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24/06/2019

Eflorescência – O que é?
EFLORESCÊNCIAS: Na ciência das edificações,
o termo eflorescência
significa a formação de
Causas e Soluções depósito salino sobre uma
determinada superfície,
como resultado da
lixiviação de sais presentes
em materiais porosos. É
considerada um dano, por
alterar a aparência do
elemento em que se
deposita.

Denis Capela
Engenheiro e Diretor Técnico
CAPELA CONSULTORIA

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Eflorescência – Condições de Formação Eflorescência – Composição Química


É constituída principalmente de sais de matais alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-
terrosos (cálcio e magnésio), solúveis ou parcialmente solúveis em água:
 Teor de sais solúveis presentes nos materiais ou componentes, Composição química Fórmula química Solubilidade em água Fonte provável

 Presença de água (quanto maior a quantidade e o tempo de carbonato de cálcio CaCO3


carbonatação da cal lixiviada da
argamassa ou do concreto e da
contato, maior é a fração solubilizada) e pouco solúvel argamassa de cal não carbonatada
carbonatação da cal lixiviada de
carbonato de magnésio MgCO3
 Pressão hidrostática (migração da solução para a superfície). argamassa de cal não carbonatada
carbonatação dos hidróxidos
carbonato de potássio K 2CO3
muito solúvel alcalinos de cimentos de elevado
carbonato de sódio Na2CO3 teor de álcalis
cal liberada na hidratação do
hidróxido de cálcio Ca(OH)2 solúvel
cimento
sulfato de cálcio hidratação do sulfato de cálcio
CaSO4.2H2O parcialmente solúvel
desidratado do tijolo
Outros fatores que favorecem o fenômeno: sulfato de magnésio MgSO4 solúvel
tijolo, água de amassamento
sulfato de cálcio CaSO4 parcialmente solúvel
 Elevação da temperatura (favorece a solubilização dos sais e
sulfato de potássio K2SO4 reação tijolo-cimento, agregados,
aumenta a velocidade de evaporação da umidade);
sulfato de sódio Na2SO4 água de amassamento
 Porosidade dos componentes (sais podem migrar e se cloreto de cálcio CaCl2
depositar em componentes de menor capilaridade). água de amassamento
cloreto de magnésio MgCl2 muito solúvel
nitrato de potássio KNO3
nitrato de sódio NaNO3 solo adubado ou contaminado
nitrato de amônio NH4NO3

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Eflorescência – Tipo 1 Eflorescência – Tipo 1 Se a queima é feita em temperatura


adequada, os sulfatos são eliminados. Os
sulfatos alcalinos e de magnésio são
eliminados à temperatura cima de 950ºC
e os de cálcio à temperatura de 1050ºC.
Aspecto e características Causas prováveis atuando com
Locais de formação Reparos
da eflorescência ou sem simultaneidade

• em superfície de alvenaria • sais solúveis presentes nos materiais: • eliminação da fonte de umidade
aparente água de amassamento, agregados ou
aglomerantes • aguardar a eliminação dos sais pela
• em superfície de alvenaria ação da chuva em casos de eflorescência
de argamassa revestida • sais solúveis presentes nos materiais em superfície externa
Tipo I cerâmicos (tijolos, ladrilhos, etc.)
• em regiões próximas a • lavagem com água
Pó branco pulverulento, caixilhos mal vedados • sais solúveis contidos no solo
solúvel em água • escovamento da superfície por processo
• em superfície de ladrilhos • poluição atmosférica mecânico
cerâmicos não esmaltados
• reação tijolo-cimento • após saturar a alvenaria com água, lavar
• em juntas de pisos cerâmicos com solução de ácido muriático a 10%,
esmaltados e azulejos e em seguida com água abundante.

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Principais Compostos Químicos do Cimento

Silicato tricálcico  resistência inicial (até 7 dias); libera a maior quantidade


de Ca(OH)2; elevada quantidade de calor desprendida.

Silicato bicálcico  resistência a partir de 7 dias mediante cura; libera 1/3 da quantidade
de Ca(OH)2; menor quantidade de calor desprendida; maior durabilidade ao ataque de
sulfatos.
Aspecto e características Causas prováveis atuando com
Locais de formação Reparos
da eflorescência ou sem simultaneidade Aluminato tricálcico  desprende a maior quantiade de calor; composto que tende a
reagir mais rapidamente com a água, influenciando significativamente na pega do
• em superfície de componentes • carbonatação de cal liberada na • eliminação da percolação de água
cimento; composto mais suscetível ao ataque de sulfatos.
Tipo II próximos a elementos em hidratação do cimento
alvenaria e concreto • lavagem com solução de ácido muriático
Depósito branco com aspecto • carbonatação da cal não carbonatada conforme indicado anteriormente Ferroaluminato tetracálcico  não contribui para a resistência mecânica e nem para o
de escorrimento, muito • em superfície de argamassa proveniente de argamassas mistas ataque de sulfatos; gera baixo calor de hidratação e possui boa estabilidade química.
aderente e pouco solúvel em ou concreto • em caso de depósito abundante,
água; em presença de ácido escovamento da superfície por processo
apresentam efervescência mecânico e lavagem com ácido conforme
indicado anteriormente Durante as reações de hidratação do cimento Portland, estes silicatos
liberam quantidade significativa de hidróxido de cálcio – Ca(OH)2. Ou
seja, o hidróxido de cálcio, um dos sais que contribuem para a formação
de eflorescências, está intrínseco ao processo de hidratação do
cimento. Qualquer elemento obtido a partir do cimento Portland irá
conter hidróxido de cálcio em sua composição.

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Eflorescência – Calcinação, Hidratação e Recarbonatação Eflorescência – Tipo 2


Estrutura de Concreto
CaCO 3 + calor CaO + CO 2 e Platibandas em
Carbonato de cálcio
( r o c h a c a lc á r i a )
T ~ 1 00 0 º C Óxido de cálcio
( c a l v i rg e m )
Alvenaria

CaO + H2O Ca(OH)2 + vapor


Óxido de cálcio Hidróxido de cálcio
(cal virgem) (cal hidratada)

Aumento de volume

em presença
Ca(OH)2 + CO2 de água CaCO3 + H2O
Cal hidratada do ar
Carbonato de cálcio regenerado já aplicado sob a
cálcica forma de revestimento (aglomerante aéreo)

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Regularizações horizontais Regularizações horizontais
em áreas comuns (térreo) em áreas comuns (térreo)

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Regularizações Fachadas
horizontais em
fachadas

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Espelhos d’água Espelhos d’água

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Espelhos d’água Espelhos d’água

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Piscinas Piscinas

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Piscinas Piscinas

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Piscinas Piscinas: borda infinita

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 2


Piscinas: borda infinita Rampas de acesso

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Eflorescência – Tipo 2 Eflorescência – Tipo 3


Rampas de acesso

Aspecto e características Causas prováveis atuando com


Locais de formação Reparos
da eflorescência ou sem simultaneidade

• entre fissuras de juntas de • expansão devido à hidratação do • não realizar reparos, esperar a
alvenaria sulfato de cálcio existente no tijolo ou estabilização do fenômeno
Tipo III da reação tijolo-cimento
• entre juntas de argamassa e • reparo usando cimento isento de sulfatos
Depósito branco, solúvel em tijolos • formação de sal expansivo por ação
água, com efeito de expansão de sulfato do meio
• locais de alvenaria muito
exposta à ação da chuva

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Eflorescência – Conclusão e Prevenção Eflorescência – Projetos

a. Somente o bom desempenho (estanqueidade) do sistema de impermeabilização não


é suficiente para prevenir a ocorrência de eflorescências;

b. Em regiões críticas (a serem definidas em projeto), prever a utilização de cimentos


com adições como os materiais pozolânicos (CP II-Z ou CP IV), metacaulim ou sílica
ativa;

c. Prever na fase de projeto, a criação de barreiras físicas, drenagem e utilização de


membranas acrílicas impermeáveis que impeçam a migração de água para regiões
críticas do revestimento;

d. Projetos específicos de revestimento (fachada e piscina) compatibilizam e


desenvolvem soluções com o objetivo de evitar a ocorrência de trincas e fissuras nos
revestimentos que contribuem para a percolação de água e consequente formação de
eflorescências.

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Eflorescência – Projetos

OBRIGADO

Denis Capela
Engenheiro e Diretor
engenharia@capela.eng.br
CAPELA CONSULTORIA

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