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AULA 2: ANAMNESE E ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS

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Anamnese e Alterações patológicas:

A anamnese é o momento de maior importância em uma consulta em Tricologia.


Nela você coletará todos os dados da paciente, histórico clínico, doenças anteriores,
medicações, alergias, rotina de cuidados com o cabelo, genética, entre outros
diversos fatores.

Além da importância de uma anamnese bem feita, conhecer as tricoses é


importante na sua rotina clínica.
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ANAMNESE
Anamnese:

Além de dominar o conhecimento específico e ser habilitado, você também precisa


dominar as habilidades de cordialidade, comunicação e ter um lugar adequado para o
atendimento uma vez que a primeira impressão é essencial para o sucesso do seu
trabalho e a confiança do seu cliente.

O atendimento em tricologia é um atendimento que demanda acolhimento. Cabelos


mexem muito com a auto estima dos pacientes.

Tudo o que o paciente traz de informação é importante.


Anamnese:

Link de acesso a anamnese:

https://www.transfernow.net/dl/AnamneseTricologia

(copie e cole na barra do navegador).


Anamnese:

Com esse protocolo você conseguirá extrair muitas informações importantes, como
detalhes sobre a queixa, o sexo, a idade, a raça, as características visuais dos fios, a
rotina de cuidados com os cabelos, enfim, estas informações contribuem para o
diagnóstico da queixa e posterior tratamento/procedimento. Lembre-se de que, ao
trabalhar com informações pessoais, deve-se manter sigilo sobre elas e guardá-las
de forma segura.

Informações básicas, como idade, podem sinalizar queixas comuns e esperadas ou


que podem estar acontecendo, precocemente. Exemplo: Menopausa
Menopausa:

Link de acesso ao artigo:

https://www.transfernow.net/dl/ArtigoMenopausa

O envelhecimento, em conjunto com as alterações hormonais que ocorrem durante a


menopausa, pode afetar as propriedades do cabelo e dar a percepção de diminuição da
cobertura capilar em mulheres de meia-idade. A redução da fase anágena e a regressão dos
cabelos do couro cabeludo para cabelos velus mais finos é causada por andrógenos e pode levar
à perda de cabelo (alopecia) durante a menopausa.
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EXAMES LABORATORIAIS
Não é por que o resultado do exame está dentro do valor de referência que está bom,
devemos buscar sempre os níveis ótimos de marcadores nutricionais.

Vitamina b12: As vitaminas do complexo B em geral regulam as atividades mitocondriais, é


assim que ocorre a divisão celular e consequentemente produção e crescimento do cabelo.
No exame vemos o valor de referência em 210 a 910. Um resultado na casa dos 200 é muito
pouco, o interessante é manter a B12 acima de 390.
Vitamina D: É um hormônio super importante para o funcionamento do nosso
organismo, imunidade, produção de eritropoetina, glicoproteínas, que controlam a
produção das hemácias. Não pode faltar vitamina D, por que se faltar hemácia, falta
oxigenação celular e nada funciona. Não tem crescimento de nada nem de cabelo,
valor de referência fica entre 19 e 89. Vivemos uma epidemia de deficiência de
vitamina D. Nível bom de vitamina D acima de 50.
Proteínas totais: Exame para vermos se o paciente apresenta deficiência de proteínas.
Proteínas são o que constituem o fio de cabelo, então não pode faltar proteína na nossa
alimentação e no nosso organismo pensando no cabelo. O VR fica entre 6,5 e 8,5 abaixo disso
indicaremos reposição

Ferritina: Proteína que representa o estoque de ferro no organismo. Marcadora de fase aguda.
Valor ideal acima de 70 para mulher e acima de 150 pra homem. Ferritina muito alta pode gerar
problemas hepáticos. Suspeitar de um falso nível ótimo quando o paciente apresenta inflamação
pois pode ser um marcador.
Zinco: É um mineral que é cofator de várias enzimas, é fundamental no
metabolismo de proteínas, lipídios e ATP. Deve estar em pelo menos 100;

TSH: Até 2,5. Entre 2,5 e 5 suspeitarmos de hipotireoidismo, orientar investigação

T4 livre: 1,2 a 1,7;

T3 e T4 dentro da referência e TSH fora: Hipotireoidismo subclínico;

Cortisol: Quanto mais baixo ficar, melhor, porém também não deve ficar abaixo do
valor de referência pois é um hormônio importante.
Prolactina: Acima de 25 pode ser hiperprolactinemia e estar associada a um
quadro de queda.

Hemograma completo: Hemácias, anemia.

Síndrome metabólica: Lipidograma. Pode causar queda capilar analisar


colesterol total sobre HDL e triglicérides e HDL.

Glicemia em jejum: Diabetes ou pré diabetes.


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AVALIAÇÃO FÍSICA
Exames físicos do couro cabeludo e da haste:

Devemos olhar para este cabelo, este couro cabeludo. Os pacientes gostam que
pegamos neles. Devemos posicionar o paciente com ele sentado na cadeira de
consulta mesmo. Conseguimos olhar 360 graus. Posiciona de uma forma que
consiga transitar para analisar todo o couro cabeludo e a haste.

Olhar sobrancelhas, cílios e pêlos do corpo, sente que está mais quente?
Perda de sensibilidade?
• Começar fazendo uma inspeção geral do couro cabeludo. Devemos olhar de cima,
temporal e occipital. Comparar a densidade de cada área. Procurar por dermatite
seborreia. Examinar a linha de implantação do couro cabeludo. Sobrancelhas, cílios,
pêlos faciais, etc. primeiro sinal de inflamação, eritema, couro cabeludo avermelhado.
Calor também podemos sentir.

• Sinais de inflamação: calor, rubor (vermelhidão) , dor, tumor e perda de função. Nem
todo quadro inflamatório tem estes 5 pontos. Checar oleosidade e descamação.
Friccionar o dedo para ver se sai alguma massinha.
Exames Físicos do couro cabeludo:

● Pull Test: Teste de tração leve;


● Card Test: Diferencia fio quebrado de fio novo;
● Tug Test: Mostra fragilidade do fio;
● Wash Test: Diferencia ET de AAG.
TRICOSCOPIA:

É um dermatoscópio, porém recebe este nome por conta da tricologia.


Ficamos na faixa de aumento de 50x.

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Tricoscopia: Como realizar

Paciente sentada na cadeira, dividir no meio o cabelo e fazer a primeira análise visual.
Pegar gaze com álcool e molhar o couro para facilitar a visualização fazer análise de
toda a risca com o tricoscópio, olhar até em baixo, nas têmporas, dois lados. Buscar
heterogeneidade, inflamação, descamação (perifolicular ou interfolicular). Folículos e
suas quantidades de fios indicam densidade capilar (alta ou reduzida).
PRINCIPAIS
PATOLOGIAS

Capítulo 2: MORENO, F. N. Estética Capilar e Tricologia. Maringá: Unicesumar, 2021.


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TRICOSES COMPULSIVAS
Tricoses Compulsivas:

É o ato compulsivo de extrair os cabelos, embora pêlos de qualquer região do


corpo também possam estar envolvidos no processo.

As tricoses compulsivas são de difícil caracterização uma vez que o paciente


não assume uma possível autoagressão, além da ocorrência de uma mistura
das tricoses, e, ainda, existem outros distúrbios não classificados/descritos.
As descritas são: Tricotilomania, tricotemnomania, tricofagia,
pseudoalopecia da coçadura, tricocriptomania, tricorrexomania e plica
neuropática.
Tricotilomania: Distúrbio compulsivo, diferente dos distúrbios
do ciclo capilar, é emocional, psicológica, o paciente puxa e
arranca o próprio cabelo, vai retirando repetida vezes e vai
causando áreas localizadas de alopecia, encaminhar para
psicólogo e psiquiátrica, é um hábito realmente compulsivo.

Tricofagia: Ato compulsivo de engolir os cabelos.


Clinicamente, podem apresentar náuseas, vômitos, cólica
abdominal, alterações gastrointestinais e massa epigástrica
palpável.

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Tricotenomania: Ato de cortar os cabelos, rente ao couro
cabeludo, com o auxílio de tesouras ou lâminas.

Pseudoalopecia da coçadura: consiste no ato de a pessoa


coçar, de forma compulsiva, determinadas regiões do couro
cabeludo, levando à queda de cabelo nos locais da coçadura.

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Tricôcriptomania ou tricorrexemania corresponde ao ato
compulsivo de cortar os cabelos com as unhas. A pessoa
possui cabelos em tamanhos diferentes, dando má qualidade
ao penteado e deixando a extremidade distal igual a um
pincel.
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Além das tricoses compulsivas, alguns fatores psicológicos, como o
estresse emocional e os episódios traumáticos agudos (como divórcio,
luto e perda de emprego) podem desencadear ou intensificar doenças
tricológicas.

Células do couro cabeludo e do sistema nervoso são células


irmãs, derivam do mesmo folheto ectodérmico, tudo o que afeta
um, afeta outra. Por isso o emocional também está tão ligado a
queda de cabelo e inflamação de couro cabeludo.
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ALTERAÇÕES DA HASTE
Alterações na Haste:

Também pode receber o nome de Displasia pilosa ou displasia da haste, refere-se


às alterações estruturais que ocorrem na haste dos cabelos, elas podem ser
congênitas ou adquiridas.
Moniletrix: Doença genética que acomete homens e mulheres
e surge desde a infância, os fios apresentam nódulos, os fios
são extremamente frágeis e se quebram facilmente.

Tricorrexis Invaginata: Anormalidade folicular, se


caracteriza como fios de bambu, as hastes penetram e se
invaginam nelas mesmas. É um sinal da síndrome de
netherton, doença genética.

fonte foto: RUDNICKA, Lidia et al. Atlas of


Trichoscopy: Dermoscopy in Hair and Scalp
Disease. 1. ed. Https://www.springer.com/br:
DI LIVROS EDITORA LTDA, 2014. 507 p. v. 1.
ISBN 8580530733.
Tricopoliodistrofia (síndrome de Menkes) - Pili Torti:
Doença também genética, significa pelo torcido, pelos
secos e quebradiços pois fazem uma torção de 180°.
São típicos em meninas do cabelo loiro, pode estar
associada a surdez que também é genética. É possível
adquirir por traumatismo repetitivo, tratamento com
fonte foto: RUDNICKA, Lidia et al. Atlas of retinoides, alopecias cicatriciais e esclerodermia.
Trichoscopy: Dermoscopy in Hair and Scalp
Disease. 1. ed. Https://www.springer.com/br:
DI LIVROS EDITORA LTDA, 2014. 507 p. v. 1.
ISBN 8580530733.
Síndrome do anágeno frouxo: Cabelos normais ao
nascimento e ocorre uma rarefação e redução do comprimento
dos cabelos entre dois e seis anos de idade. Diagnóstico
clínico, microscópico e com o tricograma. Pode melhorar com a
idade.

Síndrome dos cabelos que não são penteáveis: Cabelos


secos e ásperos, afeta crianças e jovens com cabelos
abundantes e de difícil manuseio. Diagnóstico clínico e
microscópico. Melhora com a idade.

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Tricorrexe Nodosa: Congênita ou adquirida, o fio
arrebenta como uma corda. Adquirida com danos físicos,
químicos, térmicos como a fricção com a toalha,
alisamento, descoloração, secador, etc. Também pode
acontecer por fatores genéticos como síndromes e
doenças e até mesmo por conta da dermatite seborreica.
Também pode acontecer pela deficiência de vitaminas
fonte foto: RUDNICKA, Lidia et al. Atlas of Trichoscopy:
Dermoscopy in Hair and Scalp Disease. 1. ed. como vitamina A e a B7 que é a biotina, o zinco e
Https://www.springer.com/br: DI LIVROS EDITORA LTDA,
2014. 507 p. v. 1. ISBN 8580530733.
também no hipotireoidismo que fragiliza os fios. Dão
aspecto de cabelo ressecado e áspero.
Tricoptilose: São as famosas pontas duplas que ocorrem
devido a danos mecânicos, térmicos, químicos.

Triconodose: Nó que se forma na haste que não tem


relevância, é normal do próprio embaraçar dos fios.

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Atlas of Trichoscopy: Dermoscopy in
Hair and Scalp Disease. 1. ed.
Https://www.springer.com/br: DI
LIVROS EDITORA LTDA, 2014. 507 p.
v. 1. ISBN 8580530733.
Bubble Hair: São bolhas que se formam pelo contato do
vapor de água com o secador.

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Leucotricoses: Podem ser adquiridas, congênitas ou conseqência do
envelhecimento natural dos cabelos, conhecida como canície, que ocorre com a
idade cronológica e em graus individuais. Em caucasianos, ela inicia por volta dos
34 anos de idade e, em negros, por volta dos 44 anos, e metade da população tem
50% dos cabelos brancos aos 50 anos de idade. Ela ocorre por causa da diminuição
da produção da melanina, produzida pelos melanócitos da matriz capilar. O
tratamento é a utilização de tintura.

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ALOPECIAS
Classificadas quanto ao processo patológico
Cicatriciais: as cicatriciais são as irreversíveis, ou seja, o cabelo que caiu, não pode
ser recuperado, o folículo piloso morre. A bulge é destruída, se não tem bulge, não
tem proliferação celular.
Não cicatriciais: passíveis de recuperação pois o folículo é preservado e não
morre. Bulge preservada. Por isso o cabelo consegue nascer novamente.

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ALOPECIA AREATA
Alopecia Areata:

É o terceiro tipo mais frequente doença autoimune, onde o folículo piloso é atacado
pelo próprio organismo em um ambiente bem inflamatório, esse ataque leva a perda
do cabelo de forma localizada ou difusa, imprevisível e de tratamento desafiador
não se sabe exatamente por que acontece uma doença auto imune, não só a areata
mas todas elas, o que se sabe é que existem alguns gatilhos que podem
desencadear esses eventos de crise, gatilhos esses que estão principalmente
ligados a questões emocionais. Não cicatricial.
Tem subtipos, em placas, mais fácil de identificar, total onde caem todos os fios de
cabelo do couro cabeludo , universal onde além de cair todos os fios de cabelo do
couro cabeludo também caem todos os pelos do corpo, tem também a difusa onde a
queda não ocorre de forma localizada, mas difusa e não deixa ele totalmente careca,
outro subtipo é a ofiásica que acomete de forma intensa a parte occipital, temporal e
parietal e tem a incógnita, que divide opiniões de tão incógnita que ela é, se parece
com ET com AA, aonde tem uma queda intensa junto com o afinamento dos fios.
Tratamento AA: Corticóides (Tratamento médico); Suplementação oral; Tônicos
estimulantes e anti inflamatórios; MMP; Intradermoterapia e Laser de baixa potência se
não houver inflamação.
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ALOPECIA ANDROGENÉTICA
Alopecia Androgenética:

Conhecida como calvície é a segunda queixa mais frequente que os profissionais


recebem na clínica. Se manifesta de forma diferente nos homens e mulheres, nos
homens começam pelas têmporas e vértice e nas mulheres ocorrem a partir da risca
central. Não cicatricial.
Afinamento progressivo dos fios, de fios terminais se tornam fios vellus, miniaturizados.
Ocorrem por influência genética e hormonal, onde os folículos são geneticamente mais
sensíveis a ação de um hormônio chamado DHT diidrotestosterona, um hormônio
andrógeno, a ação desse hormônio sobre o folículo piloso é que causa esse afinamento
dos fios a cada ciclo capilar, mas também, existem outros fatores secundários que podem
estar envolvidos no desenvolvimento e na evolução da calvície (estresse oxidativo,
alterações e oscilações hormonais, deficiências nutricionais importantes, tudo isso pode
contribuir para o desenvolvimento e evolução da calvície).
Tratamento AAG: MMP, Intradermoterapia, laser de baixa
potência, Tônico estimulante, Suplementação Oral;
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ALOPECIA POR TRAÇÃO


Alopecia por tração:

Causada por penteados e acessórios que provoquem tração excessiva e


prolongada, como apliques, mega hair, tranças box braids, dreads e trações
prolongadas exercidas pelos fios, não começa como uma alopecia cicatricial,
porém pode se tornar quando demora tratar. Apresenta: Eritema perifolicular,
afinamento e encurtamento do fio de cabelo, redução da densidade capilar no local,
podendo ocorrer fibrose perifolicular.
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EFLÚVIO TELÓGENO
Eflúvio Telógeno:

Queda de cabelo mais frequente que todo o profissional atende na clínica, é uma queda
intensa, que começa de repente e dura em torno de 3 a 5 meses. Queda benigna, por
que pra cada fio que cai já tem um novo no lugar nascendo em substituição. Não deixa
ninguém careca, fica em torno de 30% a 50% de perda de cabelo. O paciente perde sim
muito cabelo mas não fica careca. Acontece por diferentes causas: deficiências
nutricionais, alterações hormonais, estresse emocional, estresse físico, infecções,
medicamentos, etc.
Eflúvio Telógeno:

Existem 2 formas de eflúvio telógeno, agudo e crônico. Agudo: Pontual ex: infecção, cirurgia.
Acontece mas passa, dura cerca de 3 meses. Já o Crônico: Dura mais de 6 meses e até anos,
isto por que a causa não foi eliminada. Ou por que houve alguma alteração no folículo piloso
sem causa aparente que leva a uma desregulação do ciclo capilar, que é permanente. O et se
dá por um aumento de fios em fase telógena, temos cerca de 10 a 15% de fios nesta fase, que é
o normal; no ET esta porcentagem aumenta, vai para 30/40/50/60%, depende como ocorre em
cada um. Então algumas pessoas terão um eflúvio muito intenso e outros nem tanto. Não
cicatricial.
Tratamento: Identificar a causa; Tônicos estimulantes; Suplementação Oral (se
fizer parte da causa); MMP e Intradermoterapia se paciente tiver pressa para o
cabelo repilar.
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EFLÚVIO ANÁGENO
Eflúvio Anágeno:

Queda muito mais intensa que o ET e muito mais significativa e devastadora, é a


queda pós quimioterapia, onde cai todo o cabelo. 90% dos fios estão em fase
anágena, então todos os fios que estão nessa fase caem, pois interrompe a fase
anágena. Acontece 1 a 4 semanas depois do fator que desencadeou, muito brusca,
intensa e rápida. Não cicatricial.

Tratamento: Eliminar a causa.


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ALOPECIA FIBROSANTE FRONTAL


É a alopecia cicatricial mais comum, doença relativamente nova, descoberta na década de
90, ainda não se sabe muita coisa sobre ela. Progride lentamente, caracterizada por causar um
recesso simétrico da linha frontal, a testa da paciente vai ficando maior, acomete mais
mulheres, a progressão da fibrosante frontal é variável, pode ir até a metade da cabeça ou pode
progredir bem pouco, ficar só ali na frente, porém é imprevisível, não tem como sabermos,
parece ser autolimitada que é aquela doença que pode parar de evoluir por conta própria sem
um tratamento específico. Temos vivido uma epidemia de AFF, acometendo pacientes mais
jovens, antes era muito comum nas mulheres pós menopausa, parece ter um fator causal
ambiental, mas ainda não se sabe.
Tratamento: MMP, Intradermoterapia e laser de baixa
potência para evitar o avanço.
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LÍQUEN PLANO PILAR


Líquen Plano Pilar:

É uma condição inflamatória crônica, com alto grau de acometimento capilar, de


causa incerta, considerado autoimune onde o próprio sistema imunológico passa a
atacar o folículo piloso também. Clinicamente é caracterizado por prurido múltiplo,
áreas atróficas e acomete o vértice. Se pegarmos no início conseguimos conter a
evolução e o cabelo volta a nascer. Se torna cicatricial quando a inflamação
intensa e prolongada causa fibrose tecidual.
Tratamento: Encaminhar para Médico Tricologista. Laser de
baixa potência; Alta frequência; Óleos essenciais;
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FOLICULITE DECALVANTE
Foliculite Decalvante:

Se trata de uma alopecia cicatricial neutrofílica e é predominante em homens adultos


jovens, sua patogênese ainda é incerta também, mesmo sabendo que existe a
presença da bactéria staphylococcus aureus, há também a influência da imunidade.
Acomete vértice e occipital, apresenta eritema, pápulas, pústulas, hiperqueratose e
descamação folicular. Pacientes apresentam dor. Alopecia Cicatricial.

Tratamento: Encaminhar para médico tricologista


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CELULITE DISSECANTE
Celulite dissecante:

Também neutrofílica, relacionada a outras doenças como edranetite supurativa e


acne conglobata, atinge homens, não é muito comum, começa no vértice e occipital,
geram nódulos e abscessos. Sem etiologia estabelecida, oclusão folicular e
inflamação tem papel importante. Alopecia Cicatricial.

Tratamento: Encaminhar para médico tricologista


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ALOPECIA CENTRÍFUGA CENTRAL


Alopecia Cicatricial Centrífuga Central:

É linfocítica, sem etiologia conhecida, afeta mulheres negras de meia idade,


apresenta perda de cabelo progressiva, começando pelo vértice, que vai se
expandindo de uma forma centrífuga. Os pacientes nem sempre tem mas podem ter
dor e coceira. Alopecia Cicatricial.

Tratamento: Encaminhar para médico tricologista


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Lúpus Eritematoso Discóide


Lúpus Eritematoso Discóide:

Pode ser sistêmico ou cutâneo, quando é sistêmico pode provocar uma queda de cabelo do
tipo eflúvio, não sendo cicatricial, ou seja, sem lesão folicular, fazendo com que a perda
capilar seja benigna. Quando a perda capilar ocorre no lúpus crônico a destruição folicular
acontece, gerando feridas. Nesse caso, encontramos na tricoscopia vasinhos,
descamações, eritema, despigmentação, atrofia, telangiectasias (lesões praticamente
definitivas).

Pode causar ardência e queimação. Alopecia Cicatricial.


Tratamento: Encaminhar para Médico Tricologista. Laser
de baixa potência; Alta frequência; Óleos essenciais;
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OUTRAS ALTERAÇÕES
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HIPERTRICOSE
Hipertricose: Excesso de pelos no corpo. Pode ser classificada em:

● Hipertricose cervical anterior (HCA);


● Hipertricose congênita localizada;
● Hipertricose adquirida;
● Hipertricose iatrogênica (HI);
● Hipertricose lanuginosa adquirida (HLA);
● Hipertricose lanuginosa congênita (HLC);
● Hipertricose localizada adquirida (HLA);
● Hipotricose universal.
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DERMATITE SEBORREICA
Dermatite seborreica:
É uma inflamação crônica que pode acontecer por: Hiperatividade da glândula sebácea,
genética, stress, queda na imunidade, fatores externos, etc., pode acontecer também
pela presença do fungo malassezia.

Consistem em placas descamativas que podem ser eritematosas, terem o aspecto


oleoso de cor esbranquiçada ou amarelada.

Tratamento: Shampoo com cetoconazol 2% ou shampoo antioleosidade; Terapia


capilar; Esfoliações semanais; Suplementação oral.
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TINEA CAPITIS
Tinea Capitis:

É uma inflamação crônica que pode acontecer por: Hiperatividade da glândula


sebácea, genética, stress, queda na imunidade, fatores externos, etc. pode
acontecer também pela presença do fungo malassezia.

Consistem em placas descamativas que podem ser eritematosas, terem o


aspecto oleoso de cor esbranquiçada ou amarelada.
Tratamento: Shampoo com cetoconazol 2% ou shampoo antioleosidade;
Terapia capilar; Esfoliações semanais; Suplementação oral.
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PSORÍASE
Psoríase:

É uma inflamação crônica multifatorial, pode ocorrer por predisposição genética, é autoimune e
influenciada por fatores externos. Caracterizada por lesões descamativas e avermelhadas.

Nela há a presença de placas por toda a cabeça, diferente da dermatite seborreica que
apresenta placas somente em volta do folículo por exemplo.
Tratamento: Manter os níveis de Vitamina D acima de 20; Corticosteróides: tratamento
médico; Shampoos queratolíticos emolientes e umectantes; Não usar esfoliante físico: A
fricção estimula o processo proliferativo da psoríase.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Link de acesso:

https://antoniorondonlugo.com/wp-content/uploads/2010/05/165-Trichoscopy.pdf

(copie e cole na barra do navegador).

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