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Sistema Tegumentar

Definição: “A pele, ou tegumento, é a interface entre os ambientes externos e internos, e confere


proteção do corpo e manutenção da integridade do ambiente interno” (Liem et. al, 2012). • Um dos
maiores órgãos do corpo – 15% do peso corpóreo humano.

Presença de pigmentos Cromatóforos • Melatóforos – escura (mamíferos) • Iridóforos – prateados •


Xantóforos – amarelo • Eritróforos – vermelho.

Epiderme.

• Produção de muco • Estrato córneo – camada queratinizada ou cornificada • Células mortas •


Inovação dos tetrápodes para viver em ambiente terrestre seco e abrasivo.

A epiderme é formada por apenas algumas camadas de células nos peixes e nos anfíbios, mas é
relativamente espessa em répteis e mamíferos (Liem et. al., 2012).

Derme (Kardong, 2016)

• Exclusivamente dos vertebrados • Tecido conjuntivo fibroso formado principalmente por colágeno e
fibras elásticas que incorporados a proteoglicanos e água formam uma estrutura gelatinosa. • Ossos
dérmicos • Osteodermos

Tegumento dos “Peixes”

Pele da Lampreia • Ausência de queratina ou muco (exceções) • Epiderme viva e ativa •


Cutícula mucosa (Proteção patógenos, Fluxo laminar ,Substâncias químicas, repugnantes ou tóxicas). •
Células epidérmicas colunares • Glândulas unicelulares (especializadas) • Célula claviforme (alarme) •
Célula Granulas (muco) • Célula globosa* (mucosa) • Célula saculiforme (repelente ou toxina) • Derme
com propriedade elástica • Presença de colágeno – permite o encurvamento da pele.

Peixes primitivos Ostracodermes e placodermes

Superfície revestida de tubérculos elevados revestido com esmalte e dentina.

Tegumento dos “Peixes” Sistema de queratinização Interação entre epiderme e derme que dão origem
a queratinócitos nas estruturas cornificadas • Formação das escamas ❑ Dobras no tegumento.

Ciclostomata • Ossos dérmicos ausentes • Escamas ausentes • Hipoderme com tecido adiposo • Células
de filamentos (cordões de muco) • Glândulas multicelulares (Glândulas de lodo) na derme.

Chondrichthyes (Kardong, 2016) • Ausência de osso dérmicos • Escamas placoides – origem dérmica •
Tecido conjuntivo friboso – fibras elásticas e colágeno • Cromatóforos.

Peixes ósseos • Escamas dérmicas • Próximas da superfície dando impressão de pele • Cromatóforos
dentro da derme.

• Várias formas de escamas dérmicas: * Cosmoide * Ganoide * Cicloide * Ctneoide.

Tegumento dos Tetrapoda • Estrato córneo queratinizado (abrasão mecânica) • Lipídeos • Glândulas
multicelulares – Derme • Ductos.

Lissamphibia • Ausência de pulmões • Respiração cutânea -leitos capilares • Presença de escamas nos
tetrápodes mais primitivos • Anfíbios viventes – escamas dérmicas vestigiais (cecílias tropicais) • Rãs e
Salamandras – sem escamas • Epiderme (larva) - Células de Leydig (patógenos) • Estrato córneo fino –
confere proteção contra abrasão mecânica, retarda a perda de água, sem prejudicar as trocas gasosas •
Almofadas nupciais – calos. • Glândula mucosa • Glândula granulosa • Cromatóforos – derme • Leitos
capilares atingem a epiderme.

Répteis • Queratinização mais extensa • Menos glândulas cutâneas – áreas restritas • Escama
epidérmica – dobra • Junção entre as escamas – articulação flexível • Escudo • Cristas, espinhos, chifres
ou processos semelhantes.
Gastrália – Ossos dérmicos que sustentam a epiderme são denominados osteodermas, localizado sob as
escamas epidérmicas. • Muda ou ecdise • Testudines e Crocodylia – muda menos evidente • Squamata.

Répteis – Ecdise • Estrato basal duplica as camadas mais profundas de granuloso e córneo, empurrando-
as sob as camadas mais antigas. • Leucócitos invadem o estrato intermediário promovendo a separação
e a perda da camada mais antiga.

Aves • Penas – escamas de répteis elaboradas • Escamas epidérmicas nos pés e pernas das aves •
Derme da pele altamente vascularizada, terminações nervosas e sensoriais e músculos lisos. • Epiderme
com estrato córneo queratinizado. • Glândula Uropigial – base da cauda – secreção de um produto
lipídeos e proteico. Glândula de sal – excreção de sal.

Aves • Penas – produtos cutâneos • Sem vascularização • Epiderme • Sistema de queratinização • Sem
vascularização • Sem elementos nervosos • Substituíveis.

Mamíferos • Epiderme – unha, pelos ou glândulas • Queratinócitos – células epiteliais da epiderme que
formam o estrato córneo • Células de Langerhans – Sistema Imunológico • Células de Merkel –
Mecanorreceptores • Cromatóforos: estrato córneo vasos sanguíneos pigmentos. • Derme • Camada
papilar externa – papilas dérmicas • Camada reticular – ancora a derme • Vasos sanguíneos • Nervos •
Músculo liso • Ossos dérmicos – crânio e cintura escapular • Raramente escamas epidérmicas (exceções)
• Tecido conjuntivo fibroso – perda da elasticidade com a idade. • Os ossos da carapaça do tatu são
dérmicos, recobertos por epiderme queratinizadas. • Pelo – filamento delgado de queratina • Folículo
piloso enraizado na derme • Cutícula escamosa • Córtex piloso • Medula do pelo • Papila dérmica –
células matriz • Clico da haste: crescimento, degeneração e repouso • Músculo eretor – resposta ao
medo, frio, raiva • Cromatóforos ? Função dos pelos: • Pelos de guarda e pelagem inferior – isolamento
térmico • Vibrissas, ou “bigodes” – sensorial • Espinhos – defesa.

Glândulas sebáceas – folículo piloso • Repelir água • Ausentes nas palmas da mãos e plantas dos pés •
Presentes sem pelos associados *Boca * Pênis *Vulva *Mamílos • Glândulas céreas – serosas – cera •
Glândulas meibomianas – secretam oleosa – pálpebras

Mamíferos – Glândulas Sudoríparas • Apócrinas – liquido lipídico Associadas ao folículo piloso


Sinalização química • Écrinas – fluído aquoso Palmas da mãos Plantas dos pés Caudas preênseis Locais
de superfície abrasiva.

Mamíferos – Glândulas • Glândulas odoríferas – comunicação social • Queixo – cervos e coelhos • Face
– cervos, antílopes e morcegos • Região temporal – elefante • Tórax e braços – animais carnívoros • Anal
– roedores, cães, gatos etc..

Mamíferos - Glândulas Glândulas Mamárias • Origem dérmica • Produção de leite • Morcego frugívoro
da Malásia – produção de leite • Animais domésticos.

Questões:

01. De acordo com as teorias de evolução das penas, comente sobre a hipótese de surgindo das
penas em aves.

R: A evolução das penas nas aves é um tópico fascinante que tem sido objeto de estudo e debate entre
cientistas. Existem várias teorias que buscam explicar a origem e evolução das penas, e é importante
notar que essas teorias não são mutuamente exclusivas, podendo haver uma combinação de fatores
que contribuíram para o desenvolvimento das penas ao longo do tempo.

1. Teoria da Termorregulação:
 Uma das hipóteses sugere que as penas evoluíram inicialmente como estruturas
destinadas à termorregulação. As aves são animais de sangue quente, e as penas
podem ter se desenvolvido para ajudar na regulação da temperatura corporal,
proporcionando isolamento térmico.
2. Teoria da Exibição:
 Outra hipótese é a teoria da exibição, que propõe que as penas evoluíram para
desempenhar um papel importante nas exibições rituais e na atração de parceiros
durante o período de acasalamento. Penas coloridas e elaboradas podem ter
conferido vantagens reprodutivas, ajudando as aves a atrair parceiros.
3. Teoria da Evolução do Voo:
 Uma das teorias mais aceitas é que as penas evoluíram como adaptações para o voo.
Inicialmente, as penas poderiam ter se desenvolvido como estruturas para planar ou
saltitar entre árvores, evoluindo posteriormente para um papel mais crucial no voo
ativo.
4. Teoria do Desenvolvimento Embriológico:
 Algumas pesquisas sugerem que as penas podem ter evoluído através de modificações
no desenvolvimento embriológico. Genes que originalmente desempenhavam papéis
diferentes poderiam ter sido cooptados para o desenvolvimento de penas.
5. Teoria da Seleção Sexual:
 Relacionada à teoria da exibição, a seleção sexual também desempenha um papel na
evolução das penas. A preferência de parceiros por características específicas, como
coloração e formato das penas, poderia ter impulsionado a evolução dessas
estruturas.
6. Teoria da Captura de Presas:
 Alguns cientistas propuseram que as penas podem ter evoluído como estruturas que
ajudam na captura de presas. Penas modificadas poderiam ter se tornado úteis para
agarrar insetos, por exemplo, durante atividades de forrageamento.

É importante reconhecer que a evolução é um processo complexo e multifacetado, e diferentes fatores


podem ter contribuído para o desenvolvimento das penas ao longo do tempo. A compreensão exata da
evolução das penas em aves continua sendo um campo ativo de pesquisa, com novas descobertas e
insights que podem ajustar ou aprimorar as teorias existentes.

02. Comente sobre as especializações do tegumento no que diz respeito a formação de unhas,
garras, cascos, cornos e galhadas em mamíferos.

R: O tegumento, que é a camada externa da pele, desempenha um papel crucial em muitas funções
fisiológicas em mamíferos, e suas especializações podem incluir a formação de estruturas como unhas,
garras, cascos, cornos e galhadas. Essas adaptações são frequentemente associadas a comportamentos
específicos, hábitos alimentares, defesa, acasalamento e/ou ambiente em que os mamíferos vivem.
Aqui estão algumas das especializações do tegumento em relação a essas estruturas:

1. Unhas:
 As unhas são placas córneas que cobrem a extremidade dos dedos em muitos
mamíferos. Elas são mais planas e flexíveis do que garras e geralmente são associadas
a mamíferos que usam as mãos para tarefas mais delicadas, como primatas. As unhas
são úteis para tarefas como manipulação de objetos, coleta de alimentos e outras
atividades que requerem destreza.
2. Garras:
 As garras são estruturas pontiagudas e curvas que geralmente estão presentes em
mamíferos predadores. Elas são formadas pela modificação das unhas e são usadas
para capturar presas
, escavar e/ou se defender. Exemplos de mamíferos com garras incluem felinos (gatos, leões, tigres) e
ursos.

3. Cascos:
 Cascos são estruturas duras e côncavas que cobrem os dedos dos membros inferiores
em animais como ungulados. Essa adaptação é especialmente encontrada em animais
herbívoros, como cavalos, vacas e veados. Cascos fornecem suporte ao animal e são
essenciais para a locomoção em terrenos variados.
4. Cornos:
 Os cornos são projeções ósseas ou queratinosas que se desenvolvem a partir do crânio
de alguns mamíferos, principalmente em bovinos e ovinos. Eles podem ter várias
funções, incluindo defesa contra predadores, competição por parceiros durante o
acasalamento e exibição de domínio dentro do grupo social.
5. Galhadas:
 As galhadas são estruturas semelhantes a chifres, mas diferem dos cornos em sua
estrutura e origem. Elas são encontradas em cervídeos (por exemplo, veados e alces) e
são renovadas anualmente. As galhadas desempenham um papel na competição entre
machos durante a época de acasalamento.

Essas especializações do tegumento em mamíferos refletem as adaptações evolutivas que surgiram em


resposta a pressões seletivas específicas em seus ambientes. A diversidade de estruturas tegumentares
destaca a incrível capacidade dos mamíferos para se adaptarem a uma variedade de nichos ecológicos e
desafios ambientais.

Estudo Dirigido – Sistema Tegumentar Responder no caderno

Esquematize a estrutura básica do sistema tegumentar de vertebrados, evidenciando as principais


estruturas presentes na epiderme, derme e hipoderme.

Comente sobre a principal função do tegumento e o processo de queratinização.

O tegumento, que é a camada externa da pele, desempenha várias funções vitais em animais, incluindo
mamíferos. A principal função do tegumento é fornecer uma barreira protetora entre o organismo e o
ambiente externo, desempenhando um papel crucial na manutenção da homeostase, na defesa contra
patógenos, na regulação térmica e na prevenção da perda excessiva de água.

Funções Principais do Tegumento:

1. Barreira Protetora:
 O tegumento serve como uma barreira física que protege o organismo contra a
entrada de substâncias nocivas, como bactérias, vírus e produtos químicos.
2. Regulação Térmica:
 A pele ajuda a regular a temperatura corporal por meio da transpiração e da liberação
de calor. As glândulas sudoríparas liberam água, que evapora e resfria a superfície da
pele. Além disso, os vasos sanguíneos na pele se dilatam ou contraem para controlar a
quantidade de calor perdida ou retida.
3. Sensação:
 O tegumento abriga receptores sensoriais que detectam estímulos externos, como
toque, pressão, temperatura e dor. Esses receptores são importantes para a
percepção do ambiente e para a resposta a estímulos nocivos.
4. Produção de Vitamina D:
 A exposição à luz solar na pele é essencial para a produção de vitamina D, um
componente crucial para a saúde óssea e o funcionamento do sistema imunológico.
5. Reservatório de Água e Nutrientes:
 O tegumento armazena água, gordura e outros nutrientes, contribuindo para o
equilíbrio hídrico e energético do organismo.

Queratinização:
A queratinização é um processo biológico no qual as células epidérmicas passam por transformações
para se tornarem células cheias de queratina. A queratina é uma proteína fibrosa resistente que confere
rigidez e impermeabilidade às células. Esse processo é essencial para a formação de estruturas
especializadas, como unhas, cabelos, garras, cascos e escamas.

O processo de queratinização ocorre em várias etapas:

1. Proliferação Celular:
 As células na camada basal da epiderme se multiplicam rapidamente.
2. Queratinização Inicial:
 As células começam a acumular queratina à medida que se afastam da camada basal.
3. Maturação e Compactação:
 À medida que as células migram em direção à superfície, elas continuam a acumular
queratina, tornando-se mais compactas e planas.
4. Morte Celular:
 As células mais superficiais eventualmente morrem, mas sua queratina permanece,
formando uma camada resistente à água e a substâncias químicas.

O processo de queratinização é fundamental para a formação e manutenção das características


protetoras e especializadas da pele, desempenhando um papel importante nas adaptações evolutivas
dos animais ao seu ambiente.

Diferencie as escamas dos Chondrichthyes frente as escamas dos “peixes” ósseos, no que diz respeito
a origem e estrutura.

R:
Escamas dos Chondrichthyes (Condrictes):

1. Origem: As escamas dos Chondrichthyes, como tubarões e raias, têm origem dérmica. Elas se
desenvolvem a partir da camada dérmica da pele.
2. Estrutura: São conhecidas como escamas placoides ou dérmicas placoides. Essas escamas têm
uma estrutura semelhante a dentes, sendo pequenas, pontiagudas e revestidas por esmalte.
Cada escama é composta por uma base cônica e uma coroa exposta.
3. Função: Além de proporcionar proteção, as escamas placoides ajudam a reduzir o atrito
durante o nado, proporcionando uma superfície mais aerodinâmica.

Escamas dos "Peixes" Ósseos (Osteíctes):

1. Origem: As escamas dos peixes ósseos podem ter origem dérmica ou dérmica-epidérmica,
dependendo do tipo de escama e da evolução da espécie.
2. Estrutura: Existem diferentes tipos de escamas ósseas. As escamas ctenoides e cicloides são
comuns. Escamas ctenoides têm bordas dentadas, proporcionando uma superfície áspera.
Escamas cicloides são mais lisas. Escamas ganoides, encontradas em peixes como esturjões, são
rígidas e revestidas por esmalte ganóide.
3. Função: Além da proteção, as escamas dos peixes ósseos podem ter funções adicionais. As
ctenoides e cicloides podem fornecer alguma flexibilidade, enquanto as ganoides, mais
resistentes, são frequentemente associadas a peixes que habitam ambientes exigentes.

Em resumo, as principais diferenças entre as escamas dos Chondrichthyes e dos "peixes" ósseos incluem
a origem dérmica exclusiva das escamas placoides, a estrutura dentada e revestida por esmalte dessas
escamas, em contraste com a variedade de estruturas das escamas ósseas, que podem ser ctenoides,
cicloides ou ganoides, dependendo da espécie. Cada tipo de escama está adaptado às necessidades
específicas do peixe em seu ambiente e estilo de vida.
Na pele dos Ciclostomata, as feiticeiras, são encontrados células filamentares e glândulas de lodo,
discorra sobre suas funções.

R: Os Ciclostomata, um grupo de peixes sem mandíbula que inclui lampreias e feiticeiras (hagfishes),
apresentam características peculiares em sua pele. As feiticeiras, em particular, são conhecidas por suas
adaptações únicas, incluindo células filamentares e glândulas de lodo. Vamos discorrer sobre as funções
dessas estruturas na pele das feiticeiras:

1. Células Filamentares:
 Função de Defesa: As células filamentares são especializações epidérmicas que
contêm filamentos longos e finos. Quando as feiticeiras são ameaçadas, essas células
podem liberar uma substância gelatinosa e viscosa, formando uma espécie de rede ao
redor do predador. Esse lodo pode entupir as brânquias do predador, tornando-se
uma defesa eficaz contra potenciais ameaças.
 Controle de Predadores: A liberação do lodo pelas células filamentares pode criar uma
distração ou dificultar a captura das feiticeiras por predadores, permitindo que
escapem em situações de perigo.
2. Glândulas de Lodo:
 Produção de Substância Viscoelástica: As glândulas de lodo, presentes na pele das
feiticeiras, produzem uma substância viscoelástica e mucosa que é liberada quando as
feiticeiras são perturbadas. Essa substância é composta por proteínas e glicoproteínas,
tornando-a viscosa e difícil de ser removida.
 Proteção contra Predadores: O lodo liberado pelas glândulas pode criar um
revestimento escorregadio em torno do corpo da feiticeira, dificultando que
predadores a segurem ou engulam com facilidade. Essa característica contribui para a
defesa contra ataques.
 Limpeza e Remoção de Parasitas: Além da defesa contra predadores, o lodo liberado
pode ter propriedades antiparasitárias, ajudando a manter a pele da feiticeira livre de
ectoparasitas e bactérias.
 Ajudar na Alimentação: Durante a alimentação, as feiticeiras podem secretar lodo
para auxiliar na captura e ingestão de alimentos, funcionando como uma espécie de
muco que facilita o processo de ingestão de partículas alimentares.

As adaptações encontradas na pele das feiticeiras são exemplos notáveis de como os organismos
desenvolvem estratégias únicas para sobreviver em seus ambientes específicos. O lodo e as células
filamentares desempenham papéis multifuncionais, proporcionando proteção, defesa e facilitando o
comportamento alimentar desses animais aquáticos.

Em muitos anfíbios modernos, a pele é usada também como superfície respiratória. Fale sobre as
adaptações encontradas o tegumento desses animais que lhes permitem realizar as trocas gasosas.

R:
Muitos anfíbios modernos apresentam uma adaptação única em sua pele que permite a realização de
trocas gasosas, além da respiração através dos pulmões. Essa característica é especialmente importante
porque, em muitas espécies de anfíbios, a respiração cutânea desempenha um papel significativo na
obtenção de oxigênio, principalmente durante fases específicas de seu ciclo de vida. Aqui estão algumas
das adaptações encontradas no tegumento desses animais:

1. Pele Permeável:
 A pele dos anfíbios é altamente permeável à água e aos gases, como oxigênio e
dióxido de carbono. Isso ocorre devido à presença de pequenos poros na pele
chamados de poros cutâneos. Esses poros permitem a passagem eficiente de gases
através da epiderme.
2. Capilares Sanguíneos Próximos à Superfície:
 Os capilares sanguíneos na derme (camada mais interna da pele) dos anfíbios estão
localizados mais próximos à superfície. Isso facilita a troca gasosa direta entre o
sangue e o ambiente, permitindo a absorção de oxigênio e a eliminação de dióxido de
carbono.
3. Uso de Mucosas e Glandulas Cutâneas:
 Algumas espécies de anfíbios produzem mucosas e secreções por meio de glândulas
cutâneas. Essas substâncias podem ajudar a manter a pele úmida, aumentando ainda
mais a eficiência da respiração cutânea. A umidade é crucial para a difusão eficiente de
gases através da pele.
4. Pele Mais Finas em Algumas Regiões:
 Em algumas regiões do corpo dos anfíbios, a pele é mais fina, aumentando a eficiência
das trocas gasosas. Essas áreas são frequentemente associadas a locais onde a pele é
mais vascularizada.
5. Comportamentos Associados:
 Muitos anfíbios mantêm comportamentos que favorecem a respiração cutânea. Por
exemplo, algumas espécies ficam parcialmente submersas em ambientes aquáticos,
enquanto outras se enterram em substratos úmidos. Esses comportamentos ajudam a
garantir um ambiente favorável para a respiração cutânea.

A respiração cutânea é particularmente importante durante estágios do ciclo de vida dos anfíbios, como
o estágio larval (por exemplo, girinos), quando as brânquias ainda não estão completamente
desenvolvidas. Em ambientes terrestres, a respiração cutânea é fundamental para muitas espécies de
anfíbios, uma vez que os pulmões podem não ser suficientemente eficientes para atender às suas
necessidades respiratórias.

Essas adaptações do tegumento refletem a capacidade dos anfíbios de explorar diferentes ambientes,
desde ambientes aquáticos até terrestres, e garantir uma troca eficiente de gases para atender às suas
necessidades metabólicas.
A epiderme dos répteis é composta por 3 regiões, quais? Como se dá o processo de muda e ecdise nos
Squamatas?

R: A epiderme dos répteis, incluindo os Squamatas (lagartos e serpentes), é composta por três regiões
principais: epiderme externa, camada de córnea e epiderme basal.

1. Epiderme Externa:
 A camada mais externa da epiderme, composta por células epiteliais que são
frequentemente queratinizadas. A queratinização fornece proteção à pele contra a
perda de água, abrasão e patógenos.
2. Camada de Córnea:
 Logo abaixo da epiderme externa, muitos répteis, especialmente aqueles que vivem
em ambientes terrestres, possuem uma camada de córnea. Essa camada é formada
por células mortas e queratinizadas, proporcionando uma barreira adicional contra a
dessecação e lesões.
3. Epiderme Basal:
 A camada mais profunda da epiderme, composta por células vivas em constante
divisão celular. Essas células se multiplicam e migram em direção à superfície,
substituindo as células mortas que são perdidas durante a muda.

Processo de Muda e Ecdise nos Squamatas:

A muda, ou ecdise, é o processo pelo qual os répteis renovam a sua pele para permitir o crescimento e
remover camadas antigas e danificadas. Nos Squamatas, como lagartos e serpentes, o processo de
ecdise ocorre em várias etapas:

1. Preparação:
 Antes da muda, o réptil pode passar por uma fase de preparação. Durante esse
período, a epiderme basal se torna mais ativa, iniciando a produção de uma nova
camada de células.
2. Formação de uma Nova Camada:
 Uma nova camada de epiderme começa a se formar abaixo da camada de córnea. As
células da epiderme basal se multiplicam rapidamente para produzir novas células que
substituirão as antigas.
3. Desprendimento da Camada de Córnea Antiga:
 O réptil secreta fluidos entre a camada de córnea antiga e a nova, ajudando a separar
a pele antiga. Este processo é chamado de ecdise e é frequentemente iniciado pela
quebra da camada de córnea ao redor da boca.
4. Remoção da Pele Antiga:
 O réptil se esforça para remover a pele antiga. Esse processo pode incluir a retirada da
pele em pedaços ou em uma única peça, dependendo da espécie. Em alguns casos, o
réptil pode ajudar a remover a pele usando objetos como pedras ou galhos.
5. Secagem e Endurecimento:
 Após a ecdise, a nova camada de epiderme exposta à atmosfera seca e endurece. O
réptil pode parecer mais brilhante e as cores podem parecer mais intensas após a
muda.

A frequência da muda varia entre as espécies e está muitas vezes associada ao crescimento, à idade e às
condições ambientais. Esse processo é crucial para a saúde dos répteis, garantindo que a pele esteja
sempre em boas condições para desempenhar funções como proteção, regulação térmica e trocas
gasosas.

Qual a evidência que confirma que as aves se originaram dos répteis. Explique.

A origem das aves a partir de répteis é amplamente sustentada por várias evidências fósseis,
anatômicas e moleculares. Aqui estão algumas das principais evidências que confirmam a
teoria de que as aves evoluíram a partir de répteis:

1. Fósseis de Transição:
 Fósseis de animais que exibem características intermediárias entre répteis e aves,
conhecidos como "transicionais" ou "formas de transição", fornecem evidências
sólidas. O Archaeopteryx é um exemplo clássico. Datado do Jurássico Superior, o
Archaeopteryx exibe características tanto de aves (penas, ossos pneumáticos) quanto
de répteis (dentes, cauda longa com vértebras).
2. Estrutura Óssea e Anatomia Comparada:
 A estrutura óssea das aves compartilha muitas semelhanças com a dos répteis,
especialmente com os dinossauros terópodes. Por exemplo, a estrutura do pulso em
aves, incluindo a presença do metacarpo alongado (dedo longo) é semelhante à
estrutura encontrada em alguns dinossauros. Além disso, a presença de ossos
pneumáticos (ossos ocos conectados a sacos de ar) é uma característica compartilhada
entre aves e alguns grupos de répteis.
3. Presença de Escamas:
 Embora as aves não possuam escamas típicas como as de répteis, a presença de
escamas na base das penas em aves jovens, bem como a semelhança na estrutura
embrionária, sugere uma relação evolutiva com répteis. As penas, estruturas
exclusivas das aves, são consideradas modificações de escamas.
4. Desenvolvimento Embriológico:
 O desenvolvimento embrionário de aves compartilha semelhanças marcantes com o
de répteis. Por exemplo, a presença inicial de uma cauda no embrião de aves, que é
reabsorvida à medida que o desenvolvimento continua, é uma característica que
reflete uma ancestralidade comum com répteis.
5. Material Genético (DNA):
 Análises moleculares do DNA também fornecem evidências que suportam a relação
evolutiva entre aves e répteis. Estudos genéticos demonstram similaridades nas
sequências de DNA entre aves e répteis, confirmando uma conexão evolutiva.
6. Comportamentos Primitivos:
 Algumas aves exibem comportamentos primitivos, como a nidificação no solo, que são
compartilhados com alguns répteis. Isso sugere uma continuidade nas características
comportamentais entre esses grupos.

Em conjunto, essas evidências convergentes fornecem um forte suporte para a ideia de que as aves
compartilham uma ancestralidade comum com os répteis, especialmente com grupos específicos como
os dinossauros terópodes. A teoria da evolução das aves a partir de répteis é amplamente aceita e
respaldada pela comunidade científica.

Qual a função das glândulas uropigial e glândulas de sal encontradas nas aves?

R: As glândulas uropigiais e as glândulas de sal são duas estruturas importantes encontradas em aves,
desempenhando funções específicas relacionadas à saúde, higiene e comportamento social. Aqui estão
as funções de cada uma dessas glândulas:

Glândulas Uropigiais:

1. Produção de Óleo:
 As glândulas uropigiais, também conhecidas como glândulas da cera ou glândulas do
óleo, estão localizadas na base da cauda das aves. Elas produzem uma secreção
oleosa, chamada de cera uropigial ou óleo uropigial.
2. Hidratação das Penas:
 A secreção oleosa das glândulas uropigiais é usada pelas aves para acicalar e hidratar
as penas. Ao espalhar o óleo sobre as penas durante o processo de preening (limpeza),
as aves ajudam a manter a integridade e a saúde das penas. Isso é crucial para a
manutenção da aerodinâmica e isolamento térmico das penas.
3. Proteção contra Parasitas:
 A cera uropigial tem propriedades que ajudam a repelir parasitas, como ácaros e
piolhos. Ao aplicar o óleo sobre as penas durante o preening, as aves reduzem o risco
de infestações parasitárias.
4. Comportamento Social:
 Em algumas espécies, a secreção das glândulas uropigiais pode ter um papel na
comunicação social. A aplicação do óleo durante o preening pode ser usada para
marcar território, atrair parceiros ou transmitir informações sobre o estado de saúde e
condição da ave.

Glândulas de Sal (Glandulas Nasais ou Glandulas de Salina):

1. Excreção de Excesso de Sal:


 As glândulas de sal estão associadas às narinas das aves, especialmente em espécies
marinhas. Elas são responsáveis pela excreção de excesso de sal do corpo da ave.
2. Adaptação a Ambientes Salinos:
 Em aves que habitam ambientes marinhos ou salinos, como gaivotas e pelicanos, as
glândulas de sal são particularmente importantes. Elas ajudam a excretar o sal
ingerido com a água do mar durante a alimentação.
3. Conservação de Água:
 Ao excretar o excesso de sal, as aves conseguem conservar água em seus corpos, já
que a eliminação de sal está frequentemente associada à excreção de água.
Essas glândulas desempenham papéis cruciais na saúde e no comportamento das aves, contribuindo
para a manutenção das penas, a proteção contra parasitas e a adaptação a ambientes específicos, sejam
terrestres ou marinhos.

O tegumento dos mamíferos possui muitas glândulas, cite e explique cada uma delas quanto a sua
localização e função.

R: Os mamíferos possuem várias glândulas no tegumento, desempenhando funções diversas


relacionadas à termorregulação, comunicação, lubrificação, proteção e outros processos fisiológicos.
Aqui estão algumas das principais glândulas encontradas nos mamíferos, junto com suas localizações e
funções:

1. Glândulas Sudoríparas:
 Localização: Presentes em toda a pele, especialmente nas palmas das mãos, plantas
dos pés e testa.
 Função: Produzem suor, uma solução aquosa que ajuda na regulação térmica,
resfriando o corpo por meio da evaporação. Além disso, o suor pode conter
substâncias que desempenham papéis na defesa imunológica e na eliminação de
resíduos.
2. Glândulas Sebáceas:
 Localização: Distribuídas por toda a pele, exceto nas palmas das mãos e plantas dos
pés.
 Função: Produzem sebo, uma substância oleosa que lubrifica a pele e os pelos,
evitando ressecamento. O sebo também possui propriedades antimicrobianas.
3. Glândulas Mamárias:
 Localização: Geralmente localizadas nas mamas ou glândulas mamárias.
 Função: Produzem leite para alimentação dos filhotes. As glândulas mamárias são
altamente desenvolvidas em fêmeas de mamíferos e são uma característica distintiva
desse grupo.
4. Glândulas Ceruminosas:
 Localização: Encontradas no canal auditivo externo.
 Função: Produzem cerume (cera de ouvido), que ajuda a proteger o ouvido contra
poeira, insetos e infecções. Também ajuda na lubrificação e na remoção de células
mortas da pele.
5. Glândulas Salivares:
 Localização: Localizadas na cavidade bucal, em torno da língua e mandíbula.
 Função: Produzem saliva, que é essencial para a digestão, umedecimento dos
alimentos, proteção contra bactérias e facilitação da deglutição.
6. Glândulas Anexas ao Sistema Reprodutor:
 Localização: Variam dependendo do sexo; incluem glândulas bulbouretrais e glândulas
de Bartholin em machos, e glândulas vestibulares em fêmeas.
 Função: Secretam substâncias que auxiliam no processo reprodutivo, como
lubrificação durante o coito e facilitação da movimentação dos espermatozoides.
7. Glândulas Olfativas (na Mucosa Nasal):
 Localização: Encontradas na mucosa nasal.
 Função: Produzem muco que ajuda na captação e detecção de odores. As glândulas
nasais estão envolvidas no sentido do olfato.
8. Glândulas de Montgomery (Arolas):
 Localização: Na aréola mamária.
 Função: Secretam uma substância lubrificante que ajuda a proteger o mamilo durante
a amamentação.
Essas são apenas algumas das muitas glândulas encontradas nos mamíferos. Cada uma desempenha um
papel específico na manutenção da homeostase, proteção, reprodução e outras funções vitais para a
sobrevivência e adaptação desses animais.

O que são vibrissas, e qual sua função?

Vibrissas são pelos longos, rígidos e especializados encontrados em diversos mamíferos, conhecidos
também como "pelos táteis" ou "pelos sensoriais". Esses pelos são especialmente sensíveis a estímulos
táteis e desempenham várias funções importantes, dependendo da espécie e do ambiente em que o
animal vive. Aqui estão algumas características e funções das vibrissas:

1. Localização e Número:
 As vibrissas são comumente encontradas em áreas sensíveis do corpo dos mamíferos,
como ao redor do focinho, olhos e boca. Algumas espécies, como roedores e gatos,
também têm vibrissas nas patas.
2. Sensibilidade Tátil Aprimorada:
 As vibrissas são altamente inervadas, o que significa que possuem um grande número
de receptores nervosos. Isso confere uma sensibilidade tátil excepcional, permitindo
que os animais detectem até os menores movimentos no ar, objetos próximos ou
mudanças na textura de superfícies.
3. Ajuda na Navegação e Exploração:
 Animais que possuem vibrissas utilizam-nas para explorar o ambiente ao seu redor.
Por exemplo, roedores podem usar suas vibrissas para avaliar o tamanho de aberturas,
detectar obstáculos e orientar-se em ambientes escuros ou restritos.
4. Sensorialidade Aquática:
 Em alguns mamíferos aquáticos, como focas e lontras, as vibrissas são particularmente
importantes para a detecção de presas debaixo d'água. Elas podem sentir as variações
na pressão da água causadas pelos movimentos das presas, auxiliando na caça.
5. Comunicação Social:
 Em algumas espécies, as vibrissas também desempenham um papel na comunicação
social. Por exemplo, gatos usam as vibrissas para expressar emoções, como quando
estão curiosos, assustados ou agressivos. As vibrissas de um gato podem se
movimentar para frente quando ele está curioso e para trás quando se sente
ameaçado.
6. Proteção Sensorial:
 As vibrissas ajudam a proteger os olhos e o rosto de animais, servindo como sensores
avançados para evitar colisões e lesões em ambientes desafiadores.

Em resumo, as vibrissas são estruturas sensoriais altamente especializadas que conferem uma
sensibilidade tátil significativa aos mamíferos. Essas estruturas são adaptadas para ajudar os animais a
explorar, interagir com o ambiente, detectar presas e predadores, e desempenhar uma variedade de
funções essenciais para a sobrevivência e adaptação ao meio ambiente.

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