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Fisioterapia
ANATOMIA I
CAPÍTULO 1
O Organismo Humano
Anatomia: estuda a estrutura e a forma dos corpos ou seres organizados e a relação entre a
estrutura de uma parte do corpo e a sua função;
Anatomia Regional
Anatomia Sistémica
Sistema Tegumentar:
Protege;
Regula a temperatura;
Evita perda de água;
Produz precursores de vitamina D.
Sistema Esquelético:
Protege e suporte;
Permite movimento do corpo;
Produz células sanguíneas;
Armazena minerais e gordura.
Sistema Muscular:
Produz movimento do corpo;
Mantém postura;
Produz calor.
Sistema Nervoso:
Principal sistema regulador;
Percepciona sensações;
Controla movimentos;
Controla funções fisiológicas e intelectuais.
Sistema Endócrino:
Principal sistema regulador que influencia metabolismo, crescimento, reprodução, etc.
Sistema Linfático:
Remove substâncias estranhas do sangue e da linfa;
Combate doença;
Mantém equilíbrio hídrico nos tecidos;
Absorve gorduras do tubo digestivo.
Sistema Respiratório:
Promove trocas gasosas entre sangue e ar;
Regula pH do sangue.
Sistema Digestivo:
Desempenha funções mecânicas e químicas da digestão;
Absorção de nutrientes;
Elimina produtos de excreção.
Aparelho Cardiovascular:
Transporta nutrientes, produz excreção, gases e hormonas através do corpo.
Mecanismos de Feedback Positivo: desvio do valor normal; resposta – aumento do desvio. Ex:
Parto.
Planos:
Plano Sagital:
Corte vertical;
Divide o corpo em duas partes: direita e esquerda.
Posição anatómica:
Estar de pé, erecto, face voltada para a frente;
Membros superiores ao longo do corpo;
Posição anatómica
Faces palmares das mãos voltadas para a frente.
Supinação: decúbito dorsal
Pronação: decúbito ventral
Direito: lado direito do corpo
Esquerdo: lado esquerdo do corpo
Cefálico: mais perto da cabeça
Caudal: mais perto da cauda
Superior: estrutura acima (= cefálico)
Inferior: estrutura abaixo (= caudal)
Anterior: frente do corpo
Posterior: parte de trás do corpo
Ventral: referente ao ventre (= anterior)
Dorsal: referente ao dorso (=posterior)
Proximal: mais próximo do ponto de inserção no corpo do que outra estrutura
Distal: mais distante do ponto de inserção no corpo do que outra estrutura
Lateral externo: direcção oposta à linha média do corpo
Lateral interno: direcção à linha média do corpo
Superficial: referente à superfície
Profundo: direcção oposta à superfície.
Tronco:
Tórax
Abdómen
Pélvis
4 quadrantes:
Legenda:
1 – Hipocôndrio direito
2 – Epigastro
3 – Hipocôndrio esquerdo
4 – Flanco direito
5 – Região umbilical
6 – Flanco esquerdo
7 – Região inguinal ou fossa ilíaca
direita
8 – Hipogastro
9 – Região inguinal ou fossa ilíaca
esquerda
Cavidade Torácica:
Duas partes: direita e esquerda:
o Mediatisno:
Coração
Timo
Traqueia
Esófago
Outras estruturas (nervos, vasos sanguíneos)
Cavidade Abdominopélvica:
Cavidade Abdominal:
o Estômago
o Intestinos
o Fígado
o Baço
o Pâncreas
o Rins
Cavidade Pélvica:
o Rodeada pelos ossos ilíacos
o Bexiga
o Parte interna do intestino
o Órgãos reprodutores internos
Membranas serosas:
Folheto visceral: contacto com o órgão
Folheto parietal: parte externa do órgão
Pleura: à volta dos pulmões
Pericárdio: à volta do coração
Peritoneu: cavidade abdominopélvica
Mesentérios/Epiplons:
Permite que os vasos sanguíneos sejam irrigados;
Fixam órgãos dentro da cavidade abdominopélvica.
Órgãos retroperitoniais:
Revestidos pelo peritoneu parietal
Rins
Glândulas supra-renais
Pâncreas
Parte dos intestinos
Bexiga
CAPÍTULO 4
Histologia: O estudo dos tecidos
Glândulas:
São órgãos de secreção
Compostos por epitélio e com rede de suporte de tecido conjuntivo.
Glândulas endócrinas:
Não possuem canais;
Possuem tecido conjuntivo altamente vascularizado;
Produto das suas células – Hormonas – são segregadas para a corrente sanguínea e
transportadas por ela para todo o corpo
Exemplo: Glândulas supra-renais – tecido não epitelial
Glândulas multicelulares: são compostas por muitas células, sendo a maior parte glândulas
exócrinas.
Glândulas exócrinas:
Glândulas merócrinas:
o Glândulas sudoríparas;
o Segregam produtos sem qualquer perda de material celular.
Glândulas apócrinas:
o Glândulas mamárias;
o Libertam fragmentos das células durante a secreção.
Glândulas holócrinas:
o Glândulas sebáceas;
o Expelem células inteiras
o Célula morre e é libertada
CAPÍTULO 5
Sistema Tegumentar
Funções:
Protecção
Sensação
Regulação da temperatura
Produção de vitamina D
Excreção
Hipoderme:
Não faz parte da pele
Localizada sobre a derme
Parte mais profunda
Tecido conjuntivo laxo – fibras de elastina e colagénio
Une osso e músculos subjacentes
Vasos sanguíneos e nervos irrigam a derme
Local de armazenamento de gordura
Derme:
Parte profunda da pele
Constituída por:
o Tecido conjuntivo com fibroblastos
o Células adiposas
o Macrófagos
Resistência estruturas e flexibilidade
Derme papilar:
o Tecido conjuntivo laxo
o Papilar projectam-se para a epiderme
o Mais células e menos fibras
o Numerosos vasos sanguíneos
Fornecem nutrientes à epiderme
Removem produtos de excreção
Ajudam a regular temperatura do corpo
Derme reticular:
o Tecido conjuntivo denso e regular
o Fibras de colagénio e elastina
o Linhas de clivagem/tensão: fibras de colagénio e elastina orientadas em
determinada direcção
o Estrias: pele excessivamente estirada, derme rompe
Epiderme:
Parte superior da pele
Epitélio pavimentoso estratificado
Evita perda de água
Produz vitamina D
Pêlos, unhas e glândulas
Não contém vasos sanguíneos
Queratinócitos:
o Resistência estrutural
o Permeabilidade da epiderme
o Produzem queratina
Melanócitos:
o Cor da pele
o Células Langerhans
o Células Merkel – terminações nervosas, detectar tacto superficial, pressão
superficial
Camada basal:
o Queratinócitos: produzemcélulas das camadas mais superficiais
o Mais profunda
o Membrana basal liga-se à derme
Camada espinhosa:
o Várias fiadas de células unidas por desmossomas
o Produção de fibras de queratina
Camada granulosa:
o Células com grânulos de queratohialina
Camada translúcida:
o Células mortas
o Parece transparente
o Presente na pele espessa
Camada córnea:
o Camada das células pavimentosas mortas
o Mais superficial
o Ocorre descamação
o Dá resistência estrutural
Pele espessa:
5 camadas epiteliais
Camada córnea
Presente em áreas sujeitas a fricção
o Palmas das mãos
o Plantas dos pés
o Pontas dos dedos
Papilas dérmicas são cristas encurvadas e paralelas, que melhoram a aderência dos
pés e das mãos.
Pele fina:
Mais flexível
Menos camadas de células
Camada granulosa: uma ou duas camadas de células
Ausência de camadas translúcida
Presença de pêlos
Cor da Pele:
Melanina:
o Amarelo pálido ao negro
o Protecção contra luz solar ultravioleta
o Produzida por queratinócitos – células de forma irregular com longos
prolongamentos
Caroteno:
o Pigmento amarelo lipossolúvel
o Ingestão de grandes quantidades caroteno – pele amarelada
o Excesso de fluxo sanguíneo – cor vermelho intenso
o Cianose – cor azulada – diminuição do fluxo O2
Pêlo:
Haste: fora da superfície da pele
Folículo piloso
Raiz: abaixo da superfície da pele; base expande-se formando o bulbo piloso
Haste e raiz compostas por:
o Medula: eixo central do pêlo; 2/3 camadas da célula contém queratina mole
o Córtex: corpo do pêlo, queratina dura
o Cutícula: superfície do pêlo; uma só camada de células; queratina dura
Folículo piloso:
o Bainha radicular dérmica
o Bainha radicular epitelial
A partir do folículo piloso:
Bainha radicular dérmica
Bainha radicular epitelial
Cutícula
Córtex
Medula
Glândulas sudoríparas:
Glândulas merócrinas: abrem-se directamente na superfície da pele, através dos
poros sudoríparos – libertam liquido (suor)
Glândulas apócrinas:
o Abrem-se nos folículos pilosos acima da abertura das glândulas sebáceas
o Axilas, órgãos genitais externos, em torno do ânus
o Não ajudam a regular a temperatura
Glândulas ceruminosas:
Glândulas sudoríparas merócrinas
Encontram-se no canal auditivo externo
Cerúmen ou cera resulta das secreções das glândulas ceruminosas e das glândulas
sebáceas
Glândulas mamárias:
Glândulas sudoriparas apócrinas
Presentes na mama
Produzem leite
Unha:
Raiz ungueal – matriz ungueal – produz corpo da unha – várias camadas de células
compostas por queratina dura
Corpo ungueal assenta no leito ungueal
Efeitos do envelhecimento do Sistema Tegumentar:
Corpo envelhece
Fluxo sanguíneo para a pele diminui
Pele torna-se mais fina e perde elasticidade
Glândulas sudoríparas e sebáceas tornam-se menos activas
Número de melanócitos diminui
CAPÍTULO 6
Sistema Esquelético: Ossos e Tecidos Ósseos
Funções:
Suporte
Protecção
Movimento
Armazenamento
Produção de elementos sanguíneos
Cartilagem hialina:
Matriz cartilagínea composta por fibras de colagénio – Resistência
Proteoglicanos – retêm água
Condroblastos produzem cartilagem tornando-se condrócitos – localizados nas lacunas
da matriz
Pericôndrio – cobre a cartilagem
Camada externa – tecido conjuntivo denso e irregular, que contém fibroblastos
Camada interna – contém condroblastos
Cartilagem auricular:
Cobre extremidades ósseas no local onde reúnem para formar articulações
Não possui pericôndrio
Crescimento por aposição ou aposicional
Crescimento intersticial
Osso compacto:
Forma a diáfise
Cobre o osso esponjoso das epífises
Ossos achatados:
Não possuem diáfise nem epífise
Formados externamente por osso compacto
Matriz óssea:
Porção orgânica: 95% colagénio – resistência/flexibilidade
Porção inorgânica: 65% minerais cálcio e fosfato – hidroxiapatite – suporta forças de
compressão
Osteoblastos:
Produzem matriz óssea
Transformam-se em osteócitos, rodeando a matriz óssea
Osteócitos:
Localizados nas lacunas
Ligam-se entre si através das canalículas
Osteoclastos:
Destroem tecido ósseo
Reabsorção
Osso reticular:
Fibras de colagénio
Primeiro a ser formado
Osso lamelar:
Osso maduro
Organiza-se em finas camadas – lamelas
Fibras de colagénio dispõem-se paralelamente
Osso esponjoso:
Bastonetes ou placas ósseas interligadas – trabéculas
Nas trabéculas existem espaços preenchidos por medula óssea e vasos sanguíneos
Aspecto poroso
Osso compacto:
Mais denso
Mais espaço
Vasos sanguíneos penetram na própria substância óssea
Osteon ou Sistema Havers – conjunto formado por um determinado canal central e
pelas lamelas concêntricas e respectivos osteócitos que rodeiam esse canal
Ossificação membranosa:
Alguns ossos cranianos, parte da mandíbula e as diáfises das clavículas desenvolvem-se
a partir das membranas;
No interior das membranas, em centros de ossificação, os osteoblastos produzem osso
ao longo das fibras da membrana para formar osso esponjoso;
Sob o periósteo, os osteoblastos depositam osso compacto para formar a superfície
exterior do osso;
As fontanelas são áreas membranosas que não se encontram ossificados no momento
do nascimento
Ossificação Endocondral:
A maior parte dos ossos desenvolve-se a partir de um modelo cartilagíneo
A matriz da cartilagem sofre calcificação e morre. Os osteoblastos formam osso na
matriz cartilagínea calcificada, produzindo osso esponjoso.
Os osteoblastos constroem uma superfície exterior do osso compacto localizado sob o
periósteo
Os centros de ossificação primários formam-se na diáfise durante o desenvolvimento
fetal. Os centros de ossificação secundários formam-se nas epífises
A cartilagem articular das extremidades dos ossos e pela placa epifisária são cartilagem
que não ossifica
Crescimento de Osso em Comprimento:
Zona de cartilagem em repouso: cartilagem une-se à epífise
Zona de proliferação: produz cartilagem nova no lado epifisário daplaca
Zona de hipertrofia: condrócitos amadurecem e aumentam de tamanho
Zona de calcificação: matriz calcificada; condrócitos morrem
Osso calcificado: cartilagem calcificada no lado diafisário e da placa é substituído por
osso
Homeostasia do Cálcio
A PTH aumenta os níveis sanguíneos de cálcio porque estimula a degradação óssea, a
absorção do cálcio no intestino delgado e a reabsorção do cálcio urinário;
A calcitonina diminui o cálcio sanguíneo porque diminui a destruição óssea.
CAPÍTULO 7
Sistema Esquelético: Anatomia Macroscópica
Osso hióide
Coluna Vertebral (26 ossos)
Vértebras cervicais (7)
Vértebras torácicas (12)
Vértebras lombares (5)
Sacro (1)
Cóccix (1)
Coluna vertebral
Caixa Torácica
Cintura escapular:
Omoplata (2)
Clavícula (2)
Membro inferior:
Fémur (2)
Tíbia (2)
Perónio- fíbula (2)
Rótulo-Patela (2)
Ossos do tarso – tornozelo (14)
Metatársicos (10)
Falanges (28)
Osso com superfície articular lisa: parte da articulação esteve coberta por cartilagem articular.
Osso com buraco (Foramen): esteve ocupado por algo (nervos, vasos sanguíneos)
Osso da cabeça:
14 ossos do viscerocrânio;
Mandíbulas possuem saliências alveolares que contêm cavidades alveolares que são
encaixes para os dentes.
Osso hióide:
É impar;
Não tem ligação óssea directa ao crânio, mas une-se a ele por músculos e ligamentos e
“flutua” na parte superior do pescoço logo abaixo da mandíbula.
Coluna Vertebral
Funções:
Suporta peso da cabeça e do tronco;
Protege medula espinhal;
Permite saída dos nervos raquidianos da medula espinhal;
Proporciona local de inserção muscular;
Permite movimento da cabeça e do tronco.
Curvaturas principais:
Nascem com a criança e não se modificam;
Cervical
Torácica
Lombar
Sacro-coccígea
Vértebra:
Corpo
Arco vertebral
o Pedículos
o Lâminas
Apófises transversais
Apófises espinhosas
Apófises articulares
Parte do corpo e do arco vertebral (pedículo e lâmina) formam o buraco vertebral, que
contém e protege a medula espinhal.
Vértebras cervicais:
Corpos muito pequenos
Apófises espinhosas parcialmente bífidas
Vértebras Torácicas:
Apófises espinhosas longas e finas que se dirigem para baixo
Apófise transversal relativamente comprida
Primeiras 10 vértebras têm nas suas apófises transversais, facetas articulares pelas quais se
articulam com as tuberosidades das costelas.
Vértebras Lombares:
Corpos largos e espessos
Apófises transversas e espinhosas fortes e rectangulares
Apófises articulares superiores internamente viradas uma para a outa
Apófises articulares inferiores viram-se externamente
Vértebras Sagradas:
São 5
Infância – são independentes
Idade adulta – fundidas – osso sacro – não existem discos intervertebrais
Vértebras Coccígeas:
Porção inferior da coluna vertebral;
3 a 5 vértebras mais/menos fundidas;
Tamanho reduzido
Formam triângulo com vértice inferiormente
Sacro:
Parte superior conecta-se com ultima vértebra lombar
Parte inferior com o cóccix
Articula-se com os coxais para formar bacia óssea
Cóccix:
Vértebras coccígeas são de tamanho reduzido em relação às outras
Não possuem buracos vertebrais nem apófises bem desenvolvidas
Caixa Torácica
Costelas:
Ossos alongados que se estendem da coluna vertebral até ao esterno, no qual se nem
através de cartilagens costais;
Costelas verdadeiras: sete primeiras articulam-se na frente com o esterno por meio
de uma cartilagem
Costelas falsas: 8ª a 10ª costela unem-se através das suas cartilagens a uma cartilagem
comum, que se articula com o esterno.
11ª a 12ª não se articulam com o esterno – costelas flutuantes
Esterno:
Osso chato, parte anterior do tórax
Manúbrio, corpo, apófise xifóide
Esqueleto Apendicular
Clavícula:
Osso longo em forma de S
Duas extremidades (acromial e esternal)
Articula-se
o Lateralmente – acrómio da escápula
o Medialmente – manúbrio do esterno
Omoplata:
Osso grande e chato
Responsável pela união de cada membro superior ao tronco
Possui espinha – dá origem – acrómio onde articula clavícula
Face glenoidal (postero-lateralmente) articula-se com a cabeça do úmero
Incisura escapular e três fossas:
o Subescapular
o Infra espinhal
o Supra espinhal
Úmero:
Liga-se à escápula e aos ossos do antebraço, rádio e cúbito
Extremidade proximal – articulação tipo esférica com a escápula (cavidade glenoideia)
Articulação permite liberdade de movimentos
Extermidade distal – articulação através da tróclea umeral e olecrânio do cúbito –
cotovelo
Rádio:
Osso do braço que se estendem na parte lateral do antebraço
Articula-se:
o Medialmente com o cúbito
o Distalmente com o corpo
o Proximalmente com o úmero
Cúbito:
Articula-se
o Acima: úmero
o Lateralmente: rádio
o Em baixo: piramidal do corpo
Mão:
Corpo:
o Porção proximal da mão: conjunto de ossos dos membros anteriores –
articulam com os ossos do antebraço e com os do metacarpo.
Metacarpo:
o Conjunto de ossos dos membros anteriores articulam-se com ossos do carpo e
com as falanges proximais dos dedos
Falanges:
o Cada dedo tem 3 falanges:
Falange proximal
Falange média
Falange distal
o Excepto: Polegar e Hálux (2 falanges)
Cintura Pélvica:
Formada por ossos costais direito e esquerdo
Ossos costais articulam-se:
o Um com o outro – sinfíse púbica
o Com o sacro – articulação sacro-ilíaca
o Com o fémur – acetábulo
Os pontos importantes da inserção muscular são:
o Crista ilíaca
o Espinhas ilíacas
o Tuberosidades isquiáticas
Chanfradura limita a espinha ilíaca postero-superior
Grande chanfradura ciática está no lado posterior do ílion
Fossa ilíaca grande depressão na face interna do ilíon
Isquion possui grande tuberosidade isquiática
Sínfise púbica abaixo da crista pectínea
Bacia da mulher ≠ Bacia do homem
o Mulher:
Mais leve e larga
Mais curta na vertical
Menos afunilada
Sacro mais largo
Fémur:
Único osso da coxa
Articula-se
o Coxal (cabeça)
o Tíbia (côndilos interno e externo)
o Rótula (tróclea platelar)
Locai de inserção muscular:
o Grande e pequeno trocanter
o Tuberosidades interna e externa
Rótula:
Grande osso sesamóide
Articula-se com a chanfradura rotuliana do fémur
Perna:
Parte do membro inferior entre joelho e tornozelo
Dois ossos: tíbia e perónio
Tíbia:
Maior que o perónio
Suporta maior parte do peso da perna
Tuberosidade tíbia – abaixo da rótula
Crista anterior forma a canela da perna
Articula-se com:
o Fémur
o Perónio
o Astrágalo
Perónio:
Articula-se com a tíbia e astrágalo
Extremidade distal do perónio está ligeiramente alargada no maléolo externo
Pé:
7 társicos
Astrágalo articula-se com a tíbia e perónio
Calcâneo abaixo do astrágalo e suporta-o
CAPÍTULO 8
Articulações e Movimento
Articulação – ligação existente entre duas quaisquer partes rígidas componentes do esqueleto,
sejam ossos sejam cartilagens permitindo ou não movimento entre elas.
Articulações fibrosas:
Constituídas por dois ossos, que se encontram unidos por meio de tecido conjuntivo
fibroso interposto entre as superfícies articulares, não têm cavidade articular e têm
pouco ou nenhum movimento.
Suturas:
o Linhas de junção entre os ossos do crânio
o São completamente imóveis nos adultos
o Raramente são lisas e os ossos que se articulam muitas vezes interpenetram-
se.
o Sinostose – crescimento conjunto de dois ossos substituindo a sua articulação,
de modo a formar um osso único.
Sindesmoses:
o Os ossos estão mais afastados do que numa sutura e são unidos por
ligamentos.
Gonfoses:
o Articulações especializadas que consistem no encaixe em cavidades e são
mantidas no seu lugar por finos feixes de tecido conjuntivo rico em colagenio.
Articulações Cartilagíneas
Ligam dois ossos entre si por meio de cartilagem hialina ou de fibracartilagem.
Sincondroses:
o É uma articulação assinovial em que a junção de dois ossos se faz por
cartilagem hialina, com pouco ou nenhum movimento.
o É temporária e é substituída por osso, formando-se sinostoses.
o As articulações condro-costais mantêm-se, sendo que a maioria das cartilagens
costais deixa de se classificar como sincondroses porque uma das suas
extremidades se liga ao osso (o esterno) por uma articulação sinovial.
Sínfises ou anfiartrose:
o Consiste em fibrocartilagem unindo dois ossos que aderem por superfícies
planas.
o São sínfises as junções entre o manúbrio e o corpo do esterno – sínfise púbica.
Articulações Sinovais
Contêm liquido sinovial.
Permitem um movimento considerável entre os ossos que aí se articulam.
São anatomicamente mais complexas do que as fibrosas e as cartilagíneas.
A maior parte das articulações que reúnem os ossos do esqueleto apendicular são
sinoviais.
Estão cobertas por uma fina camada de cartilagem hialina que se chama cartilagem
articular – constitui uma superfície lisa onde os ossos entram em contacto.
Algumas articulações sinoviais têm meniscos.
As superfícies articulares dos ossos que se encontram numa articulação sinovial está
encerrada numa cavidade articular rodeada por uma cápsula articular que ajuda a
manter os ossos unidos, ao mesmo tempo que permite o movimento.
o Cápsula fibrosa exterior
o Membrana sinovial interior
Tipos de Movimento:
Movimentos deslizantes:
o Ocorrem em articulações planas entre duas superfícies achatadas ou quase
achatadas que escorregam ou deslizam uma sobre a outra.
Movimentos Angulares:
o Aqueles em que uma parte de uma estrutura linear, como o corpo no seu todo
ou um membro, se dobram em relação a outra parte da mesma estrutura,
modificando o ângulo entre as duas partes.
o São também movimentos angulares os que implicam o movimento de uma
haste sólida, como um membro, ligada ao corpo na outra extremidade, de
modo a alterar o ângulo que faz com o corpo.
o Flexão: move uma parte do corpo numa direcção anterior ou ventral.
Movimento dos pés na direcção da perna, como ao andar sobre os calcanhares.
o Extensão: move uma parte do corpo numa direcção posterior ou dorsal.
Movimento dos pés para o lado plantar, como estar em bicos de pés.
o Abdução: é um movimento que afasta da linha mediana.
o Adução: movimento em direcção à linha mediana.
o O dobrar pela cintura para um ou outro lado é com frequência chamado flexão
lateral da coluna vertebral, em vez de abdução.
Movimentos Circulares:
o Rotação: rodar de uma estrutura em torno do seu eixo mais longo, como a
rotação da cabeça, do úmero ou de todo o corpo. A rotação interna do úmero
com o antebraço flectido traz a mão para o corpo. A rotação do úmero de
forma tal que a mão se afaste do corpo é a rotação externa.
o Pronação – consiste na rotação da palma da mão de modo a que fique virada
para trás, em relação à posição anatómica.
o Supinação – rotação da palma da mão de modo a virar-se para a frente, em
relação à posição anatómica.
o Circundação – combinação de flexão, extensão, abdução e adução. Ocorre nas
articulações que se movem livremente, como a do ombro. Na circundação o
braço move-se de forma a descrever um cone com o vértice no ombro.
Movimentos especiais:
o Elevação: move uma estrutura para cima.
o Abaixamento: move-se para baixo.
o Propulsão ou Projecção (projecção para diante) – consiste em mover uma
estrutura na direcção anterior.
o Retropulsão ou retracção (projecção para trás) – traz a estrutura de volta à
posição anatómica, ou ainda mais para trás.
Articulação do Cotovelo:
É constituída pela articulação úmero-cubital, entre o úmero e o cúbito; articulação
úmero-radial, entre o úmero e o rádio; articulação rádio-cubital superior ou proximal.
É rodeada por uma cápsula articular.
Articulação úmero-cubital é reforçada pelo ligamento lateral interno (cubital
colateral).
Articulações úmero-radial e rádio-cubital proximal são reforçadas pelo ligamento
lateral externo (colateral radial) e pelo ligamento anular do rádio (rádio-anular)
A bolsa serosa olecraniana subcutânea cobre as superfícies proximal e posterior do
olecrânio.
Propriedades do Músculo:
Contractilidade
Excitabilidade
Extensibilidade
Elasticidade
Comparação dos Tipos de Músculos
Características Músculo Esquelético Músculo Liso Músculo Cardíaco
Localização Inserido nos ossos Paredes dos órgãos ocos, Coração
vasos sanguíneos, olhos,
glândulas e pele
Forma das células Muito longas e cilíndricas Em forma de fusos Cilíndricas e ramificadas
Núcleo Múltiplos, com localização Único, com localização Único, com localização central
periférica central
Características As fendas sinápticas Os discos intercalares unem as
especiais das junções juntam diversas células do células umas às outras
músculo liso visceral
Estrias Sim Não Sim
Controle Voluntário e involuntário Involuntário Involuntário
(reflexos)
Capacidade de Não Sim (alguns músculos lisos) Sim
contracção
espontânea
Função Movimento corporal Mobilização dos alimentos Bombeia o sangue
no tubo digestivo As contracções constituem a
principal força para impulsionar
Esvaziamento da bexiga
o sangue nos vasos sanguíneos
Regulação do diâmetro dos
vasos sanguíneos
Alteração do tamanho da
pupila
Contracção de muitos
canais glandulares
Movimento dos pêlos e
muitas outras funções
Cada fibra muscular esquelética é uma célula cilíndrica única contendo diversos núcleos
localizados à periferia da fibra, junto da membrana celular.
Os seus múltiplos núcleos resultam da fusão das células precursoras mioblásticos e não da
divisão dos núcleos dos mioblastos.
Envolvendo cada fibra muscular existe uma delicada lâmina externa composta por fibras
reticulares.
Essa lâmina externa é produzida pela fibra muscular e, quando observada ao microscópio
óptico, não se consegue distinguir da membrana celular da fibra muscular – sarcolema.
O endomísio é uma rede delicada de tecido conjuntivo laxo, com numerosas fibras reticulares,
envolve cada fibra muscular por fora da lâmina externa.
As fibras musculares com o seu endomísio são envolvidas por outra camada de tecido
conjuntivo mais denso – perimísio.
Um músculo é constituído por muitos feixes agrupados e rodeados por uma terceira camada,
mais espessa, o epimísio, formado por tecido conjuntivo denso, fibroso e colagénio e que
cobre toda a superfície muscular.
A fáscia consiste em tecido conjuntivo fibroso que envolve o corpo formando uma bainha sob
a pele; também separa cada músculo e envolve grupos musculares.
São muitos os nervos e vasos sanguíneos que se estendem para os músculos esqueléticos.
Neurónios motores:
Células nervosas especializadas.
Os seus corpos celulares localizam-se no tronco cerebral ou na medula espinhal e os
axónios estendem-se até às fibras musculares esqueléticas através dos nervos.
Estimulam a contracção muscular
Cada neurónio motor inerva mais do que uma fibra muscular e cada fibra muscular
recebe um ramo de um axónio
Fibras musculares
As duas cadeias de actina F enrolam-se numa dupla hélice que se estende a todo o
comprimento do miofilamento de actina.
Tropomiosina é uma proteína alongada que se insinua na fenda da dupla hélice de actina F.
Cada molécula de miosina consiste em duas moléculas de miosina pesada que se juntam de
modo a formar uma porção cilíndrica paralela ao miofilamento de miosina e duas cabeças que
se estendem lateralmente.
Os centros dos miofilamentos de miosina consistem apenas nas porções cilíndricas das
moléculas de miosina.
Sarcómeros:
Cada sarcómero estende-se de um disco Z para o disco Z imediato.
O disco Z é uma rede filamentosa de proteínas que forma uma estrutura em forma de
disco, que faz a ligação dos miofilamentos de actina.
O arranjo dos miofilamentos de actina e dos miofilamentos de adenosina dá à
miofibrilha uma aparência em bandas ou estriada.
Cada banda I ou isotrópica (banda clara) inclui um disco Z e estende-se de cada lado
do disco Z para as extremidades dos miofilamentos de miosina.
A banda I de cada lado da linha Z consiste apenas em miofilamentos de actina.
Cada banda A ou anisotrópica (banda escura) estende-se ao comprimento dos
miofilamentos de miosina no sarcómero.
Os miofilamentos de actina e miosina sobrepõem-se em parte da sua extensão em
ambas as extremidades da banda A.
No centro de cada banda A, está uma pequena banda chamada zona H, onde os
miofilamentos de actina e miosina não se sobrepõem e apenas estão presentes
miofilamentos de miosina.
No meio da zona H, encontra-se uma banda escura chamada linha M que consiste em
delicados filamentos que se ligam ao centro dos miofilamentos de miosina.
As numerosas miofibrilhas orientam-se dentro de cada fibra muscular, de modo que as
bandas A e as bandas I de miofibrilhas paralelas ficam alinhadas, produzindo o padrão
estriado que se observa.
Encurtamento do Sarcómero:
Os miofilamentos de actina e miosina num músculo relaxado e num músculo contraído
têm o mesmo comprimento. Os miofilamentos não mudam de comprimento durante a
contracção do músculo esquelético.
Durante a contracção, os miofilamentos de actina em cada extremidade do sarcómero
deslizam sobre os miofilamentos de miosina, na direcção uns dos outros. Em
consequência, os discos Z aproximam-se e o sarcómero encurta-se.
Quando os miofilamentos de actina deslizam sobre os miofilamentos de miosina, as
zonas H e as bandas I tornam-se mais estreitas. As bandas A, que têm um
comprimento igual ao dos miofilamentos de miosina, não se estreitam, porque o
comprimento dos miofilamentos de miosina se mantém.
Num músculo totalmente contraído, as extremidades dos miofilamentos de actina
sobrepõem-se e a zona H desaparece.
Potenciais da Membrana:
As membranas celulares são polarizadas, o que significa uma diferença de voltagem,
ou uma diferença de carga eléctrica, através da membrana.
Esta diferença de carga chama-se potencial de membrana em repouso.
A carga negativa na face interior da membrana celular, em comparação com a da face
exterior, resulta principalmente das diferenças de concentração de iões e moléculas
carregadas através da membrana celular e das suas características de permeabilidade.
Canais iónicos:
Uma vez estabelecido o potencial de membrana em repouso, podem ser produzidos
potenciais de acção.
O potencial de acção é o reverso do potencial de repouso, no sentido em que o
interior da membrana celular fica positivamente carregado em relação ao exterior.
Há dois tipos de canais iónicos com portão responsáveis por produzir potenciais de
acção:
o Canais iónicos com portão ligado – o ligando é uma molécula que se liga a um
receptor. O receptor é uma proteína ou uma glicoproteína com um sítio
receptor a que o ligando se pode prender. Os canais iónicos com portão de
ligando são canais que abrem em resposta à ligação do ligando a um receptor
que é a parte do canal iónico. Os axónios das células nervosas que servem as
fibras musculares esqueléticas libertam ligandos – neurotransmissores, que se
ligam a canais de Na+ com portão de ligando, na membrana das fibras
musculares. Em consequência, os canais Na+ abrem, permitindo aos iões Na+ a
entrada na célula.
o Canais iónicos com portão de voltagem – estes canais abrem-se e fecham em
resposta a pequenas alterações (carga) através da membrana celular. Quando
uma célula nervosa ou muscular é estimulada, as diferenças de carga alteram-
se, fazendo os canais com portão de voltagem abrir ou fechar.
Potenciais de Acção:
A despolarização dá-se quando o interior da membrana celular se torna menos
negativo, o que é indicado pelo movimento ascendente da curva até zero.
A fase de despolarização do potencial de acção é desencadeada, se a despolarização
altera o potencial da membrana para um valor chamado limiar de estimulação.
A repolarização é o regresso do potencial de membrana ao valor de repouso.
A despolarização e a repolarização resultam da abertura e encerramento dos canais
iónicos com portão. Antes de uma célula nervosa ou muscular ser estimulada, esses
canais iónicas com portão estão fechados.
Quando a célula é estimulada, os canais de Na+ abrem e o Na+ difunde-se para dentro
da célula.
o Os potenciais de acção ocorrem de acordo com o princípio de tudo-ou-nada.
Se um estímulo é suficientemente forte para produzir uma
despolarização que atinja o limiar ou mesmo que exceda bastante o
limiar, todas as alterações de permeabilidade responsáveis por um
potencial de acção se sucedem sem parar e são de magnitude
constante.
Se o estímulo é tão fraco que a despolarização não atinge o limiar, são
poucas as alterações da permeabilidade. O potencial de membrana
regressa ao nível de repouso, após um breve período sem produzir um
potencial de acção.
O potencial de acção ocorre numa área muito pequena da membrana celular e não a
afecta toda ao mesmo tempo. Os potenciais de acção, podem no entanto, propagar-se
ou difundir-se pela membrana, porque um potencial de acção produzido numa
determinada localização da membrana celular pode estimular a produção de um
potencial de acção noutro lugar.
A frequência de potencial de acção é o número de potenciais de acção produzidos por
unidade de tempo.
À medida que aumenta a força do estímulo aplicada a uma célula nervosa ou muscular,
uma vez atingido o limiar, a frequência do potencial de acção aumenta com o aumento
da força do estímulo.
Todos os potenciais de acção são idênticos.
A frequência dos potenciais de acção pode afectar a força da contracção muscular.
Junção Neuromuscular:
Junto de cada fibra que inerva, cada ramo axonal forma um terminal nervoso alargado
que se aloja numa invaginação de sarcolema formando uma sinapse ou junção
neuromuscular.
Sinapse ou junção neuromuscular consiste nas terminações axonais e na área de
sarcolema da fibra muscular que inervam.
Cada axónio acaba no terminal pré-sináptico.
O espaço entre este e a fibra muscular é a fenda sináptica e a membrana da célula
muscular na área de junção é a placa motora ou membrana pós-sináptica.
Propagação do Potencial de Acção: ver página 291
Cada terminal pré-sináptico contém dentro da sua membrana muitas vesículas
esféricas – vesículas sinápticas.
As vesículas contêm acetilcolina (ACh) – molécula orgânica composta por ácido acético
e colina, que actua como neurotransmissor.
Um neurotransmissor é uma substância libertada por uma membrana pré-sináptica,
que se difunde através de uma fenda sináptica e estimula (ou inibe) a produção de um
potencial de acção na membrana pós-sináptica.
Processo de Funcionamento da Junção Neuromuscular:
o O potencial de acção chega ao terminal pré-sináptico, fazendo abrir os canais
de Ca2+ com portão de voltagem e aumentando a permeabilidade aos iões Ca2+
no terminal pré-sináptico.
Relaxamento Muscular:
Relaxamento resulta do transporte activo de iões Ca2+ de volta ao retículo
sarcoplasmático.
Potenciais de acção e contracção muscular:
o Um potencial de acção, produzido na junção neuromuscular, propaga-se
ao longo do sarcolema do músculo esquelético, levando a despolarização a
espalhar-se na membrana dos túbulos T.
o A despolarização do túbulo T provoca abertura dos canais de Ca2+ com
portão de voltagem, o que leva a um aumento da permeabilidade do
retículo sarcoplasmático aos iões Ca2+. Os iões Ca2+ tendem a difundir-se
do reticulo sarcoplasmático para o sarcoplasma.
o Os iões Ca2+ libertados do retículo sarcoplasmático ligam-se a moléculas de
troponina no miofilamento de actina. Em consequência, as moléculas de
troponina ligadas às moléculas de actina G são libertadas, o que faz com
que as moléculas de tropomiosina se movam, expondo, assim, os locais
activos nas moléculas de actina G.
o Uma vez expostos os locais activos nas moléculas de actina G, as cabeças
dos miofilamentos de miosina ligam-se a eles para formar pontes.
Fadiga
Fadiga psicológica – é mediada pelo sistema nervoso central. Os músculos mantêm a sua
capacidade funcional, mas o indivíduo tem a “impressão” de que não é possível um trabalho
muscular suplementar.
Fadiga muscular – resulta da depleção de ATP. Sem níveis adequados de ATP, as pontes não
conseguem funcionar normalmente. Em consequência, declina a tensão que o músculo é capaz
de produzir.
Fadiga sináptica – dá-se na junção neuromuscular. Se a frequência de potenciais de acção for
suficientemente grande, a libertação de acetilcolina do terminal pré-sináptico é superior à sua
síntese. Por isso, as vesículas sinápticas entram em depleção e a acetilcolina libertada é
insuficiente para estimular as fibras musculares.
CAPÍTULO 10
Sistema Muscular: Anatomia Geral
A origem (cabeça) é a extremidade do músculo ligada ao mais fixo dos dois ossos e a sua
inserção terminal a extremidade do músculo inserida no osso que sofre maior movimento.
Alguns músculos têm múltiplas origens e uma inserção terminal comum, e deles se diz que têm
múltiplas cabeças.
O músculo que provoca acção quando se contrai designa-se por agonista e os músculos que
trabalham em oposição a outros músculos, movendo uma estrutura na direcção oposta, são
antagonistas.
Os músculos que desempenham uma acção conjunta (sinérgica) para executar um movimento
são sinergistas.
Se, num grupo de sinergistas, existe um músculo que desempenha o papel principal no
desempenho de determinado movimento, ele chama-se o músculo principal.
Outros músculos, chamados fixadores, podem estabilizar uma ou mais articulações cruzadas
pelo principal.
Uma alavanca é um eixo rígido capaz de rodar em torno de um ponto chamado fulcro (F) e de
transferir a força aplicada num ponto ao longo da alavanca para uma resistência ou peso.
Alavancas de classe I – o fulcro localiza-se entre a potência (ou força) e a resistência
que se lhe opõe.
Alavancas de classe II – a resistência localiza-se entre o fulcro e a força.
Alavancas de classe III – a potência localiza-se entre o fulcro e a resistência.
Músculos que movem a Cabeça
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Anteriores
Grande recto anterior da C3-C6 Occipital Flexão da cabeça
cabeça
Pequeno recto anterior da Atlas Occipital Flexão da cabeça
cabeça
Posteriores
Pequeno complexo Tórax superior e vértebras cervicais inferiores Apófise mastoideia Extensão, rotação e flexão lateral da
cabeça
Pequeno oblíquo da cabeça Atlas Occipital (linha curva occipital inferior) Extensão e flexão lateral da cabeça
Rectos posteriores da cabeça Áxis, Atlas Occipital Extensão e rotação da cabeça
(grande e pequeno)
Semi-espinhoso da nuca C4-T6 Occipital Ramos dorsais dos nervos cervicais
Esplénio da cabeça C4-T6 Linha curva occipital superior e apófise Extensão, rotação e flexão lateral da
mastoideia cabeça
Trapézio Protuberância occipital exterior, ligamentos da Clavícula, acrómio e espinha da Abdução e extensão
nuca, apófises espinhosas de C7-T12 omoplata
Laterais
Recto Lateral da cabeça Atlas Occipital Abdução da cabeça
Esterno-claido-mastoideu Manúbrio e porção interna da clavícula Apófise mastoideia e linha curva Contracção unilateral: rotação e
occipital superior extensão da cabeça.
Contracção bilateral: flexão do pescoço
A rotação e abdução da cabeça são efectuadas pelos músculos dos grupos lateral e posterior.
Expressão Facial
O orbicular das pálpebras encerra a fenda palpebral e provoca as rugas junto à porção externa
das pálpebras.
A queda da pálpebra de um dos lados ou ptose, indica habitualmente que foi lesado o nervo
que vai para o levantador da pálpebra superior.
Mastigação:
Mascar ou mastigar envolve obrigatoriamente o encerrar da boca (elevação da
mandíbula)
Triturar os alimentos entre os dentes envolve excursão da madíbula
Os músculos da mastigação e os músculos hioideus movem as mandíbulas.
Os elevadores das mandíbulas são dos músculos mais fortes do corpo e trazem
poderosamente os dentes da mandíbula contra as dos maxilares superiores, de modo
a esmagar os alimentos.
Músculos da Mastigação
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Temporal Fossa temporal Porção anterior do Eleva e retrai a mandíbula;
ramo mandibular e envolvida na didução
apófise coronoideia
Masséter Arcada zigomática Face lateral do ramo Elevação e projecção da
mandíbular mandíbula; envolvido na
didução
Pterigoideus
Externo Apófise pterigoideia e Apófise condiliana da Projecção e depressão da
grande asa do esfenóide mandíbula e disco mandíbula; envolvido na
articular didução
Interno Apófise pterigoideia do Face interna da Projecção e elevação da
esfenóide e tuberosidade mandíbula mandíbula; envolvido na
maxilar didução
Músculos Hioideus
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Músculos supra-hioideus
Digástrico Apófise mastoideia Mandíbula, perto da Eleva o hióide; abaixa e retrai
linha média a mandíbula
Genio-hioideu Corpo da mandíbula Corpo do hióide Projecção do hióide; abaixa a
mandíbula
Milo-hioideu Corpo da mandíbula Hióide Eleva o pavimento da boca e
da língua; abaixa a mandíbula
quando o hióide está afixado
Estilo-hioideu Apófise estiloideia Hióide Eleva o hióide
Músculos Infra-hioideus
Omo-hioideu Bordo superior da Hióide Abaixa o hióide; fixa o hióide
omoplata nessa posição
Esterno-hioideu Manúbrio e primeira Hióide Abaixa o hióide; fixa o hióide
cartilagem costal nessa posição
Esternotiroideu Manúbrio e primeira ou Cartilagem tiroideia Abaixa a laringe; fixa o hióide
segunda cartilagem costal
Tiro-hioideu Cartilagem tiroideia Hióide Abaixo o hióide e eleva a
cartilagem tiroideia da laringe;
fixa o hióide nessa posição.
Movimentos da Língua:
A língua consiste numa massa de músculos intrínsecos que estão implicados na mudança de
formato da língua e músculos extrínsecos.
Músculos da Língua
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Músculos intrínsecos
Longitudinal, Dentro da língua Dentro da língua Mudam a forma da língua
transverso e vertical
Músculos extrínsecos
Genoglosso Ângulo mandibular Língua Abaixamento e protrusão
da língua
Hioglosso Hióide Lado da língua Retracção e abaixamento
do bordo lateral da língua
Estiloglosso Apófise estiloideia do Língua (lateral e Retracção da língua
temporal inferior)
Palatoglosso Palato mole Língua Eleva a parte posterior da
língua
Deglutição e Laringe
Os músculos hioideus dividem-se num grupo supra-hioideu superior ao osso hioide e num
grupo infra-hioideu, inferior ao hióide.
O palato mole, faringe e laringe contêm diversos músculos envolvidos na deglutição e na fala.
Os músculos do palato mole encerram a abertura posterior para a cavidade nasal durante a
deglutição.
A deglutição realiza-se pela elevação da faringe, que, por sua vez, se efectua pela elevação da
laringe, à qual a faringe está ligada, e pela constrição palatofaríngeo e do salpingofaríngeo.
Músculos da Deglutição e da Laringe
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Laringe
Aritenoideus
Oblíquo Cartilagem aritenoideia Cartilagem aritenoideia Encerra a abertura da
oposta laringe
Transverso Cartilagem aritenoideia Cartilagem aritenoideia Encerra a abertura da
oposta laringe
Cricoaritenoideus lateral
Lateral Bordo lateral da cartilagem Cartilagem aritenoideia Encerra a abertura da
cricoideia laringe
Posterior Bordo posterior da Cartilagem aritenoideia Oculta a abertura da
cartilagem cricoideia laringe
Cricotiroideu Cartilagem cricoideia Cartilagem tiroideia Torna tensas as cordas
anterior vocais
Tiroaritenoideu Cartilagem tiroideia Cartilagem aritenoideia Encurta as cordas vocais
Vocal Cartilagem tiroideia Cartilagem aritenoideia Encurta as cordas vocais
Palato Mole
Levantador do véu Osso temporal e trompa de Palato mole Eleva o palato mole
do palato Eustáquio
Palatoglosso Palato mole Língua Estreita as fauces; eleva
a parte posterior da
língua
Palatofaríngeo Palato mole Faringe Estreira as fauces; baixa
o palato; eleva a faringe
Tensor do véu do Esfenóide e trompa de Divisão do palato mole e da Dá tensão ao palato
palato Eustáquio trompa de Eustáquio mole; abre a trompa de
Eustáquio
Úvula Espinha nasal posterior Úvula Eleva a úvula
Faringe
Constritores da faringe
Inferior Cartilagens tiroideia e Rafe faríngeo Estreita a faringe
cricoideia inferior ao engolir
Médio Ligamento estiloideu e Rafe faríngeo Estreita a faringe ao
hióide engolir
Superior Asa pterigoideia interna, Rafe faríngeo Estreita a faringe ao
mandíbula, pavimento da engolir
boca e dos lados da língua
Salpingofaríngeo Trompa de Eustáquio Faringe Eleva a faringe; abre a
trompa de Eustáquio ao
engolir
Estilofaríngeo Apófise estiloideia Faringe Eleva a faringe
O globo ocular move-se na cavidade orbitaria, permitindo a visão num amplo leque de
direcções. Os movimentos de cada olho são efectuados por seis músculos extrínsecos ao globo
ocular designados de acordo com a orientação dos seus feixes em relação ao globo ocular.
Músculos que actuam sobre o Olho
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Obliquo
Inferior Lâmina orbital da maxila Esclerótica Eleva e desvia externamente o
olhar
Superior Anel fibroso Esclerótica Baixa e desvia externamente o
olhar
Recto
Inferior Anel fibroso Esclerótica Baixa e desvia internamente o
olhar
Externo Anel fibroso Esclerótica Desvia externamente o olhar
Interno Anel fibroso Esclerótica Desvia internamente o olhar
Superior Anel fibroso Esclerótica Eleva e desvia internamente o
olhar
Músculos do Tronco
Os músculos que fazem a extensão, abdução e rotação da coluna vertebral podem dividir-se
em profundos e superficiais.
Os músculos das goteiras vertebrais originam-se numa massa comum ou músculo sacro-ilio-
lombar que dá origem a dois músculos, o iliocostal e o longo dorsal, músculos espinhais
Músculos do Tórax
Músculos do Tórax
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Diafragma Interior das costela, Tendão central do diafragma Inspiração; deprime o
esterno e vértebras pavimento do tórax
lombares
Intercostais
Externo Margem inferior de cada Bordo superior da costela Inspiração; eleva as costelas
costela imediatamente abaixo
Interno Margem superior de cada Bordo inferior da costela Expiração; deprime as costelas
costela imediatamente acima
Escalenos
Anterior C3-C6 Primeira costela Eleva a primeira costela
Mediano C2-C6 Primeira costela Eleva a primeira costela
Posterior C4-C6 Segunda costela Eleva a segunda costela
Pequenos dentados posteriores
Inferior T11-L12 Quatro costelas inferiores Deprime as costelas inferiores e
estende as costelas
Superior C6-T2 Costelas, da segunda à Eleva as costelas superiores
quarta
Triangular do Esterno e apêndice Intercostal Diminui o diâmetro do tórax
esterno xifoideu
Parede Abdominal
Intersecções tendinosas atravessam os rectos do abdómen em três ou, por vezes, mais
localizações, levando a que a parede abdominal se encontre segmentada.
Da superfície para a profundidade, estes músculos são o oblíquo abdominal externo (= grande
oblíquo do abdómen), o oblíquo abdominal interno (= pequeno oblíquo do abdómen) e o
transverso do abdómen
Músculos da Parede Abdominal
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Anteriores
Grandes rectos Crista púbica e sínfise Apêndice xifoideu e costelas Flexão da coluna vertebral;
do abdómen púbica inferiores compressão do abdómen
Grande oblíquo Quinta e décima segunda Crista ilíaca, ligamento Flexão e rotação da coluna
do abdómen costelas inguinal e bainha do recto vertebral; compressão do
abdómen; deprime o tórax
Pequeno Crista ilíaca, ligamento Décima a décima segunda Flexão e rotação da coluna
oblíquo do inguinal e fascia lombar costelas e bainha do recto vertebral; compressão do
abdómen abdómen; deprime o tórax
Transverso do Sétima a décima segunda Apêndice xifoideu, linha Comprime o abdómen
abdómen cartilagens costais, fascia branca e tubérculo púbico.
lombar, crista ilíaca e
ligamento inguinal
Posteriores
Quadrado dos Crista ilíaca e vértebras Décima segunda costela e Flexão lateral da coluna
lombos lombares inferiores vértebras lombares vertebral e depressão da
superiores décima segunda costela
A pelve é um anel ósseo com uma abertura através da qual as aberturas do ânus e urogenitais
penetram.
A maior parte do pavimento pélvico é formada pelo músculo coccígeo + levantador do ânus =
diafragma pélvico.
A área inferior do pavimento pélvico é o períneo, que tem a forma aproximada de um losango.
O braço está fixado ao tórax pelo grande peitoral e pelo grande dorsal.
O deltóide é como se fosse três músculos num só: as fibras anteriores flectem o braço; as
laterais fazem abdução do braço, e as posteriores fazem a extensão.
A abdução do braço é feita pelo deltóide, músculos da coifa dos rotadores e trapézio.
Movimentos do Antebraço
Supinação e Pronação - a supinação do antebraço é feita pelo curto supinador e pelo bicípete
braquial. A pronação é função do quadrado pronador e do redondo pronador.
Dois dos principais músculos anteriores, o grande palmar e o cubital anterior, fazem a flexão
do punho.
Três músculos posteriores, o longo radial ou 1º radial externo, o curto radial ou 2º radial
externo e o cubital posterior fazem a extensão do punho.
A flexão dos quatro dedos internos (2º ao 5º) é função do flexor comum superficial dos dedos
e do flexor comum profundo dos dedos.
A abdução dos dedos é efectuada pelos interósseos dorsais e pelo abdutor do dedo mínimo,
enquanto a adução é uma função dos interósseos palmares.
O curto flexor do polegar, o curto abdutor do polegar e o oponente do polegar formam uma
proeminência carnuda na base do polegar chamada eminência thenar.
O abdutor do dedo mínimo, o curto flexor do dedo mínimo e o oponente do dedo mínimo
constituem a eminência hipothenar no lado cubital da mão.
Movimentos da Coxa
Os músculos anteriores, ilíaco e grande psoas, fazem a flexão da coxa. Partilham uma inserção
comum e produzem o mesmo movimento, são muitas vezes designados por psoas ilíaco.
Os músculos posterolaterais que movimentam a coxa são os glúteos e o tensor da fascia lata. O
grande glúteo contribui com a maior parte da massa muscular que aos nossos olhos constitui
as nádegas. O pequeno e médio glúteo, lugar habitual de injecções, criam uma massa mais
pequena logo acima e ao lado do grande glúteo.
Músculos que movimentam a Coxa
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Anteriores
Psoas ilíaco
Ilíaco Fossa ilíaca Pequeno trocânter do fémur e Flexão e rotação
cápsula da articulação da anca externa da coxa
Grandes psoas T12-L5 Pequeno trocânter do fémur Flexão da coxa
Posteriores e Laterais
Grande glúteo Ílio, sacro e cóccix Linha áspera ou crista do grande Extensão, abdução e
glúteo do fémur e fascia lata rotação externa da
coxa.
Médio glúteo Ílio Grande trocânter do fémur Abdução e rotação
interna da coxa;
abaixamento lateral
da pelve
Pequeno glúteo Ílio Grande trocânter do fémur Abdução e rotação
interna da coxa;
abaixamento lateral
da pelve
Tensor da fascia lata Espinha ilíaca Antero- Através do tracto iliotibial para o Tensão da fascia lata;
superior côndilo externo da tíbia flexão, abdução e
rotação interna da
coxa; abaixamento
lateral da pelve
Rotadores Profundos da Coxa
Gémeos pélvicos
Inferior Tuberosidade isquiática Tendão obturador interno Rotação externa e
abdução da coxa
Superior Espinha ciática Tendão obturador interno Rotação externa e
abdução da coxa
Obturadores
Externo Margem inferior do Grande trocânter do fémur Rotação externa da
buraco obturado coxa
Interno Margem do buraco Grande trocânter do fémur Rotação externa e
obturado abdução da coxa
Piriforme Sacro e ilíaco Grande trocânter do fémur Rotação externa e
abdução da coxa
Quadrado crural Tuberosidade isquiática Crista intertrocantérica do fémur Rotação externa da
coxa
Resumo das acções dos músculos na anca e na coxa
Flexão Extensão Abdução Adução Rotação interna Rotação externa
Psoas ilíaco Grande glúteo Grande glúteo Grande adutor Tensor da fascia Grande glúteo
lata
Tensão da Semitendinoso Médio glúteo Longo adutor Obturador
fascia lata Médio glúteo interno
Semimembranoso Pequeno glúteo Curto adutor
Recto Bicípete crural Tensor da fascia Pectíneo Pequeno glúteo Obturador
anterior externo
lata
Grande adutor Recto interno
Costureiro Gémeo pélvico
Obturador interno
superior
Longo
Gémeos pélvicos
adutor Gémeo pélvico
superior e inferior
inferior
Curto adutor
Piriforme
Quadrado crural
Pectíneo
Piriforme
Grande adutor
Longo adutor
Curto adutor
Músculos da Coxa
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Compartimento Anterior
Quadrícipete Recto anterior – espinha ilíaca Rótula, e daí para a Extensão da perna; o recto
crural ântero-inferior; vasto externo – tuberosidade tibial através anterior também flecte a
fémur crural – fémur; vasto do ligamento rotuliano coxa
interno – linha áspera
Costureiro Espinha ilíaca ântero-superior Face interna da Flexão da coxa e da perna;
tuberosidade isquiática rotação interna da perna e
externa da coxa
Compartimento Interno
Curto adutor Púbis Fémur Adução, flexão e rotação
externa da coxa
Longo adutor Púbis Fémur Adução, flexão e rotação
externa da coxa
Grande adutor Púbis e ísquion Fémur Adução, extensão e rotação
externa da coxa
Recto interno Púbis junto da sínfise Tíbia Adução da coxa; flexão da
perna
Pectíneo Crista púbica Linha pectínea do fémur Adução e flexão da coxa
Compartimento Posterior
Bicípete crural Longa porção – tuberosidade Cabeça do perónio Flexão e rotação externa da
isquiática; curta porção – perna; extensão da coxa
fémur
Semimembranoso Tuberosidade isquiática Tuberosidade interna da Flexão e rotação interna da
tíbia e ligamento colateral perna; tensão da cápsula
articular do joelho; extensão
da coxa
Semitendinoso Tuberosidade isquiática Tíbia Flexão e rotação interna da
perna; extensão da coxa.
Movimentos do Tornozelo, Pé e Dedos do Pé
Sistema Nervoso
12 pares nervos
cranianos
Encéfalo Espinhal Medula
31 pares nervos
raquidianos
Nervos são feixes de axónios com as suas bainhas, que ligam o SNC aos receptores sensoriais,
músculos e glândulas.
Plexos são extensas redes de axónios e, alguns casos, também de corpos celulares neuronais,
localizadas no exterior do SNC.
Divisão eferente ou motora transmite os potenciais de acção do SNC aos órgãos efectores,
como os músculos e glândulas.
O sistema nervoso somático motor transmite os potenciais de acção do SNC aos músculos
esqueléticos (são controlados voluntariamente pelo sistema nervoso somático).
Os corpos celulares dos neurónios somáticos motores localizam-se dentro do SNC e os seus
axónios estendem-se através dos nervos até formarem sinapses com as células musculares
esqueléticas.
Sinapses são a junção de uma célula nervosa com outra célula. As junções neuromusculares,
que são sinapses entre neurónios e células musculares esqueléticas.
Células não neuronais = neuróglia, nevróglia ou célula glias – dão suporte e protecção aos
neurónios.
Neurónios
Tipos de Neurónios
Nevróglia do SNC
Consiste no conjunto mais importante das células de suporte do SNC, participa na formação da
barreira hemato-encefálico, fagocita substâncias estranhas, produz líquido cefalorraquidiano e
forma bainhas de mielina em torno dos axónios.
Astrócitos – são células glias que devem a sua forma de estrela aos prolongamentos celulares
que se estendem para fora do seu corpo.
Nevróglia do SNP
Células de Schawnn são células gliais do SNP que se enrolam em torno dos axónios,
Sinais eléctricos
Transporte activo – a bomba desloca os iões K+ e Na+ através da membrana no sentido inverso
dos seus gradientes de concentração.
Iões K+ são transportados para interior da célula – aumenta concentração de K+ dentro da
célula.
Iões Na+ são transportados para fora da célula – aumenta concentração no exterior da célula.
A membrana celular tem permeabilidade selectiva, pelo que permite que algumas substâncias
passem através desta.
Os iões Cl- são repelidos pelas proteínas de carga negativa e outros iões de carga negativa no
interior da célula.
Os iões Cl- difundem-se através da membrana celular e acumulam-se no seu exterior da célula,
aumentando a concentração no meio extracelular.
Potenciais Locais
Um estímulo provoca o aumento da permeabilidade da membrana aos iões Na+, K+ ou
Cl-.
A despolarização resulta do aumento da permeabilidade da membrana aos iões Na+; a
hiperpolarização resulta de um aumento da permeabilidade da membrana aos iões K+
e Cl-.
Os potenciais locais são gradativos; isto é, a amplitude do potencial local é
proporcional à intensidade do estímulo. Os potenciais locais podem somar-se. Por isso,
um potencial local produzido como resposta a vários estímulos tem maior amplitude
do que um outro produzido como resposta a um estímulo único.
O potencial local despolarizador é capaz de desencadear um potencial de acção.
Potenciais de Acção
Os potenciais de acção são produzidos quando um potencial local atinge o limiar.
Os potenciais de acção seguem a “lei do tudo ou nada”
A despolarização é o resultado do aumento da permeabilidade da membrana a iões
Na+ e do movimento de iões Na+ para dentro da célula. As portas de activação dos
canais Na+ com portão de voltagem abrem-se.
A repolarização é um resultado da diminuição da permeabilidade da membrana a iões
Na+ e aumento da permeabilidade da membrana a iões K+, o que suspende o
movimento dos iões Na+ para dentro da célula e aumenta o movimento dos iões K+
para fora da célula. As portas de inactivação dos canais Na+ com portão de voltagem
fecham e os canais K+ com portão de voltagem abrem.
Num potencial de acção pode ser produzido por qualquer estímulo, seja qual for a sua
intensidade, durante o período refractário absoluto. Durante o período refractário
relativo, um estímulo mais forte do que o limiar pode produzir um potencial de acção.
Os potenciais de acção propagam-se e, para um dado axónio ou fibra muscular, a
amplitude do potencial de acção é constante.
A intensidade do estímulo determina a frequência de potenciais de acção
Período Refractário
1. Potencial de repouso: os canais de Na+ com portão de voltagem estão encerrados (as
portas de activação estão fechadas e as portas de inactivação estão abertas). Os canais
de K+ com portão de voltagem estão encerrados.
4. Fim da repolarização e potencial tardio: os canais Na+ com portão de voltagem estão
encerrados. O encerramento das portas de activação e a abertura das portas de
inactivação restabelecem a situação de repouso para os canais de Na+. A difusão dos
iões K+ através dos canais com portão de voltagem produz o potencial tardio.
Uma frequência baixa de potenciais de acção representa um estímulo mais fraco do que uma
frequência alta.
O potencial de acção gera correntes locais, que estimulam a abertura dos canais Na+ com
portão de voltagem nas regiões contíguas da célula, produzindo um novo potencial de acção.
O reverter da direcção dos potenciais de acção é impedido pelo período refractário absoluto.
Os potenciais de acção propagam-se mais rapidamente em axónios mielinizados, de grande
diâmetro.
Sinapses Químicas
Dá-se a somação temporal quando dois ou mais potenciais de acção chegam em sucessão a
um único terminal pré-sináptico.
Vias convergentes têm muitos neurónios a fazer sinapse com poucos neurónios.
Vias divergentes têm poucos neurónios que fazem sinapse com muitos neurónios
Os circuitos oscilantes têm ramos colaterais de neurónios pós-sinápticos que fazem a sinapse
com neurónios pré-sinápticos.
ANATOMIA II
CAPÍTULO 12
Medula Espinhal e Nervos Raquidianos
Medula Espinhal:
Constitui o elo de comunicação entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico abaixo
da cabeça;
Integra informação que recebe
Produz respostas através de mecanismos reflexos
Estende-se desde o buraco occipital até ao nível da 2ª vértebra lombar
Possui 31 pares de nervos raquidianos
Compõe-se de segmentos cervical, torácico, lombar e sagrado designados de acordo
com a área da coluna vertebral pela qual os nervos entram e saem.
Nervos raquidianos passam para fora da coluna vertebral através dos buracos
intervertebrais – buracos de conjugação
Não tem diâmetro uniforme em todo o seu comprimento
Dilatação cervical:
Região cervical inferior
Local onde os nervos servem os membros superiores entram ou saem da medula
Dilatação lombar:
Regiões torácica inferior e lombar superior
Local onde entram e saem os nervos para os membros inferiores
Cone medular:
Zona abaixo da dilatação lombar
Medula espinhal afunila
Ponta do cone está ao nível da 2ª vértebra lombar
Constitui extremidade inferior da medula espinhal
Filamento terminal:
Filamento de tecido conjuntivo
Estende-se inferiormente desde o apéx do cone medular até ao cóccix
Fixa a medula espinhal ao cóccix
Cauda equina:
Cone medular mais numerosos nervos estendem-se para baixo assemelhando-se a
uma cauda de cavalo.
Secção Transversal da Medula Espinhal
Substância branca:
o Axónios mielinizados formados por feixes nervosos
Substância cinzenta:
o Corpos celulares neuronais
o Dendrites
o Axónios
Sulco mediano anterior e sulco mediano posterior separam parcialmente as duas metades da
medula.
Substância branca presente em cada lado da medula espinhal está organizada em três
cordões:
Anterior (ventral)
Lateral
Posterior (dorsal)
Cada raiz dorsal tem um gânglio = gânglio da raiz posterior = gânglio raquidiano = gânglio
espinhal
Reflexos
Arco reflexo:
Unidade funcional básica do sistema nervoso
Porção mais pequena e mais simples é capaz de receber um estímulo e produzir uma
resposta
5 componentes:
o Receptor sensorial – responde a estímulos e produz potenciais de acção nos
neurónios sensoriais
o Neurónio eferente ou sensorial – propaga potenciais de acção para SNC
o Neurónio aferente ou motor – transportam potenciais de acção do SNC para
órgãos efectores
o Órgão efector - responde aos potenciais de acção
Neurónios associação
Sinapse
Neurónios motores
Reflexos:
Resposta produzida pelo arco reflexo
São homeostáticos
Não implicam com a intervenção da consciência
Produzem um resultado previsível e consciente
São integrados no encéfalo e na medula espinhal
Centros encefálicos superiores influenciam os reflexos, suprimindo-os ou exagerando-
os
Reflexos de Extensão
Reflexo de extensão não exige neurónio de associação entre os neurónios de cada fuso
muscular.
A extensão estimula os neurónios aferentes que inervam o centro de cada fuso muscular.
Neurónios motores
alfa
Transmite
Potenciais de acção no
músculo esquelético
Provocam
Contracção rápida do
músculo em extensão
Gera
Resistência à
extensão do músculo
Neurónios descendentes na
medula espinhal
Sinapse
Neurónios do reflexo
de extensão
Modulam actividade
Reflexo dos órgãos tendinosos de Golgi – evita produção de excessiva tensão no tendão de
um músculo em contracção.
Os neurónios sensorais dos órgãos tendinosos de Golgi passam através das raízes dorsais para
a medula espinhal e entram na substância cinzenta posterior, onde se ramificam e fazem
sinapse com neurónios de associação inibitórios.
Os neurónios de associação fazem sinapse com neurónios motores alfa que inervam o músculo
a que está ligado o órgão tendinoso de Golgi.
Reflexo de Retirada
Vias Espinhais
Os reflexos não operam como entidades isoladas no sistema nervoso por causa da existência
de vias divergentes e convergentes.
Axónios nas vias descendentes do encéfalo transportam potenciais de acção para o corno
anterior da medula espinhal, convergendo com os neurónios do arco reflexo.
Cada axónio ou fibra nervosa, com a sua bainha de Schawnn, é envolvido por uma delicada
camada de tecido conjuntivo – endonervo.
Grupos de axónios são rodeados por uma camada mais consistente de tecido conjuntivo –
perinervo – que forma os fascículos nervosos ou feixes nervosos.
Terceira camada de tecido conjuntivo denso – epinervo.
Nervos Raquidianos
Os nervos do sacro saem deste osso único através dos buracos sagrados.
Dermátomo: área da pele com inervação sensitiva por um par de nervos raquidianos.
Plexo Braquial
Tem origem nos nervos raquidianos de C5 a T1, que inervam o membro superior.
Nervo Circunflexo
o Inerva o deltóide e os músculos pequeno redondo.
o Dá também inervação sensorial à articulação do ombro e a parte da pele que
reveste o ombro.
o Origem no tronco secundário posterior do plexo braquial, C5-C6.
Nervo Radial:
o Emerge do tronco secundário posterior do plexo braquial e desce na porção
profunda do braço posterior.
o No terço médio da diáfise do úmero encosta-se ao osso, percorrendo a sua
goteira de torção = goteira radial.
o A sua distribuição sensitiva cutânea é para a porção posterior do membro
superior, incluindo a superfície da mão.
o Origem no tronco secundário posterior do plexo braquial, C5-T1
Nervo Músculo-Cutâneo
o Dá inervação
Motora aos músculos anteriores do braço
Sensitiva cutânea a parte do antebraço
o Origem no tronco secundário ântero-externo do plexo braquial, C5-C7
Nervo Cubital
o Inerva dois músculos do antebraço e, ainda, a maior parte dos músculos
intrínsecos da mão, excepto alguns associados ao polegar.
o A sua distribuição sensitiva corresponde à porção interna da mão.
o Origem no tronco secundário ântero-interno do plexo braquial, C8-T1
Nervo Mediano
o Inerva todos os músculos flexores do antebraço excepto um e a maior parte
dos músculos da região da base do polegar, conhecida como região thenar.
o A sua distribuição sensitiva cutânea corresponde à porção externa da palma da
mão.
o Origem nos troncos secundários ântero-interno e ântero-externo do plexo
braquial, C5-T1
Plexo Coccígeo
Plexo muito pequeno formado pelos ramos ventrais dos nervos raquidianos S4, S5 e o
nervo coccígeo.
Faz inervação motora dos músculos do pavimento pélvico e a inervação sensitiva
cutânea da pele que recobre o cóccix.
Parte da pele que recobre o cóccix é inervada pelos ramos dorsais dos nervos
coccígeos.
CAPÍTULO 13
Encéfalo e Nervos Cranianos
Tronco Cerebral
Bulbo raquidiano
Tronco Cerebral Ponte ou protuberância
Mesencéfalo
Bulbo
O bulbo está em continuidade com a medula espinhal e contém feixes nervosos
ascendentes e descendentes.
As pirâmides correspondem a feixes nervosos que controlam o movimento voluntário.
Protuberância ou Ponte
A protuberância ou ponte fica acima do bulbo.
Os feixes nervosos ascendentes e descendentes atravessam a protuberância.
Mesencéfalo
O mesencéfalo fica acima da ponte
O mesencéfalo contém os núcleos dos nervos cranianos III, IV e V.
O tecto é constituído por quatro tubérculos quadrigémeos. Os inferiores estão
implicados na audição e os superiores nos reflexos visuais.
O pé contém feixes ascendentes e os núcleos rubros, implicados na actividade motora.
A calote dos pedúnculos cerebrais constitui a maior via motora descendente.
A substância nigra está em conexão com os núcleos da base e está envolvida no tónus
e movimento muscular.
Formação Reticular
É constituída por núcleos dispersos por todo o tronco cerebral.
O sistema de activação reticular estende-se para o tálamo e cérebro e mantém o
estado de consciência vigil.
Divisões e Funções do Encéfalo
Tronco cerebral Liga a medula espinhal ao cérebro; Cerebelo Controle do movimento muscular e
diversas funções importantes; tónus; regula a amplitude do
localização dos núcleos dos nervos movimento intencional, envolvido na
cranianos aprendizagem de capacidades motoras
Bulbo Contém feixes nervosos Diencéfalo
ascendentes e descendentes;
centro de diversos reflexos
importantes (p.ex: ritmo cardíaco,
respiração, deglutição, vómito)
Protuberância Contém feixes nervosos Tálamo Principal centro de interface sensorial;
ascendentes e descendentes; influencia o humor e o movimento
interface entre o cérebro e o
cerebelo; centros reflexos
Mesencéfalo Contém feixes nervosos Subtálamo Contém feixes nervosos
ascendentes e descentes; centro
de reflexos visuais; parte das vias
auditivas
Formação Dispersa por todo o tronco Epitálamo Contém núcleos que respondem à
reticular cerebral; controla actividades estimulação olfactiva e contém a pineal
cíclicas como o ritmo sono-vigilia Hipotálamo Principal centro de controlo para a
manutenção da homeostase e
regulação da função endócrina.
Cérebro Percepção consciente, pensamento e
actividade motora consciente; pode
sobrepor-se a muitos outros sistemas
Núcleos da Controle da actividade muscular e
base postura; inibem largamente o
movimento não intencional
Sistema Resposta autonómica ao olfacto,
límbico emoções, humor (funções de carácter
afectivo)
Cerebelo
Pedúnculos cerebolosos superior, médio, inferior
Lobo floculonodular – equilíbrio e movimentos oculares
Porção média
Dois hemisférios laterais – planeamento, prática e aprendizagem de movimento
combinado
(juntamente com córtex cerebral frontal)
Diencéfalo
Tálamo:
o Recebe a maior parte dos estímulos sensoriais
o Influencia o humor e os movimentos do corpo associados ao medo ou raiva.
Subtálamo:
o Envolvido no controlo das funções motoras
Epitálamo:
o Núcleos da habénula – respostas emocionais e viscerais aos odores
o Pineal ou epífise – controle do aparecimento da puberdade e no ciclo
sono/vigília.
Hipotálamo:
o Corpos mamilares – envolvidos nos reflexos olfactivos e respostas emocionais
aos odores
o Infundíbulo – liga-se à neuro-hipófise
o Papel no controle do sistema endócrino
o Recebe estímulos aferentes dos órgãos viscerais, gosto, olfacto, mamilos e
genitais externos
o Envia fibras eferentes ao tronco e medula, onde sinapsam com neurónios do
SNA, outras para músculos da deglutição
o Importante em numerosas funções, todas com implicações emocionais e no
humor. Sensações como o prazer sexual, sentir-se relaxado e “bem” após uma
refeição, a raiva e o medo estão relacionados com o funcionamento.
Funções Hipotalâmicas
Função Descrição
Autónoma Ajuda a controlar o ritmo cardíaco, a saída da urina da bexiga, a progressão dos
alimentos no tubo digestivo e o diâmetro dos vasos sanguíneos
Endócrina Ajuda a regular as secreções da hipófise e influencia o metabolismo, o equilíbrio iónico, e
o desenvolvimento e funções sexuais
Controle muscular Controla os músculos envolvidos na deglutição e estimula movimentos involuntários de
diversos músculos, tais como os calafrios
Regulação da Promove a perda de calor, quando a temperatura hipotalâmica sobe, aumentando a
temperatura produção de suor (hipotálamo anterior) e promove a produção de calor quando a
temperatura hipotalâmica desce, por meio de movimentos involuntários musculares
(calafrios ou arrepios) (porção posterior do hipotálamo)
Regulação da ingestão de O centro da fome promove a necessidade de comer, e o centro da saciedade inibe-a; o
alimentos e água centro de sede leva a beber água
Emoções Assegura um grande leque de influencias emocionais sobre as funções do corpo; está
directamente envolvido nas doenças psicossomáticas e relacionadas com o stresse e,
ainda, com sentimentos de medo e raiva
Regulação do ciclo sono- Coordena respostas ao ciclo sono-vigília com outras áreas do cérebro (p.ex: formação
vigília reticular activadora ascendente)
Cérebro
Lobo frontal – função motora voluntária, motivação, agressão, olfacto e humor
Lobo parietal – principal centro de recepção e avaliação de informação sensorial,
excepto olfacto, ouvido e visão.
Lobo occipital – recepção e integração de estímulos visuais
Lobo temporal – recebe e avalia o olfacto e audição e é importante na memória
Lobo frontal e Lobo parietal – Rego central ou de Rolando
Lobo frontal e Lobo Temporal – Rego de Silvius
Córtex Núcleos da base
Substância cinzenta
Substância branca
Centro oval
Fibras associação Fibras de projecção
Fibras comissurais
Fibras comissurais – forma corpo caloso e transfere informação de um hemisfério para o outro.
Dominante para:
Dominante para: - funções motores
- capacidades espaciais
- linguagem
- capacidades musicais
- capacidade crítica
Núcleos da Base
Substância negra
Sistema Límbico
1. Constituído por partes do córtex cerebral, núcleos da base, táçamo, hipotálamo e
córtex olfactivo.
2. Controla as funções viscerais através da SNA e do sistema endócrino.
3. Implicado nas emoções e memória
4. Parte mais antiga e primitiva do cérebro
5. Associado à sobrevivência básica: aquisição de alimentos e água e reprodução.
6. Principalmente estimulado pelos nervos olfactivos
Meninges
Três membranas do tecido conjuntivo – meninges – envolvem e protegem o encéfalo e
a medula espinhal.
O encéfalo e a espinhal medula são envolvidos pela:
Ventrículos
O SNC forma-se a partir de um tubo oco que pode ser bastante reduzido em algumas
áreas do SNC definitivo e expandido noutras áreas.
O interior desse tubo é formado por uma única camada de células epiteliais – células
ependimárias.
Cada hemisfério cerebral contém uma cavidade relativamente grande – ventrículo
lateral.
Ventrículos laterais estão separados um do outro por finos septos que se dispõem na
linha média abaixo do corpo caloso e habitualmente fundidos um com o outro
constituindo o septo pelúcido.
Terceiro ventrículo é uma cavidade mediana mais pequena, localizada no centro do
diencéfalo entre os dois tálamos.
Ventrículos laterais comunicam com o terceiro ventrículo através de dois buracos
interventriculares (buraco de Monro).
O quarto ventrículo está na parte inferior da protuberância e superior do bulbo, na
base do cerebelo.
Terceiro ventrículo comunica com o quarto ventrículo através de um estreito canal –
aqueduto de Silvius – que atravessa o mesencéfalo.
A função parassimpática consiste na regulação das glândulas, músculos lisos das vísceras e
músculos cardíaco. Estas funções constituem parte do sistema nervoso autónomo.
O nervo patético (IV) é um nervo motor que inerva um dos seis músculos oculares
responsáveis pelo movimento do globo ocular
O trigémeo (V):
Tem funções motoras, propioceptivas e cutaneossensitivas
Inerva os músculos da mastigação, um dos músculos do ouvido médio, um dos
palatinos e dois da garganta.
Para além da propriecepção associada às suas funções motoras, o trigémeo transmite
também as propriecepções da articulação temporomandibular.
A lesão do trigémeo pode impedir de mastigar
Funções sensitivas mais importantes de todos os nervos cranianos
É o único que está implicado na inervação sensitiva cutânea
Os três ramos – oftálmico, maxilar e mandibular – designados por 1ª, 2ª e 3ª divisões – provêm
directamente do gânglio de Gasser (gânglio do trigémeo), que desempenha as mesmas
funções que os gânglios das raízes dorsais dos nervos raquidianos.
Sensorial e motora:
- Ramo mandibular (V3) Buraco oval - Sensorial – para o maxilar superior, dentes e
gengiva de baixo, dois terços anteriores da língua,
mucosa da bochecha, lábio inferior, pele do queixo,
pavilhão auricular e região temporal.
- Motora – para os músculos de mastigação
(masséter, temporal, pterigoideus interno e
externo), palato mole (tensor do véu do palato),
garganta (ventre anterior do digástrico, milo-
hioideu) e ouvido médio (tensor do tímpano)
- Proprioceptiva para os mesmos músculos
VI – Oculomotor externo Fenda esfenoidal Motora – para um músculo do olho (recto externo)
Proprioceptiva – para o mesmo músculo
VII – Facial Meato auditivo interno Sensorial, motora e parassimpática
Buraco estilomastoideu - Sensorial - Sentido do gosto para os dois terços
anteriores da língua, sensorial na parte do ouvido
externo e palato
- Motora para os músculos de expressão facial,
garganta (ventre posterior do digástrico, estilo-
hioideu, e ouvido médio – músculo do estribo)
- Proprioceptiva para os mesmos músculos
- Parassimpática – glândulas salivares
submandibulares e sublinguais, glândula lacrimal,
glândulas da cavidade nasal e palato.
VIII – Estato-acústico ou Meato auditivo interno Sensorial – sentidos especiais do ouvido e do
vestíbulo-coclear equilíbrio
IX – Glossofaríngeo Buraco lácero posterior Sensorial, motora, parassimpática
- Sensorial – sentido do paladar para o terço
posterior da língua, sensitiva para a faringe,
amígdalas, terço posterior da língua, ouvido médio,
seio carotídeo e corpo carotídeo.
- Motora – para um músculo faríngeo
(estilofaríngeo)
- Parassimpática – da glândula salivar parótida e das
glândulas do terço posterior da língua.
X – Vago Buraco lácero posterior Sensitiva, motora, parassimpática
- Sensitiva – para faringe inferior, laringe, órgãos
torácicos e abdominais, sentido do paladar, para a
parte posterior da língua
- Motora – para o palato mole, faringe, músculos
intrínsecos da laringe (produção de voz) e um dos
músculos extrínsecos da língua (palatoglosso)
- Proprioceptiva – para os mesmos músculos
- Parassimpática – para as vísceras torácicas e
abdominais.
XI – Espinhal Foramen magnum ou buraco Motora – para o palato mole, faringe,
occipital esternocleidomastóideo e trapézio.
Buraco lácero posterior Proprioceptiva – para os mesmos músculos
XII – Grande hipoglosso Canal condiliano anterior Motora – para os músculos intrínsecos e extrínsecos
da língua (estiloglosso, hipoglosso, genioglosso) e
músculos da garganta (tiro-hióideu e génio-hióideu)
Proprioceptiva – para os mesmos músculos
Nota:
A propriocepção é uma função sensorial e não uma função motora. No entanto, os nervos
motores dos músculos têm algumas fibras proprioceptivas aferentes desses músculos. Como a
propriocepção é a única informação sensorial transportada por alguns nervos cranianos, esses
nervos continuam a ser considerados “motores”.
O oculomotor externo, ou motor ocular externo (VI), como é patético, é um nervo motor que
inerva um dos seis músculos responsáveis pelos movimentos do globo ocular.
Organização Funcional do Sistema Endócrino
Características Gerais do Sistema Endócrino
Sistema Endócrino é formado por glândulas que segregam sinais químicos para o aparelho circulatório.
As glândulas exócrinas contêm canais, que conduzem as suas secreções até à superfície.
Tanto o sistema endócrino como o sistema nervoso regulam as actividades de determinadas estruturas
do organismo, fazem-no de formas diferentes.
Sistema de frequência modulada – a força do sinal depende da frequência e não da amplitude dos
potenciais de acção. Todos os potenciais de acção têm a mesma amplitude num dado tecido. Uma baixa
frequência de potenciais de acção representa um estímulo fraco e uma alta frequência de potenciais de
acção representa um estímulo forte.
A glicose, que não é uma hormona, regula a secreção de insulina pelo pâncreas.
2. A insulina aumenta a absorção da glicose pelos tecidos, o que diminui os níveis de glicemia
A divisão simpática do sistema nervoso autónomo estimula a glândula supra-renal a segregar epinefrina
e norepinefrina.
Assim que os estímulos de desgaste desaparecem, menos epinefrina é libertada como resultado da
diminuição do estímulo pelo sistema nervoso autónomo.
Regulação Hormonal da Secreção de Hormonas
3. A TSH estimula a secreção de hormonas tiroideias (T3 e T4) pela glândula tiroideia para o sangue.
Feedback Positivo
Feedback Negativo
As moléculas hormonais difundem-se do sangue, através de paredes dos capilares, para os espaços
intersticiais.
Quanto menor for a concentração de hormona livre no sangue, menos se difunde dos capilares
para as células alvo.
Uma diminuição na concentração das proteínas plasmáticas reduz o número das moléculas
hormonais que se ligam às proteínas plasmáticas. Isto aumenta a velocidade com que as
moléculas de hormona livre se difundem dos capilares.
Mais importante, as hormonas que se difundem dos capilares são eliminadas do sangue pelo
rim e pelo fígado.
A eliminação rápida de hormonas do aparelho circulatório reduz a concentração hormonal no
organismo e menos moléculas hormonais ficam disponíveis para se ligarem aos receptores.
Regulação por défice é a diminuição do número de moléculas receptoras no tecido alvo e regulação por
excesso é o aumento do número de moléculas receptoras.
A forma e as características químicas dos locais receptores nas moléculas receptoras são muito
específicas, de modo que certos ligandos podem ligar-se ao local receptor, mas outros não.
A TSH é segregada para o sangue e distribuída por todo o organismo, onde se difunde do sangue para o
líquido intersticial. Contudo, somente as células alvo têm receptores para a TSH. Portanto, apesar de a
TSH ser distribuída por todo o organismo, só as células alvo lhe podem responder.
Regulação por Défice e Regulação por Excesso
A regulação por défice acontece quando o número de receptores para uma hormona diminui nas
células alvo.
Por exemplo, a hormona libertadora da gonadotropina (GnRH) libertada pelo hipotálamo liga-
se a receptores para a GnRH na adeno-hipófise. A combinação da GnRH com os seus receptores
causa a regulação por défice dos receptores para a GnRH de forma que, eventualmente, as
células alvo se tornam menos sensíveis à GnRH.
A regulação por excesso ocorre quando alguns estímulos provocam o aumento do número de
receptores de uma célula alvo para uma dada hormona.
Por exemplo, a FSH actua nas células do ovário para regular por excesso o número de
receptores para LH. Assim, o ovário torna-se mais sensível ao efeito da LH.
Glândulas Endócrinas
Funções do Sistema Endócrino
Principais funções do sistema endócrino:
Metabolismo e maturação dos tecidos
Regulação iónica
Equilíbrio hídrico
Regulação do sistema imunitário
Frequência cardíaca e regulação da pressão arterial
Controlo da glicose e de outros nutrientes no sangue
Controlo das funções reprodutoras
Contracção uterina e produção de leite
Hipófise e Hipotálamo
Hipófise ou glândula pituitária:
Segrega nove hormonas indispensáveis para regular muitas funções do organismo e a
actividade secretora de várias outras glândulas endócrinas.
Hipotálamo e a hipófise são os principais locais de interacção dos sistemas nervoso e endócrino.
Hipotálamo:
Regula actividade secretora da hipófise
A actividade do hipotálamo é, por sua vez, influenciada pelas hormonas, pela informação sensorial que
atinge o sistema nervoso central e pelas emoções.
Morfologia da Hipófise
Situada na parte inferior do hipotálamo e encontra-se ligada a ele por uma haste de tecido
chamada infundíbulo.
Hormona inibidora Pequeno péptido Células da adeno-hipófise que Diminuição da secreção da hormona
da hormona de segregam a hormona de de crescimento
crescimento (GHIH) crescimento
ou somatostatina
Hormona libertadora Pequeno péptido Células da adeno-hipófise que Aumento da secreção da hormona
da tirotropina (TRH) segregam a hormona tiro- tiro-estimulante
estimulante
Hormona libertadora Pequeno péptido Células da adeno-hipófise que Aumento da secreção das hormonas
da gonadotropina segregam as hormonas luteinizantes e folículo-estimulente
(GnRH) luteinizante e folículo-
estimulante
Hormonas da Hipófise
Relação entre Hipotálamo, Neuro-Hipófise e Tecidos Alvo
Hormona antidiurética Pequeno péptido Rim Aumento da reabsorção da água (é perdida menos água sob a forma de urina)
(ADH) ou vasopressina
Ocitocina Pequeno péptido Útero; glândula mamária Aumento das concentrações uterinas; aumento da expulsão de leite pelas glândulas
mamárias; função pouco clara nos homens
Hormona de Proteína A maioria dos tecidos Aumento do crescimento dos tecidos; aumento da captação de aminoácidos e da
crescimento (GH) ou síntese das proteínas; aumento da degradação dos lípidos e libertação dos ácidos
somatotropina gordos das células; aumento da sintese de glicogénio e subida dos níveis de glicemia;
aumento da produção de somatomedina.
Beta-endomorfinas Péptidos Cérebro, mas nem todos Analgesia no encéfalo; inibição da secreção da hormona libertadora das gonadotropinas
os tecidos alvo são
conhecidos
Hormona estimuladora Péptido Melanócitos na pele Aumento da produção de melanina nos melanocitos para tornar a pele mais escura
dos melanócitos (MSH)
Hormona luteinizante Glicoproteína Ovários nas mulheres; Ovulação e produção de progesterona nos ovários; síntese de testosterona e suporte
(LH) testículos nos homens para a produção de espermatozóides nos testículos
Hormona folículo- Glicoproteína Folículos ováricos nas Maturação dos folículos e secreção de estrogénios nos ovários, espermatogénese nos
estimulante (FSH) mulheres; tubos testículos
seminíferos nos homens
Prolactina Proteína Ovários e glândulas Produção de leite nas mulheres durante o período de aleitamento; aumento da resposta
mamárias nas mulheres dos folículos ováricos à LH e FSH; função pouco clara nos homens
Ocitocina
É sintetizada pelos corpos celulares dos neurónios existentes nos núcleos paraventriculares do
hipotálamo e depois transportada ao longo dos axónios para a neuro-hipófise, onde é
armazenada nas terminações dos aónios.
Estimula as células do músculo liso uterino, desempenhando um papel importante na expulsão
do feto durante o parto ao estimular a contracção da musculatura lisa uterina.
Desencadeia a contracção das fibras musculares lisas uterinas em mulheres não grávidas,
nomeadamente durante a menstruação e durante a relação sexual.
o As contracções uterinas têm um papel importante na expulsão do epitélio uterino e de
pequenas quantidades de sangue durante a menstruação e podem interferir no
trajecto dos espermatozóides através do útero depois da relação sexual
Responsável pela expulsão de leite durante a amamentação ao provocar a contracção das
células semelhantes às musculares lisas que rodeiam os alvéolos da glândula mamária.
A distensão do útero, a estimulação mecânica do colo uterino e a estimulação dos mamilos
pelo lactente durante amamentação, activam um reflexo nervoso que estimula a libertação de
ocitocina.
Relação entre a osmolalidade e o volume de sangue, a secreção de ADH e a função renal. Pequenas
variações na osmolalidade do sangue são importantes para a regulação da secreção de ADH. São
necessárias grandes variações no volume do sangue para influenciarem a secreção de ADH.
A redução da ADH diminui a reabsorção de água pelo rim, originando a redução de volume de
água existente no sangue, o aumento do volume da urina e o aumento da osmolalidade do
sangue. O volume de sangue diminui.
Hormonas da Adeno-Hipófise
Actividade secretora da adeno-hipófise é influenciada por hormonas libertadoras ou inibidoras
provenientes do hipotálamo e que atingem o lobo anterior da hipófise através do sistema porta
hipotálamo-hipofisário.
Algumas das hormonas da adeno-hipófise são chamadas trópicas – são libertadas pela adeno-hipófise e
regulam os tecidos alvo e a função secretora de outras glândulas endócrinas.
Hormona de Crescimento (GH) ou somatotropina
Estimula o crescimento da maior parte dos tecidos
Tem um papel importante da regulação do crescimento
Desempenha um papel importante na determinação da altura de cada pessoa.
Regulador do metabolismo
A GH aumenta o número de aminoácidos que entram nas células, favorecendo a sua incorporação em
proteínas.
GH também tem efeitos indirectos em alguns tecidos porque aumenta a produção de certos
polipéptidos, principalmente pelo fígado, mas também pelo músculo esquelético e por outros tecidos.
Polipéptidos = somatomedinas – circulam no sangue e ligam-se a receptores existentes nos tecidos alvo.
Estimulação do crescimento da cartilagem e do osso e o aumento da síntese proteica nos
músculos esqueléticos
Somatomedinas:
Duas hormonas polipeptídicas produzidas pelo fígado:
o Factores de crescimento semelhantes à insulina I e II
Níveis elevados de GH têm um efeito de feedback-negativo sobre a produção de GHRH pelo hipotálamo.
Stress hipoglicemia
o Aumento da hormona libertadora da hormona de crescimento (GHRH)
o Diminuição da hormona inibidora da hormona de crescimento (GHIH)
GH
o Tecido alvo
Aumento da síntese proteica
Aumento do crescimento dos tecidos
Aumento da degradação da gordura
Economia no consumo da glicose
Hormona Tiro-Estimulante
Tirotropina (TSH) = tiroestimulante = hormona tiro-estimulante
Estimula a síntese e a secreção das hormonas tiroideias pela tiroideia.
A TSH é uma glicoproteína que consiste nas subunidades α e β, as quais se ligam aos receptores de
membrana da glândula tiroideia.
A secreção de TSH é controlada pela THR proveniente do hipotálamo e pelas hormonas produzidas pela
glândula tiroideia.
A TRH liga-se aos receptores de membrana das células glandulares da adeno-hipófise e activa as
proteínas G, do que resulta um aumento da secreção da TSH.
Pelo contrário, as hormonas tiroideias inibem a secreção, tanto da TRH como da TSH.
A TSH é segregada de um modo pulsátil e os seus níveis sanguíneos atingem o seu valor mais elevado
durante a noite, mas a uma taxa tal que os níveis sanguíneos das hormonas tiroideias são mantidos
dentro de uma gama estreita de valores.
LH e FSH são libertadas das células da adeno-hipófise por influência da hormona libertadora
hipotalâmica, chamada hormona libertadora das gonadotropinas (GnRH) = hormona libertadora da
hormona luteinizante (LHRH)
Glândula Tiroideia
É composta por dois lobos ligados entre si por uma estreita ponte de tecido tiroideu - istmo
Histologia
Tiroideia contém numerosos folículos, cujas paredes são compostas por uma única camada de células
de tecido epitelial cúbico.
O centro ou lúmen de cada folículo tiroideu é preenchido por uma proteína – tiroglobulina – à qual
estão ligadas as hormonas tiroideias.
Entre os folículos, existe uma delicada rede de tecido conjuntivo laxo que contém inúmeros capilares.
Calcitonina é segregada pelas células parafoliculares e tem a função de reduzir a concentração de cálcio
nos líquidos orgânicos quando os níveis se tornam elevados.
Hormonas Tiroideias
Síntese das hormonas tiroideias:
Os iões de iodo são captados para dentro dos folículos por transporte activo, são oxidados e
ligados às moléculas de tirosina da tiroglobulina
A tiroglobulina é segregada para o lúmen do folículo. As moléculas de tirosina combinam-se
com iodo para formar as hormonas T3 e T4
A tiroglobulina entra para o interior das células e é destruída; a T3 e a T4 difundem-se dos
folículos para o sangue.
Biossíntese das Hormonas Tiroideias
o O iodo é transportado activamente para dentro das células do folículo tiroideu
o A tiroglobulina é sintetizada na célula folicular tiroideia
o Os aminoácidos de tirosina são iodados dentro da molécula de tiroglobulina
o Dois aminoácidos de tirosina iodada, da molécula de tiroglobulina, ligam-se para
formar tetra-iodotironina (T4) ou tri-iodotironina (T3)
o Endocitose da tiroglobulina para a célula folicular
o A tiroglobulina é degradada em aminoácidos, assim como em T3 e T4 difundem-se para
fora do folículo tiroideu e entram no sistema circulatório
Hormonas das Glândulas Tiroideia e Paratiroideia
Hormonas Morfologia Tecidos Alvo Resposta
Glândula Tiroideia
Folículos tiroideus
Hormonas tiroideias Derivado dos A maior parte Aumento da actividade metabólica; essencial para o
(tri-iodotironina e aminoácidos das células do normal processo de crescimento e maturação
tetra-iodotironina) organismo
Células parafoliculares
Paratiroideia
Actividade reduzida das glândulas sudoríparas e Sudação copiosa, pele quente e ruborizada
sebáceas, pele seca e fria
Tiroidite de Hashimoto Doença auto-imune em que a função tiroideia está normal ou deprimida
Tumores – adenoma benigno ou Têm como consequência a secreção normal ou hipersecreção das
neoplasia hormonas tiroideias (raramente hipossecreção
Tiroidite – infecção viral Produz edema doloroso da tiroideia com produção normal ou
ligeiramente aumentada de hormonas tiroideias
Calcitonina
Glândulas Paratiroideias
Estão implantadas na tiroideia
Aumento dos níveis de Ca2+ no sangue é detectado pelas células das glândulas paratiroideias
Ocorre a diminuição da secreção da PTH pelas glândulas paratiroideias
A diminuição da degradação óssea pelos osteoclastos resulta na diminuição da libertação de
Ca2+ pelo osso
A diminuição da reabsorção de Ca2+ pelos rins resulta no aumento da perda de Ca2+ pela urina
A diminuição da síntese de vitamina D activada pelos rins resulta na diminuição da absorção de
Ca2+ pelo intestino delgado
Uma diminuição nos níveis de Ca2+ no sangue acontece porque entra menos Ca2+ no sangue
do que sai
Diminuição dos níveis de Ca2+ no sangue é detectada pelas células das glândulas paratiroideias
Ocorre o aumento da secreção da PTH pelas glândulas paratiroideias
O aumento da degradação óssea pelos osteoclastos origina o aumento da libertação de Ca2+
do osso
O aumento da reabsorção de Ca2+ pelos rins origina a diminuição da perda de Ca2+ na urina
O aumento da síntese da vitamina D activada pelos rins resulta no aumento da absorção de
Ca2+ pelo intestino delgado
O aumento nos níveis de Ca2+ no sangue acontece porque entra mais Ca2+ no sangue do que
sai
Sintomas
Hipocalcemia Hipercalcemia ou normocalcemia; sais de carbonato
de cálcio podem ser depositados em todo o
organismo, especialmente nos túbulos renais (litíase
renal), pulmões, vasos sanguíneos e mucosa gástrica
Diarreia Obstipação
Glândulas Supra-Renais
Encontram-se situadas sobre o pólo superior de cada rim.
As glândulas supra-renais são compostas internamente pela medula e externamente pelo córtex,
estruturas derivadas de tecidos embrionários distintos.
A medula supra-renal tem origem nas células da crista neural, que também vai originar os neurónios
pós-ganglionares da divisão simpática do sistema nervoso autónomo.
Córtex Supra-Renal
Cortisol Esteróide A maioria dos Aumento da degradação da proteínas e gorduras;
tecidos aumento da produção de glicose; inibição da resposta
imunitária
Esteróides Esteróides Muitos tecidos De menor importância nos homens; nas mulheres,
sexuais desenvolvimento de algumas características sexuais
(principalmente secundárias, como os pêlos púbicos e axilares.
androgénios)
Tecido Alvo:
Aumento da libertação de glicose pelo fígado
Aumento da libertação de ácidos gordos pelas reservas de gordura
Aumento da frequência cardíaca
Diminuição do fluxo sanguíneo nos vasos dos órgãos internos e aumento do fluxo sanguíneo
para os músculos esqueléticos e coração
Diminuição da função das vísceras
Aumento da pressão arterial
Aumento da actividade metabólica nos músculos esqueléticos
Hormonas do Córtex Supra-Renal
3. A ACTH liga-se aos receptores de membrana nas células do córtex supra-renal e estimula a
secreção de glicocorticóides, principalmente cortisol
Acidose Alcalose
Cortisol
Hipoglicemia (baixos níveis de glicose no sangue) Hiperglicemia (níveis elevados de glicose no sangue;
diabetes da supra-renal) – conduz à diabetes mellitus
As proteínas e gorduras da alimentação não são Destruição das proteínas dos tecidos, causando
utilizadas, resultando em perda de peso atrofia e diminuição da força muscular, osteoporose,
fragilidade capilar (aparecimento de equimoses com
facilidade), pele fina e dificuldade de cicatrização
das feridas; mobilização e redistribuição das
gorduras, causando depleção de gorduras dos
membros e deposição na face (fácies de lua cheia), no
pescoço (aspecto de búfalo) e no abdómen
Androgénios
Nas mulheres, redução dos pêlos púbicos e axilares Nas mulheres, hirsutismo (excesso de pêlos na face e
no corpo), acne, aumento do impulso sexual, regressão
do tecido mamário e perda de menstruação regulares
Pâncreas
Está situado no espaço retroperitoneal, entre a grande curvatura do estomâgo e o duodeno.
A cabeça do pâncreas está situada junto ao duodeno e o corpo e a cauda estendem-se até ao baço.
Histologia
A porção exócrina do pâncreas consiste num complexo sistema de canais que terminam em
pequenos sacos, os ácinos, que produzem os sucos digestivos pancreáticos
A porção endócrina é formada por ilhéus pancreáticos, ou de Langerhans. Cada ilhéu é
composto por células alfa que segregam glucagina, células beta que segregam insulina e células
delta que segregam somatostatina
Efeito da Insulina e da Glucagina nos Tecidos Alvo
Hormonas do Pâncreas
Tipo de Hormona EsTRUTURA Tecido Alvo Respostas
célULas
Beta (β) Insulina Proteína Especialmente fígado, Aumenta a captação e a utilização de
músculo esquelético, glicose e de aminoácidos
tecido adiposo
Delta (δ) Somatostatina Péptido Células alfa e beta Inibição da secreção de insulina e de
(alguma somatostatina glucagina
é produzida no
hipotálamo)
Hormonas de Reprodução
Hormonas dos Órgãos ReproDUTOres
Hormonas Morfologia Tecidos Alvo Resposta
Testículos
Testosterona Esteróide A maior parte das Interfere na espermatogénese; manutenção da
células função dos órgãos reprodutores; características
sexuais secundárias; comportamento sexual
Ovários
Estrogénios Esteróides A maior parte das Desenvolvimento e função do útero e glândulas
células mamárias; morfologia dos genitais externos;
características sexuais secundárias; comportamento
sexual e ciclo menstrual
Plasma
Composição do Plasma
Componentes do Plasma Função
Água Actua como solvente e meio de suspensão dos componentes do
sangue
Proteínas do Plasma
Albumina Em parte responsável pela viscosidade do sangue e pela pressão
osmótica; actua como tampão; transporte ácidos gordos,
bilirrubina livre e hormonas tiroideias
Globulinas Transporte de lípidos, glícidos, hormonas e iões, como ferro e
cobre; os anticorpos e o complemento estão envolvidos na função
imunitária
Fibrinogénio Envolvido na coagulação sanguínea
Iões
Sódio, Potássio, cálcio,
magnésio, cloro, ferro, Envolvidos na osmose, potenciais de membrana e equilíbrio ácido-
fosfatos, hidrogénio, base
hidróxidos, bicarbonato
Nutrientes
Glicose, aminoácidos, Fontes de energia e componentes básicos de moléculas mais
triacilglicerol, complexas
colesterol
Vitaminas Promovem a actividade enzimática
Produtos de Degradação
Ureia, ácido úrico, Produtos de degradação do metabolismo proteico; excretados
creatinina, sais de pelos rins
amónia
Bilirrubina Produto de degradação dos glóbulos vermelhos; excretada do
fígado para o intestino como componente da bílis
Ácido Láctico Produto final da respiração anaeróbia; convertido em glicose pelo
fígado
Gases
Oxigénio Necessário para a respiração aeróbia, receptor terminal na
cadeia de transporte de electrões
Dióxido de Carbono Produto de degradação da respiração aeróbia; tal como o
bicarbonato funciona como tampão de sangue
Azoto Inerte
Substâncias As enzimas catalizam reacções químicas; as hormonas estimulam
Reguladoras ou inibem muitas funções orgânicas
Elementos Figurados
Glóbulos Vermelhos
Funções do Coração:
Gerir a pressão sanguínea
Dirigir a circulação sanguínea
Assegurar um fluxo unidireccional
Regular o aporte de sangue
Anatomia do Coração
Pericárdio:
É um saco que envolve o coração, composto pelo pericárdio fibroso e pelo
pericárdio seroso.
O pericárdio fibroso ajuda a manter o coração na sua posição anatómica.
O pericárdio seroso reduz a fricção durante o batimento cardíaco e é dividido
nas seguintes partes:
o Folheto parietal – reveste pericárdio fibroso
o Folheto visceral – reveste superfície exterior do coração
o Cavidade pericárdica – entre folhetos parietal e visceral, contém líquido
pericárdico.
Parede Cardíaca:
Tem 3 camadas:
o Externa ou epicárdio (folheto visceral) – confere protecção contra a
fracção entre órgãos.
o Média ou miocárdio – responsável pela contracção
o Interna ou endocárdio – reduz a fricção resultante da passagem do
sangue pelo coração
Superfícies internas das aurículas são praticamente lisas, mas os apêndices
auriculares apresentam umas elevações – músculos pectinatos
Ventrículos têm rugas – trabéculas cavernosas
Aurícula
direita
Veias cavas
Válvula
superior e
tricúspide
inferior
Tecidos
orgânicos Ventrículo
(Circ. direito
Sistémica)
Válvulas
Aorta semilunares
pulmonares
Válvulas
Artéria
semilunares
Pulmonar
aórticas
Artérias
Ventrículo
pulmonares
esquerdo
esq. e dir
Tecido
Válvula Pulmonar
bicúspide (Circ.
Pulmonar)
Aurícula Veias
esquerda Pulmonares
Histologia
Esqueleto do Coração:
O esqueleto fibroso que suporta as aberturas d coração, isola electricamente a
aurícula do ventrículo e proporciona um ponto de inserção do músculo cardíaco.
Músculo Cardíaco:
As células musculares cardíacas são ramificadas e têm um núcleo central
A actina e a miosina estão organizadas para formar sarcómeros
O retículo sarcoplasmático e os tubos T não estão tão organizados como no
músculo esquelético
As células musculares cardíacas são ligadas pelos discos intercalares, que
permitem que os potenciais de acção sejam transmitidos de uma célula para a
seguinte. Assim, as células do músculo cardíaco funcionam como uma
unidade
As células musculares cardíacas têm uma concentração de início lento, mas
prolongado, devido ao tempo necessário para que o cálcio entre e saia da
miofibrilha
O músculo cardíaco é bem suprido de vasos sanguíneos que suportam a
respiração aeróbia
Aerobicamente, o músculo cardíaco consome glicose, ácidos gordos e ácido
láctico, produzindo ATP para a energia. O músculo cardíaco não gera um
consumo de oxigénio significativamente.
Sistema de Condução
Os nódulos SA e AV estão situados na aurícula direita
O nódulo AV está ligado aos ramos do septo interventricular pelo feixe AV
Os ramos do feixe AV dão origem às fibras da rede de Purkinje, que se
estendem pelos ventrículos.
O nódulo SA inicia os potenciais de acção, que se propagam através da
aurícula e provocam a sua contracção.
Os potenciais sofrem um atraso no nódulo AV, permitindo a contracção da
aurícula e a passagem do sangue para os ventrículos.
Quando os potenciais de acção se deslocam pelo feixe AV e respectivos ramos,
para as fibras de rede de Purkinje, provocam a contracção dos ventrículos que
tem inicio no vértice.
Nota:
o AV = Nódulo aurículo-ventrícular
o SA = Nódulo sinusal
Propriedades Eléctricas
Potenciais de Acção
Depois da despolarização e da repolarização parcial, existe um planalto,
durante o qual o potencial de membrana só repolariza lentamente.
A despolarização é causada pelo movimento dos iões de sódio através de
canais de sódio com portão de voltagem.
Durante a despolarização, os canais de K+ com portão de voltagem fecham e
começam abrir os canais com portão de voltagem para o Ca2+
A repolarização parcial resulta do encerramento dos canais de Na+ com portão
de voltagem e da abertura de alguns canais de K+ com portão de voltagem
O planalto existe porque os canais com portão de voltagem para o Ca2+
permanecem abertos
A fase rápida da repolarização resulta do fecho dos canais com portão de
voltagem para o Ca2+ e da abertura de muitos canais de potássio
o Fase de repolarização:
Canais de Na+ fecham
Canais de K+ continuam a abrir
Canais de K+ fecham no final da repolarização e o potencial de
membrana regressa ao seu valor de repouso
Electrocardiograma:
O ECG regista somente a actividade eléctrica do coração.
A despolarização das aurículas produz a onda P
A despolarização dos ventrículos produz o complexo QRS. A repolarização das
aurículas ocorre durante o complexo QRS.
A repolarização dos ventrículos produz a onda T
Tendo por base a magnitude das ondas do ECG e o tempo entre elas, o ECG
pode ser usado para diagnosticar anomalias cardíacas.
Ciclo Cardíaco
O ciclo cardíaco corresponde à contracção e relaxamento repetitivos das câmaras
cardíacas.
O sangue percorre o aparelho circulatório das áreas de alta pressão para as de baixa
pressão. A pressão é produzida pela contracção do coração.
Regulação Extrínseca
O centro cardio-regulador do bulbo raquidiano regula o controlo nervoso
simpático e parassimpático do coração.
Controlo do parassimpático:
o A estimulação parassimpática deve-se ao nervo vago
o A estimulação parassimpática diminui a frequência cardíaca
o Os neurónios pós-ganglionares segregam acetilcolina, que aumenta a
permeabilidade da membrana aos iões de potássio, produzindo a
hiperpolarização desta
Controlo simpático:
o A estimulação simpática advém dos nervos cardíacos
o A estimulação simpática aumenta a frequência cardíaca e a força de
contracção (volume de ejecção)
o Os neurónios pós-ganglionares segregam norepinefrina, que aumenta a
permeabilidade da membrana ao sódio e ao cálcio, produzindo a sua
despolarização
A epinefrina e norepinefrina são produzidas pela medula supra-renal para o
sangue, em resultado da estimulação simpática
o Os efeitos da epinefrina e da norepinefrina sobre o coração são mais
duradouros que os estímulos nervosos
o A epinefrina e a norepinefrina aumentam a frequência e a força de
contracção do coração
Coração e Homeostase
Efeitos da Pressão Arterial
Os barorreceptores monitorizam a pressão arterial
Em resposta ao aumento na pressao arterial, os reflexos barorreceptores
aumentam a estimulação simpática e diminuem a parassimpática a nível do
coração, do que resulta um aumento da frequência e da força de contracção do
coração
Dos capilares até ao coração, o sangue passa por vénulas, pequenas veias e grandes
veias.
Capilares
Todo o aparelho circulatório é revestido com epitélio pavimentoso simples, chamado
endotélio.
Os capilares são envolvidos pelo tecido conjuntivo laxo, a adventícia, que contém
células pericapilares.
O sangue circula nas arteríolas para as meta-arteríolas e depois para a rede capilar.
As vénulas drenam a rede capilar.
O músculo liso das arteríolas, meta-arteríolas e esfíncteres pré-capilares regula
o fluxo sanguíneo para os capilares
O sangue pode circular rapidamente pelos canais anastomóticos
Vaso Vasorum
Os vasa vasorum são vasos sanguíneos que irrigam a túnica adventícia e a túnica
média.
Nervos
As paredes da maioria dos vasos sanguíneos são intensamente inervadas por fibras
nervosas simpáticas não mielinizadas.
As pequenas artérias e as arteríolas são mais inervadas que outros tipos de vasos
sanguíneos
De cada pulmão saem duas veias pulmonares que se dirigem para a aurícula
esquerda.
Aorta
Todas as artérias da circulação sistémica derivam directa ou indirectamente da aorta
A aorta abdominal tem vários ramos que irrigam os órgãos e a parede abdominal.
Artérias coronárias
Irrigam o coração
Artéria da Cabeça e Pescoço
O tronco braquiocefálico, as artérias carótidas primitiva esquerda e subclávia esquerda
são ramificações da crossa da aorta destinadas a irrigar a cabeça e os membros
superiores.
Artérias da Bacia
Artérias Tecidos Irrigados
Ilíaca interna Bacia através dos ramos mencionados abaixo
Ramos viscerais
Hemorroidária média Recto
Vaginal Vagina e útero
Uterina Útero, vagina, trompa de Falópio e ovário
Ramos Parietais
Sagrada externa Sacro
Glútea superior Músculos da região glútea
Obturadora Região púbica, músculos profundos da região inguinal e
articulação da anca
Pudenda interna Recto, genitais externos e pavimento pélvico
Glútea inferior Região glútea inferior, cóccix e coxa proximal
Veias do Tórax
Veias Tecidos Drenados
Veias Cava Superior
Tronco Venoso Braquiocefálico
Veia ázigos Lado direito da parede posterior do tórax e abdómen;
esófago, brônquios, pericárdio e mediastino
Hemiázigos Lado esquerdo da parede posterior do tórax e
abdómen; esófago e mediastino
Hemiázigos acessória Lado esquerdo da parede póstero-superior do tórax
Sistema Porta
Veias Tecidos Drenados
Porta
Mesentérica superior Intestino delgado e grande parte do cólon
Esplénica Baço
Mesentérica inferior Cólon descendente e recto
Pancreática Pâncreas
Gastroo-epiplóica esquerda Estômago
Gástrica Estômago
Cística Vesícula biliar
Pressão Arterial
A pressão arterial mede a força exercida pelo sangue de encontro às paredes dos
vasos sanguíneos. É devido à pressão arterial que o sangue circula através dos vasos
A pressão arterial pode ser medida pelos sons de Korotkoff produzidos pelo fluxo
turbulento nas artérias quando é aliviada a pressão exercida sobre elas pela
braçadeira.
Trocas Capilares e Regulação do Volume de Líquido Intersticial
A pressão do sangue, a permeabilidade capilar e a osmose afectam o movimento de
líquidos através dos capilares.
Trocas gasosas
Controlo do pH do sangue
Fonação
Olfacto
Protecção
Nariz
Composto por:
Pirâmide nasal
Fossas nasais (cavidade nasal)
Vestíbulo:
Revestido por epitélio pavimentoso estratificado
Pavimento da cavidade nasal constituído por palato duro – lâmina óssea revestida
por mucosa que separa a cavidade nasal da cavidade oral.
Nas paredes laterais da cavidade nasal existem três cristas – cornetos – alteram a
sua morfologia.
Faringe
É comum ao aparelho digestivo e respiratório.
Laringe
É constituída por um invólucro exterior de nove cartilagens interligadas por músculos e
ligamentos.
Cartilagem:
Existem três cartilagens ímpares.
A tiroideia e a cricoideia constituem grande parte da laringe
A epiglote fecha a abertura da laringe durante a deglutição
Existem seis cartilagens emparelhadas
As cordas vocais ligam-se às cartilagens aritnoideias
O som é produzido pela vibração das cordas vocais, à medida que o ar passa pela
laringe. O estiramento das cordas vocais produz sons de tons diferentes, controlando
a porção da corda vocal que pode vibrar.
Traqueia
É um tubo membranoso constituído por tecido conjuntivo denso e músculo liso.
A parede posterior da traqueia não tem cartilagem e é constituída por uma membrana
ligamentosa e por músculo liso – músculo traqueal.
A traqueia está revestida por uma mucosa constituída por epitélio cilíndrico
pseudoestratificado ciliado com muitas células caliciformes.
Árvore Traqueobrônquica
Árvore traqueobrônquica engloba todas as vias aéreas a partir da traqueia.
Cada pulmão tem uma forma cónica de base inferior, apoiada no diafragma e vértice
ou apéx superior
Hilo encontra-se na face interna de cada pulmão e é o local de entrada ou saída das
estruturas da raiz do pulmão, constituída pelos brônquios principais, vasos sanguíneos,
vasos linfáticos e nervos.
Cavidade torácica é o espaço delimitado pela parede torácica e pelo diafragma, que
separa a cavidade abdominal.
O topo da cúpula é constituído por uma zona plana de tecido conjuntivo – centro
frénico.
Pleura
Os folhetos pleurais envolvem os pulmões e protegem-nos das forças de fricção.
Irrigação sanguínea
O sangue desoxigenado é transportado aos pulmões pelas artérias pulmonares, o
sangue oxigenado sai dos pulmões pelas veias pulmonares.
Uma compliance reduzida significa que a expansão pulmonar é maus difícil do que o
normal.
Espaço morto é a porção do aparelho respiratório na qual não se dão trocas gasosas.
A PO2 no sangue arterial diminui (PO2 de 95mmHg) devido à mistura com sangue
desoxigenado
O oxigénio sai dos capilares periféricos (PO2 de 95mmHg) para os tecidos (PO2 de
40mmHg)
O dióxido de carbono sai dos capilares alveolares (PCO2 de 45mmHg) para os alvéolos
(PCO2 de 40mmHg)
A hemoglobina que libertou oxigénio tem mais afinidade para se ligar ao dióxido de
carbono, do que aquela que ainda tem oxigénio ligado (efeito Haldane)
Nos capilares dos tecidos, o dióxido de carbono combina-se com a água que está
dentro dos eritrócitos para formar ácido carbónico que se dissocia em iões bicarbonato
e iões hidrogénio.
Alterações da Ventilação
Controlo cerebral e sistema límbico
A respiração pode ser controlada voluntariamente e modificada pelas emoções
A diminuição dos níveis de oxigénio é detectada por receptores localizados nos corpos
aórtico e carotídeos, que vão estimular o centro respiratório.
Reflexo de Hering-Breuer
A distensão pulmonar que ocorre durante a inspiração pode inibir o centro respiratório
e contribuir para interromper a inspiração.
Aparelho Digestivo
Anatomia do Aparelho Digestivo
Aparelho digestivo é constituído pelo tubo digestivo, que se estende da boca ao
ânus, e pelas glândulas anexas que segregam fluidos para o tubo digestivo.
Mucosa
A mucosa é constituída pelo epitélio mucoso, pela lâmina própria e pela muscularis
mucosae ou mucosa muscular.
Submucosa
É uma camada de tecido conjuntivo que contém o plexo submucoso (parte do plexo
intramural), vasos sanguíneos e pequenas glândulas.
Muscular
É constituída por uma camada interna circular e uma camada externa longitudinal do
músculo liso.
Serosa ou adventícia
Forma a camada mais externa do tubo digestivo
O tubo digestivo produz outras substâncias químicas que exercem um controlo local
da digestão
Peritoneu
É uma membrana serosa que reveste a cavidade e os órgãos abdominais
Cavidade oral
Os lábios e a região malar estão implicados na expressão facial, na mastigação e na
fala.
Existem 20 dentes decíduos ou de leite que são substituídos por 32 dentes definitivos.
Os dentes dividem-se em incisivos, caninos, pré-molares e molares
Um dente é constituído pela coroa, pelo colo e pela raiz
A raiz é composta por dentina. A câmara pulpar está revestida por dentina e
contém a polpa, vasos sanguíneos e nervos. A coroa é composta por dentina
revestida por esmalte
Os dentes estão fixos aos alvéolos pelos ligamentos peridontais
Faringe
Constituída por:
Nasofaringe
Orofaringe
Laringofaringe
Esófago
O esófago une a faringe ao estômago.
O esófago é constituído por uma túnica externa adventícia, uma túnica muscular
(longitudinal e circular), uma túnica submucosa (com glândulas mucosas) e uma túnica
de epitélio pavimentoso estratificado
Deglutição
Durante a fase voluntária da deglutição, o bolus de alimentos é removido pela língua
da cavidade oral para a faringe.
Histologia do estômago
A parede do estômago é constituída por:
Uma camada serosa externa
Uma camada muscular (longitudinal, circular e obliqua)
Uma camada submucosa
Epitélio cilíndrico simples (células mucosas da superfície)
As fovéolas gástricas são aberturas das glândulas gástricas que contêm as células
mucosas do colo, as parietais, as principais e as endócrinas.
Secreções gástricas
O muco protege o revestimento gástrico
A fase gástrica inicia-se com a distensão do estômago, que vai estimular a secreção
de gastrina, activar o SNC e os reflexos locais que promovem a secreção.
A fase intestinal é iniciada pela presença do quimo ácido no duodeno que estimula os
reflexos nervosos e a secreção de hormonas que inibem as secreções gástricas.
Movimentos do Estômago
O estômago distende-se e relaxa-se para aumentar a sua capacidade.
Fígado
Anatomia do Fígado
O fígado é composto por quatro lobos:
Lobo direito
Lobo esquerdo
Caudado
Quadrado
O fígado está dividido em lóbulos.
Os cordões hepáticos são compostos por colunas de hepatócitos separadas
pelos canalículos biliares.
Os sinusóides são grandes espaços preenchidos por sangue e revestidos por
endotélio e células hepáticas fagocitárias.
Histologia do Fígado
Os lóbulos são irrigados pelo sistema porta:
As artérias hepáticas e as veias porta conduzem o sangue para os lóbulos e
drenam para os sinusóides.
Os sinusóides são espaços engorgitados de sangue e drenam para as veias
centrais que se unem para formar as veias hepáticas que deixam o fígado
Os canalículas biliares convergem para formar os canais hepáticos que saem
do fígado.
Funções do Fígado
O fígado produz bílis que contém sais biliares que emulsionam as gorduras.
Vesícula Biliar
A vesícula biliar é uma pequena formação sacular localizada na face inferior do fígado.
Pâncreas
É uma glândula endócrina e exócrina.
A sua função exócrina consiste na produção de enzimas digestivas
Intestino Grosso
O cego forma um fundo de saco na união entre o intestino delgado e grosso.
O canal anal é circundado pelo esfíncter anal interno (constituído por músculo liso) e
pelo esfíncter anal externo (constituído por músculo esquelético)
O movimento das fezes através do esfíncter anal interno é reflexo, mas a regulação do
movimento das fezes através do esfíncter anal externo é voluntária
Aparelho Urinário
Funções do Aparelho Urinário
Filtragem do sangue
Regulação do volume sanguíneo
Regulação da concentração de solutos no sangue
Regulação do pH do liquido extracelular
Regulação da síntese dos glóbulos vermelhos
Sínteses de vitamina D
Cada rim é envolvido pela cápsula renal e pela gordura peri-renal; a fáscia renal
envolve cada rim e fixa-o à parede abdominal.
O hilo, na face mediana de cada rim, onde os vasos sanguíneos e os nervos entram e
saem do rim, abre para o seio renal composto por gordura e tecido conjuntivo.
Os pequenos cálices abrem nos grandes cálices que, por sua vez, abrem no bacinete.
Este dá origem ao ureter.
O glomérulo é irrigado por uma arteríola aferente e drenado por uma arteríola
eferente.
Função:
Os ureteres transportam a urina dos rins para a bexiga
A bexiga armazena a urina
Os ureteres são tubos que transportam a urina dos rins até à bexiga.
Junção da uretra com a bexiga, o tecido conjuntivo elástico e o músculo liso retêm a
urina na bexiga até à pressão no seu interior aumentar o suficiente para forçar a saída
de urina.
O tecido elástico e o músculo liso formam o esfíncter uretral interno nos homens
O esfíncter uretral externo é constituído por músculo esquelético que circunda a
uretra.
Produção de Urina
Filtração
O filtrado renal é composto por plasma sem células sanguíneas ou proteínas. A maior
parte do filtrado (99%) é reabsorvida.
Reabsorção Tubular
O filtrado é reabsorvido por transporte passivo, incluindo as difusões simples e
facilitada, transporte activo e co-transporte do nefrónio para os capilares peritubulares.
Substâncias transportadas:
O transporte activo mobiliza principalmente sódio através da parede do
nefrónio. Outros iões e moléculas são transportados principalmente por co-
transporte
O transporte passivo move água, ureia e compostos lipossolúveis não-polares
Cálculo das Taxas de Fluxo Renal
Substância Quantidade Cálculo
por Minuto
(mL)
Débito Renal 1176 5600 ml sangue/min x 0,21 = 1176 ml sangue/min
PCG 45mmHg
POC -28mmHg
PHC -10mmHg
Pressão de Filtração = 7mmHg
Secreção Tubular
As substâncias entram nos túbulos proximal ou distal e nos tubos colectores.
Produção de urina:
No túbulo proximal, o Na+ e outras substâncias são removidos por transporte
activo. A água segue-o passivamente, o volume do filtrado é reduzido em 65%
e a sua concentração atinge 300mOsm/L
No ramo descendente da ansa de Henle a água sai passivamente e entram
solutos. O volume de filtrado é reduzido mais 15% e a sua concentração passa
para 1200mOsm/l
No ramo ascendente da ansa de Henle o Na+, o Cl- e o K+ são reabsorvidos
do filtrado, mas a água é mantida porque este segmento do nefrónio lhe é
impermeável. A concentração do filtrado é de 100mOsm/l
No túbulo distal e no tubo colector a saída de água é controlada pela ADH. Na
sua ausência, a água não é reabsorvida e a urina produzida é diluída. Em
presença da ADH, a água sai do nefrónio e é produzida urina concentrada.
Auto-Regulação
Minimiza as variações da pressão arterial sistémica alterando o diâmetro da arteríola
eferente.
Trajecto da Urina
Fluxo de urina pelo Nefrónio e Ureteres
A pressão hidrostática impulsiona a urina ao longo do nefrónio
Reflexo da Micção
A distensão vesical estimula um reflexo que faz com que a bexiga se contraia e inibe
os esfíncteres urinários