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A prescrição deve se basear no ambiente de uso, estado atual do indivíduo, necessidades funcionais,
prioridades, experiência ortótica, cognição, psicossocial, recursos financeiros, itens ligados à órteses
(exemplo: HKAFO trava no joelho)
Cuidados terapêuticos antes do uso: aplicação de toxina botulínica, cirurgia em alterações posturais
muito acentuadas, função respiratória do paciente pois tem órteses que demandam muita resistência
por parte do paciente
Confecção:
Molde (várias formas de fazer, normalmente avalia ADM, força muscular, equilíbrio)
Materiais do molde: papel, gesso ou outros tipos de tecido
Levar em consideração o sistema de alavanca -> quanto maior a área de contato, menor será a
pressão na região. Exemplo: Normalmente órteses tipo afo o padrão é 3 cm abaixo da cabeça
fíbula.
Classificação com base na articulação envolvida, superfície de contato (volar ou dorsal), função, rígido
ou flexível, estática ou dinâmica
EWHO = Elbow Wirst Hand Orthoses - Órtese para cotovelo, punho e mão.
Colar de Thomas ou Schanz: dá para controlar a altura. Mas não dá para controlar o movimento
no plano sagital. Indicado em casos de emergência. É feito de espuma ou de plástico mais
flexível. Não restringe movimentos de cervical alta e restringe minimamente a cervical baixa.
Indicação: imobilização provisória em casos de emergência ou pós-operatório de cirurgia de
coluna.
Colar Philadelphia: órtese bivalvada, é um material bem rígido, sendo que os lados anterior e
posterior são juntos por meio de um velcro. Possui uma abertura na frente por conta de
pacientes traqueostomizados. Restringe movimentos de flexo-extensão e rotação. Indicação:
fratura menores do áxis e do atlas, fraturas mínimas do corpo ou processo espinhoso das
vértebras cervicais e nos pós-operatório. Ex: artrodese.
Colar Miami Jackson: adaptação do Philadelphia: órtese cérvico-torácico permite análise do pulso
carotídeo, possibilita resistência aos movimentos no plano sagital. Indicação: lesões estáveis da
coluna cervical. Ex: fratura do atlas.
Órteses toracolombares:
ÓRTESES DE HIPEREXTENSÃO TORACOLOMBAR: com sistema de 3 pontos de apoio. Indicadas para lesões
vertebrais na região e imobilização em flexão anterior de tronco.
Taylor (garante mais estabilidade, restringe a escápula). Material: metal, couro, termoplástico.
Limita a flexão e extensão de tronco. Indicação: Indicado para tratamento de escoliose, limita a
escápula, serve também para sustentação de alterações estruturais na coluna torácica e lombar.
Órteses lombosacrais:
Objetivo de estabilização e imobilização lombossacra. Pode ser pré-fabricada ou em molde. Os materiais
são variados, podem ser flexíveis, semirrígidos ou rígidos.
Colete de Putti : algodão, polímero e plástico com fecho de velcro. Indicação: hérnia de disco,
osteoporose avançada, osteoartrite, espondilolistese, ou até lesão medular (mas neste caso é
instável).
Williams (parte lateral e anterior flexíveis, limitam a hiperextensão.) Sobreposição anterior (o
velcro é na parte anterior, pode ser utilizada em casos de faturas lombares)
Classificações:
Materiais: Pode ter cinto pélvico ou não. Pode ter travas para determinados movimentos.
Indicação: em casos de lesões medulares de lombar alta. Pessoas sem controle abaixo do quadril,
valgo ou varo de joelho e luxação de quadril.
- KAFO: cruropodálica (órtese longa)
Materiais: metal, velcro, palmilha, revestimento interno. Pode ser articulada ou não.
Indicações: em casos de lesão medular de lombar baixa. Pacientes com controle abaixo do quadril, que
não precisam do controle pélvico e para alinhar valgo e varo de joelho.
Tem 3 tipos:
1. Fixa: rígida, não tem articulação, impede os movimentos. Indicada em caso de hipotonia,
quando deseja ganhar ADM, pé equino.
2. Articulada: indicada para pessoal com deambulação ativa (mas pode ter o pé equino), permite baixo
grau de dorsiflexão e restringe a plantiflexão.
2. Reação ao solo: impede a anteriorização da tíbia. Indicada para marcha em Crouch ou
diparética. Permite a plantiflexão e restringe a dorsiflexão.
RGO:
- RGO (PARAWALKER): (convencional porque possui hastes metálicas)
Características: Possui ponto de fixação que facilita direcionamento dos passos sem rotações.
Articulação de quadril robusta, é ajustável de acordo com a ADM necessária. Alguns modelos
permitem o uso de calçados. Pode ter ou não articulação de tornozelo ou pode ser fixa. Possui
faixas anteriores e precisa de dispositivos auxiliares para realizar a marcha, os cabos podem ser
de aço. Além disso, possui travas em anel, pneumática, em gatilho ou suíça (tanto no joelho
como no quadril).
Indicação: lesões medulares toracolombares e tem que ter algum controle de tronco, além disso pode
ser utilizado em caso de espinha bífida.
- RGO ARGO: Características: Calçados: ortíscos: palmilhas de compensação, haste laterais, cinto
pélvico, colete torácico, articulação ortésicas de estabilização do joelho.
Composta por KAFO componente pélvico com articulação de quadril unidos por um único cabo de
reciprocação, além de AFOs termoplásticos fixadas a hastes que se ligam com as articulações de joelho
e quadril. Permite flexão simultânea do quadril, marcha mais próximo do fisiológico.
Indicação: Níveis medulares mais baixos, mielomeningocele, poliomielite e para uso de terrenos.
Permite flexão simultânea de quadril. A marcha é mais próxima do fisiológico.
Walkabout: composta por 2 KAFOs unidas medialmente por uma unidade de reciprocação que
pode ser removida. Facilita o direcionamento dos passos sem ocorrer rotações ou desvios.
Marcha mais funcional. Indicação: Lesão medular, para pacientes sem estabilidade de tronco
PALMILHAS: Podem ser feitas de plástico, gel de silicone, coro... A produção pode ser em série
ou sob-medida. Podem ser 2 tipos:
- Compressão neural
- Evitar complicações
- Facilitar a aceitação