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O processo de traumatização está intimamente ligado às mudanças no sistema

nervoso autônomo e endócrino do corpo. Trauma pode se referir a eventos ou


situações que causam uma resposta de estresse significativa e muitas vezes
desencadeiam uma resposta física, emocional e psicológica intensa.

1. Sistema Nervoso Autônomo (SNA):


 O trauma pode ativar a resposta de "luta ou fuga" do sistema
nervoso autônomo, desencadeando a liberação de hormônios
como a adrenalina e a noradrenalina. Esses hormônios preparam o
corpo para lidar com a ameaça, aumentando a frequência
cardíaca, a pressão sanguínea e a produção de energia.
 Se o trauma é crônico ou grave, pode resultar em disfunção do
sistema nervoso autônomo. Isso pode levar a distúrbios como
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), onde a regulação do
sistema nervoso autônomo está comprometida, levando a
sintomas como hipervigilância, flashbacks e dificuldade em regular
as emoções.
2. Sistema Endócrino:
 O estresse causado pelo trauma desencadeia a liberação de
hormônios do estresse, como o cortisol, que é produzido pelas
glândulas suprarrenais. O cortisol desempenha um papel crucial
na regulação da resposta ao estresse, ajudando o corpo a lidar
com a situação desafiadora.
 No entanto, exposição crônica ao estresse ou eventos traumáticos
persistentes pode resultar em disfunção endócrina. O sistema
endócrino pode se tornar hiperativo, levando a níveis elevados e
prolongados de cortisol, o que está associado a problemas de
saúde mental, como ansiedade, depressão e alterações no sono.

Trauma frequentemente desregula a resposta natural do corpo ao estresse,


afetando tanto o sistema nervoso autônomo quanto o endócrino. Essas
mudanças podem ter impactos de longo prazo na saúde mental e física das
pessoas afetadas pelo trauma. O tratamento geralmente envolve abordagens
que visam a regulação do sistema nervoso e endócrino, como terapias,
intervenções médicas e estratégias de autocuidado.

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