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O texto em análise aborda as transformações ocorridas no campo religioso

brasileiro com base nos dados do Censo de 2010. Essas transformações revelam a
queda numérica do catolicismo, o crescimento dos pentecostais e dos sem religião,
e a diversificação das outras religiões. Entre 1980 e 2010, os católicos diminuíram
de 89,2% para 64,6% da população, enquanto os evangélicos aumentaram de 6,6%
para 22,2%, e os sem religião saltaram de 1,6% para 8,1%. O texto destaca que,
embora tenha havido diversificação na pertença religiosa no Brasil, a religião
dominante continua sendo o cristianismo.

O declínio do catolicismo é atribuído à expansão dos pentecostais, que se tornaram


o destino principal dos ex-filiados católicos. O texto menciona a reação católica
liderada pela Renovação Carismática, mas ressalta que não surtiu efeitos
significativos na reversão da perda de adeptos. A diversificação religiosa também é
impulsionada pelo aumento dos sem religião, que inclui agnósticos, ateus e pessoas
que optaram por não declarar filiação religiosa.

Embora haja um crescimento das outras religiões minoritárias, como o espiritismo,


as Testemunhas de Jeová, a Umbanda e o Candomblé, elas representam apenas
uma pequena parcela da população brasileira. O texto menciona a influência
negativa da demonização pentecostal sobre os cultos afro-brasileiros, bem como o
sincretismo com o catolicismo, como fatores que podem ter limitado sua expansão.

Os sem religião, por sua vez, experimentaram um aumento expressivo,


representando o terceiro maior "grupo religioso" do país. No entanto, seu
crescimento desacelerou na última década. O texto destaca que os sem religião são
mais secularizados e têm menor exposição às autoridades e grupos religiosos, o
que pode influenciar seus valores, comportamentos e crenças.

No geral, o texto aponta para a diversificação religiosa no Brasil, com a queda do


catolicismo e o crescimento dos pentecostais e dos sem religião. Embora haja um
aumento das outras religiões minoritárias, a predominância continua sendo do
cristianismo. As mudanças no campo religioso refletem o processo de
destradicionalização, pluralização e concorrência religiosa, bem como a crescente
opção individual por não filiar-se ou se afastar de instituições religiosas.

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