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Procedimentos Estéticos

Lipocavitação
O termo, também conhecido como ultracavitação, ou apenas cavitação, é o mecanismo
pelo qual alguns tipos de ultrassom destroem as células de gordura. Funciona da
seguinte maneira: o aparelho de ultrassom emite uma onda sonora inaudível capaz de
penetrar na pele e chegar até os adipócitos (células de gordura). Ela age como o tremor
de um terremoto nas células. Essa agitação, que é a chamada cavitação, causa um dano
físico nas células, que se quebram e liberam a gordura do seu interior. Quando a
membrana é rompida, a gordura (ou triglicerídeo, o conteúdo dessa célula) se divide
em outras duas substâncias: ácidos graxos livres e glicerol. Esse último se converte em
água, sendo eliminado normalmente pelo organismo. O ácido graxo livre, por sua vez,
é reaproveitado pelo corpo como energia.
Há risco para a saúde?
Não, desde que o tratamento seja feito conforme o protocolo e numa clínica confiável.
Mas um possível aumento do colesterol é sempre questionado nesse tipo de
procedimento. Como explicado acima, quando ocorre a quebra da molécula de gordura,
ela se divide em duas substâncias. O ácido graxo livre, que poderia causar um aumento
do colesterol, não cai na corrente sanguínea. Ele é transportado via sistema linfático
para o fígado ou para outras células, onde são reaproveitados pelo organismo como
energia.
Todos os equipamentos de ultrassom podem fazer a lipocavitação?
Não. Para que ocorra a cavitação, é preciso que o aparelho trabalhe em determinada
frequência de onda: de 20 a 70 quilohertz. Alguns operam com ondas em frequências
mais altas (medidas em megahertz) e, por isso, não têm a capacidade de romper as
células de gordura de forma efetiva. Nesses casos, apenas a água do interior dos
adipócitos é liberada. Esse tipo de ultrassom diminui o tamanho da célula. Então, pode
até acontecer a perda de medidas, mas causada pela perda de água, e não de gordura.
Para quem é indicada a lipocavitação?
A lipocavitação remodela o contorno do corpo e ajuda a diminuir a gordura localizada.
Por isso, é indicada para quem está no peso ideal, que tenha um sobrepeso leve ou focos
de gordura. Não é recomendado este tratamento nos braços, pois pode causar flacidez.
O método também não serve para mulheres que desejam emagrecer mais de cinco
quilos, pois não há perda de peso, apenas medidas.
Quem não deve fazer
A lipocavitação não deve ser feita por mulheres grávidas ou por pessoas que sofrem de
obesidade, ou que tenham pressão alta, doenças cardíacas, como arritmia cardíaca
grave, doenças hepáticas, gordura no fígado, colesterol alto, diabetes, doenças renais,
além de flebite, epilepsia ou condições psiquiátricas graves.
Esse procedimento também não é recomendado para pessoas que possuem próteses,
placas ou parafusos metálicos no corpo, varizes ou processos inflamatórios na área a
ser tratada. Pode-se realizar o procedimento durante a menstruação, no entanto, pode
ocorrer um aumento no fluxo menstrual.
Ultrassom
O ultrassom na estética está dentro da área da eletroterapia, que reúne uma série de
procedimentos realizados com equipamentos elétricos ultra modernos, os quais
oferecem diversos benefícios para os pacientes que buscam os tratamentos estéticos.
O ultrassom usado com fins estéticos oferece benefícios para o remodelamento corporal.
O equipamento do ultrassom emite ondas sonoras acima da frequência audível que
promovem sucedidas micro vibrações com capacidade de romper ou esvaziar as
moléculas de gordura (adipócitos) da região tratada.
Além disso, com várias aplicações do procedimento, o ultrassom também proporciona
o estímulo de colágeno e elastina pelo organismo, rejuvenescendo os tecidos e
melhorando a aparência da pele de forma geral.
Resumidamente, as ondas direcionadas pelo equipamento atuam na região tratada,
elevando a temperatura dos tecidos e induzindo a necrose (morte celular por
aquecimento) ou a lipólise (degradação da gordura).
Geralmente, o esteticista indica o ultrassom para gorduras localizadas para camadas
adiposas de 2cm ou mais de espessura. Portanto, é possível concluir que o ultrassom
estético funciona emitindo ondas sonoras capazes de atuar na eliminação de gordura
localizada, na remodelação do corpo e na redução de medidas em um curto período de
tempo.
Quais as ações do procedimento no corpo?
Há uma série de mecanismos de ação que o ultrassom estético causa no corpo do
paciente. Confira quais são eles:
 A ponteira do equipamento emitirá as ondas sonoras na região ser tratada
gerando um efeito térmico (calor) nas camadas de tecido mais profundas a fim
de promover a quebra das moléculas de gordura, facilitando a sua eliminação
pelo sistema linfático;
 O efeito mecânico das ondas sonoras ultrassônicas causam vibrações de alta
velocidade, que atuam sobre o tecido como uma leve massagem realizada no
local;
 Essas ondas também causam o efeito de cavitação, que nada mais é que a
produção de gotículas microscópicas de oxigênio durante o processo da
vibração;
 O ultrassom estético também causa uma dilatação dos vasos sanguíneos,
otimizando a circulação sanguínea e a microcirculação e melhorando a
fonoforese (absorção de agentes farmacológicos ativos por meio da pele) e o
fluxo linfático, já que promove o relaxamento muscular, reduz a inflamação e
alivia as dores.
Contraindicações e efeitos colaterais
Apesar do ultrassom estético emitir ondas sonoras de 1Mhz, 3Mhz, 5Mhz e até 10Mhz,
frequências consideradas de baixa intensidade e seguras para a saúde humana, ele tem
suas contraindicações.
Confira quais são as situações em que o ultrassom estético não deve ser aplicado:
 Em regiões com distúrbios vasculares periféricos, como aterosclerose severa ou
trombose venosa profunda (TVP);
 Em regiões da pele com lesões cutâneas ou irritações;
 Em pele com alteração de sensibilidade;
 Em epífises de crescimento em crianças e jovens;
 Em regiões corporais previamente expostas à radiação;
 Em pacientes com hemofilia não-controlada;
 Em portadores de tumores malignos;
 Em pacientes com processos infecciosos;
 Em pacientes cardiopatas ou portadores de marca-passo cardíaco;
 Em mulheres em período gestacional;
 Na região das gônadas (ovários e testículos);
 Na região dos olhos.
Além desses casos específicos, o ultrassom estético não tem outras contraindicações para
pessoas em estado saudável. É um tratamento não invasivo, que não causa dores e não
possui efeitos colaterais.
O ultrassom na estética tem, basicamente, uma indicação geral que é remodelagem
corporal com a redução de medidas. Entretanto, as pessoas buscam tratamentos para os
seguintes aspectos em uma clínica de estética, nos quais o ultrassom pode ser indicado:
celulite; gordura localizada; flacidez.
Os equipamentos de ultrassom atuais são capazes de proporcionar melhora para esses
aspectos em um curto período de tratamento, oferecendo resultados visíveis com uma
média de 10 sessões.
Ultrassom para eliminação de gordura localizada
As ondas sonoras estimulam os adipócitos (células que armazenam gordura) a
metabolizarem a gordura armazenada, fazendo com que essas células sejam rompidas
e as moléculas de gordura possam se dissipar e serem eliminadas pelo nosso sistema
linfático. Com essa ação, é possível perceber resultados incríveis em algumas sessões
com redução de medidas aparentes.
Ultrassom estético para redução da flacidez
O ultrassom também é um procedimento indicado para reduzir a flacidez, uma vez que,
além de diluir as células de gordura, também penetra até a base da camada muscular,
criando micro pontos de coagulação em várias profundidades desde o músculo. Essas
pequenas lesões estimulam o organismo a produzir um novo colágeno para repará-las,
oferecendo pontos de ancoragem para sustentação da pele. Dessa forma, com a redução
de gordura (e medidas) e a produção de colágeno, o aspecto de flacidez do corpo
diminui significativamente.
Ultrassom estético para suavização de celulites
Outra aplicação do ultrassom estético nas clínicas é para a redução dos aspectos da
celulite. As celulites surgem devido ao acúmulo de gordura local ou generalizada,
causando deficiência de nutrição dos tecidos da região, formando aquele aspecto
ondulado e granulado nas coxas, nos quadris, nas nádegas e na barriga.
Vale ressaltar que dependendo do grau de acometimento, pode gerar alterações
circulatórias, que vão além da estética.
O ultrassom estético age diretamente sobre os 2 mecanismos que formam as celulites,
que é a grande quantidade de gordura nas células que compõem a pele e a baixa
produção de colágeno. Por isso, no decorrer do tratamento, a pele começa a passar por
uma renovação significativa que resultará em uma superfície dérmica mais homogênea
e lisa.
Benefícios dos tratamentos com ultrassom
Além de tratar esses três principais aspectos, a aplicação das ondas sonoras do ultrassom
estético também traz um série de benefícios para a saúde de forma geral. Confira quais
são os principais:
Aumento do fluxo sanguíneo
As ondas mecânicas do ultrassom proporcionam um excelente estímulo para a
circulação sanguínea, já que elas promovem a vasodilatação das células, que melhoram
significativamente a oxigenação nas camadas da pele. Com isso, mais sangue chega às
estruturas, melhorando a oxigenação e trazendo mais nutrientes para as camadas da
derme.
Com o aumento do fluxo sanguíneo, há, ainda, um aumento da permeabilidade celular,
que permite uma melhor nutrição dos tecidos, deixando a pele com um aspecto muito
mais hidratado.
Rejuvenescimento das células
As ondas do ultrassom também promovem a renovação celular com o processo de
aquecimento dos tecidos, eliminando as células de gordura para que o organismo
substitua por células novas, promovendo o rejuvenescimento celular.
Com células novas, ocorre o remodelamento do organismo, mantendo você mais
saudável e refletindo para a sua aparência de uma forma geral.
Otimiza a cicatrização
Mais um benefício do ultrassom estético é o tratamento de fibroses e aderências no
período pós-cirúrgico de cirurgias plásticas.
Na recuperação de procedimentos cirúrgicos, as ondas sonoras podem ser verdadeiras
aliadas para o processo de cicatrização, acelerando o fechamento dos cortes e ajudando
para que não fiquem cicatrizes profundas na pele.
Isso ocorre também devido à melhora a circulação vascular e a drenagem linfática no
local, promovendo, então, os seguintes benefícios: melhora do edema; melhora da
nutrição da célula; estimulação da rede de fibrinas.
Tipos de Ultrassons Estéticos
Ultrassom colimado
O ultrassom colimado usa uma tecnologia que proporciona pontos de termo-
coagulação nos tecidos, estimulantes da produção de colágeno e elastina no organismo,
atuando diretamente na gordura localizada, destruindo o adipócito e melhorando
também o aspecto da pele.
Além disso, os aparelhos de ultrassom colimado mais modernos possibilitam que o
profissional realize tratamentos faciais e corporais, visto que é possível atuar em
diferentes camadas da pele.
Ainda, com esses equipamentos, é possível proporcionar ótima profundidade para a
realização de tratamentos com temperatura e precisão sem afetar a epiderme
Ultrassom focalizado
O ultrassom focalizado é um equipamento com uma tecnologia similar ao colimado,
com a produção de ondas sonoras, contudo, os aparelhos focalizados, como o próprio
nome já sugere, atuam mais focados na região tratada, com ondas mecânicas que
convergem em um ponto menor (mais focado) na região tratada, acelerando a quebra
de células de gordura e estimulando a produção de colágeno de forma imediata, o que
permite a estimulação da produção de colágeno por meses.
Esses equipamentos geram uma energia para a criação de micro pontos de coagulação,
permeando várias camadas da pele podendo até chegar nos músculos. Esses micro
pontos são os principais responsáveis pele estimulação da produção de elastina e
colágeno de forma prolongada, que promove a nutrição da pele de dentro para fora.
O Ultrassom Focalizado de alta intensidade (HIFU – High Intensity Focused
Ultrassound) é usado para fins estéticos e visa a redução da gordura localizada. Essa
técnica utiliza um transdutor côncavo para emitir ondas sonoras concentradas em um
ponto específico, sem dispersão descontrolada de energia, gerando calor por efeito
termomecânico. A consequência desse processo é a destruição das células de gordura
sem comprometer outras estruturas ou tecidos adjacentes.

Criolipólise
A criolipólise é uma técnica que deve ser utilizada em áreas com pequena a moderada
quantidade de gordura localizada. É um procedimento não invasivo, realizado com um
equipamento que dispõe de pressão negativa para que se possa realizar a prega cutânea
durante o procedimento, ou pode ser realizado através de placas sobre a pele, as duas
formas são associadas ao resfriamento do tecido em cerca de -5° C por um período entre
50 a 60 minutos.
Este resfriamento (acima dos níveis de congelamento, mas abaixo da temperatura
corporal), baseia-se em efeitos sistêmicos produzidos no organismo que interferem no
equilíbrio térmico e ativam os mecanismos de termorregulação. Desta forma promove
uma paniculite localizada e modulação da gordura.
Esse resfriamento resulta cristalização dos lipídios encontrados dentro do citoplasma
dos adipócitos, causando inviabilidade dessas células, resultando na paniculite e,
consequentemente, na apoptose. Com tantos resíduos celulares promove-se um
processo de fagocitose que decorre do processo inflamatório, neste processo os
macrófagos serão responsáveis pela limpeza do sítio inflamatório (ou digestão e
remoção das células lesadas), sem provocar alteração no micro ambiente celular. Essa
resposta inflamatória adicional pode causar danos aos adipócitos não imediatamente
afetados a exposição ao frio.
A exposição ao frio aumenta a necessidade de produção de calor pelo corpo com o
intuito de promover a homeotermia (equilíbrio da temperatura corporal) através da
liberação de hormônios pelo hipotálamo, que vão induzir a utilização de ácidos graxos
livres como substratos energéticos nas mitocôndrias, promovendo desta um dispêndio
de energia e, consequentemente, aumento das taxas metabólicas.
Com relação a apoptose há controvérsias, alguns autores defendem a ideia que o
processo inflamatório culmina na morte celular programada, causando apoptose e
precedendo a redução da gordura localizada e na diferenciação celular, nesta teoria,
para que a apoptose ocorra, a célula recebe um comando para se autodestruir, então
reduz seu tamanho, quebra a cromatina em pedaços e desta forma torna-se facilmente
fagocitada. Já outro autor defende a ideia de que a gordura é metabolizada pela via
natural do metabolismo de gordura, essa teoria explica o porquê da associação da
atividade física aeróbica para um melhor resultado do tratamento.
Após a apoptose o processo inflamatório tem seu pico em torno do 14º dia pós-
procedimento e fagocitose até 30 dias. O resto do processo inflamatório, bem como os
lipídeos, são metabolizados no prazo de até 90 dias.
Os riscos da Criolipólise também são reais para quem faz parte do grupo das
contraindicações. São elas: grávidas ou lactantes; obesas; com partes cicatrizadas; com
afecções cutâneas; com doença autoimune; com diabetes; com hérnia na região; com
neoplasia; com hemoglobinúria paroxística ao frio; com neuralgia pós-herpética; com
doenças relacionadas ao frio.

Radiofrequência
A radiofrequência é uma técnica que aquece todos os tecidos que têm moléculas de água
em sua composição. Age por meio da geração de calor na derme, a camada
intermediária da pele, induzindo a produção de novas fibras de colágeno. É indicada
para o tratamento de rugas, flacidez, celulite, cicatrizes e gordura localizada.
A técnica age por meio da emissão de correntes de alta frequência, de
aproximadamente, 1560 a 200 kW, que aquecem o tecido abaixo da pele, estimulando
a produção de colágeno e a melhora no aspecto da cútis.
As sessões podem ser semanais, quinzenais ou mensais e duram cerca de 20 minutos.
Em cada sessão, após ter a pele higienizada e receber aplicação de vaselina ou gel
condutor na região tratada, o paciente recebe disparos de alta frequência, realizados
por meio de um handpiece de geração de calor localizado, que desliza sobre a pele.
Durante o procedimento, o paciente tem a temperatura da pele medida constantemente,
para garantir que atinja 40 ou 42°C, mas não ultrapasse isso. Terminada a sessão, o
paciente tem a pele limpa e pode retomar suas atividades normalmente.
O número de sessões varia conforme a região tratada e os objetivos. Em geral, são
necessárias de três a 10 sessões. Logo após a sessão, a pele apresenta vermelhidão e
edema. Esses efeitos, no entanto, são transitórios, e o paciente pode retomar suas
atividades normalmente após o procedimento.
A radiofrequência é um procedimento seguro e com baixos riscos, no entanto não deve
ser realizado em pessoas que não estão com a pele íntegra ou que possuam sinais e
sintomas de infecção ou inflamação na área a ser tratada.
Além disso, não é recomendado para mulheres grávidas, pessoas que possuem
hipertensão ou pessoas que possuem alterações relacionadas com o aumento da
produção de colágeno, como a queloide, por exemplo.

Criofrequência
A criofrequência é um tratamento estético que combina radiofrequência com frio, o que
acaba tendo vários efeitos importantes, entre os quais a destruição das células de
gordura, assim como a estimulação da produção de colágeno e elastina. Assim, esta
técnica normalmente é utilizada por quem pretende eliminar gordura localizada, assim
como melhorar a elasticidade da pele e reduzir a expressão de algumas rugas, por
exemplo.
As possíveis aplicações da criofrequência ainda estão sendo estudadas, no entanto, esta
técnica tem sido muito utilizada para: eliminar gordura localizada; reduzir a expressão
de rugas no rosto; melhorar o contorno facial; tratar a flacidez, melhorando a
elasticidade da pele.
O aparelho de criofrequência emite ondas de radiofrequência que penetram na pele,
até à derma, e provocam um aumento da temperatura, capaz de estimular a produção
aumentada de colágeno e elastina, que conferem melhor elasticidade para a pele. Além
disso, esse aparelho também esfria a camada superior da pele, a epiderme, até uma
temperatura de -10ºC, o que causa destruição das células de gordura.
Na maior parte dos casos, os aparelhos de criofrequência podem funcionar apenas com
a produção de frio, assim como com a combinação do frio com a radiofrequência e, por
isso, muitas vezes, o tratamento é terminado apenas com a produção de frio, para causar
um efeito de lifting na pele, que a deixa mais firme.
A Criofrequência é contraindicada para alguns grupos de doenças e dispositivos. O
marcapasso é um dispositivo que regula os batimentos cardíacos por meio de estímulo
elétrico quando o número de batimentos dentro de um determinado intervalo de tempo
encontra-se alterado. A Criofrequência é contraindicada para pacientes portadores de
marcapasso pois essa tecnologia trabalha com ondas eletromagnéticas que podem
desestabilizar o funcionamento correto do dispositivo.
Grávidas e lactantes: Essas pacientes não podem ser submetidas ao tratamento com a
Criofrequência, já que as ondas eletromagnéticas podem influenciar no
desenvolvimento do bebê ou na lactação.Porém, é importante ressaltar que não são
permitidos estudos que provem essa influência. Por isso, essa contraindicação da
Criofrequência é por questões de segurança e prevenção.
Entre as contraindicações da Criofrequência encontra-se a dermatite, que é uma reação
alérgica da pele que causa irritações locais, por exemplo, vermelhidão, coceira e
descamação. Pacientes com esses sintomas devem ser submetidos a uma avaliação
médica para que seja avaliado o grau da dermatite em questão, já que o tratamento com
a Criofrequência na região pode agravar essas inflamações e/ou infecções de pele.
A epilepsia é uma doença cerebral crônica causada por descargas elétricas anormais e
excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises
epilépticas. A Criofrequência é contraindicada para pacientes portadores dessa doença
uma vez que os mesmos podem ter crises estimuladas por tratamentos que promovem
aquecimento.
Alguns cânceres têm alta probabilidade de recidiva e tratamentos que emitem onda
eletromagnética, como a Criofrequência, podem influenciar negativamente. Pacientes
com histórico dessa doença devem fazer acompanhamento com o médico responsável e
devem ser liberados após 5 anos da finalização do tratamento.
Os corticoides são uma classe de medicamentos de ação anti-inflamatória e
imunossupressora. Pela sua ação no organismo, esses medicamentos interferem no
estímulo biológico gerado pela Criofrequência. Sendo assim, se o paciente faz uso
contínuo de medicamentos à base de corticoides, o tratamento com a Criofrequência é
contraindicado. Porém, se o uso for somente por um determinado período, deve-se
aguardar, no mínimo 7 dias para realização do tratamento. Caso contrário, o mesmo
não terá os resultados esperados.
Implantes de metal e/ou silicone na zona a ser tratada: Por segurança, pacientes com
implantes de metal e/ou silicone não devem fazer a Criofrequência na área, uma vez
que os mesmos podem aquecer ou se movimentar conforme a onda eletromagnética,
como é o caso da opção Monopolar, por exemplo.

Corrente Russa
A corrente russa é um aparelho que gera uma corrente elétrica capaz de estimular uma
contração dos músculos promovendo um aumento da força e aumento do volume
muscular, sendo muito utilizado na fisioterapia no tratamento de pessoas que não
conseguem contrair o músculo de forma efetiva, como no caso das pessoas que tiveram
AVC ou que são paraplégicos, por exemplo.
Como esse aparelho promove o aumento da força muscular, a corrente russa também
tem sido utilizada por atletas para melhorar a performance e para fins estéticos com o
objetivo de fortalecer os músculos abdominais, por exemplo. No entanto essa utilização
ainda é discutida e os efeitos alcançados apenas pela corrente russa são considerados
inferiores aos alcançados através da atividade física.
A corrente russa é utilizada principalmente na fisioterapia no processo de reabilitação
de pessoas que não conseguem contrair os músculos corretamente, mas também pode
ser indicada para fins estéticos. Assim, as principais indicações da corrente russa são:
 Acidente Vascular Cerebral (AVC);
 Atrofia muscular;
 Paraplegia;
 Fortalecimento do músculo abdominal, glúteos e pernas;
 Combate da flacidez abdominal;
 Melhora da performance, força e resistência muscular, em caso de atletas.
O número de sessões depende da situação muscular de cada pessoa, podendo ser
realizadas sessões diárias com duração de 10 a 15 minutos. Além disso, a intensidade
da corrente aplicada pode variar de acordo com o objetivo do tratamento. No caso dos
atletas e das pessoas que realizam sessões de corrente russa para fins estéticos, é
orientado que a pessoa continue a praticar atividade física regularmente e a corrente
seja aplicada no músculo que necessita de uma contração muscular mais forte.
O aparelho de corrente russa é composto de várias pequenas almofadinhas, que são os
eletrodos, que devem ser posicionados no meio do músculo da região que está
sendo tratada, mas sempre respeitando princípios, como não colocar ao mesmo tempo
em músculos agonistas ou antagonistas, devendo por isso, ser posicionada por um
fisioterapeuta ou preparador físico.
O aparelho irá promover um estímulo semelhante ao que o cérebro envia para os
músculos, o que gera uma contração involuntária do músculo, mas para que possa tirar
melhor proveito desse equipamento, sempre que este estímulo elétrico acontecer, o
indivíduo deve contrair o músculo ao mesmo tempo.
A corrente russa vem sendo usado na estética para melhorar a aparência da barriga,
pernas e glúteos, no entanto, ela não é tão eficaz quanto a prática do exercício físico,
porque as contrações realizadas pelo equipamento não são exatamente iguais as que o
corpo consegue fazer. Assim, esse equipamento nunca deverá substituir a prática do
exercício físico.
Acredita-se que 10 minutos de corrente russa na barriga corresponda a mais de 400
abdominais tradicionais, mas para que a corrente russa seja realmente eficaz é
importante contrair o abdômen ao mesmo tempo, porque assim todas as fibras do
músculo reto abdominal podem ser trabalhadas. O mesmo não acontece se a pessoa usar
o equipamento num centro de estética, de forma totalmente passiva.
Como resultados da corrente russa, pode-se esperar um aumento do volume muscular,
diminuição da flacidez, melhora da circulação sanguínea, melhora da drenagem
linfática, maior facilidade ao realizar movimentos e maior destreza ao realizar
movimentos delicados. No entanto estes resultados são mais vistos quando a pessoa
apresenta inicialmente fraqueza muscular causada por um derrame, ou segue um
programa de exercícios físicos que deve ser realizado ao mesmo tempo de uso do
equipamento.
Quando se trata de uma pessoa saudável, que apenas é sedentária e não pratica nenhum
tipo de atividade física, quando a contração voluntária não acontece, pode-se notar um
pequeno aumento da força e do tônus muscular, havendo pouquíssimo aumento no
volume muscular, e por isso a corrente russa nunca poderá substituir a prática de
exercícios como a musculação.
Apesar de ser um excelente tratamento para fortalecer os músculos, a corrente russa
não deve ser usada nas seguintes situações:
 Em pessoas que possuem marcapasso ou doença cardíaca, para não alterar os
batimentos cardíacos;
 Em pessoas que sofrem com epilepsia, porque pode desencadear uma crise
epiléptica;
 Em caso de doença mental, porque a pessoa pode retirar os eletrodos do lugar;
 Em caso de hipertensão arterial de difícil controle, porque a pressão pode ficar
muito alterada;
 Durante a gravidez, não deve ser posicionado sobre o abdômen;
 Não deve ser aplicado nas pernas com grandes varizes.
Além disso, a corrente russa não deve ser aplicada durante um episódio de flebite ou de
trombose venosa profunda, ou em caso de lesão muscular, nos ligamentos, tendões ou
em caso de fratura no local em que seria aplicada a corrente.

Carboxiterapia
A carboxiterapia é uma terapia estética que consiste na aplicação de gás carbônico sob
a pele para tratar celulite, estrias, gordura localizada e também para eliminar a flacidez.
A técnica de carboxiterapia pode ser utilizada para diversos tipos de tratamento, tanto
faciais, como corporais e permite aumentar a produção de colágeno, combater a
gordura localizada e destruir as células de gordura, sendo muito usada no rosto,
barriga, flancos, braços ou coxas.
A carboxiterapia normalmente é indicada para tratar:
 Celulite: melhora a circulação sanguínea e provoca um rearranjo do tecido
adiposo, aumentando a drenagem linfática local.
 Estrias: a infusão do gás sob a estria provoca um descolamento da pele,
estimulando a produção de colágeno e melhorando o processo de cicatrização.
 Gordura localizada: favorece o rompimento das células de gordura e melhora a
circulação sanguínea no local da injeção
 Flacidez: o processo inflamatório, decorrente da injeção do gás carbônico,
favorece a produção de fibras de colágeno, que sustentam a pele, deixando- a
mais firme e menos flácida;
 Olheiras: aumenta a circulação sanguínea da pele próxima aos olhos e,
consequentemente, a chegada de oxigênio aos tecidos, reduzindo o inchaço e
amenizando as olheiras.
 Queda de cabelo: favorece o crescimento de novos fios de cabelo, por estimular
um aumento do fluxo sanguíneo no couro cabeludo;
 Cicatriz de acne: aumenta a circulação sanguínea no local, estimulando a
produção de colágeno e elastina, que dão firmeza e sustentação para a pele,
atenuando as cicatrizes de acne.
A carboxiterapia é feita através de uma agulha fina de 0,30 x 13mm, acoplada em um
cilindro de gás carbônico medicinal, que é regulado pelo profissional que está
realizando o procedimento, após a avaliação da pele e limpeza do local com álcool 70%.
O gás provoca um pequeno descolamento da pele, preenchendo de ar a região e
estimulando a circulação sanguínea. É fundamental que o procedimento seja feito em
um local seguro e com um profissional qualificado.
Carboxiterapia dói?
A carboxiterapia pode gerar um pequeno desconforto, pois a entrada do gás provoca
um pequeno descolamento da pele. No entanto, a dor é passageira, e passa após cerca
de 30 minutos, melhorando pouco a pouco, assim como o inchaço e vermelhidão, que
também podem surgir no local.
Riscos e efeitos colaterais
A carboxiterapia é um tratamento estético que pode gerar alguns riscos, como dor
prolongada, que pode durar por mais de 3 dias, após a aplicação e o surgimento de
pequenos hematomas na região onde foi tratada. Após o procedimento, é comum
observar alguns efeitos colaterais na pele, como:
 Inchaço no local da injeção;
 Sensação de ardência;
 Coceira no local do tratamento.
Esses riscos e efeitos colaterais também estão relacionados com a maneira em como a
carboxiterapia é realizada, sendo fundamental que o profissional tenha conhecimento
não só dos possíveis efeitos que pode gerar, mas em executar a técnica adequada para
não provocar nenhum prejuízo ao paciente.
A carboxiterapia está contraindicada em pacientes com doenças autoimunes, pessoas
que apresentem sinais de infecção e inflamação da pele, gangrena ou que tenham
doenças como epilepsia, insuficiência cardiorrespiratória, insuficiência renal ou
hepática ou hipertensão arterial severa não controlada. Além disso, a carboxiterapia
também deve ser evitada durante a gravidez.

Endermoterapia
O que é endermoterapia?
Equipamento que executa uma pressão negativa (vácuo) com o objetivo realizar a
sucção da pele fazendo aumentar a circulação sanguínea da região tratada ,
melhorando a oxigenação dos tecidos promovendo uma significativa melhora na
aparência de celulite e ainda promove uma remodelação corporal.
A aplicação desse aparelho pode ser feita utilizando óleos corporais ou com o uso de
malha corporal. Geralmente a terapia endérmica assemelha-se a uma massagem mais
vigorosa porém agradável.
Essa técnica favorece a eliminação de toxinas, metabólitos e a retenção de líquidos,
aumenta a circulação e drenagem linfática, o que renova e melhora a função celular
geral.
Como resultado dessa massagem, células de gordura, aderências e fibroses são
quebradas e removidas. Por isso essa técnica vem sendo utilizada também no âmbito da
oncologia e não só na estética. Não existem muitos estudos que comprovem a eficácia
dessa técnica em pacientes oncológicos. Estudos mais recentes sugerem sua utilização
em linfedemas com fibrose em pós-mastectomia.
A experiência clínica do dia-a-dia, mostra bons resultados se associado à tecnicas de
manipulação tecidual, drenagem linfática manual e uso de malhas compressivas. A
endermoterapia não deve ser utilizada só e unicamente como um método isolado, mas
mostra-se mais uma opção se utilizada combinada com outros métodos no combate ao
linfedema e a fibrose.
A endermoterapia é indicada para tratamento de celulite, gordura localizada, pós-
operatório de cirurgia plástica e má cicatrização.

LEDterapia
A LEDterapia ou fotobiomodulação, também conhecida como terapia a laser de baixo
nível (LLLT), é o uso de luz vermelha, concentrada em certos comprimentos de onda,
que tem como alvo os cromóforos na mitocôndria celular. As mitocôndrias são
organelas celulares frequentemente chamadas de “potência da célula” devido ao seu
papel na produção de energia.
Essas pequenas estruturas poderosas quebram os nutrientes e os transformam em
energia ou trifosfato de adenosina (ATP). Quando as mitocôndrias absorvem luz
vermelha e infravermelha concentrada, elas produzem mais ATP, o que aumenta o
transporte de energia dentro das células e causa aumento da proliferação celular.
A proliferação celular é o processo pelo qual as células se dividem e substituem as
células danificadas ou mortas. Em tecidos danificados, a fotobiomodulação ajuda a
aumentar o processo natural de cura do corpo.
Por ser uma possibilidade de tratamento eficaz e menos invasiva, os equipamentos de
LED estão cada vez melhores por combinações de cores e com aplicação facilitada,
podendo tratar ou otimizar o tratamento de diversos quadros, de forma segura, prática
e rápida.
Trata-se de um recurso único ou complementar de diversos quadros das diversas áreas
da medicina, como ginecológica, vascular, neurológica, e muscular, além de sua ação
analgésica.
LED significa "diodo emissor de luz". Um LED é um dispositivo semicondutor que emite
luz quando uma corrente elétrica passa por ele. O que torna os LEDs diferentes de outras
lâmpadas é que eles são dispositivos de estado sólido, o que significa que não usam
filamentos aquecidos e, portanto, não dependem da radiação térmica para produzir
luz.
Os LEDs também podem ser configurados para comprimentos de onda de luz
específicos, tornando-os ideais para terapia de luz. A cor da luz é determinada por seu
comprimento de onda, e os LEDs produzem diferentes comprimentos de onda de luz,
dependendo da distância entre as bandas de energia no material semicondutor.
A luz é uma energia radiante composta de vários comprimentos de onda, cada uma tem
um efeito nas células, a cor da onda varia de acordo com o comprimento dela.
O tratamento com LEDterapia utiliza alguns destes comprimentos de onda (cores) para
obter vários benefícios para os tecidos biológicos, conheça os principais benefícios das
cores mais utilizadas:
Azul (400-470nm)
Possui propriedades antibacterianas, auxilia no clareamento da pele e hidratação.
Verde (470-550nm)
Evita a hiperpigmentação da pele.
Âmbar (570-590nm)
Capaz de proporcionar a síntese de colágeno e elastina, ela também permite o aumento
da microcirculação, estimula o metabolismo celular e melhora a hidratação e aspecto
da pele.
Vermelho (630-700nm)
As ondas de cor vermelha aumentam a produção de energia das células do corpo
humano, assim, elas agem como um poderoso anti-inflamatório, aliviando dores
crônicas e agudas, também possuem propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes.
Infravermelho (700-1200nm)
O infravermelho tem efeito similar ao do vermelho no organismo, mas, por apresentar
maior profundidade, a luz penetra mais fundo no tecido, o que resulta em um
tratamento mais eficiente.
A LEDterapia é indicada para quais tratamentos?
O tratamento com LEDterapia é capaz de resolver diversos quadros como tratamento
único, em caso de lesões musculares, ele é capaz de regenerar os tecidos de forma rápida
e ainda agindo como um forte analgésico.
Em caso de feridas por pressão, a utilização da luz infravermelha por si só acelera o
processo de cicatrização o que permite atingir o resultado almejado, entretanto, a
fotobiomodulação tem o poder de acelerar resultados, assim, sua utilização como
complementar a tratamentos tem se mostrado ainda mais efetiva.
Para os atletas, por exemplo, ela é capaz de potencializar o laser de alta potência, sendo
uma boa técnica de fisioterapia a utilização de ambos os tratamentos. Em caso de feridas
por pressão, a manutenção das pomadas e cremes específicos também é interessante, já
que a placa de LED potencializa sua ação.
Em tratamentos para calvície e fortalecimento capilar, a utilização da luz intensifica o
poder de ação das medicações específicas aplicadas, também é possível utilizar as placas
para alívio de dores musculares em geral e pós-cirúrgicas.
Existem estudos que comprovam que a utilização das placas de luz infravermelha é
capaz de tirar a dor do parto e promover a recuperação do tecido vaginal.
Principais aplicações
 Rejuvenescimento da pele e renovação celular;
 Cicatrização de feridas e úlceras por pressão;
 Regeneração de tecidos musculares;
 Efeitos anti-inflamatórios (redução de gordura e celulite);
 Efeito analgésico;
 Reparo de tecido epitelial (mucosa), auxiliar no tratamento de mucosite.

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