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A FAMÍLIA DO FUTURO SERÁ SEM VIOLÊNCIA?

Pesquisando assunto sobre as relações interfamiliares para um possível texto deparei-me


com o brilhante texto da terapeuta de casal e de família Deonira L. Viganó La Rosa o
qual transcrevo trechos abaixo para nossa reflexão.
Nossos esforços para eliminar a violência, seja na família ou na sociedade, não são uma
questão de escolha, de generosidade, ou de bom temperamento. Antes, são uma
obrigação que nos foi imposta por nossa humanidade e por nossa interdependência. Se
somos civilizados e humanizados, vamos dedicar tempo e criar estratégias para construir
a paz, diminuindo a violência, cada vez mais aguçada nos dias atuais.
A família sempre foi e continuará sendo o meio mais propício para que as futuras
gerações de crianças possam crer e formar sua opinião sobre si mesmas, sobre o mundo
e sobre o fim e o sentido da vida.

No passado, a maioria das famílias era baseada sobre o poder. O poder exige
conformidade a um modelo de obediência, difícil de aceitar na era da participação e da
valorização da democracia.

Mais recentemente, uma revolta contra este modelo levou à família indulgente, onde
não há autoridade alguma e onde tudo é permitido. Neste tipo de família os membros
acabam por acreditar que a coisa mais importante da vida é obter aquilo que querem.
Isto leva a um entrelaçamento confuso entre pensamentos e emoções.

No mundo interdependente de hoje, estes tipos de família estão sendo abortados. A


única solução é inventar uma nova família.

A família do futuro é uma família baseada na UNIDADE. Tal família está radicada
sobre a igualdade entre o homem e a mulher e sobre a justiça para com todos os seus
membros. Estas famílias se distinguem por sua cooperação, sua maturidade e seu amor
não egoísta. Uma família fundada sobre a unidade, por sua própria natureza, é
desprovida de violência.

Habitualmente, os psicólogos falam dos traumatismos da família, os advogados falam


dos direitos dos seus membros, e assim por diante. Hoje, é necessário desenvolver uma
nova maneira de ver as coisas – uma maneira integrada e multidisciplinar. Todas as
áreas devem reunir-se e debater o problema de maneira global e integrada.

Até no final da novela Insensato Coração houve uma apologia à família, quando a
matriarca levanta a taça, nomeia os mais diversos tipos de organizações familiares no
mundo de hoje, e termina fortalecendo a unidade e o amor entre todos, como o
essencial. Viva a família!

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