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O português brasileiro tem sido analisado como uma língua bastante interessante para o debate
sobre como analisar a Teoria de Controle dentro do Programa Minimalista na medida em que
apresenta controle obrigatório em orações finitas (e.g. Ferreira 2000, 2009, Rodrigues 2002, 2004,
Nunes 2008, 2009, 2010), favorecendo uma abordagem em termos de movimento para posições
temáticas (e.g. Hornstein 1999, 2001, Boeckx, Hornstein e Nunes 2010). Parte da evidência para
essa análise envolve construções com hiperalçamento a partir de orações finitas e infinitivos
flexionados (e.g. Ferreira 2000, Nunes 2010). Neste trabalho discuto a interação entre a
especificação de traços-f de Infl e dos pronomes nominativos em português brasileiro, argumentando
que hiperalçamento produz ou não resultados gramaticais (com variação dialetal) a depender de o
conjunto de traços-f associado aos elementos em concordância ser ou não subespecificado.
Nesta comunicação, ocupar-me-ei das relativas cortadoras, discutindo se elas são um produto de
mudança – uma inovação do português brasileiro da segunda metade do século XIX, como defendeu
Tarallo (1985: 362) – ou, pelo contrário, um caso de variação, indexada à língua oral.
A literatura em aquisição da linguagem mostra que o valor dos parâmetros é fixado muito cedo
(Wexler 1998). Ainda assim, há aspetos do desenvolvimento sintático que são adquiridos mais
tardiamente, em particular os que dependem de uma estabilização das interfaces da componente
sintática com outras componentes sempre que escolhas entre outputs convergentes estão envolvidas
(cf. Reinhart 1999, Grolla 2006, Costa e Szendroi 2006, Costa 2010).
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
Sobre construções com “se” e posição de sujeito no português brasileiro do século XIX
No português brasileiro, alguns verbos transitivos admitem que argumentos externos com
interpretação locativa sejam introduzidos por uma preposição de valor igualmente locativo, que pode
ou não ser antecedida de um advérbio pronominal: Aquela loja vende todos os tipos de livro / (Lá)
naquela loja vende todos os tipos de livro.
Para Avelar & Cyrino (2009), pelo menos dois fatores devem ter atuado para determinar a
emergência dessa variação: (a) a supressão do pronome indeterminador/apassivador “se” e (b) o
surgimento do que se convencionou chamar na literatura gerativista de “concordância defectiva”, em
que o verbo pode concordar com uma categoria cujos traços de número e/ou pessoa não estão
disponíveis.
O estudo analisou construções com se em que o argumento do verbo apresenta marcas de plural,
obtendo os seguintes resultados: (a) no decorrer do século XIX, há uma diminuição progressiva na
concordância de VERBO+SE com seu argumento; (b) na primeira metade do século, não há uma
posição fixa para a ocorrência de constituintes preposicionados no interior de sentenças com
VERBO+SE, enquanto na segunda metade os constituintes preposicionados locativos tendem a
ocorrer adjacentes (em anteposição ou posposição) ao verbo; (c) da primeira para a segunda metade
do século, diminui a frequência de constituintes locativos dentro de construções com VERBO+SE, o
que nos sugere que, assim como os argumentos externos (pro)nominais de terceira pessoa, os
constituintes locativos preposicionados passaram a migrar para a posição de tópico, onde ficam
sujeitos a sofrer apagamento se, no contexto de sua realização, tiver proeminência discursiva; (d) a
partir da segunda metade do século XIX, o constituinte locativo tende a ser anteposto ao verbo nos
casos em que o argumento de VERBO+SE não se encontra nessa posição. Esses fatos indiciam que
é possível associar propriedades das construções com VERBO+SE tanto à emergência de
concordância defectiva quanto a alterações significativas na sintaxe de locativos preposicionados.
A palavra texto vem do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. Essa origem aponta a
ideia de que texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se
obter um todo inter-relacionado, um todo coeso e coerente. Os concursos, de uma forma geral,
apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo.
Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de
necessitar de um bom léxico internalizado.
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-
se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências
a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura
ideológica do autor diante de uma temática qualquer.
Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e
significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo
lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido
verdadeiro, real.
Já a conotação é um sentido que só advém à palavra numa dada situação figurada, fantasiosa e que,
para sua compreensão, depende do contexto.
Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre
significante e significado
.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de
extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no
signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). Algumas
palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está
atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de
expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.
O homem usa a língua porque vive em comunidades, nas quais tem necessidade de se comunicar,
de estabelecer relações dos mais variados tipos, de obter deles reações ou comportamentos,
interagindo socialmente por meio do seu discurso. Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de
leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o
conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente
dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual,
favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às
interpretações que a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura,
outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão
global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se
podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do
autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são
fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem
diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode
estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca
examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a
base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de
tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para
instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global
proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
como se fosse única. Nesse momento, não há interesse na função que a palavra exerce dentro da
oração.
3. Vejam o exemplo: Júlia quebrou a carteira. Júlia: substantivo Quebrou: verbo A: artigo Carteira:
substantivo
4. Na análise sintática, a palavra não é estudada de forma isolada, pois ela mantém relação com
outras palavras. Por isso, sintaticamente, as palavras passam a exercer uma função na oração.
Vamos analisar as mesmas palavras do exemplo, só que agora buscaremos a função, ou seja, o
papel desempenhado por cada uma dentro da oração.
5. Vejam o exemplo: Júlia quebrou a carteira. Júlia: sujeito simples quebrou a cadeira: predicado
verbal A Carteira: objeto direto A: adjunto adnominal Cadeira: núcleo do objeto
6. OUTROS EXEMPLOS: As flores são um belo presente. (SUJEITO SIMPLES) Toda mulher aprecia
ganhar flores. (OBJETO DIRETO) Gostamos muito do perfume das flores.(COMPL. NOMINAL)
Patrícia gosta muito de flores. (OBJETO INDIRETO) Nem tudo são flores. (PREDICATIVO DO
SUJEITO) Flores, por que sois tão belas? (VOCATIVO)
8. Na prática Exemplo 1: Namorei José até 2014. (Pretérito Perfeito = ação acabada) Namorava José
até 2014. (Pretérito Imperfeito = dá um certo ar de saudosismo) É aí que percebemos a diferença de
sentido, a intenção do autor diante do leitor. Exemplo 2: Eu nasci em Recife. (enfatiza o sujeito: EU)
Em Recife, eu nasci. (enfatiza o lugar = RECIFE) A escolha da ordem das palavras faz a diferença
para a estrutura e coerência do texto.
10. 4. ANÁFORA: repetição enfática de uma ou mais palavras. ex: Nem um minuto se passa, Nem um
inseto esvoaça, Nem uma brisa perpassa Sem uma lembrança aqui; (...) 5. ANACOLUTO: reprodução
escrita da língua falada, caracterização de estados de confusão mental. ex: Deixe-me ver... É
necessário começar por... Não, não... 6. SILEPSE: concordância feita com a ideia ou sentido que se
quer transmitir, e não com os termos presentes na oração. ex: São Paulo é violento. Os brasileiros
gostamos de futebol. 7. PLEONASMO: é a redundância de termos diferentes, porém com o mesmo
sentido, para realçar uma ideia ou deixá-la mais clara. ex: A mim este Sol, estes prados, estas flores
contenta-me.
11. 8. POLISSÍNDETO: repetição de conectivos. ex: O amor que a exalta e a pede e a chama e a
implora. (Machado de Assis). PLEONASMO VICIOSO OU TAUTOLOGIA: é um vício de linguagem
que deve ser evitado. Exs: O elevador subiu para cima com excesso de pessoas. Os alunos entraram
para dentro da sala. A vítima sofreu uma hemorragia de sangue. 9. ELIPSE: consiste na omissão de
uma ou mais palavras, sem prejudicar o sentido da frase. ex: Via o futuro em mágicos espelhos (...)
Sonhava adormecer nos teus joelhos. (...) quem via? ELE quem sonhava? ELE
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
através de palavras novas e palavras que não são mais utilizadas. Além de possuir uma quantidade
muito grande de palavras, o que impossibilita alguém de arquivar todas em sua memória.
15. Por exemplo: - conhecer: ver, aprofundar-se, saber que existe, etc. - bacia: utensílio de cozinha,
parte do esqueleto humano. - brincadeira: divertimento, distração, passatempo, gozação, piada, etc. -
estado: situação, particípio de estar, divisão de um país, etc.
17. 4. PROSOPOPEIA: atribuir características humanas a seres inanimados. ex: Voar agora nas asas
do vento. As ondas lambem minhas pernas. 5. ANTONOMÁSIA: é a substituição de um nome por
uma expressão que identifica a coisa ou a pessoa, salientando suas qualidades ou um fato notável
pelo qual ela é conhecida. ex: A rainha dos baixinhos assinou contrato com a Record. (Xuxa) 6.
EUFEMISMO: suavizar, atenuar intencionalmente uma expressão em certas situações. ex: Ela dormiu
no Senhor.
18. 7. HIPÉRBOLE: exagero intencional. ex: Faria isso mil vezes se fosse preciso. 8. IRONIA: uso da
palavra para ser compreendida em sentido oposto do que se quer transmitir. É um poderoso
instrumento de sarcasmo. ex: Muito competente aquele candidato! Construiu viadutos que ligam
nenhum lugar a lugar nenhum. 9. GRADAÇÃO: encadeamento de palavras cujos significados têm
efeito cumulativo. ex: [...] Herdeiro já era muito; mas universal... [...] Herdeiro de tudo [...] E quanto
seria tudo? Ia ele pensando. Casas, apólices, ações, escravos, roupa, louça, alguns quadros [...]
19. 10.CATACRESE: espécie de metáfora em que se usa uma palavra no sentido figurado por habito
ou esquecimento ex: As pernas da cadeira. Os dentes de alho. 11. SINESTESIA: é a transmissão de
misturas de sensações que produzem fortes sugestões. ex: Um doce abraço indicava que o pai o
perdoara. 12. APÓSTROFE: invocação ou chamamento de alguém. Corresponde estilisticamente ao
VOCATIVO. ex: Deus! O Deus! Onde estás? 13. PARADOXO: a aproximação de termos ou ideias
contraditórias associados a uma só ideia. ex: O amor é fogo que arde sem se ver é ferida que dói e
não se sente é um contentamento descontente.
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
Durante toda nossa trajetória enquanto seres aprendizes, passamos por determinadas etapas que
norteiam a prática da educação formal.
Quando adentramos no ensino médio, começa uma fase revisional de tudo aquilo que já travamos
contato durante as séries anteriores.
E é justamente nesse período que nos deparamos com a chamada Morfossintaxe.Ela nada mais é,
que a junção da Morfologia, a qual estuda as palavras de acordo com sua classe gramatical, e
a Sintaxe, onde o estudo centra-se na posição desempenhada pelas palavras em meio ao contexto
linguístico.
Diante disso, torna-se essencial nos inteirarmos completamente sobre o assunto, pois o mesmo é
muito requisitado em provas de vestibulares e concursos de uma forma geral.
Ao falarmos sobre morfossintaxe, devemos levar em consideração que uma mesma palavra
analisada sob a ótica morfológica pode assumir diversificadas funções quando analisada de acordo
com a sintaxe.
Logo, analisando o vocábulo “conhecimento” de acordo com a classe morfológica, estamos diante de
um substantivo abstrato.
Já em:
Devemos priorizar o conhecimento, a palavra “conhecimento” funciona como objeto direto, pois o
verbo priorizar é transitivo, e, consequentemente, requer um complemento.
Os alunos necessitam de conhecimento para obter bons resultados. Nesse exemplo, o vocábulo
exerce a função de objeto direto como sendo um complemento do verbo necessitar, que, via de regra,
exige a presença de uma preposição.
Gostaria que você saciasse a minha ânsia por conhecimentos. A palavra ”conhecimento” completa o
sentido de um nome - o substantivo “ânsia”, portanto, trata-se de um complemento nominal.
A morfologia refere-se à classe gramatical de uma palavra (nome, adjetivo, artigo, pronome,
quantificador, advérbio, preposição, conjunção, interjeição). A sintaxe refere-se à função
sintática dessas palavras, isto é, a função que exercem na oração. Morfossintaxe é o estudo da
relação entre a classe gramatical de uma palavra e sua função sintáticana oração.
Quando analisamos uma oração, considerando a relação entre a classe gramatical de uma palavra e
sua função sintática, estamos fazendo uma análise morfossintática. A MORFOSSINTAXE, portanto,
nada mais é do que a junção de uma análise morfológica com uma análise sintática.
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
Antes de tudo:
A primeira coisa a saber sobre a análise morfossintática é que temos o que chamamos de termos
essenciais e termos acessórios da oração; Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado. Você
os identifica facilmente a partir do verbo, já que é ele quem separa os dois grandes pedaços da
oração; Normalmente, o sujeito vem antes e o verbo depois, ou seja, vem primeiro o sujeito e
depois o predicado. Dizemos que essas frases (orações) estão em sentido direto. Mas pode
acontecer de esses termos estarem invertidos, logo, essas frases estarão em sentido inverso;
Tudo/todas as outras partes da frase que forem analisadas com mais detalhes são chamados de
termos acessórios, e pode acontecer de mais de uma palavra formar toda uma parte. Nesse caso,
sempre haverá um núcleo. Entre o que chamamos de termos acessórios, podemos citar: adjunto
adnominal, predicativo do sujeito, adjunto adverbial, objeto direto entre outros.
Primeiro passo: Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração): Os
jovens estão mais conectados à internet hoje.
Peraê!
Primeiro:
Temos as seguintes classes de palavras: substantivo adjetivo numeral pronome verbo artigo advérbio
conjunção preposição interjeição nomes conectivos variáveis Invariá- veis
Segundo:
Primeiro passo: Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração): Os
jovens estão mais conectados à internet hoje.
Segundo passo: Identifique o verbo da oração, a ação (ou estado, ou fenômeno) que ele expressa
pode remeter a um agente, isto é, ao sujeito (nem sempre sujeito será o mesmo que pessoa) da
oração: Os jovens estão mais conectados à internet hoje.
Se você voltar ao primeiro passo, vai perceber algumas regularidades (coisas que se repetem)
importantes. Por exemplo: a) Geralmente os substantivos são antecedidos (isto é, vêm depois) de um
artigo, não importa em como esteja sua flexão (em gênero ou número). Por esse motivo, os artigos
são conhecidos como adjuntos adnominais, isto é, estão juntos ao nome; b) Após os substantivos
geralmente aparecem os adjetivos. Em outros casos, entre eles haverá apenas um verbo ligando-os,
expressando estado ou qualidade (verbos como ser, estar, parecer, permanecer, andar, ficar podem
ser alguns desses verbos ligando o substantivo ao adjetivo). Quando isso acontecer, esses verbos
serão chamados verbos de ligação, e os adjetivos serão chamados de predicativo do sujeito, o que
significa, em outras palavras, qualidade ou estado do sujeito da frase. c) Algumas expressões podem
aparecer após o verbo para dar ênfase a algo na frase, como de intensidade/quantidade (mais,
menos, muito, pouco), modo (calmamente, furiosamente) lugar (aqui, lá) ou tempo (hoje, ontem,
agora, amanhã). Se você QUISER colocar essas palavras em qualquer outra parte da frase,
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
perceberá que elas não alteram seu sentido, mas estão intimamente ligadas ao verbo. Chamamos
essas palavras, por esse motivo, de advérbios.
Terceiro passo: Após identificar algumas funções de cada parte da frase, passemos às demais (que
estão destacas em vermelho): Os jovens estão mais conectados à internet hoje. Obs.: você deve ter
notado que o “à” antes de internet na frase é, na verdade, uma contração entre duas palavras: o
artigo a e a preposição a.
Outra dica:
Você vai notar em muitas frases que, imediatamente após o verbo, podem aparecer as seguintes
palavras: a, para, de, com, em, sobre, sob, até. Sobre elas, você deve considerar o seguinte: a) Elas
são chamadas de preposições, isto significa que elas reservam ou marcam, antecipadamente, o lugar
de uma outra palavra que virá após o verbo. Se você voltar ao slide 7, vai notar que elas recebem
também o nome de conectivos. Isso explica tudo! b) Por causa da presença ou não dessas palavras
após ele, o verbo pode ser chamado de transitivo direto (quando se liga à palavra seguinte sem
precisar delas), ou indireto (quando se liga à palavra seguinte precisando do auxílio de uma delas). c)
Há casos em que o verbo pode precisar e não precisar ao mesmo tempo delas! Por isso, são
chamados de transitivos diretos e indiretos. Para exemplificar, forme uma frase com o verbo dar e
veja como as coisas ficam! d) Em outros casos, diz-se que o verbo sozinho já tem sentido e, portanto,
não precisa ser completado com qualquer outra palavra. Nesses casos, ele dispensa as preposições
e, se aparecer alguma palavra após ele, com certeza se trata de um advérbio. Esse tipo de verbo é,
por esse motivo, chamado de intransitivo. Exemplos deles são os verbos chegar, ir, morar, viver,
deitar-se, levantar-se. Lembre de frases formadas por esses verbos e confira mesmo se o que
aparece após eles são advérbios.
Quarto passo: Agora que você já pode identificar o tipo de verbo que é o verbo conectar, falta dar
nome ao seu complemento, isto é, à palavra que vem logo após ele. O complemento do verbo será
sempre chamado de objeto, e ele será direto ou indireto dependendo também se o verbo for uma
coisa ou outra: Os jovens estão mais conectados à internet hoje.
Quinto passo: Às vezes pode acontecer de a frase ser muito longa e, depois de você fazer a
análise e identificar todos os elementos possíveis (sujeito, verbo, conectivos, objeto, adjunto
adnominal, adjunto adverbial, predicativo do objeto), simplesmente “sobrarem” palavras que ficam
sem uma das classificações acima. Elas podem na verdade estar exercendo outras funções
sintáticas, como a de vocativo, aposto, complemento nominal, predicativo do objeto ou agente da
passiva; Veremos mais sobre essas outras funções sintáticas nas próximas aulas, mas, para
aquecer tudo, vamos fazer a análise morfossintática dos dois primeiros versos do Hino Nacional.
Recapitulando os passos: Primeiro passo: faça a classificação das classes de palavras, identificando
as contrações e combinações que houverem na frase (oração); Segundo passo: a partir do verbo,
identifique quem é o sujeito da oração. Por meio dele, você já poderá ir para o terceiro passo;
Terceiro passo: identificados o sujeito e o predicado, você agora identifica as funções sintáticas das
palavras que estão junto deles: adjunto adnominal, adjunto adverbial. Lembrando que o verbo e o
sujeito também podem ser classificados; Quarto passo: agora vamos nos concentrar especificamente
nas palavras que vêm logo após o verbo. Se o verbo não for intransitivo, elas são chamadas de
complementos verbais. Dependendo da transitividade do verbo (determinada pela presença ou
ausência de preposições), podem ser: predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, objeto
direto e indireto. Quinto passo: se “sobrarem” palavras, elas poderão ter as seguintes funções:
predicativo do objeto, agente da passiva, complemento nominal, vocativo ou aposto. (sobre eles
aprenderemos nas próximas aulas). DICA: lembre-se de que toda função sintática tem um núcleo,
mesmo que seja apenas uma palavra. Também a frases que podem não ter sujeito, mas isso
veremos também mais à frente. Quando analisamos o que a conjunção “faz” em toda oração,
estamos em outra etapa de análise, que, igualmente, veremos mais à frente, mas, por ora, podemos
analisar o sentido que elas criam entre as partes da oração.
Anexos
Palavras que podem confundir tudo...! É apenas uma questão de saber com quem elas estão
andando! a) Os adjuntos adnominais, como já vimos no slide anterior, são palavras que estão junto
ao nome, mais especificamente, ao sujeito núcleo da oração, que é sempre um substantivo. Quem
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
também pode ser adjunto adnominal por estar ligado ao substantivo, se vier antes dele, são os
adjetivos, artigos (como já vimos no slide anterior), numerais e pronomes. As locuções adjetivas
também podem ser adjuntos adnominais, mas se estiverem após o substantivo; b) Os complementos
nominais podem ser confundidos com o adjunto adnominal, porque podem ocupar posições parecidas
na oração, mas diferente dos adjuntos adnominais, que estão sempre ligados somente ao
substantivo, os complementos nominais são sempre palavras ligadas ou a substantivos abstratos,
adjetivos ou advérbios. Nesse caso, os complementos nominais expressam, para diferenciá- los dos
adjuntos adnominais quando estiverem ligados ao substantivo, o alvo da ação que o substantivo
expressa.
Conjunção: em geral são consideradas palavras vazias de significado, definidas apenas a partir de
sua função na palavra. o As conjunções não desempenham função sintática numa oração, apenas
ligam termos de mesma função ou orações de período composto. Por isso, são chamados de
conectivos; o Nos períodos compostos, as conjunções marcam as relações de coordenação ou
subordinação entre as orações de um período. Para compreender como elas marcam essas relações,
veremos mais adiante como elas “conectam” as orações coordenadas sindéticas – e expressam
relações de adição, adversidade, alternância, explicação e conclusão - e as orações subordinadas –
que podem integrar orações, especificar partes de orações (as adjetivas) ou exercer as mesmas
funções dos advérbios (adverbiais). ( (VEREMOS MAIS DETALHES SOBRE ELAS NO ESTUDO
SOBRE PERÍODO COMPOSTO)
26. Preposição: Assim como a conjunção, a preposição não desempenha função sintática, ela
apenas une os termos. Por isso também é um conectivo, sendo, assim como a conjunção,
responsável pela coesão textual. Nesse caso, ela estabelece algumas relações quando classes
gramaticais que não podem se flexionar precisam “receber” uma solução para se combinarem: Ex.:
João Carroça subst. subst. masc. fem. No exemplo acima, João e carroça não podem se
“combinar” para estabelecerem uma relação de posse porque seus gêneros são diferentes (a flexão
não poderia mudar os gêneros, não poderíamos transformar carroça em carroço* para combinar com
o substantivo masculino João). Assim, a preposição de entra em ação para resolver esse problema,
pois não precisa se flexionar (lembre-se, é uma palavra invariável). A oração fica assim: Carroça de
João.
Para compreender As preposições, pelo exemplo anterior, podem assumir inúmeros valores
semânticos: o lugar – Ver de perto. o origem – Ele vem de Brasília. o causa – Morreu de fome. o
assunto – Falava de futebol / Discutiam sobre futebol. o meio – Veio de trem. o posse – A casa de
Paulo está sendo reformada. o matéria – Usava um chapéu de palha. o companhia – Saiu com os
amigos. o falta ou ausência – vivia sem dinheiro. o finalidade – Discursava para convencer.
A preposição também exerce papéis específicos na regência verbal e nominal. Ex.: Custou ao aluno
aceitar o fato. Na oração acima, o verbo custar tem o sentido de “ser difícil” e precisa da preposição a
para reger o termo seguinte (custa a alguém). Essa regência considera, na língua coloquial, errada a
oração: “O aluno custou para aceitar o fato.” Mas sobre regência, veremos esse assunto no terceirão!
Para compreender (cf. Ernani Terra, 2002, p. 207) Certas palavras que se assemelham aos advérbios
não possuem, segundo a Nomeclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificação especial. São
simplesmente chamadas palavras denotativas e podem indicar, entre outras coisas: o inclusão – até,
inclusive, também, etc.: Ele também foi. o exclusão – apenas, salvo, menos, exceto, etc.: Todos,
exceto eu, foram à festa. o explicação – isto é, por exemplo, a saber, ou seja, etc.: Ele, por exemplo,
não pôde comparecer. o retificação – aliás, ou melhor, ou seja, etc.: Amanhã, aliás, depois de
amanhã, iremos à festa. o realce – cá, lá, é que, etc.: Sei lá o que ele está fazendo agora! o situação
– afinal, agora, então, etc.: Afinal, quem está falando? o designação – eis: Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!
Funções morfossintáticas... Porventura, tal assunto o (a) remete a algum assunto antes visto?
Simples, não? Sim, pois o próprio nome já nos retrata pistas evidentes de que o aspecto que
prepondera nessa questão diz respeito à análise sintática e à análise morfológica, simultaneamente.
Mas, você pode não se recordar... não se preocupe, acesse o texto “Análise sintática e análise
morfológica”
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
Conceitos relembrados, não é preciso ir muito além para constatarmos que o adjetivo, em se tratando
desse caso, além de se posicionar enquanto classe gramatical, ainda desempenha funções sintáticas
distintas – as quais serão constatadas a partir de agora.
Constatamos que os termos em destaque, uma vez representados por um adjetivo e por uma locução
adjetiva, assumem a posição de adjunto adnominal.
# Predicativo do sujeito –Tal posicionamento se dá pelo fato de fazer referência ao sujeito da oração,
por intermédio ou não de um verbo de ligação. Observe os exemplos abaixo:
A paz é necessária.
Ficamos insatisfeitos.
# Predicativo do objeto –A função em evidência se manifesta pelo fato de fazer referência ao objeto,
mediante um verbo transitivo, ou seja, aquele que requer um complemento. Assim, vamos aos
exemplos:
“Fascinantes” e “novatos”atribuem, pois, uma qualificação aos complementos verbais – fato que os
fazem se caracterizar como predicativo do objeto.
Melhor resposta: São elementos que arrumam e exprime a noção da forma, das coisas - é o período
cujo papel é transmitir idéias formadas a respeito de determinado aspecto , de um objeto, de
circustâncias ,de fases de um assunto - exemplos :
"É necessário que a escola receba apoio oficial, no sentido de promover não só aulas regulares,
como também executar estudos e pesquisas, para que produza conhecimentos e cumpra seus fins"
"Coloquem avisos ou etiquetas de maneira que os compradores possam entender como funciona
este equipamento em baixa temperatura" ou " Equipamento em manutenção e perigoso , cuidado,
não manusear, risco de morte"
Classes De Palavras
A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do
discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são
reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio,
verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.
Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso
acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo
todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda
vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua
portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas
características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo =
forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem
influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como
também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos,
antecedendo-os.
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos
substantivos.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a
pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação
ou subordinação.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de
suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como
palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Sujeito E Predicado
Gramática
Sujeito e predicado compõem a estrutura dos enunciados. Saber identificar esses termos essenciais
da oração pode ajudar na compreensão de seu funcionamento.
Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita pelo predicado.
Predicado: é o termo da oração que, a partir de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
Exemplo:
• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto
naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele,
ela, eles, elas.
Tipos De Sujeito
O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:
- sujeito elíptico;
- sujeito oculto;
• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:
- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o
sujeito classifica-se como determinado.
Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.
Discordou-se do fato.
Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o
pronome se pode funcionar como:
Se – Partícula apassivadora
• Pronome se;
• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).
Exemplo:
Contou se a história.
verbo na 3ª pessoa pronome substantivo sem preposição.
Transformação:
Contou se a história.
Voz passiva sintética ou partícula apassivadora sujeito determinado simples
pronominal
Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:
• Pronome se;
• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz
passiva analítica.
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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO
Exemplo:
Falou se da história.
verbo na 3ª pessoa do singular pronome substantivo com preposição
Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:
? falou se da história
sujeito indeterminado verbo na voz índice de indeterminação do objeto
ativa sujeito
Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.
O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os
seguintes:
Exemplo: É dia.
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