Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sessão de abertura
11h
Paula Gomes-Ribeiro
12h50 Almoço
15h25 Pausa
11h20 Pausa
"Nós não somos fãs só para agitar bandeiras": o público enquanto gatekeeper do
12h00 Festival Eurovisão da Canção
Sofia Vieira Lopes
13h Almoço
"Formação na base da fruição": Festival Internacional
de Música da Póvoa de Varzim (2012-2022)
—
Ezequiel Arrais, Joana Teles e Pedro Loureiro
RESUMO
Esta investigação aborda as edições de 2012 a 2022 do Festival
Internacional de Música da Póvoa de Varzim (FIMPV). Achamos
essencialmente relevante a enunciação e um registo formal do
enquadramento histórico do FIMPV, baseado na entrevista escrita realizada
ao ex-diretor artístico, o Professor João Marques, que exerceu atividade
profissional neste cargo entre 2012 e 2018, e na entrevista presencial ao
orador das conferências de abertura, Professor Doutor Rui Vieira Nery. Ter-
se-á ainda em conta a entrevista realizada a Raúl da Costa, atual diretor
artístico. Esta investigação explora e analisa o gosto musical característico da
audiência do Festival, enveredando por linhas de reflexão de autores
relevantes no seio do enquadramento teórico da pesquisa (Petersson e
Bourdieu).
PALAVRAS-CHAVE
Música; Festival; Póvoa de Varzim; Gosto musical; Omnivorismo cultural.
BIOGRAFIA
Ezequiel Arrais nasceu a 7 de Fevereiro de 2001, em Castelo Branco. Iniciou
os seus estudos musicais com 11 anos de idade no Conservatório Regional de
Castelo Branco e ingressou na Classe de Órgão da Professora Lídia Correia
onde completou no ano letivo 2019/2020 o 8º Grau do curso secundário de
instrumento. A sua atividade musical como organista é marcada pelas diversas
audições, atividades, concertos e concursos organizados pelo CRCB. Por outro
lado, no âmbito da disciplina de classe de conjunto gravou com o coro Vox mini
e vox mix o CD Charadas da Bicharada, tendo participado na sua divulgação
por diversos locais do país. Presentemente, encontra-se no 2º ano do ciclo de
estudos da licenciatura de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa.
Joana Teles nasceu a 03 de agosto de 2003, em Abrantes, Santarém.
Começou o seu percurso musical aos 10 anos, na Escola de Artes do Norte
Alentejano, no polo de Portalegre, onde residiu maior parte da sua vida.
Completou o 8º grau em Flauta Transversal, nessa mesma escola, em junho de
2021. Participou em diversas masterclasses para alunos de flauta transversal e
de composição e ainda participou dois anos seguidos no Concurso Nano
Músicos (2019 e 2020), sendo que no último teve uma prestação que lhe
permitiu a obtenção do 3º lugar, com a peça para flauta e eletrónica Babel’s
Tower (tocada por si). Em 2021, ingressou no curso superior de Ciências
Musicais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa, onde continua o seu percurso já no seu segundo ano.
RESUMO
Pretende-se na seguinte proposta perceber todo um conjunto de mudanças
históricas e sociais naquele que é o festival mais antigo, ativo ainda nos dias de
hoje (Festival de Música de Sintra). Todo este trabalho foca em especial os
públicos frequentadores e respetivos círculos sociais ao longo da história do
Festival de Sintra. Por outro lado, foi realizada toda uma recolha e organização
sistemática de várias fontes que até ao momento se encontravam dispersas,
através das quais foi possível traçar uma narrativa em torno da génese e do
desenvolvimento de círculos sociais e artísticos. Ainda assim, apresentamos
uma segunda fase de existência do Festival de Sintra que aborda as edições
entre 2014 e 2022 (49º e 56º edições).
Por último, considerando as perspectivas da atual direção artística do festival,
será realizada uma breve reflexão entre a herança e projeções futuras do
Festival de Sintra.
PALAVRAS-CHAVE
Festival de Sintra; Públicos; Círculos Sociais; Círculos Artísticos;
Marquesa Olga de Cadaval.
BIOGRAFIA
João Nepomuceno Batuca nasceu no dia 7 de maio de 2002. Teve como
primeiro professor, o próprio pai. Posteriormente aos seus anos iniciais de
formação musical no contexto familiar, em 2015 ingressa na Academia de
Música de Elvas onde concluiu em 2021 o 8º grau. Entre 2015 e 2020, foi
galardoado regularmente pela Câmara Municipal de Elvas por mérito associado
aos seus estudos nesta instituição. Ingressa em 2020, no Conservatório
Superior de Música “Bonifácio Gil”, Badajoz (Espanha), onde aprofundou os
seus estudos de guitarra Evaristo Valentí Lopez. Posteriormente, no ano de
2021, ingressa na licenciatura em Ciências Musicais na Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), onde
atualmente frequenta o segundo ano da licenciatura. Tendo neste contexto
participado em diversas atividades, nomeadamente a mais recente participação
no projeto Música, Média e Públicos 1974-2020, inserido no Centro de Estudos
de Sociologia e Estética Musical (CESEM).
PALAVRAS-CHAVE
Operafest Lisboa; Discursos; Públicos; Media; Programação.
BIOGRAFIA
João Figueiredo Costa é doutorando em Ciências Musicais – vertente Musicologia
Histórica – na NOVA FCSH, com a tese “Gostos, sociabilidades e mediações: os
espetáculos de ópera em Lisboa (2001-2024)”, e bolseiro da Fundação para a Ciência
e a Tecnologia com a referência 2021.05870.BD. Atualmente, é membro do projeto
“Música, Media e Públicos em Portugal 1974 à actualidade” e, bem como, do Núcleo
de Estudos em Música na Imprensa, pertencente ao Grupo de Investigação em Teoria
Crítica e Comunicação do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical
(CESEM/NOVA FCSH). Entre 2019 e 2021, foi bolseiro de investigação no
supramencionado projeto “Música, Media e Públicos: Portugal 1974 – actualidade”.
Em 2020 concluiu, na mesma instituição, o mestrado em Ciências Musicais com a
dissertação intitulada “Os padrões de gosto musical da sociedade urbana de Évora:
uma abordagem por intermédio da imprensa local (1887-1910)”. As suas principais
linhas de interesse centram-se no estudo da imprensa e dos gostos operáticos, desde
o final do século XIX à actualidade.
"É preciso informalizar os concertos" - notas iniciais
para o estudo de agentes e modelos de acção de
divulgação da música "erudita" na década de 1970.
—
Ângela Flores Baltazar
RESUMO
Esta comunicação representa o início de um projecto de investigação acerca
de acções de "divulgação musical" ligadas à música "erudita" promovidas após
a Revolução de Abril de 1974, num período de consolidação da democracia
em Portugal. Focar-me-ei, em particular, na dimensão mediática destes
processos, através da contribuição de figuras públicas ligadas a esta esfera
musical, como foram exemplo José Atalaya e António Vitorino D’Almeida,
refletindo sobre os modelos de acção e estratégias utilizadas por estes e
outros divulgadores, questionando uma pretensa diversidade do perfil social
dos participantes em concertos deste foro. Este período foi caracterizado por
um desenvolvimento do consumo generalizado numa "sociedade de massas",
assim como um comprometimento político que fomentava o acesso
democratizado à cultura, e por conseguinte, à educação pela cultura.
PALAVRAS-CHAVE
Democratização cultural; Mediação; Orquestras; Divulgação musical.
BIOGRAFIA
Natural de Torres Vedras, após frequentar a Academia Nacional Superior de
Orquestra entre 2012 e 2015 no curso de instrumento – violino, em 2016
ingressou a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova,
tendo concluído a licenciatura em Ciências Musicais em 2019. Na mesma
instituição, concluiu o mestrado em Ciências Musicais/ Musicologia Histórica
em 2023, com a dissertação "A Orquestra Sinfónica Juvenil -
profissionalização e divulgação musical de 1973 a 1989". É colaboradora do
Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM) e membro do
Núcleo de Teoria Crítica e Comunicação (GTCC) e do Núcleo de Estudos de
Género em Música (NEGEM) da NOVA-FCSH.
Canções de Cília, Zeca e José Mário Branco:
um cruzamento transacional
—
Sara Cascalho Maia
RESUMO
Encontro-me a desenvolver uma tese de mestrado em Musicologia Histórica,
na NOVA FCSH, sobre a transnacionalidade da canção de intervenção:
através dos seus diferentes agentes, canções e eventos coletivos que
atravessam e cruzam as fronteiras de Portugal, Espanha e França, entre
1968 e 1975, dando especial destaque aos percursos de Luís Cília, José
Afonso e José Mário Branco.
No entanto, nesta apresentação, dada a limitação de tempo, pretendo
destacar uma secção importante do meu trabalho, que se prende com a
discografia destes três cantautores, analisando duas canções de cada um.
Deste modo, pretendo aqui expor seis canções, explicar o relevo das mesmas
no contexto discográfico dos autores, e salientar alguns aspectos de receção
destas mesmas canções.
PALAVRAS-CHAVE
Discografia; Receção; Luís Cília; José Mário Branco; José Afonso.
BIOGRAFIA
Sara Maia terminou, em 2020, o curso de canto no Instituto Gregoriano de
Lisboa. Finalizou em 2021 a Licenciatura em Ciências Musicais, na Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas e encontra-se neste momento ano segundo
ano de mestrado em Ciências Musicais, vertente Musicologia Histórica.
Encontra-se, simultaneamente, a fazer a licenciatura em canto, na Escola
Superior de Música de Lisboa, tentando conjugar a sua atividade como
intérprete e futura musicóloga. Leciona também, na Academia de Música de
Almada, Iniciação Musical bem como música para bebés. Trabalha também,
em part-time, com o MIC – Centro de Investigação e Informação da Música
Portuguesa.
Receção na imprensa da primeira edição do
Figueira Voz Fest: o Festival enquanto
promotor de sociabilidade
—
Laura da Silva Pereira
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
BIOGRAFIA
PALAVRAS-CHAVE
Brecht; Object-Oriented Ontology; Música de Cena.
BIOGRAFIA
Ricardo da Rocha (n. 1995) concluiu o curso profissional de piano na Academia
de Música Costa Cabral (2017) e é licenciado em Ciências Musicais pela NOVA-
FCSH (2020). Frequenta o mestrado em Musicologia Histórica na mesma
instituição, sendo colaborador do Centro de Estética e Sociologia da Música –
CESEM no grupo de Teoria Crítica e Comunicação, no Núcleo de estudos em
Género e Música e na Linha Temática Música e Interpretação.
Paralelamente colabora em projectos teatrais, enquanto compositor e encenador;
desenvolve atividade como crítico musical e programador cultural na Sociedade
de Instrução Guilherme Cossoul, onde é responsável pelo pelouro da música e
director artístico da Banda Juvenil.
A integral das sinfonias de Beethoven em Lisboa
em 1973 e 2016
—
Rui Magno Pinto
RESUMO
Completam-se cinquenta anos da integral das sinfonias de Beethoven em Lisboa,
pela Royal Philharmonic Orchestra, sob a direcção de Yuri Ahronovic. Desde
então, foi a Orquestra Metropolitana de Lisboa a retomar a iniciativa de
apresentar, em dias consecutivos, e em três cidades portuguesas, as mais
aclamadas páginas sinfónicas do cânone musical erudito: de meados de Setembro
a meados de Outubro de 2016, as nove sinfonias de Beethoven ouviram-se
consecutivamente em Setúbal, Lisboa e Sintra. À luz de anteriores episódios da
recepção de Beethoven em Lisboa, a presente comunicação visa discutir os
discursos formulados pelos promotores e a recepção da crítica a tais
monumentais iniciativas.
PALAVRAS-CHAVE
Ludwig van Beethoven; Integral das sinfonias;
Royal Philharmonic Orchestra; Orquestra Metropolitana de Lisboa.
BIOGRAFIA
Rui Magno Pinto é investigador integrado do Centro de Estudos de Sociologia e
Estética Musical. Bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, discutiu na
sua tese de doutoramento a emergência de uma cultura sinfónica em Lisboa entre
1846 e 1911. Na sua dissertação de mestrado, concluída em 2010, debateu a
actividade e obra dos principais instrumentistas de sopro portugueses no segundo
e terceiro quartéis do século XIX. É assistente convidado do Departamento de
Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa e do Departamento de Música da Universidade do Minho. Foi
fundador e director artístico dos projectos Novos alunos d@ Guilherme Cossoul e
Filarmónica Enarmonia, desenvolvidos no âmbito do programa Práticas Artísticas
para a Inclusão Social da Fundação Calouste Gulbenkian. É co-coordenador do
projecto MUSICAR – Prática musical para pessoas com cegueira e baixa visão e
pessoas surdas, iniciativa da Metropolitana apoiada pelo MusicAIRE - acção
cofinanciada pela União Europeia.
Os concertos do Drumming Grupo de Percussão:
repertório e locais
—
Maria Inês Pires
RESUMO
Drumming GP é um grupo de percussão sedeado no Porto e dirigido por Miquel
Bernat desde 1999. O grupo dedica-se à difusão de obras musicais
contemporâneas organizadas por programas temáticos. Os seus concertos
realizam-se em diferentes contextos e locais nos quais se incluem salas de
concerto, espaços ao ar livre, escolas, bares/cafés e espaços multiusos.
Esta apresentação visa dar a conhecer a forma como o grupo organiza os
programas musicais e discutir possíveis conexões entre os programas e os
locais dos concertos. Metodologicamente, recorre-se à análise qualitativa das
informações presentes no dossier de apresentação do agrupamento e a uma
entrevista realizada com Miquel Bernat por meio do software MAXQDA.
Simultaneamente, é feita a análise quantitativa dos locais de concerto por meio
do software SPSS. Por fim, a triangulação dos resultados mostra que os
espaços de concerto e o repertório se articulam de forma a promover a
diversidade cultural e a mediação dos públicos.
PALAVRAS-CHAVE
Música contemporânea; Difusão musical; Drumming Grupo de Percussão.
BIOGRAFIA
Maria Inês Pires frequenta o doutoramento em Ciências Musicais Históricas, na
FCSH da Universidade NOVA de Lisboa e é investigadora do CESEM. É mestre
em Ensino de Música e Licenciada em Música (saxofone) pela ESART de Castelo
Branco. Em 2017, inserida no grupo FEME, obteve o prémio Jovens Criadores,
promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, na categoria de
música. Participou no 17º e 18º World Saxophone Congress (Strasbourg e
Zagreb). Em 2017 e 2019, estreou peças de jovens compositores portugueses no
Festival Mónaco Electroacoustique. Frequentou masterclasses com Jean-Marie
Londeix, Claude Delangle, Vicent David, entre outros. Pires participou nas
conferências NCMM 2021 e na 8ª edição do EIMAD (2022).
Perspectives for the ethnographic analysis of the
listening practices: chamber music concerts at
MNAA, 20-22 April 2023
—
Roman Korolev-Namazov
RESUMO
The act of listening to classical music in public concerts can be interpreted
through the lens of specific listening practices. The conceptualization of these
practices serves a methodological framework for exploring the phenomenon of
listening which involves examining the intertwined perceptual structures framed
bodily and culturally. It seeks to analyze the listening techniques adopted by
classical music concert attendees and how these techniques inform their
relationship with the musical event by collecting such qualitative data as
participant observations and interviews. The presentation focuses on a series of
chamber music concerts that took place at the National Museum of the Ancient
Art, Lisbon in late April 2023. Its objective is to illustrate how these listening
practices underpin concertgoers’ perception of the event in various dimensions,
including the social dynamics that shape their listening habits, the environmental
factors that influence their behavior during the concert, and the perceptual abilities
that facilitate their aesthetic experience.
PALAVRAS-CHAVE
Chamber Music; Concert; Listening; Perception.
BIOGRAFIA
Graduated in Global Studies, Lomonosov Moscow State University (2005). Holds
an Associate of Arts degree in Music, Academic Music College at Tchaikovsky
Moscow State Conservatory (2015), and a Master of Arts degree in Cultural
Studies, Russian State University for the Humanities (2018). Currently undertaking
his PhD in Anthropology, developed in affiliation with NOVA FCSH and ISCTE-
IUL. Previously worked as an assistant lecturer at the Moscow International
University (2019-2020), a research associate at the Moscow Museum of Modern
Art (2017-2020), a music reviewer at Radio Culture, Moscow (2013-2017), and a
catalog librarian at Taneyev Research Music Library, Moscow (2005-2013).
Perspetivas sobre os processos de viralização de
vídeos musicais no contexto da paisagem
digital portuguesa desde 2019
—
Paula Gomes-Ribeiro e André Malhado
RESUMO
A emergência das plataformas digitais revolucionou a música e as indústrias
audiovisuais, particularmente no modo como os produtores promovem o seu
trabalho e interagem com os fãs. Uma consequência significativa deste
fenómeno tem sido a crescente visualização de vídeos musicais, rapidamente
disseminados na WWW, e que geram atenção e envolvimento massivos por
parte de audiências. O consumo de vídeos musicais virais em Portugal é
largamente dominado pelas grandes indústrias internacionais. Contudo, do
repertório de vídeos produzidos por artistas portugueses surgem igualmente
fenómenos de grande popularidade.
Nesta comunicação, enquadrada num processo em curso, propomo-nos
explorar e discutir processos de viralização de vídeos musicais em Portugal,
com um foco particular nos fatores que impulsionam o envolvimento e
reconhecimento das audiências através de processos de mediatização
profunda (Hepp, 2020). A investigação parte de uma abordagem de método
misto, ancorada na sociologia da música, e baseada numa amostra com
alguns dos vídeos musicais virais de maior impacto desde 2019.
PALAVRAS-CHAVE
Mediatização; Youtube; Imprensa Digital; Recepção; Vídeo Musical.
BIOGRAFIA
Paula Gomes-Ribeiro: Musicóloga. Professora do Departamento de Ciências
Musicais, Investigadora do CESEM - Centro de Estudos de Sociologia e Estética
Musical, e In2Past, da NOVA FCSH. Concluiu o Doutoramento e o Mestrado em
Musicologia na Universidade de Paris 8. Gere o projeto Música Media e Públicos
- Portugal 1974. Fundadora do CysMus e do NEGEM. Foi vice-presidente da
Direção da SPIM e integrou a Direção do CESEM. Co—responsável, com Heloísa
Valente, pelo volume Música e Media, da História Temática da Música em
Portugal e no Brasil. Os seus principais interesses de investigação abrangem os
domínios da sociologia da música, as relações entre media e música, estudos de
receção e públicos, estudos de género.
PALAVRAS-CHAVE
Televisão; Festival; Audiências; Internet.
BIOGRAFIA
Doutoranda em Etnomusicologia no INET-md (NOVA FCSH) e bolseira da FCT
com um projeto dedicado aos Festivais RTP e Eurovisão da Canção. Licenciada e
Mestre em Ciências Musicais, desenvolve investigação no âmbito da música,
televisão e indústrias da música. É a criadora e team leader da Conferência
Internacional EUROVISIONS (Lisboa 2018; Telavive 2019; Roterdão (online),
2020, 2021; Turim 2022; Liverpool 2023). É docente do Seminário Temático
Festivais de Música em Portugal e na Europa (NOVA FCSH). Foi bolseira do
projeto A indústria fonográfica em Portugal no Séc. XX e investigadora do projetos
ORFEU e EcoMusic. Tem artigos e capítulos de livros publicados e apresenta
regularmente o seu trabalho em conferências nacionais e internacionais. Tem
desenvolvido atividade docente em diversos conservatórios de música.
O papel da agenda cultural
no jornalismo contemporâneo
—
Ana Sofia Malheiro
RESUMO
Com a contaminação do jornalismo cultural, incluindo o sobre música, pelas
Indústrias Culturais; a especialização, outrora conhecida pelo caráter refletivo e
crítico, entrou na espiral da velocidade do circuito informativo. Foi a capitalização
crescente do setor cultural, inerente a uma calendarização ininterrupta de eventos,
que fez com que a agenda cultural se tornasse numa das principais linhas
condutoras do jornalismo cultural contemporâneo, que se traduz agora numa
exposição sucessiva de momentos e produtos. Note-se, ainda assim, que não é
apenas a agenda cultural que tem influência no que é tratado pela agenda setting
(ou ‘dos media’), já que são também os objetos mediatizados pelos órgãos de
comunicação social que conquistam o monopólio da Indústria e da opinião pública.
Desta forma, a dicotomia mutuamente obrigada entre agendas gera um ciclo não
só viciado, como vicioso. Estando este processo intimamente ligado à massificação
dos media, problematizar-se-á se existem, ou não, diferenças entre um jornalismo
entendido como mainstream (ou ‘dominante’) e um outro, de caráter underground
(dada a distribuição mais limitada).
PALAVRAS-CHAVE
Jornalismo Cultural; Indústrias Culturais; Agenda Cultural; Massificação.
BIOGRAFIA
Natural de Guimarães, Ana Sofia Malheiro (n. 2000) completou o Ensino Artístico
Especializado em Música na classe de piano e canto no Conservatório da cidade. É
licenciada em Ciências Musicais pela FCSH, percurso concluído com 18 valores,
que lhe valeram seis bolsas de mérito, provenientes do Santander, DGES, UNL e
Câmara Municipal de Braga; além de uma bolsa de Iniciação à Investigação
promovida pela FCT e pelo CESEM. É agora mestranda em Jornalismo na mesma
faculdade, sendo também investigadora no Centro de Investigação & Informação da
Música Portuguesa. Os seus interesses de investigação e debate centram-se nas
relações entre a música e os papéis sociais, políticos e de género, pelo que
colabora frequentemente com os grupos NEGEM e MMP, onde já foi estagiária.
Intervenientes: Ana Sofia Malheiro, André Malhado,
Ângela Flores Baltazar, Ezequiel Arrais, Joana Teles, João
Batuca, João Figueiredo Costa, Laura Pereira, Maria Inês
Pires, Mariana Calado, Paula Gomes-Ribeiro, Pedro
Loureiro, Rafaela Jordan Gomes, Ricardo da Rocha,
Roman Korolev-Namazov, Rui Magno Pinto, Sara Maia e
Sofia Vieira Lopes.