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Nesta segunda fase, entre Janeiro e Abril, o foco principal foi na restante lacuna,
a movimentação ofensiva, mas sempre com a preocupação de continuar a melhorar as
deficiências defensivas corrigidas na primeira fase. Apesar de o jogo apresentado pela
equipa enquadrar-se no esquema tático pretendido pela equipa técnica, 3x1, a
movimentação era insatisfatória. O jogo centrava-se numa busca direta da solução
pivot, sem que para tal fosse criada uma solução de passe ideal.
Nesta fase, foi recorrente a divisão da equipa em vários subgrupos, onde uns
ficavam com a tarefa de ataque e outras com a tarefa de defesa, apenas em meio
campo, de modo a pôr em prática as movimentações que transmitíamos a equipa. De
inicio, a defesa era passiva, mas à medida que a equipa técnica observava que a
movimentação estava consolidada, o grau de intensidade da defesa ia aumentando.
Positivo
Esquema ofensivo: 3x1;
Espírito Equipa;
Entrosamento;
Inteligência;
Negativo
Esquema defensivo;
Pouca Intensidade;
Fisicamente fracos;
Pouca movimentação ofensiva;
Em termos individuais, houve uma clara evolução técnica e tática dos jogadores.
Contudo, existiram casos em que era espectável uma evolução mais acentuada e
casos em que essa evolução foi mais positiva do que se previa.
O Francisco era um jogador habituado a jogar como Fixo no seu anterior clube,
reconhecíamos nele alguma qualidade no processo defensivo, mas muito limitado
quando colocado numa situação ofensiva. Contudo, nos diversos exercícios realizados
durante os treinos, foi demonstrando uma qualidade técnica que não conseguia pôr
em prática em jogo.
Num diálogo entre a equipa técnica decidiu-se falar com o jogador e propor-lhe
experimentar uma nova posição: Pivot. Foi-lhe explicado que tinha uma boa estrutura
física, um bom remate, um bom controlo de bola e que, com o trabalho adequado,
resultaria num Pivot de qualidade. Foi necessário, principalmente, a transmissão de
confiança e a explicação do que era esperado dele naquela posição, bem como, o que
a posição em si requer. Foi um sucesso na primeira fase. Ao fim de poucas semanas,
devido, essencialmente, à vontade e disponibilidade dele para aprender, o Francisco
tornou-se a referência ofensiva da equipa, tanto pelos golos que foi marcando, como
pelos espaços e jogadas que criava para a restante equipa.