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EDUARDO BENEDETI
ORIENTADOR: FABIANO RAMOS SANTOS
EDUARDO BENEDETI
ORIENTADOR: FABIANO RAMOS SANTOS
Dezembro/2023
Itapeva-SP
FOLHA DE APROVAÇÃO
FICHA CATALOGRÁFICA
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus pela saúde e determinação, e por ter feito com que
meus objetivos fossem alcançados, durante todos esses meus anos de estudos.
Aos meus familiares e amigos, que sempre estiveram ao meu lado, pela
amizade incondicional e pelo apoio demonstrado ao longo de todo o período de
tempo em que me dediquei a este trabalho e ao curso.
Agradeço também a FAIT pela oportunidade do curso e pela conjuntura de,
através de seus professore, me proporcionar os conhecimentos necessários para
este caminho ao longo dos anos e no desenvolver específico desta monografia.
Agradeço ao meu professor orientador, Fabiano Ramos Santos, por todo apoio
e profissionalismo com qual conduziu, junto a mim, o desenvolvimento do presente
trabalho.
“O poeta faz agricultura às avessas: numa
única semente planta a terra inteira”
(Mia Couto)
A INFLUÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DO AGRONEGÓCIO
ABSTRACT: This course conclusion work has as its theme the influence of
administration on agribusiness productivity. Aiming to understand the influence of
administration on agribusiness, in the specific sense of its productivity. The
development of the research is characterized as exploratory and was based on a
bibliographical survey of the referenced authors, through scientific articles, other
course completion works and theses. The results are expressed based on the
identification and subsequent understanding of how public administration, rural
administration and how the relationship between administration and technology
influences agribusiness productivity. To this end, an analysis of these three aspects
was carried out, and with regard to technology and administration, an analysis of an
indicator of this relationship, Total Factor Productivity or TFP, was also carried out.
Concluding that the influence of administration in agribusiness is due to three
aspects: public administration, rural administration, and the link between technology
and administration. Furthermore, it is emphasized that influence may not be limited to
these aspects alone. Also present in the work is the suggestion of new studies that
can expand the understanding of the results presented.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11
2 AGRONEGÓCIO.................................................................................................... 13
2.1 DEFINIÇÃO E HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO................................................13
2.2 AGRONEGÓCIO.................................................................................................18
2.2.1 O PIB do setor em 2022 e 2023......................................................................19
2.2.2 Evolução histórica..........................................................................................20
2.3 PRODUTIVIDADE DO AGRONEGÓCIO.............................................................28
2.3.1 Metodologia do PTF........................................................................................30
2.3.2 PTF................................................................................................................... 31
2.4 ADMINISTRAÇÃO E A PRODUTIVIDADE DO AGRONEGÓCIO........................33
2.4.1 Administração pública....................................................................................33
2.4.2 Administração rural........................................................................................34
2.4.3 Tecnologia e administração...........................................................................35
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................37
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................38
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................40
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 41
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1 INTRODUÇÃO
2 AGRONEGÓCIO
2.2 AGRONEGÓCIO
Com essa divisão se percebe que todos os setores do ramo pecuário tiveram
uma evolução negativa, com destaque para o do agrosserviços que sozinho foi
responsável por mais da metade de toda a desvalorização do ramo, enquanto o
setor dos insumos, desconsiderando sua proporcionalidade, foi pelo menor. Já o
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ramo agrícola, com exceção do setor de insumos, apresenta como um todo uma
evolução positiva, tendo como destaque o setor primário. Com um PIB em ordem de
trilhões, ainda segundo Cepea e CNA (2023), seguindo a estimativa, o agronegócio
será responsável por 24,6% de toda a economia nacional em 2023. As instituições
ainda apontam que, apesar de ser um valor considerável é ainda menor que os 25%
de 2022.
do fato que sabia do pouco futuro que viria da extração do pau-brasil, alcançou dois
objetivos: a expansão portuguesa através das vilas e a sua sustentação pela
indústria açucareira. Os maiorais desse frota, contando com Martim, deram a
Portugal o oportuno conselho econômico, nas ilhas até então nuas de trabalho
agrário, a cana-de-açúcar de muito serviria, de modo que assim o povoamento do
Brasil começava (Calmon, 1939), bem como, o desenho do que viria ser o mesmo
no mercado do açúcar. Ao final do século XVI, segundo Furtado (1969, p.47, apud
Carvalho, 1992), se admite a existência de 120 engenhos na então colônia
portuguesa.
Até o final do século XVII, como explica Carvalho (1992), nenhuma outra
atividade agrária, que não o açúcar, se fez presente no Brasil de modo evidente, a
configurando como monocultura. E mesmo a renda produzida por esta, não ficava
na colônia para desenvolvê-la, mas sim era exportada para a Europa através da
potência comercial que Portugal era. O que desenhava o sistema econômico qual
prevaleceria entre a colônia e o colonizador, marcado pela forte submissão desta
para com este, o mercantilismo (Carvalho, 1992).
Além disso, pode se verificar que a característica principal da mão de obra
dessa atividade era a escravidão. Inicialmente, o povo escravizado foram os naturais
da terra, os indígenas, porém, de acordo com o seu modo de sobrevivência prévia,
estes não se submeteram facilmente. Tal acontecimento fez Portugal se voltar à
Africa, onde acabara por conseguir a mão de obra considerada “ideal” (Carvalho,
1992). Nessa época, segundo Furtado (1969, p.47, apud Carvalho, 1992),
considera-se a existência de cerca de vinte mil escravos no nosso território, qual três
quartos destes era destinado somente à atividade açucareira. As características da
produção se voltavam ao uso da terra, mão de obra e tecnologia simples.
A Figura 2, inicia com o marco quatro, qual compreende do final século XIX
até a década de 40 e, segundo Cavalho (1992), o que marca o comportamento da
economia é o café. Graças a ele a economia nacional se expande, especificamente
por estímulos externos, como aumento da demanda e elevação do preço, e internos,
como abundância de terras e mão de obra, bem como as políticas estatais. Nesse
tempo o sistema capitalista passa a reger com mais nitidez as relações no campo,
como resultado disso se expressa, as já citadas, relações de trabalho assalariadas e
a terra como reserva de valor (Carvalho, 1992).
O dinamismo do café, basicamente em relação a sua precificação, faz criar
um dinamismo também na economia do país. Outra característica desse período
como aponta Carvalho (1992), é a dualidade do sistema agropecuário, enquanto um
segmento da produção era voltado a demanda externa, a exportação, a outra era
para a interna. Bem como o financiamento dessas, passam estar mais ligado a
atuação do Estado. Ainda segundo ele, como no período anterior, o aumento da
produção estava somente ligado à expansão da fronteira agrícola.
Esse período, que, como exposto por Carvalho (1992), compreende de 1930
a 1986, corresponde há várias mudanças políticas, que se traduziram também em
mudanças tributárias nas exportações do agronegócio e na agroindústria. Ele ainda
disserta que muitas destas favoreciam a agroindústria em detrimento das
exportações, porém com um objetivo. A primeira mudança política, de importância ao
que se analisa aqui, é o Estado Populista instaurado no país pela Revolução de
1930. Que em conjunto com o novo pacto de poder, que passaria deixar em
segundo plano a burguesia relacionada à agropecuária exportadora e se voltaria
mais a da burguesia industrial, também trouxe um processo de industrialização
denominado pelos teóricos de “modelo substitutivo de importações” (Carvalho,
1992). Com ele, o Estado passa a extrair recursos da agropecuária para financiar a
industrialização, através de políticas econômicas cambiais, tributárias e comerciais
(Carvalho, 1992).
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grandes produtores, que graças a tal, tiveram parte do seu aumento de produção
advindo disso. Já para a outra parte, a maioria da unidade camponesa, o aumento
da produção continuou atrelada à expansão da fronteira agrícola.
(Carvalho, 1992). Outro ponto, é que o Estado é o responsável por um dos principais
elementos dinamizador de todo esse sistema: a politica de crédito rural. Qual
abrange desde o produtor em suas atividades agrícolas, até as atividades industriais
(Carvalho, 1992).
Esse marco, para fins dessa análise, transita da década de 80 até os dias
atuais e tem como evidenciador a mudança da mentalidade no setor. Formado em
agronomia em Minas Gerais e, posteriormente, feito mestrado e doutorado nos
Estados Unidos, Eliseu Alves tem papel importante nesta mudança. Pois, após seus
estudos, concluiu que toda a prosperidade agrícola dos Estados Unidos, era em
decorrência dos investimentos em ciência e tecnologia (Filho, 2022). Convencido
que o Brasil deveria adotar esse mesmo modelo, acabou por participar de grupos,
ligados ao governo da época, quais após discussões, concluíram que o problema da
atividade agrícola do país não estava ligado a falta da difusão da tecnologia já
existente, mas sim à necessidade de produzir novas (Filho, 2022). O que culminou
na criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) em 26 de
abril de 1973 (Embrapa, 2022), onde Eliseu Alves ocuparia espaços institucionais.
A Embrapa, segundo Filho (2022), passaria a fazer entregas significativas a
partir da década de 80, como por exemplo a incorporação do Cerrado na produção
agrícola, conduzida graças aos estudos em relação a correção da acidez do solo,
bem como a tropicalização de sementes do cultivo de grãos. Outra, ainda citando
Filho (2022), foi a disseminação da técnica da fixação biológica do nitrogênio, que
diminui os custos das produções e propiciou o fomento do Programa Nacional do
Álcool (Proálcool), e ainda o grande crescimento da produção de soja. Sendo assim
a tecnificação da agropecuária, ao lado da produção e o aumento da procura
internacional, vem sendo destaques do setor nesse século XXI (Embrapa, 2022).
terra e a pesquisas. Coisas essas, ainda segundo eles, relacionadas a mão de obra,
terra e ao capital.
Já no âmbito da segunda questão, por mais que temos como certo que houve
aumento da produtividade do agronegócio no nosso país, é necessário, para os fins
desse trabalho, a observação de um índice específico baseado em dados oficias.
Em consonância com essa ideia, Martins e Laugeni (2001 apud Nigro, 2005)
explicam que para o a obtenção de um índice de produtividade é necessário o uso
dos recursos envolvidos, a produtividade parcial, e um conjunto de fatores ou todos
os fatores envolvidos, a chamada Produtividade Total dos Fatores (PTF). Aqui, em
decorrência de vários artigos calculando e o analisando, se opta pelo PTF.
( ) ( ) ( )
n m
PTF 1 1 Y it 1 X jt
ln = ∑ ( Si t + S i (t − 1) ) ln − ∑ ( C j t +C j (t −1) ) ln (1)
PTF (t − 1) 2 ( i=1 ) Y i (t −1) 2 j=1 X j ( t −1 )
Vieira Filho e Gasques (2020) ainda explicam que Yi e Xj, são, nesta ordem,
as quantidades de produtos e de insumos; na mesma medida que S i e Cj, por essa
ordem, são as participações do produto “i”, no valor total da produção, e do insumo
“j”, no custo total dos insumos. Já, ainda segundo eles, o número de produtos e de
insumos são determinados por “n” e “m”.
Ainda, referente a obtenção desse índice, podemos especificar os produtos e
os insumos utilizados para fazer a relação. Esses, de acordo com Gasques e Filho
(2020), que para tal se baseiam nos Censos Agropecuários do IBGE, no dos
produtos, são: lavouras, silvicultura, agroindústria rural, extração vegetal,
horticultura, produção animal e pecuária. Já nos dos insumos: terra, pessoal
ocupado, número de tratores, adubos e corretivos, agrotóxicos e energia elétrica.
2.3.2 PTF
Com os trabalhos de Gasques et al. & Filho e Gasques (2022; 2020), que
calculam o PTF num intervalo de tempo que compreende de 1975 a 2020, é possível
refletir sobre os aspectos desse índice, no sentido da sua interferência na produção,
bem como nos seus formadores. O resultados supracitados se encontram na Tabela
3:
Se o observa, a partir da imagem, que 1990 a 1999 é o período que esse fenômeno
ocorre com mais evidencia, pois é onde a participação do PTF chega a 88% (Gasques et
al., 2022). Segundo Gasques et al. (2022), essa participação tão expressiva do PTF
no produto, indica ainda a importância da tecnologia no aumento da produção desse
setor.
Já no que tange à administração rural, que por sua vez teria como papel
auxiliar no uso dos recursos da propriedade rural, no objetivo de auferir o aumento
de produtividade com diminuição dos custos (Calzavara, 1985), temos sua
importância para o setor, bem como a sua baixa difusão. A importância se deve, pelo
fato que estaria em contato com onde se obtém a produção: a atividade agrícola. A
qual é de natureza séria, já que está ligada a fatores como: clima, natureza perecível
do que se produz, oscilação de preço, doenças no rebanho ou pragas nas
plantações e a sazonalidade (Avila; Avila; Ferreira, 2002). Já a baixa difusão, pode
ter sua situação compreendida através de dois estudos:
No primeiro, realizado por Hofer, Borilli e Philippsen (2006) sobre a utilização
da contabilidade rural pelos agricultores do município de Toledo no Paraná, qual foi
realizado com cerca de 262 produtores rurais da região, se constatou que 37,79%
dos entrevistados guardavam as informações de suas atividades na memória,
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: do autor
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS