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INFORMAÇÃO
Glauber Rogério
Barbieri Gonçalves
Revisão técnica:
ISBN 978-85-9502-227-0
CDU 004.78
Introdução
O mundo competitivo está cada vez mais exigindo tomadas de decisão
rápidas e assertivas, o espaço para erros é muito pequeno. Partindo da
ideia que hoje o mundo tem muitas informações para processar, o desafio
é processar as informações corretas, afinal você pode consultar várias
fontes, mas não ter a certeza de qual a correta ou fundamental. Há então
que se ter um mecanismo que auxilie nessa escolha, pois uma escolha
errônea pode colocar tudo a perder. Com o passar do tempo, os sistemas
de auxílio foram evoluindo e estão a nossa disposição para uso e uma
melhor tomada de decisão. Que tal explorar esses sistemas?
Neste texto, você irá estudar os sistemas de informação e de apoio
à tomada de decisões, bem como compreender a grande importância
desses sistemas para as empresas e as pessoas que estão à frente da
tomada de decisão.
Sistemas de informação
Desde o século passado, principalmente na última metade, a humanidade
evoluiu muito em praticamente todos os aspectos. As invenções mudaram a
110 Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos
Sistemas especialistas
Os chamados sistemas especialistas são programas que auxiliam na resolução
de problemas complexos e que precisam, para sua solução, de um maior com-
binado de informações. De acordo com o autor Feigenbaum apud Harmon e
King (1988) o sistema especialista, também conhecido pela sigla SE, “[...] é um
programa inteligente de computador que usa conhecimentos e procedimentos
inferenciais, para resolver problemas muito complexos, de forma a requererem
para sua resolução muita perícia humana.”.
Os sistemas especialistas fazem então a interface da base de dados das
informações sobre os conhecimentos afins, correlacionando essas informa-
ções com a figura do ser humano, que esta buscando a solução para algum
problema, eles não substituem o ser humano, mas sim efetuam a análise de
maneira similar vindo a auxiliar nas decisões.
Os sistemas especialistas normalmente são compostos por uma linguagem
de expressão fornecida pelos especialistas, com uma boa base de conheci-
mentos armazenada e um programa de acesso a esses dados. Assim, eles
conseguem suprir a figura de um especialista para auxiliar os usuários na
solução de problemas.
Fases Ponderações
Identificar os participantes do
projeto, os recursos necessários e
Identificação
as características do problema e
quais objetivos serão alcançados.
Edição do conhecimento e a
Implementação implementação dos programas
que serão processados.
como também para as tarefas rotineiras e, com isso, passou a ganhar tempo
para resolução de problemas. Hoje eles são utilizados em todos os níveis
dentro das empresas, na Figura 2 você pode observar os níveis de decisão da
empresa e verá que a informação permeia por todos e que em todos devemos
ter decisões rápidas para que um pequeno problema não fique maior e demande
mais energia para a sua solução.
(Continua)
118 Sistemas especialistas, sistemas de apoio à decisão e sistemas executivos
(Continuação)
Os sistemas são suporte para diferentes estruturas de problemas, que podem variam
em problemas altamente estruturados (os problemas diretos, que requerem fatos em
relacionamentos conhecidos) ou problemas semiestruturados (mais complexos, pois
podem ter uma interface entre dados em diversos formatos e podem ser difíceis de
manipular ou obter).
Características de um SIE
Veja no Quadro 4 o detalhamento das características de um SIE.
Leituras recomendadas
BEUREN, I. M.; MARTINS, L. W. Sistema de informações executivas: suas características
e reflexões sobre sua aplicação no processo de gestão. Revista de Contabilidade e
Finanças, São Paulo, v. 12, n. 26, maio/ago. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772001000200001>. Acesso em: 20 jul. 2017.
DIFERENCIAL CONSULTORES ASSOCIADOS. Sistemas de Informação Executiva (EIS).
Belo Horizonte, c1996-2011. Disponível em: <https://difnet.com.br/enterprise_infor-
mation_systems.html>. Acesso em: 20 jul. 2017.
FERREIRA, L. R. A importância das informações no processo de tomada de decisões.
Administradores, João Pessoa, 01 out. 2006. Disponível em: <http://www.adminis-
tradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-importancia-das-informacoes-no-
-processo-de-tomada-de-decisoes/12714/>. Acesso em: 20 jul. 2017.
Conteúdo:
SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
Introdução
Neste capítulo, você vai entender o contexto dos sistemas abertos e
fechados, conceituar sistemas de informação e diferenciar os sistemas
de processamento de transações (SPT) de sistemas de apoio à decisão
(SAD) e de sistemas de informações gerenciais (SIG).
Definições
Lima, Gorayeb e Silva (2010) destaca que os sistemas da informação (SI) são
utilizados em quase todas as áreas e profissões e que estamos no limiar de
uma nova era de possibilidade e de desafios. Trata-se de uma época singular
que oferece à humanidade uma transformação cultural tão forte como nos
períodos do Renascimento, Iluminismo, Revolução Industrial, entre outros.
O principal fator destes momentos históricos sempre é fundamentado na
criação e na propagação da informação a um grande número de pessoas. Em
consequência destes movimentos, novas possibilidades se abriram, a economia
prosperou, aumentou a liberdade e a civilização moderna apareceu. Agora,
2 Introdução aos sistemas de informação
Informação
Atualmente, a informação é um dos principais patrimônios de uma empresa.
Pode-se afirmar que o sucesso das organizações, qualquer que seja o seu
porte ou ramo de atividade, depende, cada vez mais, de informações. Elas
são essenciais para as atividades de qualquer nível hierárquico empresarial,
sendo todos os processos de negócios baseados em informação.
Embora qualquer pessoa tenha ideia do que seja uma informação, deve-se
procurar defini-la de uma maneira mais precisa. Para isso, é preciso entender
um conceito intimamente relacionado à informação, o de dados.
Dados podem ser vistos como a matéria-prima da informação, isto é,
símbolos sequencialmente ordenados, dos quais se pode extrair informação,
mas que, isoladamente, não contém nenhum significado. Se o dado for tra-
tado, organizado, analisado e processado de alguma maneira, para que tenha
significado em um contexto, passa-se a chamá-lo de informação. Assim, é
possível definir informação como dados tratados capazes de transmitir algum
conhecimento ao receptor.
Informação, segundo Stair e Reynolds (2010), é um conjunto de fatos
organizados de maneira que possuem valor adicional, além do valor dos fatos
individuais. Transformar dados em informações depende de um processo ou
um conjunto de tarefas logicamente relacionadas, realizadas para alcançar um
resultado definido. O processo de definir relações entre os dados para criar
informações úteis requer conhecimento.
Conhecimento é a consciência e a compreensão de um conjunto de infor-
mações e os modos como essas informações podem ser úteis para apoiar uma
tarefa específica ou para chegar a uma decisão. Ter conhecimento significa
entender as relações na informação.
Para esse autor, é óbvio que, no mundo dos negócios, sistemas fechados
praticamente não existem, pois, se não houver uma resposta satisfatória do
sistema em relação às mudanças provocadas pelo ambiente, dificilmente o
sistema vai se manter competitivo, e seu fim é desaparecer. Nesse sentido,
costuma-se definir o sistema como parcialmente fechado ou semiaberto, pois
mantém algumas restrições a determinadas entidades externas.
Quando se diz que um monopólio é um exemplo de sistema fechado, na
verdade, estamos nos referindo a um tipo de transação com ambiente que
restringe as interações.
Sistema fechado:
não se relaciona com o meio ambiente que o circunda;
não influencia nem recebe influência do meio externo;
não recebe recursos externos;
nada produz.
Sistema aberto:
relaciona-se com o ambiente por meio de entradas e saídas;
troca matéria, energia e informação com o meio ambiente;
é ajustável, ou seja, para sobreviver reajusta-se às condições do meio.
Sistemas de informação
De maneira simplificada, é possível dizer que um SI é um conjunto de elementos
ou componentes inter-relacionados que coleta (entrada), manipula (processo),
armazena e dissemina dados (saída) e informações, além de fornecer uma rea-
ção corretiva (mecanismo de realimentação) para alcançar um objetivo (STAIR;
REYNOLDS, 2010). São funções integradas voltadas para a transformação de
dados (matéria-prima) em informações, semelhante a um sistema industrial
ou agroindustrial, em que um processo transforma insumos em produtos.
6 Introdução aos sistemas de informação
Em uma outra definição, SI pode ser sistemas que, por meio de processos de
coleta e tratamento de dados, geram e disseminam as informações necessárias
aos diversos níveis e processos organizacionais. Eles consistem em organizar
esforços para prover informações que permitam a uma empresa decidir e
operar. Dentro desse contexto, você precisa conhecer alguns termos que são
muito utilizados na área.
História e evolução
Veiga (2006) comenta que o século XX é considerado o século da era da
informação e que, a partir dele, a informação começou a fluir por meio dos
mais variados canais, a uma velocidade impressionante.
Os acontecimentos, desde a Revolução Industrial até o surgimento da
Internet, fizeram o ser humano aprender a lidar todos os dias com um número
muito grande de informação.
A informação é tida como uma fonte de poder, uma vez que, por meio
da análise dos acontecimentos passados, é possível compreender o presente
e tentar antever o futuro. É na informação que se baseiam os SI, que, antes
mesmo da popularização dos computadores, já existiam.
8 Introdução aos sistemas de informação
https://goo.gl/9tJdQ1
Nível operacional
Nível tático
Nível estratégico
Os SAD ajudam os gerentes de nível médio a tomar decisões não usuais. Eles
focam problemas únicos e que se alteram com rapidez, para os quais não existe
um procedimento de resolução totalmente definidos. Embora os SAD usem
informações internas, obtidas do SPT e do SIG, frequentemente recorrem a
informações de outros sistemas e de fontes externas.
Esses sistemas usam uma série de modelos para analisar os dados, ou
então condensam grandes quantidades de dados em um formato que possa
ser analisado pelos tomadores de decisão. São projetados de modo que os
usuários possam trabalhar com eles diretamente – utilizam software de fácil
interação com o usuário.
O SAD apoia decisões relacionadas à determinação de preços, utilização
de ativos, gerenciamento da cadeia de suprimentos e gerenciamento do rela-
cionamento com o cliente, além de formatar cenários de negócios alternativos.
SAD direcionados a consumidores e gerentes podem ser encontrados na WEB.
O sistema de software SAD contém as ferramentas de software emprega-
das para análise de dados. Pode conter várias ferramentas Online Analytical
Processing (OLAP), ou processamento de dados analítico, ferramentas de
mineração de dados ou um conjunto de modelos matemáticos e analíticos que
pode ser disponibilizado para o usuário SAD.
Pensando no futuro
São 5:00 horas da tarde e o inspetor Almeida está indo para o hotel, depois de um
dia no centro de treinamento na matriz do banco. Ele está achando que sua vida
profissional vai sofrer uma grande transformação.
Quando Almeida começou a trabalhar como inspetor no banco, há cerca de 15
anos, a profissão já era bem diferente do que é hoje. Naquele tempo, os inspetores
faziam visitas periódicas às agências, eram chamados pelos gerentes ou enviados pelos
inspetores-chefes para fazer inspeções de rotina ou resolver problemas. Seu trabalho
consistia basicamente em procurar e evitar irregularidades. Por isso, os inspetores
eram vistos como emissários da administração central, que viviam caçando coisas
erradas. Tendo sido funcionário, Almeida sabia que os funcionários não gostavam
dos inspetores e os temiam.
De uns tempos para cá, o banco passou a treinar os inspetores para serem menos
fiscais e mais parceiros dos funcionários. Dentro das diretrizes da qualidade total, os
12 Introdução aos sistemas de informação
Leituras recomendadas
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 11. ed. Rio de Janeiro:
Pearson, 2014.
PLANEZ, P. Um pouco de história para entender os sistemas de informação. [S.l.]: TI Espe-
cialista, 2015. Disponível em: <https://www.tiespecialistas.com.br/2015/10/um-pouco-
-de-historia-para-entender-os-sistemas-de-informacao/. Março de 2016. Visitado em
Novembro de 2017.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
INTRODUÇÃO
A BIG DATA E
INTERNET DAS
COISAS (IOT)
Introdução
A era tecnológica possui como característica forte os dados, que são gerados
pelos diversos contextos sociais. Esse movimento trouxe diversas possibilida-
des na descoberta de novos valores tanto aos produtos quanto aos serviços
oferecidos pelas grandes corporações. É nesse ponto que a ciência de dados
se relaciona com outras tecnologias, como a Business Intelligence (BI).
Neste capítulo, você vai conhecer algumas aplicações da ciência de
dados e vai ver como a Business Intelligence pode agir com essa ciência,
colaborando na geração de uma melhor compreensão desses valores,
que, antes, não eram tão explícitos e, hoje, atrelam valores financeiros
ao mundo dos negócios.
Enquanto as análises realizadas por tecnologias Big Data, ou seja, que lidam com
grandes volumes de dados, norteiam as empresas diante de novos desafios por
meio da estruturação dos dados, a Business Intelligence traz a interpretação dessas
informações presentes nos processos empresariais, contribuindo para a formulação
de novos cenários.
Para colocar tudo isso em prática, a empresa teve que se certificar de que
todos os dados eram reais para que, posteriormente, aplicasse o cruzamento
dos dados de predição de vendas, que só ocorreu devido a técnicas específicas
de análise. Com isso, todos os históricos de transações e identificação de
tendências de vendas de produtos foram detectados, conforme suas respectivas
regiões, ou seja, trouxeram as características particulares para cada loja, tendo
como resultado uma previsão de venda de cada item.
Como resultado final, a empresa reduziu em mais de 100 milhões de
dólares o estoque em excesso na primeira redistribuição realizada, atingindo
10% do objetivo geral de ajuste de estoque. A redução final em 1 ano foi
de 1,5 bilhão de dólares. As outras soluções encontradas e executadas pela
empresa foram:
Podemos notar que, enquanto a ciência de dados traz um olhar para o futuro,
por meio de análises preditivas e prescritivas, e se baseia em questionamentos
como por quê, o que devo fazer e o que irá ocorrer, a inteligência de negócios,
ou seja, o BI, traz análises descritivas, relatórios padrão e questionamentos
sobre o que já aconteceu. Porém, não podemos deixar de mencionar que ambas
ainda conseguem trabalhar em conjunto e com outras tecnologias.
Conforme Turban et al. (2012, p. 35), a equipe de BI lidará com as seguintes
questões:
Eckerson (2003) traz resultados de uma pesquisa feita entre 510 corporações que indica
os benefícios do BI conforme a visão dos participantes. São eles:
economia de tempo (61%);
versão única da verdade (59%);
melhores estratégias e planos (57%);
melhores decisões táticas (56%);
processos mais eficientes (55%);
economia de custos (37%).
MACHADO, F. N. R. Big Data: o futuro dos dados e aplicações. São Paulo: Érica, 2018.
SCHMARZO, B. Big Data MBA: driving business strategies with data science. New Jersey:
Wiley, 2016.
TURBAN, E. et al. Business Inteligence: um enfoque gerencial para a inteligência do
negócio. Porto Alegre: Bookman, 2012.
Leitura recomendada
ECKERSON, W. Smart Companies in the 21st Century: the secrets of creating successful
business intelligent solutions. Seattle: The Data Warehousing Institute, 2003.
Conteúdo:
GESTÃO DE
INFORMAÇÕES NO
SETOR PÚBLICO
Glauber Rogério
Barbieri Gonçalves
E-business
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
As formas de relacionamento entre as pessoas mudaram muito nos últi-
mos tempos e, entre esses relacionamentos, há um muito importante, que
é o relacionamento do cidadão com os governantes do país em que vive.
Trata-se de um tema complexo, que deve ser estudado e acompanhado.
Por ser de domínio público, surge a necessidade latente da transparência
nas ações. Hoje, as informações são produzidas e distribuídas quase que
instantaneamente, e as ações dos entes públicos podem e devem ser
monitoradas, visando à melhoria do coletivo e não só para alguns. Para
que a informação chegue a todos com transparência, temos em mãos
os meios virtuais, que cumprem papel fundamental nesse contexto.
Neste capítulo, você vai estudar o e-business, verificando os for-
matos disponíveis, suas transações e impactos no dia a dia da gestão
pública para melhorar as condições de informação e transparência
para todos.
E-business
O e-business, ou negócio eletrônico, é definido como todos os negócios que
utilizam a rede de computadores para sua realização. Sua definição pode ser
confundida com a definição de comércio eletrônico (e-commerce), que trata
do comércio eletrônico de empresas e consumidores, ou seja, da compra e
2 E-business
Governos no e-business
Para existirem negócios, é necessário que existam empresas, consumidores
e agentes de regulação ou governos. Cada um dos envolvidos tem um papel
fundamental, e para os negócios eletrônicos não é diferente, pois eles só
facilitam as interações entre esses agentes.
O setor público utiliza uma metodologia para a realização de transações
com os demais entes do mercado e também para melhorar o relacionamento
com os cidadãos, seja na forma de prestar melhores serviços ou de deixar
transparentes suas ações. Você verá, no Quadro 1, as combinações possíveis
dos mercados no e-business. As siglas são oriundas do inglês e cada uma será
explicada no Quadro 2 a seguir.
Administração
pública Empresas Consumidores
https://goo.gl/UXp3cf
https://goo.gl/Tc1iws
(Continua)
8 E-business
(Continuação)
Você pode acessar inúmeras informações sobre o governo por meio do portal “Acesso
à informação” (BRASIL, c2018a). Por ele, qualquer cidadão pode fazer um cadastro e
solicitar informações.
https://goo.gl/YdHg3g
https://goo.gl/Xk4co
SALLES, T. Solução de inteligência de negócio (BI) desenvolvida pela MTI é tema de política
de gestão documental. Cuiabá: MTi, 2017. Disponível em: <http://www.mti.mt.gov.
br/-/8293595-solucao-de-inteligencia-de-negocio-bi-desenvolvida-pela-mti-e-tema-
-de-politica-de-gestao-documental>. Acesso em: 25 jan. 2018.
TRANSPARENCY International. Berlin, c2018. Disponível em: <https://www.transparency.
org/>. Acesso em: 29 jan. 2018.
Leituras recomendadas
DINO. Administração pública utiliza ferramentas de business intelligence para ge-
rar informações para auditores da área fiscal. Exame.com, São Paulo, 09 ago. 2017.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/negocios/dino/administracao-publica-
-utiliza-ferramentas-de-business-intelligence-para-gerar-informacoes-para-auditores-
-da-area-fiscal/>. Acesso em: 27 fev. 2018.
E-COMMERCE Brasil. [S.l.], 2018. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.
br/>. Acesso em: 24 jan. 2018.
SEBRAE. Aspectos legais do e-commerce. Brasília, DF, 2014. Disponível em: <http://www.
bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/1fb2b554ec8
1cb7a7da2eeab6ecef4c3/$File/5051.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2018.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
Glauber Rogério
Barbieri Gonçalves
Revisão técnica:
ISBN 978-85-9502-227-0
CDU 004.78
Introdução
Neste texto, você irá estudar como o comércio eletrônico gerou con-
sideráveis mudanças nos mercados e proporcionou novas formas de
negócios para as empresas e governos.
Visão geral
Há pouco tempo, quando você tinha vontade de consumir algo, por exemplo,
uma pizza, se não tivesse os ingredientes em casa, teria que sair para com-
prar ou consumir em algum estabelecimento, hoje você tem em suas mãos
a facilidade de consumir essa ou qualquer outro produto ou serviço de seu
sofá. Não é um, nem dois consumidores que domingo tem a brilhante ideia
de adquirir um sofá, uma televisão, ou um celular novo fazendo a pesquisa
e a aquisição desse produto na sala de sua residência. Tudo isso é fruto da
evolução do comércio eletrônico.
A tecnologia da informação (TI), atualmente, proporciona essas vantagens
aos consumidores e, para atender essa demanda, proporciona as empresas esse
novo canal de comunicação com seus clientes. As fronteiras foram rompidas
126 E-business e comércio eletrônico
por essa nova forma de relacionamento entre empresa e cliente, que não exclui
as demais, mas cria uma poderosa ferramenta de sucesso para as empresas
e os clientes.
As empresas que entram nesse mercado não saem mais, devido às grandes
oportunidades criadas pelo modelo. Os grandes desafios hoje são melhorar
essa rede de comunicação, criada para atender aos anseios de um público cada
vez mais exigente e sabedor de seus direitos e obrigações.
O virtual tem papel fundamental nessas relações. Você, enquanto con-
sumidor, pode pesquisar e utilizar as informações disponíveis para tomar a
melhor decisão na aquisição de produtos que atendam as suas necessidades;
já as empresas ganham escala na oferta e divulgação de seus produtos nesse
mercado.
E-business
O e-business ou negócio eletrônico é definido como todos os negócios que
utilizam a rede de computadores para sua realização. Sua definição se con-
funde com a definição de comércio eletrônico. Para uma diferenciação, o
comércio eletrônico (E-commerce) trata do comércio eletrônico de empresas
e consumidores, ou seja, da compra e venda de produtos ou serviços pela rede
de computadores, por exemplo, um usuário coloca para comercialização um
produto que faz ou que comprou e não mais utiliza, usando a rede como canal
de oferta para outros usuários.
Por sua vez, negócio eletrônico trata desse comércio, mas também das outras
transações dentro da empresa, como transações logísticas, transações de rela-
cionamento com clientes e transações de produção, mais conhecidas por supply
chain management (SCM), além das financeiras e de controle de estoques.
Assim, o negócio eletrônico trata de todas as transações efetuadas de
forma eletrônica dentro da organização e na comunicação dessa organização
com os demais públicos.
O mercado de uma maneira em geral proporcionou a chegada dessa nova
ferramenta, pois as economias cresceram de forma geométrica, seus volumes
hoje não mais permitem controles ou processamentos isolados, afinal, o volume
de informações necessárias ultrapassa os controles manuais. A TI impulsiona
as organizações por intermédio de suas ferramentas e o e-business auxilia na
interface dessas transações com os demais componentes do sistema.
O mundo globalizado lançou os caminhos a serem percorridos pelas organi-
zações e a TI evoluiu e trouxe os mecanismos necessários para essa evolução.
E-business e comércio eletrônico 127
Figura 1. E-business.
Fonte: Eugênio (2015).
Mercados do e-business
Para existir negócios, é necessário existir empresas, consumidores e agentes
de regulação ou governos, cada um tem papel fundamental para os negócios.
Em negócios eletrônicos não é diferente, pois eles só facilitam as interações
entre esses mercados.
O setor da empresa que utiliza muito esses mercados em suas formas é
o marketing, pois é o responsável pela oferta ativa de produtos e serviços.
Atualmente, a rede é forte aliada para as ações propostas por ele, por exemplo,
o marketing viral que se bem desenvolvido e aplicado pode trazer benefícios
de prospectar vários possíveis consumidores ao mesmo tempo.
Veja, no Quadro 2, as combinações possíveis dos mercados no e-business.
Administração
pública Empresas Consumidores
Quadro 3. Governos.
Quadro 4. Empresas.
Quadro 5. Consumidores.
O home broker é um sistema que permite que você dê as ordens de compra e venda
de títulos diretamente no pregão da bolsa de valores. Lembrando que a facilidade
que a tecnologia traz nos faz ter a ilusão de que é fácil investir por meio do home
broker. Como você que está administrando a própria carteira, é preciso conhecer bem
sobre investimentos de maneira geral, como fazer a gestão de seus investimentos, ter
conhecimento sobre as empresas e os setores em que atuam (GALLO, 2011).
132 E-business e comércio eletrônico
E-shop Esse modelo traz todas as empresas que tem lojas on-
line para comercialização de seus produtos ou serviços,
realizando o processo todo ou partes dele, por exemplo,
as ofertas, separação do pedido e finalização da compra.
Além desses, também se encontram nesse modelo os sites
que fazem a oferta ou demonstração de produtos para as
organizações, porém sem comercializar diretamente.
EUGÊNIO, M. E-business o que é? São Paulo: D Loja Virtual, 2015. Disponível em: <https://
www.dlojavirtual.com/como-vender/e-business-o-que-e>. Acesso em: 08 set. 2017.
GALLO, F. Home broker facilita a negociação de ações, mas é preciso cuidado. Es-
tadão, São Paulo, 03 jan. 2011. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/
noticias/geral,home-broker-facilita-a-negociacao-de-acoes-mas-e-preciso-cuidado-
-imp-,661284>. Acesso em: 08 set. 2017.
PAULA, W. E-business. Administradores, João Pessoa, 30 mar. 2010. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/producao-academica/e-business/2845/>.
Acesso em: 08 set. 2017.
SIGNIFICADOS. Significado de cadeia de valor. Matosinhos: 7Graus, c2011-2017. Disponível
em: <https://www.significados.com.br/cadeia-de-valor/>. Acesso em: 08 set. 2017.
Leituras recomendadas
ABCOMM/SC. Sobre a ABCOMM Santa Catarina. [S.l.], c2017. Disponível em: <http://
abcommsc.com.br/sobre/>. Acesso em: 07 set. 2017.
CHAFFEY, D. Gestão de e-business e e-commerce: estratégia, implementação e prática.
5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
E-COMMERCE Brasil. [S.l.: s.n.], c2017. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.
com.br/>. Acesso em: 07 set. 2017.
ESTADÃO CONTEÚDO. Carrefour lançará e-commerce de alimentos no Brasil. Exame.
com, São Paulo, 11 ago. 2017. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/
carrefour-lancara-e-commerce-de-alimentos-no-brasil/>. Acesso em: 07 set. 2017.
PERIARD, G. Cadeia de valor: o que é e pra que serve? [S.l.]: Sobre Administração, 2007.
Disponível em: <http://www.sobreadministracao.com/cadeia-de-valor-o-que-e-e-
-pra-que-serve/>. Acesso em: 07 set. 2017.
SEBRAE. Aspectos legais do e-commerce. Brasília, DF, c2014. Disponível em: <http://
www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/1fb2b
554ec81cb7a7da2eeab6ecef4c3/$File/5051.pdf>. Acesso em: 07 set. 2017.
Conteúdo:
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
Glauber Rogério
Barbieri Gonçalves
Revisão técnica:
ISBN 978-85-9502-227-0
CDU 004.78
Introdução
As relações de compras entre consumidores e fornecedores passam por
várias fases. No meio físico, normalmente o consumidor pesquisa, entra de
estabelecimento em estabelecimento, compara produto e atendimento,
encontra o produto ou serviço que atende a sua necessidade, negocia
e adquire o produto, podendo, até mesmo, tocar no produto, abrir e em
alguns casos o experimentar.
Esse tipo de relacionamento sempre existirá e não é excludente da
nova forma de relacionamento entre cliente e fornecedor, que hoje cha-
mamos de comércio eletrônico, também conhecido por e-commerce.
Outra denominação que está presente atualmente para esse termo é
o e-business “negócio eletrônico”, que também promove o comércio
eletrônico entre fornecedores e empresa, mas engloba as negociações
da empresa na internet não sendo necessariamente comercial, essa é a
diferença básica dos dois termos.
Dessa forma, tanto o e-commerce como o e-business são alvos de
tentativas de golpes e crimes virtuais, os quais precisam ser conhecidos,
combatidos e punidos. Neste texto, você irá conhecer algumas questões
éticas e legais e os instrumentos que podemos utilizar para minimizar os
impactos negativos desses crimes.
174 Questões legais do E-business
Comércio eletrônico
Para definirmos comércio eletrônico, precisamos unir o comércio tradicional às
ferramentas da tecnologia da informação (TI), dessa união teremos processos
mais rápidos com aplicações inovadoras e revolucionárias para o atingimento
das metas e objetivos empresariais. O comércio eletrônico está presente em
todos os ramos da economia, atuando fortemente para melhorar as relações
entre os consumidores e fornecedores de bens e serviços.
A evolução do termo modernizou essas relações em um caminho sem volta.
Cerca de 40 anos (décadas de 1970-1980) atrás tínhamos casos de que um
consumidor fazia uma lista de compras, se deslocava ate um estabelecimento
comercial chamado de “venda”, comprava os itens que necessitava, anotava
esses itens em um caderno de compras chamado de “livreta” durante todo o
mês, no mês seguinte ele voltava, pagava as compras anteriores e repetia a
ação. Hoje, um consumidor em casa pode adquirir os produtos que atendam
a sua necessidade e os receber em casa, efetuando o pedido e o pagamento
eletronicamente. As empresas, então, podem realizar seus negócios e suas
comercializações pela rede de computadores. Ganhou-se o tempo, agilidade
e confiança nos processos.
Não há mais como ficar sem utilizar os recursos da TI para a integração
dos mercados, a TI proporciona para as pessoas e, principalmente, para as
empresas as melhores formas de se adaptarem, sobreviverem e obterem van-
tagens nesta nova realidade econômica.
Assim sendo, os mercados eletrônicos vieram para não mais voltar, estão
presentes em nosso dia a dia, tanto em nossas relações pessoais de interação
176 Questões legais do E-business
eletrônica como nas relações das empresas com outras empresas ou com seus
consumidores. Eles promovem a coordenação dessas atividades negociais pelas
formas de mecanismos de mercado, pela real globalização das informações e
pela simplicidade na oferta aos usuários.
Entre benefícios desse tipo de comércio podemos citar:
TI e o mercado eletrônico
Você verá agora os principais conceitos das aplicações da TI no mercado
eletrônico. Sem essas interações não haveria mercado ou comércio eletrônico,
nem mesmo negociações eletrônicas.
O EDI é hoje uma das formas mais importante de comércio eletrônico existente, pois
possui o potencial de aumentar a velocidade das operações, a eficiência dos processos
e de reduzir os custos operacionais e de processamento de informações entre as
organizações. Contudo, a implementação do EDI não é fácil, exigindo mudanças
no modus operandi da organização quanto à padronização dos processos, além da
existência de vários protocolos de transmissão, o que leva muitos a não adotarem o
processo (DIAS, 2011).
Crimes virtuais
Os crimes virtuais são atos dirigidos contra um usuário ou um conjunto de
usuários que utilizam sistemas de informática para realizar suas atividades
pessoais ou empresariais, podem ser atos contra o computador propriamente
dito ou atos contra os dados ou programas armazenados nessas unidades.
Segue uma relação com os crimes que mais ocorrem e são praticados por
criminosos.
180 Questões legais do E-business
Boletos bancários: atualmente não há mais uma data certa para esse
tipo de golpe, antigamente eles vinham no começo do ano, na forma de
registro de entidades de classe, impostos a pagar ou doações a entidades
filantrópicas. Hoje eles estão todo o dia, seja na caixa de entrada de
e-mails pessoas ou e-mails coorporativos, são provenientes de empresas
falsas, com dados bancários falsos e aparentemente reais, algumas
vezes os pagadores têm seus dados interceptados e os criminosos se
fazem passar pelo próprio fornecedor real, mas os dados dos boletos
são redirecionados a contas fantasmas e seus valores são perdidos. O
sistema financeiro está tomando medidas para minimizar esse tipo de
golpe, inclusive acabando com as cobranças sem registro e adotando
medidas para processamento on-line das cobranças, com o objetivo de
minimizar esse tipo de golpe.
Falsos e-mails de instituições financeiras: como é bom receber um
e-mail de uma instituição financeira que lembrou que eu não atualizei
os dados, solicita meus dados bancários e senhas para agilizar o pro-
cesso e, depois, vem a notícia, sua conta foi acessada, muito cuidado.
Normalmente as instituições financeiras não enviam malas diretas,
não enviam links para acesso e essas solicitações sempre devem ser
confirmadas com a instituição antes de qualquer fornecimento de dados.
Esses e-mails devem ser evitados e seus anexos nunca abertos, são uma
porta de entrada para os criminosos capturarem seus dados e fazerem
uma má utilização deles como acesso a contas bancárias ou compras
em outras instituições.
Oportunidades de emprego falsas: na mesma proporção dos golpes
financeiros, também encontramos os golpes que prometem vantagens
ou empregos on-line, com vagas de trabalho em casa ou em grandes
corporações, com ganhos acima da media de mercado. Os golpistas têm
mecanismos para iludir as vítimas prometendo ganhos financeiros e
fazem com que ela de alguma maneira envie para eles algum tipo de
Questões legais do E-business 183
A URL é uma identificação que determinado elemento obtém na internet com a finali-
dade de ser referido e dar acesso aos usuários. Na verdade, o uso da internet continua
usando este tipo de referência, embora não seja percebido. Um caso emblemático é
o das páginas web, que devem ser identificadas com o nome de domínio do servidor
e o caminho a seguir de um arquivo. Neste caso, a URL precisa também do protocolo
utilizado para fazer uso desse elemento (CONCEITOS, c2010-2017).
https://goo.gl/fj8a4q
Questões legais do E-business 185
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Brasília, DF, 2014. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm>. Acesso em: 10 ago. 2017.
CENTRO DE ESTUDOS, RESPOSTA E TRATAMENTO DE INCIDENTES DE SEGURANÇA
NO BRASIL. Cartilha de segurança para internet: 1. Segurança na internet. [S.l.]: CERT.br,
2017. Disponível em: <https://cartilha.cert.br/seguranca/>. Acesso em: 10 ago. 2017.
CONCEITOS. URL: conceito, o que é, significado. [S.l.], c2010-2017. Disponível em:
<https://conceitos.com/url/>. Acesso em: 10 ago. 2017.
CORRÊA, R. Delegacia de crimes virtuais. Entenda melhor! Serra, c2017. Disponível em:
<http://rafaelcorrea.com.br/delegacia-de-crimes-virtuais/>. Acesso em: 14 set. 2017.
DIAS, L. L. Electronic Data Interchange (EDI): benefícios x custos para implementação.
Administradores, João Pessoa, 13 jul. 2011. Disponível em: <http://www.administradores.
com.br/artigos/economia-e-financas/electronic-data-interchange-edi-beneficios-x-
-custos-para-implementacao/56625/>. Acesso em: 10 ago. 2017.
FECOMERCIOSP. Comércio eletrônico fatura R$ 3,6 bilhões no Estado de São Paulo no
primeiro trimestre de 2016. São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.fecomercio.
com.br/noticia/comercio-eletronico-fatura-r-3-6-bilhoes-no-estado-de-sao-paulo-
-no-primeiro-trimestre-de-2016-1>. Acesso em: 14 set. 2017.
SÓ PEDAGOGIA. Ciberespaço e cibercultura: definições e realidades virtuais inseridas na
práxis do homem moderno. [S.l.], c2008-2017. Disponível em: <http://www.pedago-
gia.com.br/artigos/ciberespaco_cibercultura/?pagina=1>. Acesso em: 18 ago. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Câmara dos Deputados. Marco civil da internet. 2. ed. Brasília, DF, 2015. (Série
Legislação).
CCM. E-comércio: como verificar se um site é seguro. [S.l.], 2017. Disponível em: <http://
br.ccm.net/faq/17615-e-comercio-como-verificar-se-um-site-e-seguro>. Acesso em:
10 ago. 2017.
DIÓGENES, Y.; MAUSER, D. Certificação Security+: da prática para o exame SY0-401. 2.
ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2015.
SAMPAIO, J. H. P.; LIMA, A. F. S. Crimes virtuais: conceito e seus tipos. [S.l.]: Jusbrasil,
2016. Disponível em: <https://carmo311.jusbrasil.com.br/artigos/307607071/crimes-
-virtuais-conceito-e-seus-tipos>. Acesso em: 10 ago. 2017.
Conteúdo:
EMPREENDEDORISMO
E INOVAÇÃO
Introdução
A partir da tese de doutorado do suíço Alexander Osterwalder, teve
origem o modelo de negócios canvas, que revolucionou a forma como
empreendedores e empresas pensam, organizam e montam a estratégia
de novos negócios e produtos. Com uma interface simples e amigável, o
usuário pode observar todas as estratégias do negócio em um mesmo
quadro, formado por nove blocos.
Neste capítulo, você terá contato com o business model canvas, co-
nhecendo seu histórico e evolução, para, então, entender a aplicação
dessa ferramenta de gestão no alcance de objetivos estratégicos, com-
preendendo as suas características. Além disso, você vai aprender sobre
as etapas do desenvolvimento da metodologia canvas, vendo como se
deve pensar cada uma e em quais casos devem ser utilizadas. Finalmente,
você verá como utilizar o business model canvas como ferramenta de
gerenciamento estratégico, reconhecendo como colocar os objetivos
da organização em uma perspectiva futura de forma gráfica e clara,
para que todos os envolvidos no processo compreendam como cada
etapa se constitui.
proposta de valor;
parcerias-chave;
atividades-chave;
recursos-chave;
relacionamento com clientes;
segmentos de clientes;
canais de distribuição;
estrutura de custos;
fluxo de receitas.
Proposta de valor
■ Que valor entregamos a nossos clientes?
■ Qual problema do nosso cliente ajudamos a resolver?
Parcerias-chave
■ Quem são meus parceiros-chave?
■ Quais são meus fornecedores-chave?
Atividades-chave
■ Quais atividades nossa proposta de valor requer para que aconteça?
■ Quais são os nossos canais de distribuição?
Recursos-chave
■ Quais são os recursos-chave da nossa proposta de valor?
■ Quais são os canais, modelos de receita que vamos adotar?
No link a seguir, você pode acessar um material que demonstra como montar um
modelo canvas na prática. Observe que, mesmo de forma genérica, é possível identificar
cada etapa do modelo canvas e como preencher cada uma delas.
https://qrgo.page.link/Gxn9X
Para identificar quais partes compõem o business model canvas, acesse o link a seguir,
em que você pode assistir a um vídeo que mostra a diferenciação das etapas separadas
em blocos, que devem responder questões como: o quê? Como? Para quem? Quanto?
https://qrgo.page.link/fVVDf
capa;
sumário;
síntese executiva;
descrição da empresa;
descrição de produtos e serviços;
análise estratégica;
plano de marketing;
plano operacional;
plano financeiro;
anexos.
São itens que, à primeira vista, talvez não lembrem o business model
canvas, mas, pensando de forma sistemática e visual, podemos estabelecer
a ligação apontada no Quadro 1 entre o sumário executivo de um plano de
negócios “convencional” e o de um canvas.
Convencional Canvas
Sumário
Síntese executiva
(Continua)
(Continuação)
Convencional Canvas
Anexos
Por se tratar de uma adaptação, não pode refletir exatamente o que prima
a ideia original de Alex Osterwalder, mas, ainda sim, demonstra que a apli-
cabilidade da ferramenta de business model canvas (ou a sistemática que ele
trouxe) pode auxiliar em várias frentes nas organizações.
O business model canvas pode ajudar os líderes no enfrentamento de
dificuldades para conseguirem as mudanças que desejam, seja em virtude da
dificuldade imposta pelo mercado, pelas situações, pelas diferentes pessoas
envolvidas, que vêm com experiências prévias e “costumes”, seja pela falta de
soluções passadas que possam ser reproduzidas (conhecimento armazenado
ao longo do tempo).
Diante disso, novas estruturas, novos procedimentos, novas formas de
pensar os processos são necessários para novas respostas. O canvas surgiu
nesse contexto, na esteira de inovações, e está sendo bem aceito e utilizado. Em
algum momento, surgirá uma nova metodologia, mas, por enquanto, pode-se
fazer excelente uso do modelo e da metodologia criados por Alex Osterwalder
em sua tese de doutorado na Suíça.
Acessando o link a seguir, você terá acesso a uma aplicação prática do business model
canvas na criação e produção de eventos, vendo que a metodologia pode (e deve) ser
utilizada em várias áreas e negócios, assim como pode ser aplicada em suas atividades
rotineiras.
https://qrgo.page.link/Ha7Zo
Leituras recomendadas
COMO usar o canvas da forma mais fácil. [S. l.: s. n.], 2014. 1 vídeo (8 min). Publicado pelo
canal Dale Brant. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DNObU2o584Q.
Acesso em: 19 ago. 2019.
HSM. O “canvas” do modelo de negócios. 2013. Disponível em: https://experience.hsm.
com.br/posts/o-canvas-do-modelo-de-negocio. Acesso em: 18 ago. 2019.
MEUSUCESSO.COM. canvas: passo a passo para o modelo de negócios. 2017. Disponível
em: https://meusucesso.com/noticias/canvas-passo-a-passo-para-o-modelo-de-
-negocios-1616/. Acesso em: 19 ago. 2019.
PIZE, A. Planejamento estratégico e alinhamento estratégico de projetos: um guia prático
aplicando os modelos SPcanvas e PSAcanvas. Rio de Janeiro: Brasport, 2015.
Introdução
Você sabia que é possível prever como um processo vai funcionar antes
mesmo de colocá-lo em prática? Isso é possível por meio da modelagem
do processo, ou seja, por meio da criação de um modelo que representa
da realidade e que pode ser avaliado e testado, prevendo o funcionamento
do processo. Para isso, são utilizadas ferramentas e técnicas específicas.
Neste capítulo, você vai ler a respeito dos conceitos relacionados à mo-
delagem de processos e diferenciar os conceitos de gestão por processos
e de gestão de processos. Além disso, vai analisar uma simbologia própria
para modelar processos: a Business Process Modeling Notation (BPMN).
Pavani Junior e Scucuglia (2011, p. 49) destacam que “um modelo nunca será
uma representação integral e completa do processo real, mas se concentrará em
focalizar atributos que suportem uma análise continuada”. Da mesma forma,
Baldam, Valle e Rozenfeld (2014, p. 248) defendem que “Nenhum modelo
corresponde exatamente à realidade, com todas as facetas e complexidade
que o mundo real pode apresentar; todos apenas a representam, de um modo
que parecerá mais adequado ou menos adequado, de acordo com o contexto,
os atores e as finalidades da modelagem”.
Assim, a modelagem permite que possamos estudar e prever o comporta-
mento de determinado fenômeno sem a necessidade de produzi-lo de fato, o
que seria complexo, caro e demorado. No lugar disso, a criação de um modelo,
configurado conforme a necessidade da análise, podendo ser bastante simples
ou mais completo e sofisticado, torna-se uma escolha sensata.
A modelagem do processo é, dessa forma, uma parte importante da gestão
de processos, que, na opinião de Ferreira (2013b, p. 22), “[...] é uma aborda-
gem administrativa e se apresenta com uma abrangência muito reduzida em
88 Modelagem de processos
Note que alcançar e manter a estabilidade, citada por Ferreira (2013b), não
deve ser o único foco: para se manter competitiva, a organização deve buscar a
constante melhoria dos seus processos, afinal, como defendido por Baldam,
Valle e Rozenfeld (2014), o processo excelente de ontem torna-se bom hoje e
obsoleto amanhã. Ou seja, a organização deve implantar melhorias na quali-
dade dos processos, as quais podem estar relacionadas à redução da variação:
por exemplo, ainda utilizando o exemplo da temperatura, um processo mais
robusto poderia garantir que a temperatura variasse somente um grau para
cima ou para baixo. Pelo conceito explorado pela função perda, isso garante
maior satisfação dos envolvidos.
Plan, Do, Check, Act (PDCA), Kaizen, benchmarking, Método de Análise e
Solução de Problemas (MASP), Desdobramento de Função Qualidade (QFD),
Método Taguchi, Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA) e Define,
Measure, Analyse, Improve e Control (DMAIC) são algumas ferramentas e
métodos utilizados para melhoria contínua de processos.
Por outro lado, segundo Ferreira (2013b, p. 21), a gestão por processo se aplica a
algo bem mais abrangente: “gerir a organização, considerando a interação entre os
processos e entre esses e o ambiente”. Para tanto, passamos a ter organizações orien-
tadas (ou estruturadas) por processos, nas quais suas estruturas organizacionais
são pensadas, desenhadas e aplicadas com base nos seus processos estratégicos.
“A lógica é a dinâmica da organização em prol de resultados efetivos e não mais a
visão compartimentada de uma abordagem funcional” (FERREIRA, 2013b, p. 20),
na qual as organizações constituem unidades funcionais verticalizadas, isoladas,
porém organizadas de forma hierárquica, operando com pouquíssima interação.
Ferreira (2013b, p. 22) destaca que, apesar das diferenças entre os conceitos
de gestão de processos e gestão por processos, há forte vínculo entre eles, uma
vez que “A organização orientada por processos precisa, necessariamente, de
processos bem monitorados, caso contrário inviabiliza a possibilidade de tê-los
funcionando eficientemente em rede ou de forma sistêmica”.
Simbologia BPMN
Ainda que existam inúmeras metodologias para modelar processos, a BPMN
(também conhecida como Business Process Model and Notation, que cor-
responde respectivamente à notação de modelagem de processos de negócio,
à notação e ao modelo de processos de negócio) é dominante (BALDAM,
VALLE, ROZENFELD, 2014), por resolver uma série de lacunas existentes
em outros métodos de modelagem (PAVANI JUNIOR. SCUCUGLIA, 2011).
Figura 7. Tarefas.
Fonte: Universidade Federal de Mato Grosso (2017).
98 Modelagem de processos
Figura 8. Subprocessos.
Fonte: Universidade Federal de Mato Grosso (2017).
Modelagem de processos 99
Figura 9. Conectores.
Fonte: Universidade Federal de Mato Grosso (2017).
Raias — não representam uma notação específica, mas uma construção útil,
pois separam os participantes internos de uma piscina (áreas funcionais,
100 Modelagem de processos
ABPMP. BPM CBOK Guia para o gerenciamento de processos de negócio corpo comum
de conhecimento. V3.0. [São Paulo]: BPM, 2013. Disponível em: <http://c.ymcdn.com/
sites/www.abpmp.org/resource/resmgr/Docs/ABPMP_CBOK_Guide__Portuguese.
pdf>. Acesso em: 21 set. 2017.
BALDAM, R.; VALLE, R.; ROZENFELD, H. Gerenciamento de processos de negócio — BPM:
uma referência para implantação prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
COLLIN, L. R. O; PAMPLONA, E. O. A utilização da função perda de Taguchi na prática
do controle estatístico de processo. ENEGEP, 32. Bento Gonçalves, 1997. Anais... Rio
de Janeiro: Abepro, 1997. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/
enegep1997_t4410.pdf>. Acesso em: 21 set. 2017.
FERREIRA, E. A. Modelo para condução de mapeamento de processo organizacional: uma
abordagem BPM com base no MAIA. 233f. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciência
da Informação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2013a.
FERREIRA, A. R. Gestão de processos; módulo 3. Apostila do programa de desenvolvi-
mento de gerentes operacionais – DGO. Brasília: ENAP / DDG, 2013b.
FM2S. Taguchi: conheça a função perda de Taguchi. 2016. Disponível em: <http://www.
fm2s.com.br/taguchi-conheca-funcao-perda-de-taguchi/>. Acesso em: 21 set. 2017.
FOWLKES, W. Y.; CREVELING, C. M. Engineering methods for robust product design: using
taguchi methods in technology and product development. Nova Jersey: Prentice
Hall, 1995.
PAVANI JUNIOR, O.; SCUCUGLIA, R. Mapeamento e gestão por processos — BMP (Business
Process Management). São Paulo: M.Book, 2011.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Manual de gestão de processos: escritório
de projetos e processos. Cuiabá: UFMT, 2017.
Leituras recomendadas
ABREU, F. de S. QFD — desdobramento da função qualidade — estruturando a
satisfação do cliente. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 37, n. 2, jun.
1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
-75901997000200005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 21 set. 2017.
CARVALHO, M. M. de; HO, L. L.; PINTO, S. H. B. Implementação e difusão do programa
Seis Sigma no Brasil. Production, São Paulo, v. 17, n. 3, dez. 2007. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132007000300007&lng=
en&nrm=iso>. Acesso em: 21 set. 2017.
Modelagem de processos 105
Henrique
Martins Rocha
Ligia Maria Fonseca
Affonso
Jeanine Barreto
Ciclo de vida de
um processo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
No contexto do Business Process Management (BPM), é fundamental o
comprometimento de todas as áreas da organização para que os pro-
cessos permaneçam alinhados aos objetivos estratégicos, sem deixar de
manter o foco no cliente e no mercado. Entre as melhores práticas de BPM,
os ciclos de vida de processos de negócio têm um papel essencial, pois
definem diversas etapas que buscam implementar a melhoria contínua
dos processos, com foco nas necessidades e nas expectativas dos clientes.
Neste capítulo, você vai estudar os ciclos de BPM, a decomposição
de processos e a agregação de valor, assim como as necessidades dos
clientes diante dos requisitos de processo e os modelos de referência
para o ciclo de gerenciamento de processos de negócio.
Planejar:
Fazer:
Verificar:
Agir:
Fase de desenho: envolve a tomada de decisões com relação ao que foi con-
cluído na fase de análise, pois agora já devem ser conhecidos, de forma de-
talhada, os pontos de gargalo, as falhas, os atrasos, os retrabalhos e todas as
inconsistências dos processos analisados. Essa é a fase em que se promove
o alinhamento dos processos aos objetivos estratégicos da organização, fa-
zendo adequações que tragam melhorias aos processos ou desenhando novos
processos. O estado que define o que é desejável para um processo se chama
TO-BE, que pode ser traduzido literalmente como “como deverá ser”. Essa
fase inclui as seguintes atividades:
Decomposição de processos
Para que possam ser melhor compreendidos, os modelos de processos de
negócio devem ser elaborados em vários níveis. Como o CBOK tem a pre-
tensão de servir somente de referência para o gerenciamento de processos de
negócios da organização, cada uma pode usar um número diferente de níveis
6 Ciclo de vida de um processo
Nível 7 — Passo: faz referência ao menor nível de uma ação que é executada.
A decomposição de processos é a ação que permite um melhor geren-
ciamento dos processos de negócios da organização, ou uma aplicação mais
efetiva do BPM.
A agregação de valor
Atualmente, ainda existem muitas empresas que trabalham com foco no
produto ou serviço que os seus processos geram, não nos seus clientes. Os
funcionários geralmente são valorizados pelo cumprimento das metas e
pelo aumento do lucro proporcionado, sendo poucas as que premiam pela
satisfação do cliente.
Um dos grandes motivos pelos quais as empresas vêm adotando o gerencia-
mento de processos de negócio é levar o foco para o cliente, pois as pessoas
já deixaram de se tornar clientes das empresas pelo simples fato de cobrirem
o preço menor que é ofertado pelas concorrentes. É necessário que a empresa
agregue valor ao resultado que oferece ao cliente por meio dos seus produtos e
serviços. Portanto, o foco hoje deve ser o cliente e o valor agregado ao produto
ou serviço que são oferecidos.
A agregação de valor não se refere aos valores monetários, mas à satis-
fação do cliente, à capacidade da empresa em atender às suas expectativas
com relação aos produtos e serviços oferecidos e, se possível, até superá-las,
surpreendendo positivamente o cliente e, assim, promovendo a sua conquista
e fidelização. De nada adianta ter o melhor preço e a entrega mais rápida da
região, se a empresa não consegue oferecer aquilo que o cliente deseja.
8 Ciclo de vida de um processo
O termo necessidade traduz uma falta de algo que é essencial, uma carência de algo,
que é preciso ser satisfeita. São as necessidades que motivam o ser humano a agir e
a procurar a sua satisfação.
Heirich et al. (2011) destacam três características para as necessidades:
multiplicidade — existem muitos tipos de necessidades, e por mais que um indi-
víduo as tenha satisfeito, outras necessidades sempre vão surgir;
substituibilidade — indica que uma necessidade pode ser satisfeita por diferentes
formas;
saciabilidade — uma necessidade passa a ser sentida em menor intensidade, à
medida em que é satisfeita, até que desapareça completamente.
Á área da economia elenca ainda duas outras características para as necessidades:
possibilidade de hierarquização — a necessidade pode ser priorizada, segundo a
intensidade pela qual é sentida;
interdependência — quando uma necessidade é satisfeita, ela pode originar outras
necessidades.
Requisito é toda condição necessária para que algum propósito seja atendido —
quando se trata de um cliente informando as suas necessidades, nem sempre é possível
obter detalhes claros das suas expectativas.
A norma ISO 9001 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2008) apre-
senta um item chamado de Determinação de Requisitos, em que menciona os tipos
de requisitos de cliente que devem ser levados em conta no momento de pensar os
produtos e serviços que serão oferecidos:
Requisitos Declarados pelo Cliente — são solicitações claras e objetivas, feitas de
forma verbal ou escrita, através de um pedido ou contrato com a especificação do
tipo de produto ou serviço, quantidade, forma e prazo de entrega.
Requisitos não Declarados pelo Cliente — são aqueles requisitos que, apesar de não
serem determinados pelo cliente, são essenciais para a utilização do produto ou
serviço, como as baterias, o manual do usuário, algum suporte para fixar o produto
na parede, chave reserva para veículos, entre outros.
Requisitos de Pós-venda — são requisitos que já são oferecidos pela empresa, mas
que o cliente precisa expressar que os deseja, como a garantia estendida e o seguro.
Requisitos Regulamentares Aplicáveis ao Produto — são requisitos impostos por
lei, para determinar atributos que os produtos ou serviços devem possuir, de forma
obrigatória. Normalmente são regulamentados por instituições habilitadas pelo
governo para tal atividade, como é o exemplo da ANVISA para a indústria alimentícia
e da PETROBRAS para os produtos e serviços que envolvem petróleo no processo.
modo de funcionamento;
nível de confiabilidade;
necessidade de ergonomia;
facilidade de fabricação, montagem e manutenção;
meta a ser atingida pelo requisito em forma quantitativa;
forma de avaliação da meta para verificar o seu cumprimento.
está no 6-sigma, que é o nível mais alto dentro desse modelo, ela costuma
apresentar uma média de apenas 3 defeitos em um milhão de operações.
Atingir o 6-sigma traduz alto padrão de qualidade e baixíssimo índice de
defeito para uma empresa.
O modelo Seis Sigma tem como objetivos a melhora na eficiência dos
processos, a redução de custos com os defeitos dos processos, melhoria no
resultado oferecido ao cliente, tomada mais ágil de decisões. Basicamente,
seu funcionamento se baseia nas fases de definição de metas, medição de
desempenho, análise de resultados, implementação de melhorias, monitoração
e controle das atividades, retornando à fase de definição novamente.
O modelo Seis Sigma envolve equipes que têm alguns papéis especiais, pois
são desempenhados por pessoas que possuem certificação nessa metodologia
(ENDEAVOR BRASIL, 2015):
O modelo Juran
O modelo Juran foi idealizado por Joseph Moses Juran, entre as décadas de
1940 e 1950. Por conta desse feito, ele se tornou uma referência internacional
na área de gestão da qualidade.
14 Ciclo de vida de um processo
O seu modelo conta com 10 passos que, segundo ele, garantem a qualidade
nos resultados entregues pelas empresas, caso sejam executados (FERREIRA,
2013).
ABPMP. BPM CBOK Guia para o gerenciamento de processos de negócio corpo comum
de conhecimento. V3.0. [São Paulo]: BPM, 2013. Disponível em: <http://c.ymcdn.com/
sites/www.abpmp.org/resource/resmgr/Docs/ABPMP_CBOK_Guide__Portuguese.
pdf>. Acesso em: 4 out. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001. Rio de Janeiro:
ABNT, 2008.
BALDAM, R.; VALLE, R.; ROZENFELD, H. Gerenciamento de Processos de Negócio BPM:
uma referência para implantação prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
FERREIRA, G. A. Os 10 passos para a melhoria da qualidade – J. M. Juran. Jornal Online
Folha Vitória. 2013. Disponível em: <http://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/
gestaoeresultados/2013/09/19/os-10-passos-para-a-melhoria-da-qualidade-j-m-
-juran/>. Acesso em: 4 out. 2017.
ENDEAVOR BRASIL. Como o Seis Sigma pode ajudar sua empresa a alcançar a excelência.
2015. Disponível em: <https://endeavor.org.br/seis-sigma/>. Acesso em: 4 out. 2017.
HEIRICH, A. M. et al. Processo de transformação das necessidades dos clientes em especi-
ficações de um produto. 2011. Disponível em: <http://www.fahor.com.br/publicacoes/
sief/2011_Processo_transformacao_necessidades_clientes_produto.pdf>. Acesso
em: 2 out. 2017.
KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
EMPREENDEDORISMO
SOCIAL
Introdução
Amenizar os impactos sociais e ambientais da ação do homem é de
suma importância. A melhor forma de fazê-lo é a promoção de melhorias
e do bem-estar social. Neste capítulo, você vai estudar as ferramentas
denominadas teoria da mudança e business model canvas. Estas, aliadas
a outros elementos, podem ser aplicadas para modelar soluções de im-
pacto social e/ou ambiental. Você também vai verificar como o modelo
C promove a transformação social e a geração de valor social, de maneira
integrada, a partir de uma lógica de mercado.
Para Netto et al. (2009), a própria saúde da população sofre quando há uma
ruptura no equilíbrio entre homem e ambiente. O Brasil já dispõe de legislação
para garantir a mitigação de ações negativas contra o meio ambiente. Segundo
a Resolução nº. 1, de 23 de janeiro de 1986, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), é considerado impacto ambiental:
planos de ação, para que as ideias saiam do papel e, de fato, tenham o alcance
desejado. Entretanto, para que haja êxito nas ações de impacto socioambiental,
é importante perceber a necessidade do uso de ferramentas que possibilitem
a modelagem de planos de ação frente ao impacto socioambiental.
Segmento/Elemento Descrição
Teoria da mudança
Outra ferramenta que visa à construção de estratégias para a modelagem de
negócios de impacto socioambiental é a teoria da mudança. Essa ferramenta
parte de um mapa que organiza a estrutura da mudança, definindo as dire-
ções que serão tomadas em projetos de ação ou negócios socioambientais. A
teoria da mudança possibilita mensurar as ações de impacto socioambiental
realizadas. A Figura 4 apresenta a estrutura da teoria da mudança, em que
o ponto de partida é um problema a ser resolvido, e são apontados os atores
envolvidos na mudança desejada e as hipóteses.
Modelo C: abordagem integrada 9
BRASIL. Resolução Conama nº. 1, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios bá-
sicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. Diário Oficial da União,
Brasília, 17 fev. 1986. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legislacao/
CONAMA_RES_CONS_1986_001.pdf. Acesso em: 12 abr. 2020.
BROWN, T. Change by design: how design thinking transforms organizations and inspires
innovation. New York: Harper Business, 2009.
C MODEL. Manifesto por um modelo completo. c2018. Disponível em: https://www.
cmodel.co/. Acesso em: 12 abr. 2020.
CAMPOS, L.; CANAVEZES, S. Introdução à globalização. Lisboa: Instituto Bento de Jesus
Caraça, 2007. (E-book).
COIMBRA, L. Primeiro mapa de negócios de impacto social e ambiental. 2017. Disponível
em: https://www.sitawi.net/noticias/primeiro-mapa-de-negocios-de-impacto-social-
-e-ambiental/. Acesso em: 12 abr. 2020.
GRUPO DE INSTITUTOS FUNDAÇÕES E EMPRESAS. Teoria da Mudança e Canvas: uma
conexão de impacto. 2017. Disponível em: https://gife.org.br/teoria-da-mudanca-e-
-canvas-uma-conexao-de-impacto/. Acesso em: 13 abr. 2020.
KALLÁS, David. Inovação em modelo de negócios: forma e conteúdo. Revista Admi-
nistração de Empresas, v. 52, nº. 6, p. 704–705, nov./dez. 2012. Disponível em: https://
rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_0034-7590201200600011_0.pdf. Acesso
em: 12 abr. 2020.
LAZZARINI, S. G.; BARKI, E. Avaliação de impacto social. In: BARKI, E.; COMINI, G. M.;
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MEDEIROS, C. Instruções para a elaboração do plano de gerenciamento de resíduos sólidos
– PGRS. 2002. Disponível: http://www.ifsul.edu.br/2016/item/download/2239_2903be
c0465415dac521fa1794163567. Acesso em: 12 abr. 2020.
MURTEIRA, M. Globalização: pela invenção dum tempo global e solidário. Lisboa:
Quimera, 2003.
NETTO, G. F. et al. Impactos socioambientais na situação de saúde da população bra-
sileira: Estudo de indicadores relacionados ao saneamento ambiental inadequado.
Tempus. Actas em Saúde Coletiva, v. 4, nº. 4, p. 53–71, 2009. Disponível em: http://www6.
ensp.fiocruz.br/repositorio/sites/default/files/arquivos/745-1401-2-PB.pdf. Acesso em:
12 abr. 2020.
OSTERWALDER, A.; PIGNCUR, Y. Inovação em modelos de negócios: manual para visio-
nários, inovadores e revolucionários. Rio de Janeiro: Altas Books, 2011.
ROCHA. A. P. de P. Aspectos atuais dos negócios sociais no cenário brasileiro. 2018a. 31 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) — Faculdade
de Engenharia, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2018. Disponível
14 Modelo C: abordagem integrada
Leitura recomendada
PIPE SOCIAL. O que são negócios de impacto: características que definem empreendi-
mentos como negócios de impacto. São Paulo: Instituto de Cidadania Empresarial,
2019. (E-book).
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
O autor
Dr. Robert L. Hurt é Professor de Ciências Contábeis na Faculdade de Administração de
Empresas da California State Polytechnic University Pomona, onde ministra cursos sobre Sis-
temas de Informações Contábeis, Contabilidade Forense e Contabilidade Governamental. O Dr.
Hurt obteve seu Ph.D em Gestão com ênfase em ciências da informação na Claremont Graduate
University. Ele também tem mestrado em Administração de Empresas (ênfase em educação
empresarial) pela Cal Poly Pomona e bacharelado em Administração de Empresas (ênfase em
contabilidade) pela Southeast Missouri State University.
As marcas da abordagem do ensino do Dr. Hurt incluem o uso de aprendizagem ativa, o
desenvolvimento das habilidades de pensamento crítico dos alunos e a incorporação de tecno-
logia da informação para aprimorar o ambiente de ensino/aprendizado. As disciplinas do Dr.
Hurt também são baseadas em competências, a fim de ajudar os alunos a concentrar esforços em
habilidades importantes.
O Dr. Hurt tem artigos publicados no Journal of Accounting Case Research, no Strategic
Finance, no NACADA Journal e no Journal of Education for Business. Bob é membro ativo da
Association of Certified Fraud Examiners e da National Academic Advising Association.
CDU 004.775:657
Bem-vindo ao estudo dos sistemas de informações contábeis (SIC)! Os SIC são uma área de Examinaremos diversos
estudo extremamente importante para futuros contadores. Eles unem o que os estudantes de tipos de auditorias e sua
relação com os SIC no Ca-
contabilidade, muitas vezes, consideram áreas separadas e independentes da contabilidade:
pítulo 17.
a financeira, a gerencial, a fiscal e a governamental. Além disso, os SIC recebem contribui-
ções das áreas de gerenciamento, finanças e sistemas de informação. Por fim, a compreen-
são aprofundada e fundamental dos sistemas de informações contábeis é uma grande ajuda
no estudo da auditoria.
Muitos estudantes de contabilidade são atraídos pela disciplina por causa de sua obje- Muitas vezes, você verá
tividade evidente. Eles gostam de resolver problemas que têm “respostas certas”; o estudo a frase “respostas únicas,
corretas e deterministas”
prévio que você teve de contabilidade pode ter se concentrado em problemas desse tipo. Mas,
neste livro – o que é outra
na prática, esses problemas são raros e pouco parecidos entre si. Mesmo quando eles existem, maneira de dizer que há
você não será capaz de achar a resposta certa em um livro ou manual de soluções. Problemas “uma só resposta correta”.
e questões em sistemas de informações contábeis raramente têm respostas únicas, corretas e
deterministas. Assim, para prepará-lo para enfrentar e responder a esses tipos de problemas
na prática, estou incluindo muitos deles neste livro. Um dos principais objetivos deste livro é
ajudá-lo a desenvolver o discernimento e a confiança profissionais em sua capacidade de ana-
lisar perguntas não estruturadas.
Entre os exemplos de perguntas estruturadas com respostas deterministas, podemos citar
as seguintes: quanto dinheiro há no banco em um determinado instante? Quais são as três par-
tes de um balanço? As perguntas não estruturadas e não deterministas, por outro lado, exigem
pensamento crítico. Entre esse tipo de pergunta, podemos citar: Que ferramenta de documen-
tação devo usar para criar um SIC e/ou descrever um processo de negócio? Que controles
internos devem ser implementados em um processo de negócios?
Ao terminar de estudar este capítulo e completar as atividades no final, você deverá ser Você encontrará um pará-
capaz de: grafo como este no início
de cada capítulo do livro.
1. Definir o que são “sistemas de informações contábeis”. Os itens enumerados são,
muitas vezes, referidos
2. Examinar os motivos pelos quais os SIC são uma área de estudo importante para futuros
como “objetivos de apren-
contadores. dizagem” ou “resultados
3. Comparar e diferenciar os SIC de outras áreas de estudo em contabilidade. esperados dos alunos”.
projetar o sistema de informações contábeis perfeito para o mundo. Mesmo nas melhores
organizações com os sistemas mais eficazes, você encontrará gestores que querem mais
dados ou dados diferentes, que questionam a integridade do sistema e/ou que querem que
os processos de negócio sejam estruturados de forma diferente. Como planejador, imple-
mentador e intérprete de sistemas de informações contábeis, tenha sempre em mente que
o benefício de ter dados, processos e informações deve compensar os custos de obtê-los
ou implementá-los. Esses custos e benefícios podem ser econômicos, comportamentais,
psicológicos ou financeiros, mas devem ser sempre considerados.
Em seguida, vamos pensar sobre a estrutura de um sistema de informações contábeis
“típico”.
Controles internos
Dados de Informações
Processos Armazenamento
entrada de saída
Cada parte da estrutura do SIC desempenha um papel vital na sua eficiência e sua efeti-
vidade gerais. Cada parte é preenchida com os tipos de opções de modelo e decisões de custo-
-benefício mencionados anteriormente. Considere as questões abaixo para descrevê-las:
1. Dados de entrada. Os dados de entradas para um SIC podem incluir documentos como
notas fiscais de vendas e pedidos de compra. Os contadores também devem fazer pergun-
tas como as seguintes para projetar e/ou auditar o sistema:
a. De que tipos de documentos originais os usuários do sistema precisarão?
b. Os documentos originais devem ser impressos, eletrônicos ou ambos?
c. Quantas cópias de cada documento original serão necessárias?
d. Que informações os documentos devem conter?
2. Processos. As ferramentas de processamento podem incluir computadores e satélites.
Aqui estão algumas perguntas que você pode fazer sobre ferramentas de processamento:
a. Que ferramentas de processamento o SIC deve usar?
b. As ferramentas devem ser manuais, em computadores ou dos dois tipos?
c. Se forem utilizadas ferramentas em computadores no SIC, que pacotes de software e
hardware devem ser implementados?
3. Informações de saída. As informações de saída do sistema, para a maioria das organiza-
ções, devem incluir demonstrações contábeis para fins gerais, além de relatórios internos,
como análise de desvios. Outras considerações incluem
a. Além das demonstrações contábeis para fins gerais, de que outros relatórios os gesto-
res e usuários do sistema precisarão?
b. Como o SIC deve ser projetado para facilitar a produção desse material?
4. Armazenamento. Os dados em um sistema de informações contábeis podem ser armazena-
dos em papel, eletronicamente ou em uma mistura dos dois tipos. Se os dados forem arma-
zenados eletronicamente, muitas vezes serão divididos em três tipos de arquivos grandes.
Os arquivos-mestres geralmente contêm dados sobre “coisas”, como inventário, clientes e
fornecedores. Os arquivos de transação geralmente se concentram em “atividades”, como
auferir receitas e incorrer em despesas. Os arquivos de junção reúnem outros arquivos,
como você verá mais adiante. Perguntas importantes sobre o armazenamento incluem
a. Como os dados devem ser armazenados? Em papel? Eletronicamente? De ambos os
modos?
b. Onde os dados devem ser armazenados? Localmente? Remotamente? Ambos?
c. Por quanto tempo os dados devem ser armazenados?
d. Sob quais condições os dados podem/devem ser destruídos?
5. Controles internos. Vamos explorar os controles internos de forma muito mais detalhada
ao longo do livro. A maioria das organizações utiliza controles internos, como backup
diário dos dados e separação de funções (custódia, autoridade e manutenção de regis-
tros), para manter o controle sobre ativos específicos. Outras questões podem ser
a. Que controles são necessários para promover a integridade da informação no SIC?
b. Que efeitos comportamentais os controles podem gerar?
c. Os controles são economicamente viáveis?
Essas perguntas não têm respostas claras, fáceis e simplistas. Elas têm respostas “co-
muns” ou “usuais”, e isso é parte do que você vai aprender no decorrer desta disciplina. Con-
tudo, o restante do que você vai aprender pode ser ainda mais importante. Você vai aprender a
fazer escolhas e a tomar decisões no âmbito dos sistemas de informações contábeis – escolhas
e decisões que podem não ser perfeitas, mas que você será capaz de explicar, juntamente com
os seus custos e benefícios. Além disso, você vai ser capaz de criticar e avaliar as escolhas fei-
tas por outros. À primeira vista, esse tipo de pensamento pode parecer assustador. Tente conter
Introdução
Vivemos em um mundo envolvido pela tecnologia, e a base dessa infra-
estrutura tecnológica é a informação. Mais importante do que o avanço e
a modernização dos meios tecnológicos, deve-se ter a compreensão de
como toda informação gerada é objetivamente manipulada e armazenada.
Para que o acesso a essa informação gerada seja eficaz, rápido e seguro,
foram criados meios para alcançar esses objetivos.
Neste capítulo, você identificará as características destes principais
meios, como o conceito de banco de dados, data warehouse e business
intelligence, analisará como um sistema de data warehouse é construído
e poderá relacionar sua utilização em conjunto com uma área de business
intelligence para auxiliar na estratégia de uma empresa.
2 Banco de dados, data warehouse e business intelligence
Banco de dados
Banco de dados ou base de dados é um conjunto de dados que armazenam in-
formações de forma relacionada e organizada, a fim de facilitar o seu tratamento
e a sua pesquisa. Esses dados são operados pelos sistemas gerenciadores de
bancos de dados (SGBD), que surgiram na década de 1970. Antes dos SGBD,
se utilizavam arquivos comuns dos sistemas operacionais para armazenar as
informações.
Todo dado relativo a outro dado é chamado de metadado. Por exemplo, no dado
“Nome” existem características como tipo, tamanho, obrigatoriedade, etc., que, por
serem relativas ao “Nome” são consideradas metadados.
Banco de dados, data warehouse e business intelligence 3
Data warehouse
Um data warehouse é um conjunto de banco de dados relacionado de forma
consolidada e detalhada de uma organização, gerando um histórico de dados
que auxiliará a empresa na tomada de decisões, com base em todas as infor-
mações armazenadas nele.
Vantagens e desvantagens
Meta Dados
Ferramentas
Fontes de dados de consulta
OLAP
Extração
Transformação Análise
BDs Data Warehouse Data Mining
Carga
Operacionais Relatórios
Atualização
Fontes externas
Data Marts
OLAP
Figura 1. Ilustração da arquitetura de um data warehouse.
Fonte: adaptada de Lyra et al. (2014).
Dados Informação
Vendas
Custos
Escala de funcionários Faturamento
Chamados de clientes Business Produtividade Tomada
Redes sociais Intelligence Indicadores de de
relacionamento comercial decisão
Dados de produção
Reputação nas rede sociais
Planilha
Leitura recomendada
SANTOS, M. Y.; RAMOS, I. Business Intelligence: da informação ao conhecimento. 3.
ed. Lisboa: FCA, 2017.
Conteúdo:
SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
Introdução
Entender a estrutura e a estratégia global de uma empresa e analisar
o histórico do emprego da tecnologia da informação, são importantes
elementos a serem observados como influenciadores da administração
e do conhecimento.
A partir dessa ótica, você pode entender a relevância na caracteriza-
ção e estudo na gestão estratégica da informação e do conhecimento
como fatores decisivos no emprego de sistemas de informação (SI) em
organizações. Portanto, é fundamental que conceitos básicos como dado,
informação e conhecimento sejam adquiridos de maneira a compreender
como eles interligam SI e sistemas especialistas (SE).
Neste capítulo, você irá conceituar e identificar os elementos de um
SE. Os passos e a estrutura macro para construção de um sistema serão
apresentados, bem como a aplicação e a necessidade de uso de um SE.
Módulo de explicação
Motor de inferência
Memória Base
de de
trabalho conhecimentos
Aquisição
Usuário de
conhecimento
Base de conhecimento
A tradicional base de dados, contendo dados, arquivos, registros e seus re-
lacionamentos estáticos é, aqui, substituída por uma base de regras e fatos,
também heurísticas e que correspondem ao conhecimento do especialista, ou
dos especialistas do domínio sobre o qual foi construído o sistema.
6 Sistemas especialistas
Essa base de regras e fatos interage com o usuário e com o motor de infe-
rência, permitindo identificar o problema a ser resolvido, as possibilidades de
solução e o processo de raciocínio e inferência que levam a conclusões sobre
o problema submetido ao sistema.
Na interação com a base de fatos e regras e com o usuário, obtêm-se as
informações necessárias para a resolução do problema. Devido à utilização de
heurísticas, o usuário é requerido pelo sistema para prestar informações adi-
cionais e, a cada pergunta respondida pelo usuário ou a cada nova informação,
o espaço de busca a ser percorrido pelo sistema é reduzido, encurtando-se o
caminho entre o problema e sua solução.
Pode-se, também, desencadear-se um processo de aprendizagem automática
internamente no sistema. Isso significa que o sistema especialista provido
de mecanismos de aprendizagem é capaz de analisar e gerar novas regras na
base conhecimento, ou armazenar informações sobre novos fatos, ampliando
a capacidade do sistema em resolver problemas em cada vez que for utilizado.
O usuário não percebe que todo este processo acontece durante uma sessão
de utilização do SE.
Diante disso, é importante que o sistema seja cuidadosamente projetado, de
forma a ser capaz de analisar novas situações, extrair novas regras e analisar
e deletar regras redundantes e complementar regras conflitantes, permitindo
uma depuração constante da base de conhecimento. Caso contrário, a base de
conhecimento poderá crescer indiscriminadamente, promovendo uso extensivo
da memória e possibilitando uma degradação no desempenho do sistema, bem
como tornando-o custoso e inviável.
Dessa forma, inicialmente, uma base de conhecimento pode ser construída
com poucas regras, mas, dependendo da complexidade do ambiente e das
necessidades de informações variadas, poderá crescer para milhares de regras
e fatos. Assim, é preciso que se tenha o cuidado de implementar instrumentos
internos de refinamento que possibilitem “podas na árvore de decisão” e cortes
na base de conhecimento, para que o processo de busca localize segmentos
cujas regras e fatos contemplem os instrumentos necessários que conduzam
à solução dos problemas em questão.
Os mecanismos de aprendizagem que podem ser implementados nos siste-
mas especialistas permitem que o sistema aprenda cada vez que for utilizado
ao se deparar com regras e fatos novos. Isso é possível em virtude da estrutura
modular da base de conhecimento, permitindo a adição ou a deleção de novos
elementos sem alterar a lógica global do sistema.
Sistemas especialistas 7
Motor de inferência
O motor de inferência é um elemento essencial para a existência de um SE.
É o núcleo do sistema. Por intermédio dele, os fatos, as regras e a heurística
que compõem a base de conhecimento são aplicados no processo de resolução
do problema.
A capacidade do motor de inferência é baseada em uma combinação de pro-
cedimentos de raciocínios que se processam de forma regressiva e progressiva.
Na forma de raciocínio progressivo, as informações são fornecidas ao
sistema pelo usuário, que com suas respostas, estimulam o desencadeamento
do processo de busca, navegando pela base de conhecimento, procurando por
fatos, regras e heurísticas que melhor se aplicam a cada situação. O sistema
continua nessa interação com o usuário até encontrar a solução para o problema
a ele submetido.
No modelo de raciocínio regressivo, os procedimentos de inferência se
dão de forma inversa. O sistema parte de uma opinião conclusiva sobre o
assunto, que pode ser oriunda do próprio usuário, e inicia uma pesquisa pelas
informações por meio das regras e fatos da base de conhecimento, procurando
provar se aquela conclusão é a mais adequada para o problema analisado.
Se uma premissa (IF) é consistente para o problema, o sistema continua
com a cláusula IF (condição), tornando-a THEN (conclusão) para a próxima
pesquisa na base de conhecimento, até que encontre uma regra em que o (IF)
não seja considerado conclusão para outra regra. Ao mesmo tempo, o sistema
poderá iniciar uma nova pergunta ao usuário para obter informações adicionais.
Especialista
Interface de Banco de
aquisição conhecimento
Interface de Mecanismo de
usuário inferência
Perguntas Respostas
Interface de desenvolvimento
A interface de desenvolvimento é utilizada pela equipe de desenvolvimento de
um SE e é, em geral, representada por um arcabouço de sistema especialista
(ASE), isto é, uma estrutura arquitetural que suporta o SE como a maior parte do
código. O ASE pode ser determinante na execução dos projetos desenvolvidos.
Com a possibilidade de poder customizar o ambiente de introdução de novas
capacidades ou mesmo daquelas pré-existentes, essa customização pode ser
feita por meio da escrita do código ou pela linguagem da implementação do
ASE. Essa possibilidade é bastante útil e facilitada se os programas fonte do
arcabouço estiverem disponíveis.
Outras características bem relevantes e positivas para uma boa interface
de desenvolvimento são, por exemplo, o editor de regras, o índice cruzado
de símbolos e regras, a correção de erros, a visualização gráfica dos encade-
amentos de regras utilizadas na solução, a manutenção da lista de comandos
da seleção, e uma boa documentação.
Sistemas especialistas 11
Perecível Permanente
Imprevisível Consistente
Caro Razoável
Discriminatório Imparcial
Social Individualizado
Adaptável Inflexível
Gerenciamento de decisões.
Diagnóstico de problemas de operação.
Projeto/configuração.
Seleção/classificação.
Monitoração/controle de processo.
Para Stair (1996 apud GONÇALVES, 2009), os SEs estão sendo aplicados
em várias áreas funcionais de negócios das empresas, como você verá a seguir.
https://goo.gl/GfjQiA
Leituras recomendadas
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 11. ed. [S.l.]: Pearson,
2014.
TRAHAND, J.; HOPPEN, N. Sistemas especialistas e apoio à decisão em administração.
Revista de Administração, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 11-20, abr./jun.1988.
ZENONE, L. C. Marketing estratégico e competitividade empresarial: formulando estraté-
gias mercadológicas para organizações de alto desempenho. São Paulo: Novatec, 2007.
Conteúdo:
SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
Introdução
Você sabia que os sistemas Customer Relationship Management (CRM)
capturam e integram dados do cliente provenientes de toda a organi-
zação, consolidam e analisam essas informações e, depois, distribuem
os resultados por vários sistemas e pontos de contato com o cliente
espalhados por toda a empresa?
Neste capítulo, você compreenderá o conceito de um sistema CRM
e suas contribuições dentro de uma organização, bem como entender o
conceito e a necessidade de uso de um CRM na empresa, diferenciando
CRM estático e dinâmico e percebendo como CRM auxilia o atendimento
e seu impacto no processo.
tempo de vida muito curto, por isso as empresas estão percebendo que a única
força competitiva duradoura pode estar no relacionamento com os clientes.
Segundo Laudon e Laudon, a base da concorrência deixou de ser quem vende
mais produtos e serviços para ser quem é o “dono” do cliente, e os relacio-
namentos com o público representam o ativo mais valioso de uma empresa.
Alves Júnior (2018) destaca que o raciocínio desenvolvido pela autora é
o de que o CRM usa a tecnologia que permite enriquecer o relacionamento
com os clientes. Essa tecnologia propicia, ainda, a coleta de informações sobre
qualquer contato do estabelecimento em que ocorra o relacionamento com
os clientes, por quaisquer meios, inclusive o modo on-line e em tempo real.
Isso gera oportunidades para que os dados financeiros e de vendas subsidiem
análises e estudos acerca das práticas, posturas e comportamentos dos clientes.
Richers (2000Richers (2000 apud ALVES JÚNIOR, 2018) concorda com o
raciocínio de Bretzke (2000 apud ALVES JÚNIOR, 2018) e acrescenta que
a finalidade do CRM é elevar a lucratividade e a receita das empresas por
meio de automação do nível de satisfação daqueles que utilizam os bens e
os serviços comercializados. Borges (2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018)
comunga desses mesmos pensamentos e sentencia que o CRM visa conhecer
o cliente por meio de seu histórico de consumo para direcionar produtos ou
serviços prestados, obtendo alta taxa de retenção.
Vendas
Vendas por telefone
Vendas pela web
Vendas no varejo
Vendas em campo
Cliente
Atendimento ao cliente
Marketing
Mensagem de texto
por celular: 6,7%
Telefone: 30,8%
E-mail: 17,3%
Web: 16,0%
Alves Júnior (2018) destaca que o sucesso do CRM está ligado não só ao parque
tecnológico a ser implantado, mas também à forma de relacionamento com
o cliente e ao comprometimento dos colaboradores com o projeto. Brambilla
(2006 apud ALVES JÚNIOR, 2018) relata que CRM “é uma estratégia e não
uma tecnologia”. Nesse mesmo raciocínio, Brambilla (2006 apud ALVES
JÚNIOR, 2018) afirma que no projeto de implantação do CRM, todos os
funcionários da empresa, em menor ou maior grau de envolvimento no projeto,
devem ter consciência da importância da sua contribuição em detrimento dos
resultados.
Por mais que a dimensão tecnológica seja importante, deve-se considerar
o caráter organizacional, já que poderá agir no sentido de facilitar ou destruir
os esforços da implementação do sistema do CRM. Nesse sentido, a dimensão
organizacional engloba as seguintes variáveis:
8 Sistemas CRM (Customer Relationship Management)
Dados de cliente
CRM operacional
Segundo Greenberg (2012 apud WELTER et al., 2018), no CRM operacional
encontram-se funções que envolvem serviço a clientes, gerenciamento de
pedidos, faturamento e cobrança e automação e gestão de marketing e vendas.
O CRM operacional trata da automação dos processos de relacionamento, e
é no que hoje a maioria das empresas está focada.
Envolve o back office, como o gerenciamento de pedidos, produção,
gerência de cadeia de fornecimento e sistemas legados; o front office, pela
automação de vendas, de marketing e de atendimento; e o sistema móvel
de vendas e o atendimento em campo (AUTRAN, 2012 apud WELTER
et al., 2018).
CRM colaborativo
Segundo Greenberg (2012 apud WELTER et al., 2018), trata-se do centro de
comunicação, da rede de coordenação que fornece os caminhos para clientes
e fornecedores. Abrange as funções de CRM que proveem pontos de interação
entre cliente e canal.
Sistemas CRM (Customer Relationship Management) 11
É toda a interação com o cliente por meio de contato por voz, con-
ferências e conferências via web, e-mail, gerenciamento de respostas,
fax, cartas e interação direta (lojas físicas, quiosques, distribuidores,
lojas virtuais). Engloba todos os pontos de contato com o cliente em que
ocorre a interação entre ele e a empresa. É fundamental que esses pontos
de contato estejam preparados para interagir com o cliente e transmitir as
informações levantadas para os sistemas do CRM operacional (AUTRAN,
2012 apud WELTER et al., 2018).
CRM analítico
Segundo Greenberg (2012 apud WELTER et al., 2018) é aqui que ocorrem
a captação, a armazenagem, a extração, o processamento, a interpretação e
a apresentação dos dados do cliente a um usuário. É o estratégico do CRM,
pois contempla as funções de análise do desempenho e da inteligência dos
negócios. Com o CRM analítico é possível identificar os clientes e deter-
minar como cada um deve ser tratado (AUTRAN, 2012 apud WELTER
et al., 2018).
Alves Júnior (2018) apresenta um estudo sobre os tipos de CRM, em que
diz que existem basicamente três tipos de CRM: o operacional, o analítico
e o colaborativo (PEPPERS; ROGERS, 2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018).
Com o advento do mundo web, uma outra categoria surgiu e os autores a
denominam e-CRM5.
Segundo este autor, o modelo operacional compreende módulos de call
center, serviço de atendimento ao cliente, automatização da força de vendas,
entre outros. Dessa forma, fica a cargo do CRM operacional integrar-se com
todas as ferramentas tecnológicas, provendo um melhor atendimento ao cliente,
por meio da racionalização e da otimização dos processos da empresa, conforme
assevera Valente (2002 apud ALVES JÚNIOR, 2018).
O modo colaborativo, descrito por Peppers e Rogers (2004 apud ALVES
JÚNIOR, 2018), envolve todos os pontos de interação com o cliente. A tecno-
logia da informação (TI) permite automatizar esses pontos de contato, bem
como disseminar as informações deles por meio do sistema CRM.
Nesse mesmo sentido, Valente (2002 apud ALVES JÚNIOR, 2018) men-
ciona que o modelo colaborativo permite que as empresas respondam a desafios
específicos em cada etapa do ciclo de vida do cliente, seja em prospecção,
venda, atendimento ou retenção. Vale ressaltar que o cliente é visto em sua
totalidade e que o atendimento passa por fases que devem ser feitas seguida-
12 Sistemas CRM (Customer Relationship Management)
mente e com zelo, para que o cliente perceba o atendimento como completo
e preciso.
O modelo analítico é a fonte de toda a inteligência do processo, servindo,
principalmente, para determinar a estratégia de diferenciação de clientes,
bem como para acompanhar hábitos e identificar necessidades, o que torna
a relação com os melhores clientes o mais fácil possível, conforme relato de
Peppers e Rogers (2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018). O Quadro 1 apresenta
um comparativo entre esses três tipos de sistemas CRM.
Tipos de
CRM e suas
características Operacional Colaborativo Analítico
Visa à criação
de canais de
×
relacionamento
com os clientes
Visa a obter o
conhecimento ×
dos clientes
Batista (2006, apud WELTER et al., 2018) destaca que um CRM, quando
bem implantado e bem utilizado, permite melhorar vários pontos dentro de
uma empresa, como as informações, a automatização de processos, o foco em
parceiros, as vendas cruzadas, o marketing O2O (um a um), e o feedback do
produto ou serviço. Assim, o sistema proporciona vendas casadas e mensa-
gens direcionadas a cada cliente, aumentando o faturamento da organização,
principalmente o lucro, por meio das melhores satisfação e retenção do cliente,
bem como os melhores custos para adquirir e manter seus clientes fiéis.
Segundo o site Revista Inf., ao orientar os processos e fornecer ao pessoal
do departamento comercial, de marketing e de assistência uma melhor e mais
completa informação sobre o cliente, o CRM permite às organizações estabe-
lecer relações mais lucrativas com os clientes e reduzir os custos operacionais.
Em todos os setores, o CRM efetivo é um imperativo estratégico para
o crescimento e sobrevivência empresarial. Conforme Laudon e Laudon
(2007, apud WELTER et al., 2018), quando uma empresa faz uso do CRM,
ele pode colaborar com as campanhas de marketing direto, pois oferecem a
possibilidade de capturar dados de clientes e prospects, fornecer informações
sobre produtos e serviços, classificar indicações para marketing direcionado
e programar e monitorar e-mails ou correspondências de marketing direto.
Dessa forma, a empresa pode utilizar esse conhecimento ao interagir com o
cliente, prestando-lhe melhor atendimento, ou oferecendo-lhe novos produtos
e serviços. Contudo, esse sistema também pode identificar clientes lucrativos e
não lucrativos. A partir dessa informação, é possível direcionar a comunicação
para aqueles que mais contribuem para o faturamento da empresa, ou formatar
estratégias para aumentar a lucratividade dos clientes de menor faturamento.
https://goo.gl/ChSM9i
Sistemas CRM (Customer Relationship Management) 17
Desafio
Segundo REIS (2012), o desafio era ter, em tempo real e em todos os países, informações
corretas e atualizadas sobre os negócios da empresa, para que todas as operações
mundiais soubessem o que acontecia em cada localidade em termos de clientes e
vendas, compartilhando informações por toda a empresa. Antes da implementação
do CRM, todas as informações estavam em planilhas do Microsoft Excel.
Solução
REIS (2012) afirma que a Medcenter precisava de uma ferramenta que não exigisse
compra de hardware nem aumento da infraestrutura da tecnologia. O Software de
CRM que a empresa implantou foi o Salesforce, pois ele oferecia baixo custo inicial de
implementação da solução, rapidez na adoção e no uso da nova tecnologia.
Resultados
Segundo Carlos Eduardo Reis, presidente e principal executivo da Medcenter Solutions,
os resultados foram uma mudança cultural da empresa para a utilização da ferramenta,
acesso a informações de desenvolvimento de negócios em outros países, acesso rápido
e completo a esses dados críticos para o desenvolvimento de negócios e capacidade
de utilizar informações consolidadas, centralizadas e consistentes, melhorando muito a
eficiência. “Não posso ir para uma reunião em outro país sem saber o que acontece lá.
Hoje tenho acesso rápido e completo a esses dados críticos para o desenvolvimento
de negócios, tenho a capacidade de utilizar informações consolidadas, centralizadas
e consistentes, melhorando muito nossa eficiência por um custo bastante acessível.”
Reis (2012) afirma que precisam, para tomar decisões sobre novos produtos, cam-
panhas de propaganda ou outras iniciativas. “Se um gerente sempre precisar localizar
algumas peças-chave de informação, seremos capazes de construir um painel para
isso”, diz Gerbus. “Mas também forneceremos as ferramentas para que consigam a
aplicação ou fonte de dados para uma análise mais profunda”.
Fonte: Welter, F. A., 2018.
18 Sistemas CRM (Customer Relationship Management)
Leituras recomendadas
LIMA, A. T. P; GORAYEB, D. M. C; SILVA, K. C. N. Sistemas de Informação. Manaus (AM):
UEA Edições, 2010.
O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerencias na era da internet. Tradução
Célio Knipel Moreira e Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
Cristiano Barbosa
Ciclos de desenvolvimento
de sistemas, metodologia
ágil e scrum
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O mundo evoluiu de forma intensa nos últimos anos, em grande parte,
devido aos sistemas de computador que automatizaram as rotinas e, em
muitos casos, substituíram completamente a interação humana.
As softhouses, empresas que desenvolvem sistemas, cresceram e,
hoje, fazem parte de uma fatia do mercado sólida e promissora. Elas são
responsáveis pela criação e pelo desenvolvimento dos softwares e, para
isso, utilizam várias metodologias.
Neste capítulo, você entenderá as diferenças entre as principais meto-
dologias de desenvolvimento de software e suas etapas, compreenderá
os diferentes papéis, artefatos e cerimônias da sua metodologia ágil
e aprenderá a construir histórias para solicitar funcionalidades para o
desenvolvimento de produtos.
2 Ciclos de desenvolvimento de sistemas, metodologia ágil e scrum
Análise
Projeto
Codificação
Testes
Implementação
Papéis
O product owner é responsável por maximizar o valor de retorno do produto
para o cliente e fornecer o trabalho ao development team. Já o development
team são os profissionais, de três a cinco, que entregarão uma versão incre-
mentada do produto feito, ao final de cada iteração. Por fim, o scrum master é
responsável por assegurar que o scrum seja entendido e disseminado, resolver
impedimentos e ajudar o product owner e o development team.
Artefatos
Os artefatos são documentos responsáveis pela transparência sobre os itens
que precisam ser feitos e entregues de um produto ou incremento, e existem
quatro deles.
Daily scrum
meeting
Product
backlog 24 hours
Sprint
backlog
Potentially
2-4 weeks shippable
product
increment
Cerimônias
As cerimônias são alguns eventos descritos no scrum, cada qual com o seu
objetivo, a fim de evitar reuniões desnecessárias. Elas devem ter um tempo
máximo de duração, chamado time box, permitindo a oportunidade de praticar
a inspeção e adaptação.
Existem quatro cerimônias: sprint planning; daily scrum; sprint review
meeting; e sprint retrospective. Esses eventos são o princípio que diz “o método
mais eficiente e eficaz de transmitir informações para, e por dentro de um
time de desenvolvimento, é através de uma conversa cara a cara”.
6 Ciclos de desenvolvimento de sistemas, metodologia ágil e scrum
História de usuário
A história de usuário é uma curta e simples descrição da necessidade do
cliente, geralmente contada a partir da perspectiva de quem precisa da nova
necessidade. Ela deve explicar bem para quem, o que e por que está sendo
criada. Quanto mais explicativa ela for, melhor os desenvolvedores poderão
entender e construir softwares com menos dificuldade e mais qualidade.
INVEST
Para garantir a qualidade na criação de uma história de usuário, foi criado o
acrônimo INVEST, o qual você verá o significado a seguir.
Leituras recomendadas
BERNARDO, K. Estória de usuário: você saberia contar? Cultura Ágil, 8 dez. 2014. Dispo-
nível em <https://www.culturaagil.com.br/estoria-de-usuario-voce-saberia-contar/>.
Acesso em: 23 fev. 2018.
MORALLES, F. Metodologia ágil e framework Scrum. Matera, 11 mar. 2013. Disponível
em: <http://matera.com/br/2013/03/11/metodologia-agil-framework-scrum-2/>.
Acesso em: 23 fev. 2018.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.