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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!

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CAPÍTULO 1

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GUERRA, CONFLITO, PODER E FUNÇÕES DE COMBATE

1.3 - ESTILOS DE CONDUÇÃO DOS CONFLITOS


1.3.1 - Considerações Iniciais
Na condução dos conflitos identificam-se dois estilos diferentes, mas não antagônicos, conhecidos como
Guerra de Atrito e Guerra de Manobra. Precedendo suas definições, é importante enfatizar que ambos são
implementados com base na doutrina em vigor, sem que representem novas concepções. Tais estilos não existem
em suas formas puras, coexistindo simultânea, interdependente e complementarmente nos engajamentos,
batalhas e campanhas, sendo passíveis de serem empregados em quaisquer dos níveis de condução da guerra,
escalões de Forças ou intensidade dos conflitos.
Todo emprego ou enfrentamento de Forças se vale de fundamentos das Guerras de Manobra e de Atrito.
A predominância de um dos estilos depende de uma variedade de fatores que compreendem, dentre outros, a
natureza, a eficiência e o poder de combate das Forças envolvidas. Assim, enquanto no nível tático pode estar se
enfatizando a aplicação de aspectos inerentes à Guerra de Atrito, no nível operacional, pode haver a predominância
de emprego dos princípios da Guerra de Manobra.

1.3.2 - A Guerra de Atrito


Neste estilo, busca-se a consecução dos efeitos desejados pela destruição cumulativa dos meios inimigos,
tanto de pessoal quanto material, trabalhando basicamente no campo físico. Nele, independentemente da sua
vontade, o inimigo será obrigado a ceder pela simples inexistência de meios e, consequentemente, pela falta de
vontade para continuar a luta.
A Guerra de Atrito vale-se da manobra, basicamente, para possibilitar o emprego de Força contra Força.
Seu foco é a aplicação eficiente dos fogos, o que conduz a uma abordagem da guerra com forte ênfase em regras e
procedimentos e com tendência à centralização do controle das ações. A proficiência técnica, particularmente no
emprego dos sistemas de armas, importa mais do que a criatividade e a astúcia e o sucesso em combate passam a
depender, basicamente, da superioridade numérica e material.
A principal “ferramenta” da atrição é o fogo, sendo o progresso das ações aferido em bases quantitativas,
por meio do balanço dos danos materiais e baixas infligidas ao inimigo ou pelo terreno conquistado. Busca-se o
confronto com as unidades inimigas de modo a neutralizá-las diretamente. Os resultados serão proporcionais ao
nível de força empregada e, normalmente, mais custosos em pessoal e material, havendo
também a tendência a maiores danos às áreas onde se desenvolvem as ações, bem como à população civil.
A vitória depende, fundamentalmente, de superioridade numérica e/ou tecnológica, apresentando
inerentemente menos riscos de insucesso por assegurar a certeza física da neutralização do inimigo.

1.3.3 - A Guerra de Manobra


Neste estilo, as manobras devem priorizar a aproximação indireta, na busca de se abordar o inimigo a partir
de uma posição vantajosa. Esta vantagem não é apenas física ou espacial; ela pode ser temporal, moral ou
psicológica. Busca-se a consecução dos efeitos desejados pela indução no inimigo do sentimento de que a
resistências inócua ou redundará em perdas inaceitáveis, trabalhando fundamentalmente no campo psicológico.
Nele, independentemente da situação dos seus meios em pessoal e material, o inimigo é levado a ceder à vontade
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de seu oponente, adotando ações que lhe são desfavoráveis. Também nesse estilo, o fogo é largamente empregado,
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embora, em sua forma pura, o estilo da Guerra de Manobra conseguiria a vitória sem que se efetuasse um disparo
se quer. Entretanto, o propósito do emprego do fogo não é prioritariamente a redução da capacidade física do
inimigo, mas o rompimento da coesão mental das Forças oponentes.
Habitualmente, a manobra é entendida como um deslocamento da tropa no terreno visando a obtenção
de posicionamento vantajoso em relação ao inimigo, conceito que continua válido na Guerra de Manobra. Todavia,
nesse estilo de guerra, a manobra tem um significado mais amplo, podendo ser entendida no tempo e na forma.
No tempo, ao obter-se, com um ritmo2 superior ao do inimigo na condução das ações, uma vantagem psicológica
decorrente da incapacidade do oponente reagir coerentemente. Na forma, ao atuar de uma maneira não previsível
pelo inimigo, também conferindo uma vantagem psicológica.
A liderança em todos os níveis, a rapidez3, a surpresa4 e a audácia5 são elementos fundamentais da Guerra
de Manobra. O sucesso é medido em termos de efeitos desejados alcançados. Nela, evita-se o confronto direto
com as unidades de combate inimigas, engajando seus sistemas de apoio, de modo a neutralizá-las indiretamente.

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O resultado da ação deixa de ser proporcional ao nível de força empregado, tendendo a reduzir os custos

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em pessoal e material e havendo menores chances de danos às áreas de atuação, bem como à população local.
Neste estilo, a vitória exige maior competência dos líderes, sendo relevante a obtenção de superioridade
local em poder de combate. O risco de insucesso aumenta, uma vez que o inimigo ainda poderá dispor fisicamente
de seus meios. Como o estilo de Guerra de Manobra preconiza a rapidez e a audácia em todos os níveis, é natural
a ocorrência
maior de erros, que, no entanto, são em muito suplantados pelas benesses da surpresa e da exploração tempestiva
das oportunidades. Nesse sentido, é necessária uma mudança da “mentalidade do erro zero”, a qual não se aplica
a este estilo de guerra, em que a tolerância com erros deve ser maior, assim como, também, devem ser estudadas
as medidas para se contrapor a estes possíveis erros.
Assim, conclui-se que os estilos de guerra, apresentados em suas formas puras, constituem uma
estratificação teórica raramente observada nos campos de batalha. O fogo, que marca a atrição, obviamente gera
uma vantagem no campo psicológico. A obtenção dos efeitos desejados apenas pela manobra sem que um tiro seja
disparado é pouco factível. Dessa forma, a combinação do emprego coordenado do fogo com a manobra deve ser
buscado pelos planejadores.
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