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“A segunda parte desenvolve uma hipótese da constituição subjetiva, onde são feitas algumas
operações sobre a obra de Lacan, privilegiando alguns eixos, constituindo uma ordenação se
transpondo essa ordem para o registro da topologia que ele mesmo propõe. É o que parece
essencial para poder contemplar a especificidade da constituição subjetiva que conta com a
hipótese do inconsciente e a concepção de tempo que está em jogo.” (pag. 12)
“Concluiu-se que a criança mostra a Freud que lê a experiência vivida num outro registro, onde
opera substituições, constrói mitos, desloca-se, pratica figuras de linguagem, usa elementos
como significantes, ordena séries e estabelece uma sintaxe, num reordenamento e numa
transposição de registros centrados na lógica de suas urgências.” (pag. 14)
“No mesmo movimento em que interroga e articula essas manifestações, Freud ressalta a
posição secundária de observação de crianças, em relação às investigações sobre o infantil,
realizada através da análise. Para ele (Freud), a observação de crianças, não responde pelo
infantil; e ele chega mesmo a dizer que, se os homens pudesse aprender com a observação
direta, os três ensaios não precisariam ter sido escritos. A observação de crianças é, para ele,
fonte de equívocos, por elaborar objetos que originam mal-entendidos.”(pag 14)
A criança constituída pelo adulto: quando ele supõe o que ele teria sido, ou seja, o
infantil do adulto.
A criança inapreensível para a psicanálise: que seria função para analistas mulheres
(pag 14)
“Considerar a constituição do sujeito como uma trama confeccionada pelo Real, Simbólico,
Imaginário implica abrir as descontinuidades encobertas pela concepção de desenvolvimento,
que explica o sujeito pela evolução de um sistema de necessidades, num corpo que tenderia à
acumulação adaptativa. Afinal, a noção de desenvolvimento se pauta pela maturação ou pela
complexificação de um equilíbrio cada vez maior, superador do que o precede e a que jamais
retornaria. Trata-se, enfim de dar vigência à afirmação de Freud de que o primitivo é
imperecível.” (pag. 15)
“Tratou-se, assim, de seguir a trilha pela qual a unidade biológica de um ser, que está
inicialmente no lugar de coisa operada por uma alteridade estruturada, reverter-se num
sujeito estruturado, capaz de transmitir uma herança simbólica.” (pag. 15) DISCUTIR COM O
TEXTO DA FERNANDA SOBRE ESTRUTURA E RESPONSABILIDADE
“A criança é tomada como um lugar de relações que amarram um organismo irredutível, uma
articulação de significante e uma consistência ideal: três heterogêneos que se deixam ler como
coincidência que os sobrepõe num mesmo ponto. A rota desse ponto mergulhado no espaço,
que lhe impõe alteridade radical, é então traçada. Considerou-se uma posição zero, que
precede o início do trançamento e que lhe dá condição de possibilidade.” (pag. 15)