É, meu caro, estamos diante de um dos maiores problemas
da nossa época.
Um problema que, na mesma proporção em que causa
inúmeras consequências negativas na sociedade, também é sumariamente negligenciado.
E ai de quem tentar abordar o assunto com sinceridade.
Corre-se um risco grande de cancelamento e perseguição. Por isso, preferi abordar esse tema aqui no grupo fechado.
Estamos falando da ausência
paterna na criação de crianças.
Não importa se o caso é de abandono parental,
falecimento, divórcio, mãe solteira ou o que quer que seja. O fato é que a ausência do pai sentencia um futuro com mais riscos e problemas para os filhos.
Existem variados estudos que relacionam o uso de drogas
e crimes com a criação sem a presença paterna. O filho de mãe solteira corre um risco maior de seguir por esse caminho.
Não é nem preciso falar que as consequências dessa
ausência não são apenas de natureza criminal, certo? Muito maior, e talvez até mais sério, é o número de casos de disfunções no comportamento e na personalidade.
E isso é ainda mais claro quando se trata de meninos.
Garotos que cresceram cercados por mulheres
desenvolvem a energia feminina além do que seria “aceitável”. Tornam-se mais emotivos e sensíveis, por exemplo. São meninos criados em uma redoma de proteção e conforto, paparicados pela mãe, avós e tias. O elemento de superação, de desafio e de coragem fica atrofiado em suas personalidades.
E isso acontece inclusive em momentos aparentemente sem
importância.
Por exemplo, se quando aparece uma barata em casa, o
menino só vê mulheres fazendo escândalo, é isso que ele tenderá a replicar em sua própria personalidade.
Se durante uma tempestade com raios e trovões, ele só vê
mulheres angustiadas com medo, é isso que provavelmente ele vai imitar.
Infelizmente, o pai não estava presente para demonstrar a
sobriedade nesses momentos e a capacidade de ir lá e resolver o problema.
O desafio e o enfrentamento do medo quase sempre vêm a
partir do homem da casa. É o pai que empurra o menino para o mundo a fim de que ele também venha a se tornar um homem.
Mulheres dão mais conforto para seus filhos. Sempre
preocupadas com os mínimos detalhes, elas impedem o desenvolvimento da tenacidade.
O menino precisa levar um agasalho para não sentir frio. A
comida é servida e entregue na mão do garoto. Fazer tarefas em casa? Não. Afinal ele já estuda “tanto”. Ele arruma a cama e recolhe a roupa jogada no chão. Não pode nadar quando está um pouco frio. Não pode andar descalço na terra. E, assim, dentro de uma bolha protetora, cria-se não um homem, mas um ser sem personalidade dopado pela preguiça e pela indulgência por si mesmo.
O excesso de conforto e proteção atrofia o espírito
masculino.
Esse menino vai crescer e se tornará um adulto (não um
homem) tomado por inseguranças, tornando-se uma presa fácil, por exemplo, da Síndrome de Nice Guy.
Se você teve um pai ausente ou sem presença positiva na sua
criação, provavelmente esse é o principal motivo dos seus comportamentos como “cara bonzinho”.
Nas missões durante #ABatalhados21, vamos combater os