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ARTIGO E QUESTIONÁRIO - ASPECTOS

IMPORTANTES PARA A ELABORAÇÃO DE VCU

Prof. Dr. Cristiano Reschke Lajús


crlajus@hotmail.com
Lei de Sementes
Objetivo
Inspeção obrigatória e a fiscalização do comércio de semente;

Criação da obrigatoriedade do registro para os produtores e


comerciantes de sementes no RENASEM;

Procedimentos relativos à análise de sementes e credenciamento de


laboratórios de sementes;

Conceituações específicas às sementes;

Definições de proibições, isenções e estabelecimento de


penalidades sobre contravenções.

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Sistema Nacional de Sementes e Mudas
SNSM
Objetivo
Garantir a identidade e a qualidade do material de

multiplicação e de reprodução vegetal

produzido, comercializado e utilizado

em todo o território nacional.

Compete ao MAPA promover, coordenar, normatizar,

supervisionar, auditar e fiscalizar as ações

decorrentes do SNSM.
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Comissão de Sementes e Mudas (CSM)
Colegiado composto por representantes de entidades federais, estaduais
ou distritais, municipais e da iniciativa privada, que tenham vínculo com a
fiscalização, pesquisa, ensino, assistência técnica e extensão rural,
produção, comércio e a
utilização de sementes e mudas.

Principal fórum de discussão do setor sementeiro;

Função consultiva, informativa e de assessoramento ao MAPA, objetivando o


aprimoramento do SNSM.

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Principais atividades do SNSM
a) Registro Nacional de Sementes e Mudas – RENASEM;
b) Registro Nacional de Cultivares – RNC;
c) Serviço Nacional de Proteção de Cultivares - SNPC
d) Produção de Sementes e Mudas;
e) Certificação de Sementes e Mudas;
e) Amostragem
f) Análise de Sementes e Mudas;
h) Fiscalização da Produção, Beneficiamento, Amostragem,
Análise, Certificação, Armazenamento, Transporte e
Comercialização de sementes e mudas.

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Registro Nacional de Sementes e Mudas
RENASEM

Os agentes envolvidos na execução das atividades previstas no


Sistema Nacional de Sementes e Mudas deverão inscrever-se ou
credenciar-se no RENASEM.

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Obrigadas à inscrição

Pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de produção,


beneficiamento, reembalagem, armazenamento, análise,
comércio e importação ou exportação de semente ou muda.

VALIDADE: 3 anos;
✓ Renovada mediante requerimento;
✓Cancelamento automático 60 dias após o vencimento;
✓ Taxas: fixadas pelo MAPA.

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Requisitos para a inscrição como produtor:

• Relação de equipamentos e descrição da


infraestrutura com a capacidade operacional para o
beneficiamento e armazenamento;

• Contrato de prestação de serviços de beneficiamento e


armazenamento, quando estes serviços
forem realizados por terceiros;

• Termo de compromisso firmado pelo responsável técnico.

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Requisitos para a inscrição do campo de
produção de sementes

a) Cultivar/espécie: inscritas no Registro Nacional de Cultivares (RNC);

b) Requerimento de inscrição de campos;

c) Relação de campos para produção de sementes com as respectivas


coordenadas geodésicas;

d) Projeto técnico com roteiro detalhado de acesso à propriedade, onde estão


localizados os campos de produção;

e) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): relativa ao projeto técnico;

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f) Comprovante da origem do material de reprodução:
* Atestado de origem genética (para a categoria genética);
* Certificado de semente (para as categorias básica e certificadas);
* Termo de Conformidade (para a categoria de semente S1e S2);
* Laudo técnico elaborado por grupo designado pela Comissão de
Sementes e Mudas (CSM) para material de propagação sem origem genética
comprovada.

g) Autorização do detentor dos direitos da propriedade intelectual da cultivar,


no caso de cultivar protegida no Brasil;

h) Contrato com certificador, quando for o caso.

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Obrigações do produtor

1) Manter infraestrutura, recursos humanos, equipamentos e instalações


adequados à produção de sementes;

2) Manter as atividades de produção de sementes, em todas as suas etapas, sob


a supervisão e o acompanhamento de responsável técnico;

3) Atender, nos prazos estabelecidos, as instruções do responsável técnico


prescritas nos laudos técnicos;

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4) Encaminhar, trimestralmente, ao órgão de fiscalização da respectiva Unidade
da Federação, o mapa atualizado de produção e comercialização de
sementes (10/04, 10/07, 10/10 e 10/01);

5) Conhecer o destino dado aos lotes que, mesmo dentro do padrão, tenham
sido descartados como semente, mantendo os seus registros;

6) Conhecer o destino dado aos lotes de sementes tratadas com produtos


nocivos à saúde humana ou animal, que por qualquer razão não tenham
sido comercializados ou utilizados para semeadura própria, mantendo os
seus registros.

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7) Manter à disposição do órgão de fiscalização, pelo prazo de dois anos:
a) projeto técnico de produção;
b) laudos de vistoria;
c) controle de beneficiamento;
d) atestado de origem genética, certificado de sementes ou termo de
conformidade das sementes produzidas;
e) contrato de prestação de serviços, quando o beneficiamento ou o
armazenamento for executado por terceiros;
f) contratos com os cooperantes, quando for o caso;
g) boletim de análise das sementes produzidas;
h) documentação fiscal referente às operações com sementes.

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NÃO NECESSITAM INSCRIÇÃO NO
RENASEM

a) Pessoas físicas ou jurídicas que importem sementes


ou mudas para uso próprio em sua propriedade, ou em
propriedades de terceiros cuja posse detenham.

b) Agricultores familiares, os assentados da reforma agrária e os


indígenas que multipliquem sementes ou mudas para
distribuição, troca ou comercialização entre si.

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Obrigadas ao credenciamento

Responsável técnico, entidade de certificação, certificador de


sementes de produção própria, laboratórios de análise de
sementes, amostrador de sementes.
VALIDADE: 1 ano

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Registro Nacional de Cultivares
RNC

Objetivo

Habilitar previamente cultivares para a


produção, beneficiamento e comercialização de
sementes no país.

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Conceitos importantes
Cultivar

A variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior


que seja claramente distinguível de outras cultivares
conhecidas, por margem mínima de descritores, por sua
denominação própria, que seja homogênea e estável quanto
aos descritores através de gerações sucessivas e seja de
espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal,
descrita em publicação especializada disponível e acessível
ao público, bem como a linhagem componente de híbridos.

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Cultivar local, tradicional ou crioula

Variedade desenvolvida, adaptada ou produzida por


agricultores familiares, assentados da reforma agrária ou
indígenas, com características fenotípicas bem
determinadas e reconhecidas pelas respectivas
comunidades e que, a critério do MAPA, considerados
também os descritores socioculturais e ambientais, não se
caracterizem como substancialmente semelhantes

às cultivares comerciais.

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Descritor

Característica morfológica, fisiológica, bioquímica ou molecular que


herdada geneticamente, utilizada na identificação de cultivar.

Valor de Cultivo e Uso


Valor intrínseco de combinação das características agronômicas da
cultivar com as suas propriedades de uso em atividades agrícolas,
industriais, comerciais ou consumo “in natura”.

Mantenedor

Pessoa física ou jurídica que se responsabiliza por tornar


disponível um estoque mínimo de material de propagação de uma
cultivar inscrita no Registro Nacional de Cultivares - RNC,
conservando suas características de identidade
genética e pureza varietal.

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Requisitos para o registro

✓Relatório técnico com os resultados de ensaios de Valor de


Cultivo e Uso (VCU);
✓Descritores da cultivar;
✓Declaração da existência de estoque mínimo de material
básico.

A inscrição da cultivar deverá ser única e sua permanência


no RNC fica condicionada a existência de
pelo menos um mantenedor.

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Cadastro Nacional de Cultivares Registradas
(CNCR)

Publicação especializada, semestral e atualizada


por meio eletrônico, para a divulgação das
espécies e cultivares inscritas e
dos respectivos mantenedores.

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Serviço Nacional de Proteção de Cultivares
SNPC
✓Órgão responsável pela proteção de cultivares no Brasil;

✓Aplicador da Lei nº 9.456/1997:


Caracteriza a proteção de cultivares no País, abordando
desde a forma de obtenção, obrigações e direitos do detentor,
prazos e taxas para obtenção do direito sobre a cultivar.

✓Responsável pela análise de pedidos, concessão de


certificados de proteção e por zelar pelo cumprimento dos
ordenamentos internacionais de proteção intelectual.

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União Internacional para Proteção
das Obtenções Vegetais
UPOV

Organização mundial, com sede em Genebra, que tem como


finalidade garantir o reconhecimento do trabalho científico dos
obtentores de novas variedades de plantas de seus 67 países
membros (Brasil desde 1999);

Propõe ordenamentos internacionais para proteção da


propriedade intelectual de novas variedades vegetais.

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Direito Intelectual

Direitos que permitem que o criador (melhorista) se


benefice da sua própria criação (cultivar) por um certo
período de tempo.

Detentor

Aquele que melhora, que descobre e desenvolve


e uma nova variedade.

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Direito a Proteção de Cultivar
✓A proteção de cultivar será sobre o material de
reprodução ou de multiplicação vegetativa da planta
inteira;

✓A proteção assegura a seu titular o direito à


reprodução comercial no território brasileiro, ficando
vedados a terceiros, durante o prazo de proteção, a
produção com fins comercias, o oferecimento à venda
ou a comercialização, do material de propagação da
cultivar, sem sua autorização.
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Exceções ao direito do obtentor

✓Usa ou vende como alimento ou matéria prima o


produto obtido do seu plantio;

✓Pequeno produtor rural que multiplica sementes, para


doação ou troca;

✓Reserva sementes para uso próprio;

✓Utiliza a cultivar como fonte de variação no


melhoramento genético ou na pesquisa científica.

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Condições necessárias para a proteção

Homogênea

Distinta
Estável
PROTEÇÃO

Denominação

Produto de Novidade
melhoramento
genético

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Distinta Homogênea Estável

Teste de Distingüibilidade, Homogeneidade e


Estabilidade (DHE)

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Cultivar Distinta

Aquela que se distingue claramente de qualquer outra cuja existência


seja notoriamente conhecida na data do pedido de proteção.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Diferenças podem não ser claras


Diferenças claras

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Cultivar Homogênea

Aquela que é suficientemente uniforme nas suas


características relevantes (particularidades do método
propagação/biologia reprodutiva)

Homogênea Não homogênea

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Cultivar Estável

Aquela que mantenha suas características relevantes


inalteradas após sucessivas propagações.
Estável

Material original 1a geração 2a geração 3a geração


Não estável

Material original 1a geração 2a geração 3a geração

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Novidade

Cultivar nova que não tenha sido oferecida à


venda ou comercializada dentro
de determinado período.

No exterior:
✓Há mais de 6 anos: videiras ou árvores;
✓Há mais de 4 anos: demais espécies;

No Brasil: há mais de 1 ano.

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Duração da proteção

18 anos: árvores e videira


15 anos: demais espécies

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Extinção da Proteção/ Cancelamento da proteção

✓Expiração do prazo;
✓Renúncia do titular;
✓Pelo cancelamento do certificado: ausência de
pagamento da anuidade;
✓Titular deixar de ter procurador no Brasil;
✓Não apresentação da amostra viva;
✓Comprovação que a cultivar tenha causado impacto
desfavorável ao meio ambiente ou à saúde humana.

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Nulidade da Proteção

✓Cultivar não “novidade” ou sem distinguibilidade;


✓Tiver sido concedida, contrariando direitos de
terceiros;
✓Título não corresponder a seu verdadeiro objeto;
✓Omissão de providências determinadas pela Lei;

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Relação entre produtores de sementes e
programas de melhoramento (obtentores vegetais)

Verticalização Co-titularidade

Licenciamento Produção terceirizada Patente


Obtentor
exerce pleno Relação
Pagamento Empresa produtora
direito de entre A proteção
de royalty se responsabiliza
explorar sua obtentores via patente
por todas as
para o nas
criação no etapas da permite que
obtentor: 5% etapas de
mercado. produção, porém a seja cobrada
do valor de desenvol-
Relação direta semente leva a
venda da vimento de uma taxa
com o marca do obtentor,
semente. uma nova tecnológica.
agricultor que sendo
cultivar.
adquire a comercializada
semente. por ele.

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PROTEÇÃO X REGISTRO
SNPC
RNC
± 1200 cultivares
± 23 mil cultivares
▪ Visa a proteção da
▪ Habilita cultivares para
propriedade intelectual
produção e comercialização
▪ Assegura os direitos de
no Brasil
exploração comercial do
▪ Fundamentado na Legislação
uso (royalties);
de Sementes
▪ Tem legislação própria;
▪ Banco de informações
▪ Vinculada a ordenamentos
agronômicas (VCU)
internacionais de proteção
intelectual
▪ DHE
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Produção
A produção de sementes deverá obedecer às normas e aos
padrões de identidade e qualidade, estabelecidos pelo
MAPA e válidos em todo o território nacional.

Grandes investimentos financeiros a cada ano


Escolha de áreas adequadas
Condições ecológicas adequadas

Dentro do sistema de produção de sementes é facultado o


PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO.

Normas rigorosas de produção

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Tipos de produtores de sementes

Produtor individual Empresas produtoras Cooperante

● Atua como pessoa ● Toda a pessoa que


●Organizações
física com poder de multiplica semente para
decisão sobre a especializadas e
um produtor registrado
semente que produz; classificadas
sob um contrato
● Necessita de registro como pessoas
específico, orientado por
como produtor; jurídicas;
responsável técnico;
● Produz sob contrato; ● C/ pesquisa;
● Não necessita de registro
● Infra-estrutura ● S/ pesquisa.
mínima; como produtor de
● Pouca capacidade de sementes;
beneficiamento. ● Bonificação de 5-10% a
mais em relação ao preço
do grão.
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Controle de qualidade

Objetivo
Supervisionar todo processo de produção e
tecnologia de semente.

Tipos de controle de qualidade:

» Controle de Qualidade Interno (CIQ)


» Controle de Qualidade Externo (CEQ)

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Controle de Qualidade Interno (CIQ)

Não exigido por lei


Registros diversos: conhecimento da história
de cada lote de sementes:

▪ Escolha da semente
▪ Seleção da área
▪ Descontaminação da lavoura
▪ Determinação da umidade das sementes
▪ Testes de viabilidade
▪ Vigor
▪ Eficiência dos maquinários

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Controle Externo de Qualidade (CEQ)

Exigido por lei e realizado por


entidade governamental/
privada e pelo próprio produtor,
dependendo da categoria de
semente produzida.

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Certificação de Sementes

Controle de qualidade em todas as etapas da produção,


incluindo o conhecimento da origem genética e
o controle de gerações, devendo ser realizado sob a
supervisão e acompanhamento do responsável
técnico, em todas as fases.

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Objetivo
Verificar os campos de produção e as instalações onde a semente
foi produzida, com base em padrões mínimos que incluem pureza
varietal e física, germinação e sanidade.

A certificação de sementes será efetuada pelo MAPA ou por


entidade credenciada como certificadora.

É permitido ao produtor de sementes desde que credenciado no


MAPA acumular a atividade de certificador da
sua própria produção.

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Alguns conceitos importantes

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Classes de Sementes:

Grupo de identificação da semente de acordo com


o processo de produção.

CERTIFICADA
NÃO CERTIFICADA

Categoria de Sementes

Unidade de classificação, dentro de uma classe, que considera a


origem genética, a qualidade e o número de gerações.

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Classe Certificada

Semente genética

Material de reprodução obtido a partir de processo de melhoramento


de plantas, sob a responsabilidade e controle direto do obtentor,
mantidas as suas características de identidade e pureza genéticas.

Semente básica

Material obtido da reprodução de semente genética, realizada de


forma a garantir sua identidade genética e sua pureza varietal.

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SISTEMA DE SEMENTES NO BRASIL

Pesquisa Genética / Básica

Básica
C1
Produtor
C2
de Sementes
S1
S2

Agricultor Produto Comercial

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Semente certificada de primeira geração (C1)

Material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente


básica.

Semente certificada de segunda geração (C2)

Material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente


certificada de primeira geração.

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Classe não certificada

Semente S1

Material de reprodução vegetal, produzido fora do processo de


certificação, resultante da reprodução de semente certificada de
segunda geração.

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Semente S2

Material de reprodução vegetal, produzido fora do processo de


certificação, resultante da reprodução de semente S1.

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Padrão:

Conjunto de atributos de qualidade e de


identidade, estabelecido pelo MAPA,
que condiciona a produção e
comercialização de sementes.

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Lote:

Quantidade definida de sementes, identificado por letra, número ou


combinação dos dois, da qual cada porção é, dentro de
tolerâncias permitidas, homogênea e uniforme para as
informações contidas na identificação.

Campo de produção de sementes:

Área contínua de uma mesma cultivar, dividida em módulos


ou glebas para efeito de vistoria ou de fiscalização.

Gleba ou módulo:

Unidade de vistoria, claramente delimitada, obtida pela subdivisão


do campo de produção de sementes em áreas de tamanho
máximo estabelecido em função das peculiaridades de cada espécie.

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Espécie Peso máximo do lote (kg)

Sorgo 20.000

Azevém 10.000

Feijão 25.000

Milho 40.000

Soja 25.000

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Espécie Área máxima da gleba (ha)

Arroz irrigado 30

Aveia branca 30

Feijão 50
100 (S1 e S2)

Milho 50
100 (S1 e S2)

Soja 50
100 (S1 e S2)

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Identidade genética:

Conjunto de caracteres genotípicos e fenotípicos da


cultivar que a diferencia de outras.

Atestado de origem genética:

Documento que garante a identidade genética do material de


propagação, emitido pelo melhorista. Conjunto de informações que
identifica os progenitores e especifica o processo utilizado para a
obtenção de uma cultivar.

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Certificado de semente:

Documento emitido pelo certificador; comprovante de que o lote de


sementes foi produzido de acordo com as normas e padrões de
certificação estabelecidos.

Termo de conformidade:

Documento emitido pelo responsável técnico, com o objetivo de


atestar que a semente foi produzida de acordo com as normas e
padrões estabelecidos pelo MAPA.

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Vistoria:

Acompanhamento da produção de sementes pelo


responsável técnico em qualquer de suas etapas, incluindo o
beneficiamento e o armazenamento, até a identificação do
produto final, a fim de verificar o atendimento às normas,
padrões e procedimentos estabelecidos, com a emissão do
respectivo laudo de vistoria.

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Principais objetivos do laudo de vistoria

• Recomendar técnicas agrícolas e procedimentos a serem


adotados;

• Registrar as não conformidades constatadas por ocasião da


vistoria, determinando as medidas corretivas a serem adotadas;

• Condenar, parcial ou totalmente, os campos de produção de


sementes fora dos padrões estabelecidos;

• Aprovar os campos de produção de sementes, observados os


padrões estabelecidos;

• Recusar, temporariamente, as condições de beneficiamento, de


armazenamento e das instalações complementares, até que sejam
sanadas as irregularidades constatadas.
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Períodos de vistoria

1a florescimento;

2a pré-colheita.

• A não realização de vistoria obrigatória

Cancelamento do campo de produção de sementes.


• Processo de certificação

Responsável técnico do certificador


Responsável técnico do produtor.
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Amostragem
A amostragem de sementes segue procedimentos
técnicos e objetiva a obtenção de quantidade
representativa para fins de análise.

Tipos de amostras:

✓ Amostra simples
✓ Amostra composta
✓ Amostra média
✓ Amostra oficial

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Intensidade de amostragem

Lotes com sementes acondicionadas em recipientes


com capacidade de até 100kg:

Nº de recipientes do lote Número de amostras simples


1–4 3 amostras simples/recipiente
5–8 2 amostras simples/recipiente
9 – 15 1 amostra simples/recipiente
16 – 30 15 amostras simples no total
31 – 59 20 amostras simples no total
60 ou mais 30 amostras simples no total

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Lotes com sementes acondicionadas em
recipientes com capacidade de mais de 100kg
ou no fluxo de sementes imediatamente antes
do seu acondicionamento:

Tamanho do lote Número de amostras simples


Até 500kg Pelo menos 5 amostras simples
501 - 3.000kg Uma amostra simples para cada 300kg,
mas não menos do que 5
3.001 - 20.000kg Uma amostra simples para cada 500kg,
mas não menos do que 10
Acima de 20.000kg Uma amostra simples para cada 700kg,
mas não menos do que 40

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Análise de Sementes

Objetivo
Avaliar, por meio de procedimentos técnicos, a
qualidade e a identidade da semente.

As análises serão realizadas em laboratórios oficiais ou


em laboratórios de prestação de serviços
credenciados pelo MAPA.

As análises de sementes oriundas da fiscalização da


produção e comércio de sementes
são realizadas em laboratório oficial de análise.

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Fiscalização
É realizada em todas as etapas da produção de sementes
pelo MAPA através dos
Fiscais Federais Agropecuários.

Campo, beneficiamento, amostragem, análise, certificação,


armazenamento, transporte e comercialização (até a
emissão da nota fiscal de venda pelo
produtor ou pelo reembalador).

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Penalidades

✓Suspensão da comercialização;
✓ Interdição do estabelecimento;
✓Advertência;
✓ Multa (250% do valor do produto);
✓Apreensão dos lotes de sementes;
✓Condenação dos lotes de sementes;
✓ Suspensão e cassação do RENASEM.

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Penalidades para o Responsável Técnico

✓Advertência;
✓ Multa pecuniária;
✓Suspensão do credenciamento;
✓ Cassação do credenciamento.

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Responsabilidade Técnica

✓O responsável técnico deverá ser eng. agrônomo


ou eng. florestal com registro no Conselho
Profissional;

✓A responsabilidade técnica quando exercida por


mais de um profissional deverá ter um como titular
e os demais serão suplentes;

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Obrigações do Responsável Técnico

✓Assinar termo de compromisso;

✓Elaborar e assinar projeto técnico de produção

✓Vistorias obrigatórias e laudos de vistorias

✓Supervisionar e acompanhar: beneficiamento,


reembalagem, armazenamento e análise;

✓Emitir e assinar Boletim de Análise de Sementes,


Certificado de Sementes e Termo de Conformidade.

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Utilização de sementes
✓Toda a pessoa que utilize sementes com finalidade de
semeadura deverá adquiri-las de produtor ou
comerciante inscrito no RENASEM;

✓O material de propagação vegetal reservado pelo


usuário, para semeadura, será considerado semente
para uso próprio e deverá:
a) ser utilizado somente em sua propriedade;
b) Ser de quantidade compatível com a área a ser semeada na
próxima safra;
c) ser proveniente de áreas inscritas no MAPA, quando se tratar de
cultivares protegidas.

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Comercialização
Comércio interno
✓Atendimento aos padrões de identidade e qualidade;

✓Identificada e acompanhada de nota fiscal, Atestado de


Origem Genética, Certificado de Sementes ou Termo de
Conformidade;

✓Compete à fiscalização do comércio estadual de


sementes verificar a comprovação de destino, mediante
nota fiscal e, quando for o caso, a Permissão de Trânsito
Vegetal;

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Comércio internacional

Exportação Importação
✓Atendimento às exigências
do comércio internacional; ✓Somente poderão ser
importadas sementes de
✓Para cultivar protegida no cultivares inscritas no RNC;
Brasil, a exportação somente
é permitida mediante ✓Isentas: pesquisa e ensaios

autorização do detentor de Valor de Uso e Cultivo.

intelectual.

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QUESTIONÁRIO

1. Qual o objetivo(s) da Lei de Sementes e as principais atividades do Sistema Nacional


de Sementes e Mudas?
2. Os agentes envolvidos na execução das atividades previstas no Sistema Nacional de
Sementes e Mudas deverão inscrever-se ou credenciar-se no RENASEM. Comente
sobre os agentes obrigados à inscrição e os que são obrigados ao credenciamento.
3. Descreva os requisitos necessários para a inscrição de um campo de produção de
sementes no RENASEM.
4. Quais as pessoas físicas ou jurídicas, dentro das normas do Sistema Nacional de
Sementes e Mudas não necessitam possuir inscrição no RENASEM?
5. Qual o objetivo do Registro Nacional de Cultivares e quais os requisitos necessários
para o registro de uma cultivar?
6. Quais as condições necessárias para solicitar a proteção de uma cultivar no Serviço
Nacional de Proteção de Cultivares? Explique.
7. Cite e explique como pode ser a relação entre os produtores de sementes e os
obtentores.

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QUESTIONÁRIO

8. Diferencie, sucintamente, registro de proteção.


9. Diferencie cultivar de cultivar crioula.
10. Defina:
a) Descritor
b) Valor de Uso e Cultivo
c) Detentor
d) Direito intelectual
e) Mantenedor
f) Padrão
g) Lote
h) Campo de produção de sementes
i) Gleba ou módulo
j) Identidade genética
k) Atestado de origem genética

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QUESTIONÁRIO

11. Caracterize os tipos de produtores de sementes.


12. Diferencie os tipos de controle de qualidade.
13. O que é Certificação de Sementes?
14. Diferencie classe de categoria de sementes.
15. Caracterize as categorias de sementes.
16. Diferencie certificado de semente de termo de conformidade.
17. A amostragem de sementes segue procedimentos técnicos e tem por objetivo a
obtenção de quantidade representativa para fins de análise. Cite os tipos de amostras.
18. Quais as obrigações do Responsável Técnico?
19. Disserte sobre a Técnicas e Análises Experimentais x Produção de Sementes.

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