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EDUARDO BENEDETTI
Itapeva/SP - Brasil
2023
EDUARDO BENEDETTI
Prof.
Itapeva/SP - Brasil
2023
RESUMO
O resumo de uma monografia é uma apresentação concisa dos pontos relevantes do trabalho,
fornecendo uma visão clara e rápida do conteúdo e das conclusões do trabalho. Ele deve ser
escrito de forma clara e objetiva, e deve conter as seguintes informações:
1 INTRODUÇÃO 7
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9
2.1 DEFINIÇÃO E HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO 9
2.2 AGRONEGÓCIO 14
2.2.1 O PIB do setor em 2022 e 2023 15
2.2.2 Evolução histórica 16
2.3 PRODUTIVIDADE DO AGRONEGÓCIO 24
2.3.1 Metodologia do PTF 26
2.3.2 PTF 27
2.4 ADMINISTRAÇÃO E A PRODUTIVIDADE DO AGRONEGÓCIO 29
2.4.1 Administração pública 29
2.4.2 Administração rural 30
2.4.3 Tecnologia e administração 31
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 33
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 36
REFERÊNCIAS 37
7
1 INTRODUÇÃO
grande impacto nas relações humanas da época, efeito esse que saltou do palco
britânico para o restante do globo. Acarretando uma verdadeira mudança na
economia global, que agora caminhava para um sistema integrado de produção, que
focava seus esforços em aumento da produção, por meio da utilização de
maquinários que maximizavam a velocidade do até então sistema manufatureiro,
consolidando a revolução industrial como um marco histórico.
Para Kwasnicka (2004), em meio a esse marco histórico, surge uma das mais
importantes conceituações de administração: a administração científica. Qual pare
ele, mesmo que anteriormente se tenha evidências da definição do conceito de
administração científica na Grã – Bretanha, tem como um dos pioneiros Frederic
Winslow Taylor, pois foi através deste e suas ideias, que houve um avanço e
significativa propagação do conceito. Seu principal enfoque como engenheiro
industrial era em melhorar o setor produtivo, tirando máximo proveito da força de
trabalho dos operários, para isso Taylor se utilizou de estudos da motivação salarial
e produtiva dos trabalhadores maximizando seus resultados. Não se preocupando
somente em extrair ao máximo dos trabalhadores, ele também determinou métodos
eficazes de divisão do trabalho, rotinização, padronização de equipamentos, estudos
de movimento, seleção dos trabalhadores mais adequados, garantia de amplo
material para os trabalhadores e a introdução de símbolos como índice,
implementado esses métodos em busca da melhoria e maximização da produção e
da lucratividade (Kwasnicka, 2004).
Outra teoria, desenvolvida quase que em paralelo com os princípios
formulados por Taylor, é a Teoria Clássica da administração, que fora elaborada por
Jules Henri Fayol, engenheiro francês que, juntamente a Taylor, é considerado um
dos pais da administração moderna. Segundo Kwasnicka (2004), Fayol definiu
conceitos básicos da administração e seus princípios, como: prever, organizar,
comandar, coordenar e controlar. Os estabelecendo como pilares de todo e qualquer
administrador ou organização, tanto que hoje são estudados como habilidades
inerentes à atividade administrativa.
A visão administrativa idealizada por Fayol também passava pela definição
estrutural da organização em seus mais diversos níveis, pensando na organização
como um sistema fechado, arranjado horizontal e verticalmente em níveis
hierárquicos de poder (Kwasnicka, 2004). Fayol estava intimamente cativado pela
administração e em meados de 1908 publicou um estudo acerca dos princípios da
11
2.2 AGRONEGÓCIO
ainda apontam que, apesar de ser um valor considerável é ainda menor que os 25%
de 2022.
Brasil começava (Calmon, 1939), bem como, o desenho do que viria ser o mesmo
no mercado do açúcar. Ao final do século XVI, segundo Furtado (1969, p.47, apud
Carvalho, 1992), se admite a existência de 120 engenhos na então colônia
portuguesa.
Até o final do século XVII, como explica Carvalho (1992), nenhuma outra
atividade agrária, que não o açúcar, se fez presente no Brasil de modo evidente, a
configurando como monocultura. E mesmo a renda produzida por esta, não ficava
na colônia para desenvolvê-la, mas sim era exportada para a Europa através da
potência comercial que Portugal era. O que desenhava o sistema econômico qual
prevaleceria entre a colônia e o colonizador, marcado pela forte submissão desta
para com este, o mercantilismo (Carvalho, 1992).
Além disso, pode se verificar que a característica principal da mão de obra
dessa atividade era a escravidão. Inicialmente, o povo escravizado foram os naturais
da terra, os indígenas, porém, de acordo com o seu modo de sobrevivência prévia,
estes não se submeteram facilmente. Tal acontecimento fez Portugal se voltar à
Africa, onde acabara por conseguir a mão de obra considerada “ideal” (Carvalho,
1992). Nessa época, segundo Furtado (1969, p.47, apud Carvalho, 1992),
considera-se a existência de cerca de vinte mil escravos no nosso território, qual três
quartos destes era destinado somente à atividade açucareira. As características da
produção se voltavam ao uso da terra, mão de obra e tecnologia simples.
A Figura 2, inicia com o marco quatro, qual compreende do final século XIX
até a década de 40 e, segundo Cavalho (1992), o que marca o comportamento da
economia é o café. Graças a ele a economia nacional se expande, especificamente
por estímulos externos, como aumento da demanda e elevação do preço, e internos,
como abundância de terras e mão de obra, bem como as políticas estatais. Nesse
tempo o sistema capitalista passa a reger com mais nitidez as relações no campo,
como resultado disso se expressa, as já citadas, relações de trabalho assalariadas e
a terra como reserva de valor (Carvalho, 1992).
O dinamismo do café, basicamente em relação a sua precificação, faz criar
um dinamismo também na economia do país. Outra característica desse período
como aponta Carvalho (1992), é a dualidade do sistema agropecuário, enquanto um
segmento da produção era voltado a demanda externa, a exportação, a outra era
para a interna. Bem como o financiamento dessas, passam estar mais ligado a
atuação do Estado. Ainda segundo ele, como no período anterior, o aumento da
produção estava somente ligado à expansão da fronteira agrícola.
Esse período, que, como exposto por Carvalho (1992), compreende de 1930
a 1986, corresponde há várias mudanças políticas, que se traduziram também em
mudanças tributárias nas exportações do agronegócio e na agroindústria. Ele ainda
disserta que muitas destas favoreciam a agroindústria em detrimento das
exportações, porém com um objetivo. A primeira mudança política, de importância
ao que se analisa aqui, é o Estado Populista instaurado no país pela Revolução de
1930. Que em conjunto com o novo pacto de poder, que passaria deixar em
segundo plano a burguesia relacionada à agropecuária exportadora e se voltaria
mais a da burguesia industrial, também trouxe um processo de industrialização
denominado pelos teóricos de “modelo substitutivo de importações” (Carvalho,
1992). Com ele, o Estado passa a extrair recursos da agropecuária para financiar a
industrialização, através de políticas econômicas cambiais, tributárias e comerciais
(Carvalho, 1992).
Como explica Carvalho (1992), um reflexo desse modelo era a priorização
das importações de tecnologias industriais em detrimento das da agrícolas. Já no
sentido de exportações, o que se via era a contenção dessas com o objetivo de
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conter o aumento dos preços desses produtos internamente. Ainda segundo o autor,
como resultado se implantou no país um parque industrial de bens de consumo não
duráveis e, posteriormente, um de bens de consumo duráveis (Carvalho, 1992). Tais
políticas perduraram até 1968 e segundo Pastore (1979, apud Carvalho, 1992, p.
49), configuram “uma fase de crescimento industrial sem precedentes em nossa
história econômica”.
A próxima mudança decorre do esgotamento desse modelo, bem com a
mudança política vindo com a implantação do Estado Planejador-produtor em 1964,
pelos militares, que se lança numa agressiva política de exportação de produtos
industrializados (Carvalho, 1992). A política comercial, penalizava os produtos
agrícolas e estimulava a exportação de manufaturados. Mais especificamente, os
produtos agrícolas foram separados em dois grupos, os de exportações tradicionais,
como café, cacau e soja em grãos, e outro contendo os produtos alimentícios, como
arroz e feijão, e produtos destinados a agroindústria. O primeiro grupo sofreu alta
tributação ao ser exportado, além de parte da produção ser reservada para a
indústria agroalimentar. Já o grupo dos produtos alimentícios, sua exportação foi
proibida (Carvalho, 1992)..
Em reflexo dessas políticas comerciais, as indústrias nacionais que tinham
como matéria-prima os produtos agrícolas, tiveram um período de alto crescimento.
Tanto que segundo Carvalho (1992, p. 52) “Foram transportadas do exterior
indústrias fabris praticamente completas”, instalando – se no país um amplo parque
de Indústrias Agrícolas e Alimentícias. Essas, também tinha a sua atenção voltada,
para além do objetivo de exportação de industrializados, o mercado interno que
crescera graças aumento da população urbana, em decorrência do esvaziamento da
do campo (Carvalho, 1992).
Além das indústrias que dependiam da agricultura, o período é marcado pelo
surgimento também das Indústrias Para a Agricultura, responsável por insumos
modernos: maquinários sofisticados; implementos agrícola, como defensivos,
corretivos e fertilizantes (Carvalho, 1992). E ao lado dessas, surgiu um politica de
abertura de linhas de crédito ao setor agrícola. Porém, como aponta Carvalho
(1992), essa tecnologia e crédito, acabaram por ficar disponíveis apenas para os
grandes produtores, que graças a tal, tiveram parte do seu aumento de produção
advindo disso. Já para a outra parte, a maioria da unidade camponesa, o aumento
da produção continuou atrelada à expansão da fronteira agrícola.
23
Esse marco, para fins dessa análise, transita da década de 80 até os dias
atuais e tem como evidenciador a mudança da mentalidade no setor. Formado em
agronomia em Minas Gerais e, posteriormente, feito mestrado e doutorado nos
Estados Unidos, Eliseu Alves tem papel importante nesta mudança. Pois, após seus
estudos, concluiu que toda a prosperidade agrícola dos Estados Unidos, era em
decorrência dos investimentos em ciência e tecnologia (Filho, 2022). Convencido
que o Brasil deveria adotar esse mesmo modelo, acabou por participar de grupos,
ligados ao governo da época, quais após discussões, concluíram que o problema da
atividade agrícola do país não estava ligado a falta da difusão da tecnologia já
existente, mas sim à necessidade de produzir novas (Filho, 2022). O que culminou
na criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) em 26 de
abril de 1973 (Embrapa, 2022), onde Eliseu Alves ocuparia espaços institucionais.
A Embrapa, segundo Filho (2022), passaria a fazer entregas significativas a
partir da década de 80, como por exemplo a incorporação do Cerrado na produção
agrícola, conduzida graças aos estudos em relação a correção da acidez do solo,
bem como a tropicalização de sementes do cultivo de grãos. Outra, ainda citando
Filho (2022), foi a disseminação da técnica da fixação biológica do nitrogênio, que
diminui os custos das produções e propiciou o fomento do Programa Nacional do
Álcool (Proálcool), e ainda o grande crescimento da produção de soja. Sendo assim
a tecnificação da agropecuária, ao lado da produção e o aumento da procura
internacional, vem sendo destaques do setor nesse século XXI (Embrapa, 2022).
( ) ( ) ( )
n m
PTF 1 1 Y¿ 1 X jt
ln = ∑ ❑ ( S ¿ + Si ( t−1) ) ln − ∑ ❑ ( C jt +C j (t −1) ) ln (1)
PTF (t −1 ) 2 (i=1 ) Y i ( t−1) 2 j=1 X j (t −1 )
Vieira Filho e Gasque (2020) ainda explicam que Yi e Xj, são, nesta ordem, as
quantidades de produtos e de insumos; na mesma medida que S i e Cj, por essa
ordem, são as participações do produto “i”, no valor total da produção, e do insumo
“j”, no custo total dos insumos. Já, ainda segundo eles, o número de produtos e de
insumos são determinados por “n” e “m”.
Ainda, referente a obtenção desse índice, podemos especificar os produtos e
os insumos utilizados para fazer a relação. Esses, de acordo com Vieira Filho e
Gasques (2020), que para tal se baseiam nos Censos Agropecuários do IBGE, no
dos produtos, são: lavouras, silvicultura, agroindústria rural, extração vegetal,
27
2.3.2 PTF
2.3.3
Com os trabalhos de Gasques et al. & Vieira Filho e Gasques (2022; 2020),
que calculam o PTF num intervalo de tempo que compreende de 1975 a 2020, é
possível refletir sobre os aspectos desse índice, no sentido da sua interferência na
produção, bem como nos seus formadores. O resultados supracitados se encontram
na Tabela 3:
Tabela 3-Taxas anuais de crescimento de indicadores selecionados por todo período
de 1975 a 2020 (em %)
Já no que tange à administração rural, que por sua vez teria como papel
auxiliar no uso dos recursos da propriedade rural, no objetivo de auferir o aumento
de produtividade com diminuição dos custos (Calzavara, 1985), temos sua
importância para o setor, bem como a sua baixa difusão. A importância se deve,
pelo fato que estaria em contato com onde se obtém a produção: a atividade
agrícola. A qual é de natureza séria, já que está ligada a fatores como: clima,
natureza perecível do que se produz, oscilação de preço, doenças no rebanho ou
pragas nas plantações e a sazonalidade (Avila; Avila; Ferreira, 2002). Já a baixa
difusão, pode ter sua situação compreendida através de dois estudos:
No primeiro, realizado por Hofer, Borilli e Philippsen (2006) sobre a utilização
da contabilidade rural pelos agricultores do município de Toledo no Paraná, qual foi
realizado com cerca de 262 produtores rurais da região, se constatou que 37,79%
dos entrevistados guardavam as informações de suas atividades na memória,
portanto não registravam nem os fatos ou atos contábeis; 49,62% anotavam de
maneira escrita as despesas e receitas; 9,62% através de planilhas eletrônicas;
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: do autor
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS