EBOOK REDAÇÃO INTERATIVA

EDIÇÃO: DISCURSIVA CESPE/CEBRASPE

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Sumário
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..................................................................................................................................... 4
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...................................................................................................................... 9
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.................................................................................................................................... 19
............................................................................................................................................... 21
Questões notacionais da língua..................................................................................................................... 22
Propostas temáticas ................................................................................................................................................. 26

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 A partir da análise de diversas provas discursivas da Banca CESPE, pode-se constatar que
existe um padrão na apresentação das provas discursivas quanto à disposição dos elementos que 3
compõem a proposta: texto(s) de apoio, comando da questão, quesitos analisados.
Veja uma prova discursiva elaborada pela Banca CESPE, para os cargos de Auxiliar de
legista, Auxiliar de perito e Perito papiloscopista, aplicada em 2016.

1. Texto(s) de apoio

O texto de apoio tem como objetivo apresentar ao candidato um recorte mais específico acerca do
que a Banca espera dele, imprimindo, assim, a opinião da Banca sobre o Tema.

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Atenção! Você não deve, em hipótese alguma, copiar trechos do texto de apoio em seu texto. As
linhas são descontadas e ‘pega mal’, pois demonstra falta de conhecimento, de habilidade de
relacionar o tema a outros assuntos, exemplos e repertórios de maneira geral. 4

2. Comando da questão

O comando da questão ratifica o caráter motivador do texto de apoio e indica o tipo de texto que a
Banca espera que você escreva, pode ser uma dissertação expositiva ou uma dissertação
argumentativa. É nesse trecho que se identifica mais claramente o Tema norteador de seu texto.
Atenção! Sempre destaque as palavras-chave do Tema, anote sinônimos para essas palavras e
faça paráfrases da temática para talvez utilizar na introdução e/ou na conclusão.
3. Quesitos analisados

A Banca CESPE tem por hábito indicar o caminho que você deve percorrer na dissertação do texto
por meio dos aspectos avaliados e suas respectivas pontuações. Para isso, são apresentados
tópicos que você deve abordar, justificar, relacionar, exemplificar etc. nos parágrafos de
desenvolvimento.
Nesse tipo de prova, não é necessário apresentar uma tese e defendê-la por meio de argumentos
como se faz em outros tipos de redações. Quando há o direcionamento dos tópicos os quais devem
ser discutidos, é fundamental o candidato seguir o comando e explorar ao máximo cada um dos
tópicos avaliados.
Atenção! A Banca apresenta os quesitos em uma certa ordem e é recomendável apresentar o
desenvolvimento na mesma sequência. É crucial também fazer uma introdução e dar um
fechamento para o texto, ainda que sejam breves.

É importante você saber que a primeira etapa realizada pelo avaliador da prova é a análise
do texto motivador. Logo, eles irão procurar e identificar trechos com cópias do texto motivador, por
isso evite fazê-lo.
Lembre-se! Sempre indique a referência quando fizer alguma citação direta ou indireta.

Os aspectos macroestruturais dizem respeito à organização, disposição e legibilidade do seu

texto, avaliando sua produção por sua Apresentação e pela abordagem do conteúdo conforme os
quesitos solicitados na proposta temática.

A banca não exige que a letra seja do tipo cursiva ou de forma, apenas que a letra seja legível.
Apenas procure manter um padrão, então utilize a letra do tipo cursiva ou de forma ao longo de
todo o texto. No caso de letra de forma, atenção para a marcação da letra maiúscula.

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Atenção! A leitura do edital é fundamental para compreender cada especificidade do que a banca
irá cobrar na avaliação. Caso esteja discriminado no Edital que a letra deverá ser cursiva, então
use esse tipo. Se não houver nada especificando, você pode utilizar qualquer um dos modelos de
letra e ser feliz!
A legibilidade é um critério muito importante, já que um texto ilegível pode ser desclassificado.
Pratique a escrita e busque a avaliação de profissionais para garantir que sua letra esteja adequada
e pronta para a avaliação.

Sobretudo na avaliação da banca Cespe, você deve se atentar para o uso da linha respeitando a
margem. Isso significa que você deve começar a escrever bem pertinho da margem e terminar
também bastante próximo à margem, exceto na primeira linha do parágrafo.
Lembre-se: é necessário escrever até o final da linha, fazendo a separação silábica de maneira
adequada, sempre que for preciso.
Atenção! A totalidade das linhas escritas é contabilizada e o total de erros gramaticais é multiplicado
por dois e dividido pelo total de linhas. Portanto, escreva o máximo de linhas possível! Assim,
pode diminuir a redução da nota do conteúdo. Veja um exemplo:
Se o candidato tirou 12 pontos na avaliação dos quesitos, cometeu 8 desvios e escreveu 20 linhas,
haverá uma redução de 0,8. Logo, a nota será 11,2.
Já se esse mesmo candidato, que tirou 12 pontos na avaliação dos quesitos, cometeu 8 desvios,
mas escreveu as 30 linhas. A redução será de 0,5. Logo, a nota será 11,5.

A indicação do parágrafo é feita por meio do espaçamento de aproximadamente 2 centímetros.

Você pode utilizar seu menor dedo para marcar esse espaçamento. Cuidado para o espaçamento
não ser muito menor ou muito maior que 2 cm, pois sua nota poderá ser apenada!

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Observe que há um espaçamento suficiente, não ocupa mais que 2 cm. Entretanto, na primeira
linha, próximo à margem direita, há um espaço que não condiz com um bom uso do espaço das
linhas. Nas demais linhas, o uso está adequado.
Atenção! Mantenha um padrão de tamanho na indicação do parágrafo, ou seja, não alterne esse
espaço ao longo do texto. Deixe o mesmo espaçamento em todas as marcações de parágrafo.

Translineação é o ato de passar de uma linha para outra na escrita, ficando parte da palavra
na linha superior e o resto na linha seguinte. Existem algumas regras importantes:
• O hífen que separa as sílabas na translineação deve estar ao lado da sílaba da linha superior
e não abaixo da última sílaba.
• Não se deixa uma vogal sozinha no princípio da linha, ainda que a vogal componha uma
sílaba, como em a | ma-re-lo.
• Não se deve separar os dígrafos ch, lh, qu, gu;
• Só se podem separar os dígrafos constituídos por duas letras iguais (ss, rr);
• Devem separar-se as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes: fic-tí-cio;
abs-ten-ção; com-pac-to;
• Quando a palavra já tem um hífen e este coincide com o fim da linha, repete-se o hífen no
princípio da linha seguinte: arco - | - íris ; manter - | - se.

Em caso de necessidade de rasura na prova, você deve passar um traço simples em cima da
palavra errada e escrever a palavra correta imediatamente ao lado. Não se deve passar vários
traços ou colocar entre parênteses.

Observe que, no caso do exemplo acima, o candidato escreveu o verbo traz e percebeu que havia
se equivocado. Imediatamente, passou um traço simples por cima da palavra e errada e escreveu
a grafia correta na sequência. Atente-se também para a marcação da vogal isolada na
translineação.

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A proposta com a temática para a redação da Banca Cespe é bastante clara na delimitação do que
se espera do candidato. Por isso, você deve ler, interpretar e compreender o texto motivador, já 7
que ele apresenta a situação mote para a definição dos quesitos avaliativos e o norteamento do
tema.
Atenção! Você deve interpretar com muita cautela os quesitos apresentados, a fim de garantir a
abordagem de cada elemento solicitado no quesito.
Lembre-se de elaborar sua dissertação a respeito dos quesitos requeridos seguindo a ordem
apresentada na proposta temática!
Vejamos um exemplo de proposta temática para o concurso de Perito Criminal para a Polícia Civil
do Estado do Maranhão, aplicado em 2018:

Observe como os quesitos estão diretamente ligados à situação problema apresentada com mote
para o tema. Cada um dos quesitos retoma aspectos relacionados ao texto motivador.
No primeiro quesito, a Banca quer que você especifique de que modo a elevação da temperatura
da água pode estar relacionada à mortandade dos peixes. Mas não somente isso, você deve
demonstrar conhecimento a respeito da relação entre a temperatura e a solubilidade dos gases.
No segundo quesito, por sua vez, são requeridas as razões, isto é, as causas para a diminuição do
pH detectado na água. Salienta-se que ‘as razões’ está no plural, logo, espera-se do candidato a
exposição de mais de uma causa. Além disso, é necessário indicar a classe e as características
das substâncias especificadas, relacionando-as ao processo.
Atenção! Aso o candidato apresente as razões de diminuição do pH detectado na água, mas não
indique a classe e as características das substâncias indicadas no quesito, haverá penalidade na
nota, já que a resposta estará incompleta.

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No terceiro quesito, pede-se ao candidato que indique de que maneira o carbonato de cálcio
presente no solo poderia ser utilizado para minimizar o impacto ambiental gerado pela indústria da
situação problema. Dessa forma, o candidato precisaria indicar de que modo ocorre a reação que 8
conduz a uma diminuição do problema. Se porventura não indicar essa maneira como o uso do
carbonato pode amenizar a poluição gerada pela indústria, incorrerá em penalização na nota.
Observe a resposta de um candidato para esse quesito:

O candidato inicia o parágrafo expondo o tópico central: acidificação de solos e rios. Na linha 24,
há a retomada da situação problema de contaminação e consequente alteração do pH do solo,
acidificando-o. Nas linhas 27 e 28, o candidato indica o modo como acontece a reação de elevação
do pH. Entretanto, não há o detalhamento do processo de neutralização do ácido sulfúrico para que
haja a elevação do pH. Em seguida, você acessará o padrão de resposta para essa prova da Banca
Cespe e verá o que se espera do candidato no desenvolvimento de cada quesito.

A Banca Cespe disponibiliza um padrão de resposta, no qual especifica o que deve estar presente
nas dissertações dos candidatos em cada um dos quesitos.
Veja o Padrão de resposta da prova para o concurso de Perito Criminal para a Polícia Civil do
Estado do Maranhão, aplicado em 2018:

Veja como, no quesito 3, espera-se do candidato que explique que o carbonato de cálcio é um sal
básico (informação presente na resposta analisada), mas também exponha como ocorre a reação
de neutralização. O sal pode neutralizar, em quantidades adequadas, o ácido sulfúrico e elevar o
pH do efluente da indústria, diminuindo a poluição e o consequente desequilíbrio ambiental
proporcionado pela empresa.

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Os aspectos microestruturais dizem respeito à análise gramatical, ou seja, é a avaliação do uso da
norma padrão na escrita da redação. Esses aspectos são subdivididos em Ortografia; 9
Morfossintaxe e Propriedade Vocabular. Na análise e correção das redações, a banca está em
obediência ao disposto no Decreto n° 6.583/2008, que promulgou o novo acordo ortográfico da
língua portuguesa, o qual se encontra em vigor atualmente.

O reconhecimento de erros de grafia e acentuação gráfica depende em grande escala da

legibilidade de sua letra. Somente após o esgotamento de possibilidades de decifração da letra,
utilizando todos os recursos tecnológicos disponíveis no sistema de correção, será contabilizado
como erro.
Em situações de rasura, de modo que impeça a distinção e compreensão das letras na leitura, será
registrado erro, assim como em caso de grafia dúbia.

Caso o candidato grafe uma palavra de maneira equivocada, e ela se repita ao longo da redação,
mesmo que seja no radical de palavras derivadas, como consiência e consientização, deverá ser
registrada somente uma ocorrência de erro.

A sigla é uma representação abreviada de um nome composto, geralmente feita por meio do uso
das iniciais.
• As siglas com até três letras são grafadas com todas as letras maiúsculas: SUS, PM, OAB,
USP, MEC etc.
• As siglas com mais de três letras devem ser grafadas apenas com a inicial maiúscula, desde
que possam ser pronunciadas como uma palavra. Assim: Serasa, Unesco, Bradesco, Anatel,
Bovespa, Mercosul, Procon, Sebrae, Sesc, Senac, Senai etc.
• Caso não possam ser pronunciadas como uma palavra, as siglas com mais de três letras
serão grafadas em maiúsculas: ABNT, INSS, CNPJ, FGTS etc.
• Para formar o plural de uma sigla, acrescenta-se um "s" minúsculo a ela. Nunca se deve
usar o apóstrofo (`). Certo: PMs. Errado: PM’s.
• Na primeira vez que for mencionado, o nome composto deverá ser escrito por extenso, com
a sigla entre parênteses ou travessões. As demais menções devem ser feitas pela sigla.

Deve-se utilizar a letra inicial maiúscula para indicar a singularização de nomes, como:
• Leis aprovadas (Lei de Responsabilidade Fiscal, Estatuto do idoso etc.)
• Termos que incitam conceitos políticos: Estado (referindo-se à Nação), União, Constituição
Poder Legislativo
• Nomes das regiões brasileiras: Sul, Sudeste, Nordeste, Norte.
• Nomes de órgãos: Câmara Municipal, Assembleia Legislativa.
• Períodos históricos como Idade Média, Renascimento, Brasil Colônia etc.

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 • Pronomes pessoais de tratamento são sempre grafados com maiúsculas em
correspondências assinadas: Vossa Excelência, Vossa Majestade, Vossa Alteza
Atenção! Quando empregadas com um sentido mais global, as palavras ou expressões 10
Constituição, Estado, Câmara Municipal etc. podem ser grafadas com inicial maiúscula ou
minúscula.

A abreviatura é caracterizada por:

• presença do ponto abreviativo;
• inicial maiúscula ou minúscula,
• acentuação e flexão.
É correto o uso de abreviaturas de pronomes de tratamento e de referências feitas a leis ou artigos
(Sr., art., inc.). Porém, são apenadas abreviações de uso informal (p/, vc, tb, pq, tá, né etc.).
Atenção! É necessário registrar o acento da vogal tônica, quando ela fizer parte da abreviatura,
como nos exemplos: pag. – pág. | quim. – quím. Caso contrário, haverá penalização na nota.

Existem, em nossa Língua, três acentos:

• o agudo (´), que indica forte intensidade e timbre aberto;
• o circunflexo (^), que indica forte intensidade e timbre fechado;
• e o grave (`) usado apenas para marcar a existência sintática do fenômeno da crase.
Embora muitas pessoas pensem que o til (~) é um acento, ele é apenas uma marca de nasalização,
ou seja, pode ter um (~) e um acento na mesma palavra, como em órgão.
São acentuadas as palavras:
• Oxítonas terminadas em
A(S) – vatapá, cajá, sabás, atrás;
E (S) – acarajé, café, canapés, através;
O(S) – bobó, avô, retrós, após;
EM (ENS) – alguém, também, reféns, parabéns.

• Paroxítonas terminadas em:

I(S) – júri, táxi, lápis;
L – móvel, fácil, útil;
N – íon, hífen (porém hifens, sem acento)

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PS – bíceps, fórceps;
R – repórter, revólver
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US – Vênus, ônus, bônus;
X – tórax, látex;
UM – fórum, álbum;
ÃO – órgão, órfão;
à – ímã, órfã;
Ditongos crescentes – água, história, relógio.
• Proparoxítonas
Todas são acentuadas graficamente – último, príncipe, bêbado, sábado

• Monossílabos tônicos terminados em:

A(S) – pá, já, ás (subst.);
E(S) – pé, fé, mês;
O(S) – pó, dó, sós.

• Ditongos abertos éi, éu, ói nas formas oxítonas e monossilábicas: chapéu, réu, herói,
constrói
Atenção! Não se acentuam os ditongos abertos ei e oi nas palavras paroxítonas – ideia, colmeia,
jiboia.
As vogais I e U quando constituírem a segunda vogal tônica de um hiato, desde que:
• estejam sozinhas na sílaba ou acompanhadas de “s” - Viúva, saúde, raízes, país, raiz, juiz,
• não estejam seguidas de “nh” - Rainha, bainha.
Atenção! Não se acentuam as vogais tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas, quando elas
estão precedidas de ditongo decrescente: baiuca, boiuno, cauila.
Levam, porém, acento agudo as vogais tônicas grafadas i e u quando, precedidas de
ditongo, pertencem às palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú,
teiús, tuiuiú, tuiuiús.
As terceiras pessoas de alguns verbos, para marcar o plural:
• (ele) tem x (eles) têm
• (ele) vem x (eles) vêm
• (ele) contém x (eles) contêm

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Atenção! Coloca-se acento circunflexo na forma pôde (pretérito perfeito do indicativo), em oposição
à sua homógrafa pode (presente do indicativo).
É facultativa a grafia de dêmos (presente do subjuntivo)/ demos (pretérito perfeito) e fôrma 12
(substantivo)/ forma (substantivo ou verbo).

NÂO SE ACENTUAM:
• As vogais dobradas OO, EE, em qualquer caso – enjoo, voo, veem, creem.
• Extingue-se o uso do trema na regra de acentuação portuguesa: frequência, unguento,
tranquilo. Deve-se atentar que não há alteração na pronúncia dos vocábulos. Usa-se o
trema apenas em vocábulos derivados de palavras estrangeiras: mülleriano, de Müller.

As redações são avaliadas segundo os preceitos das gramáticas normativas de referência.

Cuidado! É apenado o emprego de sinal de pontuação no princípio da linha.
Vejamos os sinais de pontuação e seus usos recorrentes.

É utilizado para marcar o fim de uma frase. Após o ponto, deve-se iniciar a frase seguinte com a
letra inicial maiúscula.
Lembre-se de que abreviações devem ser marcadas pelo ponto final, como etc., art., quím.
Caso a ocorrência seja em final de frase, não é necessário inserir um segundo ponto final. Deve-
se deixar com um ponto final apenas. Exemplo: Todos saíram juntos: cantores, políticos, ativistas,
repórteres etc.
Cuidado! É registrado como erro o uso de ponto em siglas. Exemplo: S.U.S.

Utilizamos o sinal de dois pontos antes de enumerações, explicações ou sequências. Além disso,
podemos utilizar antes de citações, nos contextos adequados.
Atenção! É registrado como erro o uso dos dois pontos quando, na introdução de uma explicação,
já estiver um elemento que desempenhe função semelhante ao sinal, como uma conjunção.
Observe o exemplo: É preciso se atentar para o uso de dispositivos eletrônicos como: celulares,
televisores, tablets, computadores, etc.

Ainda que existam muitos mitos a respeito do uso da vírgula – como para indicar uma respiração –
é preciso saber que o uso da vírgula é por uma necessidade sintática.
Uso obrigatório:

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 • Separação de vocativos;
• Separação de apostos;
• Isolar expressões de caráter corretivo, explicativo ou continuativo (Exemplos: isto é, ou seja, 13
aliás, por exemplo, etc.);
• Isolar topônimos (nomes próprios relacionados com um determinado lugar), seguidos de sua
respectiva data;
• Separar elementos enumerados;
• Separar orações coordenadas assindéticas (isentas de conectivos que as liguem) (Exemplo:
Ao iniciar a reunião, todos se apresentaram, começaram a discutir os assuntos pertinentes
e chegaram a um consenso muito antes do esperado.);
• Separar orações coordenadas sindéticas iniciadas pelas conjunções adversativas,
alternativas, conclusivas ou explicativas (Exemplo: Não me sinto preparada para esta
viagem, pois tive que decidir rapidamente. | Sinto-me honrada com suas desculpas, porém
nossa amizade não será mais a mesma.);
• Separar um adjunto adverbial antecipado ou intercalado entre o discurso (Exemplo:
Naqueles tempos, havia uma maior interação entre as pessoas.) – Atenção: será registrado
como erro de pontuação a ausência de vírgula em orações adverbiais deslocadas, não
importando a extensão da oração.
• Isolar locuções ou expressões adverbiais longas (expressões com três ou mais palavras)
deslocadas para o início ou meio da oração;
• Indicar a supressão de um verbo subentendido na oração (Exemplo: Grande parte dos
alunos estava trajada de Country; Patrícia, de caipira. Em que a vírgula indica a supressão
da locução verbal – estava trajada).
Atenção! Expressões intercaladas em locuções verbais deverão ser interpostas por virgulas, de
modo que, para o Cespe, a ausência do sinal implicará, igualmente, erro de pontuação,
independentemente da extensão da expressão. Por exemplo: Os convidados estavam (sic) quase
sempre (sic) atrasados para as festas. (Forma correta: Os candidatos estavam, quase sempre,
atrasados para as festas.
Observação 1: é contabilizado somente um erro quando o contexto averiguado exigir duas vírgulas,
mas nenhuma delas for empregada.
Caso especial: Virgula nas menções a leis ou dispositivos legais.
Quando se referenciar leis ou suas partes constitutivas (artigo, inciso, parágrafo etc.), caso a ordem
seja crescente, não se usará o sinal de vírgula (inc. II do art. 29 da CF). Entretanto, se se tratar de
ordem decrescente (art. 29, inc II, da CF), o emprego será obrigatório.
Observação 2: Não se registra como erro de pontuação o emprego da vírgula antes da expressão
“etc.”.

É um sinal gráfico que representa a citação à fala de alguém ou a identificação de uma expressão
estrangeira, neologismos, palavras de outros idiomas e expressões coloquiais.
Atenção! É registrado como erro de pontuação se as aspas forem abertas, mas não forem fechadas,
ou vice-versa.

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“Nesse quesito, considera-se erro de morfossintaxe o emprego indevido de pronomes
demonstrativos, nas referências a tempo e local, por exemplo, “nesse século”, para o século atual 14
(em vez de “neste século”); “nesse continente”, para a América do Sul (em vez de “neste
continente”).
OBS: Não se aplica essa regra aos casos de pronomes demonstrativos anafóricos, ou seja, quando
se promove a retomada de expressões já mencionada no texto.
Nesse sentido, será registrado como como erro o emprego indevido de pronome quando se
pretender fazer alusão discriminada a termos já mencionados. Por exemplo:
A União e os estados são responsáveis por assegurar os direitos das pessoas com deficiência,
essa (esta) nos aspectos legais e nos repasses financeiros, e os outros (aqueles) nas políticas mais
concretas.
Além disso, será registrado como erro o uso do pronome relativo “cujo” quando não
expressar a relação de posse, assim como o emprego indevido de outro pronome no lugar
de “cujo”. Por exemplo:
A cadeira a cuja compra eu me referi é muito boa.
Forma incorreta
A cadeira a que a compra me referi ontem é muito boa.
Registra-se como erro o emprego do pronome relativo “onde” quando não houver expressão
de lugar. Por exemplo: O sistema de informações mostra-se relevante por questão de
estratégia, onde se verá o avanço nos serviços de inteligência.
Atenção! Também é considerado erro o emprego de gerundismo, ou seja, a utilização indevida de
verbo auxiliar (“ir”, “poder” etc.) flexionado no presente ou futuro + verbo auxiliar “estar” no infinitivo
+ gerúndio (gerundismo) para expressar futuro, como se observa nas estruturas:
Vou ligar/Ligarei (vou estar ligando) para o cliente.
As agências de turismo tomarão (vão estar tomando) devido à situação atual no setor.
Serão registrados como erro gramatical por colocação pronominal indevida os seguintes casos:
• início de período (Me disseram que ela não viria a reunião naquela semana.);
• contextos de orações subordinadas com conjunções ou pronomes relativos (É preciso que
os governos preparem(-se) para as novas questões do mercado de trabalho./O contexto em
que encontra-se não lhe permite a dúvida.);
• verbo antecedido por palavra de sentido negativo – não, ninguém, nunca etc. – com pronome
em posição enclítica (Não encontrou-se resposta para o problema.);
• locução verbal formada de particípio com pronome enclítico: Tenho dito(-lhe).
• verbos no futuro do presente ou do pretérito em ênclise: Considerariam(-se) corretos os
procedimentos que estivessem de acordo com a lei.
OBS: Não se considera erro a colocação pronominal, nas locuções verbais, da forma átona entre
o verbo auxiliar e o principal (Devia lhe informar).

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Por fim, será registrado como erro a colocação de sujeito em construção com verbo impessoal, a
exemplo da locução “tratar-se de”. Por exemplo: “Esse exemplo trata-se de um caso muito
complexo”. 15
OBS: Quando ocorrer período “truncado” ou com sequência de orações intercaladas sem a oração
principal, o erro será registrado na linha em que se inicia o período.”
Fonte: Manual dos Critérios adotados na avaliação de aspectos microestruturais das Redações,
disponibilizado no site “www.cespe.unb.br”. Acesso em 15 mar 2022.

Concordância verbal é a relação de harmonia que se estabelece entre sujeito e verbo da oração,
de modo que, se um está no singular, o outro também estará no singular.
Casos importantes:
Pronome relativo “que”
O verbo concorda com o pronome pessoal. - Ex.: Fui eu que passei. / Foram eles que passaram.
Pronome relativo “quem”
O verbo concorda com o pronome pessoal ou com o pronome relatico - Ex.: Fui eu quem errei. /
Fui eu quem errou.
Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.)
Geralmente, o verbo fica na terceira pessoa do singular.
Ex.: A maioria das pessoas gosta dessa música.
O sujeito é um coletivo: o verbo concorda com o número do coletivo
Ex.: A multidão gritou pelo rádio. | As equipes estão prontas.
Atenção: Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
Cuidado! É apenado o emprego do plural quando o sujeito coletivo estiver junto ao verbo e não vier
especificado: O grupo veio (vieram) muito tarde.
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.
Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Havia sérias consequências para o desmatamento ilegal.
Atenção! Será penalizado o emprego de plural nos verbos impessoais fazer, quando expressar
sentido de ‘tempo’, e haver, quando empregado no sentido de ‘existir’. Por exemplo:
Fazia(m) muitos anos que não o via.
Havia(m) muitos livros para serem lidos na biblioteca.

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Cuidado! É contabilizado como erro o emprego singular nos verbos existir, bastar, faltar, restar,
sobrar quando o sujeito estiver no plural: Faltam (Falta) professores para o ensino médio.
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Sujeitos ligados pelas conjunções ou e nem:

Quando no sujeito aparecerem as conjunções ou e nem, transmitindo ideia de inclusão, o verbo
deverá aparecer no plural. Quando transmitirem ideia de exclusão, o verbo deverá aparecer no
singular.
• Nem a mãe nem o pai conseguem compreender a filha. (inclusão)
• Patinação na rua ou patinação no gelo são os meus esportes preferidos. (inclusão)
• Pedro ou Heloísa conseguirá vencer o concurso de matemática. (exclusão)
• Nem Rio de Janeiro nem Recife será o destino das minhas próximas férias. (exclusão)

Sujeitos formados por nem um nem outro e um ou outro

Com as expressões nem um nem outro e um ou outro, o verbo deverá ser escrito preferencialmente
no singular, embora possa aparecer no plural. Contudo, quando há uma ação recíproca, o verbo
deverá aparecer sempre no plural.
Atenção! É apenado o uso de plural quando o sujeito for composto pela expressão “cada um de”
seguida de nome no plural. Exemplo: Cada um dos alunos tem (têm) rendimento diferente no
colégio.
Observação: é considerado equivocado o emprego de plural em verbos seguidos de preposição,
em construção impessoal com o pronome “se”. Por exemplo:
• Trata(m)-se dos melhores professores de universidades.
• Precisa(m)-se de bons servidores.
• Apela(m)-se para todos os políticos.

Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do
singular. – Exemplo: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura.
Quando o sujeito é precedido por expressões como cerca de, mais de, menos de e outras
que indicam quantidade aproximada, o verbo concorda com o numeral.
• Com a medida, cerca de 50 milhões de pessoas serão beneficiados.
• Mais de um senador votou contra a orientação do partido.
Atenção! É penalizado o emprego plural em relação a uma unidade, como se vê em:
• A conta para o governo foi de R$1,25 bilhão (bilhões).
• Ele conseguiu R$1,87 milhão (milhões) na loteria.

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 17
A concordância nominal diz respeito à relação entre os determinantes – como artigos, numerais,
adjetivos e pronomes – e os nomes – os substantivos.
Quando há mais de um vocábulo determinado, pode ser feita a concordância gramatical ou
a atrativa.
Exemplos: Gosto da cortina e da almofada amarelas da sala de leitura (gramatical - o adjetivo
concorda com os dois substantivos)
Gosto da cortina e da almofada amarela da sala de leitura (atrativa, apesar de o adjetivo se
referir aos dois substantivos, ele concordará apenas com o núcleo mais próximo)
Quando há um vocábulo determinado por mais de um adjetivo, os adjetivos concordam com
o substantivo
Exemplo: Seus lábios eram doces e macios.

Bastantes/Bastante
Bastante pode ser adjetivo ou advérbio.
Enquanto adjetivo, significa muito(s) ou suficiente(s). Nesse caso, concorda com o substantivo
a que se refere.
Exemplos: A perícia identificou bastantes indícios de fraude. | Bastantes clientes elogiaram a
loja.
Enquanto advérbio, significa muito e permanece invariável. Nesse caso, refere-se ao verbo.
Exemplos: Elas são bastante competentes. | Os adultos trabalham bastante.

Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio

Esses são adjetivos que devem concordar em gênero e número com o substantivo a que se
referem.
• A documentação está anexa. | Favor colocar anexos os arquivos.
• As questões estão inclusas. | O arquivo segue incluso.
• Ele mesmo fará o estudo. | Ela mesma fará o estudo.
• Ele próprio fará a solicitação ao chefe. | Ela própria fará a solicitação ao chefe.
Atenção! Quando precedido da preposição em, fica invariável.
Exemplos: A imagem segue em anexo. Os documentos estão em anexo.
Observação: “Mesmo” pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será, portanto,
invariável. Exemplo: A Mentoria vai mesmo ajudar você a aprimorar sua escrita.

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 Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto
Esses são termos que têm o comportamento variado, podendo funcionar como advérbios
(quando permanecem invariáveis) ou como adjetivos (variam em gênero e número) 18

Exemplos:
• As garotas altas da sala. | As garotas riam alto.
• Poucas escolas humanizam as crianças. | As escolas humanizam pouco as crianças.
• Estão caras as camisetas | As camisetas custam caro.
• A Mentoria está barata. | Os cursos normalmente custam barato.

É bom, é necessário, é proibido

Deverão concordar com o determinante, se o sujeito vier precedido de artigo ou outro
determinante.
Exemplos:
• É proibido saída por esta porta. | É proibida a saída por esta porta.
• É necessário saber esperar. | É necessária sua chegada para resolver o problema

Menos, alerta, pseudo

São sempre invariáveis.
Exemplos:
• Havia menos pais na reunião. | Havia menos mães na reunião.
• A menina ficou alerta. | Os meninos estavam alerta.
• Era um pseudoespecialista./ Era uma pseudoespecialista.

Só, sós
Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis.
Exemplos:
A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)
Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)
Atenção! A locução adverbial “a sós” é invariável. Exemplo: Necessito conversar a sós com
minha mãe.

Concordância dos particípios

Os particípios concordarão com o substantivo a que se referirem.

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 Exemplos: Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a prazo.

19
Atenção! Se o particípio pertencer a um tempo composto, será invariável.
Exemplos: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.

A regência trata da transitividade de verbos e nomes, ou seja, da necessidade ou não de uma

preposição demandada por um verbo ou um nome. Dessa forma, a regência á uma relação de
complementação estabelecida entre os termos da oração.
Atenção! Os casos de regência verbal e nominal serão avaliados de acordo com os casos previstos
nas gramáticas de referência, nos dicionários de regência e os previstos na norma-padrão.
Nesse sentido, registra-se como erro o emprego de pronomes relativos (que, o qual, os quais etc.)
em desrespeito às regras de regência verbal, como se observa no seguinte exemplo:
O livro Ø que fiz referência na aula é de grande importância para o país.
Sendo correta a forma
O livro a que fiz referência na aula é de grande importância para o país.
Veja uma lista da regência de alguns verbos
Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”:
Aspiramos o ar gelado do inverno.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”:
Ela aspira à posição.
Assistir: é transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.
A médica assistiu o jovem paciente.
Atenção! Também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste mesmo sentido: O
médico assistiu ao paciente.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.
Juliana assistiu ao desfile.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.
Esse direito assiste ao réu.
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.
Sua avó assistia em um sítio. (o termo “em um sítio” é o adjunto adverbial de lugar)
Neste sentido, admite o pronome relativo “onde”: Este é o local onde assisto (onde moro).

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 Consistir: sempre empregado com a preposição “em”: A refeição consiste em arroz, feijão e
carne moída.
Esquecer, lembrar, recordar: são transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, 20
te, se, nos, vos):
Ela esqueceu o caderno. Lembrou o ocorrido. Recordou a situação.
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.
Ela se esqueceu do caderno. Lembrou-se do ocorrido. Recordou-se da situação.
Atenção! Essa mesma regência vale para “lembrar”, isto é, há na língua o registro de frases como
“Não me lembrou esperá-la”, em que “lembrar” significa “vir à lembrança”. O sujeito de “lembrou” é
“esperá-la”, ou seja, esse fato (o ato de esperá-la) não me veio à lembrança.
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e indiretos:
Lembrei ao aluno o dia do teste.
Implicar: é transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.
Seu estudo implicará aprovação.
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.
Implicaram o servidor no processo.
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar antipatia”, “perturbar”.
Sempre implicava com o vizinho.
Responder: outro caso de regência com preposição “a”: Respondemos à garota de camiseta
azul. É o objeto que indica “ao que” ou “a quem” se responde: Respondemos ao formulário.
No primeiro exemplo: a quem. No segundo: a que.

Visar: Objeto direto = assinar ou mirar.

É necessário visar o documento.
Mariana visou o alvo e acertou.
Objeto indireto = almejar
O funcionário visa mudar de cargo.

Atenção! Não são considerados erro gramatical o emprego, com regência transitiva direta, dos
verbos “visar”, “lembrar”, “esquecer”, “obedecer”, “desobedecer”, “assistir” (com sentido de
“presenciar”), uma vez que a dupla regência já é de uso consagrado nos dicionários de referência.

Veja, agora, alguns casos de preposições requeridas na regência nominal:

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Substantivos:
Admiração a/por
21
Devoção a/ para/ com/ por
Medo de
Respeito a/ com/ para com/ por

Adjetivos:
Necessário a
Acostumado a/com
Nocivo a
Agradável a
Equivalente a

Advérbios:
Longe de/ Perto de
Obs.: Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são
formados:
Paralela a; paralelamente a
Relativa a; relativamente a

ATENÇÃO: De acordo com o Cespe/Cebraspe, os erros de morfossintaxe (pontuação; emprego e

colocação de termos/construção do período; concordância nominal e verbal; regência nominal e
verbal), em tese, deverão ser penalizados quantas vezes ocorrerem no texto, contudo, nas
repetições literais, isto é, quando o mesmo erro for percebido (o mesmo verbo, por exemplo, com
a mesma regência), deverá ser contabilizado apenas um erro, preferencialmente na primeira
ocorrência.
OBS: É registrado como um único erro de morfossintaxe o emprego de palavras repetidas (Isso
seria o mesmo, por exemplo, que a luta luta de irmãos).

O critério de propriedade vocabular avalia o domínio lexical do candidato, considerando as normas

gramaticais e os dicionários de língua portuguesa.
São considerados erros de propriedade vocabular:

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 • Diálogo com o leitor, ou seja, o uso da função apelativa da linguagem. Exemplo: “Observe
que decidi não abordar esse tópico, pois não era tão relevante quanto o segundo”.
• Repetição excessiva de termos no mesmo parágrafo, o que será apenado uma vez, na 22
primeira repetição.
• Uso de expressões coloquiais/informais, como a citação de ditados populares e de gírias.
• Uso de expressões não dicionarizadas: de formas que (Dicionários Aurélio e Houaiss: de
forma que/a); demais disso; eis que (para introduzir oração causal); face de (Dicionários
Aurélio e Houaiss: em face de/à face de/face a); frente a (Dicionários Aurélio e Houaiss: em
frente de, no sentido de ‘em face de’); inobstante; lado outro; no que pertine (verbo
inexistente); no que atine (acepção inexistente para o verbo “atinar”); vez que (Dicionários
Aurélio e Houaiss: uma vez que);
• Uso de figuras de linguagem que possam causar ambiguidade no texto.

Questões notacionais da língua

Acerca de / Cerca de / A cerca de / Há cerca de
Acerca de = a respeito de:
Discutimos acerca de trabalho durante uma hora!
Cerca de = durante, aproximadamente:
Esperamos pelo médico? cerca de duas horas.
A cerca de = ideia de distância:
Permanecemos a cerca de dois metros de distância da jaula dos leões.
Há cerca de = existe aproximadamente; aproximadamente no passado:
Há cerca de cem alunos na porta da escola.
Há cerca de dez anos fizemos uma viagem à Europa.

Meio / Meia
Meio é advérbio quando equivale a mais ou menos, um pouco. Observe:
O pai ficou meio preocupado com a filha, mas permitiu que ela fosse à festa.
Meia é adjetivo quando equivale à metade:
Mônica foi ao supermercado para comprar meia dúzia de ovos.

Enquanto e em quanto
Enquanto é uma conjunção e tem o significado de ao passo que:
Enquanto os filhos brincam no parque, os pais conversam no banco da praça.

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Em quanto: preposição + pronome com significado de qual; por quanto:
23
Em quanto tempo o conserto do carro ficará pronto?

Nenhum e nem um
Nenhum significa ninguém; nada:
Nenhum dos alunos foi bem na prova de matemática.
Nem um = sequer um; um só que fosse.
Nem um carro foi vendido na nova concessionária.

Tampouco e tão pouco

Tampouco equivale a também não; nem:
Ele não foi à faculdade tampouco ao trabalho.
Tão pouco equivale a muito pouco:
Ele estudou tão pouco que não conseguiu ser aprovado no vestibular.

À medida que/na medida em que

As duas expressões são corretas, mas têm significados diferentes.
À medida que tem o sentido de à proporção que.
À medida que a renda diminui, o brasileiro reduz gastos em lazer e cultura.
Na medida em que indica ideia de causa, significa uma vez que, visto que, tendo em vista.
Para ele, preservar essas áreas, além de aumentar a qualidade de vida, traz mais renda para a
população, na medida em que melhora a qualidade dos empregos e das moradias.
Afim de / A fim de
"Afim" é um adjetivo e significa igual, semelhante, parecido.
Suas ideias são afins.
Possuem temperamentos afins; por isso se relacionam tão bem.
"A fim" faz parte da locução "a fim de", que significa para, com o propósito, com o intuito e indica
finalidade:
Fez tudo aquilo a fim de nos convencer de sua inocência.
Apresentou-nos todas as propostas de pagamento a fim de vender os produtos.

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De encontro a / A encontro de
Ir de encontro a” tem como sentido ir contra alguma coisa ou alguém
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O processo da empresa foi de encontro àquilo que queríamos. (O processo foi contra o que
queríamos)
“Ir ao encontro de” significa estar de acordo com, ir em direção a.
– Isso vai ao encontro dos valores da empresa (Isso está de acordo com os valores da empresa)

Atenção! A utilização inadequada de uma expressão por outra: a cerca de/acerca de/há cerca de;
a fim de/afim; à medida que/na medida em que; ao encontro de/de encontro a; ao invés de (‘ao
contrário de’)/em vez de (‘substituição’); a princípio/em princípio/por princípio; onde/aonde/donde;
tampouco/tão pouco; sob/sobre;

Exemplos de palavras parônimas:

Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)
Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)
Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
Comprimento (extensão) e cumprimento (saudação)
Coro (música) e couro (pele animal)
Delatar (denunciar) e Dilatar (alargar)
Descrição (ato de descrever) e discrição (prudência)
Despensa (local onde se guardam alimentos) e dispensa (ato de dispensar)
Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)
Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)
Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)
Flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)
Fluir (transcorrer, decorrer) e fruir (desfrutar)
Imergir (afundar) e emergir (vir à tona)
Inflação (alta dos preços) e infração (violação)
Infligir (aplicar pena) e infringir (violar)
Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)

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Osso (parte do corpo) e ouço (verbo ouvir)
Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)
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Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
Recrear (divertir) e recriar (criar novamente)
Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)
Soar (produzir som) e suar (transpirar)

Atenção! Será apenado o uso indevido de parônimos: iminente/eminente, avocar/evocar;

autuar/atuar; auto/alto; deferir/diferir; comprimento/cumprimento etc.;

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 Propostas temáticas

Tema 01 – Redação diagnose – Você já conhece o Padrão de resposta! 26

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Tema 02

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Tema 03

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Tema 04

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Tema 05

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