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PMOC URGENTE

PMOC para empresas: o que é e qual


sua importância?
Ao ouvir a expressão PMOC, algumas dúvidas podem vir à tona. Contudo, saber o que é,
para que serve e como realizar sua emissão é fundamental para toda empresa. Isso porque a
qualidade do ar presente nos ambientes de trabalho se tornou obrigatória por lei.

Afinal, o que é PMOC?


Primeiramente, é válido começar esclarecendo que a sigla PMOC significa Plano de
Manutenção, Operação e Controle e deve ser aplicada em todos os edifícios que possuem ar
condicionado. A regra foi estabelecida em agosto de 1998, pela portaria nº 3.523/98, do
Ministério da Saúde, passando por atualizações em janeiro de 2018.

Sendo assim, todos os procedimentos para verificação da conservação, limpeza e


manutenção, precisam ser realizados para garantir que a climatização esteja em perfeito
estado. Empresas dos mais variados segmentos precisam estar em conformidade com o
PMOC. Por exemplo: aeroportos, hospitais, instituições de ensino, etc.

Antigamente, apenas aparelhos com capacidade acima de 600.000 BTU/H precisavam


passar pela revisão, mas com a lei atualizada em 2018, a determinação é que todos os
locatários, proprietários e prepostos se adéqüem as exigências e invistam no relatório.

Qual o propósito do PMOC e


qual sua importância?
O objetivo é proporcionar um ar qualificado para as pessoas que circulam no ambiente, de
modo que o aparelho não acumule fungos, bactérias, entre outros poluentes que podem ser
grandes vilões para a saúde. Ao ter um lugar corporativo climatizado e limpo, você se
certifica sobre o bem-estar e produtividade de seus funcionários, ao mesmo tempo em que
terá acesso a uma manutenção preventiva, ficando livre de possíveis falhas, quebras e alto
consumo de energia.

O que acontece com empresas


que não elaboram o PMOC?
Quem não estiver em dia com os parâmetros da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estará sujeito à multa.
De ate Dessa maneira, os prejuízos acabam sendo bem maiores, gerando sérias “dores de
cabeça” ao responsável. Além, é claro, de ter colaboradores afastados por problemas de
saúde e até processos judiciais, que podem ser abertos por pessoas contaminadas pelo ar.
Sua ausência configura infração sanitária sujeita às penalidades previstas na Lei nº
6.437 e os valores da infração podem variar de R$ 2.000,00 a R$ 200.000,00.
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O que deve conter no PMOC?
O Anexo I da Portaria MS 3.523/98 diz que ao solicitar o PMOC, dados como identificação
do estabelecimento, número de ocupantes do ambiente, a soma da carga térmica de todos os
equipamentos, identificação do profissional contratado para o serviço, relação dos locais
climatizados e descrição das atividades e periodicidade de cada uma são primordiais no
documento.

Quem deve realizar o PMOC?


O técnico contratado para cuidar do PMOC, deve estar registrado no órgão regulador e
habilitado para registrar sua ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e autorizados
por técnicos cadastrados no CFT/CRT (Conselho federal/regional técnico industrial). Por
isso, quando precisar de um profissional capacitado e com vasta experiência

O equipamento de ar condicionado já é indispensável em questão de infra-instrutora,


principalmente em edifícios públicos e de grande circulação, sendo incluído desde o
primeiro projeto de engenharia. Considerando isso, a Portaria 3.523 do Ministério da Saúde
de 1998 estabeleceu a obrigatoriedade da criação e uso do PMOC, o Plano de Manutenção,
Operação e Controle, em condições específicas, considerando capacidade número de
equipamentos.
Com a Lei 13.589/2018, sancionada em janeiro, o PMOC tornou-se obrigatório em todos os
edifícios de uso público e coletivo, reforçando a definição inicial. Seu objetivo é a
eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes e visitantes de tais
edifícios.
Os procedimentos e parâmetros dentro do PMOC estão sob a padronização da Anvisa
(Resolução nº09, de 2003) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A importância do PMOC reflete não só em questões de saúde mas também no trabalho de
técnicos e especialistas na instalação e inspeção dos equipamentos. Entenda nos próximos
tópicos a necessidade do PMOC, desde sua criação até hoje, e como realizá-lo dentro dos
padrões estabelecidos.

Importância do PMOC
A primeira Portaria foi baixada em 1998 pelo Ministério da Saúde, já a lei de 2018 é um
decreto federal. Anteriormente a primeira definição, em 1982 a Organização Mundial da
Saúde (OMS) reconheceu a Síndrome dos Edifícios Doentes (SED), definida como a
combinação de sintomas e condições prejudiciais aos ocupantes de um ambiente fechado,
como a proliferação da bactéria Legionella pneumophila pelo sistema de ar-condicionado.

O que acelerou a primeira regulamentação sobre a importância da PMOC foi a morte de


Sérgio Motta em abril de 1998, então Ministro das Comunicações. Seu quadro cardiológico
foi agravado pela contaminação com a bactéria Legionella, encontrada nos dutos de ar
condicionado do hospital onde esteve internado.
O objetivo da Portaria é, então, garantir a qualidade do ar ambiente e preservar a saúde das
pessoas, o que leva à necessidade de cumprir o Plano para realização de manutenção
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preventiva e limpezas periódicas em todo o sistema de ar-condicionado. A eficiência e a
importância do PMOC foram comprovadas em 20 anos e implementados para todos
edifícios públicos ou coletivos do país.

Como fazer o PMOC


O Plano de Manutenção, Operação e Controle precisa ser criado e seguido por profissionais
da área sendo técnicos de refrigeração e ar condicionado (RAC) registrados no CFT/CRT
ou engenheiros mecânicos.

O PMOC segue um cronograma, definido seguindo o tamanho e a necessidade de cada


ambiente, podendo indicar uma freqüência de verificação semestral (mais indicado para
residências), bimestral ou mensal (necessário para empresas e prédios de grande
circulação).
A manutenção preventiva e a limpeza periódica de ar-condicionado devem ser registrados
em uma planilha, marcando também os itens avaliados e seu estado – se estão instalados e
operando normalmente ou se há necessidade de substituição ou reparo. A planilha para
realização e registro do PMOC consta como o Anexo I da Portaria 3.523.
Todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem
ambientes de ar interior climatizado artificialmente devem
dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle –
PMOC dos respectivos sistemas de climatização, visando à
eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos
ocupantes.

O uso global dos sistemas de climatização começa a impactar


significativamente o dia-a-dia, saúde e bem-estar do homem.

Com o crescente número de doenças relacionadas a ambientes artificialmente


climatizados de uso coletivo a preocupação com a qualidade do ar interior tem
aumentado nas últimas décadas.

Uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar por dia e passa 85% do
tempo dentro de ambientes fechados, estes normalmente climatizados,
como hospitais, escritórios, bancos, carros, residências, entre outros.

Casos de infecção bacteriana causados pela Legionella pneumophila

Em 1976, ocorreu o primeiro caso grave de infecção por Legionella


pneumophila com 182 casos de pneumonia e 29 mortes, no “Bellevue Stradford
Hotel” no estado da Filadélfia nos Estados Unidos.

Em 1998, no Brasil, faleceu o ministro das Comunicações, Sergio Motta, por ter
contraído a mesma bacteria Legionella (transmitida pela inalação de gotículas
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de água) que estava alojada nos dutos de ar condicionado do seu gabinete em
Brasília.

Devido ao caso de Sergio Motta no Brasil, o Ministério da Saúde, por


intermédio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, publicou
a portaria no 3523, de 28 de Agosto de 1998, que tem como base o artigo 6
da lei no 8.080 do Sistema Único de Saúde – SUS, de 19 de setembro de
1990, instituindo a obrigatoriedade do Plano de Manutenção, Operação e
Controle – PMOC direcionado a todos os aparelhos de climatização em uso e
abrangendo o conceito de infração sanitária quanto à qualidade do ar. Logo em
seguida, foi publicada a Resolução no 176 de 24 de outubro de 2000 e
posteriormente uma revisão, a resolução n°9 de 16 de janeiro de 2003, com
algumas orientações técnicas sobre “Padrões referenciais da qualidade do ar
de interiores em ambientes climatizados artificialmente de uso público e
coletivo”, definindo parâmetros para concentração de CO2, material
particulado, temperatura, umidade relativa e velocidade do ar em ambientes
climatizados.

Até então as pesquisas e legislações existentes no Brasil concentravam-se


apenas na qualidade do ar em ambientes externos, porém os estudos sobre
Qualidade do Ar Interior (QAI) ganharam destaque com a descoberta de que
baixas trocas de ar entre ambientes externos e internos proporcionam um
significativo aumento na concentração de poluentes químicos e biológicos.

Em decorrência disso surgiram termos como a Síndrome do Edifício Doente –


SED e a Doença de Ambiente Interno (DAI). Um edifício que possui a SED não
provoca doenças, mas agrava males ou gera um estado transitório em algumas
pessoas, de modo que quando os queixosos são afastados do ambiente,
apresentam melhoras espontâneas dos sintomas.

edifícios que tenham a DAI podem provocar doenças que estão diretamente
relacionadas às condições do edifício, tais como: asma, infecções bacterianas,
virais ou por fungos.

Tudo isso resultou na publicação de uma nova lei, a de no 13.589, no dia 4 de


janeiro de 2018, que toma como ponto de partida a portaria e a resolução
citadas no parágrafo acima, além das normas da ABNT e decreta que “Todos
os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior
climatizado artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção,
Operação e Controle – PMOC dos respectivos sistemas de climatização,
visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos
ocupantes.”

Fontes: ABRAVA, Lígia Garcia

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