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Capítulo 2
Capítulo 2
— Vão, vão sim — respondeu a companheira dos dois homens feridos. — David e Edward
são fortes.
Os dois tinham sido gravemente feridos uma hora atrás. O garoto, após matar o hobgoblin,
buscou ajuda.
Agora, a mulher e o garoto estavam próximos à porta do quarto dos dois feridos.
— Tsk, é só que… é bem mais maneiro usar uma espada ou conjurar magia de fogo, mas eu
nasci pra ser curandeira.
— Ha! Ha! Não somos elfos, menino. Humanos nascem com um propósito; o meu foi ser
uma curandeira, mesmo sem eu querer.
O garoto aquietou-se. Alguém abençoado pelo destino a ter tanto poder não entenderia o que
é ser algo que você não quer ser.
— Oraquim!
— Oraquim… — repetiu e se atentou: Que nome diferente. Após isso, correspondeu: — Meu
nome é Angélica.
Após o cumprimento, uma voz soou de dentro do quarto: — Alguém aí? Angélica?
— Ah sim! David, esse é Oraquim. Foi ele quem nos salvou… apesar da aparência.
— Quê?! — arregalou os olhos. — Fomos superados por essa criança? Estamos perdidos
mesmo.
— Hum… — recuou um pouco, mas o cumprimentou: — Prazer, obrigado por nos salvar…
eh… Oraquim! Isso.
— Que porra é essa na sua cabeça?! — Edward assustou a todos com seu grito. — Tira essa
merda, moleque!
— Sim! Ninguém mais usa chapéu pontudo assim! Tá fora de moda já.
Vergonhosamente, Oraquim tirou o chapéu de sua cabeça, escondendo-o por trás de seu
corpo.
— Desculpa…
Os três estavam voltando para a guilda, carregando um saco com os itens que carregavam
antes de serem atacados pelo hobgoblin.
Mas não estavam sozinhos. Oraquim os seguia com um sorriso inocente e feliz. Mas
assustador… de certa forma.
Quando chegaram à guilda, Angélica disse a seus colegas para entrarem e confrontou o
garoto:
— Quê? Claro que não… Nós te agradecemos, Oraquim. Você é uma criança forte e tals, mas
não podemos te colocar no nosso grupo.
— Ah… Espera aí, não precisa chorar. — Angélica ficou sem jeito, pensava: O que acalma
uma criança?...
— Eh… Segunda! — Era terça. — Segunda pode ser. Pouco depois do sol nascer, me
encontre em frente à guilda.
Angélica, preocupada, apenas acenou com sua mão. Acabei de fazer merda.
— Angélica — Edward chamou — já trocamos os itens por… Ah, o moleque foi embora?
Graças a Deus! Não aguentava mais ver aquele chapéu tenebroso dele.
Ele estava olhando para cima, murmurando para si mesmo: — … Doraquem…? Olarin…?
Obalin…? Como era o nome do moleque mesmo?
— Oraquim.
— Oraquim… É…, é isso mesmo! Verdade! Valeu, não lembrava… — pausou por um
minuto. — Que nome feio, puta que pariu! Ó Senhor, tenha piedade dessa criança…
Então foram em busca cinco dessas flores raras e que tinham propriedades curativas.
Como não se tratava de uma missão de risco, David e Edward poderiam descansar.
Edward estava mais distante dos outros, procurando por alguma flor. Tudo estava calmo; era
só coletar flores afinal…
Crac!
— Huh? O que foi isso? — Edward olhou à sua volta, procurando a origem do som.
Parece algo se partindo…, deduziu. Entrou um pouco para dentro da floresta, procurando
pelo chão.
De repente, ao seu lado, surgiu uma criatura que parecia tão alta quanto uma árvore. Era um
ogro com mais de dois metros de altura!
— Qu…! — Antes que Edward pudesse falar, o ogro o atacou, tentando pegar seu pescoço
com as mãos.
Isso chamou a atenção de David e Angélica, e ambos viram o ogro, que caminhava devagar
até eles.
— Fiquem em posição!
A posição do grupo era simples: os dois homens na frente e a mulher atrás, com seus braços
esticados para curar quando necessário.
Wham! Uma bola de fogo verde atingiu o ogro, o evaporando na hora. Sumiu em forma de
fumaça, apenas as cinzas sobraram.
— Você?!