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Faculdade Anísio Teixeira

Curso de Medicina Veterinária


Disciplina de Histologia II

ALOPECIA
AUTORES: MAIA, Hicaro; ESTRELA, Janderson; BARBOSA, Liane; CUNHA,
Maria Clara; BARBOSA, Maíra; JESUS, Sarah Beatriz; SOUZA, Vanessa

Feira de Santana
Março, 2023
INTRODUÇÃO
• A epiderme é composta por várias camadas:
epitélio escamoso, incluindo uma camada
queratinizada;
uma camada granular;
uma camada espinhosa;
uma camada basal;
• As estruturas anexas à epiderme incluem folículo piloso,
glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas: SISTEMA
APENDICULAR, bem como o músculo eretor do pelo.
CICLO DE CRESCIMENTO DO PELO
• A troca de pelagem é um evento sazonal e em geral representa: a perda de um pêlo
telogênico, e o crescimento de um novo pêlo anagênico;
• Isto ocorre durante o início da primavera e outono, e está relacionado primariamente
com a fotoperiodicidade, ou seja, mudanças na duração e intensidade luminosa. Segue
1 dos 3 padrões: sincrônico, em onda ou em mosaico.

Na derme profunda caracterizou-se o folículo anágeno pela presença das bainhas radiculares
interna e externa, completamente desenvolvidas (Figura A). Todo o folículo que apresentou
espessamento da membrana basal foi interpretado como catágeno (Figura B). Considerou-se
telógeno o folículo que apresentou enrugamento central no canal do pelo (Figura C).
CICLO DE CRESCIMENTO DO PELO
•A duração relativa das fases do ciclo varia de acordo com:
a idade do indivíduo;
região corporal,
raça e sexo;
fatores endógenos, como hormônios;
e exógenos, como fotoperíodo e temperatura.
CICLO DE CRESCIMENTO DO PELO
• O tamanho, a forma, e a espessura do pelo nos animais são
controlados geneticamente, embora possam ser influenciados por
fatores ambientais.
ALOPECIA: O QUE É?
•A alopecia é um distúrbio causado por uma interrupção no ciclo de crescimento do pelo;
•Pode ser localizada ou generalizada, temporária ou permanente;
•O curso da alopecia é crônico e o prognóstico desfavorável, a menos que a causa
primária seja identificada e tratada.
•Existem diversos tipos, que podem ser classificados em dois grandes grupos, não
cicatriciais (não permanentes) e cicatriciais:
Não cicatriciais: os folículos pilosos não são destruídos, podendo o pelo voltar a crescer;

Cicatriciais: o epitélio que dá origem ao folículo é substituído por tecido conjuntivo,
impedindo o nascimento de um novo pelo (doenças inflamatórias).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Refere-se às doenças possíveis


do paciente, que possam explicar
seus sinais e sintomas.
POSSÍVEIS CAUSAS
•Ação de bactérias e fungos; 
•Estresse (tricotilomania) ou ansiedade; 
•Deficiência hormonal: hiperadrenocorticismo,
hiperestrogenismo, hipotireoidismo, "alopecia X".
•Pulgas, carrapatos e sarnas; 
•Falta de nutrientes; 
•Condição genética e/ou fisiológica;
•Lambidas e mordidas em uma região;
•Queimadura ou radiação;
•Medicamentos (quimioterapia);
•Tração.
SÍNDROME DO BEZERRO CARECA
•Alopecia congênita;
•Tal distúrbio é decorrente de folículos
pilosos hipoplásicos que não formam pelos;
•Pode ainda ser observado número de
folículos pilosos inalterados, mas
apresentando:
•hiperqueratose infundibular com
degeneração de queratinócitos;
•glândulas sebáceas atróficas e
glândulas apócrinas dilatadas;
•assim como desvios da estrutura normal
dos pelos;

(A) Alopecia congênita em bovino fêmea da raça Holandesa, (B) detalhe de ausência de pêlos na cabeça e
orelhas, (C) dentição desgastada, (D) detalhe de ausência de pêlos no pescoço, (E) lesões ulcerativas nas
áreas despigmentadas.
REFERÊNCIAS
CÂMARA, Antônio Carlos & Afonso, José & Costa, Nivaldo & Mendonça, Carla & Souza, Maria. (2007). Congenital alopecia in a Holstein calf. Ciência
Animal. 17. 49-54. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/215576520_Congenital_alopecia_in_a_Holstein_calf
FRASER, Clarence. Manual Merck de Veterinária: um manual de diagnóstico, tratamento, prevenção e controle de doenças para o veterinário. São
Paulo : Roca, 1996.
HEINEMANN, Marcos. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia.. N.1- 1986 - Belo Horizonte, Centro de Extensão da Escola de Veterinária da
UFMG, 1986-1998.
MULINARI-BRENNER, F; SOUZA, F; NETO, J; TORRES, L. Avaliação quantitativa em cortes histológicos transversais do couro cabeludo. Investigação
Clínica, Epidemiológica, Laboratorial e Terapêutica. An. Bras. Dermatol. 81 (3). Jun, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0365-
05962006000300003
RASKIN, Rose; MEYER, Denny. Citologia clínica de cães e gatos: atlas colorido e guia de interpretação. Rio de Janeiro : Elsevier, 2011.472p.

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