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Palestra

Cultivo Protegido

Prof. Silas Nunes Batista

Eng. Agrônomo
Mestre em Ciências Ambientais e Florestais
Pós Graduado em Educação Ambiental e Sustentabilidade

Email: silasagroufrrj@yahoo.com.br
Quanto à duração:
- Permanentes

- Temporários
Quanto à estrutura:

- Ao ar livre
- Rústico suspenso
- De palha
Quanto à estrutura:

- Ripado
- Metálico
- De madeira e sombrite
- Aramado e sombrite
 Recomenda-se não instalar viveiros no mesmo terreno por
mais de 2 anos.

 Deve-se proceder rotação.

 A área do viveiro a ser escolhida deve considerar:

– Exposição preferencialmente ao Norte;

– Isolada do pomar, observando a legislação para a cada


espécie;

– Afastada de estradas públicas;


- Isenta de ervas daninhas de difícil
controle;

- Evitar áreas sujeitas a geadas,


principalmente no caso dos citros;

- Em terrenos de mata, proceder a destoca


total, no mínimo 2 anos antes da
instalação do viveiro;
- Disponibilidade de água para o uso
com irrigação e com tratamentos
fitossanitários;

- Não usar áreas encharcadas ou áreas


sujeitas à inundação;

- Preferir solos profundos e medianamente


arenosos;
- Evitar áreas sujeitas a ventos constantes que
podem quebrar as mudas na região da
enxertia;

- Escolher solos ricos em matéria orgânica;

- Terrenos isentos da infestação de nematóides;


- Não repetir o cultivo da mesma espécie pelo
menos, por três anos, na mesma área;

- Preferir topografia plana ou levemente


ondulada, executando-se, neste caso, práticas
para a conservação do solo.
 Solo – Deve-se dar preferência a solos areno-
argilosos, profundos, levemente ondulados ou
planos, porém na maioria dos casos não se
tem essa situação, devendo-se, então, utilizar
os solos com as melhores condições
possíveis.

 O viveiro deve estar livre de patógenos, pragas


e ervas invasoras.
 O viveiro deverá ser instalado em área onde
não houve viveiros nos últimos 3 anos.

 A água deverá estar disponível em quantidade


para a irrigação, quando necessária, e mesmo
para realização de tratamentos fitossanitários.
 Proteção de Ventos

 Controle da emperatura
 Aração profunda, atingindo 20-30cm de
profundidade.

 Os corretivos devem ser baseados na análise do


solo, sendo que a calagem e a aplicação de
potássio e fósforo devem ser antes da
instalação do viveiro.

 Matéria orgânica.
 A muda deve ser produzida, de preferência,
próximo ao local de consumo.

 Considerar a existência de mão-de-obra


qualificada.

 Estradas que facilitem o acesso.


Benfeitorias

- Deve-se dispor de galpões para embalagem e


controle do material propagado;

- Guarda de equipamentos, defensivos e fertilizantes;

- Em alguns casos, também é necessário que se


tenha estufas, telados, ripados, entre outros.
 Equipamentos

- Deve-se ter todos os equipamentos que


possibilitem o preparo da área, tratos culturais,
tratamentos fitossanitários, irrigações e
embalagem das mudas.
 Formação da muda

- A partir de sementes ou
- A partir de partes vegetativas.
- Enxertia
- Estaquia
- Mergulhia
- Alporquia
- Micropropagação.
 O preparo da sementeira começa pela aração
do solo, retirada de pedras, restos de vegetais
e o preparo do solo através do uso de enxadas
rotativas, normalmente acopladas a
microtratores.

 Dimensões do canteiro - em torno de 1,20 m


e 10 m de comprimento distanciados
aproximadamente 25 cm.
 Quando as mudas tiverem tamanho adequado
elas devem ser repicadas para área de
rustificação.

 As mudas também podem ser produzidas em


sacos plásticos, torrão ou vasos.
 A época de realização do transplante está
ligada à biologia da planta e ao tipo de muda
utilizada.
 Quando as mudas forem levadas para locais
distantes, devem ser embaladas de acordo
com a legislação e, se transportadas no
mesmo dia, devem ser mantidas em locais
sombreados.
 No arranquio das mudas, deve-se ter o
cuidado para não danificar o sistema radicular
e a haste principal.
Todo viveirista deverá estar registrado no
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) como produtor de
mudas e/ou comerciante, conforme Lei nº
10.711, de 5 de agosto de 2003 e DECRETO
Nº 10.586, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2020 e
as diversas Instrução Normativa (IN).
 Toda muda deverá ser comercializada dentro
de padrões estabelecidos para a espécie, de
acordo com normas elaboradas pelo MAPA ou
pelas comissões estaduais para produção de
mudas fiscalizadas ou certificadas.
Registro de Produtor de mudas
Para produção, beneficiamento, reembalagem, armazenamento, análise,
comércio, importação ou exportação de muda, fica a pessoa física
ou jurídica obrigada a se inscrever no Registro Nacional de
Sementes e Mudas (Renasem):
Requerimento, por meio de formulário próprio, assinado pelo
interessado ou representante legal, constando as atividades para as
quais requer a inscrição;
Comprovante do pagamento da taxa correspondente;Para produção,
beneficiamento, reembalagem, armazenamento, análise, comércio,
importação ou exportação de muda, fica a pessoa física ou jurídica
obrigada a se inscrever no Registro Nacional de Sementes e Mudas
(Renasem):
Requerimento, por meio de formulário próprio, assinado pelo
interessado ou representante legal, constando as atividades para as
quais requer a inscrição;
Comprovante do pagamento da taxa correspondente;
Relação das espécies com que trabalha;
Cópia do contrato social registrado na junta comercial ou equivalente,
quando pessoa jurídica, constando dentre as atividades da empresa
aquelas as quais requer a inscrição;
Cópia do CNPJ ou CPF, quando pessoa física;
Cópia da inscrição estadual ou equivalente, quando for o caso;
Declaração do interessado de que está adimplente junto ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Relação de instalações e equipamentos para produção, da qual conste a
capacidade operacional, própria ou de terceiros; e Termo de
compromisso firmado pelo responsável técnico.
A inscrição no Renasem terá a validade de cinco anos, podendo ser
renovada por iguais períodos, desde que solicitada e atendida as
exigências legais.
Dispensa de Inscrição no Registro
A pessoa física ou jurídica que importar semente ou muda para uso
próprio em sua propriedade ou em propriedade de terceiro cuja
posse detenha;
Agricultores familiares, assentados reforma agrária e os indígenas que
multipliquem sementes ou mudas para distribuição, troca ou
comercialização entre si; e
Organizações constituídas exclusivamente por agricultores familiares,
assentados ou indígenas que multipliquem sementes ou mudas de
cultivar local, tradicional ou crioula para distribuição aos seus
associados.
Inscrição do viveiro
É obrigatório o registro, no Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento, de todo viveiro de mudas destinado à exploração
comercial ou industrial, inclusive aquele utilizado para
florestamento ou reflorestamento.
A formação do viveiro e das mudas, assim como o controle de pragas e
doenças, deverá obedecer às normas e padrões técnicos vigentes.
Serão necessários os seguintes documentos para inscrição do viveiro:
Comprovante da origem do material de propagação;
Autorização do respectivo detentor dos direitos de propriedade
intelectual da cultivar, no caso de cultivar protegida;
Contrato com o certificador, quando for o caso;
Inscrição do viveiro
Mapas de produção e de comercialização de mudas;
Manter à disposição do órgão fiscalizador o projeto técnico de
produção; os laudos de vistoria do viveiro; o termo de conformidade
e certificado de mudas, conforme o caso; contrato de prestação de
serviços, quando estes forem executados por terceiros; e demais
documentos referentes à produção de mudas.
A seguir, são apresentadas algumas considerações sobre o Sistema
nacional de Sementes e Mudas (SNSM) e da produção de mudas
certificadas:
O Sistema Nacional de Sementes e Mudas objetiva garantir a identidade
e a qualidade do material de multiplicação e de reprodução vegetal
produzido, comercializado e utilizado em todo o território nacional,
compreendendo as seguintes atividades: Registro Nacional de
Sementes e Mudas - Renasem; Registro Nacional de Cultivares -
RNC; produção de sementes e mudas; certificação de sementes e
mudas; análise de sementes e mudas; comercialização de sementes
e mudas; fiscalização da produção, do beneficiamento, da amostragem,
da análise, da certificação, da reembalagem, do armazenamento, do
transporte e da comercialização de sementes e mudas; utilização de
sementes e mudas.
Compete ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento a
promoção, coordenação, normatização, supervisão, auditoria e
fiscalização das ações do SNSM.
Cabe aos Estados elaborar normas e procedimentos complementares
relativos à produção de sementes e mudas, bem como exercer a
fiscalização do comércio estadual. Ao Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento compete privativamente a fiscalização do
comércio interestadual e internacional de sementes e mudas.
A produção de sementes e mudas será de responsabilidade da pessoa
inscrita no Renasem, competindo-lhe zelar pelo controle de
identidade e qualidade, cujos padrões serão estabelecidos pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, válidos em todo
o país.
As mudas produzidas sob o processo de certificação serão
identificadas de acordo com a denominação das seguintes
categorias, acrescidas do nome comum da espécie: planta
básica,planta matriz e muda certificada.
A produção de muda certificada fica condicionada à prévia inscrição do
jardim clonal de planta matriz e planta básica, e da borbulheira, no
órgão de fiscalização, observadas as normas e os padrões
pertinentes.
A produção de muda não-certificada, com origem genética comprovada,
deverá ser oriunda de planta básica, planta matriz, jardim clonal,
borbulheira ou muda certificada. Se não houver a comprovada
origem genética, a muda deverá ser produzida a partir de materiais
previamente avaliados e atender a regras específicas estabelecidas
em normas complementares.
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/insu
mos-agropecuarios/insumos-agricolas/sementes-
e-mudas/legislacao

Renasem MAPA:
https://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/RENASEM.html
Obrigado!

Engº. Agrônomo:
Silas Nunes Batista

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