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FARMÁCIA CLÍNICA
& PRESCRIÇÃO
FARMACÊUTICA
YARA BANDEIRA AZEVEDO DE ALENCAR
JESSICA DA SILVA CAMPOS
CAROLINE CHRISTINE PINCELA DA COSTA
DIOGO MARÇAL MACHADO DE OLIVEIRA
JHONATHAN GONÇALVES DA ROCHA
(O R G A N I Z A D O R E S )
FARMÁCIA CLÍNICA
& PRESCRIÇÃO
FARMACÊUTICA
Editora SBCSaúde
2021
Está obra estará disponibilizada no formato eletrônico no site da editora (SBCSaúde), no qual é permitido o
download completo, bem como compartilhamento da mesma. Vale salientar que sua reprodução parcial ou
total somente será permitida desde de que seja atribuído crédito aos autores, bem como a citação da fonte.
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dos autores.
DADOS DE CATALOGAÇÃO
_________________________________________________________________________
A368
158p
17200 kb - ePUB
Incluída bibliografia
ISBN 978-65-87580-04-3
Capítulo 01 ----------------------------------------------------------- 10
USO SEGURO DE FILTRO SOLAR ORAL: REVISÃO DE LITERATURA
Anderson Ghizzoni
Dalton Souza Mamede Filho
Jhonathan Gonçalves da Rocha
Diogo Marçal Machado de Oliveira
Yara Bandeira Azevedo de Alencar
Ludmila Cristina Souza Silva
Capítulo 02 ----------------------------------------------------------- 22
O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA FIBROMIALGIA E A ATENÇÃO
FARMACÊUTICA
Beatriz Costa Ferreira de Sousa
Diuliane Leopoldina dos Santos
Julyana de Aquino
Caroline Christine Pincela da Costa
Jessica da Silva Campos
Ludmila Cristina Souza Silva
Capítulo 03 ----------------------------------------------------------- 36
O IMPACTO DO USO INDISCRIMINADO DE SUBSTÂNCIAS
ERGOGÊNICAS NA BUSCA PELOS PADRÕES DE BELEZA CORPORAL
SOCIALMENTE DETERMINADOS
Francielly Batista de Souza
Marina Neres dos Santos
Thiago Faquim Vieira
Jhonathan Gonçalves da Rocha
Diogo Marçal Machado de Oliveira
Yara Bandeira Azevedo de Alencar
Ludimila Cristina Souza Silva
Capítulo 04 ----------------------------------------------------------- 50
USO DOS ANSIOLÍTICOS EM PACIENTES PORTADORES DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ASSOCIADA À FATORES
EMOCIONAIS
Gizelly Borges Nogueira
Jhonathan Gonçalves da Rocha
Diogo Marçal Machado de Oliveira
Yara Bandeira Azevedo de Alencar
Ludimila Cristina Souza Silva
Capítulo 05 ----------------------------------------------------------- 67
AS CARACTERÍSTICAS E A UTILIZAÇÃO DO CHÁ VERDE (Camellia
sinensis)
Juceli Xavier da Costa Silva
Caroline Christine Pincela da Costa
Capítulo 06 ----------------------------------------------------------- 79
USO INDISCRIMINADO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES E SEUS
EFEITOS COLATERAIS
Verushka de Sena Ferreira
Dalton Souza Mamede Filho
Jhonathan Gonçalves da Rocha
Diogo Marçal Machado de Oliveira
Yara Bandeira Azevedo de Alencar
Ludimila Cristina Souza Silva
Capítulo 07 ----------------------------------------------------------- 96
TRANSTORNOS PSICÓTICOS INDUZIDOS PELA COCAINA
Alysson Ubirajara da Silva
Bruno Carneiro Manhâes
Marilac Rodrigues Sales de Paula
Jhonathan Gonçalves da Rocha
Diogo Marçal Machado de Oliveira
Yara Bandeira Azevedo de Alencar
Ludimila Cristina Souza Silva
Anderson Ghizzoni
Pós - Graduando em Farmácia Clínica e Prescrição
Farmacêutica pelo INPÓS
INTRODUÇÃO
A vida mais saudável inclui atividades maiores ao ar livre, significando um
tempo maior de exposição aos raios solares que pode ocasionar queimadura de pele,
foto envelhecimento e, até mesmo, câncer de pele. O câncer de pele não melanoma
corresponde cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados em todo Brasil, e o
câncer de pele melanoma é o que surge mais frequentemente em adultos (INCA, 2018).
Segundo o censo demográfico de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a população branca ocupa uma posição, aproximada, de 44,2% em
relação ao total da população brasileira. As pessoas com pele mais clara e com
históricos pessoal ou familiar de câncer e que são mais sensíveis às ações dos raios
solares, estão entre os grupos de mais risco de incidência de câncer de pele (INCA,
2018).
As pessoas declaradas negras, segundo o censo de 2016, realizado pelo IBGE,
englobam, aproximadamente, 54,9% da população brasileira. Essa população negra tem
uma incidência de câncer de pele, cerca de 20 vezes menor que a população de pele
branca (INCA, 2018).
A uniformização de “cor de pele”, a nível internacional, ainda gera polêmicas,
pois não há senso comum, principalmente, relacionado à cor da pele negra. Contudo,
tende se usado uma classificação fotótipa, conhecida como, “Escala de Fitzpatrick”,
agrupadas, em 06 (seis) classificações, mas, lembrando que nenhuma pode ser
padronizada para “pele de cor” (ALCHORNE, 2008).
RESULTADOS E DISCUSÃO
Após a leitura exploratória dos artigos foi possível identificar diversas
informações, relacionadas ao uso seguro do fitoterápico PL, como filtro solar oral, ao
longo de décadas. Os tópicos relevantes serão discutidos abaixo.
Pele
A pele é o maior órgão do corpo humano (Figura 1), revestindo cerca de 7500
cm² de uma pessoa adulta. Além de desempenhar papel importante de proteção, por
constituir barreira contra infecções a agentes agressores externos e por auxiliar na
percepção das variações climáticas, térmicas, sensoriais, entre outras
(PHARMACEUTICALS, 2012).
A camada mais externa, também chamada de epiderme, possui estrato córneo e
renova-se constantemente, não possui vasos sanguíneos e pode variar de espessura. Essa
camada protetora forma barreira contra a entrada de microorganismos, radiação solar e
substâncias tóxicas, diferenciando-se na síntese da queratina e melanina (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2013).
A cor da pele depende de fatores que vão desde a condição do estrato córneo até
a quantidade de pigmentos presentes, produzidos pelos melanócitos. Adicionalmente, a
cor da pela é determinada por fatores genéticos, de herança quantitativa poligênica
(MOTA; BARJA, 2002).
Classificação de Fitzpatrick
A pele possui tom natural, branco ou amarelo, conforme sua espessura, nível de
irrigação sanguínea, nível de dilatação, grau de oxigenação, resultando um tom roxo ou
azulado devido à hemoglobina. Contudo, a presença dos carotenóides da hipoderme,
dependente da melanina sintetizada, também contribuem para a determinação da cor
(MOTA; BARJA, 2002).
A melanina, derivada do grego melas, que significa preto, sintetizado
incialmente, pela reação da hidroxilação do substrato L-tirosina em 3,4-
diidroxifenilalanina (DOPA). Com a liberação de uma molécula de água, catalisada pela
tirosinase, dentro dos melanócitos, produzem dois tipos de melanina: as eumelaninas,
grupo homogêneo de pigmentos pardos, insolúveis, resultantes da polimerização
oxidativa de compostos indólicos derivados da DOPA e as feomelaninas, com
pigmentos pardos avermelhados e solúveis em meio alcalino (MOTA; BARJA, 2002).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde a infância, as pessoas estão sujeitas à exposição UV que, tardiamente,
pode estimular o risco de desenvolvimento câncer. Buscando alternativas profiláticas e
terapêuticas, com o objetivo de reduzir os danos da radiação UV, o uso de
antioxidantes, por via oral, é uma opção crescente no mundo moderno.
A compreensão dos mecanismos reparadores dos produtos naturais, com
atividade fotoprotetora, em especial o PL, colabora em fornecer segurança quanto a
administração por via oral.na proteção significativa da pele. Ademais, o uso de
camisetas, bonés entre outros adereços não exclui a eficácia do uso de filtros solares
físicos e químicos, não abordado nesta temática. Porém, o uso concomitante das
alternativas de uso oral, em especial oral de Polypodium leucotomos, complementa, de
forma eficiente, a ação dessas barreiras.
REFERÊNCIAS
DORIA, Sônia Ribeiro et al. Proteção solar, uma questão de saúde pública: avaliação
das informações contidas nos rótulos dos protetores solares mais comercializados no
Brasil. 2009.
LIN, Tzu-Kai; ZHONG, Lily; SANTIAGO, Juan Luis. Anti-inflammatory and skin
barrier repair effects of topical application of some plant oils. International Journal of
Molecular Sciences, v. 19, n. 1, p. 70, 2018.
PURIM, Kátia Sheylla Malta; LEITE, Neiva. Fotoproteção e exercício físico. Revista
Brasileira de Medicina do Esporte, v. 16, n. 3, p. 224-229, 2010.
SCHALKA, Sergio; REIS, Vitor Manoel Silva dos. Fator de proteção solar: significado
e controvérsias. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 86, n. 3, p. 507-515, 2011.
SGARDI, Flávia Celina; DO CARMO, Eliane Dias; ROSA, Luiz Fernando Blumer.
Radiação ultravioleta e carcinogênese. Revista de Ciencias Médicas, v. 16, n. 4/6,
2012.
Julyana de Aquino
Graduada em Farmácia. Pós - Graduanda em
Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica pelo INPÓS
INTRODUÇÃO
De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor
pode ser conceituada como experiência sensorial e emocional desagradável, que é
afetada por elementos culturais, históricos, ambientais e sociais, agregada a uma lesão
real ou potencial dos tecidos, ou exposta em termos desta. Também é estabelecida como
sensação desagradável que alerta o indivíduo de alguma ação danosa ou potencialmente
danosa ao organismo por parte de agente externo ou de um processo mórbido interno
(BRAZ et al., 2011). O paciente menciona piora do quadro doloroso mediante lesões,
privação do sono, estresse emocional, exposição ao frio, impasses de concentração,
dentre outros aspectos (SOUZA, 2013).
A denominação fibromialgia (FM) termo provindo do latim fibro (tecido fibroso,
presente em ligamentos, tendões e fáscias), e do grego mio (tecido muscular), algos
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual refere-se a um método
que analisa e sintetiza as pesquisas de maneira sistematizada, e contribui para
aprofundamento do tema investigado, e a partir dos estudos realizados separadamente e
possível construir uma única conclusão, de modo ao qual foram investigados problemas
idênticos ou parecidos (MENDES, 2008). A questão norteadora do presente estudo foi:
“Quais são os manejos adotados no tratamento da fibromialgia?”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 2.660 artigos, porém somente 10 artigos foram utilizados,
uma vez que atenderam aos critérios de inclusão do estudo. A distribuição dos artigos
por título, ano, autoria e periódico publicado encontra-se no quadro 1.
Quadro 01: Distribuição ordenada dos trabalhos selecionados quanto ao ano, autores,
periódico e título
N Ano Autores Períodico Título
1 2008 VERBUNT, Resultados de saúde Disability and quality of life in
J.A.; et al. e qualidade de vida. patients with fibromyalgia.
2 2009 MARTINEZ, Revista Brasileira de Correlação entre a contagem das
J.E.; et al. Reumatologia pontes dolorosas na fibromialgia com
a intensidade dos sintomas e seu
impacto na qualidade de vida.
3 2010 HOEFLER, Boletim Fibromialgia: doença obscura e
R.; et al. farmacoterapeutica tratamentos indefinidos.
CFF
4 2011 BRAZ, A.S.; Revista Brasileira de Uso da terapia não farmacológica,
et al. Reumatologia medicina alternativa e complementar
na fibromialgia
5 2011 ABREU, Projeto de estágio e Impacto da fibromialgia na qualidade
D.M.D. profissionalizante – de vida dos pacientes.
UFP
6 2011 HEYMANN, Revista Brasileira de Consenso brasileiro do tratamento da
R.E.; et al. Reumatologia fibromialgia.
7 2011 CARDOSO, Revista Brasileira de Avaliação da qualidade de vida, força
F.S.; et al. Reumatologia muscular e capacidade funcional em
mulheres com fibromialgia.
8 2012 HELFENST Revista da Fibromialgia: aspectos clínicos e
O ano com maior número de publicações foi 2011 com quatro (40%). O
periódico que mais publicou foi a Revista Brasileira de Reumatologia com quatro (40%)
das publicações. Tal fato ocorre pelo periódico ser uma revista preocupada em abordar
assuntos que contribuem para o esclarecimento de problemas de saúde pública e
atualizações.
Quanto ao nível de evidências um estudo (10%) pertence aos níveis I e II que
são consideradas evidências fortes. Sete (70%) foram considerados de nível III a V, ou
seja, evidências moderadas e dois (20%) foram classificados como VI e VII sendo
consideradas evidências fracas. Portanto o que prevaleceu foram estudos de evidências
moderadas.
A fibromialgia deve ser vista como uma condição de saúde complexa e
heterogêneo no qual há um déficit no processamento da dor agregado a outras
características secundárias, (nível de evidência IV) (HEYMANN et al., 2010). Na
Tabela 1 os estudos encontram-se distribuídos, conforme as classes farmacológicas
citadas nele. Complementariamente, na Tabela 2 os estudos estão agrupados de acordo
com a relação dos tratamentos não farmacológicos.
Diagnóstico
Estima-se que a fibromialgia, após a osteoartrite é a patologia mais comum visto
pelos reumatologistas e corresponde significamente parte da subpopulação de pacientes
em cuidados de saúde primários (DINIZ; MORAIS; JÚNIOR, 2013). A fibromialgia é
especialmente diagnosticada por exclusão. Dentre os principais diagnósticos
Sinais e sintomas
A fisiopatologia da FM engloba modificações na função autonômica, sistema
endócrino, influência genética e exposição a aspectos estressantes. Esses fatores estão,
normalmente, relacionados a distúrbios que podem sobrepor-se à FM, como transtorno
depressivo maior, síndrome do intestino irritável e distúrbio temporomandibular.
Variações no processamento central da parte sensorial e déficits na inibição endógena
da dor podem colaborar para agravo na sensibilidade dolorosa e persistência da dor
difusa em pacientes com FM (CARDOSO et al., 2011).
Além da dor agressiva na musculatura esquelética e do achado físico de
inúmeros pontos sensíveis, a maior parte dos pacientes com FM também citam sofrer de
fadiga, rigidez muscular, dor após esforço físico, desequilíbrios do sono, do humor, da
cognição. É imprescindível analisar a qualidade desses sintomas e o abalo destes sobre a
qualidade de vida do paciente (HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA,
2012).
Também podem existir indícios de depressão, ansiedade, déficit de memória,
desatenção, cefaleia tensional ou enxaqueca, tontura, vertigens, parestesias, sintomas
compatíveis com síndrome do intestino irritável ou com síndrome das pernas inquietas,
entre diversos outros sintomas não envolvidos ao aparelho locomotor. A dor crônica
generalizada, todavia, é o sintoma cardinal. As mialgias podem apontar característica
migratória constantemente em resposta ao estresse biomecânico ou a traumas
(HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012).
QUALIDADE DE VIDA
Quanto a qualidade de vida, os fibromiálgicos exibem níveis inferiores de
qualidade de vida. Condições como depressão, podem demonstrar relação com a FM,
podendo ser considerada um efeito secundário da doença (ABREU, 2011). Segundo
Verbunt el al. (2008), os pacientes portadores de FM, quando comparados a população
geral, enfrentam impactos na qualidade de vida. Esse aspecto está intrinsicamente
relacionado a severidade da doença, visto a dor ser um parâmetro a ser fortemente
Tratamento
A estratégia terapêutica para a FM necessita de uma abordagem multidisciplinar,
com a junção de modalidades de tratamentos não farmacológico e farmacológico. O
tratamento deve ser produzido, em discussão com o paciente, de acordo com o vigor da
sua dor, funcionalidade e suas características, sendo valoroso também levar em
consideração seus fatores biopsicossociais (SILVA, 2015).
Salienta-se que o tratamento da FM deve ser realizado com a perspectiva
sociopsicossomática, por parte dos especialistas que tratam esses pacientes. A
abordagem deve ser, desde o princípio, conjuntamente somática e psicológica. O
tratamento contém a utilização de medicamentos analgésicos, antirreumáticos,
calmantes e antidepressivos. Também fazem parte do tratamento a fisioterapia, técnicas
de relaxamento, a realização de exercícios físicos e psicoterapia (DINIZ; MORAIS;
JÚNIOR FAZ, 2013).
O tratamento fisioterapêutico da FM requisita uma boa cooperação por parte do
doente, mudanças de costumes, a prática de atividades físicas e o uso justo de
medicamentos se for assim aconselhado pelo médico assistente. O acompanhamento de
uma equipe interdisciplinar é fundamental. A fisioterapia tem uma importante missão na
diminuição da dor, no reequilíbrio das forças e tensões e na melhora da qualidade de
vida desses pacientes (SOUZA, 2013).
Terapia farmacológica
A terapia farmacológica presentemente preconizada nessa síndrome inclui, entre
outros compostos, antidepressivos, moduladores dos canais de cálcio, relaxantes
musculares e analgésicos. Todavia, diversos pacientes não demonstram retorno
satisfatório ou retratam efeitos colaterais relacionados ao uso de tais fármacos a longo
prazo (BRAZ et al., 2011).
Aliado a isto, os pacientes têm obstáculos em permanecer em uma terapia não
farmacológica, baseada somente em atividades e medicina física. Existe, portanto, um
grande interesse por parte dos pacientes por uma terapia alternativa e complementar, e
Atenção farmacêutica
A Atenção Farmacêutica acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico pode
promover melhor controle da patologia dos pacientes, devido ao maior conhecimento
dos pacientes em relação aos medicamentos e melhor comunicação entre a equipe de
saúde. Estes parâmetros contribuem para a redução dos erros de medicação e reações
adversas (PEREIRA; FREITAS, 2008).
É fundamental um processo de assistência ao paciente que engloba quatro
etapas:
✓ Julgamento das necessidades da terapêutica farmacológica;
✓ Elaboração de um plano de cuidados para atender a essas carências;
✓ Efetivação de um plano de cuidados farmacêuticos;
✓ Avaliação e reavaliação do plano de cuidados.
Os pacientes, ao favorecerem da terapêutica ideal, terão também um impacto
benéfico nas famílias e comunidade onde se incluem. A cooperação e a interação do
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O diagnóstico da FM requer experiência clínica, boa anamnese e adequada
exclusão de doenças que apresentam sinais e sintomas semelhantes e que requerem
abordagens terapêuticas diferenciadas. O seu diagnostico se dá principalmente por
exclusão, e uma equipe multidisciplinar deve estar envolvida nesse momento. Portanto,
é importante deter conhecimento sobre as formas de terapias, das evidências ou não do
seu uso, e que possam discutir com seus pacientes e orientá-los sobre tais formas de
tratamento, prescrevendo-as ou contraindicando-as e, assim, possibilitar maior gama de
opções terapêuticas para a fibromialgia.
Neste contexto se faz importante a inserção do profissional farmacêutico que
poderá criar em sua área de atuação, seja ela drogarias, postos de saúde, farmácias,
hospitais, clínicas, ou outro campo; um grupo de estudo e orientação ao fibromiálgico e
sua família para que esta enfermidade possa ser encarada com maior naturalidade e ser
de certa forma menos impactante para o portador e sua família. Faz-se necessário mais
estudos aprofundados sobre a FM e seus mecanismos, para então assim possibilitar uma
possível cura futuramente dos pacientes portadores dessa enfermidade.
REFERÊNCIAS
ABREU, D.M.D Impacto da fibromialgia na qualidade de vida dos pacientes. UFP,
projeto de estágio e profissionalizante, 2011.
BRAZ, A.S.; PAULA, A.P.; DINIZ, M.F.F.M.; ALMEIDA, R.N. Uso da terapia não
farmacológica, medicina alternativa e complementar na fibromialgia. Revista
Brasileira de Reumatologia, vol. 51, n.3, p.269-282, 2011.
VERBUNT, J.A.; PERNOT, D.F.F.M.; SMEETS, R.JE.M. Disability and quality of life
in patients with fibromyalgia. Resultados de Saúde e Qualidade de Vida, v.6, n.8, p.1-
8, 2008.
INTRODUÇÃO
A busca por padrões de beleza impostos pela sociedade tem impactado
progressivamente a população. Com essa procura, observa-se a utilização
indiscriminada de substâncias ergogênicas, com a finalidade de alcançar um corpo físico
cuja aparência estética seja aprovada e apreciada pela sociedade.
Substância ergogênica pode ser conceituada como toda substância que promove
o aprimoramento e otimização do rendimento desportivo. Sua principal característica é a
obtenção de resultados em um curto espaço de tempo, proporcionando maior satisfação
pessoal, tendo em vista os objetivos propostos para tal utilização. Contudo, o uso
indiscriminado e sem acompanhamento profissional adequado ocasiona riscos à saúde
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual refere-se a um método
que analisa e sintetiza as pesquisas de maneira sistematizada, e contribui para
aprofundamento do tema investigado, e a partir dos estudos realizados separadamente e
possível construir uma única conclusão, pois foram investigados problemas idênticos ou
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 29 artigos. Todavia, apenas 16 artigos atenderam aos
critérios de inclusão deste estudo. O ano que mais obteve publicações foi 2016 com
30% do total. O ano com menor índice de publicação foi 2006, representando 10% de
DISCUSSÃO
Cipionato de Testosterona
A testosterona é o principal hormônio androgênico sendo responsável pelo
desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculinas e do estado
anabólico de tecidos, onde a produção insuficiente da mesma ocasiona no
hipogonadismo masculino que é o atrofiamento ou desenvolvimento deficiente de
características sexuais secundárias, causando impotência, infertilidade e tamanho
reduzido dos testículos. O uso de tal substância deve ser feito sob acompanhamento
médico, devido a agressividade do ativo ao organismo, porém para usuários de
anabolizantes para fins de resultados musculares o uso na maioria das vezes é
descontrolado (LIMA et al., 2010).
O cipionato de testosterona é comercializado como Deposteron®, tem por
característica ser uma solução injetável, oleosa límpida, na cor amarela e isenta de
partículas estranhas, cuja aplicação deve ser feita via intramuscular no músculo glúteo.
Possui como função o crescimento e desenvolvimento de órgãos masculinos, bem como
alterações de massa muscular e distribuição da gordura corporal. Sua absorção é lenta
devido os ésteres de testosterona serem menos polares do que a testosterona livre, sendo
absorvidos de forma mais lenta quando administrada por via intramuscular em veículo
oleoso, o que consequentemente prolonga o intervalo de administração das doses, que
deve ser feito de duas a quatro semanas conforme orientação médica (LIMA et al.,
2010).
A distribuição do cipionato de testosterona é de aproximadamente 98% da
testosterona sérica circulante que encontra-se ligada à globulina ligadora de
testosterona-estradiol ou ligadora de hormônios sexuais. A meia vida dessa substância
Decanoato de Nandrolona
É um fármaco com propriedades anabolizantes e androgênicas utilizado para
estimular o crescimento em crianças com retardo generalizado e para o tratamento da
síndrome de Turner, além de indicado para falhas no crescimento físico, hepatite
alcoólica aguda, moderada ou grave. É absorvido rapidamente pelo tubo digestivo e
excretado principalmente pela urina em forma de metabólitos e como fármaco
inalterado. É administrado por via oral em comprimidos de 2,5 mg de 2 a 4 vezes ao dia
conforme orientação médica (LIMA et al., 2010).
Os efeitos colaterais do Decanoato de Nandrolona incluem irritação na bexiga,
aparecimento de características masculinas em mulheres, ginecomastia, ereção
involuntária e dolorosa no pênis, acne, anemia, problemas no fígado, diarreia, alterações
da libido dentre outros (LIMA et al., 2010).
Estanozolol
O estanozolol é um esteroide anabolizante sintético derivado do DHT
(diidrotestosterona), pode ser administrado tanto por via intramuscular, quanto por via
oral. Tem sido utilizado em pacientes humanos e em animais no tratamento de diversas
condições. Em humanos, foi demonstrado seu sucesso no tratamento da anemia,
angioedema hereditário, estados de depreciação física, fraturas de lenta consolidação,
osteoporose, queimaduras extensas, períodos pré e pós-operatórios. Os veterinários
podem prescrevê-lo para melhorar o crescimento muscular, produção de células
vermelhas sanguíneas, aumentar a densidade óssea e estimular o apetite de animais
fracos ou debilitados.
Fonte: Abrahin
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto foi possível constatar que a pressão social para aceitação
mediante a um padrão corporal pré-determinado desencadeia na utilização indevida de
anabolizantes e demais métodos estéticos sem o acompanhamento profissional
qualificado, fato que coloca em risco a saúde do usuário. Anabolizantes foram
desenvolvidos para auxiliar no tratamento de doenças que interferem no
desenvolvimento adequado, mas infelizmente são utilizados para fins estéticos
inapropriados.
A conscientização da população sobre o uso indevido de anabolizantes é
primordial para que o uso irregular e ilegal de tais produtos diminua, juntamente com as
demais doenças desencadeadas pelo excesso do uso de anabolizantes. É necessário que
a conscientização sobre a auto aceitação corporal do individuo seja feita, para que
cobranças relacionadas a imagem corporal sejam desmistificadas.
BUENO JPL; ARAUJO LG. Uso de esteroides anabólicos androgênicos por praticantes
de musculação da grande Florianópolis. Revista Brasileira de Educação Física, v.8, n.
55, p.39-54. 2010.
IRIART, Jorge Alberto Bernstein; ANDRADE, Tarcísio Matos de. Musculação, uso de
esteróides anabolizantes e percepção de risco entre jovens fisiculturistas de um bairro
popular de Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos De Saúde Pública, v. 18, p. 1379-1387,
2002.
KANAYAMA, Gen et al. Issues for DSM-V: clarifying the diagnostic criteria for
anabolic-androgenic steroid dependence. 2009.
LIMA, Litiane Dorneles de; MORAES, Cristina Machado Bragança de; KIRSTEN,
Vanessa Ramos. Dismorfia muscular e o uso de suplementos ergogênicos em
desportistas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 16, n. 6, p. 427-430, 2010.
NABUCO, H. C. G. et al. Factors associated with the use of dietary supplements among
athletes: a systematic review. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 22, n. 5,
p. 412-419, 2016.
RESUMO: Este trabalho aborda, por meio de revisão de literatura, a relação entre
Hipertensão Arterial e os fatores emocionais, mais exatamente o estresse e a ansiedade.
Além disso discorre a respeito do uso de ansiolíticos como terapia medicamentosa para
tratar a hipertensão. O objetivo deste estudo é avultar os efeitos do uso dos ansiolíticos
em pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica integrada a fatores
emocionais. O estudo foi realizado por meio de busca online das produções científicas
nacionais sobre uso dos ansiolíticos em pacientes portadores de hipertensão arterial
sistêmica associada a fatores emocionais. A obtenção dos dados ocorreu através de
buscas processadas por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo utilizadas
principalmente as bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Os descritores
utilizados para a busca foram: “Hipertensão Arterial”, “Ansiolíticos”, “Tratamento”. Foi
possível observar através da análise dos dados que os riscos de desenvolvimento da
hipertensão arterial parecem ser influenciados por fatores emocionais como estresse e
ansiedade. Todavia, mais estudos são imprescindíveis para melhor esclarecer essas
relações.
PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade; Depressão; Estresse.
INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial é uma doença que abrange cerca de 15 a 20% da
população adulta com mais de 18 anos, alcançando a índices de 50% nas pessoas idosas
(DUNCAN et al, 1993). O III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (1998),
espalhado e publicado para toda comunidade médica brasileira, sugere que o tratamento
do paciente hipertenso precisa ser estabelecido quando os níveis de pressão arterial são
iguais ou superiores a 140/90 mm Hg. A Hipertensão Arterial agrava-se pela presença
de fatores como ingestão de álcool, fumo, uso de drogas, consumo de sódio,
sedentarismo, fatores emocionais (estresse, ansiedade e depressão, por exemplo), entre
outros (LIPP; ROCHA, 2008).
O estresse colabora para o enorme número de enfermidades, tanto de ordem
psíquica como orgânica, dentre elas a Hipertensão Arterial Sistêmica (LIMA; SILVA,
2017). O termo estresse significa o estado provocado pela percepção de estímulos que
geram excitação emocional e, ao alterarem a homeostasia, disparam um processo de
adaptação assinalado, entre outras modificações, pelo acréscimo de secreção de
adrenalina produzindo várias manifestações sistêmicas, com distúrbios psicológicos e
fisiológicos. Devido a relevância do tema, muito se tem estudado a respeito do assunto,
mesmo que pouca atenção tenha sido dada à agregação dos fatores emocionais (estresse)
com a pressão arterial (FONSECA, 2002).
Esse termo ainda é definido como “qualquer ação ou situação (estressor) que
submete uma pessoa a demandas psicológicas ou físicas especiais” (NIEMAN, 1999). O
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual refere-se a um método
que analisa e sintetiza as pesquisas de maneira sistematizada, e contribui para
aprofundamento do tema investigado, e a partir dos estudos realizados separadamente e
possível construir uma única conclusão, pois foi investigado problemas idênticos ou
parecidos (MENDES, 2008). A questão norteadora do presente estudo foi: “É
necessário a utilização de ansiolíticos em hipertensos?”.
O estudo foi realizado por meio de busca on-line das produções científicas
nacionais sobre uso dos ansiolíticos em pacientes portadores de hipertensão arterial
sistêmica associada a fatores emocionais. A obtenção dos dados ocorreu através de
buscas processadas por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo utilizadas
principalmente as bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Os descritores
utilizados para a busca foram: “Hipertensão Arterial”, “Ansiolíticos”, “Tratamento”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 20 artigos. Entretanto, somente 15 atenderam aos critérios de
inclusão do estudo (Quadro 1). O ano que mais publicou foi o ano 2015 enquanto o com
menor índice de publicação foi 1992. O quadro 1 descreve a distribuição dos trabalhos
quanto a ano, título, periódico publicado e autores.
Exercício e saúde.
NIEMAN D.C Livro
Nenhum FR Risco padrão Risco padrão + Risco baixo + Risco + Risco alto
moderado
Doença CV e + Risco muito + Risco muito + Risco muito + Risco muito + Risco muito
renal alto alto alto alto alto
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É possível perceber que a associação entre distúrbios emocionais e alterações
nas funções viscerais, como a hipertensão arterial, corroboram-se quando as estruturas
límbicas, responsáveis pelas emoções, são ligadas e produzem respostas
cardiovasculares e respiratórias
O que se pode concluir das relações pesquisadas é que o risco de
desenvolvimento da hipertensão arterial e a reatividade cardiovascular parecem ser
influenciados por fatores emocionais como impulsividade, estressores, hostilidade,
ansiedade e raiva. Todavia, mais estudos são necessários para melhor esclarecer essas
relações.
CHAVES, Eliane Corrêa; CADE, Nágela Valadão. Efeitos da ansiedade sobre a pressão
arterial em mulheres com hipertensão. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.
12, n. 2, p. 162-167, 2004.
CHOBANIAN, Aram V. et al. The seventh report of the joint national committee on
prevention, detection, evaluation, and treatment of high blood pressure: The JNC 7
Report. Jama, v. 289, n. 19, p. 2560-2571, 2003.
III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Rev Clín Terap 1998; 24:231-72.
JARDIM, Paulo César Brandão Veiga; JARDIM, Thiago de Souza Veiga; SOUZA,
Weimar Kunz Sebba Barroso. Hipertensão arterial sistêmica. RBM, 2013.
LEWIS HR. Fenômenos psicossomáticos. 3.ed. Rio de Janeiro: José Olympio; 1988.
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guia de vida para o hipertenso. Campinas: Papirus.
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes; CABRAL, Ana Carolina; GRÜN, Taísa Borges.
Case study: anger management training of a hypertensive patient. Revista Brasileira de
Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 11, n. 2, p. 231-245, 2009.
PAIVA LM, SILVA AMA. Medicina psicossomática. 3.ed. São Paulo: Artes Médicas;
1994.
INTRODUÇÃO
O chá produzido pela folha da planta Camellia sinensis, é uma das bebidas mais
consumidas no mundo, considerado pelos orientais como uma bebida saudável, foram
utilizadas durante séculos pela China onde se tornaram os maiores produtores da planta.
No Brasil, o cultivo do chá verde apresenta diferenças em relação a China, por exemplo,
devido ao clima por lá ser mais ameno, favorecendo o seu cultivo, podendo ser colhido
várias vezes ao ano (SOARES, 2003).
Os chás produzidos pela planta Camellia sinensis são classificados em três
formas diferentes, tais como: chá verde, chá preto e o chá oolong, que são diferenciadas
de acordo com o preparo das folhas. O preparo dos chás também varia de acordo com as
tradições, exemplo: os chás pretos são realizados com as folhas fermentadas, já o chá
verde se faz a fervura da folha garantindo assim sua coloração, e o chá oolong que
participa dos dois processos no seu preparo, sendo que o chá com maior índice de
compostos ativos são os chás pretos funcional (SALGADO, 2009).
Vários estudos têm demonstrado que o chá verde, obtido por meio das folhas
frescas da erva Camellia sinensis, tem uma alta quantidade de flavonóides conhecidos
como catequinas, capazes de promover a diminuição de peso corporal, gordura corporal
METODOLOGIA
Realizou-se um do tipo bibliográfico, descritivo-exploratório e retrospectivo,
com análise integrativa, sistematizada e qualitativa. A busca por estudos ocorreu em
bases de dados virtuais em ciências ambientais, especificamente na Biblioteca Virtual
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e no Scientific
Electronic Library Online (SciELO). Utilizou-se o descritor Camellia sinensis. Os
artigos selecionados foram submetidos a uma leitura exploratória das publicações. A
busca ocorreu no período de janeiro de 1998 a março de 2012, caracterizando, assim, o
estudo retrospectivo.
Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura
analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das
idéias por ordem de importância e a sua sintetização que visou à fixação das idéias
essenciais para a solução do problema da pesquisa. Após a leitura analítica, iniciou-se a
leitura interpretativa que tratou do comentário feito pela ligação dos dados obtidos nas
fontes, ao problema da pesquisa e dos conhecimentos prévios.
Na leitura interpretativa, houve uma busca mais ampla de resultados, pois
ajustaram o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa,
iniciou-se a tomada de apontamentos referentes ao problema da pesquisa, ressalvando
as idéias principais e dados mais importantes (GIL, 2002).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Composição Química
É designado genericamente como chá da Índia ou como chá verde e chá preto, o
produto resultante do preparo diferencial das folhas de Camellia sinensis, sendo que as
folhas recém-coletadas e imediatamente estabilizadas caracterizam o chá verde. Quando
submetidas à fermentação rápida ou prolongada, constituem o tipo como o chá preto,
respectivamente.
Em sua porção vegetativa imatura, pode conter até 30% de fenóis, sendo que a
maior parte dos compostos são de flavonoides: substâncias nutritivas da classe dos
polifenóis cuja a concentração pode variar de acordo com a marca e forma de consumo
do chá, e com a espécie, estação, idade da folha, clima de habitação e as técnicas
realizadas no plantio. O processo fermentativo favorece a oxidação enzimática dos
polifenóis presentes, conferindo menor adstringência e coloração mais intensa ao chá
(PRADO et al, 2005; SCHIMITZ et al, 2005; BARLETA; BRAGA, 2007, LIMA et al.,
2009).
O chá verde não é fermentado, é uma bebida de composição química muito
variada, embora seus efeitos benéficos estejam associados às catequinas, também
contém água, proteínas, carboidratos, vitaminas (especialmente C e K), sais minerais,
metilxantinas, que são responsáveis pelos efeitos adversos e interações medicamentosas.
Como estimulante do sistema nervoso central, tem como principais representantes a
Os chás são fontes mais ricas em flavonoides, que são polifenóis presentes
naturalmente em alimentos de origem vegetal e podem ser subdivididos em seis classes:
flavonas, flavanonas, isoflavonas, flavonóis, flavanóis e antocianinas (HOLLMAN;
ARTS, 2000). Acredita-se que os flavonoides presentes nos chás, principalmente o chá
verde pelo modo em que é processado, fazem dele um alimento funcional que,
consumido na alimentação cotidiana, pode trazer benefícios para saúde
(MATSUBARA; RODRIGUEZ, 2006).
Atividade Biológica
Diversos estudos demostraram que as atividades das catequinas presentes no chá
verde podem exercer inúmeros benefícios em diversas doenças. Porém alguns estudos
demostraram resultados controversos. No entanto a maioria são dados positivos na
utilização do chá, especialmente pelos benefícios dos flavonóides presentes no chá
Reações Adversas
Os efeitos adversos do chá verde, obtido diariamente de 65g de folhas, pode
levar à disfunção hepática, a problemas gastrointestinais como constipação e até
mesmo, à diminuição do apetite, insônia, hiperatividade, nervosismo, hipertensão,
aumento dos batimentos cardíacos e irritação gástrica. O chá verde em altas doses
podem causar efeitos adversos significantes pelo conteúdo de cafeína, especificamente
palpitações, dor de cabeça e vertigem (BARTELS; MILLER, 2003).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A planta Camellia sinensis tem capacidade de atuar como um componente
positivo no processo de emagrecimento com saúde, podendo também ser usada de
diversas formas medicinais por possuir em sua composição química as catequinas,
especialmente o galato de epigalocatequina (EGCG), as quais, em ação sinérgica com
REFERÊNCIAS
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Thais: A randomized, crontrolled trial. PhysiolBehav, p. 486-491, 2008,
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CHOO, J. J. Green tea reduces body fat accretion caused by high-fat diet in rats through
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and caffeine in increasing 24-h energy expenditure and fat oxidation in humans. The
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SCHIMITZ, W. et al., O chá verde e suas ações como quimioprotetor. CienBio Saúde,
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TANAKA, T.; KOUNO, I. Oxidation of tea catechins: chemical structures and reaction
mechanism. Food Science and Technology Research, v.9, n.2, p.128-133, 2003.
TREVISANATO, Siro I.; KIM, Young In. Tea and health. Nutrition Reviews, v. 58, n.
1, p. 1-10, 2000.
RESUMO: O estudo teve por objetivo: verificar os possíveis efeitos colaterais do uso
não terapêutico e indiscriminado dos esteroides androgênicos anabolizantes (EAAs). O
estudo trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram revisadas fontes de literatura por
intermédio das seguintes ferramentas de busca PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS), usando as palavras-chave: uso abusivo, substâncias farmacológicas
ergogênicas, anabólicos androgênicos. Constatou-se que o abuso de anabolizantes para
aumentar a massa corporal pouco desenvolvida e fortalecer a musculatura. O abuso de
esteróides está aparentemente, aumentando, sendo que em muitos casos a intenção é de
simplesmente melhorar a aparência. Os esteróides anabolizantes podem interromper o
crescimento nas crianças. Os resultados da pesquisa demonstraram que o abuso de
esteróides causa virilismo grave em mulheres, nos homens, diminuição temporária dos
testículos e esterilidade. Além disso, essas drogas estão associadas às doenças hepáticas,
ABSTRACT: The study aimed to verify the possible side effects of therapeutic and
indiscriminate use of Anabolic Androgenic steroid (EAAs). The study this is a literature
review. Literature sources were reviewed through the following search tools: Pubmed,
SciELO and Virtual Health Library (BVS), using the key words: abuse,
pharmacologically deportistas nutrition, androgenic. It was noted that the abuse of
anabolic steroids to increase body mass undeveloped and strengthen muscles. Steroid
abuse is apparently increasing, and in many cases the intention is to simply improve the
appearance. Anabolic steroids can stop growth in children. The survey results showed
that steroid abuse causes serious virilism in women, in men, temporary decrease of
testes and sterility. In addition, these drugs are associated with liver disease, including
cancer, adverse changes in blood cholesterol and many other disorders, psychological
disturbances among them unpredictable. Adverse effects of the abuse of steroids are not
frequent, but most who exaggerates the dose of these substances can undergo at least
one of the less serious side effects. It is concluded that risk/benefit analysis of the use of
steroids, you could say that any aesthetic improvement to health damage, because in this
kind of aesthetic usage there is no control over the doses used, conditions and time of
administration.
INTRODUÇÃO
O uso indiscrimidado das subtância anabolizantes é um assunto recorrente e
atual, tendo em vista que a busca pelo corpo ideal está evidente na sociedade. Diversas
são as formas de se modelar, reparar, aumentar ou diminuir proporções, modificando-se
a estética natural. Dentre os meios de se modelar está o uso de esteroides anabolizantes
(EA), que podem ser considerados recurso de efeito imediato (MORAES, 2014).
A tentação de ganhar músculos rapidamente leva cada vez mais jovens ao abuso
dos esteroides sem orientação médica. Os efeitos colaterais, porém, podem ser
devastadores. Depois das chamadas drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack e tantas
outras) e das lícitas (fumo, álcool, anorexígenos, sedativos), uma nova droga começa a
METODOLOGIA
Essa pesquisa foi realizada através do levantamento da revisão de literatura com
base em artigos publicados via online na base de dados: Centro Latino-Americano e do
Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS) e na biblioteca Scientific
Eletronic Library Online (SciELO). O recorte temporal deu-se entre 2006 á 2018. A
busca foi realizada entre maio e junho de 2019. Para a busca, foram utilizados os
seguintes descritores: uso abusivo, substâncias farmacológicas ergogênicas, anabólicos
androgênicos.
Para seleção das produções científicas, foram utilizados os seguintes critérios de
inclusão: materiais publicados na língua portuguesa, e inglesa no período entre 2006 a
2018, disponíveis na íntegra e online. Foram excluídos aqueles artigos que não abordam
diretamente as temáticas em questão.
RESULTADOS E DISCUSÃO
Realizada a leitura exploratória dos periódicos encontrados identificou-se a visão
de diversos autores em relação a importância do conhecimento sobre o uso
indiscriminado de esteroides anabolizantes e seus efeitos colaterais. Foram encontrados
inicialmente 319 artigos. Apenas 19 artigos foram publicados entre 2006 a 2018. Após a
leitura, elecamos 7 categorias correlacionadas entre os autores, os quais serão
apresentados a seguir:
Tipos de esteroides
Segundo Neto Acioli (2018), foram produzidas diversas formas farmacêuticas
contendo esteroides anabólicos pela indústria farmacêutica: supositórios, cremes, selos
de fixação na pele e sublingual, porém os mais consumidos são os: orais e os injetáveis.
Os principais tipos de esteroides estão descritos no quadro 1.
Os esteroides injetáveis são menos nocivos do que os orais, por não passar por
um processo de alcalinização. Esse tipo de esteroide passa pela corrente sanguínea via
muscular, e umas das vantagens é que a base oleosa permanece na corrente sanguínea
com uma longa duração, visto que o óleo demora em se dissipar no local da aplicação
devido a sua viscosidade (NETO ACIOLI, 2018).
Orais Injetáveis
Via comprimido: na sua ingestão passa pelo • Injetáveis: Os esteroides injetáveis são menos
estômago, é absorvido pelo intestino, processado nocivos do que os orais, por não passar por um
pelo fígado, então vai para a corrente sanguínea. processo de alcalinização. Esse tipo de esteroide
Como o fígado é responsável pela destruição de passa pela corrente sanguínea via muscular, e umas
qualquer corpo estranho no organismo, vários das vantagens é que a base oleosa permanece na
esteroides estavam sendo destruídos através de corrente sanguínea com uma longa duração, visto
um processo chamado 17 alpha alcalinização. A que o óleo demora em se dissipar no local da
alcalinização provoca uma sobrecarga no fígado aplicação devido a sua viscosidade. As
que acaba danificado por um esforço para desvantagens dos anabolizantes injetáveis é que são
combater algo que não consegue processar mais tóxicos para os rins e são desconfortáveis
devido a sua forma de aplicação: "injetável".
Efeitos colaterais
A principal preocupação em relação ao aumento da frequência do uso de EAA
de modo geral se deve à grande quantidade de efeitos adversos que essas substâncias
podem causar nos órgãos e sistemas, provocando danos reversíveis e irreversíveis tanto
em homens como em mulheres, podendo causar até a morte (ABRAHIN, 2013).
Os efeitos indesejados mais documentados são de natureza endócrina,
reprodutiva, hepática, cardiovascular, imunológica, musculo-esquelética e psicológica
(BRANDI, et al., 2010). Os efeitos colaterais estão relacionados, principalmente as suas
propriedades androgênicas e tóxicas. A forma de administração da EAA, oral, injetável
e adesivo intradérmico, pode ser um grande auxilio para potencialização dos efeitos
adversos que somam a outras variáveis, tais como: dosagem, idade, sexo, predisposição
genética e uso prolongado (HOFFMAN et al., 2009, ABRAHIN, 2013).
Os efeitos colaterais relacionados ao uso de anabolizantes têm sido
constantemente divulgados na literatura. Podem causar também infecções de
transmissão sanguínea pelo uso de equipamentos não estéreis durante injeção e até
traumas locais relacionados a aplicação incorreta desses produtos (BRANDI, et al.,
2010).
Os efeitos virilizantes apontam para tom de voz mais grave, distribuição dos
pêlos pubianos, aumento dos pêlos faciais e acne. Para as mulheres é observado também
aumento do clitóris (BRANDI et al., 2010). Os efeitos adversos hepáticos decorrentes
do uso de EAA estão entre os mais comuns e graves. Os níveis aumentados de
marcadores enzimáticos de toxicidade no fígado são exemplos disso (ABRAHIN, 2013;
ROCHA, AGUIAR, RAMOS, 2014).
Os EAA podem ocasionar hepatomegalia e adenoma hepatocelular (tumor de
origem epitelial), hepatite e hiperplasia regenerativa (ABRAHIN, 2013; ROCHA,
AGUIAR, RAMOS, 2014). O quadro 3 apresenta dados sobre os possíveis efeitos
colaterais do uso do EAA nos estudos analisados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A literatura consultada demonstrou que são inúmeros os efeitos colaterais
causados pelo uso não terapêutico, indiscriminado e abusivo de EAA. Ressalta-se,
ainda, que os efeitos adversos podem afetar vários órgãos e sistemas. A utilização de
EAA indica uma forma fácil e rápida para se conseguir a forma física aparentemente
melhor. Em academias, a justificativa baseia-se em estética, ou seja, em obter uma
musculatura maior. Em busca do corpo ideal, muitos indivíduos, principalmente
adolescentes e jovens, estão iniciando o uso de EAA.
O culto ao corpo, extremamente disseminado na sociedade brasileira e refletido
na mídia, associado à desinformação, pode criar condições favoráveis ao abuso de
anabolizantes tornando-o um significativo problema de saúde pública. Vale ainda
ressaltar que o uso terapêutico dessas substâncias é permitido pala Agência Nacional de
Vigilância Sanitária.
Contudo, o problema atual é o uso dessas substâncias não prescritas, gerando
malefícios à saúde do indivíduo, além de poder levar à dependência, pois seu uso
prolongado estimula a região cerebral do sistema de neurotransmissão de dopamina,
denominado de sistema mesolímbico-mesocortical relacionada à recompensa do
Sistema Nervoso Central, podendo manifestar-se como síndrome de abstinência quando
se tenta cessar o uso. Ao analisar os efeitos dos EAA e todos os riscos possíveis pode-
se concluir que o uso não clínico, ou seja, o uso sem necessidade, não é recomendado
para melhoria estética.
NASCIMENTO, A. M.; LIMA, E. M.; BRASIL, G. A.; CALIMAN, I. F.; SILVA, J. F.;
LEMOS, V. S.; ANDRADE, T. U.; BISSOLI, N. S. Serca2a and Na+/Ca 2+ exchanger
INTRODUÇÃO
O presente estudo aborda, através de revisão bibliográfica, os efeitos que o
consumo de cocaína causa no organismo dos usuários e se essa droga aumenta as
chances dos indivíduos virem a apresentar sintomas e doenças psicóticas. Os efeitos
maléficos dessa droga são notórios, sendo esse um tema atemporal. A cocaína é
consumida por mais de 17 milhões de pessoas em todo o mundo, o que a torna uma das
drogas mais consumidas em escala global. Nesse contexto, o Brasil ocupa a segunda
colocação, atrás apenas dos Estados Unidos (ALMEIDA; FERNANDES, 2019).
A cocaína é o principal substrato de uma planta (Erythroxylum coca) originária
da América do Sul. Seus principais efeitos são: euforia, aumento da atividade motora,
aumento do estado de alerta e prazer. Esses efeitos são ocasionados pela inibição da
captura de catecolaminas, principalmente a dopamina, pelas terminações nervosas na
fenda simpática, levando a psicoses (ALMEIDA; FERNANDES, 2019).
Psicose é definida como uma condição psicopatológica caracterizada pela
mudança de dados imediatos da consciência, e perda do contato com a realidade e que
acarreta alteração de personalidade e dificuldades na interação entre o indivíduo e
sociedade. Sabe-se que o uso indiscriminado de drogas pode causar dependência
psicológica, bem como, de desencadear, antecipar, ou até exacerbar eventos psicóticos
(SILVEIRA et al., 2014).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 428 artigos. Contudo, somente 28 documentos (entre livros
artigos e teses) foram utilizados, visto que atenderam aos critérios de inclusão do
estudo. O ano que mais publicou foi o ano de (2017) e o ano que teve menor índice de
publicação encontrada foi o de 2018. O periódico que mais publicou foi a Revista de
Psiquiatria. Também foram usados livros adquiridos em bibliotecas locais. Os artigos,
livros e teses que foram usados encontram-se citados no quadro 1.
Dependência química
Em relação à dependência química (DQ), Chaim et al. (2015) ressalta ser uma
doença crônica e recidivante cuja etiologia tem natureza multifatorial complexa.
Frequentemente, as pessoas não entendem porque ou como alguém se torna dependente
de drogas, muitas vezes com a percepção errônea de que a manutenção do consumo da
droga, apesar dos problemas relacionados, é fruto de questões morais ou falta de força
de vontade (CHAIM et al,. 2015).
Na realidade, a dependência é reconhecida exatamente na incapacidade do
indivíduo para controlar seu comportamento. Embora a iniciativa de consumir drogas
tenha forte componente voluntário, as alterações cerebrais decorrentes desafiam o
autocontrole e capacidade de resistir a impulsos muito intensos (CHAIM et al.,. 2015).
A Dependência Química tornou-se uma mazela que envolve um conjunto de
aspectos físicos e mentais, sendo resultado da ingestão do uso contínuo de substâncias
psicoativas, geralmente caracterizada por reações comportamentais como busca
incontrolável pela substância utilizada, apesar das consequências danosas, buscando ora
para aliviar o desconforto da sua falta, ora para gerar novamente a sensação de prazer
FOLHAS
Podem ser mascadas
PASTA DE COCA
Podem ser fumada
(natureza alcalina
CRACK MERLA
Podem ser fumado Pode ser fumada
CLORIDRATO DE COCAÍNA
Produto final do refino (pó)
Podem ser aspirada ou injetada
Epidemiologia
Psicose
A psicose, de acordo com alguns autores, é uma doença mental caracterizada
pela distorção do senso de realidade, inadequação e falta de harmonia entre o
pensamento e a afetividade (BALDAÇARA et al., 2015). Estudos apontam que nos
últimos anos houve aumento considerável em torno das pesquisas sobre a Psicose,
buscando compreender o que acontece com a pessoa que desenvolve o primeiro
episódio psicótico desde sua fase inicial. Tentam também, identificar sobre fatores
associados à recidiva dos sintomas psicóticos (CHAVES; LEITE, 2009).
Observou-se que os sintomas depressivos podem ocorrer em todas as fases do
transtorno psicótico, e são os mais precoces e mais frequentes sinais da psicose iminente
e em estágios mais avançados, sendo também os mais frequentes sinais indicativos de
uma recaída (HÜBNER et al., 2018). As manifestações psicopatológicas podem variar
no seu início, de forma insidiosa, às formas mais agudas. Alguns casos de esquizofrenia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso que o psicótico faz da droga, sugere, portanto, que podem ser variados:
diferentes usos para diferentes sujeitos. Embora seja possível apreender características
comuns aos casos em que a droga se faz presente, deve-se sempre privilegiar a
singularidade de cada caso. É evidente que o uso da droga não pode ser tratado da
mesma forma na neurose e na psicose, e não resta dúvida de que tanto a toxicomania
quanto a psicose apresentam impasses em relação ao tratamento.
O sujeito adicto a drogas demanda verdadeiramente um trabalho árduo para que
algo de sua adição seja, enfim, colocado em palavras, fazendo surgir a demanda de
tratamento. Ainda assim, na neurose, existe a aposta de capturar o sujeito pela via da
palavra, ao apontar, introduzir ou valorizar em seu horizonte semblantes dos quais ele
possa fazer uso, desvencilhando-se assim do uso da droga. Trata-se do intento de
REFERÊNCIAS
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transtornos psicóticos ou neuropsicológicos: revisão de literatura: Revista da
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maníaco com sintomas psicóticos e o cuidar em enfermagem. Rev enferm UFPE, v. 10,
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HÜBNER, Carlos Von Krakauer; MARI, Renata Novelli Kairof; COELHO, Hadassa
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distinção. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 20, n. Supl.,
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Esquizofrenia e o uso de álcool e outras drogas: perfil epidemiológico. Rev Ren UFC,
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Cocaína e crack. Porto Alegre: Artmed, 2009, p.88-95
INTRODUÇÃO
O uso de métodos contraceptivos iniciou-se há muitos anos, sendo que os
primeiros fármacos utilizados apresentavam em sua constituição componentes como
arsênio e mercúrio, cuja presença no organismo pode desencadear uma série de reações
adversas, inclusive à morte da utente (DE SOUZA et al., 2005). Com a identificação de
novos componentes, os hormônios progestagênio e estrogênio, e suas funcionalidades, o
METODOLOGIA
O estudo foi realizado por meio de busca on-line das produções científicas
nacionais e internacionais sobre as interações medicamentosas decorrentes do uso
associado de antibióticos e contraceptivos orais hormonais, no período de 2001 a 2019.
O levantamento de informações foi feito por meio de pesquisas em que foram utilizadas
principalmente as bases de dados: ScienceDirect, Scopus e Scientific Eletronic Library
Online (SciELO); e os descritores: interações medicamentosas, eficácia contraceptiva e
hormônios.
Além dos trabalhos que abordaram especificamente o tema aqui descrito, foram
incluídos outros em que estavam presentes informações quanto às características dos
antibióticos e métodos contraceptivos, tipos de interações medicamentosas e a
importância do papel do profissional da saúde na avaliação e acompanhamento das
pacientes, publicados principalmente nos idiomas português e inglês.
A coleta e seleção de informações foram realizadas no período de fevereiro a
junho de 2019, por meio da leitura, na íntegra, dos trabalhos relevantes. Em sequência,
elas foram dispostas em uma estrutura textual contendo, inicialmente, esclarecimentos
acerca das características dos termos protagonistas do artigo (métodos contraceptivos,
antibióticos e interações medicamentosas); sucedidas pelo detalhamento do mecanismo
de funcionamento dos contraceptivos orais hormonais e, por fim, pelo aprofundamento
das interações medicamentosas decorrentes do seu uso associado com alguns
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Métodos Contraceptivos
Os métodos contraceptivos podem ser divididos em duas classes principais: os
não-hormonais e os hormonais (MESQUITA, 2016). Os primeiros baseiam-se na
utilização de recursos em que não há a administração de hormônios à utente afim de
evitar a concepção indesejada, podendo ser eles: dispositivos de barreira, como
preservativos e diafragmas; métodos comportamentais, como o uso da “tabelinha” e o
coito interrompido; ou irreversíveis, de natureza cirúrgica, como é o caso da laqueadura
e vasectomia (SILVA et al., 2017).
Todavia, os métodos contraceptivos hormonais consistem no uso de hormônios
de forma combinada (progestagênio e estrogênio) ou individual (apenas progestagênio)
para a prevenção de uma possível gravidez (TAYLOR; PEMBERTON, 2012), sendo a
composição combinada a mais utilizada por apresentar maior eficácia (DE SOUZA et
al., 2005). Dentre os métodos combinados, destaca-se o uso dos contraceptivos orais,
anéis vaginais e adesivos transdérmicos; enquanto os sistemas intrauterinos, os
injetáveis intramusculares e os implantes subcutâneos são exemplos de contraceptivos
constituídos apenas por progestagênio, informações apresentadas no quadro 1
(MESQUITA, 2016).
Antibiótico
Derivado do termo “antibiose”, proposto em 1889 por Vuillemin (1861-1932), o
nome antibiótico teve sua definição construída e modificada ao longo dos anos
(ARAÚJO, 2013), sendo a mais recente a de que são compostos naturais, semi-
sintéticos ou sintéticos que possuem ações antimicrobianas (KUMAR et al., 2019), seja
por mecanismos bacteriostáticos (impedindo o crescimento microbiano) ou bactericidas
(sendo causa direta da morte de bactérias) (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).
Aqueles de origem natural e os semi-sintéticos constituem a maior parte dos
antibióticos utilizados e são classificados em β-lactâmicos, macrolídeos, lincosamidas,
estreptograminas, cloranfenicol, aminoglicosídeos, teraciclinas, peptídeos cíclicos,
rifamicinas, entre outros; enquanto os de origem sintética subdividem-se em
oxazolidinonas, fluoroquinolonas e sulfonamidas (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO,
2010). O quadro 2 apresenta os mecanismos de ação antibiótica desses representantes.
Interação Medicamentosa
Também conhecida por interação droga-droga (IDD), a interação
medicamentosa é uma denominação referente a condição em que os efeitos de dois
fármacos acontecem de forma simultânea, seja devido à administração concomitante
dos dois medicamentos ou em razão do curto intervalo de tempo entre as medicações
(SILVA et al., 2017). Como consequência, eles podem atuar de maneira sinérgica, ou
seja, suas atividades permanecem inalteradas, acontecendo de forma independente;
intensificadora, de maneira a potencializar a ação do outro; ou antagônica, quando
ocorre inibição ou prejuízo do efeito esperado de um deles, sendo os dois últimos casos
reações características de uma IDD (TURCATO; CORREA, 2016).
De acordo com o nível de gravidade, as interações medicamentosas podem ser
classificadas em: contraindicadas, maiores, moderadas e menores (JANKOVIĆ et al.,
2018), ocorrendo em maior número em condições de doenças crônicas, distúrbios
múltiplos e polifarmácia (MURTAZA et al., 2016). Dentre as reações adversas
decorrentes do uso concomitante de medicamentos, que dependem de características
individuais dos pacientes (como idade, comorbidade e farmacogenética) (KENNEDY;
BREWER; WILLIAMS, 2016), destaca-se dores no corpo, gravidez indesejada,
sangramentos e problemas cardíacos, que podem levar uma pessoa a óbito (SILVA et
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os COs hormonais são muito eficazes quando utilizados de maneira correta.
Contudo, podem ter eficiência comprometida caso sejam administrados de forma
associada ao tratamento com outros fármacos, dentre eles os antibióticos. Estes podem
alterar a farmacocinética do mecanismo de ação dos COCs em diferentes graus,
dependendo do tipo de antibiótico administrado, da duração do prazo de tratamento e da
variabilidade da concentração dos componentes dos contraceptivos orais entre as
pacientes, principalmente.
A maior parte dos estudos clínicos acerca desse tipo de interação medicamentosa
envolvem a rifampicina, utilizada no tratamento da tuberculose. Outros antibióticos
foram elucidados, porém há limitações quanto às possíveis interações que podem
ocorrer durante o seu uso concomitante com COCs. Podem ser elas: indução das
enzimas hepáticas que metabolizam os componentes contraceptivos e alteração da
microbiota intestinal, reduzindo a sua absorção e aumentando a sua excreção.
A perda da eficiência contraceptiva pode ter como consequências sangramentos
intermenstruais, além de gravidezes não-planejadas. Por isso, destaca-se a importância
do papel do profissional da saúde no atendimento, avaliação, prescrição, e informação
prestados, a fim de que as pacientes usem corretamente os medicamentos adequados à
sua situação específica e, estando cientes das possíveis interações medicamentosas às
quais estão sujeitas, possam ter maior controle sobre os resultados do seu planejamento
familiar.
REFERÊNCIAS
ABACHA, A. B. et al. Text mining for pharmacovigilance: Using machine learning for
drug name recognition and drug–drug interaction extraction and classification. Journal
Of Biomedical Informatics, v. 58, p. 122-132, 2015.
TSUI, V. W. L. et al. Adverse Drug Events, Medication Errors, and Drug Interactions.
In: Clinical Pharmacy Education, Practice and Research. Elsevier, 2019. p. 227-245.
INTRODUÇÃO
Câncer é o definido como um conjunto de mais de 100 doenças que agrupam
entre si características de crescimento desordenado de células, que invade tecidos e
órgãos. Dividindo-se descontroladamente, estas células tendem a ser muito agressivas e
incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras
regiões do corpo (INCA 2018).
Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são
denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso,
músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas. Outras características que diferenciam
os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a
capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, conhecida como metástase
(INCA 2018).
Assim como os sintomas, os exames para diagnosticar o câncer variam
dependendo do tipo e da localização do tumor. Os testes mais comuns incluem: biópsia
do tumor, exames de sangue (que buscam por substâncias químicas como marcadores
tumorais); biópsia da medula óssea (para linfoma ou leucemia), radiografia torácica,
hemograma completo, tomografia computadorizada e ressonância magnética
(CAPONERO,2017).
A maioria dos cânceres é diagnosticada por meio de biópsia. Dependendo da
localização do tumor, a biópsia pode ser um simples procedimento ou uma cirurgia
complexa. A maioria dos pacientes com câncer passam por tomografias
computadorizadas para determinar a localização e o tamanho exato do(s) tumor(es)
(CAPONERO,2017).
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual refere-se a um método
que analisa e sintetiza as pesquisas de maneira sistematizada, e contribui para
aprofundamento do tema investigado, e a partir dos estudos realizados separadamente e
possível construir uma única conclusão, pois foi investigado problemas idênticos ou
parecidos (MENDES, 2008). A questão norteadora do presente estudo foi: “As náuseas
e vômitos em pacientes submetidos à quimioterapia podem ser controladas por
antieméticos?”.
O estudo foi realizado por meio de busca online das produções científicas
nacionais sobre o manejo das náuseas e vômitos em pacientes submetidos à
quimioterapia, no período de 2000 a 2018. A obtenção dos dados ocorreu através de
buscas processadas por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo utilizadas
principalmente as bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Os descritores
utilizados para a busca foram: náuseas, vômitos, quimioterapia, antieméticos, êmese.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 28 artigos. No entanto, apenas 23 artigos foram utilizados,
por atender aos critérios de inclusão do estudo. O ano com maior índice de publicação
foi 2017 com (16,66%) e o ano que teve menor índice de publicação foi 2000, com
(4,16%). A distribuição dos artigos selecionados por título, autor, ano e periódico
publicado encontra-se no quadro 1.
Antieméticos
Débora Carvalho Meldau
8 -
Avaliação do uso de
9 2016 Hughes; Shead, Ragghianti
antieméticos em quimioterapia
Development of aprepitant, the
first neurokinin-1 receptor
antagonist for the prevention of
Hargreaves R, Ferreira JCA,
chemotherapy-induced nausea
2011 Hughes D
10 and vomiting
Olver I, Shelukar S, Thompson
Nanomedicines in the
KC
treatment of emesis during
chemotherapy: focus on
aprepitant. Int J Nanomedicine
Estudo da utilização de
antieméticos em pacientes
Faccin ACB, Andrzejevski VMS, adultos em tratamento com
11 2008 Nardin JM anti-neoplásicos de alto
potencial emético no Hospital
Erasto Gaertner.
Utilização de antieméticos no
Becker J
12 2019 tratamento antineoplásico de
Nardin JM
pacientes oncológicos.
13 2004 Rosely de Fátima Pellizon Pesquisa na área de Saúde
Diretriz da Sociedade
Kris, Hesketh, Somerfield Americana de Oncologia
14 2006
Clínica para antieméticos em
oncologia: atualização
Karen Cristiane Ragghianti Avaliação do uso de
15 2017
antieméticos em quimioterapia
Karen Cristiane Ragghianti Avaliação do uso de
16 2017
antieméticos em quimioterapia
Estudo da utilização dos
Ana Angélica Martins Costa, et antieméticos em um hospital
17 2009 al. público
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No tratamento de quimioterapia, o paciente chega a ter de 40 a 50 episódios de
vômitos. Isso acontece com aproximadamente 80% dos casos. Hoje, existem vários
recursos medicamentosos para diminuir esses eventos de enjoo e êmese. Alguns
medicamentos são mais caros, dificultando o acesso a pacientes submetidos ao
tratamento pela rede pública.
Até a década de 90, os medicamentos mais usados eram os da classe dos pró-
cinéticos, depois, os antieméticos, antipsicóticos, benzodiazepínicos, corticoides, anti-
histamínicos, antiespasmódicos, podendo associá-los e obter bons efeitos terapêuticos.
E por último, os agentes canabinóides, estão sendo muito úteis, com resultados bem
revolucionários, Isso vai de cada caso ou tipo de câncer. Portanto, acredita-se que o
REFERÊNCIAS
GOZZO, Thais de Oliveira et al. Náuseas, vômitos e qualidade de vida de mulheres com
câncer de mama em tratamento quimioterápico. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.
34, n. 3, p. 110-116, 2013.
LEWASCHIW, E.M.; PEREIRA, I.A. & AMARAL, J.L.G. do. Ondansetrona oral na
prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios. Rev. Assoc. Med. Bras., 51(1): 35-40,
2005.
INTRODUÇÃO
Enxaqueca
Enxaqueca é um distúrbio de alta prevalência, com importantes repercussões nas
atividades cotidianas dos indivíduos. É causada por vários fatores, caracterizada por
episódios recorrentes de cefaleia, náuseas, vômitos e em alguns pacientes, sintomas
neurológicos de aura (foto e fonofobia). Estudos epidemiológicos têm documentado alta
ocorrência de enxaqueca, afetando de 12% a 15% da população geral. A enxaqueca se
inicia com a neuroinflamação de nociceptores meníngeos, sensibilizando neurônios
periféricos e subsequentemente resultando em hiperexcitabilidade do sistema nervoso
central (WANNMACHER, 2011).
As tentativas de aliviar o sofrimento causado pela enxaqueca alcançam milênios
e abrangem desde tratamentos primitivos, como trepanação do crânio, até o uso de
medicamentos cada vez mais específicos que atuam sobre subtipos de receptores
envolvidos na fisiopatologia da enxaqueca (BIGAL; KRYMCHANTOWSKI; HO,
2009).
O uso do Topiramato
No final da década de 90 apareceram os estudos demonstrando a eficácia e a
tolerabilidade do Topiramato para o tratamento preventivo da enxaqueca. Considerado
como novo agente farmacológico, atualmente seu uso tem sido recomendado tanto para
a prevenção da migrânea episódica como para a migrânea crônica transformada em
cefaleia crônica diária (KRYMCHANTOWSKI, 2004).
Esse anticonvulsivante possui estrutura química individual, foi sintetizado a
partir de um projeto de pesquisa para descobrir substâncias análogas à frutose 1,6-
disfosfato inibidores do processo de gliconeogênese. Sua cadeia estrutural apresenta
semelhanças com um radical químico existente na molécula de acetazolamida e isso
desencadeou o interesse pela possibilidade do Topiramato exercer ação antiepilética
(KRYMCHANTOWSKI, 2004).
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual refere-se a um método
que analisa e sintetiza as pesquisas de maneira sistematizada, e contribui para
aprofundamento do tema investigado, e a partir dos estudos realizados separadamente é
possível construir uma única conclusão, pois foi investigados problemas idênticos ou
parecidos (MENDES, 2008). A questão norteadora do presente estudo foi: “O uso do
topiramato é eficiente no tratamento da enxaqueca?”.
O estudo foi realizado por meio de busca online das produções científicas
nacionais sobre os efeitos do uso do topiramato no tratamento de enxaquecas. A
obtenção dos dados ocorreu através de buscas processadas por meio da Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), sendo utilizadas principalmente as bases de dados: Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic
Library Online (SciELO). Os descritores utilizados para a busca foram: Topiramato,
enxaqueca, tratamento.
RESULTADOS e DISCUSSÃO
Foram encontrados 16 artigos, porém somente 5 artigos foram utilizados, pois
atenderam aos critérios de inclusão do estudo. O ano que mais publicou foi o ano 2012 e
o ano que teve menor índice de publicação foi 2005 e 2006, conforme exposto no
quadro 1.
Uso de gabapentina no
tratamento da dor
Campesatto, E.A. Revista Saúde e
2 2012 neuropática e do topiramato
Marques, C.E.B.S. Desenvolvimento.
na enxaqueca.
Tratamento de enxaqueca
3 2011 Wannmacher, L. Horús. OPAS escolhas racionais.
Conhecendo sobre as
Chaves, A.C.P. enxaquecas.
Revista Saúde e
4 2009 Mello, J.M.
Pesquisa.
Gomes. C.R.G.
Topiramato no tratamento
Krymchantowski A.V. preventivo da migrânea:
5 2004 Tavares, C. Penteado, SciELO Brasil. Experiência em um centro.
J.C . Adriano. M. terciário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tratamento das cefaleias nas crises de enxaqueca deve ser avaliado de forma
individual, levando-se em conta o estilo de vida de cada paciente, pois o objetivo do
REFERÊNCIAS
BIGAL, M.E., KRYMCHANTOWSKI, AV., HO, T. Migraine in the triptan era. Arq.
Neuropsiquiatr., v. 67, n. 2-B, p. 559-569, 2009.
CAMPESATTO, E.A.; MARQUES, C.E.B. S. Uso de gabapentina no tratamento da dor
neuropática e do topiramato na enxaqueca. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 2, n.
1, p. 08-19, 2012.
CHAVES, ACP., MELLO, JM., GOMES CRG.. "Conhecendo sobre as
enxaquecas." Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 265-271, 2009.
KRYMCHANTOWSKI, AV.; TAVARES, C.; PENTEADO, JC. e ADRIANO,
M. Topiramato no tratamento preventivo da migrânea: experiência em um centro
terciário. Arq. Neuro-Psiquiatr., v. 62, n. 1, p.91-95, 2004.
McNAMARA, J.O. Farmacoterapia das epilepsias. In: BRUNTON, L.L.; LAZO, J.S.;
PARKER, K. L. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 11. ed.
Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2006. cap. 19.