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04
ISSN: 2177-0247
Neste Número:
Violência letal sob a ótica dos Direitos Humanos: Uma proposta de mensuração
[Leonardo de Carvalho Silva]
ção, Silva crê que tais mitos estruturam, fundamentam e orientam as práticas
profissionais dos policiais. Seu trabalho, que ilustra esta edição, fundamenta
essa argumentação em uma vasta revisão teórico-literária e em suas experiên-
cias de pesquisa.
Resumo
Pesquisar as causas de adoecimento e morte das mulheres policiais militares constitui elemento importante para
a prevenção e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida dessas profissionais. Trata-se de um estu-
do exploratório, descritivo, que objetivou analisar a morbimortalidade das mulheres policiais militares lotadas em
unidades da cidade do Rio de Janeiro, no período de 2000 a 2008. Em termos de adoecimento, a análise mostrou
que os problemas de saúde mais frequentes são os do aparelho digestivo, osteomusculares, transtornos mentais e
comportamentais e as doenças do aparelho circulatório. A clínica de obstetrícia foi a que mais gerou internações. As
praças foram as que mais requisitaram atendimento ambulatorial e internação hospitalar. Deficiências nos registros
impediram uma melhor caracterização da mortalidade das policiais da capital.
Palavras-Chave
Mulher policial, saúde da mulher policial, policial militar, saúde
Introdução
Metodologia do estudo
Tabela 1 – Distribuição percentual das mulheres policiais militares da ativa da cidade do Rio de Janeiro,
segundo grau hierárquico, no ano de 2009
Tabela 3 – Distribuição das internações hospitalares de mulheres policiais militares lotadas em unidades da
cidade do Rio de Janeiro, segundo clínicas médicas e cargo, 2000 a 2008
Discussão
é a usuária mais presente nos serviços de saúde, seja para tratamento pró-
prio, seja como acompanhante, pode-se dizer que elas representam uma
boa parcela desse atendimento. Somente nos anos de 2007 e 2008 a maior
parte do atendimento a mulheres em todo o Sistema de Saúde da PMERJ
foi dirigida a dependentes (68,1% e 66,0%, respectivamente), pensionistas
(14,6% e 14,9%) e praças (4,4% e 3,9%).
Alguns dados merecem ser destacados, como a grande concentração
das mulheres policiais na capital, significando 68,7% de todo o efetivo
feminino da corporação. A porcentagem de policiais femininas que são
praças ativas é de 68,0%. Mulheres que são do quadro de combatentes
correspondem a 47,4%, e 42,8% são do quadro da saúde.
Entre as policiais de toda a corporação, são as praças da ativa que de-
finem o perfi l do atendimento. Nos anos de 2007 e 2008, elas representa-
ram 4,4% e 3,9% do total de atendimento ambulatorial, respectivamente.
Convém ressaltar que muitas policiais, tanto do grupo das oficiais como
do grupo das praças, são da área de saúde. Por isso, supostamente, teriam
mais facilidade de acesso ao atendimento de saúde. É importante também
frisar que as profissionais de nível superior (oficiais) teriam uma melhor
condição financeira, e isso também as aproximaria de serviços privados
ou até mesmo de outros atendimentos de saúde em unidades públicas de
melhor acesso, diminuindo significativamente o atendimento no sistema
da PMERJ.
Os dados sobre o atendimento ambulatorial das mulheres da cidade do
Rio de Janeiro nos anos de 2007 e 2008 confirmaram o padrão observado
no estado. As policiais que mais utilizaram os serviços de saúde da institui-
ção foram as praças da ativa. Dentre os problemas de saúde destacam-se os
osteomusculares, as doenças do aparelho digestivo e os transtornos men-
tais e comportamentais. Pinheiro et al. (2005), Gomes e Tanaka (2003) e
Laurenti et al. (2005) destacam que papéis femininos e comportamentos
específicos entre homens e mulheres são fatores que podem influenciar os
agravos à saúde. Tais autores ainda ressaltam as doenças agudas, de curta
duração, assim como transtornos urinários, hemorróidas e depressão como
moléstias que acometem as mulheres, corroborando os dados aqui encon-
trados. Costa et al. (2007) também ajudam a compreender esses achados
ao abordarem a síndrome de burnout, um estresse específico de indivíduos
que trabalham com grande carga de tensão e cujo trabalho exige grande
contato interpessoal.
As policiais inativas não apresentaram grande diferença quanto ao
perfi l de adoecimento. Entre elas também se destacaram as doenças oste-
omusculares para praças e oficiais. As doenças do aparelho digestivo e os
transtornos mentais e comportamentais sobressaíram para as praças.
Leal e Lopes (2006) destacam a vulnerabilidade das mulheres às agres-
sões. Neste estudo, as praças inativas, nos anos de 2007 e 2008, tiveram
registros de lesões por envenenamentos e outras consequências de causas
externas, demonstrando a necessidade de políticas efetivas de prevenção
da violência contra a mulher, principalmente no que se refere à violência
doméstica e àquela que acontece no ambiente de trabalho. No caso da Po-
lícia Militar, essa situação merece especial atenção, pois se trata de uma
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Resumo
Neste artigo são operacionalizados indicadores que compõem um sistema estruturado, para permitir a mensuração
e o monitoramento da situação dos Direitos Humanos no Brasil. Tratou-se do direito à vida, analisando-se questões
referentes ao problema da violência letal por homicídio segundo as Unidades da Federação. Tal exercício resulta numa
observação dos indicadores no país como elemento para discussão sobre a violação de direitos caracterizados como
básicos em documentos como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Programa Nacional de Direitos
Humanos.
Palavras-Chave
Direitos Humanos, direito à vida, violência, jovens, homicídio
Introdução
Procedimentos metodológicos
LEGENDA
0,00 - 1,50
1,51 - 3,00
3,01 - 4,50
4,51 OU MAIS
Ano Taxa de
UNIDADE DA FEDERAÇÃO
2001 2005 Crescimento
ACRE 390.529 648.235 13,51
ALAGOAS 2.884.912 3.021.515 1,16
AMAPA 459.235 598.089 6,83
AMAZONAS 2.216.823 3.269.876 10,20
BAHIA 13.306.960 13.837.068 0,98
CEARA 7.645.495 8.116.599 1,51
DISTRITO FEDERAL 2.142.009 2.341.277 2,25
ESPIRITO SANTO 3.197.496 3.417.382 1,68
GOIAS 5.201.969 5.637.792 2,03
MARANHAO 5.797.092 6.116.424 1,35
MATO GROSSO 2.600.685 2.811.942 1,97
MATO GROSSO DO SUL 2.138.089 2.269.871 1,51
MINAS GERAIS 18.325.237 19.276.468 1,27
PARA 4.397.083 6.992.067 12,29
PARAIBA 3.492.830 3.600.290 0,76
PARANA 9.788.531 10.282.099 1,24
PERNAMBUCO 8.077.947 8.427.944 1,07
PIAUI 2.896.005 3.011.627 0,98
RIO DE JANEIRO 14.711.011 15.412.167 1,17
RIO GRANDE DO NORTE 2.849.711 3.009.648 1,37
RIO GRANDE DO SUL 10.399.618 10.864.150 1,10
RONDONIA 925.358 1.538.831 13,56
RORAIMA 266.273 393.253 10,24
SANTA CATARINA 5.520.781 5.881.352 1,59
Fonte: IPEADATA SAO PAULO 38.131.422 40.541.631 1,54
Elaborado pelos autores SERGIPE 1.843.548 1.973.103 1,71
TOCANTINS 1.204.995 1.310.034 2,11
LEGENDA
SUL
CENTRO-OESTE
2001
NORTE
2005
NORDESTE
SUDESTE
UNIDADE diferença
2001 2005
GEOGRÁFICA (%)
Acre R$ 307,12 R$ 428,01 39,4%
Alagoas R$ 241,47 R$ 295,34 22,3%
Amapá R$ 424,76 R$ 462,78 9,0%
Amazonas R$ 653,85 R$ 648,38 -0,8%
Bahia R$ 361,04 R$ 414,82 14,9%
Ceará R$ 260,01 R$ 318,49 22,5%
Distrito Federal R$ 1.424,03 R$ 2.174,74 52,7%
Espírito Santo R$ 649,56 R$ 872,51 34,3%
Goiás R$ 444,14 R$ 566,67 27,6%
Maranhão R$ 163,49 R$ 261,49 59,9%
Mato Grosso R$ 512,51 R$ 842,23 64,3%
Mato Grosso do Sul R$ 591,78 R$ 602,26 1,8%
Minas Gerais R$ 570,33 R$ 630,94 10,6%
Pará R$ 310,48 R$ 353,94 14,0%
Paraíba R$ 270,39 R$ 295,54 9,3%
Paraná R$ 684,33 R$ 777,57 13,6%
Pernambuco R$ 361,36 R$ 373,77 3,4%
Piauí R$ 177,08 R$ 233,15 31,7%
Rio de Janeiro R$ 926,13 R$ 1.011,55 9,2%
Rio Grande do Norte R$ 317,75 R$ 374,82 18,0%
Rio Grande do Sul R$ 832,49 R$ 838,73 0,8%
Rondônia R$ 378,39 R$ 529,82 40,0%
Roraima R$ 323,79 R$ 511,88 58,1%
Santa Catarina R$ 776,60 R$ 916,22 18,0%
Fonte: IPEADATA São Paulo R$ 967,89 R$ 1.132,87 17,0%
Elaborado pelos autores Sergipe R$ 410,13 R$ 429,83 4,8%
Tocantins R$ 237,82 R$ 438,39 84,3%
LEGENDA
SUL
CENTRO-OESTE
2001
NORTE
2006
NORDESTE
SUDESTE
UNIDADE diferença
2001 2006
GEOGRÁFICA (%)
Acre R$ 1.047,42 R$ 1.277,84 22,0%
Alagoas R$ 537,14 R$ 982,80 83,0%
Amapá R$ 901,41 R$ 1.306,26 44,9%
Amazonas R$ 814,05 R$ 1.098,13 34,9%
Bahia R$ 554,20 R$ 948,42 71,1%
Ceará R$ 581,58 R$ 898,18 54,4%
Distrito Federal R$ 1.763,79 R$ 2.916,22 65,3%
Espírito Santo R$ 892,84 R$ 1.455,77 63,0%
Goiás R$ 863,13 R$ 1.389,14 60,9%
Maranhão R$ 526,58 R$ 934,44 77,5%
Mato Grosso R$ 953,74 R$ 1.447,42 51,8%
Mato Grosso do Sul R$ 932,89 R$ 1.522,41 63,2%
Minas Gerais R$ 854,76 R$ 1.449,30 69,6%
Pará R$ 732,03 R$ 1.033,28 41,2%
Paraíba R$ 569,48 R$ 1.015,13 78,3%
Paraná R$ 1.031,27 R$ 1.683,04 63,2%
Pernambuco R$ 625,31 R$ 968,68 54,9%
Piauí R$ 533,09 R$ 979,29 83,7%
Rio de Janeiro R$ 1.177,96 R$ 1.793,18 52,2%
Rio Grande do Norte R$ 634,34 R$ 1.088,22 71,6%
Rio Grande do Sul R$ 1.097,38 R$ 1.684,09 53,5%
Rondônia R$ 868,85 R$ 1.367,85 57,4%
Roraima R$ 876,60 R$ 1.229,31 40,2%
Santa Catarina R$ 1.144,81 R$ 1.922,49 67,9%
São Paulo R$ 1.342,37 R$ 1.958,82 45,9%
Fonte: IPEADATA
Elaborado pelos autores Sergipe R$ 571,66 R$ 1.044,78 82,8%
Tocantins R$ 718,95 R$ 1.116,55 55,3%
Taxa Geral de Homicídios ( /100 mil hab) por Unidades da Federação (2001-2005)
Continuação
Unidade Geográfica 2001 2002 2003 2004 2005 Var. 2005-2001(%)
Piauí 9,12 10,63 10,19 11,09 12,24 34,21
Rio Grande do Norte 11,44 10,48 14,02 11,77 13,52 18,18
Sergipe 28,45 30,06 25,02 23,86 24,75 -13,01
Distrito Federal 33,04 29,87 33,88 31,16 28,16 -14,77
Goiás 22,79 26,26 25,37 28,21 26,09 14,48
Mato Grosso 38,00 36,40 34,25 31,62 32,32 -14,95
Mato Grosso do Sul 29,42 31,95 32,49 29,65 27,73 -5,74
Espírito Santo 46,02 51,35 50,12 49,08 47,00 2,13
Minas Gerais 13,05 16,32 20,83 22,83 21,93 68,05
Rio de Janeiro 50,48 56,36 52,55 49,05 46,05 -8,78
São Paulo 41,80 37,95 35,91 28,55 21,59 -48,35
Paraná 20,98 22,84 25,55 28,01 28,89 37,70
Rio Grande do Sul 17,97 18,37 18,13 18,66 18,64 3,73
Santa Catarina 8,59 10,37 11,79 11,06 10,74 25,03
Fonte: NEV/USP
LEGENDA LEGENDA
LEGENDA LEGENDA
LEGENDA
LEGENDA
0,00 - 25,89
UF com diminuição superior a 20%
25,90 - 51,78
UF com diminuição até 20%
51,79 - 77,67
UF com aumento até 20%
77,68 - 103,56
UF com aumento superior a 20%
Taxa de Homicídios ( /100 mil hab) por Regiões e Estados entre a população de 15 a 24 anos (2001-2005)
BRASIL SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO TAXA GERAL DE HOMICÍDIOS BRASIL SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO TAXA GERAL DE HOMICÍDIOS
ENTRE A POPULAÇÃO DE 15 A 24 ANOS (POR 100 MIL HAB) - 2001 ENTRE A POPULAÇÃO DE 15 A 24 ANOS (POR 100 MIL HAB) - 2002
LEGENDA LEGENDA
0,00 - 28,69 0,00 - 29,67
28,70 - 57,38 29,68 - 59,33
57,39 - 86,07 59,34 - 89,00
86,08 - 114,76 89,01 - 118,67
BRASIL SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO TAXA GERAL DE HOMICÍDIOS BRASIL SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO TAXA GERAL DE HOMICÍDIOS
ENTRE A POPULAÇÃO DE 15 A 24 ANOS (POR 100 MIL HAB) - 2003 ENTRE A POPULAÇÃO DE 15 A 24 ANOS (POR 100 MIL HAB) - 2004
LEGENDA LEGENDA
0,00 - 27,51 0,00 - 25,69
27,52 - 55,03 25,70 - 51,38
55,04 - 82,54 51,39 - 77,08
82,55 - 110,06 77,09 - 102,77
BRASIL SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO TAXA GERAL DE HOMICÍDIOS BRASIL SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO VARIAÇÃO DA TAXA GERAL DE
ENTRE A POPULAÇÃO DE 15 A 24 ANOS (POR 100 MIL HAB) - 2005 HOMICÍDIOS ENTRE A POPULAÇÃO DE 15 A 24 ANOS (POR 100 MIL HAB) - 2001 A 2005
LEGENDA
LEGENDA
0,00 - 25,69
25,70 - 51,38 UF com diminuição superior a 15%
51,39 - 77,08 UF com diminuição de até 15%
77,09 - 102,77 UF com aumento de até 15%
UF com aumento superior 15%
Fonte: USP/NEV
Elaborado pelos autores Fonte: USP/NEV
Elaborado pelos autores
Considerações finais
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Resumo
Este trabalho apresenta o problema da exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. Analisa a função da
polícia não como um elemento de repressão, mas de interação com a sociedade para dar proteção integral às vítimas.
Defende-se que políticas repressivas não são suficientes e que cabe à polícia reforçar a democratização na discussão
das medidas e atividades a serem impostas com a colaboração de outras entidades envolvidas na proteção infanto-
juvenil.
Palavras-Chave
exploração sexual, crianças, adolescentes, rede de proteção, polícia.
Introdução
Contextualização Normativa
cessário para a solução desses problemas. Sobre isso, trata a próxima seção.
(1) uma concepção mais ampla da função policial que abrange a variedade
de situações não-criminais que levam o público a invocar a presença da po-
lícia; (2) descentralização dos procedimentos de planejamento e prestação
de serviços para que as prioridades e estratégias policiais sejam definidas
de acordo com as especificidades de cada localidade; (3) maior interação
entre policiais e cidadãos visando ao estabelecimento de uma relação de
confiança e cooperação mútua.
Considerações finais
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Resumo
O presente artigo faz uma análise do avanço da participação da sociedade civil na elaboração de ações sociais e polí-
ticas na área de segurança pública para o enfrentamento das várias expressões da violência.
O processo de democratização dentro do país, com maior participação popular na “coisa pública” e grande influência
sobre decisões políticas, vem abrindo um novo espaço para o surgimento de uma “inovadora” metodologia de atuação
no âmbito da segurança pública, de forma a descentralizar do Estado o planejamento.
Como em outras áreas, observamos a inserção direta ou indireta do indivíduo na fiscalização e formulação das polí-
ticas públicas, fazendo cessar a ideia de que alguns assuntos são apenas para especialistas.
Palavras-Chave
Segurança pública, democracia, participação popular
Introdução
Considerações Finais
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