiddade.
Medidas ad icionais
Exclusão da escola
Embora haja risco de transmissllo da infecção dos pacientes para colegas de classe não acometidos, deve ser permitido, por questões práti-
cas, que as crianças retornem às aulas após começarem a receber o tratamento sistêmico e tópico adjuvante adequado.
Pesquisa famí/iar
Casos primários, resultantes de T. tonsurans antrofílicos, são altamente infecciosos. Os membros da famnia e outros contactantes próximos
devem ser examinados (para tinea capitis e tinea corporis), com coleta de amostras micológicas, preferencialmente pela técnica com escova,
mesmo na ausência de sinais clínicos.
Limpeza de fõmítes
Os esporos de T. tonsurans podem permanecer viáveis em móveis, pentes e escovas. A limpeza meticulosa de todos os objetos possivelmente
contaminados ajuda a prevenir reinfecções. Para todas as espédes antropofílicas, a limpeza deve ser feita com desinfetante. Soluções de hi-
podorito de sódio (água sanitária) podem ser utilizadas. Todos os membros da família devem ser cuidadosamente examinados quanto à pre-
sença de tinea capitis e tinea corporis. A remoçao de crostas de quérions e pústulas, após umedecimento, pode trazer alívio.
Cortícosteroídes
O uso de corticosteroides (orais ou tópicos) nas variedades inflamatórias (p. ex., quérions e reações autoeczematosas graves) é controverso,
mas pode auxiliar a reduçao do prurido e do desconforto geral. Embora no passado tenha-se acreditado que os corticosteroides minimizas-
sem o risco de alopecia permanente secundária à escoriação, as evidências atuais não sugerem qualquer reduçao no tempo de resoluçáo das
lesões em comparaçáo ao tratamento realizado apenas com griseofulvina.
Insucesso do tratamento
Alguns indivíduos não são liberados ao acompanhamento. As razões para isso silo:
1. Não adesão ao tratamento longo
2. Absorção subótima da droga
3. Relativa insensibilidade do micro-organismo
4. Reinfecçáo
T. tonsurans e Microsporum sp. são típicos responsáveis, em casos persistentemente positivos. Caso os fungos possam ser isolados ao final do
tratamento, mas os sinais clínicos tiverem melhorado, os autores recomendam a continuaçao do tratamento original por mais 1 mês.
Caso não haja resposta clínica e os sinais persistam ao final do período de tratamento, as opções são:
1. Aumentar a dose ou a duração da droga original: a griseofulvina (em doses de até 25 mg/kg por 8 a 1O semanas) e a terbinafina têm
sido usadas com sucesso e segurança em dosagens maiores ou por longos períodos para resolver infecções resistentes.
2. Alterar o antifúngico empregado (p. ex., passar da griseofulvina para a terbinafina ou o itraconazol).
Portadores
O manejo ideal de portadores não sintomáticos (ou seja, indivíduos que nao apresentam a infecçáo clínica franca, mas silo positivos à cultura)
não foi esclarecido. Nos indivíduos que apresentaram crescimento expressivo ou alta contagem de esporos à cultura com escova, a adminis-
tração da terapia antifúngica sistêmica pode ser justificada, já que estes são espedalmente suscetíveis ao desenvolvimento da doença, são re-
servatórios importantes da infecção, e é improvável que respondam ao tratamento tópico isoladamente. Como alternativa, estes indivíduos
podem representar uma infecção clínica franca nao identificada. Naqueles que apresentaram pouco cresdmento e contagem de esporos
baixa à cultura com escova, o uso de xampus contendo 1% a 2,5% de sulfeto de selênio, 1% a 2% de zinco piritiona, iodo-povidona ou ce-
tonazol a 2% inibe o crescimento do fungo. Estes produtos podem ser usados como terapia adjuvante, para controlar as cargas de esporos
em crianças infectadas e portadores assintomáticos. Tais agentes sao distribuídos, bem massageados e deixados no couro cabeludo por 5 mi-
nutos. Eles sao usados duas a três vezes por semana, durante o tratamento ou por mais tempo.
Acompanhamento
O ponto final definitivo do tratamento adequado não é a resposta clínica, mas a cura micológica; portanto, o acompanhamento, com repeti-
çáo dos exames micológicos, é recomendado ao fim do tratamento padrão e, depois, mensalmente, até que a cura micológica seja documen-
tada. O tratamento deve, assim, ser ajustado para cada indivíduo, de acordo com a resposta observada.
513
Dermatologia CHnica
cabeludo em pacientes, seus familiares e amigos próximos. fNセエ。ウ@ ma is 、ゥセ Gエ ゥョエカッN@ Grandes áreas de alopeda são observadas, sem
lesões atuam como reservatórios para a reinfecção; todos os ir- inflamação (Figs. 13-38 e 13-39). Existe uma quantidade pequena
mãos ou familiares próximos, portanto, devem ser examinados. O a moderada de es.camaç.'io do couro cabeludo. A adenopatia occi-
pico de incidência da infecção ocorre dos 3 aos 9 anos de idade. pital pode ser observada. A ausência de escamação pode ser expli-
F...'tta infecção fúngica não tende a se re:mlver, de modo ・Nセーッョエ¬ᆳ cada pelo futo de q ue os testes rutâneos com antígenos de Tric1Jo-
neo, na adolescência, fazendo com que haja u ma grande popula- p11)rton, que avaliam a imunidade celular, são, nestes pacientes,
ção de portadores infectados. negativos. Os fios de cabelo infectados por T. tonsurans apresen-
tam aruósporos no interior da haste pilosa; os aruósporos enfra-
QUATRO PADRÕES DE INFECÇÃO. o T. ronsurans apre- quecem o fio, fazendo com que este se quebre na superfície do
sen ta quatro diferente.'i' padrões clínicos de infecção. Diversos ca- cou ro cabeludo ou abaixo dela, resultando na aparência de pon-
sos podem ser observados em uma mesma família, e cada indiví- tos negros (Fig. 13-36). Os 6os quebrados têm, de modo geral,
d uo pode apresentm um padrão de infecção diferente. A menos de 2 mm de comprimento. Cabelos longos o suficiente
apresentação clínica pode ser relacionada à resposta T especifica para serem avulsionados tendem a não estar infectados.
do hospedeiro. Esta dermatofitose é mais frequentemente adqui-
rida por meio do con tato com uma criança infectada, seja direta- Tinea capitis inflamatória (quérion). A maioria dos pa-
mente ou por diversos fômites. Os e.\'tUdos atuais indicam que um cientes que apresen tam este padrão de infecção exibe teste cutâ-
portador adulto as.sintomático pode existir e ser a fonte da rein- neo positivo aos antígeno.., de T. tonsurans, sugerindo q ue sua
fecção contínua das crianças. re.o;po.o;ta imune pode ser responsável pela intensa in flamação. fNセエ・@
padrão é observado em aproximadamente 35o/o dos pacientes in-
Padrão não inflamatório com pontos negros. No pa- fectados por T. tonsurans. Uma ou múltiplas áreas inflamatórias,
drão com pontos negros, observa-se u ma área bem-demarcada de ú m idas e sensíveis de alopecia são verificadas, acompanhadas por
alopecia, com cabelos q uebrados no orifício folkular, dando a pústulas, q ue também podem acometer a pele adjacente (Figs.
aparência de pontos negro..,, caso os cabelos do paciente sejam 13-40 e 13-41). Febre, adenopatia ocdpitaJ, leucocitos.e e uma
e.'iruros. Em ruivos, formam-se pon tos vermelhos. Este é o padrão erupção cutfinea difusa e morbiliforme podem estar ーイ・Nセョエ N@
Figura 13-38 Trichophyton tonsurans. Padrão clássico com Figura 13-39 Trichophyton tonsurans. Padrão clássico com
pontos negros. Observam-se áreas de alopecia com escama- pontos negros, com escamação, mas não inflamação. A infec-
ção, mas não inflamação. Os artrósporos, no interior das has- ção das hastes pilosas provoca sua fratura, deixando tocos in-
tes dos cabelos infectados, enfraquecem os fios, causando fectados. A cor do cabelo determina a coloração dos pontos.
sua quebra na superfície do couro cabeludo ou abaixo dela e Os cabelos pretos deixam pontos negros. Cabelos claros dei-
provocando a aparência em " pontos negros" . (De Solomon xam pontos brancos.
LM et ai: Current Concepts 2[3):224, 1985; reproduzido com
permissão de Blackwell Scientific Publications.)
514
J nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo ) 13 )
Figura 13-40 Tinea capitis inflamatória. Infecção bastante Figura 13-41 Esta lesão profunda inflamatória grave apre-
extensa, chegando ao pescoço. senta acúmulo de secreção e crostas superficiais. Observou-se
linfoadenopatia cervical.
515
Dermatologia Cllnica
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. A dermatite seborreica e a ção cai, ligada ao fio de cabelo (Fig. 8.34). A inflamação é discreta
psoríase podem ser confundidas com a tinea do couro cabeludo. ou 。オNセョエ・@
A tinea amiantacea, u ma fonna de dermatite seborreica observada
em crianças, é, com frequência, erroneamen te diagnostirnda REAÇÃO AUTOECZEMATOSA AO TRATAMENTO. Uma
como tinea. A tinea amiantacea é uma p laca de grandes escamações reação dermatofftide ( autoeczematosa) pode acompanhar a tem pia
de fonnato poligonal, am arronzadas, com 2 a 8 em de tamanho, antifúngica oral. A reação autoeczematosa não c.orresponde à infec.
que se adere ao couro cabeludo e embaraça os cabelos. A escam a. ção fúngica d isseminada, mas pode ser uma イ・ウZーッNセエ。@ imunológica
Tabela 13-1 Tinea capitis- Drogas Administradas por Via Oral para Tratamento de Crianças
Informações da base de
Duração para infec.ções dados Cochrane sobre
Suspensão, por Trichophyton (l) ou espécies de Trichophyton
cápsula, Microsporum (M) + riscos e benefícios
Droga Dosagem comprimido Trichophyton microsporum Trichophyton
Griseofulvina 10·25 mg/kg!dia (micro- 25 mg/ml (T) 6·8 semanas ou mais, até Tratamento de escolha
nizada) ou 15 mgikg/dia que as culturas sejam negativas
(ultramicronizada) Comprimidos de 125 mg Longa experiência de segurança
(M) 8·12 semanas ou mais, até
Comprimidos de 250 mg que as culturas sejam negativas Ausência de monitoramento la-
boratorial
Comprimidos de 333 mg
Terbinafina por 4 semanas e gri-
Comprimidos de 500 mg seofulvina por 8 semanas têm
Ingerir com alimentos eficácia s.imilar
gordurosos
Terbinafina < 20 kg: 62,5 mg por dia Comprimidos de 250 mg (T) 4 semanas Menor duraçao do tratamento
21-40 kg: 125 mg por dia (M) A eficácia em infecções pedi- Interações medicamentosas
átricas por Microsporum é con-
> 40 kg: 250 mg por dia Exames basais de funçlío hepá-
troversa
tica + se terapia continuar por
> 4 semanas
hraconazol 5 mg/kg/dia Comprimido de 100 (T) 4 semanas, monitoramento Interações medicamentosas
mg ou suspensao oral fúngico, outras 2 semanas de relacionadas ao citocromo P450
3 mg/kg/dia (suspensão tratamento, caso o exame seja
oral) NOTA: A soluçao oral é
positivo Exames basais de funçao
mais bem absorvida hepática + se terapia continuar
Cápsula: dosagem sim- (M) 6 semanas, outras 2 sema- por > 4 semanas
plificada Ingerir com a refeição nas de tratamento, caso o
principal As taxas de cura após o
10-20 kg: 100 mg em exame seja positivo
tratamento com itraconazol ou
dias alternados griseofulvina por 6 semanas sao
21 -30 kg: 100 mg por similares
dia Ausência de diferença
31 ·40 kg: 100 e 200 mg significativa na cura entre 2
em dias alternados semanas de itraoonazol e 6
semanas de griseofulvina
41·50 kg: 200 mg ao dia
Ausência de diferença entre
> 50 kg: 200-300 mg itraconazol e terbinafina em
por dia tratamentos de 2·3 semanas de
duraçlío
fluconazol Estudos sobre faixas tera- Comprimidos de 50, (T) 3-4 semanas, esquema diário; Interações medicamentosas rela·
pêuticas ainda em anda- 100 e 200 mg ou sus- 4-8 semanas, esquema semanal cionadas ao citocromo P450
mento, 6 mg/kg de peso pensao oral
(M) 6·8 semanas ou mais Exames basais de funçao hepá-
corpóreo, por dia; 6·8
tica + se terapia continuar por
mg/kg de peso corpóreo,
uma vez por semana > 4 semanas
Taxas de cura similares entre 2-4
semanas de fluconazol e 6 se·
manas de griseofulvina
Adaptado de Elewski BE: J Am Acad Oerrnato/42:1-20, 2000 PMID: 10607315; Gupta AK et ai: Pediatr Oerrnato/ 16:171, 1999 PMID:
10383772; González U et ai: Systemic antifungal therapy for tinea capitis in children. Cochrane Database Syst Rev Oct 17(4):CD004685, 2007
(review) PMID: 17943825; Seebacher C et ai: (2007) Tinea capitis: ringworm of the scalp, Mycoses 50(3):218-226, 2007
(doi:10.1111{j.1439·0507.2006.01350.x). PMID: 17472621
516
Infecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
mediada por células contra os dermatófitos, após a instituição do tópico de corticosteroides, ao contato com animais de estimação
tratamento. Esta reação é, caracteristicamente, pruriginosa, papu- e ao contato com a pele de varns leiteiras ou cavalos.
losa o u vesiculosa e, ornsionaJmente, folicuJar. Em geral, começa na A.o:. lesões são geralmente unilaterais e encontradas no q ueixo,
face e se estende pelo tronco. A<i palmas das mãos e as planta.-. dos no pescoço e nas áreas maxilares e submaxilares. O acometimento
pés podem ser acometidas. A erupção causada pela droga tende a do lábio superior tende a ser o bservado como pústulas dispersas,
ser marulo.<ia, papuJosa ou urticarifonne, começando no tronco. A d iscretas e folirulares; a formação de quérions é rara.
administração de cortico..-.teroide:s tópicos pode ser necessária ao
controle dos sintomas. De modo geral, não é necessário interrom- INFECÇÃO SUPERFICIAL. Este padmo lembra as lesões anulares
per o tratamento antifúngico. da tinea corporis. Os pelos são geralmente infectados (Fig. 13-43 ).
TRATAMENTO. O tratamento da tinea ca{litis, em crianças, é INFECÇÃO FOLICULAR PROFUNDA. Este padrão é clinica-
resumido na Thbela 13-1. As orientações británicas para diagnós· mente semelhante à foliculite bacteriana, à exceção de ter evolu-
tico e manejo são resumidas no Quadro 13-2. ção mais lenta e ser geralmente restrito a urna área da barba. A
folirulite bacteriana se d issemina com rapidez, sobre áreas exten-
sas, após o barbear. A tinea se inicia de forma insidiosa, com um
TINEA DA BARBA
pequeno grupo de pústulas foliculares. Com o passar do tempo,
A tinea da barba é uma infecção dermatofftica limit.1da às áreas da o proces..o:.o se toma confluente, com desenvolvimento de um abs-
barba e do bigode, observ.Jda em homens. A infecção geralmente cesso úmido, eritematoso, similar a um tumor, recoberto por uma
se dá após trnumas mínimos, como o barbear. crosta superficial densa, semelhante à dos q uérions fúngicos ob·
A infecção fúngica da área da barha (tinea barbae) deve ser servados na tinea ca{litis (Figs. 13-43 a 13-46). Os pel<>-• podem ser
avent.1da na presença de inflamação local. A folirulite bacteriana removidos, de fo nna indolor, em pratirnmente qualquer est.igio
e a inflamaçãosecuncLíria aos pelos encravados (pseudofoliculite) da infecção, e examinados para detecç.;o de hifas. Os fungos zoo-
são comuns. Não é incomum, porém, observar pacientes que fílicos Trichophyton mentagrophytes e T. verrucosum são os patógenos
tenninam sendo diagnosticados como tinea após não responde- mais comumente observado.<i. A infecção por T. verrucoswn é ad-
rem a d iversos trat.1mentos antibióticos. Uma rultura po..<iitiva quirida da pele de bovinos leiteiros e provoca uma erupção pus-
para Staphylococcus não exclui o diagnóstico de tinea, porque le- tulosa na face e no pescoço. Muitos paciente.-. são trabalhadores
sões purulentas podem ser sea.mdariamente infectadas por bacté- de fuzendas leiteiras (Fig. 13-28). Nestes indivíduos, a tinea barbae
rias. Como a tinea capitís, os peJos são quase sempre infectados e pustulosa pode ser confundida oom a infecção por S. aureus. A
podem ser facilmente removidos. Na folirulite bacteriana, a re- identificação da espécie, por cultura, auxilia a determinação de
moção de pelos é diffcil. Os rnsos podem estar a.s..•m ciados ao uso um possível イ・ウョセエゥッ@ animal da infecção.
Figura 13-43 O padrão clássico pode ser confundido com o Figura 13-44 Tinea da barba. Uma infecção pustulosa pro-
impetigo. funda dos folículos. O paciente foi tratado com diversos anti-
bióticos orais antes que o d iagnóstico de tinea f osse final-
mente estabelecido. Agentes antifúngicos orais são
necessários ao tratamento desta infecção profunda.
517
Dermatologia CHnica
TINEA DA BARBA
518
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
Griseofulvina
{ultramicroni- Cetoconazol Fluconazol ltraconazol Terbinafi na
zada) (Nizoral'") (Diflucan"') (Sporanox"') (Lamisil'")
Tinea corporis Adultos: 500 mg 200-400 mg por 150 mg, uma vez 100 mg por dia, 1-2 sema- 250 mg por dia,
e cruris por dia, 2-4 sema- dia, 2 semanas por semana, por 2-4 nas 1-2 semanas
nas semanas
200 mg por dia, 1 semana
Crianças: 5-7 mg/
kg/dia 2-6 semanas
Tinea capitis 15-25 mglkg/dia NR 5 mglkg/dia, 4-6 se- 5 mglkg/dia, 4-6 semanas 20-40 kg: 125 mg
(micronizada) ou 15 manas por dia, 2-4 se ma-
mglkg/dia (ultrami- 5 mglkg/dia por 1 semana, nas
cronizada), 6-8 se- 6 mglkgldia, 20 dias mais 1-3 pulsos com 3 se-
manas manas de intervalo > 40 kg: 250 mg por
8 mglkg, uma vez dia, 2-4 semanas
por semana, 4-16 3 mglkg/dia (suspensão
semanas oral) por 1 semana mais
1-3 pulsos com 3 semanas
de intervalo
Dosagem simplific;,da em
cápsulas:
10-20 kg: 100 mg em dias
alternados
21 -30 kg: 100 mg por dia
31 -40 kg: 100 mg e 200
mg em dias alternados
41 -50 kg: 200 mg por dia
> 50 kg: 200-300 mg por dia
Onicomicose NR NR 150 mg, uma vez 200 mg por dia 250 mg por dia
por semana, por 9
meses Unhas das mãos: 6 sema- Unhas das mãos: 6
nas semanas
Unhas dos pés: 12 semanas Unhas dos pés: 12
semanas
Dosagem em pulso:
200 mg bid, 1 semana sim,
3 semanas não
Unhas das mãos: 3-4 meses
Unhas dos pés: 2-3 meses
Tinea pedis Adultos: 500 mg NR 50 mg, uma vez por Tinea pedis em mocassim: Tinea pedis em
por dia, 6-1 2 sema- semana, por 3-4 se- 200 mg bid, 1 semana mocassim:
nas manas
250 mg por dia, 2
Crianças: 5-7 mg/ semanas
kg/dia, 6-12 sema-
nas 200 mg por dia, 3
semanas
Tinea versicolor Nao eficaz 400 mg, dose 300-400 mg, dose 200 mg por dia, por 1 se- Oral não セ ゥ 」。コ@
única única; repetir em 2 mana
semanas, caso ne- Tópico é eficaz
200 mg por dia, cessá rio Profilaxia: 200 mg bid, 1
dia por mês, por 6 meses,
5 dias na doença recidivante
Profilaxia com 400
mg, uma vez ao
mês, na doença re-
cidivante
Candidíase va- Nao eficaz 200-400 mg por 150 mg, dose única 200 mg, 3-5 dias Não eficaz
ginal dia, por 5 dias
100 mg a cada 5-7
dias
NR, não recomendado.
519
Dermatologia Cllnica
Absorção gastrointestinal Alimentos ricos em gonduras aumentam a absorção Ambientes ácidos aumentam a absorção
Tomar no café da manhã, acompanhado por suco de
frutas ácidas
A absorçáo é reduzida por antiácidos, bloqueadores
de receptores H2 H」 ゥ ュセゥ、 ョ 。L@ ranitidina, famotidina,
nizatidina), inibidores de bombas de prótons (ome-
prazol, lansoprazol), e didanosina
Mecanismo das reações Potente indutor de enzimas microssomais do Metabolizado e inibido por enzima hepática do
adversas citocromo P450 citocromo P450
Eventos adversos - 3%
Interações medicamentosas Diminui níveis de varfarina, estrógeno, Aumenta os níveis séricos de astemizol, cisaprida e
adversas anticoncepcionais orais quinidina
O efeito do álcool é potencializado Quinidina: tinido, arritmias candíacas
Os barbitúricos reduzem a atividade da Anticoagulantes: sangramento
griseofulvina
Sulf onilureias: hipoglicemia
Ciclosporina, tacrolimus: toxicidade renal
Bloqueadores de canais de cálcio: edema
Midazolam, triazolam: aumento da sedação
Fenitoína: tontura. a1axia
Induz síntese de sintomas relacionados à produçáo
de cortisol no hipoadrenalismo (fadiga, mal-estar)
Reduz a síntese de testosterona: impotência,
ginecomastia
Reações adversas Náusea, vômito, diarreia, 」セ。 ャ ・ゥ。L@ tontura, insônia, Distúrbios gastrointestinais, efeito similar ao
erupções cutâneas, fotossensibilidade (rara) dissulfiram quando há ingestão de álcool, hepatite
(1:10.000) - interromper a administração da droga
em caso de náusea, vômito, fadiga, mal-estar,
escurecimento da urina, fezes pálidas, icterícia ou
erupções cutâneas
..
·A educação do pac1ente acerca dos Sintomas 1n1cas de hepatite e o aconselhamento de Interrupção da adm1n1straçao da droga ao pnme1ro
sinal de sintomas (náusea, mal-estar e fadiga) sáo essenciais para prevenir a progressão à lesao hepática grave.
520
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
Contraindicações:
Astemizol (Hismanai"'J
Triazolam (Halcion"'J
Cisaprida (Propulsid"'J
Lovastatina (Mevacor"')
Sinvastatina (Zocor"')
Midazolam (Versed"')
Distúrbios gastrointestinais Cefaleia, distúrbios gastrintestinais, erupções Distúrbios gastrointestinais, 。セ・ イ 。ッ@ de
cutâneas paladar (2,8%), erupções cutâneas,
Hepatite é menos provável que com o neutropenia, agranulocitose
cetoconazol Hepatite é menos provável que com o
cetoconzol
Edema periférico especialmente com
bloqueadores dos canais de cálcio
521
Dermatologia CHnica
TRATAMENTO. O tratamento é o mesmo presaito para alinea formas: micronizada e ultramiaonizada. A3 formas u lt:ramicroni-
capiris. Agentes orais {Thbelas 13-2 e 13-3) são geralmente reque· zadas. mais recente<, são mais bem absorvidas e requerem a ad-
ridos. já que os cremes não penetram até o folíado piloso. ministração de do.'!eS aproximadamente 50% a 70% menores do
que as da forma micronizada,. Muitas marcas_, com ambas a<s for-
mas, são oomerdalizadas. Nas formas micronizadas, a droga é
Tratamento das infecções fúngicas vendida em comprimidos de 125, 250 e 500 mg; nas formas ul-
PREPARAÇÕES TÓPICAS. Diversas preparações .ao comer· tramicronizadas, é romercialiZJda em comprimidos de 125, 250
cializadas. Estudos mostraram que o ácido undecilênico (p. ex., e 330 mg. Há L1mbém uma formulação líquida. As falha' terapêu-
Desenex"') pode ser quase tão eficaz n o traL1mento de dermatófi- エゥ」。Nセ@ reJat.1das são, provavelmente, o resultado da administração
tos quanto agente.'i mais novos. A maioria dos medirnmentos é de doses muito pequenas,. e m vez da existência de mic.ro-org;mis-
comercinliznda como cremes ou loções; alguns est3o disponíveis mos resistentes.
como p6s ou ae.ros..'ióis. Estes fármacos são eficazes no trntame.nto
de todas as infecçõa dermatofíticas, à exceção das lesões inflama· Reações adversas. A griseofulvino é uma droga segura. Cefa.
t.ó rias e profundas do corpo e do couro cabe.ludo. This medica· leias e ウゥョエッュ。Nセ@ gastrointestinais são os efeitos colaterais mais
mentos também não têm efeito sobre a tinea ungueal. Cremes ou comumente observados. A dose: pode ser temporariamente dimi-
loções devem ser 。ーセ」、ッウ@ duas vezes ao dia, até que a infecÇío nuída, para verificar se os sintomas desaparecem, mas,- ¢ウセ@ a
tenha sido curada. (Veja, no Quadro 13-3 e no Formulário, uma administração da droga deve ser interrompida. Hepatoxicidad.,.
lista de agentes tópicos comercializados.) leucopenia e fotossensibilidade são raramente observadas; exa-
mes de sangue regulares, portanto, não são necessários, a não ser
que o tratamento vá durar muitos meses ou que a dose adminis-
AGENTES sitセmco@ (Tabelas 13-1 A 13-3)
trada seja excepcionalmente alta. A cefaleio pode ser observad.1
GRISEOFULVINA. A griseofulvina é ativa som.,nte contra der· nos primeiros dias de trata.memo e desaparecer com sua continui-
matófitos; infecções por leveduras/ incluindo aquelas causadas dade. Um teste, com dose mais baixa, é indicado aos pacientes
por Ctmdida e Pityrospomm (tinea versicolor) e micose< profundas q ue apresentam cefule.ias por mnis de 48 horas. Pacientes com
não respondem à griseofulvina. A droga é comerclalizadn hd mais ce.faleias persistentes após o teste com dose. de griseofulvina mais
d e 40 nnos e é comprovadamente segura. A griseofulvina tem baixa precisam ser submetidos a um tratamento alternativo. A
efeito fungistático; é mais eficaz, portanto, em dermacófitos em ウオーイ・Nセッ@ da medula óssea., ェセ@ atribuída à griseofu.Jvin a, provavel-
crescimento ativo, nos quais pode inibir a síntese da parede celu· mente não ocorre,. e a realiza9\o de hemogramas 」ッューャ・エNセ@ não
t
lar rungica. prov;íve.l que a griseofidvina se difunda peJo .. trato é necessária. Desconfono gastrointestinaJ, urticária, ヲッエウ・ョNセゥ「ᆳ
córneo, a partir do Ruído extrace.lular e do ruor. A sudorese .,..,. Jidade e erupções auãneas motbilifonnes foram relatados. A gri-
remada pode aumentar a concentração da droga no estrato cór· seofulvina ativa enzimas hepáticas que provocam a degradação da
neo, devando sua eficácia. A concentração sérica da griseofulvina varfarina e de outra.< drogas. Etapas adequadas devem ser seguidas
é estável, de: modo que a administração uma ou duas vezes ao dia em caso de tratamento combinado.
é adequada. A absorção varia de pessoa a pessoa; em alguns indi-
víduos, os nrve,is da droga são consi'itentemente altos ou baixos. AULAMINAS. A.< alilaminas, como os azólicos, inibem a sín-
A ingestão da droga com alimentos ricos em lipldeos podoc au· tese de ergosterol, mas o fuzem e m um ponto iniciaL O resu ltado,
mentar SU:J absorção. A griseofulvina é comercializada em duas as..'iim como o observado com az61icos, é a ruptura da membrana
celular e a morte do fungo.
522
Infecções Fúngicas Su(>erfic.iais Capítulo 113 1
523
DermaLologla CHnica
Candidiase das áreas comumente úmidas VAG INOSE BACTERIANA. A wginose bacteriana (causada,
p. ex., por Cardnerella I.'Dginalis, entte outros micro-organismos) é
A candidla.-e nonnalmente afeta áreas úmidas, como a vagina. a a causa mais comum de corrimento vaginal infeccioso. Os sinto--
boca e o pênis não óramódado. Na vagina. provOGJ vulvovagi- mas são o rorri.mento com odor de peixt. não acompanhado por
ョゥエセ@ na boca, aftas; e: no pênis não dra.mcid.ado, balanite. prurido ou sensibilidade. Bactérias anaeróbicas surgem e desapa·
recem de forma espontânea. Em mulheres não gestantes, a vagi·
VULVOVAGINITE no.se bacteriana assintom4tica n!io requer tratamento. A doença é
。ウNセッ」ゥ、@ a problemas de ーセイエッL@ endometrite após aborto e do·
A vulvuvaginite tem c.1usas i nfecóo.-.s (Quadro 13·4) e n3o infec- ença inflamatória pélvica.
ciosas. A vaginite infecciosa é a 」。オNセ@ mais comum de corrimen-
tos. Dentre suas CilU.'i:lS infecciosas comuns, incluem-se diversas CORRIMENTO ADQUIRIDO POR VIA SEXUAL. Com
espédes de levedums, 1Hchomonas vaginali.s e c。イ、ョセエNャ@ vaginaUs frequência muito meno r, o corrimento vaginal pode ser resuJtado
e a proliferaç:l.o as..«>àada de bactéria.\ anaeróbicns. Outra_, cau.\as
da cervicite mucopurulent.a c.a.u.,nda por Neisseria gonorrhoeae ou
incluem cervicite infecciosa, um corrimento fisiológico, e a vagi- Otlamydia trac.homatís. Estes dois ュゥ」イッMァ。ョウセ@ assim como
nite alérgica ou irritante de contato. A vaginite atrófica é a causa 'JHchomonas uaginali.s, provocam o aparecimento de corrimento
não infecciosa mais oomum de vaginite em mulheres na pós- vaginal ou são assintomáticos (veja a pág_ 393). A infecção por
menopausa. NrisJDía gonorrlroeae, St.nptDcoa:us 1\-hemolfticos do Otlamydia tradromatú e a gonorreia podem ser complicadas pela
ァョNセーッ@ A (Srrrp!OCDCCW P)'Ogem!S), outras bactérias, oxiúros e corpos doença inflamatória pélvica.
estranhos na vagina são também causas possíveis de vaginite em O Trú:homonas mgioolis pode provOGJr um corrimento expres-
meninas na pré-adolescência. sivo, amarelado, profuso e espumoso, com prurido e sensibili·
dade vaginal, disúria e dispareunia superficial. A detecção de
CORRIMENTO VAGINAL
CORRIMENTO NÃO ADQUIRIDO POR VIA SEXUAL.
A vaginose bacteriana e a candidíase podem ser provocadas por
distúrbios 、セ@ flora vaginal. F...'itaS doenças nâo SfiO ウ・クオセ ャ ュ・ョエ@
transmitidas, diferentemente da maioria dos casos de tricomoni-
ase (7Tichomon4.f uaginali.s). Muitas pacientes são, a prindpio, MANEJO SINDR0 MICO DA OMS
tratadas como portadoras de candidíase, embom a vaginose Corrimento Vaginal sem Do r no Abdo me Inferior
bacteriana seja mais comum. Streptococcus do grupo B são fre- (em M ulheres Não Gestant es)
quentemente enconttados em ウオセ「@ vaginais. mas ates miao-
organismos geralmente não provocam corrimentos e apenas re- A paciente se queixa
querem tratamento durante a gravidez. A!i pacientes que de conimento vagonal.
apresentam sintomas sugestivos de vaginose baaeriana e candi- prundo vulvar ou ardo<
dfase vulvovaginal podem ser submetidas ao tratamento sem re-
alização de exames laboratoriais. Corrimento anormal
ou eritema vulvar
Ausência de sensibilidade
no abdome inferior
l :•
s·m
ao!
Tratamento de Tratamento de quaisquer
vaginite bacteriana outras doenças genitais
e tricomonlase
Quadro 13-4 Causas de Corrimento Vagioal 1 1
Eritema -.uivar. Considell! a adição de
Não ínfecóosas ede!ni>'commento tratamento para infecção
FISIOiógocas similar 。セN@ ceMc:al (pág. 393)
escoriações.
Ectopoa c:eMcal presença de 1. Se a paciente diz a você:
Corpos estranhos. como absorvente intimo retido • Qui! seu parceiro apresenta s•ntomas
marcas de
Dermatite vulvar arranhadura • Qui! ela é trabalhadora do sexo
• Que ela acredita ter sido exposta
_J aumaOST
Infecções não transmitidas por via sexual
Vaginite bacteriana 2. Se a paciente é proveniente de uma
área onde, sabidamente, a prevalência
lnfea;oes por Candida Tratamento de
de gonorreia e clamidiose é elevada
Candida albkans
Infecções sexualmente transmitidas 3. Se o exame com espéculo revelar.
• Corrimento mucopurulento
Chlamydia trachomatis • Sangramento fácil da cérvice
Neisseria gonorhoeae ao toque
Trichomor>as vagina/is
Figura 13-48
524
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
infecç.1o cervical em mulheres q ue apresentam ou não corrimento Exames opcionais. A realizaçlío de exames permite o diag-
vaginal requer confinnaç.âo laboratorial. nóstico mai s preciso (Quadros 13-5 e 13-6).
Candida Miconazol 200 mg, supositório vagi- Nistatina 100.000 unidades, tablete Miconazol 200 mg, supositório vagi-
albicans (CA) nal, um por dia, por 3 dias ou vaginal, um por dia por 14 dias nal, um por dia, por 3 dias ou
(levedura)
Clotrimazol' 100 mg, tablete vagi- c ャッエイ ゥ ュ。コッセ@ 100 mg, tablete vagi-
nal, 2 tabletes ao dia, por 3 dias ou nal, 2 tabletes ao dia, por 3 dias ou
Fluconazol, 150 mg, comprimido Nistatina 100.000 unidades, tablete
oral. em dose única vaginal. um por dia por 14 dias
De Sexually transmitted and other reproductive tract infections: A guide to essential practice: World Health Organization, 2005.
•Tratamento para a vaginite bacteriana e a tricomoníase, associado à terapia para infecçao por levedura na presença de corrimento branco
similar a coágulos, eritema vulvovaginal e prurido.
tPacientes submetidas ao tratamento com metronidazol ou tinidazol devem ser aconselhadas a evitar a ingestão de álcool. O uso de metroni-
dazol nao é recomendado durante o primeiro trimestre da gestaçao.
セo@ dotrimazol em dose única (500 mg) é comercializado em alguns locais e também é eficaz contra infecções fúngicas (CA).
525
Dermatologia Cllnica
APRESENTAÇÃO CLiNICA. A candidíase Vllginal geralmente MANEJO. A terapia de primeira linha é composta por antifún.
começa com prurido ejou corrimen to b ran co, líquido ou cre- gicos em crem e ou comprimidos (Quadro 13-7). Uma revisão
moso (Fig. 13-49). Os sintomas podem se resolver de forma e.<- da C...ochrnne Database, de 2007, mostrou que não há diferenças
pontânea, após vários dias, ou progredir. As mucosas vaginais e a e.<rt.1tísticas significativas nas taxas d e cura clínica da candidíase
genit.ilia externa apresentam eritema, aumento de volume e, oca- vaginal não complicada, tratada com antifúngicos administra-
sionalmen te, erosão e dor (Fig. 13.50). aNセ@ m ucosas são recobertas dos por via oral ou intravaginal. Nenhuma conclusão de6nitiva
por um corrimento espesso, b ranco, cremoso e de aparência esfa- pode ser obtida acerca da segurança relativa de antifúngícos ad-
relada, que fica mais copioso durante a ge.ortação. A infecç.;o pode m inistrados por via oral ou intravnginal no tratamento da can-
se disseminar para as coxas e o ânus; a superffcie rutânea fica didíase vaginal não complicada. A decisão de prescrever ou reco-
eritematosa, sensível e apresenta discret.1s pústulas, denom inadas mendar o u so de u m antifúngico para 。、 ュ ゥョセNイ。 ̄ッ@ o ral ou
lesões sate1ites, que surgem nos limites da borda em atividade. O intravaginal deve levar em consideração a segurança, o custo e a
diagnóstico é confirmado pelo exame do corrimen to em p repa- preferência pelo tratamento. Os médicos devem considerar se o
rado com hidróxido de pot.issio. custo mais alto de alguns antifúngicos o rais compensa o ganho
por sua conveniência, caso esta seja a preferência da paciente.
PMID: 17943774
-
Quadro 13-6 Diagnóstko das Infecções Vaginais•
526
I nfecções Fúngicas Superficiais Capítulo
527
Dermatologia CHnica
TRATAMENTO DO PARCEIRO. A candidíase vaginal não é. Não existe uma rura definitiva para a doença recorrente, mas
de modo geral, uma doença sexualmente ttan.smissfvd, e o trata· esquemas prolongados de manutenção, empregando medica-
mento de: rotina dos parceiros do sexo masculino não セ@ neczssá. mentos orais ou tópico., são dica.z.es.
rio. Um estudo mostrou que o tratamento de parceiros do sao Aplicações semanais de terconazol em creme a 0,8% foram
masculino com a administração de retoconazol por um auto e;s.. eficazes na prevenção de epi.<ódios recorrentes de candidíase vagi-
paço de tempo não tem valor na redução da incidência da recidiva nal, além de tolerada..t $.:1tisfutoriamente..
em mulheres acometidas pela candidíase vaginal recorrente. O Paàentes acometidas pela doença recorrente devem ser aoonse-
tratamento dos parreiras é recomendado em homens com bala· lhadas a perder o exc.es.w de peooo e a u..ar roupa.• íntimas largas, de
nopostite ou em casos crônicos recorrentes. algodão. Em um ""tudo, a ingestao diária de 250 mL de iogurte mn-
528
Infecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
tendo Lactobaci/Jus acidoph111ts diminuiu a oolonizaçiio e a infecção. A câncer em estado avançado. Em um estudo conduzido com pa-
eficácia de dietas de eliminação de leveduras é desconhecida. cientes acometidos pelo câncer avançado, as duas espécies mais
Tent.1tivas de redução do número de crises, por meio do tra- prevalentes foram C. albicans e C. glabrata, com números menores
tamento de parceiros sexuais e pela supressão de um foco gas- de C. tropicalis, C. parapsilosis, C. guilliemzondi e C. incon.spicua.
trointestinal, com Mycostatin*, falharam. Muitas pacientes apre- Leveduras do gênero Candida que não C. albicans são comumente
sentam recidivas após a interrupção da profilaxia; portanto, o observadas na boca de pacientes com câncer em estágio avançado;
tratamento prolongado pode ser nece.-.sário. aNセ@ paciente.-. ten- estes indivíduos podem apresentar sensibilidade menor ao tluco·
dem a aderir mais ao tratamento quando o antifúngico é admi- nazol. A únuUda dubliniensis é uma levedura recém-identi6cada,
nistrado por via oral. isolada principalmente de pacientes HIV-positivos acometidos
A infecção por Cmulida deve ser dowmentada, por meio de rul- pela candidíase o ral.
tura, em qualquer paciente que apresente a doença persistente ou re-
rorrente e exame microscópico rom hidróxido de ーッエ£NGセウ ゥ ッ@ negativo. INFECÇÃO PELO HIV. A candidíase orofaríngea pode ser a
Esquemas terapêuticos prolongados de manutenção são lista- primeira manifest.1ç.;o da infecç.;o pelo Hf\1, e mais de 900A, dos
dos na T.1bela 13-5. pacientes com AIDS desenvolvem a doença. Neste.-. pacientes, a
preorupação é a ocorrência de recidiva clínica após o tratamento,
Micro-organismos resistentes. A candidíase vaginal pro- que parece ser dependente do grau de imunossupre.-.são e é mais
vocada por C. glabrata pode não responder a qualquer azólioo. O comumente observada com o uso de dotrimazol e cetoconazol
uso vaginal de nistatina ou a aplicação local de violet.1 de gen- do que de tluconazol ou itraconazol.
ciana a 1% pode erradicar est.1 espécie. Infecções recorrentes, ob-
servadas após o tratamento, podem ser causadas por espécies de Bebês. Neonatos saudáveis, principalmente quando prematu-
Candida mais comuns. ros, são suscetíveis à candidíase oraL Em bebê-. mais velhos, a
candidíase oral geralmente ocorre na presença de fatores predis-
ponentes, como trat.1mento antibiótico ou debilitação. No neo-
CANDIDIASE ORAL
nato saud.ível, a candidíase é uma infecção autolimitada, mas
A C. albicans pode ser transmitida à cavidade oral do bebê durante deve ser trat.'lda, para evitar a in terferência na alimentação. A in-
a passagem pelo canal do parto. Em muitos adulto.'i, é parte da fecção é observada como um exsudato branco e cremo.'io ou pla-
flora normal da boca. cas aderentes, b rancas e tloculad.1s. A mucosa subjacente é erite-
Espécies de Candida não albiams causam um número cada vez mato.'ia e sensível. A mãe deve ser examinada, para detecção de
maior de infecçõe.-.. A maioria dessas infecçõe.-. é observada em candidíase vaginal.
indivíduos imunocomprometidos, principalmente naqueles in-
fectados pelo H IV. A candidíase oral é comum em pacientes com Adultos. No adulto, a candidíase oral ocorre por diversas ra-
zões; clinicamente, é encontrada em diversas formas agud.1s e
crônicas. A infecção oral extensa pode ser observada em pacientes
diabéticos ou que apresentam depressão da imunid.1de celulaç
em idosos e em indivíduos com câncer, principalmente leucemia.
O uso prolongado de corticosteroides, imunossupressores ou an-
tibióticos de amplo espectro e de inaladores contendo corticoste-
roide.-. também pode causar a infecção.
Figura 13-51 Candidiase oral. Infecção crônica, com debris Figura 13-52 Candidíase oral. O palato duro apresenta eri-
brancos recobrindo a superfície da língua. tema e aumento de volume.
52 9
DermaLologla CHnica
TRATAMENTO
Fluconazol. O fluconazol (200 mg/dia em adultos) t a pri-
meira opção terapêutica para o tratamento e a profilaxia d• infec-
ções localizadas e sistêmicas provocadas por CandidD. セ@ eficaz,
bem-tolerado e adequado à administração na m aioria dos pacien-
tes acometidos por infecções causadas por C. albicans1 incluindo
crianças1 idosos e indivíduos com deficiências imuno16gicns. A
administr:u;.,o profi látic.1 de itraconazol pode auxiliar a prevenção
de infecções fúngic:as em pacientes sub metidos no tratamento ci-
totóxico do c.ince.r. O maior u<io de ftuconazol na profihtxia pro-
longada e no tratamento da mndidíase oml recorrente, em pa-
cientes aidéticos, levou ao aparecimento de infecções por C. Figura 13-53 Balaníte por Candida. Múltiplas erosões ver-
albicans que não s.'io responsivas às doses convendonais. A te.rapia melhas e redondas s.'lo observadas na glande e no corpo do
de segunda linha com um antifúngico de espectro maior., como o pênis. Há exsudato de coiQ(açao branca.
530
Infecções Fúngicas Su]>erficiais Capítulo
Suspensão oral de nistatina (Mycostatin• ). Em bebês, pele sobressalente e podem não ser percebidas (Fig. 13-53}. Ca·
a dose € de 2 mL de nistarina ( M)'CO!tatin•) セ\ュ@ solução oral, ractetisticamente, anéis de I a 2 mm, brancos, em formato de
quatro """"" ao dia, I mL em cada lado da boca. Em adultos, a roscas e possivelmente confluentes, são vistos após a ruptura das
do!e t de 4 a 6 mi. sendo metade em cada lado da boca, retidos pústulas. Em alguns casos, as pústulas não evoluem e as múltiplas
durante o maior tempo possível na boca antes da deglutição. O pápuJas eritemarosas podem ser transitórias, resolvendo-se sem
tratamento é mantido por 48 horas após o desaparecimento dos tratamento. A pre!enç.a de pústulas é altamente sugestiva da infec-
sintomas; a administração é geralmente feita por 10 dias. A st.JS- ção por Candida. Um exsudato branco1 similar ao obseiV3do na
pens3o oral é útil em bebês, mas menos efic:az em adultos1 prova· candidíase vaginal, pode ser encontrndo (Fig.•. 13-54 e 13-55). A
velmente porque o líquido pode não entrar em cont.o1to com toda infec.ç.âo pode ocorrer e persistir sem exposição sexuaL
a superflc:ie da cavidade oral.
TRATAMENTO. A erupç.ilo responde, rapidamente, à aplkação,
BALANITE POR CANDIDA duas vezes ao 、ゥ。 セ@ por 7 dias, de miconazol, dotrimazol ou diver-
sos outros medicamentos listados no Formulário. O alívio é
O pênis não drruncidado oferece um ambient.e quente: e úmido, quase imediato, mas o tratamento deve ser mantido por 7 dias.
idl!al para o desenvolvimento de infecções fúngicas, embora bo- Preparações contendo corticosteroides tópicos, aplicadas tempo-
mens àrrunàdados também sejam suscem-eis. Às ve:u:s, a balanite rariamente, oferecem alívio, por suprimir a inflamação, mas a
prtM>cada por C..ndida ocorre após a relação secual com uma erupção retoma e piora, セウ@ vezes antes mesmo da inte:rrupção do
mulher infectada. sendo mais comumente observada após rela- tratamento com estes produtos. Em pacientes acometidos pela
ções vaginais do que anais nos últimos 3 me!eS. P<ipulas e pústu- balanite, a administração de uma única dose de !50 mg de fluco-
la.s pontuais, sensíveis e eritematosas, são ob56Y3das na glande: e nazol foi comparável, em efidàa e segurança, à aplicação tópica
no corpo do pênis. As pústulas se rompem rapidamente sob a de creme de dotrimazol por 7 dias.
Figura 13-54 Balanite por Candida. O espaço úmido entre Figura 13·55 Balanite por Candida. Esta infecção persis-
as superffcies cutâneas do pênis não circuncidado é o am- tente levou ao aparecimento de erosões na glande e na pele
biente ideal para a infecção por Candida. Este eJCSudato adjacente.
branco espesso é característico da infecção aguda grave.
53 1
Dermato logia Cllnica
532
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
533
Dermato logia Cllnica
534
l nfecções Fúngirns Superficiais Capítulo IH I
Candidíase das pequenas pregas vada no estreito espaço entre o quarto e o quinto dedo, que
cutâneas pode ser concomitante à infecção por dennató6tos e bactérias
Gram-negativas. Clinicamente e em preparados com hidróxido
de potássio, a infecção por CAndida e dennatófitos pode parecer
ESPAÇOS INTERDIGITAIS DAS MÃOS E DOS PÉS
idêntica. A e.'icamação esbranquiçada e macerada se toma es.-
Os espaços interdigitais são como pequenas áreas intertrigino· pe.-.sa e aderente. A candidíase difusa dos espaços interdigitais e
sas. Cozinheiros, garçons, lavadores de pratos, dentistas e outros dos pés é incomum. Estas duas áreas são tratadas com qualquer
profissionais que trabalham em ambiente.-. úmidos são su.'iceti- um dos cremes ou loçôe.-. antifúngic.1s listados no Fonnulário.
veis. Há erosão cutânea, branca, sensíveJ e macerada, revelando Faixas de lã de carneiro (Dr. Sc.holl's lamb's キッャセI@ podem ser
uma base rósea e úmida (Figs. 13-61, 13-62 e 13-63). A rnndidí- colocadas entre os dedos dos pés, para separá-los e manter os
ase dos espaços interdigitais dos pés é mais comumente obser- espaços interdigitais secos.
Figura 13-61 lntertrigo do espaço interdigital. Esta lesão Figura 13-62 Candidíase do espaço interdigital. Fase aguda
não é úmida e macerada como a mostrada na Figura 13-62. da maceração do espaço interdigital. Na borda da lesão, ob-
Este processo eczematoso foi observado em um garçom cujas servam-se pústulas.
mãos estão constantemente molhadas.
535
Dermatologia CHnica
ÂNGULOS DA BOCA
A queilite angular, ou perlêclte, é uma inflamação nos ângulos da
boca, que pode ocorrer em qualquer idade. Os pacientes podem
acreditar, erroneamente, que apresentam deficiência de vitamina
8; leveduras e bactérias podem estar envolvidas neste processo.
Em crianças, a doença é causada por passar a língua nos lábio.'i,
morder O.'i cantos da boca e chupar o dedo. A irritação contínua
pode levar à inflamação eczematosa. A presença de saliva nos
ângulos da boca é o fator mais importante. O exces..'\0 de saliva é
provocado pela respiração pela boca que, por sua vez, é seamdá·
ria à congest.1o nasal ou à má oclu.'ião resultante do us.o de denta·
duras mal ajustadas e pelo lamber compulsivo dos lábios. O u.'o
agressivo de fio dental pode causar traumas mecânicos nos ângu-
Figura 13-64 Queilite angular (perlêche). As dobras da los da bom. Um espaço intertriginoso úmido se forma nos ângu-
pele, nos ângulos da boca, apresentam eritema e erosão. los da boca, como resultado do avanço da idade, de dobras rutâ-
neas congênitas com ângulo excessivo, perda de firmeza da peJe
provocada peJo emagrecimento e pelo encurtamento vertical
anormal do terço inferior da fuce, causado pela perda de dentes e
resultante reabsorção de osso alveolar. A ação rnpilar drena lí-
quido da boca para a dobra, criando maceração, rachaduras, fis-
suras, eritema, exsudação e infecção serundária por Candida efou
estafilococos.
A infecção se inida por uma fissura dolorosa, no fundo da
dobra cutânea (Fig. 13-64). Eritema, escamação e crostas são ob-
servados nas laterais da dobra (Figs. 13-65 e 13-66). Os pacientes
lambem e mordem a área, na tentativa de p revenir a ocorrência de
mais rachaduras. Est.1 tentativa de alívio apenas agrava o pro·
blema, podendo levar à inflamação eczematosa, à infecção est.1fi-
locócica ou à hipertrofia da dobra cutânea.
A dennatite de cont.1to, o diabetes melito e a infecção por HIV
devem ser aventados em rnsos crônicos e resistentes ao trata-
mento.
536
Infecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
Figura 13-67 Tinea versicolor. Numerosas lesões circulares e Figura 13-68 A apresentação clássica da tinea versicolor,
escamativas. A erupção apresenta coloração marrom-clara ou com placas brancas, de formato redondo ou ovalado, na pele
castanho-amarelada em peles claras e não bronzeadas. bronzeada.
537
Dermatologia CHnica
TINEA VERSICOLOR
Figura 13-69 Placas ext ensas, confluentes e escamativas em Figura 13-70 As máculas escamativas coalescem, formando
um indivíduo de pele clara. áreas amplas, de formato irregular, que podem ser mais claras
ou mais escuras do que a pele adjacente .
Figura 13-71 Tinea versico/or. A apresentação mais comum, com pápulas escamativas, de coloração castanho-amarelada, na
porção superior do tórax.
538
l nfecções Fúngic:as Superficiais Capítulo IH I
DIAGNÓSTICO. Uma de.çc:amaçlío em pó, que pode não ser Suspensão de sulfeto de selênio a 2,5%. Quando apli-
óbvia à ins:peç."io, pode ser facilmen te observada ao raspado leve cada por 10 minu tos, todos os dias, po r 7 d ias conserutivos, a
com u ma lâmina de bisturi n• 15 (Fig. 13-72). O exame com hi- suspensão (comercializada como s・ ャ ウオョ セ@ ou em formas genéri-
dróxido de potássio da escamaç."io mostra nu merosas hifas, que cas) resultou em u ma taxa de rura de 87o/o em uma avaliação de
tendem a se partir em pequenos fragmentos em formato de bas- acompan hamento em 2 semanas. Amostras de sangue e u rina
tonete.. misturadas a e."q>oros redondos, em formato de cacho de mostraram q ue não houve absorção significativa de selênio. A
uva, constituindo o padrão em espaguete e almôndegas (Fig. 13· suspensão é aplicada em toda a superfície corpórea, da área infe-
73). O exam e à lâmpada de Wood mostra a エャオッ イ ・Nセ」↑ ョ 」ゥ。@ irregu· mposterior do couro cabeludo até as coxas. Outro esquema co-
lar, pálida e de coloração amarela a branca, q ue desaparece com a mumente recomendado é a aplicação da loç..;o e lavagem em 24
melhora. AJguma..'i' lesões não fluores.cem. A rulturn é possível, horas. Est.1 aplicação é repetida u ma vez por semana, por u m tot.1l
mas raramen te necessária. de 4 semanas. Existem diversas variaçõ es deste mesmo esquema
terapêutico. Os cabelos devem ser lavados com o m esmo p roduto,
TRATAMENTO. A griseofulvina não é eficaz contra a tinea ver- ao mesmo tempo.
sicolor. Diversos medicamentos eliminam o fungo, mas o alívio
gernlmente é temporário e as reddiva.-. são comuns ( 40% a 60%). Solução de terbinafina (Lamisi/9 solução a 1% em
Os pacientes devem entender que as áreas hi popigmentadas não spray). A aplicação do spray em áreas afetada.•, d uas veze.• ao
desaparecerão imediatamente após o tratamento. A luz solar ace- d ia, por 1 semana, é eficaz. O L1misil spraY* é comercializ.1do
lera a repigmentação. A incapacidade de obtenç.;o da escamação como p roduto de venda livre.
em pó, usando u ma lâmina de bisturi n° 15, indica que o fungo
foi erradicado. Os elemen tos fúngicos podem ser retidos em rou- Antibióticos antifúngicos. Miconazol, cetoconazol, clotri-
pas frequentemente usadas que ficam em contato com a pele; o mazol, econazol ou cidopiroxolamina é aplicado em toda a área
descane ou a fervura de tais peças pode diminuir as chances de afetada, uma o u duas vezes ao dia, por 2 a 4 semanas. Os cremes
recidiva. Pacientes sem acometimento óbvio, com histórico de não têm odor e não são gordu rosos, mas são caros.
recidivas repetidas, devem aventar a possibilidade de repetir o
programa terapêutico logo an tes do verão, para evitar o bronzea- TRATAMENTO ORAL (Quadro 13-9 e Tabela 13-2). o
mento desigual. trat.1men to oral pode ser usado em pacientes acometidos pela
doença extensa e naqueles que não respondam ao tratamento
TRATAMENTO TÓPICO. o tratamento tópico é indicado em con vencional ou ainda que apresentem recidivas frequen tes.
casos de doença limitada. As taxas de recidiva são altas.
ltraconazol. O trat.1mento profilático com itraconazol, 200
Xampu de cetoconazol. O xampu de cetoconazol a 2o/o, mg, duas vezes ao dia, 1 d ia por mês, por 6 meses consecutivos, é
u.o;;;ado como aplicação única ou diária, por 3 dias, é extremam ente eficaz à manutenção do controle.
eficaz e é o tratam ento de primeira escolha. O xampu deve ser
aplicado em toda a superfície corpórea, da área inferoposterio r do
cou ro cabeludo até as coxas. Após um tempo de pausa de 5 minu-
tos, o xam p u deve ser metirulosamen te enxaguado. Os cabelos
devem ser lavad os com o mesmo produto, ao mesmo tem po.
Figura 13-72 Tinea versicolor. A área central foi raspada Figura 13-73 Tinea versico/or. Preparação com hidróxido de
com uma lâmina de bisturi nº 15, para demonstra r a escama- potássio. A observação à microscopia em pequeno aumento
ção branca, sob a forma de pó . mostra numerosas hifas curtas e aglomerados de células em
brotamento, descritos como aparência em "espaguete e al-
môndegas" (cacho de uva).
539
Dermatologia CHnica
Cetoconazol
200 mg/dia 5 dias
400 mg Uma vez por semana, por
2 semanas
400 mg 3 doses, a intervalos de
12 horas
ltraconazol
540
114 I
Exantemas e Erupções por fármacos
A palavra emnte""' significa uma erupção que irmmpe ou Oorescr.
As doenças ex.-.ntematos.1s são anaaerizadas por mámlas ou
• Exantemas pápulas espalhadas, simétricas, eriternatosas, discretas ou con·
fluentes que iniciaJmente não fonnam uma escama. A doença.
Sarampo
exantematosa é uma das poucas doenças para a qual o termo
Doença das mãos, pés e boca maculapapular é apropriado. oオエイョセ@ ャ ・ウNセL@ tais como pústulas,
Febre escarlate vesículas e petéquias, podem se fonnar, mas a maioria das doen ..
Rubéola ças exan tematosa.o; se inicia com márulas ou pápu las vennelhas.
Eritema infeccioso Erupções vermelhas 、ゥウ・ュョ。セL@ mis como psoría.se gutata ou
Roséola infantil pitiríase rósea, podem ter um início similar e são frequentemente
Enteroviroses: exantemas por ecovlrus e simétricas. mas estas oondiçôes têm padrões típicos de ・ウ」。ュセ@
coxsackievlrus por isso, são denominadas mJPÇôes papuloescamoSil.S. As doenças
Doença de Kawasaki que: se: iniciam com e:::antemas podem ser causadas por baot!rias,
Doenças mediadas por toxina superantlgena vírus ou fánnacos. A maioria delas tem várias caraoerística.s, tais
Sl ndrome do choque tóxico como uma lesão primária comum, distribuição, duração e: sinto-
Reações cutâneas a fármacos mas sistêmicw. Algumas são acompanhadas por lesões orais de·
nominadas enantemas. Os ex.1ntemas pediátricos estão resumidos
• Erupções por fármacos: padrões clfnicos e
na Thbela 14-1.
fármacos causadores mais frequentes
Os exantemas foram previamente numerados de acordo com
Exantemas (maculopapular) seu surgimento histórico e desoiçio: primeira doença, sarampo;
Urticária segun da doença, febre escnrlate; terceira doença, rubéola; quart.1
Prurido doença, doença de Ouke (provavelmente coxsac.kievírus ou ecovf..
• Erupções por fármacos rus); q uinta doença, eritema infecdoso; sexta doença; roséola in..
fantil.
Pustulose exantematosa generalizada aguda
Erupções acneiformes (pustular)
Eczema
Erupções fixas por fármacos
Erupções em bolhas por fármacos
Eritema multiforme e necrólise epidermal tóxica
Eritroderma esfoliativo
Liquenoide (erupções por fármacos do tipo llquen
plano)
Erupções por fármacos do tipo lúpus eritematoso
Eritema acral induzido por quimioterapia
Pigmentação
Fotossensibi lidade
Vasculite
Erupções linfomatoides por fármacos
Erupções de pele associadas a fármacos especlficos
541
Dermatologia Cllnica
Sarampo germânico 5-25 anos Sintomas URI moderados 14-23 Maculopapular generalizado se torna pontual
(rubela) dias
Roséola (exantema sú- Nascimento até 3 Febre alta por 3-5 dias; diarreia, Máculas e pápulas rosa-claro, de forma amendoada
bito HHV-6) anos tosse por 5-1 5 dias
Eritema infeccioso 4 anos (1-17 anos) Febre não específica e ュ。 ャ セウエ。イ@ Eritema macular na face (1-4 dias), erupção macular eri-
(quinta doença de par- em adultos não imu- 13-1 8 dias tematosa para a primeira semana, seguida por eritema
vovírus B19) nes em rede
Exantema laterotorá- 12-63 meses Sintomas URI Pápulas eritematosas, discretas, moderadas, prurídicas,
cico unilateral de 1 mm; placas eczematosas morbiliformes
Resolução espontânea após 5 semanas
l uvas papular-purpúri- Crianças, idade mé- Febre Edema finamente papular, purpúrico, petequial e eri-
case síndrome da meia dia de 24 meses tema; resolve-se espontaneamente em 1-2 semanas
(parvovírus 819)
Catapora (varicela) 1-14 anos Febre, mal-estar, dor de cabeça, Máculas eritematosas que evoluem em vesículas que
anorexia, dor abdominal por 48 contêm fluido seroso
horas
Estágios diversos de lesões presentes simutlaneamente
Doença de Kawasaki Normalmente .s 5 Febre alta, irritabilidade Maculopapular eritematoso
(síndrome mucocutâ- anos
nea, síndrome de linfo- Escamação da ponta dos dedos (forma morbiliforme ou
nodo) vesiculobolhosa)
Síndrome de Gianoni- Pico 1-6 anos; pode URI; adenopatia generalizada liquenoide, pá pulas cor de carne a vermelhas; pode for-
Crosti (acrodermatite ocorrer em adultos mar placas
papular da criança)
Meningococcemia < 2 anos Hepatoesplenomegalia, febre, Petéquia, púrpura e lesões bolhosas sao vistas
(Neisseria meningitidis) mal-estar, sintomas URI
Febre maculosa das Qualquer idade Febre, mal-estar, dor de cabeça Máculas vermelho-claro ou rosadas evoluem para peté-
Montanhas Rochosas quias e púrpuras
(Rickettsia rickettsii)
542
Exantemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
Continua
543
Dermatologia Cllnica
Eritema multiforme 10-30 anos Infecção com HSV ou mico- Máculas eritematosas com centros mais escuros de "le-
plasma precedem; exposição são-alvo"
por tarmaco
Febre escarlate 1-1 0 anos 2-4 dias Pápulas pontuais
Síndrome do choque Crianças com quei- Início súbito Eritroderma macular, escamaçao das pontas dos dedos
tóxico maduras e traqueíte
Exantema por fármaco Qualquer idade 7-10 dias após fármaco ser in- Maculopapular, urticarial. prurido
gerido
Doença da mão, pé e Crianças 4-6 dias, 50% com febre e mal- Vesiculopústulas
boca (coxsackievlrus estar
A16 e outros)
Síndrome da pele escal- < 5 anos Mal-estar. febre, irritabilidade Eritema macular macio, generalizado, torna-se vesicular e
dada estafilocócica bolhoso
Adaptado de Gable EK et ai.: Prim 03re 27:353, 2000. PMID: 10815048
*Vinte e cinco por cento de todas as crianças podem ser portadoras de estreptococos do g rupo A.
544
Exantemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
Face, pescoço, axila e virilha lnfecçao estafilocócica de nasofaringe ou Contagem de CBS e ESR elevadas
conjuntiva
104' F- !
ó.
E
セ@
Incubação
Tabela 14-2 Sarampo - Número Estimado de Mortes pela
Organizaçao Mundial de Saúde (OMS, 2006) •
10 o 2 3 4 5 6 8 9 10 dias
África 36.000 Pontos de Koplik
Américas < 1.000 I . .1.
(OOJUntiVJte
Mediterrâneo Oriental
Europa
23.000
< 1.000• Coriza I
Sudeste Asiático 178.000 Tosse
545
Dermato logia CHnica
Uma erupção maculopapular surge na face e se torna A erupção então surge no tronco.
confluente.
Figura 14-2
546
Exantemas e Erupções por fármacos Capítulo 114 1
547
Dermatologia CHnlca
548
Exantemas e Erupções por fármacos Capítulo 114 1
Febre escarlate dades; as palmas das mãos e solas dos pés são poupadas (Pig,
14-7). A face é liberada, exceto pela palidez circum-oral, en-
A febre escarlate (escarlatina) é uma doença endêmica e conta- quanto todas as outras áreas envolvidas exibem um matiz escar-
giosa produzida pela toxina estreptocócica eritrogênicL A toxina late vívido com inúmeras pápulas. que dão uma carnctufstiet de
cirrulante: é re:spondve.l pela erupção e pelos sintomas sistêrnicos. lixa à pele (Fig. 14-8). A erupção é mais limií"da e menos dramá-
A infecção pode .. originar na faringe ou na pele, sendo mais tica em casos mais brandos, Petéquias lineares (sinal de Pa'tia)
comum em criançu (com idade de 1 a 10 anos) que não têm são características; elas são encontradas em dobras 」オエ¬ョ・。ウセ@ par-
imunidade à toxina_ Um suno de febre escarlate causado pelos ticularmente na fossa antecubital e Me3 inguinal. A língua perde
estreptococos do grupo A em alimento.< contaminados foi rela- a cobertura branca para revelar uma superffcie vurndha, vitri6-
tado na Orina, em 2006. PMID.' 11n 9644. A febre escarlate foi cada, ferida e com papilas 。ャ[オァセ、ウ@ (Fig. 14-9}.
uma doença temida nos sé<ulos XIX e XX, quando ela era mais A febre e a erupção reduum·se e surge a descamação, mais
virulenta, mas hoje a febre escarlate normalmente é benigna. Ce- pronunciada do que em quaisquer febres eruptivas. Ela .. inicia
pas virulentas podem surgir no futuro. Novas ondas de febre es- na face, onde é esparsa e superlicial; progride para o tronco, fre-
carlate estão associadas a um aumento na frequê:nda dos clones quentemente com uma aparência circular, perfurada; e finalmente
de Stnptocoa:W progenes com genes de alelos variantes, codifi- se espalha para as mãos (Fig. 14-10) e pés (Figs. 14-11 e 14-12),
cando a exotoxina A pirogênica estreptoc.óóca (toxina da febre onde a epiderme é mais grossa. Clinicamente, as mãos e pés pare-
escarlate). Uma exposição prévia à toxina é necessária para a ex- cem normais durante os estágios iniciais da doença. Crande5 ca-
pressão da doença. A exotoxina A pirogênica estreptocócica causa madas de epiderme podem se solt.1r das mãos e solas. em um
a doença por aumento na hipersensibilidade de tipo retardada padrão semelhante a uma luva, o que expõe uma epiderme nova
aos produtos estreptocódcos. e macia. O suJco transverso pode SéT produzido em todas a!-1
u nhas (linha de Beau) (Fig. 14- 13), O padrão de escamação das
PERIODO DE INCUBAÇÃO. o perfodo de incubação da fe- paJmas das mãos e solas dos pés e o cre:scimento das unhas セZャッ@
bre escarlate (Fig. 14-6) é de 2 a 4 dias. características distintas da febre e.o;carlate úteis n<.1 tomada de um
diagnóstico retrospectivo, e.m casos nos C(t.L1is :.1 erupção é mí-
FASE PRODROMAL E ERUPTIVA. o início súbito de febre n ima. O a umento no título de a ntiestreptolisinl.1·0 constitui evi-
e faringite é seguido イセーゥ、ョュ・エ@ por náuseas, vt>mitos, dor de dência adicional parn a infecção recente. A escnmay"\o geralmente
cabeça e dor abdominal. Toda a cavidnde oral pode estar verme- está completa em quatro semanas, mas pode perdurar por 8 !-!e-
lha, e a língua cobert.1 com um<t c.1m3da brnnco-amarelada com manas. Taxas de recorrência da febre escarlate tl\o nltas quanto
as papilas vermelhas protrusas. Linfadenopatia difusa pode surgir 18% foram relatadas.
antes de a erupção iniciar-se. Os sintomas si.s:têmicos continuam
até que a febre de•apareça. A erupção se inicia em tomo do pes- TRATAMENTO. Trate com penicilina, cefalosporinas, eritromi-
coço e da face e se espalha em 48 horas para o tronco e extremi- cina, ofloxacino, rifampina ou os macrolfdeos m<.1is novos.
lnCIJbaç3o
• •
4 3 2 o 2 3 4 5 6 7 14 21 dias
Ltngua branca Ungua vennelha
Exantema Escamação
549
Dermatologia CHnica
FEBRE ESCARLATE
Figura 14-8 Erupções totalmente evoluídas. Inúmeras pápulas Figura 14-9 Porções de cobertura branca permanecem no
com t extura semelhante à lixa na pele. centro, mas o rest ante da língua é vermelho com papilas in-
gurgitadas (" língua de morango ").
550
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
FEBRE ESCARLATE
Figura 14-10 A escamação das mãos tem inicio em 7 a 10 Figura 14-11 Escamação dos pés.
dias, após a resolução da e rupção. A escamação ocorre nas
axilas, na virilha e na ponta dos dedos.
Figura 14-12 Escamação dos pés. Figura 14-13 Linhas de Beau: sulco transverso em todas as
unhas várias semanas após os sinais cutâneos da febre escar-
late terem desaparecido.
551
Dermatologia CHn lca
Pett>quias
Palato mole
Exantema EscamaçAo
(O<:IIsional)
552
Exantemas e Erupções por fármacos Capítulo 114 1
"Bochechas batidas·
Recorrência
lncubaçOO
13-18 dias O 2 3 4 5 6 7 B 9 10 dias 2 semanas 3 semanas
553
Dermatologia CHnica
Eritema em padrão de rede. Esta erupção caracterlstica erupção matar, febr., artrapatia. mialgia, citopenia. hipocomple-
única - eritema em padrão de rede de pesca - inicia·sc nas menternia e anticorpos anti-DNA e antinudear (ANAs).
extremidades, aproximadamente 2 dias após o infóo do m.. O diagnóstico diferenóal inclui artrite reumatoide aguda, ar-
tema facial, estende-se para o tronco e para as nádegas e desa· trite soronegativa, doença de Lyme e lúpus. A infecção por paiVO-
parece entre 6 e 14 dias (Fig. 14-18). Às vezes, o exantema se vírus deve ser considerada, quando uma mulher adulta tem po-
inid:w com eritema e não se toma característic.o até que uma liartropatia aguda associada a prurido, especialmente se ela foi
clareiro irregular tome lugar. Este segundo estágio da erupção exposta a crianças com eritema infeccioso.
pode vn.riar de um eritema muito fraco a um exantema rosado. A demonstração d.1s imunoglobulinas (IgM) de antiparvovírus
O livedo reticular tem um padrão de rede セゥュャョイL@ mas não 819 e lgG antiparvovírus B19 é o achado d iagnóstico mais impor-
cles:tparece rapidamente. tante. Medidas de IgM têm de ser feitas nos primeiros meses, visto
que ele desaparece m:tis tarde. Agentes imunossupres..•mres オN セ。、ッウ@
Fase recorrente. A erupção pode desaparecer e então, reopa· para tratar a artrite reumatoide podem prolongar a persistênda do
recer em locais previamente afetados na face: e no corpo durante vírus e da doença na 。セエイゥ・Lャッー@ induzidos pelo parvovírus
。セ@ próximas 2 a 3 semanas. Mudan çaoç de t.e mperntura, transtor· 819.
nos emocionais e luz solar podem estimular a rec.orrênóa. A A infecção por 819 não está associada à destruição articular
erupção desaparece sem cicatriz ou pigmentação. Pode h;n..,- li· vista na artrite reumatoide. Os sintomas prolongados não se cor-
geira linfoótOK ou eosinofilia. relacionam com estudos sorológicos, tais como duração da res-
posta da imunoglobulina M (lgM) 819, ou viremia persistente.
SINDROME DA POUARTROPATIA E PRURIDO Os sintomas, em adultos, semelhantes à gripe e a artropatias,
Adultos. Mulheres expostas ao parvovíru.• durante os surtos iniciam-se roincidentemente com a produção de anticorpo tgC
podem desenvolver coceiras e artraJgia..'\ ou amit.e. Os homens não entre 18 e 24 dia• após a exposição., provavelment., são media-
são nfet.1dos. As coceiras variam de moderadas a intensas e são dos por imunocomplexos.
localizadas ou gene.raJizadas. Na maioria do.'i 」。ウッN\セ Q@ umn erupção
m:tculnr n3o e.o;pedfica ocorre sem o surgimento do pndrão tipico Crianças. Menina.'i e meninos podem desenvolver sintomas ar-
de rede antes da artrite. ticulares. A maioria dos rasos tem artrite aguda de breve duração;
A." mui heres de.'ienvolvem poliartrite m od eradamente severa e poucas possuem art.ralgias. Dois padrões são vistos: poliarticular,
simétriCJ que pode evoluir para uma forma qu., frequentemente que afeta mais do que cinco artirulaçôes; e pauciartirular, q ue
não é distinguível da artrite reumatoide. A maioria tem envolvi· afeta quatro ou menos articulações. A!. grandes articulações são
mento dos joeJhos e outras artiru.lações, assim como artrite mi.. afetadas com mais frequência do que as pequenas articulações. O
grauSria. joelho é a articulação mais comumente afetada (82%). Os acha-
Os paciente. 819 se apresentam com o início súbito da poliar· dos laboratoriais são nonnais. A duração dos sintomas anirulares
trite simétrica periférica de sevmdade moderada. A infecçllo por normalmente é menor do que qwtro ュセ@ mas alguns têm ar-
819 mimetiza a artrite reumatoide em estágio agudo, e o f.nor trite: persistente por 2 a 13 meses, o que preenche o critério para
reumatoide pode ser positivo. o diagnóstico da anrite reumatoide ju..,.iL
A!. articulações podem estar doloridas, acompanhadas de in·
cha{-O e rigidez. Os sintomas continuam por 1 :t 3 se.manas. Em INFECÇÃO NA MULHER GRÁVIDA (INFECÇÃO IN-
algumas mui heres, a artropatia ou a artrite pode.m persistir ou TRAUTERINA E ABORTO ESPONTÂNEO). Em mulheres
recorrer por meses o u anos. grávida..'ll a ゥョヲ・」 ̄ッセ@ :tlgumas vezes, pode levar à infecção feL11
Ex-istem similaridades próximas entre a infer.ção por 8 19 e o (Quadro 14-1 ). A infec.ç5o fetal algumas vezes causa anemia se-
lúpus eritematoso sistêrnico: ambos podem se apresentar com vera, faJênda cardíaca congestiva, edema generalizado (hidropsia
Uma erupçao macular surge nas extremidades extensoras. A erupção desaparece em um padrao semelhante à renda
554
Exantemas e Erupções por fármacos Capítulo 114 1
Quadro 14-1 Fatos e RIKOrllendac;ões para as Mulheres ANEMIA. O vírus tem a propenslio de infectar e lisar as células
Grillldas Expostas ao PaNOVirus 819 precursoras e:ritroides e de interromper a produção normal de
célula vermelha. Em uma pessoa com hematopoiese nonnal, a
Riscos de infeqão materna durante uma epidemia: infecç'io por 819 produz uma apla.sia autolimitada de células
30% a 65%
vennelhas clinicamente inaparmte. Em pacientes que têm taxas
As mulheres infectadas podem ser assintomAticas aumentadas de destruição ou perda de células vermelhas e que
Enfermeiras e professoras: al1a taxa de infecção se dependem de aumento compensatório na produção das células
expostas vermelhas para manter os rndices de células vermelhas estáveis, a
• Pessoas com a quinta doença sao contagiosas antes de elas infecção por 81 9 pode levnr a uma crise a plástica transitória. Os
desenvolverem a erupçao; portanto, a exposição no infdo de paciente.-. sob risco de crise nplástica transitória incluem aqueles
um surto não pode ser evitada com hemoglobinopotlas (doença Calciforme, talassemia, esferoci-
• Mulheres grávidas devem permanecer em casa até 2 a 3 se- tose heredit.iria e deficiência de p iruvato quinase) e aqueles mm
manas após o último caso identificado anemias 。ウNセッ」ゥ、@ à perda sanguínea aguda ou crônica. A ゥョヲセ@
Testes laboratoriais ção por 819 é. イ・ウーッョsセ■カNャ@ peJa maioria_, se não todas, das crises
aplásticas na doença falóforme, mas pelo menos 20% das infec-
• Testes lgM para mulheres sintomAticas expostas
• Ultrassonografia fetal para caso. confinmados ou suspeitos
ções não result.1m em aplasia. Até 30% dos profissionais da área
• Teste da rea.;ao da polmerase em cadeia de fiUJdo amnoóbco de saúde podem ser infectados quando expostos a pacientes falá-
e soro fetal - um método senslvet e rápido para o doagnóstJCo formes infectados. Em pessoas imunoddicimtes e com AIDS, a
de 1nfecçao intrauterina 819 pode persi.<tir e causa aplasia crônica da célula vermelha, o
• Monitorar os níveis de alfa-fetoprotefna • em mulheres expos- que result.1 em anemia crônica. Alguns desses pacientes podem
tas e Infectadas ser curados com terapia com imunoglobulina.
• Ultrassonografia quando os níveis de alfa-fetoprotelna estão
aumentados
AVALIAÇÃO LABORATORIAL A maioria das infecções agu-
• Ultrassom anormal: amostras de sangue fetal como guia para
、。セ@ por Bl 9 édi:tgnO..\'tkada no laboratório por detecção som lógica
possível transfusao fetal
de anticorpos da ・ャ。ウNセ@ lgC e lgM com imunoensaios enzimáticos.
• Efeitos teratogênicos não demonstrados
Aborto terapêutico nao indicado
Os anticorpos lgM s3o os indicadores mais sensíveis da infecçio
•
aguda por B19 em pessoas imunologicamente normais. A medida
Adaptado de Levy M, Stanley ER: Can Med Assoe J t 43:849, de lgM é útil para o diagnóstico de infecçiio recente por paiVov!rus.
1990. PMID: 2171743 Os anticorpos lgC e lgM podem estar presentes no ou logo após o
• Alfa-fetoproteína sé<ica materna é um marcador para cnse de
。ーャウセ@ fetal durante infecção humana intrauterina por paiVOVIrus. iníóo da doença e alcançam pico de título no período de 30 dias.
Em virtude de o anticorpo lgC poder persistir por anos. o diagnós-
tico da infecç'io aguda t feito pela detecçiio dos anticorpos lgM. A
prevalênóa dos anticorpos do parvovírus 819 aumenta com a
idade. A prevalênóa esr«f6ca da idade dos anticorpos para parvo-
fetal) e morte. Muitos fetos morrem porque .,.ta infecç'io não é vírus é de 2% a 9% das crianças abaixo de 5 anos, 15% a 35% nas
visivelmente hidrópica. crianças de 5 a 18 anos de idade e 30% a 60% em adultos ( 19 anos
Os parvovlru.' 819 provavelmente cau..am entre 10% n 15% de o u acima). A lgM é detect.ivel durante os 3 meses após a exposição.
todos os casos de hidropsia não imune. Se o feto sobreviver à hi- O parvov!ru.' 819 pode ser deté.dado no sangue, líquido amniótico
dropsia fetal causada pelo B19, nonnalme.n te não int ocorrer se· e fluido sinovial atrnvés dn reaç'io da cadeia de polimerase (PCR).
quela a longo p razo.
O feto tem uma alta taxa de produção d e célula vermelha; seu CONTROLE. Os pais só precisam e.<tar seguros de que est.1 erup-
sistemt\ imune imaturo pode não ser capaz de montar uma res. ção anormal irá desap3recer e não necessita de tratamento. A
posta imune adequada. O piUVOVÍrus tem sido implicado como maioria dos departamentos de: saúde não recomenda a ・ク、オNセゥッ@
uma causa de aborto espontâneo (por anemia fetal severa e hi- das crianças da• escolas com a quinta domça. Multas infecções
dropsia fetal). são inapare.ntes e a exposiçlo pode ocorrer tanto na comunidade
A infecçào materna na primeira metade da g13videz está asso- quanto na escola..
óada a 10% de excesso de perda fetal e hidropsia fetal em 3% dos Avalie o estado imune das mulheres grávidas exposta'l. Os ris-
casos (dos quais até 60% se resolvem espontaneamente ou com cos são nulos se as mulheres forem lgC positivas. Se ela não for
controle adequado). As anormalidades mngêniw aMOCiadas ao imune (embora o risco de o feto ser afetado seja baixo), a vigilân-
819 nl\o fornm relatadas entre várias centenas de aianças nasci· cia fetal por repetidos exam<ll de ultrnssonogra6a e a reavaliação
das de mães infectadas pelo 819. O ri<m total de resultado ad- do estado imune são recomendadas.
verso sério em virtude da exposição orupacional a uma infecção Em virtude de a principal resposta imu ne parecer ser humornl,
por p•rvovlrus 819 durante a gravidez é baixo (exces.'o de perda os pacientes com infecy'\o crônica foram tratados com imunoglo-
precoce do feto em 2 a 6 de 1.000 gravidezes e morte fetal por bulina. pNセGゥ・M@ p:H:ie.ntes frecJut:ntem ente respondem com uma re-
hidropsia em 2 a 5 de 10.000 gravidezes). N3o é recomendado dução acentuada no nível de virem.ia 819 e com reticulodtose..
que mulheres grávidas Sl.LSCetÍveis sejam rotine.irnmente excluídas seguido da re.-.olução da 3ne:mia no prazo de poucas semanas. Os
do trabalho com crianças durante as epidemias. pacientes com infet(io persistente devem se.r monitorados para
A reaç'io de cadeia da polimerase é um método sensível e rá- evidência de recaída atrnvts da observação das contagens de reti-
pido para o diagnóstico de infecçiio inuaute:rina. rulócitos e por ensaios de virem ia 819 quando indicado.
555
Dermatologia CHnlca
Roséola infantil (infecção por herpesvírus ria das crian915 parece inapmpriadamente bem para o grnu de
elevação na temperntur.J. mas el;u podem experimentar leve ano-
humano 6 e 7)
rexia ou um ou dois episódios de vômitoSt nariz escorrendo, tosse:
A rooiola infantil (exantema súbito, "erupção súbita', sexta doença, e hepatomegalia. Convulsões (porem, mais frequentemente irri·
erupç3o rosa em crianças, febre dos 3 dias) é caWhlda primaria- tabilidade cerebral geral) podem ocorrer antes da fase eruptiva. A
mente pelo herpesvirus humano 6 (HHV-6), que é epidemioló- maioria se recupern sem sequei as. C1sos de encefalitefencefalopa·
gica e. biologicamente similar ao citomegalovírus. Assim oomo ria com eletroencefalogrnmas e tomografias computadorizadas
outms ィ ・イーウカゥッNセL@ o HHV-6 mostra irradiamento intennitent.e cerebrais anormais foram relrtt.'ldos; epilepsia se desenvolveu em
ou crônico na populaç.ão nonna1, tornando a infec.ç3o anorm:tl- um caso, e em outro caso o paciente morreu. O DNA do HHV· 6
mente precoce. em crianças (a soroconvers5o no primeiro ano de (oi detectado no líquido cerebroespina l (LCE); isto sugere q ue o
vida é de até 80% de todas as crian ças) compreen•fvel. O vírus HHV-6 pode invadir o cérebro durante a f.tse aguda. A infecção
permanece latente em monócitos e macrófugos e, provavel- por hv セV@ deve ser StL"peitadn e m crianças com convuJsôes fe·
mente, nas glândulas salivares. O vírus pode infeCUJr aianç.as bris, mesmo aquelas sem e:x..1ntemas. Linfadenopatia suave. a
através da saliva, principalmente entte mãe e filho. Uma sín- ュッ、・イョセ@ normalmente nas regiões occipitais, manifesta-se no
drome severa, infecciosa, como mononucleose em adultos, pode início do periodo febril e persiste até depois que a erupção tenha
ser causada por uma infecção primária com HHV-6 . O HHV-6 cedido.
tambbn foi envolvido na pneumonite idiopáúca em hospedeiro
imunocomprometido. FASE ERUPTIVA. A erupção se iniáa no momento em que a
A maioria dos casos é assintomática ou se apresenta com febre febre retrocede. O termo exantema súbito indica a •surpresa• SÚ·
de origem desconhecida e ocorre sem erupção. A doença é espo- bita do surgimento da erupção após a queda na febre. Inúmeras
rádica e a maioria dos casos ocorre entre as idades de 6 meses e 4 m:íatlas, cor de rosa pálido, em forma de amêndoas, surgem no
anos. A infecção primária por HHV-7 ocorre mais tarde na infãn- tronco e pescoço, tomam-se conAuentes e, então, desaparecem
cia (nproximadamente aos 3 anos de idade) e também cエGャオNセ。@ graduaJmente no pe.ríodo de ーッオ」NZQセ@ horas a 2 dias, sem cicatriz
exantema súbito, embora menos frequente do que a HHV-6. O ou p igmen tação (Fig.,. 14-20 e 14-21 )- O exantema pode se asse-
anticorpo porn HHV-6 está presente em 90% a 100% do popula- melhar à rubéola ou ao sarampo, mas o padrão de desenvolvi·
ção com mnis de 2 anos idade. O desenvolvimento de febre alt.1, mento, d istribuição e sintomas associados destas outrn.s doenças
como é. visto na roséola, é pre001pante, mas o infcio dn erupção exantematosas é diferente.
caraderfstica é rrnnquilizador.
Um estudo mostrou que o HHV-6 foi responsável por 10% das AVALIAÇÃO LABORATORIAL. A leucoátose se desenvolve
visitas hospitalares para doença aguda em aian915 rom menos de no iníáo da febre, m;u a leucopenia com grnnuloátopenia e rela-
25 meses de idade e 33% das convulsões febris que ocorreram em tiva linfoátose surge à medida que a temperntura se eleva e per·
crianças menores de 2 anos. siste até que a erupção se: reduza. A soroconversão dUJante a fase:
Em crian915, o HHV-6 é a prinápal caWhl de visitas ao depar- de convaJescênci:a pode ser detectada com imunofluorescênàa ou
tamento de emergênáa, de convulsões febris e de hospitaliz..1ções. imunoensaios enzimáticos. O HHV-6 pode ser detectado por PCR
rápido.
PERIODO DE INCUBAÇÃO. o período de ゥョ」オ「。セッ@ da ro-
séola infontil (Fig. 14-19) é de 12 dias, com uma カッイゥセ@ de 5 a TRATAMENTO. Controle a temperatura com aspirina e for-
15 dias. neça segurança. O H HV-6 é inibido por vários f:ínnacos antivimis
no laboratório, incluindo gnndclovir e fo.scamete. O tratamento
SINTOMAS PRO ORO MAIS. Existe u m in feio súbito de fe bre pode ser considerado paro pacientes com séria doença as..'iociada
aJta de 39,40 para 41°C, com pouco ou nenhum sintomn. A maio- ao HHV-6 e confirmada com testes viro lógicos.
Exantema
Incubação
8 dias o 2 3 4 5 6 7 dias
Leocopenia
Linfadenopatia subocciptal
556
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
ROSÉOLA
557
Dermatologia CHn ica
Enteroviroses: exantemas por ecovírus e SINTOMAS SISTÍMICOS. Muitoo são possíveis. t.1is cnmo fe-
coxsackievírus bre, náuseas, vômitos e 、ゥ。セ@ junto oom sintomas virais típicos de
fotofobia, linf.tde:nopatia, dor de ga'l!'lnlll e possivelmente encefulite.
As doenças previamente. descritas mostram um quadro previsível
de sinais e sintomas c:arnctcrlsticos. Rméola e eritema infeccioso EXANTEMA. A erupç;lo pode surgir a qualquer momento du-
são relativamente comuns. Muitos médiCO$ nunca viram 」。Nセウ@ de rante o curso da doença e da normalmente t l!""etalizada. As le-
sarampo, sarampo germ5nico ou febre escarlate. As erupções sões são maru.lopápula.s eritematosas com セイ・。ウ@ de confluência,
exantematosas mais comuns são causadas pelas enteroviroses por mas podem ser urticariai.s, vesiculares ou, algumas vces, pete-
ecovíru.s e coxsackievfru.s. Um grnnde número desses víru• pode se quiais (Pígs. 14-22 a 14-26). Palmas das mãos e solas dos pés
iniciar com uma erupç;lo de pele. Algumas dessas erupções são podem ser envolvidas. As erupções são mais comuns em aianças
características do tipo vfrus. mas na maioria dos casos devem ser do que em adultos. Na maioria dos casos. a erupç;lo desaparece
satisfeiw com o diagnóstico de •erupç;lo viral•. Em muitos deles, sem pigmentação ou cicatriz..
as erupções por f.lnn..ros não podem ser distinguidas dos exantemas
não espeáficos dessas enteroviroses. TRATAMENTO. O tratamento consiste no alivio dos sintomas.
558
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
EXANTEMA VIRAL
Figura 14-25 Exantemas virais podem ter vários Figura 14-26 Exantema viral com padrão urticarial papular na face.
padrões. Uma erupção esbranquiçada difusa macu-
lopapular é um padrão comum. Lesões vesiculares,
urticariais e petequiais podem predominar.
559
DermaLologla CHnica
Figura 14-27 Casos de doença de Kawasak.i por 100.000 crianças com menos de 5 anos. (De l.ancet 364(9433): 533-544.
2004. PMID: 15302199)
560
Exantemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
Febre persiste por pelo menos 5 dias + presença de pelo menos quatro dos seguintes:
1. Injeção conjuntiva! bulbar, bilateral, sem exsudato
2. Mudanças nos lábios e cavidade oral: eritema, rachaduras nos lábios, língua de morango, injeção difusa das mucosas oral e faringeal
3. Mudanças nas extremidades: Aguda: eritema das palmas das mãos e solas dos pés; edema de mãos e pés
4. Exantema polimorfo
5. linfadenopatia cervical (> 1,5 em de diâmetro), normalmente unilateral
Na presença de quatro critérios principais, o diagnóstico da doença de Kawasaki pode ser feito. Médicos experientes que trataram muitos
doentes com a doença de Kawasaki podem estabelecer um diagnóstico antes de 4 dias.
Gangrena periférica
Trato gastrointestinaI
Oiarreias, vômitos, dor abdominal Hidropsia de vesícula biliar
Disfunçao hepâtica
Outros achados
Eritema, enduredmento no local de inóculo do badlo Calmette-Guérin Erupçao descamante na virilha
(BCG)
Uveíte anterior (moderada)
Achados laboratoriais na doença de Kawasaki
leucocitose com neutrofilia e formas Hiponatremia Pleodtose do fluido cerebroespinal
imaturas Trombocitose após I semana Leucocitose no fluido sinovial
ESR elevado Piúria estéril Algumas crianças apresentam tromboci-
CRP elevado Transaminases sé ricas elevadas topenia e coagulação intravascular dis-
Anemia -y-glutamil transpeptidase sérica elevada seminada
lipídios plasmáticos anormais
hipoalbuminemia
*Pacientes com febre por pelo menos 5 dias e< 4 critérios principais podem ser diagnosticados com doença de Kawasaki, quando anormali-
dades na artéria coronária são detectadas por exames ecocardiográficos bidimensionais (20E) ou angiografia.
Adaptado de Pediatrics 114(6):1708-1733, 2004. PMID: 15574639
561
Dermato logia Cllnica
104° F
40" c
- ---------.o-·------------------------------------------------
Conjuntiva vermelha (nen hu m exsudato 92%) Linhas de Beau
Llbios e boca vermelhos (84%) Unhas (2 meses)
Palmas das mãos e solas dos pés vermelhos (72%) Descamação de mãos e pés (56%)
Mãos e pés edematosos (48%)
Erupção polimorfa (1 00%)
Lfngua de morango (32%)
Erupção na área da fralda (62 %)
セ MLNイ MLセ M M Dias
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Trombocitose
Contagem 600,000 1,800,000
Linfadenopatia (72%) de plaqueta Semanas
Injeção conjuntiva/. A amgestão autolimitada e bilateral da u nhas e ponta dos dedos e progride para as mãos e os pés. A pele
conjuntiva b ulbar e,. algumas vezes, pal pebral é u ma característica de crianças com fraldas descama na área com inflamação nas
quase sempre constante. t■ー ゥ 」。ュ・ ョエ セ@ a ゥョ ヲャ。ュNセッ@ poupa a área margens da erupção, no lábio e no escroto. Cerca de 1 a 2 meses
da conjuntiva em tomo do limbo. A uve.íte ocorre em 70o/o dos ap&< o início da DK, podem se desenvolver (linhas de Beau ) sul-
casos. Não existe ferida o u ukernção, como ocorre na síndrome cos transversais ao longo das u nhas.
de Stevens-Johnson .
Erupção. Uma erupção ocorre logo após o in ício da febre. Vá-
Mudanças na membrana da mucosa oral. Os lábios e rios sintomas fo ram de.-.aitos. As fonnas mais comu ns são u rticá-
a faringe ornJ tomam-se vermelhos 1 a 3 dias após o início da ria e uma erupção marulopapu lar d ifusa e vermelho-forte (Fig.
febre. Os lábios se tomam secos, fissurados, rachados e com cros- 14-30, A). C..om menos frequência a erupção se assemelha ao eri-
tas (Figs. 14-29, A·B). Uma infecção serundária dos lábios pode tema multiforme, à feb re escarlate o u ao eritema marginal visto
ocorrer. Papilas hipertróficas da língua resultam em uma ..,língua na febre reumática. A dermatite na área da fralda é comu m . A
11
de momngo , tipicam ente vista na febre escarlate. aNセ@ to.'ises ocor- erupção perineal normalmente ocorre na prim eira semana após o
rem em 250/o dos pacientes. início dos sintomas. Máculas e pápulas vermelhas tomam -se con-
fluentes (Fig. 14-30, B). A escamação ocorre n o período de 5 a 7
Mudanças nas extremidades. No período de 3 dias ap&< d ias. A escamação perineal ocorre 2 a 6 d ias an tes da escamação
o início da ヲ・「イセ@ as palmas das mãos e solas dos pés se tomam das pontas dos dedos das mãos e pés (Fig. 14-30, C). Vesirulopús-
vermelhas e as mãos e os pés edematosos (Figs. 14-29, C·D). O tulas podem se desenvolver sobre os cotoveJos e joelhos.
edema é não pontual. A sensibilidade pode ser severa o suficiente
para limitar o andar e o uso das mãos. O edema perdu ra por Unfadenopatia cervical. Uma linfuden opatia finme. não
aproximadamen te 1 semana. A escamação da..-. mãos e pés ocorre macia e não sup urativa, frequentemente é limitada a um único
!O a 14 dias após o início da feb re (Fig. 14-29, D), sen do similar nódulo e ocorre em somen te 50% a 75% dos pacientes. As aian-
àquela vista na febre escarlate. A es.rnmação generalizada da pele ç.as com adenite cervical aguda não re.-.ponsiva à antibioticotera-
é incomum. A peJe descasca em folhas, que se inicia em tomo da..-. pia podem ter DK.
562
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
DOENÇA DE KAWASAKI
563
Dermatologia CHnica
DOENÇA DE KAWASAKI
Exantema macular difuso, esbranquiçado e eritematoso. A pele da criança com inflamação na área da fralda escama
A erupção frequentemente é concentrada na á rea perineal. na margem da erupção. (Cortesia de Anne W. Lucky, MD.)
Figura 14-30
564
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
coronária nos estoígios agudos e subagudos da doença. Os pacien- mentar no décimo dia da doenç.1, atinge um pico em 600.000 a
tes sem aneurisma arterial detectado por ecocardiogrnfia durante 1,6 milhãof mm3 e retoma ao nonnal no trigésimo dia da doença.
as ヲ。Nセ・ウ@ aguda e subaguda são clinicamente assintomáticos pelo A ecocardiogrnfia é obtida t.;o cedo quanto possível_, quando o
menos 10 ano.'i mais tarde. Cerca de 20% dos pacientes que desen- diagnó..ort.ico é suspeito.
volvem aneurismas da artéria coronária durante a doença aguda
irão desenvolver estenose da artéria coronária e podem subse- TRATAMENTO
quentemente nece.-.sitar de tratamento. Entre os prognósticos de
aneurismas da artéria coronária, incluem-se febre persistente após /GIV Uma dose única de 2 gfkg de TGTV infundida por 10 a 12
terapia com MG, baixa concentração de hemoglobina, baixa horas é a terapia-padrão. Esta terapia deve ser instituída nos pri-
concentração de albumina, alta cont.1gem de células brancas san- meiros 10 dias da doenç.1 e, se possível, nos 7 primeiros dias. O
guíneas, alta contagem de banda, concentrações alt.1s de proteína tratamento da doença de Kawasaki_, antes de 5 dias de doença,
C-reativa, sexo masculino e idade abaixo de 1 ano. Portanto, a parece não ser capaz de prevenir as seque.Jas cardíacas do que o
evidência laboratorial de inflamaç.;o aument.1da, combinada com tratamento nos dias 5 a 7, mas ele pode estar associado a uma
sexo masculino, idade abaixo de 6 mese.-. ou acima de 8 anos e necessidade aumentada de retrat.1mento com IGTV. A JGTV tam-
resposta incomplet.1 à terapia com MG criam um perfil de pa- bém deve ser administrada em crianças que se 。ーイ・NセョエュL@ após
ciente de alto risco com doenç.1 de Kawasaki. o décimo dia da doença ( isto é, crianças nas quais o diagnóstico
foi feito de forma errada anteriormente), com febre persistente
AVALIAÇÃO LABORATORIAL. A fult.1 de um teste diagnós- sem outra explicação ou aneurismas e inflamação sistêmica em
tico esp€áfico é um problema. Os médicos usam os marcadores alJ'so, como manifest.1da pela elevação na ESR ou proteína \..-rea-
laboratoriais de inflamação (p. ex., altos níveis de contagem de tiva (PCR).
célula branca sanguínea, proteína C reativa e t.'lXa de sedimenta-
çJío de eritrócito) para suportar o diagnóstico da doença de Kawa- Aspirina. A aspirina é usada para reduzir a inflamação e inibir
saki em pacientes com síndromes de erupção/febre (Fig. 14-31). A a agregação plaquetária, mas não tem efeito no desenvolvimento
fase aguda é caracterizada por inflamação acentuada e ativação dos aneurismas da artéria coronária. Altas doses de aspirina (80 a
imune, Leucoàtose (20.000 a 30.000/!J.L), com um deslocamento 100 mgfkg diariamente, divididas em quatro doses) são usadas no
para a esquerda (80%), tromboàtose, anemia e ativação de célula estágio inflamatório agudo da doença. Uma vez que o paciente
Te monócito-macrófago ocorrem. Os reagentes da fase aguda, t.1is esteja febril por 3 a 7 dias, a dose de aspirina é reduzida para
como ESR (90%), proteína C-reativa e antitripsina alfu, do soro, uma ú nica dose diária de 3 a 5 mgfkg. E.rt.1 dose antiplaquetária
est.;o elevados com o início da febre e persistem por até 10 sema- é continuada por 4 a 6 semanas_, até que as concentraçôe.-. de
nas após o início da doença. Outros achados incluem eJevaçôes todos os marcadore.-. inflamatórios tenham retomado ao normal
moderadas da transaminase, urinálise anormal que consiste em e nenhum dano à artéria coronária tenha sido observado pela
piúria estéril ( 68o/o) e pleoàtose LCE (25o/o). A trombocitose é um ecocardiografia. Uma vez que as doses antipiréticas da aspirina
sinal distinto da doença. A contagem de plaquetas começa a au- ( 40 mg/kg, diariamente) em conjunto com vírus influenza ou
100
80
l セ@
60
...1"'"' 40
セ@
20
565
Dermatologia CHnica
varíola tenham sido epidemiologicamente ャゥァZセ、ッウ@ à síndrome de de superanógenos são as exotoxinas piogê:nicas e.streptocócicas A
Reye. a imunizayio contra inftuenza pode ser prudente em pa· até C e proteína M esmeptocócica.
àentes que necessitem de terapia a longo prazo com a aspirina.
Síndrome do choque tóxico
Doenças mediadas por toxinas
Asín drome do choque tóxico (Ser), originalmente descrita em
superantígenas 19781 é uma doença イ。セ@ potenciaJmente fatal e multi.\sistema,
SITeptococcus e Staphylococcus podem produzir toxinas circulantes as..'iOáada à infecção por S. aureus e produção de toxinas super.m-
que. causam doença clínica. Mui-tas dessas toxinas funcionam tígeno.... Casos precoç.es foram as.."ociados ao uso de tampão. A
como supe.rantígen os. maioria dos casos ngor::t ocorre no quadro pós-operatório, mas i1
Os supemntfge.nos de エ ックゥョ。セ@ pirogênic...1.s compreendem uma SCT foi de.'iOÍta ilSSociada fi influenza1 sinu."ite, traqueíte, e.<rt.ado
grande fum(lia de exotoxinas produzidas pelo Stnpl!ylococcus au· pós-parto, uso de drogas intmvenosas1 infecção por HIV, 」・ャオj ゥ エセ@
reus e estreptococos do grupo A Essas toxinas incluem a toxina· I queimaduras e dennatite alérgic..1 de contato.
da síndrome do choque tóxico, as enterotoxinas estafilocócicas e Feridas infectadas em crianças hospitalizadas e traqueíte bac-
as exotoxinas pirogênicas estreptocócicas (sinônimos: toxinas da teriana são quadros de relativo alto risco para a ser pediátrica.
febre escarlate e toxinas eritrogênicas). Todas têm a habilidade de
caus.u sfndroma do choque tóxico e doenças relacionadas PRODUÇÃO DE SUPERANTIGE NO. Cinco enterotoxinas
(Quadro 14-2). são elaboradas pelos estafilococos (SE A a E) mais a toxina-I
Ser (SCIT-1 ). Muitos casos de Ser são mediados pela SCJT.J e
SUPERANTIGEN OS. Normalmente os antígenos s3o pro- pela produyio de enterotoxina 8 e C, que está associada à libe-
」・NZセウ。、ッ@ dentro das células apresentadoras de antígenos. Um rayio maciça de citocinns (TNF·O. e IL-1). Essas citocinas produ-
fragmento de. proteína do antígeno é então expresso na :cupe.r· zem febre, erupção, hipotens5o, injúria tecidual e choque. A
ffcie da célula n o encaixe do complexo maior de histocompati· ausência de anticorpo para SCIT-1 é o maior fator de risco para
bilidade t ipo 11 (M HCII). O complexo antígeno-MHCII ent.'io a aquisição da ser.
internge. com um receptor na célula 1: o q ue resulta em produ- A,. toxinas eritrogênicas (exotoxinas p irogê n icas) A1 B e C pro-
çilo de citocinn. duzidas pelos estreptococns beta-hemo líticos do grupo A (S. pyo·
Os superant$genos são proteínas com uma estrutura qufmica genes) podem cau sar uma doença com todos os critérios de de.fi-
especial/ fabricndas por bactérias e vírus que. não 5ào processados n iyio para Ser. A síndrome do choque tóxico estreptocócico
pelas células apresentadoras de antígenos. Eles se ャゥァZセュ@ direta· (SCTS) difere daquela causada pelo S. aureus de duas maneiras:
menu. ao complexo MHCD do lado de forn do encaixe e causam ( 1) um foco de infecyio em tecido macio e na pele. normalmente,
uma estimulayio não específica das células T. está presente na scrs e (2) muitos pacientes com scrstêm bac-
Os antígenos conv=cionais ativam 0,01% ou mais das células teremia.
T do cnrpo. Uma interayio do superantígeno/célula T ativa 5% a
30% de toda a populayio de células T. l!<to leva à produyio ma· MANIFESTAÇÕES CLINICAS. A evoluyio dos sinais e dos
ciça de citocina, especialmente do futor de neaose rumorni·CJ sintomas está ilustrada na Figura 14-32. A definiyio do CDC para
(1NF-a), interleucina-1 {IL-1) e interleucina-6 (IL-6) . Febre. a Ser neces.'iita de tempe,raturn maior do que 38,9°C1 hipotensâo
êmese. ィゥーッエ・ョウ ̄セ@ 」ィッア オ セ@ injúria tecidual e sinais cutâneos <tue. com pressão sistólica me.nor do que 90 mmHg (ou vertigem ーッセ@
indue.m língua vermelha 1 eritema acrnl com 、・ウ」。ュ セッ@ e erup· tural), erupç.;o, escamnçao/ evidência de envolvimento de múlti-
N・セ@ eritematosas com acentuação pe rineill sffo o result.1clo da p los órgãos e ・ク、オNセヲッ@ de outros patógenos razoáveis. A recorrên-
produção maciça de citocina. cia ocorre em 30% a 40% dos C.1Sos.
Os supernntfgenos mais bem 」。イエ・ゥコ、ッセ@ são a.s enterotoxi·
nas estafilocócicas A até E, a t oxina-1 da síndrome do choque tó· M ANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS. A doença tem
xicn e a toxina esfoliativa; todas essas são liberadas pelo S. aureu.s. várias características em comum com a DK e a febre escarlate.
Outras proteínas bacterianas conhecidas por terem propriedades Eritrodenna escarlatifonne difuso, hiperemia da conjuntiva buJ.
bar e ede..ma palmar s.io sinais precoces altamente característicos.
A escamayio da ponta dos dedos das mãos e dos pés ocorre 1 a 2
semanas após o início1 exatamente da mesma maneira que na
Quadro 14-2 Doenças Mediadas por Toxinas Es1repto<óclcas febre escarlate e DK.
e Estafllocóclc.as
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL A ser pode mimetizar mui-
Fascirte necrosante
tas doença.• . o diagnósricn diferencial da ser é erupç.'io por f.ír.
Desordem descamante eritematosa recalcitrante
ュ。」ッウ セ@ DK1 febre escarlate, srndrome. estafilocócica da peJe escal-
Febre escarlate
Sfndrome da pele escaldada estafilocócica dada, necrólise epidénnica tóxica e exantemas virais.
Sfndrome do choque tóxico estreptocócico (SCTE)
Sfndrome do choque tóxico DIAGNÓSTICO. Uma biop_•ia pode ser útil nos estágios ini-
Dermatite atópoca• ciais. Ensaios para toxina e anticorpo podem ser realizados.
r>sorrase gutata•
Doença de Kawasaki • TRATAMENTO. O tratamento da ser inclui hidratação, admi-
• PossNelmente mediado por toJ<ina. nistração de v.ssopressores, remoçAo de. tampões e incisão e dreno
de abscessos.
566
Exantemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
SfNDROME DO CHOQUE TÓXICO
Etiologia e Patogênese
Frequentemente associado
ao uso de tampao
Características Clínicas
Contagem sanguínea
complet<l, estudos de
O espectro da doença varia funçao ィ・ーセ エ ゥ 」。@ e renal
de sintomas moderados,
semelhantes セァ イゥ ー・L@ a uma
イセー ゥ 、。@ perda de funçao em
カセ イゥ ッウ@ órgaos e sistemas
Dor de cabeça,
Febre maior irrit<lbilidade e confusao
que 39•c
Síndrome do desconforto
respiratório do adulto
pode complicar a Cultura para
condiçao Diarreia Staphylococcus aureus
/ RE!moçao do t<lmpáo
Hipotensao
(pode ser severa)
Descamaçaodas ー。ャュウセ
das mãos e solas dos pés
セ@ Medidas gerais de suporte aos órgãos
e terapia do choque devem ser instituídas
Reações cutâ neas a fá rmacos que causa uma reação do tipo imediata, clinicamente observada
como prurido1 eritema, urticária, angioed.ema ou anafilaxia.
i nc i dセ n cia N@ Erupções estão en11e as re.1ções adversas a f.írma- Os f.írrnacos que comumente disparam este mec.1nismo lgE
cos mais comuns. Elas ocorrem em muitas fonnas e mimetizam são os antibióticos betalactâmicos (especialmente as penicilinas e
várias dermatoses. Ocorrem em 2% a 3% dos pacientes hospitali- cefalosporinas de primeira geração) ou soro autólogo. Estas rea-
zados (Tabela 14-4); naqueles pacientes não existe correlação ções não são dependentes da dose e necessitam de que o padente
en11e o desenvolvimento de uma re.1ção adversa e a idade, diag- seja sensibilizado antes do episódio 'alérgico·. Na descontinui-
nóstico ou sobrevivência do paciente. O último Projeto Colabora- dade ou dissipação do agente de gatilho, a reação cutânea nor-
dor de Vigilância de Nrrnacos de Boston estimou que aproxima- malmente se resolve espontaneamente em 48 hor.u.
damente 30% dos pacientes hospitaiW.dos experimentam eventos
adversos atribuíveis a f.írmacos e que 3% a 28% de todas as ad- MECANISMO. Dois grupos de mecanismos estão envolvidos
missões hoSPitalares estlo relacionadas com erupções adversas a na patogênese das reações a f.írrnacos: imunológica, com todos os
f.írrnacos. qua110 tipos de reações de hipersensibilidade descritos; e não
Qualquer condição dermatológica que aparece no periodo de imunológica, responsável por pelo menos 75% de todas as rea-
2 semanas a partir do início da medicação deve indu ir 'induzida ções a f.írrnacos.
por f.írrnaco• no diferenciaL A necrólise epidérmica tóxica e outms reações adversas cutâ-
neas a f.írrnacos podem estar ligadas a um defeito herdado na
Online e out ras fontes: Os wdlsirn pdr.net e MEDLII\'E detoxi6cação dos metabólitos dos f.írmacos. Em poucos pacientes
fornecem informação atual sobre interaç.ões de f.írmacos. O Ma· predispostos, um metabólito de um t:irrnaco pode se ligar a pro-
nual de REferência em Erupção a Pdmtacos de )erome Litt est.i dispo- teínas na epiderme, disparar uma resposta imune e ltM'lr a rec,ções
nível em livro e online Hwエオキ N 、イオLセ・ョーエゥッ。 N」ッ ュI N@ Informação rutâneas imunoaJérgicas adversas. Os fánnacos mais frequente-
sobre internç.ô es de fármaoos é encontTada em u!ww.druginterac· mente responsáveis peJas erupções são os 。ァ・ョエNセ@ nntimicrobia-
tion.rom e www.epocratcs.a,n. nos e analgésicos antipiréticos/anti·inflamntórios.
Quando a nt icorpos lgE espedficos para f.írrnacos se ligam aos
receptare.'\ de superfície em mnstódtos ou 「ZセNウヲゥ ャ ッウ@ corre.'ipon- CARACTERISTICAS CLINICAS. Os tipo.< mais comuns de
dentes, os mediadores vasoativos são liberados em minutos, o reações são as erupções maculopapulares (erupçôe5 exantema to-
sas), urtic:ariais e fixas (Quadro 14-3). A necrólise epiderrnal tó-
xica, o eriterna multiforme e a.s erupções fixas por fármacos têm
características patológica..-. similares e são causadas por ュオ ゥ エッNセ@ dos
mesmos fármacos. Reações fotoalirgicas a fármncos ョ ・」。Nセ■エュ@ de
interações de fánnacos, irradiação UV e. sistema imune. Erupçôe$
vistas em doenças do soro incluem o exantema, a urticária, a vas-
Tabela 14-4 Taxas de Reac;Oes Cutaneas AlérgtC.a< a Fármacos culite, a vasculite urticarial e o eritema multiforme.
Espedficos (Urticária. eイオーセ@ Maculopapular Generalizada, Os pacientes típicos vistos pelo dermatologista é aquele hospi-
Prurido Generalizado) talttado que recebe várias medicações. A febre ocorre e horas de-
pois uma erupção maculopapular difusa. urticlria e/ou prurido
Fá""aco ou substância Reações(%)
-Plaqueta 45
-- generalizado se desenvolvem. O médico atendente interrompe
todas as medicações e consulta o dermatologista. Embora as erup-
-Amoxicillna 5 ções maculopapular e urticarial sejam os exemplos mais comuns
1-
Trimetopnm-sulfametoxazol 3
- de uma erupção causada por um t:irrnaco, v:lrios outros padrões
ocnrre:m.
aューゥ」セョ。@ 3
lpodato 3
Sangue 2
Penicilina 2 Quadro 14-3 Padrões CutAneos de Erupc;ões por F6rmacos
568
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
O conhedmento desses padrõe.-. e dos fármacos, que comu- Os mastócitos liberam hist.1mina e triptase. Esta é secretada
mente os causam, ajuda a esclarecer o que com frequência é uma e:xclu.-.ivamente peJos mastócitos. Ela não é detect.ivel no soro de
difiruldade, quando pacientes ingerem muitas medicações simul- indivíduos saudáveis ou alérgicos. Os níveis de triptase aumen-
taneamente (Quadro 14-3). tam grandemente após uma reação anafilática causada por fárma-
cos, veneno de insetos e alimentos. Níveis aumentados de triptase
DIAGNÓSTICO CLiNICO. Examine o paciente e determine a sérica foram associados à ana61axia aguda com ou sem coceira,
lesão primária e sua distribuição. Então, faça as seguintes pergun- rubor ou urticária, especialmente em reações severas com envol-
tas: .o-Quando eJa começou? Ela coça?" Fármacos podem causar vimento cardiovnscular. Para as reações menos severas, um nível
sintomas cutâneos sem erupção (coceira, queimação, dor). As negativo de triptase sérica não descarta a ana61axia induzida por
erupções marulopapular e urticarial são os padrões mais frequen- um fármaco.
tes. A-. erupções marulopapulares ocorrem repentinamente, em A tri ptase pode ser usada para verificar um evento ana61ático
geral com febre, 7 a 10 dias após a primeira ingesdio do fánnaco. atribuível a um alérgeno ou exposiç.;o a fármaco. Os pacientes
Elas são generalizadas, simétricas e frequentemente prurídicas. As com urtic.iria alérgica e com respost.1s idiossincrásicas ao ácido
erupções causadas por fiinnaco.-. sempre são ウオZセー・ゥエ。@ quando a acetilsalia1ico (AAS) exibem um pequeno aumento no nível sé-
urticária est.i presente. Deve-se estar fumiliarizado com os muitos rico de エイゥー。Nセ・ N@ Os níveis aument.1dos de triptase podem ser de-
outros padrões de erupções rutâneas e os tipos de erupções cau- tectados até 3 a 6 horas após a reaç.;o anafilática. A triptase é es-
sados por fármacos espeá6cos para que o diagnóstico de uma tável e pode mesmo ser determinada no soro pós-morte (até 24
doença relacionada a f.írmaco ..,ja feito (Quadro 14-3). O conhe- horas), se a ana6laxia for a causa ウオNセー・ゥエQ@ da morte. Medidas se-
dmento da frequência com os quais certos fánnacos causam rea- riais podem ser necessárias para se confirmar a participaç.;o dos
ções alérgicas também ajuda a identificar os agentes 。ァイ・ウNセッ イ ・ウN@ As mastócitos nas reações mais leves. Os níveis retomam ao normal
características clínicas de cada tipo de reação são descritas aqui. em 12 a 24 horas após a liberaç.;o.
TESTES DIAGNÓSTICOS. o Quadro 14-4 lista os testes a CONTROLE. O controle dos pacientes suspeitos de erupção
serem considerados. cutânea é listado no Quadro 14-5.
569
Dermatologia Cllnica
570
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
Figura 14-33 Exantemas maculopapulares são os padrões Figura 14-34 Erupção por fármaco {ampicilina). Erupção
de erupção por fármaco mais comuns. Eles ocorrem 7 a 1O assimétrica e maculopapular confluente.
dias após o inicio com o fármaco. Os exantemas frequente-
mente são espalhados e simétricos e poupam a face, as pal-
mas das mãos e as solas dos pés.
Figura 14-35 Os exantemas maculopapulares são frequen- Figura 14-36 Distribuição simétrica de erupção maculopa-
temente simétricos e se apresentam com máculas e pápulas pular conf luent e por fármaco
eritematosas confluent es.
571
Dermatologia Cllnica
572
Exantemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
Erupções do tipo pitirfase rósea Fármacos fotoalérgicos Erupções liquenoides por fármacos
Arsenicais Griseofulvina Cloroquina
Barbituratos Cetoprofeno Clorotiazida
Compostos de bismuto Piroxicam Enalapril
Captopril Quinidina Sais de ouro
Clonidina Quinina Hidroclorotiazida
Compostos de ouro Quinolonas (p. e>L, enoxacina, lomefloxacina) Hidroxidoroquina
Metoxipromazina Sulfonamidas L.abetalol
Metronidazol Hipertricose Metildopa
Piribenzamina Ciclosporina Fenitoína Penicilamina
Vesículas e bolhas Minoxidil Muitos outros Propranolol
relatados Quinacrina
Barbituratos (áreas de pressão-padentes
comatosos) Pseudoporfiria induzida por Quinidina
Brometos fármaco Muitos outros relatados
Captopril (tipo pênfigo) Amiodarona Sfndrome de Stevens-Johnson/
Cefalosporinas (tipo pênfigo) Ampicilinalsulbactam combinado com necrólise epidermal tóxica
Clonidina (tipo pênfigo cicatricial) cefepina Alopurinol
Furosemida (fototóxica) Bumetanida Aminopenicilinas
lodo CarisoprodoVaspirina Amitiozona (tiacetazona)
Ácido nalidíxico (fototóxico) Celecoxibe Fármacos antirre1rovirais
Naproxeno (tipo porfiria cutAnea tardia) Clortalidona Barbituratos
Penidlamina (tipo pênfigo foliáceo) Bebidas de cola Carbamazepina
Ciclosporina Clormezanona
Fenazonas
Piroxicam (Feldene) Oapsona L.amotrigina
Sulfonamidas Oiflunisal Fenilbutazona
Etretinato Fenitoína antiepiléticos
Eritema acral induzido por
5-fluorouracil (intravenoso) Piroxicam
quimioterapia
Flutamida Sulfadiazina
Bleomicina Fluorouracil
Ciclofosfamida Hidroxiureia Furosemida Sulfadoxina
Citarabina Mercaptopurina Hidroclorotiazidaltriamtereno Sulfassalazina
Citosina arabinosida Metotrexato lsotretinoína Trimetoprim-sulfametoxazol
Ooxorubidna Mitotane Cetoprofeno Muitos outros relatados
Fármacos fototóxicos leflunomida
Vasculite (cutânea)
Amiodarona Ácido mefenâmico
Agentes anti-TNF (fator de necrose tu-
Clorpromazina Nalbumetona
moral)
Ciprofloxadna Ácido nalidíxico
lnibidores de COX-2
Oemedodclina Naproxeno (mais comum)
Fator estimulante de colônia granulócito
Ooxiciclina Contraceptivos orais
lnibidores de leucotrienos
Furosemida Oxaprozin
Minociclina
lomefloxacin Piridoxina (vitamina 86)
FAINEs (fármacos anti-inflamatórios não
8-metoxipsoraleno Tetraciclina este roi dais)
Nabumetona Voriconazol Penicilinas
Ácido nalidíxico Eritroderma PropiltiouraciVoutros agentes antitireoides
Naproxeno Alopurinol Quinolonas
Piroxicam Antibióticos betalactâmicos Soro
Proclorperazina Captopril Estreptoquinase
Quinidina Carbamazepinatoxcarbamazepina
Esparfloxacina Ouro
Erva de São João Fenobarbital
Alcatrão (tópico) Fenitoínas
Tetraciclina Sulfassalazina
Tiazidas Sulfonamidas
Voriconazol 2alcitabina
Muitos outros relatados
573
Der maLologla CHnica
574
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
Figura 14-37 A pustulose exantematosa generalizada Figura 14-38 Erupções acneiformes {pustulares) por fárma-
aguda é caracterizada por início violento de febre e por eri- cos ocorrem na parte superior do corpo. Em contraste com a
tema generalizado, com inúmeras pústulas pequenas, discre- acne vulgar, os comedões são ausent es.
tas, est éreis e não foliculares. As pústulas podem surgir pou-
cos dias após o início com o fármaco. As pústulas são curadas
em menos de 15 dias após a escamação.
575
Der matologia CHnlca
Erupções fixas por fármacos DIAGNÓSTICO. Uma anamnese bem feita é importante, por·
que, em geral, os pacientes não relacionam suas queixas ao uso de:
As erupções fixa• por fárrnacos são uma forma única de alergia um fánnaco que eles podem estar tomando, tais como um laxante
medicamentosa, que produz plarns vermelhas ou bolhas. que se (fenolftaleína) ou remédio para dor de cabeça. O iníáo das lesões
repetem no mesmo local mtâneo ou mucosa, cacb vez que o com o fármaco suspeito confinna o diagnóstico, previne a recor·
f.lrmaco é ingerido (Quadro 14-6). O padrão dínico e a distribui- rência e alivia a ansiedade dos pacientes com relação à origem
çllo das lesões podem ser influeoáados pelo fármaco em quest..'\o, \'e.Ilérea da doença. O desafio deve ser menor do que a dose tera·
e o estudo do padrão pode fornecer informação útil na seleção do p êutica normal, rnas ela pode ser cautelo!iiamente au mentada para
fánnac.o c-1usador milis provável. A tetradclina e o cotrimazol a dose terapêutica, até que a reação seja elidtada. Em alguns ca..
comumente cauNam ャ ・セᅰNGゥ@ limitadas à glande. Casos de ocorrên- sos, uma dose, d uas o u três vezes maior, pode ser nece:s..'i'ária para
cia fumilinr sugerem q ue uma predisposição genética pode se.r um eliàtar a repetição da reaylo. Alguns autores não recomendam
futor causador importante. estes testes por cau.•a da possibilidade de risco de erupções bolho-
sas generalizadas. Os testes de provocação tópicos e intrndérmicos
MANIFESTAÇÕES CLINICAS. Placas simples ou múltipla.<, têm sido usados como uma alternativa ao.\ testes de provocação
redondas, nitidamente 、・ュ。イ」セ@ vermelho-escuro surgem sistêmicos.. Testes com emplastro têm sido realizados na pele nor·
logo após a exposição ao fármaco e reaparecem aatamente no mal do paáente e na セイ・。@ periles.'lo com o fárrnaco em base de
mesmo IOC31, cada vez que o fármaco é ingerido (Figs. 14-39 a petrolato. Em um estudo, uma reação posítiva ocorreu somente
14-41 ). As lesões podem ser geoeraliz.ldas, mas. tipicameot"- no local de lesão prévia.
apenas uma única le.üo está presente. As lesões, em geral, são Uma biopsia mostra degeneração hidrópica das células da
precedidas ou ac.ompanhadas por prurido e queimaçlo, e sua epiderme: basaJ e incontinência pigmentar.
intensidade normalmente é proporáonal à gravidade das mu-
danças inflamatórias. O prurido e a queimação podem ser as TRATAMENTO. F.steroides ulpic.os dos grupos TI a V são efica·
únic.1s manifest.1ç.ões da reativação em uma área antiga. \...om zes. As lesões erosivas podem ser tratadas com compressas mor·
frequênc:ia a área forma uma bolha que erode; escamaç5o e cas- nas. Evitar o fármaco p revine a rec.orrênda.
cas (após as lesôe.< bo lhosas) se seguem, e uma pigmentação
marrom se forma com a cicatrização. As bolhas podem ser con-
finadas ao centro da lesão, resultando em uma aparência deno-
minada de targetoide (Fig. 14-42). Reações não pigmenL1das
foram relatadas. A pseudoefedrina classicamente cama a erup-
ção nao pigmentosa fixa por fárrnacos. As lesões podem ocorrer
em qualquer pane da pele ou da membrana mucosa. l..íbios,
m3os, genitália (espeáalmente a geoitália masrulina) e OC3Sio-
nalmente mucosa oral são os locais favoritos (Fig. 14-43). Unfu.
denopatia regional está ausente.
576
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
Figura 14-42 As lesões precoces podem ter uma bolha central. Figura 14-43 Erupção fixa por fármaco. O prepúcio é o local
mais comum.
577
D erm a to logia CHnlca
Eritroderma esfoliativo
Os pacientes podem desenvol-rer eritema que envolve toda a su-
perll'cie da pele a partir de terapia com um fármaco (Quadro 14-6
e Fig. 14-44). O eritrodenna também pode oconer na pitiriase
rubra pilar, na psort<'-"e e no linfoma cutâneo por cilula T. Eritema
generalizado e escamas podem ocorrer, se um agente agressor não
for suspenso. A reação é potenàalmente risco à vida.
578
Exanlemas e Erupções por (ármacos Capítulo 114 1
fá nnaco, causado pelos agentes antifutores de necrose tumoral·et pacientes com lúpus ind uzido por hidra lazina e proc.ainamida,
(TNF-a) (inflixi mabe, e tanercepte, adalimu mabe), é relatado. respectivamente, e em 33o/o dos casos induzidos pela q uinidina.
Existe controvérsia sobre se a terapia dispara a llP o u revela um Entre 10% e 50% dos pacientes com LlF têm hipe rgamaglobuli-
LES preexistente. A procainamida e a hidralazina ind uzem o lú- nemia. Anticorpo citoplasmático perinuclear an tineutrófilo (p-
pus em I So/o a 200M e 7o/o a 13% dos pacientes, respectivamente. ANCA) é relatado em 50% dos casos induzidos por propiltiou -
O LTF ind uzido pela m inocidina tem uma incidência de somente raci l e em 67o/o a 1000/o dos pacientes com lúpus atribuível à
53 po r 100.000 p rescrições para m ulheres (que representam 93% minociclina.
dos casos de lúpu s induzido pela minociclina ). O utros autoan ticorpos no LIF incluem fator reumatoide
(20% a 50%), anticardiolipina (5% a 20% dos casos induzidos
SINAIS CLfNICOS. As anormalidade.< no LIF em geral são mais por procainamida e hidralazina e 26o/o a 330M dos casos induzi-
bran da.< d o q ue as vistas no LES (Quadro 14-7). Somente poucos dos por m inociclina) e anticorpos anti-Sm ( 41 O/o dos pacientes
s intomas moderados estão inicialmente presentes, com piora com lúpus ind uzido por minociclina).
gradual por um período de semanas ou mesmo me.-.es. Artralgia,
mialgia, 。 イエゥ セ@ febre, mal-estar, anorexia e perda de peso são os CONTROLE. O LTF é curado em semanas ou meses, após a in-
mais frequentes. Manifestações rutâneas são muito menos co- terrupç.1o do fánnaco. A irreversibilidade indica q ue o fánnaco
m uns do q ue no LES, com erupção ( eritematosa, macular, maru- relevou um LBS idiopático subjacentE"- A resolução dos sinais e
lop apular, u rticarial ou vasrulítica) vista em 5% a 40% dos pa- sintomas é altamente variável e parece depender do agente, do
cientes com LJF. A reação é relacionada à dose. Envo lvimento paciente e das caracteristic.-ts da doenç.1. Vários casos de LTF po-
renal e doença do sistema nervoso central (SNC) são raros. dem necessitar de corticosteroides, mas isto é raro. Anormalida-
des soro lógic.1s podem ー・イウゥセQN@ Um novo desafio com o agente
LABORATÓRIO. Anticorpos antin ucleares (AANs), a nticor- agressor po de induzir sintomas em 1 a 2 dias.
pos anti-histo na e anticorpos anti-DNA de banda simples são
marcadores para as erupções po r fármacos do tipo lúpus. Os LÚPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO SUBAGUDO INDU-
anticorpos anti-histona são encontrados em 95o/o dos casos de ZIDO POR FÁRMACO. o LE cutãneo subagudo ind uzido p o r
lúpu.'i eritematoso sistêmico induzido por fánnaco (LE..<;), mas fán naco se apre.-.enta com le.'iões anulare.'i ou psoriasifonnes na
são algumas veze.'i presentes no LBS idiopático. O LJF é caracte- parte superior do tro nco e nas superfides extensoras dos braços.
rizado pela presença de AANs, m as em alguns casos eles estão Essas lesões são clínica e histolo gicamente idênticas àquelas do
ausentes. A soroconversão de negativo para positivo para os an- lú pu.Ci eritematoso rutâneo subagudo. Anticorpos anti-Ro e anti-
ticorpos antinucleares não é justificativa para interrupção da La podem ser encontrados. Os fánnacos implicados são a hidro-
medicaç.1o. O fán naco é interro mpido se os sintomas se desen- clorotiazida, bloq ueadores de canais de alicio, terbinafina, PAI-
volverem. Os sinto mas são sanados em 4 a 6 sem anas, mas os NR..., griseofulvina, docetax:el, psoraleno mais ultrnvioleta A
AANs permanecem positivos por 6 a 12 meses. O padrão de (PlNA) e in terferon. A erupção p ode p ersistir após a su.•pen são
fl uorescência aos AANs é mais comumente homogêneo. Os an- do fármaco.
ticorpos anti-histo na est.1o presentes em> 90% de todos os pa-
cientes com llF, mas somente em 32o/o, 42o/o e< 50% dos c.1sos Eritema acral induzido por quimioterapia
de LTP associados à minocidina, propiltiouracil e estatinas, res-
pectivamente. O eriterna acral induzido por quimioterapia o u síndrome da
Os anticorpos anti-D NA de fita d u pla são raros no LJF, mas eritrodisestesia palmoplantar é uma reação bem definida a al-
comuns no LE..'i . Os anticorpos anti-dsDNA fo ram relatados em guns dos agentes quimioterápicos, tais como metotrexato, cita-
terapia de lú pus induzida por minocidina, propiltiouracil, q uini- rabina, doxorubici na, tluo rouracil, citosina arabinosida e bleo-
d ina e anti-TNF. Os Ál' testes de banda de lúpu.-.N de im unofluores- midna. Esta reação é caracterizada por eritema das palmas das
cência na junç.ão dennoepidermal ocorrem em menos de 10o/o mãos e solas dos pés, simétrico, bem demarcado e doloroso, q ue
dos c.1sos. p o de p rogredir para escamaç.'io ou bolhas (Quadro 14-6). Ela
Uma elevada taxa de sedimentação de eritrócitos ocorre em parece ser dependente da dose, e um efeito tóxico direto do fá r-
até SQOM dos pacientes. A leucopenia e a dtopenia estão presen- maco é provável. O fo nnigamento das palmas das mãos e solas
tes em 5% a 25% dos casos de LTF. Baixos C3 e/ou C4 ocasional- dos pés é seguido em poucos dias por eritema dolorido, s imé-
mente ocorrem no LTF. A anemia ocorre em 350M e 20% dos trico e inchaço bem definido. O tratamento é de su porte, com
elevação e compressas quentes. Esteroide.-. sistêmkos têm sido
usados com sucesso variável. O resfriamento das mãos e dos pés
durante o tratamento para reduzir o fluxo sanguíneo pode ate-
Quadro 14-7 Critérios de Diagnóstico para lúpus Induzido nuar a reação. A modificaç.1o no esq uema de dosagem também
por Fármaco p o de ajudar.
1. Exposição suficiente e contínua a um fármaco específico.
2. Pelo menos um sintoma compatível com LES. Pigmentação
3. Nenhuma história sugestiva de LES antes do início do fármaco.
4. Resolução dos sintomas em semanas (algumas vezes meses) A pigmentação pode resultar de fármacos que aumenta m a pro·
após a suspensão do fá rmaco. dução de melanina e causam incontinência de pigmento com
S. ANA positivo; testes negativos de ANA podem ocorrer. dano nos q ueratinódtos e meJanócitos epidennais na c.-tm ada
Adaptado de Ann NY Acad Sc1 1108:166-1 82, 2007. basal o u po r deposição (Quadro 14-6).
PMID: 17893983
579
Dermatologia CHn ica
580
115 1
Infestações e
Mordeduras
CO DO DO CAPfruLo ,
• Escabiose \
• Pediculose
• Dermatite por lagartas
• Aranhas
Aranha viúva-negra
Aranha-marrom reclusa
• Carrapatos
Doença de Lyme e Eritema crônico migratório
Febre maculosa e não maculosa das
Montanhas Rochosas
Paralisia por picada de
carrapato
Remoção de carrapatos
• Doença da arranhadura -.... - - ""\
do gato e enfennidades
relacionadas
Angiomatose bacilar
• Mordeduras humanas e
de animais
• Insetos com ferrão
• Insetos sugadores
Pulgas
Mil ases
Mosquitos
Percevejos \
• Erupção por larva migrans
• Formigas
Formiga-de-fogo
• Dermatites associadas à natação
• Leishmaniose
581
Dermatologia CHnlca
,,. ,
.
;
•• • • •
• •
• .• • Figura 15-2 A, Corte transversal de um ácaro no estrato
Figura 15-1 Sarcopte's scabiei em uma preparaç:lo úmida córneo. 8, Túnel. O ácaro escava o estrato córneo (a camada
com hidróxido de potássio (ampliado 40 vezes). morta e queratinizada da epiderme).
582
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
INFESTAÇÃO E CICLO DE VIDA. A infestação é iniciada IMUNOLOGIA. Uma reação de hipersensibilidade, e não uma
quando uma fêmea fertilizada chega à superfície da pele. Em I re.-.posta a corpo estranho, pode ser responsável pelas lesõe.-., o
hora, a fêmea escava um túnel no estrnto córneo (cam ada m orta q ue pode ret.1 rdar o reconhecimento dos sintomas da sarna. Títu-
e quemtinizada) (Fig. 15-2, B). Durante os 30 dias do ciclo de los elevados de TgE são observados em alguns pacientes com esca-
vida do ácaro, ・Nセウ@ túnel pode estender-se por alguns milímetros biose, associados à eosinofilia e reaç.;o de hipersensibilidade do
até poucos centímetros. Não há acometimento da epiderme sub- tipo imediato a extrato preparado com fêm eas do ácaro. Os níveis
jacente,. à exceção da sarna norueguesa queratótica, uma doença de TgE caem em até 1 ano após a infestação. A eosinofilia retoma
apresentada por pacientes deficientes mentais, imunossu primidos ao normal logo após o tratamento. O desenvolvimento muito
ou idosos, nos quais há espes..-.amento e 、・ Z セ」。ュNッ@ cut.'lnea de- mais rápido dos sintomas em caso de reinfestação sustenta a te.-.e
vido à presença de milhares de ácaros. Dois a três ovos são colo- de que os sintomas e as lesões da sarna são resultantes de uma
cados por dia (Fig. 15-3}, e os dejetos fecais (abalos) são deposi- reação de hipersensibiIidade.
tados nos túneis, atrás da fêmea que avança. Os dbalos são
massa..-. ovais, escuras, fucilmente observadas juntamen te com os
Manifestações clínicas
ovos quando raspados dos túneis e examinados ao microscópio.
Os abalos podem atuar como irritantes e ser responsáveis, em A transmissão da escabiose ocorre através do cont.1to rut.1neo di-
parte, pelo prurido. As larvas emergem, deixando 。セ@ casca..-. dos reto com um indivíduo infestado.
ovos nos túneis, e atingem a maturidade em 14 a 17 dias. Os O ácaro pode sobreviver por dias em ambientes domésticos
ácaros aduhos copulam e repetem o ciclo. Portanto, 3 a 5 sem a- no nnais após deixar a pele humana. Em montagens microscópi-
nas após a infestação, há poucos ácaros presentes. Es ..セ@ ciclo de cas com ó leo mineral, os ácaros podem sobreviver por até 7 dias.
vida explica por q ue os pacientes apresentam poucos sintomas, O início da doença é insidioso. A princípio, os sintomas são
ou mesmo são as.-.intomáticos, durante o primeiro mês após o discretos e atribuídos a uma picada de inseto ou à pele seca. O ato
cont.1 to com um individ uo infest.1 do. Após um determinado n ú- de coçar destrói os túneis e remove os ácaros, proporcionando
mero de ácaros (geralmente inferio r a 20) ter atingido a maturi- alívio. O paciente fica confortável durante o dia, mas sente pru-
dade e se disseminado, por migração ou peJas escoriaçõe.-. realiza- rido à noite. O prurido noturno é altamente característico da
das pelo paciente, o prurido inicialmente localizado e discreto sarna. O ato de coçar dissemina os ácaros para outras áreas e, após
passa a ser intenso e generalizado. 6 a 8 semanas, a área localizada de irrit..1ç.;o branda evolui para
uma erupção disseminada intensamente pruriginosa.
A<i principais características das lesões são seu pleomorfismo e
a tendência a permanecerem discretas e pequenas. As lesões pri-
márias são rapidam ente destruídas ao serem coçadas.
Figura 15-3 Sarcoptes scabiei. Ovos cont endo ácaros. Preparação úmida com hidróxido de potássio (X 40}.
583
Dermatologia CHnica
LESÕES SECUNDÁRIAS
A.o:. lesõ es secundárias são resultantes de infecções ou causadas
pelo ato de coçar. Geralmente dominam o quadro clínico. Ero-
sões pontuais são as lesões serundárias mais comumente observa-
das (Fig. 15-6). As pústulas são sinais de infecção secundária. Des-
camação, eritema e todos os estágios da inflamação eczemato.'ia
ocorrem em resposta à escoriação ou à irritação provocada por
tentativas extremas de automedicaç.;o. Os nódulos são observados
em áreas cobertas, como nádegas, virilhas, escroto, pênis e axilas.
PápuJas e ョ、オャッNセ@ indolentes1 eritematosas, de 2 a 10 mm de diâ-
Figura 15-4 Os túneis causados pelo ácaro parecem trajetos metro, ocasionalmente apresentam superffcies ligeiramente erodi-
curvos e são mais frequentemente observados nos espaços in- das, principalmente na glande do pênis (Fig. 15-7). Os nódulos
terdigitais e nos punhos.
Figura 15-5 Escabiose. Diminutas vesículas e pápulas nos Figura 15-6 Escabiose. A infestação das palmas das mãos e
espaços interdigitais e no dorso da mão. das plantas dos pés é comumente observada em crianças.
Todas as lesões vesiculosas se romperam.
584
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
Figura 15-7 A, Os genitais e a virilha apresentam inflamação aguda e infestação disseminada. B, Pápulas erodidas na glande
são um sinal bastante característico de sarna. C, Infestação do pênis e do escroto. Pápulas extensas ainda são observadas após a
instituição do tratamento adequado e, ocasionalmente, requerem a administração intralesional de corticosteroides.
585
D ermato logia CHnica
podem persistir por semanas a meses após a erradicação dos áca- na instituição do tratam ento adequado pennite que a erupção se
ros. F...'\..•i as lesões podem ser decorrentes da persistên cia de antíge- estenda a todas as áreas carncteristicamente acometidas, assim
nos acarinos. como o tronco, os braços, as pernas e.. às vezes, a fuce. O acometi-
mento extenso é frequentemente acompanhado por eritema,
descam ação e infecção. Em lactentes e crianças, a sarna difusa é
DISTRIBUIÇÃO
observada com mais frequência do q ue em adultos. Os sintomas
A.'i lesõe.-. da escabiose são caracteristicamente encon tradas nos são variáveis, de períodos de prurido no turno ao ato de coçar
・Nセー。ッウ@ interd igitais, nos pulsos, nas superfícies extensoras dos constan te e fre nético. A ・Nセ」。「 ゥ ッウ・@ não tratada pode perdurar por
cotovelos e joelhos, nas laterais das mãos e dos pé.'i_, nas axilas, meses ou anos.
nas nádegas, na área da cintura e no tornozelo (Figs. 15-8 e
15-9). Nos homens, o pênis e o escroto são geralmente acome-
tidos; nas mulheres, as mam as, incluindo a aréola e o mamilo,
LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS
podem ser infestadas. A.'i lesões, geral mente vesiculosas o u Em lacten tes e crianças pequenas, mais frequentem ente do q ue
pustulosas, podem ser numerosas nas palmas das mãos e nas em adultos, o acometimento é disseminado. Tss.o pode ocorrer
plantas dos pés de crianças pequenas. Nes.s es indivíduos, o devido a não suspeita do diagnóstico, retardando a instituiç.;o da
couro cabelud o e a face.. raramente acometidos em adultos, terapia adequada; enquanto isso, medicamentos para イ ・Nセッ ャオ  ̄ッ@
são, às カ・コNセL@ infestados. de o utras causas suspeitas do prurido, como pele seca, eczema e
O número e o tipo de lesão, assim como a extensão do acome- infecç.;o, são administrados. Ocasionalmente, há acometimento
timento, são bastante variáveis entre os pacientes. Alguns pacien- da face e do cou ro cabeludo, algo raro em adultos. Nas palmas
tes apresentam poucas vesículas pruriginosas nos ・Nセー。ッウ@ interdi- das mãos e plan tas dos pés, o achado de vesículas é com um; esse
gitais logo no início da doença. Nesses estoígios iniciais, muitos é um sinal altamente característico da escabiose em lactente:s e
pacientes ten tam a au tomedicação e são encorajados pelo alívio crianças pequenas (Fig. 15-6). O eczem a e o impetigo seamdários
o btido com o uso de loções antipruriginosas de venda livre. Os são comu mente observados, mas os túneis são de difícil visualiza-
」ッイエゥウ・ イ ッ ゥ 、・Nセ@ tópicos proporcionam grande aJívio, mas m asca- ção. Nódulos podem ser vistos nas axilas e na área recoberta pela
ram a progressão da doença, suprimindo a inflam ação. O retardo fralda.
Figura 15-8 Escabiose. Distribuição das lesões. Figura 15-9 Escabiose difusa em uma criança. A face não
f oi acometida. As lesões são mais numerosas nas axilas, no
t órax e no abdome.
586
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
IDOSOS Diagnóstico
Pacientes idosos podem apresen tar poucas lesões rutâneas, mas O d iagnóstioo é ュセー・ ゥ エッ@ quando túneis são encontrados ou o paciente
altamente pruriginosas. A menor imunidade associada ao en ve- apresenta os sintomas típicos da doença, rom lesões e d istribuição
lhecimento pode permitir a mu ltiplicação e a sobrevivência do características (Quadro 15- 1). Em um relato da região su bs.1ariana, a
ácaro em grande número. fNGゥセ・M@ pacientes apresentam pou cas le- presença de prurido intenso e de lesões visíveis, associada ao acometi-
sões rut.'lneas, à exceç.;o das escoriações, pele seca e descamação, mento de pelo menos dois locais caracteristicamente envolvidos na
mas são acometidos por prurido intenso. Por fim, há o apareci- sarna ou a exi\'tênda de o utro morador da residência rom prurido, tem
mento de pápulas e nódulos que podem se multiplicar. Popula- 1000A. de sensibilidade e 97% de especifiádade no diagnóstico da
ções inteiras de asilos podem ser infestadas (ver a seção sobre doença. PMTD: 15550260 Um d iagnóstico definitivo é e.ttbeleádo
Tratamento e Manejo). Um raspado de pele, de qualq uer área de quando qualquer um dos produtos a seguir é obtido dos níneis o u
descamaç.;o, pode mostrar inúmeros ácaros em todos os est.igios vesíwJas e identificado à micro..'KDpia; ácaros, OV'OS,. casca de ovos
de desenvolvimen to. (ovos edodidos) ou fezes (abalos). Cerca de á nco a 15 ácaros iemeas
vivem em um indivíduo inkctado pela sarna dá.'!Sica. O não achado
do ácaro é romurn e não descarta o d iagnóstioo de sarna. Centena-. ou
SARNA CROSTOSA (NORUEGUESA)
milh ares de ácaros podem ser observados na variante crosto.o;a. Nesses
O termo sarna noruegue.o;;a foi p rimeiram ente usado em 1848 pacientes, os parnsitas são facilmente encontrados.
para descrever uma extensa infestação por escabiose em pacientes
com han seníase. Em pacientes com sarna crostosa, as lesões ten- Quadro 15-1 Sinais e Sintomas de Sama
dem a acometer as mãos e os pés com cro:rtas assintomátirns, em
vez das características pápulas e vesículas inflamatórias (Fig. 15- Nódulos no pênis e no escroto
10). O material é espesso, subungueal e queratótico; observa-se Presença de erupçao cutanea por 4 a 8 semanas que, repentina-
t.1mbém distrofia ungueal. Os dedos e locais de trauma podem mente, piora
Pústulas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés de bebês
apresentar formações similares a verrugas. Desrnmaçõe.-. adnzen-
Prurido noturno
t.1das e crostas espessas podem ser encontradas no tronco e nos
Prurido generalizado e intenso
membros. A descamação da peJe da fuce também pode ser obser-
Erosões pontuais e crostas nas nádegas
vada. Os cabelos podem cair em profusão. A sarna crostosa é ob-
Vesículas nos espaços interdigitais
servada em indivíduos com doenças neurológicas ou mentais
Erupçao difusa, poupando a face
(principalmente a síndrome de Down), demência senil, doenças Os pacientes melhoram, e depois pioram, após o tratamento com
nutricionais, doenças infecciosas, leucemia e imunossupressão corticosteroides tópicos
(como pacientes com síndrome de imunodeficiência adquirida). A erupçao cutanea é observada em vários membros da mesma
O prurido pode ser ausente ou intenso. A perda de imunidade e a família
ind iferença ao prurido foram sugeridas como razõe.-. para o desen- Os pacientes (prindpalmente bebês) desenvolvem erupções mais
volvimento desse quadro clínico distinto. O exame com óleo extensas após o tratamento com antibióticos e medicamentos
mineral ou hidróxido de potássio das crostas mostra inúmeros tópicos
ácaros em todos os estágios de desenvolvimento.
Figura 15- 10 A sarna crostosa ou norueguesa é uma va- Figura 15-11 A tinta de uma caneta hidrográfica penetrou
riante em que há milhares de ácaros, mas pouco prurido. a pele, evidenciando uma escavação. A tinta é retida após a
superfície ser limpa com álcool.
587
Dermato logia CHnica
588
lnfes taç.õ es e Mordeduras Capítulo 115 1
A ivennectina é usada em pacientes que não respondem à terapia ESCABIOSE NODULAR Lesões nodulares ー・イウゥエョセL@ mais
tópica, idosos. pacientes com eaema generalizado e que não mmumente enoontradas no esaoto, são trntadas por meio da apli-
podem tolerar ou aderir ao tratamento tópico. As taxas de CUJil cação intralesional de corticosteroidcs (p. ex., acetonido de rrianóno-
são maiores quando a ivermeaina é associada a escabicidas tópi- lona Hkュ。ャセ}io@ mg/ml, nos EUA e Triamcil 20mg/ml no Brnsil).
cos. Uma únia dose de ivermectina (200 Jlg/kg) é relatada como
sendo 70% a 80% e6az no tratamento da escabiose. As taxas de MANEJO AMBIENTAL o casal e todos os membros da fumí-
cura aummt.lm para 95%, caso uma segunda dose: de ivenneaina lia, habitantes da mesma residênóa, devem ser trntados. A dis..e-
seja administrnda após 2 semanas. A dose única padrão é de 2 minação da e:sc.abiose pode ocorrer por meio de objetos inanima-
comprimidos de Stromectol• (no Brasil, Revectina ou lvennec) 6 dos. Ácaros viYos foram recuperados de amostras de poeira,
cadeiras e roupas de cama de pacientes com sama em até 96 horas
após o isolamento do hospedeiro. A roupa que tocou a pele infec-
Quadro 15-2 Manejo de Epidemias de Sarna em Sanatórios tada de\'C ser lavada. Thdo o vestuário, toalhas e roupas de cama
1. Educaçao de pacientes, membros da equipe, familiares e visi- que tocaram a pele devem ser lavados (no ciclo normal da má-
tantes frequentes sobre a Sêlrna e a necessidade de coopera- quina). Nâo é necessário lavar novamente a roupa limpa que
Çllo com o tratamento. ain da n ão foi vestida. Roupas de cama, as..,oal h os e. cadeiras de-
2. AplicaÇllo de escabicida em todos os pacientes, membros da vem ser aspirados e. limpos. セ@ especialmente importante limpar,
equipe e seus contactantes e visitantes frequentes, sintomáti- de forma metirulosa, os q'u anos de pacientes confin:Jdos em
cos ou nao. Tratamento de familiares sintomáticos de mem-
quartos individuais em instituiç.ôe.s de ruidado prolongado.
bros da equipe ou de visitantes frequentes.
3. lavagem com água quente (ou a se<:o) de toda a roupa de
cama e vestimentas utilizadas nas últimas 48 horas. Escabiose em instituições de cuidado
4. limpeza das camas e dos pisos com agentes de rotina, ime-
diatamente antes da remoçao do escabicida.
prolongado
S. Reexame para detecçao de insucesso terapéutico em 1 a 4 Em a•ilos, a escabiose pode "" bastante problemátic.1. A equip"-
semanas.
os familiares e os paóente.s preocupam-se com <)uestões sobre. o
589
Dermatologia CHnica
PEDICULOSE
590
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
lセndeas@
A.o:. fêmeas põem aproximadamente seis ovos, ou lêndeas, todos os
dias, por até 1 mês, e depois morrem. A lêndea é inrubada, edode
em 8 a 10 dias e atinge a maturidade em aproximadamente 18
dias. A.o:. lêndeas têm cerca de 0,8 mm de comprimento e são fir-
memente aderidas às hastes pilosas, próximas à ー・ ャ セ@ parn adqui-
rir a temperatura adequada à inrubaçJío (Fig. 15-14 ). A remoção
das lêndeas das hastes p ilosas é muito diffcil.
Manifestações clínicas
PEDICULOSE DA CABEÇA
O piolho da cabeça infe,rta, de forma e6caz, apenas a cabeça hu-
mana, sendo distinto do piolho do corpo e do chato. A infestação
por piolhos no couro cabeludo é mais comum em crianças. Mais
meninas do que meninos são acometido..-.; afro-descendentes rara-
mente apresentam piolhos da cabeça. Os p iolhos são encontrados
em qualquer local do corpo cabeludo, mas são mais comumente
observados na parte de trás da cabeça e do pescoço e atrás das
orelhas (Fig. 15-15). O paciente comum apresenta menos de 20
piolhos aduhos. Menos de 5<>/b dos pacientes apresentam mais de
100 p iolhos no couro cabeludo. O ato de coçar provoca inflama-
ção e infecção bacteriana secundária, com pústulas, crostas e
adenopatia cervical. A sensibilização à toxina, às feze.-. ou aos
constituintes do piolho possui duração de 3 a 8 mese, sendo a Figura 15-15 Pediculose capilar. Infestação maciça com pio-
dermite secundária.
causa do prurido. A adenopatia cervical posterior sem doença
óbvia é caracteristica da infestação por p iolhos. Os dlios podem
ser acometido.-., causando eritema e aumento de volume. O exame
PEDICULOSE CORPORAL
da porção posterior do couro cabeJudo mostra poucos organis-
mos adultos, mas muitas lêndeas. As lêndeas são aderidas ao ca- A ゥョ ヲ・ウエ。Nセッ@ peJo piolho do corpo é incomum. O tifo, a febre re-
belo, enquanto as descamações seborreicas são facilmente movi- corrente e a febre das trincheiras são 、ゥNウセ・ュ ョ 。、ッウ@ pelo piolho do
mentadas peJa haste pilosa. Fora de seus hospedeiros humano.-., corpo durante o tempo quente e em países ウオ「、・Nセョカッャゥ@ A
os piolhos da cabeça podem sobreviver por cerca de 3 dias; as pediruJose corporaJ é uma doença reJacionada à má higiene. O
lêndeas sobrevivem por 10 dias. A fonte primária de transmissão piolho do corpo vive e fuz a oviposiç.âo em costuras de roupas,
é o contato direto com uma pessoa infe.•rtada, mas a transmissão retomando à superffde cutânea apenas para se alimentar. Esses
por fômites H」ィ。ー←オZセL@ escovas, pentes, fones de ouvido, roupas de insetos correm e se escondem quando perturbados, sendo rara-
cama, móveis) é comum. Esses piolhos não são portadores ou mente obserwdos. O piolho corporal induz prurido, que leva ao
transmissores de qualquer doença humana. ato de coçar e ao desenvolvimento de infecções serundárias.
591
Dermato logia CHnica
INFESTAÇÃO DE C(LJOS. A infestação dos a1ios é o bservada nadas na virilha, acompanhadas por adenopatia regionaL Ocasio-
quase que exclusivam ente em crianças. Os p iolh os são adquiridos nalmente, máculas cinza-azu ladas ( máculas ceníleas), de 1 a 2 em
de outras crianças ou de um adulto infestado por chatos. A infes- de tamanh o, são observadas na viri lha e e m locais distantes da
t.1çlío dos álios pode induzir b lefurite com prurido palpebral, infestação. Sua causa n ão é conhecida, mas podem representar
、・ウ」。ュNセッ L@ fonnaçâo de crostas efou secreção p uruJen ta. A in- p igmen to hemático alterado.
festação dos d lios pode ser u m sinal de abu:m sexual na in fància
(Fig. 15-16). Diagnóstico
Há suspeita de p iolhos quando o paciente se q ueixa de prurido
PEDICULOSE PÚBICA em uma área localizada, sem erupçõe.-. aparentes. Os p iolh os da
Os piolh o..-. pú bicos são o problema sexualmente transmitido cabeça e da região púbirn são observados ao exam e ruidadoso dos
mais conhecido. Até 30o/o do..-. ind ivíduos infestados por esses 6os de cabelo ou pelos; esses insetos não são vistos ao exame
piolhos apresentam pelo menos mais u ma doença sexualmen te simp les. O achado de lêndeas não in dica a infestação ativa. As
transmitida. A chance de aquisição de piolhos púbicos 。ーNセゥ@ urna lên deas podem persistir por meses após o tratamento eficaz. Ovos
exposição a um parcei ro infestado é superior a 900,1,, e nq uanto a viáveis residem a 0,6 em do couro cabeludo.
chance de contrair sífilis o u gonorreia em uma exposição a um
parceiro infectado é de aproximadam ente 30%. Indivíduos ne- PENTES
gros são acometidos com a mesma frequência de brancos. Os
pelos púbicos são o local mais comum de infestação (Fig. 15-17), O ato de pentear o cabelo com pentes fin os é eficaz na detecção e
mas os pio lhos frequentemen te se d isseminam para os pelos do remoção de piolhos vivos. O pente é inserido tocan do o couro
ânus. Em pe.-.soas com mu itos pelos, os p io lhos podem se disse- cabeludo e, então, firmemente puxado para baixo. Os dentes do
minar pela pane su perior das coxas, área abdominal, axilas, tórax pente devem estar a u ma distân cia de 0,2 a 0,3 mm u ns d os o u-
e barba. Adultos infestados podem transmitir os p iolhos púbicos tros para poderem pegar <>-< p iolhos. Todo o cabelo deve ser pen-
para os á lios de crianças. teado pelo menos 2 vezes; o pente deve ser examinado, à procura
A maioria dos pacientes se queixa de prurido. Muitos sabem dos insetos, a cada pas.-.agem. Geralmente leva 1 minu to para
q ue há algo n a virilha, mas não estão familiarizados com a doença e ncon trar o primeiro p io lho .
e n unca viram pio lhos. Aproximadamente 50% dos pacien tes Os piolhos e as lê ndeas podem ser facilmente visu alizados à
apresentam pou rn inflamação, mas aqueJes q ue não prorurnm microscopia. Lên deas vivas tluo rescem e são detectadas com faci-
ajuda a tempo podem desenvolver inflamação e infecção dissemi- lidade durante o exame com lâm pada de Woocl u ma técnica
Figura 15-17 Pediculose púbica. Infestação muito int ensa, com inúmeros piolhos e lêndeas
na área púbica. O pacient e desconhecia a infest ação.
592
lnrest.aç.ões e Mordeduras Capítulo 115 1
bamnte útil ao exame rápido de grandes grupos de crianças. As MALATION (OVIDE• ). o malation tem ação pedirulicida e
lêndeas que contêm piolhos não nascidos fluorescem em brnnm. ovicida rápida, sendo usado no tratamento de infestações resis-
Lêndeas vazias apresentam fluorescência aánuntada. tentes às piretrinas e à permetrina. O malation ァ[セMウ・@ aos pelo.< e
cabelos e apresenta atividade residual. Um único tratamento i
geralmente suficiente. A loção é aplicada nos cabelos secos, até
Tratamento que estes e o couro Ctbeludo estejam úmidos.. Não preása ser
aplicado nas extremidades de cabelos longos, abaixo da altura do
PIOLHOS DA CABEÇA, DO CORPO E PÚBICOS
colarinho. O produto é deixado por 8 a 12 horas e, ent.'io, remo-
A permetrina a 1% ou o malation compõem o tratamento de vido, através de lavagem. As lêndeas são removidas com um
primeira linha. pente. O tratamento é repetido em 7 a 9 dias, caso ainda haja
A resistência a todos os medic.'lmentoN tópicos foi clocumen- presença de piolhos. O preparado alcoólico Ovide'!' é inflamável
t:Jda. Nos Estados Unidos, alguns piolhos 、セ@ cabeça tomaram-se até estar seco. O malation é vendido sob prescrição médica nos
resistentes o aplicação de lindano a I%, Nix" e piretrinas. O Estados Unidos, mas é de venda livre no Reino Unido. Um xampu
Ovide"' foi o únim pedirulicida que não se tomou menos eficaz a I % é comercializado fora dos Estados Unidos. É aplicado no
Mquele país. Os inseticidas matam os piolhos e as lêndeas. Um couro cabeludo e lav.Jdo após 10 minutos; a aplicação é repetida
pente de dentes finos d"'"' ser usado I ou 2 dias depois da última em 1 semana. Seu uso não セ@ recomendado em bebês e neonatos.
apliaçlo de inseticida, para mnlirmar o sucesso do tratamento.
A presença de piolhos vivos (móveis) de todos os t:Jmanhos su- OUTROS. A fenotrina, a dimeticona e o rnrbaril são outros me-
gere resistência ao tratamento, enquanto o achado de um único dicamentos tópicos dicazes.
piolho de tamanho adulto sugere reinfestaç.io. O uso semanal do
pente é recomendado pordiversa.oç semanas após a curo. Membros LINDANO. O xampu de lindano a 1% é indicado para pacientes
dn fnmnia e indivíduos em contato próximo com o pade.nte de- que não respondem aos medicamentos previamente listados ou
vem ser examinados e, se necess.á rio, trntnclos. A limpeza ambien- são intolerantes a ourros tratamentos pediculicidas. A resistênci::t
tal セ@ ーイッカョ・ャュ エ セ@ desnecessária, embora pentes e escovas de- de piolhos ao lindano foi relatada.
vam ser lavados em água quente.
IVERMECTINA. A ivermeaina provoca paralisia e morte dos
PERMETRINA. A permetrina é o エイ。セュ・ョッ@ de venda livre piolhos. A droga apresenta ação seJetiva contra parnsitas1 sem
mais eficaz. Esse medicamento paralisa O!ll nervos responsáveis efeitos sistêmicos em mamíferos. Uma única dose ornl de: iver-
pela respiração do piolho. Quando imersos em água, os piolhos meaina (Stromectol•), em dose de 200 セャゥヲォァN@ com repetição
podem fechar suas vias aéreas por 30 minutos. Todos os inse:tici· após lO dias, geralmente t eficaz.. Uma dose única de 12 mg (dois
das. porunto, de\'em ser mlorndos sobre os cabelos soros. O mmprimidos de 6 mg) t geralmente administrada a adultos de
creme rinse (Nix") é aplicado no muro cabeludo após o cabelo ter porte médio. Após a primeira administração, a eficácia é de 73%.
sido laY.Ido com xampu e seco. A medic:tção t removida com Os resultados foram mau favor.ívris quando a ivennectina foi
£ァオセ@ após 10 minutos. A permetrina não é 100% ovicida, e taxas mmbinada ao pente Lice.'vteister" (www.licemeister.org).
de rum mais alt:Js podem ser obtidas através do segu.nda aplica-
ç3ol 1 semana após o primeiro tratamento. Ovos em desenvolvi. TRIMETOPRIMA/SULFAMETOXAZOL (BACTRIM 411, SEP·
mento não apresentam sistema nervoso central durante os 4 pri· TRA411). Os raros pacientes que apre:;ent.,m cabelos muito embara-
meiros dias de vida. Inseticidas que age m no metab()lismo do çados e infest.1Ç\0 densa podem não responder ao tmL'lmento
teddo neur-al devem apresentar atividade residual para serem convencional. As duas opções restantes são raspar a e1beça ou o
oviddas. A eficácia clínica da pennet.rina é de YUPセ N@ A" taxas de tratamento com trimetoprima/>-ulfumetoxazol (TMP/SMX). Um
curo do lindano e da permetrina são inferiores a 90%. A perme- estudo mnduz.i do rom 20 mulheres com pedirulose da c.'beça
オゥョ。セ@ ao contrário da piretrina e de todos os dem:tis medicamen· mostrou que a administração de um comprimido de Bactrim• ou
tos tópicos, permanece ativa por 2 semanas, sendo detectável nos Septra• (80 mg de trimetoprima mais 400 mg de sulfametoxazol),
pelos e cabelos por 14 dias. Os cremes rinses e xampus mndicio- 2 vezes ao dia, por 3 dias, resultou em rura. Em 12 a 48 horas após
nantes rembrem os cabelos e protegem os piolhos do inseticida. o tratamento, os piolhos migraram para a roupa de cama e morre.
Esses produtos nõo devem ser usados por 2 semanas após o trat:l· ram. PMTD:678457 I! prová\..,] que o trimetoprimafsulfametoxarol
mento rom permetrina. Os pacientes que não respondem a este mate baaérias 。セ」ゥウ@ alojadas no intestino do piolho. O mtri-
lr.ltammto podem ser submetidos a medicamentos presaitos moxazol não tem efeito sobre as lêndeas; assim. um segundo trat.'·
(permetrina a 5%; Elimite"). O produto é usado dumnte a noire, mento de\'e ser admini.<trado após 7 a 10 dias.
sob uma touca de banho. Uma combinação de crerne rirue de permetrina a I% ( du.'l$
aplicações semanais) e administração de TMP/SMX (por 10 dias)
PIRETRINA. A piretrina (RlD"', A-200", R&C") é comerciali- foi eficaz em um estudo conduzido com crianças de 2 a 13 ano.."
zada em forma líquida1 gel e xampu. Os xampus s3o aplicados de idade. A terapia dupla pode ser reservada aos casos de múlti-
até a fonnaç.ão de. e.'ipuma, enxaguados e removidos e m 5 minu. p los ゥ ョ ウオ」・セッ@ terapêuticos ou ウオZセー・ゥエッ@ de resistência dos pio-
tos. As loções são usadas no tratamento de infestações corpóreas lhos à terapia. PMTD: l1 230M I
e púbicas. S5o aplicadas por toda a área afetada e removidas
opós lO minutos. O trat:Jmento deve ser repetido em 7 a lO dias. REMOÇÃO DE lセndeas@
A piretrina não mata todas as lêndeas e não apresenta atividade
t
residual. usada uma segunda vez. I semana após a primeira Todos os medicamentos matam os piolhos, mas alguma' lên-
apliação. deas podem sobreviver. Mesmo lêndeas mortas podem continuar
593
Dermato logia Cllnica
aderidas aos pelos e cabelos, até serem removidas. É provável q ue u m inseticida no rma lmente eficaz ou após a p rimeira ses.s.ão de
os セG。ュッャ・」、 イ ・ウ@ de lêndeasn o u "'removedores de lêndeas"' de uso de pente fi no úmido, independentem ente da p resença de
venda livre não sejam m uito eficazes. A aplicação de condiciona- lêndeas. Seria interessan te enviar uma carta à escola, explicando a
dor e, então, o deslizar dos dedos polegar e ind icador pelos fio..,, situação.
removendo as lêndeas, é eficaz.
Um pente especial, o liceMeister<' (www.licemeister.org) apre-
INFESTAÇÃO OCULAR
senta dentes de metal, de 3,8 em, que atingem ma is fios a cada
passagem, coletando piolhos e lêndeas. É comercializado online e Diversos m étodos são u.o:.ados no trat.1men to da infestação ocular.
em farmácias. A maior q uan tidade possível de lêndeas deve ser O mais prático e e6caz é a colocação de petrolato (Va.<elina'") nas
removida, para impedir a reinfestação. A possibilidade de cortar pontas dos dedos, fechar os olhos e esfregar lentam ente os álios
os cabelos autos deve ser considerada em pacientes com cen tenas e as sobrancelhas, 3 vezes ao dia, por 5 dias. Uma alternativa
de lêndeas. simples é fechar os olhos e aplicar xampu para bebês nos a1ios e
sobrancelhas, com um 」ッエョ・セ@ 3 vezes ao dia, por 5 d ias. Alguns
PENTE FINO ÚMIDO. Kits especiais para remoção de piolho_s pacientes ficam t.1o aflitos com a p resença dos piolhos nos olhos
e lêndeas são comercializados junto com u m pente de dente.'i es- que exigem sua remoção imediata. Para fazer isso, o paciente, em
paçados de forma a prender o menor dos insetos, mas passar fa- posição reclinada, fecha os olhos e os pio lhos são removidos dos
cilmen te pelos cabeJos. A remoção mecânica dos piolhos com álio.'i com auxílio de fó rceps. Crianças mais velhas toleram esse
pente fino úmido é uma aJtemativa ao uso de inseticidas. O pro- p rocedimento simples. Gotas de fl uoresceína (a lü<>A. a 20%),
cedimento é o mesmo realizado para o d iagnóstico, mas é feito aplicadas nos d lios e nas sobrancelhas, produzem um efeito tó-
com o cabelo úmido e um lubrificante (condicionador ou azeite xico imediato sobre os piolhos. A administração oral de ivermec-
de oliva) e deve ser fe.ito até que nenhum piolho seja encontrado tina deve ser considerada em casos resistente.-..
(ses.sôes de 15 a 30 minutos ou mais, em caso de cabelos comp ri-
dos e espessos). O pentear é repetido u ma vez ao d ia, por 3 a 4
dias, por várias semana..-., devendo ser continuado por 2 semanas DERMATITE POR LAGARTAS
após qualquer sessão em que um pio lho adulto seja encontrado.
A.o:. t.'l.Xas de rura relatadas variam de 380;b a 750,4,. O lepidopterismo refere-se aos efeitos adversos do contato com
insetos da o rdem Lepídoptera, incluindo mariposas e borboletas.
POMADAS. Petrolato, maionese e pomadas imobilizam os F.s.o:.e.-.
. efeitos são result.1ntes do cont.1 to com a lagart.1 ( est.igio
pio lhos, matando-os em cerca de 10 m inutos. Grande.-. quantida- larva!) do inseto. En tre as m ais de 165.000 espécies dessa ordem,
des devem ser usadas, para garantir a inu ndação dos piolhos aproximadamente 150 têm importância médica. As lagartas pro-
adultos no cou ro cabeludo. Estas terapias não inseticidas não vocam doença através de setas urtican tes (pelos) ou espinhos ve-
matam "'' ovos (lêndeas), que dem o ram 8 a \0 d ias para eclodir. nenosos. O lepidopterismo envolve múltiplos mecanismos pato-
E.ortes trat.1men tos devem ser repetidos semanalmente, por 4 sema- lógicos, incluindo toxicidade diret.1 do veneno e efeitos irritan tes
nas, até que todas as lêndeas possam ser removidas com o uso de mecânicos. O lepidopterismo geralmente se refere às doenças as-
pen tes. sociadas a lepidópteros, envolvendo reações sistêmicas como
p rurido generalizado e sibilância. O termo erudsmo é u.-.ado
AR QUENTE. Uma aplicação de 30 minutos de ar quente pode quando a doenç.a é limitada à dermatite de con tato e à urticária
erradicar as infestações por pio lhos da cabeça. Uma máquina es... local. PMID:l7368636
pedal, denominada louseBuster«', foi eficaz na morte de piolhos
e seu.-:. ovos quando opernda em uma temperatura agradável, um
pouco menor do que a de um secador de cabelos comu m . PMID:
17079567
594
lnfestaç.õ es e Mordeduras Capítulo 115 1
A.• lagartas são larvas de mariposas ou borboletas. Muita.• espé- países europeus. Essas lagartas d esen volvem pelos venen osos (se-
cies de lagartas possuem pelos amos (set..s) q ue podem irritar a tas), preenchidos por uma toxina urticante que pode provocar
pele (Fig. 15- 18). Surtos de dermatite por lagartas são sazonais, grave dermatite, conjuntivite e problemas pulmonares ( lepidopte-
ocorrendo logo após o aparecime,n to desses animais. O contato rismo) após o contato.
com as setas se d:l por exposição 、ゥイ・エNセ@ à lagarta o u por setas dis-
seminadas pelo vmto. Não se sabe se a reação rutânea prurigi-
nosa observada após o contato é secundária à irritação mecânica.. Manifestações clínicas
à injeção de substãnáas vasoativas ou a uma reação de hipe:rsen- Eritema, pápulas e vesírulas podem surgir logo após o contato. A
sibilidade. irritação pode ser resultante da estimulação mecinica ou da libe-
Kos Estados Unidos, a mariposa de amda marrom (Euproctis ração de substâncias irritantes dos pelos (Fig. 15-19). Em アオNセウ・@
chrysorrhoea) e a mariposa-cigana (Lynurnrria diJpar) são encontra- todos os casos, o contato com a lagarta puss produz.. imediata-
das na região nordeste. A!. lagartas da mariposa-cig;ma 6cam mente, dor e ardor intensos.. Alguns pacientes apresentam sinto-
penduradas nas árvores em grnndes fios. A suspensão no ar per- mas tardios, como prurido, podendo desenvolver pópulas e vesí-
mite que as sd:aS voem com o \'alto, caindo na peJe ou na roupa rulas, similares às observadas após picadas de insetos, 12 horas
deixada para secar. A lagarta puss (Megolom• opom:ularis), também após a exposição. O teste wtâneo com pelos da lagarta d a mari-
conh ecida como lesma lanosa, é encontrada na região sudeste dos posa-cigana revelou o desenvolvimento de uma reação de hiper-
Estados Unidos. Tem aproximadamente 2,5 em, e seu dorso e la- smsibilidade tardia, similar à observada na dennarite de cont.1to
terais são completamente recobertos por cerdas finas. A lagarta da provocada pela Hera venenosa.
mariposa To (Auurmcris ;o) é encontr:1da a oeste das Montanhas
Rochosas nos eウエNセ、ッ@ Unidos. Tem S a 7,5 em e coloração verde-
pálida, com faixas avermel had:as. Cada segmento corpóreo é ar- DISTRIBUIÇÃO
mado com tufos de espinhos. A ャ。ァイエNセ@ .<oddleback ( Sibine stimu- As lesões lineare.'ic são observadas onde as lagartas セョ、。イュ@ pela
lea) é encontrada no leste d o Texas e no sul de Massachusetts. pele. Erupções serundárias ao contato com os pelos trazidos pelo
Apresenta ce.rc.1 de 2,5 em de comprimento, é verde e carnosa. vento, q ue se alojam nas roupas1 locali.znm·se no redor da região
Essa lagarta apresenta um;:, marca イョ」エ・ イ■ウエゥョセ@ e m formato de do colarinho, nas regiões internas dos braços e das ー・ イョ。セ@ no
sela, de colomção marrom o u roxa na porção 、ッセn。ャ@ mediai. Ro- flan co abdominal e nos pé.'i'. Após o contato da ャセァ。イエ@ ーオウNセ@ com a
bu."tos espinhos s5o observados em c.1d:1 extremidade e nas late- pele, pode.se observar um trajeto único similar a uma grade. Além
rais; os espinhos são ocos e contêm uma toxina. A lagarta oak dos sinais cutâneos, alguns pacientes apresentam rinite, conjunti-
proamonary (Thaumetopoeo prot;e>sionta) é encontrada em diversos vite e sibilos. Nos E.•tados Unido$. não há relatos de morte pelo
contato com lagartas.
Diagnóstico
O diagnóstico é suspeito quando uma erupção como anterior-
mente descrita é observada no inicio da primavera. O diagnóstico
pode ser con6rrnado pelo achado de pelos de lagarta na superffcie
artânea. Para tanto, o lado adesivo de: uma fita transparente: é
apUcado na área rutânea acometida. A fita t então virada, rom o
lado adesivo para baixo, em uma lâmina de: microscopia que é
e:xaminada em pequeno aumento. Pelos runos, ruos e filamento-
sos são diagnósticos da dermatite por lagarta.
Tratamento
A maioria dos casos resolve-se de forma espontânea em alguns
dias ou até 2 semanas. Nos casos provocados pela lagarta pu.u,
uma aplicação delicada de fita adesiva auxilia n remoção do• pe-
los restantes. A loção de calamina pode auxilinr e, algumas カ・コNセ@
os anti-histamínicos podem trazer alívio, desde que imediata-
mente administrados. Corticosteroides d o grupo V s3o usados e.m
lesões persistentes ou pruriginosas. O contato com a ャセァ。イエ@ f'UJS
frequentemente provoca muita dor1 podendo ser n ece."i-"ílrio o uso
de analgésicos potentes. As roupas não deve m se r colocadas ao ar
livre para secar quando lagartas suspe nsas por fios, como a dn
ュ。イゥ ーッウ。 セ 」ゥァ。ョ L@ aparecem na primave ra.
595
Dermatologia CHn lca
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
A picada pode provocar uma dor intensa e imediata ou ser indo-
loL A reação subsequmte é mínima, com disaeto aumento de
volume e apareámmto de um grupo de pequenas marcas verme-
lhas provocadas pelas quelíceras. Os sintomas que surgem a se-
Figura 15·20 Picada de aranha . Uma セイ・。@ de eritema pode Figura 15·21 Aranha viúva-negra fêmea, com uma marca
se formar ao redor do local da picada. vermelha, em formato de ampulheta, na porç3o inferior do
abdome.
596
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
597
Dermatologia Cllnica
Aranha-marrom reclusa
A aranha-marrom, Loxosceles redusus, é pequena, com aproxima-
damente 1,5 em de comprimento total. Sua cor varia do marrom-
amarelado ao marrom-escuro. Uma marca esa.trn carncteóstica,
em fonna de violino ou rabeca, é observada no dorso da aranha.
A base ampla do violino fica p róxima à cabeça do aracnídeo, e sua
ponta é direcionada para o abdome (Fig. 15-23). A aranha é re-
clusa e timida, evitando luz e distúrbios e vivendo em locais escu-
ros (sob pilhas de madeira e pedras e dentro de residências, como Figura 15-23 A aranha-marrom reclusa. Uma marca escura,
annários, atrás de mo lduras de quadros, sob pórtico.'i, em celeiros em formato de violino, é observada no dorso da aranha.
e porões). Sua teia é pequena e tecida em rachaduras, fendas e
can tos. A aranha apenas pica quando forçada ao con tato com a
pele, como ocorre quando um individuo veste uma roupa na qual
o aracnídeo está residindo, ou mexe em materiais estocados q ue
o albergam. Nos Estados Unidos, a arnnha-marrom é geralmente
encontrada na região sul, mas algumas foram encontradas até em
Connectirut. A aranha Jwbo, Tegenaria agrestis, foi responsabili·
zada por lesões necróticas no nordeste da costa do Paó6co da.
quele país (Fig. 15-24).
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Os pacientes raramente trazem a aranha para identificação posi-
tiva. O diagnóstico excessivo de picadas de aranha-marrom pro-
voca sequelas danosas e erros diagnóstico.'i. Muitos pacientes são
atendido..-. como se tivessem sido "'picados por u ma aranha"', mas,
na verdade, est.1o infectados por Staphyloc.occus aureus resistentes à
metiàlina (MRSA). Não existe exame laboratorial para confirma-
ção do diagnóstico. Um resu mo sobre a gravidade da picada e seu
tratamento é mostrado na Thbela 15-1. As picadas de aran ha-
marrom frequen temen te induzem lesões necróticas, de cicatriza-
- Aranha-marrom redusa
ção lenta. A gravidade máxima da lesão prediz o tempo para rura
completa. A maioria das picadas ocorre no.'i membros. A picada
O Outras aranhas reclusas
produz ardor mínimo ou dor instan tfinea e intensa, similar à Figura 15-24 Distribuição das aranhas reclusas (gênero
Loxosceles) nos Estados Unidos.
Moderada Eritema, edema brando, vesícu- Dor, ou1ros Adicionar analgésico. antibiótico, considerar
las, necrose <1 cm2 dapsona
Grave Eritema, edema, bolhas (hemor- Dor, ou1ros Adicionar dapsona, 50 mg VO por dia, en!Ao 50
rágicas), úlcera, ne<rose > 1 cm2 mg 2 vezes ao dia
Solicitar G6PO
Sistêmica* Erupçllo cutânea, febre, Mialgia, cefaleia, mal-estar. Suporte, hemograma e urinálise seriados, hi-
hemólise. trombocitopenia, CIVO náuseas drataçao vigorosa, corticosteroides sistêmicos,
transfusao
Adaptado de Sams HH et ai.: J Am Acad Dermaro/44:561. 2001 . PMID: 11260528
•os sintomas sistêmicos podem ser observados em picadas de todas as gravidades cutâneas.
CND, coagulaçllo intravascular disseminada; G6PD, glicose-6-fosfato desidrogenase; RCGE, repouso, compressa de gelo e elevaçllo.
598
Infestações e Mordeduras Capítulo 115 1
ッ「ウ・イカNセ、。@ em picadas de abelhas. Muitas das reações à picada são NECROSE CUTÂNEA MODERADA A GRAVE. As pirndas
disaetas, provocando apenas mínimo aummto 、セ@ volume e eri- graves são geralmente óbvias na.< primeiras 24 a 48 horas e preci-
tema. O local acometido parece inftumciar a gravidade da reação: sam de tratamento mtdico, mas não de terapia cirúrgica agressiva.
áreas riC25 em tecido adiposo, como a porção proximal da coxa e • Antibióticos (p. ex., cefalosporinas) devem ser administra·
as n.Sdegas, apresentam reações mtâneas mais intensas.. Picadas dos como profilaxia infecciosa em lesões ulceradas. A in·
graves podem se tomar n ecróticas em 4 horas. fecção ウ・」オョセイゥ。@ aumenta a temperatura local da pele.
A primeira e mais característica alteração rutânea observada no eJevando a ativid::tde enzimática e induzindo ainda mais
amcnidismo necrótico, ou loxosce.lismo, é o desenvolvimento e a dano tecidual; o u..w rotineiro de antibióticos, portan to, é
rápida exp:msão de u m halo maadar, azul-acinzentado, ao redor sugerido.
do local da picada; esse halo representa hemólise local. A de.<co- • A administração de analgésic.os é geral mente necessária.
lornção rut.finea violácea é uma ind icação d<:1 necrose incipiente e
pode ser u."ada como orientação para a instituição precoce do DAPSONA. A excis3o cirúrgic.> imediata dos locais picados pela
tratamento, quando é mais dicaz. Uma pústula ou vesfcula/bolha aranha·marrom induziu mais complicações que o uso de dap·
cinnótica também pode ser observada no local da picada. A lesão sana, acompanhado ou n3o pela excisào tardia efou reparo. A
pode ter configuração oblonga, irregular e com súbito aumento administração de dapsona, 50 a 200 mg/dia, pode auxiliar em
da sensibilidade. Nesse estãgio, a superffcie cutânea pode ficar casos de reações cutãneas graver, impedindo o desenvolvimento
rapidamente in fartada; a dor é intensa. A ュセ」オャ。@ azul neo-osante de nec:rose: extensa, mesmo se instituída 48 horas após a ーゥ」。、 セ@
se amplia, e o centro fica deprimido em relação à superffcie anã- A dapsona pode ajudar a prevenir a perivasculite induzida pelo
nea normal (•infarto com depressão•) (Fig. 15-25). A extenuo do veneno, acompanhada pela infiltração de leucócitos polimmfo-
infano é Võlriável. A maioria dos pacientes apresenta reações loca- nudeares observada na neaose anânea extensa. Solicite a ュ・ョウオ セ@
lizad>s, mas a profundidade do tecido necrótico pode se estender ração da concentraç3o de ァ ャゥ 」ッウ・セVMヲ。エ@ desidrogenase e um
ao músaJio e por grandes áreas de peJe, ocasionalmente acome- hemograma comple.to.
tendo gronde parte do m embro. O tecido morto Clli, deixando
uma úlcera profunda, indolente, com bordas irregulares. As úlr.e- CORTICOSTEROIDES. Há poucas evid ências de que a admi-
ras demornm semanas a meses parn cicatrizar e deix.nm marc..1s nistração oral o u intmlesional de cortic..osteroides dim inua a gra·
significatiVõls. vidade da reação ーイッァ ・Nセエッゥカョ N@ Os pacien tes com necrose de mais
Em nlgumas pesso-as, há desenvolvimento de umn reação grave de 1 em devem ser avaliados quanto ao desenvolvimento de.
e. progressiva, que começa com dor moderada a intensa., no local anemia hemolítirn progressiva, manifestada peJo aumento da
da picada. Em 4 horas, a dor é insuportáve.l e o eritema inicial dá concentração de hemoglobina sérica livre ou trombocitopenia.
ャオァ[セイ@ à palidez. Em 12 a 24 horas após a picada, as vítimas têm O loxoscelismo sistêmico grave pode ser tratado com predni-
febre. calafrios, náuseas, vômitos, fraqueza, dores articulares e sona {1 mg/kg), administrada 。Nセゥュ@ que os sintomas sistêmicos
mus<ulares e erupções cutãneas se.melhantes às do sarampo ou começarem a ser observ.Jdos, para resolução das anomalias hema-
urticariformes. A toxina pode provncar grn""" reações sistêmicas, tológicas.
como tromboàtopenia ou anemia hemolítica com hemólise ge-
nualizacb, coaguJação intr:avasaJlar dis.se:minada, insufiàênàa CIRURGIA. Anteriormente, acreditava-se que a excisão precoce
renal e, ornsionalmente, morte. As reações sistêmicas graves são das áreas necróticas auxiliava a pre\renção da disseminação de.
rnras e m3is frequentemente observadas e.m crian<'.ns. Hemogra- toxinas e a evolu ção dn necrose. É provável q ue essa prática seja
mas completos seriados devem ser analisados quanto à ーイセ・ョNQ@ ineficaz, deven do ser dese.ncorajada. Caso uma picada de arnnha·
de hemólise,. trombocitopenia e leucocitose. Urinálises seriadils marro m, con firmada ou su..ttpeita, nffo se tom ar clinicamente ne..
avaliam a possibilidade de hem oglobinúria. erótica em 72 horas, é rnro que u mil ferida grave e de d ifíd l dca·
trização se desenvolva.
MANEJO O desbridamento ou excis3o das lesões p rovocadas pela pi·
cada de aranha-marrom deve ser bastante desencorajado. A deli-
A experiência mostra que muitas picadas são brandas e devem ser cada remoção de escarns pode ser realizada após a estabilização
tratadas de modo conservador, por meio das seguintes medidas:
1. Repouso, compressas com gelo (15 minutos a cada hora) e
elevação.
2. A admini•nração de uma Aspirina-a por dia ajuda a inibir a
agregaç.io plaquetãria e o desenvolvimento de trombose.
3. Aplirnç.ão de toxoide tetânico, conforme necessário.
A aplic.1çffo de frio n os locais da mordida reduz bastante a
inAnmação, retilrda a evolução d a lesão, e melhorn todas as ou -
tras terapias de combinaç.1o. A a p licação d e calor no local da
mordidn toma as lesõe.'i muito p iores. A cirurgia de imediato
deve ser evitada.
599
Dermatologia CHnica
CARRAPATOS
600
Infestações e Mordeduras Capítulo 115 1
Tabela 15-2 Principais Doenças Transmitidas por Carrapatos nos Estados Unidos
Agente
Doença etiológico Classificação Principal vetor Região
Doença de lyme Borre/ia burgdorferi Bactéria lxodes Nordeste, Wisconsin, Minnesota,
(espiroqueta) Califórnia
Febre recorrente Espécies de Borre/ia Bactéria Omithodoros Oeste
(espiroqueta)
Tularemia Francisella tu/arensis Bactéria Dermacentor, Amblyomma Arkansas, Missouri, Oklahoma
Febre maculosa das Rickettsia rickettsi Riquétsia Dermacentor Sudeste, oeste, centro-sul
Montanhas Rochosas
Erliquiose Ehrlichia chaffeensis Riquétsia Dermacentor, Amblyomma Centro-sul, Atlântico sul
Febre do carrapato do Espécies de Vírus Dermacentor Oeste
Colorado Colrivirus
Babesiose Espécies de Babesia Protozoário lxodes Nordeste
Paralisia por carrapato Toxina Neurotoxina Dermacentor, Amblyomma Nordeste, sul
Adaptado de Spach OH et a/.: New Engl J Med 329:936, 1993. PM/0: 8361509
601
Dermato l ogia Cllnica
concentrada em três regiõe• (Fi g. 15-27): costa nordeste; Minne- infestam o cervo de cauda branca e os camundongos de patas
sota e Wisconsin; e áreas da セャゥヲュ。L@ O regon, Utah e Nevada. bran cas.
O ito estados norte-americanos (Connectirut, Rhode Jsland,
Nova Iorqu e, Nova Jérsei, DeJaware,. Pensilvân ia, Maryland e \1\'is-
MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS
consin) são responsáveis por c.errn de 90o/o dos casos reportados
naquele país. A distribuição geográfica su gere que a Burrelia se A definição de caso d<>-• Centers for D isease Contrai and Prevention
、ゥNウセ・ュ ゥョ。@ quando carrapatos infestados são transportados por (CDC) dos Estados Unidos é mostrada no Quadro 15-3. Existem
pássaros migratórios. O Txodes dnmrni11i (Fig. J.S-28) é o vetor da três lesões rut.'ln eas associadas à doen ça de Lyme: o eritema mi-
doença no nordeste e no meio-oeste,. e o 1.\-odes pacificus, no oeste gra·ns (oficialmente denominado eritema crônico m igratório), o
dos Estados Unidos. A doença é relatada por t oda a Europa. A linfocitoma por Borrelia e a acrodennatite crônica atrofiante. Exis-
maio ria dos casos ocorre d urante o verão ou o início do ou tono, tem algumas evidências de que diversas outras doenças rutâneas
quando as pessoas 6rnm ao ar livre,. vestindo shorts e andando estão associadas à infecç.;o por B. burgdorferi.
de.'icalças peJas matas e campos. No norde.rte, esses carrapatos
LINFOCITOMA POR BORRELIA. o linfocitoma por Borrelía
(LB) geralmente se apresenta como um nódulo avennelhado du-
rante os est.igios iniciais da infecção. Mais comu mente, o linfoci-
toma é observado no lóbuJo do pavilhão aurirular ou no mamilo .
Quadro 15-3 Definição do CDC de Casos de Doença de Lyme
- - À histologia, observa-se um denso in6ltrado de linfócitos policlo-
Eritema crônico migratório (ECM) e manifestações iniciais n ais, q ue pode su rgir após o eritema crôn ico m igratório (EM) ou
O ECM é definido como uma lesão cutânea que, caracteristica- como a primeira manifestação da borreliose de Lyme. EM e LB são
mente, se inicia como uma p.1pula ou mácula vermelha e se ex- manifestações rutâneas precoces e localizadas, mas, ocasional-
pande, por um período de dias a semanas, até formar uma grande m ente, sinais ou sintomas extrarutâneo..-. podem surgir simuJtanea-
lesão arredondada, de parte central geralmente mais dara. Uma mente a q ualq uer u ma de.-.sas le.-.ões. O l B é mro; sua p revalê ncia
única lesão primária deve ter tamanho igual ou maior que 5 em. varia de 0,6% a 1,3% dos casos de doença de Lyme.
lesões secundárias também podem ser oooervadas. Lesões anulares
eritematosas, ocorridas horas após uma picada de carrap<lto, repre-
sentam reações de hipersensibilidade e nao são classificadas como
ACRODERMATITE CRÔNICA ATROFIANTE. D urante a
ECM. Na maioria dos pacientes, a expansão da lesao ECM é acom- fase tard ia da infecção, pode haver o desenvolvimento de acroder-
panhada por outros sintomas agudos, principalmente fadiga, febre, matite crônica atrofiante,. u ma le.-.ão atró6ca e ritematosa obser-
cefaleia, enrijecimento brando do pescoço, artralgia e mialgia. Es- vada apenas na doença de Lyme. Essa lesão é descrita em, aproxi-
ses sintomas geralmente são intennitentes. O diagnóstico de ECM madamente, 10% dos pacientes acom etidos pela doença de Lyme
deve ser realizado por um médico. A confirmação laboratorial é re- na Europa, mas é rammente vista nos Est.1dos Unidos. Inicia-se
comendada a indivíduos sem exposição conhecida.
com uma fase inflamatória, com edema localizado e desc.olomção
Manifestações tardias avermelhada nas su perfícies extensoras das mãos, pés, cotoveJos e
As manifestações tardias incluem qualquer uma das seguintes joelhos. Depois de anos ou décadas, pode haver uma ヲ。Nセ@ atró6ca,
quando uma explicaçao alternativa nao é encontrada: e m que a pele apresent.1 atrofia e eritema, podendo assemeJhar-se
a papel de cigarro.
Si st em a musculoesq uelético
Ataques breves e recorrentes (semanas ou meses) de edema arti- ERITEMA CRÔNICO MIGRATÓRIO. A lesão cutânea eri-
cular objetivo em uma ou algumas articulações, セウ@ vezes acompa-
tema crônico migratório (EM) é o aspecto mais carncteristico da
nhados por artrite crônica em uma ou algumas articulações. Entre
doença de l yme. É descrita em detalhe.• nos parágrnfos a seguir.
as manifestações não consideradas critérios diagnósticos, in-
cluem-se a artrite progressiva nao precedida por ataques breves e
a poliartrite simétrica crônica. Além disso, a artralgia, a mialgia e
as sindromes de fibromialgia, isoladas, nao sao critérios de aco-
metimento musculoesquelético.
Si st em a nervoso
Qualquer dos seguintes, isolados ou associados: meningite linfocitica; Quadro 15-4 m。ョゥヲ・ウエセ@ Presentes na Doença de Lyme
neurite craniana, principalmente a paralisia da face (pode ser bilate- Sintomática
ral); radiculoneuropatia; ou, raramente, ・ョ」ヲ。ャッュ ゥ ・ ャ セ・ N@ A encefalo- -
mielite deve ser confirmada pela demonstração de produçáo de anti- 78% apresentaram eritema crônico migratório.
corpos contra 8. burgdorferi, evidenciada pelo maior titulo de 19% apresentaram sintomas sistêmicos sem eritema crônico mi-
imunoglobulinas no líquor do que no sangue. Cefaleia, fadiga, pa- gratório; cefaleia e artralgia foram os sintomas sistêmicos mais
restesia ou enrijecimento brando do pescoço, isoladamente, nao são comuns; ocasionalmente, febre; ausência de sintomas relaciona-
critérios diagnósticos de acometimento neurológico. dos ao trato respiratório superior ou ao trato gastrointestinal.
3% apresentaram acometimento sistêmico tardio (p. ex., neu-
Si st em a card iovascular ropatia craniana, artrite).
O aparecimento agudo de defeitos de condução atrioventricular 36% relataram terem sido picados por carrapatos no ュセ@ anterior.
de alto grau (segundo ou terceiro grau), que se resolvem em dias O risco de desenvolvimento de doença de lyme após 72 horas de
a semanas e são, ocasionalmente, associados セ@ miocardite. Palpi- repasto do carrapato é de 20%, contra 1% quando o repasto
tações, bradicardia, bloqueio de feixes de ramos ou miocardite, tem duraçao menor.
isoladamente, náo sao critérios diagnósticos de acometimento
Adaptado de New Engl J Med 348(24):2472, 2003.
cardiovascular. PMID: 12802042
602
BORRELIOSE DE LYME
TrêsEstágios, com Remissões eExacerbações
(80%)
aイエセ・@
bイセ@ ataques de aumento de volume edor Artrite cnlnica (10%)
Mialgias eartralgias Dura horas ou dias, depois mell!s Durante ll!gundo
ou ャョヲセュ。 ̄ッ@ articulil >1ano
Dor ュゥァイ。エセ@ - ausênàa Meses Uma ou mais localiza\t6
Articulações H de aumento de volume Erosão de cartilagem +osso
Poucas articuliiÇ6es grandes (priqlalmente joelho) terceiro ano
.kli!lhos
Horas ou dias - !llla ou ュセ@ Episódios de artralgia ou acometimento pl!liarticulil
Picada de txodes Episódios mais longos -
localiza\t6 - tendinite, burlite entre os
(Contato por pelo mell!s de duração
。エ セ ・ウ@ de artrite
menos 48 horas•)
Transmissão de
espiroquetas,
Bone/ia burgdOtf,eri
セ ウ@ lesôelanulares ャA」オョ、£イセウ@ (50%)
Eritema ccôrico migratório (60% a dセウ@ Anos Acrodi!!Tlliltite onlnica atrofiante
Pele 1-t 80%)(duração por 、ゥN セイウ。@ Sl!manas) Todas as lesões desaparecem em 3a4
se10anas (variando de 1、セ@ a14 meses) (rara nos EUA)
F1gura 15·29
.
VI
Dermatologia CHnica
Figura 15-31 Eritema crônico migratório. Nos Estados Uni- Figura 15-32 Eritema crônico migratório. As lesões são
dos, a maioria dos casos não exibe a área clara central, em múltiplas e podem exibir grandes áreas de eritema irregular,
formato de alvo. Os anéis são homogêneos em coloração e em vez de círculos uniform es.
padrão e, frequentemente, são múltiplos.
604
Infestações e Mordeduras Capítulo 115 1
po.quena pápula no sítio da picada. A pápula lentamente se trans- DOENÇA TARDIA (ARTRITE E S{NDROMES NEURO·
fonna em um anel, cada vez ュ。ゥッセ@ enquanto o eritema central LÓGICAS CR0NICAS}. A 、d・ョᅦセ@ de Lyme tardia pode ocorrer
grndualmente desaparece, deixando uma superftà e qu"- de modo sem evidênàa de fase iniàal da enfermidade.
geral, i normal, mas pode apresentar uma disaeta coloração azu-
lada. O anel permanece achatado, fica esbranqui91d0 sob pressão e Doença articular. Meses após o apareàmento da doença. apro·
n3o apresenta desrnmação, vesía.tlas ou crostas perifé:rirns, como a.,. ximadameote 80% dos padentes não tratados apresentam ataques
lesões fúngicas. A configuração mais oomumente observada é a intennitentes de <Jumento de volume e dor artirular, principal-
cirrular, mas, com a migração para pregas cutâneas, a ャ ・Nセ ̄ッ@ pode m ente em artiruJações grandes, em espe.áal no joelho. As articuJa-
ficar distorcida. Suas bordas podem ser levemente elevadas. Alguns ções apresentam temperatura mais alta, mas n ão eritema. Após di-
pacientes se queixam de ard or ou prurido. Depois de d ivefflos dias, versos ataques breves d e artrite, alguns padentes podem apresentar
o e ritemn se expande de fonna rápida, distanciando·se da punturn inflamação artirular persistente. Em c.erc.'l de 10% dos pacientes.,
centrnl, fonn:mdo uma grande área eritematosa arredondada ou prinàpalmente naqueles com HIA-DRB1, a artrite nos joelhos
ovalada, com 5 a 10 em (Fig. !5-30). Em uma semana, sua área persiste por meses ou vários ;:mo.,, mesmo após 30 dias de 。ョエゥ「ッ セ@
central fica dara, deixando um anel de 1 a 2 em, que avança por ticoterapía intrnvwosa ou 60 dia.• de antibioticoterapia oraL
diM ou semana\ podendo chegar a 50 em; em 20% a 50% dos O Ouido articular contém entre 10.000 e 25.000 leucócitos/mm 3
casos, são obsavados múltiplos aoéis concêntricos (Pig<. 15-31 e (predominantemente neutrófilos); a maioria dos pacientes com
15-32). Há sensibilidad., e o prurido é mínimo. Até mesmo em artrite de Lyme é soropositiva para anti-B. burgdmferi (por ensaio
paàentes não tratados, as lesões gernlmente desapaream em 3 a 4 imunoenzimático IWSAI). R..sultados falso-positivos são obser-
semanas. Após dias ou semanas, a espiroqueta pod" se disseminar vados. A presença d" anticorpo• específicos no Ouido sinovial
para o sangue ou a linfa (estágio 2). Lesões secundárias ou linfoà- ajuda a confirmar que a sinovite se deve à B. burgdorferi. Os pa·
tomas por BormiÍil podem ser observados. Múltiplas lesões, demr- áentes com artrite de Lyme geralmmte apresentam maiores tftu·
rentes de propagação hematógma, são os marc.:1dores a.nãneo..,. da los de anticorpos específicos nnti-Borrelia do que indivíduos com
doença 、ゥウNセョ。@ Um eritema tran sitório pode se desenvolver qualquer outra manifestaç3o d;, doenç.'l, i ncluindo a neuroborre·
após a picada de um carrapato n ão infectado. A lesão não se es- liose tard ia. A infe<:ç3o pode ー ・N イウゥセQ@ por an os em áreas como as
tende por mais de 1 em d e d iâmetro e se resolve em 1 a 2 dias. As articulações e o sistema nervoso .
picadas de arnnhn também podem provocar lesões dolorosas, erite-
matosas e expansivas. Doença neurológica. Em até 5% dos pacientes não trntado:;, a
A doenç.a aguda se inicia com mal..e,star, fadiga, febre de B. burgdorferi pode causar a neumborreliose crônica, algumM vezes
40,5 • C, cefule.ia, rigidez da nuca, mialgias e artmlgias. Nesse está- após longos periodos de infecÇio latente. Uma polineuropatia axo-
gio, na au.sênda de lesões cutâneas, pode haver SU5peita de in- nal crônica pode se d..senvolvet sendo manifestada romo dor espi-
Ouenza. O hemograma e a sedimentação eritrocitária são nor- nhal radicular ou parestesias dist.,is. A encefalopatia de Lym"- que
mais. O eletmcardiograma pode mostrar sinais d" cardite. pTOIIOCa, principalmente. sutis distúrbios mgnitivos, é uma possí.d
manifestação tardia.. O lfquor não apresenta alterações inllamató-
DOENÇA INIOAL DISSEMINADA (DOENÇAS CARDIACA rias. A tomografia computadoriz..,da do cérebro não fornece infor-
E NEUROLÓGICA}. A doença de Lyme disseminada inicial mações úteis. Nos pacientes com acometimento do sistema n er·
、・ウョカッャM em 1 a 9 meses de infecção e pode n3o ser acompa-
セ P|・@ voso central, o exame diagn6stic:n mais sensível é a demonstração
nhada por EM. da produÇio de anticorpos anti-BomlÍil burgdmferi no líquoL A en·
ce.fàJopatia de Lyme pode ser trnt.·uL1, oom suces..w, pela administra·
Doença cardíaca. As manifestações cardfacns s5o ohservadas ção intravenosa de ceftriaxona por 1 mês.
em 8% dos adultos não tratados. Entre elas, incluem -se gr.tlL"
flutuantes de b loqueio atrioventricular, pericardite bmncla e dis-
funç.!\o ventricular esquerda branda. Síncope, tontura, di.spneia, INFECÇÃO PERSISTENTE
dor torácica ou palpitações podem ser observadas acompanhando Alguns autores documentnrnm a infecção persistente após a insti-
graus maiores de bloqueio. O bloqueio de condução pode se re- tttição dos tratamentos otualmente remmendados. Aproximada-
solvu sem a administração de antibióticm.. Com tratamento, o mente metade: dos pacienteS continua a apresentar sintomas me·
progJ!óstiCO é excelente. nores, como cefulo:ía, dor musculoesquelética e fadiga. apó5 a
。ョエゥ「ッ」・イー セ@ Os pacientes que apresentam aoomrtimento
Doença neurológica. Em semanas, sinais de n..uroborreliose cardíaco grave e não respondem rnpidammte à antibioticoterapia
aguda se desenvolvem em aproximadamente 15% dos paàentes podem イ・ウーッョ、 セ@ administraç,io de corticosteroides.
não tratados. Entre. estes, incluem-se meningite linfodtir.a com A espiroqueta causadora d.1 doença de Lyme pode se dissemi·
c..fnleia episódica e rigidez da nuca branda, enrernlite sutil com nar, por via transplac.ent.ária, aos órgãos do feto. Mu lheres infec_..
altemç.ão cnmportamentaJ, neuropatia craniana (principalmente tadas pela doença de Lyme durante a gestação devem ser imedia-
paralisia facial u nilateral o u bilateral), radiculone.urite motora o u tamente submetidas ao tratamento.
sensitiva, mononeu rite mú ltipla, ataxia cerebelar ou mielite.. O
exame do líquor pode. revelar pleodtose linfoótic.'l e nfveis eleva-
dos de proteína., com imunoglobuJinas oligodonais.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
As anomalias neurológicas agudas gemJmente. melhoram ou Na ausência de erupção cutânea, o diagnóstico da doença de
se. resolvem em semanas ou meses, mesmo em pacientes não Lyme pode ser diffàl. Ex.1mes laboratoriais de rotina não auxiliam
tratados. a con6rmaÇio do diagnóstico .
605
D ermato logia CHnica
SOROLOGIA. A soro logia é o ú nico auxílio laboratorial prático CULTURA E BIOPSIA. A cultura ou a visualização direta de B.
ao diagnóstico (Quadro 15-5). Os exames n ão são sensíveis d u- burgdorferi em amostras de paciente..'i é possível, mas difícil. Com
ran te as primeiras semanas de infecção; 20% a 300/o dos pacientes a coloração por prata de \'\'arthin··Starry, a espiroqueta foi obser-
apresentam respostas positivas nesse período, geralmente de isó- vada, geralmente na derme papilar, em 860/o das lesÕe.'i de eritema
tipo lgM_, mas até a convalescência, 2 a 4 semanas depois, aproxi· crônico m igratório.
madamente 700,4, a 800A, são soropo..'iitivos, mesmo após a an tibio-
ticoterapia. Após o tratam ento, os títulos de anticorpos lentam ente SUPERDIAGNÓSTICO DE DOENÇA DE LYME. Em áreas
diminuem, ma..-. as respostas de TgG, e até mes·m o de lgM, podem onde a doença causa m uita ansiedade.. paciente.'i e médicos fre-
persistir por m uitos anos. quentem ente atribuem casos clínicos à doença de Lyme. O diag·
O exame de uma única am ostra não discrimina a infecção nóstico incorreto pode levar à instituição da antibioticoterapia
prévia da atual. Devido ao acbado de resultados fulsos-positivos inadequada. A ansiedade acerca das possíveis manifestações tar-
mesmo en tre as populações saudáveis de áreas não endêmicas, a dias da doença de Lyme fez com que essa enfermidade se toma..'ise
sorologia é recomendada a pena..-. q uando o m édico estima que há u m "'diagnóstico de exdusãon em muitas áreas endêmicas. A apre-
uma chance em cinco de o paciente 。ー イ ・Nセョエ。イ@ doença de Lyme sentaç.1o de sintomas brandos a moderados após a instituição do
ativa. tratamento adequado e o d iagnóstico errôneo de fibromialgia e
O cultivo de B. b11rgdurjeri a partir de uma lesão cutânea ou de fudiga podem, de fonna incorreta, sugerir a persistência da ゥ ョ ヲ・」セ@
sangue é cara e não possui boa sensibilidade. ção, levando à instituição de u ma nova an tibioticoternpia. A
atenção à ansiedade dos pacientes e a maior consciência de...,'ies
Resultados falso-positivos. Títulos fulso-positivos em problem as musculoe.'iqueléticos após o término da terapia deve
ELISA são observados após sífilis, mo nonudeose infecciosa, feb re reduzir o tratamento de.'mecessário da doenç.'l de Lyme já rurada.
maruJosa das Montanhas Rochosas, artrite reumatoide e lúpus
eritematoso sistêmico e em 7o/o dos doadores nonnais de bancos SUBDIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE LYME. A maioria
de sangue. Os resultados sorológicos observados na sífilis cawmda dos s intomas da infecç.1o por B. burgdorferi não é patognomônica.
pelo Treponema pallidum (como a reagina ーャ。Nセゥュ£エ」@ rápida, Sintomas inesped6cos podem persistir por meses, mesmo após o
exame Venereal Disease Researcb l..1boratory [VDRL) ou e nsaios tratamento, e a resolução das características tardias da doença de
de micro-hemaglutinação) são geralmente negativos da doença Lyme pode levar meses a anos. O erite.ma em expansão do EM
de Lyme, mas, com frequência, o teste de absorç.1o de anticorpos pode ser similar ao observado em picadas de aranha. A radirulo-
anri-Treponema com fl uorescência é positivo (Quad ro 15-5). AJ. neuropatia é diagnosticada como hérnia de disco cervical. A me-
guns resultados falso-positivos podem ser decorrentes de infecções ningite linfoótica é erroneamente diagnosticada como meningite
su bdínicas anteriores por B. b!lrgdurferi (Fig. 15-33).
- -
Quadro 15-5 Processo em Duas Etapas do COC para
Detecção da Doença de lyme
1. O primeiro passo emprega um teste de ELISA ou lfl. Esses exa-
mes ウセッ@ muito sensiveis. Caso o ELISA ou a IA sejam negativos,
é altamente improvável que o indivíduo tenha a doença de
Lyme, e nenhum outro exame é recomendado. Caso o ELISA e
a lfl 。ー イ セ・ ョエ ・ュ@ resultado positivo ou indetenninado, uma se-
gunda etapa deve ser realizada para confirmar o d iagnóstico.
2. Segunda e tapa usa um teste de Westem blot, que é muito es-
pecífico para a doença de Lyme, o q ue significa que o resul-
tado apenas será positivo caso o indivíduo セエ・ ェ 。@ realmente in-
fectado. Caso o w・ウセ^_ュ@ blot seja negativo, sugere-se que o
primeiro エセ・@ foi um falso-positivo. Algumas vezes, dois tipos
de Westem b/otsao realizados. "lgM" e " lgG". Os ー。」ゥ・ョエセ@
que são positivos para lgM, mas não lgG. devem repetir o
exame após algumas semanas, caso ainda セエ・ェ。ュ@ doen tes.
Se os pacientes ainda forem positivos apenas para lgM e セエ・ᆳ
jam doentes há mais de 1 mês, é provável que esses イセオャエ。 ᄋ@
dos sejam falso-positivos.
o coe não recomenda o exame de sangue por Western blot sem
antes realizar o ELISA ou a IFI. dada a maior possibilidade de
achado de resultados falso-positivos. Tais resultados podem fazer
com que o paciente receba o tratamento para a doença de Lyme
sem estar acometido por ela e, consequentemente, não ser sub-
metido à terapia adequada para a causa real de sua enfermidade.
Figura 15-33 Borre/ia burgdorferi. A espiroqueta 8. burg-
•o coe recomenda a reahzaÇilo do processo em duas etapas em dorferi, transmitida por carrapatos, causa a d oença d e Lyme
exames de sangue para detecção da doença de Lyme. As duas (mostrada aqui à microscopia em fundo escuro).
etapas podem ser usadas com a mesma amostra de sangue.
606
lnrest.aç.ões e Mordeduras Capítulo 115 1
viral. A monoarttite pode ser diagnostica<ht como anrite reuma- DOENÇA ATIVA. O teste sorológico apresenta baixa sensibili-
toide aópica ou anrite séptica. Médicos de ártM endêmicas devem &de na fase inicial <h doença. A presença de eritema crônico
ter um alto índice de suspeita para essa doença que pode confun- migratório oferece a melhor oportuni<htde de diagnóstico. A anti-
dir e mimetizar tantas outras mfermidade$.. bioticoterapia agressiva pode ser instituída com base apenas ョセ@
achado clínico. As recomendações mais recentes estão listada.' na
Tabela.• 15-3 e 15-4.
TRATAMENTO
RISCO DE INFECÇÃO. o risco de aquisição de doença de ERITEMA CRÓNICO MIGRATÓRIO. A antibioticoterapia
Lyme após a p ica<ht de carrnpatos é de 3,2% em á reas onde a oral reduz a duração da erupção e, de modo geral, p revine o desen-
prevnlê nda da enfermidade é alt.1. Os campatos deve m ficar pelo volvimento de sequelas tardias. A dumçâo do tratamento é determi·
me nos parcialmente ingurgitados por sangue (ou sejn, devem se n ada pela resposta dínica.. Recidivas foram observadas com todos
olime.ntar por muitas horas) (Fig. 15-34) 。ョエ・セ@ da tnmsmis.o;ôo de os esquemas recomendados; os pacientes que as apresentam po-
B. lturgdorferi. O eriterna crônico migratório se desenvolve com dem necessitar de um segundo tratamento. Os esquema.-; terapê:uti·
maior fre.quência após picadas não trnt.1d.1s de ninfas do que de cos recomend.1dos s3o eficazes na prevenção de sequelas tardias em
carrapatos adultos fêmeas (8 de 142 pirndas )5,6%) """"O de 97 crianças; nm'OS episódios de eritema crônico migratório, porém,
pirndas )0%1) e, principalmente, após picadas de ninfas que se furam relatadm em 11 % dos indivfduos entre 1 e 4 anos de i<htde.
tomaram ao menos parcialmente ingwgitadas por sangue (8 de Outros estudos mostram que as principais manifestações tardia< <h
81 pirndas )9,9%1), em comparação a O de 59 pirndas de ninfas doença de Lyme s.'io raramente observadas após a instituição pre-
não alimentadas ou achatadas (O%). Entre os indivíduos picados coce <h antibioticoterapia adequa<ht (Tabela 15-4).
por ninfas de carrnpato, o risco de desenvolvimento de doença de
Lyme e.m de 25% caso o repa.•to tenha durado 72 horas ou mais REAÇÃO SIMILAR À DE JARISCH-HERXHEIMER. C.1-
e de 0% caso sua duração tenha sido menor. f'MID: l1450675 torze por cento dos pacientes, geralmente aqueles com a doença
mais grave,. apresentam intensificação dos sintomas durante as
primeiras 24 horns após o infcio do tratamento. eNセッ[。@ reação simi·
PROGNÓSTICO lar à de Jarisch-Herxh eimer (rnlafrio..'i intensos, mialgias, cefaleht,
O Quadro 15-6 apresen ta o resumo da ーイッァ ・ウセッ@ da doença de feb re, au mento da ヲイ・アオセョ、。@ c..u díaca e respiratória que perduro
Lyme não tratada. por horas e maior visibi li<htde da erupção cutânea) geralmente
ocorre poucas horas após n instituição do tratamento. Indepen-
ADMINISTRAÇÃO PROFILÁTICA DE DOXICICUNA. dentemente d o antibiótico administrado, quase metade dos pa-
Uma únirn dose de doxicidina, de 200 mg, administrada 72 ho- cientes apresenta compliações tardias de menor gravi<htde- epi-
ras após a picada do carrapato I. scapularú pode prevenir o desen- sódios recorrentes de letargia e cefaleia ou dor em articulações,
volvimento <h doença de Lyme (Quadro 15-7). A ansie<htde tendões, bursas ou músculos.
aarrn <h doença de Lyme pode ser o principal fator determinante
da decisão sobre a instituição da profilaxia. A educação dos pa· PREVENÇÃO
cientes acometidos por picadas de rnrrapato sobre o prognóstico
excelente da doença de Lyme, mesmo em caso de seu desenvolvi- Repelentes de carrapatos s3o divididos entre aqu eles aplicado.< na
ュ ・ョエッセ@ pode. se r uma ウッャオNセ@ melhor para a ansiedade do que a pele e os aplicados nas roupas. O repelente N,N-dietil-meta-to lua-
administmção de doxiciclina. mida (DEI!T), usado na p ele. re pele diversos insetos, induindo
Pode ser mzoável administrar doxicidin:t em indivíduos p ica·
.
dos por c. 'lrmpato..'i em áreas onde a incidência da doença de Lyme Quadro 15·7 Profilaxia da Doença de Lyme 1
"""",,. __... . """"'"'. . -- I
é alta e na presença de ninfa de carrapato de cervídeos ao menos
Uma única dose de doxiciclina pode ser administrada a pacientes
pardal mente ingurgitada por sangue. adultos (200 mg) e a aianças com, pelo menos, 8 anos de idade
(4 mglkg, até um máximo de 200 mg) na presença de todas as
drcunstâncias a seguir:
A erupç.\o se resolve em 3-4 semanas 1. O carrapato infestante pode ser identificado, com certeza,
como um adulto ou nonfa de /. scapularis, que, estima-se, te-
A anme セ@ comum; a artrite crônica e debi itante é rara.
nha pennaneodo em repasto por 36 horas, com base em seu
20% <100 apresentam marVfestaçoes subsequentes da doença de
ingurgitamento por sangue ou pelo conhecimento do tempo
Lyme.
de exposiçao.
18% apresentam a n ralgia, mas nao artrite; os sintomas duram de
2. A profilaxia pode ser 1niciada em até 72 horas após a イ・ュセッ@
1 mês a 6 anos (em média, 3 anos).
do carrapato.
5 I% apre5entam um ou mais episódios de artrite em 2 anos (em 3. A informaçao ecológiCa indica q ue a taxa local de infecção des-
média, 6 meses), mas nao desenvolvem sinovite crOnica; 50% ses carrapatos por 8. burgdorferi é de 20%. Nos Estados Uni-
apresentam acometimento do joelho. dos, a infecçao de 20% dos carrapatos por 8. burgdorferi é ob·
11% desenvolvem sinovite crônica em 4 anos (em méd1a, servada em partes da Nova Inglaterra, áreas dos estados da
12 meses); 8% apresentam acometimento do joelho. rf9iãO atlantica média e em regiões de Minnesota e Wisconsin.
2% têm necessidade pennanente das a rticulaçoes. 4. O tratamento com dox1ocl1na nao é contra indicado. (A doxici·
11 % desenvolvem anormalidades neurológicas. clina é relativamente contra1ndicada em gestantes e crianças
4% têm acometimento cardiáco. ....___
com menos de 8 anos de idade.)
Adaptado de AM lntem Med 107(5):725, 1987. PMIO· 3662285 De Oin lnfect Ois 43:1089-1134, 2006. PM/0: 17029130
607
Dermatologia Cllnica
Tabela 15-3 Esquemas Antimicrobianos Recomendados para o Tratamento de Pacientes com Doença de Lyme (ver a Tabela 15-4 para duração
da terapia)
Cefotaxima 2 g, por via intravenosa, a cada 8 horas§ QUセRP@ mglkg por dia, divididos em 3-4 doses
(no máximo, 6 9 por dia§
Penicilina G 18-24 milhões de unidades por dia, por 200.000-400.000 unidades por dia, por via intra-
via intravenosa divididas em administra- venosa, divididas em administrações a cada 4 h§
ções a cada 4 horas§ (não exceder 18-24 milhões de unidades ao dia)
"Embora uma dose maior, administrada 2 vezes ao dia, possa ser igualmente eficaz, devido à ausência de dados sobre a eficácia, a adminis-
tração 2 vezes ao dia não é recomendada.
'As tetraciclinas sao relativamente contraindicadas em gestantes ou mulheres em lactação e em crianças< 8 anos de idade.
'Oada sua menor eficácia, os macrolídeos sâo reservados a pacientes que nao podem receber tetraciclinas, penidlinas e cefalosporinas ou
ainda sao intolerantes a essas drogas.
§A dose deve ser reduzida em pacientes com diminuiçao da função renal.
De lnfectious Diseases Society of America (IDSA): Guidelines for Lyme disease 2006, C/in lnfect Ois 43:1089-1134, 2006. PMID: 17029130
.1
608
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
Doença tardia
Artrite sem doença neurológica Tratamento orafc 28
Artrite recorrente após tratamento por via oral Tratamento oral11·' 28
Tratamento parenteral 11
·' 14 (14-28)
Artrite refratária a antibióticosi Terapia sintomáticai -
Doença do sistema nervoso central ou do Tratamento parenteral' 14 (14-28)
periférico
Acroderrnatite crônica atrofiante crônica Tratamento oralc 14 (14-28)
Síndrome pós-doença de Lyme Considere e avalie outras possíveis causas de sintomas; se -
nada for encontrado, administre a terapia sintomática•
·NoTA: Independente da manifestação clínica da doença de Lyrne, a resposta completa ao tratamento pode ser retardada para além da dura-
ção da administração. Recidivas podem ser observadas em qualquer um desses esquemas; pacientes que apresentem sinais objetivos de re-
cidiva podem necessitar de um segundo período de tratamento.
11Ver texto.
•uma dose única de doxiciclina pode ser administrada a pacientes adultos e crianças com idade igual ou superior a 8 anos na presença de to-
das as circunstâncias a seguir: (1) o carrapato aderido pode ser identificado, com certeza, como adulto ou ninfa de lxodes scapularis, comes-
timativa de repasto de 36 horas ou mais, baseada no grau de ingurgitamento do carrapato por sangue ou conhecimento do tempo de ex-
posição ao artrópode; (2) a profilaxia pode ser iniciada em até 72 horas após a remoção do carrapato; (3) a informação ecológica indica que a
taxa de infecção local desses carrapatos por Borre/ia burgdorferi é maior ou igual a 20%; e (4) a administração de doxiciclina não é contrain-
dicada. Para os pacientes que não preenchem esses critérios, recomenda-se a observação.
'Ver a Tabela 15-3.
"Em pacientes adultos intolerantes à amoxicilina, doxiciclina e cefuroxima axetil, a azitromicina (500 mg, por via oral, por dia, por 7 a 10 dias),
a claritromicina (500 mg, por via oral, 2 vezes ao dia, por 14 a 21 dias, caso a paciente não esteja grávida} ou a eritromicina (500 mg, por via
oral, 4 vezes ao dia, por 14 a 21 dias) pode ser administrada. Para crianças, as doses recomendadas desses agentes são as seguintes: azitro-
micina, 1O mg/kg por dia (no máximo, 500 mg por dia); claritromicina, 7,5 mglkg, 2 vezes ao dia (no máximo, 500 mg por dose); e eritromic-
ina, 12,5 mglkg, 4 vezes ao dia (no máximo, 500 mg por dia). Os pacientes submetidos ao tratamento com macrolídeos devem ser cui-
dadosamente observados, garantindo a resolução das manifestações clínicas.
'Quando a doxiciclina é utilizada, o tratamento por dez dias é eficaz; com outras drogas de primeira linha, a eficácia de esquemas terapéuti-
cos de 10 dias de duração é desconhecida.
' Em pacientes adultas não gestantes intolerantes a agentes betalactâmicos, a administração de doxiciclina (200 a 400 mg/dia, por via oral [ou
intravenosa. caso a paciente não possa receber medicamentos orais]), em duas doses divididas, pode ser adequada. Em crianças com idade
igual ou superior a 8 anos, a dosagem de doxiciclina para essa indicação é de 4 a 8 mglkg por dia, em duas doses divididas (dose máxima
diária de 200 a 400 mg).
•Ver texto. Pacientes que não apresentam evidências clínicas de meningite podem ser submetidos ao tratamento por via oral. A terapia anti-
biótica parenteral é recomendada a pacientes com evidências clínicas e laboratoriais de meningite coexistente. A maior parte da experiência
com o uso da antibioticoterapia oral é em pacientes com paralisia do sétimo nervo craniano. Nilo se sabe se o tratamento oral é eficaz em
pacientes que apresentam outras neuropatias cranianas. A decisão entre a terapia antimicrobiana oral e parenteral em pacientes com outras
neuropatias cranianas deve ser individualizada.
hUm esquema antibiótico parenteral é recomendado no início da terapia em pacientes que foram hospitalizados para monitoramento
cardíaco; o tratamento oral pode ser usado em substituição, para completar a terapia ou tratar pacientes ambulatoriais. A colocação de um
marca-passo temporário pode ser necessária em pacientes com bloqueio cardíaco avançado.
;A artrite refratária a antibióticos associada à doença de Lyme é operacionalmente dtrlinida como sinovite persistente por. no mínimo, 2 meses
após o término da administração intravenosa de ceftriaxona (ou após o término de dois tratamentos de 4 semanas de duração com antibióti-
cos administrados por via oral a pacientes intolerantes a cefalosporinas). Além disso, a PCR de amostras de fluido sinovial (e amostras de
tecido sinovial, se disponíveis) é negativa para ácidos nucleicos de B. burgdorferi.
iA terapia sintomática pode ser composta por agentes anti-inflamatórios não esteroidais, injeções intra-articulares de corticosteroides, ou ou-
tros medicamentos; a consulta com um reumatologista é recomendada. Caso a sinovite persistente esteja associada à dor significativa ou li-
mite a função, a sinevectomia atroscópica pode reduzir a duração da inflamação articular.
De lnfectious Diseases Society of America (IDSA): Guidelines for Lyme disease 2006, C/in Jnfecr Dis 43:1089-1 134, 2006. PM/0: 17029130
609
Dermato logia Cllnica
carrapatos. O spray de permetrina, aplicado nas roupas, parece ser res da FMMR, mas os p rimários são o carrapato am erican o de
u m repelen te de carrapatos seguro e eficaz. É especialmente im- cãe.-., Dennacentor variabilis, no leste dos fNセエ。、ッウ@ Unido..'\, e o car-
portan te detectar e remover os carrapatos assim que possível, já rapato da madeira das Monta nhas Rochosas, Dennacentor t.mder-
que a transmissão da B. burdoiferi é improvável caso o inseto seja sottí, no oeste do país. Nos F...-.tados Unidos, a maioria dos caso..'\ é
removido em até 48 horas. observada n os estados do leste, como Tenn essee e Caro lina do
Norte. Adultos de ambas as espécies de carrapatos se alimentam
VACINA PARA DOENÇA DE LYME. A vacina human a re- de diversos mamíferos de porte médio a grande e de humanos. Os
combinante de proteína de superfície externa (LYMErix'", Smi- carrapatos são geralmen te trazidos ao con tato humano por cães e
thKiine Beecham ) foi licenciada em 1998, para uso em ind iví- gatos de estimação (carrapatos de cães também podem fazer o
du os de 15 a 70 anos de idade, que vivem o u trabalha m em áreas repasto em gatos).
de risco moderado a alto. A vacina foi retirada do m ercado por
falta de uso.
incdセa@
Febre maculosa e não maculosa das A maior incidência da doen ça é observada na faixa et.iria e ntre 5
e 9 ano..'\. Nos Estados Unidos, 95<>/b dos pacientes relatam o apa-
Montanhas Rochosas
recimento da doença entre J..o de abril e 30 de setembro, o período
O nome febre maculos.• das Montan has Rochosas (FMMR) foi e m qu e os carrapatos são mais ativos.
cunh ado para descrever a doença primeiramente observada em Bitter
Root \'.Jlley, a oeste do estado de Montana, nos Estados Unidos.
PATOLOGIA
Naquele país, a doença é observada em mu itas áreas (Fig. J5.35).
Quatro estados norte.american os (Carolina do Norte, Oklahoma, A Ríckettsia infect.1 o endotélio e a parede dos vasos, mas n ão o te-
Thnnes.<;ee e C.•rolina do Sul) s.'ío respons.Weis por 48% dos casos cido cerebral. A FMMR é uma infecção cau.'iada por riqu étsias pri·
relatados. mariam ente de células e ndoteliais, que normalmente ap resentam
potente função anticoagulan te. Devido à infecção e lesão de células
endoteliais, o sistema hemostátioo apresen ta alterações bastante
RICKETTSIA R/CKETTS/1 E CARRAPATOS variáveis, de u ma redu ção discreta no nú mero de plaquetas (fre-
A febre maculosa das Montanhas Rochosas (FMMR) é causada q uentemente observada) a coagulopatias graves, como a trombose
por R. rickettsii e transmitida por picadas de carrapatos. A-. riq uét- de veias profundas e a coagulaç.'ío intrav.Jscular dis,;eminada ( ram).
sias são liberadas pelas glândulas salivares dos carrapatos duran te Após as picadas de carrnpatos, O.'\ micro-organismos se 、ゥ ウNセ ゥ ョ。ュ@
as 6 a 10 horas em que ・ウNセ@ inseto..-. ficam presos ao hospedeiro. pela corrente sanguínea e se mu ltip licam em células do endotéJio
Nem to das as espécies de carrapatos são vetores eficazes de vasrular, geran do manifest.1ções multissistêmicas. Os efeito.'\ da in -
Rickettsia e, mesmo nas espécies vetoras, nem todos os carrapatos fecção disseminada das células endoteliais incluem aumento da
estão infectados. De modo geral, apenas 1<>;b a 5% dos carrapatos permeabilidade vasa..tlar, edema, hipovolemia, hipotensão, azote-
vetores de uma determinada área estão infect.1dos. D iversos carra- mia pré-renal e, e m casos com risco de morte, edema pu lm o nar,
patos vetores podem transmitir os m icro-organismos transmisso- choque, necrose tubular aguda e meningoencefalite.
Do
• 0.1-Q.9
D 1.CHI.9
0 10.Q-14.9
o 15.0 +
Figura 15-35
610
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
Figura 15-36 A distribuição clássica das erupções cutâneas nas palmas das mãos (mostrada aqui)
e nas plantas dos pés é observada em uma fase relativamente tardia da doença. Alguns relatos do-
cumentam que 36% a 80% dos pacientes com FMMR não apresentam a distribuição clássica das
erupções cutâneas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.
Figura 15-37 A característica erupção em petéquias aco- Figura 15-38 Erupção generalizada em petéquias, acome-
mete as palmas das mãos e as plantas dos pés em até 50% a tendo toda a superfície cutânea, incluindo as palmas das
80% dos pacientes. 10% a 15% dos pacientes não desenvol- mãos e as plantas dos pés.
vem erupções cutâneas.
611
Dermatologia CHnica
612
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
jovens. Nos casos em q ue o diagnóstico é incerto, a instituiç.;o da provoca paralisia bulbar, insuficiência respiratória e m orte. A..*i
terapia empírica com cloranfenkol pode ser indicada. crianças podem apresentar inquietação, irritabilidade e mal-estar.
O paciente se queixa de fadiga, initabilidade e parestesia em
membros inferio res, seguidas por perda de coordenação e parali·
PROGNÓSTICO
sia ascendente em 24 horas. Nos t':.\'tágios iniciais, não há dor ou
Pacientes com FMMR subm etidos à terapia espt!áfica em até 5 feb re. A morte por insuficiência respiratória pode ocorrer caso o
dias após o aparecimen to dos sintomas 。ー イ・Nセョエ。 。ュ@ menor carrapato não seja observado e removido. A recuperação é obser-
mortalidade do que aquele.-. em qu e o tratam ento foi iniciado vada 24 horas após a remoç."io do inseto.
após es..'ie período. Os preditore.-. da falha médica em iniciar a te- No.-. Estados U nidos e no Canadá, as espécies mais frequen te·
rapia à primeira consulta foram a ausência de erupção cutânea e mente 。Nセウッ」ゥ、@ à paralisia por picada de carrapato são o carrn·
o atendimento nos primeiros 3 d ias de doença. Em casos graves, pato da madei ra das Montanhas Rochosas (D. andersani) e o car-
o manejo de 8uido é desafiador. mpato americano de cães (D. variabilis). Na América do Norte, a
maioria dos casos ocorre entre abri l e junho, quando carrapatos
Paralisia por picada de carrapato Dern1acentor adultos emergem da hibernação e buscam ativa·
mente seu.-. hospedeiros.
A paralisia por picada de carrapato é uma doença rnrn, 」。イエ・ゥ セ@
zada por uma paralisia flácida, aguda e ascendente, frequen te-
mente confundida com outros distúrbios neurológicos agudos (p.
Remoção de carrapatos
ex., síndrome de Cuillain-Barré ou botulismo). U ma ferram enta plástica simples, denominada TICKED OFF"', re-
A paralisia por pirnda de aurapato é provavelmente resultante move carrapatos, incluindo seu aparelho bucal (Fig. 15-39 ). Os
da presenç.a de uma neurotoxina na saliva do carrapato, injetada carrapato.-. embebidos são removidos completamente, em um
durante o repasto do inseto. A doença é mais comum em crianç.as, único movimento, enquanto a concavidade contém o inseto até
principalmente meninas com cabelos longos e espessos. O can a· seu descarte. A ferramenta pode ser usada em qualq uer direção,
pato, que se esconde no couro cabeludo, na virilha o u em o utras removendo os carmpatos de fi-ente, oostas ou lados. OTICKED OFP"
áreas insuspeitas, deve ficar no hospedeiro por 5 a 7 d ias ante.-. do é seguro na vertical A aplicação de uma pequena pressão para
aparecim ento dos sintomas. De modo geral, a doença começa baixo empurra a ferram enta para frente, de modo a cercar o can a.
com fraqueza nos m embros inferio res, progredindo em horas pato em três lados, prendendo-o à porção menor do "V". O desli-
para q uedas e incoordenaçâo devido à fraqueza ュ オ Zセ」オャ。イN@ Em zar continuo libera o carrapato. Atualmente, essas ferram entas
seguida, a fraqueza de netvos cranianos, com disartria e d isfagia, baratas são facilmente encontradas.
Carrapatos ixodídeos são diffceis de remover, po rq ue seu apa-
relho bucal fica grudado à pele. A remoção mecinica pode ou não
remover o cimento que liga o inseto à pele. Caso o cimento1 o u
material "céreo", não esteja ligado ao aparelho bucal após a remo-
ção1 ainda est.i na pele1 e deve ser removido para impedir irritação
e infecção subsequentes. Os carrapatos continuam a salivar após
a extração e devem ser descartados imediatamente. Em um es-
tudo, a aplicação de vaselina1 esmahe de オョ ィ 。ウセ@ álcool isopropí-
lico ou fósforos em brasa não induziu a libernç."io do carrapato.
Objetos quentes podem fazer o carrapato salivar o u regurgitar
8uidos infect.1dos na ferida.
......... '·
ᄋ M M ᄋ セM
Os carrapatos não devem ser removidos através de contato menta de volume dos linfonodos nas proximidades do local de
digital direto, dado o perigo de contrair a infecção por riquétsia. entrada do patógeno. Em 5% a 13% dos casos, • doe.nç.1 t mais
Os carrapatos Dmna<rnror são removidos através da delirnda tra- grave, incluindo hepatite, síndrome oruloglandular de Parinaud.
ção firme e constante; seu aparelho bucal gaalmente se separa da complicações neurológicas ou retinite estrelada. Em pacientes
pele, ma.• ainda está ligado ao inseto. O lxodes dammini rara.mente imunocomprometidos, a B. hms.lae é responsá,oeJ pela angioma-
pode ser removido intaao atravb da extração manuaL Quando tose baálar, pela hepatite e esplenite peliosa bacilar, 「。」エセュゥ@
liberado, seu aparelho bucal permanece abaixo da supetficie cutâ- aguda e: recidivante ou e:ndocardite..
nea As panes residuais podem ser contidas. causando poucos
danos, ou produzir irritaç.\o aõnica ou estimular uma reação de BARTONELLA HENSELAE
corpo estranho, resultando na formação de um nódulo denomi-
nado granuloma por picad.1 de carrapato (Fíg. I S-40). A torção ou O agente causador é o bacilo pleomórfico, Cram-nqativo, Barto-
puxão do carrapato durante a remoç3o pode romper o aparelho nella (anteriormente, Rochalimaea) hmsdae, transmitido por gatos.
bucaL A manipulação do corpo do carrapato pode levar ao escape Os gatos são carre:adores saudáveis e assintomáticos, podendo
de fluido.• infecciosos, que entram na pele do hospedeiro ou do apresmtar bacteremia por meses ou anos. A B. hms.lat pode ser
individuo que está fazendo a セュッ ̄ N@ O corpo do inseto tam- transmitida entre os ァ。エッNセ@ através de pulgas. Aproximadamente
bém não deve ser 。ー・ョ、ッ セ@ pois Auidos adicionais podem ser 10% a 16% dos gatos domésticos e 33% a 50% dos gatos de rua
injetados na pele. carreiam essa bactéria no sa.ngue. A ocorrência desta doença é
mais provável em gatos doméstiros de menos de 1 ano de idade
infestados por pulgas.
DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO E
ENFERMIDADES RELACIONADAS Manifestações clínicas
A doença d.1 arrnnh:H;Iura elo gato é causada pelo micr<H>rganismo Em um estudo1 o local de inoculaçfio primário foi observado em
BartotwUa hemelae. Nos E'1ados Unidos, cerco de 22.000 casos de 93% dos casos. Uma mácula ve.nne:lha surge no loCill de c:ont."'to
doença da ammhadurôl do gato são observado.'\ a cada ano. e se desenvolve em uma pápula não pruriginosn (pic..ndas de in..
A doença da ilmtnhadurn do gato é geralmente benigna e au· seto ooçam1 mas pápul:t da doença da :uranhadura do gato, ョセッIL@
tolimit.·mte. O contato com JÇ.1tos é dorumentado em 99% dos 3 a 5 dias após a exposição ao gato; mais tarde, a pápula evolui
casos e, na maioria deles, o animal é ェッカ・ュ セ@ A doença da arranha- para uma vesícula preenchida por fluido e.1éril. A progressão da
dura do gato não é futilmente adquirida. Geralmente, apenas um pápula em vesícula e crosta leva de 2 a 3 dias ( Fig. 1 5-41 ).
membro da família é 。ヲ・エ、ッ セ@ e os adultos raramente apresentam A linfuadenopatia regional é obsew.lda em I a 2 semanas. A
sintomas, mesmo quando todos s:io expostos ao mesmo animal. localização da linfoadenopatia depende do ャ ッ」[セャ@ de inoculação,
A baaéria é transmitida aos humanos através de arranhões ou sendo mais comumente observada na axila, no pe;coç.o, na mandf..
mordeduras. Os gatoS não precisam arranhar para transmitir a bula e na virilha A pápula pode pa.«.1r despercebida ou ser atribuída
doença. Em pacientes imunocompetentes, a bactéria é イ・ウーッョ£ セ@ a lesões, e a linfuadenopatia pode não ser ョッセ[、。 N@ A lwo persiste
veJ pela doença da arranhadura do gato, caracterizada pelo au- por I a 3 SeJllanas, com algumas persistindo por att 3 meses, e
termina com a formação de uma dcatriz similar à da cau:pora. O
aumento de volume de linfonodos pode persistir por meses, com
resolução gradual. Em 12% dos Cll"'-\ os linfunodos sofrem ne-
crose fucaJ em S semanas. Considere a possibilidade de doença da
arranhadura do gato em adultos que apresentam linfoadenopatia
crônica e são proprietários desses animais (Quadro 15-8).
A maioria dos pacientes apresenta sintomas brandos de: dor
generalizada, mal-estar e anorexia. A temperatura cotp6rea geral-
mente é nonnaJ, mas, em cerca de 33% dos 」。セ@ fica aóma de
39•c. A inoculação nas pálpebras ou próxima a elas provoca
conjuntivite palpebral não dolorrnca, linfoad.,nopatia pn!-auricular
614
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
e feb re, caracterizando a variante mais comum da doença da arra- angiomato..-.os múltiplo.-. e amplamente distribuídos, similares ao
nhadura do gato (a síndrome oculoglandular de Parinaud). sarcoma de Kaposi, acompanhado.-. por sintomas da doença da ar-
Doenças sistêmica..-. graves - incluindo hepatoesplenomega- ranhadura do gato sistêmica, fo ram primeiramente relatados em
lia, lesõe.-. o.rteolíticas, abscessos e grnnulomas esplênicos, massas pacientes aoometidos pela síndrome de imunode6ciência adqui-
mediastinais, encefalopatia e neurorretinite - são incomuns. rida (AIDS). Existem três lesões camcterísticas: pápula.s granuloma-
tosas granuloma piogénico-símile (Fig. 15-42), placas eritematosas
MANIFESTAÇÕES OFTÁLMICAS. As manifestações oftálmicas indumdas e nódulos subcutâneos. Es.sas lesões podem ter entre 1 mm
da bartonelooe podem ser observadas em até 13% dos pacientes com e vários centímetros de diâmetro e ser dolorosas. A.o:. pápulas granu-
a doença da arranhadura do gato sistêmica, incluindo a síndrome loma piogênico-símile sangram com fucilidade. Ao:. lesões cutâneas
oculoglandular de Parinaud: conjuntivite granulomatosa acompa- e parenquimatosas podem também ser obsetvadas em pacientes
nhada por linfoadenopatia pré-auriruJar, neurorretinite e coriorretinite imunocomprometido..-., como receptores de transplantes cardíaoos
focal. A maioria dos pacientes se recupera sem sequelas. e renais. Indivíduos imunocompetentes também podem desenvol-
ver a angiomatose bacilar rutânea. O diagnóstico é frequentemente
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS. Um estudo de grande baseado apenas nos achados histológicos. O hemangioma capilar
porte caracterizou as complicações neurológica.-. da doença da arrn- lobular (granuloma piogénico comum) não está as..aciado à infec-
nhadum do gato. A encefàlopatia foi obseiWda em 80% dos pa- ção por Bartonella spp. PMID: 16310070
dentes; 20o/o apresentaram acometimento de netvos cranianos e Com base em relatos de casos e pequenas séries, a eritromicina
periféricos, com paresia de nervos faciais, neurorretinite ou neurite (500 mg, 4 vezes ao dia) e doxicidina (100 mg, 2 veze.s ao dia)
periférica. A idade média do_s pacientes acometidos pela encefàlo- parecem ser eficazes. A durnç.;o do tratamento inicial deve ser de
patia foi de 10,6 ano.• (variando de 1 a 66 ano_s). Quase 2 vezes no mínimo 4 semanas. Nas recidivas, a reinstituição do trata-
mais pacientes do sexo masrulino que do sexo feminino foram mento por mais tempo (diversos meses) deve ser aventada até o
afetado..-.. Cinquenta por cento dos pacientes não apresentaram fe. retomo da imunocompetência. Rifampina, trimetoprima-sulfa-
bre; apenas 2(-)0A, tiveram febre adma de 39 ° C. Convulsões foram metoxazol e ciprofloxacino também podem ser efirnzes.
obsetvadas em 460A, dos pacientes e comportamentos combativos
em 400/o. A letargia, com ou sem coma, foi aoompanhada por sinais
Diagnóstico da doença da arranhadura
neurológicos variáveis. Os resultados de exames laboratoriais, in-
duindo técnicas de diagnóstico por imagem do SNC, foram incon-
do gato
sistente.-. e não diagnósticos. Todos o.-. pacientes se recuperaram em O diagnóstico pode ser estabelecido pelo achado de uma lesão
12 meses; em 78%, a rerupernção se deu entre a 1 a e a 12a sema- primária, acompanhada por linfoadenopatia e histórico de expo-
nas. Não houve sequelas neurológicas. O tratamento consistiu em sição íntima a gatos. Na p resença des...as condições, a biopsia de
controle das convulsões e medidas de suporte. linfonodo pode não ser neces.o:.ária.
O diagnóstico sorológico, usando métodos de imunofluores-
cência indireta (!FI), é baseado no achado de títulos elevados de
Angiomatose bacilar
TgM Hセ@ 1 :20) ou TgG Hセ@ 1:256) ou em uma elevação de quatro
A angiomatose bacilar é uma doença vascular proliferativa mais vezes nos títulos de TgG entre soros obtidos na fa..-.e aguda e de
comumente associada à infecção prolongada pelo vírus da imu- convalescença da doenç.·t.
node6ciênda humana (H IV) ou outras imunossupressões signi-
6cativns. Observa-se febre prolongada, artralgia, perda de peso e
OS ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS EM
esplenomegaJia, com duração de 2 ou mais semanas. Nódulos
LINFONODOS VARIAM COM O PASSAR DO
TEMPO
A coloração por prata de w。イエィゥョ セ セエ。イケ@de amostms de linfono-
dos e da pele no local primário de inoculação mostra pequenos
bacilo..-. pleomór6cos. fN⦅セ・ウ@ bacilos, Grnm-negativos, são encon-
trados no interior das células e são mais abundantes em áreas de
necrose de pele e linfonodo..-.. A presença de lesões primárias deve
ser ruidadosamente verifirnda em pacientes jovens com linfoade-
nopatia unilaternl Pode ser similar a um inchaço ou uma espi-
nha, ficando e."Kondida no couro cabeJudo, no lóbulo do pavi-
lhão aurirular ou entre os dedo..-..
O bacilo pode crescer em rultura, mas isso não é rotineira-
mente realizado. O diagnóstioo diferencial inclui a doença mico-
bacteriana não tuberculosa.
Tratamento
Em ho..-.pedeiros nonnais, a maioria do..-. casos não requer a admi-
Figura 15-42 Angiomatose bacilar. A lesão característica é nistração de antibióticos. Por outro lado, em pacientes imuno-
uma páp ula de coloração vermelho-arroxeada de cerca de 0,5 comprometidos, ・ウNセ@ infecções são tratadas, com sucesso, com
a 1 em de diâmetro.
615
Dermatologia CHn ica
61 6
Infestações e Mordeduras Capítulo 115 1
acometer tendões, vasos ou nervos lacerados; ・ウエュ、イセZ@ a cavida- rido há mais de 6 a 12 horas, em caso de lesões nos braços e nas
des corpóreas; ou penetrar espaços 。イエゥ」オャ・セ N@ As culturas obódas pernas, ou 12 a 24 horas, em ca.'IO de mordidas no rosto.
no momento da lesão são de pouco valor, pois n3o podem prever lacerações faáais provocadas por mordeduras de cães ou gatos
o desenvolvimento de infecção ou, caso esu seja observada, quais são quase sempre fedtadas. O material estranbo acumulado em
patógenos são responsáveis por ela. uma ferida contaminada aumenta o risco de infecção. Portanto,
A irrigação 」ッーゥセ@ sob aJta pressão, diminui de modo signi- as suturas subrutãneas de-vn ser u.<adas com cautela. Após 72
ficativo :t concentração de bactérias n as feridas contaminadas. horas, considere a reavalia('.ão das feridas qu e, inicialmente, for.:tm
A irrigllção da ferida diminui o risco de infecçao. Feridas Jace- deixadas abertas para detenninM se: o fechamento primário tard io
rr,das são copiosamente irrigadas com soro fisiológico estéri I. As é in dicado.
lesões por puntura são irrigadas com soro fisiológico normal e m
uma seringa de 20 ml, com u ma agulha de calibre 18, usada como ANTIBIÓTICOS
jato de alta pressão. Os antibióticos n5o são administrados de fo rma rotineira. Morde..
Em mordeduras humanas, o teddo desvitalizado predispõe à duras de baixo risco, penetrnndo apenas a epiderme e não envol·
ocorrência de infecções. A eliminação do tecido desvit.,lizado vendo mãos, pés ou a pele sobreposta a articulações ou estrutums
crostoso, por meio do desbridameoto das bordas da ferida, é es- 」。イエゥャァョッセ@ não requerem a instituição de antibioticotcrnpia
sencial para o controle de infecções e para garanór um bom resul-
oraL PMID: 147248n Antibióticos orais são recomeodados em
tado após a reconstrução árúrgica. punturas profundas (principalmeote se causadas por gatos) e que
requerem reparo ónírgico, ferida.oc nas mãos ou próximas a ossos,
IMUNIZAÇÃO PARA TÉTANO E RAIVA todas as lesões moderadas a graves, lesões por compressão e feri-
das que podem ter penetrado uma aróculação. As mordeduras de
A imunoglobuJina tetânica e o toxoide tetânico devem ser admi-
gatos são, com frequência, mais graves, com maior proporção de
nistr:tdos aos pacientes que já foram submetidos a du3s ou menos
desenvolvimento de osteomie.lite e artrite séptica. A terapia em-
imuniznç.()es primárias. O toxoide tetânico, ゥウッャZセ、。ュ ・N ョエ ・L@ pode pírica instituída em casos de mordeduras de cães e gatos é indi-
ser administmdo aos indivíduos que completaram a imuniz.1ção
cada contra a Pasteurella, est.reptoc.ocos, ・Nセエ。V Q ッ」ウ@ e anaeró-
primária., mas não receberam reforço nos últimos 5 anos.
bios. As espécies d e P4SteureUa são normalmente suscetíveis n
A mordedura de q uaJquer mamífero pode transmitir a raiva.
ampidlina, penici li na, cefalosporinas de segunda e terceira gera·
N1 mordedura\ de rato têm ri.'KO mínimo de transmissão d3 doença.
ções, doxidclina1 trimetoprima-sulfametoxazol, fluoroquinolo..
A li mpeza cL1 mordedura com sabão é tão eficaz quanto o オAセッ@ de nas, daritromióna. e azitromicina. Os antibióticos geralmente
compostos de amônia qu aternária na redução do risco de trans- usados em infecções rotineiras da pele e do tecido subrutâneo,
ュゥウNセッ@ de raiva. como as peniólinas antiest.1filocócicas, as cefalosporina.s de
A profilaxia da raiva é indicada após mordeduras de animais
primeira geração, a dincbmiàna e a eritromicina, são menos
carnívoros sil..,.tres (gambás, guaxinins), morcegos e cães e gatos
aóvos contra p。ウイョセャ N@
dombticos não vaánados. A vacinação é ーイッVjセゥ」。L@ não terapêu- O tratamento empírico de mordeduras provocadas por cães ou
tica. Após o aparecimento de sinais de raiva, a sobrevida é rara. gatos é similar (Thbela 15-5). Mordeduras de gatos apresentam
Todos os animais que se oomportam de fonna silvestre ou e.r- maior prevalênáa de anaeróbios e Pastnre/la multocidn. A admi-
n\tica devem ser sacrificados, para qu e seus cérebros pos.\am ser
nistração oral de amoxidlina-clavulonato é o tratamento de pri-
awliados para detecção da raiva. Cães, gatos e furões de aparênàa
meira linha recomendado. Agentes orais alternativos incluem
saudável devem ser mantidos em q uarentena por 10 dias, e sacri-
doxicidina ou penidlina VK 。セッ」ゥ、@ à dicloxadlina. Outrns
ficados caso sinais da doe nça sejam observados. A profi laxia da opções, incluindo fluoroC[uinolonns, trimetoprima-sulfum etoxn-
raiva é indicnda caso exames laborato riais con firmem n infecção zol e cefuroxima, podem requerer n administração de agentes
no animal sacrificado o u caso o animal não tenha sido capturado.
ativos contra an aeróbios, como metronidazol o u d indamicina. As
Os pacientes que não foram previamente imunizados devem cefalosporinas de primeira geraç.ão - como a cefaJexina, as peni·
receber a vacina contra a raiva humana {uma série de cinco doses,
cilinas イ・ウゥエョセ@ penicilases (p. ex., didoxacilina), os macrolí-
adminiwad.>S por via intramuscular na área do deltoide) e a imu-
deos {p. ex., uittomidna) e a dindamicina - apresentam baixa
noglobulina anórrábica (20 unidades intemacionai$/ kg de peso atividade ín virro contra P. multocidn, devendo ser evitados.
corpóreo, por via intramuscular, em um local distante do usado
Opções intravenosas, como a 」・ヲオイ。クゥュセ@ a ceftriaxona c a
na admini$tração da vacina). A pro61axia da raiva t recomendada cefotaxima, podem ser usadas, ma• requererem a adição de uma
após a exposição a morcegos em locais confinados. prinápal-
droga aóva contra anaeróbicos.
mcnte em crianças, mesmo na au.sênda de. mordeduras カゥウ■・セN@ Mulberes grávidas e crianças alérgicas à peniálina são tratadas
com macrolídeos (p. ex., azitramicina, 250 a 500 mg por dia, to-
QUANDO SUTURAR UMA FERIDA POR dos os dias, o u te.litromid na, 400 mg, 2 comprimidos por via oral
MORDEDURA por dia). Há risco de insuw..<W terapêutico d urante o u."'o de.o;ses
medicamentos. A duraç.So do trnt..1mento é variável, con fonne n
O p reparo da ferid.' com irrigação e d esbridamen to do tecido gravidade da lesão e a presença de infecção. Celulite e abscessos
desvitalizado é. essencial para o sucesso. As feridas devem ser irri- são tratados por 5 a 10 di<ts. As feridas moderadas a grave.oç, caU."-tl·
gadas e deixad..s abertas caso tenham sido provocadas por punru- das por compressão ou que apresentam edema, nas mãos ou
ms e não por lacerações, não apresentem tendência a provocar próximas a ossos ou 。イエゥ」オ ャ 。セL@ ou ainda em hospedeiros imu-
desfiguração, tenham sido feitas por humanos, acometam braços nocomprometidos. devan ser tratadas, •profilaticamente•, com 3
e pernas (principa.lmeote as mãos) e não a face. ou tenham ocor- a 5 dias de te.rapia antimiaobiana.
617
Dermatologia Cllnica
Tabela 15-5 Tratamento Recomendado para Infecções Após Mordeduras Humanas ou de Animais•
Mordedura de animal
Amoxicilina/Ciavulanato 500-875 mg, 2 vezes ao diat - Alguns bacilos Gram-negativos sao resistentes;
nao é eiicaz contra SARM
Ampicilina-sulbactam - 1,5-3,0 g a cada Alguns bacilos Gram-negativos sao resistentes;
6-8 h nao é eiicaz contra SARM
Piperacilina/ tazobactam - 3,37 g a cada 6-8 h
Carbapenem Nao é eficaz contra SARM
Ertapenem - 1 g por dia
lmipenem - 1gacada6-8 h
Meropenem - 1gacada8 h
Ooxiciclina 100 mg, 2 vezes ao dia - Excelente atividade contra Pasteurel/a
multocida; alguns estreptococos são resistentes
Penicilina 500 mg, 4 vezes ao dia -
mais
Dicloxacilina 500 mg, 4 vezes ao dia
TMP-SMZ 160-800 mg, 2 vezes ao dia - Boa atividade contra aeróbicos; baixa atividade
contra anaeróbicos
Metronidazol 250-500 mg, 4 vezes ao dia - Boa atividade contra aeróbicos; nenhuma ativi-
dade contra anaeróbicos
Clindamicina 300 mg, 3 vezes ao dia - Boa atividade contra estafilococos. estreptococos
e anaeróbicos; nao é eficaz contra P. multocida
Cefalosporina de primeira Boa atividade contra estafilococos e
geração estreptococos; não é eficaz contra P. multocida
e anaeróbicos
Cefalexina 500 mg, 3 vezes ao dia -
Cefazolina - 1gacada8 h
Cefalosporina de segunda Boa atividade contra P. multocida; nao é eiicaz
geração contra anaeróbicos
Cefuroxime 500 mg, 2 vezes ao dia 1 g por dia
Cefoxitin - 1gacada6-8 h
Cefalosporina de terceira
geração
Ceftriaxona - 1gacada 12 h
Cefotaxima - 2gacada6 h
Fluoroquinolonast Boa atividade contra P. multocida; nao é eiicaz
contra SARM e anaeróbicos
Ciprofloxacino 500-750 mg, 2 vezes ao dia 400 mg, a cada 12 h
Gatifloxacino 400 mg por dia -
Moxifloxadno 400 mg por dia 400 mg por dia
618
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
Tabela 15-5 Tratamento Recomendado p;Jra Infecções Após Mordeduras Humanas ou de Animais• - cont.
M ordedura humana
'
Amoxicilina/Ciavulanato 500 mg, a cada 8 h' - Alguns bacilos Gram-negativos sâo resistentes;
nao é trlicaz contra SARM
Ampicilina-sulbactam - 1,5-3,0 g a cada Alguns bacilos Gram-negativos sâo resistentes;
6-8 h nao é trlicaz contra SARM
Carbapenem Nâo é eficaz contra SARM
Ertapenem - 1 g por dia
lmipenem - 1 g por dia
Meropenem - 1 g por dia
Doxiciclina 100 mg, 2 vezes ao dia - Boa atividade contra espécies de Eikenel/a,
estafilococos e anaeróbicos; alguns
estreptococos sao resistentes
TMP-SMZ 160-800 mg, 2 vezes ao dia - Boa atividade contra aeróbicos; baixa atividade
contra anaeróbicos
Metronidazol 250-500 mg, 4 vezes ao dia - Boa atividade contra aeróbicos; baixa atividade
contra anaeróbicos
Clindamicina 300 mg, 3 vezes ao dia - Boa atividade contra estafilococos,
estreptococos e anaeróbicos; nao é eficaz
contra Eikenel/a corrodens
Cefalosporina Boa atividade contra estafilococos e
estreptococos; não é eficaz contra E. corrodens
e anaeróbicos Gram-negativos
Cefalexina 500 mg, 4 vezes ao dia -
Cefazolina - 1 gacada8 h
Fluoroquinolonast Boa atividade contra E. corrodens; nâo é trlicaz
contra SARM e alguns anaeróbicos
Ciprofloxacino 500-750 mg, 2 vezes ao dia 400 mg, a cada 12 h
Gatifloxacino 400 mg por dia 400 mg por dia
Moxifloxacino 400 mg por dia 400 mg por dia
Adaptado de Practice guidelines for the diagnosis and management of skin and soft-tissue lnfections, C/in lnfect Ois 41 :1373-1406, 2005.
PMID: 16231249
•Duração do tratamento: A duraçao do tratamento varia conforme a gravidade da lesão/infecção. Celulite e abscessos geralmente respondem
セ@ terapia de 5 a 1O dias. O tratamento de feridas recentes e não infectadas ainda é controverso. As feridas moderadas a graves, associadas a
trauma por compressao, associadas a edema (preexistente ou subsequente), nas maos ou próximas a ossos ou articulações, ou ainda em hos-
pedeiros comprometidos, devem receber 3 a 5 dias de terapia antimicrobiana •profilática". Essas feridas são frequentemente colonizadas por
patógenos em potencial (85% dos casos); além disso, é difícil determinar se uma ferida vai se tornar infectada.
t Devem ser administrados com alimento.
t NOTA: Como regra, o uso de fluoroquinolonas é contra indicado pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos em crianças e ado-
lescentes com menos de 18 anos de idade. Deve-se notar também que as tetraciclinas sâo raramente usadas em crianças com menos de 8
anos de idade. Para estes dois antibióticos, alternativas devem ser consideradas.
SARM, Staphylococcus aureus イ・ウ ゥ ウエ・ョセ@ meticilina; TMP-SMZ. trimetoprima-sulfametoxazol.
619
Dermatologia CHnlca
REAÇÕES GENERALIZADAS
Reações tóxicas
A prevalência de reações genualiz.1das a picadas é de, aproxima·
Na maioria dos indivíduos, as picadas de insetoo da ordem Hym•· damente, 0,4%. Nos Est..1dos Unidos, a c.'lda ano, 40 mortes são
naptem provoc..'lm イセ・ウ@ rutâneas locais de tamanho e duração provocada.• por picadas. As reações generalizadas surgem 2 a 60
limitada. F.ssa reaçffo loctl não alérgica é uma resposta tóxka aos minu tos após a p icada. A'i reações variam desde prurido gene.raJi-
constituintes do veneno. Observa....セ@ u ma sensaç5o 。ァオ、セ@ como zado, com pouca urticária, até anafilaxia. Os sintomas an afiláticos
uma :llfinetadn, seguida por dor e ardência moderndns no locnl. são tipicos daqueles decorrentes d e qualquer causa. Entre ele.o;,
Uma pápuln eritematosn o u urtica surge e aumenta de volume ca.w inclu em-se prurido generalizado e urtic.iria, seguidos por disp·
escoriada (Fig. 15-44). A reação desaparece em horas. Diversas pi- neia, sibilância, náu.'ieas e cólica.s abdominais. A reação geralmente
cadas podem provoc.·u uma reação tóxica sistêmirn, com vômit o,
diarreia, cefaleia, febre. espasmos musrulares e perda dt consciên-
cia. Mais de 500 picadas, de uma única v.2, podem S<:r fatais.
•
•
Figura 15-44 Picada de abelha. Grave reaç:lo local, com ne- Figura 15-45 Picada de abelha. Extensa placa de urticária
crose e ulceração no local da picada. horas após a picada em um paciente com histórico conhecido
de alergia a veneno de abelha.
620
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
desaparece de forma espontânea, mas, em alguns ind ivíduo..,, ção de epinefrina, an ti-histamínicos, como a difenidramina
progride com edema das vias aéreas superiore.-., causando obstru- (Benadryl'", 25 a 50 mg) são administrados por \ria oral ou intra-
ção e morte. Após uma anafilaxia por picada, aproximadamente muscular, dependendo da gra>ridade da reação.
50<>/b dos paciente.-. contin ua a apresentar reações al érgicas a p ica- Pacientes com histórico de anafilaxia por picada de inseto e
das subsequentes, mas até 42%, passam a responder melhor. positivos em testes cutâneos devem ter epinefrina à disposição.
Em crianças, a maioria das reações é branda, apenas urticária.
Nas aianças q ue apresentam reações dérmicas, a progressão é
benigna e não há tendência ao desenvolvimento de reações recor- INSETOS SUGADORES
rentes. A.o:. reações mais grnves, como choque ou perda de consciên-
cia, são mais comumente observadas em adultos. Os adultos q ue Insetos sugadores, como puJgas, moscas e mosquitos não picam,
apresentam u rticária, obstrução de vias aéreas superiore.-. ou infe- no sentido literal da palavra; em vez disso, espetam suas víti mas
riores o u hipotensão e as crianças com obstruç.1o das vias aéreas com u m estilete afiado, recoberto por saliva. A dor aguda é cau-
su perio res ou inferio res o u hipotensão são mais suscetíveis ao sada pela perfuração; a reação depende do grau de sensibi lidade
desenvolvimento de sintomas alérgicos tard ios, por até 1 semana à saliva. Todos esses insetos são capazes de transmitir doenças
após a picada, que variam da anafilaxia clássica à doença do soro infecciosas. Os insetos sugadores parecem p referir alguns indiví-
e são mediadas por TgE especifica antiveneno. Recomenda-se im u- duos a outros. São atraídos pelo calor e umidade dos humanos. A
noternpia para os pacientes com essas reaçõ es. A possibilidade de sensibilidade individual do pacien te determina o tipo e a gravi-
ocorrência de u ma picada de inseto fatal deve ser considerada em dade da reação à picada. Os pacientes que não foram p reviamente
ó bitos não testemunhados q ue ocorreram ao ar livre du rante o expostos o u que fo ram ー ゥ 」。、ッNセ@ várias vezes podem apresenta r
verão. resposta discreta ou nula. Os sensibilizados de.'ienvolvem pápulas
e placas urticariformes local izadas, imediatamente após a picada.
A.o:. páp ulas e placas de.-.aparec.em em horas e são su bstituídas por
Diagnóstico
pápulas eritematosas que d uram dias.
O d iagnóstico de alergia ao veneno de insetos da o rdem Hynumop-
tera é baseado na anam nese, em testes rutâneos e na detecção de Urticária papular
an ticorpos TgE específicos para o veneno no soro. Raramen te o u-
tros exames são ョ ・」Nセウ£イゥッ@ (detecção de anticorpos TgG espedfi- A u rtic.iria papular refere-se às reações de hipersensibilidade a
cos). Para o estabelecimento do d iagnóstico, todos os achados picadas de inseto observadas em crianças. Crianças pequenas,
devem ser considerados ruidadosamente, já que ヲ。 ャ ウッNMーセゥエカ
V
BG@ deixadas ao ar livre sem supervisão d uran te os meses de verão,
e 6 falso.-negativos.,. podem ser observados em todos os exam es. A
realizaç.ão de diversos exames diagnósticos não é indicada em
pacientes q ue apresentam reações locais o u não são acometidos
por reações sistêmicas. Pacientes com grandes erupções localiza-
das o u generalizadas devem ser submetidos a エ ・ウエNセ@ com extratos
de veneno.'i de abelhas, vespas germânicas, vespas japonesas
(Vespa simmilima), vespas de cara branca (Dolichovespula maculata)
ou vespas comu ns.
Tratamento
Picadas local izadas não alérgicas são tratadas com gelo ou urna
pasta feita com u ma colher de sopa de amacian te de carne e a
mesma medida de água. Reações alérgicas localizadas são tratadas
com 」ッューイ・ウNセ@ úmidas e frias e anti-histamínicos.
O tratamento de reações generalizadas graves em adultos in-
clui a administração de epinefri na aquosa, 1:1.000, em dose de
0,3 a 0,5 m l por via subrutânea, repetida, se ョ ・」ウNセイゥッ L@ 1 o u 2
621
Dennatologla CHn ica
Figura 15-47 Pulga. Pequenos insetos sem asas. de corpos Figura 15-48 Picadas de pulga. Um aglomerado de picadas
muito rígidos e grandes membros posteriores adaptados ao abaixo do joelho. Este é um local comumente acometido, ェセ@
pulo. (Cortesia de Ken Gray, Oregon State University Exten- que uma pulga não salta mais do que 60 em.
sion Services.)
622
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
MIIASE
• ••
.. .. ... .
.. . •
セ@
" <6
623
D ermato logia CHnica
625
Dermatologia CHnica
FORMIGA-DE-FOGO
Figura 15-52
-
Porto Rico
626
Infestações e Mordeduras Capítulo 115 1
TRATAMENTO
DERMATITE ASSOCIADA À NATAçAO
A picada é tr.ttada rom rompressas frias, seguidas セᄋ@ aplicação
de uma pa.•ta feita rom bicarbonato de sódio. U ma loção feita O oontato humano com a vida marinha tem aumentado. À me·
rom 0,5% de cânfora e 0,5% de mentol produz almo, principal-
dida que mais pessoas exploram os oceanos, para realização de
mente se refrigerada. A aplicação de amaciante de carne não tem
mergulho esportivo e outras atividades relacionadas ao mar, a
valor. A administração oral de anti.histamínicos pode aliviar, em
incidência de envenenamentos marinhos aumenta. Lesões graves,
porte. o desmnforto. A administração, por rurtos períodos, d e
cau.\adas por diversas aiaturns marinhas comuns, podem ser ob-
prednisona é instituída em pacientes que apresentam reações lo-
servadas.
cais grave.'i,
IMUNOTERAPIA. A.• reações à p icada variam de pú.•tulas lo - Prurido do nadador {água doce)
cais e extensas respostas tardias à anafilaxia c.om risco de morte.. A
O prurido do nadador (dermatite por cercária de esquistossomo)
imunou:rapia especifica para aléJgenos de formig;.,.,.de-fogo pode
é observado na セ・@ descoberta, sendo uma dermatite pruriginosa
reduzir o イゥセ@ de desenvolvimento subsequente de reações sistê- エイ。ョウゥセ@ causada pela penetração epidérmica de cercárias, uma
micas. A imunoterapia convencional e rápida com extrato corpó- forma larval de esquistossomD.'I parasitas de animais. As larvas
reo total de formiga..de-fogo é eficaz e segura; a taxa de ocorréncia microscópicas do platelminto SchútoJOmll, depois de liberadas
de reações sistémicas brandas é baixa. O uso de pré-medicações por caramujos. nadam à procura de um hospedeiro de sangue
n3o é neass.írio. A instituição da imunoterapia deve ser aventada quente, romo um pato. As larvas podem, acidentalmente, pene·
em pacientes rom grave hipersensibilidade ao veneno ou naque-
trar a pele humana, e ョセッ@ se. desenvolvem mais. Esquistossomos
les que já apresentaram reações anafiláticas. Devem ser re.•liz.•dos parasitários de seres hum:tnos causam doença sistêmica, mas as
testes cutâneos com extrato corpóreo total cercárias de espécies que acometem an imais morrem após a pene-
tração epidérmica, gerando uma erupção rutânea. A doen Ç'..a é
encontrada em todo o mundo, sendo primariamente restrita a
água doce, embora infe.,tações em água salgada ten ham sido rela·
tadas. Nos E."tados uョゥ、 ッNセL@ a doença é mais comum em trajetos
de aves migratórias., como as regiões dos Grandes Lagos ou de
Long lsland. Os surtos são episódicos e determinados pela ma tu·
ração dos caramujos. A eliminação de parasitas ocorre em dias
quentes e ensolarados ou no meio do verão; a maior incidência
da infestação é observada próximo à rosta.
SINTOMAS
A intensidade da erupçllo depende do grau de sensibilização. Al-
guns indivíduos não apresentam erupções rutâneas, enquanto
outros, nadando na mesma セァオ\エL@ deserwolvem lesões intenS<Js.
Após a primeira exposiç..i'o, os sintomas i niciais são de pouc..'t
gravidade; pápulas são observndas após a sensibilização, aproxi·
madamente S a 13 dins mnis t.'lrde. A e rupção clássica é observada
nas exposições subsequentes e inicia-se quando a água da super·
fíáe rutânea evapora e as cerc.:írias começam a penetrar a pele. O
prurido é observado por cerca de 1 hora e, a seguir, há o desenvol·
vimento de pápulas diSCI"et.a.S, altamente prurigi.nosas, e, às vezes,
pústulas cercadas por eritema nos pontos de contato. Sua intensi-
dade máxima é atingida em 2 a 3 dias, rom resolução em I se·
mana Infecções secundárias ocorrem após esroriações.
TRATAMENTO
O tratamento consiste em aliviar os sintomas, enquanto a erup-
ção des.apare.ce. O prurido é controlado com anti-histamínicos,
com p ressas frias e. loç.6e.", como a de calamina. A in flamação in-
tensa pode. ser suprimid;, com corticosteroides tópicos dos grupos
IJ a V. A secagem imedinta da pele com to-alha..'i, após a saída dn
água, é uma medida eficaz de prevenção, já q ue a penetração dns
larvas se dá depois da evaporação.
6 28
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
629
Dermatologia CHnica
ュオョウ セ@ já que muitos mergulhadores オNセュ@ equipamentos proteto· a estimulação tátil, o nematocisto dispara um ferrão filamentoso,
re.-.. Arra..,.tar os pés na água, em vez de caminhar na areia, alerta com uma ponta envenenada e ganchos rerurvados em uma base
raias enterradas na areia. A.o:. raias não são agressivas, mas pisar em arredondada. Os ganchos seguram a presa enqua nto o veneno do
um animal submerso resulta em uma ferida profunda e fissurnda. nematocisto é liberado1 atrnvé:s do ferrão, na pele. A força dessa
A caravela-portuguesa é observada na Flórida, nos Rortados Unidos, liberação é grande o suficiente para penetrar a epiderme superior,
mas não é comum no C..aribe. O contato com seu.-. tentáculos pro· onde o veneno se difunde para entrar na drrulação.
voca aumento de volume e fonnação de bolhas, graves;, em um As picadas produzem ardor, dormência e parestesias imedia-
membro inteiro. Os rubozoários (ve.oq>as-marinhas) apresentam tas. Pápulas ou vergões lineares ocorrem quando um tentárulo
um domo de 5,0 a 7,5 em, com tenLicu.los de 7,5 em. Es..セMN@ peque- passa pela pele, de raspão (Fig. 15-59). As lesões desaparece.m em
nas criaturas são ocasionalmente observadao:. em águas rasas, à horas ou fonnam bolhas e sofrem necrose. Reações tóxicas sistê-
no ite, e s.1o atraídas peJa luz. A vespa-marinha é um do..-. animais micas (p. ex., náuseas1 カュゥエッウセ@ cefaleia1 espasmos musculares,
mais tóxicos do p laneta, produzindo lesões graves e choque. Os fraqueza, ataxial エッョオイ。セ@ febre baixa) são obsem1das em aciden-
espinhos dors.1is eretos do peixe-escorpião (da fumília Scorparmidae), te.-. graves e disseminados. A movimentação da parte acometida,
de fonnato incomum e ventre listrado, são recobertos por uma to- como um membro, aumenta a mobilização do veneno a partir do
xina que pode penetrar a borracha e a pele. local de inoculação. Pode ocorrer morte. Estima-se que pelos me-
nos l.'i metros de tentoículos devem tocar a pele de um adulto para
que a dose de veneno seja fatal. Reações anafilátirns podem ser
ÁGUAS-VIVAS E CARAVELAS-PORTUGUESAS
observadas em vítimas alérgicas ao veneno de água-viva.
Existem dois grupos de águ.1s.-vivas nas águas costeiras da América Erupções lineare.-. recorrentes após um envenenamento primá-
do Norte: a caravela -portuguesa HpゥIセ。ャ@ pli)•alis) e as urtiga.s -do- rio único foram relat.1das. A maioria dos pacientes apresenta
mar (Cinysaora quinquecirrlia) (Fig. 15-58). A temida caravela- apenas uma recidiva, após 5 a 30 dias, mas alguns indivíduos têm
portuguesa possui uma cápsula flutuante grande, arroxeada e de múltiplas recidivas. Nesse caso, a durnç.;o dos episódios fica cada
12 em de comprimento, sendo carreada pelo vento através do vez menor e os intervalos livres de sintomas são maiores. Uma
oceano. Seus tentáculos, contendo nematocistos, se arrastam por reação imunológica ao antígeno sequestrado no tecido rutâneo
diversos metros dentro d'água. aNセ@ águas--vivas vennelhas ou bran- pode explicar esse fenômeno.
cas, observadas flutuando em grandes grupos ou que chegam às
prnias da costa do Adântico são denominadas urtigas--do-mar. TRATAMENTO. A parte envenenada é imobilizada, impedindo
fNGゥセ・M@ animais também apresentam tentoículos com nematocisto.'i, a mobilização do veneno. É importante remover ou inativar os
que podem medir até 1,2 m de comprimento. Os nematocistos nematocistos o mais rapidamente possível. Enquanto os tentácu-
são também encontrados na superfície interna do corpo da água- los continuarem em contato com a pele, os nematocistos continua-
viva. Os cubozoário.'i do Sudeste do Paáfico contêm o mais po· rão a liberar veneno. Se lavados com água doce ou secos com to-
tente veneno marinho conhecido. 。ャィウセ@ os nematocistos ainda intactos são ativados. Os tentárulos
e as toxinas devem ser removido.'\1 delicadamente,. com água sal-
A PICADA. Quando um organismo pequeno ou um individuo gada derramada sobre a área afetada. Os nematocisto..-. rest.1ntes e
toc..1 em um tentáculo estendido, ele é picado. Cada tentárulo a toxina presente na pele são inativa dos com álcool (álcool medi-
possui inúmeros anéis de células urticantes, e cada uma destas cinal ou aguardente) ou água do mar aquecida. Os tentáculos re-
contém um corpo oval brilhante,. o nematocisto. Um pequeno manescente.-. são ruidadosamente イ・ュッカゥ、ウセ@ com as mãos enlu-
gatilho projeta-se ela superfície exte.ma de cada nematocisto. Após vadas. As demais estruturas são removidas após a cobertura da
área com uma pasta feita com bicarbonato de ウ、ゥッセ@ farinha ou
talco e água do ュ。イ セ@ que coalesc.e O.'\ tent.irulos. A pasta seca é
630
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
raspada com uma faca. Nematocistos da rnraveJa-portuguesa po- vocadas pelos espinhos ou pelas pedicelárias. Os espinhos podem
dem, também, ser desativados com vinagre. Nos Estados Unido.'i, se quebmr e ficar embebidos na ferida. Os espinhos e as pedicelá-
u ma boa regra geral para o tratam en to é a seguin te: entre as áreas rias de algumas espécies são venenosos (p. ex., ThwpnetLSfes pileolus).
da cost.1 leste ao norte da Carolina do Norte, o bicarbonato de Os espinhos contendo venenos são longos, finos e pontiagudos,
sódio deve ser u.o;;ado; em todas as demais áreas continentais, o recobertos por uma fina pele. Certas estrelas-do. mar produzem
vinagre deve ser u.-.ado. A areia úmida da praia é aplicada para feridas similares às provocadas por ouriços-do-mar. O tecido glan-
reduzir a irritação. Compressas frias e corticosteroides tópicos d ular localizado abaixo da pele produz um muco que é liberado
su p rimem a inflamação. q uando a bainha epidérmica é rom pida.
A.o:. reações são imediatas e tardias. O contato com os espinhos
produz u ma sensaç.1o imediata de ardor, com eritema e edema,
CORAIS, HIDROIDES E anセmos@
que pode persistir por horas. As feridas provocadas por o uriços
CORAL. O coral é fonnado por pólipos secretores de calcário venenosos provocam dor imediat.1, intensa, e desconforto musa.J-
q ue se fu ndem, formando estruturas pontiagudas similares a pe· Iar grave. A área da ferida pode ficar arroxeada ou preta, devido
drns, de tamanhos e formatos variáveis. Os corais são encontrados aos pigmentos locaJizados nos espinhos. As e.-.pécie.-. venenosas
na área do c。イゥ「セ@ incluindo Flórida, Bermuda, Bahamas, fndia..o;; podem provocar sintomas sistêmicos, de apareci mento rápido,
Ocidentais e o Mar de Coral, que se estende da Austrália ao Havaí como parestesias, cãimb ras e paraJisia musrular, hipotensão, náu-
e as Filipinas. Como as águas-vivas, os corais pos..•mem nematocis- seas, síncope,. ataxia e desconforto respiratório. A.o:. espinhas que
tos, mas em número menor, provocando poucos sintomas. As le· entram em artirulações podem induzir sinovite grave. A penetra-
sõe.-. mais importan tes são os cortes (Fig. l.'i-60). Urtic.as eritema- ção sobre o metacarpo provoca u m grave aumento de volume
tosas e pruriginosas (ÁI'envenenamento por coral' ) são observadas d ist.1l, fusifo nne e reativo, do dedo. Espinhos retidos, se não es-
ao redor da lesão. A-. lesõe.-. menores são dolorosas, cicatrizam pontaneamente liberados ou fucilmente removidos, podem ser
devagar セ@ com frequência, são infectadas. Fragmentos retidos de d issolvidos com amônia. Um antigo tratamento nativo é derra-
cálcio podem provocar uma reaç.1o tardia a corpo e.ruanho. A.-. mar cera quente sobre a pele e deixá-la esfriar. A cera é, então,
feridas devem ser limpas com ruidado, rem ovendo os fragmentos, removida, contendo os espinhos. Espinhos profundos podem re·
e tratadas com peróxido de hidrogênio. q uerer excisão dnírgic.a. O exame radiográfico é importan te antes
da exploração dnírgic.a. Reaçõe.-. tardias são, mais com umente,
Equinodermos (ouriços-do-mar e estrelas- nódulos granulomatosos de corpo estran ho q ue ocorrem após
semanas ou meses. eNBゥセウ@ lesões têm menos de 5 m m de diâmetro
do-mar)
e coloração rósea a arroxeada, podendo representar reações de
Os ou riços-do. mar ficam pre.-.os a rochas do assoalho oceânico. hipersensibilidade. r・Nセーッョ、 ュ@ a injeções intraJesionais de aceto-
São encapsulados em uma concha e.,férica rígida, com inúmeros nido de triancilona (lO mg/ml) e à remoção cirúrgica dos espi-
espinhos calcificados, pontiagudos e frágeis q ue se projetam de nhos. As subst.1ncias químicas p resentes nos espinhos do o uriço·
sua su perllcie (Fig. 15-61 ) . Pedicelárias são estruturas similares a do-mar parecem ser responsáveis pela reação tardia observada em
tenazes, tridenteadas, entremeadas aos espinhos de algumas espé- alguns indivíduos; essa reação é composta por induração ao redor
cie.-. tropicais. Pisar ou cair em u m o uriço resulta em feridas pro-
Figura 15-60 Envenenamento por coral. Material calcário e Figura 15-61 Ouriço-vermelho; o corpo apresent a 3,8 a 5, 1
prot eina podem adentrar na pele, após raspões no coral. A em e os espinhos têm entre 2, 5 e 3, 1 em. Os espinhos se
reação a esse material estranho pode ser int ensa e de longa quebram e ficam alojados na f erida . (Cortesia de Steven F.
duração. As feridas f icam vermelhas e dolorosas e podem ul- Bennett, Grande Caimão, Territó rio Ult ramarino Britânico.)
cerar. lesões lineares são características.
631
Dermatologia CHnica
dos dedos das mãos e dos pés. Perdur.1 por semanas, pode pro\'O•
car deformidade artirular e responde à administração sistêmica de
antibióticos e corticosteroides.
LEISHMANIOSE
セM
....
•
. • Visceral
12 mrlhoes de pessoas infectadas
350 milhoes de pessoas suscetíveis O Cu!Anea/MucorutAnea
Figura 15-63 DistribuiçAo da leíshmaniose cutânea no Velho e no Novo Mundo.
632
ln[esLações e Mordeduras Capítulo 115 1
633
Dermatologia CHnica
634
116 1
Doenças Vesiculares e Bolhosas
635
Dermatologia Cllnica
Dermatite
f oliáceo cicatricial herpetiforme
Figura 16-1
636
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
I
Dermatite herpetiforme Dermatose bolhosa
Epidermólise bolhosa da hemodiálise
adquirida Erupção bolhosa do LfS
uセュ ゥ ョ。@
Epidermólise bolhosa letal Epiderrnólise bolhosa
lúcida
Herpes gestacional distrófica
Bolha por sucção Eritema multiforme
l esões térmicas (tipo dérmico)
(queimaduras, frio, Bolhas isquêmicas Tecido
p. ex., nitrogênio (overdose de drogas) conjuntivo
liquido) lfquen escleroso e atrófico sublaminar (derme)
Porfiria 」オエセョ・。@ tardia ' - - - - - - - , - - - - --'
Filamentos
intermediários
Queratinócito de queratina
basal Hemidesmossomo
Membrana plasmática
do queratinócito basai - - - -
®
Penfigoide bolhoso
Filamentos de ancoragem - - - -lU.\\ J Penfigoide gestacional
l.Amina densa J Penfigoide de membrana
lセ@ mina densa - - - --1 mucosa
Oerme
Fibrilas de 。ョ」ッイ 。 ァ・ュ M セ M
Colágeno intersticial - - - - - - ;;;----
M
Placa de ancoragem
NZセ。@
J Epidermólise bolhosa
adquirida
Figura 16-2 A, Estudos de m icroscopia eletrônica mostram que os queratinócitos basais recobrem a lâmina lúcida que, por sua
vez, está posicionada logo acima da lâmina densa Q. e., a membrana basal em si) e a derme superficial. B, Ultraestruturalmente,
complexos de ligação de filamentos e ancoragem de hemidesmossomos ligam o citoesqueleto dos queratinócitos basais à lâmina
densa subjacent e, ancorando fibrilas e elementos fibrilares (p. ex., colágeno intersticial e fibras de elastina) na derme superficial.
As regiões dominantes da membrana basal epidérmica que são alvos de autoanticorpos lgG em pacientes com doenças penfigoi-
des e epidermólise bolhosa adquirida são indicadas por chaves. (Adaptado de KB Yancey, CA Egan : lAMA 284[3]. 350-356,
2000.)
637
Dermatologja CHnica
638
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
セ@
3 ou4 mm 5 ml de soro ou
sangue coagulado
\
eJ
para imunofluorescência
Meio de transporte Formaldefdo para indireta
especial para microscopia óptica
imunoftuorescência (hematoxilina e eosina)
Púrpura da Heno<h-Schõnlein
e vasculite
Pênfigo ou penfigoide
Lesões orais Pele lesional
- 3mm- Lesão fresca (Ideal, < 24 horas;
Area perilesional
aceitável,< 48 horas)
R セ@ biopsia, borda da lesão
X M ᄋセ M
Dermatite por estase ou
Dermatite herpetiforme
vasc:ulite livedoide
Pele normal
Area perilesional Lesões cutâneas
nas pernas
Figura 16-3 Coleta de amostras para imunofluorescência direta . (Beutner Laboratories, Buffalo, NY.)
Jmunofluorescência
Histopatologia Jmunofluorescência direta indireta Diagnóstico
Suprabasal lgG ± C3 no EIC lgG no EIC, esôfago de macaco Pênfigo vulgar > pênfigo
p<Jraneoplásico
lgG ± C3 no EIC + ZMB lgG no EIC, bexiga de rato
Supracorneana lgA no EIC lgA no EIC Pênfigo por lgA
lgG ± C3 no EIC lgA no EIC Pênfigo foliáceo
639
Dermatologia Cllnica
Modificado de Handbook of clinicai relevance of tests, IMMCO Diagnostics, Buffalo, NY, and Mayo Clinic Test Catalog.
AI, Área intracelular do estrato espinocelular; AGA, anticorpos antigliadina; ARA, anticorpos antirreticulina; C: complemento; DH, dermatite
herpetiforme; EBA, epidermólise bolhosa adquirida; ELISA, ensaio imunoadsorvente ligado セ@ enzima; EMA, anticorpos antiendomísio; F, fibrina
ou fibrinogênio; HG, herpes gestacional; lg, imunoglobulina; lgs, imunoglobulinas; LE, lúpus eritematoso; LES, lúpus eritematoso sistêmico;
SIC: subst.lncia intercelular; se; superfície celular; ZMB, zona da membrana basal.
•os testes de imunofluorescência (IF) são realizados em soro ou tecido. A IF direta é realizada em amostras de biopsia de pele ou mucosa. As
amostras são examinadas ア 。オ ョエ ッセ@ presença de imunoglobulinas (lgG, lgM, lgA), fator C3 do sistema complemento e fibrinogênio. A IF indi-
reta é realizada em soro, para detecção de autoanticorpos circulantes.
t Para diferenciar a epidermólise bolhosa adquirida do pênfigo bolhoso, outros estudos de imunofluorescência direta em amostras de biopsia
de lesão e pele normal separada na lâmina lúcida por NaCI são necessârios, para demonstrar a localização dos imunorreagentes, da laminina
e do colágeno do tipo 1\1.
640
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
641
Dermatologia CHnica
642
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
DERMATITE HERPETIFORME
Figura 16-5 As vesículas estão simetricamente distribuídas Figura 16-6 As lesões são caracteristicamente observadas
nos joelhos. A maioria apresenta escoriações. nos cotovelos e nos joelhos. As bolhas foram substituídas por
crostas.
Figura 16-7 O número de lesões é geralmente pequeno, Figura 16-8 As vesículas e erosões são comumente encon-
em comparação ao penfigoide bolhoso. tradas nas nádegas.
643
Dermato logia Cllnica
A.o:. ve:sírulas são simetricam ente d istribuídas e su rgem nos co· dos pacientes com dermatite herpetifonne. No intestino delgado,
tovelos, nos joelhos, no couro cabeludo e na área da nuca, dos as aJterações são similare.-., mas menos graves, do que as ッ「ウ・イョセ ᆳ
o mbros e das nádega.< (Figs. 16-5 a 16-8). das na enteropatia sensível a glúten comu m; sintomas de má ab-
A distribuição pode ser mais generalizada. A de.ortruição das sorção são raram ente encontrados. Menos de 200/o dos pacientes
vesírulas, pelo ato de coçar, traz alívio, ma..-. aumen ta a d ifiruldade apresentam má absorç.;o de lipídios, D-xilose ou ferro. Uma cor-
de localizaç.1o de uma lesão primária para biopsia. Lesões in t.1ctas relaç.;o significativa foi observada entre anticorpos TgA an tiendo-
para biopsia podem ser encontradas nas costas. mísio (JgA.EmA) e a gravidade do dano induzido por glúteo no
Os sintomas têm intensidade variável, mas a ma io ria dos pa· jejuno. Os anticorpos TgA-EmA foram encontrados no soro de
dentes se queixa de grave prurido e ardor. Deve-se sem p re pensar aproximadam ente 70o/o dos pacientes com dermatite herpeti-
na dermatite herpetifonne quando o sintoma de ardor é volu nta · fonne su b metido.-. à dieta normaL Estas imunoglobuJ inas tam-
riamente descrito. Os s intomas podem preceder o aparecimento bém foram detectadas em 86% dos pacien tes com dennatite her-
das lesõe.-. em horas e, com frequência, os pacien tes são capazes petiforme que 。ー イ ・Nセョエ。カ ュ@ atrofia vilosa subtotal e em lJO/o dos
de identificar o sítio de u ma nova lesão pelo p ródromo. O trata · individuas acometidos peJa doença q ue também 。ー イ ・Nセョエ。カ ュ@
mento não altera a progressão da doença. A maioria dos pacientes atrofia vilosa parcial o u anomalias brandas. Estes an ticorpos de-
apresenta sintomas d urante anos, mas aproximadamen te um saparecem após 1 ano de instituição da dieta liVTe de glúteo, com
terço está em remissão permanente. o novo crescimento dos vilos do jejuno. A relação entre a p resença
A forma vesirular-bolhosa da doença é confundida com o de lgA-EmA e a atrofia vilosa é um importante marcador diagnós-
eritema m ultiforme bolhoso e o penfigoide bolhoso. Uma forte tico, já que a enteropatia presente na dermatite herpetiforme ge-
associação entre a dermatite herpetifonne e diversas anomalias de ralmen te não provoca sintomas, sendo, assim, de difidl detecção.
tireoide foi relatada e, mais provavelmen te, representa um grupo
de doenças imunem ediadas. O hi potireoidismo foi o mais co-
Linfoma
m um, sendo obsetvado em 14% dos pacientes. Anomalias clíni-
ca..-. ou sorológicas foram observadas em 500A, dos paciente.-. com O linfoma do intestino delgado e o linfoma não intestinal foram
dermatite herpetiforme. relatados em pacientes com dermatite herpe:tiforme e doença ce-
Os sintomas orais foram encon trados em 630/o dos pacientes. líaca. Todo.-. os linfomas foram o bservados em pacientes ruja
A sensação de secura oral e ulcerações recorrentes na mucosa oral dermatite herpetiforme havia sido controlada sem a instituição da
foram os achados mais comu mente relatados. dieta livre de glúteo (DLG) ou naquele.< submetidos à dieta há
menos de 5 anos. Os pacientes, portanto, são aconselhados a
Defeitos no esmalte dentário do t ipo celiaco. Os de- aderir a u ma estrita DLG d urante toda a vida.
fei tos no esmalte de dente.-. permanentes do tipo celíaco foram A incidência de doenças Hnfoproliferntivas é inferior a 2%.
observados em 53% dos paciente.-. com dermatite herpetifonne.
Os grnus de tais defeitos fornm menores do q ue os descritos na
Diagnóstico da dermatite herpetiforme
doença celíaca grave. Este achado sugere que estes pacientes já
sofriam de enteropatia subdínka induzida por glúteo no início BlOPSlA DE PELE. A Figura 16-9 é u m exemplo de lesões papu.
da infância, q uando as coroas dos den tes permanentes se desen- lares eritematosas recentes, sem formação de bolhas. Fenda.< subepi·
volvem. dérmicas das vesírulas em evolução, além de neutrófiJos e ・ッNセ ゥ ョヲゥᆳ
los em microabscessos presentes no interior das ー。 ーゥ ャ。セ@ dérmirns,
Dermatose bolhosa por tgA linear. A dermatose bolhosa são mostradas. A dermatose bolhosa por lgA linear é, na histologia,
por lgA linear (DBAL) pode se apresentar, clinicamente_ como a similar à dermatite herpetifurme e ao pen6goide bolhoso.
dermatite herpeti forme_ o penfigoide bolhoso típico e o penfi-
goide cicatricial, o u em u m padrão morfológico atípico, e apre-
senta características histológicas similares à da dermatite herpeti-
forme. Drogas como a vancomidna são responsáveis por alguns
casos. A-. lesões se desenvolvem entre 24 horas e 15 dias após a
administração da primeira dose. O diagnóstico de DBAL é confi r-
mado por im unoOuorescência d ireta, que mostra a p resença de
depósitos lineare.< de lgA na zona da membrana basal (ZMB).
Alguns pacientes apresentam autoanticorpos anti-ZMB de isóti-
pos lgA e lgG. Não há enteropatia sensível a glúteo. Em alguns
pacientes, observa-se u ma classe circulante de anticorpos TgA anti-
BMZ à im unoOuoresc.ência ind ireta. Os autoanticorpos lgA d rru-
lantes contra a transglutaminase tecidual são detect.1veis na DH,
mas não na doença por TgA linear nem em outras doenças bolho-
sas autoim une.-. subepidénnicas.
644
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
ESTUDOS DE imunoflrescセa N@ AlgA não é uni- mas de alguns pacientes silo controlados com 25 mg/dia, en-
formemente distribuída pela pele. sendo encontrnda em maiores quanto outros podem ruruerer até 400 mg/dia. A probenecida
concentrações nas proximidades de lesões ativas. O sitio de bop- bloqueia a excreção renal de dapsona e a rifampina aument.1 a
sia preferido para estudos de ゥュオョッヲャイ・ウ」↑セ@ ponanto, é a laJCl de depumção plasmática. A dapsona produz hemólise. ane-
pele de aparência normal ou leremente erit.ematosa adjacmte a mia e metemoglobinemia relacionadas à dose. em algum gmu,
umn les5o ativa. Os depósitos diagnósticos de imunoglobulina em todos os pacientes. Um lcucograma e a determinaç.;o de h e-
gernlmente são destruídos pela lesão ativa dumnte o processo de moglobina devem ser realizados semanalmente. quando possível,
fonnaçllo das bolhas. Mais de 90% dos pacientes com dermatite du rante o primeiro mê."1 mensalmente por 6 meses, e. a partir daí,
he rpetiforme apresentam depósitos gmnulares ou fibri lares de IgA semianualmente. A metemoglobinemia, embora geralmente não
nas p::'lpi las dénnicas; em pacientes acometidos pela dermatose seja u m problem:t significativo, pode p rovocar uma dano!'le de
bolhosn por lgA linear, observam-se depósitos line;,res destes an- coloração azul-acinzentada. Há relatos de q ue a coadmini!'ltração
ticorpos na ZMB. Entre eles, induem-se os indivíduos submetidos de dmetidina reduz :.1 metemoglobinemia dependente de: dilp-
ao trntamento com sulfonas.. Diversas amostras podem ser neces- sona em pacientes oom dermatite herpetiforme. Os pacientes que
sárias セ@ obtenção de amados positivos, dada a natureza focal dos apresentam deficiênda de glicose-6-fosfato desidrogenase (G61'D)
depósitos. Sítios de pele normal a mais de 3 mm da lesão ou em podem sofrer gmve hemólise durante o tratamento com sulfona
áreas não comumente aoometidas podem ser negaúvos para tais ou sulfapiridina; os indivíduos suscetíveis à deficiência (negros,
depósitos de lgA. Os resultados falso-negativos podem ser obser- asiáticos e descendentes de mediterrâneos) de-rem ser submetidos
vados (I) se a biopsia for obtida da pele acometida, (2} se a à mensuração do nível de G61'0 antes do início da terapia_
biopsia for obtida de uma área nunca afetada ou (3) se o paciente A sulfapiridina, uma sulfonamida de ação curta (dose iniàal,
está, há bastante tempo, na DLG. 500 a 1.500 mg/dia), pode ser substituída por dapsona e não
causa neuroparia. Considere a administração de sulfapiridina em
ANTICORPOS lgA ANTIENDOMISIO (lgA-EmA) e lgA paciente.'i que não toleram a dapsona.
ANTITRANSGLUTAMINASE TEODUAL (lgA ANTI-tTG). A sulfupiridina é diA"cil d e obter. Asulfus.... lazina (Azulfidine")
Os teste.oc d e anticorpos mais sensíveis para o diagnóstico de do- é m etabolizadn a ácido 5 -aminossaliálico (5-ASA, mesalamin::t) e
e nç.o celfaca e dermatite herpetifonne sffo os de das.<e IgA. Os sufapiridin:t, podendo ser uma opção caso esta ú ltima nffo seja
exames disponíveis são os de 。ョエゥ」ッイーセ@ c.ontra tecido conjuntivo enoontrada.
(anticorpos antiendomísio) e transglut.itminase teci duaL
O endomísio é o tecido conjuntivo que recobre as camadas de Reações adversas. Pode haver desenvolvimento de neuropatia
músculo liso do esôfago, do estômago e d o intestino dei!ÇK!o. O antí- motora periférica durante os primeiros meses de tratamento oom
11""0 do endomísio é a transglutaminase tecidual. A tmnsglutaminase dapsona. De modo geral, doses maiores do que 200 a 500 mg/di:1,
repara tecid<Jo lesionados. Caso anticorpos antitmnsglutaminase sejam ou dosagens cumulativas elevadas, na faixa de 25 a 600 g, foram
produzidos, o reparo da mucosa intestinal danificada é pn:judicado. implicadas. Caracteristicamente. a porção distai dos metnbros su-
Os úru105 de: anticmpos antiendomísio e antitrnnsgfutamina.se: periores e os membros inferiores, principalmente os mú.'IClllm da
tecidual llào correlacionados ao gmu de dano mucow. A$ concen- mão, são acometidos. Parestesia e: fraqueza são as queixa' mais
trnções de anticorpos indicam o gmu de adesão ã restrição dieté- comuns, e a atrofia dos músculos interósseos é frequentemente
tica de glúten. observada. Os pacientes se queixam de dificuldade de realização de
Anticorpos antiendomísio são enconrrndos e m aproximada.. tarefas manuais e altern("Ões de marcha. O pé caído é uma ュ。ョゥヲセ@
mente 70% dos pacientes com OH e em quase 100% dos pacien- tação comum. Tt1mmente, acometimento sensorial, man ifestado
tes com doença celíaca ativa. Os エ・Nセウ@ de detecção d e anticorpos por parestesif\, diminuição da sensibilidade à dor e dormência
antiendom(sio e 。ョエゥNイウァ ャ オエ。ュゥ ョ 。セ・@ podem ser solicitados para acompanham o distúrbio motor. Os sintomas melhoram, de forma
apoiar o diagnóstico de OH. lenta porém inv.triáve.l, meses ou anos após a interrupção do trata-
mento. Agranulocit:oSe e. an e.m_ia aplásica foram raramente observa-
ENSAIO COM SULFONAS. Os pacientes que apresentam das, mas levaram a óbito.
histórico clássico de erupções vesiculares podem ser trntados com
sulfonas. caso seu desconforto seja inten.w. O enorme alivio dos Síndrome de hiper$ensibílídade à dapsona. A sín-
sintomas, em horas ou alguns dias, apoia o diagnóstico de derma- drome de hipersensibilidade セ@ dapsona (SHD) geralmente surge
tite herpetiforme. após 4 semanas ou mais após o iníóo do tratamento. É comJ>O$ta
por uma enfermidade similar セ@ mononudeose, com febre. mal-
TRATAMENTO estar e linfoadenopatia. As erupções rutâneas e:xantemato..uoç ten-
dem a se resolver 2 semanas após a interrupção da terapia. A h e-
DAPSONA OU SULFAPIRIDINA. E.•tas drogas controlam patite por hipe.nensibilidade foi relatada como um componente
mas ョセッ@ rumm a doença. A dapsona é mais ehc..1z do que a sulfa.. da síndrome. Pode have r desenvolvimento de hipotireoidismo 3
piridina. Seu mernnismo de ação é desconhecido, mas possiveJ .. ュ・ウNセ@ após o aparecimento da SHD. Exames de sangue e de ft.m-
mente explicado pela estabilização de enzimas lisossomais. Em ção hepátka geralmente volrom ao norrnaJ alguns ュ・Nセッ[@ 。ーNセ@ a
adultos, a dose inicial de dapsona é de 100 a SOO mg, administra- interrupção da administração d e dapsona. A prednisona é o trata-
dos por via oral, 1 vez ao dia. O prurido e o ardor são oontrolados mento preferido. A administmção desta droga é lent.1 e gmdual-
em 12 a 48 horas, e novas lesões, gradualmente. deixam de apare- mente interrompida, durante 1 mês, enquanto a função dos ór-
cer. A dose é ajustada ao menor nível que ofereça alivio aceitável; gãos afetados é ュッョゥエイ、セ@ minimizando a ocorrênda de
esta dose geralmente está na faixa de 50 a 200 mg/dia. Os sinto- recidivas. O u.ço de dapsona durante a gestação parece ser seguro.
645
Dermatologia CHnica
646
Capítulo 116 1
'
Doenças v・Nセ ゥ 」オ ャ 。イ・ウ@ e bッャィウセ@
pセnfigo@
Pênfigo vulgar
O pên6go vulgar é a forma mais comum de pénfigo. Dolorosas
O pênfigo (do grego セューィゥクL@ significando bolha) é um raro erosões orais geralmente precedem o aparecimento das bolhas
grupo de doenças bolhos.1S intraepidênnicas autoimunes que cutáneas em semanas ou meses (Figs. 16-11 e 16-12). O acometi-
acomea.e a peJe. セ@ as membranas mucosas. Este grupo inclui o mento de outras superfi'óes mucosas é observado em paóentes
pénfigo vulgar e o pénfigo foliáceo. Ambos eram geralmente fa. com a doença disseminada. À primeira consulta, o palato mole
tais antes de os conkosteroide:s serem us.ados em seu trata· era acometido em 80% dos ca.'IOS. Bolhas flácidas, n3o prurigino-
mento. A diferença entre as duas doenças é o nível da epiderme sas, de tamanho variando de um a vários cenúmetros, surgem
em que a acantólise (perda de coes3o do epitélio) é observada: gradualmente na pele normal ou eritematosa e podem ficar loca-
ruprabasilar, no pénfigo vulgar, e subcomeano, no pén6go foliá- lizadas por um periodo de tempo considerável. Os sítios mais
ceo. Outro.• membros deste grupo são o pénfigo paraneoplásico, comumente acometidos são o couro cabeludo, a face, a.s axilas e:
que geralmente ocorre em pacientes com linfoma, e o pênfigo a cavidade oral. As bolhas, invariavelmente, se tomam generaliza.
induzido por drogas, observado prinópalmente após a adminis- das se não tratada.• (Pig. 16-13 ). As bolh.15 se rompem com faóli-
tração de penicilamina.
Fisiopatologia
O pênfigo é o resultado da internçllo entre indivíduos genetica-
mente predispostos e. possivelmente. algum fa tor exógeno. A
presença de focos de pênfigo (fogo selvagem) na zona rural da
Amérir_a do Sul sugere que a doença pode ser desencadeada, em
indivíduos suscetíveis, por um agente ambiental {provavelmente
um agente infeccioso não identificado), cujos antígenos mimeti·
zam os da 、・ウュッァ ャ ・イョセ@ 1, e CJUe a doença clínica evolui em pes·
soas que npresentam a resposta imune mais vigorosa contra esta
molécula. Thnto o pênfigo idiopático <luanto o induzido por dro-
gas 。ーイセ・NョlQュ@ o mesmo padrão de antígeno leucodtário hu -
mano (HLA).
DESMOGLE(NA
A integridade estrutural da epiderme depende do compartilha- Figura 16·11 O pênfigo vulgar se apresenta como lesões
mento de desmO$SOmos por querntinóàtos vizinhos. As conexões orais em mais de 50% dos pacientes. As lesões orai.s podem
desmosWmicas são rompidas e reformadas conforme os querati- ser a única manifestação da doença ou preceder, em muitos
nóótos migram da camada basal em direçllo à superfi'óe da pele. meses, o surgimento de lesões cutãneas.
A desmogjeína é uma moléc:ula de adesão que contribui para a
força desta ponte desmossómica intercelular. EXistem três isotipos
de desmogleína, Dsgl , Dsg2 e Osg3. Dsg2 é expressa em todos os
teódos que possuem desmossomos {'Thbela 16-1 ); Dsgl e Dsg3
são restritas a epitélios espinocelulares estratificados, onde a for-
maç.1o de bolhas é observada em paóentes acometidos pelo
pénfigo.
647
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
da de, porque o teto das vesírulas, romposto por uma fina porção Pênfigo foliáceo, pênfigo por JgA e
da epiderme superior, é frágil (Fig. 16-14). A apliCIÇ!o de pressão pênfigo eritematoso
sobre pequenas bolhas intaaas faz rom que o fluido ウゥァ[セ@ lateral-
mente. até áreas epidérmicas mediais alteradas pela @ ッ ᅦ セ [ ァ ゥ ャ de lgC A idade do apareàmento t mais variável no pênfigo foliáceo e no
(sinal de Nikolsky). pênfigo eriternatn.'IO do que no pênfigo vulgar, e não há prevalên-
Erosões apostas demoram semana.\ parn cicatrizar, deixando àa raàal. A.< lesões orais silo raramente observadas. O pênfigo
uma .irea de hiperpigmentação 。ュイッョコN、セ@ mas niio cicatriz. foliáceo se iniáa, de forma gradual, na fuce (Figs. 16-16 e 16-17),
bッャィ。ウセ@ erosõe.'i e linhas eritematosas podem ser obseTVildas na em uma distribuição em •asa de borboleta", ou acomete,. pri-
mucosa esofágica. aョエ・イゥッュセ@ a morte ッ」イゥセ@ em todos os meiro, o oouro cabeludo, o tó rax ou a porção superior 、。Nセ@ costi1S1
Figura 16-16 Pênfigo foliáceo. Exsudação e crostas, com Figura 16-17 Pênfigo foliáceo. Erosões descamativas e eros-
ocasionais vesículas, são observadas na face, distribuídas em tosas surgem sobre uma base eritematosa. Podem ser confi-
formato de asa de borboleta. nadas a áreas seborreicas na face e no tronco. As membranas
mucosas geralmente não sao acometidas.
649
Dermato logia CHnica
Figura 16-18 Pênfigo foliáceo. Distribuição simétrica de le- Figura 16-19 Pênfigo foliáceo. O teto da vesícula é tão del-
sões eritematosas, erodidas e crostosas. Ocasionalmente, vesí- gado que se rompe, deixando e rosões com á reas de crostifi-
culas são observadas nas bordas da lesão. cação.
650
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
..
セ@ ..". ...,I.
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Figura 16-20 Pênfigo foliáceo. A ウ・ー。イセ@ intiaepidérmica Figura 16-21 Pénfigo vulgar. A separação epidérmica ocorre
' GNセᄋ
651
Dermato logia Cllnica
a azatioprina e o mkofenolato mofetil. O metotrexato é rara- A administração de mu itos o utros agentes foi ten tada, ou iso-
mente usado, dada a alt.1 incidência relatada de infecçõe.-. graves. ladamente o u como adjuvante. Entre ele.-., incluem-se o cloram-
Um estudo mostrou que o micofenolato mofetil e a azatioprin a bucil, o micofenolato mofetil, a dapsona, o ou ro, a transferên cia
têm eficácias iguais, d iminuem a necessidade de u so de corticos- de p lasma, a fotoforese extracorpórea e a tetracidina, em dose de
teroides e apresen tam perfis de segurança s imilares, como adju- 2 g/dia.
v.mtes, durante o tratamento do pênfigo vulgar e do pênfigo foliáceo.
PMID: 171168.3 5
ABORDAGEM terapセuic@
CICLOFOSFAMIDA. A dose inicial média é de 100 mg (I, 1 a A.o:. escolhas terapêuticas são determinadas pela idade do paciente,
2,5 mg/kg) por d ia. A ciclofo_<fàmida pode ser a drog.1 mais eficaz, pelo grnu de acometimento da doença, pela taxa de progressão da
mas é tóxica. Entre seu.-. efeitos colaterais, incluem-se su p ressão da doença e pelo subtipo de pên 6go.
medula óssea, cistite hemorrágica, fibrose vesical, alopecia rever-
sível e maior risco de desenvolvimento de carcinoma e linfoma PREDNISONA. Pacientes id<>-<os acometidos pela doença
vesirnis. A urinálise e o hemograma devem ser monitorados. A brnnda ou moderada podem ser tratados com predni.sona, e m
ingestão o ra l de fl uido..-. deve ser encorajada, para d iminuir o risco dose de 40 mg/dia, associada à ciclofosfamida e à azatioprina. Os
de desenvolvimento de fibrose vesirnl e cistite hem orrágica. p acientes com a doenç.'l mais grave podem ョ・」ウNセゥエ。イ@ de 60 a 80
mg/dia de predni.son a. A dosagem de p rednisona é reduzida a u m
AZATIOPRINA. A dose inicial média é de 100 mg (I, 1 a 2,5 mg/kg) nível que controle, em gran de parte.. a atividade da doença. São
por dia. A azatioprina provoca supre...,-.ão da medula, hepatotoxi- feit.1s tentativas de administração em dias alternados, para mini-
cidade e aument.1 o risco de de.-.envolvi me nto de neoplasias mizar os efeitos colaterais.
malignas, mas não tanto quanto a ciclofosfamida. O hemo- Um método de redução gradual é a d iminuição da dose de
grama e a funç.;o hepática devem ser monitorados. In formações p rednison a e m 10 m g por seman a, a té que a dosagem d iária
detalhadas sobre a p rescrição de azatioprina podem ser en con - chegue a 20 mg. A dose, e ntão, é reduzida a cada semana alter-
tradas na p. 302. nad a, a té chegar a 20 mg, um dia sim, outro não. A parti r daí,
a redução da dose é mais lenta, até chegar a 5 mg, e m d ias al-
MICOFENOLATO MOFETIL. A do_o;e inicial média é de 1 g/dia. ternados.
Os efeitos colaternis são distúrbios gastrointestinais (mais co- Durante a redução da dosagem de p rednisona, a adminis-
muns), q ueixas geniturin árias, maior in cidên cia de in fecções vi- tração do agente imunossupre.."Ssor é man tida em dose totaL A
rais ou bacterianas e sintomas neurológicos. Entre suas contrnin - velocid ade da redução da dosagem d e prednisona é determi-
d icaçõe.-. relativas, incluem-se a lactação, a úkera péptica, a nada pelo nível de atividade da doença. Não é necessário ter a
doença hepática ou renal e a administração concomitan te de aza- doença com pletame nte su primida antes de reduzir a dose de
tioprina ou colestiramina. Tnfonnações detalhadas sobre a pres- p rednison a.
criç.;o de azatioprina podem ser encontradas na p. 298. Os paciente.-. q ue n ão são submetidos à terapia com cortico..,._
teroides podem ser tratados com azatioprina, mkofenolato mofe-
IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA. Em pacientes que til ou ciclofosfamida, isoladamente. Os indivíduos q ue não re.,._
não respondem aos imunossup ressores convencionais, a adminis- p on dero a agentes imu nossu p ressores podem ser trata dos com
tração intravenosa de im unoglobulina (MG) parece ser u m trata- TVJG, rituximabe, p lasmaférese ou fotoforese extracorpórea.
men to alternativo eficaz. Seu uso precoce pode ser benéfico em Mu itos pacientes com pên figo fo liáceo podem ser tratado.-.
pacientes qu e apresent.1m comp licações possivelmente fat.1is da com poten tes corticosteroides t ópicos ou baixas doses de corticos-
imunossupressâo. A MG é eficaz como mo no terapia. D iversas teroides. A hidroxidoroquina, 200 mg, 2 vezes ao dia, foi relatada
administrações podem ser neces..-.árias à obtenç.;o da remissão como um adjuvan te eficaz em pacientes com pênfigo foliáceo
duráveL O trat.1mento não é p revisiveJ mente eficaz em todos os p ersistente e disseminado. Tsto era observado p rincipalmente na
pacientes. A cefaleia é o efeito adverso mais comu mente obser- p resença de fotossensibilidade. A combinação de n icotinamida
vado. A incidência de ou tros efeitos adversos é baixa. (l,.S g/dia) e tetraciclina (2 g/dia) ou m inociclina (100 mg, 2
vezes ao dia ) pode ser uma al ternativa eficaz aos corticosteroides
RITUXIMABE. É u m anticorpo mon odonal q uimérico m urino- no pênfigo fo liáceo e como adjuvan te para redução da adminis-
humano que tem como alvo o an tigeno CD20, encontrado em tração de corticosteroides, em vez de u ma alternativa a estes últi-
linfócitos B, levando à rápida depleção desta popu lação celular. É mos, no trat.'lmento do pên figo vulgar. A dapson a t.1mbém pode
in dicado para pacien tes com linfoma de células B não Hodgkin, ser eficaz.
de grau baixo ou fo licular, recidivante ou refratário, positivo para A exposiç.;o à luz do sol é danosa. A p roteção solar deve ser
CD20. Tem sido usado no tratamen to do pên6go vulgar refratá- p arte do tratamento.
rio, do pên6go foliáceo e do pên6go paran eoplásico. A resposta
pode ser lenta, e o tratam ento p ro longado pode ser necessário ao
PROGRESSÃO E REMISSÃO
con trole da doenç.'l. Um programa terapêutico clássico é a admi-
n istração de rituximabe, em dose de 375 mgfm2, I vez por se- É possível induzir remissões completas e duráveis na maioria dos
man a, por 4 sem an as, por via intravenosa. PMID: 17709662 A p acientes com pên figo, permitindo q ue a terapia sistê mica seja
omnência de eventos adversos infecciosos é possível durante o seguramente interrompida sem exacerbar a atividade da doen ça.
uso deste agente biológico. A combinação de rituximabe e imu - A proporção dos p acientes em qu e isto pode ser conseguido a u-
noglobulina intravenosa é eficaz em paciente.-. com pên figo vulgar menta com o tempo, e a terapia pode ser interrompida em apro-
refratário. PMID: 170656.38. ximadamente 750A, dos pacientes após 10 an os.
652
Doenças Vesiculares e llolhosas Capítulo 116 1
653
D ermato logia CHnica
654
Capítulo 116 1
'
D oenças v ・Nセ ゥ 」 オャ 。イ・ウ@ e Bolhosas
u m d ingnóstko d e urticária é frec)uentemente estal>elecido. A quan- intem.Ipç.i:o o u troc.1 de medicamento..'\ orais ウオセGj^エ、ッ@ de provornr
tidade de prurido varia,. mas geralmente é moderada a grnve. Um o penfigoide.
grupo de pncientes idosos apresentou prurido por u m período
médio de 10 meses antes que o diagnóstico fos.se feito. Na maioria DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. O diagnóstico diferencial
、ッNセ@ 」。NセウL@ as placas as....umem uma rolornç5o vennelho·esrurn ou ind ui a epidermólise bolhosa ndquirida, a dermatite herpeti-
danótirn em 1 a 3 seman<1s, lembmndo o eritema muJtiforme, já forme, o pênfigo, o lúpus eritematoso sistêmico bolhoso e as
que bolhas e vesículas surgem rapidamente na superffáe. erupções bolhosas provocadas por drogas.
PENFIGOIDE BOLHOSO
Erupção generalizada. com bolhas tensas surgindo de uma As lesões de urticária podem aparecer semanas a meses antes
base anular edematosa e eritematosa. do surgimento das bolhas. As bolhas sao observadas na pele
de aparência normal ou eritematosa. A cicatrizaçao nao é
acompanhada pela formação de marcas ou milia.
Figura 16-24
655
Dermato logia Cllnica
656
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
TRATAMENTO. O grau de acometimento e a taJCa de progres- querido para resoluçAo da doen91 por meio da administração de
são da doen91 determinam o ttatamento. prednisona dependt< do número de bolhas observado no dia I . A
O prurido é controlado mm hidmxizine (Ata...,..), 10 a SO mg adição de dapsona ao esquema existente, empreg;mdo conicoste-
a oda 4 horas, conforme necessário. ConiCO$teroides sistémicos, roides, pode auxiliar a obtenção da remissão clínica, permitindo
combinados a agentes imunossupressores, oomo azatioprina, ódt>- a redução da dose de prednisona e facilitando a interrupção de
fosf.lmida. metotre:xato ou clorambu dl1 s.:io o pilar da te:rapia. Em sua administração.
alguns pacientes, 。ョエゥ「 ゥ エゥ」 セ@ dapsona e r.on.ioosteroides tópicos Ensaios não controlados re.lataram o uso de terapias adjuvan-
podem ser uma alternativa segura e eficaz. Pnra mais informações, tes co m efeitos de dispensar a administração d e corticosteroides.
ver n seção acerca do tratamento do penfigoide cicatridnl. Entre esto1s, induíam-se o metotrexato, o micofenolato m ofeti l, a
azatioprina, a ciclofosfamida e o clorambucil.
Corticosteroides tópicos. Um e.ortudo mostrou que a terapia A administraÇio da t_e mpia imunossup ressora adjuvante c..om
tópica com conicostero ides é eficaz no penfigoide bolhoso limi- azatioprina deve ser aventada caso o tratamento com dapsona ou
ttldo, moderado e grave, sendo superior ao tratamento sistêmico prednisona não tenha sucesso. Azatioprin a é continuada por ou-
na doen91 extensa. Os pacientes foram tratados com creroe de tros 3 a 6 meses e interrompida quando a doen91 m elhora. A ci-
propionato de clobetasol (40 g por dia) ou prednisona oral (0,5 dofosfumida t.1mbém t usada para reduzir a necessidade de ad-
mg/kg de peso corpóreo por dia naqueles com a doen91 mode- ministração de conic:osteroide:s.. セュ。ゥウ@ tóxica do que a 。コエゥッーイョセ@
rada e I mg/kg por dia naqueles com a doen91 extensa). Em todo sendo reservada a paóentes idosos. que apresentam a doen91 ex-
o grupo submetido ao ttatamento tópico, a enfermidade foi con- tensa e não são capazes de tolerar esta última droga.
trolada em 3 semanas. Complicações graves foram observadas em
29% dos pacientes que receberam o tratamento tópico e em 54% Metotrexat o. A administtação oral de pulsos de metotre-
dos submetidos à terapia sistêmica. PMTD: ll/l2l 508 xato, em baixas doses, pode ser uma alternativa eficaz em pa-
cientes com penfigoide bolhoso generalizado. O trat.1mento é
Anti bióticos. Estudos relataram uma excelente resposta clí- iniciad o com m etolre:xnto, em dose de 10 mg po r semana, por
nica quando o penfigoide bolhoso o u genero lizndo foi t ratad o via oral. O tratamen to com metotrexato é modificado de acordo
com Letrad d ina, minocidina ou eritrimicina, associadas ou com a resposta: (1) se o nú mero d e bo lhas aumen t.1, a dose é
não :, niacinamida. Os esquemas recomendados sflo tetrad · elevada em 2,5 mg/semana; (2) na pre.• enç.a de prurido grave.
clint.1 ou eritromicin a, 1,0 a 2,5 gld ia, ou minoddina, 200 mg/dia, um conicosteroide tópico poten te ( clobetasol a 0,5%) é adido-
e niadnamida, 1,5 a 2,5 g/dia. Os pacientes com pe.nfigoide nado, a um máximo de 20 g/dia; e (3) se a resposta positiva
bolhoso generaliz.ldo foram tratados com tetraciclina (2 g por parece ser pe:rmanentt, a dose é reduzida em 2,5 mg/semana a
dia), sem niacinamida. A formação de bolhas foi significativa- cada 2 meses e, então, a administração da droga é interrompida.
m ente reduzida em 1 semana e interrompida em 1 a 3 sema· PMTD: 14623n'J
nas. A dose de 2 g foi mantida por I a 2 meses, diminuída em
500 mg por mês e, então, descontinuada. !!$tas drogas podem Micofenolat o mofe til. Um estudo mostrou que o micofeno-
suprimir a resposta inflamatória na Z\48, inibir a quimiotaxia lato mofetil e a azatioprina apresentam eficácia similar no trata-
de neutrófilos e aumentar a coesão da junç-ão dennoepidér· mento do penfigoide bolhoso; doses cumulativas similares de
mica. O efeito pode ser au m entado pela sinergia com a niaci· corticosteroide:s foram administradas em am bos os braços tera-
namida . pêuticos, para c.ontrolar a doença. O micofenolato m ofetil apre-
sentou perfil de toxicidade ィ ・ーセエゥュ@ significativamente meno r do
Sulfonas. A efic:icia da dapsona é limitada. Pacientes que apre- q ue a azatioprina (p. 298). PMID: 18087004
se,ntam in filtrado p redo minantemente neutrofílico podem ser
bons c..1ndidatos ao tratamento com esta droga. A resposta é ob- Azatioprina. A administração d e azatioprina, como agente de
servada em 2 semanas; a dose de dapsona é. geralmente, de 100 uso único, pode ser :.1ventada em pacientes idosos, acometidos
mg/dia. A dosagem é regulada de acordo com a resposta do pa- pela doença mais significativa,, que não respondem à dapsona ou
ciente. A terapia com dapsona é descrita, em detalhes, na seção aos antibióticos e que n3o toleram a p red.nisona. Pacientes jovens
sobre Dermatite Herpetiforme e Dermatose Bolhosa por lgA Li· geralmente não são submetidos ao tratamento com azatioprina,
near, no infcio deste: capítulo. dado o maior risco de desenvolvimento de neoplasias malignas.
Os pacientes respondem em 3 a 6 meses de tratamento. A terapia
Prednisona e drogas imunossupressoras (terapia pode,. então, ser interrompida e reiniciada caso haja exacerbação
adjuvante). No passado, o pilar da terapia era a administtação (p. 302).
de corticoste.roides sistêmicos. Pacientes que não respondem a O risco de mielossupress3o induzida pela azatioprina pode ser
tentativas de controle da d oença empregando corticoste.roides previsto por meio da detecção de pacien tes com atividade inter-
tópicos, antibió ticos e dapsona e requerem ウオーイ・Nセ ̄ッ@ podem ser mediária ou baix.1 de tiopurina metiltransferase (TPMT) .
submetidos ao tratamento com predni.sona ou prednisolona. A Os níveis de 'J'TIMT s3o avaliados, garantindo q ue os p:1cien tes
mniorin das au to ridades recomenda uma dose inicial de 0,75 a 1 recebam d oses :ade<(u:ldas de azatio prina.
mg/kg por d ia, d ividida em duas tomadas diários. Em grand e
p:.1rte dos pacientes, a doença é con trolada em 28 dias. Com o OUTROS TRATAMENTOS. Cidosporina, plasmaférese e
controle da doen91 proporcionad o pela prednisona, a dosagem imunoglobu linas intravenosas (MG) foram usadas em paáentes
da droga é gradualmente reduzida, até a administraçllo em dias com a doen91 gtm'e e progressiva. Há relatos d e que a MC apre-
alternados, e, então, o tratamento é interrompido. O tempo re· senta a menor tax-..1 de efidcia.
657
D ermato logia CHnica
PENFIGOIDE EM MEMBRANAS MUCOSAS. o pen6- d.1mente 20% dos casos. Períodos prolongados de rem is.-.ão, após
goide cicatricial, ou pen6goide em membranas mucosas (PMM), a interrupção do tratamento, são observados em 330/o dos pacien·
apresenta bolhas su bepidénnicas e escoriações, sendo u ma doença tes. O acompanham ento deve ser continuado por tod.1 a vida do
rara e crônica. É caracterizado pela produção de au toanticorpos pacien te, já q ue recidivas ocorrem em 22%, dos individuos em
contra antígenos da ZMB (proteínas da lâmina lúcida, envolvidas remissão que não são mais submetidos ao trntamento.
na adesão dos q ueratinócitos humanos à matriz extracelular). O
PMM afeta indivíduos com mais de 40 anos de idade e apresenta Outras membranas mucosas. o acometimento nasofarín-
predileção por mulheres, tendo uma relação 2:1 . Qualquer mem- geo pode provocar ulcerações no septo, e:stenose e o bstrução, re-
brnna mucosa pode ser acometida, mas os sítios mais comumen te querendo a realização de traqueostomia. A doenç.'l esofágica pode
afetados são, em o rdem decrescente de frequência, a mucosa o raJ se manifestar com ulcernçôe:s, disfagia, odinofagia, estriturns e
(85'%), a conjuntiva (64%), a pele (24%), a fàri nge (19%), age- estenoses. Estenoses u retrais, do oriffcio vaginal e retais foram
nitália externa (17%), a mucosa nasal (15%), a laringe (8%), o resultantes da inflamação crônica e da escoriação atribuídas ao
ânus (4%) e o esôfago (4%). D iferentemente do penfigoide bo- PMM.
lhoso, são observadas poucas remiss.ões.
Doença cutânea. Aproximadamente 25% dos pacientes de-
Doença oral. A boca é acometida em 85% dos cas<>-s. A gengi- senvolvem lesões rut.'lneas, compost.1s por vesícuJas ou bolhas
vite descamativa é a manifestação mais frequen te. A gengiva fica tensas e dispersas, q ue surgem de urna base eritematosa, geral-
avermelhada e apresenta acometimento difuso ou irregular (Pig. mente na face, no pescoço e no couro cabeludo (Fig. 16-28). As
16-26). Lesões vesirulobolhosas orais se formam e, endio, se rom- ve:sírulas se ro mpem e deixam uma erosão, q ue acaba por cicatri-
Figura 16-26 Penfigoide cicatricial. Erosões recorrentes e Figura 16-27 Penfigoide cicatricial. Os pacientes com aco-
dolorosas são observadas na boca. A cicatrização pode levar à metimento ocular apresentam dor, conj untivite e erosões con-
estenose esofágica. juntivais, que levam ao desenvolvimento de entrópio e diver-
sas outras alterações oculares, incluindo opacificação e
cegueira.
658
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
659
D ermat o logia CHn ica
Herpes gestacional
O betpeS gestacional (HC) セ@ uma doença bolhosa intensamente
pruriginosa observada durante a gravidez, que ocorre em menos de
1 a cada 50.000 gestações. Há uma predisposição genétirn; 90% das
pacientes ""!>ressatn antígenos de classe n (H!A-DR3 e H!A-DR4)
e um antígeno de classe m (C4). A HC parece ser mediada por uma
lgC1 específirn contr.J um componente de 180 kDa dos hemides-
mossomos. A doença pode aparecer pela primeira vez durante
qualquer gestação, mas, a seguir, tende a surgir mais cedo e oom
maior intensidade nas gestações seguintes. A doença geralmente
aparece no segundo ou terceiro trimestre, mas pode ocorrer da se-
gunda semana até o início do período pós-parto. Desaparece 1 a 2
meses após o parto e recidiVl\ nas gestações seguintes. Em 10% dos
casos, o neonato apresenta acometimento OJL1neo. A HC está a.\.'iO-
ciada a um aumento da prematuridade.
660
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
Figura 16-30 Epidermólise bolhosa adquirida. Existem f or- Figura 16-31 Epidermólise bolhosa adquirida sim ilar ao
mas graves da doença. A f orma brandamente inflamat ória é penfigoide bolhoso. Nest a forma generalizada, são observa-
a mais comum, e se apresenta como vesículas e bolhas nas das bolhas. lembrando o penfigoide bolhoso. As lesões cica-
superfícies extensoras das mãos, dos cotovelos e dos joelhos. trizam deixando poucas marcas, ou mesmo nenhuma.
Est a forma é similar à epidermólise bolhosa distrófica e cica-
triza deixando marcas e formação de milia.
661
Dermatologia CHnica
Figura 16·32 Pênfigo familiar crônico benigno. Observa-se Figura 16·33 Pênfigo familiar crônico benigno. Vesículas e
acantólise ゥョエイ。・ー、セュ」@ (separação dos queratinócitos). placas eritematosas, com crostas, sao observadas na área ge-
nital. no tórax e nas axilas.
66 2
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
TRATAMENTO
Lesões não intertriginosas. A terapia antibiótica oral (p. ex.,
eritromidna, didoxacilina ou uma cefaJosporina) deve ser iniciada,
seguida por 3 a 4 dia..-. de administração de um corticosteroide tó-
pico dos grupos 1!1 a V. A maioria das lesões das costas e do pescoço
responde rapidamente a este programa simples;, e o tratamento é
interrompido quando as lesões cicatrizam. No verão, protetores
solares devem ser utilizados em superffcie.'i expostas.
Lesões intertriginosas. As lesões na virilha e na.• axilas podem Figura 16-34 Pênfigo familiar crônico benigno. A axila é um
se.r infectadas por bactérias ou leveduras. O trntamento com um dos sítio comumente acometido.
antibióticos anteriormente listados é iniciado, e cremes antifúngioos
(p. ex., cetoconazol) são prescritos. O creme é aplirndo nas lesões
úmidas, com colocação de compressas fria...,. de solução de Burrow ou
nitrato de prata. As oompressas s.1o descontinuadas após a secagem
、。Nセ@ superfícies, e conioosteroides do grupo V, em creme, são apl ira-
dos 2 vezes ao dia, até a cicatrização das lesões. Lesões crônicas e que
não respondem têm sido tratadas, com sucesso, por exdsão, aplica-
ção tópirn de cidosporina, laser de dióxido de carlx>no, enxerto
artâneo de pele de espessura parcial e dennoabrasão.
Figura 16-35 Pênfigo familiar crônico benigno. A formação crônica e recorrente de bolhas, com erosões, é observada, prima-
riamente, nas regiões intertriginosas.
663
Der matologia CHnlca
664
Der matologia CHnlca
O Shockwave Flash pode estar em execução ou parado de responder. Você pode interromper o plugin agora
ou continuar para verificar se ele ttrmlna a execução.
trônica; Contnlar
•
dtrmicos
• Separação na área da membrana basal - tipos juncionai•
• Separação na derme superior - fOrmas dérmicas
664
Dermatologia Cllnica
Causas infecciosas
Piodermite estafilocócica Poucos dias a semanas Pústulas. bolhas, ocasionalmente vesículas
Síndrome estafilocócica da pele escaldada 3-7 dias; ocasionalmente, mais Eritema, sensibilidade cutânea, bolhas superficiais,
tarde erosões
Doença estreptocócica do grupo A Poucos dias a semanas Pústulas isoladas, áreas crostosas
Doença estreptocócica do grupo B Ao nascimento ou primeiros dias Vesículas. bolhas, erosões. lesões crostosas
de vida
Listeria monocyrogenes Geralmente ao nascimento Pústulas e petéquias hemorrágicas
Sffilis congênita Geralmente ao nascimento Bolhas ou erosões sobre base escura ou hemorrágica
Candidíase congênita Ao nascimento ou na primeira Eritema e pequenas pápulas que evoluem a vesículas e
semana de vida pústulas
Candidíase neonatal Semanas a meses Áreas descamativas eritematosas com pápulas e pústulas
satélites
Aspergilose 5+ dias Pústulas que rapidamente evoluem a outras úlceras
Herpes simples neonatal Geralmente 5-14 dias Vesículas. crostas, erosões, que podem ser agrupadas ou
não; pode seguir dermátomo
Melanose pustular neonatal Ao nascimento Pústulas sem eritema; máculas hiperpigmentadas; algu-
mas apresentam colarinho de descamaçâo
Miliária cristalina Geralmente na primeira semana Vesículas similares a gotas de orvalho, muito superficiais;
de vida ausência de eritema
Bolhas por sucção Ao nascimento Bolha(s) flácida(s) sobre base nilo eritematosa
666
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
Principalmente na área recoberta pela fralda, Acomete mais meninos do que meninas; Coloraçllo de Gram: leucócitos polimorfonu-
periumbilical pode ser epidêmica cleares neutrófilos, cocos Gram + em agru-
pamentos
Cultura bacteriana
Generalizada, começando na face; formaçllo lrritabilidade e febre Biopsia de pele: separação da porçao supe-
de bolhas e erosões nas áreas de estresse rior da epiderme
mecânico
Cultura bacteriana: sangue, urina etc.
Nâo há área predisposta específica Toco umbilical úmido; ocasionalmente, Coloraçllo de Gram: cocos Gram + em
celulite, meningite e pneumonia cadeias; cultura bacteriana
Nâo há área predisposta específica Pneumonia, bacteremia Coloraçllo de Gram: cocos Gram + em
cadeias; cultura bacteriana
Generalizada, principalmente no tronco e nos Sepse; desconforto respiratório; matemo Coloraçllo de Gram: bacilos Gram +;cultura
membros bacteriana
Nâo há área predisposta específica Bacteremia e meningite podem ser obser- Coloraçllo de Gram: pequenos bacilos Gram;
vadas cultura bacteriana
Qualquer área; pode ser concentrada na área Prematuridade, histórico de cirurgia, anoma- Coloraçllo de Gram em amostras de pele ou
recoberta pela fralda lias Gl ou pulmonares sao fatores de risco tecido: bacilos Gram - ; cultura de pele,
sangue etc.
Palmas das maos, plantas dos pés, joelhos, Baixo peso ao nascer, hepatoesplenomegalia, Campo escuro da pele acometida; sífilis ma-
abdome distrofia metafisária terna incompletamente tratada
Qualquer parte do corpo; palmas das maos e Prematuridade e presença de corpo estranho KOH: hifas, leveduras em brotamento
plantas dos pés sao frequentemente acometidas na cérvice ou no útero sáo fatores de risco
recoberta pela fralda ou áreas intertrigi- Geralmente, nenhum. Prescriçllo prévia de KOH: hifas, leveduras em brotamento
nosas antibióticos
Qualquer área Prematuridade extrema/hospedeiro imuno- Biopsia de pele: hifas septadas; cultura de
comprometido tecidos para detecçao de fungos
lesóes na couro de sepse, oi- Cultura
cabeludo, no torso e na boca sao mais co- hos e o SNC * sao sítios
muns metidos
Qualquer área Baixo peso ao nascer; microcefalia, coriorreti- Cultura vira! e coloraçllo de Tzanck
nite
Qualquer área; geralmente membros Varicela materna no primeiro trimestre Cultura vira! e coloraçllo de Tzanck
Distribuiçllo generalizada Varicela materna 7 dias antes a 2 dias depois Cultura vira! e coloraçllo de Tzanck
do parto
Generalizada; palmas das maos e plantas Outros familiares com prurido ou erupçllo Raspado: ácaros (ovos e fezes)
dos pés cutânea
Nádegas, torso, porçllo proximal dos mem- Geralmente nascidos a termo com mais de Coloraçllo de Wright: eosinófilos
bros; nao acomete palmas das maos e plan- 2.500 g
tas dos pés
Qualquer local; mais comumente, testa, atrás Nascidos a termo; mais frequente em bebês Coloraçllo de Wright: neutrófilos, ocasionais
dos pavilhões auriculares, pescoço, costas, afro-descendentes eosinófilos
dedos das maos e dos pés
Testa, porçllo superior do tronco e a porçllo Pode haver histórico de estada em incuba- Geralmente clínico; coloraçao de Wright
volar dos antebraços são os sitios mais comu- dora e uso de roupas ou bandagens oclusivas negativa
mente acometidos
A mesma da miliária cristalina A mesma da miliária cristalina Geralmente clínico; biopsia de pele em caso
de dúvida
Porçllo radial do antebraço, punho, mao, Bebês sugam vigorosamente as áreas Diagnóstico clínico
dorso, dedos polegar e indicador afetadas
Principalmente bochechas e testa A presença de comedóes sugere o diagnóstico Diagnóstico clínico
Couro cabeludo, períneo e tornozelos Histórico de monitoramento fetal, extraçao a Diagnóstico geralmente clínico
vácuo, cuidado intensivo neonatal
Continua
667
Dermatologia Cllnica
Mastocitose cutanea difusa Nascimento, primeiras semanas Bolhas, infihraçlio cutanea, urticária, dermografismo
de vida
Doença bolhosa materna Ao nascimento Bolhas tensas ou flácidas ou erosões
l úpus eritematoso neonatal Nascimento, primeiros dias de Erosões, outras placas descamativas ou atróficas
vida
Síndrome de Behçet neonatal Congênita ou nos primeiros dias Erosões em membranas mucosas, pústulas e úlceras
de vida necróticas
Dermatose bolhosa crônica da infancia Um caso congênito Bolhas tensas, frequentemente agrupadas em rosetas, de
formato alongado e arredondado
Necrólise epidérmica tóxica Nascimento a primeiras semanas Eritema cutâneo difuso, sensibilidade, erosões
de vida
Dermatose erosiva e vesicular Nascimento Vesículas e erosões
Hemangiomas e malformações vasculares Nascimento ou primeiras Ulcerações sobre eritema vascular ou anomalia vascular
semanas de vida óbvia
Foliculite pustular eosinofílica Nascimento ou mais tarde Múhiplas pústulas, área de descamaçlio
Acrodermatite enteropática Semanas a meses Placas psoriáticas bem-delimitadas, às vezes, vesículas e
bolhas
Epidermólise bolhosa (EB) Nascimento, raramente mais Bolhas ou erosões, distrofia ungueal miliar na EB distró-
tarde fica, ocasional aplasia cutanea
Aplasia cutânea congênita Nascimento Uma ou múhiplas áreas cutâneas deprimidas, recobertas
por membranas, ou áreas ulceradas
Displasias ectodénnicas (DE) Congênitas ou no início da Vesículas ou bolhas
semana
668
Doenças Vesiculares e Bolhosas Capítulo 116 1
Nád<!9a. área perineal; unilateral Achados セ@ anamnese variáveis, cateterização Diagnóstico clínico
de artéria umbilical
Maos e pés, principalmente mediai Prurido intenso; lesões agrupadas nas palmas Clínico; biopsia de pele: pústulas intradérmicas
das maos e plantas dos pés
Distribuição generalizada Checar linfonodos, fígado, baço, sangue e Biopsia de pele: grandes histiócitos
ossos
Distribuição generalizada, sangramento, Estertores, diarreia Biopsia de pele: infiltrado de mastócitos
diáteses
Distribuição generalizada Histórico materno de doença bolhosa Histórico materno, imunofluorescência direta
Face, porção superior do tronco Pancitopenia ocasional; bloqueio cardíaco Biopsia de pele: atrofia epidénmica e derma-
tite em interface vascular; sorologia materna
neonatal positiva (anti-SSA, SSB)
Mucosas oral e genital; membros, principal- Histórico materno de doença de Behçet Complexos imunes drculantes: elevação de lgG,
mente periungueal diminuição do complemento ィ・ュッ ャ セ ゥ」ッ@ total
Generalizada; pode se concentrar no períneo Caso neonatal: grave acometimento ocular, Biopsia de pele: bolha subepidérmica; lmu-
milia nofluorescência direta: lgA linear
Distribuição generalizada Doença do enxerto versus hospedeiro, sepse Biopsia de pele: necrose de espessura total
por Klebsie//a etc.
Generalizada, mais de 75% do corpo ? infecção ou infarto placentário ? Clínico
PaviiMo auricular, lábios, perineo, membros Anomalia vascular contígua geralmente Clínico
evidente
Couro cabeludo, mãos e pés Eosinofilia frequente Biopsia de pele: foliculite com eosinófilos
Ao redor de orifícios e acral Diarreia, irritabilidade, alopecia, histórico de Nível sérico de zinco < 50
hiperalimentação
Qualquer local, especialmente membros e Outros tecidos epiteliais (ou seja, Gl, Biopsia de pele para microscopia el!!trónica
mucosa geniturinário, córnea, traqueia) podem ser ou mapeamento por imunofluorescência
acometidos
Generalizada; há mais bolhas nas mãos e nos O histórico familiar pode ser positivo Biopsia de pele: grandes grânulos de
pés queratoialina
Generalizada, seguindo as linhas de Blaschko O histórico familiar pode ser positivo; olhos, Biopsia de pele: espongiose eosinofnica e dis-
SNC e outras anomalias queratose
Distribuição generalizada Infecções recorrentes por S. aureus, eosinofilia ? Clínico (a concentração de lgE no período
neonatal não é elevada)
Geralmente couro cabeludo, pode acometer Pode estar associada a nevo epidénmico, in- Clínico ou biopsia de pele
qualquer local fartos placentários etc.
Dependendo do tipo específico; em alguns Sudorese, anomalias em membros e boca; Diagnóstico geralmente clínico
casos, acral; linhas de Blaschko na síndrome variável conforme o tipo de DE
de Gotz
Fotodistribuição Anemia hemolítica, urina de coloraçao ro- Anemia hemolijica, urina de coloraçao
sada rosada
Pode ser focal ou generalizada Quadro hematológico compatível com coa- Ausência de proteína C ou S no sangue
gulação vascular disseminada
669
Dermatologia Cllnica
LESÕES CUTÂNEAS TRANSITÓRIAS COMUNS Acne neonatal. A' lesões são observadas I a 2 semanas após
o nascimento em aproximadamente 200/o dos neonatos. Come.
Eritema tóxico neonatal. As le.•ões não estão presentes ao dões, pápulas e pústulas ocorrem na mesma distribuição obser.
nascimento. O eritema tóxico neonatal (ITN) ocorre em 200/o a vada na acne adolescente. As ャ・Nセウ@ se resolvem de fonna espon·
500/o dos bebês nascidos a termo - geralmente, no segundo parto t.1nea.
ou no parto tardio - que são, à exceção disso, saudáveis. É raro em
bebês prematuros e naqueles com peso inferior a 2.500 g. A maio. Miliária. aNセ@ lesões são observadas aproximadamente 1 semana
ria dos casos ocorre entre 24 e 48 horas de vida. após o nascimento. A miliária, ou erupç.1o por calor, ocorre em
A erupção frequentemente é iniciada na face; o tronco, as por- dimas q uente.-., inrubadorns, d umnte feb re ou peJo uso de roupas
ções proximais dos membros e as nádegas são comumente aco-- oclusivas ou muito quentes. A oclusão de duetos sudoríparos
metidos. As palmas das mãos e a..-. plant.1 s dos pés não são afeta- écrinos é o evento inidal. O d ueto se rompe, extrnvnsando suor
das. Ao:; lesões podem ser localizadas em sítios de ーイ・ウNセッ N@ Quatro nos tecidos adjacente.-., o q ue induz inflamação. A oclusão ocorre
tipos de le.o:;ão podem ser observados: márulas, vergões, páp ulas e em dois diferente.-. níveis, produzindo duas formas de miliária. Na
pústulas. Diminut.1 s pápulas e pústulas se sobrepõem a mácula..-. miliária cristalina, a oclusão do dueto écrino na superfície cutânea
ou vergões. Novas lesões aparecem conforme a..o:; mais antigas se leva ao acúmulo de suor sob o estrato córneo. A le.<ião aparece
re.•m lvem. A colornção de Wright de u ma pústula mostra inúmero..-. como uma got.1 de orvalho, transparente. Há pouco ou nenh um
eosinófilos. O achado de eosinofilia periférica é incomu m. eritema. As vesírulas surgem isoladam ente ou em grupos. A mi liá-
ria rubra é resultante da odusâo da seção intraepidérmic.a do
Melanose pustular transitória neonatal. As lesõe• e.-.. ducto sudoriparo écrino. PápuJas e vesículas cercadas por um halo
t.1o presentes ao nascimento, mas podem ser negligenciadas por eritematoso ou por eritema d ifuso se desenvolvem, devido à rea-
1 a 2 dias. A melanose pustular transitória neonat.1l (MP'TN) ção in flamatória. cッ ューイ ・Nセウ。@ de água fria e ven tilação adequada
ocorre em 2%, a 5% dos neonato..-. ou bebês negro..-. e em 0,6o/o do..-. são as únicas med idas necessárias ao trat.1mento deste ーイッ」・ウNセ@
bebês brancos, アオセ@ à exceç.1o disso, são saudáveis. Ve.-.iculopústu· autolimitante.
las, sem eritema subjacente, se ro mpem e formam u ma mácula
hiperpigmen tada, com colarinho de desc.amação. As lesões po-
dem ser solit.i rias ou agrupadas; a maioria apresent.1 de 2 a 3 m m
de diâmetro. São localizadas na test.1, atrás das orelhas, sob o
q ueixo, no pescoço e nas costas, e nas mãos e nos pés. aNセ@ palmas
das mãos e plant..s dos pés podem ser afetada,. A• lesões são
muito su perficiais, locaJizadas no estrato córneo ou logo abaixo
dele. A coloração de Wright mostra leucócitos polimorfonucleares
neutró61os (PMN); pode haver predomínio de eosinó61os. O
trat.1 men to não é necessário. A-. pústulas se resolvem em alguns
dia.'i; máculas pigmentadas podem persistir por semanas a meses.
Uma diferenciação clara entre a MPTN e a ETN nem sempre é
possíveL O nome p ustulose transitória neonat.1I estéril foi pro-
posto, unificando estas doenças.
670
117 1
Doenças do Tecido Conjuntivo
671
Dermatologia Cllnica
.g"'
セ@ o o
100 100
"'2 80 ESP 80 LECS
セ@ .,. 60 60 (\
{1
セ@ 40 ·
セ@ 20·
E o o \
セ@
100 100
セ@
ê 80 DMTC 80 LED
6: 60 60
40 40
20 20
o o
Centrômero ds-DNA n-RNP SS-A/Ro S<i-70 Centrômero ds-DNA n-RNP SS-A/Ro Sci-70
ANA ss-DNA Sm SS-8/La Histona ANA ss-DNA Sm SS-1!/La Histona
Figura 17-1
672
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
I I
1
Diagnóstico funcional
+
Estudos essenciais ao diagnóstico
I I I I
1
Estudos adK:ionais
para
facilitar a definição do
Ecocardiograma diagnóstico (Aconselhe nONA (ssDNA, dsDNA)
Eletroneuromiografia consulta a um reumatologista) Sm
Estudos de condução nervosa nRNP
Deglutição de báriofTGIS/Ba E SS·A (Ro)
Testes de função pulmonar SS·B (La)
Biopsia do mCJsculo Centrômero
Cintilografia da gtandula salivar Scf·70
Biopsia do ャセ「ゥッ@ Anticorpos anti-histona
Estudos da tireoide Anticardiolipina
Angiografia C3, C4, CHSO
Exame da artéria temporal superficial VDRL ou RPR
Colonoscopia Anticorpos tireoidianos
Exame do intestino Hepatite (8, C)
Anticorpos celiacos
Diagnóstico
673
Dermatologia CHnica
..
positivos ocorrem em doadores normais de sangue e em pacientes
oom doença hepática crônica, neoplasma, ou com infecç:Jo crô-- Doença mista do tecido conjun!JVO 100
nica ativa. Esses pacientes gualmente possuem um útulo menor Normal
do que aqueJes em pacientes com doenÇ41S autoimunes. Todos os
Mocificado de Harmon CE: Med CJin Not1h Am 69:547. 1985.
testes de autoanticorpos devem ser interpretados no contexto da PMID: 3892191
ゥョヲッ。セ@ drnica disponível.
o
PADRÕES DE ANA
AntiDNA
Periférico (rim)
(não é visto em HEP-2)
u:s
hッセ@
(difuso)
o AntiDNA
Anti-llistona
AntiDNP (nudeossomos)
セᄋ@
LfS & SS
Anti-Ro&La
Pontilhado PM1>M
Anti-Jo.-1 & M>-2
ESP (Sist!mico)
Anti-Sd-70
CentrOmero Anticentrômero
I I ESP (CREST)
Nudeolar
0 Figura 17-3
Antinudeolar
I I LfS & ESP
674
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
Tabela 17-4 Significado Diagnóstico dos Achados Imunológicos no Soro e nas Biopsias de Pele nas Doenças do Tecido Conjuntivo
Achados na biopsia:
lmunofluorescência
Doença direta Achados sorológicos Relevância
LE sistêmico Banda lúpica {depósitos Tftulo elevado de ANA {cerca de 95%-99%); anticorpos IFD, ANA e ENA sao geralmente
imune granulares, lgG e/ou contra nONA cerca de 50%-75%; anticorpos contra DNP diagnósticos; anticorpos contra
lgM) <50%; anticorpos contra Sm em cerca de 20%; anticor- nONA e Sm sao marcadores de
lgA, C3 na JDE na pele le- pos contra RNP em cerca de 5%-30%; anticorpos contra diagnóstico
sionada e/ou normal (mais 55-A em cerca de 30%-40%; anticorpos contra ss-B em
de 90% na pele exposta ao cerca de 1%-15%; anticorpos antifosfolípides em cerca
sol) de 30%-50%; anticorpos contra PCNA em cerca de 2%-
10%; anticorpos contra Ku(Ki) em cerca de 10%
LE discoide Banda lúpica. sobretudo Essencialmente negativo; título de ANA usualmente no Banda LE altamente caracteristica
lgG e c APENAS na lesao intervalo normal
LE cut âneo Banda lúpica na lesao ANA positivo em 70%; anticorpos contra 55-A (Ro) IFD e anti-55-A (Ro) altamente
subagudo positivos em mais de 60% característicos
LE neonatal Banda lúpica na lesao ANA positivo em 30%; anticorpos contra 55-A (Ro) em IFD e anti-55-A (Ro) altamente
{cerca de 50%) 100%; anticorpos contra 55-B {la) em cerca de 60% característicos
LE induzido por Banda lúpica na lesao {raro) ANA positivo em mais de 90%; histona positiva em IFD e anticorpos contra histona na
droga cerca de 90%; outros anticorpos contra nONA e ENA ausência de outros anticorpos nu-
negativos deares altamente característicos
Doença mista do lgG nuclear ou banda lú- Anticorpos de ANA pontilhados em mais de 95% e an- Sorologia e/ou IFD do núcleo
tecido conjuntivo pica na epiderme normal e/ ticorpos contra RNP em mais de 90% diagnosticam para DMTC, LES
ou lesionada ou ESP
Síndrome de Negativo ANA positivo em cerca de 55%; anticorpos contra 55-A Resultados sorológicos positivos
Sjõgren (Ro) em 43%-88%; 55-B {la) em 14%-60%; RF positivo sustentam o diagnóstico
Esclerose sistê- lgG nucleolar na epiderme ANA {cerca de 85%) pontilhado ou nucleolar; anticor- IFD de valor limitado; anticorpos
mica progressiva em poucos casos; na maio- pos contra centrômero no CREST {70%-90%); anticor- contra centrômero sao marcado-
(esclerodermia) ria negativo pos contra Sd-70 na esclerose difusa (45%) e na acro- res diagnósticos no CREST; anti-
esclerose {15%-20%) corpos contra Sei-70 sao marca-
dores diagnósticos na
esclerodermia
Polimiosite/ Negativo ANA geralmente positivo {mais de 80%); anticorpos Valor limitado, mas resultados
dermatomiosite contra Jo-1 em 30% na PM, 1O% na DM; anticorpos sorológicos positivos suportam o
contra 55-A (Ro) em 55% na PM/ esderodermia de so- diagnóstico
breposiçao; anticorpos contra Ku {Ki) em 1O% na PM/
esclerodermia de sobreposiçao
Artrite Negativo ANA geralmente negativo ou thulo baixo; RF positivo Resultados sorológicos positivos
reumatoide em cerca de 90%; RNA positivo em cerca de 70%-90% suportam o diagnóstico
e 95% dos casos de RF-negativo
JDE, Junção dermoepidérmica; IFD, imunofluorescência direta; DM, dermatomiosite; DNP, proteína desoxirribonudear; ENA, antígeno nuclear
extraível; LE, lúpus eritematoso; DMTC, doença mista do tecido conjuntivo; PCNA, antígeno nuclear de proliferação celular; PM, polimiosite;
ESP, esclerose sistêmica progressiva; RNA, anticorpos para antígeno nuclear associado à artrite reumatoide; RF, fator reumatoide; LES, lúpus
eritematoso sistêmico.
675
Dennatol ogla CHnica
1
Avaliação para artrite reumatoide, .----
lúpus eritematoso (LE}, esclerodermia, Legenda
slndrome de Sjõgren. polimiosite e doença SNC: Sistema nervoso central
mista do tecido conjuntivo CREST: Calcinose. doença de Raynaud.
O Testes de primeira linha alterações esofágicas. esde<odactilla
e telangiectasia
Titulo > 3,0 UI para ANA leva o laboratório DTC: Doença do tecido conjuntf.o
a realizar testes de segunda tinha Lf: lílpus eritematoso
O Testes de segunda linha '----
I
1
セQᅮsico@
de artnte
reurnatoíde -- Anticorpos contra
peptfdeos ddicos
dtruinados
Anticorpos
antinudeares -
(ANA)
d ,OU Mゥ セZ。ョ@ I
T
1 1
Anncorpos Anticorpos contra
Anticorpos AnticOtpos contra
annDNA de Frta antigenos nucleares
anticentrOmero ribossomo P
-
dupla (ds·DNA)
LE
extratveis
S!ndrome de CREST
-LE e
pode IndiCar a
de
ーイ・ウョセ。@
comprometimento
doSNC
1 1
Anticorpos Anticorpos Anticorpos Anticorpos Anticorpos Anticorpos
contra SS·AIRo contra SS·Billl Sm RNP Scl·70 Jo-1
1-- t---
Sfndrome de Sfndrome de LE Doença mista Esderodermia Polimiosite
Sjõgren ou Sjõgren ou do tecido
outras DTC outros DTC conjuntivo
Figura 17-4
676
Doenç.as do Tecido Conjuntivo Capítulo 117 1
fator reumatoide, que possui baixa espo.cificidade para a AR. anticorpos contrn SS-A. O anticorpo contra SS-B (La) é
o teste para anticorpos contra CCP provou ser cnnfiável na visto em 50% a 60% dos casos de síndrome de Sjõgren
diferenciação da AR das outras doenças do tecido cnnjuntivo. e é especifico se for o único anticorpo ENA presente;
Esse exame não é um lf!Sit! de triagem ideal, uma vez que ele 15% a 25% dos pacientes com lúpus eótematoso sisté-
f. positivo em menos de 80% dos pacientes com AR, e os re- mico (LFS) e 5% a 10% dos pacientes com esclerosc sis-
sultados negativos do teste não excluem de fonna cnnclu- témica progressiv:. também possuem esse anticorpo.
siva :t AR. Os testes aJtamente positivos para anticorpos
C. Autoanticorpos cnntra Sm, no soro (Sm): Anticorpos
ccr ーッウセオ・ュ@ um valor preditivo positivo muito alto para contra o antígeno Sm sffo alt.1mente espeá6oos para o
essn doença.
lES. O teste p:1ro anticorpos Sm não possui sensibiJi ..
2. Anticorpos antinude.ares (ANAs) - Um teste com resultado dade; e esse auto<.1nticorpo é detectável em apenas
neg;ttivo para ANA é útil para a exclu.•ilo do h1pus eritema- aproximadamente 30% dos pacientes com LE•.-':; doeu·
toso e da esderodennia, as duas doenças do tecido conjun- mentado. A ーイ・ウョZセ@ de anticorpos contra Smith (Sm)
tivo mais comumente encontradas além da AR. Outros auto- está frequentemente as..'COdada à doença renal.
anticorpos específicos da doença raramente: ocorrem no soro
O. Autoaoticorpos contr.l U(l) RNP, no soro (U!RNP):
que apresenta resultado negativo ou que possui baixos níveis
Anticorpos cnntra Ul RNP ocorrem em diversas e dife-
de reatividade aos ANA. O uso de um ponto de corte de 3,0
rentes doenças do tecido conjuntivo, incluindo a doença
unidades internacionais para ANA pe.nnite a det.eeção de mista do tecido cnnjuntivo e o LFS. O achado de anti-
>90% dos soros com um autoanticorpo espeáficn identificá-
corpos contra U1 RNP na ausênàa de antioorpos contra
セ@ nos t.eslf:S de: acompanhamento. Se o teste de triagem
ds--DNA e anticorpos contra outras ENAs é oonsistentc
para ANA for> 3,0 unidades, testes de segunda linha s.io rea-
com o diagnósticn de doença mista do tecido conjun-
lizados para autoanticorpos especificas da doença adicionais.
tivo. Anticorpos cnntra UI RNP têm sido relatados em
71% a 100% dos pacientes com 、ッ・ョZセ@ mista do tecido
TESTES DE SEGUNDA LINHA. o segundo nfvel de testes conjuntivo.
inclui os quatro componentes a seguir: E. Autoanticorpos contr.l Scl-70, no soro (Scl-70): Anti-
1. Anticorpo contra DNA de fita dupla (dsDNA), lgC, soro corpos contra ScJ ..70 reagem com a enzima DNA topoi·
(anti-<bDNA) -Um teste com resultado positivo para anti- some.rase T e são altamente especificas para a esclel"()--
corpos anti-dsDNA é encontrado em até 82% dos pacientes dennia. Anticnrpos contra Scl-70 têm sido relatados em
com lúpus eritematoso (LE) ativo. Os anticorpos anti-d•DNA aproximadamente 40% d<>-< pacientes com escleroder-
do altamente específicos para o LI'., o que toma esse teste mia. A presença de anrirorpos contra Sd·70 é: con.sU.
útil p.>ra a confirmação do diagnóstico. Baixos níveis podem tente com o cliagnóstico de esclerodennia e inclica um
contribuir para re.atividade falso-positiva. Os níveis de anti- risco aumentado de comprometimento sistêmico, in-
dsDNA se correlacionam com a atividade da doença. Solicite-o cluindo fibrose pulmonar.
como um exame de supone para monitorar a ativicbde da
F. Autoanticorpos cnntra jo-1, no soro (Jo-1): Anticor-
、ッ・ョZセ N@ Anticorpos anti-dsDNA também s3o encnntrados em
pos contra ]o-I são altamente e.speáficos para polimio-
20% a 30% dos pacientes com síndrome de Sjõgren, 20% a
site, mas ocon-em em apenas aproximadamente 20%
25% dos pacientes com 、ッ・ョZセ@ mista do tecido conjuntivo
dos pacientes com polimiosite. A presença de anticor-
(DMTC) e em menos de 5% dos pacientes com e.o;clerose sis-
pos contm Jo-1 também é encontrada em pacientes
tê mica progressiva (F.SP).
oom dennatomiosite ou miosite associada à outra doença
2. Anticorpos contra antigenos nucleares extrafveis, no soro reumática. O achado de anticorpo..<i contra Jo-1 indicn
(ENA) -Os anticorpos contra o grupo dos ENA consistem um risco aumentado de doença grave com comprome-
em seis autoanticorpos direcionados contra ribonudeopmteí- timento pulmonar e fibrose.
nas nucleues pequmas (snRi'IPs) e enzimas. Os autoanricor-
3. Anticorpos contra o CattTõmuo, IgC, no soro - Os anti·
pos contra esses antigenos individuais são marcadores ウッセ@
corpos contra centrõmero demonstram um padrão ANA es-
lógicos importantes de doenças particulares do tecido
peáfico, que est1 presente em 80% a 90% dos indivíduos
conjuntivo.
com esderodcrmia_, variante CRF.Sf. O padrão também é
A. Autoanticorpos contra SS-A/Ro, no soro (SS-A): Anti- visto em 30% dos pacientes c.om fenômeno de Raynaud;
cnrpos contra SS-A ocorrem com frequblcia variável 12% dos padentes com doença mista do tecido conjuntivo,
em diversas doenças do tecido conjuntivo, incluindo esderodennia difusa, fibrose puJmonar intersticiaJ e cirrose
síndrome de Sjõgren, LE e AR Quando presentes de biliar primária; e em uma pequena porcentagem dos pade.n·
forma isolada ou com anticorpos SS-B, o ach:1do desse tes com LES e AR.
;,utmmtioorpo é consistente com a síndrome de Sjõ-
4. Anticorpos contra Ribossomo P, lgC, no soro - Os auto-
gren. Os :mticorpos SS-A são encont-mdos em aproxi-
anticorpos que reagem com イゥィッセュウ@ citoplasmáticos são
madamente 60% dos pacientes com sfndrome de Sjõ-
aJtamente e:spedticos p:1rn lúpu." eritematoso sistêmico. Anti·
gren e 35% dos pacientes com LES.
corpos contra ribossomo P são encontrados em aproximada·
B. Autoanticorpos contra SS-B/La, no soro (SS-B): Anti- mente 12% dos pacientes com LES e em 90% dos pacientes
corpos contra S>B raramente ocorttm isolados e são com psicose lúpica; o útulo geralmente aumenta mais de
encontrados com maior frequência no soro que oontém cinco vezes durante. e. antes as fuses ativas de psicose.
677
Dermatologia Cllnica
Tabela 17-5 American Col/ege of Rheumatology: Critério Revisado de 1997 para a Classificação do Lúpus Eritematoso Sistêmico•
Definição Critério
1. Erupção cutânea malar Eritema fixo, plano ou elevado, sobre as proeminências ma lares, tendendo a poupar os sulcos nasolabiais
2. Erupção cutânea discoide Trechos eritematosos elevados com descamaçao ceratótica aderente e obstrução folicular; uma cicatrização
atrófica pode ocorrer nas lesões mais antigas
3. Fotossensibilidade Erupção cu1anea como resultado de reação nao usual à luz do sol, pela história do paciente ou observação
médica.
4. Úlceras orais Ulceração oral ou nasofaringea, geralmente sem dor, observada pelo médico
5. Artrite Artrite nao erosiva que compromete duas ou mais articulações periféricas, caracterizada por sensibilidade,
edema ou efusão
6. Serosite (a) Pleurite - história convincente de dor pleural ou atrito ouvida pelo médico ou evidência de efusao
pleural.
ou
(b) Pericardite - documentada pelo ECG ou atrito pericárdico ou evidência de efusão pericárdica
7. Doença renal (a) Proteinúria persistente maior que 0,5 g ao dia ou maior que 3+ se a quantificação nao foi realizada
ou
(b) Cilindros celulares - podem ser eritrócitos, hemoglobina, granular, tubular ou misto
8. Doença neurológica (a) Convulsões - na ausência de substancias indutoras ou desarranjos metabólicos conhecidos (p. ex.,
uremia, cetoacidose ou desbalanço de eletrólitos)
ou
(b) Psicose - na ausência de substâncias indutoras ou desarranjos ml!tabólicos conhecidos (p. ex., uremia,
cetoacidose ou desbalanço de eletrólitos)
9. Doença hematológica (a) Anemia hemolítica - com reticulocitose
ou
(b) Leucopenia- menos de 4.000/mm' total em duas ou mais ocasiões
ou
(c) Linfopenia - menos de 1.500/mm' em duas ou mais ocasiões
ou
(d) Trombocitopenia - menos de I 00.000/mm' na ausência de substâncias indutoras
1O. Doença imunológica (a) Anti-DNA: anticorpo contra DNA nativo com ütulo anormal
ou
(b) Anti-Sm: presença de anticorpo contra antígeno nuclear Sm
ou
(c) Achado positivo de anticorpos antifosfolípides baseado em (1) um nível sérico anormal de anticorpos
anticardiolipina lgG ou lgM, (2) um resultado de teste positivo para lúpus anticoagulante usando um mé-
todo padrão, ou (3) um teste sorológico falso-positivo para sífilis sabido como positivo por pelo menos 6
meses e confirmado pela imobilização Treponema pa/lidum ou teste de absorção de anticorpo de trepo-
nema fluorescente; métodos padrões devem ser u1ilizados no teste da presença de antifosfolípides
11. Anticorpo antinuclear Um título anormal de anticorpo antinuclear por imunofluorescência indireta ou um ensaio equivalente em
qualquer ponto do tempo na ausência de drogas conhecidas por estarem associadas à síndrome do " lúpus
induzido por droga•
..
De Hochberg MC: Arthotrs Rheum 40:1725, 1997. PMID: 9324032
•o diagnóstico proposto é baseado em 11 critérios. Com o propósito de identificar pacientes em estudos clínicos, pode-se dizer que uma
pessoa possui lúpus sistêmico eritematoso se quatro ou mais dos 11 critérios estiverem presentes, serial ou simultaneamente, durante
qualquer intervalo de observaçao.
678
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
Os critérios de classi6caç1ío do Arnerican College of Rheumato- mente,. é compatível com o diagnóstico de LE. F...'\....es critérios em
logy (ACR) para o LES foram atualizados em 1997 HGBセカ N イ ィ ・オュ。 ᆳ uma forma modificada estão ilustrados na Figura 17-5.
tology.org) (Thbela 17-5}. a」イ・、ゥエ。セ\@ que a pre.<enç.• de quatro ou Existem diversas formas (subgrupos) de lúpus eritematoso
mais entre os 11 parâmetros, de fonna seriada ou simultanea- cutâneo (Thbela 17-6}.
LECS, Papuloescamoso (pso- Geralmente espalhado, lesões sem cicatriz com Alterações hidrópicas marcantes ao
10%-15%* riasiforme), 8% descamação associada, despigmentação e telan- longo da camada de células basais epi-
giectasias na face, no pescoço, na porção superior dérmicas
Anular, policíclico. 5%* e extensora do braço (distribuição fotossensível)
que dura semanas a meses; lesões geralmente Infiltrado moderado de células mononu-
cleares apenas na derme superficial
agravadas pela exposição ao sol
Geralmente associada ã doença extracutânea, mas Atrofia pilossebácea. hiperceratose; a co-
doença renal grave ou do sistema nervoso central !oração de IF direta revela depósitos de
não são comuns lgG discretos e pontilhados no cito-
plasma das células basais, associado a
Anticorpos antinucleares e anticitoplasmáticos fre- anticorpos contra Ro/SS-A
quentemente presentes (60% dos pacientes)
Anticorpos contra dsDNA presentes em baixa con-
centração no soro em 30% dos pacientes; hipo-
complementenemia rara
HLA-A 1. HLA-88 e HLA-DR3 significativamente ele-
vados
Depósitos subepidérmicos de imunoglobulina pre-
sentes em apenas 50% das lesões e 30% da pele
não comprometida
LE cutâneo Lesões eritematosas lo- Transitório (horas a dias) Alterações hidrópicas ao longo da ca-
agudo, calizadas e infiltradas mada basal epidérmica
(áreas malares da face Doença muhissistêmica geralmente presente; do-
30%-50%*
ença renal comum Infiltrado de células mononucleares es-
- erupç!lo cut ânea em
casso e edema na denne superior
borboleta) Anticorpos antinucleares geralmente presentes
Eritema infiltrado ex- Anticorpos anti-dsDNA presentes em 60%-80%
tenso (face, couro cabe- dos pacientes, geralmente em alta concentração;
ludo, pescoço, porç!lo hipocomplementenemia comum
superior do tórax, om-
bros, região extensora Depósitos subepidérmicos de imunoglobulina co-
dos braços, dorso das mumente encontrados na pele lesionada (> 95%) e
mãos) não lesionada exposta (75%)
..
MOdifiCado de G1lham JN, Sonthe1mer RD: 1 Am Acad Dermato/ 4:471, 1981 PMID: 7229150; and Valesk JE er a/.: 1 Am Acad Dermatol
27:194, 1992.
• Porcentagem de incidência estimada no lúpus eritematoso sistêmico.
dsDNA. DNA de fita dupla.
679
Dermatologia Cllnica
O
Alopecia - - - - - - - --- Fotossensibilidade
Proteinúria
> 3,Sg/24 h -------- Anticorpos contra ONA
ou células lúpicas
formadas in vitro
celulares
Fenômeno
de Raynaud
I I
'
Anemia hemolrtica
ou leucopenia Artrite sem
ou trombocitopenia deformidade
Figura 17-5
Tentativas foram feitas para agrupar pacientes em ウ オ 「ァイオーッNセL@ de Achado LED (%) LECS (%) LEA (%)
forma a definir grupos mais homogêneos, com um rurso ou res-
T'rtulo ANA ("'1: 160) 4 63 98
posta ao tratamento previsível. Subgrupos deLE foram definidos
pelas manifestações cutâneas presentes em alguma..-. fonnas na Anti-dsDNA Raros 30 60-80
maioria dos pacientes com lúpus. A classificação na Tabela 17·5 VHS maior que 30 Poucos 59 90
divide o LE rutâneo em três tipos com base na aparência clínica Preparaçao de célula LE 2 55 80
da lesão rutânea: LE cutáneo crônico (l E discoide cicatricial
C3 ou CH50 baixo Raros Raros 90
fLEDJ), LE cutâneo subagudo (LECS) eLE rutáneo agudo (LEA).
Uma comparação dos achados laboratoriais nesses ウオ「ァイーッNセゥ@ é Contagem de leucócitos 7 19 17
menor que 4.000/mm'
mostrada na Tabela 17-7.
Uma visão geral sobre as síndromes do ャ ー オN セゥ@ aparece na Fi· Fator reumatoide 15 19 37
teste do látex positivo
gura 17-6.
Nível baixo de Poucos 15 50
hemoglobina
VDRL biológico falso- Poucos 7 22
positivo
680
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 1171
1
Fotossens.ibilidade Foto distribuição Placas vermelhas Aparece no primeiro mês Erupções cutaneas -
Cabeça e pescoço Tronco Foto distribuição Distribuição fotossenstvel incomuns
Placas Padrões Sem atrofia Padrões
Atróficas ou Papuloescamoso Face com erupção Papuloescamoso Orogas
Hipertróficas Anular cutanea em Anular Procainamida
Hipopigmentação Crônico, recorrente "asa de borboleta • Hidralazina
Cicatrizes Sem cicatriz Eritema na palma Bloqueio cardiaco cong@nito lsoniazida
Obstruções foliculares da mão SOo/o dos casos Outras relatadas
Alopecia cicatricial Defeito permanente
Telangiectasia (palmas) Anticorpos antifosfolfpides Sintomas
Capilares do leito ungueal Febre, artralgia,
Alças meandrantes mialgia, pleurite,
Alopecia pericardite
Figura 17·6
68 1
D ermato logia CHnica
セ@
"t!il
1> ' rtll
"'
セ@
セ@ $
'
4.1'<'
t
.G;n セ@ セ@
Figura 17-7 LE cutâneo crônico (LE discoide). Uma lesão ini- Figura 17-9 O LE discoide é mais comum em negros. As le-
cial. Placa bem definida, elevada, de superfície plana, com sões hipopigment adas típicas são desfigurantes.
descamação aderente.
682
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
Obstrução f olicular proeminente em uma placa de LE discoide localizada Alopecia cicatricial no couro cabeludo; fase final da
no couro cabeludo. doença . As estruturas foliculares foram substituídas
por tecido cicatricial.
Figura 17-11
683
Dermato logia CHnica
Figura 17-12 Padrão papuloescamoso. As lesões são confinadas às áreas expostas na metade superior do corpo.
684
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
•
I
...
...
Figura 17-13 Padrão anular policíclico. As placas anulares possuem uma borda erit ematosa descamativa, a área central é hipo-
pigmentada e a erupção está confinada ao dorso e às mãos.
685
Dermatologia CHnica
Lúpus eritematoso sistêmico • Valores diminuídos do complemento {C3 e C4) são en-
contrados.
VISÃO GERAL DO LES • Anticorpos antifosfollpides estão presentes.
• Proteinúria, hematúria miaoscópica e dearance de creaú-
Uma カゥウNセッ@ gemi do LES pode ser acessada n o National Cuídeline nina diminuído est.'o presentes..
Cltaringhouse (www.guideline.gov).
DIA GNÓSTICO. Não há um único sintoma ou achado que
DEFINIÇÃO. O lúptL' eritematoso sistêmico é uma sfndrome seja, em si, suficiente para n e.labomção do diagnóstico. Quando
C.1r.:tcterizadn pela diversidade clínica, peJas alterações na ativi .. há suspeita de LE.S, as ゥョ カ・Nセエゥァ。ウ@ laboratoriais bá."irns são ns
dade da doençn ao longo do tempo, pelos achados imunológicos seguin tes:
aberrantes e, especialmente,. pela pre.セ・ョ。@ de anticorpos antinu·
• Contagem d e glóbulos bronca-• e hemácias
cleares (ANA).
• Contagem de p laquetas
• Velocidade de hemossedimentação
EPIDEMIO LOGIA. A prevalência do LF.S no mundo é de 4 a
• Mensuração do,; anticorpos antinucleares
250 por 100.000. Cerca de 90% dos pacientes S<'lo mulheres. A
incidência é mais frequente em mulheres com idade entre I 5 e 25 • Exame da urina com fitas reagentes (glicose, proteínas
anos. etc.) e urinálise
O diagnóstico é baseado nos sintomas clínicos, nos achados
APR ES ENTAÇÃO CÚNICA. A apresentação clínica varia en· laboratoriais e nos critérios de classificação do American CDlJ.ege of
rre diferentes pacientes, e em um único paciente a atividade da Rhrumatology (ACR), 1997 (Tabela 17-S). O paciente deve ser enca-
doença v:tria com o tempo. Sintomas gerais como fadiga e febre minhado a um especialista parn a confirmação do diagnóstico.
.s.io comuns. A maioria dos paàentes tem artralgia, sobretudo nas
mãos. Cerca d e 50% dos pacientes têm r.aracterístícas cutâneas, TRATAMENTO. O tratamento é sempre individual e depende
r.omo1 por exemplo, erupção rut.i.n ea em "a!ia d e borbolet.1 .. e das manifestações da doe.nçn e sua õltividade. Não há necessidade
lúpus discoide, bem como fotossensibilidade; enquanto 33% dos de tratamento somente com base nos achados imu nológic..os. Os
pade.ntes apre.11entam uJceraçôes orais. Aproximadamente 50% pacientes devem ser encorajados n evitar a exposição solar e a オNセョイ@
dos padentes têm nefropatia, que varia de proreinúria leve e he.. protetores solares.
matúria miaoscópica à insuficiência renal r.e rminal. Cerca de As drogas mais importantes u sadas no tratamento do lES são
20% a 40% dos pacientes apresentam pleurite. Pneumonite aguda as seguintes:
e alveolite fibrosante crônica são relativamente raros. • Medicamento,; anti-inflamatórios não esteroidais
A pericardite é de certa forma mais incomum do que a p leu- • Hidroxidoroquina
rite. Alteraçõa nas ondas T no elerrocardiogrnma (ECC) são • Conicosteroides
comuns. A depressão e a dor de cabeça são os sintomas neurop- • Drogas imunos.wpressora.s (p. ex.. azatioprina, cidofosfa-
siquiátrico.s mais comuns. Crises convulsivas tônico-donicas mida, metotre:x.:tt01 micofenolato)
ァ・ョ N イ。ャゥセ、ウ@ e psicose orgânica são raras. A neurop;'llia perifé· A ィゥ、イックアオョセ@ e os mm.ic:amentos anti-inflamatórios
rica é observada em cerrn de 10% dos padentes, e aproximada· não esteroidais são utilizados no tratamento dos sintomas leves,
mente 10% apresentam complicações tromboembo lfticas ou como, por exemplo, manifestaç.ões rutâneas e artmJgia. Quando a
h emorrágicas n o encéfalo. Os linfonodos podem aumentar em resposta é insuficiente ou C(U:'Indo o paciente apresenta fadig.1 ou
rnmnnho, especialmente quando a doença está atjva, Há o risco ヲ・「イセ@ u ma dose baixa d e corticosteroides (prednisolona .!) a 7,5
d e pe.rdn fetal no primeiro e segundo trimestre" e d e nascimento mgfdia) pode ser adicionada. No tratamento da pleurite ou peri-
pre mnturo. cardite, quantidades maiores de corticosteroides (cerca de 30 mg
de prednisolona ao dia) são usadas. Para o tratamento dos sinto-
A CHA DOS LABORATORIAIS. Os achados laboratoriais são mas graves do sist.e ma n ervoso central (SNC) e glomerulonefrite
カNセイゥ。、ッウ@ e podem incluir os seguintes: grave, trombocitope:nia e anemia he:molítica, doses maiores de
• A velocidade de hemossedimentação (VHS) esú geral- conicoste:roides e outras drogas imunossupressoras são usadas.
mente eiCY3d.o; o valor da proteína C-reativa (PCR) t frc. O diagnóstico diferendal entn: uma infecção e uma exacerba-
qucntemente nonnal. ção do LES é de extrema imponáncia. Outras drogas que o pa-
• Anemia iセ@ a moderada é comum. Uma anemia hemolf.. ciente pode precisat como, por cxe.mplo, o tratamento anti-hiper-
tica evidente é vista em menos de 10% dos pacientes. tensivo, devem ser lembrada.\.
• Leucocitopenia (linfocitopenia) está geralmente pmente. Se houver sinais de m;:mifestações renais, o paciente deve ser
• Trombocitopenia leve está tipicamente presente. encaminhado a um nefrologista para biopsia renal. Os pacientes
• Anticorpo..'i antinucleares são encontrados e m mais de com LES são geralmente alérgicos a uma variedade de antibióti-
90% dos paciente.•. cos, especialmente as sulfonamidas.
• Anticorpo.." contra ácidos desoxinibonucle.icos (ONA) são A..-. principais 」NQオBZエセ@ d e morbidade e mortalidade e os princi-
encontrados em 50% a 90% dos pacientes. pais parâmetros imunológicos no LES fo ram anaJisados em 1 .000
pacientes (relação mulher para homem de 10:1) em um e.•tudo
• Hipergamaglobulinemia polidonal est.i geralmente pre-
sente. multicêotrico de cinco anos. A Thbela 17-8 mostra as frequências
686
Doenças do Tecido cッョェオBセ^@ Capítulo 117 1
Figura 17-14 A exposição ao sol produz uma erupção não Figura 17-15 lE cutâneo agudo (LE sistêmico). A erupção
pruginosa e descamativa que não se torna atrófica. cutânea em "asa de borboleta" clássica ocorre em 10% a
50% dos pacientes com LE agudo.
687
D ermato logia CHnica
cópio 、・Nセ」イゥエ。@ mais à frente n este capítulo1 a microscopia capilar diferente das u rticas nonnais, elas geralmente são não prurigin o.
periu ngueal revela alças capilares sin uosas e tortuosas em 530/o sas, persistem dias e permanecem rela tivamente fixas q uan to a sua
dos pacientes com LES. Geralmente, alguma desorganizaçiío do localização. F...'\..•i a apresen tação clínica é típica da urtic.iria vasru.
padrão capilar está presen te, mas áreas avasculares são raras e os lite. Na maioria do.'i casos, uma biopsia revela vasculite necro-
capilares n ão estão au mentados (Fig. 17-31 ) . san te, e o teste de banda lúpic.'l é geralmente positivo. Assim, as
lesões u rticariformes são provavelmente um resultado de deposi.
ALOPECIA. A alopecia é uma das prin cipais características do I..ES ção de im unocomp lexos em vez de uma manife.ortação de alergia.
e ocorre em mais de 200tf> do.-. ca.on-.. Ocorrem tanto a alopecia cica-
tridal quanto a não cic.atriciaJ. A perda capilar não cicatricial ocorre FENÔMENO DE RAYNAUD. o fenômen o de Raynaud é
mai.,. frequentemente no LE..<;, e a alopecia cicatridaJ é mais oomum ou tro critério diagnóstico principal para o LES. Ele ocorre em 20%
no LED. Na alopecia não cicatridal, o couro cabeludo pode apresen- ou mais dos pacientes com LE..<; e pode preceder ou tro.'i sinais e
tar área.'i focais ou difusas de eritema e descamação similares à vista sintomas do l ESem meses o u anos. A ーイッァ・ウNセ¬@ para a u lceração
na dermatite seborreic.a. O cabelo, especial mente na região fro ntal, do..-. dedos é mais comum na esderodennia.
Figura 17-16 LE sistêmico. Em contraste com a dermat o- Figura 11-17 LE sist êmico. O eritema e a telangiect asia po-
miosite. o erit ema e a telangiectasia poupam as articulações dem aparecer na região palmar.
dos dedos.
688
Doenças do Teddo Conjuntivo Capítulo
689
D ermato logia CHnica
ativas e a evitar a pele normal cirrundante. As lesões do l EC<; e cos o u com função renal diminuída necessitam de exames mais
LES podem ser tratadas com os estero ides tópicos dos grupos lll a frequentes. O teste do campo visual pode ser re.alizado pela grade
V, aplicados três vezes ao dia. Aqueles que não responderem de- de Arnsler. Ele é simples e barato , é facilmen te ad ministrado em
vem ser antecipados parn o grupo lJ de esteroide tópicos. Descon- casa pelo paciente e pode ser utilizado para triagem do esc.otoma
tinue o tratamento quando as lesões desaparecerem . paracentral relativo superficial.
690
Doenç.as do Tecido Conjuntivo Capítulo 117 1
691
Dermato logia Cllnica
Limites de confiança
PM dtrlinitiva: três ou quatro critérios (DM + ・イオーセッ@ cutânea)
PM provável: dois critérios (DM + erupçao cutânea)
PM possivel: um critério (DM + erupçao cutânea)
Modificado de Bohan A et ai.: Medicine 56:255, 1977 PMID:
327194; a nd Callen JP: Ois Mon 33:237, 1987. PMID: 3556110
692
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
torácica podem estar comprometidos. A força distai está geral· é incomum nos adultos, mas ocorre em até 40% das crianças.
mente preservada. MiaJgias podem ocorrer, e sensibilidade é in co· Nódulos são vistos sobre as proeminências ósseas.
mum . aNセ@ artrnlgias são um sinal presente em 41 o/o dos pacientes.
A fraqueza progride ao longo de semanas a meses; a remissão DERMATOMIOSITE AMIOPÁTICA. o termo dennatomio-
espontfinea pode ocorrer. O reflexo do tendão profundo penna- site amiopática tem sido aplicado a trê.-. grupos de pacientes: àque·
nece normal e a atrofia ocorre mais tardiamente no progre.-.so da les apenas com alterações cutâneas, àquele_,., com alterações cutâ-
doença. aNセ@ alternçõe.'i m usrulares são indistinguíveis daquelas neas apenas no início com subsequente desenvolvimento de
vistas na DM. miosite e àqueles com alterações cutâneas com níveis séricos nor-
mais de enzimas mwKulares no início, mas com miosite demons--
trada por eletromiografia ejou am ostrn de biopsia m usrular.
Dermatomiosite
As carncterístirns assodadas à PM podem preceder po r ュ ・NセウL@ MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS. Existem seis ca-
acompanhar ou seguir os sinais cutâneos. O enfrnquecimento racterísticas dermatológicas da DM. A erupç..1o cutânea do tipo
musrular proxima l é a manifest.1 ção presente mais comum; a heliotropo e as pápulas de Gottron são sinais patognomônicos.
erupção cutânea está presente em 40% dos pacientes quando eles As outras características são uma erupção violácea fotossensível,
são avaliados pela primeira vez. As alterações cutâneas às vezes telangiectasias periungueais, poiquilodermia e descamação e eri·
precedem o surgimento do enfraquecimento muscular por mais tema no couro cabeludo.
de 1 ano. O curso da DM adulta pode ser agudo, crônico, recor-
rente ou ádico. A DM tende a ser uma doença mais grave que a Erupção cutânea do tipo heliotropo. o eritema helio-
PM, com uma miopatia mais grave. A DM ocorre em todos os tropo das pálpebras (heliotropo: cor \rioleta) é um termo utili-
grupos de idade, e igualmente em homens e mul heres. A maligni- zado para descrever a descoloração violácea ao redor dos olhos
dade parece estar associada à doença rutânea. A malignidade ooorre (Fig. 17-19). Ele é um sinal patognomô nico da DM. O edema
em pacientes com dermato miosite que não possuem doença m us. periorbital e a descolornç.1o violeta podem ser o primeiro sinal
cular, mas a incidência de malignidade não é aumentada em pa- cutâneo ou um achado イ ・Nセゥ 、 オ。ャL@ conforme o eritema d ifuso desa.
cientes com apenas a doença musrular (p. ex., polimiosite). parece. Existe uma erupção rut.'inea de cor violácea a vermelho·
escuro com ou sem edema em uma d istribuição simétrica envol·
DOENÇA sitセmcaN@ vendo a pele periorhital. Descamação pode ooorrer.
Artralgias e/ou artrites podem estar presentes com artralgias gene-
ralizadas e enrijecimento matinaL As pequenas artirulações das
mãos, pulsos e tomoze.los podem estar comprometidas com ar-
trite simétrica não deformante q ue não é erosiva.
A doença ・Nセッヲ£ァゥ」。@ com disfugia proximal ou d ist.1 l ocorre em
até 50% dos pacientes. A doença pulmonar ocorre em até 500;b
dos pacientes. A pneumonite intersticial não espeáfica ou dano
alveolar difuso é a apresentação mais comum. O comprometi-
mento cardíaco é incomum. A ca1cinose da pele ou dos músculos
Figura 17-19 Dermatomiosite. Descoloração heliotropo (vio-
lácea) ao redor dos o lhos e edema periorbital.
693
Dermatologia CHnica
Fígura 17-22 Dermatomiosite. Eritema periungueal e telan- Couro cabeludo eritematoso edescamativo. o cou ro
giectasia simila res à vista em outras doenças do tecido con- cabeludo de.<Kamativo é um sinal relativamente comum na DM.
juntivo. lesões eritematosas a violáceas, descamativas e atróficas no cou ro
694
Doenças do Tecido cッョェオBセ^@ Capítulo 117 1
695
Dermatologia CHnica
Teste Importância
Exame da pele e biopsia da pele Estabelece o diagnóstico com alto grau de certeza
Força dos músculos extensores proximais Especialmente os grupos extensores (tríceps e quadríceps)
RM ou ultrassom dos músculos proximais Obter antes, ou em vez disso uma biopsia do músculo (especialmente em pacientes com lesões
cutâneas dássicas)
Biopsia do músculo tríceps Apenas nos casos de difícil diagnóstico
Eletromiograma Apenas nos casos de difícil diagnóstico
Enzimas musculares Creatina quinase, aldolase, lactato desidrogenase. alanina aminotransferase
Enzimas musculares em intervalos regulares Creatina quinase e lactato desidrogenase sao utilizadas para 。」ッュー\セョィイ@ a resposta à terapia
Raios X de tórax ou TC de alta resolução Investigação para doença pulmonar intersticial.
Frequentemente predita por anticorpos anti·Jo-1
Estudos de função pulmonar Demonstra o grau de fibrose intersticial difusa
Estudos difusos (pulmonares) Demonstra o grau de fibrose intersticial difusa
Estudos de motilidade esofágica Para aqueles com incapacidade de deglutir e sintomas de aspiração
Avaliação de malignidade oculta Repetida a cada 4-6 meses durante pelo menos dois anos
Eletrocardiograma Doença cardíaca geralmente não é sintomática
O comprometimento cardíaco é o ーイゥョ」\セ ャ@ fator prognóstico de morte em ー\セ 」ゥ ・ ョ エ・ウ@ com DM
não associada à malignidade
696
Doenças do Tecido cッョェオBセ^@ Capítulo 117 [
dação mais comum é com esclerodennia e é denominada esde- sentará dano das fibras musculares e capilares. Linfócito...- e macró-
rodermatomiosite. A e.-.clerodermatomiosite é uma síndrom e de fugos invadem parcialm ente as fibras não necróticas.
sobreposição d istinta1 com características deLES, esclerodermia e
PM; ela é denominada doença mista do tecido conjuntivo. Entre Estudos eletromiográficos. Es.o;e.< estudos são indicados
os pacientes1 800;b são m ulheres1 e a idade pico de surgimento é para diagno.rtic.ar a 、 ッ・ョ。セ@ mas não para acompanhar a atividade
35 a 40 anos. Clinicam ente, as mulheres vêm ao médico com da doença.
mãos inchadas e dedos afinados1 fenômeno de Raynauc.l motili-
dade esofágica anormal, miosite e linfadenopatia. Títulos altos de Ressonância magnética. A RM pode ajudar a estabelecer o
anticorpos (anti-RNP) contra um antígeno n uclear extraível deno- diagnóstico, a encontrar um local apropriado para biopsia do
minado ribonudeoproteína (RNP) oconem em todos ・NセMウ@ pa- m úsrulo e parn monitorar a ーイッァ・ウNセ@ da doença. Os achados da
cientes1 mas não são exclusivos da doença mista do tecido con- RM incluem o edema ウオ「」エ¬ ョ ・ッセ@ o aumento do conteúdo hí-
juntivo. O ANA está pre.-.ente, mas o Sm está ausente. drico do músrulo, os depósitos intramusculares de cálcio e a in-
filtração gordurosa ou atrofia do músculo.
DIAGNÓSTICO. Medidas para diagnóstico incluem a biopsia
m usrular dos músculos fracos, biopsia rut.-lnea da pele compro- Testes de anticorpos. Testes para autoanticorpo.< espeá6cos
metida1 eletro miografia e dosagem de enzimas m usculares (Th- (ANA, )o-1, SS-A [Ro], Ku [Kil) devem ser solicit.1dos (Thbelas
bela 17-9). Um o u ma is entre esses parâmetros pode estar normal I 7-2 a 17-4, 17-9 e 17-10). E.'>.';e<teste..são de valor limitado para
no momento do d iagnóstico ou d urante o rurso da doença; as- fazer o diagnóstico1 mas resultados séricos positivos ajudam a
ウ ゥ ュセ@ uma avaliação completa é necessária em todos os casos. Os sustent.i-lo. Estudos soro lógicos, 」ッ ュ ッセ@ por exemplo1 fator reu-
pacientes com erupção cutânea sugestiva de DM devem ter o d iag- matoide,. ANA, anti-Ro/SS-A, anti-La/SS-B e anti-RNP são realiza-
nóstico confirmado pela bior-..-ia da pele. Os pacientes com um dos para exduir as doenças vasculares do colágeno associadas.
d iagnóstico confirmado de doença cutánea necessitam então de Título baixo po.'iitivo para ANA ocorre na maioria dos casos,
uma avaliação para doença m usrular. As decisões terapêuticas são mesmo na ausência de doença do tecido conjuntivo. Anticorpos
decididas com base na presença ou ausência de miosite. anti-Ku e.ortão associados à miosite sobreposta com e.'K.Ierodermia
ou lúpus eritematoso sistêmko.
Enzimas musculares. As enzimas musculares são secretadas
quando ocorre dano à célula muscular. A-. seguintes enzimas m us- AVALIAÇÃO PARA POSSiVEL MALIGNIDADE. Os pa-
rulares sérirns podem estar elevadas: creatina quinase HckIセ@ tran- ciente...- com DM devem ser avaliados para malignidade interna
saminase glutâmka-oxaJoacética sérica HaNGitIセ@ alanina amino- (Quadro 17-3). A anamnesecompleta e o exame físico na procura
trnnsferase (ALT), lactato desidrogenase (LDH), ou aldolase. de malignidade devem ser repetidos em determinados intervalos
Todas as enzimas musculares (CK, aldolase,. LDH, ALT, AST) de- (p. ・クNセ@ a cada 4 a 6 meses, particularmente em pacientes com
vem ser dosadas porque pode acontecer a elevação de apenas uma mais de 50 anos). Todos os sinais, sintomas e valores laboratoriais
enzima. As enzimas musculares séricas são dosadas para fins diag- incomuns devem ser avaliados. O risco de câncer e...-tá aumentado
nósticos e para monitorar a atividade da doença. Embora alguns em cerca de seis vezes durante o primeiro ano, mas é meno r d u-
pacientes com miosite apresentem níveis normais de CK1 a maio- rante o segundo ano, sem excessos significativos nos anos de
ria dos e...-pecialistas usa o nível de CK como um guia para a res- acompanhamento su bsequentes. Assim, entre os sobreviventes a
posta clínica ou reativação da miosite. Es..セ。ウ@ alterações podem longo prazo da PM/ DM, há pequena evidência para justifica r
ocorrer meses antes o u depois de uma alteração no rurso clínico, medidas preventivas am plas e triagens após dois anos. Thmo res
predizendo melhora ou ful ha da terapia. A dosagem da concentra- podem aparecer em qualquer região, mas são mais frequente-
ç.;o urinária de creatina (não creatinina) em uma coleta de 24 mente observados em cânceres do ーオャュ ̄ッセ@ ovário1 pâncreas, estô-
horas é um ind icador precoce e sensível de dano m usrular e um mago, região coloretal, linfoma não Hodgkin e áreas nasofarín-
indicador melho r de atividade que a concentração sérica de crea- geas. Os sinais e sintomas da DM geralmente desaparecem logo
tina q uinase. O teste é especialmente útil quando o nível de crea- após a melhora da malignidade.
tina sérica está normaL
697
Dermato logia Cllnica
TRATAMENTO. Os pacientes não trat.1dos mo rrem, ficam in- crina 100 mg duas ve.ze.-. ao dia se a resposta à cloroquina não for
capacitados ou sobrevivem sem sequeJas. Os corticosteroides adequada. As d rogas antimaJáricas não apresen tam efeito sobre a
orais são o tratamento de p rimeira escolha para a maioria dos doença muscular. Reações rutâneas sem risco de vida (erupções
adultos que possuem sintomas cut.1neos e musculares. Drogas morbiliforrnes generalizadas) podem ocorrer em 33% dos pacien-
imunossupres..'ffiras adjuvante.-. são utilizadas se os sintomas m us. tes. Adicione outros agentes sistêm icos, como, por exemplo, me.
rolares não respondem ao..-. esteroides orais. A fisioterapia é essen- totrexano e m baixa dose (5 a 15 mg seman almente) ou m icofe-
ciaJ para p revenir contrnturas articulares e atrofia m uscuJar. A nolato mofetil Inicie o micofeno lato mofetil a 1 g duas ve.ze.-. ao
doença cutânea é trntada com os esteroide:s tópicos dos grupos I a dia e au mente para 1,5 g duas vezes ao dia, se tolerado d urante as
セ@ | protetores solares e outros agente.-.. várias semanas iniciais. O início de aç.1o é lento e outros trata-
mentos são continuados em doses reduzidas; após quatro a o ito
Tratando a doença cutânea. A erupção cut.;nea muitas semanas a doença começ.'l a re.-.ponder.
vezes イ ・ウゥセGエ@ à terapia sistêmica. Os esteroides tópicos dos grupos
T a V reduzem o eritema, mas não acabam com a erupção. Os Calcinose. A cakinose ocorre em algumas crianças e adolescen-
im uno moduladores não esteroidais, como, por exemplo, o tacro- tes. O tratamento precoce agressivo pode p revenir essa complica-
limo unguento (0,1%) ou pimecrolimo em crem e (1%) podem ção. A calcinose é difkil de ser tratada quando já estiver estabele-
ser eficazes e utilizados intermitentemente como agentes poupa· cida. Relatos sugerem qu e o diltiazem pode ser eficaz.
dare.-. de esteroide.<i. A maioria dos pacientes com lesões cutâneas
é fotos...セ・ョウ■カ ャ[@ assim, a exposição à luz solar deve ser minimi· Tratando as doenças cutânea e sistêmica. Os corticos-
zada; protetore.-.solares de amplo espectro são importantes. Agen· teroides sistêmicos são o pilar do tratam ento. Aproximadamente
tes antimaJáricos às vezes são eficazes no tratamen to das lesões 25% dos pacientes não responderão e outros irão desenvolver
cut.;neas. O sulfu to de hidroxidoroquina (200 a 400 mgfdia) é efeitos colaterais. A intervenção precoce com agente.-. poupadores
prescrit o. Adicione q uinacrina (100 mg d uas vezes ao dia) se a de esteroides pode ajudar a induzir e manter a remissão. Já foram
resposta for lenta. Troque para o fosfuto de doroquina (250 a 500 relatados como eficazes o metotrexato, micofenolato mofetil,
mgfdia) se a hidroxidoroquina não fo r eficaz. Adicione q uina- azatioprina, ddofosfamida, doram b ud l o u ddosporina.
Tabe la 17-10 Autoanticorpos Comumente Presentes no Soro de Pacientes com Miopatia Inflamatória ldiopática
Mi·2 5% -35% PM·DM Pontilhado nuclear delicado Erupçao cutânea com sinal em V. alterações no
leito ungueal
Outros autoanticorpos
Ku 5%-1 2% PM·DM Nuclear e nud eolar hom09ênio Síndrome de sobreposiçao
DM, Dermatomiosite; DPI, doença pulmonar intersticial; PM, polimiosite; RNP, ribonucleoproteína; FR, fenômeno de Rayna ud; SRP, pa rtícula de
reconhecimen to de sinal.
698
Doenças do Teddo Conjuntivo Capítulo
Corticosteroides. Os pacientes respondem melhor se o trnta· M.MF sem alterar as outrns terapias na dose de 1 g duas vezes ao
mento for iniciado o mais cedo possí,..,] após o diOJWlóstico. dia e avance para 1,5 g duas vezes ao dia. O início da ação é lento.
Prednisona oral (0,5 a 1,5 mg/kg) é administrada em uma dose Reduza as ッオエイ。セ@ terapias após 4 a 8 semanas. O micofenol:ato
única diariamente (e não em dias alternados) até que o nível de mofetil pode ser utilizado sozinho ou em combinação com o
CK sérica esteja normal. A maioria dos pacientes começa a melho- metotrexato.
rnr após o primeiro més. A melhora da força mu.sc:ular geralmente
vem após a redução dos valores de CK. A dosal!"m é reduzida Azatioprina (lmuran•). Inicie a medicação oral com 2 a 3
durante um período de 12 a 24 ュ・ウNセ@ conforme a atividade da mg/kgao dia (geralmente 100 o 200 mg/dia) diminua parn 1 mgj
doença mel ィッイョ セ@ como indicado peJa mel hora dos sinais clínicos kgao dia uma vez que o esteroide é diminuído para 15 mgao dia
e nfveis reduzidos de enzimas m uscula res. Outro regime envolve (C.•p. 8). Reduz.• m ensalme nte a dosagem em intervalos de 25
os seguinte.• passos: (1) adminístnção d e prednisonn ornl em mg. A dos.1gem d e manutenção é de 50 mg ao dia. Faça a triagem
uma dose diária dividida de 40 a 60 mg/dia (1 a 2 mg/kg em dos pacientes para d eficiência d e tiopurina metiltrnnsferase antes
crianças) até que o nível de CK esteja normalizado; (2) consolida- do tratamento. Os efeitos ndverso.s incluem sintomas gastrointes-
ç.ão da prednisona em uma dose única diária, que é então イ・、オ セ@ tinais, leucopenia por causa da supressão da medula marrom e
z.ída em 25% a cada 3 a 4 semanas, apenas se o valor de CK ainda risco aumentado de linfoma e hepatotoxicidade.
esti\"" normal; e (3) continuação da prednisona até que a dose de
manutenção de 5 a 10 mg/dia seja alcançacb e, nesse momento, Cidofosfamida (Citoxan•). Menos eficaz do que a azatio-
essa d=gem é continuada por 1 ano. O enfrnquromento pro- prina. Inicie a ュ・、ゥ」。セッ@ oral de 1 a 3 mg/kg ao dia ou dose in-
gressivo com valores de CK normais ou não aumentados sugere trnvenosa de 2 a 4 m&fkg ao dia, com prednisona. Há um risco
miopatia esteroide. A redução da forç.• flexorn do peocoço é vista aumentado de malignidade. A ciclosporina (3 a 5 mg/kg/dia) é
com a dermatomiosíte. A força de flexão do pescoço é inalterada um tratamento alt:e.m;ttivo muito eficaz. JmunoglobuJina intrave-
se a miopatia esteroide se desenvolve. nosa (2 g/kg/mês) administrnda mensalmente pode resultar n o
Considen! uma terapia adjuvante se n:io ho uver melhora da desaparecimento das lesões rutâneas. F...'\..<ie tratamento é muito
força musrular após エイ↑Nセ@ meses de ternpin. caro.
Metotrexato. O metotrexato é a primeiro linha d e terapia Fisioterapia. O repouso é es.•encia l para os pacientes com
adjuvante em pacientes n ão responsivos aos e-.1eroides (Cap. 8). doença muscuJar ativ.1. A fisioterapia é muito import..1nte na ad-
In ide o metotre.xato oral de 7,5 a 10 mg por semana, aumentando ministração da DM parn prevenir atrofia e contratura.o.;. A predni-
2,5 mg por semana. para uma dosagem total de 35 mg por se- sona e os agentes imunossupressores tratam a inflamação, mas
mana. A dosagem intravenosa é 10 mg por semana, aumentando eles não tomam o músculo mais forte. Um programa de fisiotera-
2,5 mg por semana, para uma dosagem total de 0,5 a 0,8 mg/kg. pia passivofagres.•ivo deve ser iniciado e. à medida que a dor
Diminuir a dose do esteroide conforme a d()S;)I!"ffi do metotre· muscuJar diminui, um programa de exercido ativo deve ser ini-
xato aumentar. Os efeitos oolaterais ooorre.m com fiequência e ciado. Os pacientes com disfagia devem elevar a cabeceira de sua
incluem ・ウエッュ。ゥ エ セ@ sintomas gastrointestinai.s, ーョ・オュッゥエセ@ pru- cama e evitar comer antes de dormir:
rido, febn:, neutropenia, 6brose hepática e CÍITOSe. A ingestão de
I a 3 mg de ácido fólico diariamente minimiza os efeitos colate· PROGNÓSTICO. O prognóstico é ruim quando há enfraqueci-
rnis. Uma biop.sia hepática antes do tratamento é realizada em mento musrular por mais de 4 meses antes do diagnósrico1 com
pacientes com doença hepática. Os pncientes que n5o tomam disfagia, doença pulmonar e malignidade, e parn os pacientes
bebida nlcoólica excessivamente, não são obesos, não possuem com DM c:om nusêncin de elevação da creatina quinase. A エ。クセ@
diabetes e po.s..'iuem te.'ites normais de função hepática provavel. rumulativa de sobrevida pode chegar a 73% após 8 anos. A poli-
mente. n3o neces..'iitam de biopsias hepáticas periódicas. miosite é quase sempre crônica e possui o maior nível de refrat.'l·
riedade à terapia com conicosteroides. A derrnatomiosite é crô-
M icofenolato mofetil. O micofenolato mofetil (MMF) pode nica, mas geralmente é responsiva à terapia com corticosteroides.
ser eficaz para a doença rutãnea recalcitrante (Cap. 8). Adicione o PMID: I 6010208
699
Dermatologia Cllnica
700
Doenças do Tecido cッョェオセ@ Capítulo 117 1
Comprometi-
Órgão mento (%)
Pele 98
Atrofia ou fibrose esofágica 74
Atrofia ou fibrose do intestino delgado 48
Atrofia ou fibrose do intestino grosso 39
Fibrose miocárdica 81
p・イ ゥ」£イ、ッセZ@ 53
Efusão pericárdica 35
Fibrose pulmonar intersticial 74
Doença pleural 81
Rinst 58
Atrofia do músculo esquelético 41
lnfiltraçao de células arredondadas no 8
músculo esquelético
Tireoide (fibrose) 24
Atrofia adrenal 26
Câncer 2
Leve Grave
Fenômeno de Menos de 5 vezes/dia Mais de 15 vezes/dia, ou ulcerações digitais, ou ambos
Raynaud
Esôfago Oisfagia a alimentos sólidos; deglutição normal de Oisfagia a alimentos sólidos e moles e perda de peso (> 10%);
bário deglutição anormal de bário com dilatação dos dois terços fi-
nais do esófago
Pulmao Sem sintomas: capacidade vital > 70% da predita e Dispneia + capacidade vital < 50% da predita ou capacidade
capacidade de difusão de C02 entre 50% e 75% de difusão de C02 < 33% da predita, P02 < 69% mmHg
do predito, P02 > 69 mmHg
Coração ST não específica Alterações T; angina; aheraçóes isquêmicas definidas pelo ECG;
hipocinesia pelo MUGA scan ou uma fração de ejeção< 30%
Músculo Anormalidades leves no EMG ou CK Miosite definida clinicamente, bioquimicamente, por EMG ou
pela biopsia do músculo
Rim Hipertensão leve ou nível sérico de creatina uma vez Hipenensão refratária, ou nível de creatina sérica quatro vezes
e meia maior que o normal, ou dearance de crea- maior que o normal, ou c/earance de creatina < 20%, ou pro-
tina < 80%, ou proteína de 24 horas < 500 mg teína de 24 horas < 3 g
CK, creatina quinase; ECG, eletrocardiograma; EMG, eletromiograma; MUGA, multiunit gated acquisition.
701
Dermatologia CHnica
ESCLERODERMIA
A pele está firmemente restrita. Os dedos estão contraídos. As pontas dos dedos estão estreitadas e os dedos encurtados
Tapetes telangiectásicos são evidentes na palma das mãos. como resultado da reabsorção distai de osso.
Existem ulcerações na ponta dos dedos.
Figura 17-27
Figura 17-28 Ataques repetidos e cada vez mais graves do fe- Figura 17-29 As telangiectasias são mais óbvias na área perio-
nômeno de Raynaud levaram a ulcerações na ponta dos dedos ral e no pescoço. A pele ao redor da boca é desenhada em sul-
que deixaram cicatrizes em fenda ou em formato de estrela. cos que irradiam da boca.
702
Doenças do Tecid o Conjunú"l'o Capítulo 117 1
Na fuse edematosa, a pele está espes..•i ada, in chada e parece (maadar) com 0,5 em, que são denominados t.1petes telan giectá-
tensa, com edema não depressível sem fendas q ue produz os si- sicos (Fig. 17-27, A). Esses tapetes são mais comu mente e ncontra-
nais iniciais clássicos de fuce semelhante a uma máscara e "'dedos dos na fuce, no.-. lábios e na palma e no dorso das m ãos. As telan -
em salsicha' (Fig. 17-26). O movimento da mão é restrito. A doen ça giectasias podem est.1 r presentes ao redor dos lábios, da língua e
p rogride p ara a fuse ind urativa, e a pele t oma-se dura, finne e das m embrana..-. mu cosas. O compro metimento da mucosa oral
restrin gida. O movimento da mão fica adicionalmen te mais res.. t.1 mbém sugere síndro me de Ren d u-Osler-Weber (telan giectasia
trito. A perda de pelo e a an idrose refletem fibrose e degeneração he morrágica heredit.iria) .
dos apêndice.-. cutfin eos. Áreas mosqueadas pigmentadas e m mar-
rom e hipopigmentada.s ocorrem nos an tebraços, n a porção supe- TRATO GASTROINTESTINAL. A 6brose e a atrofia da
rior d o tórax, no tórax e no couro cabeludo. Ulcerações, telan giec- musculatura lisa podem ocorrer em qual q uer porção do trato
tasias e atrofia aparecem gradativamente. A pele das mãos e dos gastrointestinal (GT) . Aproximadamen te 10% dos pacientes
dedos se tom a delgada, brilha nte, lisa e fi rmemente restringida p o d em 。ー イ ・Nセ ョ エ。 イ@ sintomas GTantes do aparecimen to das alte-
com os dedos contraídos (esclerodactilia: 'deformidade em イ。 ・Nセ@ cut.1neas. A disfugia é o sina l mais comum de compro 4
garra' ) (Fig. 17-27, A). Os dedos estreitam ou afilam d istai mente, metimento GT.
e as fulange.-. te rminais se tomam e nrurtadas como resultado da Disfunção esotãgica com hipomotilidade, disfagia, esofàgite
reabsorção distai d e os.•o (Fig. 17-27, B). de refluxo e estricturas fi.bróticas ocorrem em aproximadamen te
Ataques repetidos e cada vez mais graves do fenômeno de YPENセ@ dos pacientes. O refluxo gastroesofágico em vez de prejuízo
R.1 ynaud levam à ulceração n a p o nta dos dedos e deixam cicatri- da motilidade é a p rincipal rnusa dos sintomas esofágicos. Estu-
zes punti formes ou em forma to de estrela (Fig. 17-28). A pele dos de cinefluorosc.opia e man o métricos reveJam peristaJse redu-
facial contrai e parece fixada ao osso. O nariz se toma adunco, e zida ou a usente no terço inferio r do esôfago. Procedimentos de
a pele ao redor da boca é desenhada em sulcos que irradiam da dntilografi.a extremamen te sensíveis e não invnsivos estão d ispo-
boca (Fig. 17 -29). A curvatura da boca se t oma menor, e os lábios níveis para a avaliação quan titativa da função esofágica. Não há
adelgaçam. Múltiplas telan giectasias aparecem nas mãos, na face frequên cia a umentada de carcin oma esofágico.
e no tronco, e alças capilare.-. dilatadas são e ncon tradas no leito A dilatação intestin al e a hipoperist.1Ise são a..-. a normalidades
ungueaJ p roximaL A atrofia e o amolecimento da denne eventual- mais comuns do intestino delgado. Elas levam à sínd rome da
mente tom am a peJe mais elástica. "'alça estagnada"" com c.re.'Kimento bacterian o excessivo, má absor-
ção e esteatorreia. Um padrão de do bramento da mucosa do in-
FENÔMENO DE RAYNAUD. A doença de Raynau d é u ma testino delgado atrófico e esd erótico característico é denominado
desordem vasoespástica idiopática precipitada por alterações na intestin o delgado da esderodennia sistêmica, quando estudado
temperatura. O termo fen ô men o de Raynau d é u tilizado quando radiograficamen te pela ingestão de bário. A-. teJan giectasias gástri-
as alterações ocorrem na esclerodermia ou em outras doen ças do cas que san gram, est.1o localizadas ・N⦅セョ」ゥ。 ャュ ・ョエ@ na porção su -
tecido conjuntivo; também é utilizado q uan do a síndrome ocorre perior do trato GT e podem result.. r em perda grave de sangue.
na ausência de ou tras doenç.'ls. O fenômeno d e Raynaud é o pri- Saculações com abertura ampla, perda de p regas colônicas e obs-
meiro sintoma de esderose sistê.mica e m 47%, dos paciente.-. e tipaç.âo ocorrem com o comprometimento do cólo n.
p recede o surgimen to das alteraçõe.-. rutân eas esclerodermatosas
por vários meses ou anos. Isso ocorre d urante o curso da doença PULMÕES. A doença pulmo nar é u ma causa frequente de
em 90<>A. a 95% dos pacientes. Um estudo mostrou que 18% d os óbito. Estudos de função p ul mon a r anormal com capacidade
pacien tes com síndro me de R.1 ynaud possuíam esclerose sistê- p ulmon ar vital e t ot.'l1 reduzidas são geralmente os p rimeiros si-
mica. O fenômeno não ocorre comumente com a morfeia ou n ais da doença p ulmon ar. A dispn eia é o sintoma mais comu m;
ou tras formas localizadas de esclerodennia. estertores basais são os sinais mais frequentes. A fi.brose intersti-
O fenômeno de Raynaud representa uma vasoconstrição epi- cial e o ・ウーNセ。ュ ョエ ッ@ do septo alveolar são as alterações histoló-
sódica das artérias e arteríolas digitais precipitada p elo frio ou gicas mais comuns. A-. alternçõe.-. fib róticas envolvem tipicamente
estre.-.se. Ele é m uito mais comum em mu lheres. Existem três est.i- os campos p ulmon are.-. inferiore.-. e efusões p leurais são inco-
gios d urante u m ú nico episódio: p alidez (bran ca), na q ual o va- m uns. Um padrão retirulon odular d ifus.o em u ma distribuição
soespasmo leva os dedos a ficarem b rancos, frios, ad onneddos e basal pode ser visto na radiografia de tórax. A hiperten são pu lmo-
doloridos; cianose (azu l), na q ual ocorre o relaxamento do vaso- n a r ocorre em 33% dos pacien tes.
espa..'imo; e hiperemia (vermelho), na qu al o relaxam ento re.'iu1t.1
em hiperemia reativa e os dedos tomam-se vermelhos. RINS. A doença renal e a hipertensão arterial são as principais
Os padrões cap ilares do leito ungueal, conforme detectado por causas de morte nos pacien tes com esclerodennia sistêmica. Pro-
microscopia cap ilar do leito ungueal, ajudam a distinguir a doen ça teinúria, hiperten são arterial e azotem ia são sinais de p rognóstico
de R.1ynau d (sem esclemd ermia) do fen ô me no de Raynaud (asso- ruim, e a morte ocorre usualmen te em menos de u m ano.
ciado à esclerodermia). Uma redução nas alç.1s capilares ocorre
no fen ô meno de Raynaud. Esse futo pode aju da r a pred izer quais OUTROS ÓRGÃOS. A 6 brose m iocárdica resulta em arrit-
serão os casos de doença de Raynaud que evoluirão para escleros.e mias, e a 6brose pu lmonar leva à hiperten são p ulmonar e insu-
sistêmica. ficiên cia cardíaca direita. A poliartralgia ou artrite estiveram en-
tre os sintom as iniciais e.m 41% dos paciente.-.. A esderose do
TELANGIECTASIAS. As tela ngiectasias da síndrome de CREST frênulo pode imobilizar a lín gua. A 6brose das glândulas saliva-
e esclerodermia p ossu em u ma morfologia única. Elas ocorrem res ass.e.-.sórias p ode cau sar as características clín icas da síndrome
como coleções retangulares unifo nnes de pequenos vasos p lan os d e Sjõgren.
703
D erm a t o logia CHnlca
-
cientes com LES e sfndrome de sobreposiçao
RNA polimerase 111 23% esderodermia Nuclear pontilha do Doença difusa
1-
PM·Sc·1 2%-5% esderodermia Nucleolar homogêneo Sobreposiçao com PM-DM
ACA. anticorpo 。ョセ」・エイュッ[@ PM-DM, poltmtosite-dermatomiosite; LES, lúpus eritematoso Ststêmtco.
704
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
A frequência de anticorpos em pacientes com esderose sistê- Um subgrupo de pacientes com anticorpos anticentrômem e
mica é a seguinte: anticentrômero (21% a 32%), antiSd-70 (45%) histona apresenta doença pulmonar ou vasrular grave.
e antlnudeolar ( 15%). Mais de um entre os três anticorpos é rnrn-
mente demonstrado no soro de qualquer indivíduo. Um entre os OUTROS ESTUDOS. A hipergamaglobulinemia (mais fre-
três anticorpos é encontrado em 660/o dos soros de pacientes com quentemente TgG) ocorre em aproximadamente SOo/o dos pacien-
esderose sistêmica (ES). O anticorpo antiScl-70 é encontrado tes. O VHS est.-í elevado (20 a 80 mm/ h) em 60% dos casos.
quase que ・ク、オZセゥカ。ュョエ@ no soro de pacientes com ES difusa Existem muitos outros achados não espeáficos.
(comprometimento da pele do tronco).
S(NDROME DE CREST
705
Dermatologia CHnica
NORMAL Na• pes.•oas normais os capilares são vistos como LÚPUS. No lúpus há alças capilares sinuosas 'tortuosas', ma• há
deJgados, de alças normais, com um espaço pequeno e alinhado relativamente pouca dilatação dos membros rnpilare.s. AJgumas
entre os membros aferentes e eferentes, em um padrão perpendi- vezes, o comprimento da alça est.i aumentado e pode relembrar um
cular à unha (Fig. 17-31). glomérulo renal. Geralmente, há alguma desorganização do padrão
capilar, mas áreas avasrulare.'i são vistas apenas raramente.
As alterações são distintas o suficiente, de modo q ue um ob-
servador relativamente inexperiente pode 、ゥセGエョァオイ@ de modo
Normal arurndo entre os pacientes com esclerodermia e aqueles com lE
sistêmico ou artrite reumatoide. Existe uma forte 。ウNセ」ゥ ̄ッ@ entre
o grau de visibilidade das anormalidades rnpilares e o comprome-
timento dos órgãos.
TRATAMENTO
TERAPIA sitセmcaN@ Penicilamina, metotrexato, fotoferese,
relax:ina, interferons e cidosporina foram todos e.-.tudados em
Esderodermia e dermatomiosite ensaios clínicos controlado.., com resultado.., variáveis. Diversos
relatos para o utras drogas existem. Não há uma terapia global-
mente eficaz.
Lúpus eritematoso
706
Doenças do Tecido Conjunú'l'o Capítulo 117 1
A penicilamina (500 a 1.500 mg/dia) é geralmente o trata- naud e parn reduzir o dano i.squêmico aos órgãos comprometi-
mento de escolha para a esderose sistêmica progre.-.siva. A res. dos. Poucos ensaios clínicos controlados de terapia existem.
posta clínica a esse agente é variável. Não há vantagem em usar a Ensaios clínicos recentes demonstram resultados promissores no
penidlamina em doses superiores a 125 mg a cada dois dias. trat.1mento da doença pulmonar interstidal com ciclofosfumida e
trat.1mento da doença vascular dos pulmões e dedos com antago-
MANEJO DA DOENÇA CUTÂNEA. As úlceras rutâneas são nistas do receptor da endotelina, com o inibidor de fosfodieste-
protegidas com um curativo oclusivo, como, por exemplo, o Duo- rase sildenafil e com as prostacidinas. Os ensaios dínico.'i com
derAカエセN@ A.o:. úlceras i.squêmicas na ponta dos dedos podem ser metotrexato mostram apenas um benefício modesto no controle
protegidas com pequeno invólucro plástico. A infecç.;o é sinali- da doença rutânea associada à e.'iclerodermia. A.o:. prostacidinas
zada por eritema abrupto, inchaço e dor aumentada, sendo nor- são uma opção terapêutica nos paciente.-. com fenômeno de Ray-
malmente causada por esta6lococos. Uma lubrificação adequada naud serundário. PMID: 17917543
da pele é difícil de manter. Os paciente.-. devem se banhar menos
e fazer u:m de hidratantes. O prurido tende a ocorrer precoce-
Esclerodermia localizada
mente no curso da doença difusa, especialmente sobre os antebra-
ços, e desaparece após mese.-. ou vários ano..-.. Hidratantes antipru- O fenômeno de Raynaud, a acroe.'K.Ierose ou o comprometimento
rido, como, por exemplo, loção Sarna«> podem ajudar. de ó rgãos internos não acontece na esderodennia localizada.
Abordagens médicas satisfatórias parn a calcitose ainda não Existem diversas variantes (Quadro 17-7).
foram desenvolvidas. Uma exci.são cinírgica simples pode ser rea-
lizada se a peJe adjacente estiver intacta e não infiltrada com c.il-
MORFEIA (Fig. 17-33)
cio, o que pode interferir com a cic.-ttrização rutfinea. Quando a
pele está ulcerada e com tratos fistulosos comunicantes com de- A morfeia é mais comum em mulheres; ela pode ocorrer em q ual-
pósitos em níveis mais profundos, o fechamen to primário da le- quer idade, mas é mais comu m após os 30 anos. A.o:...o:.im como na
são não é po.'isível. Reaçõe.'i inflamatórias intensas e estéreis que esclerodennia, a morfeia começa espont.1neamente e está relacio-
rodeiam os depósitos de hidroxiapatit.1, juntamente com sinto- nada ao espessamento ou à e:sc.lerose da peJe. A.o:. duas doenças
mas constitucionais, como, por exemplo, febre de baixo grau, diferem em aparência, na extensão das lesões e na evolução. A
podem ser meJhorados profundamente por um rurso de colchi- esclerodennia aparece como u m espessamento re.'itritivo da pele
cina oral 0,5 mg uma ou duas vezes diariamente por 7 a 10 dias. com alteração mínima em sua cor, progride de forma a compro-
Um programa de fisioterapia diário que enfutiza o completo es- meter grande.-. áreas contiguas da pele e não melhorn com o
pearo de movimento de todas as grandes artiruJações é importante.. tempo. A.o:. lesões da morfeia iniciam como urna ou várias áreas
As terapias parn esderodermia têm como alvo o sistema circunscritas de induraç.âo arroxeada.
imune, com o objetivo de reduzir a inflamação e o dano tecidual Após semanas ou meses, a maior parte da região central desco-
serundário e fib rose. O alvo terapêutico por trás da doenç.1 vascu- lornda se toma espessada, firme, sem pelo e de cor amarelo-claro.
lar é de.'iignado parn melhorar os sintomas do fenô meno de Ray- A superfície lisa, amorfa, b ranca, e cérea est.i eJevada, em con-
- -
Quadro 17·7 aassificação da Esderodermia localizada Juvenil
Morfeia circunscrita Superficial Oval ou redonda, circunscrita a áreas de induração limitada à derme e epidenne. frequente·
mente com pigmentação alterada e violácea, halo eritematoso (anel lilás). que pode ser único ou
múltiplo.
Profunda Oval ou redonda. induração profunda circunscrita da pele, envolvendo tecido subcutâneo, que
se estende para a fascia e pode acometer o músculo subjacente. A lesão pode ser única ou múl-
tipla. Algumas vezes, o local de acometimento primário é o tecido subcutâneo sem acometi-
mento da pele.
Esclerodenna linear Tronco/ lnduração linear acometendo a denne, o tecido subcutâneo e. algumas vezes, o músculo e osso;
membros afeta o tronco e os membros.
Cabeça En coup de sabre. lnduraçao linear que afeta a face e o couro cabeludo e, algumas vezes, en-
volve o músculo e o osso.
Síndrome de Pany-Romberg ou atrofia hemifacial progressiva: perda tecidual em um dos lados
da face que acomete a derme, o tecido subcutâneo, o músculo e o osso. A pele é móvel.
Morfeia generalizada A induração da pele tem início como placas individuais (quatro ou mais com mais de 3 em) que
tornam-se confluentes e envolvem pelo menos dois dos sl!te locais anatômicos (cabeça e pes-
coço, membro superior direito, membro superior esquerdo, membro inferior direito. membro in-
ferior esquerdo, tronco anterior e tronco posterior).
Morfeia pan-esderótica Acometimento cincunferencial de membro(s) afetando a pele, o tecido subcutâneo, o músculo e o
osso. A lesão pode também acometer outras áreas do corpo sem acometimento de órgão interno.
Morfeia mista Combinação de dois ou mais dos subtipos citados acima. A ordem de classificação de subtipos
concomitantes, especificada entre colchl!tes, acompanhará sua representação predominante em
cada paciente individualmente (p. ex., morféia mista [linear-circunscrita]).
Adaptado de l axer RM: Curr Opin Rheumato/18(6):606·613, 2006. PMID: 17053506
707
Dermatologia CHnica
708
Doenças do Tecido Conjuntivo Capítulo 1171
ESCLERODERMIA LINEAR
A.o:. lesões da esclerodermia linear possuem faixas de pele esclerÓ·
rica que frequentemente cruzam as linhas da articulação e levam
a contraturas artirulares leves, mas ッ」N。セゥ ョ 。 ャ ュ・ョエ@ graves e inca·
padtante.-.. Diferentemente da placa morfeia oval, o processo in-
flamatório e fibrótico pode comprometer o tecido subcutâneo e
musrular adjacente, que leva a fuixa 6brótica a se tomar mais fir-
memente ancorada (Fig. 17-34). Um grande estudo forneceu os
seguintes dados. A relaç.1o mulheres-homens é 4:1, e 83% dos
pacientes possuem menos de 25 anos de idade quando a doença
se inida. O trnuma nas áreas comprometidas precede a..-. lesões em
23% dos casos. O surgimento é geralmente lento e insidioso. A
maioria das lesõ es ocorre nas extremidades, e duas ou mais lesões
aparecem simultaneamente (6JOJó), com frequência bilateral-
mente (46%). Contraturas articulares ocorrem em 56% dos pa-
cientes. O paciente tipico possui a doença ativa por 2 a 3 ano.'i.
Pennanece controverso o quanto a esderode.rmia linear segue as
linhas de Blaschko.
EM GOLPE DE SABRE
A fonna mais distinta de esderodermia localizada é a morfeia das
regiões fro ntoparietal da face e do couro cabeludo1 denominada
em golpe de ウ。「イ・セ@ assim chamada porque parece que a lâmina de
uma espada golpeou uma linha afilada, profunda e vertical na
fuce (Fig. 17-35) . A área comprometida pode apresentar todas as
características da morfeia. Com o tempo1 pode ocorrer a atrofia de
um lado da fuce, dando a impressão de que a lâmina foi girada
para o lado para remover uma grande quantidade de pele após
repousar verticalmente. A esderodennia frontoparietaJ pode ocor-
rer ao longo das linhas de Blaschko.
Figura 17-35 A morleia linear frontoparietal (em golpe de
sabre) é uma depressão sugestiva de pancada de espada. Le-
sões extensas podem causar atrofia hemifacial.
709
118 1
Síndromes de Hipersensibilidade e Vasculite
CONTEÚDO DO CAPITuLO S(NDROMES DE HIPERSENSIBILIDADE
• Sindromes de hipersensibilidade
As síndromes de hipersensibilidade estão exibidas na Figura 18-1.
• Eritema multiforme
• Espectro patológico da sindrome de Stevens-
Johnson/necrólise epidérmica tóxica ERITEMA MULTIFORME
Sfndrome de Stevens-Johnson
Necrólise Epidérmica Tóxica O eritema m ultiforme (EM) é uma doença inflamatória aguda
relativam ente comum e frequentem ente recorrente. Muitos futo·
• Eritema Nodoso
res foram implicados na etiologia do EM, incluindo inúmeros
• Vasculite agente.-. infecciosos, fánnacos, agentes físicos, radioterapia, gravi-
dez e malignidades internas (Quadro 18-1). Em aproximada-
• Vasculite de Pequenos Vasos
mente 500/o dos casos nenhuma causa pode ser encontrada. O EM
Vasculite de hipersensibilidade está com umente associado a uma infecção aguda do trato respira-
Púrpura de Henoch-Schõnlein tório superior, à infecção pelo vírus herpes simples (HSV) ou a
• Dermatoses neutrofflicas uma infecção pelo Mycoplasma pneumoniae, como, por exemplo, a
pneumonia atípica primária.
Sfndrome de Sweet (dermatose neutrofflica
febril aguda)
Eritema elevado diutino
Pioderma gangrenoso
• Doença de Schamberg
.--
Quadro 18· 1 Eritema M ultiforme
Etiologia
Infecções (viral, bacteriana.
fúngica, por protozo.irios
Vírus herpes simples 1 e 2
Mycop/asma pneumoniae
Infecções fúngicas
Medicamentos
Tratamento
EM aguda Eritema multifonne recorrente
Observaçao Acidovir oral
Anti-histamínicos orais Valaciclovir
Esteroides tópicos Fanciclovir
Acidovir Dapsona
Prednisona Hidroxicloroquina
Azatioprina
Ciclosporina
Talidomida
710
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 11 8 1
SfNDROMES DE HIPERSENSIBILIDADE
SINDROME DE SWEET
(DERMATOSE
ERITEMA SINDROME DE NECRÓLISE ERITEMA NEUTROFILICA
MULTIFORME STEVENS·JOHNSON epidセrmca@ TÓXICA NODOSO FEBRIL AGUDA)
'\ I
セ@
,..
., ., ., セ@ •
" .-
': セ@
セ@ • Articulações
·. .' (artrite ou
artralgias)
Idade 20·40 Cria nças, adultos Pródromos Feminino: masculino 3:1 Feminino: masculino 3: 1
Pródromos jovens Febre Idade 20·40 Meia-idade
Poucos sintomas Sintomas de infecção Cefaleia Pródromos Doença semelhante
respiratória superior Dor de garganta Febre à gripe ou à infecção
Pápulas urticariformes Febre (alta) Mal--estar intestinal
Lesões em alvo ou Dor de garganta Doença da membrana
vesfculas e bolhas Tosse mucosa semelhante Pele Lesões cutAneas 1 a
Dorso das mãos à SJS Intumescimentos 3 semanas depois
Palmas Bolhas Estomatite avermelhados Infecção inespedfica
Solas Grupo de lesões Conjuntivite Borda anterior Trato respiratório
Face extensora dos Pele Eritema quente da tibia Trato Gl
membros Conjuntiva Pele dolorosa Antebraços Placas arredondadas
Generalizado Boca Vesfculas e bolhas (superffcies laterais) avermelhadas e
Membranas mucosas Genitália Descolamento da Artralgias dolorosas
Lesões mfnimas Estomatite ulcerativa epiderme - difuso Artrite Febre ou
Recidiva em grupos Ulcerações corneanas Broncopneumonia Adenopatia hilar Baixa temperatura
por 2 a 3 semanas Tosse seca Septicemia Mal-estar
Lesões orais (poucas) Pneumonite Artralgias
Artrite
Conjuntivite
71 1
Dermatologia CHnica
CLASSIFICAÇÃO. Uma nova classificação, ba."""da no padrno mínima A concentração aaossiríngea de necrose de querarinóciros
e na distribuição das lesões mtâneas, separa o eritema multiforme no F.M ocorre nos casos relacionados a f.írmacos, sendo mais pro-
maior da sfndrome de St.,..,.,...Johnson (SSij e da necrólise epi· vavelmente acompanhada por um infiltrado inllamatório dérmico
dérmica tóxica (NEI'). (Ver a seção sobre síndrome de Stevms- que contém rosinófilos. A concentração do f.úmaco no suor pode
Johnson.) O eriterna multiforme difere da síndrome de Stevms- explicar esse padrão, com os mecmi.smos tóxiros e imunológicos
Johnson e da necrólise epidérmica tóxica pela $U:.t ocorrência em subsequentes que levam a uma lesão completamente desenvolvida.
homens mais jovens, peJas recidivas frequentes, por apresentar O eritema multiforme apresenta um infiltrado celular de alta den-
menos febre, pelas le.<iões mucosas mais brandas e pela ausência sidade, rico em linfócitos T. Em contrnposição, a ョ・」イ ゥl セ@ epidér-
de 。ウッ」ゥセ@ com doenças vasculares do colágeno, víru.'i da imu· m ica tóxica se carncteriz.1 por u_m infiltrndo celu lar pobre,. no qual
nodeficiêncin human a ou câncer. O herpes recente ou recorrente os macrófagos e os clendr6cito." predominam.
r..onstjtui o principal fator de risco para o EM. Os fánnacos apre·
sentam fraç<les etiológicas mais altas para a SSJ e a NIT. MANIFESTAÇÕES CLINICAS
HERPES ASSOCIADO AO EM RECORRENTE. o F.M as- Os sintomas prodrômicos, a configuração morfológica das j ・ウNセ@
sociado ao ht:TpeS se desenvolve em apena.• alguns dos muitos e a intensidade dos sintomas si.stêmicos variam. As formas mais
indivíduos que experimentam a infecção rero"""te pelo vírus brandas da doença podem ser precedidas por mal-estar, febre ou
herpes simples. Em alguns adultos e crianças, o F.M se desenrol"" pruridos e ardênàas no loca.l em que a erupção virá a ocorrer. As
após cada episódio de hetpeS simples. Amostra.• de biopsia mtâ· erupções mtâneas são mais 。セ@ e a classificação é baseada
nea das lesõa do F.M de pacientes com doença r«nrrente exibem na sua forma. l.elões mucosas podem ocorrer em até 70% dos
DNA específico do HSV na maior parte do.• casos. casos. Os locais mais comuns s3o os lábios e a mucosa bucal. O
diagnóstico diferencial está listado no Quadro !8-2.
patogセnes@
fNセエオ、ッウ@ sugerem que a formação de complexos imune.\ e a sua
subsequente deposição na m icrovasculatura podem de.empenhar
um papel na patogêne..e do F.M. Complexos drcul"ntes e a deposi·
ç.io de C3, imunoglobulina M (JgM) e 6brina ao redor dos vosos
sanguíneos dermais superiores foram encontrados na maior parte
dos pacientes com F.M. Histologicamente, um infiltrado mononu·
dear est3 presente sobre esses mesmos vasos sanguíneos derrnais
ruperiores; na outra vasmlite mtânea mediada por complexos imu·
nes (vasmlite leucocitodástica), os leucóciros polimorfonudeares
estão presentes. O EM exibe infiltrado inflamatório liquenoide e
necrose epidérmica que afeta principalmente a camada basal. Os
quernrinócitos necrótic.os variam desde células individuais até nc·
cmse epidérmica confluente. A junção epidermodérmica exibe ai te·
rações c1ue variam da alteraç.'io vaculoar a vesícula< subepidérmicas.
O infiltrndo dermal é principalmente perivascul"r. A SSJ possui um
pndrão predominantemente nec.rótico1 no qual são encontradas
uma necrose epidérmica importante e infiltraç-ão inAamatória
Penfigoode bolhoso
Dermatite hetpeblorme
Erupc;Oes medicamentosas
Vasculite leucocitoclástica
Lúpus eritematoso
Pitirlase rósea
Erupc;ao pohmórfica leve
Slndrome de Stevens-Johnson
Neaólise epidérmica tóxica
Urticária
Vasculrte urtJ<:arilorme
Exantemas virais Figura 18·2 Eritema multiforme. As lesões podem estar
concentradas nas extremidades.
712
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 1181
713
Dermatologia CHnica
7 14
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 11& 1
PREVENDO O RESULTADO DO PAOENTE. Um ウゥエ・セイオ@ de eoça extensa. A febre é elevada durante os estágios ati\'Os. A< le-
pontuação pam a NF.T, deoominado escore SCORTI:N de gr.rvidade sões orais podem continuar por meses.
da doença, foi desenvolvido pam prever a monalidade do paciente
(Quadro 18-5). Sere parâmetros recebem um ponto se positivos ou SINTOMAS INICIAIS. Os sintomas iniáais são febre, ardência
zero, se negativos. O cômputo da soma dos escora resulta em um nos olhos e dor à deglutiçiio. Os sintomas precedem as manifes-
•scoRTI:N" que varia de Oa 7, oom um escore de Oou 1 que prog- tações cutâneas em 1 a 3 dias.
nosticn uma mortalidade de 3,2% e uma pontua(.!\o de. cinco o u
mnis que indica uma mortalidade maior que 90%. LESÕES CUTÂNEAS. A• lesõe.< rutâneas na SSJ são alvo.< pla-
nos, atípicos, ou máculas purpúricas que são disseminadas ou
EVOLUÇÃO DAS LESÕES NA SSJ E NA NET. As le.•ões 、ゥウエイ「オ■。セ L@ primeiro peJo tronco e depois se espalhando pnr:1 o
rutãnens surgem primeiramente no tronco e, e ntão, estendem-se
para o pescoço, a fuce e as ・クエイュゥ、。 ・Nセ@ superiores pmximais. Ati
porçõd distais dos braços geralmente são poupadas, mas as pal-
mas e as solas podem constituir um local de envolvi mento iniciaL
O e:ritema e as erosões das mucosas bucal, orular e genital estão
ーセョエ・ウ@ em mais de 90% dos paáente!. O epitélio do tr.Jto res-
pirntório está envolvido em 25% dos ca.'IOS de NET. e lesões gas-
trointestinais também podem ooorrer. A• lesões rut.'lneas são hi-
pcrx,nsfveis e as erosões murosas são dolorosas. pイゥュセョ・エL@
as lesões surgem como márulas vermelho-escuras q ue têm uma
tendê,nda de coalescer. As lesões marulares assumem uma tonali.
dade acinzentada. Esse processo pode ocorrer e m homs ou levar
vários dias. A epiderme necrótica ent.1o se destaca d<1 derme e o
liquido preenche o espaço para formor vesículas. Esms se rompem
facilmente [flácidas) e se estendem latemlmente com uma leve
pressão do polegar à medida que mais epiderme necrótica é des-
locada lateralmente (sinal de QMャゥォッ ャウセMケ IN@ A pele se assemelha a um
papel de ágarro molhado eoquanto é desliz.•da pela pressão para
m-dar grandes áreas de derme hemorrágia.
Sfndrome de Stevens-Johnson
A doença '""ículo-bolhosa da pele. da boca, dos olhos e da geni-
tália é denominada síndrome de Sterens-Johnson. A doença
ocorre mais frequentemente em aiança.oç e adultos jovens. A erup-
ção rut5nea é precedida por sintomas de uma infecçiio do trato
respiratório superior. Uma tosse áspera, seca e alterações irregula..
res セッ@ exame por radiografia de tórax indicam comprometimento Figura 18-6 Síndrome de Stevens-Johnson. Vesículas que
pulmonar. Os paciente.-. com doença limiL1da podem estar fracos não formam o alvo trpico do eritema multiforme podem sur-
gir nas palmas e solas.
dol
e letárgicos, mas o prognóstico é bom r..om o エイセ。ュ・ョッ@ conser·
vador. A mortalidade se aproxima de 10% nos pacientes com do·
Variáveis SCORTEN*
Taxa de
Extensllo de descolamento
eptclérmKO >10%
mortal i-
dade
Idade > 40 anos
SCORTEN prevista
H1st6ria de malignidade total (%)
Frequência cardíaca > 120 bpm 0·1 3,2
Ureia > 1O mmolll 2 12,1
Glicose > 14 mmovt. 3 35,3
Bicarbonato < 20 mmovt. 4 58,3
セウ@ 90
Figura 18-7 Síndrome de Stevens-Johnson. As lesões atípi-
cas em alvo consistem em máculas vermelhas arredondadas,
·um ponto é marcado para cada variável da coluna esquerda pre- algumas das quais apresentam uma vesícula central.
sente nas pnmeiras 24 horas ap6s a admissao. Cartono R. et a/.:
J Bum Care Res 29(1): 141 2008. PM/0: 18182911
715
D ermato logia CHn ica
716
Capítulo 118 1
'
Slndromes de Hipersensibil idade e v。セ オ ャゥ・@
drome de Stevens-Johnson associada ao vírus herpes simples pode pode se ligar às proteínas na epiderme e desencadear uma res--
ser prevenida com o uso precoce. de acidovir e prednisona. posta imune, o que leva à reaç.'io medic..1mentosa imunoah!rgica
rutânea adversa.
717
Dermatologia CHnica
A necrólise epidérmica tóxica se inicia com um eritema d ifuso e quente. Em horas, a pele se torna dolorosa e, com
uma leve pressão do polega r, ela se enruga, desliza lateralmente e se separa da derme (sinal de Nikolsky).
Figura 18-9
718
Sfndromes de H ipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
TRATO RESPIRATÓRIO. o envolvimento do epitélio brõn. OUTRAS COMPLICAÇÕES. Pode ocorrer leucopenia dt
quico foi observado em 27% dos casos e セ@ ser suspeitado causa não determinada. 'lbxinas (p. ex., da sulfadiazina de prnta
quando dispneia, hipersecreção brõnquirn. rndiogrnfia de tórax absorvida) ou complexos imunes podem constituir a causa. Em
normal e hipoxemia acentuada estiverem prese:nte3 durante os um estudo, o envolvimento renal, que consistia em hematúria.,
estjgiot iniciais da necrose epidérmica tóxica. A lesão brõnquica proteinúria e nfvd sbico el.,.,do de creatina, ocorreu em 50%
indka um prognóstico ruim. Uma descompensaç.ão re-:piratória dos pacientes com sfndrome de Ste\oens.)ohnson.
。ァオ、セ@ potencialmente fatal, que exige suporte ventilatório, e ano-
malias da função pulmonar de longa durnçllo podem ocorrer. Os TRATAMENTO
pacientes devem ser continuamente mo nitomdos para complica- Esteroides sistêmicos. O uso de esteroides sistêmicos ainda
ç.ões pulmonares. Broncopneumonia ocorre em 3 0% dos 」。セッウ@ é controverso, mas a maioria dos autores recomenda que não se-
rel:ltaclos, sendo a causa do óbito em muitos casos. Muitos pa- jam utilizados.
cienLes exigem ・ョエオ「。N セッ@ ou suporte ventilat6rio. A insuficiênda Os esteroides não podem impedir a ocorrência de NET,
respiratória pode ocorrer, com retenção de muco e descamação da mesmo em altas dosagens. 'Paciente..oç tratados com corticoste..
mucosa rrnqueobrônquica. ro ides para outras doenças por, no mínimo, uma semana antes
do primeiro sinal dtrrnatológico de NET não exibiram diferen·
INFECÇÃO. A septicemia e a pneumonia por Crnm.negativos ças na ュッョ。ャゥ、セ@ se comparados aos pacientes não tratados.
constituem a.' Cilusas mais comuns de óbito. Os pulmões e a pele Isso sugere que os estuoides não protegem a epiderme da ce..
exposta são a.• portas de entrada comuns. A incidblcia dt resulrn- ratótise induzida pelo fárrnaco. Melhores taxas de sobrevida
dos positivos nas hernoa.!lturns é muito aha quando tquipos ve. foram descritas quando os pacientes com NET foram tratados
nosos cent.rais s.io utilizados. Os equipas int:nlVmosos são troca- sem esteroides.
dos ou descontinuados se for provável que oonstituam a fonte dos
achados ーッセゥエカウ@ das hemorulturas. A ure.trn frequentemente está Ciclosporina. Os pocientes com NET tratados com cidosporina
・ ョカッャゥ、。セ@ mas o uso de sondas de Foleyr pode ser evit.ildo em A (3 a 4 mg/kg por dia) sem outros agentes imunossupressores
muitos rnsos. experimentaram uma イセー ゥ 、。@ reepitelização e u ma trum de óbito
mais baixa. P...111se. esquema fol m::tis e ficaz do qu e a..'i: séries de pacien..
PERDA DE L(QUIDOS E ELETRÓLITOS. A perda fluídica tes p reviamente trotados oom ciclofosfamida e corticosteroides.
na N'ET n;'lo é tão grnve q uanto em pacientes queimados, mas
perdas significantes podem ocorrer se não forem aplicados enxer- Ciclofosfamida. Em um estudo, a cidofosfamida (100 a 300
tos. aー。イ・ョエュセ@ os reagentes da fuse aguda que criam o mgfdia por via intravcno.s:l, durante cinco dias) interrompeu a
edema volumoso após a lesão ténnica não são liberados na NET. formação de >nículas, a dor e o eritema em poucos dias. A reepi-
telização ocorreu rnpidamentt em 4 a 5 dias. A ádofoshmida
inibe a citotoxiádade mediada por células.
719
D ermato logia CHnica
patogセnes@ E ETIOLOGIA. o eriterna nodoso é p rovavel- Figura 18-11 Eritema nodoso. Intumesciment o averme-
mente u ma reação de hipersensibilidade tardia a uma variedade lhado na distribuição característica.
720
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
Quadro 18-6 Eritema Nodoso- As Causas Mais Comuns DIAGNÓSTICO. A avaliação inicial deve induir cultura de gar-
ganta, título de antiestreptolisina, radiografia de tórax, teste rutâ-
Infecções Fármacos neo com proteína purifirnda e velocidade de hemosse:dimentação
Estreptococos Sulfonamidas (VHS). A VHS está elevada em todos os pacientes com EN. A con-
Tuberculose Brometos t.1gem leucocitária est.i normal ou levemente aumentada. Os pa-
Psitacose Contraceptivos orais cientes com sintomas Gl devem realizar uma rultura de fezes para
Yersiniose Doenças Sistêmicas Y. enterocolitica, Salmonella e Campylobaaer pylori. A adenopatia
linfogranuloma venéreo hilar bilateral ao exame de radiografia de tórax não estabelece o
Sarcoidose
Doença da arranhadura do gato diagnóstico de ウ。イ」ッ ゥ 、ッウセ@ porque a adenopatia hilar ocorre no
Doença inflamatória intestinal
Coccidioidomicose EN produzido por 」ッゥ、 ゥ、 ッュゥ」Nセ・L@ histoplasmose, tuberru-
Doença de Hodgkin
Infecção do trato respiratório
lose, infecçõe.-. estreptocócicas e linfo ma, e como uma reação
superior Gravidez ines:pedfica em muitos casos. Quando a etiologia é d uvidosa, o
sangue deve ser sorologicam ente investigado para aquelas infec-
ções bacterianas, virais, fúngicas ou por protozoários que são
mais p revalen tes na área.
lesões surgem quando o resultado do teste cutâneo se toma posi- BIOPSIA. O quadro díniro é característiro na maior parte dos
tivo, 3 dias a 3 semanas após o 6nal da feb re provocada pela in- casos, não sendo ョ・ 」・ウNセ£イゥ。@ uma biopsia. A confinnação histoló-
fecção fúngica. A d isseminação e a doença grave se desenvolvem gica é desejável nos casos atípicos. É necessária uma biopsia ex:ci-
mais frequentemente em pacientes gestante.-. com coccidioidomi- sional em vez de u ma biopsia por p unção para coleta adequada
cose do que na populaç.1o em geral. O eritema nodoso parece da gord ura su brutânea. As secções teciduais ex:ibem infiltrado
constituir um marcador importante de u m resultado positivo nas linfo- histiocitico, inflamação granulomatosa e fibrose nos septos
pacientes gestantes, mais que na população em gernl da gordura subcut.1nea; todas constituem características de uma
paniculite septal.
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL As doenças infla-
matórias intestinais, como a colite ulcerativa e a ileite regional, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. Na paniculite de Weber-
podem desencadear o EN, geralmente d urante a doença ativa com Christian, áreas localizadas de inflamação subrutânea tendem a
sintomas de dores abdominais e diarreia. A duração média da ocorrer nas coxas e no tronco, e não na porção inferior das pernas.
colite ulcerativa antes do início do EN é de 5 anos e o EN é con- aNセ@ lesões podem su pu rar e cicatrizar com atrofia e depressõe.-. lo-
tro lado com o tratamento adequado da colite. A Yersinia enteroco- calizadas. tイッュ「ヲャ・ゥエウセ@ superficiais e profundas, e erisipelas
ャゥエイッ セ@ um baci lo Gram-negativo que p rovoca diarreia aguda e dor também devem ser diferenciadas do EN.
abdominal, é uma causa descrit.1.
TRATAMENTO. Na maior parte dos casos, o EN é u ma doença
FÁRMACOS. As sulfonamidas, os brometos e os contraceptivos au tolimitada que exige apenas alívio sintomático com salidlatos
orais foram descritos como causas de EN. Vários outros ヲ£ョ。」ッウセ@ e repouso. A indometacina (250 mg três vezes ao dia) ou o napro·
tais como antibióticos, barbitúricos e salidlatos, são frequente- xeno (250 mg duas veze• ao d ia) podem ser mais eficazes do que
mente suspeitados, mas raramente causas comprovadas. a aspirina. Os caso..'i que são recorrentes, excepcionalmente dolo.
rosos, ou de longa duração, exigem u ma abordagem mais vigo-
SARCOIDOSE. O EN ocorre em até 39% dos cas<>-• de sarcoi- rosa.
dose., e também tem sido observado em mulheres grávidas. O É iniciada uma solução supersaturada de iodeto de pot.is.•io (5
agrupamento sazonal de sarcoidose que se apresen ta com EN foi gotas, três ve.ze.-. ao dia) em suco de laranja. Aumente a dose em
descrito. Isso sugere um fator desencadeante ambiental comu m u ma gota por dose por dia até que o paciente responda. O alívio
na etiologia da sarcoidose. da hipersensibilidade lesional, da artralgia e da febre podem ocor-
rer em 24 horas. A maior parte das lesões regride completamente
SfNDROME DE LÕFGREN. A síndrome de Lõfgren é consti- em 10 a 14 dias. No ent.1nto, o iodeto de pot.issio não é eficaz
tuída pela associação entre o eritema nodoso ou a inflamação parn todos os paciente.-. com EN. Os pacien tes q ue recebem a
periartirular do tornozelo e a linfadenopatia hilar unilateral ou medicação pouco depois do aparecimento inicial do EN イ ・NLーッョ セ@
bilateral, ou paratraqueal direita, com ou sem envolvimento pul- dem mais satisfatoriamente do que aqueJes com EN crônico. Os
monar. A média etária de início é de 37 anos. A síndro me de efeitos adversos incluem secreç.1o nasal e cefaleia. O hipertireoi-
[i)fgren, que na maioria dos caso..-. representa u ma variante aguda d ismo pode ocorrer com o uso prolongado. O iodeto de potássio
da sarcoidose pulmonar com rurso benigno, é ma is frequente em est.i contraindicado durante a gravidez, uma vez que pode produ-
mulhere.-., e.-.pedalmente durante a gravidez e o puerpério. zir bócio fetal.
Os corticosteroides são ・ヲゥ」。コウセ@ mas raramente necessários
LINFOMA. O EN deve ser considerado como u m sinal de alerta nas doenças autolimitadas. A recorrência s:ubsequen temente à
de uma recidiva iminente em um paciente com u ma história de desc.ontinuação do tratamento é 」ッ ュ オュ セ@ e a doença infecciosa
doença de Hodgkin. Os pacien tes nos quais o eritema nodoso subjacente pode ser agravada.
estava associado ao linfoma não Hodgkin apresent.1 m curso extre- Existe experiência limitada com colchici na (0,6 a 1,2 mg
mamente protraído. O eritema nodoso associado ao linfo ma de d uas vezes/ dia), hidroxidoroquina (200 mg duas vezes/ dia) e
Hodgkin pode preceder o diagnóstico do linfoma em mese.•. dapsona.
721
Dermatologja CHnica
VASCULITE
722
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
- -
Quadro 18-9 Critérios de Classificação das Vasculltes do Amerlcan College of Rheumatology American College of Rheumatology
Tabela 18-1 Comparaçao Entre os órgaos Envolvidos (Percentual) nas Diferentes Vasculites
Cutâneo 50 40 50 55 90 100 90
Pulmonar 30 90 35 60 <5 10 <5
Renal 30 80 90 35 25 <5 50
Ouvidos, nariz, garganta 7 90 25 50 <5 <5 <5
Musculoesquelético 70 60 60 50 70 40 75
Neurológico 60 50 35 70 40 <5 10
Gastrointestinal 30 50 40 45 30 15 60
De fiorentino DF: J Am Acad Oermato/48:311, 2003. PMID: 12637912
SCS, síndrome de Churg-Strauss; VC, vasculite crioglobulinêmica; PHS, púrpura de Henoch-Schõnlein; PAM, poliangeíte microscópica;
PAN, poliarterite nodosa; VU, vasculite urticariforme; G\111, granulomatose de Wegener.
723
Dermatologia Cllnica
S(NDROMES VASCULfTICAS
Artéria de tamanho médio a grande Artéria pequena Artertola Capilar Vf!nula Veia
L..
Infecção crônica
Infecção estreptocócica aguda
Fármacos
Hepatite B
ANCA ANCA ANCA
\
IRS estreptocócica ou viral
lgA, Cl
f セイュ。」ッウ@
Infecções
DTC
Neoplasias
CI
G セ@
••
'--"'
..•
.,
I
.,
.. • セ M
..,
ᄋ@
セ N@
"' セ@
I
.. '
セ@ •
p-ANCA
Figura 18-12
724
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
DOENÇA multisセca N@ Um amplo espectro de sinto· APRESENTAÇÃO CÚNICA. A apresentação clínica varia de
mas é observado nas síndromes vasrulític:as (Quadro 18-10). Es- acordo com o tamanho do vaso sanguíneo en volvido e da ゥョエ・ セ@
ses sinais e sintomas são sugestivos ou compatíveis com um sidade da inflamação (Quadro 18-8 e Fig. 18-12). A vasculite de
diagnóstico de vasrulite sistêmica. A presença de muitos sintomas pequenos vasos - arteriola, capilare.'i", vênu las - afeta mais co-
significa que não existe uma c.aracteristica patognomônica única mu mente a pele e raramente provoca u ma disfunção grave dos
da vasculite. A identificação de padrões é importante para o diag· órgãos internos, exceto quando o rim é envolvido.
nóstico precoce. Por exemplo, uma cefaleia de início recente em Existem diversas doenças rut.ftneas que exibem histolgica-
uma pe.-.soa acima de 50 anos de idade com uma velocidade de mente algum grau de inflamação vascular. Somente aquelas doen-
ィ・ュッウ、ゥョエ。Nセ@ elevada deve levantar a suspeita de arterite ças que apresentam uma inflamação grave o bastante para provo-
de células gigantes. rnr necrose das parede.-. vasrulare.'ic são disrutidas aqui. Angeíte
necrosante é a ・クーイウNセッ@ dada a ・NセM@ grupo de doenças. Essas do-
enças apresentam características clínica..-. que permitem prever que
a inflamaç.;o vasa.tlar e a necrose est.1o ocorrendo e a identificar o
tamanho do vaso envolvido (Tabela 18-1).
725
Dermatologia Cllnica
marcador sorológico para m uitas formas de vasa.tlite necro.'ian te. Um resultado positivo do exame para C ou P-ANCA indica
O uso de testes para ANCA oferece uma significan te van tagem uma probabi lidade de 960;b de que a vasculite necrosante ou a
d iagnóstica sobre a dependência exclusiva dos achados das glomerulo nefrite 」イ・Nセ↑ ョエ ゥ」NQ@ irão se desenvolver; um resultado
biopsias em pacientes cujos d iagnósticos d iferencias incluam negativo do exame prenuncia uma probabilidade de 93% de
qualquer das doenças vasculític.1s. Dois padrões de coloração que o paciente não tenha essas doenças. Os ANCAs não cons-
podem ser identificados utilizando imunofluorescência (IFA) tituem marcad ores confiáveis de atividade da d oença porque os
em neutrófi los fixados pelo etanol: um padrão de coloração títulos de anticorpos declinam quando os pacientes entram em
granular difu..a do citoplasma (citoplasmático, ou C-ANCA) ou remissão com tratamento imunosupressivo eficaz e aumentam
concentração e imunofluorescência ao redor do núcleo (peri· nas recidivas.
nuclear, ou P-ANCA) .
Tabela 18-3 Sinais Clínicos de Vasculite Necrosante Relativamente ao Tamanho do Vaso Envolvido
Sinais Doenças
Pequenos vasos (arteríola. capilar. vênula)
A urticária reflete inflamaÇllo e necrose vascular mínima. Vasculite hipersensitiva
Púrpura palpável: a exudaçao e a hemorragia a partir dos vasos lesio- Púrpura de Henoch-Schõnlein
nados produz a lesao mais caracteristica da vasculite necrosante de
pequenos vasos. A lesao é uma pápula avermelhada, levemente ele- Crioglobulinemia mista essencial
vada que não empalidece com a aplicaÇllo de pressão externa Vasculite associada à doença mista do tecido conjuntivo
Vasculite associada a malignidades
Doença do soro e reações semelhantes à doença do soro
Nódulos, bolhas, ou úlceras podem estar presentes se a inflamaçao Urticária crônica (vasculite urticariforme)
da parede vascular e a necrose forem intensas
Pródromo urticariforme da infecÇllo aguda pela hepatite tipo B
726
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
matórias. Há u ma resposta inflamatória nas paredes dos peque- denominadas púrpura palpável. As lesões começam como áreas
nos vasos na qual os leucócito.'\, por me.io da li bernç.;o de enzimas assintomátirns e ャッ」。ゥコ、セ@ de hemorragia rutânea que adquirem
lisossomais, lesam as paredes vasrulare.-. e provocam extravasa- conteúdo e se tomam palpáveis como extravasamentos sanguí-
mento de eritrócito.'i. A expressão vasrulite leucocitoclá..''tica des- neos para fora dos vasos lesionados (Fig. 18-13). As lesões podem
creve o padrão histológico produzido quando os leucócitos se coalescer e produzir grandes áreas de púrpu ra. NóduJos e lesões
fragmentam (i. e., sofrem leucocitodase d urante o processo infla- urticariformes podem surgir. Vesículas hemorrágicas e úlceras
matório, deixando fragmentos nudeare.-. ou "'poeira ..). podem se originar 、・Nセウ。@ áreas purpúricas e indicam inflamação
e necrose vaSOllar mais grave. Poucas a inúmeras ャ ・ウNセ@ p urpúri-
cas discretas são mais comumente ッ「ウ・イNセ、。@ nas extremidades
Vasculite de hipersensibilidade
inferiores, mas podem ocorrer em qualquer área dependente, in·
Vhsculite cutfinea de pequenos vasos (vasculite leucocitodásica, duindo as cost.1s, se o paciente estiver acamado, ou os braços. O
vasculite de hipersensibilidade) é a forma mais comumente ob- edema de tomozeJo e da porção inferior da perna pode ocorrer
servada de vasa.tlite necrosante de pequenos vasos. A doença nas lesões inferio res da perna (Fig. 18-14, A·C).
pode ser limitada à pele ou envolver muitos órgãos diferentes e As lesões pequenas coçam e são dolorosas; nódulos, úlceras e
coexistir com muitas outras doenças. Histologicamente há ne- vesículas podem ser muito dolorosas.
cro.'\e 6brinoide dos pequenos vasos sanguíneos da denne, leuco· As lesões surgem em grupos, persistem por 1 a 4 semanas e se
citodase, intumescimento das céluJas endoteJiais e extravasa- curam deixando cicatriz e hiperpigmentação residuais. Os paden.
mento de hemácias (Hem). tes podem experimen tar um episódio se u m fármaco ou uma in-
fecção vira) constituírem a causa, ou múJtiplos episódios quando
LESÕES CUTÂNEAS. Os sintomas prodrômicos inclu em fe- as lesões estiverem 。ウッ」ゥ、Nセ@ à doença sistêmica, como, por
bre, mal-estar, mialgia e dor articular. As le.-.ões características são exemplo, a artrite reumatoide ou o lúpus eritematoso sistêmico.
Grupos recorrentes de novas lesões podem surgir por semanas,
meses ou anos. A doença geralmente é autolimitada e confinada
Tabela 18-4 Agentes Causais, Condições Associadas e Síndromes
Vasculíticas Identificadas à pele.
727
Dermatologia CHnica
VASCULITE DE HIPERSENSIBILIDADE
Figura 18-13 A lesão característica é a púrpura palpável. As lesões começam como pápulas de
1-3 mm que aumentam de tamanho e se tornam palpáveis. Elas podem coalescer para formar
placas; em alguns casos, podem ulcerar. A púrpura palpável é mais comum nas pernas, mas qual-
que r superfície pode ser envolvida. Em alguns casos, as lesões purpúricas mal são pa lpáveis.
As lesões são mais frequentemente obser- As lesões se estendem para as coxas e lesões palpáve is espessas ulceradas.
vadas na porção inferior das pernas. As le- são confluentes e palpáve is.
sões são numerosas e coalesceram. Elas Figura 18-14
são superficiais e quase não palpáveis.
728
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
EXAME FiSICO. Pesquise a presença de doen ça sistêmica com BIOPSIA CUTÂNEA. A apresentaçJío clínica é tão caracterís-
história e exame físico completos. Examine ouvidos, nariz e gar- tica que a biopsia geralmente não é necessária. Nos casos duvi-
gan ta em busca de sinais de granulomatose de VVegen er. dosos, u ma biopsia por p unção deve ser colet.1da de uma lesão
ativa recente. O infiltrado misto caracteristico de células mono-
ESTUDOS LABORATORIAIS. Os estudos a serem considera- nucleares e neutrófilos, a necrose fib rino ide das paredes dos va-
dos encontram-se listados no Quadro 18-11. Níveis reduzido.., de sos sanguíneos e a poei ra nuclear da fragmentação dos neu trófi-
componentes do complemento estão mais frequentemente pre- los (leucocitodase) ficarão indistintos se forem coletadas
sentes nas vasrulites associada..-. à artrite reumatoide, ao lúpus amostras das lesões ulceradas. Os pacientes com níveis mais
eritematoso si.stêmico, à crioglobulinemia, à síndrome de Sjõgren profundos de vasculite (até a metade inferior da denne reticular)
ou à vasculhe u rtiauifonne. Cada paciente deve ser triado para 。ーイ・Nセョエ ュ@ evidência de uma doença clínica mais grave com
envolvimento renaL comprometimento sistêmico.
Solicite exames para ANCA quando houver suspeit.1 de vascu-
lhe si.stêmka. A VHS q uase sempre está aumentada durante a ESTUDOS DE imunoflrescセaN@ Estudos de imu -
vasruJite ativa. Uma VHS nonnal em um paciente com púrpura nofluoresc.ência podem ser realizados se o d iagnóstico não puder
sugere a ausência de doença por complexos imunes. Baixos níveis ser determinado a partir da apresent.1ç.1o clínica e da biopsia cutâ-
de complemento est.1o 。ウNセッ」ゥ、@ a outras características, como, nea. Os complexos imunes são fagocitados rapidamente após a
por exemplo, doença renal, artrite e à presença de reagentes imu- deposição nos vasos. Consequen temente., o melhor momento
nes depositados ao longo da zona de membrana basaJ da epi- para a biopsia de u m vaso por imunofluorescência é dentro das
derme. primeiras 24 horas após a fonnaçâo da lesão. Os imunorreagente.'i
mais comuns p resentes nos vasos sanguíneos e ao seu redor são
TgM, C3 e fibri na. A presença de TgA nos カ。Nセッウ@ sanguíneos de uma
criança com vasrulite sugere o diagnóstico de púrpura de Henoch-
Schõnlein.
729
D ermato l ogia Cllnica
Artralgia
Sintomas abdominais. Os sintomas Gl ocorrem em 40% a
84%
600;b dos pacientes; estes incluem do r em cólicas, náu...ea..-., vômito,
Dor abdominal 76% sangramen to GT alto, d iarreia e feze.-. san guinolentas, e comrti·
Sangramento gastrointestinal 30% tuem, potencialmente,. as man ifestações mais graves. A dor abdo-
Sangramento oculto 20% minal grave foi u m indicador significante de nefrite na p úrpura de
Sangramento macroscópico 10% Henoch -Schõnlei n. Em bora o san gramento GJ ocorrn em 520/b
Nefrite 44% dos paciente.-., eJe é autolimitado e as transfusões de sangue não
Hematúria microscópica 40% foram nece....-.árias. Os sintomas p recedem a doença rutân ea e m
Hematúria macroscópica 10% até 2 semanas e simulam urna série de doenças intestinais infla.
Proteinúria 25% ma tórias ou cirurgicam ente tratadas. A.-. principais comp licações
Síndrome nefrótica 5%
do e nvolvimento abdominal se desenvolvem em 4,60;b e a intu.,.._
su.-.cepçâo é.. de longe, a mais comum. O intuscepto est.i confi.
Doença renal terminal 1% nado ao intestino delgado em 58% e frequen temente é inacessíveJ
Diversos à demonstração através de enema contrast.1do.
Encefalopatia 8% O u ltrassom é a modalidade de imagem de e.<colh a. Ele propor-
Orquite 4% ciona um método fácil, não invasivo e objetivo de mo nitoramento
Adaptado de Saulsbury FT: Lancet 369(9566):976-978, 2007. do progres."ID do paciente. Ela permite a visualização direta do e n·
PMID: 17382810 volvimento in te.'rt.inaJ e a detecção de complicações como a intus-
730
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 1181
731
Dermatologia CHnica
PÚRPURA DE HENOCH-SCHÔNLEIN
Figura 18-16 A apresentação inicial f requentemente se caracteriza por uma púrpura de início agudo, artralgias
e dor abdominal em cólicas. A s lesões cutâneas geralmente apresentam uma distribuição simétrica e começam
como um eritema macular ou púrpuras urticariformes. Elas subsequentement e progridem para máculas purpúricas
inflamatórias e pápulas que variam em tamanho de diminutas a vários milímetros. Urticária, vesículas, bolhas e fo-
cos de necrose também podem ser observados. Existe uma predileção pelas extremidades inferiores e nádegas,
mas as lesões também podem ocorrer no tronco, nas extremidades superiores e na face. As lesões individuais ge-
ralmente regridem em um intervalo de 1O a 14 dias, com resolução do envolvimento cutâneo ao longo de um pe-
ríodo de várias semanas a meses, embora recorrências sejam observadas em 5% a 10% dos pacientes.
Figura 18-17 As múltiplas pápulas róseas nas extremidades Figura 18-18 A lgumas lesões coalesceram e sofreram ne-
inferiores tornam-se purpúricas e mais numerosas. crose central.
732
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
fluorescência. A n efrite de HS pode constituir a forma isolada A TgA na parede vascular é u m marcador sensível e espeófico
mais comum de glomerulonefrite crescêntica, sendo responsáveJ q ue ajuda a consolidar o diagnóstico de PHS. Esse achado não
por 30% dos c.a..•ms. deveria ser usado como critério isolado para o estabelecimento do
diagnóstico, uma vez que ele é observado em muitos ou tros dis-
Adultos. Um estudo colaborativo multicêntrico de 1.>2 pa· túrbios, como, por exemplo, a estase venosa e o eritema nodo.-.o.
cientes comparou a progressão da doença renal em crianças e Um estudo revelou uma correlação significante e ntre os níveis
adultos com a nefrite da PHS. Os crescentes foram encontrados p lasmáticos das anafilotoxinas C3a e C4a e os níveis pla..máticos
em 36% dos adultos e em 34,60A, das crianças, proteinúria na de creatina nos paciente.• com nefrite. O papel do ANCA lgA não
faixa nefrótic..1 em 29,50/o dos adultos e 28,1% das crianças e o foi definido.
comprometimento funcional em 24,1 o/o dos adultos e 36,90tf>
das crianças. O resultado foi semelhante para ambos os grupos TRATAMENTO. O antigeno agres.•or deve ser identificado e
etários (remissão, 32,50/o dos adultos e 3J,60tf> das crianças; com· removido. As possibilid.1des incluem infecçõe..., malignid.1des,
prometimento da função renal, 31,60/o dos adultos e 24,5% das alimentos e fármacos. Os pacientes com vasculite de pequenos
crianças). A doenç.1 renal terminal foi observada e m 15,8% dos vasos associada à ANCA que se apresentam com púrpura, dor
adultos e em 7 O;b das crianças. Nenhuma das crianças evoluiu abdominal e nefrite, mas que não exibem depósitos imunes por
para o óbito e a sobrevid.1 dos adultos foi de 97o/o em cinco lgA, não apresentam púrpura de Henoch-&hõnlein e não apre-
anos. Em adultos, o comprometimento da função renal, com sentam um bom p rognó..rtico; ele.-. devem ser tratados rapida-
uma proteinúria maior do que 1,5 g por dia, e a hipertensão mente com terapia imunossupressora.
constituíram fatores prognósticos negativos quando p resente.-.
na apresentação. Níveis definidos de proteinúria, hipertensão ou Corticosteroides. A dor artirular, a inflamação e o edema
outros dados associados ao prognóstico ruim não foram encon- cutâneo doloroso são tratados com analgésicos, agentes anti·infla-
trados em crianças. PMID: YST N セャ@ matórios não esteroides e corticosteroides. A corticoterapia pode
Uma história de infecção recente, febre, disseminação da púr- aceJerar a resolução da artrite e da dor abdominal, mas não im-
p ura para o tro nco e marcadore.-. biológicos de inflam ação consti- pede recorrências. Os corticosteroides, nas doses usuais, não têm
tuem futore.-. prognósticos para o compro metimento renaL efeito sobre a nefrite estabelecida. O tratamento ótimo do com-
prometimento gastrointestinaJ e renal associados à PHS ainda
Intumescimento escrota/ agudo. o intumescimento es- não foi determinado. Os relatos fuvorecem u m ciclo curto de cor-
crota! agudo pode ser a manifestação de apresent.1ç.;o e ocorrer ticosteroides orais para a dor abdominal grave e terapia imunos-
em até 15% do_• meninos com PHS. A vasculite da PHS pode en- supressorn para os pacien tes com nefrite progressiva. A p redni-
volver a bolsa escrotal e simular clinicamente patologias que exi- sona, em uma dose de 1 mg/kg/dia por 2 semanas e,. então,
gem intervenção cinírgica, t.1is como a torção testiadar ou a hér- diminuída gradu almente ao longo de duas semanas, reduziu a
nia inguinal encarcerada. Os achados u ltrassonográficos incluem intensid.1de e a duração dos sintomas gastrointestinais e a gravi-
u m epidídimo aumen tado e arredondado, e...pessamento d.1 peJe dade dos sintomas articulare.•. PMTD: QVXWT N セ@
escrot.1l e uma hidrocele,. com fluxo vascular intacto para os testí- Aquele e...tudo também demonstrou que a prednisona acele-
culos. As imagens nudeare.-. podem ser usadas para avaJiar a per- rou a resoluç.;o da nefrite leve da PHS. No entanto, o uso precoce
fusão te.rtirular. Os achados u ltrassonográficos na bolsa escrota) de corticosteroides no curso da PHS não parece ser efetivo na
são suficientemente característicos para permitir a diferenciação prevenção do desenvolvimento da nefrite. oe....セ・@ modo, a terapia
de uma torç.;o na maioria dos casos. Esses achados ajudam a com corticosteroides é benéfica na melhora dos sintomas gas-
prevenir uma exploração cinírgica desnecessária. trointestinais e articulares e,. talvez, na redução do curso da nefrite
ャ ・カセ@ mas não na prevenção d.1 nefrite t.1rdia. Não há evidências
PATOLOGIA. A patologia da PHS é aquela de u ma vasculite de q ue a terapia com corticosteroides seja eficaz no tratamento da
aguda das 。イエ・■ッャセ@ e vênuJas na derme superficial e no in testino. púrpura, reduza o auso da doen ça ou previna as recorrên cias.
A coloraç.;o por imunofluorescência 、ッNセ@ tecidos geralmente exibe a O pulso intraven oso de metilprednisolona (30 mg/kg por dia
presença de TgA nas paredes das arteríolas e nos glomérulos renais. por três dias consecutivos) seguido por corticosteroides orais foi
O nível sérico de TgA está frequentemente superior ao nonnal. eficaz na reversão da nefrite grnve e na prevenção da sua progres-
são. O utros descreveram os benefícios dos corticosteroides com-
DIAGNÓSTICO. Não existem esame.• laboratoriais diagnósti- binados com ddofosfumida, azatioprina, ou ddosporina na ne-
cos. He mogramas completos (HCs), anticorpos antinucleares frite grave pela PHS e, desse modo, a terapia precoce agressiva e...tá
(ANAs), contagens p laqu etárias e estudos de coagulação estão justificada e m pacientes com nefrite grave. PMTD: l73/l2,qJO
nonnais. A VHS pode se e ncontrar elevada, e o nível sérico do
complemento pode estar reduzido. Em u m estudo, a concentra-
ç.;o séric.1 de lgA estava a umentad.1 em 44%, das crianças. Os estu-
dos por imunotlu o rescência direta exibem uma deposição de lgA
nos vasos sanguíneo..-. (750A, na pele afetada e 67% na pele não
envolvida) da derme superficial. A lgA1 é a subclasse dominante.
733
Dermato logia Cllnica
A.o:. dermatoses neutrofílicas representam u m espectro contínuo ETIOLOGIA. A Síndro me de Sweet pode ser classificada baseada
q ue engloba cinco entidades: dermatose pustular_, síndro me de na apresentação dinica em q ue ela ocorra: síndrom e de Sweet
Swee.t.. eritema d iutin o elevado, piodenna gangrenoso e hidrnde- clássica ou id iopática, síndrome de Sweet associada à maligni-
nite neutrofílica écrina. Ao:; diferen tes dermatoses neutrofílicas dade e síndrom e de Sweet induzida por fármacos.
constituem manifestaçõe.o:; de u ma doença neutrofílica potencial-
mente multis..o:.istêmica. Todas podem se apresentar com p ústulas, DOENÇAS sitセmcaN@ A ss é um fen ô men o reativo e deve
piamo:;, n ódulos e ulcerações. H istologicamente, um infiltrado ser con siderada o marcador ruL'lneo de uma doença sistêmica.
neutrofílico surge em níveis variáveis da epidenne, da derme e do Uma avaliação sistêmica widadosa esLi in dicada, especialmente
tecido subcutoineo. A..'i manifestações si.stêmicas incluem sintomas qu ando as lesões cuL'lneas são graves o u os valores hematológicos
generaJizados e compro metimento renal_, ocular e pu lmonar. estão an onnais. Aproximadamente 20o/o dos casos estão assada-
Existe u ma superposição das ma n ifestações clínicas das quatro dos à malignidade.. predominantemente hematológica, especial -
entidad es. A dermatose pustular subcom eana e a hidradenite mente a leu cemia mielógena aguda. Uma condição subjacente
écrina n eutrofílica são muit o raras e não serão descritas aqui. (infecção estreptocócica, doença inflamatória intestinal, leucemia
não linfoática e ou tras malignidades hematológicas, tumores só-
lidos, gravidez) é encontrada em até 50% dos casos. Crises de SS
Síndrome de Sweet (dermatose
podem preceder o d iagnóstico hematológico de três m e.-.es a seis
neutrofílica febril aguda) anos, de modo que a avaliaç.;o continuada dos pacientes no
Swee.t.. em 1964, descreveu uma doença com q ua tro característi- grupo Ál'idiop ático"' é nece.-.sária.
cas: febre; leucocitose; p lacas avermelhadas agudas e sensíveis; e Existem atualmente boas evidências de q ue o tratam ento com
u m infiltrado neutrofílico papilar dermal Isso levou ao nome de fatores de crescimento hematopoéticos, inclu indo o fu tor estimu-
dermatose neutrofílica febri l aguda. Séries m ais am p las de pacien- lante de colônias de granu lócit os (G-CSF), u sado para tratar a
tes demon straram que febre e neutrofilia não esdio constan te- leucemia mielógen a aguda, e o futor estimulante de colô nias de
mente presentes. O d iagnóstico se baseia em duas características granuJócitos e macrófagos, pode provocar a síndro me de Sweet.
constantes - erupç.;o e características histológicas típicas; desse A<i lesõe.-. tipicam ente ocorrem quando o paciente apresenta leu-
modo, o epônimo síndrome de Sweet (SS) é em p regado. Os cri- cocitose e n eutrofilia, mas não q uan do esLi neutropênico. No
té rios diagnósticos da SS estão listados no Quadro 18-12. entanto, o G-CSF pode provocar SS em pacientes neutropênicos
O ite nta e seis por cento dos paciente.-. são m uJ heres com uma em virtude da indução da proliferação das células-tro nco, da dife-
infecção anterior do trnto respiratório superior. A média etária n a renciação dos neutrófilos e do prolon gamento da sobrevida dos
apresentação é de 56 anos (variação, 22 a 82 a nos). A SS é comum neutrófilos.
no Japão. Uma predisposição genética é possível. O H IA-Bw54
MANIFESTAÇÕES CLINICAS. Placas eritem atosas agudas e
sensíveis, n ódulos, pseudovesírulas e.. ocasionalmen te, vesículas
com um padrão anula r ou arq ueado ocorrem na cabeça, no ー・ウ セ@
Quadro 18-12 Critérios Diagnósticos para a Sindrome de Sweet* coço, nas pernas e nos braços, particulannente no dorso das m ãos
Critérios maiores e dos dedo.< (Figs. 18-19 a 18-22). O tron co raramente é envol-
vido. Febre (50%); artralgia ou artrite (62%); envolvimento ocu-
1. Placas etitematosas ou nódulos hipersensíveis ou dolorosos de iní-
cio abrupto, ocasionalmente com vesíáJias, pústulas. ou bolhas lar, mais frequ entemente con juntivite o u iridociclite (38%) e aftas
2. lnfihração predominantemente neutrofílica na derme sem vas- orais (13%) são características associadas. O diagnóstico 、ゥ ヲ・ イ ・ョ セ@
áJlite leucocitoclástica dai inclui eritema muJtifonne, eritema nodo.<io, reação ュ・、ゥ」。 セ@
mentosa adversa e urticária. aNセ@ recidivas são comuns e afetam até
Critérios menores
33% dos pacientes.
1. Precedida por uma infecção inespecífica dos tratos respiratório
ou gastrointestinal ou vacinação, ou associada a:
• Doenças inflamatórias. como distúrbios autoimunes EXAMES LABORATORIAIS. Os exames mostram u ma neu-
crônicos e infecções trofilia moderada (menos de 50<%), VHS elevada (superior a 30
• Distúrbios hemoproliferativos ou tumores malignos sólidos m m/h) (90%) e um leve aumento do n ível de fosfàtase alcalina
• Gravidez (83%). A biopsia cut.'inea mostra u m infiltrado papilar e meso-
2. Acompanhado por períodos de mal-estar generalizado e febre dermal de le ucócit os polimorfonudeares com segmenL'lção nu-
(> 38°C) clear e céluJas histiocíticas. O infiltrado é predominantemente
3. Valores laboratoriais durante o início: VHS, > 20 mmlh; pro- perivasrular com intumescimento das células endoteliais em al -
teína C reativa. positiva; neutrófilos segmentados e bastões
guns vasos, mas as alterações vasrulíticas (trombose; deposiç.;o de
> 70% no esfregaço de sangue periférico; leucocitose,
fibri n a, complemen to, ou imu noglobulinas no inte rio r das pare-
> 8.000/mm' (são necessários trés de quatro desses valores)
4. Excelente resposta ao tratamento com corticosteroides des vasrulares; extravasam ento de hemácias; infiltração inflamató-
sistemicos ou ao iodeto de potássio ria das paredes vasculares) e.ortão ausentes nas lesões iniciais.
A vasculite ocorre secundariamente à liberação de produtos
Mod1ficado de von den Dnesch P: J Am Acad &!rrrlato/31:535.
1994. PMID: 8089280 nocivos pelos neutrófilos. Os vasos sanguíneos nas lesões dedu-
セ。ウ@ dois critérios maiores e dois dos critérios menores são ne- ração mais prolongada provavel mente desenvolverão mais vasru-
cessários para o diagnóstico.
734
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
SfNDROME DE SWEET
735
Dermatologia CHnica
lite do que aqueles de durnç.;o mais curt.1 em virtude da exposição ç.âo sistêmica ou nos quais os corticosteroides estejam contra indi-
prolongada a metabólitos nocivos. Por conseguinte, a vascuJite cados podem utilizar esses agentes como primeira linha terapêu-
não exclui um diagnóstico de síndrome de Sweet. tica.
Em um estudo, a indomet.1cina, na dose de 150 mg por dia,
TRATAMENTO. Os rorticosteroides sistêmicos (prednisona foi administrada na primeira semana, seguida por 100 mg de in-
0,5 a 1,5 mg{kg de peso corporal por d ia) produzem uma me- dometacina por dia ao longo de 2 semanas adicionais. Dos 18
lhora rápida e constituem o "'padrão de referência"' para o trata- pacientes, 17 apresent.1ram uma boa resposta inicial; a febre e as
mento. A temperatura do paciente,. o hemograma e a erupção artralgias foram acentuadamente atenuadas em um intervalo de
meJhoram em um intervalo de 72 horas. As lesões rutfineas desa- 48 horas e as erupções regrediram entre 7 a 14 dias. Os paciente.-.
parecem em 3 a 9 dias. Os valores laboratoriais anormais retor- rujas le.-.ões rutâneas continuaram a se de.-.envolver foram trata-
nam rapidamente ao normaL Ocorrem, contudo, recidivas fre- dos com sucesso rom prednisona (1 mg{kg/dia). Nenhum pa-
quentes. Os corticosteroide.-. são descontinuados gradualmente ao ciente apresentou uma recaída após a descontinuação da indome-
longo de 2 a 6 semanas. A resoluç.;o da erupç.;o é ocasionalmente tacina. PMID: 9091476
seguida por mflia e cicatrização. A doença desaparece esponta- Outrns alternativas ao trat.1mento com corticosteroides in-
neamente em alguns pacientes. Corticosteroides tópicos ejou in- cluem dapsona, doxiciclina, clofuzimina e cidosporina. Todos
trnlesionais podem ser eficazes como monoternpia ou tratamento esses fánnacos influenciam a m igração e outras funções dos neu-
complementar. tró6los.
O iodeto de pot.1s..•üo oral ou a colc.hicina podem induzir uma
resolução rápida. Os paciente.-. que possuem uma potencial infec-
SINDROME DE SWEET
Múltiplas placas eritematosas dolorosas, nitidamente demar- As placas são dolorosas e a rdem. mas não coçam. A superfí-
cadas ocorrem no pescoço, na porção superior do tórax, nas cie é mamilada (papular) ou pode conte r pústulas.
costas e nas extremidades.
Figura 18-22
736
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 118 1
737
Dermatologia CHnica
PIODERMA GANGRENOSO
Figura 18-23 Apresentação clássica com úlceras cutâneas Figura 18-24 Os distúrbios inflamatórios das dermatoses
rapidamente progressivas, dolorosas e supurativas com bordas neutrofOicas possuem uma tendência comum para a patergia
edematosas, pegajosas, azuladas, erosivas e necróticas. {indução do processo inflamatório após o trauma cutâneo).
Figura 18-25 As lesões são mais frequentemente encontra- Figura 18-26 As lesões começam como uma pústula vesicu-
das nas extremidades inferiores, mas podem ocorrer em qual- losa que forma uma úlcera com bordas violáceas profundas
quer local. Existem grandes ulcerações dolorosas. salientes ou erosivas.
738
Slndromes de Hipersensibilidade e Vasculite Capítulo 11&1
DIAGNÓSTICO. O diagnóstim se baseia n.. características exibir vasculite leucocitodástica. A lesão evolui, então, para uma
dlnicas e patológicas e exige a exclusão de mndições que produ- dermatite granulomatosa supurativa e. finalmente, regride com
zem ulcerações (Quadros 18-13 e 18-14). O diagnóstim é diffcil uma 6bmpla<ia destacada. Essas alterações são inespecíficas e. por
de estabelecer em virtude da capacidade da condiç:lo de simular mnseguinte. a biopsia é de poum valor diagnóstim. Não foi enmn-
outras lesões ulcerativas e da ausência de achadO$ laboratoriais e trada nenhuma detenninaç:lo laboratorial anonnal específica que
patológicos específicos. H istopatologicamente. o PC evolui a par- seja útil para o diagnóstico. A imunoeletroforese de proteína• séri-
tir da foliculite e da formação de abscessos; ele também pode cas pode ser solidL1d..1 p:'lm pe:Mtuisa de gamapatia monoclonal.
739
Dermatologia CHnica
Agentes imunossupressores orais Os agentes imunossu- MANIFESTAÇÕES CliNICAS. Surgem manchas assintomáti-
pres..•m res podem constituir o tratamento mais eficaz. Quando os cas, ca.stan ho-alarnnjadas de forma to e tamanho variáveis (Fig.
corticosteroides falham, a alternativa mais amplamente util izada 18-27). O 。Nセー・」エッ@ mais característico são as manchas castanho.
é a cidospori na. A melhora é observada em um intervalo de 3 alaranjadas, do tamanho de cabeças de alfinetes, semelhantes à
semanas com u ma dose de 3 a 5 mgfkg por dia. Um bolo intrave- •pimenta caiena". O eritema leve e descam an te às vezes provoca
noso de ciclofosfamida foi de.-.aito como eficaz na indução da um leve prurido. As lesões são mais comuns na porção inferio r
remissão. O clorambucil oral, na dose de 2 a 4 mg por d ia, em das pernas, mas elas podem su rgir na parte superior do corpo.
combinaç.;o com a prednisona ou empregado isoladamente, Novas manchas podem aparecer e as mais antigas podem desva-
constitui u m eficaz agente poupador de corticostero ides. O m ico- necer. Ao contrário da vasrul ite de hipersensibilidade (púrpura
fenolato mofetil (2 mg por dia) ou o tacrolimu.< (0,1 mg/kg/dia) palpável), as lesões são marulares.
podem ser eficazes.
TRATAMENTO. O pacien te deve estar seguro de que não há
Agentes antifator de necrose tumoral. o pioderma é doença sistêrnic.a. Informe aos ー。」ゥ・ョエNセ@ que a pigmentação du-
descrito como responsivo ao in fliximabe e ao etanercepte. Existe rará alguns anos. O prurido leve e o eritema respondem rapida-
mais experiência com o infliximabe. mente a esteroides tópicos do grupo V. As ャ・Nセウ@ persistem, mas
670/o eventualmente desaparecem.
Esteroides localizados. A pequena lesão inicial pode ser
abortada com a injeç.;o intralesional de triancinolona acetonida
(Kenalog® 10 mg/ml ou 40 mgfml) . Esteroides tópicos dos gru-
pos TI a TY, com ou sem odusâo, podem ser eficazes.
740
119 1
Doenças Relacionadas com a Luz e
Transtornos da Pigmentação
CONTEI)DO DO CAPfruu) FOTOBIOLOGIA
• Fotobiologia
A luz solar tem efeitos profundos na pele e está associada a uma
• Pele danificada pelo sol
vnriedade de doenç.as (Quadros 19-1, 19-2 e 19-3). A luz ultravio-
• Bronzeado e queimadura solar leta (l.N) provoca a maio ria das reações cutâneas fotobio lógicas e
doenç.as. A unidade aceita parn medição do comp rimento de
• Proteção solar
onda da luz é o nanômetro ( nm ). A radiação solar que atinge a
• Erupção polimorfa à luz Terra é um espectro contínuo que consiste em comp rimen tos de
onda de energia eletromagnética ad ma de 290 nm. Por conven-
• Hidroa estiva! e hidroa vaciniforme
ção, a luz lN é dividida em lNA (320-400 nm; onda longa, luz
• Porfirias negra), UVB (290-320 n m; onda média, queimaduras solares) e
Porfiria cutânea tardia lNC (100-290 nm; o nda rurta, germicida). A lNA é subdividida
Pseudoporfiria em duas regiões: lNA d e ondas rurtas ou lNA 11 (320-340 nm) e
lNA de o ndas longas ou lNA I (340 a 400 n m ) . A proporção de
Protoporfiria eritropoiética
lNA para UVB é de 20: I e 66% deste lNA é lNA I. Oitenta por
• Reações fototóxicas cento da radiação UVB e 70% da radiaçJío lNA ocorrem entre 10
• Fotoalergia horas da manhã e 2 horas da tarde. Mais de 90% da radiação lN
pode penetrar nas nuvens. A rndiação lN gera espécies reativas de
• Distúrbios de hipopigmentação oxigênio que danificam a peJe.
Vitiligo
Hipomelanose gutata idiopática UVA. lNA provoca o bronzeamento imediato e tardio e contri-
Nevo anêmico bui pouco para eritema e queimadura. É constante durante todo
Esclerose tuberosa o dia e durante todo o ano. Os comp rimentos de o nda mais lon-
Pitirfase alba gos de lNA podem penetrar m ais profundam ente, atingindo a
derme e a gordura subrutânea. A exposição crônica à radiação
• Distúrbios de hiperpigmentação
lNA provoca a degeneração do tecido conju ntivo observada no
Sardas fotoenvelhecimen to, na fotocard nogênese e na imu nossu p ressão.
Lentigo em crianças A fotocarcinogênese é aumentada em pacientes imu nodeprimi-
Lentigo em adultos dos devido ao transplante de órgãos. lNA au ment.1 os efeitos
Melasma cancerígenos de INB. lNA penetra pelo vidro da janela e interage
Manchas café com leite com produtos químicos e medicaç.;o tópica e sistêmka. Produz
Dermopatia diabética reações alérgicas e fototóxicas.
Eritema ab igne
741
Dermatologia Cllnica
Quadro 19-1 Doenças de Fotossenslbllidade: Doenças Caracterizadas pelo Desenvolvimento de uma Erupção Cutânea após
Exposição à l uz
742
Doenças Rel acionadas com a LL12. e T ranstornos da Pigmentação ·Capítulo 119 1
Alterações da textura
PELE DANIFICADA PELO SOL Elastose solar
Pele espessada, enrugada, amarelada
Atrofia
INTERAÇÃO LUZ SOLAR-PELE. O DNA sofre mutação por
Adelgaçamento da pele; rugas finas. vasos sanguíneos proemi-
UVB. A absorção dos raios lNA leva à liberação de espécies reati- nentes, fácil formaç3o de hematomas e ャ。」・イセ@ da pele,
vas de oxigênio que causam a oxidação dos lipídios e proteínas frequentemente com muitas ócatrizes ャッョ・セ@
que afetam o reparo do DNA. produ.um despigmentação e cau- Rugas
sam fotoenvelh«imcnto e carcinogênesc. Profundas - nao desaparecem por esticamento
Danos causac!o< pelo sol na parte posterior do pescoço (cúlls
ENVELHEOMENTO VERSUS DANOS PROVOCADOS romboidal da nuca)
PELO SOL A exposição ao solta principal causa das altetações Espessamento da pele é atravessado por linhas profundas que
rut.inea' indesejáveis frequentemente percebidas de maneira ine· criam padrões romboides
xata como envelhecime.n to. Ess-as alterações, conhecidas como Alterações vasculares
fotoenvelhecimento, são rnusadas principalmente pela exposição
Eritema difuso
solar repetida e não pela pMsagem do tempo. Muitos dos sinais Mais aparente em pessoas de pele clara
clínicos atribuídos ao envelhecimento são, na verdade, manifesta· Equimoses e pseudocicatrizes estreladas
ções de danos solares. Os dois processos s3o biologicamente dife- S<lngramento na pele após traumatismo de pequeno porte -
rentes. A difere.nt;.a pode ser melhor demonstrada aos pacientes apenas em superfícies expostas do dorso das maos e dos bra-
comparando o aspecto da pele debaixo do braço, perto da axila, ços; associado a atrofia, lacilidade de laceraç.!o da pele e cica-
com a superflcie exposro ao •oi do antebraço. trizes lineares
Telangiectasias
ENVELHECIMENTO NORMAL A pele começa a mostrar si· Boche<has, nariz e orelhas
nais de e nvelhecimento por volta dos 30 a 35 anos de idade. A pele lago venoso
envelhecicL1 é fina, frági l e ine lástirn. A epiderme fica fi na. Há uma Vasos redondos, roxos, ectásicos- lábios inferiores e orelhas
percL1 gradual dos vasos sanguíneos, colágeno, gordura e do nú· Alterações da pigmentação
mero de fibras elástirns da donno. Há uma redução na densidade Sardas
dos fo lículos pilosos, dudos sudorlparos e glândulas sebáceas, re· Máculas marrons, ovais, pequenas- principalmente na face
sultando em uma redução na pen;piraç.'lo e na produção de sebo. lentigo
F.steroides potentes não devem ser usados na pele envelhecida com Máculas marrons grandes -lace. dorso das rnaos. braços. Lóral(.
poucos vasos s.1ngulneos porque os esteroides não são depurados parte superior das costas
da pele tão facilmente como etn pessoas mais jo\'WS. Hipomelaoose gutata
A pele toma•se auófirn e frágil quando há perda de tecido subcu- Máculas brancas, redondas, esparsas - parte onfenor
tâneo. As fibras elásticas são responsávcis pela elasticidade e resistên- das pernas e braços
cia da pele. No envelhecimento nonnal, há uma perda e &agmeota- PigmentaÇAo marrom e branca (irregular)
çâo de fibras elástirns, que resuham etn rugas finas sm1dhantes a Marrom-escuro, com áreas de hipopigmentaç3<>
papel de 」ゥセ@ amassado. Estas fU!ÇJ.S rasas desapare<EJD ao esticar Poiquilodennia de Civatte
a pele. A pele é facilmente distomda. mas ll'!OJa ャ・ッセ。ュョエN@ PigmentaÇAo reticulada marrom-avermelhada. com telang.ecta-
sias, atrofia e foliculos pilosos proeminentes - tórax e pescoço
FOTOENVELHECIMENTO. o fotoenvelhecimeoto refere-se Mudanças papulares
àquela• altetações cutânea< sobrepostas no envelhecimento in- Nevas
trin.'leCO pela exposição crõnirn ao sol (Quadro 19-4). Crianças Mais numerosos em superfícies expostas ao sol, em ondovlduos
、・ウーイッエァゥ。NGセL@ cronicamente expostas podem mostrar fotodano predispostos
significativo no momento em que atingem a idade de 15 anos. Os Pá pulas amarelas (elastose solar)
efeitos desse dano podem エッュ。イ セウ・@ evidentes após os 20 anos de Pápulas de amarelo opacas a bnlhantes que podem coalescer
idade. A pele danific.1da pelo sol é caracterizada por elastose (co- formando placas
loração amarelada e engrossa menta da pele), pigmentação irregu- Queratose seborreica
lar, rugosidade ou res.'leelmento, tel:mgiectasia, atrofia, enruga 4
l esões superficiais esparsas (grudadas) - mais numerosas em
menta profundo, tamponnmento folicular e uma variedade de áreas expostas ao sol; planas nas extremidades. elevadas no
tórax
neoplasias benignas e malignas. A epiderme toma-se espessa.
Comedões e cistos em torno dos olhos (slndrome de Favre-
Embora m u itas cé.lulas d ife rente.\ sejnm i:ltometidas, é o m a terial Racouchet)
elastótico responsável pela maioria dos efeitos mais ュ。 イ 」。 ョ エ・N セ@
dos danos do sol.
A elastose solar é um sinal bastante C.'lracterístico de le.<ião solar O e nrug.1mento toma_.s e grosso e profundo, não fino, e a pele
é espessada (Fig. 19-2). eセエNQウ@
rugns não desaparecem ao se esticar
grave (Fig. 19-1 ) . Há deposiçllo maciça na derme superior de um
a pele. O enrugamento induzido pe lo sol na parte do trás do pes·
material elástico amarelo nnonnal, amorfo que não fonna fibras
・j£ウエゥ」NGャセ@ funcionais. Este tecido conjuntivo alterado não tem as coço apresen ta uma série de linhas entrecruzadns (Fig. 19-3} que
formam um padrão romboide (cútis romboidal da nurn ).
propriedades resistentes do tecido elástico.
743
Dermatologia CHnica
744
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
LESÃO SOLAR
Figura 19-5 Queratoses seborreicas ligeiramente elevadas Figura 19-6 Dano solar causa atrofia de lábio inferior com
ocorrem no dorso das mãos e podem ser erroneament e diag- perda das linhas normais da pele.
nosticadas como lentigos solares.
Figura 19-7 Variações da pigmentação e q ueratose actínica Figura 19-8 Pele frágil lesionada pelo sol é facilmente rom-
difusa podem ocorrer após anos de exposição ao sol. pida e cicatriza com cicatrizes aleatórias, chamadas de pseu-
docicatrizes.
Figura 19-9 Comedões actínicos. Comedões abertos e fe- Figura 19-10 Comedões actínicos podem tornar-se muit o
chados estão presentes nas áreas periorbitais. Não ocorre in- grandes e podem ser facilmente retirados com extrator de
f lamação semelhant e a acne. comedões.
745
Dennatologla CHnica
Tratamento
USO DE TRETINOINA E GRAVIDEZ. Os dados sobre o uso
Enrugamento fino- melhorado clínico rotineiro de tretinoína tópica indicam que ョセッ@ há risco
Enrugamento grosseiro -melhorado aumentado parn mulheres grávidas. No e ntanto, a malformação
Aspereza ao tato- melhorado espontânea do feto ocorre ocasionalmente em gestações Nセョッイ@ ..
Lentigos - reduçao do número mais.... Portanto, pod e セ・ イ@ pruden te adiar o tratl1mento com tre ti·
Sardas - reduçao da cor noína parn os pacientes q ue estão te ntando engmvidar ntiva ..
Queratoses actínicas- reduçao do numero
mente, para evitar a responsabilidade indevida d e defeitos
Telangierusia - nao melhora
congênitos qu e podem ocorrer por acaso.
Reaçao cutAnea
Dermatite- (1 a 10 semanas). xerose, de.scamac;Ao branda, irritac;Ao
Aumento da cor rosada, •brilho rosado•
REPOSIÇÃO DE estrogセniN@ Redut;ôes estatisticame nte
lnflamaçao- (3+ meses) de suposta quera tose actlnica subclínica significativa.-. do ressecamento e enrugilmento da pele oc.orrem
com reposição de estrogênio.
746
Capítulo 119 1
'
Doenças Relacionadas com a Lt12. e Transtornos da Pigmentação
FATORES DE PROTEçAO
SOLAR SUGERIDOS
Atividade
ao ar livre
Rotina do (à prova
Exemplos d ia d'àgua)
1-
Tipo*
I
Característica'
Sempre queoma com faoltdade, nunca Origem celta ou il1andesa, frequentemente olhos 15 2S.30
-
bronzeta azuis, ruivos, sardas
n Quetma com faohdade, bronzeta Indivíduos de pele dara; frequentemente tem 12·15 2S.30
cabelos loiros; muito brancos
1-
logeiramente
.
111 Algumas vezes queoma, depoos bronzeia Meditetraneos e alguns ィゥウセョ」ッ@ 8-10 15
gradual e moderadamente
f-
Queima monimamente, sempre bronze.a HispAnicos mais escuros e asiáticos
-
-
IV 6-8 15
1-
v Raramente queima, bronzeia Originários do Oriente Medio, asiáticos, alguns 6-8 15
profundamente negros
VI Quase nunca queima, profundamente Alguns negros 6-8
- 15
pigmentado
747
DermaLologla CHnica
solar (FPS; ""'adiante) alto e outros métodos de r<.duç3o da expo- MÚODOS DE PROTEÇÃO SOLAR. A proteção natural é
siçllo ao sol {Quadro 19-6). A proteçllo solar pode possibilitar o fornecida pelo estrato córneo e a pigmentaçllo da pele, a mela-
reparo da pele danificada. Pode h . - formaçllo de colágeno e nina. A capaádade natural para bronzear-se ou sofrer queimadu-
elastina novos, e as mudanças pré-cancerosas podem rqredir. ras solares varia muito de pessoa para pessoa. Foi elaborado um
A exposição ao sol •substancial• durante a vida OCOrT'e com sistema de tipagem de pele reativa ao sol para classificar os indi-
・クーッウゥセ@ inódentais breves, tais oomo exposições durante o víduos quanto à sua capacidade de bronzeamento e queimaduras.
trabalho ao ar livre, ao partiápar de atividades recreativas e ao E.•tas categorias (Tabela 19-1) são guias úteis para a elaboraçllo de
andar na rua no horário de aJmoço; por isso, muitas pessoas ne- programas para proteç.ão solar.
ce.'isitnm de proteção diária. As recomendaç.ôe.'i para minimizar a exposiç.1o ao sol estão
list..1das (Quadro 19-6). A• queimaduras solares são particular-
mente ーイ・ェオ、 ゥ 」ゥ。ウセ@ e clt!Ve-se dar grande ênfuse à prevenção de
Tabela 19-2 Ingredientes de Protetores Solares Aprovados pelo queimaduras. pイ・アオョエュセ@ os ー。」ゥ・ョエNセ@ relatam a ocorrência
Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos em 1997 de sardas permanentes na põlrte superior da região dorsal após
uma queimadura grave. A's pessoas que tiram férias de inverno
Produto quimko Aprovado{%} curtas no Sul dos Estados Unidos são partirularmente aptas a
アオ・ゥュ。イ ウ・N@ セ A exposição solar total durante: toda a vida é maior
Absorvedores de UVA
na face, nuca. calvo, parte superior do tórax, antebraços, dorso das
Oxlbenzona 2-6 mãos e parte inferior rJ<POl'ta das pernas. Os efeitos da luz solar
Sulisobenzona 5-10 podem ser faálmente apreciados comparando as superlláes late·
rais {expostas ao sol) com as superlláes mediais (protegidas do
OIOXJbenzona 3 sol) dos antebraços de indivíduos mais velhos.
Meol antranilato 3.5-5
VESTUÁRIO. A roupa é a melhor proteçllo. A firmeza da trama
Avo benzona 2-3
e o tipo de tecido determinam o potencial de fotoproteçllo. Thci·
Ácido tereflalilidenedicamforsulfõnico dos elásticos ou frios s5o menos e.fic:azes. As 」ッ イ ・Nセ@ mais escurns
proporcionam uma maior proteção do que as cores mais clarns.
Oi(etil-hexil)oxifenol metoxifeniltriazeno
Alguns fabricantes comerci:Jiizam roupas especiais com classifica·
Absorvedores de UVB ções FPS, como Solumbrn• (Sun f"recautions, Everett, |v。ウィ Nセ@
PABA 1-5 www.solumbra.com). Ver no Formulário ali..ta completa de fabri-
cantes de roupas.
1-3
8-10 PROTEÇÃO DOS JOVENS. Durante os primeiros anos de
vida. ocorre exposiçllo ao sol significativa, quando as crianças pas-
Dogaloollnoleato 2-5
sam horas brincando ao ar livre. Um esrudo mostrou que o uso
Ebl-4-bis (h1droxipropil) aminobenzoato 1-5 regular de protetor solar com FPS 15 durante os primeiros 18 anos
2-eol-hexila 2 ciano-3, 3-difenilacrilato 7·10 de vida reduz :a inddênc:ia durnnte a vid.1 do rnrdnoma basocelular
e espinoceluJar em 78%. Todas as crianças devem ser protegidas
2-7.5 rnm filtro solar com FPS alto. Roupas de banho de peça única que
3-S c.obrem o tórax, braços e pernas s5o ideais para crianças.
2·3
PROTETORES SOLARES. Protetores solares são agentes tópi·
4--25 cos que protegem a pele da luz lN. As orientações para a sua
aplicaçllo estão listadas no Quadm 19-6. Os protetores solares
0.25-3
não devem ser usados como um meio de ficar mais tempo ao sol;
1.4-8 isto anula seus efeitos 「・ョセ」ッウN@
2-ft!nllbenzimidazol-5-ác:ido sulfõnico 1.4 Protetores solares são opteS tópim.< que absorrem, dispersam
ou refletem a radiaçllo ultravioleta (RUY) e a luz visível. Os agentes
Sai!Oiato de trietanolamina 5-12
lNA absorvoem a radiaçllo na faixa espectral de 320 a 400 nm. Agen-
Bloqueadores ffsicos tes lNB absor\'em a radiaçllo lNB na faixa de 290 a 320 nm.
Petrola1o vermelho 3(}-100 O FDA publicou a m onografia final para produtos farmacêuti-
cos protetores solares para uso humano com isenção de prescJi ..
D16xido de titanio çllo. Isto estabelece condições para seguran ça, eficááa e rotula-
Estabilizadores de protetores solares gem. As regulações redu.zem o nlí mero permitido de ingredientes
para protetore.• solares (Thbela 19-2). A monografia especifica um
Mexoril SX (Europa) limite máximo de PPS 30; アオ[セN ャ アオ・イ@ produto com um FPS maior
Tinosorb (Europa) que 30 pode ser rotulado apenas como FPS 30 plus.
Os espectros de absorçllo de alguns destes protetores solares
Hehoplex
são mostrados na Figura 19- 11 .
748
Doenças Rel acionadas com a Luz e Transtornos da Pigment.1ção Capítulo 119 1
PROTETORES SOLARES RESISTENTES À AGUA. A FILTROS DE VIDRO. o vidro filtra lNB, mas transmite tNA.
sub:..1antivid.1de é a característica de u m protetor sol:tr que reflete Revestimentos protetores aplic.:-.dos no vidro podem bloquear a
o c1u:io efetivamente o grau de proteção anunciado é mantido sob radiaçlío l NA. A pelfcula pam janelas llumar (www.llumar.com)
condições ョ」ャカ・セ。ウ Q@ como a exposição repetida à água ou n trans- é u m filme m icrofino c1ue é instnlado em superfides de vidro em
piroção. De acordo com o FDA, um protetor solar é declarndo casa e no carro para fornecer proteção solar. Ele bloqueia 99% dos
re.'\istente à águ.:1 se mantiver o seu FPS original depois de duas raios UV. Os filtros de vidro são indicados para pacientes com
imersões de 20 minutos. Um protetor solar é muito resistente à vários cânceres de peJe,. pacientes trnnsplantados com câncer de
água se mantiver a sua integridade protetora após quatro imersões pele e pacientes com dermatoses fotossensíveis.
de 20 minutos.
REAÇÕES ADVERSAS A PROTETORES SOLARES. セ@
FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR. A dic.ióa dos protetores ções alérgicas ocorrem com maior frequência a conservantes ou
solares é expressa como o FPS. O FPS é definido como a razão fragrâncias do que aos ingredientes ativos. A irritação a cremes é
entre a menor quantidade de energia lNB (dose eritematosa mí- muito mais comum do que a alergia a um componente. Pode··se
nima) necessária para produzir uma reação de critema mínimo sentir ardor ou •fisgadas" na área dos o lhos. Os ingredientes ati-
através de um filme protetor solar e a アオ\セョエゥ、 ・@ de energia ne- vos do p rotetor solar podem caus..1r reações alérgicas por fotocon-
Ce."-sóri:t para produzir o m esmo eritema sem qualquer aplkação tato. A maioria dos pacientes que 、・Nセョカッ ャ カ・@ dennatite de con-
de protetor solar. Para u m indivíduo que u:m um filtro solar com tato a p rotetores solares é de ー。」ゥ・ョエ セ@ com ヲッ エッ、 ・ イュ 。エゥ・Nセ N@
F'PS 151 é necessário tempo de exposição 15 vezes maior q ue o
normal parn o desenvolvimento do eritema. O P'PS parn produtos NlVEIS DE VITAMINA D. A proteç.'ío solar é importante para
comercialmente disponíveis deriva de testes com a aplicaç.ão de prevenir doenças malignas d3 pele. A vitamina O é formada na
uma quantidade uniforme de protetor solar que é mais e51""'-"" do pele pela ação do sol. A defióência de vitamina D pode induzir
que a maioria da\ pessoas usa rotineiramente. Uma quantidade vários tipos de câncer, doenças Ó.\.\eas, doenças autoimunes, hi·
substanóal de protetor solar deve ser aplicada para obter uma pertensão arterial e doença cardiava'ICU!ar. A proteÇ\o solar rigo-
。カャゥセッ@ total do FPS.
749
Dermato logia Cllnica
rosa pode cau.o;;ar deficiência de vitamina D. O status de vitamina que são mais propensas a melhorar ao longo de 5 anos. Aqueles
D pode ser medido. Recomendações equilibradas sobre a prote- que desenvolvem prurigo actínico quando adultos (21 anos de
ção solar têm de garantir o status de vitamina D adequado. Vinte idade e mais velhos) tendem a ter uma dermatose mais suave e
minutos de exposição por d ia para uma área do tamanh o do tórax mais persistente.
podem ser razoáveis até q ue sejam estabelecidas diretrizes.
APRESENTAÇÃO CLiNICA. A.' mulhere• são mais acometi-
LOÇÕES BRONZEADORAS SEM SOL OU PARA AU- das q ue os homens. A idade média de início é 34 anos (5 a 82
TOBRONZEAMENTO. A.' loções sem sol o u autobro nzeado. anos). Para os homens a idade média é de 46 anos e para mu-
res contém d iidroxiacetona (DHA), que escurece a pele através lhere.'i, 28 anos. Os s intomas iniciais mais comuns são queima-
de colornç.âo. As preparações são atóxicas. O local de aç.1o de ção, prurido e eritema. A erupção em geral dura 2 ou 3 dias, mas
DHA é o estrato córneo. A colo ração da pele ocorre quando em alguns casos não de.-.aparece até o final do verão. Muitos
DHA se combina com grupos amino liVTes nas proteínas da pele pacientes apresentam mal-e.•rtar, calafrios, cefaleia e náuseas que
(querntina) no estrato córneo fonna ndo produtos marro ns cha- começam aproximadamente 4 horas após a exposição, mas du-
mados melanoidinas. Pouca a nenhuma proteção solar é fo rne- ram apenas 1 ou 2 horas. aNセ@ áreas mais comumente envolvidas
cida pelo seu uso. AJguns produtos são form ulados com filtros são o V do tórax (área exposta por camisas de gola aberta), o
solare.-.-padrão. dorso das mãos, extensão dos antebraços e parte inferior das
As preparações mais recentes são cosmeticamente aceit.iveis, pernas das m ulheres. Os relatos variam quanto ao comprimento
em oposiç.;o à cor laran ja que em produzida por form ulações de onda da luz responsável pela indução das lesões. O compri-
mais antigas. mento de onda necessário para desencadear a erupção varia de
acordo com o paciente. Muitos reagem ao UVB, outros ao lNA,.
alguns a ambos.
ERUPçAO POLIMORFA À LUZ
SUBTIPOS CLiNICOS. Há uma série de tipos clínicos de EPL.
A erupção polimorfa à luz (EPL) é a doença rutânea induzida pela
luz ma is comum observada pelo médico. É uma doença de longa Tipo papuloso. O tipo papuloso é a forma mais comum (Fig.
duração e melhora lent.'l; o risco para lúpus eritematoso não é 19-12). Pequenas pápulas são disseminadas ou densamente agre.
aumentado. Não só o quadro clínico varia, mas também os sinto- gadas em um eritema irregular. Uma variante papulosa localizada
mas podem variar ao longo dos anos. Existem vários subtipos foi descrita .
morfológicos, mas os pacientes isoladam ente tendem a desenvol-
ver o mesmo tipo a cada ano. As lesões geralmente ruram-se sem Tipo em placa. O tipo em placa é o segundo padrão mais co-
formação de cicatriz. A erupç..;o aparece primeiro em áreas limita- m um. As placas podem ser superficiais o u urticarianas. Elas po-
das, mas toma-se mais extensa durante os verões seguintes. A dem coalescer fo rmando placas ュ 。 ゥ ッイ・ウセ@ às vezes, são eczemato-
maio ria das pessoas com EPL apresent.'l exacerbações a cada ve- sas (Figli. 19-13 e 19·1 4) .
rão, durante muitos anos; alguns têm remissões temporárias. A
doença pode começar em qualquer idade. A quantidade de expo· Tipo papulovesicular. O tipo papulovesirular é menos co-
siçâo à luz necessária para provocar uma erupç..;o varia considera- mum . Ocorre principalmente nos braços, membros inferiore.-. e
velmente de um paciente para outro. Os pacientes podem tolerar área V do tórax e geralmente começa com placas urticarifonnes
um tempo de exposição mínimo, como 30 mi nutos, após o q ual das q uais surgem grupos de vesírulas (Fig. 19-15). O prurido é
a erupç.;o aparece. A sensibilidade à luz diminui com a exposição comum e geralmente moderado ou intenso. Esta forma ocorre
solar repetida; este fenômeno é conhecido como tolerância. A quase exclusivamente em mul heres.
erupção pode deixar de aparecer depois de dias ou semanas de
exposição solar repetida. Aqueles expostos à luz solar durante Tipo eczema toso. Ocorrem eritema, pápulas, escam as e, aJgu.
todo o ano raramente adquirem EPL. A maio ria dos pacientes tem mas vezes, ve.-.írulas. Lesões eczem atosas ocorrem quase exclusiva-
sintomas 2 horas após a exposiç.;o. Em um estudo de acompa- mente em homens.
nhamento de 7 anos, 570A, dos pacientes relataram urna redução
da sensibilidade ao sol, incluindo 11% em quem a EPL desapare- Tipo eritema multiforme. A.' lesões do tipo eritema multi.
ceu totalmente; nenhum dos pacientes desenvolveu lúpus erite- forme e a d istribuição são semelhante.-. às do eritema multiforme
matoso sistêmico. PMID: 66!0391 clássico, com lesões mais frequentes no dorso das mãos e face de
extensão dos antebraços.
EPL HEREDITÁRIA (PRURJGO ACTINICO). A EPL here-
ditária ocorre no Tnuit da Amérirn do Norte e em indígenas Tipo hemorrágico. O tipo hemorrágico pode surgir primeiro
am ericanos das Américas do Norte, Central e do Sul. Sua trans· como pápulas hemorrágicas ou púrpura. E.\'ta fonna é rara.
missão parece ser autossômica dominante com penetrância in-
completa e expressividade variável. Em latitudes do Norte da Diagnóstico di ferencial. A forma papulosa assemelha-se a
América do Norte, a erupç.;o surge em áreas do corpo expostas dennatite atópica. A EPL é menos pruriginosa e ocorre em uma
ao sol, já em março, e persiste até outubro. O rosto é a área mais distribuição expost.1 ao sol, não nas áreas com pregas, como
comumente envolvida. A maioria dos pacientes é sensível à luz ocorre com a dennatite atópica.
INA. Q uando a EPL começa em pacientes mais jovens (até 20 A<i ャ・Nセウ@ semelhantes a plarns eritematosas do lúpus sistêmico
anos de idade) está associada a queilite e erupções mais agudas e disco ide e histologia podem ser idênticas às das EPL. Os padrões
750
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
751
Dermato logia Cllnica
ESTEROIDES TÓPICOS E ORAIS. C..urso.< rurtos, intenni- FÁRMACOS ANTIMALÁRICOS. Os fiírmacos antimaláricos
tentes de 3 a I 4 dias de grupos de I a V esteroide.< tópico.< são podem ser eficazes e devem ser considerados para pacientes q ue
eficazes. Os esteroides tópicos dos grupos TI a V reduzem o pru- não são protegidos por protetores solare.'i e não respondem à fo-
rido e aceleram a resolução. Ciclos autos de estero ides o rais são toterapia UVB ou PlNA. Os antimaláricos devem ser u tilizados
ú teis para erupçõe.-. disseminadas muito prurigino..-.as ou para pa· apenas durante os meses de verão; portanto, a dose total necessá-
cientes q ue exacerbam duran te tratamen to de fototerapia ou foto- ria é pequena. Um ensaio de 3 meses (400 mg/dia de hidroxiclo-
quimioterapia. roquina no primeiro mês e 200 mg/dia depois d isso) tem sido
eficaz na reduç.;o da erupç..;o rut.1nea e irritação. Embora o risco
PROTEÇÃO. A exposiç.'ío ao sol duran te os horários de máxima de danos aos o lhos seja leve, os exames oftalmológicos devem ser
intensidade (entre 10 da manhã e 2 da t.orde) deve ser evitada. Os obtidos periodicamente para monitorar a toxicidade an timalária.
filtros solares com futores de máxima proteção solar devem ser
usados. Os pacientes mais sensíveis são aconselhados sobre filtros OUTROS TRATAMENTOS. o bet.1caroteno é pouco eficaz
para as janelas do carro (protetor UV Llu mar, \Vww.llumar.com ) e para o trat.1men to profilático de EPL. mas a pele fica amarelo-
iluminação fluorescente em casa. alaranjada. Apenas 300/o do..'i pacientes responderam satisfatoria-
mente a u ma dose de 3 mg/kg de peso corporal que foi adminis-
DESSENSIBILIZAÇÃO COM FOTOTERAPIA. A sensibili- trada durante o verão.
dade da pele humana à radiação UV d iminui após exposição à A ciclosporina ou azatioprina podem ser usadas para raros
radiaç."io UV. A adaptação ocorre através da exposiç."io dos pacien- casos graves incapacitantes.
tes a doses pequenas e controladas de luz. Doses pequenas o su-
ficien te para não causar qualquer reação anonnaJ, mas grandes o
suficiente para aumentar a tolerância da pele à luz são usadas. HIDROA ESTIVAL E HIDROA VACINIFORME
Uma série regular de tais expo.'iições, com pequenos aumentos no
tempo de exposição, pode resultar em uma tolerância considerá· Hidroa estiva) (prurigo de verão de Hutchinson) e hidroa vacini-
vel. Aumentos de JQO/o por exposição são administrados desde forme são erupções raras, mas distintivas, induzidas pela luz. Elas
q ue não haja reaçõe.'i adversas. Este é o chamado fenô meno de podem represent.1r u m tipo de EPl peculiar às crianças. O início
tolerância. Est.1 prática é segura; portan to, a exposição controlada é anterior à p u berdade (idade média de início é cerca de 6 anos),
à luz solar ou a fontes artificiais de luz lN deve ser o primeiro tipo e os hom ens são mais frequentemente acometidos q ue as mulhe-
de trat.1mento. Os pacientes tratados com UVB ou UVB de banda res. Ela começa com eritema moderado e prurido em 1 a 2 horas
estreita no consultório do dennatologista recebem cinco expo..'ii· de exposição ao sol. aNセ@ lesões de hidroa estiva! consistem em
ções por semana du rante 3 semanas na primavera, com doses de pápulas exsudativas e fonnação de crostas. A erupção simétrica
exposição com aumento graduaL A tolerância também pode ser fotodistribuída é mais p roeminente na face, orelhas e dorso das
realizada seja com tNA (340 a 400 nm) ou tNA e UVB (300 a 400 mãos (Fig. 19-16). O envolvimento das áreas não expostas ao sol,
n m) (lO exposições à luz UV). As 'camas de bronzeamento artifi- principaJmente as nádegas, não é incomum . A erupção desapa-
cial"' não são recomendadas porque apresentam maior risco de rece, mas pode persistir d urante os meses de inverno. Há evidên-
provocar EPL. UVB profilático pode às vezes provocar erupção, cias de transmissão genética. Em muitos casos, a luz UVB repro-
sobretudo em ind ivíduos gravemen te acometidos, necessitando duz as lesões.
de tratamento corticosteroide sistêmico. A hidroa vaciniforme (HV) (Figs. 19-17 e 19-18) é semelhante
à hidroa estivaJ, exceto q ue as vesírulas tensas, u mbilicadas, seme-
PSORALENO + UVA (PUVA). o tratamento pode ser adqui· lhan tes à varíola aparecem na fuce, orelhas, tórax e dorso das
rido no consultório do dermatologista usando a luz arti6ciallNA mãos; depois de romperem-se e formar u ma crosta, podem rurnr
e 8 metoxipsoraleno (PtNA). A remis.<ão pode ser obtida para a com formação de cicatriz.
maio ria do..'i pacientes por meio de tratamento 2 ou 3 vezes por A terapia com lNB de banda larga pode ser eficaz para hidroa
semana de 4 a 12 semanas no início da p rimavera. (Ver mais de- vaciniforme. A luz tNA pode reproduzir a erupção. Ambas as
talhes na seção sobre o tratamento da r-<oríase.) A terapia PtNA doenç.as geralmente de.'iaparecem após a puberdade. Evit.1r o sol e
protege temporariamen te, e exposições solares repetidas são ne- usar protetores solares, esteroides tópicos do grupo V e com p res-
cessárias para man ter a proteção. AJguns pacientes permanecem sas úmidas e antimaláricos podem contro lar e.\'tas doenças. PMID
protegidos por 2 a 3 meses, mesmo após a pigmentação de.'iapa- 1670249
recer. Os esteroides tópicos devem ser aplicados se a doença for
ativada peJo tratamento. A p ro teç.;o máxima é atingida 3 semanas
após 1 semana de "'ouso"' de tratam ento, e um único curso ofe-
rece um mínimo de 6 semanas de proteção. O "'curso .o- pode ser
repetido a cada mês duran te os meses de primavera e verão, se
nece....'iário. Órulos de proteção, como NoJR*, devem ser usados
duran te o restan te do dia após tomar psoralenos.
752
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
Figura 19-16 Hidroa estiva!. Pápulas aparecem na pele ex- Figura 19-17 Hidroa vaciniforme. Pápulas e pústulas aparecem
posta ao sol e podem evoluir para exsudação e formação de nas áreas expostas da face e orelhas. As lesões tornam-se umbili-
crostas. cadas e algumas vezes necrosadas. Elas podem cicatrizar com ci-
catrizes deprimidas hipopigmentadas. A terapia com UVB de
banda larga pode ser eficaz para hidroa vacinifonme. A luz UVA
pode reproduzir a erupção. Ambas as doenças em geral desapa-
recem após a puberdade. Evitar o sol; o uso de protetores sola-
res, esteroides tópicos do grupo V e compressas úmidas e anti-
maláricos podem controlar essas doenças. 1670249.
753
Dermato logia Cllnica
Aumento de '
Aumentado Aumentado
coproporfirina
e/ou PBG e
uroporfirina
754
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
Tabela 19-4 Testes para Estabelecer Diagnósticos de Porfirias e para Estabelecer o Tipo Específico
Prevalência entre
Tipo pessoas porfiricas Dermopatia Neuropatia Outros indicadores
Porfiria intermitente aguda Entre as mais Nenhuma Branda a grave Febre intermit ente, hipertensao
(PIA) Deficiência de Pbg prevalentes
deaminase ・ イゥエ イッ」ゥ エ セイゥッ@
Porfiria eritropoiética congênita Muito rara Muito grave, Possivelmente Fraldas coradas de urina rosa,
(PEC) mutilante; evidências vermelha ou violeta
no lactente
Porfiria cutânea tardia (PCT) Entre as mais prevalentes Branda a grave Nao comumente Siderose
Coproporfiria (CP) Entre as mais prevalentes 20%-30% de casos; Branda a grave Febre intermit ente; hipertensao
branda a grave
Porfiria variegada (PV) Entre as mais prevalentes Presente em 75%- Branda a grave Febre intermit ente; hipertensao
80% de todos os casos
Protoporfiria (PP) Muito rara Branda a grave Nao comumente Testes anormais de função
ィ・ー セエ ゥ 」。[@ 」セ ャ 」 オ ャ ッウ@ vesicais
Porfiria adquirida Entre as mais prevalentes Em alguns casos, nao Geralmente v。イ ゥ セカ・ャ[@ febre intermitente;
em outros hipertensão
De Mayo Cflmc Test Car;,log, 2009. www.mayomed1callaboratones.com
755
Dermatologia CHnica
coproporfiria herroitária) são importantes porque da podem ser MANIFESTAÇÕES CLINICAS. A• caracteristicas clínicas em
fatais. M porfirias não agudas (porfiria cutânea tardia e porfiria ordem de frequência são bolhas em áreas expostas ao sol HfゥセᅦN@
critropoiética) apresentam-se como ヲッエウュゥ「ャセ@ da pele. 19-20 e 19-21), aumento da fragilidade da pele, hipertricose fu.
M lesões de pele na porfiria cutânea tardia (a porfiria rutãnea cial, biperpigmentação, alterações rutãneas esderodermia lilre,
mais comum), porfiria variegada, coproporfiria herroitãria e por- calcificação distrófica com uloeraç.'lo e esderose localizada do
fina critropoiética congênita são semelhantes: a fragilidade mecâ- couro cabeludo (alopecia porfinnica). As molias ocorrem em lo·
nica, bolhas subepidérmicas, hipertricose e pigmentaç.'lo. A proto- cais onde previamente havia bolhas na mão. A fonna clássica de
porfiria eritropoiétic.• (PPE) é caracterizada por fotossensibilidade epidermólise bolhos.a adquirid3 tem características semelhantes
aguda sem essas lesões. (Cap. 16).
Todos os エゥーッセ@ apresentam m etabólitos de porfirinas em ex-
ce.o;so n o sangue, urina ou fezes e em vários tecidos como a pele e DIAGNÓSTICO. A urina do paciente pode ter u ma coloração
ffgado. A• porfirinas são pigmentos vermelho-acastanhados. Al- ca..rtan ho-avermelhada ("'urina de vinho do Porto"') com níveis
guns metabólito.• porfirinicos (porlirinogênios) acumulam na elevados de pigmentos de porfirina e pode apresentar uma lluores-
pele e são aut<K>xidados tomando-5e porfirinas. M porfirinas cência rosa brilhante sob lãmpad.1 de Wood (a lâmpada de Wood
ab>Orvem a luz lNA na faixa de 400 a 410 nm (banda Soret). E.<tas é uma luz azul. com um pico de ernis.'«io de 360 nm). A PCT pode
porfirinas acitadas geram peráxidos que causam as bolhas obser- ser confundida com outras formM de porfiria e outras doenças
vadas na porfiria cutânea tardia e porfiria variegada. bolhosa.s. Devem-se solicitar exames de porfirinas fecais, do
M porfirias são potencialmente letais. Manifestam•se princi- plasma, urinárias e. de eritrócitos, elpecialmente se outras formas
palmente com sinais e sintomas neurológicos e auineos. A porfi- de porliria estiverem no diagnóstico diferencial. O diagnóstico é
ria critropoiética congênita (PEC) apresenta-se no laaente. A•
outras porfiria.s t omam-se sintomáticas em adultos.
756
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
Figura 19-20 Há aumento dos pelos faciais ao redor dos olhos. A exposição crônica ao sol resultou em formação de bolhas,
erosões e cicatrizes atróficas no dorso das mãos.
Figura 19-21 A pele frágil exposta ao sol desenvolve erosões e bolhas após traumatismo mecânico. Isto é comumente obser-
vado nas faces dorsais das mãos e antebraços. A cura resulta em cicatrizes, milia e placas atróficas hiperpigmentadas e hipopig-
mentadas.
757
D ermato logia CHnica
confinnado dem onstran do um níveJ elevado de u roporfirina n a são moderadamente eficazes. Uma ingestão n utricional adequada
urina. U ma coleç..1o de 24 horas de urina contém quantidades de ácido ascórbico pode ser benéfica.
diferentes de porfirinas em índices que podem ser diagnósticos. A Em pacientes com PCT crônica associada a hem odiálise, a
proporção relatada como uroporfirina domina o exame de urina doroquina é ineficaz. Eritropoietina, desferrioxamina e Beboto-
na PCT, em geraJ p resente em uma proporção de 4:1 ou mais em m ia de pequeno volume foram empregadas para o contro le da
comparnç.1o com a proporção de coproporfirina. Os ensaios doença.
quantit.1tivos das várias porfirin as devem ser real izados para obter
u m diagnóstico con fiável. A.,. amo.ruas de biopsia para imu notlu-
Pseudoporfiria
orescência diret.1 são obtidas da borda da..-. lesões.
A pseudoporfiria é u m distúrbio de fotossensibi lidade bolhosa
HEMOCROMATOSE HEREDITÁRIA. A Per pode ser ob- induzido por terapia. É uma condição q ue imit.1 PCT em quase
servada em pacien tes com mutações do gene HPE. A an álise do todos os aspectos, exceto que os níveis de porfirina no plasma,
gene HPE deve ser realizada em pacientes que apresentam Per. A u rina e fezes que são normais. Ela tem sido atribuída a fármacos,
an áJise da reaç.1o em cadeia da polimernse de sangue periférico irradiação lNA (camas de bronzeam ento), exposição exce.o;;.o;;iva ao
parn detecção de mutações do gen e da hernocromatose (HPE) está sol e insuficiência ren al crônica/diá lise.
d ispon ível para U.'a> clín ico.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS. Há a umento da fragilidad e da
pele, fonnação fácil de hematomas e bolhas provocadas pela luz
TRATAMENTO
no dorso das mãos, seguida pela cicatrização com formação de
A base do tratamento de Per consiste em três elementos: evitar cicatrizes e milía (Fig. 19·22). O aparecimento de bolh a.< pode ocor-
futo res desencadeantes (álcool, estrogênios), depleção de ferro rer 1 seman a depois de o fán naco ter s ido iniciado o u pode não
(flebotomia) e eliminação de porfirinas (terapia com dose baixa ocorrer d urante meses. Uma p ista importante parn o diagnóstico
de cloroquina). É importante identificar todos os riscos ou fatores é que alguns pacientes com pseudoporfiria têm ィゥ ー・イエゥ」ッNセL@ hi -
etiológicos q ue contribuem para o desenvolvi mento de PCT. perpigmentaçâo o u alterações rutâneas e."Klerodérmicas like en-
contradas na Per.
FLEBOTOMIA. A sobrecarga de ferro é um dos futo res q ue de-
sencadeia m a doença; a remoção de ferro por Oebotomia é o tra- FÁRMACOS. O naproxeno, um deriv.1do de ácido propiô nico,
tamento de escolha. Ela reduz os estoques de ferro hepático e é o fánnaco anti-inflamatório não esteroide {AINE) mais frequen.
produz remissões com duração de vários an os. Uma unidade de temente ligado à pseudopor6ria. A maioria dos caso.'i de pseudo-
sangue deve ser removida a cada 2 a 4 semanas até que o nível de por6ria induzida por naproxeno ocorre em crian ças. Foi relatada
hemoglobina caia parn \0 mg/dl ou até que o nível sérico de ferro pseu dopor6ria e m até t2<>/o dos pacientes com artrite reumatoide
caia para 50 mg/dl. O número médio de unidades necessárias ju venil, que foram trat.1dos com napmxeno. A pseudoporfiria in-
para a remis..o;;ão varia entre 8 e 14. A ュ・ョウオイ。Nセッ@ do nível de uro- duzida por naproxeno em adu ltos ocorre principalmente em
por6rina plasmática é u ma maneira eficaz de mon itorar o p ro- mu lheres. Os pacien tes q ue n ecessitam de ATNE e desenvolvem
gresso dos pacientes com Per. O tratamento deve continuar até pseudopor6ria devem ser tran sferidos para os agentes que são
que os níveis p lasmáticos de uropor6rina caiam para menos de 10 menos fotossensibilizantes, com o d iclofenaco, indomet.1cina e
m mo l/1. Os n íveis p lasmáticos de ferritin a também podem ser suJ in daco. Outros fánn acos, como tetrncidinas, furosemida,
usados como um guia para o tratam ento por meio do corte da ácido nalidíxico, daps.on a, oxaprozina, voriconazol e nabume-
veia. A flebotomia pode ser concluída quando os estoque.o;; de tona, estão implicados.
ferro, como refletido pela 」ッョ・エイ。Nセ@ de ferritin a no plasma,
tiverem caído para n íveis baixos normais. CAMAS DE BRONZEAMENTO. A maioria dos pacientes são
mulheres jovens com pele clara. Vesírulas e bolhas ocorrem no
CLOROQUINA. A cloroquina e m doses muito baixas também dorso das mãos, mas outras áreas podem ser en volvidas. Ocorrem
pode ser usada. A cloroquina provoca a ャゥ 「・イ。Nセッ@ de uroporfirina fragilidade da pele, cicatrizes e milia. Alguns pacientes estavam
ligada ao tecido e depois é rapidam ente eliminada pelo plasma e t omando medicamentos (AJNE, fu rosemida, tetrncidina, contra-
excretada pela urina. Uma liberação mu ito rápida de porfirinas ceptivo.., o rais).
poderia afetar gravemente a função hepática. A resposta clínica e
bioquímica completa ocorreu com o u.<o de 125.250 mg de clo- insufcセa@ RENAL CRÔNICA/DIÁLISE. A pseudo-
roquin a 2 vezes por semana, durante 8 a 18 meses. A rem is..o;;ão na partiria foi relatada em pacientes submetidos a hemodiálise o u
maio ria dos paciente.o;; tem sido de mais de 4 anos. diálise peritoneal e, em casos de insuficiência renal crôn ica, sem
O tratamento combinado com fleboto mia repetida e cloro- diálise de acompanhamento. A pseudoporfiria relacionada a he-
q uina resulta em イ ・ ュ ゥウNセッ@ em uma média de 3,5 meses. O tempo modiálise foi tratada com sucesso com N-acetilcisteína.
n ecessário para a remissão com cloroquina isolada é de 10,2 ュ ・Nセウ[@
o tempo para remissão com fleboto mia isolada é de 12,5 meses. ACHADOS LABORATORIAIS. Os achados h isto lógicos [bo-
A eliminação completa de ákool e exposição a ou tras hepato- lhas subepidénn icas sem inflamação, ・ウーNセュョ エ ッ@ das paredes
toxinas resultaram em 、・ー オ イョNセッ@ clínica completa de bolhas e capilare.o;; dénnicas com 、・ーッウゥNセ@ de material positivo para ácido
fragilidade da pele em 2 mese.< a 2 anos. periódico/Schiff) e imunoflu o rescentes (depósitos granula res de
Devem-se u."'ar protetores solares que bloqueiam a luz lNA. TgG e C3 na junção dermoepidérmica e nos vasos da denne su pe-
Os bloqueadores solares físicos que contêm dióxido de titânio rior) são idênticos aqueles e ncon trados na Per. Os níveis de
758
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da Pigment.1ção Capítulo 119 1
por6rina na urina, no plasma, urina e nas fezes são nonnais.. De- SINAIS CUTÂNEOS. Até30%doscasosdeCPea maioria dos
vido a dificuldades de interpretação do e>ame de urina no caso de casos de PV aumentaram a fiagilidade da pele e fotossensibilidade
diáliM, os níveis plasmáticos de porfirina.s e poriirinas fecais tam- com eriterna, urticária, formação de bolhas e lesõo セ・sゥ」オャ。イウN@
bbn dew:m ser analisados na avaliação de paócniCS com in.<Uficiên- Thmbêm podem ocorrer hipertricose e alopeóa regional. PIA não
óa renal aônica que têm dermatoses bolhosas. envolve a pele.
TRATAMENTO. Suspender o fánnaw é rurnrivo na maioria EXAMES LABORATORIAIS. A triagem inióal de casos sus·
dos CMOS, mas a remissão pode não ocorrer após meses. peitos de PIA deve induir um<1 colet.1 de urina de 24 horas parn a
medição dos níveis de porfobilinogênio e porfirinas na urina
PORFIRIA INTERMITENTE AGUDA (PIA), COPROPOR- (Thbela 19-4 e Fig. 19-19). A análise do ácido delta-aminolevulf·
FIRIA (CP) E PORFIRIA VARIEGADA (PV). P..•te.• tipos são nico urinário (d·AIA) pode ser útil. CP e PV podem ser detecL1dns
as formas mais comuns de porfiria (Thbelas 19·3, 19·4 e 19-5). peJa anáJise dos nfve.is de porhrinas fecais: excreção de copropor-
Elas se apresentam wm episódios agudos de dor abdominal leve firina é aumentada na cr, e a excreção tanto das coproporfirinas
a inten$.:"1 e depres..<i.ão ou psicose. Os achados menos comuns são fecais quanto das protoporfirinas é aumentada em PV. Durante os
hipertensão, parestesia, febre e convulsõo. Episódios de fiaqueza episódios agudos, os nf...,is de porfobilinogênio urinário e porfi·
ncummuscular podem evoluir para paralisia de todo o corpo e rinas estalio aumentados.
parali.<ia respiratória ameaçadora da vida. Os ataques agudos de
PIA, copmporfiria hereditária e I'V podem ser piOVOC3dos por Porfir ia adquirida (porfiria por intoxicação). o acú·
medicamentos (barbitúricos, agentes antibactcrianos) e álcool. mulo de por6rinas e. preOJrsore." de porfirinas no sangue e te·
Substãndas químicas de uso doméstico ou industrial, agrotóxi- ddos pode ser causado por substânàas tóxicas, como a inges·
cos, resíduos químicos industriais, produtos qufmicos de jardim, tão de chumbo. Os metl1is pesados, hidrocarbonetos aromáticos
produtos químicos u tilizados no artesanato por hobby (como haJogenados e fármacos podem suprimir enzimas envolvidas
pigme,ntos m inerais utilizados em trabalhos com cerâmica) e no metabolismo do porfirinogê.nio, levando ao acúmulo de
produtos químicos encontrados em solvente.-; desengordurante.o; intermediários. A porfiria por intoxir.ação pode imitar a porfi-
\L-.ndos em trabnlhos de reparo automotivos e outro." traba lhos de ria cutânea tardia tanto nos sinais clínicos q uanto nos achados
medinic.1 podem precipitar um ataque agudo. labo ratoriais.
759
Dermatologia CHnica
760
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da Pigment.1ção Capítulo 119 1
761
Dermatologia CHnica
Contato com plantas em um campo, seguido Eritema dif uso e vesiculação ocorreram 24 ho-
de exposição direta ao sol, resultou nesta erup- ras após contato com suco de aipo e exposição
ção padronizada de eritema e vesículas. ao sol.
Figura 19-24
Figura 19-25 Exposição a substâncias que contêm compostos de psoraleno, tais como suco
de limão, SE!9Uida de exposição ao sol, pode causar eritema e vesículas que se curam com hi-
perpigmentação marrom .
762
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
Antibióticos
Tetracidinas (doxicid ina [Fig. 19-27]. tetracidina)
Fluoroquinolonas (ciprofloxacino, ofloxacino, levofloxadno)
Sulfonamidas
Fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINE)
lbuprofeno
Cetoprofeno
Naproxeno
Diuréticos
Furosemida
Hidroclorotiazida
Retinoides
lsotretinoína
Acitretina
POT profotossensibilizadores
Ácido 5-aminolevulínico
Ácido metil-5-aminolevulínico
Verteporfina
Fotofrina
Fármacos neurolépticos
Fenotiazinas (dorpromazina, flufenazina, perazina, perfenazina,
tioridazina)
Tioxantenos (dorprotixeno, tiotixeno)
Antifúngicos
hraconazol
Voriconazol
Outros medicamentos
Ácido para-aminobenzoico (PABA)
5-0uorouracil (5-FU)
Figura 19-26 Reação fototóxica (dermatite de Berloque). Amiodarona (Figura 19-28)
ó leo de bergamota (usada em alguns perfumes} contém pso- Dihiazem
ralenos, que podem causar eritema seguido por hiperpigmen- Quinidina
tação prolongada após exposição à luz. Alcatrao da hulha (Coaltar)
Figura 19-27 Fototoxicidade induzida por doxiciclina. Opa- Figura 19-28 Toxicidade por amiodarona. Coloração
ciente estava tomando 100 mg de doxiciclina 2 vezes por dia cutânea grave azul-acinzentada ocorre em até 10% dos
para acne. A exposição ao sol causou ardência e eritema nas pacientes que tomam amiodarona. A exposição ao sol provoca
bochechas, nariz e lábios. a coloração.
763
Der maLologla CHnica
764
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
VITILIGO
Figura 19-29 Pregas do corpo, como axilas, são comu- Figura 19-30 Dorso da mão é um local comumente envol-
mente envolvidas. O exame com lâmpada de Wood pode ser vido.
necessário para demonstrar isso em pacientes com pele clara.
Figura 19-31 O pênis é um local comumente envolvido. Figura 19-32 Há perda quase total de pigmento. Monoben-
zona (Benoquin"), um potente agente despigmentador, pode-
ria ser usado com fins est éticos para remover o pigmento res-
t ante.
765
Dermato l ogia Cllnica
IMPACTO PSICOLÓGICO. o vitiligo pode ter um grande MECANISMO DE REPIGMENTAÇÃO. o objetivo do trat.1-
impacto na personalidade. Podem ocorrer sentimentos de es.- mento é restaurar os melanócito.'i da pele. A terapia envolve o es..
tresse, constrangimento, autoconsciênda e baixa autoesti ma. Os tim uJo dos meJanócitos no folírulo piloso a p ro liferar e migrar de
pacientes afirmam q ue a doença interfere nas relações sexuais. O volta para a pele despigmentada. A pele despigment.1da é despro-
impacto psicológico pode ser profundo em raças m uito pigmen· vida de melanócitos na epidenne. Os m elanócitos no b ulbo e
tadas. A doença pode ter um estigma social grave em algumas infundíbulo do folírulo piloso estão ausentes na pele com viii-
rulturas. ligo. A repigmentação é causada pela ativaçlío e m igração de me-
lanócitos de u m reservatório melanoático local izado nos folírn·
ACHADOS OCULARES, AUDITIVOS E MENINGES. o los pilosos. Assim, a pele com pouco ou nenh um cabelo ( mão.'i e
vitiligo acomete todos os melanócitos. As áreas despigmentadas pés) ou com cabelos brancos responde mal ao trat.1mento. Meia.
no epitélio pigmentar da retina e coroide ocorrem em até 400/o nócitos am elanóticos inativos nas partes média e inferio r do folí·
dos pacientes com vitiligo. A incidência de uveíte é elevada. O ruJo e bainha radirular externa ainda estão pre.セ・ョエウ N@ Est.1s células
labirin to membranoso do o uvido interno contém me.lanódtos. podem ser ativadas por tratamento para adquirir enzimas para
Podem ocorrer problemas auditivos menores. A síndrome de melanogênese. Elas proliferam e amadurecem à medida que mi·
Vogt·Koyanagi·Harada consiste em vitiligo com muitos ou tro..-. gram para o folírulo piloso até a epiderme e espalham de maneira
achado.., associados; os mais comu ns são meningismo, perda au. centrífuga. Quando uma mancha de vitiligo repigmen ta, ela re.
ditiva, aJopecia, zumbido e poliose. A meningite asséptica pode pigmen ta partindo do folírulo e espalha. Este processo é lento e
ser causada pela destruição dos melanócitos leptomeníngeos. A exige pelo menos 6 a 12 meses de tratamento. Face, b raços, tórax
doença aparece na quarta a q uinta décadas, sendo mais comu m e pernas respondem melhor.
em mulheres e em pessoas com pigmentação esrura. Os melanócitos dividem.se rapidamente após q ualq uer pro·
」・ウNセッ@ inflamatório o u após irradiaç.;o tN. PUVA produz uma in·
DOENÇAS ASSOCIADAS. A maioria dos pacien tes com viti- flamaç.'ío na pele na profundidade do folírulo piloso. A• citocinas
ligo não tem o utros achados associados; no en tanto, o vitiligo foi liberadas pelo processo inflam atório podem estimular a prolifera·
relatado como associado a aJopecia areata, hipotireoidismo, do. ção dos melanócito..-. e a migração para o exterior.
766
Doenç.as Relacionadas com a LU2. e Transtornos da Pigmentação Capítulo 119 1
PERSPECTIVA DE TRATAMENTO. Toda.s as opçõa de clínico. Quando nenhuma repigmentação é observada após 6
tratamento têm sucesso limitado. A face e o pescoço respondem meses, a terapia IJVB localizada ou PlNA tópica pode ser prescrita
melhor a todas as abordagens terapêutica,; as oireas aaais res-- e o •prinápio de s.1lvamcnto da pele•, aplicado (ou seja. panes
pondem menos. Para vitiligo gme:rnlizado, a fototerapia com do corpo onde não há presença de lesõa (especialmente da face]
radiaç3o UVB de banda estreita (NB-UVB) é mau eficaz com devem ser protegidas durante os tratamentos). As partes do corpo
menos efeitos colateraisi PlNA é a seguncL1 melhor escolha. que repigmentaram satisfatoriamente durante o •OJJSO• da tera-
Corticosteroides tópicos são os fármacos preferidos para vitiligo pia devem, se pos.1fvet ser protegidas durante os tratamentos
loCllizado. Eles podem ser substiruídos por imunomoduladores posteriores (p. ex., 、・カ セ ウ・@ usar calças). Em crian ça.'i:, as áreas geni-
tópicos, q ue apre.<ientam eficácia companível e menos efeitos tais devem ser protegidas durante a exposiÇé;O lN. O tratamento
colaterais. A eficácia d os análogos da vitamina O é con t roversa com 」ッ イエゥ 」ッウエ・ イ ッ ゥ 、・Nセ@ tópicos pode ser combinado com :1 radiaÇ\o
com dados limitados, mas eles parecem ser o tratamento tópico UVA. Rmtdos compl.1rotivos demonstraram que o tratam ento
com o mínimo de eficácia. O excimer la.ter é uma nltemativa para com binado com Autiet1sona e lNA levou a uma maior repigmen-
a terapia UVB, especialmeote para vitiligo locali:tado da face. O tação do que os tratamentos com fluticasona ou UVA isolad:l-
tratamento dnirgico pode ser muito bem-sucedido, mas requer m ente. Um bronz.eador faciaJ ou uma cama de bronze..'lme:nto
um drurgião a:periente e é muito exigente em セッウ@ de tempo podem ser u.•ados como fonk de lNA
e recursos, o que limita sua utilização generalizada. PMTD:
175.37039 ADULTOS. A escolha do tratamento é guiada pelo tipo clínico.
Os pacientes com vitiligo localizado podem ser tratados com
corticosteroides de 、。セ@ 3 combinados com terapia lNA Se não
DIRETRIZES PARA O TRATAMENTO DO
houver resposta após 6 meses, a terapia com UVB localizada ou
VITILIGO
PlNA tópico pode ser ::1dministrnda como uma altematiVil. A te-
As diretrizes 「。Nセ・、ウ@ em evidências para o trntamento de vitiligo rapia UVB de banda estreita é recomendada como o tratamento
e.m crianças e em adultos fo ram estabelecidas. Um esquema de mais eficaz e seguro parn o vitiligo generalizado. A d ur:1ção do
trammen to é encon trado na Thbela 19-10. tratamento mínima de 6 meses é recomendada. Os paciente.'i que
respondem pod em receber ・Nセウ@ tratamento por u m período má-
CRIANÇAS. O vitiligo pode esL.r associado a trauma psicoló- xim o de 24 me.'ie.'i. Após o primeiro curso de 1 ano, u m período
gico significativo; o tratamento precoce é mais eficaz. As lesões d e イ・ーッオNセ@ de 3 meses é recomendado para minimizar a do!-ie
iniciais podem responder melhor à terapia. As terapias de repig- aoual acumulada de UVB.
meotaçlo estimulam a reserva melanodtirn nos folfculos pilosos. Os vitiligos segmentar e ャセ「ゥッウMーョエ。@ dos dedos são mai$
Os melanócitos fuliculares são em grande pane desuufdos em bem tratados com transplante autólogo.
lesões mais antigas. e a resposta à terapia de repigmentação é Em paciente! com áreas extensas de despigmeotação ( 80%) e/
pruária. ou lesôa desfigurantes na faC% que não respondem às terapias de
Para crianças menores de 12 anos, o rrat.,mento com corticos-- repigmentação, a despigmcntação da melanina residual 、・セ@ ..,.
teroides de classe 3 tópicos (p. ex., propionato de fluticasona ou considerada. Durnnk e após a conclusão da terapia. os pacientes
valerato de betametasona) é recomendado como terapia de pri- devem ュゥョセイ@ a exposição ao sol e aplicar filttos solares de
meira escolha. Esta escolha é feiL1 independe.n temeote do tipo amplo espectro. O uso de um creme de clareamento potenk e/ou
Lerapia com I<UeT (p. ex., laser de rubi Q-switched) é considerado IMUNOMODULADORES. Têm-se uólizado as pomadas de
como terapia de escolha da despigmeotação para esses paóentes. tacrolimo (Protopic") e pimeaolimo (Eiidd•) para tratar o viti-
Em todos os 」。ウAセL@ sempre se deve fornecer aconsdhamento ligo. Estes medicamentos s3o bem tolerados e podem ser usadas
sobre o uso de camuflagem e agentes bloqueadores solares. Se por períodos prolongados sem efeitos colaterais semelhantes
ョセイゥッ L@ pode-se recomendar aconsdhamento psicológico. aos dos esteroides. Vários graus de pigmentação foram experi-
mentados.
UVB DE BANDA ESTREITA. As diretrizes baseadas em evidên-
cias atuais indicam q ue a fototerapia NB-UVB é recomendada para EXCIMER LASER. A templo direcionada apenas da área aco·
vitiligo generaliz.1do. A radiação lNB de banda estreita (311 nm) metida com maior intensidade é ーッウセ■カ・ ャ@ com esta modalidade de
oferece uma nov:1 alternativa à terapia PlNA convencional, sem tratamento. Em vário.'i ・Nッ[エオ、ウセ@ o Au:imer laser ap resentou menos
muito..\ 、ッ N ᄋセ@ efeitos ndversos assoàados à terapia PlNA. As lâmpa- sucesso do que os conicosteroides エーゥ」ッセ@ e NB-UVB. A repigmen·
das de UVB de banda estreita produzem meno.., eritema, e hiper- tação é heterogênea. O e.xcimer laJtr é melhor para o tratamento
queratose n:lo é observada após irradiação a longo prazo. Os trata- da face.
mentos são administrados 2 ou 3 vezes por semana, e. os tempos de
exposição s3o geralmente de não mais que 5 minutm. A terapia ENXERTO E TRANSPLANTE. Vário.• procedimentos ónlrgi·
lNB de banda estreita é dicaz e segura no vitiligo inf.mól.1àl como cos têm sido deseovolvidos para tratar a pele despigmentada; es-
aconteCe: com outras formas de fototerapia, a fuce e. o tó1'3X óvernm tes incluem enxeróa com aspiração de bolh.. epidénnicas, mi-
melhor repigmentação do que .. extremidades dislais. nienxe:ttos e transplantes de melanóótoo com epiderme cultivodos
Alguns paóentes repigmeotam espontaneamenle, por vezes, invitro.
após exposição solar moderada. lNB ou PlNA podem então ser
usados para incentivar mais repigmentação. ReavaHe os pacientes ESTEROIDES sitセm c o sN@ Os corócosteroides sistêmicos
a cada 2 ou 3 meses. A terapia deve ser interrompida se nenhuma podem interromper a progresso! o do vióligo e levar à repigmenta·
cor retomar após este período. Os paciente.'i que respondem geral- y;o ern uma proporção significat,iVi\ de pildentes, mas também
mente ュ。ョエセ@ o seu pigmento. Os pacientes que têm dissemina- pod em produzir efeitos colaterais inar..eitáveis. Rela tou-se q ue a
ção ntivn do vit.iligo não devem ser tratadosj o tratamento não terapia oral com m inipulso com 5 mg de betam etasonafdexame·
impede a propagação da doença. tasona interrompe a progress.ão e induz repigmentação espontâ-
nea ern alguns pacientes com viti ligo. Para minimizar os efeitos
RESPOSTA AO TRATAMENTO. A melhora começa com colaterais, a betametasona, em dose única oral, foi tomada após
pigmentação ー・イゥヲッャ」オ。セ@ que eotão aumeota. A repigmentação o café da manhã em 2 dia.\ consecutivos por semana. A progressão
ocorre n3$ bordas, ma.• a um ritmo mais leoto. Os melhores resul- da doeoça foi interrompida em 89% dos paóentes com doeoça
tados s3o obtidos na face e no pescoço. A face começa a responder ativa.. enquanto alguns pacientes necessitaram de um aumento na
depois de 25 trat.1mentos; outras áreas respondem depois de 50 dosagem para 7,5 mg/dia para alcançar uma interrupção com-
tratamentos. Os resultados são precários nas m3os e nos pés e: plera da. lesões. Em um período de 2 a 4 meses, 80% dos pacien-
sobre .. proeminénóas ósseas. O vitiligo localizado responde tes pa.saram a ter repigmentaç3o espontânea da. lesões já existen·
melhor do que o vitiligo generalizado (ou seja, ele responde a 100 tes que evoluiu com a continuação do tratamento.
tratamentos ou menos, ao passo que o vitiJigo gmernliz.t1do re-
quer até 200 tratamentos). A m aioria dos pacientes que responde COSMÉTICOS. Para 6ns es1éticos, as lesõe.• podem ser tempo·
não de.-.envolve novas áreas de perda de pigmento. O apareci- rariam ente coradas de cnst."mho com DY-0-Derm«> ou vゥエ。 M PIセN@
mento de mácu las novas ou alargadas indirn o possível in(cio de Cosmético.• q ue camuflam (p. ex., Dermablend" e Coverrnark"';
falha do tratamento. A terapia de manuten ção nao é necessária. ver o Formu lário) efetivamente. escondem as man chas brancas.
As máculi1S totalmente repigmentadas devem permanecer cheias Cad.1 produto está disponível em várias tonalidades.
com certeza de 85%; aquelas preeochidas de maneira incomplet.1 As loções parn bronzeame,n to sem sol ou a'\ de a utobronzea·
são suscetíveis a reversão e despigmentaçâo. mento que contêm diidroxiacetona (DHA) escurecem a pele por
meio de coloração. Estas preparações funóonam melhor em pa·
FOTOQUIMIOTERAPIA. PlNA ou terapia combinad.1 de óentes com vitiligo com fototipos de pele 11 e me silo parócular-
PlNA e calóporriol foi utilizada como tratamento de primeira mente úteis se a sua pele normal já estiver bronzeada. O grande
linha ィセ@ alguns anos. NB-lNB é mais seguro e possivdmente problema é a mistura e combinação d.' cor na borda da pele com
mais efiaz. PlNA resultou em mais de 90% de repígmentação em vitiligo e na nonnal.
apenas 8% dos pacientes, geralmente com repigmentaçilo não
homogênea e fraca. DESPIGMENTAÇÃO DE PELE NORMAL REMANES-
CENTE. Os paóentes com mais de 40% de acometimento da
TERAPIA TÓPICA. Os psoralenos tópicos e os esteroides tópi- superl'ície da pele podem optar por remover o p igmento da pele
cos te,m sido U.'iildos com algum suce.'i;SO em pacientes com áreas n ormal remanescente c.om monobe.nzona a 20% {creme Beno-
limit.1das dn pigmentação (Quad ro 19-8). Alguns dermatologistas q uin").
que têm anos de experiên cia com fototerapia não オNセイ ̄ッ@ psornle- Nem sempre se consegue alc..1nçar despigme.ntação compleL1.
nos tópicos. Ele• acreditam que o potencial de foLotoxicidade A monobenzona destrói os meli1n6citos e pode causar dermatite
para produzir queimadura.' grnves é muilo grande. As borda• de contato. Portanto, como um teste antes de iniciar o tratamento
onde há pigmeotação residual sempre hiperpigmentam; isto de- generalizado, a monobenzona deve ser aplicada a uma única
saparece com o tempo. mancha pigmentada diariamente por uma semana. Posterior·
768
Capítulo 119 1
'
Doenças Relacionadas com a LU2. e Transtornos da Pigmentação
mente, área!<! pigment;tdas mniores s.5o tratadas 2 vezes por dia Hipomelanose gutata idiopãtica
durante 1 ano ou mais, e não 4 meses como é indicado no 1'he
Physicians' Desk Reftrrnce. A aplicação por 3 a 4 anos pode ser A hipomelanose gutata idiopárica (manchas brnncas nos brnços e
necessária. A't áre.1.s resistentes, como as mãos, são tratadas oom pernas) é caracterizada por manchas brancas de 2 a 5 mm com
monobenzona sob ッ、セ。\|@ com S..rnn Wr.Jp•. Os pacientes po- bordas bem delimitadas. E.las estão localizadas nas jreas expostas
dem perceber uma resposta inftamatória na pele pigmentada, mas das mãos, antebrnços e pane inferior das pernas de pessoas de
não na pele branca. A monobenzona pode ser diluída a uma con- meia-idade e idosas (Figura 19-33). Os pacientes apresentam si-
centração de 10%, 5% ou menor para estes pacientes. Um este- nais de envelhecimento precoce e exposição ao sol, incluindo
roide tópico do grupo VI tambbn pode ser usado para controle queratoses seborreicns, lentigos e xerose nas mesmas 4n:as. Um
da inftamação. subgrupo destes pacientes apresenta lesões nilo relaáonadas à
A despigmentação ァ・イ。ャュョエセ@ feita em regiões para limitar a exposição solar. A condição é assintomática. As lesões apresentam
absorção do f'ármaco. Comece com as áreas da face e extremida- uma diminuição no número de melanócitos. A melanina é 。オ セ@
des superiores e depois trnte os locais das extremidades inferiores. sente nos queratinócitm basais. O tratamento com tm:inofna
A'i áreaos do tórax s.'o M últimas, e muitos pacientes optam por durante 4 meses restaura a ela'tticidade. com uma restauração
deixar seu tórax na cor normal. O tempo médio de despigmenta- parcial da pigmentação. A crioterapia por 3 a S segundos セ@ dicaz.
ção pode variar de semanas até 4 anos.
As pessoas que ajudam outros pessoas com a aplicação da
monobe.nzona devem usoar luvas e aplicadores de uso, para evitar
de."Pigmentação de sua própria pele.
Os pac:.ientes devem entender que este é um processo perma·
ne.nte. e ャ ・セ@ serão sensíveis ao sol para o resto de suas vidas e de·
vem オセ。イ@ filtro solar durante n exposição no sol. Os resultados do
trntame.nto s:lo ge.rnlmente muito gmtificante.'i.
Os pacientes que gostmiam de alguma cor da pele após o tra-
tame nto podem uti lizar o betncaroteno (Solatene") 60 mg 3 vezes
por dia durante 10 semanas, seguido de 30 mg 3 vezes ao dia para
mnnutençffo (www.tishcon.com) .
769
Dermatologia CHnica
Nevo anêmico
O nevo anêmico é uma anomalia rutânea farmacológica locaJi-
zada congênita na maioria das vezes observada no tórax. Pode
estar relacionado com detenninada.s genodennatoses, como neu-
rofibromatose. A lesão geralmente consiste em uma mancha
branca bem definida com uma borda irreguJar, frequentemente
cercada por mácuJas brancas menores além da borda da lesão
principal (Fig. 19-34). Histologicamente. a pele parece normal; a
cor pálida tem sido atribuída à sensibilidade local dos vasos san-
guíneos às catecolaminas. Por isso, tem sido chamado de nevo
funnacológico. As manchas especiais confirmam a presença de
melanina e melanódtos. Há uma falta de dermatite dentro das
margens do nevo anêmico na dermatite de contato generalizada.
•
A lesão é mais frequentemente confundida com tinha versicolor
ou vitiligo. A mancha branca não tem a escama da tinha, e,. du-
rante o exame com lâmpada de \1\'ood, não se toma tão proemi- •
nente como o vitiligo. Atrito ou frio ou aplicação de calor não
induz eritema nas áreas envolvidas. Não é necessário tratamento.
Maquiagem de camuflagem esconde a lesão.
Esclerose tuberosa
As márulas hipocrômicas (ovais, em forma de folha ou pontilha-
das) que se concentram nos brnços, pernas e tórax são os primei-
ros sinais de esderose tuberosa (Fig. 19-35, Cap. 26). Elas est.'io Figura 19-34 Nevo anêmico.
presentes em 40% a 900/o dos pacientes com a doença, e apresen-
t.1m-se em número de 1 a 32 em indivíduos acometidos. Manchas
hipopigmentadas minimamente visíveis são mais facilmente visua-
lizadas com a lâmpada de \1\'ood. Como salientado anterior-
mente,. a luz de Wood é uma luz azul, com um pico de emissão
de 360 nm . A extremidade azul da luz visível é absorvida pela
pigmentação epidérmica. Se não houver nenhuma pigmentação
epidérmica em um local, a área irá aparecer não pigment.1da em
comparnç.;o com a pele cirrundante.
770
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
DISTÚRBIOS DE HIPERPIGMENTAçAO
Sardas
Sardas, o u efélides, são máculas pequenas, vermelhas ou casta-
nho-claras, que são promovidas pela exposição ao sol e desapare- Figura 19-36 lentigo na mão. As lesões podem ser exten-
cem d urante os meses de inverno. Geralmente são restrita.-. a face, sas, mas degeneração em melanoma nesta área é muito
braços e região dorsal. O número varia de algumas manchas na pouco comum.
face até centenas de máculas confluentes na face e no.-. braços. Elas
ocorrem como um traço autossômico dominante e são mais fre-
quentemente encontradas em indivíduos com pele dara. O uso
de p rotetor solar evita o su rgimen to de novas sardas e ajuda a
evitar o e.-.rurecimento de sardas existen tes q ue normalmente
acompanham a exposição ao sol.
Lentigo em crianças
O lentigo é uma mácula pequena (0,5 a 2 em) bege, marrom o u
p reta, de forma oval a redonda mais e.'Ktlra do que uma sarda e
não é afetada peJa luz solar. As sardas e.'Ktlrecem com a exposição
solar. Os lentigos podem aumentarem n úmero durante a infância
e a vida aduJta ou desaparecer a qualquer momento. A síndrome
de Peutz-Jeghers refere·se à pigmentação mucocutânea que con-
siste em muitos len tigos azuis a marrons, com menos de 0,5 em
de diâm etro, na mucosa b ucal e outras áreas da pele glabra, acom-
pan had O-< por poli pose intestinal generalizada.
Figura 19-37 Lentigo na face. A pigmentação irregular é
um achado comum em adult os. Suspeite de lentigo maligno
nas lesões que se expandem e apresent am uma pigment ação
irregular preta.
771
Dermato logia Cllnica
772
Doenças Relacionadas com a Luz e Transtornos da pゥァュ・ョセ。 ̄ッ@ Capítulo 119 1
MELASMA
Figura 19-38 Hiperpigmentação marrom difusa pode ocorrer durante a gravidez ou enquanto se estiver tomando contracepti-
vos orais. O lábio superior, as eminências matares e a testa são as partes mais acometidas.
Lilser Laser pulsado de C02 com Lilser pulsado de CO,; resurfadng da epiderme com laser Q-switch
laser Q-switch Alexandrita Alexandrita; fototermólise de melanossomos
Luz Luz intensa pulsada Pulsos de aha intensidade de luz de banda larga que são diferentes da luz dos
lasers de banda estreita; causa lesão térmica; não causa dano à superfície
Adapt<ldo de 1 Cutan Med Surg 8(2):97-102, 2004. Epub 2004 May 4. PMID: 15685388
773
Dermato logia Cllnica
TRATAMENTO. O melasma é difícil de tratar. Os tratamentos ÁCIDO AZELAICO. O ácido azeláico (Finacea" é ácido aze-
incluem agentes de hipopigmentaç.âo, peeUngs químicos e laser laico a J50;b) é usado para tratar acne e melasma. Tem efeitos se-
(Thbela 19-13). Os cosméticos (como Dermablend1>) podem ser letivos nos melanócitos hiperativos e anormais e efeitos mínimos
usados para camuflar a ーゥァュ・ ョエ Z。Nセッ@ Os cosméticos são pesados na pele humana de pigmentação normal, sardas e manchas senis.
e desagradáveis para alguns pacientes. Relatou-se q ue é エNセッ@ eficaz quanto a hidroquinona a 4%. O ácido
A terapia de primeira linha é de combinaçõe.< triplas fixas (p. azelako com tretinoína causa ma is clareamento da pele após 3
ex., T'ri-luma- creme fac.etonida de tluocinolona a O,OJO/o, hidro· meses do que o ácido azelaico isoladamente. O ád do azelaico é
q uinona a 40/o, tretinoína a 0,05% 1). Os pacientes que não tole- aplicado 2 vezes por dia d urante alguns (até 8) m eses; o darea-
ram a ternpia de 」ッュ「ゥョ。Nセ@ tripla são trat.1dos com agentes mento começa após 1 a 2 meses. O ácido azelaico a 2QO;f, e a hi-
únicos (hidroquinona a 40/o, ácido retinoico o u ácido azelako) droquino na a T P セ@ são igualmente eficazes. Há irritação inicial e
o u combinações destes agentes. Lasers e luz intensa p ulsada po-- transitória, mas o m edicamento é bem tolerado e seguro para o
dem ter alguma utilidade em paciente.-. em que os cremes tópicos uso durante a gravidez.
não foram bem-sucedidos.
ÁCIDO KÓJICO. O ácido kójico (AK) é um antibiótico produ-
PROTEÇÃO SOLAR. A radiaç.'ío lN tem um efeito significa- zido por várias espécies de Aspergillus e PeníciUíum que ini be a ti-
tivo sobre a patogenia do melasma. A ・ZクーッNセゥ ̄@ ao sol deve ser msinase. O AK é usado em preparaçõe.-. de 1Otf, a 4o/o, duas vezes
minimizada. Protetores solares que bloqueiam os raios lNA e ao dia por 2 meses; concentrações mais elevadas não melhoram
UVB devem ser usados. O dióxido de titânio e óxido de zinco sua atividade despigmentante. Alergia de contato é relatada. En-
contêm filtros solares q ue refletem lNA e UVB. Há várias marcas contra-se disponível para venda sem prescrição.
disponíveis.
PEELING QUiMICO. Peelings químicos superficiais, médios e
AGENTES HIPOPIGMENTADORES. A hidroquinona é o profundos são utilizados para trat.1 r melasma em brancos de pele
agente clareador mais eficaz de 。ーャゥ」Nセッ@ tópica. Este agente está mais clara. O ácido tricloroacético e o ácido glicólico têm sido
disponível em concentrações de 2% sem prescrição (Porcelana1>) usados; eles são razoavelmente eficazes. Indivíduos de peJe mais
e em concentrações de 3% (Melanex1>) e 4% (Ciaripel®, Eldo- esa.tra não são bons cand idatos para os peelíngs químicos porq ue
q uin"' Forte, Eldopaque'l'Forte, sッャ。アオ ゥョ \セG fッイエ・L@ Lustra"', Lustra"'-AP) ocorre hiperpigmentaçâo com frequência.
com prescrição (ver o Formulário). Ccmcentrações maiores extem·
poraneam ente compostas de hidroquinona (de até 10%) podem CRIOCIRURGIA. A criocirurgia é eficaz em pessoas com pele
ser prescritas para casos difíceis. O medicamento deve ser apli· clara. Funciona bem em pontos localizados. Hiperpigmentação e
cado 2 vezes ao dia, pela manhã e antes de deitar. A hidroquinona hipopigmentação são possíveis efeitos colaterais.
é um agente irritante e sensibilizador, e a pele deve ser testada
q uanto à sensibilidade antes do u.-.o, aplicando-se uma pequena LASERS. Os melho res resultados são obtidos atravé.< da combi-
q uantidade na bochecha o u no braço 1 vez por dia durnnte 2 dias naç.'ío de laser pulsado de co, com laser qセキャゥ エ 」ィ@ Alexandrita. O
(teste rutâneo abeno de ccmtato). O desenvolvimento de eritema laser de C02 destrói os melanócito..-.; o laser AJexand rita rem ove
o u vesiculação indirn uma reação alérgica e impede o uso poste. pigmentos deixados na denne.
rior. Estas preparações devem ser utilizadas por meses e, em m ui·
tos casos, resuham em despigmentação gradual. A peJe deve ser LUZ INTENSA PULSADA (LIP). o tratam ento LIP é uma boa
protegida com filtros solare.-. de amplo espectro, tanto d urante opção para pacientes com melasma. O mela....-ma epidérmico tra-
q uanto após o tratamento. A tretinoína セMHr・エゥョ aI@ aumenta a tado com dois pulsos de luz intensa pulsada pode alcançar um
penetração epidérmica de hidroquino na e é frequentemente pre..,.._ daream ento de 76% a 100% do valor basal. Os indivíduos com
crit.1 para ser usada em um momento diferente do d ia. Comece lesões pigmentadas profu ndas (incluindo melasma misto) mos-
com uma baixa concentração de tretinoína. Aumente a concentra· tram clareamento regular ou ruim .
ção até que ocorra urna ligeira ゥイエ 。Nセッ@ As hidroquinonas tam·
bém clareiam as sardas e lentigos, mas não as manchas café com
Manchas café com leite
leite ou os nevos pigmentados.
A.o:. manchas café com leite são márulas uniformemente marrom-
CREME TRI-LUMA®. O creme Tri-Luma® é uma combinação pálidas que variam em tamanho de 0,5 a 20 em e podem ser en-
de produtos que contém hidroquinona a 4,00tf>, tretinoína a contradas em toda a superfície cutânea (Pig. 19-39) (Cap. 26).
0,050/b e acetonida de fluoci no lona a 0,01 O;b. O auso da terapia Elas podem estar presentes ao nascimento. Estima-se que estejam
recomendado é diário d urante 8 semanas. Resultados significati- presentes em lOo/o a RP P セ@ das crianç.1s no nnais, e aumentam de
vos foram observados após as pri meiras 4 semanas de tratamento. número e tam anho com a idade. Seis o u mais mancha..-. maiores
Após 8 semanas de tratamento, t30;b a 38% dos pacientes conse. que 1,5 em de diâmetro são suposta evidência de neurofibro ma-
guiram clareamento do melasma. É mais eficaz do que qualquer tose (doença de von Reddinghausen) em crianças com idade
um dos tratamentos com único agente. O tratam ento pode ser acima de 5 anos. Em crianças menores de 5 anos de idade, cinco
repetido. ou mais manchas café com leite maiore.-. que 0,5 em de diâm etro
sugerem diagnóstico de neurofibromatose. Manchas café com
TRETINOiNA. A tretinoína tópica (várias concentraçõe<) usada leite estão presentes em 90o/o a lOQO;f, dos pacientes com doença
isoladamente produz melhora clínica significativa do melasma, de von ReckJinghausen. Manchas menores de 1 a 4 em de diâm e-
principalmente como resultado evidente após 24 semanas. Cremes tro na..-. axilas (sardas axilares ou sinal de Crowe) são um sinal
de tazaroteno ou géis podem ser mais eficaze:s q ue a tretinoína. raro, mas diagnóstico, de neurofibromatose. Não há aumento da
774
Capítulo
'
Doenças Relacionadas com a LL12. e Transtornos da Pigmentação 119 1
776
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
QUERATOSE SEBORREICA
Superfície irregular ou lisa; A epiderme se espessa;
papilomatose acentuada causando uma ocorre um acúmulo de
superfície irregular retém queratina queratinócitos imaturos
Melanócitos
Os melanócitos proliferam e
transferem melanina; a lesão
vai ficando mais escura, de
marrom a preta
Figura 2()-2 As lesões são muito comuns no dorso; um indivíduo pode ter inúmeras lesões nas regiões do dorso expostas ao
sol e nenhuma lesão nas nádegas.
777
Dermatologia CHnica
Figura 2Q-3
778
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
- - -- ' : .· •
. ·:
•· o
. .. ..
••• •• : · : ' -- - -
Mセ@
ᄋ セ@
... . . . .' - - -
Pápulas com formato de cúpula, lisas; pseudos
cistos córneos projetam-se a partir da superficie
Figura 20-4
779
Dermatologia CHnica
DERMATITE SEBORREICA
Figura 20-5 Lesões muito grandes podem se formar ao Figura 20-6 As lesões mais espessas podem se tornar mar-
longo da linha de implantação dos cabelos e nas têmporas. rom-escuras ou pretas.
As lesões planas são geralmente marrons .
•
•• •
•
Figura 20-7 As lesões são comumente encontradas sob as Figura 20-8 A exposição à luz solar causa queratose no
mamas. A maceração pode causar queratose e as lesões po- dorso da mão em individuas predispostos.
dem tornar-se vermelhas e irritadas.
780
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
DERMATOSE SEBORREICA VERSUS MELANOMA MA- PRECISÃO DIAGNÓSTICA. Quando um diagnóstico clínico
LIGNO. Muitos pacientes se apresentam oom QS.• escuras, irregu]a. de QS é feito com segurança, a le.-.ão é frequentemente deixada
res, algumas vezes irritadas, e ficam preorupados com a possibilidade sem tratamento ou é utilizado um método de remoção destrutivo.
de que sejam melanomas. As QSs podem apresentar muitas das ca- A precisão diagnóstica deve ser alta para justificar tais práticas, já
racterísticas de um melanoma maligno, induindo uma borda irregu. que não fornecem material para a confirmação histopatológica.
lar e pigmentação variável (Fig;. 20-9 a 20-12). A< principais camcte- Uma precisão diagnóstica superior a 99% foi estabelecida por
risticas para o diagnóstico diferencial referem-se à superfíde da lesão. dermatologistas em um estudo. Uma predsão diagnóstica extre-
Os melanomas têm uma superfície lisa, que varia em elevação e em mamente alta, superior a 990,1c,, justifica a prática clínica habitual.
cor, densidade e tonalidade. A<i QSs conservam um aspecto uniforme Uma biopsia deve ser realizada em casos de dúvida no diagnós-
em toda sua superfície. O exame com uma lupa é muito útiL Muitas tico. Envie para exame histológico todas as amostras que tenham
QSs ocorrem em áreas de exposição solar. sido retiradas.
Figura 20.9 Existe variação na pigmentação, e a margem é Figura 20-10 Essa lesão irregular preta lembra um mela-
irregular e chanfrada, mas a superfície é regular com quera- noma. A pérola córnea branca incluída na superfície (seta)
tina densa. sust enta o diagnóstico de queratose seborreica.
Figura 20.11 Essa lesão plana apresenta muitas característi- Figura 20-12 Uma visão ampliada mostra diversos pseudos
cas de um melanoma com disseminação superficial. As cores cistos córneos (seta) q ue são tipicamente encontrados na que-
são variáveis, e a área branca parece uma área de regressão ratose seborreica e rarament e estão presentes no melanoma.
tu moral.
781
Dermatologia CHnica
SINAL DE le serMtセla@ (QUERATOSE SEBORREICA tesiadas rom Xilocllna" introduzida com uma agulha Com múlti-
ERUPTIVA COM O UM SINAL DE CONDIÇÃO MA- plos movimentos, uma rureta pequena é tracionada suavemente
LIGNA INTERNA). O apareàmento súbito ou o aumento sú- através da lesão (C.1p. 27). A!J QSs na face ou em outra.• áreas rom
b ito do número e do taman ho das Q&• na pele n ão inAamada foi pouco suporte subjacente podem ser amolecida' antes da rureta-
descrito como um sinal d a p resen ça de r.ondição maligna interna gem com o eletrocautério. A solução de Monsel controla o s.1ngra-
(Fig. 26-23 ). mento, e a ferida pe rmanece ・クーッセQ。@ a té a reparaç.;o. Algumas le-
sões estão fixacL1s finnemente l\ pele e resistem à ruretagem; outms
TRATAMENTO. A!J lesões são removidas com finalidade estética se localizam em regiões diA"ceis de serem curetadas, com o as p<ilpe-
ou para eJimin.ar uma fonte de irritação. Como esses aesd me:ntos bras, por exemplo. Ess:ls lesões podem ser dissecadas rom tesouras
ooorrcm inteiramente no interior da epiderme, a e:xcido oom bis-- curvas, rom extremid.1de romba. A criocirurgia é eferiva para a.• QSs
turi é desnecessária. Eles são fuáJmente removidos com aiodrurgia delgadas, mas o apareàmento de hiperpigmentação ou bipopig-
ou cuteL1genl. A!J lesões a serem curetadas são primeiramente anes- mentação ーウMエイ。ュ・ョッセ@ um possí\'el efeito rolateral.
783
Dermato logia CHnica
PAPILOMAS CUTÂNEOS. Os papilomas rutâneos são tumo- PÓLIPOS. Pólipos rutâneos apresentam um pedírulo e.meito e
res comuns, encontrados em aproximadam ente 25% dos homens longo e a extrem idade larga (Figs. 20-20 a 20-22 ). Algumas vezes,
e das mulheres. Eles ocorrem mais frequentemente e em maior ele.-. ficam torcidos e isso com pro mete o suprimento sanguíneo.
n úmero em pacientes obesos. A área afetada com mais frequênda As lesões_, então, se tomam marrom-escuras o u pretas. Essa mu-
é a axila (48%), seguida pelo pescoço (35'%) e pela região ingui- dança súbita é alarmante para os paciente.< (Fig. 20-22 ). Cresci-
nal. A maioria dos portadores (71%) não tem mais de três papi- mentos polipoides podem ser pólipos rutâneos, nevas o u meJa-
lomas rutâneos po r localização. Eles podem começar na segunda nomas. Os pólipos são encontrados nas pálpebras (Fig. 20-16),
década de vida, com um aumento constante na frequência até a virilha, axila ou em q ualq uer ponto da superffcie rutânea, exceto
quinta década; acima dessa idade não existe um cresci mento 。、ゥ セ@ nas palmas e nas plantas.
cional. Os papilomas cutfineos começam com o uma m inúscula
excrescência oval, da cor da pele ou marrom, fixa por um pedicuJo PÓLIPOS CUTÂNEOS E PÓLIPOS COLÓNICOS. U ma
rurto que pode ser largo ou estreito (Figs. 20-16 a 20-19). Com o série de artigos afinna a existência de uma associaç.;o entre os
passar do tempo, o tumor pode aumentar para até 1 em, à medida pó lipos rutâneos e os pólipos adenomatosos. Um estudo que in-
que o pedírulo to m a-se longo e estreito. Rou pas e jo ias podem cluiu 150 pacientes conserutivos, submetidos à colonoscopia,
irritar bastante e.-.ses tumo res, uma queixa frequen te dos ー。」ゥ・ョ セ@ concluiu que os pólipos rutâneos como marcadores de neoplasias
tes. Os pedículos são fad Imente removidos através de excisão do cólon são insuficientes para justificar a necessidade de um
com tesoura ou com um leve toque do eletrocautério. A anestesia exame endoscópico.
local geralmente não é necessária.
784
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
Figura 20-16 Pólipos e papilomas cutâneos estão frequen- Figura 20-17 Os papilomas cutâneos são comumente en-
temente presentes sobre as pálpebras. contrados nas axilas. Existe grande variação no número de lesões.
Figura 20-18 Múltiplas excrescências ovais, pretas, redon- Figura 20-19 Os papilomas cutâneos podem ser numerosos
das, fixadas por um pedúnculo curto, amplo ou estreito. na região inguinal. A obesidade predispõe a esse padrão de
agrupamentos densos.
Figura 20-20 Uma massa polipoide Figura 20-21 Os pólipos possuem um Figura 20-22 Pólipo infartado. Ator-
com um pedúnculo longo e estreito. Al- pedúnculo longo e uma extremidade ção do pedúnculo pode comprometer o
guns nevos têm aparência idêntica. ampla. Uma biopsia mostrou que essa le- suprimento sanguineo. As lesões tor-
são era um nevo intradénmico. nam-se preto-azuladas em horas a dias.
785
Dermatologia CHnica
Figura 2Q-23 Dermatose papulosa nigra. As lesões começam após a puberdade nos indivíduos mela-
nodérmicos, e lentamente aumentam em número. As lesões são pápulas marrom-escuras que ocorrem
na região malar da face e na região frontal.
786
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
Os dermatofibromas são lesões 。ウNセゥョエッュ£」@ a levemente pruri- TRATAMENTO. Alguns pacientes reclamam da cor da lesão e,
ginosas, benignas e comuns que ocorrem mais frequentemente portanto, solicitam sua excisâo. Essa..-. lesões são mais comumente
em mulheres. Variam em número de 1 a 10 e podem ser encontra- encontradas nas porções inferiores das pernas, onde exdsões elíp-
das em qualquer ponto nas extremidades e no tronco, mas ten- ticas fechadas por suturas podem resultar em cicatrizes amplas, de
dem a ocorrer com mais fTequência na superfide anterior das aparência desagradável. Uma alternativa é raspar a superfície mar-
porçõ es inferiore.-. das pernas. Os dennatofibroma..-. podem não rom com uma lâmina cinírgica nD 15 e deixar a ferida granuJar e
ser tumores; em vez disso, eles podem representar uma reação fi- reepitelizar. A área cicatriz.1da permanece endurecida porque uma
brosa a um traumatismo, a uma infecção vira) ou a uma picada de porção do tecido fibroso foi mantida. A coloração marrom pode
inseto. Manifestam-se como 」イ・Nセュョエッウ@ duro..-., algumas vezes voltar a aparecer em alguma..-. lesões. A aiocirurgia conservadora
escamosos, ró.'ieo-amarronzados, levemente elevado.'i e medindo também pode eliminar a cor e parte do tumor.
de 3 a 10 mm, que se retraem sob a superfide da pele durante as
tentativas de comprimi-los e elevá-los com o polegar e o dedo
indicador (Figs. 20-25 a 20-28). Dermatofibromas múltiplos (ou
seja, em número superior a 15) são muito raros, mas foram rela-
t.1dos em pacientes com ャ ーオNセ@ eritematoso sistêmico, com e sem
terapia imunoss:upre.-.sora. O exame dermatoscópico mostra uma
Figura 20.25 As lesões precoces apresentam uma borda Figura 20-26 Uma lesão típica na parte inferior da perna,
bem definida, com uma superfície vermelha irregular. Pode ligeiramente elevada, redonda e hiperpigment ada, com uma
ocorrer pigmentação marrom na periferia após meses ou superfície escamosa .
anos. A pigmentação pode se est ender para a lesão, mas
quase nunca alcança o centro. Os pacientes frequentemente
suspeitam da presença de melanoma nesse estágio.
Figura 20.27 Dermoscopia (Cap. 22) revela um centro Figura 20-28 Sinal de retração. Os dermatofibromas retraem
branco rendado, circundado por um reticulado uniforme. sob a pele durante as t entativas de comprimi-los e elevá-los.
787
Dermatologia CHnica
Figura 2Q-29 Queloide. Queloides imensos podem se for- Figura 20-32 Indivíduos melanodérmicos desenvolvem que-
mar nos lóbulos auriculares após qualquer procedimento ci- loides mais comumente nos lóbulos auriculares e na face.
rúrgico.
788
Tumores Be nignos da J>ele Capítulo 120 I
TRATAMENTO. Não existe terapia efetiva de rotina para todos Lesões com menos de 2 anos de duração respondem melhor.
os queloides, mas há uma variedade de métodos de trntamento, Em cada ses.oção de. tratamento, a lesão como um todo é tratada
incluindo ゥョェセッ@ intralesional de esteroides, com:çlo cirúigica, com dois ou três ciclos de congelamento-descongelamen to. As
aioternpia, terapia por compressão e irradiação. Faltam pesquisas lesões ョ・」N。\セ ゥエ。ュ@ de 2 a 10 sessões de trntamento. Um creme
de alta qualidade que avaliem trntamentos parn os queloides. antibiótico tópico e um curativo são aplicados diariamente, du-
PMTD: 17644502 rante o período de 1 mês do processo de cic:otrização. Os efeitos
colaterais são ャゥュ ゥエ。、ッウセ@ hipopigmentação e à atrofia. A c.riotera-
INJEÇ0ES INTRALESIONAIS DE ESTEROIDES. Os mern- pia tem sido utilizada com injeções de conicosteroides. Os p::t-
nismos de ação propostos incluem inibiç.io da sfncese de coláge· cientes com pele mais e8rum apresentam u m risco maior de hipo-
nos, inibição do crescimento de fibrohlastos queloidhmos e a pigmentação.
degeneração dos 6broblastos. Lesões estreitas1 pequenas e recen·
tes ウセッ@ tratadas com injeções intralesionais d e con.icoste.roides a FOLHAS DE GEL DE SILICONE. A efetividade das folhas d e
cada 2 n 4 semanas. Os queloides ゥョ」。セ@ apresentam teddo con· gel de silicone (p. ex., folhas de gel Epi-Derm, Sil-K, Cica-Care,
jundvo proliferativo mais macio e têm uma tendência maior a ReJuveness, DuraSil, Silastié") e de outros curativos oclusivos para
melhorar com injeções intraJesionais do que ::u lesões inativas tratar cicatrize.• hipe:rtrófic:os e queloidianas é incerta. Estudos li-
mais antig;Js. Quando a lesão encolhe para próximo da supcrficie mitados sugerem que pode haver alguns efeitos benéficos. Afinna-
rutãnea_ a frequência e a concentração de injeçõa de:vem ser re· se que esses anativos poderiam prevenir a recorrência de queloi-
duzidas para evitar a o sobretratamento e a tdangi<:<:tasia. Induzir des após a cirurgia. A folha de gd de silicone é maáa# autoades-iva
a atrofia com uma injeção intralesional de acetato de triancino-- e serniodusiva. O mecanismo de ação é desconhecido; pode agir
lona (KD!alog") 10 a 40 mglml é uma estratégia adequada para a como uma membrana impermeável que mantém a pele hidra-
mnioria das lesões pequenas; nesses casos, utiliz.1-se uma agulha tada. As folhas s.1o utilizadas para cobrir toda a cicatriz por peno-
c:olibre 27 ou 30. A concentraç.'io de 40 mg/ml é recomendada dos de no mínimo 12 horas por dia, e em condições ide.1is 2 4
para a maioria dos pacientes. Um programa comumente empre- horas d urante pelo m enos 2 meses. Os efeitos benéfioos não estão
gndo é a utilização de acetato de triancinolo nn administrada em relacionados à pressi'o.
quatro ゥョェ・ N・ セ@ com intervalos de 1 a 4 semanas, e n concentração
depende da área superficial da k<ão ( 1 a 2 em', 20 a 40 mg por RADIOTERAPIA COM CIRURGIA. A radiação após a exci-
ciclo; 2 a 6 cm2 , 40 a 80 mg; 6 a 12 cm2 , 80 a 120 mg; com ciclos são cinírgica pode prevenir a recorrência. O tratamento mais fre.
repetidos, se necessário). quentemente utilizado é a aplicação superficial de raios X, na dose
Para distribuir a suspensão uniformemente, a triancinolona de 900 cCy ou mais, em ftações administradas durante um período
de.e ser injetada à medida que se intmduz a agulha continua- de 10 dias após a cirurgia. A radiação é geralmente administrada
mente As partículas de esteroide que não foram dispersas adequa- 24 horas aJ>Ó' a cirurgia parn inibir os fibroblastos de !legUnda
damente: permanecem visíveis mmo flocos brancos no te::ido cic:a- geração. Deve ser realizada lO dias após a cirurgia e não apresenta
lricial. A pressão de injeção deve ser firme, 。セ@ que a lesão fique nenhum efeito benéfico adicional quando realizada antes do ato
esbranquiçada. A aiocirurgia leve antes da injeção fucilita o pro- dnírgico. A taxa de recorrênda após a combinação de exdsão
セッN@ O nitrogênio é aplicado brevemente por 2 a 4 segundos até cinírgica e irradiação pós--operatória com feixes de elétrons va-
que a pele congele. O queloide é infiltrado 10 a 15 minutos mais riou de 8°A> a 71% em diversos relatos. A primeira radioterapia
t..1rde. lsso permite uma melhor dispersão do esteroide e minimiza foi realizada em uma média de 2, 1 dias após a cirurgia. Os que-
a deposiç3o ao redor do teddo normal ciramd:mte. O uso de este· loides da o relha s:lo considerados diferentes de outros queloi-
roides ゥョエイャ・Nセッ。ウ@ também resulta em um alfvio sintom6.tico. de.<i, uma vez que a dose de radiação necessária parece ser in fe-
rior e a re.<iponsividade celular apresenta uma tendência mais
CIRURGIA E INJEÇÕES INTRALESIONAIS DE ESTE- próxima dos fibroblastos nonnais. LocaJizações craniofaciais,
ROIDES. A excisão cirúigica remove a mossa de cicatriz e tem o tais como o pe.<icoço e o lábio superior, também demonstram
potencial de substituir uma cicatriz de ba:çe ampla por uma dca· uma taxa de recorrência n ula. Portanto, a irradiação pós-opera-
triz delg;Jda. A remoção cirúigica isolada está associada a uma tória com feixes de elétrons é especialmente efetiva nes.<as loca-
tax3 de reconência de 55% a 100%, ma.• resultados melhores são lizações. PMTD: 17912105
observados quando esteroides intrnlesionais são utilizados após a
cirurgia. Um programa de trntamento típico envolve acetato de 5-FLUOROURACIL. 5-Fiuorouracil (5-RJ) (50 mglml) apli-
lriancinolona nas margens da ferida após a excis.'lo. O trntamento cado intralesionalmmte i utilizado no tratamento de ácatrizes
do IOCll cicatrizado é repetido em intervalos de 2 a 4llelllanas por hipertrófica• inflamadas, tanto como um agente individual
6 meses. quanto com baixas doses de corticostemides intrnlesionais mais
terapia a laser com corante pulsado. Injeções iniàais frequentes
CRIOTERAPIA. A crioterapia pode produzir o achatamento da (1 a 3 vezes por se.m3nn.) mostraram-se mais eficazes com uma
le.'ião em nlguns pacientes. O dano isquêmico induzido pelo ciclo frequênda dec..resç.ente (se manalmente parn mensalmente) du-
c.onge lnmento·de.otcongelamento leva à a nóxia celulnr, com subse· ran te um período d e est.ilbili.znção e resolução das ácatrizes. A
quente necrose teddual, e deve levar a uma reduçl1o no tamanh o combinação d e 5-FU e Kenalog" foi mais efetiva e menos dolo-
do queloide. A criocirurgia pode ser mais efetiva em lesões com rosa. A adição da te.rnpia com laser com corante pulsado simulta-
maior vttscu.Jarização. As lesões no dorso イ・Nセーッョ、 ・イ。 ⦅ ュ@ melhor do neamente com a terapia por injeção mostrou-se romo a alterna-
que aquelas no tórax. tiva mais efetiva.
789
Dermatologia CHn ica
figura 20.33 Queratoacantoma. As lesões sao nódulos ou pápulas カ・イュ ャィ 。セ@ •. abauladas, solitárias e li-
sas. Apresentam um tamp3o de queratina central. A ma1ona ocorre nas superf1c1es da face e do dorso
das extremidades superiores expostas ao sol.
790
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
CIRURGIA. A eletro dessecação e a ruretagem ou a d issecção 5-FLUOROURACIL (TÓPICO). o uso tópico de creme de
romba (Fig. 20.34) ( Cap. 27) são eficientes e eficazes para lesões fl uorouracil a 5% (Efudex®), aplicado 3 vezes por dia na fase de
menores. A excisâo é efetiva parn tumore.-. grnndes. crescimento rápido, curou a maioria das lesões em 1 a 6 sema-
nas. Se possível, a crosta central deveria ser rem ovida, para au-
METOTREXATO (INJEÇÃO INTRALESIONAL). Após a mentar a penetração do medicamento. O creme é aplicado sobre
bio psia ter confirmado o diagnóstico de QA, injeta-se aproxima- a lesão e suas imediações, preferivelmente sob oclusão com ・Nセ@
damente 1 m l de m etotrexato (MTX) em uma concentração de paradrapo. O pré-tratamento com ácido salicílico a 60/o em gel
12,5 ou 25 mg/ml, com uma agulha calibre 3 diretamente no Hk・イ。ャセ I@ ou creme de ureia para lesões nos antebraços, mãos
tumor remanescente, em intervnlo.'i de 2 a 3 semanas, com um o u pernas aumenta a penetração do creme de 5 -tluorouracil.
total de 1 a 4 sessões de injeção total nece.,.sário parn a resolução Lesões na face e nos lábios podem desaparecer em 1 ou 2 sema-
do tumor. Os QAs pequenos são injetados em um único ponto nas, mas são necessárias até 6 semanas para q ue se o btenha uma
central n a base da le.-.ão, en qu a nto os QAs gran de.-. são injetados resposta em o utras áreas.
nos quatro quadrantes e na base da lesão central. Injeta-se o M'TX
até que seja alcançado um po nto em que ocorra um claream ento 5-FLUOROURACIL (INJEÇÃO INTRALESIONAL). Exce-
uniforme do tumo r. Devido à baixa coesão entre as células tumo- lentes resultados foram relatados com injeções de 5 -tluo rourncil.
rais, normalmente podemos observar um extravasamento de lnjet.1-se a solução não diluída de 5-fluorouracil 50 mg/ml ( dis-
aproximadam ente 50<% do volume total de MTX injetado. Uma ponível como injeção de tluorouracil em am polas de 500 mg/10 mL)
taxa de resposta complet.1 de 92% para M'TX intralesio nal para o no tumor. A quantidade usual é de O, I m l a 2 m l, dependendo do
tratamento primário de tumores QA foi alcançada. PMID: tamanho do tumor, injetados tangencialmente nas bordas incli-
17504715 Realize hemogramas com pletos no momento inicial e nadas, e ent.1o sob o tumor. O extravasamento de 5-fluorourncil a
apó.'i a injeç.1o para avaliar a potencial presença de citopenias in- partir da cratera central fuz com que as q uantidades absorvidas
duzidas por MTX. A insuficiência renal pode ser considerada uma sejam menore.-. q ue as quantidade.-. injet.1das. A'i injeções são ad-
contraindicação relativa para a terapia com MTX intralesional. A m inistradas em intervalos de 1 a 4 semanas, dependendo da res-
aplicação intrnlesional de M'TX pode ser especialmente útil como posta ao trat.1mento. A repetiç.1o de injeções é adiada se uma le-
um tratamento para pacientes q ue idosos e debilita dos. são estiver sofrendo necrose. Os pacientes devem ser avaliados em
intervalos semanais. Es.s.a técnica é espedaJmente útil para os QAs
grandes, em localizaçõe.'i diffceis. A in jeção intralesional de 5-flu-
orourncil pode não ser e.firnz para QAs mais antigos, que não es-
QUERATOACANTOMA - PEÇA CIRÚRGICA tejam pro liferando rapidam ente. O tempo relat.1do para a repara-
ç.1o varia de 1 a 9 semanas.
791
D erm a to logia CHnlca
792
Tumores Benignos da J>ele Capítulo 120 I
793
Dermatologia CHnlca
794
Tumores Benignos da J>ele Capítulo 120 I
Figura 20.42 Condrodermatite nodular da hélice. Um nó- Figura 20-44 Condrodermatite nodular. Uma lesão de
dulo firme, doloroso, com escama<;ao no centro, ocupando um longa duração, com uma borda densa arredondada e uma
local comumente observado na superffcie lateral da hélice. crosta central.
795
Dermatologia CHnlca
Figura 21>-45 A prega auricular posterior セ@ um local comum Figura 2Cl-46 O orifício preenchido por queratina (comedão)
para encontrar-se um ou mais dstos ・ー ゥ、セイュ」ッウ @N Esta lesão que se comunica com a superflcie geralmente não é proemi-
sofreu ruptura e está inflamada . nente. como ilustrado aqui.
796
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
CISTOS epidセrmcos@
Figura 2()-47 Os cistos epidérmicos ocorrem em áreas nas Figura 20-48 Os cistos epidérmicos são comuns no escroto.
quais as glândula sebáceas são grandes e numerosas, tais As lesões podem encontrar-se em pequeno ou em grande nú-
como nos lábios genitais. mero e variam em tamanho. Algumas têm tamanho superior
a 1 em.
- I
Figura 2()-49 Um cisto epidérmico roto leva a uma inflama- Figura 20-50 Um cisto epidérmico que foi dissecado
ção intensa e se assemelha a um furúnculo. intacto.
7 97
Dermatologia CHnica
798
Tumores Benignos da Pele Capítulo 120 I
799
Dermatologia CHnica
Figura 20-55 Siringoma. Pápulas redondas amarelo-claras e Figura 20-56 Siringoma na pálpebra inferior de uma mulher
com extremidade plana são mais comumente encontradas JOvem.
nas pálpebras inferiores.
800
I 21 I
Tumores Cutâneos Não Melanoma
Pré-malignos e Malignos
CONTEI)DO DO CAPinJu) CARCINOMA BASOCELULAR
• Carcinoma basocelular
O carcinoma basocelular (CBC) é a neoplasia cutânea maligna
• Ceratose actinica
invasiva mais comumente encontrada em seres humanos. A
• Carcinoma de células escamosas in situ queixa mais comum relatada é uma ferida com sangue ou com
cro.'rt.'l que cicatriza e reaparece. jョヲ・ャゥコュエセ@ existe u ma tendên-
• Doença de Bowen
cia a considerar o CBC como não maligno porque o tumor rara-
• Eritroplasia de Queyrat mente sofre metástase. O CBC avança por extensão direta e des-
trói o teddo nonnaJ. Se não tratado ou tratado ゥ ョ。、・アオュエセ@
• Ceratose arsenical e outras doenças cutâneas
arsenicais relacionadas o câncer pode destruir todo o lado da fuce ou penetrar pelo tecido
su brutâneo parn o osso ou cérebro.
• Carcinoma de células escamosas
• Leucoplasia CARCINOMA BASOCELULAR VERSUS CARCINOMA
DE CÉLULAS ESCAMOSAS. o CBC e o carcinoma de células
• Carcinoma verrucoso escamosas ( CEC) são apresent.1dos como cânceres cut.1neos não
• Linfomas cutâneos primários melanoma. Uma gama de diferenç.1s existe entre esses dois tumo-
res (Tabela 21-1). A relação com a radiação ultravioleta (UV) é
• Linfomas cutâneos de células T mais forte para o CEC. Os CECs da cabeça e do pe.o;coço ocorrem
• Doença de Paget da mama nas áreas que recebem radiação máxima. A distribuição do CBC
sobre a fuce não corresponde bem às áreas de máxima exposição.
• Doença de Paget extramamária Muitos CBCs ocorrem em locais protegidos do sol, como o canto
• Metástase cutânea interno do..-. o lhos e atrás das orelhas. Aproximadamente 33% de
todos os CBCs ocorrem em áreas da pele q ue recebem pouca o u
nenh uma radiaç.;o セ@ diferentemente dos ceセL@ eles são inco-
muns no dorso das mãos e nos antebraços. Um aumentado grau
de enrugamento é associado a uma redução progressiva no risco
de u m CBC.
801
Dermatologia Cllnica
Idade 20% ocorrem em pacientes mais jovens que 50 anos Incomum em jovens
Descendência céhica: Baixo risco: os pacientes nao possuem marcadores Alto risco
pele dara, olhos azuis, fenotípicos de alto risco
cabelo vermelho ou
claro, inabilidade para
o bronzeamento
Fator de risco mais Inabilidade para o bronzeamento Exposiçao solar cumulativa; o aumento da idade é mais
importante importante do que a capacidade para o bronzeamento
Padrões de exposiçao Exposição ao sol intermitente Exposição cumulativa; exposição solar na infancia e
aow adolescência
Exposição solar na infancia e adolescência
Outras exposições Ulceraçao crônica e inflamação, dermatite de descamação.
ambientais estados imunossupressivos, infecçao por papilomavírus hu-
mano, carcinógenos químicos (produtos de alcatrao de hu-
lha), psoralenos e UVA, ar.sênico, consumo de cigarro
Risco de desenvolvi- O risco cumulativo de 3 anos para um CBC subse- O risco cumulativo de 3 anos de um CEC subsequente
mento de um cancer quente após um CBC índice é de 44% após um CEC índice é de 18%
de pele nao melanoma
Os pacientes com CBC sao 8 vezes mais propensos a O risco de desenvolvimento de um CEC em pacientes
subsequente do
desenvolver outro CBC do que um primeiro CEC com um CBC prévio é de 6%
mesmo tipo
O risco cumulativo de 3 anos para o desenvolvimento
de um CBC em pacientes com história de um CEC é
de 43 %
Genodermatoses Xeroderma pigmentoso Xeroderma pigmentoso
Síndrome do CBC nevoide Epidermodisplasia verruciforme
Adaptado de l eman JA et ai: Arch Oermato/ 137:1239, 2001 PMID: 11559224; e Marc1ll, Stern RS: Arch Oenmato/ 136:1524. 2000.
PM/0: 11115165
EPIDEMIOLOGIA. O risco médio durante a vida para caucasia- cedem os homens em idade correspondente. Quanto mais próxi·
nos desenvolverem o CBC é de 30%. O CBC ocorre mais comu. mos da linha do Equador viverem os caucasianos, maior o risco
mente em adultos, especiaJmente na popuJação mais velha. Pes- de desenvolvimento do CBC.
soas com pele dara, cabelos louros ou ruivos, cor de o lhos clara,
com pouca capacidade para o bronzeamento (fototipo i) e pele patogセnesN@ O p rincipal fàto r de risco para o de..envolvi-
danificada pelo sol possuem risco elevado. A proporção homem mento do CBC é a exposição à luz ultravioleta. A radiação lNB
para mulher é de 2:1. Mulheres abaixo dos 40 ann-• de idade ex- (290 a 320 nm, raios de queimadu ra) tem u m papel mais impor-
802
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
tante no desenvolvimento do CBC do que a radiaçllo lNA (320 a 2. Super6cial (17%): contém pontos arredondados de células
400 nm, rai<>< de bronzeamento). As radiações lNA e lNB dani6- basais atípicas provenientes da camada basal da epiderme
cam o ONA. A exposição à luz não é o úniro fator; 20% dm CBCs (Fig. 21 -2}.
surgem em peles que não se expõem ao sol. lndivfduos rom pele
3. t.-licronodular (15%}: nódulos pequenos e arredondados
dara, cabelos louros ou ruivos, e olhos de ror dara (fototipo 1), os
de tumor com aproximadamente o tamanho de um bulbo
quais são ウオNセ・エ■カゥ@ a queimaduras solares, possuem o maior risco.
capilaL As ilhas de tumor são redondas e bem demarcadas,
Este aumenta oom uma quantidade intensa e intermitente de expo-
e apresentam paliçada periférica.
siçio soiM quando comparado a uma exposiçio continua de igual
dose. A incidência em pessoas com pele e.'Kl.lm é muito menor. 4. l n61trativo (7%) : as ilhas de rumor variam em tamanho e
A incidência de 、・Nセョカッ ャ カゥ ュ ・ョエッ@ do CBC em ーS 、・N ョエ・セ@ tmns- mostram uma configuração recortada.
plantados é 10 a 100 vezes maior do que na populaçio gemi. S. Esclerodermiforrne (1%): numerosas ilhas pequenas e
Existe um aumento do risco em dez vezes no 、・Nセョカッ ャ カゥュ・ョエッ@ alongadas que contêm umas poucas células que aparecem
de um CBC subsequente 3 anos após o primeiro diognóstico de como cabos ou cordões em um estroma fibroso.
CBC. O CBC ocorre em local de trauma prévio, como cicatrizes,
Um padrão mi.'lto (dois ou mais padrões histológicos) est.i
queimaduras termais e ferimentos. O CBC ocorre. anos mais tarde
presente em 38,5% dos casos.
em locais ttat.""tdos com radiação ionizante. O tumor aparece em 3
a 7 meses ou anos mais tarde no local de um ferimento prévio.
Tipos clínicos
Fisiopatologia O CBC ocorre sob muitaS forma.• dínicas diferentes, as quais va.
riam em aparência e potencial maligno.
Os CBCs surgem dos ceratinóátos basais da epiderme e estrururas
adjacenteS (p. ex., folículos capilares, dutos sudonparos écrinos).
A radiação lJVB danifica o DNA e o seu ウゥエ・ュ\セ@ de イ・ー\セッ@ altera o
CARCINOMA BASOCELULAR NODULAR. o CBC nodu·
lar é a forma mais comum . A le!iião inida como uma pápula per(}oo
sistema imune. O CBC cresce por extensão direta e. parec..e reque-
lada b ran ca ou rosa e cupuliforme que se assemelha a um m(}oo
rer o estroma no redor para dar suporte ao seu crescimento. ls..'U>
lusco cont.1gioso ou um nevo e pidérmico (Figs. 21-3 e 21 ·4) . A
pode explicar por que as células não são capazes de sofrer metás-
massa se estende periferic.1mente. A lesão pode permanecer acha-
tase arravél< dos vasos sanguíneos ou linfáticos. O curso do CBC é
tada. A tração da pele circundante acenrua a borda perolada. Os
imprevisível. O CBC pode permanecer pequeno por ano.• rom
vasos telangie.ctáticos se tomam proeminentes e facilmente reco-
pouca tendência para o crescimento, particulannente nos mais
nhedveis através da fina epiderme à medida que a lesão aumenta.
idosos, ou pode crescer rapidamente ou prosseguir através de
O padrão de cmoci.mento t irregular, forma uma massa oval por
pulsos sucessivos de extensão do rumor e セッ@ parcial. meio da qual a superffcie pode se tomar multilobular, o centro
frequentemente sofre uloeraçio e sangra, e suhsequentemente
Características histológicas acumula crosta e esama (Fig. 21-4 ). Os CBCs-ulcerados foram
outrora denominados úlceras terebrantes.
As ctlulas do CBC se parecem com aquelas da camada basal da
As áreas ulceradas saram e formam cicatrizes e os pacientes
epiderme. Elas s.'io basofílicas, têm um núcleo grande e parecem
frequentemente supõem que a sua condição está melhorando.
formar uma rnmada 「。Nセャ@ por desenvolver uma linh:1 ordenada
Esse ddo de crescimento, u lceraç.ão e cicatrização continua até
ao redor d::t pe.riferin dos ninhos tumorais na derme, uma c.·uacte-
qu e a massa se estende periféric.1 e mais profundamente; massas
rfstica referida como paliçada (Fig. 21· 1). de grande tamanho podem ser alc.1nç.1das. Os CBC.' podem se
Existem cinco ー。、イ・Nセ@ histológicos principais: apresentar como úlceras nas pe.mas que não cicatrizam. Os espé-
1. Nodular (21%): uma massa redonda de células neoplásicas
cimes de biopsia devem ser colet.1dos das úlceras nas pernas que
com um contorno periférico bem definido. Paliçada perifé-
rica é bem de6nida (Fig. 21-1 ).
Figura 21-1 Carcinoma basocelular nodular. Ninhos de células Figura 21-2 Carcinoma basocelular superficial. Brotos de
basais atfpicas são encontrados na derrne. células basais atípicas estendem-se da camada basal da epi-
derme.
803
Dermatologia CHnica
Apresentação clássica. Uma pápula rosa, branco-perolada A lesão não é branco-perolada e se assemelha a um nevo
com veias t elangiectásicas proeminentes. dérmico.
c
A crosta central ocorre à medida que a lesão cresce. A apa- Uma pápula cupuliforme coberta com crosta se assemelha a
rência é similar ao ceratocantoma. uma ceratose seborreica irritada.
A tensão na pele ao redor acentua essa lesão pequena e As lesões pequenas podem ser perdidas no exame físico.
translúcida com telangiectasia na superfície.
Figura 21-3
804
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
O centro está ulcerado e coberto com uma crosta . Essa lesão pareceu ser inflamatória e foi trat ada com esteroi-
des tópicos. Após ciclos repetidos de cicatrização e ulceração
uma biopsia comprovou o diagnóstico.
Uma úlcera profunda está circundada por um tumor nodular. As lesões podem aparecer em qualquer lugar no corpo. Sus-
No passado esse tipo de lesão foi referida como uma úlcera peite de um carcinoma basocelular quando uma pequena úl-
t erebrante. cera na perna não cicatriza após a terapia convencional. Um
exame mais cuidadoso revela uma borda nodular.
Figura 21-4
805
Dermatologia CHnlca
não respondem ao tratamento. A massa de tecido de um CBC CARONOMA DE cセluas@ BASAIS ciSTICO. Essa va-
nodular tem uma consistência distintiva que pode ser avaliada riante do CBC nodular ウオセ@ como uma massa lisa, redonda c
durante a curetagem ou biopsia. Ela tem frnca força coesiva e co- cística. O CBC cístico se comporta como o CBC nodular.
lapsa ou quebra quando manipulada com uma c:ureu. Essa é uma
importante caraaerística diagnóstica que apoia a impres.são dí- CARCINOMA BASOCELULAR ESCLERODERMIFORME
nica durante o proc.edimento de biopsia. OU ESCLEROSANTE. o CBC esderosante é um tumor insi·
dioso que possui superfl'cie inórua, característica esta que pode
CARCINOMA DE dLULAS BASAIS PIGMENTADO. Os mascarar o seu potencial parn extensão profunda e ampla. O tumor
・ウ」セ@ podem conter meJanina que confere uma oolornç,.,o mar- é ceroso, firme, pode ser phmo até ligeiramente saliente, branco
rom, pret:t ou azul por toda a lesão ou parte dela. Cli nicamente, pálido ou amarelado e se Z ZオMNセ・ャィ。@ a esderoderrnia localizada e
a lesão se 。ウNセ・ュャ ィ 。@ a um melanoma ou a uma cerntose sehor- por isso a designação e.•dem'l.1nte (Pig. 21-6). A' bordas são indis-
reica pigmentnda, mas uma observação mais ate.nta reveJa a borda tintas e se fu."ionam com a pele nonnal. A."\ lesões podem se tomar
caraaeristic.1mente elevada, de cor bmnco perolado e translúcida profundas e firmes, e se assemelhar a uma cicatriz. O tecido é rígido
(Fig. 21 -5). A microscopia de superfície (Cap. 22) pode ser usada e dificil ou impossívd de..,. removido mm uma cureta. A localiza-
para um diagnóstico mais acurado. O CBC pigmentado não d.,..., ção desse tumor por inspeç3o ou biopsia é impossível A média da
possuir uma rede de pigmento e deve ter uma ou mais d.:"l$ c:arnc- extensão subclínica além das bordas delineadas clinicamente foi de
tcrlsticas positiva• a seguir: largos pontos ovoidcs cinza-azulados. 7,2 mm em um estudo. O tratamento oonsiste em exci.são ampla
múltiplos glóbulo• cinza-azulados, áreas da borda com aspecto ou, preferencialmente. cirurgia micrográfica de Mobs.
de folha, ómos em forma de roda, ulcemção e tdeangieaasia ar-
boriforme. em padrão de árvore. Uma biopsia confirma o diag-
nóstico. O padrão histológico mais frequentemente associado à CARCINOMA BASOCELULAR ESCLEROSADO
pigmentação é o padrão nodular.
Figura 21 -5 Quantidades variáveis de melanina sao vistas Figura 21-6 Essas massas duras e amarelas podem possuir
nesses tipos especiais de carcinoma basocelular nodular. bordas mal definidas.
806
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
••
807
Dermatologia CHnica
SINDROME DO CARCINOMA BASOCELULAR NE- CBC nevoide em crianças. A pontificação completa ou parcial da
VOIDE OU SINDROME DO NEVO BASOCELULAR sela I1JJCa está presente em 75% dos pacientes. Costelas deforma-
(SINDROME GORLIN-GOLTZ). Essa doença rara t herdada das e bifurcada.< ocorrem em 40% dos pacientes. Os 6bromas
como um traço autossômko dominante com alta penetdncia e ovarianos são diagnosticados por ultrassom em 17% das pacien-
exprasividade variável. O gene está localizado no cromossomo tes com 30 anos de id.1de (média).
9q22.3.q31 . A doença possui as principais características descritas A avaliação iniàal da$ pacientes suspeitos de possuírem a
a $e;guir: CBCs múltiplos surgem no nasámento ou na primeira síndrome CBC deve incluir o que se segue: (1) história familiar;
inf:lncia; numerosas e ー・アオョ。セ@ 、・ーイNセウ@ nas palmas e. solas (2) consulta.< odontológicas; e (3) radiografias dos maxilares,
(Fig. 21 -8) (50% a 87%); cistos maxilares na linha do epitélio, os crânio, tórax, coluna espinhal e m5os. As radiografias mostram
qu:ais comumente cau!iam sintomas (65% n 900A,); calcificnc;.ô es calcificação da foice cerebral (65%) o u membrana tentorial
ectópicas com calcificação lamelar da foice cerehml (80% ); e uma (20%); pontific.1ç.ão da sela (68%), costelas bífidas (26%), e lumi-
variedade de anonnalidades esquelétic.'ls, especialmente n::ts cos-- nescências com aspecto de chama das falanges; e ossos do mera-
telas, no cr5nio e na espinha (70% a 75%). Uma face característica corpo e carpo das mãos (30%).
está presente em aproximadamente 700A> dos pacientes. Os acha-
dos ffsicos incluem ' face bruta' (54%), macrocthlia relativa Manejo e risco de recorrência
(50%), hipendorismo (42%) e bossa frontal (27%).
Numerosas anomalias associadas podem estar praentes Existem inúmeros fatores a serem considerados antes da escolha d.1
(Quadro 21 - 1). Existe uma grande variação no número e no com- melhor modalidade de tratamento. O mais importante é a apresen-
portamento do CBC nevoide. O número médio é oito. Embora tação clínica, o tipo celulat o tartl3nho do tumor e a locali:zaçâo. A
muitos pacientes não possuam CBC ou po«.ruam apenas bem Figura 21-9 mostra um algoritmo de tralamento para o CBC.
poucos, mais de 1.000 CBCs podem estar presentes. O primeiro
tumor ocorre em uma idade média de 23 anos. Tumores local· TIPO CLINICO. Os CBCs nodulares e superficiais são os menos
mente destrutivos não são observados ante.' da puberdade. Um 。ァイ・ウゥカッNセ@ e podem ser completamente removidos por e.Jetrodi.s-
comport.1mento tumoraJ agressivo pode oc..orre.r npós a puber· secaç.âo e ruretagem ou por umn simples excisão cinírgica.
dade e todo.." o.." pacientes devem ser acompanhados de perto. A
Fro
maioria dos tumores a ltamente invasivos envolve as áreas de fen·
das embrionárias da face. O desenvolvimento de CBCs múltiplos
21-1 Sfndrome do Cllrclnoma Basocelular Nevoid-e=J
é ar.entundo em virtude da exposição luminosa e mio X, mas eles
podem ocorrer também em superffcies que não sofreram exposi- Pele
ção. Os cistos maxilares bilaterais múltiplos s.io a queixa relatada Carcinomas basocelulares nevoides múltiplos
em aproximadamente 50% dos pacientes; o dentista R. ). Corlin Pintas - palmas e plantas (50% a 65%)
descobriu a sfndmme. Os cistos aparecem durante a primeira dé· Milia, cistos (epitelial e sebâc:eo)
rnda de vida e desloca os dentes da criança, frequentemente na
Face e boca
área prt-molar. O primeiro cisto ocorre em 80% dos pacientes até
Cistos mandibulares múltiplos (65% a 90%)
a idade de 20 anos. O número de à."os varia de 1 até 28 (média:
• Reclamação apre<entada 50%
3 ). Eles causam dor, drenagem e edema mandibular. A ocorrência
Face característica (70%)
de anomalias esqueléticas múltiplas é. ahamente sugestiva e pode
• Prognatismo mandibular
ser o indício mais precoce para o diagnóstico da sfndrome elo
• Alargamento da base do nariz (25%)
• Irradiação fron taVtemporoparietal
• Hipertelorismo ocular
Outros
Cistos linfomesentéricos
pe- Fibromas ovarianos ou cistos
Figura 21-8 Síndrome do nevo basocelular. Inúmeras
quenas depressões ocorrem nas palmas e p lantas. Kimonis VE et ai: Aml Med Genet 69:299, 1997. PMID: 9096761
808
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
TIPO HISTOLÓGICO. Os CBCs micronodulares, in6ltrntivos e LOCALIZAÇÃ O. Os tumores ao redor do nariz, o lhos e o relhas
esclemdermifonnes têm uma alta incidência de margens tumornis necessitam de consideração especial A"i lesões no nariz maiore.'i
positivas (18,60fc,, 26,5% e 33,3%, respectivamente) após a exd- do que 1 em em diâmetro, as lesões na margem da pálpebra e na
são e possuem a maior taxa de recorrência. Clinicamente, os CBC.' borda vennelha do lábio, lesões que envolvem a cartilagem e
que apresentam ・Nセウ@ padrões possuem bordas fracamente defini- epiteliomas esderodenniformes respondem pobremente à eletro-
das e não são aparentes durante o exame ffsico. Eles se estendem dissecção e à ruretagem. Os CBC'i no canto mediai do."i olhos são
subitamente para dentro do tecido adjacente e são facilmente particularmente perigosos. A pele repousa próxima ao osso e à
perdidos pelas técnicas de tratamento às cegas, como é o caso da cartilagem e as células tumorais inicialmente invadem e prosse-
excisâo cinírgica. Uma média de 7,2 mm de extensão tumoral guem migrando indetectáveis ao longo do periósteo e pericôn-
subclínirn foi encontrada nos CBCs esderosantes em um estudo, drio. A cirntrizaç.1o ocorre sobre tumores trat.1dos inadequada-
comparado com 2,1 mm de extensão nas lesões nodulares bem mente e a invasão profunda e a extensão lateral podem
cirrunsaitas. o exame patológico de rotina dos esc-. excisados permanecer indetectáveis e resultarem em um tumor de propor-
cirurgicamente pode não detectar um pequeno nódulo ou fila- ções enormes. A extensão para o olho e para o cérebro é pos..o:.ível.
mento de CBC no outro lado da margem de excisâo. Esses tumo-
res neces..'iitam de um tratamento mais agressivo com uma ampla RISCO DE er cor r セ n c ia@ COM A ELETRODISSECÇÃO
excisâo ou uma cirurgia controlada microscopicamente.. E COM A CURETAGEM (ED&C). Os loc.•is de risco baixo,
intermediário e alto para a recnrrência após o ED&C do CBC
TAMANHO DO TUMOR. Em geral, a eletrodissecção e a primário já foram definidos. O pescoço, o tronco e as extremida-
ruret.1gem conferem resultados excelente.'i para CBC'i nodulares des são considerados locais de baixo risco com uma taxa de recor-
pequenos (menos de l crn) localizados na testa ou fuce. Os CBCs rência de 5 anos de 8,6%. O couro cabeludo, a testa e as têmporas
nodulares locaJizados na test.1 ou fuce que são maiores e que pos- estão em risco intermediário com uma taxa de recorrência de
suem margens bem definidas devem ser excisados e fechados; a 12,9%. Os locais de alto risco, tais como o nariz, as pálpebras, o
eletrodrurgia para tumores grandes pode resuJt.1r em cicatrizes queixo, o maxilar e a orelha possuem uma t.'lXa de recorrência de
grandes e de feio aspecto. A.o:. margens para ッウ セ cbNッZ@ esclerodermi- 17,5%. Para se alcançar uma t.-.xa de cura de 95% usando o ED&C
formes não podem ser determinadas nem por inspeção e nem por nos locais de risco médio, as lesões devem medir menos de l em
excisão, ent.1o, preferencialmente, a cirurgia micrográfica de Mohs de diâmetro; em áreas de alto risco uma taxa de cura de 95% com
deve ser executada. Os CBCs super6ciais de qualquer tamanho o uso do ED&C pode ser alcançada através da seleção de lesões
podem ser adequadamente removidos por eJetrocirurgia ou trata- com menos de 6 mm de diâmetro.
dos topicamente com creme imiquimode (Aidara®).
RISCO RELATIVO E ACOMPANHAMENTO. Os pacientes
tratados para o CBC devem ser observados periodirnmente por 5
anos ou mais. Dentre os pacientes com um CBC, um segundo
CBC se desenvolve em 360/o a 500/o durante os 5 anos após o tra-
tamento. Em outra série, outro CBC se desenvolve em 41% dos
pacientes que tiveram p reviamente dois ou mais cânceres de pele.
CARCINOMA BASOCELULAR
- -
EO & C Áreas central da face, Areas central da face, periorbital e
Conservação do tecido periorbital e periauricular periauricutar > 6 mm deMohs
Maior taxa de cura
Nenhum controle de margem <6mm Bochechas, testa, pescoço e
Conservação do tecido
histológica Bochechas, testa, pescoço e escalpo> 1O mm
Tronco e extremidades> 20 mm Cara
Cicatrização lenta por escalpo < 1O mm
segunda intenção Tronco e extremidades
Cicatricial <20mm Bordas mal definidas
Crescimento rápido
Bordas bem definidas CBC recorrente
Crescimento lento Excisão incompleta Radioterapia
-
BCE recorrente
-
Subtipo histológico Subtipo histológico Bons resultados estéticos
Excisão Tolerado por idosos
Cicatrização rápida Nodular Esclerodermiforrne
Superficial Basoescamoso Não para os pacientes jovens
Controle da margem
Micronodular Cara
histológica
Figura 21-9 Adaptado de Martinez JC. Otley CC: MayoC/in Proc 76:1253, 2001. PMID: 11761506
809
D ermato logia CHnica
810
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
requerem uma curetagem vigoro..•i a, usualmente duas ou três vezes: CBCs de excisâo incomplet.1 em vez de u ma po lítica do "'esperar
portanto, lesões na..-. áreas das pálpebras ou n os lábios são tratadas para ver" após a exc.isão incom plet.1. A reexcisâo pode não ser
através de outro.'i m étodos. lsto é especialmente ú til parn tumores ョ・ 」・ウNセ£イゥ。@ se a sobrevida do paciente é limitada ou se o trata-
localizados nas extremidades inferiores, onde a mobilização do mento de uma possível recorrência não é difícil
tecido para a excisão pode ser difícil. Os feri mentos criado_• pela
eJetrocirurgia vertem soro e arumulam crosta du ran te um periodo CIRURGIA M ICROGRÁFICA DE MOHS. A cirurgia d e
de cicatrização de 2-6 semanas. A taxa d e recorrência usando o Mohs é uma técnica contro lada microscopicamente a q ual pod e
ED&.C executado por um dermatologista in teiramente treinado é ser usada para todos os: tipos e tamanh os de CBC.JS. O procedi-
de 5,7oAI. A taxa total de recorrência com o uso da excisão dnírgica mento é desnecessariamente destrutivo para lesões: m enore.-. ou
é de 5,3%. A técnica e.ortá explicada no Capítulo 27. para lesões com margens dínicas bem definidas, t.1 l como os:
CBCs nodulare.• ou CBCs multic.ên tricos superficiais.
CIRURGIA DE EXCISÃO. A cirurgia de excisão é preferida pam A cirurgia de Mohs é o tratamento de escolha para a maioria
grandes tumores rom borda.• be.m definidas nas bochechas, na dos CBCs: esderodenniformes e outros CBC.' com margens clíni-
testa, no tronco e nas pernas. O resultado estético é bo m e o tempo cas fracam ente definidas; para tumo res em áreas de recorrência
de cicatrização é menor d o que o requerido para a eletrocirurgia. A po tencialmente alta (Quadro 21 -2), tais como nariz o u pálpebras;
excisão com fechamento primário é tecnicamente d ifícil nas ore- para tumores primários bastan te grandes; e para CBCs: grandes e
lhas e no nariz. A van tagem de sentir o tumor com u ma rureta é recorrentes. A técnica es:t.i explicada no Capítulo 27.
perdida e as margens adequadas devem ser tomadas. aセ@ lesões no
pescoço, no tronco, nos b raços ou na..-. pernas po..-.suem u ma taxa de RADIAÇÃO. A radiação é ú til para pacientes mais velhos, os
rum de 5 anos em mais de 99%. A excis.1o de le.<iôes da cabeça é q uais não podem tolerar p rocedimen tos dnírgicos menore.-..
menos efetiva com o aumento do tamanho do tumor: a taxa de
rum d e 5 anos para lesões menores do q ue 6 mm de diâm etro é de CREM E DE IMIQUIMODE 5% (ALDARAe). o imiquimode
97o/o; a taxa é 92% para as le.<iões com 6 mm ou mais. é um m odificador da resposta imune que induz as citocinas relacio-
nadas com a resposta imu ne ceJuJar induindo o interferon-alfa, in-
Curetagem pré-operatória. A curetagem p ré-o peratória tetferon-gama e interleucina· l 2. O paciente administrado com o
pode assistir o cirurgião em uma melhor definição da borda tu- creme de imiquimode a 50/o tL'iado cinco a sete vezes por semana por
moral e reduz a frequência d e margens positivas no man useio do um período de 6 semana.• efetivamente tratam o CBC su perficial. As
CBC. Ela oferece u ma reduç.'ío de 24% na t.-.xa de falha cinírgica reações locais da pele são comu ns, mas bem toleradas. A t.'lXil de
no tratamento do CBC. A curetagem não mostrou benefícios no melhorn inicia) em 12 semanas após: o tratamento é em tomo de
tratamento do CEC. É postulado que o CEC difere do CBC não 95%. A taxa de rerorrência após 2 anO< é tão alt.1 quanto 20%.
in vasivo à medida que o CEC in vade como peq uenos nin hos na
ausência de estro ma mucinoso e, portanto, não se desprende tão 5-FLUOROURACIL. o creme de 5 -tluorou rnci l (5-FU) a 5% é
facilmen te da sua matriz d rrundante como faz o CBC. Assim, aprov.Jdo pelo FDA para o trat.1men to de CBCs superficiais. Trate
embora a ruretagem pré-e.xcisional do CEC não cause dano, ela com creme de 5·FU a 5o/o d uas vezes por dia po r no máximo 12
pode não m elh orar as t.'lXas de rura cinírgica. semanas. O trat.1 mento é interrompido mais cedo se a lesão é re-
solvida clinicamen te.
Carcinoma basocelular com ressecção incompleta.A
excisão adequada, perifericamente e em profundidade, é a chave
para o contro le dnírgico, e a demonstração d e células tumornis Quadro 21 ·2 Indicações para a Cirurgia Micrográfica de Mohs
nas margens da excisâo está associada a taxas de recorrência de
mais de 30%. Os dados su portam a política de reexcisão imediat.1
ou a cirurgia micrográfica de Mohs para to dos os pacientes com
811
Dermatologia CHnica
Inúmeras lesões ovais arredondadas, vermelhas e endurecidas As lesões podem aparecer em grande número sobre braços e
com escama aderente. pernas expostos.
812
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
CERATOSE ACTfNICA
A lesão clássica com escama seca e aderente sobre uma base Muitas lesões podem surgir na face. A pele ao redor é irregu-
vermelha. larmente pigmentada com vasos sanguíneos dilatados.
As lesões mais espessas podem degenerar para um carcinoma A ceratose sobre os lábios pode ser mais profunda do que
de células escamosas. aparenta. Apalpe para determinar a espessura.
\.
(
As ceratoses grandes podem ter lesões muito g randes levam meses ou anos para se O carcinoma de células escamosas
profundidade considerável. formar. possui uma aparência idêntica à cera-
tose actínica.
Figura 21-13
813
D ermato logia CHnica
VARIANTES CÚNICAS. As variantes clínicas incluem romo CERATOSE ACTiNICA VERSUS CARCINOMA DE Ct-
cutâneo, extensão pigmentada da QA e queilite actínica. O como LULAS ESCAMOSAS. Não há u m meio definitivo de diferen-
cutâneo é uma QA hipertrófica q ue aCllJTlula queratina e se toma ciar uma QA de um CEC sem u ma biopsia. Existe u m contínuo de
u ma protuberância cônica hiperceratótica. A'i QAs pigmentadas se sinais clínicos que toma a 、ゥウエョNセッ@ d iffciL Um aumento na es-
parecem com um lentigo em de.scamação, uma ceratose seborreica pessura, eritema, dor, ukeração e tam anho apenas sugerem a
ou um melanoma (Fi@'. 21-14 e 21-15). As Je.-.ões são bastante co- progressão para o CEC, mas é im possível pred izer o ponto do
m uns e tendem a ser espessas no m u ro cabeludo (Fig. 21-16). A qual u ma QA individual v.Ji evoluir para um CEC inv.Jsivo. As
q ueilite actínica é u ma QA que ocorre no..-. lábio.'i in feriores. Os lá- lesões consideradas ceratoses actínicas ou aquelas que não res-
b ios ficam ásperos, sofrem descamação, ficam vermelho.., e podem pondem ao tratamento podem realmente ser ceセ N@ Dessa forma,
apresentar fissuras, escamas e ulcerações. Esses achados podem ser o tratamento deve ser agressivo e os paciente.'i devem ser monito-
observados no CEC do lábio (Fi@'. 21-17 e 21-18). Os CEC.• do lá- rados de perto para se p revenir a ーイッァ・ウNセ N@
b io po..<iSuem aproximadamente uma taxa de 11 0,4, de met.istase, a
q ual é mais alta do que ou tros CEC.• cutáneos. FISIOPATOLOGIA E HISTOLOGIA. A radiaçlío ultravioleta
inicia o processo por induzir mutações no DNA, オNセ。 ャュ ・ョエ@ no
TRANSFORMAÇÃO PARA O CARCINOMA DE CtLU- gene ウオーイ・Nセッ イ@ tumoral p53 nos ceratinócitos. A<i células com p53
LAS ESCAMOSAS. Após muitos anos, uma pequena porcen- não funcional podem, com u ma exposição adicional à radiação
tagem das lesõe.-. pode aumentar de tamanho e ・ウーNセオイ。L@ esten- l.JV, ser ゥ ョ 、オコ ゥ 、。Nセ@ a iniciar uma proliferação celular clonal descon-
der-se para dentro da de.rme e se tomar um risco para a doença trolada na epiderme para produzir uma QA. Exposições adicio-
metastática. Uma taxa de trnnsformaç.;o an ual bem lenta para nais à イ 。、 ゥ 。Nセッ@ podem con verter a QA em u m CEC. H istologica-
lesões simples pode se traduzir em u m risco substancial ao longo mente, uma QA consiste em células epitel iais anormais confinadas
da vida de u ma transfonnação para pacien tes com inúmeras cera- na epidenne. As características 、。Nセ@ células são idên ticas àquelas
toses actínicas. O número médio de QA<i por pessoa é 7,7. A encontradas no CEC in vasivo, incluindo aqueles que sofreram
probabilidade de uma QA se transformar em um CEC é estimada metá..ortase. As células possuem um largo núcleo pleomórfico e u m
em 0,0850,4, por le.<ião por ano. Portan to, um CEC pode se desen- citoplasma acidofllico (Fig. 21-19). Alguns estlío em mitose. Eles
volver em uma taxa de pelo menos 10,2% em 10 anos. Até 600;b mostram sinais de comeificação imperfeita com células discerató-
dos ceNセ@ se desenvolvem da ceratose actínica. Os carcinomas de sicas e paraceratose. O tenno •carcinoma de células escam osas in
células escamosas que evoluem de ceratoses actínkas não são síttl' é frequentemente usado parn descrever uma lesão com célu-
agressivos, mas podem por fim sofrer metástase. las anormais confinadas na epiderme. Os folículos não estão en-
volvidos, portan to não existe ッ「セQイオ ̄@ folirular. A penetração
através da junção dermoepidérmirn e para dentro da denne indica
o desenvolvimento de u m CEC invasivo.
Figura 21-14 Ceratose actínica pigmentada. Figura 21-15 Ceratose actínica pigmentada.
814
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
CERATOSE ACTfNICA
Figura 21-16 Ceratose actínica, couro cabeludo. A ceratose Figura 21-18 A profundidade dessa lesão é difícil de julgar
actínica é comumente encontrada sobre o couro cabeludo através do exame físico. A cirurgia é o tratamento mais conf iável.
calvo (ou com cabelo escasso}. A crioterapia é o t ratamento
efetivo. É d ifícil j ulgar a profundidade de uma lesão. A cera-
tose actínica pode por fim invadir e se tornar carcinomas de
células escamosas. O congelamento frequente da mesma le-
são recorrente pode mascarar um câncer. Proceda a cureta-
gem ou excisão das lesões mais espessas.
Pelo fato de a cernto..'ie actínica a lgumas vezes sofrer remissão es- Produto Princípio ativo Embalagem
pontânea, o tratamento defin itivo pode ser postergado para pacien- Cara c"' 0,5% Fluorouracil Creme 30 gm
tes com pouca..-. lesões superficiais. A.o:. pequenas lesões devem ser
Efudex"' 2% Fluorouracil Líquido 1O ml
ree:xaminadas em u ma data po....terior para a remissão espontân ea.
Os paciente.'i devem fazer todo o esforço para prevenir novos danos 5% Fluorouracil Líquido 1O ml
causados pelo sol. Isso não significa que os pacientes devem hiber- 5% Fluorouracil Creme25gm
nar por toda a vida, mas eles devem compreender as témicas para
redução a expo...,ição à luz solar. Existe u ma progressão contínua da Fluoroplex"' 1% Fluorouracil Soluçao 30 ml
QA para o CEC; portanto, não existe maneira segura de distinguir 1% Fluorouracil Creme30gm
clinicam ente entre o..-. dois diagnósticos. Por ser impossível distin -
Aldara"' 5% lmiquimode Creme - caixa
guir entre uma QA e um CEC o tratamento da QA deve ser agres- de 12ou
sivo para parar a progressão para o CEC. Thdos os pacientes com 24 unidades
QA devem ser examinados cuidadosamente para CBCs.
816
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
CERATOSE ACTINICA
Envolvimento difuso da testa. As lesões são superficiais. As le- A intensidade máxima de inflamação foi alcançada 3 semanas
sões na bochecha não eram clinicamente aparentes. após o inicio do tratamento. A medicação inflamou as lesões
da bochecha que não eram clinicamente aparentes antes.
Figura 21-20
817
Dermatologia Cllnica
818
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
Antes do tratamento. O lábio inferior é branco-rosado e liso. Duas semanas após o início do 5-FU tópico. O lábio inferior
O lábio superior não exposto é normal. inteiro está ulcerado.
819
Dermato logia Cllnica
• Ceratose actínica
• Doença de Bowen
• Ceratose arsenical
• Papulose bowenoide
"Figura 21 -25 Carcinoma de células escamosas in situ. Os
• Eritroplasia de Queyrat ceratinócitos atípicos se estendem por mais de dois terços de
toda a espessura da epiderme.
820
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
821
Dermatologia CHnica
DOENÇA DE BOWEN
-
.セ ゥᄃ[@ .. _,......... _.
Uma lesão ampla e espessa que havia degenerado em um A s células atípicas estão present es por toda a espessura da
carcinoma de células escamosas. epiderme. A junção dermoepidérmica permanece d istinta e
int acta.
Fígura 21-27
8 22
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
ERITROPLASIA DE QUEYRAT
Uma placa úmida, brilhante e discretamente elevada. Uma lesão precoce que circunda o meato uretra!.
823
Dermatologia CHnica
A toxiddade a"'enical crônica provocada pe la ingesL'Io de água belos lo uros ou venne.lhos, ocupnções ao ar livre, teJangiectasia de
poluída com nrsênico tem sido reportad;, . Nenhum tmtamento é sardas ou fucial, mornr n o Sul dos Estados Unidos e tratamento
ョ ・」ウN ᄋ セイゥッ@ pnrn a ceratose arsenica1, a menos que sinais de dege.. de psoríase com psomle n oml e radioç..'io ultravioleta A (PlNA). O
n e mção ocorram. arsênico usado em medicamentos no passado e na água potável
produz イオュ ッ イ・N セ@ e carcinoma in situ. Os ー。ゥャッュカ■イオNセ@ humano
tipo 6 e ll são encontrados em tumores da genit:ília e o tipo 16
em tumores periungueais. A radiação tNB danifica o DNA (atra-
vés da indução da formação de dímeros de pirimidina) e o seu
sistema de reparo altera o sistema ゥュオョセ@ A radiação lNB induz
mutação no gene supressor tumoral p53. Essas mutações são en-
contradas no CEC. Os ceratinócitos iniciam uma expansão danai
e formam a ceratose actlnica. A proliferação descontrolada das
células anormais leva ao CECIS e ao CEC invasivo.
Ceratose actínica
Coroos CU!Aneo<
Doença de Bowen
• Eritroplasia de Querat
Exposição química
• Arsênico (interno)
• Alcatrao (externo), exceto o a lcatrão terapêutico
leucoplasia
líquen escleroso (vulva)
locais de infecção crônica
• Tratos sinusais crônicos
• Osteomielite
Cicatrizes de queimadura (úlcera de Marjolin)
Figura 21· 29 Ceratose arsenical. As lesões discretas, seme-
• Pele danificada pela radiaç.\o
lhantes à verruga, ceratóticas ocorrem nas palmas e plantas.
824
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
A imunidade celular e a função imune podem ser modulada• CERATOACANTOMAS VERSUS CARCINOMA DE cセᆳ
pela radiação INB. A imunossupressão leva a um grande au- LULAS ESCAMOSAS .Os ceratoacantomas são por..,..,. di6-
mento no risco para CEC. Os receptores de transplante renal ceis de ser diferenciados do CEC. Aparecem repentinamente e
possuem um aumento de 253 vezes no risco de CEC. A radiação crescem rapidamente (p:lg. 790}. Eles alcançam um determinado
lNA de maiores comprimentos de onda danifica o ONA e L1m- tamanho (usualmente 0,5 a 2,0 em), param de crescer e, por fim,
「セ@ é carcinogénica. O CEC se inicia na pele que foi d.1nificada regridem semanas ou meses ュ。ゥセ@ t.1rde. Eles se iniciam como
por queimaduras térmicas ou inflamação aôniett. E.le L1mhém pápulas vermelhas, ・ョ」NQュ。、ウセ@ rupuliformes com uma supe.rficic
ocorre de doenç.'ls epidénnicas de origem desconhecida, tal como lisa e uma cratera central preenchida com uma rolha ceratinosa.
a doença de Bowen (Quadro 21-4). O patologista algumas vezes te m dificuldade em diferenciar o ce-
rntoacantoma benigno do CF..C. ッセ@ tumores que não podem ser
LOCALIZAÇÃO. A.'l-•im como o carcinoma bnsocelular, os classificados são traL1dos como CEC•.
CECs são mai." comuns em áreas de exposição セッ@ soli contudo, a
distribuição é diferente. Os CEC' são comun s no couro cabeludo, POTENCIAL METASTÁTICO. o potencial para um CEC so-
no dorso das mão.• e na região superior da orelha externa; o CBC frer metástase está relacionado ao L1manho, localização, grau de
raramente é encontrado nessas áreas. diferenciação, evidéncia histológica de envolvimento perineural,
staiUS imunológico e profundidade da invasão (Tabela 21-4). O
ncidセoaN@ Em 1994, nos Estados Unidos, o risco de CEC CEC sofre met.útase primeiro para os linfonodos regionais na
durante a vida era de 9% a 14% entre os homens e 4% a 9% entre maioria dos casos.
as mulheres.. A incidência é maior em latiwdes inferiores como n o
sul dos F.stados Unidos e Austrália. A incidéncia aumenta rapida- TAMANHO E PROFUNDIDADE DO TUMOR. Em um
mente com a idade e a exposição solar e é aproximadamente duas estudo, nenhum 」。イゥョッュZセ@ menor do que 2 mm de espessura
vezes maior em homens do que em mulheres. Um aumento pro- sofreu metásta.se. Os tumores entre 2 e 6 mm de espessura com
nunciado na incidência durante as 2 últimas décadas tem sido diferenciação modenda e uma profundidade de invasão que
documentado. não se estende além da subcútis pode ser classificado como um
carcinoma de baixo risco. O risco de metástase é alto para rnrc.i-
LESÕES PRECURSORAS COMUNS. A cerntose actínica é o nomas indiferendados mniores do que 6 mm de espessura que.
precursor ュ。ゥセ@ comum do CEC. Ao:. QAs inicia_m na pele exposta ao tenham infiltrado a m\L•u:u laturn1 o pericôndrio ou o periósteo.
sol oomo lesões L•oladas ou múltiplas com tamanho entre 2 a 6
mm, achatada\ rosas, marrons e ásperas que do mais facilmente
sentidas do que observáveis. As lesões precoc:zs podem regredir. A<
lesões podem persistir por períodos longos sem mudanças. Um
pequeno número se toma mais espesso, arumula c:asca e evolui Tabela 21-4 Influência das Vanáveis Tumorais sobre a Recon-ênoa
para o CEC. Outra forma de CEaS é a 、ッ・ョセ@ de Bowen, a qual se local e a Metasaase do Caronoma de Células Escamosas
apresenta como nitidamente demarcada, eritematosa, aveludada
Recorrência
ou com p laca.< em descamação nas áreas e>q>OStas ao sol. A.• placas
Fator local Metástase
vermelhas e lisas da doença de Bowen na glande do pénis de ho-
mens sem circuncis.1o são chamadas de eritroplasia de QueyraL Tamanho
<2cm 7.4% 9,1%
FISIOPATOLOGIA. A.• células e.• camosas atfpicas se originam 2:2cm
15,2% 30,3%
da epide rme dos r.eratinócitos e proliferam indefinidamente.
Uma lesão ar.hatada e com desc.amaç.ão se toma um CEC e ndure- Profundidade
cido C(unndo as células penetram a membmna 「。ウエセャ@ < 4 mm/Ciark I a 11 5,3% 6,7%
epidénnic.1. e
;,:4 mm/Ciark 1\1, V
proliferam d entro da derme. 17,2% 45.7%
- Diferendaçlio
MANIFESTAÇÕES CLfNICAS. Os CECs que se iniciam da
Bem diferenciado 13,6% 9,2%
cemtose: aaínica podem possuir uma casca espessa e adere:ntf. O
Pouco diferenciado
tumor é mole e de movimento livre e pode possuir uma base 28,6% 32,8%
vermelha e inflamada. Essas lesões são mais frequentemente ob- Local
ウ。カNセ、@ no couro cabeludo calvo, na testa, nas ッイ・ャィ。セ@ e nas Exposto ao sol 7.9% 5,2%
cost.1s das mãos (Figs. 21-30 e 21-31). Os cornos cut.ineos podem Orelha
18,7% 11 ,0%
come(.ar como uma ceratose actínica e 、セ・ョ」イ。@ p:tra um CEC. ャセ 「ゥッ@
10,5% 13,7%
Os CECs o riginados sobre o lábio (Figs. 21 -32 e 21 -33) ou da pele
aparentemente normal são agres..'iivos e sofrem metás-tase para os Carcinoma dcatrldal N/A 37,9%
linfonodos regionais e além. (nao exposto ao sol)
E.."'ses CEC"' se iniciam em peles actinirnmente 、。ョゥヲ」Z I、。セ L@ mas Tratamento prévio 23,3% 30,3%
ョセッ@ dn cerntose actínica, aparecem como massas ヲゥイュ・NLセ@ móveis e
Envolvimento perlneural 47,2% 47,3%
elev.1das com uma borda altamente definida e pouca casca superfi-
cial. Os CEC< que se iniciam na pele actinicamente danificada• fo- tmunossupresslio NIA 12,9%
rnm inicialmente considerados como possuindo um potencial mí- De ROINe DE, Carroll RJ, Day Cl. J Am Acad Denna!o/26.976,
nimo para met.istase; conrudo, tais lesões podem ser agreuivas. 1992. PMID: 1607418
825
Dermatologia CHnica
Outro estudo para CEC-. no tronco e nas extremidades mo.mou mores penetraram através da denne ou que excederam 8 mm de
que, assim como o mela.noma, o comportamento do tumor foi espessura estavam em um alto risco de recorrência ou de morte.
mais bem correlacionado com o n íveJ de invasão dérmirn e oom a
espessura vertical do tumor. Os tumore.'i que sofreram recorrência LOCALIZAÇÃO. Os tumores do muro cabeludo, da te.,'!a, das
possuíam pelo meno.'i 4 mm de espessura e envolviam a metade orelha..'i, do nariz e dos lábios est.1 o em um alto risco para met.is·
mais profunda da derme ou estruturas mais profundas. Todos os tase (Fig. 21-34). Os tumores que se desenvolvem em locais de
tumore.'i comprovadamente futais possuíam peJo meno.'i 10 mm de inflamação crônica, tais como úlceras, teddo com cicatriz e locais
espessura. Os investigadores concluíram que os pacientes rujas tu- de radiaç.;o prévia, também possuem altas taxas para metástases.
Figura 21-30 Uma pápula vermelha e ceratótica com es- Figura 21-31 As lesões nodulares podem ser dolorosas. A
cama de superfície densa. As lesões podem ser mal interpre- lesão vinha sendo tratada diversas vezes no passado com
tadas como ceratose actínica. A crioterapia pode destruir a crioterapia. Ela esteve present e por 2 anos e demonstrou
superfície, mas deixa as células malignas mais profundas sem pouca progressão em profundidade.
tratament o . Verifique os linf onodos da drenagem.
Figura 21-32 Inúmeras lesões ulceradas estão presentes so- Figura 21-33 O lábio inferior expost o ao sol é um local co-
bre o lábio inferior deste paciente, o qual passou anos traba- mum. O apalpamento revela uma massa nodular profunda.
lhando ao ar livre.
826
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
- Homens
O Mulheres
,. ,.
,.
' ,.., 'f'
,.
セ@
..
.. •
••• •••
..
-·
•
' M セ@ . ......
..
fi
•• •
... •
Figura 21-34 O carcinoma de células escamosas sobre o Figura 21-35 Distribuição do carcinoma de células escamo-
couro cabeludo. Frequentemente é dificil distinguir entre a sas nas regiões da cabeça e do pescoço de receptores de
ceratose actinica e o carcinoma de células escamosas. Excise transplantes de órgãos. (Arch Dermato/141 (4):447 -451,
ou curete as lesões mais espessas. Não congele repetida- 2005. PMID: 15837862)
mente as lesões recorrentes encrostadas do couro cabeludo.
827
Dermatologia CHnica
-
Conservaç.!o do tecido Bochechas, testa, pescoço, couro periauricular > 6 mm
Sem controle de margem cabeludo< t O mm Bochechas, testa, pescoço e !----< A maior taxa de cura
Tronco e extremidades < 20 mm couro cabeludo > 1O mm Conservação do tecido
hbtológica
Cara
cゥ」セエイコッ@ lenta por Tronco e extremidades> 20 mm
lntençAo ウセ オ ョ 、£ イゥ。@ Bem 、 ゥヲ ・ イ ・ョ」 ャ セ、 ッ@
Cicatticial <4 mm de profundidade Pouco diferenciado
Crescimento lento > 4 mm em profundidade
Bordas bem definidas Crescimento rápido
Invasão perineural ou vascular Bordas mal definidas
ョ・ァ。エャカセ@ lábio e orelhas
Invasão perineural Radioterapia
Recoo'ênàa BCE recomente
Excisio lmunossupteSSão ,_. Bons resUtados estéticos
Tolerado por idosos
Cicall'iz;aç3o セーッ、。@ local de inflamação crOnica
Conll'Oie de margem 1- Tumor recc:wrente Não para pacientes j<M!ns
Radioterapta セ@ Caro
histológica
Fi gura 21 -36 Adaptado de Martinez JC, Otley CC: MayoCiin Proc 76:1253, 2001. PMID: 11761506; Miller SJ: Dermato/ Surg
26:289, 2000; Johnson TM, et ai: 1 Am Acad Dermato/26:467, 1992. PMID: 1564155
TRATAMENTO . As diretrizes para o ruidado do CEC rutãnro tumores maiores ou 。アオセ・ウ@ peno do nariz e olhos requerem
foram eruobelecidas pela Academia Americana d e Dermatologia consideração especial (Quadro 21 -2, pág. 811). As margens cinír-
(Píg. 21 -36) . Os CECs Jl"<(Uenos que evoluíram da czrntose actf- gicas para a e:xcisão dos cres
rutinros primários têm sido pro-
nica s.i o tratados por ED&C. Os tumores maiores ou aqueles so- postas (Tabela 21-5).
bre ou peno da borda avermelhada dos lábio.• são prdencncial- Q uando o CEC wfre metástrue de se dispersa primeiro para
mente excil<Odos e deve-se incluir a gordu ra subrutinea. O os grupos nodais IOC!is. A combinação da cirurgia micrográ6ca de
microestágio histológico pode ajudar no d irecionamento da tem· Mohs e linfadenectomia se,n tinela poclese.ruma opção no ma nejo
pia. Os tumores mais finos do que 4 mm podem ser resolvidos dos CECs em a lto risco de metástase.
por simples rem oção lo caL Os ー。」ゥ・ョ エ・Nセ@ com lesões q ue estão
entre 4 e 8 m m de espe.o; sura ou aqueJes q ue ュッNセエイ@ invasão AVALIAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO RECOMEN-
dérmica profunda devem ser submetidos à excisão. Os tumores DADA. Os pacientes com CEC pod em se beneficiar com um
que penetram atravb da denne são est1giad os pelo cirurgião e exame anual com p leto da pele. Como o risco de CECs subsequen-
IJ'atados com diversas modalidades in cluindo cirurgia excisionaJ e tes aumenta com o número de CECs prévios, os pacientes com
de Mohs, dissecação do pescoço, radioterapia e quimioterapia. Os cres prévios múltiplos devem m"""'er exames mais frequentes.
828
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
829
Dermatologia CHnica
CARCINOMA VERRUCOSO
Figura 21-39 O condiloma gigante de Buschke-lõwenstein Figura 21-40 Epitelioma cunicu/atum. Uma lesão estava
ocorre sobre a genit ália masculina e f eminina. Eles aparecem presente por meses e foi suspeita de ser uma verruga plant ar.
inicialmente como verrugas, mas crescem inexoravelmente a
despeito das múltiplas tentativas de tratamento tópico conser-
vativo e cirúrgico.
830
tオュッイ・Nセ@ Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos ·Capítulo 121 I
831
Der maLologla CHnica
832
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
Célula T
A, HISTÓRIA
Doença persistente
As lesões aumentam em tamanho e número com o tempo. Elas nao melhoram completamente com os conicosteroides tópicos e voltam a
ocorrer quando a terapia é descontinuada ou eles continuam a se desenvolver nas セイ・。ウ@ nao tratadas. As erupções por drogas podem fazer o
mesmo, e um ensaio de descontinuaçao da droga pode ser indicado.
C. NÚMERO DE LESÕES
A maioria dos pacientes se apresenta com lesões múltiplas e inúmeros locais de envolvimento. As desordens que podem ser confundidas com
a MF unilesional sao o eczema numular, o líquen simples crônico, o eritema migrans crônico e a tínea corporis.
833
Dermatologia Cllnica
Histopatologia
Básico 2 pontos pelos critérios básicos e mais dois critérios
Infiltrado linfoide superlicial adicionais
lmunopatológico (lmunofenotipagem)S
1. < 50% de células T CD2+, CD3+ e/ou CDS+ 1 ponto por um ou mais critérios
2. <10% de células T CD7+
3. Discordância epidérmica/dérmica de CD2, CD3, CDS ou CD711
Adaptado de J Am Acad Dermarol53(6):1053·1 063. 2005. PMID: 16310068
•Proposto pela The lnternational Society for Cutaneous Lynphoma (ISCL).
t A atipia linfoide é definida como células com núcleos aumentados hipercromáticos e contornos irregulares ou cerebriformes.
*Entre em contato com o laboratório para determinar o espécime requerido (p. ex .• tecido recém-congelado, bloco processado em parafina e
fixado em formalina).
§Entre em contato com o laboratório para determinar o espécime requerido (p. ex .• biopsia por punção de 5 mm ウ オ 「ュセゥ 、 。@ em meio de cul-
tura para tecido não congelada ou fixada).
liDeficiência do antígeno de células T confinada à epiderme.
CRITÉRIOS HISTOPATOLÓGICOS
Os espécimes de biopsia devem possuir um infiltrado linfoide O pato logista observa várias caracteristicas: mic.roabsce.'icsos de
su perficiaL O epidermotropismo sem espo ngiose e atipia lin- Pautrier ( linfócitos atípicos em coleção dentro da epiderme), lin-
foide, ambos, qualificam como 1 po nto. fócitos em halo (causado por um artefuto da retração ao redor dos
As células linfoide.-. atípicas presentes são ligeiramente mais linfócitos intraepidérmicos), exocitose (pre.'i'ença de linfócitos
largas do que os linfócitos normais e ー ッウNセ オ ・ ュ@ um n úcleo hiper- dentro da epiderme), linfócitos intraepidérmkos convolutos e
cromático, de contorno irregular (convoluto). Tais células foram linfócitos alinhados dentro da cam ada basal ('colar de pérolas').
designadas como *células micótirnsN, Ál'células de l オ エコ ョ ・イセB@ ou Bio psias múltiplas provenientes de uma variedade de lesões
,..c.éJulas de Sézar}< podem ser requeridas. Parar com todos os trntamento.'i tópicos e
O diagnóstico histológico de MP é d ifícil por causa das muitas imunossu pressores sistêmicos pelo menos 2-4 sem anas antes de
mudança..,. súbitas, a maio r parte das q uais pode estar presente em realizar a biopsia.
algum grau em muitas condiçõe.'ic rutâneas inflamatórias e neoplá-
sicas. Uma perfurnç.;o inicial de biopsia vai confirmar a natureza
linfoide da lesão. Dessa forma, a MP precoce deve ser diferenciada
das desordens in flamatórias.
834
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
NO: Linfonodos clinicamente nao envolvidos; a patologia é negativa para CTCl. T4, NO, MO
N1: Linfonodos clinicamente aumentados, histologicamente não envolvidos; a patologia é negativa para CTCL. eウエセァ ゥ ッ@ IIIB
N2: Linfonodos clinicamente nao aumen tados, histologicamente envolvidos; a patologia é positiva para CTCL. T4, N1, MO
N3: Linfonodos aumentados e clinicamente envolvidos; a patologia é positiva para CTCl. eウエセァ ゥ ッ@ セa@
T1-T4, N2, MO
Metástase distante (M) T1-T4, N3, MO
MO: a usência de doença visceral eウエセァ ゥ ッ@ IVB
M1 : doença visceral presente T1-T4, NO, M1
A classificaçllo TNM indui uma subcategoria para pacien tes LCCT: T1-T4, Nl , M1
T1-T4, N2, M1
Envolvimento sanguíneo (B)
T1-T4, N3, M1
BO: Ausência de células atípicas circulantes (<1 .000 células de Sézary (CD4+fCD7·)/ml)
Bl : Células atípicas circula ntes(:.: 1.000 células de Sézary ICD4+fCD7-Yml)
B2: Envolvimento leucêmico definido pela contagem absoluta das cêlulas de Sézary:;: 1.000 células por )11,
razão CD4/CD8:;: 1O por cit ometria de fluxo, expressllo aberrante de marcadores de células T normais, evidência
molecula r de d onalidade ou anorma lidade cromossômica em um d one de célula T
835
Dermatologia CHnlca
lógico. A presença de elevados números de células T CDS' na pele eritema tênue e algumas vezes um aspecto amarelado, uma escama-
é um bom fator prognósóco. A imagem com a TC é ralizada para ção 6oa e uma superfiáe lewmente pregueada Sobre o tronm e
a doença T3-4 parn acessar o envolvimento visceral e nod.1l. O
membros as lesões medem usualmente 1 a 5 an e são redondas.
escaneamento da tomografia de emissão de pósitrons (PET) pode ovais ou digitifonne (digitau dmnarosis). Sobre as nádegas e COJOJ,
aumenlllr a sensitividade de detecção dos linfonodos afellldos. onde elas ocorrem mais comumente, a.' lesões se apresentam oomo
sinais tão grandes quanto 15 an. Os paáentes com lesões tipo pa-
APRESENTAÇÕES CLINICAS rapsoríase de longo termo as qu.1is são resistentes ao tratamento
ronvencional requerem monitoramento ruidadoso para um po..'i..'iÍ..
Pré-MF. A fase de pré-MF é a primeira fase na qual o diagnóstico vel desenvolvimento de linfoma rutnneo (Fig. 21-44).
é !-i'USpeito, mas ele não pode ser feito através de critérios dfnicos A poiquilodennia atrofiante vascular é u m termo u sado parn
ou histológicos. fNセウ。@ (;,se pré-micótica persiste por mese."' ou anos descrever le.<iões que p ossuem te.langiectasia, peJe •papel de ci·
e é suspeitada quando a inflamação persiste e recorre セーウ@ curso.\ ァ。イッ セB@ com atrofia fina e pregueada e pigmenL1ção estampada
repetidos de e.'iteroides tópicos. A remissão espontiinea ocorre. A.'i (Figs. 21-45 e 21-46). O apareámento das mudanças poiquiloder-
erupções pruritic.1s não espeáficas ou o prurido sozinho pode ser
matosas é um sinal ameaçador. Os termos parapsoriase variegata
a única manifestaç.io. Uma erupção e:ritematosa, esfoliante, tipo ou parapsoríase liquenoide: são usados para descrever variantes
eczematosa ou tipo psoríase e uma erupção atrófica, ・ウエ。ュー、セ@ dessas lesões que se apresent.1m com um padrão em forma de
telangitttátic:a referida como parapsoriase de grnndes placa< ou
rede ou retirulado.
poiquilodermia atro6ante vascular pode ocorrer. Essas du.u últi- O exame histológico de sinais precoces mostra um infiltrado
mas dermatoses possuem aspectos c:a.rncte:rísticos que permitem supediáal em forma de faixa ou um infiltrado liquenoide, que
predizer com um alto grau de certeza que a t!\'Oiução da MP úpirn
consiste predominantemente em linfócitos e histiócitos. As 」←ャオ セ@
pode ocorrer. R.sas dermatoses podem estar presentes por perío- Las aôpicas com tamanho que varia de pequeno a médio, 。ャエセ@
dos tJo longos quanto 35 anos antes que as placas e os tumores mente indentadas (cerebriformes) e, algumas veus, com núcleos
de MF se desenvolvam.
hipercromáticos são poucas e na sua maior parte confinadas à
epiderme ( epidermotropismo). Elas co loniz.1m a cam ada basal da
Forma eczematosa. A forma eczematosa se apresenta com epidenne tan to como células únicas, frequen tem ente em forma
áreas persistente.", nllo especificas, planas, vermelhas, que coçam, de halo q uanto em uma configuração linear.
ecz.emntosns que lembram o eczema asteatótico ou a dennatite
at6pirn, com ;:t diferença que as lesões tendem a permanecer fixas Estágio de sinal. A doença entra no estágio de sinal quando
em loc:nl e エZセュ。ョ ィ ッ@ e a..\ margens são precisamente delineadas
as mudanças histológicas ウセッ@ características da MF. A morfologia
(Fi&". 21-42 e 21-43). da lesão não muda necessariamente.
A lesão poiquilodermi a-parapsoríase. As lesões de pa- Estági o de placa. O estágio de placa é alcançado gradualmente
rapsoriase em placas são precisamente ámmscriw e possuem um quando as áreas sombreadas com tons que variam do vermelho até
o marrom, e algumas vezes esamosa., tomam-se mais elevadas do
que a pele árcundante não en\'OI.;da em virtude da acantose ( es-
pessamento da epiderme). As placas podem surgir da pele não en-
volvida. A coceira toma-se mais persistente e intensa e pode. ser
intolerável. As plarns vnriam na fonna com padrões redondo, ovaJ,
arcifonne ou serpiginosas, ocasionnlme.nte oom claream ento central.
Figura 21-42 A fase eczematosa ou de sinal se apresenta Figura 21-43 Os sinais podem afetar qualquer área, mas .
com máculas eritematosas que possuem uma escama fina. As eles são encontrados mais frequentemente em loca1s protegi-
lesões podem ser múltiplas. A coceira é variável. As lesOes são dos do sol. tais como as nádegas e tronco inferior. As lesões
hipopigmentadas ou hiperpigmentadas em ondJViduos de pele precoces se parecem com o eaema numular. Eles tendem a
escura. Os sinais E!'JO!uem lentamente para placas. permanecer ftXados no local por meses.
836
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
LESÕES POIQUILODERMIA-PARAPSORrASE
Figura 21-44 Parapsoríase (pequenas placas). Figura 21-45 Lesões poiquilodérm icas. A pele é atrófica, enrugada, seca e
As lesões são bem circunscritas, levemente es- despigmentada com telangiectasias.
camosas, amarelo-claro, placas superficiais
ovais que estão concentradas sobre o t ronco.
Um padrão digitar que segue o dermatoma é
característico. Essa forma da doença raramente
degenera para um linfoma. A parapsoríase em
grandes placas e irregulares tem o potencial de
progredir para o linf oma de célula T cutâneo .
Figura 21-46 Micose fungoide (poiquiloderrnia atrof iante vascular). Placas vermelho-
amarronzadas e hiperpigmentadas com uma superfície atrófica e enrugada tendem a per-
manecer fixadas no local.
837
Dermatologia CHnica
Figura 21-47 As placas precoces possuem uma superfície Figura 21-48 As placas anula res ou serpiginosas podem ser
de escamação fina . As lesões bem demarcadas e eritematosas numerosas. A melhora central pode ocorrer. A coceira pode
evoluem lentamente para tumores. ser intensa nesse estágio.
Figura 21-49 As placas largas haviam evoluído lentamente de lesões maculares estáveis, escamo-
sas e de aparência eczematosa.
8 38
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
A exten..o;;âo do envolvimento varia desde poucas áreas isoladas até de grande.< células que pode ser tanto CD30- quanto COso• pode
uma porção significativa de pele (Figl'. 21-47 a 21-49). A infiltração ocorrer e está frequentemente associado a u m p ior prognóstico.
de toda a pele produz u m couro vermelho ・ウーNセ ᄋ [L。、ッ@ com e.'«:ama-
ção (dermatite esfoliante) ou sem escamação (eritrodermia). A MF Estágio tumoral. Os tumores se desenvolvem de placas pree-
pode se iniciar como u ma eritrodennia esfoliativa. A infiltração e as xistente.-. ou da eritrodermia, ou podem se originar da peJe verme-
placas nas áreas pilosas podem produzir alopecia. lha ou normal. A coceira pode diminuir de intensidade. Os tumo-
Histologicamente o epidermotropismo é mais pronunciado res variam e m tamanho, alguns se tomam enormes ou com
do que os sinais. A presença de coleções intraepidérmicas de célu- formato de cogumelo (por isso o termo micose fungoide, o qual
las atípicas (microabscrssos de Pautrier) é observada apeno.< em tem sido usado por 150 anos) (Figs. 21-50 a 21-52). A necrose e a
uma minoria dos casos. Com a progressão para o estágio de tu- ulcernç.;o das placas e dos tumores são comu ns.
mor, os infiltrados dérmicos tomam-se mais difusos e o epider- Nos estoígios iniciais a doença permanece confinada à pele. A
motropismo pode ser perdido. O infiltrado toma-se misto (linfó- linfàdenopatia superficial pode ser detect.1da no est.igio de placa
citos, eosinófilos e pla.smócitos) à med ida q ue o estoígio de placa e a linfadenopatia profunda com metoístase vi.sceraJ_, tal como
progride. As células tumorais aumentam de número e tamanho e para o baço, os pulmões ou o trato gastrointe.'rtinal_, pode ocorrer
apresentam p roporções variáveis de células cerebriformes peque- durante o estágio tumoral.
nas, médias e grandes, céJula..'ic b lásticas com núcleo proeminente
e formas intermediárias. A transformação para um linfoma difuso
ESTÁGIO TUMORAL
Figura 21-50 Os tumores são ulcera- Figura 21-51 Os tumores verme- Figura 21-52 Os tumores disseminados possuem
dos e exofíticos. Eles se assemelham a lho-violeta cupuliformes podem um padrão anular ou serpiginoso com melhora central.
uma infecção micótica, por isso o ser exofíticos ou ulcerados.
termo a rcaico micose fungoide.
839
Dermatologia CHnlca
840
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
841
Der matologia CHnica
mentos alternadM conforme tolerado. A dOllagetn é mantida Fotoferese extra corpórea. A fotoferese extracorpórea é útil
constante e então lentamente reduzida parn uma vez por semana_ no tratamento da síndrome de Sé:zary e da fase eritrodénnica da
uma vez a cada duas semanas, uma vez por mês, més s"im mb não MF. Ela também é efetiva sozinha ou em combinação com a tera-
por 6 meses e então uma vez a cada 3 meses por um periodo\ in- pia adjunta para sinais ou pl•cas exten..os e alguma doenças em
definido. As taxa.• de resposta total de 95% (a reposta completa estágio nunoral. As remissões mai$ duradouras que 3 anos têm
em 79% dos casos TI e 59% dos casos 1'2) são reportadas. A du- sido alcançadas em alguns p3cientes. A fotoferese envolve a radia·
ração da remissão produz em média 3,6 anos com o PtNA de ção de o ndas longas (tNA} dos leucócitos retirados do paciente
manutenção pelo menos u ma vez ao m ês. A remissão complet.1 que ingeriu o 8-metoxipsornleno com reinfusão su bsequente dos
ocorre mais rapidam ente, com parada à terapia tópic..'\. leucó citos no paciente. O trntamento é administrado em 2 dias
A f<>toterapia tmdidonal oom lNB de amplo é!<pectro (280 a consemtivos todo mês por 6 meses. o."paciente." q ue têm uma
320 nm) tem sido associada a uma taxa d e resposta totnl e com- razão CD4/CD8 m enor o u igual a 5 respondem melhor do q ue
pleta de 83% na doença T l. Contudo, o tNA de ondas lo ngas aqueles com po ucas o u nenhuma célula coa• na pele.
penetra mais profundamente dentro dos infiltrados dérmicos do
que o UVB. As áreas Msomb readas"' {p. ex._, couro cabeludo, perí- DOENÇA AVANÇADA. Os tumores individuais respond em à
neo, axilas. dobra.• da pele, plantas) podem não receber exposição irrndiação x de ortovoltagem. TodM os tratamentos para a doença
adequada. A combinação de interferon e PtNA mostrou alt.'! re- avançada podem ser inicialmente bem-sucedidos na indução de
missões complet.1.• nos estudos preliminares. remissões, mas nenhum parett prolong;u a sobrevida. Muitos
agentes novos são testados. Os anticorpos anti.T monodonais e:
Terapia total d o feixe de el étron da pel e (TSEBn . A proteínas de fusão recombinantes ( denileucina diftitox, nome
irmdiação por elétrons de energias apropriadas vai penetrar ape- comerdal O n tak") podem provar ser úteis para a doença extraru·
nas na derme e. portan to, a pele pode ser tratada sem efeitos sis- tânea.
têmicos. Ess.t1 terapia requer uma experiência técnica consider.lvel
na aplicação, pode resultar em efeitos tóxicos cutâneos de runo e PAPULOSE LINFOMATOIDE. A papulose linfomatoide
longo prnzo e ョ セ ッ@ ・セ エN Q@ amplamente dispo nível. \...om base na so - (l yP) é u ma doença rara nn q ual as lesõe.• da pele possuem uma
brevida a lo ngo prazo 、・セウZ@ pacientes em e.ort.igio precoce, il tera- histopatologia d o tipo neopMsic.n1 mas o ouso clínico é benigno
pia de irrildi:u;ão po r feixe de elétron é algumas vezes usada com e crônico. Ela é uma d oenç.a da pe.le papulo necrótica o u papuJo.
u m prop&•ito curativo. A sob revida a longo p razo livre da doença nodular, auto rurativa, com rnrncte.rísticas histológicas sugestivas
pode. ser obtida em pacientes com a micose fungo ide unilesional de um linfo ma maligno (CD30•J. A l yP ocorre usualmente em
tratada com terapia local com radiação. A manutenção da doença adultos e é caracterizada por lesões papulare:s, papuJonecróticas
de estágio 18/ITA (sinal/placa genern.lizado, TI) t com HN2, ef ou nodulares em eslllgios diferentes de desenvolvimento, pre·
PlNA. TSEBT e lNB. O TSEBT deve ser considerado uma terapia dominantemente sobre o tronco e os membros. As lesões na pele:
iniáal para pacientes com a doença agressiva, para placas 。ー・ウNオセ@ individuais desaparecem no prazo de 3 a 12 semanas e podem
extensas ou para paàentes que falham com HN2 ou PtNA. A te- deixar cicatrizes. A duração da doença varia desde muitos meses
rapia TSEB é o método mais seguro para a indução da remiss.io até mais de 40 anos. Em até 20% dos padentes a LyP pode ser
complet.1 dos sinais generalizados, das plaos e dos tumores. As precedid a por, associada a ou seguid.1 de outro tipo de linfoma
taxas de resposta com plet.1 de até 98% para as placas limitadas e (rutãneo) maligno, geralmente a micose fungoid e, o linfoma
36% para os tumores são relatadas. A maio ria dos pacientes tem rutãneo de células grandes anapl:isicas o u o linfoma de Hodgkin.
umn reincidência no período de 5 anos. Após atingir a remis."ão O quadro histológico é extremamente variável.
completa com o 'T'SEBT' alguns médicos iniciam n terapia :ulju- A LyP tem um prognóstico excelente. Não existe cura. O ュ ・ エ ッセ@
vante, mais comumente a mostarda nitro genadn tópica. O H N2 trexato oral de baixa dose (5 n 20 mg/semana) é a terapia mais
adjuvnnte ou o f'lNA oral devem ser ad ministrados por pelo me- efetiva. Os pacientes com pouc.1s ャ セ・N@ não cicatridais podem
nos 6 meses após uma respo sta completa ao TSEBT. Um total de ded dir não tratar a sua doença. PM/D 15692063
= 36 Cy é fornecido por mais de = 10 semanas com um;t semana
de interrupção após 18 a 20 Cy. As áreas 'sombreadas' neces.•i-
tam de trat.1mento suplementar. Os efeitos ad""""" são eritema,
descamação, alopecia, perda das unbas e incapacidade de suar.
842
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
843
D ermato logia CHnica
Figura 21-58 Doença de Paget extramamária. Uma placa Figura 21-59 Doença de Paget extramamária. Três biopsias
branca e erodida com bordas mal definidas sobre o lábio. foram coletadas antes que as células malignas fossem de-
monstradas na periferia dessa úlcera crônica na base do es-
croto.
844
Tumores Cutâneos Não Melanoma Pré-malignos e Malignos Capítulo 121 I
Costas e flanco
d' Pulmão> melanoma
8%/1 Região pélvica 8%
9 Mama, melanoma c! e ? Intestino grosso
845
Dermatologia CHnica
METÁSTASE CUTÂNEA
Figura 21-61 Carcinoma metastático. Os nódulos haviam Figura 21-62 Carcinoma metastático da mama. Os nódulos
permanecido f ixos no tamanho após um crescimento rápido parecem vasculares e se assemelham ao sarcoma de Kaposi.
inicial.
846
I 22 I
Nevos e Melanoma Maligno
processo de maturação e migração decrescente. as células névicas
CONTBJDO DO CAPfruLo
epidérmicas tipo A desenvolvem-se em células tipo 8 e em se-
• Nevos melanodticos guida em célula• névicas dérmicas tipo C.
847
D erm a t o logia CHnica
Figura 22·1
848
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
NEVOS MELANOclTICOS
Figura 22-2 Nevo juncional. A lesão é ligeiramente elevada, Figura 22-3 Nevo composto. A superficie é coberta com
escura e uniforme. pontos marrons a pretos unif ormes.
Figura 22-4 Nevo dérm ico. Da cor da pele, com vasos su- Figura 22-5 Nevo dérmico, abaulado.
perficiais, semelhante ao carcinoma basocelular.
Figura 22-6 Nevo dérm ico. Da cor da pele e com formato Figura 22-7 Nevo dérmico. Superfície verrucosa.
abaulado.
Figura 22-8 Nevo dérm ico, polipoide. Figura 22-9 Nevo dérmico, pedunculado com uma superfí-
cie mole, flácida e enrugada.
849
Dermatologia CHnica
MANEJO
LESÕES SUSPEITAS. Toda lesão pigment.1<b com su.>peita de
ser maligna deverá se.r biopsiada ou encaminhado para uma se- Figura 22·10 Nevos recorrentes. previamente removidos
gunda opinião. As lesões suspeitas devem ser oompletamente re· (pseudomelanoma). A pigmentaçao macular marrom pode
movidas por biopsia excisional profund.1 que inclua o tecido surgir na cicatriz de um nevo removido de maneira incom·
.0\ubrutâneo. pleta .
NEVOS. Os pacientes cnm frequência pedem a remoção de nevos lanoma juvenil benigno (nevo deSpitz), nevo azul, mácula.• melam>-
por mzões e.'itétirns. セ「ッ。@ prática submeter à biopsia todas as le:sõe< tica• labiais e nevas atípicos (nevas displásicos. nevos de Oarl<).
pigmentadas; portmto, deve-se evitar a remoção tot.11 com eletrocau·
tério. Os nevas são removidos por excisão tangencial (.shave) ou por NEVOS MELANOCITICOS congセitsN@ Estima-se que
excisão simples セ@ fechamento mm suturas. A maioria dos nevas (l)oo entre I % e 6% da população tenha um nevo melanodtico congê-
muns t pequena e a excisão tangencial é adequada nito (NMC). Os nt:VD! mdanodticos mngênitos (marrns de na.•-
cença) estão ーイ・ウZョセ@ ao nasómento e variam em tamanho de
NEVOS PREVIAMENTE REMOVIDOS RECIDIVANTES uns poucos milímetros ati vários centímetros, cobrindo £イ・。セ@ ex-
(PSEUDOMELANOMA). Semanas a m'"""' depois da remo- tensas do tronco, da extremidade ou da fuce. Algumas lesões tor-
ção incompleta de um nevo, uma pigmentaç.io marui;Jr marrom nam-se aparentes durante a primeira infância. Nem todas a.\ le-
na cicatri.z pode surgir (Fig. 22-10). Algumas células névicas per· sões pigmentadas presentes no nascimento são nevos congênitos;
m:mecem após a exdsão tangenàal e a repigrnent.'lção parcial é mancha..'i: café com leite t..1mbém podem est.'lr p resentes ao nasci-
po.'<<fvel. A pigmentação residual pode ser removida com eletro· mento. As lesõe..'i: maiores s3o conhecidas como nevos ーゥャッウセ@ gi-
c:autério ou por criocirurgia. Um aspecto histol6gico incomum gantes. Nevas congênitos gig:mtes no tronco são conhecidos
semelhante ao mel anoma (pseudomelanoma) pode surgir ap&• a como n evas em ""calção de banho•. Nevos congênitos podem
remoç.ão parcial dos nevas. Se a área repigment..1di.l for removida, conter pelos; se p resentes, geralmente são ァイッウNセ@ eNセウ・GゥZ@ nevas s.io
o patologista deverá ser notificado de que o tecido submetido foi uniformemente pigmentados, com tonaJidades diversas de mar-
adquirido de uma área previamente tratada. Em termos histol6gi· rom ou preto predominantes, porim o vermelho ou o rosa pode
cos, os melan6citos parecem atipioos, mas são confinados セ@ epi· ser uma cor seamdária ou às vezes predominante. A maioria deles
derme e ョセッ@ há a disseminação lateral de melanóótos individuais é plana ao na.sciment.o , ma,S pode. ficar espessa durante a infãncia,
vista no melanoma. e a supe.rffcie pode tomar..-se. varucosa e às vezes ョッ、オj。イセ@
NEVOS COM PEQUENAS MANCHAS ESCURAS. o Tamanho. Os NMCs são arbitrariamente divididos em grupos
meia no ma セ@ responsável por algumas pequenas manchas esruras de acordo com seu tamanho na primeira infância: pequeno.oç (<
nos nevos melanoáticos. Essas áreas arredondacL1.5 de. hiperpig· 1,5 de diâmetro), médios (1,5 a 19,9 em de diâmetro) e gmndes
ment..1yio marrom ou preta medem 3 mm ou menos em cliâme· (> 20 em de diâmetro). A maioria cresce proporcionalmente ao
tro e localizam-se. perifericamente.. As amostras de biopsia de. ne· crescimento da criança. Os NMCs na cabeça aumentarão em ta-
vos com pequenas manchas escuras devem ser セ・」、ッョ。ウ@ para man ho por um futo r de 1,5 vez., e no restante do corpo por um
assegurar o exame histológico desse foco de hiperpigmentaçrío. futor de 3.
850
Nevos e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
851
Dermatologia CHnica
NEVOS MELANOdTICOS congセits@ GRANDES. sentam o maior risco de desenvolver MNC. A maioria dos pacien-
Nevos melanodticos mngênítos grandes (abrnngendo セ@ 5% da tes mm NMCs grandes tem múltiplos nevas satélites, mas não há
área de superffàc mrporal em pré-adolescentes e > 20 an em relatos de melanoma em ョセ@ Solté.lites.
adolescentes e adultos) podem sofrer エイ。ョウヲッュセ@ maligna
(Fig,. 22-14 e 22-15). A inàdênàa varia de 1,8% a 7, 1%. Aproxi- MANEJO DE NEVOS MELANOCITICOS congセiᆳ
madi.\mente metade dos melanomas oriundos de nevos congêni- TOS. A avaliação do risco e as opções de tratamento são conside-
tos gigantes ocorre até os 3 a 5 anos de idade. f'ortamo, lesões radas para cada padente. セ@ preàso discutir dúvidas médica.< e
ァイ。ョ、・Nセ@ e espessas devem ser removidas o mais cedo possíveL psicossodai<i:. Os objetivos do manejo são diminuir o risco de
NMCs grandes clareiam com o tempo e a maioria dos nódulos desenvolver melanoma pela remoção cinírgica e produzir bons
oc..orre antes dos 2 anos de idade. Ocorre, usunlmente, um esrure· resultados estéticos. A remoção de um NMC pequeno com um
cimento inicial com um dareamento subsequente. significativo risco baixo de 、・セ ・ョカ ッャカ・イ@ meJanoma pode resuhar em uma dca-
com a idade, acompanhado pelo aumento d.1s irregularidades triz desfigurnnte, o que não seria aceitáveL A remoção de um
superficiais, nódulos e crescimento piloso. O local anatômico NMC espesso e grande que deixe uma cicatriz densa e grande
miliS comum é o tronoo. A maior parte dessas ャ・ウセ@ está 。ウッ セ@ pode ser aceitável. O melhor momento parn fuzer a àrurgia é uma
àacb a ncvos congênitos satélites, que podem ser ex:tensos e en.. mnsideração relevante. As melhores àcatrizes àrúrgicas resultam
volver uma variedade de locais. Até 66% dos melanomas que se de cirurgias feitas nos primeiros anos de vida; entretanto, talvez
desenvolvem em NMCs gigantes têm origem não epidbmicas c seja melhor adiar a drurgja att depois dos 2 anos de idad ..
são mais profundos na de:rme ou no tecido subcutâneo inferior. quando a extensão mmpleta do nevo fica evidente. lesões muito
ronantol a observação clínica não conseguirá detectar a maioria grnndcs podem demancbr múltiplos procedimentos. Os NMCs
das trnrufonnações malignas nesses paàentes.. devem ser removidos até a fásàa.
DERMATOSCOPIA DE NEVOS MELANOCITICOS CON- TRATAMENTO PRO FILÁTI CO. A remoção profilática é con-
gセnitos N@ Os aspectos dermatoscópicns mais mmumente ob- siderada para lesões espessas nas quais é difícil detectar mehl-
servados silo gló bulos (79,7%), rede.< pigment:tres (70,3%), hi- noma. Nevas densoN c.om uma superfície e nrugada (rugosa) são
pertrimse (68,9%}, cist<>-<tipomilium (52,7%) ehipopigment.1ção os que apresentam m:aior risco. Recomenda-se a remoç.;o precoc.e
perifolirular (32,4%} PMID: 17709659 das Je.<i:ôes que surgem e m árens cobertas (p. ex., couro cabeludo,
Figura 22-14 Grande nevo piloso congênito. Figura 22-15 Nevo congênito gigante (nevo em " calção de
banho").
852
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
centro das nádegas, áreas perianais e genitais) e que são diffceis de típicas (Fig. 22-16). A.• manchas variam de I a 3 mm de diâmetro
examinar e acompanhar. e podem ser nevos lentiginosos, juncionais, compostos ou intra-
dé.rmicos. Em termos histológicos, a hiperpigmentação de fundo
NEV O LENTIGINOSO SALPI CADO. o
nevo lentiginoso tem os aspectos de um lentigo ou uma márula café com leite.
salpicado (nevo "spilus*) é uma lesão marrom comum sem pelos, Existe uma variação considerável em termos de tamanho, va-
oval ou de formato irregular, que é salpicada com manchas que riando de 1 a 20 em. A posiç.1o anatômica ou a época do surgi-
variam de marrom a pretas. Elas podem aparecer em qualquer mento pode ser semelhante aos dos nevos congênitos clássicos de
ゥ、。セ@ desde o nascimento ou na primeira infância, como máru- tamanho semelhante. O exame periódico das lesões e a educação
las de tonalidade clara café com leite. Máculas pigmentadas e do paciente a respeito dos sinais clínicos de melanoma são im-
pápulas desenvolvem-se posteriormente durnnte um período de ponante.'i. A remoção como prática regular não é necessária. Faça
meses a anos. A<i lesões podem ser muito grandes. Sugere-se que a biopsia de áreas suspeit.1s. O nevo lentiginoso salpicado é plano
o nevo lentiginoso salpicado seja um subtipo de nevo melanod- e precisa ser removido apenas se o paciente desejar a sua remoção.
tico congênito. A área marrom geralmente é plana, e os pontos Lasers têm sido usados para trat.1r t.1nto a hiperpigment.1ção de
escuros podem ser ligeiramente elevados e conter células névicas base quanto os salpicados dos nevos lentiginosos salpicado.<i.
Uma grande lesão macular marrom, assemelhando-se a uma A pigmentação macular é menos proeminente do que na le-
mancha café com leite. Pequenas pápulas pretas estão distri- são ilustrada em A.
buídas de maneira uniforme
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8 53
Dermatologia CHnica
Figura 22-18 Nevo de Becker. Essa lesão não apresenta pig- Figura 22-19 Nevo de Becker. Uma lesão típica com pig-
mentação. mentação macular e pelos.
854
Nevos e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
HALO NEVO. Um nevo mmposto ou dénnim que des=\'olve halo nevo pode ser removida por excisão tangencial (sha..,), extir-
uma borda branca é chamado de halo nevo. Enima-se que a inci- pação ou laser.
dência na população seja de 1%. Hai"" nevos são encontrados
mais comumente em crianças. A média de idade ao surgimento é NEVO DE SPITZ. O nevodeSpitz (melanomajuvenil benigno)
de 15 anos, O halo despigmentado é simétrico e redondo ou oval, é mais comum em aianças. mas pode aparecer em adultos. O
com uma borda bem demarcada (Fig. 22-20). Não h:l melanóci- termo melanoma é usado porque a aparência clínica e histológica
tos na área do halo. Halos nevos apresentam os aspectos derma- é semelhante à do melanoma. Essas lesões não têm pelos, são
toscópicos de nevas melanoc:íticos benignos, com padrôe.'i globo- vermelhas ou marrom.nvenne:Jhadas, contêm pá pulas ou nódulos
lares e/ou ho mogêneos, tipicamente observados em crianç..as e abaulados com uma superfície lisa (Fig. 22-21) ou verrumsa e
adultos jovens. Os padrões estrutumis dos h:tlos nevos pennane.- variam de tilmanho entre 0,3 e 1,5 crn. A cor é 」。オNセ、@ peJa \P.tS-
cem innlterados com o tempo. p。 」ゥ・ョエNセ@ com n síndrome de cuJarização intensa., e um sangmmento às vezes ocorre 。ーセ@ um
T\Jmer (baixa estatura, disgenesia gonadal, pescoço alado, aíbito trauma. Nevas de Spitz são geralmente solitários, mas podem se.r
valgo e linfedema ao nascimento) têm uma prevalência de halo múJtiplos. Eles ap;uecem subitamente e,. ao contrário dos sinais
nevo de 18%. PMID: 15.3.37976 que evoluem lenttmmte., os pacientes podem às vezes datar seu
surgimento. O nevo de Spitz deve ser removido para exame mi-
CARACTERISTICAS HISTOLÓGICAS. Linfócitos T no local croscópim. A diferenciaçlo histológica do melanoma é por vezes
de de:spigmentaçâo sugerem que essas células participam do fenô- difícil. A dermarosropia do nevo de Spitz mostrn ( 1) um padrão
meno do halo. A maioria dos nevos hal05 está localizada no estelar, caracterizado por uma pigme.ntação difusa preto-azulada
tranco; eles jamais ocorrem nas palmas e plantas. Podem ocorrer e pseudópodes distribuld05 regularme.nte na periferia em um pa-
como um fenômeno isolado ou vários nevo$ podem desenvolver drão radiado; e (2) um padrão globular, caracterizado por uma
halos espontaneamente. Os halos podem repigmentar·se com o pigmentação distinta marrom a 。コオj セ 。」ゥョコ・エ、@ e uma margem
tempo ou os nevos podem desaparecer. A repigmentação muitas periférica de grandes glóbulos marrons, muitas vezes estendendo-
veze5 ocorre ao longo de meses ou ano."; entretanto, nem sempre se por toda a lesão.
ocorre. A repigment.1ção não ocorre Jogo npós a remoção do
nevo. A incidência de vitiJigo pode ser maior em paciente." com
halos nevas. Um halo raramente pode se 、・Nセョカッャイ@ em tomo de
um melanoma maligno, porém_, nesses C.'lSOS, ger:tlmente é assi·
métrico.
A remoção de um haJa nevo é desnecessária, a menos que o
nevo tenha traços atípicos. A ーイ・ッ。Nセ ̄@ dos pais com tal mu.
dança impactante muitas vezes é a razão para uma excislo C011.Sel'·
vadora. Nesses casos, a parte do sinal propriamente dito de um
Figura 22-20 Halo nevo. Um halo branco e bem definido Figura 22-21 Melanoma juvenil benigno (nevo de Spitz).
cerca esse nevo composto. Um nódulo abaulado e avermelhado que geralmente surge
em crianças.
855
Dermatologia CHnica
NEVO AZUL O nevo azul é um nevo redondo, regular e ligei· Nevos atípicos
イ。ュ・ョセ@ elevado, medindo geralmente menos de 0,5 an e con·
tendo grandes quantidades de pigmento na derme (Pig. 22· 22). O Neves atípicos., também conhecidos como nevos displásicos ou
pigmento marrom absorve os comprimento..' de onda mais lon· nevas de Clark, podem ser heredit.1rios em um padrão familiar ou
gos da luz e disP"r5a luz azul (deito Tyndall). O nevo azul swge ocorrerem esporadicament.. This lesões geralmente medem mais
na inffincia e é mais comum nas extremidades e no dorso das de 5 mm de diâmetro e são lOtalmente planas ou possuem um
mãos.. Uma variante. rnrn, o nevo azul celular, é maior {gemimente centro elevado (le.•ão com aspeao de 'ovo frito') ('Thbda 22-1) .
medindo mais de I em), nodular, e com tTequência locnlizado E..'\.."ieS nevas: têm pigmenlação e80.lra ou irregular, com tonalida-
856
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 1221
Um estudo mostrou que o melanoma maligno cutfineo here- branca nos Estados Unidos é de aproximadamente 0,80/o; ou seja,
dit.1rio/S-SA não predispõe a outros cânceres. I em cada 125 pessoas que têm SSA e nenhum membro da famí-
lia com a doença tem um risco de 60tf> de desenvolver melanoma.
DEFINIÇÃO. A Conferência de Consenso em Diagnóstioo e Pessoas que têm SSA e uma história de melanoma têm um risco
Tratamento do Melanoma Precoce do National lnstitutes of Healtlt de 10o/o de desenvolver um segundo melanoma; os que têm S..<;A e
(NJH) definiu a síndmme do sinal atípioo e o melanoma familiar um membro da família com meJanoma têm um risco de 150/o. O
como (1) a ocorrência de melanoma maligno em um ou mais risco de desenvolver melanoma durante a vida chega a 1000/o para
parente.< de primeiro ou segundo graus; (2) um número elevado aquelas pessoas com SSA de fumílias com dois ou mais parente.-.
de nevas melanocíticos (NM ), com frequência, mais de 50, alguns de primeiro grnu que têm melanoma cutâneo.
dos quais atípicos e muitas vezes de tamanho variável; e (3) nevas Entre os membros de uma família portadores de sinais atípi-
melanoáticos que demonstram determinados aspectos ィゥセGエッャァ ᆳ cos, os paciente.-. com melanoma têm uma quantidade muito
cos. É provável que a SSA represente um espectro. Em um ex- grande de nevos com mais frequência do que os pacientes com
tremo, todos os membros de uma família têm sinais atípicos SSA sem melanoma. Membros de uma fitmília com SSA têm mais
(SAs) e alguns têm melanoma maligno (MM). No outro extremo, nevos do que pacientes que têm apenas tipos adquiridos comuns
estão pessoa.-. com um SA sem história pessoal ou familiar de MM. de nevos.
Cor v。イゥセカ・ ャ@ dentro de uma única lesão; marrom, preto, Bege, marrom, preto uniforme; escurecem durante a
vermelho, rosa gravidez ou na adolescência; clareiam com o tempo
Características Hiperplasia melanocítica lentiginosa persistente; atipia Células névicas na junção dermoepidérmica e/ou na
histológicas nuclear melanochica;• fibroplasias lamelares; fibropla- derme
sias eosinofílicas concêntricas; infiltração linfocítica irre-
guiar esparsa
*Pode nao ser essencial para se fazer o diagnóstico.
857
DeronaLologla CHnlca
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' Quadro 22-1 Recomendações para o Manejo de SAs
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• • • Examine toda a superffCie cutanea a cada 3 a 12 meses,
• começando perto da puberdade.
• • Use um secador de cabelos para examinar o couro cabeludo.
•
.. • •
•
Considere obter fotografias cutaneas totais na consulta inicial.
Remova lesões suspeitas de serem melanoma .
•
Figura 22-24 Nevos atípicos. Presença de numerosos nevos
•
•
Instrua o padente no auto-exame da pele.
Recomende evitar o sol elou usar proteçao.
grandes. Melanomas de disseminação superficial foram remo- • Sugira a triagem de parentes consangufneos para SA e MM.
vidos da parte superior do dorso da linha média no lado es- • Sugira e.ames oftalmológi<:os regulares para dete<:tar nevos
querdo (observe as cicatrizes). Nevos maiores que 1 em e irre-
oculares e melanoma ocular.
gularmente pigmentados.
858
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
SINAIS AT(PICOS
Macular, pigmentação variável, bordas pouco definidas. Macular, pigmentação complexa, borda chanfrada.
Macular, papular, pigmentação variável, borda irregular. Lesão em " ovo frito " , elevada com um centro escuro, perife-
ria macular, pigmentação esmaecendo na borda.
Figura 2.2-25
859
Dermato logia Cllnica
PUVA e o risco de melanoma. A terapia com metoxaleno Adaptado de Robinson JK: Oermato/ Nurs 12:397, 2000.
oral (psoraleno) e a radiação ultravioleta (PlNA) são eficazes para
•o risco relativo é o grau de aumento do risco para pessoas com
os fatores de risco comparadas a pessoas sem os fatores de risco.
psoriase e ou tras afecçõe.-. cutân eas, porém é carcinogênica. Ob- Se o risco relativo for igual a 1, nao há aumento do risco.
serva-se um risco maior de m elanoma com eçando 15 an os depois
da exposiç.'ío ao metoxaleno oral (psoraleno) e à radiação ultra-
violeta A (PlNA). Esse risro é m aio r em p acientes expostos a do·
ses elevadas de PlNA, parece esta r au mentando com o passar do do sol podem ter um risco maio r do q ue aqueles q ue se expõem
tempo, deven do ser considerado ao se determinar os riscos e be- constante men te ao sol por atividades ocupacionais. A exposição
neficios dessa terapia. contin ua à radiação u| セ@ seja n a vida adult.1 ou durante a adoles-
cência, parece ter u m papel protetor no risco de melan o ma. Ob-
RISCO E EXPOSIÇÃO AO SOL. A maior exposição recrea. servou-se q ue os que têm ocupações ao ar livre têm u m risco
tiva ao sol e as alterações n a atmosfera superior por poluentes que menor de adq uirir melan o ma. A exposição intermite nte está asso-
resu ltam no au mento da radiação podem ser os dois fato res mais ciada a aumentos significativos n o risco de desenvolver m ela-
importan tes do a umento desproporcion al na incidência de meJa- n oma. Há u ma hipótese de q ue a luz do sol cause imu nossu p res-
noma. Pessoas que se bronzeiam mal ou que se qu eimam facil- são rutân ea.
mente ao sol ou os que sofreram m úJtip las q ueimadu ras solares
grave.-. tê m e ntre duas a três vezes mais risco de desenvolver meJa- EFICÁCIA DOS FILTROS SOLARES. Protetores solares quí-
noma cutân eo. Indivíduos que se expõem ao sol nas atividades micos bloqueiam lJVB, porém são men os eficazes n o bloqueio de
recreativas e n as férias e sofrem expo.-.ições episódicas agudas à luz lNA, que é responsável por 90% a 95% da energia ultravioleta n o
860
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Sinal Implicação
Mudanças na cor
Escurecimento repentino; marrom, preto Aumento do número de células tumorais, cuja densidade varia na lesão, criando uma
pigmentaçao irregular
Disseminação da cor para a pele anteriormente Migraçao de células tumorais pela epiderme em velocidades variáveis e em diferentes di-
normal reçóes (fase de crescimento horizontal)
Vermelho Vasodilatação e inflamação
Erosao Ulceração
Exsudaçao Elevação
Formação de crosta Perda das linhas cutâneas normais
Desenvolvimento de sintomas
Prurido Dor
Sensibilidade
espectro solar. Os filtros solares previnem a ocorrência de eritema grnmento são os sinais posteriores; a esperança de rura diminui
e queimadura solar, mas ini bem a adaptação da pele à luz do sol; bast.1nte se o diagnóstico não fo r feito antes des..•;;,as mudanças. Os
portanto, seu u:m pode levar a uma exposiç.ão excessiva da peJe à sinais e.'ipedficos q ue aparecem durante a evoluç.1o de cada tipo
lNA. Dados laboratoriais sugerem q ue o melanoma é promovido de melanoma estão listados e ゥ ャオN セエイ。、ッウ@ nas páginas a seguir.
pela lNA; portanto, filtros solares de lNB talvez não sejam efica- Uma lista de todas as possíveis mudanças em todos os est.igios do
zes na prevenção do melanoma. O uso de fi ltros solares pode dar desenvolvimento encontra-se na Tabela 22-3.
às pessoas uma sensação falsa de segurança e encorajar a exposi-
ção excessiva. O uso de chapéu.. roupa protetoras 。ウNセゥュ@ como CARACTERfSTICAS DOS SINAIS BENIGNOS. Os sinais
evitar o banho de sol são atitudes mais protetoras do que o U.'a> evoluem e mudam d urante a vida. Todas as mudanças ocorrem ao
de fil tros solares químico.'i. Para crianças muito darns e com sar- longo de períodos de tempo prolongados e são quase impercep--
das, o uso de 61tros solares de amplo e.'ipectro com um fator de tíveis. O aumento circunferendal ocorre em nevos comuns das
proteção alto atenua o desenvolvimento de nevos e, ao reduzi-lo, crianças. Nevos adquiridos benignos progridem do lentigo sim-
diminui o risco de desenvolvimento de um meJanoma. Filtros ーャ・ウセ@ para nevos juncionais ーゥァュ・ョエ。、ッウセ@ para nevos compostos
solares que contêm óxido de zinco ou dióxido de tit.1nio refletem pigment.1dos elevados, para nevos intradérmicos da cor da pele
a luz e são conhecidos como 61tros solares ヲ■ウゥ」ッセ@ em vez de quí- mais elevados durante décadas. Nevas intradénnicos continuam a
micos. Essas substâncias bloqueiam efetivamente a luz lNA. elevar-se à medida que o colágeno se deposita sobre os ninhos de
células névicas na derme superior. pッイエ。ョセ@ a distância entre a
ABCD DO RECONHECIMENTO DO MELANOMA MA- junção dermoepidénnica e o topo do nevo intradérmico subja-
LIGNO. O objetivo é reconhecer melanomas em seu estágio cente aumenta com a idade.
mais iniciaL Comparados aos nevos melanoáticos comuns ad- Sinais benignos têm uma cor bege, marrom ou preta uniforme.
q uiridos, os melanomas malignos tendem a apre.'ientar A'isime· A borda é regular e a lesão é razoavelmente simétrica; se a lesão
tria, Bordas irregulares1 Coloração variável e Diâmetro aumen· pudes....e ser dobrada ao meio, as duas metades ficariam sobrepos-
tado. Mudanç.'ls no formato e na cor são sinais iniciais t.1s. A maioria dos sinais benignos mede 6 mm de diâmetro ou
importantes e devem sempre levant.1r suspeita. Ulceraç.1o e san- menos e surgem cedo na vida.
861
Dermatologia CHnica
MUDANÇA RECENTE EM UM SINAL A desoiç.'lo qu< um ciação das células tumorais. t provávd que o potencial de um
paóente f.u. da mudança em um sinal pode ser o indfóo mais melanoma degenerar..,st e tomar·se neoplásico seja influenàado
prema; d< mdanoma. Mudança de ror; desenvolvimento d< ha· por uma série de fatores, incluindo o grau de pigmentação cutâ-
los uitematosos ou hiperpigmentados; aumento do diãmm-o, da nea, ィ・イ、ゥエ。セ[@ statuS imunológico, quantidade de radiação
altura ou =imetria das bordas; ou mudança das caraa<rfsticas solru; gênero e posiç.;o anatõmica no corpo.
superficiais, bem como prurido, dor. sangramento, ulcançí.\o ou
sensibilidade, todos são sinais sugestivo.\ de evolw;..3o pam mela- CARACTERISTICAS DE CRESCIMENTO. Quando um me-
noma. lanóáto se toma neoplásico, as limitações à sua localização são
removidas e ele pode deixar sua po.'iiçâo designada na camada
LESÕES PRECURSORAS basal da epiderme. Um meJanoma maligno bem diferen ciado
mantém sua afinidade parn a epidenne e pode c.re:sc.er horizontal-
Nevos melanocítícos adquiridos. Pes.<oas mm um nú· mente em um padrão lento, apenas para ficar restrito o u ser eli-
mero maior de nevas melanoáticos adquiridos têm um risco minado em algumas áre.1s por um sistema imunológico ainda
maior de desenvolver melanoma. O número que pass..1 a repre· competente. Anos de crescimento e regressão lentos de uma série
sentar o risco significativo varia de pessoa para pessoa, de:pen· dessas células na face produ:um o !.MM.
dendo d< fatores como história familiar e exposiç.'lo ao sol. Como
80% d< todos os pacientes têm até 50 nevas beni!P"O$. um •ponto
de com• prático do número de nevos acima do qual os pacientes
estariam em um risco maior de desenvolver melanoma seria 50.
O risco r<lativo para esses pacientes varia de três a 15 quando
romparndo ao risco relativo para paáentes sem neves ou com
menos de cinco nevos.
862
Capítulo
'
Ne9os e Melanoma Maligno
Um grupo mais ゥュセエオイッ@ de. células seria mais agressivo e se Melanoma de disseminação superficial
espalharia ou regrediria ュセゥウ@ rapidamente, estimulando a forma·
ção de novos vasos e inflama{AO. l'oder·se·ia esperar que tal wm- O melanoma de dis.<eminação ウオー・イV」ゥセャ@ (MOS) Hqオセ、イッ@ 22-2)
portamento biológiw produzisse o MOS. Melanomas nos quais é mais com um na meia-idade, cL1 quarta a quinta dtcadas de vida.
as cilulas espalham-se lateralmente s5o wnsiderados como es- Ele se desenvolve em qualquer lugar do wrpo, porém com mais
tando na fase de crescimento horizontal (radial). Essa fase pode frequência na parte superior do dorso em homens e mulheres e
durar meses ou anos. nas pernas das mulheres (Figs. 22-26 a 22-30). O MOS wmeç. de
Uma célula pouw diferenciada mo conhece batreiras, não maneira inespedfica e: então muda o fonnato por disseminação e:
tem a6nidade para a epiderme e c::resce lmlto horizontalmente regressão radial (Fig. 22-28). A migração aleatória de c6ulas, ero
quanto """i<:almente. produzindo uma massa ou um MN. Os conjunto com o processo de: regre:s.üo, resulta em lesões com uma
melanomas rujas células wmo:çaram a crescer vcnicalmente para variedade in6nita de formas e tamanhos. O formato t bizarro se
a denne e fonnam uma mousa são considerados como estando na deixado sem ttatamento por an011. O ュセイ」ッ@ fundamental do MOS
fa«e de crescimento vcni<:al. A v.Jiidade da classi6cação do tipo é a combinação casual de muita' 」ッイセ@ mas a lesão pode: ser オョゥ セ@
alnd.'l preàsa ser estabelecida; entretanto, ela nos permite enten- formemente preta ou marrom. A$ cores podem エッュ。イ ウNエZ@セ mais
der o crescimento e a evolução do melanoma maligno e, por- diversas com o pas.<ar do tempo. Uma coloração vamelha esma-
tanto, ajuda a fazer um diagnóstico mais precoce. Os diversos ti- ecida é observ.Jda com frequência, podendo o<:upar uma pequena
pos de melanom:u têm C.1r:Jcteristicas diferentes. área ou dominar a lesão. A fase de aescime.nto radial prerursora
pode durar meses ou até mais de 10 anos. Os nódulos surgem
quando a lesão mede cerca de 2,5 em de diâmetro.
HOMENS MUlHERES
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863
Dermatologia Cllnica
!
Fase de crescimento vertical (meses a a nos)
Área altamente
1. Numerosos padrões, dependendo do grau
regredida
de crescimento e regressão
2. Tumores palpáveis
Elevações placoides na borda
Nódulos no centro
3. Áreas de ukeração e descamação
ou
Contraste
marcante
nas cores
Azul-acinzentado
Preto-azulado
Vermelho e branco
''
Figura 22-29
864
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
-·
Figura 22-30
865
Dermatologia Cllnica
Melanoma nodular
O melanoma nodular ( MN) (Figs. 22-31 e 22-32, Quadro 22-3 )
ocorre com mais frequência na quinta o u na sexta décadas de
vida. A lesão é mais frequente em homens do que em mulheres,
com uma proporção de 2:1, e é encontrada em q ualquer lugar do
corpo. O MN é mais comumente marrom-esauo, marrom-aver-
melhado ou preto-avermelhado, de formato abaulado, polipoide Quadro 22-3 Melanoma Nodular
ou pedunculado. A., vezes é amelanótico (cor da pele) e asseme-
lha-se a nevas dérmicos ou carcinoma basoc.elular da cor da peJe. 15% a 20% dos melanomas
Localizados no tronco e nas pernas
E..'i.se.-. melanomas amelanótico..-. represen tam 1,8% a S, loAI de to-
Crescimento rápido: semanas, meses
dos os melanomas. O MN é o tipo de melanoma mais frequen te-
Pápula ou nódulo marrom a preto
mente mal d iagnosticado, porque assemelha-se a uma bolha de
Ulcera e sangra
ウ。ョァオセ@ hemangioma, nevo dérmico, cerntose seborreica ou der-
matofibroma (Fig. 22-32 ).
MELANOMAS NODULARES
Azui'"Preto
Fase inicial (semanas a meses) Roxo
Sem fase de crescimento radial Vermelho--amarronzado
Cor da pele
/
3. Pode parecer um angioma
1
- Ukeração
セ@ épossfvel
Teste de pressão
Figura 22-31 Existem lesões polipoides como placas elevadas, abauladas. Algumas
parecem originar-se de nevos. Um halo desenvolveu-se ao redor de um melanoma
placoide.
866
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
MELANOMAS NODULARES
Figura 22-32
867
Dermatologia Cllnica
1
Fase de crescimento radial (5 a 50 anos)
1. Regressão marcante com bordas Pouca variação na cor -
muito irregulares marrom a preto
2. Uniformemente macular com perda
de marcas cutAneas
3. Pode não progredir ao estágio de
tumor; permanece lentigo maligno
0,6 a 6 em
Sa7cm
Figura 22-33 As lesões crescem lentamente e regridem por vários anos, f ormando
bordas muit o irregulares. A cor permanece marrom ou preta até chegar ao est ádio
de tumor.
868
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Figura 22-34
869
Dermato logia CHnica
Figura 22· 36 O surgimento repen- Figura 22-37 A disseminação pe· Figura 22· 38 Melanoma envolvendo
tino de uma faixa pigment ada na riungueal de pigmentação de um todo o leito ungueal.
prega ungueal proximal é sugestivo melanoma para as pregas ungueais
de melanoma. proximais e laterais é denominada si-
nal de Hutchinson.
870
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
EXAME DA LESÃO
OBSERVAÇÃO COM AMPLIAÇÃO MAIS DERMA-
TOSCOPIA. V.írios tipos de lesões podem ser reconhecidos
por observação ou ampliaç.1o com um micrômetro ocular de
IOX. Trata-se de u m instrumento superior para estudar as carnc-
teristicas superficiais de qu eratose seborreica, carcinoma basoce-
lular, dermatofibroma, nevas compostos, nevos dénnicos, halos
nevos e hemangiomas. Muitas lesões podem ser escaneadas ra- Figura 22-40 Simulação de melanoma. Nevo composto
pidamente. O dermatoscópio (Fig. 22-46) é um instrumento com uma borda irregular.
individual para o exame de lesões pigmentadas planas ou ligei-
ramente elevadas como os nevas atípicos o u lesões suspeit.1s de
serem melanoma. O exame de nu merosas querntose.'i seborreicas
com um dennatoscópio é inefic.1z. As projeções peroladas e a
estrutura de queratina são claramente apreciadas com a amplia·
ç.ão orular de JOx.
Figura 22-39 Simulação de melanoma. Hemangioma com Figura 22-42 Simulação de melanoma. Dermatofibroma
uma borda irregular e pigmentação variável. com pigmentação escura na borda.
871
Dermato logia Cllnica
Figura 22-43 A proliferação de melanócitos no processo de f ormação dos nevas e o subsequente desenvolviment o de d ispla-
sia, hiperplasia, invasão e metást ase.
872
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
ESPESSURA DO TUMOR (MICROESTÁGIO DE BRES- iNDICE MITÓTICO. O índice m itótico por m ilímetr<>-• quadra-
LOW). A espe.•sura do tumor, definida de acordo com a profun- dos na parte dérmica do tumor é descrita. Apesar de a ukernção
didade de b イ ・ウャッカNセ@ é o determinante histológico mais importante ser considerada o futor prognóstico mais importante depois da
do prognóstico. O tumor é seccionado em etapas (Fig. 22-44). A espessura de Bre.'dow para melanomas rutâneos localizados, mui-
seç.;o com o nível mais profundo de penetrnç.;o do tumor é usada tos estudos mostraram que a taxa mitótica é u m fator prognóstico
para medir a espessura. Um micrômetro ocular é colocado no significativo.
microscópio. O patologista mede a espessurn do tumor em milí·
metros desde o topo da camada de células granulares (ou base da INFILTRAÇÃO UNFOCITÁRIA NO TUMOR. A infiltraç.'io
ulceração superlicial) até a parte mais profunda do tumor. O rela- linfocitária no tumor é definida como rápida1 não rápida e au-
tório é feito como níveJ de Breslow, seguido pela profundidade sente. Uma resposta linfocitária infiltrativa pode indicar uma so--
descrita em milímetros. brevida favorável.
l --7 Camada de
o células granulares
E 1. lntraepidérmico
E
8"' Oerrne papilar 2. Na derme papilar
.! 3. Preenche a derme papilar
セ@
"'
1il Oerme reticular 4. Oerrne reticular
:2
セ@
セ@ S. Penetra a camada
de gordura
Seção com a penetração mais profunda Tumor destacado - descrito pelo patologista como:
do tumor; essa seção é usada para 1. Profundidade de invasão 3,3 mm
descrever o microestágio de Breslow 2. Nlvel de Clark 4
e o n1vel de Clark
873
Dermato logia Cllnica
BlOPSIA DE LINFONODO SENTINELA. o LNS é definido DISSECAÇÃO ELETIVA DE LINFONODOS. Pacientes rom
como o pri meiro linfonodo na cadeia linfática que drena a le.o;;ão linfonodos clinicam ente a umentados e sem evidência de doença
e é o qu e apresen ta o maior risco para o desenvolvimento de distante devem ser submetidos à dissecação completa de linfon o·
metástase. Apesar de nen h um benefício de sobrevida te r sido dos. O valo r da dissecaç.'ío eletiva dos linfon od<>-• para outros pa.
comprovado para o procedimento, a informação de estadiamento cientes ain da não foi definido. Ensaios cinírgicos randomizados
é útil para identificar paciente.s qu e po..-.sam beneficiar-se de outras não conseguiram definir um papel para a dissernç.ão eletiva de
cirurgias o u terapias adjuvantes. linfonodos em pacientes com linfonodos clinicamente negativos.
lndicação.A b iopsia do LNS é apropriada para mela nomas com Investigação diagnóstica inicial
mais de 1,0 mm de profundidade e parn tumo res medindo 1 mm
ou menos na presença de オj」・イ。Nセッ@ histológica efou uma classifi. Estudos de imagem de rotina, incluindo radiografia do tórax e
cação de Clark em nível 4 ou mais. A b iopsia do LNS não é apro. he mogram a completo, têm valor limit.1do, se tiverem algum, n a
priada para melanomas de nível de Clark 2 ou 3 não u lcerados ゥョ カ・ウエゥァ。Nセッ@ inicial de pacientes 。ウNセゥョエッ ュ £エゥ」ッウ@ com m elanomas
com 0,75 mm ou menos de profundidade e é incerta em tumores cutâneos primários com 4 mm ou menos de espessura. Por ou tro
de 0,76 a 1,0 mm de profundidade, a menos q ue estejam ulcera. lado, イ・NセオャエQ 、 ッウ@ n egativos podem aliviar a ansiedade do paciente.
dos ou em um nível de Clark 4 o u maior. A.o:. indicações para estudo..., de imagem inidais e hem ograma com-
p leto são mais adequ adamente direcionadas com base em acha-
dos de u ma história médica completa e um exame físico com.
p leto (Tabela 22-8).
874
Capítulo
'
Ne9os e Melanoma Maligno
ESTADIAMENTO PATOLÓGICO DE
LINFONODOS
O número de Jinfonodos é o aspecto mais imporunte. seguido
pela carga tumoral dentro do linfonodo. Se um Jinfonodo esti\u
envolvido, a classificação é N1 ; .e 2 ou 3 linfonodos estiverem
envolvidos, a classificação é N2; e se quatrO ou mais Linfonodos
ュ・エ。ウ£ゥ」ッセ@ linfonodO$ emaranhados e me.tástases em trânsito
ou satélites com nodo(s) metastático(s) estiVttCm envol.ndos, a
classificação é N3.
ünfonodos com doença identificada por imunocoloraçéks
apenas e não vistos com coloraÇio de he,m atoxilina·eosina são
considerados NO. Uma designação especial de NO (positiva em
termos im uno istoquímicos) é usada.
8 75
Dermato logia Cllnica
Tabela 22-5 Classificação TNM para Melanoma: American Joint Committe on cancer, 2002
De 1 C/in Onco/1 9(1 6):3635-3648, 2001; Final Version of lhe American Joint Committee on Cancer Staging System for Cutaneous Mela-
noma. PMID: 11504745
*Micrometâstases sao diagnosticadas após linfadenectomia eletiva ou sentinela.
tMacromE!tástases são definidas como metâstases nodulares clinicamente detectáveis, confirmadas por linfadenectomia terapêutica ou
quando a metástase nodular exibe extensão de crescimento extracapsular.
876
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Tabela R セ@ Definições de Estadiamento de Melanoma da 6, Edição do AJCC Cancer Staging Manual. 2002
Estágio Classif icação Definição
Estágio 1: O câncer em estágio I é diagnosticado em pacientes que têm lesões primárias com 1 mm ou menos de
espessura sem evidências de metástase.
Estágio IA Tia NO MO As lesões primárias medem 1 mm ou menos em espessura, não apresentam ulceração e não inva-
dem a derme reticular ou a gordura subcutânea (nível de Clark < IV ou V).
Estágio IB Tlb ou T2a NO MO As lesões primárias medem 1 mm ou menos em espessura e apresentam ulceração ou invasão no
nível de Clark IV ou V (Tib) ou pacientes cujas lesões primárias meçam 1,01·2,0 mm em espessura
sem ulceração.
Estágio 11: O câncer em estágio 11 é diagnosticado em pacientes que têm lesões primárias mais espessas sem evi-
dências de metástase.
Estágio liA T2b ou T3a NO MO As lesões primárias medem 1,01-2,00 em espessura e apresentam ulceração (T2b), ou pacientes
cujas lesões primárias sejam 2,01-4,00 mm espessas sem ulceração (T3a).
Estágio IIB T3b ou T4a NO MO As lesões primárias medem 2,01-4,00 em espessura e apresentam ulcerações (T3b), ou pacientes
cujas lesões tenham espessura acima de 4,00 mm sem ulceração (T4a).
Estágio IIC T4b NO MO As lesões primárias medem mais de 4,0 mm em espessura e apresentam ulceração.
Estágio 111: O câncer em estágio 111 é diagnosticado quando o melanoma se espalha para os linfonodos regionais
e/ou uma metástase em trânsito ou satélite está presente.
Estágio T1-4a Nl a ou N2a MO As lesões primárias são de qualquer profundidade sem ulceração e 1 a 3 linfonodos estão envolvi-
IIIA dos com doença microscópica descoberta depois de uma linfadenectomia eletiva ou do linfonodo
sentinela.
Estágio T1-4b N1a ou N2a MO, As lesões primárias são de qualquer profundidade com ulceração e 1 a 3 linfonodos estão envolvi-
IIIB T1-4a Nl b ou N2b MO, dos com doença microscópica. Ou
ou T1 -4a/b N2c MO
Pacientes cujas lesões primárias sejam de qualquer profundidade sem ulceração e que tenham 1 a
3 linfonodos envolvidos com doença macroscópica descoberta ao exame clínico e confirmada por
linfadenectomia terapêutica ou quando a metãstase nodal exibe extensão extracapsular franca. ou
Pacientes cujas lesões primárias sejam de qualquer profundidade com ou sem ulceração e com
metástases em trânsito ou satélites sem a presença de linfonodos metastáticos.
Estágio T1-4b N1b MO. T1-4b Lesões primárias são de qualquer profundidade com ulceração e 1 a 3 linfonodos estão macrosco-
111( N2b MO, ou qualquer T picamente envolvidos (N 1b ou N2b). Ou
N3 MO
Pacientes com qualquer profundidade de tumor com ou sem ulceração e 4 ou mais linfonodos
metastáticos, linfonodos emaranhados ou metástases em trânsito ou satélites com a presença de
linfonodo(s) metastático(s) (N3).
Estágio IV: O câncer em estágio IV é diagnosticado quando o melanoma se espalha para locais distantes. induindo
a pele. tecidos subcutâneos. linfonodos e órgãos. Os três níveis de divisão da doença de estágio IV baseiam-se no
status M.
M1a (qualquer T, N) Qualquer profundidade de tumor. com ou sem ulceração, com ou sem envolvimento nodal e com
metástases distantes limitadas a pele distante, tecido subcutâneo ou linfonodos e um nível de lac-
tato desidrogenase (LDH) normal.
M1b (qualquer T, N) Inclui pacientes com esses mesmos critérios. mas que também apresentam metãstase para os pul-
mões e um nível de LDH normal.
M1c (qualquer T, N) Inclui pacientes com esses mesmos critérios. mas que também apresentam metãstase para qual-
quer outro local visceral e um nível de LDH normal, ou qualquer paciente com metãstase distante
a despeito do local, mas com um nível de LDH elevado.
877
Dermatologia Cllnica
Profundidade de
Breslow Radiografia do tórax (RXT)/
(mm) História e exame físico Estudos laboratoriais
Estágio I (A e B) A cada 3-4 meses por I ano, a cada 6 meses por 2 anos e Nao
depois anualmente até o ano 5; anualmente depois, con-
forme indicado clinicamente
Estágio 11 (A, B, C) A cada 3-4 meses pelos anos 1-3. a cada 6 meses pelos anos CBC, painel bioquímico e LDH
4 e 5, e depois anualmente, conforme clinicamente indicado
Estágio 111 (A, B e C) A cada 3-4 meses pelos anos 1-3. a cada 6 meses pelos anos CBC, painel bioquímico, LDH; exames de ima-
4 e 5, e depois anualmente, conforme clinicamente indicado gem, conforme indicado
Estágio IV A cada 3-4 meses CBC, painel bioquímico, LDH; exames de ima-
gem conforme indicado
878
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
CONDUTA NO MELANOMA
Lesão pigmentada
clinicamente suspeita
Biopsia
Exame ffsico dos
Extirpar com margens
linfonodos
econômicas (2·3 mm)
Laudo patológico
< 1,0 mm sem ulceração
I
Linfonodos clinicamente aumenlados
Nfvel de Clark 4 ou maisr
descreve a profundidade ou
ou
de Breslow (mm) e a Maaometástases comprovadas
< 1,0 com ulceração
presença ou ausência por biopsia de linfonodo
ou
de ulceração
1,1-4,0 mm
!
Excisão ampla do
Obtenção de amostra Micro- Dissecação
local da biopsia
do linfonodo sentinela ,_metástases-.. de linfonodo
(veja margens na Tabela 22-9)
Estadiamento
Figura 22-45
879
Dermatologia CHnica
DERMATOSCOPIA
Etapa 1
Lesão cut:Jnea pigmentada
Determine se a lesão é melanocftica
ou não melanodtica
Glóbulos agregados
Rede pigmentar
Estrias ramificadas
Etapa 2 Areas
Diferenciação entre 。コオ ャ セ 。 」ゥ ・ ョコ ョエ。、 ウ@ 1--->1 Nevo azul
lesões melanociticas homogêneas .__ _ _ _ _ __,
benignas e melanoma
Bordas serrilhadas
Padrão de impressão digital
Rede pigmentar Aberturas em padrão de comedões Lentigo solar ou
Examine aspectos globais
Queratose seborreica
Cistos em padrão miliário
Aparência global:
Fissuras
Cor
Ordem arquitetura I
Simetria de padrão
Homogeneidade Lagos vermelhos ou 1--->1 Hemangioma ou
arroxeados a pretos Angioceratoma
880
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Carcinoma basocelular
Áreas ·em folhas" e ninhos vasos ramificados - Áreas em raio de roda - pro· Grandes ninhos ovoides em um carci-
azuis (extensões bulbosas telangiectasia com ramificaÇllo jeções radiais, geralmente be- noma basocelular pigmentado
cinza-azuladas formando um "arboriforme• distinta ges, convergindo em um eixo
padrao folheado) ou área pig- central
mentada
Angioma
Lacunas arroxeadas Áreas イ オ 「イッ ᄋ ョセイ。ウ@ homogêneas
'
em um esporao preto
Cortesia de www.Dermoscopy.org.
881
Dermatologia Cllnica
Nevos de Spitz ViS1os principalmente em crian· lisos, abaulados, telangiectasias 1. Padrão estelar (50% dos casos) - centro
ças. Pápulas firmes, redondas, variáveis e cor uniforme (geral· deseS1ruturado preto-azul-esbranquiçado cer·
de 2·8 mm. A face é a localiza· mente rosados ou caS1anhos a cado por uma rede espessa que termina
çâo mais comum. marrom-daros) abruptamente na periferia. Estrias pigmenta·
das irradiam-se da periferia. Padrão se me·
lhante ao de uma explosao eS1elar.
2. Padrão globular (25% dos casos) - diS1ri·
buiçâo uniforme de glóbulos e pontos na lesão
inteira ou glóbulos na periferia cercando um
núcleo marrom a azul-acinzentado.
Nevos azuis Pá pulas abauladas, de cinza-ardó- Pigmentação azul diS1ribuída por toda a lesão.
si a difuso a azul Nenhum glóbulo, ponto ou rede (porque o
pigmento localiza-se na derme).
Halos nevos Vários podem estar presentes. O Zona de hipopigmentaçâo ao re- O nevo central é marrom-d aro e deseS1rutu·
nevo central pode desaparecer. dor de neoplasma melanodtico rado. Pontos e glóbulos ocasionais.
PoS1eriormente, o halo pode de-
saparecer.
lentigo e E!félides Redes pigmentadas, geralmente com linhas re·
ticulares.
lentigo em pa· Tem uma rede escura (quase preta) irregular,
dráo "mancha com variação marcante na espessura das li·
de tinta" nhas.
Oermatofibromas Geralmente têm um anel plano de rede leve·
mente pigmentada ao redor de uma pápula hi·
popigmentada central.
Adaptado de Rao BK, Wang SQ, Murphy FP: Derm Clin 19:269, 2001 .
882
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Nevo composto
Outros aspectos
Diagnóstico Padrões globais Aspectos locais específicos locais Aspectos de confusão
Melanoma Multicomponentes, Rede pigmentar atípica, pontos/ Áreas hipopigmentadas, Padrão homogêneo ou estelar,
reticular, globular, glóbulos irregulares, estrias irregu- vasos em grampo, gló- rede pigmentar tipica, pontos/
cristas paralelas, lares, véu azul-esbranquiçado, pig- bulos vermelhos glóbulos regulares, estrias regu-
inespecíficos mentação irregular, estruturas de lares, cistos em padrão miliário
regressao. vasos irregulares ponti-
lhados ou lineares
Nevo de Clark Reticular, globular, Rede pigmentar típica, pontos/gló- Estrias regulares, estru- Padrão de muhicomponentes,
homogêneo bulos regulares, pigmentação loca- turas de regressão rede pigmentar atípica, pon-
lizada ou difusa regular, áreas hi- tos/glóbulos irregulares, estrias
popigmentadas irregulares, pigmentação irre-
guiar, vasos pontilhados
Nevos de Unna Globular, com pa- Pontos/glóbulos regulares, estrutu- Aberturas em padrão de Padrão de muhicomponentes;
e Miescher drão em pedra de ras papilares exofíticas, pseudor- comedões, cistos em pigmentação irregular
calçamento, reticu- rede típica, vasos angulados padrão de milius
lar, homogêneo.
inespecífico
Nevos de Reed Padrão estelar, glo- Estrias regulares, pigmentação di- Vasos potilhados, rede Padrão reticular; rede pigmen-
e Spitz bular, multicompo- lusa regular, véu azul-esbranqui- pigmentar típica tar atípica, pontos/glóbulos ir-
nentes çado, pontos/glóbulos regulares regulares, estrias irregulares,
pigmentação irregular
Nevo recidivante Multicomponentes, Pigmentação irregular, estrias irre- Rede pigmentar atípica, Todos os aspectos locais men-
homogêneo. inespe- guiares, áreas brancas glóbulos/pontos irregu- cionados nessa fileira são en-
cíftco lares centrados comumente no me-
lanoma
Nevo azul Homogêneo Pigmentação difusa regular Áreas hipopigmentadas Pigmentação difusa irregular,
vasos ramificados
Nevo congênito Multicomponentes, Pontos/glóbulos regulares, rede Cistos tipo milium, Pigmentação irregular locali-
pavimentado, globu- pigmentar típica, hipopigmentação aberturas em padrão de zada, estruturas de regressão
lar, reticular multifocal localizada, pigmentação comedões, estruturas
regular papilares exofíticas
Nevocombi- Multicomponentes, Rede pigmentar regular, pontos/ Áreas hipopigmentadas, Rede pigmentar atípica, pig-
nado homogêneo. globu- glóbulos regulares, pigmentação estruturas papilares exo- mentação irregular localizada
lar, reticular regular localizada fíticas ou difusa
Lentigo Reticular Rede pigmentar típica ou pseudor- Cistos tipo milium, pon- Rede pigmentar atípica, pig-
rede, pigmentação difusa regular tos/glóbulos regulares mentação irregular
Melanose labial lnespecífico, paralelo Pigmentação difusa regular, rede Estrias regulares Rede pigmentar atípica, pig-
e genital pigmentar típica mentação irregular
Carcinoma ba- lnespecífico, multi- Áreas em folhas, pontos/glóbulos Cistos em padrão miliá- Pigmentação cinza-azulada ir-
socelular componentes, irre- azul-adnzentados, vasos ramijicados rio, vasos em formato regular
guiar de grampo para cabelos
Queratose se- lnespecífico, globu- Cistos em padrão miliário, abertu- Rede pigmentar típica, Padrão de muhicomponentes;
borreica lar, reticular, homo- ras em padrão de comedóes, es- áreas hipopigmentadas, pigmentação irregular, estrutu-
gêneo truturas papilares exofíticas, pig- vasos pontilhados, giros ras de regressão, pontoslgló-
mentação difusa regular, vasos em e sulcos, massas projeta- bulos irregulares
formato de grampo para cabelos das branco-amareladas
Lesões vascula- Lacunares, globula- Lacunas vermelhas, pigmentação Padrão paralelo, pontos/ Padrão de muhicomponentes;
res res, homogêneas rubro-negra a azulada desestrutu- glóbulos regulares, pontos/glóbulos irregulares,
rada localizada ou difusa áreas queratóticas véu esbranquiçado
branco-amareladas
Dermatofibroma Reticular, inespecí- Rede pigmentar anular, placa Pigmentação localizada Áreas brancas irregulares
fico, multicompo- branca central ou formação de crosta,
nentes pontos/glóbulos regula-
res, eritema
Adaptado de: www.dermoscopy.org and Derrn C/in19:269, 2001.
884
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Pigmentação difusa ou borrões Forma irregular, áreas marrom-escuras ou pretas Áreas onde existe melanina em todos os níveis
de pigmentação de tamanhos diversos; algumas da epiderme e/ou derme superior
parecem •manchas de tinta"
Glóbulos marrons Estruturas pigmentadas circulares a ovais Ninhos de melanócitos ou melanófagos na jun-
ção dermoepidénnica ou na derme superior
Pontos escuros Bem-delimitados e redondos; tamanhos variá- Acúmulo focal de melanina no estrato córneo
veis, mas geralmente bem pequenos
Áreas despigmentadas ou hipopig- Zonas de pigmentação relativamente mais clara Áreas focais da epiderme que oontêm menos me-
mentadas lanina ou uma epiderme relativamente afinada
onde telangiectasias são muitas vezes nítidas
Áreas brancas Essas áreas não contêm pigmento; áreas de •re- Zonas sem melanina na epiderme e na denne;
gressao• em melanomas áreas de fibroplasia e telangiectasias
Áreas cinza-azuladas Irregulares, confluentes, pigmentação difusa Fibrose e melanófagos ou melanócitos de local i-
cinza-azulada a azul-esbranquiçado zação na derme reticular média; a melanina na
derme mais profunda causa a tonalidade azul
Pseudópodes de tendência radial Faixas lineares marrons a pretas irradiam-se da Ninhos arranjados em raios; ninhos juncionais
borda de uma lesão pigmentada para a pele ao pigmentados confluentes na periferia
redor; também vistos em áreas centrais de me-
lanomas levemente pigmentados; os pseudópo-
des sao extensões curvadas
Cistos tipo milium (pseudocistos) Estruturas redondas brancas ou pretas inseridas Glóbulos projetados intraepidérmicos sob a su-
em uma queratose seborreica ou em um nevo perfície
dérmico papilomatoso
Aberturas em padrão de comedões Estruturas brancas ou pretas projetando-se da Glóbulos projetados intraepidérmicos atingindo
superfície de uma queratose seborreica ou de a superfície; tampões de queratina em óstios
um nevo dérmico papilomatoso acessórios
Telangiectasia Pequenas faixas capilares vermelhas Vasos dilatados na derme papilar
Áreas vermelho-azuladas Glóbulos redondos vermelhos Espaços vasculares dilatados na derme papilar
em hemangiomas ou angioqueratomas
Áreas em folhas Parüculas de pigmento em uma pápula branca Apinhamentos pigmentados em um carcinoma
perolada basocelular
Placa branca central cicatricial + rede Dermatofibroma Hiperplasia epidérmica e pigmento na camada
pigmentar delicada na periferia basal
Adaptado de Bahmer F et ai: J Am Acad Oenmato/23:1159, 1990.
nevos juncionais diminui e afina gradualmente na periferia. O a espessura de Breslow au menta, a rede p igmentar tende a setor-
padrão tipico em .o-favo de mel 11 da rede p igmen tar no tro nco e nas nar mais variável em tennos de espessu ra e densidade da cor. aNセ@
extremidades proximais resulta da pigmentaç.;o ao longo das linhas tomam -se finas e escuras. Rias também se tomam mais
cristas epiteliais. Os padrões pseudorretirulados na face, nas paJ. escuras perto da periferia. Essas alterações resultam de cristas ・ーゥ セ@
mas e nas p lantas resultam do p igmen to jundonal delineando teliais pigmentadas amplas e rasas. Pseudópodes e uma tendência
folículos pilosos, glândulas sebáceas e dutos écrinos. O pigmento radial ocorrem na margem de uma região de rede espessa e esru-
nas palmas e nas planta..-. deJineia marcações rutâneas lineares ao recida na periferia.
longo ou atravé.-. dos su lcos cutfineos, resultando em padrão para- Muitas lesões não exibirão as características dennatoscópicas
lelo, entrelaçado ou 6brilar. Melanomas em crescimento distor- clássicas de melanoma. eN⦅セ@ grupo mal definido de po.....-.íveis mela-
cem a anatomia cutfinea n onnal e causam variação nos padrões nomas iniciais incluirá muitos nevos atípioos. O julgam ento clínico
de pigmentação e nas estruturas. aセ@ rede.-. nos meJanomas são usando todas as informações d isponíveis deve ser usado para se
variáveis. MeJanomas finos e melanomas in situ podem exibir decidir por extirpar ou observar a lesão. O nú mero totaJ de lesões,
apenas mudanças de p igmentação m uito sutis. O espessamen to e h istória de melanoma, história familiar, locaJ anatômico e ュ ッイ「ゥ セ@
o escurecimento das linhas da rede pigmentar podem ser vistos dade cinírgica como cicatrização s.1o fatore.'i a serem considerados
perto da periferia em lesões em e.-.tágio mais inicial. À medida que antes de se tomar u ma decisão final de administração.
885
Dermatologia CHnica
Adaptado de Argenziano G et ai: Arch Dermato/ 134: 1563, 1998; Consensus NE!t Mel!ling on Dermoscopy (CNMD), 2000 (sob a consult oria
da European Society of Dennato-Oncology). PMID: 9875194
886
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Tabela 22-13 Critérios Dermatoscópicos Especificas do Melanoma para Análise de Padrões - cont.
Estruturas de regressão Áreas brancas (áreas dcatriciais Derme papilar espessada com fi-
brancas) e áreas azuis (pontos cinza- brose e/ou quantidades variáveis de
azulados) podem estar assodadas. melanófagos.
formando, assim, áreas ·azul-es-
branquiçadas• praticamente indis-
tintas do véu azul-esbranquiçado
887
Dermatologia Cllnica
888
n・セッウ@ e Melanoma Maligno Capítulo 122 1
Pigmentação Definição
Hiperpigmentado central Área hiperpigmentada (significativamente mais escura que a lesão
inteira) cercada por partes mais daras da lesão
Hiperpigmentado periférico excêntrico Área hiperpigmentada (significativamente mais escura que a lesão
inteira) atingindo uma parte da borda da lesão
Hipopigmentado central Área hipopigmentada (significativamente mais clara que a lesão in-
teira) cercada por partes mais escuras da lesão
Hipopigmentado periférico excêntrico Area hipopigmentada (significativamente mais clara que a lesão in-
teira) atingindo uma parte da borda da lesão
Hiperpigmentado ou hipopigmentado multifocal DistribuiÇ3o irregular de áreas hiperpigmentadas e hipopigmentadas
Adaptado de Hofmann-Wellenhof R, Blum A, Wolf IH et ai: Arch Dermato/ 137:1575, 2001. PMID: 11735707
-----
889
Dermato logia Cllnica
890
I 23 I
Tumores Vasculares e Malformações
891
Dermatologia CHnica
Hemangiomas da infânda
• Superficial (morango)
• Profundo (cavernoso)
• Misto (envolve a derme e subcútis)
Malformações
• Mancha salmao
• Nevo flâmeo
Síndromes
• Síndrome de Sturge-Weber
• Síndrome de Cobb
• Síndrome de Klippei-Trénaunay
• Síndrome de Maffucci
Outras malfonnaçóes arteriovenosas
Hemangiomas da infância
Os hemangiomas da infância são neoplasias benignas que resul- Figura 23-1 Hemangioma da infância. A lesão nodular é
tam da rápida proliferação de células endoteliais. Após uma fase superficial, profunda ou mista. Esta lesão tem um compo-
inidaJ proliferntiva, muitas pa..-.sam por completa regre.-.são com nente peduncular superficial e profundo.
6brose. A cor depende de sua localização. Os hemangiomas que
envolvem a derme papilar (hemangiomas superficiais em mo-
rango) são vermelhos; aqueles na derme reticuJar e na gordura
subcutânea são azuis ou incolores (hemangiomas cavernoso..,,
profundos) (Fig. 23-1). Todos têm os mesmos componentes vas-
cuJares e histopatologia. Os hemangiomas precoces são altamente
celuJares, e vários mastócitos estão presentes no estroma. Os lu-
mens são mais óbvios e maiore.-. à medida que as lesões amadu-
recem. Os espaços vasculares podem ter rnrncterístic.as de capila-
res, vênulas e arteríolas. A 6brose intersticiaJ progre.-.siva ocorre
durante a regressão. Púrpura trombocitopênica e a coagulopatia
crônica de consumo que complicam os grandes hemangiomas
são chamados de síndrome de Kasabach-Merritt.
HEMANGIOMAS SUPERFICIAIS
Os hemangiomas superficiais (morango) podem estar presentes
ao nascimento, mas com mais frequência surgem dentre das pri-
meiras duas semanas de vida em 1O/o a 30/o das crianças; a raL1o
mulher-homem é de 3:1. Muitas crianças têm somente um, mas
15% a 200A, têm vários. A maioria é pequeno, marcas inofensivas
de nascimento que proliferam por 8 a 18 meses, então regridem
lentamente ao longo dos 5 a 8 anos seguintes e deixam urna peJe
nonnal ou levemente manchada. Eles consistem em uma coleção
de vasos dilatados na denne rodeados por massas de células en-
Figura 23-2 Hemangioma da infância. Uma lesão segmen-
doteliais em proliferação. Essas células são responsáveis pela ca- tar com características do tipo plaquetas e uma distribuição
racterística única de crescimento. A.o:. lesões começam como mas- do tipo dermatomal. Esse tipo frequentemente envolve uma
sas nodulares ou como máculas teJangiectáticas, achatadas, mal área anatômica mais ampla do que as lesões arredondadas e
definidas e que são confundidas com hematomas. Os hemangio- localizadas.
892
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 123 1
CONTROLE
Não intervenção. As lesões relativ.Jmente pequenas e indo-
lentes devem permanecer intatas se elas e.ortiverem regredindo es-
pontaneamente. Na maioria dos casos, o resultado é muito satis-
futório. Os pacientes devem ser regularmente vistos para tranquilizar
os pais e para monitorar o crescimento ( mensurações, fotogra-
fias). Pequenas áreas de sangrnmento e ulceração são tratadas
com compressas úmidas e frias. As lesões com prejuízo funcional,
ulceração profunda ou infecção, necessitam de tratamento. As le-
sões faciais necessitam de tratamento. A.o:. lesões faciais que pos-
suem um problema cosmético também são consideradas para o
tratamento. Ultrassom, radiografia ou imagem por ressonância
magnética são realizados em crianças com múltiplos hemangio-
mas cut.1neos para descartar envolvimento viscernl.
893
Dermatologia Cllnica
Laríngea e subglótica Pode causar estridor, tosse persistente, rouquidão, desconforto respiratório ou cianose; muitas crianças irao se
apresentar com sintomas respiratórios entre 6 e 12 semanas de vida. Radiografias, scan de RMN ou visualização
laringoscópica definem a extensão.
Infecção. Antibióticos sistêmicos ( c.efàlosporinas de primeira velmente são inadequ.1dos. Ocasionalmente,. doses mais altas e
geração) são usados com frequência. tratam ento mais longo podem ser necessários. Um segundo rurso
de trat.1mento é feito para recorrências. As lesões que não regri-
Corticosteroides. lesôe< com crescimento rápido ou aquelas dem ao final da infância podem ser avaliadas para uma ex:cisão
que têm potendal parn interferir em estruturas vitais, como os cinírgica.
olhos, canal auditivo e vias aéreas, ou aquelas que ameaçam pro·
duzir uma des6guração permanente devem ser tratadas inicial- Esteroides intralesionais. Os esteroides intrnlesionais (triam-
mente com prednisona administrada em duas doses ao dia. A fase cinolona 10 a 20 mg/ml, com uma dose m áxima de 3 a 5 mg/kg
proliferntiva é inibida e o hemangioma encolhe. O tratamento por procedimento) são utilizados para lesÕe.'i em rápida expansão
deve ser mantido até que o cre.'icimento cesse ou o hemangioma e ulcerada..-.. Injeções múltiplas dentro do tumor são utilizadas e o
diminua de tamanho. A maioria das lesões est.1biliza e regride procedimento pode ser repetido poucas vezes em intervalos de
acentuadamente em 2 a 4 semanas. A prednisona pode então ser quatro a oito semanas. Os hemangiomas periorbitais foram asso-
administrada em uma dose única pela manhã em esquema de ciados a complicações oft.ilmirns em 400/o a 80% do.'i casos. Estra-
dias alternados por poucas semanas e ent.1o descontinuada. O bismo e ambliopia são os mais comuns. Os estero ides intraJesio-
ritmo de redução depende de vários fàto res (a idade da criança, a nais são frequentemente usados pelos oftalmologistas para tratar
indicaç.âo para o エイ。 ュ・ョ エッセ@ quaisquer efeitos tóxicos e qualquer as lesões que não respondem aos estero ides orais (Quadro 23-2).
crescimento rebote). A administração oral de prednisona ou pred- Na maioria dos casos, a resposta clínica é vista no prazo de 1 a 3
nisolona (2 a 3 mg/kg/dia) administradas por uma média de 1,8 dias. A primeira mudança é um dareamento do padrão vasrular,
mês antes do início do des·m ame gradual tem uma resposta de seguida por uma rápida regressão no tam anho da massa. A invo-
84% na estabilização ou redução dos hemangiomas cutâneos. lução é mais rápida na pri meira ou segunda semana após o trata-
Uma vez que cerca de 400/o dos pacientes relataram recidiva mento. A oclusão retiniana é um risco potencial. A cirurgia é
com a reduçâo1 rursos breves de 2 a 3 semanas de duração prova- usada para lesões que não respondem aos corticosteroides.
894
Tumo res Vascul ares e Malformações Capítulo 123 1
Quadro 23-2 Gula para o Uso de Esteroides lntraleslonals Não existe restrição de idade para o tratam ento com o laser de
nos Hemangiomas Periorbitais pigmento pulsado; mesmo criança..-. prematuras podem se su bme-
ter com segurança à terapia. A coagulação superficial com laser de
Avaliação argônio e a coagulação profunda com laser Nd:YAC est.1o associa-
História e exame físico das a cicatrize.., significativas e geralmente não são usados.
Tomografia computadorizada
Evitar imunizaçao com vacinas com vírus vivos lmiquimode tópico. O crem e de imiq uimode foi utilizado
Anestésicos gerais, curta aç!lo, leves para tratar os hemangiomas infantis na fase proliferativa. O creme
Agente farmacológico foi aplicado três vezes por semana por 4 semanas. Por cau.-.a da
inflamação com erite.ma e crostas, um periodo de repouso de 2
Triamcinolona 1O a 20 mg/ml , com uma injeç!lo máxima de 3 a 5
mg!kg por procedimento semanas foi prescrito. Uma redução acentuada da inflamação e
do tamanho foi observada. O tratamento foi reiniciado e continu-
Procediment o ado por mais 2 semanas. A regressão completa foi observada 4
Abordagem anterior ãs pálpebras é preferida semanas depois.
Múltiplos locais de injeç!lo: alíquota de O, 1 ml
Aspirar antes da injeçao (agulhas de calibre 27 ou 30) Cirurgia. Os prós e contras de uma abordagem cirúrgica preci-
Pressão digital é então aplicada para evitar hematomas sam ser considerados porque a cicatriz pode ser pior que os re-
Repetir até três vezes em intervalos de 8 semanas ou até que a sult.1dos da regressão e.'ipontânea. A maioria dos hemangiomas
regressi!o tenha cessado é controlada com medicamentos. A correção estética pode ser
ret.1 rdada até o período após a involuç.1o na idade de 8 a 10 anos
para corrigir a cicatriz residual ou para remover o tecido fibra-
gorduroso. A cirurgia excisional precoce é indicada para heman-
giomas que colocam a função ou a vida em risco, nos q uais a
farmacoterapia não é efetiva ou to lerada. Reavalie em tomo dos
4 anos de idade. Considere a cirurgia de um hemangioma que
Lasers. O laser de pigmento pulsado (com lâmpada de flash) causa cicatriz o u regride muito lentamente. Questões psicosso-
específico para vasos é o tratamento de escolha para os hemangio- ciais são uma preocupaç.1o. A cirurgia pode produzir uma apa-
mas cut.1neos superficiais em locais de prejuízo funcional em rência mais normal e preservar a autoestima. A cirurgia precoce
potencial e na face. A luz am arela do laser é absonrida pela hemo- é considerada para crianças com hemangiomas cutâneos o u
globina. PuJsos autos são usados de modo que somente os vasos-. mucosas de cabeça ou pescoço, m uito grandes ou mistos (sub-
alvo são aquecidos sem afetar o tecido vizinho. Os hemangiomas cutâneo e cutflneo), em que cicatrizes irreversíveis ou inestética
com componente profundo não respo ndem ao tratamento por- são previsíveis.
que o efeito do laser pulsado em cor (LPC) é limitado pela pro-
fundidade da injúria v.Jscular (1,2 mm). Mesmo os hemangiomas lnterferon alfa-2b. O interferon alfà-2b (uma proteína an-
rnpilares totalmente su perficiais q ue possuem mais de 3 a 4 mm tiangiogênica) é uma opção para os hemangiomas resistentes a
em espessura respondem lenta e incompletamente após vários esteroide.-., que interferem nos ó rgãos ejou com risco à vida. Ele
tratam entos. interrompe lentam ente o crescimento dos hemangiomas e pode
Intervenções terapêuticas precoces podem não prevenir o cres-. resultar em uma taxa mais alta de redução que aquela vista com
cimento proliferativo do componente mais profundo ou subcutfi· corticosteroides. Injeções subrutâneas de 1 a 3 milhões de unida-
neo do hemangioma. Cuias para a recomendação da terapia a desjm2 po r d ia de interferon alfa-2b1 durante o primeiro mês e
laser incluem a localizaç.1o perio rificial e o potencial para prejuízo subsequentemente a cada 48 a 72 ho ras, dependendo da evolução
funcional, a uJceraç.1o o u localização sobre uma área de risco de cada rnso, fo ram usadas. O tratamento d ura de três a 12 meses.
aumentado de ulceração (tal como a região da fTalda) e as áreas A redução no volume e a re.mis.-.ão de suas complicações ocorrem .
anatômicas nas quais existe uma preorupação com desfiguração A terapia geralmente é bem tolerada em crianç.'ls. Os efeitos cola-
cosmética. \...onsidere o tratam ento dos hemangiomas que não terais induem feb re, ョ・オエイッー ゥ 。セ@ um aumento nos níveis séricos
regridem até a idade escolar, para abrandar os problem as sociais de 。 ュゥ ョッエイ。ウヲ・セ@ e neurotoxicidade. Febre e mal-estar são tra-
em pacientes jovens. Os lasers de pigmento puJsados também são tados com acetaminofen. A ocorrência de diplegia espástirn foi
efetivos para a remoção de teleangiectasias residuais associadas à relatada em 5 de 26 crianças tratadas com interferon alfu-2a. As
regressão. Pelo menos 75% dos paciente< podem alcançar 50% de mudanças neurológicas m elhoraram em dois ー。」ゥ・ョ エ ・ウセ@ mas nos
clareamento da lesão. As crianças podem ser mais responsivas que outros três paciente.-. a paralisia foi permanente. Por isso1 os espe-
adultos. Geralmente seis sessões de tratamento são necessárias; cialistas limit.'lm o uso do interfero n-aJfu àquelas crianças com
novos tratamentos são frequentemente benéficos. A redução da hemangiomas com risco de vida ou com fu nção severamente
le.-.ão pode ser significante. ameaçada e que falharam em responder a uma terapia com este-
A dor é intolerável para crianças. Ane.rtesia tópica ou geral é roide. Níveis dimi nuídos de fu tor de crescimento de fibroblasto
necessária. O escurecimento imediato da pele é serundário a um básico urinário (hFGF) se correlacionam com a evolução do he-
coágulo intravasa.dar. O escureci mento resolve-se em 1 a 2 sema· mangioma. Pacientes que recebem interferon alfu-b e prednisona
nas. O registro de seguranç.'l é excelente. Cicatrizes, atrofia fibrosa, parecem melhorar mais rapidamente. E.\'tUdos de imagem e níveis
、 ・ーイウNセッ@ rutânea e mudanças pigmentares se desenvolvem em urinários (bFCF) são usados para monitorar a resposta ao trata-
cerca de 1o/o dos pacientes. mento.
895
Dermatologia CHnlca
896
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 123 1
897
Dermatologia CHn ica
Figura 23-8 Nevo flâmeo. Uma extensa ャ ・ウセッ@ com uma su-
perfície relativamente lisa.
898
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 123 1
MALFORMAÇÕES VASCULARES
Figura 23-9 Nevo flâmeo. A superfície das lesões varia de lisa a pa-
pular. Esta lesão tem uma superfície papular de cor púrpura distinta.
899
Dermatologia Cllnica
Idade de início Crianças ou adolescentes Cerca de 66% presentes com heman- Criança
gioma ao nascimento
Lesão de pele Coloração vinho do Porto ou Angioma capilar ipsilateral ou colora- Telangiectasia (pele e membranas mu-
angioqueratomas em distribuiçao ção vinho do Pono em distribuição cosas)•
dermatomal correspondendo nos ramos superior e médio do nervo
dentro do segmento ou duas das trigeminal;* mudanças cavernosas as-
áreas de envolvimento da medula sociadas podem ocorrer
espinal*
Relação não consistente entre a ex-
tensão da lesao da pele e o grau de
envolvimento meníngeo.
Achados no SNC Angioma arteriovenoso ou venoso Angioma das meninges• Angiomas no cérebro ou medula espi-
da medula espinal* nal com sinais de tumor localizado
Calcificações giriformes intracranianas
Sinais neurológicos de compressão
ou anoxia da medula Retardo mental (60%)*
Epilepsia (normalmente focal)*
Hemiparesia contralateral às lesões de
pele*
Prejuízo visual (50% dos pacientes
têm uma ou mais anormalidades ocu-
lares)•
Achados Angioma de vértebra Angioma renal Anastomoses arteriovenosas
associados pulmonares
Angioma renal Coarctaçao da aorta
Hemorragia das lesões na boca. trato Gl
Cifoescoliose Palato arqueado, alto e trato GU e anemia associada
Orelhas anormalmente desenvolvidas
900
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 123 1
Angioqueratomas pequenos agrupados (si- Telangiectasia (aumentada em áreas expostas Coloração vinho do Porto em alguns; a
métricos, mucosais, aumentados por sobre ao sol) maioria com nenhuma lesão cutânea
as proeminências ósseas)
Fatla de elasticidade Pontos ·café-com-leite"
Mancha palmar
Acidentes vasculares cerebrais Ataxia cerebelar progressiva (movimentos vo- Hemangioblastoma cerebelar e dsto•
luntários)•
Deposiçao de gliolipídeo neuronal (neurite Hemangioblastoma espinal (raramente)
periférica) Telangiectasia ocular (espalhamento do
Hemangiomas retinianos (emaranhado de
campo cantai)*
vasos longe do disco) •
Movimentos oculares peculiares (nistagmo,
controle deficiente)•
Retardo
Fala lenta disártrica
Reflexos reduzidos dos tendões
Postura inclinada Infecções sinopulmonares* Feocromodtoma
Membros finos; músculos finos, fracos Timo hipoplástico ou ausente Cistos pancreáticos
Vasos da conjuntiva e retina dilatados, Baço pequeno Angiomas hepáticos
tortuosos
Retardo no cresdmento Hipemefromas renais (20%)
Veias varicosas e edema por estase
Malignidades (sarcoma de célula reticular, Policitemia (substância eritropoética do
Pelos fadais escassos doença de Hodgkin, linfossarcoma, carci- rumor)
noma gástrico)
Hipogonadismo
Glicolipídios urinários (trihexoside ceramida) lgA diminuída ou ausente Hemograma (policitemia)
lâmpada de fenda Alfafetoproteína sérica aumentada Urinálise, urograma excretório
Biopsia- renal ou de medula (depósitos de Tomografia computadorizada
lipídios)
Imagem por ressonância magnética
Sintomático Controle das infecções Suporte
Infusões plasmáticas (lgA)
Transplante de timo
Fator de transferência
901
Dermato logia Cllnica
902
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 123 1
Alto risco
VI Completo, sozinho
V1 Completo e outra
localização facial
Nenhum risco
Vl sozinho
\f3 sozinho
VleV'
Figura 23-12 Há envolvimento parcial de V1 . O risco para Figura 23-13 Fatorações vinho do Porto na face e risco de
Sturge-Weber é baixo. síndrome de Sturge-Weber. (Adaptado de Enjolvas O, Riche
MC, Merland JJ; Pediatria 76: 48, 1985.)
Figura 23-15 Coloração vinho do Porto que envolve V2. Figura 23-16 Mancha salmão (mordida de cegonha). Uma
Não existem achados oculares ou do SNC da síndrom e de variant e do nevo flâmeo encontrado em muitos indivíduos na
Sturge-Weber. nuca.
903
Dermato logia CHnica
Angioqueratomas
Os angioqueratomas são lesões rnrncterizadas por dilatação dos
vasos sanguíneos dérmicos su pe.rficiais e hiperqueratose da derme
sobrejacente. O tenno é aplicado a q uatro diferentes ma lfo nna-
ções vasrulares. Os mais comuns são os angioqueratomas do es-
croto (pontos de Fordyce) ou da vulva (Fig. 23-18) caracterizados
Figura 23-17 Angioma cereja. Múltiplas pápulas pequenas Figura 23-18 Angioqueratomas (pontos de Fordyce). Múlti-
e vermelhas ocorrem comumente no tronco. plas pápulas vermelho-púrpura que consistem em múltiplos
pequenos vasos sanguíneos.
904
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 12 3 1
905
Dermatologia CHnica
906
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 123 1
Sarcoma de Kaposi
Os sarcomas de Kaposi (SK), ou sarcomas hemomígico.'i idiopáti·
cos múltiplos, são neoplasias vasrulare.-. q ue eram raramente vis-
L1S antes da era da AIDS. O SK pode ser dividido em cinoo sub-
grupos com base em critérios clínicos e epidemiológicos (Tabela
23-5). A incidência de malignidades secundárias (especialmente
neoplasias linforretirulare.-.) está aument.1da no sarcoma de Ka-
posi clássico e em pacientes q ue apresentam SK com AIDS. Os
sarcomas de Kaposi dássicos e os associado à AIDS são cau.o;;ados
pelo herpesvirus 8 (HHV-8).
Cutâneo linfadenopático
Clássico africano africano AIDS lmunossupressor
Epidemiologia Esporádico Endêmico Endêmico Endêmico Esporádico
(endêmico)
Idade (anos) UセWP@ < 10, > 20 < 10 25-42 20-80
Idade média 68 35 < 10 35 -
Razllo H:M 3:1 10-15:1 1-2:1 Homem, homossexual 10-1 7:1
Incidência 0,02 - O,Hl.85*·' 40%-70%, até 90% -
%cânceres 0,06 - 9 - -
diagnosticados
907
Dermatologia CHnica
SARCOMA DE KAPOSI AFRICANO endセmico @N o sar- contrário da forma dá.<Sica, ;u lesões frequentemente são multifo-
coma de Kaposi em pacientes tanto positivos quanto negativos cais e disseminadas quando primeiramente deteaadas. Elas são
para o HIV to tumor de maior ororrênáa na Áfria Central. Ele é mais comumente encontradas no tronco e nas áreas da cabeça e
resporuável por até 50% dos tumores relatados em homeru em pescoço. As membranas mucosas estão envolvidas. lrtiáalmente.
alguns palsa Existem duas formas: rutânea e linfilrica. Ambas são as lesões formam infiltrados levemente elevados, ovais ou donga-
rams em padentes entre 10 e 20 anos de idade. A fonna rutâne.a dos, pouco demarcados e cor de ferrugem. Uma rápida progressão
ocorre tipic..nmente em homens (idade média, 41 anos), com do- pam n ódulo.' ou p lacas verme.l has ou púrpuras podem se seguir
ença indolente e nódulos ou placas nos membros edematosos. O (Figs. 23-25 e 23-26). Eles podem parecer tecido de granulação,
e nvo lvimento sistêmico o u de ャゥョ ヲッョ、Nセ@ é incomum. A fonna dermatite de ・ウエ。 N Bセ@ grnnuloma piogên ico, hemangioma c.1pilar
linf:tdenopática agressiva é vista em c.rianças com men os de lO o u gmnuloma tricofitko de Majocchi . Mais de 50% dos pacientes
anos de idade. Na África Ocidental e na África Au."ral, o SK cons- têm linfade.nopatia generalizada ao primeiro exame. Eventual-
titui 25% a 50% dos s.arcomas de tecidos ュッャ・Nセ@ e.m crianças e 2% ュ・ョエセ@ a maioria dos pacientes desenvolve doença extrarutânea
• 10% de todos os cânceres em crianças. A• lesões cut.ineas po- (cavidade oral, trato gastrointesrinal IGil, pulmões e linfonodos)
dem vir à tona; o prognóstico é fraco. O SK endêmico responde à (Cap. 11 ). É importante tratar as lesões cutâneas por razões estéti-
radioterapia ou quimioterapia. A regressão completa (32%) ou cas. porqu e sua presença é uma lembrança constante de doença
paráal (54%) das lesões rutâneas foi alcançada rom radioterapia, fatal. A doença cut.inea limitada é tratada com gel de alitretinoína
que é o tratamento de escolha para essa doença. Hp。ョイエゥセ L@ vimbla.octina intralesional, radioterapia, terapia oom
laser ou crioterapia. A terapia antirretroviral ajuda a resolver a
SARCOMA DE KAPOSI ASSOCIADO À IMUNOSSU· imunossupressão e le:ntifica a progressão ou reduz o SK. A res-
PRESSÃO. O sarcoma de Kaposi se desenvolve em 0,1% a 5,3% posta é imprevisível e outrOS tratamentos são necessários. A respost•t
dos pacientes transplantados (especialmente em cenas grupos à radioterapia e quimioternpia é menor do que aqu ela observada
émicos); dos quais, 67% a 80% são homens. O intervalo médio noSK
entre o t:r.msplante de órgão e o diagnóstico de SK é de 30 me.,es.
Uma in fecçi!o primária pelo herpesvíru.< 8 transmitido pelo órgilo TRATAMENTO. O SK-ATDS n5o é curável. Os tratamentos do
エュョウーャセ、ッ@ é uma pos..'iível fo nte. Este tipo de SK é 。ァイ・ウNセィッ@ e SK não são espeáficos e d ependem da reconstituiç.1o do siste ma
envolve linfonodos, mucosa e órgãos viscernis em cerrn de soom imune e da administrnç3o ウゥセュ」。@ de agentes citotóxicos. Os
dos pacientes, algumas vezes na ausência de le.•ões de pele. Alguns objetivos são o alívio dos sintomas, a redução dos tumores para
rumores regridem após a terapia ser ウオNセ・ョ。L@ e outros respon· aliviar o edema, o comprometimento de órgãos ou estresse psico-
dem à radiaçi!o e quimioterapia. lógico e a prevenção da progn:ssão da doença. Terapias locais e
sistêmicas são utilizadas. A obsavação é apropriada para paáen-
SINDROME DE KAPOSI epidセmca@ OU RELACIO· tes imunocompetentes 。ウゥョエッュセイ@ com pouca progressão da
NADA COM A AIDS. A inádênáa do SK em homens ameri· doença durante um longo período. Em alguns casos a doença re-
canos com a AIDS diminuiu drasticamente desde 1981. Ele é o gride espontaneamente. Em casos de SK iatrogênico, os agentes
rumor mais comum que ocorre em pacientes infectados com o imunossupressores devem ser reduzidos ou descontinuados, se
vírus da imunodeficiênáa humana. O SK provavelmente ororre possíveL A mudança para sirolimus em paáentes transplantados
como uma doença multicêntrica e não metast.ític:a na AJOS. Ao foi relatada como eficaz. O SK d:lssico normalmente só p rogride
Figura 23-25 Sarcoma de Kaposi - uma ampla placa su- Figura 23-26 Sarcoma de Kaposi. Lesão precoce que con-
perficial. siste em máculas violáceas e placas.
908
Tumores Vasculares e Malformações Capítulo 123 1
de modo lento e nem sempre necessita de quimioterapia. A tera- posi persistente na denne mais p ro funda sob o local tratado, ma..-.
pia an tirretroviral sozinha ou em combinação com quimioterapia o efeito cosmético é excelente. Os pacientes recebem uma média
( doxorrubicina lipossomal) é o esteio do tratamento do SK asso- de três tratam entos por lesão; o tratamento é repetido em interva-
ciado ao HTV. Após a imunorreconstituição com frequência existe los de três semanas, os quais permitem adequado tempo de cica-
completa remissão do SK 。ウNセッ」ゥ、@ ao HN. trização. Um tratamento consistia em dois ciclos de congela-
Estagiamento (TI), contagem de célula CD4 ( < 200 células/ mento e descongelamento, com o período de descongelamento
11L) e DNA HHV-8 positivo no plasma no momento do diagnós- variando de 11 a 60 segundos por cido (média de 10 a 20 segun-
tico prediz evolução para o óbito ou necessidade de quimiotera- dos para lesões maculares e 30 a 60 segund<>-• para lesões popula-
pia. PMID: 1XURP N セTU@ res). o tratamento é bem tolerado. Bolhas ocorrem rrequente-
mente, mas a dor é limitada. Não ocorre infecç.1o serundária.
Acompanhamento. Reavalie a cada 6 a 12 meses para doença Mantenha as lesões trat.1das cobertas até que cicatrizem, porque o
associada ao HN. Examine a pele e as membrana..-. mucosas, os fl uido das bolhas pode con ter células de HN.
pulmões (raio X) e o trato gastrointestinal (sangue oculto, sono-
grafia, talvez endoscopia). No sarcoma de Kaposi clássico, a ul- Quimioterapia intralesional. A q uimioterapia intralesio·
trassonografia de linfonodo e o exame de pele normalmente são nal é mais efetiva do que a crioterapia para lesões nodulares com
suficiente.-.. mais de 1 em de diâmetro. Também é útil para o tratamento de
lesões o rais sintomáticas. A hiperpigmentação pós-inflamatória
Terapia sistêmica. As terapias sistêmicas para SK-AlDS pro- pode responder à crioterapia ou pode ser camuflada com cosmé-
duzem efeitos colaterais significativos. O tratamento sis.têmico ticos. A vimblastina é preparada a partir de soluções estoque para
para o SK é indicado para pacien tes com doença mu mcutânea a concentração desejada. aNセ@ seringas que contêm a vimblastina
rapidamente progressiva, que causa linfedema, ulceração e dor, e podem ser armazenadas sob refrigernç.1o após o preparo. Uma
para aqueles com envolvimento visceral sintomático efou envol- dose de O, I mg de vimbla'itina (0,5 mL de uma solução a 0,2 mg/m L)
vimento pulmonar e sintomas relacionados ao SK debilitante. A é injetada por centímetro q uadrado de lesão. As lesões orais e le-
regres.<;.'io do SK oom terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) sões cutâneas maiores respondem melhor a 0,2 mg/cm 2. Nesse
é bem documentada. Ela frequentemente é a única terapia neces- cenário, o aumento na concentração de vimblastina para 0,4 a 0,6
sária nos est.igios iniciais da doença e.fou para doença com lenta mg/mL é recomendado para reduzir o volume injetado por centí-
proliferação. Em pacientes oom doença de rápida prolife ração, a metro quadrado de lesão para 0,5 mL Uma dose total máxima de
primeira linha de terapia é a quimioterapia, com ou sem terapia 2 mg duran te as visit.1 s clínicas é recomendada. Após u m inter-
antirretroviral, seguida pela manutenção com HAART. As antraci- valo de 3 semanas para cicatrização, cada lesão trat.1da pode ne-
dina..-. lipos.s.oma is são a primeira escolha para o tratamento do cessit.1 r de u ma ou duas injeçõe.-. adicionais para a resposta má-
SK-AIDS avançado ou rapidamente proliferativo, porque são mais xima. A dor persiste por um a dois dias. A anestesia local não
efetivas quando usadas em combinação com HAART. O paditax:el reduz a eficácia do tratamento ou a dor sentida pelo paciente.
é usado após o fracasso da q uimioterapia sistêmica de primeira
linha ou su bsequente e também como terapia de segunda linha. Retinoides tópicos. A alitretinoína (Panretin"') usada por 12
A quimioterapia combinada ( doxorrubicina, bleomicina, vincris- a 16 semanas produziu uma taxa de resposta de 36%. O gel de
tina, vimblastina) é usada quando as antraddinas ャゥーッウNセュ。@ ou alitretinoína pode ser usado para o SK que não seja severo o sufi.
o paclitaxel não est.1o disponíveis. dente para a utilizaç.1o da quimioterapia sistêmica e para pacien·
tes que receberam q uim ioterapia sistêmica e querem tratar as
Cirurgia. A excisiio é apropriada para lesões simples e recorrên- lesões que permanecem.
cias res.secáveis. A alitretinoína não é indicada quando a terapia sistêmica anti·
SK é necessária (p. ex., em paciente.-. com mais de 10 lesões cut.1·
Radiação. O sarcoma de Kaposi é um tumor radi<>-.sensível. A neas no mês inicial, linfedema sintomático, SK puJmonar sinto-
radioterapia foi a p rimeira fonna de terapia local para o SK antes mático ou envolvimento visc.eral sintomático).
da AIDS epidêmica. Thxas de resposta superiores a 80% foram
alcançadas. A radioterapia é indicada para grandes massas tumo- RADIOTERAPIA
rais., especialmente aquelas que interferem na funç.1o normaL A lnterferon. O interferon resulta em respostas relativamente
taxa de イ ・ァイウNセ ̄ッ@ de lesões individuais após a radioterapia é de longas em pacientes com função imune relativamente preser-
80% a 90%. Uma dose total de 20 a 30 Gy administrada em doses vada. A taxa de respost.1 ao interferon varia de 20% a 60%. Toxi-
individuais de 4 a 5 Gy é necessária. Os linfo nodos são trat.1dos. dade hepática, sintomas constitucionais e mielos.supressão limi-
com uma dose total no alvo de 40 Gy (5 X 2 Gy/semana). t.1m seu uso.
O interferon resulta em respost.1s. que podem durar até 2 anos.
Crioterapia com nitrogênio liquido. A crioterapia com O tempo de respost.1 para o interferon-alfa é de 8 a 12 semanas.
nitrogênio líquido é facilmente aplicada como terapia primária. Não é, portanto, apropriado para o SK em rápida progressão. O
Uma イ ・Nセーッウエ。@ complet.1 é observada em 80% das lesõe.-. com sar- trat.1mento combinado com interferon e agen tes quimioterápicos
coma de Kapos.i tratadas. Com frequência existe sarcoma de Ka- pode cau.-.ar toxidade hematológica grave.
909
Dermatologia CHnica
-
Quadro 23-4 Oassificação da Telangiectasia
910
Tumores Vasculares e Malforrnações Capítulo 123 1
911
Dermatologia CHnica
Figura 23·29 Síndrome da telangiectasia nevoide unilateral. Figura 23· 30 Telangiectasia essencial generalizada. A idade
A telangiectasia surgiu no lado direito do tórax e braço du· de início normalmente é a quarta ou quinta décadas. Os va·
rante a gravidez. sos sanguíneos d ilatados s.\o as telangiectasias capilares. Eles
não sangram.
9 12
I 24 I
Doenças do Cabelo
CONTáJDO DO CAPfTul.o
ANATOMIA
• Anatomia
TIPOS DE CABELOS E PELOS. Existem três tipos de cabelos e
• Fisiologia
pelos. Os pelos pigmentadO$, e.'pessos, são denominad<>-' pelos
• Avaliação da queda de cabelos terminais. Os pelos terminais sobre a parte superior da cabeça e na
barba, áreas axilares e púbicas são influenciados por andrógenos.
• Queda general izada de cabelos
Os andrógenos s..io imponante.'i para a regulação do crescimento
• Queda localizada de cabelos dos pelos. Na puberdade, os andrógenos aumentam o t1manho
Alopecia androgenética em homens (padrão de dos folírulos na barba, t6mx e extremidades e diminuem o t.'lm::t-
calvlcie masculina) nho dos folículos na rqi3o bitemporal, que remodela a linha de
Padrão feminino de alopecia androgenética implantação dos cabelos em homens e em muitas mulheres.
suprarrenal Pelos tipo lanugem são os pelos finos enmnttados no feto; pelos
Hirsutismo finos similares (tipo pelugem de pêlsego) encontrados no adulto são
Alopecia areata chamados pelos vilosos. O pelo viloso é curto, fino e relativamente
Tricotilomania não pigment.1do e cobre a maior parte do corpo humano. O pelo
Alopecia por tração (estética) sobre o rest.1nte do 」ッイーセ@ independente de andrógmos.
Alopecia cicatricial
ESTRUTURA DO PELO. A haste pilosa é proteína mort.1 . セ@
• Tricomicose
formada por células compactas que são cobertas por uma rutí-
cula delic.1da composta de escamas placoides. As células vivas na
matriz se multiplicam mnis rapidamente do q ue aque las locali-
zadas em qualquer outro tecido human o normal Elas crescem
Os médicos frequentemente se deparam com problemas relacio- em direção ao c.'lnal folirular, sofrem desidratação e formam a
nados aos cabelos. A maioria das queixas é proveniente de pacien- haste pilosa, que consiste em uma massa dura, densa, de células
tes com padrão de calvície de surgimento precoce. O médico deve queratinizadas. Os peJos nonnais apresentam uma extremidade
ser capaz de reconhecer esse padrão hereditário de queda de cabe- pontiaguda. O pelo no canal folicular forma um álindro de diâ-
lO$, normal, de modo a serem evitadas avaliações detalhadas e metro unifonne. Os pelos cunos com e:xtre:midades cônicas têm
dispendiosas. Outros pacientes apr.,..,tam queixas sobre um ciclos de crescimento cuno ou apresentaram o surgimento re-
aescimento anormal de cabelos; ・ウ。Nセ@ doenças devem ser reco- cente: de anáge.no.
nhecidas e m pacientes não devem receber alta como se. estives- A haste de crescimento E circundada por váruls camadas concên-
sem apenas tendo uma queda de cabelos mual. Os sinais de tricas (Fig. 24-2). A camada mais externa e rica em glicogênio é de-
queda de rnbe.Jos ou de crescimento exces.."ivo s3o a lgumas vezes nominada bainha radirulnr externa. Ela é estática e oontínua com a
sutis. Os sinais geraJmente observados com doença rut5nea, tais epiderme. A bainha rndicular interna (camada de Henle, camada de
como inflamação, podem estar an'iente.'i. Uma abordagem siste· Huxley e cuticula) é visf""J como uma massa gelatinosa quando o
mátic..a pnm avaliaç.;o é essencial. pelo é arrancado. Ele ーイッエセ@ e molda o pelo em crescimentor maN se
desintegra antes de a lcançar a superfície do infundJbuJo.
A haste pilosa que emerge tem três 」。 ュ。、 セ@ - uma rutírulil
externar um córtex e.. a lgumas vezes, urna medula interna - todas
essas camadas s..io compostas por proteína morta. A rutíruJa pro-
tege e mantém as cilulas conicais unidas. Ocorre o surgimento de
913
Dermatologia CHnica
Bainha
CuUak radicular
piosa externa
Córtex Cutlcula da
ptloso bainha
Medula radicular interna Bainha
pilosa Camada radicular
de Huxley interna
Camada
de Henle
Membrana
basal Reservatório
hialina de células não
diferenciadas
na haste
Melanócito
) - - - Matriz
Bainha fibrosa
914
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
A n áge-na 111
Anágena
rntcio d o
cid o folicular
catágena VIl
g ャセョ、オ。@
sebácea
Colu na epitelial
involuindo Cabelo
em taco
de golfe
915
Dermato logia Cllnica
Z : セ][ZL@ セ@
yp OJ +--Cabelo na
fase anágena
Telógena
セ\] 」@ UᄃセO@
3 meses
Anágena セ@
6anos
セ Mc。 ・「 ャ ッ@
::S:::!Si ·--
: ; _; na
Catágena
3 semanas M Mセ@
Figura 24-4 Ciclo de crescimento dos cabelos - couro Figura 24-5 Preparação de tamponamento piloso demons-
cabeludo. trando cabelos nas fases anágena e telógena.
916
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
917
Dermatologia Cllnica
Tabela 24-1 Uma Ferramenta Simplificada para o Diagnóstico de Alopecia (Esse esquema irá diagnosticar 97% dos casos de alopecia)
Teste de
Doença Couro cabeludo Padrão tração Laboratório Tratamento
Perda difusa (não cicatricial)
'
Eflúvio telógeno Nonnal Difuso Telógeno Específico para a Específico para a
aumentado doença doença
Alopecia areata difusa Nonnal Irregularmente Telógeno - lmunoterapia tópica
difuso aumentado
Alopecia androgênica Nonnal Hamilton Negativo - Minoxidil
(homens) (Fig. 24-7) Finasterida 1 mg
Cirurgia
918
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
-
Eflúvio anágeno
Hipotireodismo Surgimento- Adolescentes, 20, 30, 40 anos
Pode levar para o Deficiência de ferro 50% das mulheres com idade< 50 apresentam
médico um saco com lnsufióência renal e ィ・セエゥ」。@ alopecia androgênica
os cabelos ca1dos Distúrbios nutricionais Dois terços de toda queda de cabelos em mulheres
(p. ex., hipervitaminose A) . I
H1st6na
Doenças sistêmicas
セ@
1. Adelgaçamento difuso gradual
Causas comuns 2. Ausência de aumento da queda de cabeças
Eflúvio telógeno agudo 3. História familiar pode ser+
Eflúvio telógeno crônico 4 . O paciente corta o cabelo mais curto
Drogas e outras ウオ「セョ」ゥ。@ S. Não está fazendo uso de drogas que causam queda de cabelos
qufmicas
Adelgaçamento dos cabelos como Exame do coLro cabeludo
parte do processo de envelhecimento !
aos 50, 60 ou 70 anos 1. Espaço aumentado entre os fios de cabelo
2. Adelgaçamento nas áreas frontais ou parietais
Parto, doença aguda,
3. A risca do cabelo ao longo da linha de implantação
febre, doença
frontal dos cabelos é mantida
sistêmica crônica,
estresse emocional, ldiopáticas 4. Pode ter retração bitemporal leve
S. "A parte centraiN parece mais larga na região frontal
heparina, drogas,
hipotireoidismo, intervenções 6. O rabo de cavalo é mais fino
cirúrgicas, anestesia, 7. Teste de tração normal
8. Cabelos miniaturizados variando em 、 ゥセュ・エイッ@ e comprimento
dietas int1mpestivas
l
Eflúvio telógeno agudo Eflúvio telógeno crônico História e EF
(mulheres de meia·idade) para
Adelgaçamento 1-3 meses ? Devido ao peóodo anágeno sinais de excesso
após o evento encurtado de andrógenos
Oura < 6 meses
Adelgaçamento difuso por todo Mulheres com SPセV@ anos
o couro cabeludo Aumento da queda Sem }inais
Perda pilosa pelas ratzes Afinamento - infcio abrupto Menstruações irregulares
Sem pelos miniaturizados Evolução flutuante e longa> 6 meses lnfertilidade
Geralmente não
Teste de tração telógena positivo Afinamento leve difuso Hirsutismo
são necessários
Retração bitemporal Acne d stica grave
exames laboratoriais
Perda pilosa pelas raizes Viril ização
Ausência de cabelos miniaturizados Galactorreia
Teste da tração telógena positivo
Figura 24-6
919
Dermato logia Cllnica
GENERALIZADA* LOCAUZADAt
Alopecia androgênica
Efl úvio t elógeno
Padrão masculino
Perda sanguínea aguda Padrão feminino
Parto Hirsutismo
Dietas intempestivas (baixo conteúdo de proteína)
Alopecia areata
Medicamentos Tricotilomania
Cumarínicos Alopecia por tração
Heparina
Alopecia cicatricial
Propranolol
Defeitos de desenvolvimento: aplasia cutânea
Vitamina A
Dano físico: queimaduras, pressão
Febre atla
Infecção
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
Fúngica: quérion
Estresse físico (p. ex., cirurgia)
Bacteriana: foliculite. furúnculo
Fisiológico (p. ex., recém-nascido)
Vira!: herpes-zóster
Estresse psicológico
Neoplasias
Doença grave (p. ex., lúpus eritematoso sistêmico) Carcinoma metastático
Efl úvio anágeno Carcinoma esderosante de células basais
Agentes quimioterápicos para tratamento do câncer
Outras
Intoxicação
Tálio (veneno para rato) l úpus eritematoso
Arsênico líquen plano
Radioterapia Penfigoide cicatricial
Esclerodermia
Em placas generalizadas
Sffilis serundária: alopecia com aspecto de " roído de traça"
·queda uniforme. difusa, mas muitos cabelos permanecem distribuídos aleatoriamente na área da queda.
tA maior parte ou todos os cabelos ausentes na área envolvida.
920
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
nismo. Alguns indivíduos podem apreoentlr um aumento da perda DROGAS. Drogas citotóxicM que afetam diretamente a prolife-
de abelos ousado por enOJrtamento idiop.iti<o cL1 f.Jse anágma mção de células da matriz C! pilar ocasionam uma queda de cabe·
(uma sfndrome com f.Jse anágma auta). FJes ap......,tlm um au. los profunda, ind.Wndo a um eflúvio anágeno. Um graode nú·
mento da queda de cabelos e urna reduyio do comprimento do! 6os. mero de drogas prova,-eJmente cau.'la eflúvio telógeno. EMas
Para acL1 redução de 50% na duração da f.Jse anágena. existe uma drogas estão relacionadM no Quadro 24·3.
dupliação correspondente dos folírulos na f.Jse tdógena.
EFLÚVIO ANÁGENO. O eflúvio anágeno (Qwdro 24-2 e a
EFLÚVIO TELÓGENO CRÔNICO. o termo eflúvio telógeno Tabela 24-2) é o queda repentina de cabelos dos folírulos que ..,-..;o
crônico (ETC) refere-se a uma q ueda difusa d e cabelos e m todo o em sua fa..'M! de cresómento. Uma agressão repentina ao aparelho
couro cabe ludo e persiste por mais de 8 meses. Os pacientes tê m reprod utivo folicular e metabólico deve ocorrer pa m a geração d e
perda de cabelos com u m a umento da queda e adelgaçamento de um evento desse tipo. Age nte." quimiot.erapêu:ticos para tratamento
surgimento repentino e com evolução flutuante. E.x:íste adelgaça- do câncer e radioterapia são capazes de causar u ma agres.'i.âo dessa
mento díf'uso de todo o couro イョ「・Njオ、ッ セ@ frequentemente acom- natureza As células da matriz e do cónex que se dividem rapida·
panhado de rerrnç.'io bitempoml. O ETC geralmente afet.1 mulhe. mente são afetadas. A agressão cau.\3 uma modificação na taxa de
res com 30 a 60 anos de idade. Pode ser diferenciado do eflúvio crescimeoto de cabelos, mas não converte o foürulo em uma f.Jse
tdógeno agudo clássico por seu padrão CYOlutivo flutuante longo de crescimento diferente, como ocorre no eflúvio telógeno. Altas
e pode ser diferenciado da alopecia androgênica por seus amados concentrnções de antirnetlbólitos ou radiação levam todo o pro-
dlnicos e histológicos. O ETC dura de 6 meses a 7 anos. O anso cesso metabólico a dar um salto abrupto, e todo o cabelo e a r.tiz
flutuante, longo, é diferente daquele obsetVado no eflúvio teló. do cabelo são eliminados intaaos. Os únioos cabelos que restam
geno agudo. A presença de 20% a 30% dos cabelos telógenos e de são aqueles que se encont.ram na ヲ。セ@ telógena. Esses são mortos,
15% a 35% de cabelos distró6cos no tricograma (cal>elos arranca. presos no interior do camtl pilo$0, e não são afetados por quaJquer
dos) confirma o diagnóstico. Uma biopsia pode dar respaldo ao evento agudo. As células·tronco do.• folírulos p ilosos são poupa·
diagnóstico, mas geralmente não é n ece:s..'iária. O ETC é diferen- d as, por cau.'kt de seu ciclo lento, e elas gernm um novo bulbo pi·
ciado da a lopecia androgênica pela d istribuiçllo e pelo tricograma lo..-.o. Agressões de intensidade menor d imin uem a taxa m itótirn do
e a realizaç..io de u ma bio psia geralmente é 、・セョ ・」ウ£ イゥ。 N@ das células corticais e clo bulbo, c:au.'k1ndo deformidade b ulbar e
Os homens são tratados com solução de. minoxidil a 5°;í,. As estreitamento da haste pilosa inferior. Hastes pilosas enfraquecidas
mulheres na fuse da pré.menopau.'la recebem preocrição de soJu. e estreitas são fudl mente quebradas e são eliminadas sem os bul-
çllo de minoxidil a 5% mais acetato de ciprotero03 (não disponí· bos. Uma vez que 90% dos cabelos do couro cabeludo estão na fuse
vel nos Estados Unidos), 50 mg do quinto ao 15" dia do cido aoágena. um grande número de mbelos pode ser afetado. Pacientes
menstTWll., sempre tomados juntamente com ainil e.uradiol, que permanecem com 10% a 20% de seus cabelos após uma agres-
0,035 mgfdia. As mulheres na fase da pós-menopausa silo 1fata· sllo quase certamente foram vítimas de um eflúvio anágeno. O uso
das com solução de minoxidil a 5% mais a<:mto de ciproterona. tópico de minoxidil 2% nllo tem beneficios na ーセッ@ da alope-
50 mgfdia. Alternativas ao acetato de ciproterona, 50 mgfdia, àa induzida por アオゥュッエ・Zイ。ー セ@
poderiam ser a espironolactona. 50 a 100 mgfdia.
As biopsias confirmam o diagnóstico, mas geralmente não são SiNDROME DOS CABELOS ANÁGENOS FROUXOS. A
nec.esdrias.. Amostras de biopsia por arrancamento de 2 a 4 mm síndrome dos cabelos セョZャァ・ッウ@ frouxos (SCAF) é um 1fanstomo
são retirada,; do meio ou da região pariet.al posterior do couro capilar raro, fum.Oiar ou espor::idico, que afeta crianças, mas pode
cabeludo. As amostras são seccionadas horizontal e verticalmente. ser observado em adultos. A proporção de m ulh eres pam homens
Os achados são exibidos na Figum 24-6. é 6: 1. A SCAF é devida a uma ancomgem defeituosa da haste pi·
losa ao folírulo, que fnz com q ue o c.'lbelo seja arran cado com
QUEDA DE CABELOS PÓS-PARTO. A porcentagem de fo- fucilidade e de modo indolo r.
lfa.dos na fa."e telógena diminui progressivamente durante a gra- A SCAF pode result.1r da querarinização p rematura da bainha
videz, principalmente durante o último trimestre. A queda difu.'"' radirular interoa, que produz uma adesão defeituosa eotre a cuiÍ·
de cabelos, mas principalmente na região frontotempor.d, ocorre ruJa da bainha radirular interna e a cutirula da haste pilosa.
em um número significativo de mulheres, em 1 a 4 mese\ após o O paciente típico com SCAF é urna menina jovem, com cabe-
pano. A queda pode ser bastante signi6cativ.1, mM a recuperação los loiros alftos, que não ficam compridos, mas a SCAF pode
ocorre em men"' de I ano. O crescimento de cabelos geralmente afetar crianças com abelos esruros.. Os sinais são: comprimento
volta ao estado anterior à gravidez. diminuído dos cabelos, aumento da queda dos cabelos e altera-
ção da textura dos cabelos. Os pacientes podem ter cabelos escas-
sos, que n ão ficam compridos, e ter placas de cabelos opacos e.
Quadro 24·3 Medicamentos Provavelme nte Associados a desobedientes. Outros apresentam apenas aumento da eJimina-
Eflúvio Te lógeno
--------------
Ácido aminossalicflicoOanazol
--
ção dos cabelos. A 」イゥZセョ。@ p recisa de poucos cortes de cabelo, e
eles são d ifi'ceis de cuidar. O exame. mostra adelgaçamento difuso
Acitretina Ena lapril e placas irregulares, totalmente sem c.'lbelo, atribuíveis à extraç5.o
Anfetaminas leoJodopa indolor traumátiC'I dos tufos de cabe.los. Os cabelos são opacos,
Bromocriptina lítio desobedientes ou desbotados. Até 300 6os de cabelos são elimi-
Captoprila Metoprolol nados diariamente. Na maioria dos casos, a síndrome é isolada,
Carbamazepina Piridosbgmona mas pode ocorrer em transtornos hereditários ou de desenvolvi-
Cometodina Propranolol mento, incluindo coloboma, síndrome de Noonan e displa.sia
Coumadin (Varfarina sódica) Trimetadoona
ectodénnica hipo-hidrótica.
921
Dermato logia Cllnica
O exam e microscópico mostra cabelos an ágenos sem bainha. FISIOPATOLOGIA. A alopecia androgénim é devida ao e ncurta·
O bulbo frequen te é deformado, e sua porção proximal frequ en- menta ー イ ッァイ・ウNセ ゥ カッ@ do.'i ciclos anágeno..-. sucessivos. Existem duas
temente mo.rua u ma rutiruJa decomposta visível. O teste de trn· populações de folículos do cou ro cabeludo: folículos sensíveis aos
çâo em crianças com SCAF mostra mais de 3 e, frequentemente, andrógenos na parte superior da cabeça e folículos independentes
mais de 10 fios de rnbelo anágenos frouxos. O teste de tração e m de andrógeno.'i nas p artes laterais e posterior do cou ro cabeludo.
crianças nonnais mostra um ou dois fios de cabelo.., anágenos Em indivíduos geneticam ente predispostos, e sob a influência de
frolL"<OS. O tricograma revela pelo men os 70% de pelos anágenos andrógenos, folírulos predispo.:rtos são gradualmente miniaturiza-
frotL"<OS. A maioria dos pacientes melhora com a idade. dos, e cabelos grandes, pigmentados (cabelos terminais) são subs-
tituídos por cabelos fi nos, despigmentados ( c.abel<>-• velosos).
A in flamação circunda a área p roeminente da bainha radicular
QUEDA LOCALIZADA DE CABELOS externa. A intlamaç.1o pode lesar as células-tronco dos folírulos,
que resu lta em u ma diminuiç.1o na den sidade dos folículos p ilo-
sos. FolícuJos p ilosos ainda se e ncontram presentes;, mas a sus-
Alopecia androgenética em homens
pensão de andrógenos ou o tratamento com minoxidil ou fi nas-
(padrão de calvície masculina)
terida não resuham na conversão de folícuJos miniaturiz.1dos de
A calvíde nos ho me ns não é uma doen ça, e s im uma reação fisio- volta a seu tamanho tenninal.
lógirn induzida por andrógenos em homens geneticamente p re-
dispostos. O padrão de herança é provavelmente poligên ico. O Metabolismo andrógeno da pele. A testosterona é con-
adelgaçamento d os cabelos começa entre as idades de 12 e 40 vertida para o composto mais potente diidrotestostero na peJa
anos, e aproximadamente metade da populaç.;o expre.-.sa esse Sc:t-redutase. A.' células da pele con têm Sc:t-redutase (tipos I e 11).
traço a ntes dos 50 an os de idade. A enzima tipo I é encontrada n as glândulas sebáceas, e a enzima
tipo li é encontrada n os folírulos pilosos e na próstata . A testos-
PADRÕES DE HAMILTON. A progressão e diversos padrões terona e a diidrotestosteron a a tuam n os receptores an drógen os na
de queda de cabelos são classificados pelo sistema de classi6ca- papila dérmica. Elas aumentam o tamanho dos folírulos pilo..•m s
ç.'io d e calvicie masculina de H amilton (Fig. 24-7). A retração em áreas dependentes de andrógeno, tais como a área da barba,
fro ntotem poral triangular ocorre normalmente na maioria dos durante a adolescência, mas mais tarde a diidrotestoste rona se
hom e ns jovens (tipo i) e em m ulheres após a p u berdade. O liga ao receptor andrógen o do folírulo e ativa a tran sfonn aç.âo de
primeiro s inal de que uma pessoa e.<rt.i se tomando calva é o folírulos terminais gran des para folícuJos miniaturiz.1dos. A durn-
aumento da retração frontotemporal acompanhado de retração ç.1o da fase an ágena tom a-se enrurtada com os sucessivos ddos
da porção fro n tal mediana (tipo 11) . Segue-se q ueda de cabelos dos cabelos, e os folículos t omam-se men o re.-., produzin do cabe-
em uma área redonda n o vértice, e a densidade de cabelos dimi- los m ais curtos e mais finos. A alopeda androgênica n ão se desen-
n ui, algumas vezes rapid amente, sobre a parte superior do couro volve em homens com u ma 。 ュ セ↑ョ」ゥ。@ congênit.1 de Set-redutase
mbeludo (tipos Til até Vil). tipo 11. A finasterida, qu e inibe a 5c:x.-redutase tipo li, tom a mais
lenta ou reverte a progressão da alopecia androgênica.
vértice
922
Doenç,1s do Cabelo Capítulo 124 1
TRATAMENTO. A vontade de se submeter ao tratamento varia. presença de tontura e taquicardia com o uso da solução a 2%.
Alguns homens aceitam o inevitável; outros consideram a calvície Irritação local, coce:ira, serurn e. eritema podem ocorrer e são pro-
int.oler.lvel. O tratamento tópico (minoxidil), o tratamento por vavelmente 。エイゥ「オ■セ@ ao veiculo de álcool e propileno gliml. A
via oral (finasterida) e diversos procedimentos cirúrgicos encon- medicação é aplicada sobre o muro cabeludo seco, duas vezes por
tram-se disponíveis. Os medicamentos podem aumentar os cabe- dia O cabelo não devt: ficar úmido por pelo menos 1 horn após
lO$ exi•tentes e retardar o adelgaçamento no vértice e na. regiões a aplicação. Aproximadamente em um terço desses pacientes há
frontais. Esses tratamentos não trazem beneflcio para homens crescimento de e1belo que i. su6óe.nternente longo para ser r.or-
que est5o calvos ou para aqueles com retmção bitemporal sem tado ou penteado, O crescimento dos cabelos é evidente em 8 a
cabelos. Os benefícios são observados em 6 a 12 meses. O trata· 12 meses. O minoxid il pode interromper ou retardar a progre.t."ão
mento deve ser mantido indefinidamente. Se o tratamento fo r do padrão de c.1 lvfcie masculina. Em um grande estudo que ava-
interrompido, os beneficios se perdem em 6 a 12 m e.'\e.oc, e a den- liou o u..m em longo pr:.tz01 notou-se que quase todos os pttcientes
sidt1de dos rnbeJos .será igual a antes do t.ratamento . Pacientes que gradualmente evitaram continuar o tratamento. As causas de in-
começam a ficar calvos em uma idade prec.oce são mais perturba- termpção na grande maioria dos padentes foram o efeito e:11tético
dos pelo problema e são tentados a consultar "especialistas" não insignificante e uma ave:rdo a esse método de tratamento tópico.
médicos em clínicas de cabelos. eNセウ・@ dínicos oferecem uma va- PMTD: 17917938
riedade de preparações tópicas, nenhuma das quaill apresenta
qualquer valor. Pacientes .elecionados podem ser encaminhados Finasterida. A finasterida (Propecia" 1 mg) tomada diaria-
para a realiz;Jçâo de traiuplantes de cabelos, rotação de retalhos mente é uma terapia por via oral efetiva para a alopecia androgê-
de cirurgia plóstica ou para a colocaç.;o de perucas. nica em homens. Alguns m&licos p r = fina.nerida (Pros-
cruf' 5 mg) e in.uruem os pacientes a dividir o comprimido de S
Minoxídil. O minoxidil foi desenvolvido para o tratamento da mg em quatro partes iguais, com um dispositivo próprio. A redu-
hipertensão arterial Ele aumenta a duração da fuse. anágena, faz ção do custo é considemvel.
com que. os folírulos restantes cresçam e :tumentn os folfculos A alopecia androgenica (padrão maSOllino de queda de cabe-
miniaturizados. Esses efeitos ocorrem tiOmente em uma pequena los) é cau..\:lda pe.la miniaturização dos folírulos pilosos depen-
quantidade de pacientes. Minoxidil a 2% (Rogaine"') e minoxidil dentes de andrógenos do couro cabeludo, com o nível de diidro-
a 5% (Extra Strength Rogaine") encontmm-se disponíveis como testosterona (DHT) no couro cabeludo sendo implicado como
medicamentos de venda livre na forma de soluçao ou de uma uma cau."\a contribuinte. A finasterida bloqueia a 5a-redutase tipo
preparação na fonna de espuma. Marcas genéricas da solução a n, que inibe a conversão de testosterona em diidrotestosterona e
2% ・ウセッ@ disponívris. Um mililitro de solução é aplicado duas diminui as concentrações séricas e mtâneas de d.iidrotestosterona.
vezes por dia. St!lldo espalhado levemente com um dedo. Um Isso leva a uma diminuição adicional da velocidade de queda de
aplicador adminÍlltra a medicação de modo adequado e efetivo. O cabelos, inibe a miniaturiz;Jção dos folículos pilosos dependentes
minoxidil aumenta os cabelos não ve.losos. A セッ@ espontânea de andrógenos e melhora o crescimento e o peso dos cabelos em
parn o estado pré:·tratamento ocorre em 1 a 3 meses após a inter· homens com alopecia androgâtica.
rupção do tratamento. Os candidatos ideaill são homens com Em homens com padrão masculino de queda de cabelos, a fi.
menos de 30 anos de idade que tenham apresentado a perda de nasterida 1 mgfdia d iminuiu a velocidade de progressão da perda
c..1belos há menos de 5 anos. A.'i soluções produzem um aumento de cabelos e aumentou o crescimento de cabelos em ensaio.\ clí-
moderndo nos cabelos nos couros cabeludos de homens e mulhe. nicos com duração de 2 anos. A terapia leva a uma diminuiç.io
res jovens, com queda de cabelos de leve a moderncla, com a adicional da velocidade da queda de cabelos.
aplicação contínua duas vezes por diil, diariamente pam manter o A efir.ád:1 é evidente e.m um prazo de 3 meses de terapia. O
efeito. Em homens com alopeda androgênic._,, o uso t6pico de medic.'lment.o produz aumentos progres..\ivos nas contagens de
mínoxidil a 5% foi nitidamente superior ao uso tópico de mino- cabelos em 6 e em 12 ュ・Nセ@ O tratamento com finasterida por 4
xidil a 2% em relação ao aumento do recre!olcimento de cabelos, e anos leva a uma m elhora continuada no peso dos cabelos. O peso
a magnitude de seu efeito foi acentuada (recrescimento de cabelos dos cabeJos aumentou proporcionalmente mais do que a oonta-
45% maior em comparação ao uso tópioo de minoxidiJ a 2% na gem dos cabelos. PMID: 16781295 A 6na.nerida é efetiva em ho-
semana 48). PMTO: 12196747. mens com padrão masculino d.e queda d.e cabelos no \oé:n:ice e
Um estudo de 48 semanas em mulheres dt:monstrou que o queda de cabelos na área anterior/ média do couro cabeludo.
uso tópico de minoxidil a 5% foi superior ao uso tópico de mino- Pode não ser efetiva para homens com mais de 60 anos de idade.
xidil a 2% na avaliação dos benefícios do tratamento feita pelo porque a atividade da Sa-redutase de tipo 2 no muro cabeludo
paciente. Nesse estudo, a aplicação tópica de minoxidil a 2% de· pode não ser rão alta quanto em homens mais jovens.
monstrou que as diferenças na avaliação do crescimento dos ca- Em mulheres na fnse da ーウMュ・Nョッ。オセ@ com alopeda andro-
belos feitas pelo paáente na semana 48 foram signifiettivamente gênica, a finasterida 1 mg/dia tomada por 12 meses não aumen-
diferentes das com o placebo. PMTD: 1503450:1 Um estudo de 48 tou o crescimento de c..abelos e nem diminuiu a ve.loc.idade d e
se.mnnns em homens encontrou um aumento médio de 12,7 rn .. progressão do adelgnçamento dos c."tbelos. A finasterid:1 é con-
belos por cm1 com aplicação de minoxidil a 2% e d e 18,5 com trnindicadil em mulheres c(ue e.'itejam ou possam estar gr.ívidtts
minoxidi I a 5%. Um estudo demonstrou que o uso tópico de por cau."\a do risro de a inibição da conversão da testosterona fet.a l
minoxidiI a 2% causou aumentos pequenos1 ma.s estatisticamente em DHT comprometer a virili.zaç._i:o de um feto masrulino. Apro-
significativos. no volume diastólico final d o vmttfrulo esquerdo, ximadamente 20% a 30% dos homens não respondem ao medi-
do débito c:mlíaco e da massa ventricular esquerda. Foi matada a camento. O tratamento de\'e. ser mantido indefinidamente.
923
Dermatologja CHnica
EFEITOS COLATERAIS. Em ensaio.• clínicos, 4,2% dos homem APLIQUES DE CABELO. Os apliques de cabelo têm sido
relataram efeitos colaterais relacionados à disfunção sexual, o.<ç aprimorados pelo HAJRCLUB (www.hairdub.com) nos Estados
quais se resolveram após a intcrrup(.ão e espontaneamente em Unidos. Eles criam uma matriz de fibras transparentes, e.ntrecru-
muitos homens que optamm por permanecer em tratamento me- zadas, adaptadas e modeladas à área de adelgaçamento do cliente.
dicamentoso. Um estudo posterior mostrOu que os efeitos colate- A matriz é porosa, permitindo que o couro cabeludo •respire•. O
rais sexuais são muito menos comuns do que relatados nos en.\aios cabelo n ovo é adicionado à matriz mecha a mecha, para rcaiar o
clínicos. A função KXUal de todos os pacientes permaneceu estável modelo e o fluxo de cabelos do próprio cabelo do cliente. A ma-
durante o tratamento com 1 mg de finasterida. PMID: 15262698 triz é então fundida ao cabelo em crescimento, remanescente do
Nenhum outrO efeito adverso significativo relacionado ao trata- cliente, usando um adesivo médico chamado pッャケヲオセ N@ O cliente
mento com finasterida foi observado. Em homens com idade de 40 retoma ao HAJRCLUB para cortes de cabelo e para substituir o
a 60 anos, 1 mg/dia de 6nastaida por 48 semana.• reduz a concen- Polyfuse" a cada 5 semanas. Os clientes geralmente ficam saúsfei-
tração de antígeno pros(jtico específico. PM ID: 171?6507 A finaste- tos com o processo e preferem essa opção a uma peruca.
rida é benéfica em muJheres com hirsurismo, mas a droga deve ser
usada com cautela em mulheres, em \Ôrtude de seus potenciais
efeitos feminilizantes em fetOS do gênero masculino. Padrão feminino de alopecia
androgenética suprarrenal
MINOXIDIL VERSUS FINASTERIDA. Um e.•tudo demons- A queda de cabelos difusa, progressiva, crônica em mulheres mm
trou que minoxidil a 2% produziu uma melhora inicial mais rá- idade na faixa dos 20 aos 30 an os é uma queixa frequente. Essas
pida em casos de alopecia arrata (AA) da região frontal mediana/ muJheres, qu e geralmente têm um ciclo ュ・ョウエイオZセャ@ nonnal e não
vértice em até um terço dos pacientes tratados, enquanto a fi nas- apresentam quaisquer anorrnaJidades ao exame frsico, têm sido
terida produziu resultados um pouco melho res com uma duração classificadas como tendo "padrão masrulino de calvt'de•, u m
crescente do tratamento. Ambos os agentes sffo igualmente efeti- traço genético, e têm recebido alta sem qualquer nvaliaçl1o. Estu-
vos em deter a progressão de AA. I'MID : 12'>75174 dos recentes demonstraram que algumas dessas mulheres têm
níveis séricos aumentados de andr6ge.no suprnrrenal sulfuto de
TRANSPLANTES DE CABELOS. Os tr.msplantes de c.•belos desidroepiandrosterona Hdhea セI@ e um padrao distinto de alo-
têm sido utilizados com sucesso por :mos pam restaurar os cabe- pecia da região central do couro cabeludo, que foi chamado de
los de maneira permanente. A idade não é um fittor determinante.
alopecia androgenética suprarrenal com padrão feminino .
Os c.•belos independentes de andrógeno.• das áre" lateral e pos- O padrão masrulino de calvície resulta e m umn regressão gra-
terior do couro cabeludo sao usados. O cirurgião deve ter um dual dos cabelos na região central do couro cabeludo e retraç;lo
senso de estética para desenhar adec(undamente a linha de im-
gradual da região frontotemporal, bem como uma reduç;lo gra-
plantação anterior dos cabelos. Existem muitas técnicas usadas dual no diâmetro da haste pilosa nas セイ・。ウ@ de queda de c.•belos.
para coletar e implantar os enxertos. As técnicas est.1o constante- Em contrapartida, a maioria das mulheres com alopecia difusa
mente mudando e melhorando.
apresenta uma queda gradual dos cabelos na pane central do
couro cabeludo, com retenção da linha de implantação normal
REDUÇÃO DO COU RO CABELUDO E RETALHOS. Uma dos cabelos, sem retração frontotemporal. Existe uma variedade
excisão elíptica anterior·posterior do vértice do muro cabeludo de diâmetrOs de 6os de cabelos anágmos. Com o avanço cb
calvo, com fechamento primário, pode fornecer um efeito de idade,. o adeJgaçamento central toma sc mais acentuado; セ@
4 con-
•cabelo instantlineo•. O procedimento pode ser repetido a cada 4 traste com o padJào masculino de calv!cit. persistindo uma franja
semanas, até que as margens dos cabelos pas..q:m a convergir ou o de cabelos ao longo da linha frontal de implantação dos cabelos
tecido do couro cabeludo tome·se excessivamente delgado. En- (Ftg. 24-8). Em casos excepcionais. observ.Jo<Se um curso similar
xertos ou retalhos podem ser usados mais tarde para preencher ao que ocorre e.m homens, com retraç;lo frontotemporal pro-
qualquer espaço vazio remanescente. Alternativamente, divetSOS
funda.
tipos de retalhos podem ser planqados pelo àrurgião criativo
para preencher os espaços vazios.
Padrão de alopeda
Padrão de alopecia Padrão de alopecia masculina (retração
Parâmetro laboratorial feminina feminina com hirsutismo frontotemporal)
f-
DHEA-S Normal ou elevada Normal ou elevada Elevada
1-
T Normal Normal ou elevada Elevada
1-
TeBG Normal Diminuída ou normal Diminufda ou normal
1-- --
924
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
Alargamento da risca do cabelo é uma alteração inicial. Alargamento mais extenso da risca do cabelo.
925
Dennatologla CHnica
ACHADOS LABORATORIAIS. A pesquiso laborntorial de pa· VIRILIZAÇÃO. A virilização é a combinaç;lo de hirsutismo com
dentes do gênero feminino rom alopecia difusa, tmto mm padrão outros sinais de ma.o;.culinização, tais c.omo engrossamento dn voz
feminino qu.1nto masculino, é apresentlda na Thbela 24-3. Aavaliação e o fato de tomar-se calva na região temporal (Quadro 24-5). A
laborarorial p.= alguns paàent.es rom alopeàa androgênica deve in· virilização pode ser o sinal de um rumor ovariano ou supram:naL
duir inicialmente a determinação dos ni\W séricos de DHEA.S e de A virilização é associada a um aumento acentuado da produç1o de
testosttrona tooal, o ní,,J de globulina de ligação testosterona-estra- andrógenos pelos ovários ou glândula.• suprarrenais (ou ambos) e
diol ('JeBC) para a relação T{Tl!BC e os nM:is séricos de prolactina níveis acentuadamente aumentados dos andrógenos plasmáticos.
TRATAMENTO. Em um estudo de 48 semanas que avaliou 381 PELOS CORPORAIS. O número de pelos por unidade de úea
mulheres mm padrão feminino de queda de cabelos, o uso tópico é determinado por fatores genético.•. Homens e mulheres medi·
de minoxidil a 5% aplicado duas vezes por dia demonstrou uma terràneos têm mais pelos corporais por unidade de área corporal
superioridade esL1tística maior em relaç1o ao grupo que fez uso do que os asiáticos. Os folírulos pilo.<OS cobrem o rorpo inteiro,
tópico de minoxidil a 2%, na avaliaç1o dos bcneffàos do trntl· exceto os lábios, palmas das mãos e plantas dos pés. Existem dois
mento do paàente. A aplicação tópica de minoxidil a 2% mos- tipos de folírulos pilosos: velosoo e terminais. No assim chamado
trou que diferenças na avaliaç;lo do crescimento dos cabelos do •padrão sexual masculino•, a maioria das mulheres tem alguns
paàente na semana 48 não apresentamm diferenças significativas pelos terminais ao redor 、。セ@ aréolas, e essa pilificaç§o também se
em relação ao placeho. PMID: I SO.l4S03 estende do pube na linha mediana do abdome. Nas mulheres, o
excesso de p roduç1o de andrógenos estimula os pelos velosos a se
desenvolverem para peJos terminais pigmenta-dos, grossos1 com·
Hirsutismo pridos na maioria das á reas do corpo, exceto no couro cnbeludo,
O hirsutismo é definido como o excesso de pelos terminais q ue se onde os pelos terminais s.1o convenidos em cabelos velosos, rc-
ma nifestam e.m um padrão masrulino (ou seja, pelos sexuais} em suhando em calvície. Mulheres na." quais ocorre o 、・N|エュカッ ャ カゥ セ@
mu lhere.•. O hirsutismo afeta 5% a 10% das mu lheres. O d iagnós- mento de hirsutismo após a puberdade,. principalmente se オ」ッュ セ@
tico diferen cial é mostrado no Quadro 24-4. panhado por sinais de viriliz.1ção tais como menstruações
infrequentes ou ausentes, apresent:am uma condição anonnnl e
HIRSUTISMO IDIOPÁTICO. Pacientes hirsutas com funçí'ío necessitam de avaliação adicional.
ovulatória e níveis de :1ndrógenos drcul:mte., normais apre.'ientam
hirsutismo idiopático (H!). Uma história de menstruações regula- HIRSUTISMO NÃO セ@ HIPERTRICOSE. Hipertricose é o
res não é suficiente para excluir a presença de disfunção ovulató- crescimento exc:es.."iivo de pelos em um padr3o não sexual, que é
ria, uma vez que até 40% das mulheres hirsutas com menstrua· estimulado por ュ・、ゥイョNセ@ como glicoc:ortiooides, fenitonfnas,
minoxidil ou ciclosporina; ou existe como um componente here·
1
ções são anovuJatórias. O excesso de pelos corporais é devido a
urna sensibilidade aumentada da unidade pilossebácea a níveis ditário.
plasmáticos normais de andrógenos. Essas mulheres podem ter
um aumento do número de receptores andr6genos e um aumento
da atividade da sセイ・、オエ。ウN@ Essas paàentes respondem à terapia
antiandrogênica ou à terapia inibidora da Sa-redutase (finaste· I Quadro 24-5
Mulheres
Hirsutismo e Vlrillzaçio- Achados O lnlcos
926
Doenç,1s do Cabelo Capítulo 124 1
2 3 4 1 2 3 4
H⦅セI@ H⦅セI@
----
. .MTRZセ@ .. Nᄋ セ@ . [LZsエセN@ .. [セZ@
..
927
Dermatologia CHnica
928
S(NDROME DO OVÁRIO POLJcfSTICO
Qualquer 2 dos seguintes 3 transtornos Todos os seguintes transtornos exclutdos:
confirmados: • Hiperprolactinemia
• Oligomenorreia ou amenorreia • Hiperplasia suprarrenal congênita não clássica
• Hiperandrogenismo (p. ex., hirsutismo, • Stndrome de Cushing
acne, alopecia) ou hiperandrogenemia • Neoplasia secretora de andrógenos
(p. ex., n1veis elevados de testosterona • Acromegalia
total ou livre)
• oカセイゥッウ@ policlsticos à ultrassonografia
Sfndrome do
ovário polidstico
Estudos ancilares
I
l ! ! !
Avaliação do risco Avaliação do risco Exames em jejum de Avaliação do risco
decardnoma de intoJer:Jncia colesterol, HOL deapneia
de endométrio à glicose colesterol, triglicérides obstrutiva do sono
e LDL colesterol
1 1 1
Biopsia do Teste de tolerancia à Polisomnografia se
endométrio em caso giK:ose oral em caso risco aumentado
de risco aumentado de risco aumentado
Figura 24-10
929
D erm a t o logia CHnica
menstruais nonnais. Sinais vi:rilizantes, tais como ditoromegalia., TRATAMENTO DO HIRSUTISMO (DIRETRIZES GERAIS)
engJUMamento d.• voz, calvície temporal ou masculinização do HirsLrtismo em pacientes obesos. O hirsurismo melhora
hábito corporal, estão quase sempre ausentes. A obesidade está com a perda de peso. Mulheres com hirsurismo têm ansiedade c
presente em att 70% das pacientes. depressão relacionadas com S\1.11 aparência.. e: isso precisa ser abor·
A SOPC está associada a hiperinsulinemia. resistência à insu. dado pelo médico. Uma diminuição dos pelos com a terapia
Jina, um risco aumentado para o diabetes melito tipo 2, ac:antose pode levar de 6 a 24 meses. Mulheres com SOPC podem ter infcr-
ョゥァイセウL@ :monnalidades lipídicas e hipenens5o. A hiperinsuline- tilidade anovulatória, diabetes tipo 2 e um aumento no risco de
mia pode ser a イョオセ。@ da superprodução de. andr6genos 0v.1rianos. doença cardiova..'irular e de Gincer do endométrio. Observam-se a
O risco de câncer do endométrio é três vt!ZA!S mais elevado e.m alteração d a tolerância ll glicose ou o diabete.• tipo 2 em até 40%
comparação com as m u lheres nonnais. dos pacientes com SOPC.
Diagnóstico de SOPC. Na a usência de gravidez e e m caso.• Medicações orais. Consulte no Quadro 2 4-8 a relação das
nos quais n ame.norreia ou oligomenorreia tenha persistido por 6 medicações orais utilizada.s para tratar o hirsu tismo. Os contra·
meses ou mais sem um diagnóstico, uma história e um exame fí- ceptivos orais são o tratamento de primeira linha para pacientes
sico devem ser realizados, com atenção especial aos padrões de com himlrismo e SOPC. Eles controlam as alterações hiperandro-
W..tribuição dos cabelos e uma pesquisa para acantooe nigricnru. gênicas da pele, regulam os ciclos menstruais e promovem a
O diagnóstico de SOPC é primariamente clinico (Fig, 24-10). contracepção. Pode·se dar preferência aos anticoncepcionais orais
Muiw mulheres apresentam níveis elevados de tcstostcrona, UI que contenham progcstinas antiandrogênicas (acetato de ciprotc-
c de insulina de jejum e níveis reduzjdos de globulina de lig;>ção rona e drospirenona).
aos honnônios sexuais.. As condições a serem excluídas no diag- Os aotiandrógenos tambtm podem ser usados como trata-
nóstico de s(ndrome. do ovário poliástico são apresentadas na mento de primeira linha. Esses medicamentos têm potencial tera·
Thbela 24-4. togênico e devem ser usados com cont:rnce.ptivos orais. Os quatro
A.'i pacientes com hirsutismo e SOPC devem ser submetidas a antia.ndróge.nos apresento'ldos no Quadro 24-8 são igualmente
uma ava linção e ao trnt.1mento de todos os futo re.'l de risco mos- efetivos. A associação de contritceptivos orais e an tia.ndrógenos
trados na Figura 24-10. promove a contracepção, reduz o risço desan gramento menstrual
irreguJar e suprime os níveis de andrógenos por um mecanismo
Tratamento da SOPC. Redu ção de peso, dieta e exe.rdcios diferente.
físicos são essenàai,. Baixas doses de pílulas anticoncepcionais Os testes de função hepática são realizado.• antes de a paciente
previnem a hiperplasia e o câncer do endomitrio e. tratam o hir- tomar contraceptiV'OS orni.s e antiandróge:nos. A função renal e os
sutismo e. a ame. Os a.ntiandrógenos podem ser associados a pí- níveis séricos de potássio do mensuradm quando a espironolac·
lulas anticonoepcionais para o tratamento do hirsutismo (ver tona é: utilizada1 principalmente em pacientes com diabetes ou
tratamento do hirsutismo na próxima seção). hipertensão.
Os glicocorticoides c os análogos do hormônio liberador de
gonadotrofina de long;> duração são utilizados como terapia de
segunda linha em pacientes com hir.mtismo grave que não res--
pondam aos antiandrógenos.
930
Doenç,1s do Cabelo Capítulo 124 1
MEDIDAS estセャcaN@ As medida.• estéticas pam o manejo inibição da ativi<bde da Sa-redutase. Estudos mostmm que a es-
do hirsu tismo induem a depilação com lâminas, o uso de agentes pironolactona 100 mgfdia pode reduzir significativamente os ín-
depilatórios químicos pam dissolver o pelo, e métodos de depila- dices de Fe:rriman.Callwey. Os efeitos da espironolactona são de-
ção, tais como o uso de cera quente ou fria. Cicatrização, foliculite pendentes da dose. A espironolactona é bem tolerada, mas
e hiperpigmentação podem ocorrer com o uso de cera quente ou apresenta uma assodação dependente da dose e as irregularidades
fria. O dareamento com produtos contendo peróxido de hidrogê- ュ・ョウエイオ。ゥセ@ a menos que também seja usado um anticoncepcio-
nio e sulfatos ajuda a mascarar os pelos esO.JrO$. O dareamento nal oral. A hiperpotMsemia E rara. Pode causar diurese, hipoten·
pode causar irritação. são postura! e tontur:t precocemente. no tratam ento. Os anri:m -
drógenos podem causar pseudo-hermafroditismo masoolino
Creme de eflornitina. A eflomitina (Vaniqa•) tópica é u m fetal, se utilizados durante n gravidez.
inibidor irreversível da omitina desc.'lrboxilnse., um;, enzima q ue
c..1talisa o passo lim itador de veloddttde para slntese poliam ina Acetato de ciproterona (CPA). o CPA não se encontra
folicular, que é necessário para o crescimento de pelos. A prepara· disponível nos Estados Unidos. Ele é um composto progestogê-
ção tópica reduz a taxa de crescimento de pelos. Os resultados nico com atividadade :tntiandrogênica que inibe os receptores de
demoram aproximadamente 6 a 8 semana.\ mas os pelos crescem andrógenos e a atividade da Sa-redut:ase. O CPA suprime os níveis
novamente: uma vez que o uso do creme tenha sido interrompido. séricos de gonadotrofina e andrógenos. Em virtude de sua meia-
vida ャッョァ[セL@ o CPA geralmente é administmdo de um modo se-
Fotoepilaçáo. A redução dos pelos assistida por fonte de luz quencialmente I1!\II!I'SO. As dooes de etinil estmdiol (20 a 50 mg{dia)
(fotoepilação) é efetiva Os métodos induern fontes de luz com são administradas dumnte 3 semanas (dias 5 a 25), para ァ[セイ。ョエゥ@
lasetJ e n3o lasers, tais como a terapia de luz puls.1da intensa (IPL). a presença de ddos men.nruais ョッイュ。ゥセ@ e o CPA é administrado
Os folkulos pilosos velosos podem permanecer e podem ser d urante"'' primeiros 10 dias (dias 5 a 25) do cido. Doses de 50 a
convertidos em cabelos terminais quando estiver presente um 100 mg/dia de CI'A são freq uentemente prescritas, até que o efeito
excesso de andrógen os, eis.«<> explicaria por que muitas mulheres máximo seja obtido, e ent5o pre."Krevem--se doses mais baixas
apresentam u m novo credmento dos ー・ ャ ッL ᄋ セN@ Essas técnicas são (tais como 5 mgfdia), para a manutenção dos resultados. O CI'A
especialmen te efetivas nas mãos de t.ernpêutas experien tes, q ue tam bém est.i d h.-ponível como u m contraceptivo oral, em 、 ッウ・Nセ@
são sufidentemente agressivos para produzir ヲ・NGᅦエ、Zセ」ャッウ@ duradouros. diárias mais baixas, de 2 mg de CPA com 35 IJ.g de etinil estradiol.
O aeme de eflornitina durante o trat..'lmento pode produzir uma O CPA é geralmente bem tolerado, mas existem efeitos metabóli-
resposta mais rápida. O rusto é um f.ttor limitante significativo cos dependentes da dose simi lares àqueles das doses mais altas de
para muitos pacientes. Diferentes tipos d e peJe necessitam de contraceptivos orais.
abordagens diferentes (Thbela 24-5). Essas técnicas s3o mais efeti-
vas do que a elettólise. Finasterida. A fin.1Sterida ta terapia de segunda linha A espiro-
nolactona é a droga preferida. A finastetida inibe a atividade da
TERAPIA FARMACOLÓGICA. A maioria das mulheres é 5a-redutase tipo 2. A maior atividade da 5a-redutase obsetvada no
tratada com contraceptivos orais. Os antiandrógenos têm ーッエ・ョ セ@ hirsutismo p"""""'mente envoJv, tanto as enzimas 5a.reduta... tipo
cial teratogênico. Portanto, a monote:rapia com antiandmgênicos I quanto a.< do tipo 2. Portanto, a finasterida produz somente um
é evitada, a menos que seja utilizada contracepçilo. Rl:duzir far· efeito inibitório parcial. Não existem efeitos adversos import.1ntes. A
macologicamente os níveis de insulina atenua tanto a ィ ゥ ー・イゥョNッオセ@ espirono lactona 100 mg por dia pode ser mais eletiva do q ue a finas-
linemia quan to a hipernnd rogenemia. CnntudoJ drogas como a terida 5 mg por d in pam o lratamento mais p rolongado. A dose ideal
m etformina mostrnram .se ser m enos efetivas do c(ue os antian- d e 6 nasterida não foi determinada; 5 mg de finasterida parec.e ser a
drógenos. 、ッNセ@ mais oomumente utilizada, mas 7,5 mg podem ser mais efeti-
vos. D"""' de 2,5 e 5 mg podem ser igual mente efetiva.<.
Monoterapia com contraceptivos orais. Os contracep·
tivos orais contêm um estrógeno sintético, o etinil estradiol, em Flutamida. A flut.1mida é a terapia de segunda linha. Ela não é
associaç.'lo de uma progestina. A maioria dessas progestinas é de- utilizada para o manejo de rotina do hirsutismo. O potencial pam
rivada da testosterona e exibe gr.>us leves de androgenicidade. bepatotoxicidade e seu alto custo limitam seu valor. A ftutamida
Outras progestinas, induindo o acetato de ciproterona (CPA) e a é um antiandrógeno puro, com uma inibição dose-resposta do
、イッウーゥ。Qョセ@ são estruturalmente não relacionadas à testaste· receptor androgênico. Doses wriando de 250 a 750 mg/dia s.'lo
rona e: atuam como antagonistas dos receptores de andrógenos. similares em eficácia à espironolactona 100 mg/dia e à finasterida
Os contraceptivos orais reduzem o hiperandrogenismo por su- 5 mg/dia. A dose mais fnqu<Cnt<Cmente usada é 500 mg/dia; a
press.,o da secreçiio de LH (e, portanto, a secreção de andrógenos dose de 250 mg/dia pode ser igualmente efetiva. Foi relatada a
OV:Irianos) e da estimulação da produção hepática de globulinas ocorrência de hepato toxicidade resultando em in.ruliciéncia hepá·
d e ligaçilo aos hormônios sexuais (SH CB) (des...e modo aumen- tic.a e óbito. O efeito pode ser relacionado à dose; não foi oh."er-
tando a ligação dos and rógenos no セッイ@ e reduzi ndo as concen · vada a presença de hepatotoxkidade em meninas adole:sç..en tes e
trnções séricas de andrógenos livres). As evidéncias d e estudos q ue em mulheres que recebe.ram flutamida 62,5 a 250 mg/dia o u em
d3o respaldo à efetividade dos contrnceptivos orois s3o fracas. mulheres jovens recebendo até 375 mg/dia. Portanto, a dose m í·
nima efetiva deve ser usada, e o paciente deve ser mon itorado.
Monoterapia com antiandrógenos. A espironolactona é
um antagonista da a1dosterona que exibe uma inibição competi. Terapia com glicocorticoides. Os glicocorticoides não são
tiva do receptor de andrógenos que é dependente da dose e uma a tempia de primeiro linha Eles têm um potencial para efeitos
931
Dennatologla CHn ica
adversos signific.'ltivos e são menos efetivos do que os antiandró- tico é feito por observação. Qualquer superA'cie que possui pelos
genos. Babc.s• doses de glic:ocortic<>ides reduzem a secreção de pode ser afetada. A cau.<a é desc.onhecida. Uma interaçllo entre os
andrógenos ruprarren;"tis, sem uma inibiç.ão significativa da secre· fatores genéticos e ambientais pode desencade.1t a doença. A alo-
ção de rortisol. Infelizmente. a ウオーイ・セッ@ da roncentração sérica pecia areatiJ é uma queda parcial dos cabelos do couro cabeludo,
de testosterona não é ideal. Os glicocorticoides são usados pata a alopecia total é queda de 100% dos cabelos do couro 01beludo,
suprimir os andrógenos suprnrrenais em mulheres com hiperpla· e a alopecia universal é queda de 100% dos cabelos do couro O ·
sia suprarrenal congênita d<is.iCJ ousada por deficiência da beludo e todos os pelos do corpo.
21-hidro:ólase (CYP21A2). Nessa pacientes. os glicocortiooides
ajudam a prevenir o hirsuti.smo. Em muJhcres com a fonna não PREVALÊNCIA
clássica de deficiência de CYP21A2, os glicocorticoides produum
indução da ovulação, mas seu papel no manejo do hirsutismo é A incidência de AA nos Estados Unidos situa-$e entre O, I% e 0,2%
menos evidente. da população. Sessenta por cento dos pacientes apresentam-se
com sua primeira área de falha na pilificação antes dos 20 anos de
Análogos do hormônio liberador de gonadotrofina idade. A incidência familiar é 37% no.• pacientes que tiveram •ua
(GnRH).A terapia com agonLnas dos C.nRH é a terapia de se- primeira área de falha na pilificação até os 30 anos de idade e
gunda linha. Não tem vantageN terapêutica• quando comparada 7,1% nos pacientes que apresentaram essa ocorrência apó$ os 30
com os mntraceptivos orais e antiandr6ge.nos. Apresenta rusto anos de idade.
elevado, e seu u.o;o é complexo.
APRESENTAÇÃO CLINICA. Observa-se um amplo espectro de
comprometimento . A maioria dos pacientes relata n ocorrência
Alopecia areata súbita de uma a várias áreas de 1 a 4 em de queda de cabeJos no
A alopecht 。イ・エセ@ {AA) é uma doenç.a as..-.intomdtirn comum, ca· couro cabeludo, que pode ser fucilmente ocultada cobrindo-se com
rncterizada pelo surgimento dpido de <(ueda de cabelos total em os cabelos das áreas adjacentes.. A pele é lisa e branca ou pode ter
u ma área bastante d efinid.t1., geralmente arredondada. O diagnós· tufos curtos de cabelos. A haste pilo..a na AA é fTacamente formada
Placas redondas e ovais múltiplas de queda de cabelos. O cabelo que cresce é branco.
Queda dos d lios e sobrancelhas é um achado comum. Alopecia total. O cabelo cresce novamente por perlodos curtos.
O prognóstico para esse crescimento normal é desfavorável.
Figura 24-11 Alopecia areata.
932
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
e se quebra ao atingir a superllcie (Fig. 24-11 ) . Alguns pacientes A M é devastadora para a consciência de autoimagem dos adoles-
q ueixam-se de coceira, sensibilidade ou uma sensação de q ueima- centes. Os pacientes fazem tentativas de esconder as áreas de cal-
ção antes do aparecimento das áreas de fal ha na pilificaç.'ío. vície cobrindo-as com cabelo.., compridos das áreas adjacentes. As
AA parece progredir como u ma o nda de folículo..-. que entram pessoas com q ueda extensa que não podem disfarçar as falhas de
prematuramente na fase telógena. O evento enfraquece ou estreita modo adequado podem usar estratégias para esconder a falha ou
a haste pilosa, que continua a crescer antes que a fase telógena podem util izar uma peruca. Uma rede de grupos de apoio nos
tenha se complet.1do. A maior parte dos cabelos enfrnqueddos Estados Unidos está disponível para ajudar as pessoas a lidar com
fratura ao alcançar a superfície. Os cabelos afet.1dos, q ue são fre- medos, isolamento e preocupações. A National Alopecia Areata
quentemente encontrados retidos na periferia de uma lesão, têm Fou ndation (\vww.naaf.com) fornece folhetos informativos, notí-
uma haste superior normal e uma ba....e estreitada - cabelo em cias periódicas, pesquisas, atual izações, fontes de próteses de
"pon to de exdamaçâo". couro cabeludo, videotapes para estudante.., e a localização dos
O novo crescimento se inicia em 1 a 3 meses e pode ser se- grupos de apoio, além de realizar uma conferência anual para
guido pela queda na mesma área ou em outrns áreas. O cabelo ajudar pacientes a lidar com a condição. O médico pode fornecer
novo geralmente é da mesma cor e textura, mas ele pode ser fino apoio continuado para esse difícil problema.
e branco. Oca....ionalmente a cor branca permanece. Os dlios, a
barba (Fig. 24-12) e, mmmen te, outras partes do corpo podem ser ALTERAÇÕES UNGUEAIS. A distrofia ungueal pode ser as.•o·
envolvidos. A queda total de cabelos do cou ro cabeludo (alopecia dada a AA. A incidência é 10% a 66%. A formação de fóss ulas
total), observada mais frequentemente em pessoas jovens, pode com um padrão irregular, ou em filas longitudinais ou transversas
ser acompanhada de ciclos de crescimento e q ueda, mas o prog· organizadas e estriações longitudinais, pode resultar em uma
nóstico para o um novo crescimento em longo p razo é ruim. A aparência de lixa d'água observada em uma ou em todas as unhas
queda de pelos do rorpo ( alopecia universal ) é muito mm. de alguns pacientes com AA (Fig. 24·13). A distrofia precede,
coincide ou ocorre após a resoluç.;o da AA.
IMPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS. o cabelo representa um
papel importante na aparência e na autoimagem do individuo, e PROGNÓSTICO. O auso é imprevisível; a rernpemção pode ser
a queda repentina de cabelos com um padrão bizarro é psicologi· completa ou parcial. A presença de vários episódios de q ueda e
camente dolorosa. Ela afeta a q ualidade de vida e limita a liber- 」イ・Nセゥュョエッ@ ウオ」・NGゥセカッ@ é típica dessa condição. O prognóstico para
dade social. As pes.'iOas afetadas entendem a q ueda parcial de ca- o crescimento sucessivo permanente total, em casos com compro-
belos como u ma calvície e temem a queda total de cabelos. A metimento limitado, é exce.lente. A maior parte dos pacientes apre-
aparência é chocante, e a imagem do paciente atrai olhares ruriosos. senta um total crescimento sucessivo dos cabelos em um prazo de
1 ano sem tratamento; 10% desenvolvem doença crônica e podem
n unca voltar a exibir um novo crescimento dos cabelos. Pacientes
com uma história familiar de AA, jovens no momento inicial, por-
tadores de doenças im unes, distrofia ungueal, atopia e q ueda de
cabelo.., extensa têm u m prognóstico desfàvorável.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL o
diagnóstico diferencial
inclui tricotilomania e eflúvio telógeno. Em casos de tricotiloma-
nia, existem cabeJos rurtos e quebradiços. Uma biopsia com um
prmcl1 de 4 mm pode ser necessária. A queda de cabelos ocorre em
todo o couro cabeludo com eflúvio telógeno. A alopecia difusa ou
com aspecto em •roído de traça .. da sífilis serundária pode ser
confundida com a AA.
Figura 24-12 Alopecia areata. A região da barba é a se- Figura 24-13 Formação de fóssulas superficiais da unha
gunda região mais comum a ser afetada. ocorre em alguns pacientes com alopecia areata.
933
DeronaLologla CHnlca
934
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
Glicocorticoide intralesional
Todos os sítios
O composto preferido é o acetonido de triancinolona (1 O mg/ml), administrado com uma seringa de 3 ml, com uma agulha com 1 lo> pole-
gada e calibre 30. Concentrações de 2,5 a 8 mg/ml também podem ser usadas; 2,5 mg/ml é usada para a área da barba e sobrancelhas. In-
jetar O, 1 ml ou menos na mesoderme em múltiplos sítios distantes 1 em um do outro; nao deixe formar bolhas, nem injete no tecido subcu-
tAneo. Repetir a cada 4 a 6 semanas; caso ocorra atrofia da pele, nao reinjetar o sítio afetado até que a atrofia apresente resolução.
Opcionalmente, pode-se utilizar uma anestesia tópica: aplicar uma mistura de lidocaína a 2,5% e prilocaína a 2,5% (creme EMLA) na fonna
de uma camada espessa sobre a pele intacta e cobrir com curativo oclusivo por uma hora, antes da administração das injeções; remover o
creme imediatamente antes das injeções.
Couro cabeludo
A dose maxima é 20 mg por sessao. Quando mais de 50% do couro cabeludo tiver sido afetado, injetar somente os sítios selecionados.
Sobrancelhas
A dose máxima é 1,25 mg por sessao, injetado no interior da mesodenne de cada sobrancelha, em cinco ou seis sítios (para um total de 2,5
mg para ambas as sobrancelhas).
Barba
A dose máxima é 7,5 mg por sessao.
Soluçao tópica de minoxidil a 5%.
Couro cabeludo e barba
A dose máxima é 1 ml por aplicação. Aplicar nos sítios afetados, duas vezes por dia. Espalhar a soluçao com os dedos. lavar as mãos após a
aplicação. Esse tratamento não é efetivo para pacientes com queda total (100%) do cabelo.
Sobrancelhas
Com um dedo, realizar duas aplicações em cada sobrancelha, duas vezes por dia, usando um espelho para garantir uma colocação com pre-
cisao. Segurar uma bola de algodão sobre o olho, para proteção. lavar as mãos a seguir.
Antralina (contato curto)*
Aplicar 0,5% a 1% de oreme de antralina no couro cabeludo afetado, uma vez por dia. Deixar agir durante 20 a 30 minutos, todos os dias,
durante 2 semanas, e então por 45 minutos, diariamente, por 2 semanas, até um máximo de 1 hora diariamente. lavar as maos em seguida,
e evitar que a an1ralina caia nos olhos.
Remover do couro cabeludo com óleo mineral; então lavar a área com água e sabão. Não usar nas sobrancelhas e nem na barba. Alguns pa-
cientes toleram a aplicação mantida durante toda a noite.
Glicocorticoide tópico
Aplicar duas vezes por dia.
lmunoterapia tópica
Usar difenciprona ou o dibutil-éster do ácido esquárico para induzir a sensibilização de contato. Para a sensibilização inicial, aplicar solução a
2% do alérgeno de contato selecionado, em acetona, até uma área de 4 crn2 em um lado do couro cabeludo. Após a sensibilização inicial,
aplicar solução diluída do alérgeno de contato, semanalmente, à mesma metade do couro cabeludo, em duas camadas. Tanto para a aplica-
ção de sensibilização quanto para as aplicações semanais subsequentes, o paciente deve eliminar o alérgeno. lavando a cabeça depois de 48
horas. Ajustar a concentração de alérgeno, de acordo com a resposta ao tratamento da semana anterior. Respostas desejadas incluem pru-
rido leve, eritema e escamação.
Concentrações de alérgenos que provocam respostas variam de 0,0001%, 0,001%, 0,01 %, 0,025%, 0,05%, 0,1 %, 0,25%, 0,5% e 1,0%
até 2,0%. Após o orescimento de o cabelo ter sido estabelecido no lado tratado (em 3 a 12 meses), então ambos os lados do couro cabeludo
serao tratados. Aplicar sensibilizador de contato com aplicador de madeira, com a extremidade com uma quantidade generosa de algodão (o
médico ou a enfermeira que estiver fazendo as aplicações semanais do tratamento deve usar luvas). Para minimizar os セAヲ ・ ゥエ ッウ@ colaterais, reco-
menda-se que o alérgeno seja aplicado em um consultório médico e nao seja dado para o paciente usar em casa.
Glicocorticoides orais
Alopecia areata ativa, extensa ou com rápida disseminação
Para pacientes com peso > 60 kg, o tratamento recomendado é 40 mg de prednisona oral, por dia, por 1 semana; a seguir, 35 mg por dia,
por 1 semana; 30 mg por dia, por 1 semana; 25 mg diariamente, por 1 semana; 20 mg por dia, por 3 dias; 1 5 mg por dia, por 3 dias; 1O mg
por dia, durante 3 dias; e 5 mg por dia, durante 3 dias. A prednisona pode ser usada na fonna de solução tópica de minoxidil a 5%, duas
vezes por dia, diariamente, e injeções intralesionais de acetonida de triancinolona. administrada conforme descrito anterionnente, a cada 4 a
6 semanas. A terapia tópica deve ser repetida duas vezes por dia, com ou sem injeções intralesionais a cada 4 a 6 semanas, após a dose de
prednisona ser titulada.
Alopecia areata ativa, menos extensa
Vinte miligramas de prednisona oral devem ser administrados diariamente ou em dias alternados; a dose deve ser titulada lentamente, em
aumentos de 1 mg, após a condição se tomar estável.
*Antrahna é de1xada sobre o couro cabeludo durante 20 a 60 m1nutos.
Adaptado de Price VH: New Engl J Med 341, 1999. PM/0: 10498493
935
Dermatologia CHnica
A tricorilomania (TTM) é um transtorno crônico do controle do muitas criant;as, a tricotilomania t desencadeada por hospitaliza-
impulso caracterizado por puxar os cabelos de modo repetitivo,
ções ou intetVençôes médicas, problemas domésticos ou dificul-
result.1ndo em aJopecia. Outros au tores consideram que essa con· dades na escola. C1."os também ocorrem com competição entre
936
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
Figura 24-15 Cabelo foi retirado manualmente de uma re- Figura 24-16 Diversos pelos curtos encontram-se distribuí-
gião ampla do couro cabeludo. Não há inflamação ou cicatriz. dos aleatoriamente no sítio envolvido.
937
Dermatologia CHnica
lírulo é o alvo da inflamação. Nas alopecias cicatriciais sea.mdá- Quadro 24-16 lúpus Eritematoso Cutâneo Crônico
rias (Quadro 24- 14), o folírulo é destruído por um processo não
folicular. Nas alopecias cicatriciais primárias, a in flamação é pri- • Mulheres jovens até meia-idade
mariamente linfodtica ou neutrofílica. Todas as partes do folículo • Lesões nas áreas expostas ao sol -face, orelhas, couro cabeludo
• Placas escamosas, eritematosas, bem circunscritas
podem ser ・ョカッャゥ、。NセL@ mas a área abau lada do folíado, onde os
• Formação de tampões foliculares, telangiectasia, atrofia e des-
músrulos eretores dos pelos se inserem, é o alvo primário do
pigmentaçAo
processo in flamató rio. E....セ・@ abaulamento contém as células-
• Lesões ativas, precoces podem ser sensíveis e pruriginosas
tronco para regeneração do folírulo inferior d urante o ddo de • Lesllo desenvolvida - crosta escamosa com espículas folirula·
evolução folirular normal. O est.igio final é a forrnaç.'ío de uma res (escamas achatadas e lisas fixadas à superfície subjacente)
pele lisa, com ausência de orifícios foliculares. A causa primária • Sem bordo ativo como no líquen planopilar e outras
pode ser relacionada às glândulas sebáceas. • Placas sem inflamaçAo visível podem lembrar a alopecia areara
ou a pseudopelada
ALOPECIA CICATRICIAL CENTRiFUGA CENTRAL (SiN- • Alteraçao da interface na junçAo dennoepidérmica
DROME DE DEGENERAÇÃO FOLICULAR). F."-'"' doença é • Infiltrados linfocíticos- perifolirular + entre folículos, ao redor
comum e ocorre mais frequentemente em in divídu os melanodér- dos vasos sanguíneos superficiais e profundos, e nas glândulas
micos. A alopeda cicatridal é mais proeminente na coroa do écrinas e a seu redor
• O diagnóstico é difícil no estágio de fibrose
couro cabeludo (Quadro 24-15). Existe migração das hastes pilo-
• lmunofluorescência - lgG, lgM ou depósitos de complemento
sas através da bainha radicu lar externa. A bainha rndicular in·
em uma banda na junçAo epidérmica-dérmica
tema desaparece em um ponto muito baixo no folículo, abaixo
• Tratar com propionato de clobetasol tópico, uma ou duas ve-
do istmo. A descamaçâo p rem atura da bainha radicuJar interna zes por dia, diariamente; suspensao de acetonida de triancino·
é encontrada nos folículos inflamados e não inflamados e no lona 1ntraleS10nal I O mg/ml repet1da a cada 4 a 6 horas (muito
couro cabelu do "normal". Existe um espectro de gravidade desde efetiva); creme de imiquimod (PMID: 17142214); pomada de
lent.1mente progressivo (durante décadas) e doença relativa- tacrolimus O, I %
mente não inflamatória até rapidamente progressivo (durante • Corticosteroides orais, tais como prednisona 1O a 20 mg, dia·
riamente pela manha e posteriormente reduzir para terapia
em dias alternados com uma reduçAo gradual da dose para
múhiplas lesões pruriginosas
• Usar sulfato de hidroxicloroquina, retinoides (isotretinoína, aci-
tretina), azatioprina e ciclosporina para a doença mais extensa
Figura 24-17 Lúpus eritematoso discoide. Placas escamosas, Figura 24-18 Lúpus eritematoso discoide. Lesões por fim
vermelhas, que evoluem para formar placas hiperpigmentadas formam cicatrizes atróficas lisas, conforme observado no
ou hipopigmentadas atróficas irregulares. Escamas preenchem meio dessa lesão.
os folículos pilosos dilatados e formam aparência de " tachi-
nhas de tapeceiro" .
939
D ermato logia CHnica
anos) e doença al tamente inflamatória. Pacientes com doença Quadro 24-17 líquen Planopilar Clássico
al tamente inflam atória devem ser descritos como tendo folicuJ ite
decalvante. O estágio 6nal pode ser descrito romo pseudopelada. • Mulheres adultas
• As lesões mostram um padrao centrifugo centrado no vértice,
mas pode ocorrer em todo o couro cabeludo
LÚPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO CRÔNICO • Pápulas folirulares, hiperqueratóticas, espinhosas com eritema
perffolicular
O lúpus eritematoso rutfineo crônico (lúpus eritematoso dis- • Placas de alopecia com formato poligonal, atróficas, lisas, com
coide) é uma causa com um de a lopecia cicatricial (p. 683) atividade nas margens das lesões que estllo se dissemina ndo
(Qu adro 24-16 ). As m u lheres são mais fTequenteme.nte afetadas. para fora; restar uma cicatrizaçao central é uma ocorrência tí·
As áreas calvas discretas p recoces parecem com pseudopelada o u pica
líquen plano pilar. lesõe.-. tardias são ma is acentuadas e clinica- • Dermatite liquenoide na junção dermoepidénnica
mente diagnóstirns. A combinaç.;o de escamação difu.-.a, eritema, • Fibrose la melar concêntrica ao redor dos folículos em lesões
em estágio avançado
telangiectasias e hiperpigmentaçâo mosqueada dentro das áreas
• lmunofluorescência é positiva em 50% dos pacientes; enfati-
de cicatrização é al tamente caracteristica. Ocorrem um tam pona-
zando os corpos citoides com lgG, lgA, lgM ou C3
mento fo licular e a atro6a epidérmica (Figs. 24-17 e 24-18). Com • Diagnóstico diferencial - lúpus eritematoso, pseudopelada e
o tempo, os folículos tamponados desaparecem, e a peJe toma-se foliculite descalvante
lisa, atrófica e cicatricial. A biopsia de lesões p recoces mostra alte- • Tra1ar com esteroide tópico セ@ base de propionato de clobetasol
rações inflamató rias folirulares; lesõe.-. tardias mostram cicatriza- • Suspensão de acetonido de triancinolona 1O mg/ml de aplica-
ção na derme retirular. O tratamento inclui o us.o de esteroides ção intralesional para lesões ativas
intrale.-.ionais e antimaláricos (hidroxicloroquina). • Agente oral: tetracidina PMID: 17467854
• Outros agentes orais - corticosteroides, suKato de hidroxidoro-
quina em longo prazo, tetraddina, azatioprina e ddosporina
LIQUEN PLANO PILAR (Fig. 24-19)
O líq uen p lan o fo licular do couro cabeludo (líquen planopilar
fLPP]) é mais com u m em m u lheres. Existe m várias apre.o;entações partes fro ntal e cen tral do couro cabeludo e da coroa são mais
clínicas (Quadro 24-17). Lesões típicas aprese.ntam-se com e ri- comu mente envolvidas. Grande.-. áreas do couro cabeludo podem
tema e escamação perifolirular o u como q ueda de cabelos parcial estar envolvidas. As lesões são mais ativas na margem por onde
ou em focos 、ゥウNセュ ゥョ 。、ッウN@ Pode ser insidiosa ou fulminante. As omrre a expansão. LPP é mais ativo na periferia da placa do q ue
o lúpus eritemato.-.o discoide. O utras le.,.ões cutâneas e mucosas
do líq uen plano podem estar presentes. Os pacien tes q ueixam -se
Figura 24-19 Liquen planopilar. Alopecia placoide, pápulas de dor, fo rmigam ento ou quei mação nas áreas ativas. Outros têm
f oliculares hiperqueratóticas. O espectro dos achados varia de u ma grande área de alopeda dcatridal central na coroa, 。ウNセゥュ@
um comprometiment o f olicular puro, sem evidências de cica- chamada alopecia cicatricial centrifuga central (C..C..C.A) (p. 938).
trização, até alopecia cicatricial do couro cabeludo. F.s..セ@ condiç.;o será discutida em u ma seç.;o posterior deste capí-
940
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
Quadro 24-18 Pseudopelada Clássica de Brocq tulo. A comprovaç.;o histológica é ョ ・」ウNセ£イゥ。@ parn o diagnóstico.
{Aiopecia Cicatridal lnespedfica) A biopsia de lesões precoces mostra inflamação da interfuc.e liq ue-
noide envolvendo somente os folículos e a denne perifolirular. A
• Uma alopecia cicatridal progressiva, nao inflamatória de ori-
gem desconhecida imunofluorescênda em estágios ativos mostra uma pigmentação
• Placa original geralmente está sobre a coroa do couro cabeludo corporal cistoide por a nti-lgM e anti-lgA.
• Ocorre primariamente em mulheres jovens até a meia-idade LPP é u ma condição de difícil trat.1mento. E.rteroides tópicos
• As lesões sao redondas ou ovais; diversas podem coalescer su perpoten tes, esteroides intraJesionais e pequenos a1rsos de es-
para formar placas ligeiramente deprimidas, calvas, irregulares temides oral são o..-. tratam entos de primeira linha mais comuns.
• Ausênda de áreas de foliculite; os fios de cabelo na periferia Doxicidina e tetracidina (PMID: 17467854) já foram tentadas,
sao fadlmente extraídos. por seus efeitos anti-inflamatórios. Hidroxidoroquina, i'"'tretinoína,
• As placas disseminam-se lentamente durante décadas ou a dapson a, talidomida e ciclosporina também já foram opções tes-
progressao é rápida t.1das.
• Podem se tornar calvas em alguns anos
• Fazer a biopsia na pele que possui cabelos no bordo de uma
placa cicatrizada LIQUEN PLANO PILAR COM ALOPECIA
• Infiltrados linfocitários ocorrem ao redor do infundíbulo folicu- ESCLEROSANTE FRONTAL
lar e folículos centrais nas lesões precoces
• Diagnóstico diferencial - lúpus eritematoso, líquen planopilar, Alopecia 6brosante frontal (FFA) é considerada uma variante da
foliculite descalvante, síndrome de degeneração folicular; LPP. Mu lheres na fase da pós-menopausa apresentam-se com um
pode ter se originado como essas doenças, mas com o passar processo cicatricial que se desenvolve na linha de imp lantação
do tempo sofreram degeneração e perderam suas característi- front.1l do cabelo e então, gradualmente, se estende em direção
cas clínicas e histológicas posterior. Pode haver queda associada da sobrancelha. A margem
• O tratamento resistente aos esteroides tópicos, minoxidil a da área de alopeda qu e vai avan çando pode demonstrar minúscu-
5%, esteroides intradérmicos; medicações orais geralmente
ineficazes las pápulas perifolkulares nas base.'i dos pelos terminais. Os
achados da biopsia são os mesmos da LPP.
941
Dermatologia CHnica
homens adultos leucodénnicos com aglomerados de áreas sem Quadro 24· 19 Foliculite Descalvante
cabelo, amplamente 、ゥウエイ「オ■ッセ@ com forma irregular, 。Nウᄋセゥョエッ ᄋ@
máticos que eventualmente são atróficos. Os periodos de progres- • Ocorre em adultos e apresenta uma evolução muito longa
são patológica são seguidos por períodos dormentes. • Placas de pústulas circundam múltiplas áreas ovais de alopecia
em expanslío
• Episódios de foliculite podem ocorrer por anos, causando foii·
FOLICULITE DECALVANTE (Figs. 24-21 e 24-22) culite em tufos em alguns casos
• Algumas vezes encontrados na barba, regiões púbicas e axila·
A foliculte decalvante é u ma erupção pustuJar crônica do couro res, parte interna das coxas
cabeludo resultando em alopecia permanente em placas (Quadro • lnfiltraçao neutrofnica inicial
24-19). As lesõe.< em estágio final mo_ruam amplas áreas de cica- • Fibrose dérmica perifolicular moderada
trização, com lesões ーオZセエj。イ・ウ@ ativas na..-. margens. A etiologia é • Diagnóstico diferencial - foliculite bacteriana, fúngica ou vira!;
desconhecida. A foliculite bacteriana crônica ou as alterações nas síndrome de degeneração folicular; e acne necrótica
respostas imunes do hospedeiro são mecanismos propostos. Sta- • Tratamento- cultura das pústulas; xampu de iodopovidona.
pltylococcus aureus pode ser cultiVlldo de lesões pu.<tulares. Amos- antibióticos tópicos (Cieocin"' ou mupirocina); esteroides tópi·
cos algumas vezes efetivos; antibióticos orais: tetraciclina, mi-
tras de b iopsia de lesões precoces mostram abscesso..-. neutroõlicos
nociclina, cefalosporinas, ciprofloxacina; rifampina com clinda·
foliculares nos infundíbulos ou níveis superior ou médio do folí- micina, ou sulfametoxazol/trimetoprima; corticoS1eroides orais
culo. Lesões tardias reveJam a ーイ・Nセョ。@ de linfócitos dénnico.'i,
destruição dos folírulos e cicatrização da derme. Antibióticos sis-
têmicos ou tópicos (mupirocina) e antibioticoterapia bactericida
diária dos vestíbulos nasais para eliminar o estado de portador de
Stap1tylococcus podem ajudar. uュセ@ dois ou três ciclos de 10 sema-
nas de uma combinação de 300 mg de rifumpicina e 300 mg de
dindamkina duas vezes por dia por 10 semanas podem eliminar
a doenç.•. O u.<o de dapsona 100 mg por dia mostrou-se efetivo.
Alguns pacientes apresentam área.< de foliculite em tufos. Foliculite
Figura 24-21 Foliculite descalvante. Placas atróficas irregu· Figura 24-22 Foliculite decalvante. A foliculite crônica leva
lares a ovais, bem definidas, de alopecia com pústulas folicu· à cicatrização progressiva.
lares nas margens que avançam para o ext erior.
942
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
Quadro 24-20 Celulite Dissecante dos pelos em tufos (uma pos.<ível variante de foliculite decal-
vante) é caracterizada por fusão folicular na qual múltiplos tufos
• Homens melanodérmicos jovens pilosos emergem de um único orifício foliruJar dilatado. fNGゥセ。ウ@
• Manifesta-se como ruptura folicular com formaçao de abs- duas entidades patológicas podem fazer parte de um contínuo de
cesso
uma mesma doença.
• Nódulos dolorosos e flutuantes no couro cabeludo, que dre-
nam e formam abscessos interconectados, extensos com traje-
tos fisrulares CELULITE DISSECANTE (Figs. 24-23 e 24-24)
• A cicatrização é extensa
• Parte da triade de oclusão folicular (foliculite dissecante, acne F.s.セ@ . doença rara afeta mais frequentemente homens jovens mela-
conglobata, hidroadenite supurativa) nodénmicos (Quadro 24-20). Nódul<>-s inflamatórios múltiplos
• Infiltração granulomatosa, neutrofílica, linfo-histiocítica são concentrados na coroa, vértice e na região occipital. Elas evo-
• Fibrose na derme e na subderme luem para fonnar ponte.'i coalesc.entes, esponjosa..'i", flutuantes,
• Diagnóstico diferencial - foliculite descalvante, aone queloide- ovais e lineares que por fim drenam material puruJento. Pode
ana, quérion fúngico haver pouca ou nenhuma dor. A presença de folírulos pilosos
• Tratamento- casos precoces: tetraciclina, doxiciclina, minoci- parece ser ・ウNセョ」ゥ。j@ para a progres..-.ão da doença. Em uma fuse 6-
clina, cefalosporinas, ciprofloxacina; casos avançados: isotreti-
noína, corticosteroide oral, dapsona; drenagem de abscessos naJ, ocorrem fibrose dérmica densa, formação de ffstulas, cicatri-
zaç.;o hipertrófica e queda permanente de cabelos. A *tríade de
grandes
oclusão folirular* consiste em foliculite dissecante, hidradenite
supurntiva e acne conglobata. A isotretinoína é efetiva.
Figura 24-23 Celulite dissecante. Abscessos superficiais e Figura 24-24 Celulite dissecante. O estágio final é a alope-
profundos intercomunicantes e alopecia cicatricial disseminada. cia cicatricial espessa extensa.
943
Dermatologia CHnica
944
Doenças do Cabelo Capítulo 124 1
945
Dermatologia CHnica
ACNE NECRÓTICA
TRICOMICOSE
aセ@ nea6tica é uma forma grare de folirulite do oouro cabeludo.
l'ápulas e pústu1as evoluem para formar CJO.'<L-.s deixando ciGitrius A tricomicose é uma infecção assintomática dos pelos axilares ou
deprimidas. A ame neaótica pode também aparea:r na faa:. púbicos causada pelo Cor}'nebaaerium. A baste pilosa toma-se re-
coberta por concreções finnes amarelas (ocasionalmente verme-
DERMATOSE PUSTULOSA EROSIVA lhas o u pretas) (Fig. 24-30) . A hiper-hidrose geralmente e:st;\ pre-
sente. O cabelo é ra."pado1 e a hiper·hidro.'ie é controlada com
A de.nnatose. ptL<itulosa erosiva é uma doença de origem desco- antipeiSpirnntes. O r.reme de doridrnto de naftilina a 1% ( Nafrin"')
nhecidn, que ocorre nos idosos e frequentemente na pele do é efetivo para infecçõe.oc fúngicas superficiais e também tem pro-
couro cabeludo lesada por irradiação actínica. As lesões podem priedades antibaderi::mas. Ele é comprovadamente efetivo para o
suceder um trauma ou os procedimentos destrutivos para quera· manejo da trioomicose.
エッウ ・Nセ@ actlnicas. Os pacientes apresentam-se com placas vermelhas,
pustulos.1s, com crostas e erosadas no couro cabeludo (Fig. 24-29).
A イ・ュセッ@ de crostas revda a presença de material purulento. As
lesões progridem lentamente e se reparam com alopecia cicatri·
cial. Então, as セイ・。ウ@ adjacentes tornam-se afetadas. A biopsia re·
vela um infiltrado inflamatório difuso ou em placas, rom linfócitos
e plasmócitos p""mtes na derme. PMID: 17637361 Os esteroides
tópicos potentes, pomada de tacrolimus tópica, creme de c:alcipo-
triol (c.1lcipotrieno) e isotretinoína (0, 75 mglkgldia) são alguns
dos tratamentos relatados. PM/0: 16205074
Figura 24-29 Dermatose pustular erosiva. Formaç3o de Figura 24-30 Tricomicose axilar. Concreçóes amarelas são
crostas difusa associada a múltiplas lesões pustulares, exsuda· aderentes aos pelos axilares. Essas concreçóes são compostas
tivas e erosivas. As lesões pustulares fundem-se progressiva· por uma massa de micro-organismos difteroides e não por
mente. fungos.
946
125 1
Doenças das Unhas
Veja nas páginas seguintes fotos das doenças ungueais mais
CONlWDO DO CAPfTul.o comuns.
• Anatomia e fisiologia
• Variações normais ANATOMIA E FISIOLOGIA
• Distúrbios ungueais associados a doença de pele
ANATOMIA. A unidade ungueal oonsiste em vários componen·
• Distúrbios adquiridos tes (Fig. 25w1 ). A lâmina ungue;al é queratina morta dura, エイ。 ョ ウー。 セ@
Infecções bacterianas e virais rente. A dobro ungueal inclui a pele ao redor das fuces lateral e
Infecções ungueais fúngicas proximal da lâmina ungueal. A dobra ungueal proximal sobrepõe
Traumatismo a matriz. Sua rnmada de que.ratina estende-se para a lâmina un-
gueal proximal formando a cutícula. A.• alças capilares na ponta
• A unha e as doenças internas
da dobra ungueal proximal normalmente siio peque.nas e inapa·
• Cor e alterações induzidas por fármacos rentes.. mas tomam·se: distintas em doenças como o lúpus erite.·
matoso sistêmim e a esderodermia. O epitélio da dobra ungueal
• Anomalias congênitas
proximal cobre a lâmina ungueal proximal por alguns milímetros
• TUmores e. em seguida, faz uma volta de 180° graus e volta em contato
direto com a lâmina ungueal. Ela faz outra volta de 180° graus e
torna-se contínua com a matriz ungueal.
Dobra ungueallateral
I
Cu11cula
l.iJnula
Dobra
ungueal
proximal lAmina ungueal
947
Dermatologia CHnica
Deformidade por hábito- Sulcos, pág. 950 linhas de Beau, pág . 966
tique, pág. 965
948
Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
949
Dermatologia CHnica
I\
Figura 25-2 Topografia dérmica subjacente à unidade un-
gueal. O leito é constituído por sulcos longitudinais paralelos
com pequenos vasos sanguíneos em sua base. A patologia Figura 25-5 Bandas pigmentadas ocorrem como um
anatômica das hemorragias em estilhas é evidente. achado normal em mais de 90% dos negros.
950
Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
Figura 25-6 Psoríase. Separação da ll!mina ungueal do le ito Figura 25·7 Psorfase de toda a matriz ungueal causa unhas
ungueal (onicólise) pode estar presente em várias unhas. In- deformadas.
fecções fúngicas têm aparência semelhante.
Figura 25-8 Psoríase. Pitting é a alteraçao mais comum en- Figura 25-9 Psorfase do leito faz com que soro vaze sob a
contrada na psoríase. lâmina ungueal e orig1ne uma • mancha d e óleo".
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D ermato logia CHnica
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Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
DISTÚRBIOS ADQUIRIDOS
Figura 25-12 Paroníquia aguda . A dor aguda e inchaço das Figura 25-13 Paroníquia aguda. Elevação da dobra un-
dobras ungueais laterais podem acompanhar qualquer tipo gueal lateral libera uma grande quantidade de material pu-
de traumatismo (mordedura, sucção, irritantes químicos). rulento. A dor é aliviada imediatamente. lave a cavidade
com soro fisiológico.
953
D ermato logia CHnica
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Ooenç.as da.s Unhas Capítulo 125 1
Tratamento. A resolução da paroníquia crônica depende de recem 2 a 12 meses após o início do t:rntammto. A regres.<iio
evitar a exposição a irritantes por contato e do muamento de in- completa das manifestações culâneas ocotre no prazo de 9 a 12
flamação e infecção subjacentes. Deve-se tentar todo o possível semanas apó." os fiinnacos semn retirados. A inibição de protea-
para manter a dobra ungueal seca Os pacientes da'ml evitar lavar ses mdógma.• pode explicar a bipertro6a inicial da dobra ungueal
louç:u e lavar os próprios cabelos. luva< de borracha ou de plás- e o subsequente de<envolvimento de lesões semelhantes a grnnu-
tico s3o úteis, mas a umidade arumula nelas com o uso prolon· lo ma piogênico.
gado. As mãos permanecem secas se uma luva de algodão for
usada sob a luva de borracha. O controle da inAamação é o p rin- INFECÇÃO POR PSEUDOMONAS. A esp<>-<ição repetida a
cipa l objetivo. Cremes esteroides tópicos (grupo V), aplirndos água e sabão cau."a mncernção do hipo níquio e amaciam ento da
d uns vezes ao d ia por até 3 semanas são mais etk.ues . q ue o s 。ョ セ@ lâmina ungueal. A separaç"'o da lâmina ungueal (onicóli<e) espõe
tifúngicos si.stêmicos. Os antibióticos orais não penetram neste um ・N セ ー。 ッ@ ú mido e macerado entre. a lâmina ungueal e o leito
local d istai em concentração suficiente. e a vnriedade. de o rganis- ungueaJ, q ue é um local fértil para o cre.'idmento de Pscudomcmas.
mos é demasiado numerosa para responder a um Mico agente A lâmina ungue.1l assume uma cor p reta-esverd eada (Fig. 25-16 ).
ornl. Os tratamentos para manter o espaço entre a lâmina ungueal Há um pequeno desconforto ou inflamação. Esta apresentaç.io
e dobra ungueal proximaJ podem ajudar. Coloque tinrura fúngica pode ser confundida com hematoma su bungueal [Fig. 25-32),
(miconawl), suspensão tópica de cidopimx (olamina) ou uma mas a ausênáa de dor com infecção por Pseudomonas estabelece o
ou duas gotas de ti moi a 3% em etano! a 70% (composto por um diagnóstico. Aplique algumas gotas de uma mistura de uma pane
f.lrmaCÊUtiro) na dobra uogueal proximal e espere e<te líquido de alvejante com cloro/quatro partes de água debaixo da unha.
fluir por ação capilar até o espaço criado pela cutfrula ausente. três vezes ao dia. O vinagre {ácido acético) também pode ser uti-
Uma ligeira elevação da dobra uogueal proximal com um palito lizado.
de dentes chato facilita a pe.netração. Isto deve ser repetido duas
ou três vezes por dia, dumnte sema nas, até que a cutícula seja PANARiCIO herpセtico N@ No passado, d entistas e enfermei-
ヲッョセ、。@ novamente. A cutícula pode nu nca formar-se novamente ros corriam risco de contrair infecção pelo vírus ィ ・イーN セ@ sim pie."
em pacientes m m inflamaç.'ío de lo nga data. Flumnawl (200 mg/ (HSV) da po nL1 do dedo. Adultos jovens são tipicamente acome-
dia) por 1-4 semanas pode controlara inflnm::tç!\o crônica. Cursos tidos por HSV-2. A infecção pelo HSV- 1 das mãos om rre em
de curta duração de 8uconazol podem t.er de ser repetidos à me- crianças com o re."ultado de autoinoculação após gengivostoma-
dida que a infecção recidiva. tite herpética. O risco diminuiu consideravelmente com o uso de
luvas. O aparecimento e evolução da doença são semelhantes aos
PARONIQUIA INDUZIDA POR FÁRMACOS. Rebtou-se de outros locais do corpo, exceto que há dor extrema das pontas
que os inibidores de protease lamivudina e indinavir., usados no dos dedos edemaciados (Fig. 25· 17). Linfangite e linfadenite, se-
tratamento do vírus de imuooddiciéncia humana. causam paro- amdárias a infecção pelo HSV da mão, são complicações possí-
níquia e unhas dos pés mcravadas em cerca de 4% dos pacientes veis, partirulannente com infecção pelo HSV-2. A infecção pelo
que recebem esses fármaros. lesôe3 semelhante< a granuloma vírus do herpe< simple< em pacie.ntes com AIDS é caracteriz.1da
piogénico, superinfecção por Staphyloeoecw, onicólise e """"""'· por apresentações atípicas e localizações incomuns. As infecções
mento grave da pele também podem estar presentes. As unhas dos herpéticas do dedo ne<se< pacientes pode.m evoluir rapidamente
dedos grandes dos pés geralmmte são acometicbs. As lesões apa- para a d estruição completa de estrururas ungueais.
Figura 25· 16 Pseudomonas colonizaram o espaço entre a Figura 25·11 Herpes simples do dedo (panarício herpético).
unna e a lamina ungueal após ocorrência de onicólise, confe· Inoculação ocorreu após exame da boca de um paciente.
rindo uma cor verde à lâmina ungueal.
955
Dermato logia CHnica
956
Doenças das U nhas Capítulo 125 1
957
Dermato logia CHnica
Onicomicose subungueal proximal. Os micro-organis- velmente é cau.'Oada por traumatismo de pequeno porte e pode ser
mos entram na 1rea posterior da dobra ungueal-cuúrula, migram confundida com onicomicose subungueal proximal. Eczema ou
para a matriz subjacente e, finalmente, invadem a lâmina ungueal bábitos de arrancar a dobra ungueal proximal induum a ondula-
por baixo. A infecção ocorre dentro da substância da ャセュゥョ。@ un· ção e formação de sulcos da lâmina ungueal, mas sua substância
gueal, mas a superfície pennaoece intacta. Há acúmulo de detritos permanece íntegra e dum. Inúmeras doenças ungueais ュ・ョッNセ@
hiperquerntóticos que fuz mm q ue a unha se desprenda (Fig. 25· comuns podem ser confundidas com tinea unguium.
25). Faixas brancas tran sversais começam na lãmin:-t ungueal
proximal e s..,;o carregadas distalm en te com o crescimento para PREDISPOSIÇÃO genセtica N@ Onicomicose po r Trichophyton
foril da lâmina. T. rubnmz é a m usa mais comum. fN Nᄋセエ N ・@ é o padrão robrum frequentemente oc.orre em vários membros da m esma fa-
mais comum l!m pacientes com AIDS. mília e m diferen tes gerações. A infecção é rarn e m pessoas que se
casam com famílias infec.t.1das. Os indivíduos predispostos po-
Onicomlcose por Candida. Infecção de lâmina ungueal dem adqu irir in fecção por T. robrum na infân cia de seus p rogeni-
c.1usad.t1 J>Of C. albicans é observada quase e:xdusivamente na can· tores infectados. A infecç.ão permanece assintom ática e locaJiz.1da
did(ase mucocutânea crônica. Ela geralmente envolve todas ílS n a região p lantar. A invado da unha começa na vida adulta, pos-
unhas dos dedos das mãos. A lâmina ungueal toma-se espessada sivelmente de traumatismo ungueal.
e amarela..。ュイッャl、セ@
Há muitos outros padrões de infecção. Estrias lineares, amare- QUESTÕES DE QUAUDADE DE VIDA. A onimmicose
las ou manom-escuras surgem na extremidade distai e cn:scem afeta a vida do paciente flsica e psicologicammte. Pode ter um
proximalmente em alguns padrões. Em outros, pane da lãmina efeito negativo sobre a qualidade de vida por meio de estigma
ungueal ou toda da pode ficar amarela; na.._, áreas, a unha pode social e perturbação das atividades diárias. Os problema• são
ser separada do leito subjacente. constrangimento, problem;t.S funcionais no trabalho, redução das
atividades sociais, medo de espalhar a infecção para outras pe.oç-
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL A psoriase é mais comu· soas e u ma incidên cia signíficntivn de dor. A o nicomicose pod e
mente confundida com ッ ョ ゥ」 ッュゥ 」ッウセ@ e as d uas doenças podem d ifiruJtar a posição de pé, cnminhndils e práticas de exerácios. Os
coexistir. Existe. mais con fu."ião, po is a doen ça psoriátirn ungueal prejuízos ffsicos associados podt:m resuJtar em parestesia1 dor,
pode apresentar.:se como um fenôm eno isolado, sem outros si .. d esconforto e perda de destreza man ual. Os pacientes t.'lm bém
nais rutâneos. A única carncterística distintiva dil psorfnse, pitting podem sotTer de perda de autoestima e interação social. As com-
dil superffcie da lâmina ungueaJ, não é uma rnracterística da in· paobias de seguros consideram esta doença urna perturbação esm·
fecção tilngica. l.euconíquia, a ocorrência de manchas ou faixas rica e são relu tantes em pagar o tratamento a menos que o pa-
brancas que aparecem proximalmente e avançam na unha, prova... ciente esteja fisicamente debilitado em decorrência da doença.
Figura 25·24 Onicomicose branca superficial. A superfície é Figura 25· 25 Onicomicose subungueal proximal. Invasão
mole, se<a e pulverulenta e pode ser facilmente retirada. A IA· fúngica da lâmina proximal produz leuconíquia. A infecção
mina ungueal n.\o é espessada e não se separa do leito un- pode envolver toda a espessura da 13mina proximal.
gueal.
958
Ooenç.as da.s Unhas Capítulo 125 1
Tabela 25-1 Agentes Antifúngicos Orais para Tratamento de Tinha das Unhas
Taxa de cura
Agente micológica
antifúngico Indicação Dosagem Monitoramento (%)
1-
Terbinafina Terapia de primeira linha para in- Contínua: terbinafina 250 mg/dia Hemograma com· 70-88
fecÇôes derrnatofiticas (maioria dos (12 semanas para infecçao de unha pleto. teste de fun-
casos de onicomicose) do pé, 6 semanas para infecçao de çao ィ・セ エ ゥ 」。@ no mo-
unha da mao) mento basal e a
cada 4·6 semanas
durante o trata·
mento
Dosagem de pulso: terbinafina 500 Sem recomendação 58,7
mg/dia X 1 semana por més x
3 meses
hraconazol Terapia alternativa de prime..a l•nha 200 mgldia durante 6 semanas (de- Teste de funçao he- 45,8-63
de infecçoes dermatolfticas dos das mãos) e por 12 semanas セエッ」。@ e a cada 4-6
Terapia preferida para infecçOes n3o (dedos dos pés) semanas durante o
dermatofíticas e por Candida tratamento
Dosagem de pulso: 200 mg 2 セ・コウ@ Nenhum 38,3
por dia na primeira semana de cada
mês; unhas dos dedos das maos.
2·3 pulsos; unhas dos dedos dos
pés, 3·4 pulsos
-.Fluconazol Tratamento de primeira linha para Uma dose de 150 mg toda semana Nenhuma 47
infecções por Candida mas também por 9 meses
ativo contra dermat6fitos
Adaptado de Finch JJ, Warshaw EM. Toenail onychomycosis: current and future treatment options, Dermatol Ther 20(1):31-46, 2007
(doi:10.11111j.1529-8019.2007.00109.x). PMIO 17403258
959
Dermatologia CHnica
960
Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
as da onicomicose, mas podem ser diagnostirndas através de ximo ーッウNセ■カ・ャ@ entre a unha doente e o leito ungueal. A lâmina
biopsia da unidade ungueal. ungueal aderente espe....セ。@ pode ser reduzida lixando ou cortando
as camadas superficiais com o cortador. A remoção da unha infec-
PREVENÇÃO DA recoセniaN@ A prevenç.'ío de rerorrên- tada pode acelerar a resoluç.ão da infecç.ão.
cia de tinha de pé pode evitar a recorrência de onkomicose. O uso
p rolongado de um agente antifúngico tópico aplicado ao redor REMOÇÃO CIRÚRGICA. Unhas dolorosas ou extremamente
dos dedos1 após a resposta clínica de onicomicose com um agente infectadas (geralmente a unha do hálux) podem ser removidas
o ral_, pode evitar a reinfecç.âo da unha. O u:m de um creme 。ョエゥ セ@ por meio de um procedimento cinírgico simples.
fúngico tópico por 1 ano após a curn dínka de onicomicose evi·
tou reinfecção no período de acompanhamento de 12 meses. AVULSÃO NÃO CIRÚRGICA DAS DISTROFIAS UN-
Uma aplicação do creme de terbinafina duas vezes por seman a na GUEAIS. Se as unhas estiverem muito espessas na linha de base,
área das unhas, entre os dedos dos pé.-. e nas plantas, seria um considere a odusão com creme de ureia a 400;b sob fita adesiva,
p rograma de prevenç.;o razoável. O traumatismo das pontas das além de terapia ornl Unhas distróficas sintomátirns podem ser
unhas decorrente do uso de sapatos apertados pode ser o único removidas sem dor com um comp<>-'!to de ureia (Fig. 25-26). A
evento mais importante para incentivar a invasão de hifas na re- técnirn tem sua maior aplicação na remoção de unhas micóticas
gião do hiponíquio q ue leva a onicomico.'ie subungueal distai. ィゥー・イエヲ」。Nセ@ e pode ser usada para tratar outras condições ungue-
Sapatos o u botas que criam uma atmosfern confinada, úmida e ais hipertró6cas da lâmina ungueal, como unhas psoriáticas. O
quente fucilitam o desenvolvimento de infecção fúngica. Proteja procedimento também fucilita o tratamento subsequente com
os pés em chuveiros comuns. Pós.-medirnmentos aplicados 、ゥイ・エ。 セ@ agentes antifúngicos tópicos. A técnica remove apenas as unhas
mente nos espaços interdigitais e plantas (não derramando nos com alterações grosseiras ou distróficas, e não as unhas nonnais.
sapatos) ajudarão a manter um ambiente seco, mas ーイッカ。・ャ セ@ GeJ ou creme de ureia a 400,4, está disponível no merrndo ou para
mente não irão evitar a recorrência. ser comprado com prescrição.
Uma fita adesiva de tecido é usada para cobrir a pele normal
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. o
itrnconazol tem ao redor da lâmina ungueal afetada, que foi previamente tratada
afinidade peJas enzimas do dtocromo P·450 e, portanto, tem o com tintura de benjoim. O creme de ureia geralmente é aplicado
potencial para interações. A terbina6na não é met.1bolizada atra- diretamente na superfície da unha e coberto com um pedaço de
vés deste sistema e tem pouco potencial para interação medica- envoltório plástico. Este, por sua vez, é coberto com um dedo que
mentosa. A'i interações medicamentosas em geral são menos gra· é cortado de uma luva de p lástico e mantido no local com fita
ves com fluconazol do que com itraconazol. adesiva. Os pacientes são instruídos a manter a área completa-
mente seca com o auxílio de luvas de plástico ou botas.
MONITORAMENTO LABORATORIAL. Muitos médicos Uma técnica alternativa usa feltro adesivo (tecido de algodão)
verificam a função hepática e hemograma completo antes e após e esparadrapo adesivo, elástico, impermeáveJ Hb ャ・ョ 、・ョセ IN@
6 semanas durante o trat.1mento com terbinafina. Os exames la- Corta-se um orificio em fonna de unha em um pedaço de tecido
boratoriais não são necessários durante a administração de pulso de aJgodão, e o tecido é aplicado com a superfície adesiva para
de itraconaz.ol.
• Nota da Revisão Científica: Não disponíveJ no bイ。NセゥQ@
SEGURANÇA DE AGENTES ORAIS. Terbinafina e itracona-
zol estão disponíveis em uma fonna genérica com consideráveJ
segurança. Os pacientes têm a impres..\âo de que eles causam mui-
tos efeitos colaternis, principalmente doença hepática. Esses fiir-
macos têm sido usados na Europa e nos Estados Unidos há vários
anos. Eles têm uma baixa incidência de efeitos colaterais graves.
961
Dennatol ogla CHn ica
Traumatismo
ONICÓUSE
A onicól;s,. separação indolor da unha do leito ungueal, é co-
mum. A separação ァオNセャュ・ョエ@ 」ッュ\Nᅦセ@ no sulco distai e progride
de maneira irregular e proximal, fazendo com que pequena ou
grande pane da lâmina seja separada. A parte não aderente da Figura 25-27 Onicólise. Separação da l.!imina ungueal co-
u nha é opaca com uma coloração branca (Fig. 25-27), amarela meça no sulco distai. Traumatismo de pequeno porte nas
unhas longas dos dedos das mãos é a causa mais comum.
HfゥセᅦcN@ 25-28 e 25-29) ou verde. As causas da onicólise incluem
psoriase,. traumatismo, infecções por Candida ou Pseudomonas,
fá nnacos internos, fotoquim ioternpin pャnセ@ contato com produ-
tos químicos, maceração decorrente de imersão prolongada e
d ermatite d e contato alérgica (p. ex., a endurecedor de unhas e
adesivos). Sabe-se q ue a onic61ise está associada a doenças da ti-
reoide (principalmente hipertireoidismo). Considere a triagem de
pacientes com o nk..ólise inexplicndn pam doença da tireoide as-
sintnmática.
Q uilndo outros sinais de 、ッ・ョNZセ@ de pele estão 。オNセョ エ ・ウL@ a o ni-
cólise é mais freque:ntement.e observada em mulheres com un has
com pridas das mllos. Com uma atividade normal, a unha esten-
dida inadvertidamente bate em objetos e. atua como uma 。ャ セ@
vanca para levantar a unha do leito ungueal. Forçar um paJito de
madeira entre a lâmina ungueal e o leito ungueal durante a mani-
rure pode 。オ\セイ@ a separa(lo.
962
Doen ç.as das U nhas Capítulo 125 1
quer fonna de manipulação deve ser desencorajada. Evite a expo- em melhoras 5igni6ativa.s no romprimento das unhas.. Um se-
sição a substâncias irritantes de contato. Geralmente, a levedura
gundo método eficaz de revesão do hábito é fazer com que esses
CJeiCE no espaço entre a unha e o leito ungueal. Use agentes líqui-
pacientes realizem outrOS afazeres sempre que tenham o desqo
dos de uso tópico que podem fluir sob a unha. como tinrura an- de roer a unha ou que se percebam roendo as unhas.
tifúngica que contém miconazol. Use fluconazol oral (Diflucan")
para os casos resistentes. Um a.uso auto de flucona.zol (p. ex.,
150 mg por dia du rante 5-7 dias) pode precis.1r ser repetido à ESCORIAÇÃO DA LÂMINA UNGUEAL
medido que a u nha cresce. Cavar o u escoriar a 15.mina ungueal é muito menos comu m do
que roer. Esta prática destrutiva pode resu ltar em deformidade
FOTO-ONICÓLISE. A o nicó lise pode ser precipitada pela ex- gros.seirn da lâm ina ungueal.
ーッウ ゥ セッ@ à radiação u ltravioleta. Pode ocorrer ヲッエ
M ッョゥ」ャセ・@ c.om o
\L'O de antibióticos como tetracidina e drogas citotóxicas. Altera-
ções nas unhas com taxan os, principalmen te docetaxe.l, são rela- lACERAÇÃO DA PELE (Hangnail)
tadas em até 30% a 40% d os pacientes. A exposição semanal Tiras triangulares de pele podem separar-se das dobras ungueais
prolongada ao paclitaxel, outros taxanos e a anlracidinas catLu
laterais. partirulannente durante os meses de inverno. As tentati-
onicólise em alguns pacientes, que pode ser precipitada pela ex- vas de remoção podem causar dor e extensão do rasgo na denne.
posição à luz solar. Os pacientes que receberam esses medicamen- A pele separada deve ser conada antes que ocorra extensão. A lu-
tos 、セ@ proteger as suas unhas da luz solar. A reação não g;t- brificação constante das pontas dos dedos com cremes para a pele
rante a intem.Jpção do tratamento. (p. ex., Aquapho,... pomada') e evitar a imersão repetida da mão
em água são medidas benéficas.
HÁBITOS DE ROER UNHAS E CUTICUlAS
O ato de roer unhas é um háb ito n ervoso que geralmente começa ONICOCRIPTOSE
na infância e d ura a nos. U ma o u tod as as u nhas podem ser mas- A.o:. unh as dos pés e das mãos en cravadas são comu ns; o haJu.x é
tig.1Cias até a lúnula. A lâm ina ungueal é talhndo e mordida do
mais frequentem ente afetndo. A unh :1 atravessa a dobra u ngueal
leito ungueal pelos dentes. O cre.•id me nto das unh:1s ocorre d u- laternl e entra na derme, onde atua como u m co rpo estranho. Os
rante períodos de atividade fí.,ica, d iferentemente do que ocorre prim eiros sinais são dor e edema. A área de penetração toma-se
nos períodos de inatividade física. Tiras finas de pele na parte la-
purulenta e edema tosa セ@ medida qu e o tecido de gran ulação exu-
temi e proximal do leito ungueal também podem ser retiradas berante cresce ao lado da unha penetrante (Fig. 25-31 ). Unhas
(Fig. 25-30) . encravadas são calll<3das por press.'\o lateral de sapatos inadequa-
Os pacie:ntet estão conscientes de seu hábito, mas parecem in- dos, corte inadequado ou excessivo da lâmina ungueal lateral ou
capazes de conttolá-lo. Em um estudo, pinw a lâmina ungueal traumatismo.
com uma preparação de gosto ruim, como Nail cオセ@ (Purepa.:4'•)
ou Sarly Harum Nm1 Biter causou uma discreta aversão e resultou 'Nota da セウ ̄ッ@ Cientlfia: Unheim é chamado popularmente no
Brasil de micose. de unha, o qut: ョセッ@ é: o caso.
Figura 25-30 Roedura de unhas. cutícula e dedos. Figura 25-31 Unha encravada estimulou a formação de te-
cido de ァイ。ョオ ャ 。セ N@
963
Der matologia CHnlca
Figura 25-32 Hematoma subun- Figura 25-33 Hipertrofia un- Figura 25-34 Manchas brancas
gueal. lnfecçao por Pseudomonas ou gueal. A lâmina ungueal (leuconiquia ponteada). Achado co-
Proteus pode ser suspeita se não torna-se espessa e distorcida, mum frequentemente confundido
houver nenhuma história de trauma· muitas vezes causando des- com uma infecção fúngica.
tismo. conforto quando os sapatos
sao calçados.
964
Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
MANCHAS OU FAIXAS BRANCAS ücio mgãnico por dia tem efeito semelhante e uma forrna útil é o
ácido onos.silícico estabilizado com colina.
lu manchas brancas (lrumníquia punaara) na lâmina ungueal,
um achado muito mmum, possivelmente イ・ウオャセ@ de manipulação
da cutfcula ou outrns fonnas brandas de trnumatismo (l'ig. 25- DEFORMIDADES POR HÁBITO-TIC
34 ). lu manchas ou faixas podem aparecer na lúnula ou podem A deformidade por hábito-tic é um achado mmum e é causada
aparecer espontaneamente na placa ungueaJ e, post.erionnente, por morder ou puxar um corte de dobra ungueal proximal do
desnparecer ou crescer oom a unha. A psoriase. da matriz ungueal polegar com a オョィセ@ do indic.:tdor. Embora a doença seja mais
média t.1mhém pode produzir essa mudança. com um nas unhas do polegar, todas as unhas podem ser acome-
tidas. A lesão ge.mlmente é percebida c.omo um achado incidental
RACHADURAS DA LÂMINA DISTAL (UNHAS em um paciente que procura tratamento para o utra doença cutâ·
FRÁGEIS) nea. O defeito resultante consiste em uma faixa longitudinal de
sulcos horizontais que frequentemente têm uma coloração ama-
A quebra em camadas ou a descamação da lâmina ungue.1l distai rela. A faixa estende_,.e da dobra ungueal proximal até a extremi-
pode assemelhar-se ou ser análoga à descamaçlo da pele seca dade da unha (Fig. 25-36). Isso não deve ser confundido com
(Fig. 25-35 ). Esta alteração ungueal é encontrnda em •proximada- ondulação da unha que ocorre na paroníquia crônica ou inflama-
mente 20% da população adulta. A imtnão repetida em água e o ção ec:z.ema.tosa crônica das dobras ungueais pmximais. As ondu-
uso frequente de removedores de esmalte aumentam a incidência lações da inflamaçilo aônica aparecem mmo ondas arredonda-
de unhas frágeis, particularmente nas mulheres. lu medidas locais das (Fig. 25-37), em contraste com os sulms acentuados, um
para reidrarar a lãmina ungueal d""""' ser iniciadas. Um hidra- poum espaçados, produzidos pela manipulação mntínua.
rante pode ser aplic.1do após as unhas serem mergulhadas em O método de formaçllo é demonstrndo para o paciente. Alguns
água. A proteçí\o mm luvas de borracha sobre luvas de algod.io e pacientes não estão cientes do seu hábito, e outros que admitem
aplicaçllo de lubrificante.< pesados (p. ex., Aquapho.- pomada) que roem as unhas podem não perceber que criaram o defeito. Os
diretamente na lâmina ungueal proporcionam melhora. O agente pacientes que abandonam a manipulação podem ter cresdmento
hidratante pode ser aplirndo sob oclu.<ião com uma luva ou meia relativamente normal das unhas; no ent.1nto, existem aquele.-. que
de algod5o. O esmalte da unha pode retardar a evaporação da acham impossível pamr.
água da lâmina unguteJI. Ele deve ser removido e reaplicado não Do ponto de vista psiquiátrico, nem sempre fica claro como
mais que uma vez por semana. Uma série de produtos para con- classificar os distúrbios do h:lbit<>-tic. A heterogeneidade de com-
dicionamento da.• unhas (p. ex., produtos para unhas Elon") es- portamentos complica o processo de diagnóstico. Em alguns ca-
t3o disponíveis online na loja de produtos farmacêutims Dart- sos, pode ser classificado mmo trnnstomo obsessivo-compulsivo.
mouth (www.iloremynails.mm) e em farmácias. Os pacientes Em outros casos, o componame.nto é automático, tendo scme·
mm unhas frágeis que recebem a vitamina do mmplexo B biotina lhanças com o transtorno de controle do impulso tricotilomania,
(2,5 mgfdia) podem melhorar e apresentar um aumento de até que pode estar relacionado ao trnnstomo obsessivo-compulsivo.
25% na espessura da lâmina ungueal. Uma dose de 10 mg de si- O ttanstomo obsessivo...compulsivo por \-oezes responde ao inibi·
Figura 25-35 Descamação un- Figura 25-36 Deformidade de hábito- Figura 25-37 Ondulação ungueal
gueal distai. A unha 、ゥカ ゥ 、 セ ウ・@ em tic. Achado comum nos polegares cau- causada por inflamação crônica da
camadas ou a lâmina ungueal sado pelo 。イョ・\セュエッ@ da dobra un- dobra ungueal proximal. Após o
descasca, uma mudança análoga gueal próxima com o dedo indicador. eczema ser controlado. há cresci-
à escamação da pele seca. mento normal da unha.
965
Dermatologia CHnica
dor da recaptação de serotonina, a tluoxetina (Prozac*), e os pa- ungueal é levado para dentro do tubo e pode tomar-se doloroso.
cientes com deformidade por hábito-tic podem イ・Nセーッョ、@ a esta As unhas dos pés são mais comumente acometidas do que as
medicação. unhas das mãos. Acredita-se que a compressão dos sapatos pro·
voca a.-. unhas em telha, mas a etiologia é incena. Se a dor for
DISTROFIA UNGUEAL MEDIANA significativa, a remoç.;o cinírgica das unhas ou a reconstruç.;o da
unidade ungueaJ é necessária.
A distrofia ungueal mediana é uma alteração da lâmina ungueal
distinta de origem desconhecida. A rachadura longitudinal apa-
rece no centro da lâmina ungueal. Várias rachaduras finas proje- A UNHA E AS DOENÇAS INTERNAS
t.1m-se da linha lateralmente, conferindo a aparência de um pi-
nheiro. O polegar é mais rrequentemente acometido (Fig. 25-38).
Não há tratamento, e, após alguns meses ou ano.'i, pode-.se esperar
LINHAS DE BEAU
que a unha volte ao normaL aNセ@ recorrências são possíveis. A.o:. linhas do Beau são depressões transversais de todas as unhas
que aparecem na base da Júnula semanas após um evento estres-
sante ter interrompido temporariamente a fonnaç.âo da unha
(Fig. 25-40). As linhas progridem distalmente com o crescimento
normal da unha e depois desaparecem na borda livre. Elas desen-
volvem em resposta a muitas doenças, como sífilis, diabetes me-
lito não controlada, mioaudite, doença vascular periférica e defi-
ciência de zinco, e a doenças acompanhadas por febres altas, tais
como a escarlatina, sarampo, caxumba, doença da mão-pé· boca e
pneumonia, e a agentes quimioterápicos.
Figura 25-39 Unhas em telha (hipercurvatura). Dobramento Figura 25-40 Linhas de Beau. Depressão transversa da lâ-
interno das bordas laterais da unha resulta em unha em mina ungueal, que ocorre algumas semanas depois de deter-
forma de tubo ou telha. minadas doenças.
966
Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
967
Dermatologia CHnica
UNHAS DE TERRY
A.o:. unhas de Teny são brancas ou rosa-daro, mas mantêm uma
fuixa distai, rosa, normal, de 0,5 a 3 mm (Fig. 25-44). Os achados
estão associados a cirrose, insuficiência cardíaca congestiva crô·
nica, diabete.-. melito de inído n a idade aduJta e idosos. Esperula-
se q ue as unhas de Teny são uma parte do envelheci mento e que,
Figura 25-44 Unhas de Terry. O leito ungueal é branco com
apenas uma zona estreita de rosa na extremidade distai.
como doenças as..o:.ociada.s, #envelhecem• a u nh a. Essas alterações
não estão associadas a hipoal buminemia e anemia.
968
Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
969
Dermatologia CHnlca
TUMORES
Benigno
Crsto mixoide Em forma de cúpula, transparente, dobra
ungueal proximal
-
Fibroqueratoma Parece um dente de alho com a pele externa
- Cisto digital mucoso, Integro.
digital adquirido retirada; em geral, projeta do suko ungueal
proximal
- Tumor glómico Cobertura vermelha ou azul abarxo da
lamina ungueal; pteSSão clareia os caprlares
e causa doe
-Tumor de células Surge das células de revestimento sínollial
gogantes da as50Ciadas a sin6ltia e tendOes artJcUiall!S in-
barnha tendinea terfalangeanos distais; firmes セ@ profunda-
mente fixados no tecido fibroso subJacente;
n3o surge na unidade ungueal
970
Doenç.as das Unhas Capítulo 125 1
CISTOS DIGITAIS DAS MUCOSAS. Os cist<>-• digitais das GRANULOMA piogセnc N@ o granuloma piogên ico ocorre
mucosas ( m ucinose focal) não são cistos verdadeiro.'\, mas sim uma ocasio nalmente na dobra u ngueallateral. Esta massa benigna de
coleção focal de mucina que não possui u m revestimento ástico. tecido vascular é removida com eletrodissecção completa e rure-
eNセエ。ウ@ estruturas mo les, em fonna de cúpula, transparen tes, brancas tagem (Fig. 2.'i-4 7 e pág. 906). As recorrências são comuns ca.<o
rosadas, ocorrem na superfície dorsal da falan ge distai das ー・Nセッ。ウ@ seja deixado algum tecido residual. O melanoma periu ngueal
de meia-idade e idosas (Fig. 25-4 6). E.•ta• estrutums contêm uma maligno pode imitar granuloma piogên ico.
substJtnda gelatinosa viscosa, clara, que exsuda se o cisto sofrer
uma incisão. Existem dois tipo..-.. Os cistos n a dobra ungueal proxi-
mal não são ligado..-. ao esp aço artiruJar o u à bain ha tendínea. Eles
resultam da prolifemção de 6broblastos localizad<>-•. A compres.•âo
das célula.• da matriz ungueal in duz um sulco u ngueal lo ngitudi-
nal. Os cist<>-• localizados na parte do rsolateml do dedo, na articu-
lação in terfalângica distai (TFD), provavelmente são cau..ados por
hemiação das bain has tendíneas ou revestimentos anirulare.-. e es-
tão relacionado.'\ com cisto..-. ganglion ares e sinoviais. GRANULOMA piogセnc@
A excisão cinírgica simples, injeções de esteroides intrale.'iio-
nais e destelhamento do cisto, seguido por ele tro dissecção e
ruret.1gem, têm uma al ta taxa de recorrên cia.
A excisão da lesão com seu pedículo e porções a.-.sociados da
c.ipsula artirular permite uma alta taxa de rura, mas pode resultar
em perda pardal p oste rio r do movim e nto.
971
Dermatologia CHnica
Figura 25-49 Melanoma decorrente da matriz ungueal. Figura 25-50 Sinal de Hutchinson. Extensão da pigmenta-
ção sobre as dobras ungueais é um sinal clássico de mela-
noma subungueal.
972
Doenças das Unhas Capítulo 125 1
973
126 I
Manifestações Cutâneas de Doença Interna
974
Manifestações Cutâneas de Doença Interna Capítulo 126 1
NECROBIOSE LIPOfDICA
Placas eritematosas e violáceas so-
bre a superfície anterior da parte in-
ferior das pernas.
A área central é cerosa de cor ama- Fase final da doença, com atrofia e Doença grave com fibrose densa e
rela com telangiectasia proeminente. telangiectasia. ulceração.
Fígura 26- 1
975
Dermatologia CHnica
A.o:. erupções iniciam como uma mancha oval, violácea e ex- localizada de granuJoma anular não possui evidência clínica ou
pande-se lentamente. O progresso da borda é vermelho, e na área laboratoriaJ de diabetes. A associação en tre granuloma anular
central toma-se amarelo-marro m . A área central atrofia e tem u ma d isseminado e diabetes foi estabelecida, mas a frequência é desco-
superfície cerosa; telangiectasias tomam-se proeminentes (Fig. nhecida. Em um estudo retrospectivo de 12o/o dos pacientes com
26-1, B e C). Ulcerações ocorrem, partirularmente seguindo GA tiveram diabetes melito. Os paciente.-. sofreram significativa-
trauma, e m 13% dos casos (Fig. 26-1, D). Em muitos casos o mente com mais frequência da forma crônica e recidiva do GAdo
q uadro clínico é tão característico q ue a biopsia não é necessária. q ue paciente.-. não diabéticos. O granuloma anular pode ser asso-
ciado ao H IV e pode se apresentar em todos os e.ortágios de infec-
TRATAMENTO. Atualmente, não existem evidências baseadas ção pelo HN. GA generalizado é o padrão mais comum em clíni-
em diretrize.-. para o tratamento da necrobiose lipoídica. cas de infecção pelo HIV.
Esteroides tópicos e intralesionais. E.•teroides tópicos e APRESENTAÇÃO CLiNICA. o granuloma anu lar é caracteri-
intralesionais contro lam a inflamação, mas promovem mais atro- zado por um pequeno anel, firme, cor de carne ou pápulas verme-
fia. Propionato de clobetasol sob oclusão tem tratado com su- lhas. A forma localizada, mais comum em mu lhere.-. adultas jo.
cesso a..-. placas ・ウーNセᄋュ@ Injeções intrnlesionais controlam efetiva- vens, é mais frequen temente e ncon trada na superfície lateral ou
mente pequenas áreas de N L, porém a concentrnç.1o de acetato de dorsal das mãos e dos pés (Fig. 26-2). A doença começa com uma
triancinolona (10 mg/ml) deve ser diluída com solução salina ou pá pula as.-.intomática, cor de carne que sofre involuç.âo central Ao
xilocaína a 2,5 mg/mL para evitar a atrofia. longo de meses, u m anel de pápuJas lentam ente aumenta em diâ.
metro de 0,5 a 5 em (Fig. 26-3). A duração da doen ça é mu ito
Corticosteroides sistêmicos. Um rurso de 3-5 semana.• de variáveL Muitas lesões involuem e.-.pontaneamente sem deixar ci.
」ッイエゥNセ・、ウ@ sistêmico.-. pode deter a doença; no entanto, a re.s-- catrizes, enquanto outras duram por anos. A ocorrência fa miliar
tituição de lesões atróficas de pele não é alcançada. Ulceração da de GA é incomu m, mas tem sido observada em innãos, gêmeos e
Nl às vezes pode ser tratada com suce.-.so com prednisolona oral. gerações sucessivas.
GA disseminado ocorre em adultos e aparece com pápuJas
Pentoxifilina. A pentoxi61ina (Trental"') 400 mg três vezes ao numerosas cor de carne ou eritematosas. A.-. pá pulas podem estar
dia é relatada por resultar em melhora significativa após 1 mês de acentuadas em áreas de exposição solar. O ouso é variável, muitas
tratamento. O N L u lceran te é relatado por responder no prazo de lesões persistem por anos.
8 semanas de administração de 400 mg de pentoxifilina d uas ve-
zes por dia. A pentoxifilina é conhecida por diminuir a viscosi.
dade do sangue através do aumento da 6brinólise e deforrnabili-
dade de glóbulos vermel hos e também por inib ir a agregação
p laquetária.
976
Manifestações Cutâneas de Doenç.a lnlerna Capítulo 126 1
('.A generalizado perfurante caracteriza-se por pápulas de 1a 4 DIAGNÓSTICO. O quadro clínico é característico, e uma biop-
mm umbilicada.' nas extremidades e é mais comummte visto em sia pode não ser necessária. A histologia demonstrn degeneração
aianças e adultos jovens. A biopsia mostrn climina(ào trnnse:pite- do colágeno, uma cara<Urlsúca semelhante à obseivada na necro-
lial das nbras coláge:nas da degeneração. ('.A OCOI'Tell durante tera- biose lipoídica.
pêutica anúfator de necrose tumoral (anú-TNF) (4,5% dos 119
pacientes) (inAiximabe, adalimumabe, etanercept) para a anrite TRATAMENTO. As lesões localizadas são assintomáticas e é
reumatoide. PMTD: 17728330 Pacientes que desenvolveram C.A melhor deixá-las sem rratamenw. eNB|セ@ pacientes prrorupados
cic..ntrizam, continuam a ser extremamente saud4ivcis, e não ordi- com a aparência podem ser tratados com injeções intra1esionais
nariamente desenvolveram o utras doenç..1s estranhas. PMID: de triancinolona (2,5 a 5 mg/mL). A solução deve ser injetada
176.l8746 apenas na borda e levada. Os esteroides tópicos tê m pouco efeito.
CA subcutânea ocorre em crianças. Nódulos subcut:;neos in- As lesões localizadas responderam ao imiquimode creme. CA
、ッャイ・Nセ@ na região inferior anterior da uôia ou dos pés e no couro 、ゥウNセ ゥ ョ。、ッ@ foi relatado por responder à dapsona, isotretinofna,
cabeludo, geralmente na região occipital, s3o as carncterí.sticas etretinato, hidrox:icloroquina_, niacinamida (1,5 mg/dia), ésteres
mais comuns de apresentação. A idade média de apres.ent.1ção é de ácido fumárico, hid_roxiure.ia, terapia com ultravioleta B de
de 3,9 anos. O diagnóstico requer uma biopsia excisional. A.• le- banda estreita, psoraleno e terapia ultrnvioleta A (PlNA). Quatro
sões podem ocorrer após a excisão. Não há rqpstro de progress.;o pacientes com CA disseminado foram rratados com um ciclo de
para doe:nça s:istêmica. terapia de cidosporina por 6 semanas. A cidosporina foi iniciada
com uma dose de 4 mg{kg{dia durante 4 semanas e, posterior-
mente, reduzido para 0,5 mgfkg/dia a cada 2 semanas. As lesões
melhoram no prazo de 3 semanas e não houve recidiva. PMJD:
168.31309
977
D ermato l ogia CHnica
ACANTOSE NIGRICANS
Benigna
Relacionada セ@ obesidade
Hereditariedade (muitas síndromes)
Síndromes endócrinas
Maligna
Figura 26-6 Acantose nigricans do pescoço. O paciente era
obeso.
978
Manifestações Cu!âneas de Doenç.a hHerna Capítulo 126 1
sobre a superltóe dotllal dos dedos, na boca e em tomo da aréola sfNDROMES ENDócRINAS COM ACANTOSE NIGRJCANS.
mamária (Fig. 26-7) e umbigo. Durante o processo da doença. há Em um vasto e ィ・エイッァゥョセ@ grupo de condições, ação da inru·
hipertrofia papilar, hipe:rceratose e um aumento do número de li na ao nível cdular i acentuadamente reduzida (Quadro 26· 1) .
mdanóàtos na epiderme. AN parece representar um marcador anâneo de resistência à
insulina dos tecidos, independentemente de sua causa ( anticor..
ACANTOSE NIGRICANS BENIGNA. A maioria dos casos é pos contra o receptor de insulina defeitos congênitos ou adqui·
idiopática e está assoóada à obesidade; este processo é denomi- ridos do receptor, ou funç.!lo pós-receptor). Esses paóentes po-
nado ーウ・オ、ッ。セG|ョエ@ nigricans. Muitos pacientes com AN t.1m- dem não nece.,.sitar dn terapia com insuJina, e muitos não tê.m
bém pos.•me.m resistência à insulina subdínica ou dlnic::a. Existe diabetes. Para pacientes sem diabetes, a resistência à insulina é
alta prevnlênóa de AN em adultos obesos. Há uma oorrelaç.:io estabelecida através da documentação de elevad os níveis de in·
positiva entre o desen volvim en to de AN eu gmvidnde da obesi- sulina circulante ou atrnvés da observação de uma resposta pre-
dade. AN é um achado comum em jovens com sobrepeso. Quase judicada à insulina exógena. A hipersecreção p rolongada de in·
40% dos adolescentes americanos nativos, 13% dos negros, 6% sulina pode: levar à exaustão pancreática, intolerância a glicose e
dos hispânicos, e menos de 1% dos brancos, crianças não hispâ- diabetes tipo 2.
nicas entre 10 e 19 anos apresentam AN. AN identifica um sub- Duas síndromes de "'sistênóa à insulina e AN são de espeóal
grupo dentrO de um grupo étnico que possui devada conc.entta- interesse. Síndrome Tipo A, também chamada de síndrome de
Çlo de ゥョウオャセ@ resistência à insulina mais severa e elevado risco HAIR-AN, é caracterizada por hiperandrogenismo (HA), resistên·
de desenvolvimento do diabetes tipo 2. óa a insulina extrema (RI) e acmtose nigric.ans (AN), ocorrendo
A interação entre a quantidade excessiva de insulina cirruJante na ausênóa de obesidade ou lipoatrofia. Distingue-se da resistên·
com o receptor do fator de crescimento semelhante à insuJina óa à insulina do tipo 8 por falta de anticorpos para o receptor de
sobre os queratinódtos pode levar ao desenvolvimento de amo- insulina ou outra ・カゥ、↑ョ」セ@ de doença 。オエッゥュョセ@ Ela é familiar
tose nign'cans. e afeta principaJmente: as mulheres negras que têm o início de AN
Em raros casos a AN pode ocorrer como um エイセHBNo@ <1.utossômico na infância ou adolescênci<1..
dominante sem obesidade, 。ウNセ」ゥ、ッ@ a endocrinopatias ou anor-
malidades congênitas; isso pode surgi r ao nascimento ou durante TRATAMENTO. As lesões s:lo u.<ualmente assin tomáticas e não
n infàncin e é acen tuado na p uberdade. requerem tratamento. Reduzir as lesões mais espes.s:as nas áreas de
maceração pode diminuir o odor e promover o conforto. Um
ACANTOSE NIGRICANS INDUZIDA POR DROGAS. creme de 12% de lactato de amônia, aplicado conforme a neces-
Acantose nigricans induzida por drogas tem ocorrido com o lL'Ç() sidade, pode amenizar as lesões. Áódo retinoico (Retin-A• creme
de セ、ッ@ nicoúnico e, raramente,. com outros agenteS. ou gel), aplicado a cada dia, ou menos frequentemente em caso
de irritação, é eficaz.
979
Dermatologia CHnica
lipoproteinas de Concentração
concentração Concentração do
Fenótipo elevada do colesterol triglicerideo Lesão(s) dermatológica(s)
I Quilomícrons + ++ ++ Xantomas eruptivos
lia LDL ++ ++ + Tendao, ruberoso, e xantomas intenriginosos; xantelasma,
plano
llb VLOLe LDL ++ ++ ++ Tendao, ruberoso, e xantomas intenriginosos; xantelasma,
plano
111 IDL ++ + ++ + Tuberoeruptivo, tuberoso, plano (vincos palmares)
IV VLOL + ++ + Xantomas eruptivos
v Quilomícrons e VLDL ++ ++ ++ Xantomas eruptivos
980
Manifestações Cutâneas de Doença hHerna Capítulo 126 1
A Orpnização Mundial de Saúde classificou desordens de lipo- XANTELASMA E XANTOMAS PLANOS. Xantomas pla-
protdnas com base em pontos de corte arbitrário, mas a dassi- nos aront«em em di""""-' áreas do rorpo e são planos ou ligei-
ficaçlo tradiàonal será usada neste texto. ramente ・ャカNセ、ッウ@ (Fígs. 26-8 e 26-9). Xantelasma é a forma mais
Hiperlipoproteinemias seamdárias ocorrem como resultado romum (Fig. 26-8), pode est.,r a.._.aàado à hipercolesterolemia
de outro proresso de doença que pode induzir sintom3S (Qua- familiar, fenótipo na ou llb, mas 50% dos pacientes apresentam
dro 26-3), mudanças nas lipoproteínas e xantomos que mimeti- níveis normais de colesterol. E.<tudos de longevidade têm mos-
zam as s(ndromes seamdárias. Diagnósticos devem ser feitos trado que xante.lasma, com ou sem hipercolesterolemia, é um fa-
como a seguir: tor de risco para morte por doença aterosc.lerótica. E.'itudos adicio-
1. Determinar o tipo de xantoma. nais desses pacientes com nfveis nonnaisde oolesterol ・エイゥァャ」←、NセL@
2. Medir ッセ@ níveis sanguíneos de jejum de colesterol, triglke- muitas vezes reveJam um aumento de LDl e VLDl e redução do
rfdeos, e HDL, VlDl e LDL HDL E.•te perfil é encontrado em pacientes que têm risro elevado
de doença cardiovasculnr aterosclerótic.1. Aterosderose carotídea
3. Excluir doenças secundárias (Quadro 26-3) . O diagnósticn
prematura é observada em alguns paáentes com xantelasma hi-
de hiperlipoproteinemia primária é um dos de exclusão.
perlipidêmicos e nonnolipidêmicos. Paáentes com xante.lasma
a. Tireoide, ffgado e testes de função renal. devem ser considcmdos como tendo um risco aumentado de do-
b. 'lestes de toleránàa à glicose. ença cardiovascular. independentemente do ní,-eJ de lipídios
plasmáticos. Pode ser que todos os pacientes com xantdasma te:·
c. Hemograma rompleto (CBC); imunoeletroforese do nham um risco aumentado para ate:msderose.
soro e urina.
O áàdo uicloroadtico (TCA) é romumente usado para o tra·
d . R.1diografia de tórax, punção de medula óssea. tamento estético. l...esões papulonoduJares necessitam de uma
e. 'leste de antirorpos antinucleares (ANAs). média de duas aplicações rom 100% de TCA, três rom 70% do
TCA e quatro com 50% de TCA. Placas lisas responderam a uma
média de uma, duas e trd< se.,ões, com 100%, 70016 e 50% do
Tf'.A., res:pectivnmente. As lesões marulare.-. responderam a umn
981
Dermatologia CHnica
XANTOMAS ERUPTIVOS
••
.. •
•
• •
Figura 26-10 Xantomas eruptivos são encontrados nas nádegas, nos ombros e nas superlícies extensoras das
extremidades. As pápulas vermelho-amarelas irrompem de f orma abrupta e podem desaparecer em poucas se-
manas. O prurido é comum. Eles são um sinal de hipertrigliceridemia e aparecem em hiperlipidemias secundá-
rias (p. ex., diabetes).
982
Manifestações Cu!âneas de Doenç.a hHerna Capítulo 126 1
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
NEUROFIBROMATOSE
Manchas café com leite. Manchas café com leite são de cor
clara com máculas manom ( Cap. 19 ). Os critérios para estabele-
Neurofibromatose: compreende pelo menos dois transtornos au- cer o diagnóstico com referincia ao número e tamanho das manchas
touômicos dominantes com uma incidência de aproximada- café com leite .,.tiio list.'ldos no Qu.'dro 26-4. As mancbas estão pre-
mente I em 3.000. Estas doenças têm tumores ao rulor dos ner-
sentes em prnticamente todos os pacientes com neurofibromatose.
vos. Neurofibromatose I ( NFI) é a mais comum e é caracterizada geralmente no nasciment01 mas podem não aparecer durante meses.
por lesões c..ongênitas da pele, sistema nervoso central, ッウNセ@ e Seu tamanho e número aumenmm com a idade (Fig. 26-12, A).
gl5ndul:.s endócrinas. As características ヲオョ、セュ・エZjゥウ@ da doença Sardas intertriginosas, um sinal patognomônico, podem ocorrer na,o;
s5o ュ。ョ 」 ィZQ N セ@ cilfé com leite, sardas axilares, neurofibromns cutil-
axilas, região infrnmam6rio e virilha (Fig. 26-12, B). Máculas café
neos e hamartomas da íris (nódulos de Lisch ). As complicações
com leite sozinhas não são nbsolummente diagnóstico de NFI, inde-
comuns são difiruldades de aprendizagem, escoliose e gliomas
pendentemente do seu tamanho e número.
ópticos. A neuronbromatose 2 (NF2) é caracterizada por neuro-
I
mas acústicos bilaterais e o utros tumores do nervo. Manifestações
na pele セッオエイ。ウ@ manifestações sistêmicas são mJnimas ou ausen-
Quadro 26-4 Ott6rlos de Diagnóstico para Neurofibromatose
tes. Máculas café com leite, sardas e neurofibrom3$ localizados a F1)
um segmento do corpo são chamada$ de neurofibromatose seg-
mentar (NFS}. O gene NPI está localizado no aom0$$0mo 17 e Seis ou mais manchas café com lerte
1,5 em em ondMduos pós-púberes
o gene NF2 é mcontrado no cromossomo 22.
0,5 em em ondílllduos pré-púberes
Dois ou mais neuronbromas de qualquer t ipo ou
NEUROFIBROMATOSE 1. NFI é uma desordem de células
Um ou mais neurofibromas plexiforme
deriv:1da da crist.1 neural, caracterizada pela presença de manchas
Sardas axilares ou na área onguinal
café com leite, múltiplos neuro6bromas e nódulos de Li•ch (ha-
Gliomas bila!erais ópticos
manomas pigment.1dos da íris); há várias outrms característic.as
Dois ou mais nódulos de lisch
menos comuns. Há uma variação considerável de ュョゥヲ・Nセエ。ウ@ Displasia da asa do esfenoide ou
dentro da mesma família. Ocorre em aproximadamente um em
Cuovatura congênita ou
cada 3 .500 nascimentos e afeta ambos os sexos com igual fre- Afinamento do córtex de ossos longos (com ou sem
quência e gravidade. Neuro6bromatose é uma das mutações mais pseudoartrose)
comuns em humanos; pelo menos metade dO$ C.MOS representa Parentes de pnme.ro grau com NFI por estes critérios
novas mutações. Diagnóstico de NF1 : duas ou mais características
Adaptado do National tnstitutes of Health Consensus Dellelop-
ment Confe<ence: Neurofibromatosis. Conference statement. Arch
Neuro/45: 576, 1988.
As manchas café com leite variam no tamanho e Sardas axilares (sinal de Crowe) é um sinal patognomônico.
possuem a borda lisa.
983
Dermatologia CHnica
• fibromas .
984
m。ョゥヲ・ウQセ@ Cutâneas de Doença Interna Capítulo 126 1
MANIFESTAÇÕES s i s t セ m icasN@ A neuro fibromatose tem central omrrem em 45% dos afetados pela doença. Em compara-
um amplo espectro de manifestações ュ ↑ エ セ \ ゥ ウ 。ウL@ as mais impor- ção com a população em gemi, os parentes do sexo masrulino
tantes s3o listadas no Quadro 26-5. com neuro6bromatose têm a mesma taxa de neoplasia., en-
quanto familiares do sexo feminino têm uma taxa qua.w: duas
HISTÓRIA NATURAL. As taxas de sobrevivtncia são significa- vezes maior. Os tumores do sistema nervoso são desproporcional-
tivamente prejudicadas por parentes com ョ・オイッヲゥ「ュ。エウセ@ mais mente representados.
ainda nos probandos e o piores em probandos do sexo feminino.
As neoplasias malignas ou tumores benignos do sistema nervoso DIAG NÓSTICO. Nl'l é considerndo p resente em um indivíduo
com dois dos critérios listados no Quadro 26-4, desde que os re-
sult.1dos não representem nenhuma o utra doença.
NFl deve ser ウオー・ゥセ、。@ em crianças com ampla drrunfe.rênc:ia
NÓDULOS DE LISCH da cabeça (acima do percentil 97 da idade) e um dos seguintes
itens: déficit cognitivo leve_ incapacidade de aprendizado ou um
déficit seletivo visuoespacial.
100
r-
.... _
80 r-
# ,...., -
:;60
v
r-
c
,...., 1-
""セTP@
セ@ 1-
-
..,
"-
20
o 1.-n
• 3-4 H! 9-14 15·20 ;,21
A biomicroscopia é essencial para a diferenciaçlio de sardas da Idade (anos)
íris. As sardas da íris são planas e têm uma estrutura de traba-
lho de renda; os nódulos de Lisch são salientes, redondos, ma- Figura 26-15 Prevalência de nódulos de Lisch (barras azul-
cios e castanho-claros. (Cortesia de Lucian Szmyd, MO.) escuras) e neurofibromas (barras azul-claras) em 167 pacien-
tes com neurofibromatose 1, de acordo com a idade. (Modifi-
Figura 26-14 Neurofibromatose de 110n Recklinghausen cado de Lubs ML et ai.: New Eng/J Med 324:1264, 1g91.)
PMID: 1901624
985
Dermato logia CHnica
986
Manifestações Cutâneas de Doenç.a Interna Capítulo 126 1
/miomas
TSC definitivo: Duas caracteristicas principais ou uma caracterís- ........ ______ セイ M M M Mᄋ@
tica principal, com duas pequenas funcionalidades.
TSC ーイッカセ・ Z@ャ Uma característica principal e uma ウ・」オョ、セ イゥ。N@ o 10 20 30 40 50 60
TSC possível: Ou uma característica principal ou duas ou mais ca- Idade (anos)
racteristicas ウ・」オョ、セイゥ。 N@
Figura 26-17
(a) Quando a displasia conical cerebral e as vias de migração da
substância branca cerebral ocorrerem juntos, elas devem ser
contadas como uma. em vez de duas características da TSC.
(b) Quando linfangiomiomatose e angiomiolipomas renais esti-
verem presentes, outras características da TSC deverão estar
presentes antes de um diagnóstico definitivo ser atribuído.
(c) Confirmaçao histológica é sugerida.
(d) Confinnação radiográfica é suficiente.
(e) Um membro do painel recomendou que três ou mais linhas de
migraçao radial constituem uma das principais características.
987
Dermatologia CHnica
Adenoma sebáceo. Adenoma sebáceo é a manifestação rutã- Máculas esbranquiçadas e tufos de cabelo branco.
nea mais comu m da esclerose tuberosa. As ャ・Nセウ@ consistem em Márulas hipomelanóticas ( oVlll, forma de folha de freixo, ponti-
pápulas amarelo-rosa, lisas, firmes e com telangiectasia delicada lhadas ou 6 em fonna de confete' ) são distrib uídas aleatoriamen te
(Fig. 26-18). Sua cor e localização sugerem uma origem de glân- com u ma concentração nos braços, nas pernas e no tronco. Elas
d ula sebácea, mas este.-. crescimentos são hamartomas benignos, são os primeiros sinais de esclem<e tuberosa (Fig. 26-20). Elas
compostos por teddo fibroso e vasrulares (angiofibromas). F...'\..,.es estão presentes em 400A. a 90o/o dos pacientes com a doença e de
angiofibroma.-. estão localizados nas dobras nasolabiais, nas bo-- u ma a 32 em indivíduos acometidos. As márulas brancas est.1o
chechas, no q ueixo e, ocasional mente, na test.1, no couro cabe- presentes no nascimento e aumen tam em número e t.1manho ao
ludo e nas orelhas. O número varia de poucas lesões discreta..-. longo da vida. A forma varia 0,5-12 em de diâmetro. A< máculas
para conjuntos densos de pápulas. Eles são raros ao nascimento,
6
confete» são as mais raras dos três tipos e são constituídas de
mas podem começar a aparecer dos 2·3 anos de idade e prolife- numerosas mácuJas de 1 a 3 mm. O exame da lâmpada de Wood
ram d urnnte a puberdade. Eles podem ser confundidos com trico. pode ser usado para acentuar as máculas brancas e é particuJar-
epiteliomas múltiplos, uma condiç.1o autos..<iômka dominante mente útil parn examinar pacientes com pele clara. A biopsia
que aparece na fuce cen tral. Uma característica secundária, a mostra melanócitos, exclui ndo assim o diagnóstico de vitiligo.
6
placa na testa», é um grande angiofibroma. Pacientes com a do-- Mácu.Jas hipopigmen tadas, presentes ao nascimen to, não est.1o
ença neoplasia autossômica dominante endócrina múltipla tipo I invariavelmente as..•m ciadas à esclerose tuberosa, mas sua presença
(MENS1) podem desenvolver angiofibromas múltiplos e diversO-< é u ma indic.aç.;o para um estudo mais aprofundado. É ・ウNセョ」ゥ。 ャ@
outros tipos de tumores cut.1neos, além de tumore.-. de hipófise, que o diagnóstico seja estabelecido o mais rapidamente possíveJ
paratireoide e tecidos endócrinos enteropancreáticos. para q ue os pais possam obter aconselhamento genético. Um tufo
de cabelo branco, sem despigmentaç.ão da peJe do couro cabe-
Placa em casca de laranja. A placa em casca de laranja é ludo subjacente ao tufo branco, tem sido relatado como u m sinal
muito caracteristirn da esderose tuberosa em cerca de 800/o dos precoce da esclerose tuberosa.
pacientes; ocorre na in fància e pode ser o p rimeiro sinal da do·
ença. A lesão varia de tam an ho de 1 a 10 em. Geralmente, há urna Fibromas periungueais. Fibro mas periungueais aparecem
lesão, mas vários fatores podem e.-.tar p resentes. Elas são placas d urante ou após a puberdade em aproximadamente 500/o do.-. rn-
cor de carne a amarelo, macias e com uma superfície irregular q ue sos. Eles são lisos, cor de carne e com projeções cônicas que emer-
tem sido comparada à pele de porco (Fig. 26-19). A lesão consiste gem dos capilares das unhas das mãos e dos pés (Fig. 26-21 ) .
em tecido conjuntivo dénnico e aparece mais comumen te na re-
gião lombossacral.
Figura 26-18 Adenoma sebáceo aparece durante a infância Figura 26-19 Placa com configuração de casca de laranja é
ou adolescência precoce. Esses angiofibromas primeiro apare- mais comumente encontrada na região lombossacral. A man-
cem como máculas róseas e planas, mais tarde tornam-se pa- cha aparece na infância ou adolescência precoce.
pulares. As lesões podem sangrar com facilidade.
988
m。ョゥヲ・ウQNセ@ Cutâneas de Doença Interna Capítulo 126 1
MANIFESTAÇÕES sitセmca N@ Rerardo mental ocorre em que são amplamentt expressas no cérebro. O mosaici.smo é. o fe-
menos de 50% dos casos. Nódulos subependimais e corticais e nómeno em que uma fraç.'lo das células somáticas e germinativas,
tubérculos da matéria branca são caraaeristicos da aderose tube· em vez de todas, contém uma mutação de anomalia aomos.0-
rosa. Manchas esderóticas (rubérrulm), constituídas ck astrócitos mica. Ela ocorre em todas as doenças genéticas que apresentam
e células giy;mtes estão espalhadas por toda a substância cinzenta. mutações espontâneas. Por causa deste: fenômeno, a mutação de
O cálcio é depositado nos rubérrulos e pode ser dettttado logo alguns pacientes pode n3o ser detectada com os métodos aruais
após o nascimento através da varredura por tomografia computa 4 de testes. A falha em detectar o mosaicismo tem implicações im-
dorizadn (TC), ressonância magnética (RM) ou filmes de raios X, portantes para um aconselhamento genético.
e é encon trado em 90% das crianças afetndas. As lesões ce.rebrais A Tuberous Sclerosis Allia nce fornece informações e apoio
causam oonvulsôes em mais de 90% 、ッセ@ pncientes. Os tumores para médims, paciente< e fumi lia re.< (www.tsalliance.org).
benignos constituídos por teddo fibroso v:tsculnr, gordura e mús·
rulo liso são encontrados em vários órgãos, como os rins, o fígado DIAGNÓSTICO E CONDUTA. o diagnóstico de esclerose
e o trato gastrointestinaJ. Placas da retina dn.za ou amarela ocor· tuberosa de\re. ser procurado em lactentes com márulas branrns,
rem em 25% dos casos. A incidência de corrosão do esmalte no tufos de cabelos brancos ou outros sinais rutâneos. O diagnóstico
adulto é de 100%. Uma solução dentária esfregada nos dentes pode ser estabelecido pela demonstração de calcificações cert·
secos expõe as depressões. brais que podem ocorrer na primeira inlància. As lesões cerebrais
na esclerose ruberosa são de trâ tipos: os tubérrulos mrticais, as
ACONSELHAMENTO GENÉTICO. ET ー・イエョ」セ@ família das anomalias da matéria bmnca e os nódulos subepend:im:irios.
slndromes do gene supressor tumoral. Esses genes normalmente Imagens de TC demonstram nódulos calcificados subependimá-
funcionam como •freios• celulares. Quando eles perdem sua fun. rios. Imagens de RM demonstram mais claramente as lesões da
ção (como um resultado de mutação), n proliferação descontro- matéria branca e mrtic.1l do que a TC. Uma varredura positiva é
lada e a formação de: tumor ocorrem. Pacientes afetados tipica· resultado geralmente obtido antes de as calcificações estarem
mente têm uma mutação inativadora em ambos os genes TSCl e presentes no crânio e.m filmes de. raios X e até mesmo antes de os
TSC2 em toda a linha germinai e 」← ャ オャ。Nセ@ somáticas. Os descen· resu ltados patognomõnicos cutfineos aparecerem.
dentes do padente., tanto homens como mulheres, têm 50% de O angiofibromn fnch'll pode ser removido drurgic.'lmente para
chance de herdar a doença autossômic.1 dominante. A penetrãncia fins estéticos, por eletrocirurgia, criocirurgia_, dermoabrasão ou
é alta, mas a expressividade é variável. Pacientes com pais nonnais lasers.
adquirem a doença de uma nova mutayio.
Cerca de 50% da esclerose tuberosa rompi= (ETC) mostra ESTUDOS DIAGNÓSTICOS. Nos pacientes recém-diagnosti-
ligaçlo genétiGJ familiar para TSCI e 50% para TSC2. Entre os cados, testes ajucbm a confirmar o diagnóstico e identificar com-
casos espor.ldicos de TSC, mutações no TSC2 são mais fn:quentes pHcações. Para os pacientes com diagnóstico estabelecido, os es-
e muitas ,..,... acompanhados por mais déficits neurológicos gra- rudos podem identificar as complicações tratávris. lestes, por
...s. A deficiência inteleaual é significativamente mais fn:qumte vezes, fornecem prO\I:Is da doença em parentes assintomáticos de
"m casos esporádicos de TSC2 que em caso.• espor.ldicos de TSCI. crianças mm esclerose ruberosa complexa. Familiares afetados
Os gen.,.TSCI (cromossomo 9) e TSC2 (cromossomo 16) codifi. que. tiveram os testes anonnai.s geralmente têm resultado.\ menos
cam protdnas distintas hamartina e tuherinn, イ・ウー。Nゥカュョエセ@ sutis.
Figura 26·20 Máculas tipo folha de freixo (máculas hipo· Figura 26-21 Esclerose tuberosa. Fibromas periungueais.
melanóticas) estão muitas vezes presentes ao nascimento.
989
Dermato logia Cllnica
A pele pode estar assodada à malignidade interna em uma varie- Muit.1s síndromes do câncer fumiliar têm sinais rutâneos q ue
dade de fonnas. A<i lesões de pele podem ser um marcador para podem ajudar a fuzer o diagnóstico. Uma visão geral de algumas
u ma síndro me heredit.iria (ou seja1 genodermatose), representar das síndromes do cftncer fumiliar com achados rutâneos aparece
u ma reação ao tumor (as síndro mes paraneoplásic:as) (Fig. 26- na Figura 26-23 e Tabela 26-4.
22), ser causadas por u ma su bstância cancerígena, ocorrer como O ncologistas e dermatologistas podem ser os p rimeiros a sus-
resultado do tratamento ou represen tar a extensão direta do tu- peitar de um câncer hereditário quando as características de alto
mo r o u metástase parn a pele. As associações 、・Nセウ。@ doença est.1o risco são observadas. Estas incluem um grupo de parentes na fa-
listadas nas Thbelas 26-3 e 26-4. mília do paciente q ue tem o câncer igual ou semelhante, o desen-
volvimento do câncer em uma idade jovem ou a apresent.1ç.;o de
mais de um tumor ou u m segundo tumor prim ário. Muitos cân-
Síndromes paraneoplásticas cutâneas
ceres heredit.irios têm sinais de pele. Essas síndromes podem
As síndromes paraneoplásicas (PNSs) são doenças q ue aparecem omrrer como resultado de uma nova m ut.1ç.;o e sem história fa-
antes ou concomita ntem ente a u ma malignidade interna. Eles miliar. Os cânceres heredit.irios mais comuns são de ma ma e de
represen tam u m efeito remoto ou sistêmico de u ma neoplasia. ovário, cfmcer de cólon heredit.irio não polipoide e polipose ade-
Existe uma vasta gam a de categorias de PNSs, incluindo endócri- nomatosa familiar. Há muitas outras síndromes de câncer heredi-
nas, neurológicas, hematológicas, reumatológicas, renais e rutâ- t.irio, muitas das quais têm sinais cut.1neo.'i. Pacientes com sus-
neas. Elas podem ser a pista inicial com a presença de u ma neo- peita de câncer heredit.irio são encaminhad os para um conselheiro
plasia su bjacente. A atividade da PNS pode ser paralela ao longo genético ou u m geneticista clínico. Visite H erança Mendeliana no
do tumor e,. portanto, ser usada como um marcador de remissão Homem Hヲゥ\セカ N ョ」「ゥ N ョャ ュ N ョゥ ィNァッカヲュゥOI@ para detalhes de todas
ou recorrência. As PNSs são estimadas para ocorrer em ]O/o a J50/o as síndromes fumiliares.
dos pacientes com câncer.
Acredita -se q ue as alterações rutâneas resultem da produção 1t.\'tO conri11ua tta p4g. 996.
de honnônios biologicamente ativos, ou de fatores de cresci-
mento, ou interações antígenos-anticorpos induzidas ou produzi-
das pelo tumor. Muitas 、・NセM。ウ@ síndromes, como a acantose nigri-
cans, são doenças proliferntivas da pele. Produtos secretados pelo
tumor, como fa tor transformador de crescimen to alfa, podem es-
timular a p ro liferação dos q ueratinódtos.
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990
Manifestações Cutâneas de Doença Interna Capítulo 126 1
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Figura 26-23
991
Dermatologia Cllnica
Tabela 26-3 lesões Cutâneas e Malignidade Interna - Síndromes Paraneoplásticas (em Ordem Alfabética)
992
Manifestações Cutâneas de Doença Interna Capítulo 126 1
Tabela 26-3 l esões Cutâneas e Malignidade Interna - Síndromes ParaneopláS1icas (em Ordem Alfabética) - cont.
993
Dermatologia Cllnica
Idade de
apareci-
mento
das Risco de
Apresentação lesões outras ma- Outras
do câncer Lesão da pele da pele Distribuição Síndrome OMIM* lígnídades características
Colorretal Carcinoma ou 5' ou 6' Facial, princi- Muir-Torre fe- 120435 Câncer endo- Pode preceder o
adenoma sebáceo décadas palmente nas nótipo de metrial; cân- desenvolvimento
glândulas de HNPCC cer ovariano; de tumores visce-
Meibomius tumores den- rais
tro do espec-
tro de HNPCC
Colorretal; SNC; Máculas café com lnfânda Generalizado; Mutações bia- 120435 Câncer Membros da fa-
hematológicos leite tronco lélicas em ge- precoce mília podem ser
nes de repa- heterozigotos,
raçao de nâo risco similar para
pareamento HNPCC
Pólipos intestinais Pigmentaçao mu- lnfânda Centrofacial; Síndrome de 175200/ Câncer de có- Ginecomastia,
cocutânea mucosa oral; Peutz-Jeghers 602216 lon, estó- intussuscepçao
perianal mago, pân-
creas; câncer
de mama;
cancer de
ovário; SCTAT
Câncer colorretal Cistos Adultos Prindpalmente Polipose ade- 175100 Câncer color- Vários pólipos
com pólipos epidermoides; facial nomatosa fa- retal; câncer colônicos; osteo-
fibromas; miliar {sín- do intestino mas; dentes su-
lipomas; drome de delgado; tu- pranumerários
pilomatricomas Gardner) mores no
SNC; hepato-
blastoma;
cancer de ti-
reoide
Câncer renal Tríade de lesões, Terceira Face, pescoço, Síndrome de 135150 Câncer renal; Cistos nos pul-
(câncer de células incluindo fibrofo- década parte superior Birt-Hogg- pólipos colô- mões; pneumo-
renais liculomas, trico- do tronco Dubé nicos; câncer tórax
cromófobos, discomas e acre- colorretal
oncocitomas- córdon
cromófobos
híbridos)
Carcinoma de l eiomiomas cutá- Terceira Face; superfí- Leiomioma- 605839 Fibroma ute- As lesões sâo do-
células renais neos década cie extensora tose hereditá- rino e leio- lorosas no frio
(câncer renal das extremi- rio miossarcoma;
papilar tipo 11) dades; costas leiomiossar-
Carcinoma de coma cutâneo
células renais
Carcinoma de cé- Angiofibromas; lnfânda Centrofacial; Esclerose tu- 191 100 Angiomiolipo- Apreensões do
lulas renais máculas folhas de costas; subun- berosa mas; carci- SNC
freixo; manchas gueal noma de cé-
em casca de la- lulas renais;
ranja; fibroma astrocitoma
Glioma óptico; Máculas café com lnfânda Tronco Neurofibro- 162200 Neurofibros- Nódulos de Lisch
meningioma; leite; neurofibro- matose tipo 1 sarcoma; sobre os olhos;
astrocitoma mas; sardas na glioma; rab- pseudoartrose da
axila ou virilha domiossar- tíbia; macrocefa-
coma; feocro- lia
mocitoma;
carcinoide
duodenal
994
Manifestações Cutâneas de Doença Interna Capítulo 126 1
Tabela 26-4 Algumas Síndromes de Câncer Familiar com Achados Cutâneos - cont.
Idade de
apareci-
mento
das Risco de
Apresentação lesões outras ma- Outras
do câncer Lesão da pele da pele Distribuição Sindrome OMIM* lignidades características
Prolactinoma Angiofibromas; Início da Angiofibroma: Múltipla neo- 131100 Ilhotas pan- Hiperparatireoi-
colagenomas; vida adulta face; outras plasia endó- creáticas, pa- dismo primário
máculas café com lesões: pes- crina 1 ratireoide, e na terceira dé-
leite; lipoma sub- coço, braços e adenoma de cada é o pri-
cutâneo tronco córtex adrenal meiro sinal; sín-
(ou seja, glu- drome de
cagonoma, Cushing; acro-
insulinoma. megalia; hipogo-
VIPoma) nadismo; sín-
drome de
Zollinger-EIIison
Câncer medular Amiloidose líquen Prurido da lnterescapular Múltipla neo- 171400 Câncer medu- Hiperparatireoi-
da tireoide; feo- cutânea infância plasia endó- lar da tireoide dismo primário
cromocitoma; hi- crina 2A usualmente
perplasia da para- Amiloi- precede feo-
tireoide primária dose li- cromocitoma
quen cut â- por 10 anos
nea
precede o Feocromoci-
câncer toma usual-
medular mente adre-
da tireoide nal e bilateral
Câncer medular Nódulos pedun- Prurido da Pálpebras; cór- Múltipla neo- 162300 Câncer de ti- Corpo com há-
da tireoide; feo- culados; neuro- infância nea plasia endó- reoide agres- bito marfanoide;
cromocitoma mas da mucosa; crina 28 (sín- sivo com iní- características la-
neuromas da cór- Amiloi- drome cio precoce e dais grosseiras;
nea; rubor dose li- Wagenmann- metástases atraso no desen-
quen cut â- Frobese) precoces volvimento
nea
precede o
câncer
medular
da tireoide
Câncer de mama; Triquilemomas la- Pruridos Face; palmar, Síndrome de 158350 Câncer de Macrocefalia; do-
câncer folicular da ciais; ceratose da infância plantar, mu- Cowden (sín- avArio; câncer ença de Lher-
tireoide; câncer acral; papiloma- cosa oral drome tumo- de próstata; mitte-Dudos; fe-
endometrial tose da mucosa Amiloi- ral PTEN ha- câncer de cé- nótipo facial;
oral dose li- martoma) lulas de tran- anomalias esque-
quen cutâ- siçao da be- Iéticas
nea xiga,
precede o gliobastoma
câncer muhiforme;
medular câncer de có-
da tireoide lon
Mixoma atrial; Pigmentação; len- Início da Centrofacial e Complexo de 160980 Tumores da Hipoplasia adre-
hipoplasia tigos; nevo azul, vida adulta pigmentaçao Carney (sín- pituitária nocortical nodu-
adrenocortical mixomas cutâ- genital drome LAMB lar pigmentada
nodular neos ou NAME) primária causa
pigmentada síndrome de
primária; Cushing e acro-
schwannomas megalia
psamomatosos
melanóticos
Carcinoma de cé- Acrocórdons; lu- Infância, Síndromedo Síndrome 109400 Medulo- Face grosseira;
lulas basais ros palmares e porém carcinoma ba- neoplásica de blastoma anomalias esque-
plantares; cistos mais co- socelular ne- células basais !éticas; ceratocis-
epidermais; nevos mumente voide (sín- (síndrome de tos odontogêni-
no final da drome de Gorlin) cos da
adolescên- Gorlin) mandíbula
cia e início
da vida
adulta.
995
D ermato logia CHnica
996
Manifestações Cu!âneas de Doenç.a Interna Capítulo 126 1
Síndrome de Gardner
Síndtome de Gardner {polipose adenomatosa familiar com mani·
festações e:xtraintestinais) é uma doença autossômica dominante.
transmitida com uma pcnetrãnóa semeJhante em ambos os gênt:-
ros de quase 100%. Ela consiste em polipose intestinal, cistos
epidérmicos, osteomas múltiplos, fibromas mesentéricos, turno·
res desmoides, lesões pigmenL1das do fundo ocular, dentes não
erupcionados e odontomas. A incidência é de cerca de 1 em 8.300
a 1 em 16.000 nascimentos. O gen e da polipose adenomatosa do
cólon (APC) no cromos.•omo Sq21 é alterado por mutaçõe.• na
linhagem ge.nninativa de. pacientes com síndrome de. g。イ、ョ・ セ@ A
identificação des."" genes deve auxiliar no aconselhamento de
paáentes com predisposi(:l\o genétic.'l para o câncer colorretaL
Figura 26-26 Síndrome de Muir-Torre. Um adenoma sebá-
ceo é o marcador mais característico da doença.
997
Dermatologia CHnica
SINAIS CUTÂNEOS. Polipose é uma caracteristica quase cons· Tricodiscomas e outros tumores rutãneos (angio6bromas) são reJa.
tantt. mas cistos epidérmims ocorrem em aproximadamente 35% tados. As caraaerfsticas dfnicas slo v.uiávci>. Alguns pacientes tém
dos casos. Cistos epidérmicos são frequentemente a queixa na numerosas pápulas e outros nlo têm nenhuma (Fig. 26-27).
apresentaç3o e aparecem com mais frequênàa na c::abeçn e no Fibrofolirulomas e tricodiscoma• são hamartomas benignos
pescoço, mas eles frequentemente também oconun em dreas dos folírulos capilares, que geralmente se apresentam como mui-
romo as pe,m as, onde cistos epidérmicos são raramente encontra· tas pápulas pequenas "-'Sintomáticas cor da pde na face. no pes-
dos. A sfndrome de Gardner deve ser mnsiderada em pacientes coço, no couro cabeludo e no tronco superior.
com cistos epidérmicos em áreas incomuns. Os cistos podem A prevalência de pneumotómx espontâneo e tumores renais é
ocorrer nn inffinda, mas a idade média de inído é 13 anos. Eles baixa. Vários outros tumores extmcutâneos são relatados. Câncer
v:1riam de poucos a muitas lesões e podem ser peque nos ou ァュョ セ@ colorretal não é pttrte desta s(ndrome. BHD deve ser suspeitad:1 em
、 ・セ@ o suficiente para distorcer as estruturas nonnais. Os osteomas pacientes com pour.ns ou ュ ・Nセュッ@ sem fibrofoliwJo mas ejou trico-
podem ser reconhecidos clínica e rndiografic.1mente em aianças. discomas que podem apresent.lr tumore.ç renais (familiares) (tu·
Eles aparecem mais comumente na cabeÇJ e no pescoço e podem mor oncoótico híbrido, e1rcinoma de células renais cromófobo,
ser vistos e sentidos. tumor de células darall, onmcitoma) e/ou pneumotórax espontâ-
neo. Idade mais avançac:L1 e sexo masculino aumentam o risco de
Osteomas. Múltiplos osteomas, especialmente do crânio c da tumores renais. Carcinomas de dJulas renais aomófobos são j セ@
mandibula, slo encontrados em um número de parentes afi,tados calmmte invasivos, mas rarn.mente: sofrem metástase.. Tumores
e sob risco. Em 。ャァオョセ@ esses •marcadores• s.i.o encontrados no menores que 3 em são observados, enquanto tumores maiores que
início da vida, antes do aparecimento de pólipos do cólon. Radio- 3 em são ttatados mm procedimentos poupadores de ne:&on, in-
gra6a das mandíbulas pode servir como uma ferrnmmta vaJiosa duindo a nefreanmia parcial. O risco de pneumotórnx espontâneo
para a detecção precoce de portadores da síndrome de Gardn er. é inversamente a.<.<Ociado a idade. Entre 1 S% e 30% dos pacientes
afetados por BHD desenvolvem câncer renaL Os paàentes desen-
Lesões pigmentadas de fundo ocular. As lesões pigmtcn· volvem tumores renais na c.1."a dos 20 ou 30 anos e muitas vezes se
trtdas de fundo orular são u m marcador dínico confiável pam a apre.-.entam com múltiplos c."incves renais bilaterais.
doe nço e são encontrados em 90% dos pacientes e 4 7% dos pa·
rentes que estão em um risco de 5QOA, para a síndrome de Gnrdner.
A preoençn de lesões bilaterais, lesõe.• múltiplas (mais de quatro)
ou ambas é um marcador dínioo sensível e específico para a sín·
drome. As lesões são distintas. pigmentadas e redoncLu, ovais ou
em fonna de rim; elas variam em tamanho 0, 1 a 1,0 (ou mais)
diâmetros de disco óptico. Um total de um a 30 lesões podem
estar presentes.
998
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FORMULÁRIO DE CONSULTA RÁPIDA
(Os corticosteroides tópicos estão listados nas páginas 1002 e 1003.)
Produto Embalagem
Aldara lmiquimod a 5% Caixa de 12 o u 24 pacotes
Cara c Fluorouracil a 0,5% Tubo 309
Fluoroplex Fluorouracil a 1% Soluçao 30 ml. creme 30 g
Efudex Fluorouracil a 2% ou a 5% Uquido 10 ml
Fluorouracil a 5% Creme259
1000
CREMES E LOÇÕES ANTIPRURITICOS
1001
CORTICOSTEROIDES (TÓPICOS}*
(g; salvo indicação
Grupo Nome comercial % Nome genérico em contrário)
I Clobex xampu 0,05 Propionato de dobl!tasol 113,3 9
Clobex spray 56,7 9. 120 9
Clobex loção 113,3 9
Condran fita Flurandrenolida Rolo 3 X 24, 3 X 80
Cormax creme 0,05 Propionato de dobl!tasol 15, 30, 45
Cormax pomada 0,05 15, 30, 45
Cormax solução para 0,05 50 ml
o couro cabeludo
Ultravate creme 0,05 Propionato de halobetasol 15, 50
Ultravate pomada 0,05 15, 50
Diprolene loção 0,05 Dipropionato de betametasona reforçado 30 ml, 60 ml
Diprolene pomada 0,05 15, 50
Diprolene gel 0,05 15, 50
Olux espuma 0,05 Propionato de dobl!tasol l ata 50, 100 9
Olux-E l ata 50, 100 9
Psorcon pomada 0,05 Diacl!tato de diflorasona 15, 30,60
Temovate-E creme 0,05 Propionato de clobl!tasol 15, 30,60
Temovate pomada 0,05 Propionato de clobl!tasol 15, 30, 45
Temovate 9el 0,05 Propionato de clobl!tasol 15, 30,60
Vanos creme 0,1 Fluocinonida 30, 60, 120
11 cyclofort pomada 0,1 Ancinonida 15,60
Diprolene AF creme 0,05 Dipropionato de betametasona reforçado 15, 50
Diprosone pomada 0,05 Dipropionato de betametasona 15, 45
Diprosone aerossol 0,1 Dipropionato de betametasona 85
Elocon pomada 0,1
Halog creme 0,1 Halcinonida 15, 30,60
Halog pomada 0,1 15, 30,60
Halog solução 0,1 20,60 ml
Halog-E creme 0,1 30,60
Kenalog pomada 0,5 Acetonida de triancinolona 15
lidex aeme 0,05 Fluocinonida 15, 30,60
lidex-E 0,05 Fluocinonida 15, 30,60
lidex gel 0,05 15, 30,60
lidex pomada 0,05 30,60
lidex solução 0,05 20,60 ml
Psorcon creme 0,05 Diacetato de diflorasona 15, 30,60
Topicort creme 0,25 Desoximetasona 15,60
Topicort gel 0,05 15,60
Topicort pomada 0,25 15,60
111 Kenalog creme 0,5 Acetonida de triancinolona 15
Betatrex creme 0,1 Valerato de betametosona 45
Cutivate pomada 0,005 Propionato de fluticasona 15, 30,60
Cyclocort loção 0,1 Ancinonida 60 ml
Cyclocort creme 0,1 Ancinonida 30,60
Diprosone creme 0,05 Dipropionato de betametasona 15, 45
Diprosone loção 0,05 Dipropionato de betametasona 20,60 ml
Elocon pomada 0,1 Furoato de mometasona 15, 45
Kenalog creme 0,5 Acetonida de triancinolona 20
Kenalog pasta 0,5 Acetonida de triamcinolona 5
1002
Grupo Nome comercial % Nome genérico (g; salvo indicação em
cont rário)
1003
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5-0uorouracil, 789, 791, 811 Acamose nigricans maligna, 22f, 24r, Acne •excoriée dês jeunes filies·, 250f
5-0uorouracil, creme tópico, 791 53r, 978f, 979 Acne dslica, 53 r, 230
5-0uorouracil, injeção intralesional, Ação antibacteriana (compressas (uni- Acne dslica nodular, 231f
791 das), 76 Acne dslica recalcitrantefnodular, infla-
5-FU, dermatite de contato, 819f aç.ãofdosagem, mecanismo, 237 matória, 244
5-FU tópico, 819f aç.ão, mecanismo, 191-193, 235, 287 Acne comedonal, 226
6-tioguanina, recomendações, 301q Ácaros, 582r, 584 Acne conglobata, 234
Acentuação facial, dermatite de contato, Acne em comedão fecl1ado (cabeça
A 134t branca), 226
Abdome, envolvimento PUPPP, 208f Acetato de criproterona (CPA), disponi- Acne escoriada, 250, 251f
abdome, lesão, 793 f bilidade (ausência), 931 Acne esteroide, 84r, 248, 249f
Abdome, nevo epidermal, lesão, 793f Acetonida de triamcinolona, 952 Acne fui minante, 230
abordagem, 225 Acetonida triamcinolona, uso, 952 Acne Cram-negativa, 248
abertura tipo co medo, 881 f achados cllnicos, 579 Acne infantil, 249
abordagem com alta dose, 296 acl1ados cllnicosflaboratoriais, 20ll Acne inOamatória moderada a severa,
abordagem com baixa dose, 296 acl1ados de ll'ililigo, 766 228, 229r, 233 f
abordagem com dose elevada, acl1ados ffsicos, 93, 94, 98, 104 Acne moderada, pápulasfpústulasfco-
296 acl1ados histológicosfprogressão, medões (aparência), 227f
abordagem de tratamento, 2 872-873 Acne moderada, terapia com isotrelino-
abordagem do paciente, 739q acl1ados laboratoriais, 279, 340, 682, lna (falta de resposta), 244
abordagem metodológica, 2 692, 759 Acne necrótica, 946
Aborto espontâneo, 554-555 acl1ados ocularfaudilivofmeningeal, Acne neonatal, 248, 249f, 670
abscessos, 356f 766 Acne nodular
abscessos imercomunicantes superfi- aclladosfmanejo, 291q Acne nodularfdslica localizada, 229f
ciais/profundos, 943f Aciclovir oral/intravenoso, 488 Acne nodulodstica, 230, 234
abscessos/cistos ulcerados, presenç.a, Aciclovir tópico, 488 Acne ocupacional, 249
234f Aciclovir, uso, 478 Acne papular, 227f, 228f
Absorção do anticorpo Ouorescente tre- Acidificação, 367 Acne ーオNセエ ャ 。イL@ 227f, 228f
ponem.al (FrA-ABS), 405 Ácido azelaico, 774 Acne queloidal, 355
absorção, 175 Ácido azelaico, uso, 236, 774 Acne queiloidal, formação de pápula
Absorção sistêmica, 82 Ácido kójico, 77 4 queloidal, 355 f
Absorventes, 748t ácido salicllico, 466 Acne queloidal da nuca, informação,
Acantólise intraet>idermal, 662f Ácido tricloroacélico [L'CA), uso, 425- 944q
Acantose nigricans (AN) 21r, 978-979 426, 981 -982 Acne queloidal, t>escoço, 53f
Acantose nigricans benigna, 979 AcitreUna (Soriatane), 292, 326, 331 Acne queloidal, tratamento, 355
Acantose nigricans indU2ida por fár- acitretlna, combinação, 285 Acne queloide, 53 r, 944-945
maco, 979 acitretlna, resposta, 292f Acne rosácea, 256-258
As イ・Hセョ」ゥ。N@ de páginas seguidas por f, t ou q in.dicarn figuras, tabclas ou quadrOS1 respectivamente. Entradas precedidas por OC podem ser enrontradas
tmlirtt.
1005
Índice
。」ョセ@ 17f Agentes microbianos, impacto, 172 Almofadas articulares, mãos (dorso),
a」ョセ@ 9f, 217-247 Agentes orais, 959 43f
acolchoamento, 945 Agentes quiminterápicos, complicações Alopecia
acompanhamento, 821, 909 cutâneas, 580 androgênica, 922-924
aconselhamento, 440 Agentes sistêmicos, 522-523 Alopecia areata (AA), 29f, 63f, 932-934
aconselhamento genético, 793, 986, Agentes sistêmicos, combinação, 284 Alopecia cicatricial, 683f, 938-946
989 Agentes terapêuticos, 235-247 Alopecia cicatricial não especifica, 941q
Acrocórdon (pontos na pele), 784 Agentes terapêuticos, aç.ão (modo), Alopecia cicatrizame centrffuga central
Acrodermalite crônica atrofica, 602 223 f (sfndrome da degeneração
Acrodermalite crônica atrófica, 602 agentes tópicos, alergia, 122 folicular), 938, 938q
acúmulo, 1 Agentes tópicos, alergia, 122 Alopecia com padrão suprarrenal
Adalimumab (Humira), recomendações, agentes, impacto, 761q androgênico feminino, 923 -924
306q agrupamento de lesões, 4 70f Alopecia de cicatriz secundária, 938q
Adalimumab (Humira), uso, 280, 306 Água, exposição crônica, 131f Alopecia de cicatrizes primárias, 938q
Adapaleno, uso, 236 Água-viva, 630-631 Alopecia de traç.ão (alopecia cosmética),
adapLação ao sal to, 622f AIDS, manifestação cutânea, 315 937
Adenoma sebáceo da iiÚância, aparên- AJCC Manual de EsLadiamento do Cân- Alopecia desigualfpápulas foliculares
cia, 988f cer (2002) (American joint Comit- hiperqueratóticas, 940f
Adenoma sebáceo, 988, 988f, 997f tee on Cancer), 875 Alopecia estética (alot)ecia de tração),
Adesivo Trnlab a base de ervas, 150 Alças, 706f 937
Adesivos para alergia, 137f Alcatrão (pomadas), 176 Alopecia feminina difusa, avaliação
adjuvantes, 651-652 Alcatrão, uso, 97 (valores de laboratório), 9241
Adolescentes, acne (situações psicológi- Alefacept (Ameviveó'), 308 Alopecia frontal esderosante (FSA),
cas), 217 Alefecept (Ameviveó'), 308, 308q 940-942
Adolescentes, dermatite seb orreica, 314 Alérgenns, determinação, 148 alopecia frontal ・ウ」ャイッ。エセ@ inclusão,
Adolescentes, uso de aciclovir, 478 Alérgenns, doença med iada por lgE, 179 940-942
Adultos, 314, 554, 733, 771 -772 Alérgenns, teste de emplastro, 1511 Alopecia, placas atróficas, 688, 9181,
Adultos, tratamento, 767-768 alérgenos, teste de fiLa, 15ll 942f
Aeroalérgenos, 156, 172, 180 alergia a adesivos, 137f Alopecia アオ・ョエセ@ 938q
África, frequência de ocorrência, 908 Alergia a dicromato de potássio, 137f Alopecia total, 400f, 932f
agente causal, 632-633 Alergia a fragrância cosmética, 53 f, 62f A! La dose de imerferon-al fa 。、ェオカョエセ@
Agentes antifator de necrose tumoral, Alergia a luvas de látex, suspeiLa, 141f impacto, 879
740 Alergia a penicilina, história (manejo), Alteração (psorfase), 948f
Agentes antif6ngicos orais, 527 406 Alteração de placa, 948f
Agentes antif6ngicos orais, regimes de Alergia alimenLar, 179q Alternativas com luvas sem látex,
doses, 540q Alergia a sapato, 142 140
Agentes antif6ngicos tópicos, 526 Alergia ao látex de borracl1a natural Amálgama dental de merc6rio, 144
Agentes anti-inOamatórios não esteroi- (LBN), 140 Amenorreia, 929t
des tópicos, uso, 175 Alergia ao látex, ocorrência, 140 American jo irll Comittee on Cancer
Agentes antimalariais, 690 Alergia de conLato, 172 (AJCC), 875
agentes anlimalariais, impacto, 266 Alergia Tipo I, 140 Amontoamento longitudinal, gota,
Agentes betabloqueadores セ@ impacto, Alergia Tipo IV, 140 inclusão, 950f
266 alergia, 143f Amostragem de vilus coriôrüco (CVS),
agentes de segunda linha, 193 alergia, 90 911
agentes de terceira linha, uso, 193 alergia, reação alérgica difusa, 133f Amostras de pesquisa cervical, 424
Agentes descamantes, uso, 236 Alergias a cosméticos, 146 Amostras endocervicais1 exame, 415
Agentes ィゥーッァュ・ョセG エ ・ウL@ 774 Alergias a fragrâncias, 146 Amoxicilina, uso, 239
Agentes imunossupressores orais, 178, Alergias alimenLares, impacto da analila- Ampicilina, 239
740 xia, 186 ampicilina, peito, 67f
Agentes imunossupressores orais, 740 Alergias oculares a cosméticos, 136f amplificação, 871
Agentes lubrificantes, comb inação, Aliaminas, uso, 522 Analilaxia induzida por exerdcio (AlE),
284 Alimentos, classificação etiológica, 187 198
1006
Jndex
1007
Índice
Aranha marrom イ・、オNセ。@ (Lc»:osxles reclu- Ato pia, termo (introdução), 154 banda pigmen1ada, aparência, 870f
sus), 598-599 Atrofia, 15q, 15f, 85-88 Bandagens não elásticas, オNセョL@ 129
Aranha viú'9a negra (Lotrodecltcs mac- atrofia, dano pelo sol, 745f Barba, 28f, 933f
t.ans), 596-597 aumento, medicações (impacto), Barba, Linea, 517
Aranhas, 596-599 290q barreira, manutenção, 75
Área abdominal inferior, lesões, 317f Atrofia do lábio irúerior, 745f barreiras de cremes, オNセッL@ 103q
Área anal, infecção crônica por herpes Atrofia por esteroide, 28f, 59 f, 86f Ba.rlonella lumselae, 614
s imples, 450f Atrofia por esteroide grave, 86f Barlonella, im]>acto, 906
Área anogenilal, liquenificaç.ão, 166 Aurlcula, 366f, 367f Base da unha
Área de célula basal, 637f aurlcula, eczema, 367f base eritematosa, 469f
área do pescoçofperioral, 702f aurlculafpele, 366f base vermelha da lesão, 813 f
área infec.ada, caracterlstica, 346f Autoanticorpos para )o-1, soro (Jo-1), base, veslculas agrupadas, 406f
área 0\7al, m igração, 604f 677 BCC esclerosante, 806, 80Gf
Área perioral, telangieclasia, 702f Autoanticorpos para Scl-70, soro (Scl- BCC micronodular, 803
área V1, envolvimento, 903 f 70), 677 BCC mordeaformo, 806
áreas como folhas, 881 f Autoanticorpos para Sm, soro (Sm ), 677 BCC nodular, 803
áreas de borda, distinção, 502[ Autoanticorpos para SS-A/RD, soro (SS- BCC pigmen.ada, 806, 806f
áreas de dobras, 99f A), 677 BCC recorreme, 810-811
Áreas de flexão Autoanticorpos para SS-B/La, soro (SS- BCC superficial, 803 f, 807
áreas de flexão, inflamação (frequênda), B), 677 'Beijo de anjo", 902
161f, 162 autoanticorpos, 579 Benoquin ( monoben.zona), 765[
áreas de pressão, fraturas, 113f autnanticorpns, 704-705 Benzi] benzoato, 588
áreas de raios de roda, 881f Autoanlfgenos, 672L Benzoato de benzi], 588
Áreas dermatomas, 479f autntra.amemn, 255f BelamelaZona dipropionato, uso, 282
áreas hipnpigmentadas, 171 f avaliação cllnicaflab oratorial, 6961 Bexaroteno, uso, 841
Áreas inlertriginosas, psorlase, 274 avaliação de acompanhamem o, 810, Bigode, dermatite seborreia, 315f
áreas lineares, problemas, 117f 828 Biologia, 590
áreas mucosas, 87 avaliação de es1ados, 396f impactos, 308
áreas ulceradas, cicatrização, 803 avaliação de risco, 852 11 Biopsia culânea, 190, 207-210, 638,
Áreas úmidas, candidlase, 524-531 avaliação inicial, 186, 225 64 4, 689, 708, 721, 729, 785[,
áreas vulvafreto, envolvimem o, 328f avaliação inicialftra.amemo, 126 810, 872-873, 921, 950, 957,
Aréola (mamas), 21f avaliação lab oratorial, 127, 205q, 555, 1006-1008
tl Armas b io lógicas, classificação, 1019 556, 565, 754[, 928 Biopsia de unha, 957
Arrancar (Lricograma), 916f, 917 avaliação/manejo, 187q, 189q 11 Biopsiafexcisão de barba, 1006-1008,
tl Artefato de Monsel, 1002 avaliação pós-Lralamento, 406-407 1007f
。イ エ ・ ヲN セ エ ッ@ mosaico, 493 f avaliação, testes diagnósticos (consi- Biopsia hepática, 291q
Arterite de célula gigante ( temporal) deração), 569q lJ Biopsia por punção, 1006
(ACC), 722q, 723 Axila, 24f-25f, 533f, 785f Biopsias de soro/pele, acl1ados imuno-
Arterile de 1àkayasu (KJ1, 722q, 723 Azatioprina (lmurancõ), 326, 652, 657, lógicos (sigificãncia diagnóstica),
Articulações imerfalangeais dorsais, 699 675 L
pomo de dimensionamento violá- recomendações, 302q Biopsias embebidas em parafina, uso,
ceo, 695f 424
B
articulações, inchaço, 277f ;!] Bioterrorismo, 1019-1021
Artrite, 605 Babulno slndrome do, 20f Blefarite, 312-314, 313f
artrilefartralgias, 564 Bactéria, formas, 349, 356, 410 Bloqueadores de "IN F-alfa, 262
aspectos clln icns, 156-166, 182 Bahamas, erupç.ão de banhisla de mar, Bloqueadores solares resistentes à água,
aspirina e, 129, 565, 976 628-631 749
。ウーゥイョヲaj n eNセL@ impacto, 187 Bainha da raiz externa, 914 f Bloqueio de nervos, 488
associação de maligrudade, 844 Bainha fibrosa, 914f Bócio multinodular tó>Lico, 188
Artri te psoriática (PsA), 276 Bainha radicular imerna, 914 f Bolha diabética, pernas, 50f
Artri te reumatoide (AR), 276, 279 Balanite xerótica obliterante, 329f Bolha in1ac1a, 64 7f
diferenciação, 279 Banda pigmem ada, 949f, 950f Bolha provocada pela luz, 759f
1008
Índice
Bolha subepidermal, 656f Camada basal, células de melanoma caracterlsticas clássicas, 940q
Bolhas, 10, 360, 635-638, 660f, 663f, (contraste), 843 f caracterlsticas clin icas, 125, 197, 200,
665q-670 Camada celular granular, 637f 209-210, 276, 56H, 564, 568-569,
J)resença, 71 6f Camada crural, fissura lo ngitud inal pro- 633, 730-733, 7551, 792, 858,
Bolhas autoimwles, doenças, 635 funda, 500f 907t, 978-979
Bolhas provocadas pela luz, 759f Camada de gel de s ilicone, 789 caracterlsticas clfnicasflaboratoriais,
Bombas de compressão pneumática, Camada de Henle, 914f 680t
uso, 129 Camada de Huxley, 914f caracterlsticas cutâneas, 498f
Borda Camada espinh osa, 637f caracterlsticas da escama, 495 f
definição, 506f Camadas corporais, 765f caracterlsticas da superfrcie, 776, 858
irregularidade, 851f Camadas cutâneas grandes, candidlase, Caracterfslicas dermatoscópicas, 881,
Borda ativa, 492 532-534 882t
Borda branca, desenvolvimento, 855 Camadas, emergência, 913-914 caracterlsticas diagnóslicas principais/
Borda vermelha, 506f Camadas, ll'itiligo, 765f secundárias, 156
Boreliose de Lyme, 603f Camas de bronzeamento artificial, pseu- caracterlsticas diagnóslicas, 560-562
Borrelia burgorferi (espiroqueta de carra- dopor6ria (relação), 758 caracterlsticas diferenciais, 416t
i)ato), 606f Canal auditivo externo, otite externa, caracterlsticas estruturais, 888, 888t
Braço superior, aspectos J)OSterolaterais, 313f, 366 caracterlsticas histológicas, 803, 829,
168 dermatite seborreica e, 313f 844, 845, 850-851, 855, 858
Braços, 22-23 Canais linfáticos, 、 ゥャ 。セ ̄ッL@ 905f caracterlsticas lab oratoriais, 561L
braços/antebraços, 22f-23f Câncer interno, doença cutânea (rela- caracterlsticas morfológicas, 845
braçosfpernas, lesões (aparência), ção), 424, 990 caracterlsticas principais, 155
81 2f Câncer, verrugas genitais (relação), 424 caracterlsticas secwld1rias, 155
Brás, reação de borracha Spandex, 141f cancro sifilllico, 398 f caracterlsticas tipicas, 545-546
Brincos, dermatite, 143 Cancro vaginal 398f Carbúnculo, 356-358
Bronttado, 747 Cancroide, 14f, 56f, 383, 410-411 Carcinoma da tireoide, 998
Bulbo inguinal, 394[, 394t, 914f cancros, 399 f Carcinoma de célula basal (BCC),
Canditla a/bicans, 523f 801-811
c Canditla balanilis, 531 carcinoma de célula basal, contraste,
C. trachomalis, ureLrite não gonocócica Candidlase, 14f, 22f, 27f, 40f, 46f, 55- 801
negativa, 418 57, 72f, 533f carcinoma de célula basal, tensão,
Cabeça Candidlase (monilfase), 523 -536 804f
cabeçafl)escoço, d istribuição, 827f Candidlase em rede, 535f Carcinoma de célula escamosa (SCC),
Cabeças brancas (acne fechada de come- Candidlase oral, 529-530 824-828
dões), 226 Candidlase por fralda, 534 carcinoma de célula escamosa,
Cabelo Candidlase vagi nal, 525 827f
cabelo facial, aumem o, 757f Candidlase vagi nal aguda, 527 carcinoma de célula escamosa, con-
Cabelo lanugo, 913, 926 Candidlase vulvar, eritema (presença), traste, 801, 814
Cabelos term inais, 913, 916f 527f carcinoma de célula escamosa, d ife-
cachos, 548f Candidlase vulvovaginal recorrente, renciação, 790, 825
Calazar, 634 528-529 carcinoma de célula escamosa, trans-
Calcinose, 696f, 698, 704 Cantaridina (Cantarone"), 430, formação, 814
Calcinose, fenômeno de Raynaud, en- 463-464 Carcinoma in situ de célula escamosa
volvimemo esofageano, esclero- Capilares laterais, 947f, 954f, 971f (SCCIS), 820
dactilia, telangiectasia (slndrome Capilares proximais Carcinoma metaslático, 846f
de CREST), 704-707, 911 capitis (quérion), 514 Carcinoma primário de célula escamosa,
Calcipotrieno ( Dovonex"), オNセッL@ 282 capsaicina e, 490 diretrizes cirúrgicas, 828t
Calcipotriol, uso, 952 Cápsulas nematocistos, 628f Carcinoma sebáceo, 991 f
Calcitrol (Veclical"'), 315 caracterfslica aguda/crônica, determi- Carcinoma verrucoso, 830-831
Calosidades, 4 60, 1008f nação, 186 Carcitriol (Vectical"), オNセッL@ 282
Cal vice, 922-924 caracterfslica da escama, 495f Carga vira!, 445
Camada auricular posterior, 274f, 796f caracterfslicas anatômicas, 582-583 Caribe, erupção do nadador, 628-631
1009
Índice
1010
Índice
Combinação com tralamento amibacte- Corpúsculos de Vater-Pacirli, recepção Cremes/loções lubrificantes, efetividade,
riano tópico, 221-223t ao toque/pressão, 1 75
Combinação de terapia, 235, 297, 297q Corrimento não sexualmente adquirido, Crianças, 424, 554, 586, 771
Combinação de Lralamemo, 471 524 tralamento, 767
Comedões actfnicos, 62f, 745f Corrimento sexualmente adquirido, 524 liJ Crioanestesia e cortefcuretagem
Comedões actfnicos, periorbi!al, 62f Corrimento uretra], 390f, 390t (C&C), 1012
Comedões actfnicos, !amanho (au- Corrimento vaginal, 524-525 liJ Criocirurgia, 430, 455f, 463-464,
memo), 745f Córtex (cabelo), 913-914, 914f 466, 774, 971, 1012-1013
Comedões dut>losftriplos, 261f Corticosteroide intralesional, 247, 690 e crioterapia, 457, 457f
Comedões fecl1ados, aparência, 226f Corticosteroides, 243, 326, 651, 699, lt) Criospray, 101 2
Comedões senis, aparência, 251, 251f, 733,894 Crioterapia, 789, 816
252f Corticosteroides orais, 690 com nitrogênio lfquido, 909
Comorbidades médicas, 266q, 267 オNセッL@ 93, 193 Criproterona, 243
Complexo tuberoescleroso (CrE) Corticosteroides sistêmicos, 152, 934, Critério ABCDEF, 973
Complicações neurológicas, 475, 615 976 Critério CASPAR, 278t
Complicações, controle, 589 Corticosteroides tópicos, 77-90, Critério clfnico, 832
Componentes, espectro de absorção, 689-690 Critério de classificação, 279
749f controle (manutenção), 175 Critério de estagiamemo AJCC,
Composto de hexale.lle crõmio, sensibUi- efeti-vidade, 841 875
zame, 144 オNセッL@ 97 Critério diagnóstico revisado,
Composto tri-valente de cromo, sensibi- Cosmética, 251 987q
lizame, 144 Cosméticos, 225, 768, 902 Critérios de biologia molecular,
Compressa 6mida com hidróxido de Cotovelos, 3lf 835
t>olássio, 539f Couro cabeludo, 63f-G4f, 270, 285-286, Critérios de classificação do American
Compressão, オNセッL@ 129, 129t 827f, College of Rheumatology,
Compressas mornas, uso, 123, 139, cicatrizes da alopecia, 683f 723q
358,440 eritemafescama, 160f Critérios de diagnóstico, 368q
Condiloma de bオNセ」ャォ・ M lキ・ョウエゥL@ escala de emplastros, 313f Critérios dermatoscópicos especfficos
ocorrência, 830f lesão, 794f para melanoma, 886t
Condiloma oral, 423, 423f massa cfslica, 798f Critérios histopatológicos, 834
Condiloma1a de bオNセ」ャォ・ M lキ・ョウエゥL@ tinea do, 509-510 Critérios imunopatológicos, 835-
ocorrência, 830f Couro cabeludo parie!al, pseudopelado, 839
Condiloma1a gigante de bオNセ」ィォ・ ᆳ 941f Cromatos, 144
Lõwenstein, ocorrência, 830f Co-va, 18, 587, 587f Crosla de herpes, STD, 388f
Condrodermatite, 5f, 30f Coxa (superflcie interna/sulco inguinal), Croslas, 13q, 13f
de orelha, 30f 65 centrais, ocorrência, 804f
nodular em hélice, 5f, 795 f Coxas, 65f Crotamiton (loção Eurax"'), 588
Conferência de consenso na classifica- Craurose da vulva, 328f Cuidado com ferida local, 893
ção de acne, 219 Crealinina, função renal (relação), 294 {'!) Cuidado da ferida pós-operatória,
Contraceptivos orais Creme com 5-0uorouracil, aplicação, 1005
aprovados pela FDA, 241L 426-427 lt) Cuidado domiciliar, 1005
contraindicações relativas, 289q, 297 Creme de doxepina, オNセッL@ 97 Cultura, 343, 411, 418, 437, 477,
impacto, 240-241 Creme de imiquimod a 5% (Aldara"'), 494
uso, 242 811 biopsia e, 606
Controle, compressas 6midas (uso), Creme de ーゥュ・」イッ ャゥ ュオNセ@ 1% (Eiidel"') , coloração de Cram, 358
76f 97,175,326 vira!, 405
Coproporfiria (CP), 759 Creme Tri-Luma"', 774 {'!) Curativos, 1004-1005
Cor da pele, 849f Cremes, 78-79, 97, 103q, 132, 138 Cure1agem, 430, 466, 811 f, 1010f
Cor, mudança, 969 Cremes de barreiras, uso, 103, 138 Cure1agem pré-operatória, 811
Corno cutâneo, 786, 786f Cremes de cortisona, aplicação, 88 CuUcula, 914f, 963
Corp6sculos de Meissner, recepção ao Cremes/loção de lotrisona, 79 externa (capilar), 913-914f
toque/pressão, 1 Cremes emoliemesfloções, 75 ilustração, 947f
1011
Índice
1012
Índice
dゥ・セ@ liwe de glúten (CFD), 646 Doença autoimune bolhosa, 635 Doença interna, 966-968
dゥ・セ@ para se evitar bálsamo do Peru, Doença autoimune da tireoide, 188 doença interna, classificação etioló -
146 Doença autossômica dominante, 911 gica, 187
dゥ・セウ@ de exclusão, 180 Doença avançada, 842 Doença intestinal, 737
diferenças, 858 abordagem, 740 Doença mediada por toxina de superan-
Difusão assintomática, 436 Doença beta ampla, 980-981 úgeno, 566
、ゥヲオNセカ。・L@ 125f Doença cardfaca, 605 Doença meni ngocócica
Dfgitos em salsicl1a, 276 Doença culânea multisistema, 725
Dfgitos, psorfase ーオNセエャ。イL@ 273, 273f doença cutânea (ferida oriental), neurológica, 605
Diidroxiacetona (DHA), 768 633-634 ocular, 658
Dilatação pós-esteroide tópico, face, 34f doença cutânea difusa, 633 oral, 658
Dimensão da placa, 843f doenças culâneas, tipos, 214 precoce disseminada, 605
Dimensionamento, 158f Doença culânea induzida pela luz, 750 precoce Jocali2ada, 604-605, 832
dimensionamento das manchas violá- Doença culânea, impacto, 216 precoce tardia, 602
ceas, 694 Doença culânea, manejo, 707 Doença sintomática de Lyme, apresenta-
dimensionamento de máculas, coales- Doença culânea, tratamento, 698 ção de manifestações, 602q
cência, 538f Doença da arranhadura do gato, 614-615 Doença sistêmica, 693, 698, 727
dimensionamento de pápulas, 538f Doença da mão-pé-boca, 27f, 55f, Doença tardia, 605
Dipiridamol, 976 547-548 Doença tipo penfigoide, 661-662
Dipropionato de 「・セュエ。ウッョ L@ 282 Doença de Bowen, 821, 823 Doenças autoimunes, 671
Diretrizes de controle de feridas, 1004q Doença de Cowden (sfndrome do ha- Doenças bolhosas autoimunes, diagnós-
diretrizes de controle, 258 martoma múltiplo), 27f, 996 tico, 639t
diretrizes de diagnóstico, 256q Doença de Darier, 66f, 949f Doenças bolhosas subepidermais,
diretrizes de manejo, 258 Doença de Fabry-Anderson, 900t classificação molecular, 637f, 638t
diretrizes laboratoriais, 279 Doença de Crave, 188 Doenças cutâneas, classificação etioló-
Disidrose, 9f, 41f, 44f, 45f Doença de Crover, 46f, 65f, 68f, 334 gica, 187
Disli pidemia genética, 980t Doença de Hailey-Hailey, 72f Doenças cutâneas relacionadas com
Disli pidemia primária, 980t Doença de Kawasaki (DK), 560-565, 722q arsênico, 824
(!) Dissecç.ão brusca, 463-464, 1011 f Doença de Lyme, 71 f, 600-607 Doenças de bolhas grandes, 636f
1!J Dissecç.ão eletiva de linfonodo, 874, Doença de Mucl1a-Habermann, 332 Doenças dermatológicas, associaç.ão,
1009 Doença de Osler-Weber-Rendu, 911 446
Distribuição Doença de Paget, 7f, 2lf Doenças do tecido conectivo, 672-677
derrnatomal unilateral, 912 Doença de Paget, aréola, 21f Doenças, espectro da necrólise epider-
do diagnóstico, 134t Doença de Paget da mama, 843 mal tóxica, 714-719
geográfica, 600-601 Doença de Paget extramamária, 844 Doenças eSJ>Ondiloartrites, 276
mundo velho/mundo novo, 632f Doença de Scllamberg, 55f, 740 Doenças estreptocócicasfestafilocócicas
randõmica, 937f Doença de Von H ippel-lindau, 900t mediadas por toxina, 566q
scc, 827f Doença de von r・」ャ、ゥョァィ。オNセL@ Doenças, gruJ>O penfigoide, 655-660
unilateral-única de dermatona, 482f 774-775 Doenças mistas do tecido conectivo, 706
Distrofia da unha média, 966 Doença do soro, 210, 574 Doenças secas, 75
distrofias, avulsão não cirúrgica, 961 Doença do tecido conectivo, compara- Doenças sistêmicas, 734
Disuria, 418f ção, 694f Doenças transmitidas pelo carrapato,
Divisão de placa distai (unhas quebradi- Doença em estágio final, 944f-945 f 601t
ças), 965 doença em estágio final, atrofia (inclu- Doenças úmidas, 75
DLE hipertrófico, 682 são), 975f Doenças, オNセッ@ de com)>ressas úmidas,
DM induzida por fármaco, 696 Doença hepática, 760 76q
Dobra auricular posterior, 796[ Doença inflamatória cutânea, 91 Dor abdominal inferior, 392f
Dobra nasolabial, dermatite seborréica, doença inflamatória cutáneafde articu- Dor, 481, 485, 895
315f lação imunomediada, 264-265 associação, 481
Dobras culfulea.o;, vermelhidão/erosão, 536f Doença inflamatória imestinal, 721 caracterfstica, 489
Doença articular, 416, 605 Doença inflamatória péhrica (DIP), 385, queimadura, ocorrência, 760f
Doença ativa, 607 414-415 Dorso, 2Gf-27f, 52-53, 457f, 584f
1013
Índice
Dorso superior, 744f, 858f efeitos 。、セ・イウッL@ 175, 237-238, 241, de espessura total, 718f
envolvimemo, 120f 245-246, 285, 287, 292, 296, 528, desnuda, 719f
Dosagem 746q,923 Epidermólise bolhosa, 664
administração, 175 efeitos psicossociais, 217 Epidermólise bolhosa adquirida (EBA),
de f.1rmacos antifúngicos orais, 519t Efélides (sardas), 771, 882t 656, 661-662
duração, 23 7 efetividade de protetor solar, 860-861 Epidermólise bolhosa distrófica, 664,
inLerm itenLe, 80 EOornitina creme, uso, 93 664[
neoral, 297q EOúvio Epidermólise bolhosa juncional, 664
Doxiciclina, 238 telógeno crônico (ETC), 921 Epidermólise bolhosa simples, 664,
pro6lática, 607 c1J ELA-Max, 1002 664[
DTM, relação, 494 Elastose solar, 743, 744f Epididimite, 383-385
Duetos de Banolin, feminino, 414 Eletrocirurgia, 262, 425 Epiloia, 987
Duplo enluvamento, utilidade, 140 111 Eletrocoagulação, 1009 111 Epinefrina, 1001-1002
Dystrophic Epidermolysis Bullosa Rese- 111 Eletrodissecção e curetagem (ED&C), necessidade, 193
arcl\ Association of America 809-811, 1009 EpistaXe, telangiectasia hemorrágica he-
(AAPED), 664 111 Eletrofulguração, ilustração, 1009 f reditária, 911 f
Elevaç.ão Epitélio da matriz da unha, síntese de
E
da perna, 128 placa da unha, 950
EBA clássico, 661 exofltica característica, 461f Epitelioma cuniculato, 830f
EBA tipo penfigoide bolhoso, 661, 66lf EM recorrellle, herpes (associação), 712 Epitelioma de célula basal, 4f
Ecovírus, 558 111 EMLA, 1002 Equinoderma, 631
Ectima gangrenoso, 370 Emplastro de couro, 988, 988[ erisipela, 33 f
Ectoparasilas sugadores de sangue, 600 Emplastro de lidocalna tópica (Udo- Erisipelas, 33f, 342-346, 347
Ee2ema, 23f, 575 derm"), 490 erisipelasfcelulite facial, 347
eczema, criação, t59 f impacto, 836f Erisipeloide, 42f, 359
eaema, crosta úmida, 123f ·En coup de sal.rre•, 709, 709 f Eritema
eaema, fissura (inclusão), 72f Encefalite, 486 ab igne, 44f, 775
Ee2ema agudo, 10f, 91 Ensaio de anticorpo imunoOuorescenLe, acral induzido por quimioterapia, 579
Ee2ema asteatoico (eaema craquelé), 409 anel periférico, 783 f
50f, 110 Enteropatia sensível ao glúten, 644 aparência, 359 f
Ee2ema atópico, crescimento, 160 Enter01rlrus, 558 cicatriz, 50Gf
Ee2ema craque] é, 110 E1welhecimento com padrão em rede, 554
Ee2ema crô•úco, 91 contraste, 743 craquelé (escala densa), 12f
Ee2ema da mão, 100-109 dano do sol (contraste), 743 crosta, 158f
Ee2ema da ponta do dedo, 107 normal, 743 difuso, 147f
Ee2ema generalizado, 27f, 69f, 97 E•wohrimento cardíaco/órgãos, vasos, elevatum diulinum (EED), 737
Ee2ema herpético, 156, 52f, 62f, 473f 564-565 escama, 96f, 157f, 506f
Ee2ema hiperqueratólico, 105, 105f E•wohrimento de onicomicose, áreas, facial (bocheca batida), 553
Ee2ema hipértico, 33 f 960 generalizado, ocorrência, 269[
Ee2ema impetiginizame, 30f, 3Gf, 89f E•wohrimento difuso, 169f induzido por esteroide, 85f
Ee2ema liquenificado, 56f E•wohrimento ocular, 658f, 902 infeccioso, 25f
Ee2ema liquenoide, pênis, 56 f Enxerto, 129 inicio, 7l8f
Ee2ema numular, 28f, 31f, 50f, 104, enxertoftransl>lante, 768 migrans, 600-607
111 Enxofre, uso, 589 multiforme (EM), 37f, 43f, 45f, 51 f,
Ee2ema recalcitrante de inicio adulto/ Enzima hepática acetiltransferase, im- 710-714
malignidade, 97 pacto, 692 multiforme, lesões-alvo, 713 f
Ee2ema subagudo, 25f, 50f, 57f, Eosino61ia sangulnea, 156 multiforme, relação, 578
91 Eosinó6los, impacto AD, 156 nodoso, 720-721
Ee2ema vesicular agudo, 96f Epiderme, 1, 638 perianal, 348f
Edema facial sólido, 251 característica, 327f peri-inguinal, 694
Edema escrota] agudo, 733 células atípicas (presença), 822f persisteme difuso, proeminência, 744f
efeito em tumor culâneo, 285 corpos (extensão), 803 f persisteme, impacto, 118f, 256f
1014
Índice
1015
Índice
Esternides tópicos, 15f, 123, 282-283, Exames Faixas, 42r, 45f, 271f, 598f, 626f
315, 326, 330, 657, 740, 751 -752, de acompanhamento, 879 p igmentadas, 949r, 950f
818, 934 manuaisfdermatoscópio HオNセッIL@ 847 Falência renal crônica, 758
impacto, 599 Exantema por enterovfrus, 69 f Famciclovir (Famvir"), 488
intralesinnais, 976 Exantema セゥイ。 } L@ padrão urticarial Faringite estreptocócica, lesões (ocorrên-
megapotemes (grupo 1), 78 papular, 558-559f cia), 268f
relação, 152 Exantemas de Coxsackievirus, 558 Faringite gonocócica, 415
segurança, 174 Exantemas maculopapulares, 570 Fármaco
uso, 90, 98, 139, 174 Exantemas virais, 70r, 559 f classificação etiológica, 187
teste de fita (relação), 152 Excesso de metabólitos da porfirina, impacto, 714q, 758
eNセエヲュオャッ@ !Xsioo, 」ャ。Nセゥヲ ̄ッ@ etiológica, 187 756 imerações, 961
Estoques de compressão elástica ;1) Excesso de tecido de granulação, uso, 439-440, 761
graduada, オNセョL@ 129 1005 Fármacos antimalariais, 752
Estratégia de dosagem, 292 Excisão Fármacos antivirais, 487
Estratégia de progressão aumentada, pós-biopsia, 87 4 Fármacos biológicos, 179, 952
ーイ・セョ ̄ッL@ 175 recorrência, 850 Fármacos fixos, tórax, 68f
Estrela do mar, 631 (j) com tesoura, 1008 Fármacos imunossupressores
Estreptococns beta-hemollticos do Excrescências, 785 f eficácia, 264-265
grupo A, 335 Expansão clonal, 133 tera]>ia adju-vante com, 657
Estresse emocional, impacto, 172 Experiência da Clfnica Mayo, 642-644 Fármacos orais, uso, 516t
Estria, 65 f, 88f, Exposição à borracl1a, sintomas, 140 Fármacos s istêmicos, 297
de Wicld1am, 320(, 321f Exposição à radiação ultravioleta (UV), f£Nセ」ゥ。L@ infecções necrosantes
ramificadas, 880f 860 (tratamento), 350t
Estrias, coxas, 65f Exposição ao parvovfrus 819, fatos/reco- f。Nセ」ゥ ゥエ ・@ necrosante, 348-349
Estrias (de esteroides tópicos fones), 3H mendações, 555q fase adulta, 166
Estrutura, 913-914 Exposição ao sol, 687r, 860 fase aguda, 560
alleração, 950 crôn ica, 744 fase convalescente, 560
tipo impressão digital, 881f Exposição ocupacional, 136t fase de elicitação, 133
Estudo de GASPAR, 279 Exposição tópica, 761 -762f fase de reativação/refratária, 576
Estudo pré-natal, manejo, 403 Exposições UV de baixo nlvel, efetill'i- fase de sensibilização, 133
Estudos de função, 127 dade, 132 fase de via, máculas (presença),
Estudos de imagem, 368 'I) Extração, 1013-1014 83Gf
Estudos de imunofluorescência, 645 capilar, 937f fase eczematosa, máculas (presença),
Estudos de microscopia eletrônica, 637f Extremidades, 346-347, 788f 83Gf
Estudos de sangue/urina, 216 inferiores, 818, 907f fase erupti-va, 474-475, 481, 546-548,
Estudos diagnósticos, 989 inferiores, lesões, 907f 552-554, 556
Estudos eletromiográficos, 697 superiores, queratose acúnica, 818 fase esfoliativa, 36H
Estudos histológicos, 654 extremidades superiores/inferiores, fase infantil, 158-160, 162-164
estudos histopatológicos, 437-438 818 fase prodromal, 552
Estudos imunofluorescentes, 729 fase prodromalferuptiva, 549
Estudos laboratoriais, 245, 689, 729,
F fase recorrente, 554
734-737, 759 Face, 32-34r, 163r, 168f, 502-516, 503 r, fases clínicas, 560
Etanercept (EnbreJOl>), 280, 306-307 771 f, 818, 898f Fator básico de crescimemo de fibro-
セ・ョエッウ@ ュオ」ッエゥャョ・ウヲNセア ャ← ᆳ envolvimento, 360f blasto (bFCF), 895
ticos, frequência, 246t e placas ec.zematosas (confluentes), ;1) Fator de crescimento endotelial vas-
セゥ、↑ョ」。@ presumível, 984 159f cular (VECF), liberação, 1003
exame (teste de pinça), 917 Facilidade de cuidado estendido, ma- Fator de necrose tumoral-alfa (IN F-a),
Exame à lâm]>ada de Wood, 494, 766 nejo de sarna epidêmica, 589q 262, 306-307
Exame atento, 40Dr Facilidades de cuidados de longo prazo, Fator de i>roteção solar (FPS), 749,
Exame da lâmpada de Wood, 766 piolhos, 589 747t
Exame frsico, 189, 729,917,927 Faixa pigmentada de camada da w1ha, Fatores de prognóstico de onicomicose,
Exame patológico, 211 aparência, 870f 960q
10 16
Índice
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Índice
1018
Índice
lmiquimod, 458, 463, 466, 791, lncl1aço, 184f, 720f por ー。イ|GッカヲオNセ@ B19, 553-555
816-817 angioedema e, 202f por Psmulomonas, 955
tópico, 895 escrota! agudo, 733 por Psmulomonas aeruginosa, 363-370
Lratamento tópico, 791 evolução, 847 por tinea, 492f
uso, 425 impacto, 172 primária, 435-436, 467, 469
Impacto incidência, 360-362, 371, 396, 415, recorrência, 34 7f
」オセQョ・ッL@ 730 419, 446, UT セ UTL@ 568, 610, 825, resistente a aciclovir, 488
da queratose, 780f 860 redução mecânica, 961
da suspensão de alimentação, urticária e, 183f secundária, 476f, 948f
179-180 lncisãofdrenagemfembalagem, uso, 358 superficial, 517
na glândula peniana, 577f Indicador LN, 986 tratamento, 174-175
na gravidez, 291 Indicador NF1, 986 víscera! (calazar), 634
na Organização Mundial da Saúde lndhrfduos sensfveis ao nfquel, dieta Infecções bacterianas, 88, 125q, 953-955
(OMS), 387 (sugestão), 144q Infecções cutâneas secundárias, Sraphylo-
psicológico, 766 Infância, hemangioma na, 892-896 coa1lS aurmlS (presença), 165f
lmpeligo, 9f, 51 f, 54f, 61f, 335-342 Infarto, 785f Infecções de primeiro episódio, 435-436
bolhoso, 336 Infecção Infecções de tecidos moles, 348
cor de mel, 13f bacteriana, 50lf Infecções fúngicas, 720-721
implicações psicológicas, 933 capilar, 509 de unhas, 956-961
implicações psicossociais, 245, 438 classificação etiológica, 187 por dermatófitos, 491-523
não bolhoso, 338 clfnica, 454 Infecções gonocócicas não complicadas,
recorrente, 341 crônica, 529f 384
Imunidade mediada por célula, redu- cutânea, 482f Infecções necrosantes, Lratamento, 350t
ção, 156 de dedo do pé (Linea pedis imerdigi- Infecções ocultas, tratamento, 190
Imunização tal), 369, 495-496 Infecções por Coxsackievirus, diagnóstico
contra rai'va, 617 de pele, 483f diferencial, 378
contra tétano, 617 dermatofita invasiva, 505 Infecções por \'aricela-zóster, fármacos
para catapora, 483 disseminação, 496f HオNセッIL@ 484t
Jmunoensaio, uso, 140 episódios (recorrência), 34 7f Infecções virais, 383, 953-955
lmunoOuorescência, 210, 642 estreptocócica, 268f Infecções virais sexualmente transmis-
direta, 638-639(, 642, 654 folicular profunda, 517 sf\'eis, 383, 425
indireta (soro), 642, 651, 654, 656 genital, homens, 413 terapias aplicadas ao pacieme, 383
Imunoglobulina A, papel, 730 gonocócica disseminada, 415-417 infecções vi rais sexualmeme transmis.-
lmunoglobulina E (lgE), elevação, 156 gravidade, 368f sfveis, 383
lmunoglobulina intravenosa infcio, 362f, 406-407 Infecções, terapia, 618-6191
resposta, 193 intrauterina, 554-555 Infestação, 88, 592f, 594, 622
uso, 652 meningocócica, quimioprofilaxia, 378 de sarna, 584f
Imunoglobulina varicela.zóster (ICVZ), necrosaste, 348q, 350t por pioderma secundário, 591f
478 no eixo capilar, 509 lnfi!Lração, angioedema, 203f
lmunoglobulinas, 719 padrões clfnicos, 510, 514 lnfiiLrado linfocflico peribulbar (enxame
lmuno-histoqufmica, valor, 821 pelo vfrus da imunodeficiência hu- de abelhas), 933
Imunologia, 156, 582-583 mana (HIV), 435 Inflamação
lmunomoduladores, 768 persistente, 531f, 605 aguda, 137f
Imunossupressão, sarcoma de Kaposi por Candida na >'irilha, 499f crônica, 107f, 123, 36Gf
(associação), 908 por clam fdia, 417 cutânea, 135
Imunossupressores macrolfdios tópicos, por herpes simples, área anal/nádegas, difusa, 163f, 176
uso, 97 450f eczematosa aguda, 92f, 93, 122
lmunoterapia, 627 por herpes simples, impacto, 714f eczematosa crônica, 98, 123
tópica, 934 por herpes simples neonatal, 442-443 eczematosa subaguda, 94-97, 122
1!) Inalação de antrax, 1019f por H IV, 529-530 estágios, 103
lnalantes, classificação etiológica, por 1>apilomavfrus humano genital, generalizada, 176
187 condiloma oral, 423 grau, 280
1019
Índice
1020
Índice
benignas, semelhança, 871 não melanocllicas, análise simplifi- LinfocinLigrafia (mapeamento radiográ-
caracterlsLicas, 904, 906 cada de padrão, 881 L 6co pré-operatório), 874
」ッョセQオ。 ̄L@ 712f nodulares, 826[, 892f Linfocitoma por Borrelia, 602
crosta, simetria, 650f ッイゥァセL@ 824q Linfócitos ゥョャエイ。l・Nセ@ de tumor, 873
」オセQョ・。ウL@ 417, 690-691, 715-716, 727, papulares, 318f Linfócitos T espedficos para amlgeno,
756, 992t papulares, frequência, 157f circulação cutânea, 133
」オセQョ・。ウ@ especiais, 17-18q, 19-47q ーゥァュ・ョセ、。ウ@ benignas, caracterlslicas Lirúócitos ·r; imeração, 133
」オセQョ・。ウL@ histologia, 697 dematoscópicas, 882 Linfogranuloma venéreo (LCV), 383,
」オセQョ・。ウ@ polimórficas, 654f ーゥァュ・ョセ、。ウ@ de fundo ocular, 998 408-409
」オセQョ・。ウ@ primárias, 3-5, 6-7, 8q, 9q, poliddicas, 203f Linfoma, 644, 721
10q polipoides, 866f Linfoma cutâneo de célula B (CBCL),
」オセQョ・。ウ@ psoriasiformes, 、・ウセキッ ゥ ャセ ᆳ precoces, 577f 831
menLo, 272f precursoras, 825, 862 Linfoma cutâneo de célula T (CrcL),
」オセQョ・。ウ@ secwldárias, 12q, 13q, 14q, primárias, 2, 3q, 320, 32lf, 408, 467f, 831-842
15q, 16q 584 Linfomas cutâneos primários, 831, 83ll
\!) de espessura, criocirurgia, 1012 11) prurllicas, causas, 1028t Linfonodo, estágio patológico, 875
de glândula Lireoide, 996 queratólicas, 824f Ungua, llquen plano, 324f
de mama, 996 recorrentes de herpes, 470f Linha capilar, lesões SK, 780f
de placas levantadas, 86Gr recorrentes, grupo de カ・Nセャ」オ ャ 。ウL@ Linha de Blaschko, 793f
de rápida proliferaç.ão, 893 469[ Linha do cabelo, grandes lesões, 780f
de superflcie ásperas, 778f secundárias, 2, 584 Linha média, melanomas, 858f
de superflcie lisa, 779f ウセョ・ ャィ 。ョL@ 807f Linhas, aceruuação, 99f, '115, 117f,
00 delgadas, criocirurgia, 1012 SK (Sarcoma de KaJlOsi), 777f 157f
00 dermatológicas migratórias, causas, subqueratólicas, 780f Linhas de Beau, 966
1027t superficiais, 505, 815 r 00 Lipossucção, 1016
discretas, 400f suspeitas, 850 Uquen crônico simples atópico, pulso,
disli nção, 265 エセーッ@ de curso, 987f 74f
disuibuição, 586f オャ」・イ。 ̄ッェウセN@ 805f Uquen escleroso, 26[, 58f, 73f,
・ャセ。、ウL@ 458f ulceradas, 826f Uquen escleroso e auófico (LSA),
em forma de abóbada, 866f 00 ulceralivas dermatológicas, causas, 327-331
em forma de domo, 866f 1026 Uquen escleroso Jlré-puberal e auófico,
em placa levantada, 866f 00 セ。ウ」 オャ。イ・ウ L@ 884L, 1017-1018 328-329
em rápida proliferação, 893 カ。ウ」オャイ・Nセ@ adquiridas, 904-904 Uquen plano (LI'), 23f, 27[, 320-326
em rápido crescimento, 894 カ。ウ」オャイ・Nセ@ congênitas, 891-902, 8911, crônico, 3lf
espalhadas, 334f 892q Uquen plano de membrana mucosa,
evolução, 474[, 715, 794 Leuconlquia, 948f 324f
formação de escara auófica, 939f Leuconlquia Jl untual, 964 Uquen plano e auófico, 328f
ァセャゥエ。ウL@ 585f Leucoplasia, 27[, 5lf, 55[, 451 f, 829f Uquen plano erosivo, vulva, 72f
gotosas, 323f pilosa da AJDS, 55 f Uquen plano folicular, 322, 940
hipopigmentadasjauóficas, 683f Uberadores não imunológicos de h ista- Uquen plano generalizado, 322, 325
inflamatórias de acne, 219 mina, 574 Uquen plano genital, 324
inflamatórias profwldas, 504 111 Lidocalna, alergia, 100'1 Uquen plano hiperuófico confluente,
iniciais, defirlição de borda, 787f 111 Lidocalna, diluição, 1002 322, 323f
interuiginosas, 663 11) Udocalna tamponada, 1002 Uquen plano, ャ ・Nセウ@ polidclicas, 32lf
lineares, criação, 138 Ugação genélica, 989 Uquen plano localizado, pés, 322f
localizadas, 977 UmpezafdesbridamenLo, 367 Uquen plano oral (LPO), 324
melanodlicas malignas, caracterlsLicas Umpeza qui mica, 774 Uquen plano pilar (LPP), 63f, 940
derrnatoscópicas, 881 Undano, 588 Uquen plano vaginal erosivo, 324-325,
morfologiafdisuibuição, 320 Unfadenopatia, 411 325f
mucoculâneas, 996 Urtfadenopatia cervical, 562 Uquen planopilar, 29f
mucosas, 716 Unfadenopatia inguinal bilateral, 409f Uquen planopilar clássico, 940q
não iruertriginosas, 662 Unfangioma circunscrito, 905 Uquen simples auófico a tópico, 7 4f
1021
Índice
Uquen simples crônico, 27[, 3or-31f, Luvas cirúrgicas de elaslireno hipoaler- Manifestações culâneas, 256-258, 370f,
42f, 47f, 53f, 58[, 73f, 104, gêrúco, オNセッL@ 140 418[, 4471, 602, 691 -692, 737
115f-118 Luvas cirúrgicas de talco hipoalergênico, Manifestações dermatológicas, 566,
Liquenificação, 18, 18f, 115, 157f uso, 140 693-694, 936
Liquennide, erupções, 578 Luvas de vinil, descarte, 140 Manifestações do sistema nervoso
Uun, impacto, 266 Luvas termopláslicas de elastomer, cenlral (CNS), 902
Lobos da orelha, queloide, 788f CUStO, 140 Manifestações oflálm icas, 614
Locais anatômicos, 436 Luz pulsada intensa (LPI), 774, {JJ 1018 Manifestações psiquiálricas, 936
Locais de injeção de esteroide, 87 uso, 930t Manifestações sistêmicas, 985, 989
Locais, envolvimemo, 314f Luz ultravioleta (UV), intensificação, Mão, 4lf-45f, 507, 771[, 765f
Local anatômico, 436 284 caracterfslicas, 701f
Loção de barba, dermatite alérgica de luz ullravioleta B de faixa eslreita descamação, 551f
contato (ocorrência), 147f (NB-UYB), 284 dorso, 41f, 42f-43f
Loção segura para picada de animal palmas, 44f-45f
marinho, 628
M placa liquidificada na, 164f
Loções autobronzeadoras, uso, 750 Macromelanossoma, 775 linea da, 43[, 507
Loções de proteç.ão solar, uso, 750 Máculas, 3 [, 3q, 557f Mapeamem o radiográfico pré-operató-
Loções, uso, 97 em folha de freixo, presença, 989f rio (lirúoci nligrafia ), 874
Loratadina (Ciariun"'), uso, 188-190 hiperpigmentadas, ocorrência, 322f Marca culânea (acrocórdon), 784-785 f
lNセaL@ 329 hipomelanóticas, 988, 989f Marca de ampulheta, 596f
lNセa@ de pênis, 331 hipopigmentadas, 770f Marca em forma de violino, 598f
lNセa@ pré-puberal, 328f melanóticas labiais, 856, 856f Marcas, abrasõesfcontusões superficiais,
lNセa@ vulvar, 330-331 pápulasfpústulas, 401f 616f
Lúnula (unha), iluslração, 947f presença, 775 f Margens de ressecção, 874
Lúpus agudo, face, 34f tufos capilares, 988 Massa
Lúpus agudo, mãos, 44 f Malalion (Ovide'<), impacto, 593 crescimemo, 893f
Lúpus cutâneo crônico (discoide), 29, Malformação capilar, 902 incl1ada, 357f
63f Mal formação leptomeningeal, 902 pol ipoide, 785f, 849f
Lúpus eritematoso culâneo agudo, erup- Malformação vascular congênita, 898 Mastocitoma solitário, 212, 212f
ção em borboleta, 687f Mal formações, 898-902 Mastócitos, 211, 216
Lúpus eritematoso culâneo crônico harmatomatosas, 905 Mastocitose culânea (MC), 7lf, 211-214
HャーオNセ@ eritematoso discoide), 25f, malha pigmentar, 882-885 difusa (MCD), 211
63f, 682, 939 malignidade imerna, 9921 maculopapular (MCivlP), 2'11
Lúpus eritematoso culâneo subagudo vasculares, 898 sistêmica (MS), 211, 214-216
(LECS), 684 Malignidade, 368-369, 695, 697, 697q, MaLriz capilar, 914f
Lúpus eritematoso culâneo subagudo 860 Mau diagnóslico de molusco 」ッョセGゥ ᆳ
induzido por f.1rmaco, 579 Malignidade imema, sinal SK, 783 gioso, 428f
Lúpus eritematoso discoide (LED), 7f Malignidade, sinais, 8611 Meato ureLral, 421f, 823f
Lúpus eritematoso induzido por fár- Mamas Mecanismo imunológico/incerto da ur-
maco (LEIF), 691-692 lesões, 780f ticária de contato, dassificaç.ão
Lúpus eritematoso neonatal (LEN), Mamilo, doença de Pagel, 21f etiológica, 187
690-691 Manchas violáceas, 695f Mecl1as de oLrVido, オNセッL@ 367
Lúpus eritematoso sistêmico (LES), Manejo Média de células CD4fmm 3, correlação,
686-687 cirúrgico, 79 5 446f
Lúpus induzido por fánnaco ( Llf), forma séptica, 3 70 Mediador da urticária, 185
578-579 de lesão, 409 Medicações anlileveduras, 315
Lúpus ョ・ッ。セGゥ ャ L@ placas eritematosas médico, 795 Medicações, im1>acto, 763q-764q, 927
anulares, 69lf recomendações, 858q Medida de Breslow, 874
Lúpus relacionado com fármaco, procai- Manifestações clfrúcasjcurso, 720 Medidas cosméticas, 930
nam ida (impacto), 691 Manifestações clfrúcas, tipos (ocorrên- Medidas do pepUdeo anlicitrulinado d -
Lúpussubagudo,69f cia), 754-756, 764-766, 825, d ico (anli-CCP), 276
987-988 Medidas preventivas, 365
1022
Índice
102 3
Índice
Necrólise epidermal tóxica (N ET), 712, epidermal, 792-793 de dueto com fita, 464
717-719 evolução, 861 do dueto sudorfparo écrino, 263f
contraste, 717 flammeus (coloração em virmo do Ocorrência de erupções acneiformes
relação, 578 porto), 898-902 HーオNセエャ。イ・ウ@ ), parte SUJ>erior do
Necrose halo, 855 corpo, 575f
cutânea, 599 juncional, caracterfsticas dermatoscó- Ocorrência, esteroide tópico grupo V
infecç.ãofcicatriz, 486 picas, 882t (aplicação), 87f
por aranha-marrom reclusa (impacto), lentiginoso i>Ontilhado (nevus spilus), Óleo de bergamota, psoralenos (im-
599 853,853[ pacto), 763f
Nefrite melanodtico (NM), 84 7-858 Oleorresina, impacto, 135
aguda, 340 melanodtico adquirido, 862 Oleosidade, excesso, 244
púrpura de Henocl1-Scl1õnlein, melanodtico alfpico Olho de coruja i>eriorbitaljeritema facial
731-733 melanodtico congênito (NMC), em máscara de o lho, 690-691
Negros, comedões, 682f 850-851 Olhos, 717
Neisseria gonMTfweae, 413-417 mudança, 862 envolvimento, 484
Neomicina (pernas), 48f organoide, 792 inoculação, 462f
Neoplasia benigna, 892 presença, 84 7 Oligomenorreia, 929t
Nervos dérmicos, 1 recorrente, padrão de análise (critérios Oncomicose subinguinal distalfprox:i-
Neuralgia pós-herpética (NPH), 485 diagnósticos), 884t mal, 957f, 958
Neurodermatite numular, 111 Reed, padrões de análise (critérios Oncomicose superficial branca, 958
Neurofibromas, 984 diagnósticos), 884t Ondas de calor, 197
Neurofibromatose, 22f retirado, recorrência, 850 Ondulação, 948f, 965f
Neurofibromatose 1 (NFl ), 983 sebáceo, 794f Onicólise, 948f, 951, 962-963
Neurofibromatose 2 (NF2), 983 Unna, padrão de análise (critérios Onicomicose por Candida, 957f, 958
Neurofibromatose 5 (NF5), 986 diagnósticos), 884t Onicomicose, tratamemo conúnuo, 959
Neurofibromatose de von Recklinghau- Nicotinamida, impacto, 646 Opiáceos, impacto, 574
sen, 984f Ninhos azuis, 881f Orelhas, 30
Neurofibromatose segmentar, 986, 986[ Ninhos ovo ides, 88lf Organismo/transmissão, 509
Neurossflilis, testes, 406 Nfquel, 143-144 Organismos resistemes, 529
Nevo Nfveis de ll'itamina D, 749-750 Órg.'ios abdominais, inchaço, 205
anêmico, 770 Nfvel de Clark, 873, 873f, 875 Oriffcio preencl1ido com queratina (ca-
arâneo (angioma de aranha), 910 Nódulos, 8, 30f, 228f beça negra), 796f
aUpico, 856-858, 857t, 862 (}: cistos dermatológicos, causas, Origem, teoria molecular, 832
azul, 856 1024-1025t Osteoartrite (OA), PSA (diferenciação),
benignos, caracterfsticas, 861 de lisch (Los), 984 279-280
combinado, análise de padrão (crité- desgastados pelo tempo, da orelha, Osteoma, 998
rios de diagnóstico), 884t 46f O ti te
composto, 848, 871 f em forma de abóbada, 855f eczematosa, 367
comum, contraste, 8571, 872 pedwlculado, 971 r externa, 366-368
congênito, 862 presença, 119f maligna, 368-369
congênito gigante, 852f Nomes/definições (Conferência Chapel Ouriço do mar, 631
congênito peludo, 852f Hill - Nomenclatura de Vasculites Ouriço do recife, espinhas, 631f
contraste, 847, 972 Sistêmicas), 722q Ovos dos piolhos (lêndeas), 590, 590f
de Becker, 34 f Nomes genéricos, nomes de marca Ox:icodona, 490
de Clark, 856, 884t (contraste), 78
p
de junção, 848, 849f Notalgia parestésica, dorso, 27f
de Miescl1er, padrão de análise (crité- PacienLes,
rios diagnósticos), 884t
o aconselhamento, 440q
dermal, 848-850 Obstrução de dueto pilossebáceo, 224 caracterfsticas, 921
de SpiiZ (melanoma juvenil benigno), 855 Obstrução linfática, resultado, 34 7f :!) com marcapasso, impacto de ED&C,
de tronco balnear, 852f o、オNセ ̄ッL@ 80-81, 8H, 87 1009
displástico (ND), 856, 872 com fita adesi-va, 464 depressãofdismorfofobia, 244
1024
Índice
1025
Índice
seca se9era (xerose), 75, llOf, 167 fragmentos de, 932f Pioderma secundário, infestação, 591f
seleção/fricção, 99 f generalizada de cabelo, 920-921, 920q Piolho de cabeça, 29f
tensão, 804f localizada, 920q, 922-946 Piolhos, 63f, 590f, 593
Pelo pós-parto, 921 púbicos, 592-593
facial, 315f Perfil de anticorpo, 681f PireLrina, impacto, 593
facial, aumento, 757f Perfil sorológico, 672f Pitirfase alba, 25f, 170, 771
facial e dermatite seborreica, 315f Perfodo de incubação, 549, 552-553, Pitirfase liquenoide, 71f
sexual, crescimento, 927 556 Pilirfase liquenoide crônica (PLC), 332-333
Pênfigo, 27f Perioral, 60f-61f Pitirfase liquenoide e varioliforme
Pênfigo associado a neoplasia, 654, 654q Periorbital, 62f aguda (PLEYA), 332-333
Pênfigo crônico familiar benigno, 25f, Perleche, 15f, 38f, Slf Pitirfase rósea (PR), 52 f, 71f, 316-318
40f, 662-663 Perrnetrina, 588, 624 Pitirfase rubra pilar (PRP), 38f, 44f, 60f,
Pênfigo eritematoso, 649-650, 649f impacto, 593 71 f, 309-311
Pênfigo familiar benigno crônico Pernas, 47, 47f-50f Placa, 89f, 99 f
(doença de Hailey-Hailey), 23f, lesões, 787f erosão, 844 f
Pênfigo foliáceo, 69f, 649-650 Peróxido de benzoil, 236 textura variável, 823 f
Pênfigo lgA, 649-650 Perucas, 934 Placa crônica, pernas, 47f
Pênfigo induzido por fánnaco, 653-654, Pés, 36f-38f, 495-496 Placa de t>sorfase crônica, 4 7f
653f descamação, 551f Placa eritematosa, presença, 822f
Pênfigo paraneoplásico (pênfigo asso- em fissura, 497f Placa liquenificada, 164f
ciado a neoplasia), 654 rachados e 6ssurados, 39f, 113 Placa localizada, 116f
Pênfigo カ」Lセ・エ。ョウ@ 648f, 651 f Pescoço, 52f-53f, 354f, 978f Placas
Pênfigo vulgar, 647-649, 647f Pessoas diabéticas, bolhas, 646 anulares, 838f
Penfigoide bolhoso, 25f, 655-657 Pessoas infectadas por HJV, srfilis t>rimá- aparência, 577f
Penfigoide bolhoso tit>o EBA, 661 riafsecundária, 384 atrofias, 327f
Penfigoide de membrana mucosa, Petéquias, 18, 372f caracterrslicas, 274 f
658-659 caracterfstica, 611f de expansão, 310f
Penfigoide gestacional (herpes gestacio- Picada de abelha demarcadas, 577f
nal), 660 placa urticarial, 620f eczema tosas, 111 f
Penfigoide localizado, 658-660 reação local, 620f em escama psoriática, 273
Penfigoide vulvar localizado, 660 Picada de carrapato, paralisia por, 613 eritematosas, ocorrência, 736f
Pênis, 32, 56, 56f-59f, 325f, 329, 765f Picada, reação, 599f escamosas, 939f
pênis/escroto, maceração, 365f Picadas de insetos, 620-621, 622f, 627f e9olução, 838f
pênis, l.SA, 329 Picadas de nematocistos, 628 formação, 142f
pênis não circuncisado, superffcies Pigmentação, 579 hipopigmentadas, 171f
cutâneas, 531f distribuição, 888-889t liquenificadas, 176f
Penteado molhado, 594 espalhamento peri-inguinal, 870f localização/inOamação, 267f
Pentear, 592 variaç.ão, 781 f, 851f mau diagnóstico, 112f
Pentoxifilina (rrental"') , uso, 129, 976 Pigmentação azul, aparência, 239f pápulas, 317f
Penugem de pêssego" (vcllus capilar), Pigmentação longitudinal, 973 precoces, dimensionamento da super-
913, 930 Pigmentação macular complexa, 859f freie, 838f
Pequenas dobras cutâneas, candidfase, Pigmentação macular papular variável, psoriáticas, tratamento com antralina,
535-536 859 f 283f
Pequenos pontos negros, 850 Pigmentação reticular, atrofiaftelangiec- serpiginosas, 838f
Percepção do toque, corpúsculos de tasia (inclusão), 744f superffcie macerada, 500f
MeissnerfVater-Pacine, 1 Pigmentação variável, 871f urlicariais, 183f, 364f, 655f
Perce9ejos, 624, 624f Pimecroli mus, 326 セ@ Plano de dissecção, estabelecimento,
Perda capilar Pioderma, 589 1011f
desigual (cicatrizante), 918L Pioderma faci/e (rosácea fulminante), Plano de tratamento, 659
desigual (não cicatrizante), 918t 230,230[ Plantas dos pés, 322
difusa, 920, 921, 925 f Pioderma gangrenoso, 48f, 735f, Plantas, contato, 762f
difusa (não cicatrizante), 918L 737-740 Pneumonia, 476
1026
Índice
Pneumotórax es1>oruâneo, prevalência, Porfiria adquirida (porfiria por intoxica- Problemas relacionados com cabelo,
998 ção), 759 confro ntação com médico, 913
Podofilo toxina a 0,5%, 466 Porfiria cutânea tardia (PCl), 43 f, 755 t, Procedimentos de aplicação de reli-
Podofilox, uso, 425 756-758 noide, 746
Poiquilodermia, 694 Porfiria eritropoiética (PE), 755 t, 760 Produção de superanúgenos, 566
Poiquilodermia atrófica vascular, 837f Porfiria eritropoiética congênita (PEC), Proeminências ósseas, 694f. 798f, 975f
Poiquilodermia de Civatte, pescoço, 755t l)J Profilaxia antibiótica, 1001
63f Por6ria intermitente aguda (PIA), 755f, Pro fw1didade da lesão, dificuldade de
Poiquilodermia vascular atrófica, 837f 759 julgamento, 815f
Poliangiite microscópica, 722q Por6ria por intoxicação (porfiria adqu i- Programa de enfermagem domiciliar,
Poliarterite nodosa (PAN), 722q, 723 rida), 759 589
Policondrite reincidente, orelha, 30f Por6ria variegata (PV), 755t, 759 Programa de prevenção, 245-246, 353q
Polimiosite (PM), 692-699, 692q Por6rias, 754-760 Programa de tratamento, 353q
Pólipo infartado, 785 f 1!) Pós-criocirurgia, 101 2-1013 Progressão da acne clslica, 788f
Pólipos colônicos, 784, 998 Potencial maligno, 851 Progressão da doença, 832
Polipose adenomatosa familiar, mani- Potencial metaslálico, 825 Projeções, 461f
festações extraintestinais :!) Praga buboe, 1023f Projeções cilrndricas, 4 f, 456f
(incl usão), 997 1!) Praga cutânea hemorrágica, 1023 f Proliferação induzida por citoci na, 133
Pomada de propionato de clobetasol :!) Praga da necrose de extremidade, Proliferação, rapidez, 893
(Olux"), 283 1023f Propionebactéria resistente a antibió-
Pomada de セ」イッャゥュ オ ウ@ (Protopici>), uso, Praga da i>neumonia, 1023f tico, terapia de longo prazo, 237
97 Precepção à pressão, corpúsculos de Proteção do sol, 746-750, 752, 774
Pomada de セ」イッャゥュ オ ウ@ (protópico), 175 MeissnerfVater-Pacine, 1 Protelna profunda, 913
Pomada de セ」イッャゥュ オ ウL@ 326 Precipitação de fármacojexacerbação, Protetores qulmicos de pele, 749
Pomadas, 79, 594 266 Protetores solares, 689, 748-749,
Ponfolix, 109 Predisposição genética, 958 PRP, 311f
Pontas dos dedos, 702q Prednisona, 139, 1771, 191, 247, 652, PRP da infância, 311, 311 f
Ponto de óleo, 951f 665q Prurido, 554, 574
Ponto preto de tinea, 514f 00 Preencl1edores de ácido hialurôrüco, Prurido acUn icn (erupção PML hereditá-
Ponto salmão, 903f 1016 ria), 750
Pontos (psorlase), 948f, 951f 00 Preencl1edores de colágeno, 1016 Prurido aquagênico, 199
Pontos arredondados hipopigmentados, セ@ Preencl1edores dérmicos, 1016 Prurido de verão de Hutcllinson (hidroa
171f セ@ Preencl1edores subdérmicos, 1016 esliuale), 752
Pontos/bandas brancas (leuconlquia Pregabalina, 490 Prurido nodular, 8f, 48f, 1'18
punctuada), 964 Pregas atópicas, 170 Prurido pós-sarna, 589
Pontos brancos (hipomelanose idiopá- Preparação em montagem ú mida de h i- pseudo partiria e, 41f
tica em gotas), 769 dróxido de potássio, 492, 493f Pseudofoliculite, 28f, 53f, 352f
Pontos café com leite, 774-775, 983 Preparações de tratamento, 816t Pseudofoliculite da b arba, 24f
Pontos 」オセQョ・ッウL@ presença, 785f Preparações queratolrlicas, 464 Pseudomelanoma, 850, 850f
Pontos de Fordyce (angioqueratomas), Preparações tópicas, 522 Pseudopelada de Brocq clássico, 941q
904 Preparações/uso, 283 Pseudoporfiria, 39 f, 758-759
Pontos de Koplik, 546f Prepúcio, atrofia esteroide, 87f Psoralen mais tera1>ia com ultravioleta A
Pontos de tinta lentiginais, caracteristi- Presença (determinismo), s istema de (PUVA), 109
cas dermatoscópicas, 882t pontuação de Ferriman-Callwey Psoralen UVA (PUVA), 270, 752
Pontos faciais cor »inho do Porto, 903f modificado (uso), 927 Psoraleno mais fo toterapia com ultra-
Pontos, inclusão, 951f Prevenção, antibióticos profilálicos »ioleta A (PUVA), 152
Pontos rasos, ocorrência, 933 f (uso), 346 psoraleno UVA (PUVA), 752
Pontos salmão, 902, 903f Prevenção/manejo de doenças, 624 Psorlase crônica em placa, 28f-30f, 267
Pontos »ioláceos de escamas, 694, 695f Prevenção/tratamento cutâneo, 352-353 Psorlase da matriz da unha, 95lf
Porção distai do dedo, almofada adi- Primeiro episódio clinico, 440 Psorlase da w\ha, 951
posa anterior (infecção superfi- Primeiros socorros, 597 Psorlase de espessura de couro cabeludo
cial), 359f Principais doenças bolhosas, 635 Psorlase de von Zumbuscll, 269
1027
Índice
Psorfase difusa do couro cabeludo, 286 Queratnacam omas múlliplosfúnico, Reação em cadeia da polimerase (PCR),
Psorfase eritrodérrnica, 33f, 42f, 45f, ocorrência, 790-791, 825, 997 437,555
70f, 269 Queratoderma blenorrágico (slndrome Reação inflamatória, 133
Psorfase gutaLa, 70f, 268 de Reiter), 272, 272f Reação intertriginosa a fármaco, 144f
Psorfase induzida pela luz, 270f Queratólise esfoliaúva, 44f Reação mediada por imunoglobulina E
Psorfase induzida pelo vlrus da imuno- Queratólise pontual, 38f, 498-501 (lgE), 140
deficiência humana (psorlase in- Queratólise sulcada, 60[ Reação positillll a teste de fita, 152f
duzida pelo HIV), 274 Queratose acral, 991f Reação ーオNセ エ オャ。イ@ irritante, 152f
Psotfa.'*' iJWersa, 20f, 23f, 24f-25f, 40f, 274 Queratose acLinica, 41 f, 812-818 Reações a fármacos, 572q
Psorlase pediátrica, 307 、ゥヲ オNセ。L@ 745 f Reações alérgicas cutâneas a fármacos,
Psorlase pontuada, 275 f lesões, 812f taxas, 568t
Psorlase prateada, 12f pigmentada, 36[, 41 r, 814f {I) Reações alérgicas de contato, ocorrên-
Psorlase pusLular, 22[, 39f, 108[, 27H presença, 815 f cia, 1004
generalizada, 269, 269f Queratose arsenical, 824 Reações alérgicas localizadas, 620-621
Psorlase sensfvel à luz, 270 Queratose estuque, 784, 784f Reações a meios de radiocontraste,
Psorlase, tratamento Queral!lse pilar, 25[, 29f, 34[, 168-169f, 353 574
acitrelina (Soriatano<»), 292 combinação, 353 f Reações anafiláticasfaceleradas, 574
ciclosporina HcセIL@ 294-297 Queratose por exposição ao sol Reações a picada, 626
metotrexatn, 287-291 (impacto), 780f Reações conjunlivais, 654f
Pulgas, 622 Queratose profunda, 813f Reações cutâneas a fármacos, 568-569
Pul mões, 703 Queratose seb orreica (QS), 21f, 27[, Reações de fase セGゥイ 、 ゥ。L@ 179
Pulseira de couro (alergia ao dicromato 745 f, 776-783 Reações de testes alérgicos, reações
de polássin), 137f Queratose seb orreica irritante generali- irritantes a testes (contraste), 152
OC Pwtção dérmica, 1007f zada, 783f Reações de Lestes irritantes, reações de
Punções múlliplas, 971 Queratose solar, 81 2 testes alérgicos (contraste), 152
Púrpura de h・ョッ」ィセャゥ@ (SHP), Quilomfcrons, ・ャセ。ウL@ 980-981 Reações falso-posilivas, 405
48[, 722q, 723, 730-733 Quimiocirurgia de Mohs, 1014 Reações fotoalérgicas, 7611
Púrpura fulminame, 373-378, 373 f Quimio 1>ro6Jaxia, 378 Reações fototóxicas, 761 L
Púrpura, ocorrência, 209f programa de administração, 379t Reações generalizadas, 620-621
Pústulas, 9q, 9 [, 665-670 tópica, ゥョ」ャオNセ ̄ッ@ de imiq uimod, Reações mediadas por lgE, 186
agrupamemo, 472f 816-817 Reações Lipo imed iatas, 179
eliminação, 354f Quimio terapia, 463 Reações tóxicas, 620
eri Lema, ocorrência, 257f Quimio terapia intralesional, 909 Reagente rápido de plasma (RRP), 385,
evolução, 108f Quimio terapia tópica, ゥョ」ャオNセ ̄ッ@ de 405
foliculares, concentração, 354f 5-0uorouracil, 816 Recaída/curso repelido, 245, 653
pontuais, presença, 254f Quinto nervo, primeiro ramo Recebedores de transplante de órgãos,
Pustulnse examematosa generalizada (envolvimemo ), 483 f 827-828
aguda, 67f, 575 Quinto nervo, ramo mandibular Receptores H 1, 185
PUVA, 860 (envolvimemo ), 482f Receptores H2, 185
comparação, 292 Recordação de queimadura, 291
e UVB, ensaios terapêuticos, 841-842
R
Recordação, metotrexato (relação), 291
Radiação, 811, 909 Recorrência de linea pedis, prevenção,
Q Radioterapia, 789-791 959-961
Queil iLe, 246 Reação à borraclta Spandex<», 141f Recorrência Jocalfmetástase, tumores va-
aclfn ica, 51 f, 818 Reação alérgica, 142[, 236 riáveis (influência), 8251
Queimadura de sol, 747 difusa, ocorrência, 133f Recorrência, frequência, 385
Queloide, 16f, 788f-789 Reação cutânea inOamatóriafmemb rana Recorrência, risco, 808-809
Queraúna, caracLerlsLica, 492 mucosa, 320 Recorrências, prevenção, 540
Queraúnafcrosta, presença, 815[ Reação Ide, 43 [, 109 Recrescimemo capilar, 9 3 2f
Queraúnização, desordem, 167 Reação de jarisch-Herxheimer, 406, 607 Recursos 1mline, 568
Queraúnócito, formação, 1 Reação dermatológica a fármaco, ma- Redução capilar assistida por fonte lu-
Queraúnócitos alfpicos, extensão, 820f nejo do pacieme, 569q minosa (fotoepilação), 930, 9301
1028
Índice
!i lleepitelização, umidade tecidual lloupa Intima, alergia à faixa de Septioemia meningocócica, manejo,
(impacto), 1003f borracha, 14lf 376[
Região anal, dermatite de conlato, 134t Roupas molhadas (compressas), 76, 76f Septicerrua por Pseudomonas, manifesta-
Região lombossacral, emplastro de 'f Roupas oclusivas, 128, 1005 ção cutânea, 370f
couro, 988f Roupas, uso, 93 Sluwing techniques, 352-353
Regra da mão, 79 Rubéola, 552 Sicose da barba, 24f, 52[, 354, 354f
Regressão histológica, 873 Rubéola infantil (infecção por herpes Slfilis adquirida não tratada, história na-
Reinfecção, 407 vrrus humano 6/7), 556 tural, 397f
Reje.iç;ão cutânea, 976 Rugas, 744r Slfilis congênita precoce, 403
Srfilis congênita tardia, 403, 403[
Relação pacieme-médico, 217
llelató rio da patologia, 873
s Srfilis latente, 402, 407
llelaxan tes musculares, 59 7 Sabilofágua, impacto, 131f Srfilis precoce latente, diagnóstico, 402
llemissão, determinação, 653 Sabão, exposição crônica, 131 f srfilis primária, 383-384, 398
Remissão, duração, 280 Sabonetes suaves. uso, 97 Srfilis secundária, 6f, 20f, 30f, 70f- 72f,
Remoção cirúrgica, 425, 816, 961 1f Salina bacteriostática. 1002 383-384, 400
Remoção de escama. 286 Salões de bronzeamento, impacto, Slfilis teróária, 402
Remoção profilática, 852 747 Sinais d!nicos, 442
Repigrnentação, meoutismo, 766-767 /f Sangramento (controle), soluç:1o de Sinais cutâneos, 688, 759
Reposição de estrogênio, 746 Monsel (uso), 1007[, 1011 Sinais frsicos, 375[
llesecç.ão incompleta, 811 Sangramento recorrente, 911 Sinais/sintomas iniciais, 259q, 277[,
llesina de podófilo, 426, 79 Sarampo, 544-54 7 587q, 700
llesoluçi!o espontânea, 461f Sarcoidose, 721 Sinais/sintomas, evolução, 545[, 549 r,
llesposta ao tratamemo, 297 Sarcoma de Kaposi (SK), 453f, 907-909 ss2r-5s3r, ss 6f
llesposta do paciente, 218f Sarr;opw's scabiei, 582[, 583[ Sinal de caixa de fósforo, 121
llesposta, falhá na, 135 Sardas (efélides), 771 Sinal de Crowe (sardas axilares), 983r
Resposta imunológica, 455-456 Sardas axilares (sinal de Crowe), 983[ Sinal de Darier, 196, 212, 213[
Resposta inflamatória, 156, 817 Sardas na !ris, exame de lâmpada Sinal de Hutchinson, 870f
Restos subingujnais, 956f (importânóa), 985f Sinal de L.eser-Trélat, 783, 990(
Sarna em rede, 584f Sinal de Nikolsky. 360
Restos subungunais. 275
Restrição dietética. 179-180 Sarna encrustada (sarna norueguesa), Sinal de retração, 787f
Resultado da biopsia do como cutâneo, 587 Sinal pseudo-Hutchinson, condições,
786f Sarna escondida, 18f 973q
1f Resurfactante, lllsers (uso), 1018
Sarna nodular, 589 srndrome artrite-dermatite, 415-417
Reta lhos, 924 Sarna norueguesa, 587 Srndrome atrpica de Sweet, 42f
Reta pamul in (Aitabax"') , uso, 342 Sarnas difusas, 586f Slndrome BCC nevoide (slndrome de
lletinoides tópicos, tratamento, 168, SCC cutâneo, espalhamemo, 827 Corli n-Coltz), 808, 808[
235-236, 282, 292, 311, 909 SCC, presença, 826f Srndro me CRF.Sr; 36f, 703-707
lleto, Hquen esderoso e atr66co, 328f SCCIS, comparação, 821 s rndrome da degeneração folicular
Riclreusia rickecsii, relação, 610 Sebo, fator patogênico, 224 (alopeóa cicatrizante centrrfuga),
Riclreusia rickellsii, carrapatos (relação), Seção longitudinal, 914[ 938, 938q
610 Secura/fissura. 132f srndrome da hipersensibilidade a fár-
Rinofima. ros.icea (relação), 257[ Sedação, 178 maco, 580
Rins, 294, 703 Segmento inferior (cabelo), 914[ Slndrome da imunodeliciência adqui-
Risco de transmissão, estratégias de re- 1f Seleção de biopsia, 1006 rida (AIDS), 444-446
dução, 397, 443q Sensibilização cruzada, 133 Slndrome da pele escaldada estafilocó-
Risco MM, 860 Sensibilizaç.ão externa-interna, 575-576 cica, 360-362, 717
Riscos de câncer, 285t Separaç.io intraepidermal, GSlf srndrome da pele excitada . 144
Riscos especiais, 894t Separaç.io, onicólise, 9G2f srndrome da poliaruopatiaf prurido,
Ri twd mab, uso, 652 Separação, psorlase, 951f 554
nosáoea, 18f, 34f, 54f, 62f, 256-258 Septicemia gonocócica, 416f s rndro me da queda de pelos anágenos
esteroide e, 82-83 Septioemia meningocócica (IAS), 921
ocular, 258 fulminante, 373 srndrome da rubéola congênita, 552
1029
Índice
Sfndrome da telangiectasia nevoide uni- Sfndrorne dos dois pés-uma mão, 496-
laLeral, 9 12, 912f 497, 49Gf li Solução de Monsel {subsulfato fér-
Sfndrome da lriade da oclusão folicular, Sfndrome genitoanorretal, 409 rico), 1002, 1004
233f Sfndrome nevoide BCC, 808f Solução de terbinafina (garrafa com
Sfndrome da unha amarela, 966-967 Sfndrome paraneoplásica (SPN}, 990 spray de solução de Lamisil a 1%),
Sfndrome de babuíno, 144 Sfndrome PHACES, 8941 539
Sfndrome de Baboon, 20f Sfndrorne vulvovaginal-gengival, 325 Soluçõesfloções, 79
Slndrome de Birt-Hogg-Dubé (BHD), 998 Sfndrornes de gene supressor de tumor, Solventes industriais cáusticos, 、ゥャオ Nセッ@
1030
Índice
verruga com um, 457f Telangiectasia, 18, 688, 694, 702f, 703, Terapia queratolítica, 462-463
verrugas planas, 459f 910-912 Terapia rotacional, 286-287, 297
Superffcies Telangiectasiafataxia, 900t Terapia sistêm ica, 286-297, 659, 706-
anteriores, placas eritematosas ll'iolá- "telangiectasia de angioma de aranha, 707,909
ceas, 975 f 18f Terapia sugestiva, 463
dorsais, 976f "telangiectasia essencial generalizada, Terapia supressiva diária, 441
lisas/rugosas, 776 912, 912f Terapia, reação Ide, 516
SupeNisão por médico, 817 Telangiectasia, extensão, 257f Terapia tópica, 75-76, 258, 282-286,
Suplementos com ácido fólico, 287-290 Telangiectasia hemorrágica hereditária 367, 487, 659, 768
Suporte emocional, 490 (rHH), 911 Terapias administradas ao provedor,
Suspensão de sulfeto de selênio 2,5%, Telangiectasia idiopática, 912 4 25-427
539 Telangiectasia induzida por esteroide, Terapias, estudos (resumo), 292b, 292q
Suspensão oral de nistatina (Micosta- 85f Terapias imunomoduladoras, 430
únó>), 530 Telangiectasia macular eruptiva persis- Teratogen icidade, 245-246
tente (fMEP), 211, 214, 214f Terbina6na, 522-523, 539, 959
T Telógeno Hイ・ーッオNセIL@ 916 {j) Terrorismo b iológico, agentes (uso),
1àcrolimus, 326, 367 Tempo de vida wセsu@ el<p()Sição ao sol, 749 1019q
recomendações de uso, 299q Terapia a !Mer, 430, 466 Testa, 239f, 871f
Tamanho do tumor, 809, 850 Terapia anti microbiana, 340t envolvimento 、ゥヲオNセッL@ 817f
profundidade do tumor, 825-826 sistêm ica, 367 Testagem
1àmpão de berço, 312 Terapia antiviral, 403-406, 430, 442 de 6ta, 90, 14 2, 144
Tamponadores de odor da )ohnson, im- Terapia aplicada ao paciente, 425 genética, 911
pacto, 142 Terapia betalaclâmica, 345 processo em dois passos (CDC), 606q
Tamponamento folicular, 683f Terapia biológica, 306-308 Teste culâneo com soro autólogo
1àqtú6laxia, 80 Terapia cirúrgica, 331, 874 (ASST), resultados positivos, 193
00 "Jàtuagens, laser (uso), 1017-1018 Terapia com banda larga de UVB, 752 Teste culâneo, lgE (relação), 180
1àxa de sedimentação de eritrócito Terapia com glicocorticoide, 931 Teste culâneo, uso, 140
fiSE), 721 Terapia com luz, 326, 330 Teste de anúcoq>o anti nuclear (ANA),
"Jàxa de transmissão, 435 Terapia com não b etalactâmico, 345 677
"Jàxa mitótica, 873 "terapia culânea エッセ セ@ com feixe de elé- Teste de anúcoq>os de peptfdeo ddico
"Jàxas de crescimento, 950 tron HiセebtIL@ penelração, 842 citrulinado (CCP), 676-677
"Jàxas de recorrência, 436q, 961 "terapia da 5-FU, alergia de contato, 818 Teste de DNA (teste HPV-DNA), 424
"Jàxas de sob re11ivência, alta dose de in- orientações de duração, 818t Teste de esforço, 197f
terferon-alfa adjuvante (impacto), resultados, 817f Teste de faixa de ャーオNセ@ (Un), 689
879 Terapia da infecção ceNical, tratamento, Teste de fita, 14 2, 144, 148, 150, 152f
"Jàzaroteno (razoraó>c), 235-236, 746, 393 t resultado/manejo (rele11ância), 153
746q,952 Terapia de banda UVB larga, 752 Teste de lúpus em banda (rLB), 689
TCA, uso, 425-426 "terapia de combinação, 297 Teste de tração, 917
Tecido conecú11o sublaminar, 637f Terapia de curto contato, 283 Teste de uso, 148
Tecidofcrosta de granulação, 232f "terapia de primeira linha, 191-193 Teste do ponto de dimetilglioxima, 144
(I) Tecido de granulação excessiva, 1005 Terapia de radiação, cirurgia (inclusão), Teste epicutâneo de uso rápido de ca-
Tecidos subculâneos, inchaço, 205 789 mada 6na (LR.U.E.),150
Téoúca da lidocafna-salina gelada, 1002 Terapia do lfquen plano culâneo, 326 Teste HSV, indicações, 438
Téctúca de aplicação, 588 "terapia do lfquen plano de membrana Teste radioalergossorvente ( RAST), オNセッL@
Téoúca de cu! tura, 515 f mucosa, 326 140, 207
(I) Técnica de tecido fresco, 1014 "terapia em casa de Coeckerman, オNセッ@ de Testes biológicos moleculares, 418
Téoúca de tratamento (5-FU), resulta- LCD, 280 Testes com aglutinação de partfculas de
dos, 816-818 "terapia farmacológica, 931 Treponema pal/idum (ri'-PA),
00 Técnica ED&C, 1010 Terapia ffsica, 699 405
Téoúcas de amostragem, 588 "terapia hormonal, 221-223t Testes com autoanticorpos, 6751
00 Técnicas de biopsia dermatológica, Terapia oral com fármacos antibióticos, Testes de alérgenos, consideração, 187
1006t 221-223t Testes de anticorpo, 697
1031
Índice
Testes de clip (exame de fio de cabelo), Tipo eritema mulLiforme, 750 Tratamentos, estágios UI/IV, 841q
917 Tipo hemorrágico, 750 Tratamento hormonal, 240-243
Testes de primeira ordem, 676-677 Tipo h istológico, 809-810 Tratamento intensivo de curto prazo,
Testes de segunda ordem, 677 Tipo papulovesicular, 750 177q
Testes de vias fechadas, 149 Tipo placa, 750 Tratamento LSA, 331
Testes diagnósticos, 569 Tipo pustular, 515 Tratamento médico, 879
de anticorpo, 674 Tipos A/B, man ifestações clinicas, 766t Tratamento oral, 539-540
Testes hormonais, tempo, 240 Tipos cutâneos, 747t Tratamento oral com fármaco retinoide,
Testes lab oratoriais, 187-189, 210, 528 Tipos derrnatoscópicos, 888t, 889t 221-223t
de pesquisa do tecido conjuntivo, Tipos papulares, 750 Tratamento profilático, 852
676-677 Tipos raros, 870 Tratamento retinoide tópico, 221-223t
Testes negativos, 153 Tiramina, comeúdo alimentar, 216q Tratamento tópico, 471, 539, 746
Testes opcionais, 526q Tiroidite de Hashimoto, 188 Trato gastrointestinal, esderoderma, 703
Testes para clamldia, 409 T llulo de antiestreptolisi na O, presença, Trato respiratório, 719
Testes provocativos, 180 340 Trauma, 948f, 962-966
Testes アオ。ョエゥセlカッウL@ 405 Topografia dérmica, 950f Il"eponema pallidum, 385, 397, 403
Testes RPR, relação, 405 Tórax, 66-71 334f, 78Br Tretinolna (Retin-Aiiil), uso, 235, 746, 774
Testes sorológicos de acompanhamemo, Tmlicidade (aumento), medicações Tretinolna tópica, tratamento ( impacto),
frequência, 407 (impacto), 290q 746q
Testes sorológicos de tipo especifico, Toxicidade da am iodarona, 763f Triagem, 871
438 Tbxicidade hematológica, fatores de Triagem de amicorpo anti nuclear
Testes sorológicos reativos, interpreta- risco, 289q (ANA), 674
ção, 404f Toxicidade pulmonar, metotrexato Triazóis, uso, 523
Testes sorológicos tii>O especificos, 438 (impacto), 291 Jl'ichophylon wnsurans, 510-51 6
Testosterona, androgênio, 927 Tbxicologia hematológica, fatores de Jl'ichophylon verrucosum, 509 f
Tetraciclina, 237, 646 risco, 289q Tricodiscomas, 998
·namina, 624 00 Toxina hotullnica (Botox), 1018 Tricograma (arrancar cabelos), 917
Tinea amiflnlacea, 312-314 Toxina epidermolftica, 360 Tricom icose, 946
Tinea barbae, 518f Tbxinas esfoliativas de Slaphylococcus au- axilar, 94Gf
Tinea barbae, barba, 24f reus, 360 Tricotilomania (ITM), 30f, 64f, 936-937
Tinea capilis, 13f, 514, 516t Trabalho diagnóstico inicial, 874 Trimetoprim, 239
Tinea corpmis, 7f, 29f, 53f Traconazol, 539 impacto, 576f
Tinea cru ris, 499 f, 508f Transmissão assintomática, 436 Trimetoprimfsulfametoxazol (bactrim/
Tinea gladiatoiUm, 504-505 tイ。ョウュ sexual, 399 f
ゥ ウNセ ̄ッ@ septra), impacto, 593
Tinea inco:?,nilo, 36f, 61f, 88, 508f Tratamento ambulatorial, 392t Trlpl ice resposta de Lewis, 185
Tinea pedis (pé de atleta), 7f, 14 f, 495 Tratamento com fármacos antibacteria- Triptase sérica, uso, 569
Tinea pedis imerdigital (infecção de dedo nosjantibióticosjanti-inflamató- Troca de plasma, 719
do pé), 495-496, 495[ rios tópicos, 221-223t Trombose de veias profundas, contraste,
Tinea pedis vesicular aguda, 496-497 TraL.amenLo com vitamina A, 547 342-343
Tinea, psorfase (contraste), 956 Tratamento da acne, 220f, 226- 234 Trombose venosa profunda
Tineafpsorlase, mau diagnóstico, 822f Tratamento da paronfquia aguda, 953 (IVP),celulite (contraste), 342-343
Tinea umsurans, couro cabeludo, 29f, 63f Tratamento da psorlase difusa/espessa Tronco, 66, 68f, 70f, 71f
Tinea unguium, 956 de couro cabeludo, 286 TS, diagnóstico, 989
Tinea ven.icolor, 12f, 26f, 46f, 70f, Tratamento de acne, 242 TSE1r1; penetração, 842
537-540 Tratamento de doença sistêmica, 216 Tuberoesclerose (epiloia) (rE), 770,
(! 'Jíoguanina, recomendações, 301q Tratamento de longo prazo, 237 987-989
'Jípagem viral, biopsias emb ebidas em Tratamento definitivo, 129 Tumor de Buscllke-Lõwenstein, 831
parafina ( uso), 424 Tratamento do centro Tumor de d ueto lacrimal, 800
'Jípo clinico, 772t, 803-808 da queimadura, 719 Tumor nodular, telrulgiectasia (indu-
'Jípo crateriforme, 790 Tratamento do LSA, 330 são), 810f
'Jípo dermatite seborreica, 515 Tratamento do parceiro, 527 Tumor vascular, 891-892
'Jípo ee2ematoso, 750 Tratamentos, estágios 1/11, 841q Tumores cutâneos, 984, 997, 1014f
1032
Índice
1033
Índice
Verrugas comuns, 457-458 aparência, 642f, 753f Vulva, 72f-73f, 115f, 328f, 862f
Verrugas corúluentes, 395f bolhas e, a1>resentação, 138f Vulvovaginite, 524
Verrugas digitais, 458 formação de EM, 715f Vulvovaginite monilial, 525-528
61iformes, 458f pápulas, 584, 584f
Verrugas do meato, 395 placas vermelhas, 662f
w
Verrugas em mosaico, 461f por herpes, 388f Workup, 704b
Verrugas filiformes, 458, 458f predominância, 665q
Verrugas genitais, 419-427 simétricas, 643f
X
Verrugas negras, 460 セュ。ョィッ@ (variação), 475f, 480f xampus, 315
Verrugas papulares, podofilina (aplica- Vestimenta, impacto, 95f J<antelasma, 981-982, 98!f
ção), 426f Via da doença meningite, 374f J<antomas eruptivos, 980-982,
Verrugas peri-inguinais, 462f, 464 Vias aére.1s superiores, obsLrução, 205 982[
Verrugas planas, 5f, 459 Vinagre de maça, 458, 463 J<antomas planos, 98!f-982
Verrugas plantares, 460-463 Vincos palmares hiperlineares, 170, 170f J<antomas tendinosos, 982
Verrugas recalcitrames Virilha, 40, 40f, 499-501 J<antomas tuberosos, 982, 982f
Verrugas subinguinais, 464
Verrugas ureuais, 395
problema de tratamento, 508f
Virilização, 926, 926q
z
Verrugas vaginais, 395 Vfrus de herpes s imples Lipo 1, in fecção, Zona da membrana basal, 638
Verrugas venéreas, 395 435 Zona queratogenosa (unha), il usuação,
Vértice careca, excisão ellplica anterior- Visita inicial, 225 947f
posterior, 924 Vilaminas1 uso, 129 Zóster agudo, dor (associação), 481
Vesfcula superior, ruptura, 650f Vitiligo da infância, 766 Zóster ilioinguinal, 485 f
Vesfcula umbilicada, 470f Vi tiligo, 764-769, 765f Zóster oflálmico, 4 83f-486
Vesiculação, 108f, 762f ad1ados, 766 Zóster sacral, 485, 485 f
Vesfculas, lOq, 10f tratamento, 767-768 Z-sorbe, uso, 142
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