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06/11/2019

DISFUNÇÕES DO COURO
CABELUDO E HASTE CAPILAR

Disfunções do couro cabeludo

São as afecções da Estética Capilar que


poderemos abordar em nossa profissão.

Conhecendo a fisiologia das afecções, poderemos


escolher e executar o melhor tratamento
disponível para cada caso, objetivando bons
resultados.

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Alopecia

Patologia caracterizada pela ausência


de extensão variável de pelos ou cabelos.

Disfunções do Couro Cabeludo

Podem ser Podem ser divididas


Classificadas por: em dois grupos:

 Características  Alopecias cicatriciais;


clínicas;  Alopecias não cicatriciais

 Extensão e .
localização
 Etiopatogenia.

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Alopecias Cicatriciais

Com a cicatrização do tecido a pele regenerada


apresenta ausência de folículos pilosos.

Alopecias Não Cicatriciais

Alopecia areata:

• Histopatologia de pele: miniatura da estrutura pilosa em


fase anágena inicial ou telógena.

• Forma: circunscrita, total ou universal, sem sinais


inflamatórios ou atrofia.

• Ocorre em qualquer sexo, idade ou raça.

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Alopecia areata

• Pode ter associação com fatores genéticos, fenômenos


imunológicos (Lupus Eritematoso), Urticária, Eczema
Atópico, focos infecciosos e estresse emocional;

• Etiologia desconhecida, com componentes auto- imunes


e genéticos.

Alopecia areata

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Alopecia de Tração (Traumática)

Decorrente de tração mecânica por alisamentos,


chapinhas ou presilhas.

Tricotilomania (Traumática)

• Alopecia ocasionada pelo ato de arrancar os cabelos;

• Ocorre em portadores de transtornos psíquicos, como


TOC, e pode estar associado a tricofagia e tricobezoar
gástrico.

Bezoar é a impactação de material estranho no interior do trato digestivo, originado a partir


da ingestão de diversas substâncias, incluindo cabelos ou pêlos, fibras vegetais e outros.

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Tricotilomania (Traumática)

Eflúvio Telógeno

 Tipo de queda de cabelo mais comum;


 Pode acometer homens e mulheres;
 Desencadeados por situações do cotidiano que
normalmente não recebe a devida atenção;
 Induz um número excessivo de fios a entrarem na
fase telógena (+ 20%);
 Forma difusa;
 Forma aguda ou crônica.

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Eflúvio Telógeno Crônico

Forma de queda crônica tem em suas causas mais


frequentes:

 Anemia, alterações do ferro sérico e da ferritina;


normalmente isto ocorre devido à menstruação e aos
regimes constants;

 O hipotireoidismo também é considerado como um


causador de alterações nos fios, diminuição do
crescimento.

Eflúvio Telógeno

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Eflúvio Anágeno

 Queda dos fios em fase anágena;


 Característico de quimioterapia;
 Contudo, pode ocorrer em diversas
situações: medicamentos, inflamação e
infecção aguda sistêmica.

Eflúvio Anágeno

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Alopecia Androgenética

Contínua queda dos cabelos, de origem


hormonal, onde os fios se apresentam cada vez mais
finos e menores, levando a interrupção do seu
crescimento.

Alopecia Androgenética

Manifestação fisiológica e hereditária, que se


deve a presença de receptores capilares mais sensíveis
aos hormônios androgênicos, ou seja, ocorre devido à
estimulação dos folículos pilosos por hormônios
masculinos;
Quando a testosterona chega aos folículos pilosos
através do sangue, ocorre uma reação química com a
enzima chamada 5- α-redutase (localizada) nas paredes
dos folículos. Dessa reação surge a diidrotestosterona
(DHT), uma espécie de testosterona modificada que
desencadeia um processo de miniaturização.

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Alopecia Androgenética

Classificação Norwood-Hamilton - masculina

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Alopecia Androgenética

No caso da alopecia androgenética padrão


feminino outros fatores hormonais podem ser
determinantes:

a) distúrbios de tireóide;

b)síndrome do ovário policístico;


c)uso de anticoncepcionais.

Alopecia Androgenética

Para o gênero feminino existem


três padrões possíveis:
Ludwig, Hamilton e
Christmas-tree

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Alopecia Androgenética

Muitas são as alterações no cabelo e couro cabeludo


decorrentes da alopecia androgenética:

a) afinamento progressivo e crônico dos fios, levando a sua


miniaturização;
b) número aumentado de fios na fase telógena;
c) tamanho aumentado das glândulas sebáceas;
d) aumento do tecido conjuntivo entre os folículos pilosos.

Dermatite Seborréica

Trata-se de inflamação crônica da pele que surge


em indivíduos geneticamente predispostos, sendo
portanto, de manifestação constitucional.
As erupções cutâneas características da doença
ocorrem predominantemente nas áreas de maior
produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas (couro
cabeludo, face, região interescapular e interexternal).

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Dermatite Seborréica

Dermatite Seborréica

A causa é desconhecida, mas a oleosidade excessiva e


um fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele afetada estão
envolvidos no processo.
A maior atividade das glândulas sebáceas ocorre sob a
ação dos hormônios androgênicos, por isso, o início dos
sintomas ocorre geralmente após a puberdade.
Nos recém nascidos também podem ocorrer
manifestações da doença, devido ao androgênio materno ainda
presente.

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Dermatite Seborréica

Dermatite Seborréica

Apresenta agravamento no inverno, em


situações de fadiga e estresse emocional;

Casos graves podem evoluir para a


generalização das lesões, atingindo grandes
áreas da pele.

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Pitiríase Capitis

 Conhecida popularmente por caspa.

 Uma condição não inflamatória do couro


cabeludo que se apresenta com a desmacamação
do estrato córneo, podendo estar associado ao
fungo Pityrosporum Ovale (malassezia).

 Pode apresentar prurido e é comum a ambos os


sexos.

Pitiríase capítis (CASPA)

Classificada em:
 Leve: flocos esbranquiçados quando da
raspagem ou escovação;
 Moderada: flocos soltos entre as hastes
capilares;
 Intensa: flocos soltos de vários tamanhos
entre os cabelos e por sobre os ombros de
seu portador.

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Pitiríase capítis (CASPA)

Manifestação clínica:
• escamação fina;
• sem inflamação;
• pouco ou nenhum eritema;
• prurido discreto;
• presente 50% dos cabelos caucasianos;
• não leva a queda de cabelos;
• não causa maiores problemas biológicos.

Pitiríase capítis (CASPA)

• Alguns autores a consideram como a forma


branda da dermatite seborréica, outros
atribuem o seu aparecimento somente à
aceleração e multiplicação celular.
• O couro cabeludo apresenta aspecto “seco”.

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Pitiríase capítis (CASPA)

Pústula

É a presença de pequenas vesículas de


pús, pústulas, semelhantes às espinhas que
aparecem também no rosto do portador de
oleosidade excessiva

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Xerose

• Ressecamento do couro cabeludo;


• Diminuição da função das glândulas sebáceas;
• Cabelos secos e opacos.

Pode estar associada à:


a) nutrição pobre em vitaminas;
b) óleos insaturados;
c) estresse;
d) banhos com água muito quente;
e) xampus ou outros produtos inadequados.

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Pediculose

A pediculose é uma infestação em humanos


causada por piolhos sugadores, denominada
pediculose do couro cabeludo (Pediculus capitis)
= Pediculus humanus humanus e pediculose do
corpo (Pediculus corporis) = Pediculus humanus
corporis.

Tinea capitis

Tinea capitis é uma infecção dermatofítica


comum do couro cabeludo.
Os dermatófitos são classificados em três
gêneros; tinea capitis é causada
predominantemente por espécies de
Trichophyton ou Microsporum.
A forma clínica mais comum, caracteriza-se
por prurido, eritema, descamação e áreas de
pseudo-alopécia em que os cabelos estão
fraturados ao nível da superfície cutânea com os
respetivos cotos implantados na pele.

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Foliculite decalvante

• Inflamação (aguda ou crônica) do folículo


piloso que leva a um processo cicatricial com
desaparecimento do fio, que dá lugar a uma
cicatriz.
• Diferente da foliculite simples, que se
manifesta também com pústulas na base dos
fios, mas tem uma evolução muito menos
agressiva e não evolui com cicatrizes ou
extinção do fio.

Foliculite decalvante

Causas:
• infecção causada por estafilococos (bactéria
Staphilococcus aureus), comuns na pele dos
seres humanos;
• retenção de umidade e calor, principalmente
no couro cabeludo — como os folículos são
mais densos nessa região, apresentam a
tendência à transpiração e oleosidade
excessiva.

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Disfunções da Haste

Tricoptilose: Triconodose:

Cabelos frágeis e Torção dos cabelos que


bifurcados; formam nós ou laços e que
se tornam quebradiços;

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Disfunções da Haste

Tricostasia Espinulosa: Pili Annulati:


Acúmulo de vários Distrofia
;
rara, na qual
cabelos ou pelos no os cabelos apresentam
mesmo óstio folicular; áreas claras e escuras
alternadamente, é
hereditária

Disfunções da Haste

Pili Recurvati:
Pili Torti:
Pelos encravados na nuca e
barba, por nascerem Cabelos torcidos em volta
obliquamente, se encurvam do próprio eixo,
e penetram na pele. característica é
hereditária;

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Disfunções da Haste

Tricorrexe Nodosa: Moniletrix:


Pseudonodosidade dos cabelos Afecção rara, hereditária, surge
e pelos, por separação das na infância, caracterizada por
fibras, o que ocasiona fraturas dilatações e estreitamentos
particularmente nas alternados, os cabelos e pelos
extremidades; são curtos pelas fraturas que
ocorrem.

Disfunções da Haste

“Wooly hair”: Termo que designa cabelos


crespos, encaracolados, lembrando os cabelos
negróides, forma difusa;
 Congênita;
 Pode ser localizado com aspecto de lesão
névica do couro cabeludo;
 Pode aparecer na adolescência sem relação
hereditária.

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“Wooly hair”

Causadores de Danos à Haste

As cutículas, por serem a parte externa do


fio, são as primeiras a sofrerem os efeitos
negativos dos vários agentes citados.

Alterações na cutícula levam a perda de


brilho (não refletirá mais luz), porosidade
excessiva (embaraçamento dos fios), além de
deixar o córtex exposto, podendo levar à quebra
da haste.

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Causadores de Danos à Haste

Dentre alguns dos agentes físicos que danificam os cabelos podemos citar:

 Chapinha e secador muito quente e usado com frequência;


 Poeira e poluição;
 Vento;
 Falta de umidade no ar;
 Frequente tração dos fios;
 Água salina e cloro da piscina;
 Radiação UV (degrada a queratina e atinge os pigmentos naturais ou
sintéticos do cabelo causando o desbotamento da cor e o enfraquecimento
da haste).

Causadores de Danos à Haste

Também os agentes químicos envolvidos nos processos


de lavagem e modificação dos cabelos como xampu,
descolorantes, coloração, alisamentos, entre outros,
podem danificar as estruturas causando danos,
geralmente irreversíveis, principalmente as substâncias
com pH alcalino, pois promovem a abertura das cutículas
e o rompimento das pontes de dissulfeto responsáveis
pela resistência dos cabelos.

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Potencial de Hidrogênio

O pH normal do cabelo é em torno de 4


(ácido), sendo que o pH muito acima ou abaixo
disto promove inchamento do córtex e abertura
da cutícula, ou seja, danos.

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