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História
A colonização do Vale do Itajaí começou no século XIX. O Brasil estava sendo invadido
por espanhóis e o governo brasileiro, preocupado com essa situação, resolveu
colonizar o interior de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul com alemães, prometendo
a eles terra plana, pronta para plantar e barata.
Na Alemanha, essas pessoas eram empregados e com a comercialização dos tratores,
veio o desemprego.
Como eles não tinham terra e viviam nas dos seus empregadores, pegavam seus filhos
e vinham pro Brasil. A viagem demorava de dois a três meses e o ponto de chegada
era Blumenau.
As mulheres ficavam nas casas de passagem com os filhos, enquanto os homens iam
para o interior escolher os seus lotes, desmatar e construir suas casas que eram de
palmito, amarradas com cipó preto.
Eu, Olivia do blog Olivia Garimpando por ai e Regina Oki do blog Turista Fulltime na primeira
casa da Familia Seiwert – Imagem: Daniela Cascardo
As primeiras 17 famílias de alemães chegaram a Blumenau em 2 de setembro de 1850,
trazidas pelo Dr. Blumenau, um farmacêutico alemão, que requereu as terras junto à
Província de Desterro (atual Florianópolis).
Regina Oki do blog Turista Fulltime, Silvio Bodenmuller da Gertrude Wagen, eu e Olivia Souza
Cruz do blog Olivia Garimpando por ai – Imagem: Daniela Cascardo
A rota enxaimel foi criada para contar como viviam e vivem muitos dos pomerodenses
desde o início dessa história.
A técnica enxaimel, para quem não sabe, é uma técnica de construção, aonde as
paredes são montadas com vigas de madeira em posições horizontais, verticais ou
inclinadas.
Imagem: Daniela Cascardo
É algo incrível de se ver e imaginar.
Pelo caminho da rota, vemos várias casas no estilo enxaimel, onde as paredes de
madeira são marcadas com números, em romanos, para que, caso as famílias não
gostem de onde foram “montadas”, possam ser desmontadas e montadas em outro
lugar. Impressionante, não?
Para que você identifique exatamente o que estou contando aqui, você pode visitar:
A casa Radünz
Fomos recebidos pela Sra. Iracema, filha dos primeiros donos e moradora atual da
casa, que contou toda a história e nos mostrou pertences que estão lá desde a
construção.
E as boas-vindas foram dadas em alemão. Lindo de se ver!
A casa Radünz vista de lado – Imagem: Daniela Cascardo
A casa foi tombada pela Unesco e, por esse motivo, eles têm que mantê-la em ótimo
estado. Assim, são cobrados R$15,00 adulto e R$5,00 crianças para a sua manutenção.
Além disso, eles contam com uma mini fazendinha e venda e degustação de licores,
queijos e salames.
Sotão Casa Radünz – Imagem: Daniela Cascardo
Karsten
Logo que chegamos à Pomerode, nos contaram que a cidade possui muitas indústrias
e que as maiores seriam a Karsten e a Kyly, que ficam na estrada que leva a Blumenau.
E, para vermos de perto essa potência que é a Karsten, estivemos na sua mais nova
loja de fábrica, que inaugurou a apenas um mês.
A ideia é que nós, consumidores, possamos ver de perto como funciona a fábrica e a
sua preocupação com a qualidade, com o meio ambiente, com os quase 3000
funcionários e assim, trazendo produtos incríveis para nós.
Imagem: Daniela Cascardo
Por isso, já na entrada, vemos um tear, que está ali “trabalhando” durante todo o
tempo, produzindo o carro chefe que é a toalha Lumina.
Algumas curiosidades:
Os produtos comercializados na loja terão o mesmo preço do mercado, mas alguns só
são vendidos ali, ou seja, são exclusivos da loja de fábrica.
A Karsten produz o seu próprio fio, comprando algodão do Mato Grosso. Com isso,
não é necessário importar o fio egípcio e a produção é 100% brasileira.
As comidas e bebidas vendidas na cafeteria, são de receitas alemãs, ou seja, você não
encontrará refrigerantes ou mate, por exemplo.
Existe uma ponta de estoque na loja, com preços incríveis, mas com pequenos
defeitos. Às vezes, imperceptíveis.
Onde fica: Rua Werner Duwe, 5204 – Testo Salto – Blumenau
Instagram: @karstenblumenau
Alambique Enxaimel
Você pode conhecer o Alambique Enxaimel e descobrir a cachaça de melado, ou seja, a
aguardente Enxaimel.
O processo conta com a mistura de melado, água e fermento, que fica fermentando
de 24 a 36 horas, dependendo do clima.
Depois são separados, durante a destilação, o álcool puro que é usado para limpeza, a
cachaça boa e a cachaça fraca, que é dispensada.
De uma dorna com 450 litros, você só consegue tirar de 50 a 55 litros de cachaça boa!
Impressionante!
Imagem: Daniela Cascardo
Durante a visita, você pode degustar vários rótulos deles e são mostrados, também,
toda a parte de maquinário que é usada durante esse processo.
Imagem: Daniela Cascardo
Ficou com vontade? É só fazer o seu pedido pelo site www.alambiqueenxaimel.com.br
Onde fica: Rua dos Atiradores, 5878
Instagram: @alambiqueenxaimel
Kyly
Conhecida por suas roupas infantis, a Kyly conta com uma super loja na Rota do
Imigrante.
E atenção papais e mamães! As peças já são remarcadas, mas, quando estivemos lá,
estava com uma promoção de 70%.