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estilo de família, mas justamente a falta de

A um estilo pré-determinado. Hoje em dia,


podemos identificar esses três tipos básicos
de família coexistindo, com suas variações,

SOCIEDADE cada família a seu modo.

Quando a sociedade muda, é chegada a

MUDOU, E
hora de mudarmos também. Não há como se
viver de forma adequada se mantivermos
conceitos que não fazem mais parte da
realidade social. A ideia da família da

AS propaganda de margarina não existe, ou


seja, acreditar ou aceitar que só um tipo
estereotipado é correto ou adequado é, no

FAMÍLIAS
mínimo, um comportamento preconceituoso.
As pessoas costumam achar que o seu modo
de viver é o correto, quando na verdade é
apenas a sua escolha, ou seja, é o certo para

TAMBÉM você, mas pode não ser para o outro. Aceitar


diferenças, conviver com as escolhas e com
o modo de viver de cada um é o mínimo que
se pede a uma sociedade moderna e
“Paz e harmonia: eis a verdadeira riqueza de intelectualizada.
uma família.” (Benjamin Franklin)
Julgar o diferente modo de viver de uma
Nas relações sociais está o epicentro da pessoa ou exercer repulsa sobre o tipo de
nossa vida emocional. O século XX foi palco família que se estabelece na casa do vizinho
de mudanças marcantes na sociedade, é coisa de gente pouco informada, e acima
principalmente pelo surgimento de novos de tudo, pouco afetiva. O afeto é nosso
tipos de família. Segundo a antropologia, grande aliado na busca pela saúde mental e
existem três tipos básicos de família: por relações emocionais felizes. O afeto não
tradicional, nuclear e pós-moderna. A precisa de um modelo tradicional de família
tradicional é aquela família geralmente para existir. Amar é possível, e se me
numerosa, centrada na autoridade do permitem a franqueza, muitas vezes o amor
patriarca, mais comum até a primeira metade é mais fácil de ser visto em núcleos
do século passado. Eram considerados familiares pós-modernos do que em modelos
"familiares" não só os pais e filhos, mas todo tradicionais e muitas vezes preconceituosos
o entorno familiar (avós, tios, primos), e as e provincianos de famílias.
relações eram baseadas nos conceitos
morais e autoritários da época. Hoje em dia as datas comemorativas e os
finais de semana de muitas crianças têm
A família nuclear, ou psicológica, é aquela seguido rotinas bem diferentes das minhas,
surgida a partir da metade do século XX, por exemplo, que cresci em um modelo de
fundamentada basicamente em pai, mãe e família tradicional, porém, tão, ou até mais
poucos filhos. As relações não são mais tão felizes. Cabe a cada um de nós, olhar para
autoritárias, e o conceito de família engloba toda essa evolução com olhos mais afetivos
um núcleo mais caseiro. e de maior aceitação. Se você não consegue
– ainda - aceitar essa diversidade toda, está
A família pós-moderna é a que mais tem
na hora de procurar ajuda e começar a amar
crescido atualmente, aquela em que não
mais (e a julgar menos). Cuidado para não se
existem regras básicas de parentesco. Filhos
tornar um “inquisidor” e acabar réu de seu
morando com só um dos pais devido ao
próprio julgamento. Ainda vejo muita gente
divórcio, casais sem filhos, uniões
infeliz, vivendo de fachada, de inverdades e
homossexuais, casais que se uniram depois
exercendo crueldades, criando assim seu
de casamentos anteriores e que cuidam dos
próprio cárcere emocional. Uma criança não
filhos de ambos, etc. Na verdade, não é um
é mais ou menos feliz porque tem os pais
morando juntos na mesma casa, mas
certamente será menos feliz se lhe faltar
afeto e atenção – e sofrera se for vítima de
preconceito. É nossa obrigação, enquanto
parte da sociedade, acima de tudo, não julgar
a quem quer que seja. Modelos devem ser
criados baseados no amor. Antes de
preocupar-se com a forma que o outro
escolheu para viver, proponha um
questionamento a si mesmo:

-Você é feliz? Você ama e sente-se amado


pela sua família?

Se a resposta for negativa, pare de olhar


para fora, e olhe para dentro, gaste a sua
energia com uma obrigação que temos
conosco nesse jogo que é a vida: amar e ser
feliz.

©
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do_usuario/2015/a-sociedade-mudou-e-as-
familias-tambem.html#ixzz59I1OeOJ9
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