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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS – UFGD

FACULDADE DE ENGENHARIA – FAEN

Geovana Gregorio Silverio


Laura Cândido da Silva
Pedro Henrique Justo dos Santos
Rayane Silva Rosa
Sandro Henrique Duarte Venancio de Moraes

Engenharia Civil

Arquitetura e Urbanismo

PROJETO ARQUITETÔNICO

Engenharia Civil

Arquitetura e Urbanismo

Dourados - MS

22/10/2023
INTRODUÇÃO

Um memorial descritivo em um projeto arquitetônico desempenha um papel


fundamental ao fornecer uma narrativa detalhada que acompanha as plantas,
desenhos e especificações técnicas. Ele serve como um guia explicativo, permitindo
que os leitores, como arquitetos, engenheiros, construtores e clientes,
compreendam integralmente a visão por trás do projeto, com ele é possível ter:

1. Clareza e Compreensão: O memorial descritivo fornece uma compreensão


clara do projeto, ajudando todos os envolvidos a visualizar o resultado final.
2. Documentação Legal: É um documento fundamental para cumprir
regulamentos e normas locais, facilitando a aprovação de licenças e permissões.
3. Comunicação Eficiente: Serve como um meio de comunicação crucial entre o
arquiteto, engenheiros, construtores e demais partes interessadas, minimizando
erros de interpretação.
4. Racionalização de Decisões: Explica as decisões de projeto, justificando
escolhas de materiais, layout e soluções técnicas.
5. Registro Histórico: Documenta as informações-chave do projeto para
referência futura e manutenção da edificação.
6. Valor Agregado: Aumenta o valor do projeto, proporcionando confiança aos
investidores, clientes e financiadores.

No memorial descritivo, são abordados aspectos como a concepção, o contexto,


as escolhas de materiais, o propósito e a funcionalidade do edifício, além de normas
e regulamentações relevantes. Desempenha um papel central na concretização
bem-sucedida de um projeto arquitetônico, garantindo que todas as partes
envolvidas tenham uma compreensão clara e compartilhada do trabalho a ser
realizado.
1. MEMORIAL DESCRITIVO
1.1 INFORMAÇÕES DO CLIENTE

NOME: Madelyn Sophie Park e Christopher Park Leblanc


ESTADO CIVIL: Casados
FILHOS: 1 filho
PROFISSÃO: Madelyn é empresária, CEO da sua empresa Sophie Makeup,
trabalha em home office e seu marido Christopher trabalha em seu escritório
como CEO na construtora e incorporadora Hometec.
RECEBE VISITAS: Costumam receber visitas dos pais ou amigos em alguns
finais de semana, mas não com muita frequência.
GOSTOS E PREFERÊNCIA: Gostam de ambiente com espaço e conforto,
preferindo casas com estilo mais moderno, apesar de não receberem muitas
visitas, gostam de um espaço de lazer para relaxar e descansar, como
também de áreas verdes em seu exterior.
2. ENDEREÇO DA OBRA
Figura 1- Localização do lote.

Fonte: WebGis Dourados, 2023.

3. ESTUDOS PRELIMINARES
3.1– Análise do terreno e do entorno (com foto e localização no mapa)
Figura 02 - Terreno 10m x 20m

Fonte: De autoria própria.


Rede de transportes públicos e condição de vias: O bairro possui diversas vias de
acesso e também rede de transporte público, as vias de acesso estão ilustradas no
mapa 02 e a rota está ilustrada no mapa 01.

Mapa 01 – Rota do transporte público

Fonte: Horários e Linhas – Viação Dourados, 2023

Mapa 02 - Condições de Vias

Fonte: WebGis Dourados, 2023

3.2 Pavimentação em boas condições: Uma via em boas condições apresenta


uma superfície de pavimentação lisa, sem rachaduras, buracos ou desgastes
significativos. A sinalização horizontal, como faixas de trânsito e marcação de
cruzamentos, está claramente visível e bem mantida, ilustrada na figura 02.
Figura 03 – Condições das vias entorno do terreno

Fonte: De autoria própria, 2023.

3.3 Produção de ruídos e vibrações: (fotos e histórico do local)


Histórico: Antigamente, na região do loteamento era localizada uma fazenda.

Produção de ruídos:

● Tráfego de veículos: O ruído gerado pelo tráfego de veículos na MS 156,


como carros, motocicletas e caminhões, pode ser uma das fontes de ruído
em áreas urbanas. Além do barulho dos motores, o atrito dos pneus com o
pavimento e o impacto dos veículos em buracos e obstáculos podem gerar
vibrações perceptíveis, mas devido à distância, não o suficiente para impactar
na forma de construção.
● Construções e obras: Obras de construção civil, como demolições,
escavações, uso de maquinário pesado e batidas de martelo, podem gerar
ruídos e vibrações significativas. Essas atividades são temporárias, mas
podem causar desconforto aos moradores próximos. No local, por ser um
loteamento recente, apresenta muitas obras em andamento, ilustrada na
figura 03, 04 e 05.
Figura 04- construções Figura 05 – construções Figura 06 - construções

Fonte: De autoria própria, 2023 Fonte: De autoria própria, 2023 Fonte: De autoria própria, 2023

● Perturbação sonora: O bairro irá se desenvolver, por estar localizado próximo


de outras regiões, vai gerar um grande fluxo de veículos. Deve-se levar esse
fator em consideração ao desenvolver o esquema de esquadrias e etc.

3.4 Disponibilidade de pontos de acesso dos serviços de energia, água,


esgoto, internet e outros:

O local possui disponibilidade de pontos de acesso para serviços de energia,


iluminação pública, água, esgoto e internet, precisa apenas se enquadrar nos
requisitos necessários para realizar a ligação dos mesmos.

Figura 07 – Serviço de energia

Fonte: De autoria própria, 2023

Localização geográfica e histórico da região, sendo verificado se a região alaga,


se há afloramento de lençóis freáticos, enxurradas e outros.
O terreno se apresenta em uma região onde possui rede de sistema de
drenagem, que desempenha um papel fundamental no gerenciamento das águas
pluviais em uma área urbana. Permite uma coleta de água adequada, transporte de
água, controle de enchentes, prevenção de erosão do solo, o que influencia no fato
da região não alagar e não haver afloramento de lençóis freáticos.

Figura 08 – Boca de lobo

Fonte: De autoria própria, 2023.

● Coleta de água: A rede de drenagem coleta a água da chuva que cai nas
superfícies impermeáveis, como ruas, calçadas e telhados, evitando o
acúmulo excessivo e o alagamento dessas áreas.

● Transporte de água: Os canais, galerias pluviais e bueiros da rede de


drenagem são responsáveis por transportar a água coletada para áreas de
descarga, como rios, córregos, lagos ou o mar. O objetivo é garantir um
escoamento adequado e seguro da água pluvial, evitando danos e riscos à
infraestrutura e às comunidades.

● Controle de enchentes: A rede de drenagem é projetada para gerenciar o


volume de água durante eventos de chuva intensa, reduzindo o risco de
inundações e minimizando danos às propriedades e ao meio ambiente.

● Prevenção de erosão do solo: O adequado dimensionamento e o projeto da


rede de drenagem também podem ajudar a prevenir a erosão do solo
causada pelo escoamento descontrolado da água pluvial, protegendo a
estabilidade do terreno e evitando a degradação ambiental.

● A eficiência e o bom funcionamento da rede de drenagem dependem de uma


combinação de elementos, como o correto dimensionamento dos condutos, a
manutenção adequada dos sistemas de drenagem e a consideração dos
fatores hidrológicos e topográficos da área em questão. O planejamento e a
gestão eficazes da rede de drenagem são essenciais para garantir uma
infraestrutura urbana resiliente e para minimizar os impactos negativos das
chuvas intensas.

3.5 Patologias construtivas mais frequentes na vizinhança


A determinação das causas de anomalias em edifícios habitacionais é tarefa
bastante complexa e extremamente difícil. Nem sempre é possível identificar uma
causa de forma única e clara, dado, por exemplo, a grande variedade de elementos
e materiais constituintes do edifício, as múltiplas funções que desempenham as
várias partes de um edifício e os elementos de construção que o integram, a
complexidade do meio ambiente que envolve o edifício e os diversos tipos de
atividades dos seus utentes, e a atuação simultânea dos diversos agentes
causadores (PAIVA, et al., 2007).
Existem várias patologias construtivas que podem ocorrer devido a problemas nas
fundações, independentemente do tipo de fundação utilizada. Aqui estão algumas
das patologias mais frequentes relacionadas a fundações:

1. Assentamento diferencial: É uma das patologias mais comum e ocorre


quando diferentes partes da estrutura sofrem recalques (afundamentos)
diferentes. Isso pode acontecer devido a variações nas características do
solo, erros de projeto ou execução das fundações. O assentamento
diferencial pode causar deformações na estrutura, rachaduras e danos em
elementos como paredes, pisos e lajes.
Figura 9– Fissuração devido a assentamento diferencial de fundações
(à esquerda) e fissuração na ligação de paredes ortogonais (à direita)

Fonte: ResearchGate

2. Trincas e fissuras: As fundações inadequadas podem levar ao surgimento de


trincas e fissuras nas paredes, lajes e demais elementos estruturais. Isso
pode ocorrer devido a movimentações diferenciais da estrutura, sobrecargas
excessivas ou problemas de estabilidade das fundações.

Figura 10 – Trincas e fissuras devido a fundação.

Fonte: Gilberto Abelha/Arquivo/Gazeta do Povo| Foto: Gilberto Abelha - Jornal de Londrina

3. Deslocamento horizontal: O deslocamento horizontal das fundações pode


ocorrer devido à ação de forças laterais, como empuxo do solo ou cargas
externas. Isso pode comprometer a estabilidade da estrutura e resultar em
deformações e danos.
4. Instabilidade das fundações: Fundações mal dimensionadas ou executadas
podem apresentar problemas de instabilidade, como a falta de capacidade
para suportar as cargas previstas. Isso pode levar ao colapso parcial ou total
da estrutura.
5. Corrosão: A corrosão afeta principalmente estacas metálicas, como estacas
de aço. A exposição a ambientes agressivos, como solos com alta acidez ou
água salgada, pode levar à corrosão das estacas. A corrosão enfraquece a
estrutura das estacas e pode levar ao colapso das fundações.
6. Erros de execução: Problemas na execução das fundações, como erros na
concretagem ou na cravação das estacas, podem resultar em problemas
construtivos. Esses erros podem comprometer a resistência e a estabilidade
das fundações, levando a problemas estruturais.

É importante ressaltar que a prevenção e a detecção precoce dessas patologias


são fundamentais. Para isso, é necessário realizar um projeto adequado das
fundações, com base em estudos geotécnicos e considerando as cargas e
características do solo. Além disso, é essencial seguir boas práticas construtivas
durante a execução das fundações e realizar inspeções e monitoramentos
periódicos para identificar qualquer problema e realizar as devidas correções.

3.6 Tipos de fundações utilizado nas edificações próximas ao lote


Fundação profunda: Estaca 3 – 4m cavado trado manual comum para a região

É importante destacar que não existe uma “receita de bolo”, é necessário fazer
análise das particularidades do terreno, assim determinar o melhor tipo de fundação
para a construção.

A fundação escolhida para o nosso projeto foi a fundação bloco sobre estacas,
essa fundação é um sistema híbrido que combina características de fundação em
bloco e estacas. Nesse método, estacas são utilizadas para transmitir as cargas da
estrutura para camadas mais profundas do solo, enquanto blocos de concreto são
dispostos sobre as estacas para distribuir uniformemente a carga e proporcionar
estabilidade lateral.

Essa abordagem é comumente escolhida em locais com solos menos estáveis,


onde a fundação convencional em bloco pode não ser suficiente para suportar as
cargas da estrutura. A combinação de estacas e blocos permite adaptar a fundação
às condições específicas do solo, proporcionando uma solução mais robusta e
eficiente em termos de engenharia.

3.7 Condições de insolação e ventilação de acordo com a orientação do


terreno
Terreno com orientação sul pode receber menos luz solar direta, especialmente
no hemisfério norte. Isso pode afetar a entrada de luz natural nas áreas internas da
construção.
Terrenos com orientação predominante dos ventos dominantes podem facilitar a
ventilação natural. Ao posicionar aberturas (janelas, portas) nas fachadas voltadas
para os ventos predominantes, é possível promover a entrada de ar fresco e a saída
do ar quente.
Levando em consideração esses fatores, para melhor conforto, as esquadrias
serão posicionadas para o lado leste.

Figura 11 – Norte do terreno

Fonte: Maps, 2023.

4 – Normatização do edifício
4.1 Condição do terreno junto às instituições governamentais.
O lote foi financiado, atualmente está a contrato a poder da vendedora.
4.2 Valor do imóvel
O valor do imóvel possui é de R$72370,00 (SETENTA E DOIS MIL E
TREZENTOS E SETENTA REAIS), ao comparar com outros da região, o valor é
condizente aos demais.

Tabela 01 - Forma de pagamento:


Parcelas Série Meio pagamento valor
1 Ent corretagem dinheiro R$850,00
8 Corretagem parcela R$298,00
232 parcela parcela R$298,00
As prestações mensais são corrigidas anualmente por juros remuneratórios de
6% ao ano. Levando em consideração os juros anuais, o valor final estimado é
R$135.983,3126.

4.3 Condições de construção prescritos pela prefeitura para a região do lote


Informações do terreno

Fonte: Luos, 2023.

A Área de Uso Misto (AUM) e Via coletora (VC).


§ 1º. A Área de Uso Misto é a mais abrangente da Zona Urbana do Distrito Sede
do Município, possibilitando a descentralização das atividades comerciais e de
serviços da cidade para melhor atender à população local.
§ 2º. Os usos não-habitacionais de baixo e médio impactos são permitidos nas
vias coletoras ou de hierarquia superior, e os usos de baixo impacto são permitidos
nas vias locais, desde que atendam ao disposto na Tabela 01 da presente lei.
§ 3º. Em todas as vias da Área de Uso Misto (AUM) serão permitidas as
edificações habitacionais multifamiliares horizontais e verticais. (Redação dada pela
LC nº 235, 16/12/2013)
Dados retirados da tabela (coluna VC):
Coeficiente de Aproveitamento: AUM 3.0
Taxa de ocupação básica TOB: AUM 60%
Taxa de permeabilidade do Solo TPS: AUM 85%
Rebaixamento Guia RG: AUM 40%
Passeio Público PPC: AUM 1,50m
Densidade demográfica. líquida DDL: AUM 600
Densidade construção DC: AUM 50
AD e ED: AUM 7,50 100%
Dimensão mínima lotes DML: AUM 300,00m²
Testada frontal mínima TFM: AUM 12,00
4 Esquematização/Fluxograma
4.4 Plantas baixa de Circulação

Figura 12 - Planta do Pavimento Térreo Circulação

Fonte: autoria própria (2023)


Figura 13 Planta do Pavimento Superior Circulação

Fonte: autoria própria (2023)


5 – Programa de necessidades

Algumas necessidades básicas estão geralmente vinculadas a edificações


residenciais. Aqui estão algumas delas:

● Espaço habitável: A obra deve proporcionar espaços adequados e funcionais


para a vida diária dos moradores, incluindo quartos, salas, cozinhas,
banheiros, áreas de serviço, entre outros ambientes, dependendo do
tamanho e do propósito da residência.

● Conforto térmico e acústico: A obra deve levar em consideração o conforto


térmico e acústico dos ocupantes, garantindo uma temperatura agradável e
reduzindo a transmissão de ruídos externos.

● Segurança estrutural: A edificação residencial deve ser projetada e construída


de forma a garantir a segurança dos ocupantes, resistindo a cargas, ventos,
sismos e outras ações externas.

● Adequação às normas e regulamentos: A obra deve atender às normas e


regulamentos locais relativos à construção de edifícios residenciais, incluindo
aspectos relacionados à segurança, acessibilidade, saúde e sustentabilidade.

● Eficiência energética: É importante considerar a eficiência energética na


construção de edificações residenciais, buscando reduzir o consumo de
energia por meio de isolamento térmico, orientação solar adequada, uso de
sistemas de aquecimento e refrigeração eficientes, iluminação natural e
dispositivos de economia de energia.

● Acessibilidade: A obra deve ser projetada para permitir o acesso e a


mobilidade de todas as pessoas, incluindo idosos e pessoas com deficiência,
com a incorporação de rampas, elevadores, corredores amplos e outras
soluções adequadas.

● Infraestrutura básica: A edificação residencial deve ser conectada às redes de


abastecimento de água, esgoto, eletricidade e telecomunicações de forma
adequada e segura.
6 - Quadros e esquadrias

Tabela 2- Quadros e esquadrias

Portas e Janelas Dimensões (m) Modelo Material

P1 0,80 x 2,10 Pormade frizzatta Madeira

P2 1,00 x 2,10 Pormade frizzatta Madeira

P3 0,70 x 2,10 Pormade frizzatta Madeira


porta dupla

P4 0,90 x 2,10 Pormade frizzatta Madeira

Vivace Artens de
P5 1,83 x 2,13 duas folhas Vidro e alumínio

P6 1,10 x 2,76 Vivace Artens de Vidro e alumínio


correr duas folhas

P7 0,90 x 2,10 Porta de uma folha Madeira


com puxador

P8 1,10 x 3,0 Porta de uma folha Vidro pivotante


temperado

P9 5,10 x 3,0 Portão de garagem Alumínio


clássico

P10 2,30 x 4,5 Parede de vidro Vidro

P11 2,20 x 3,00 Parede de vidro Vidro

J1 1,20 x 0,50 Casement double Vidro e alumínio


duas folhas
J2 1,0 x 1,10 x1,60 Casement double Vidro e alumínio
duas folhas

J3 1,50 x 1,10 x1,10 Casement double Vidro e alumínio


duas folhas

Figura 14 - Pavimento térreo Figura 15 - Pavimento superior

Fonte: autoria própria (2023)

6.1 - Materiais usados

● PAREDES: Foi utilizado a alvenaria tradicional de tijolo, como no terreno o


norte fica localizado aos fundos, então não tem muita incidência de sol e por
isso somente a alvenaria tradicional é o bastante.
● LAJE: Foi usada a laje pré moldada, onde por ser uma construção de
sobrado, essa laje irá atender todas as necessidades, sendo bem resistente
por si só para manter a estrutura estável, como também distribuindo o peso
para os pilares e vigas.

● COBERTURA: O sobrado terá uma cobertura de telhado embutido, junto com


telhas de fibrocimento, que são telhas de ótimo custo e bem resistentes

● FORROS: No interior do sobrado os forros serão de gesso drywall , onde irá


proporcionar uma estética melhor, um ambiente com mais conforto térmico ,
além da sua fácil instalação, com mais resistência e durabilidade por ser
fixado em estruturas metálicas

● PINTURA: Todas as paredes terão a tinta branca como utilizada para trazer
melhor luminosidade ao ambiente, já que o norte se localiza aos fundos da
casa, e também por ser uma cor muito boa em relação a melhor conforto
térmico.
7 - Cálculo da área de ocupação e Coeficiente de aproveitamento

7.1 Cálculo da área de ocupação

Figura 16 - Pavimento térreo Figura 17- Pavimento superior

Fonte: autoria própria (2023)


Figura 18- Pavimento térreo Figura 19 - Pavimento superior

Fonte: autoria própria (202

● Área total do terreno: 10 x 20= 200m²


● Taxa de ocupação básica TOB: AUM 60%
● Área total construída: 97,50m²

● Área que pode ser ocupado no terreno

200m² 一 100%

X 一 60% → 12.000 = 100X → X= (12.000 ÷ 100) → X=120m²

● Parte ocupada pelo terreno

97,50 ÷ 200= 0,4875


0,4875 x 100%= 48,75%
Através dos cálculos, foi possível observar que esta dentro da norma

7.2 Coeficiente de aproveitamento

● Coeficiente de aproveitamento básico CAB: 3

● área de construção máxima permitido pelo lote


3 x 200= 600m²

● Soma da área total construída dos dois pavimentos:


97,50m² x 2 = 195m²

● Coeficiente de aproveitamento
195 ÷ 200 = 0,97

8 - Escolha da posição dos cômodos

A posição dos cômodos no pavimento térreo foi planejada para otimizar o fluxo e a
funcionalidade do espaço. A sala de estar, equipada com sofá e TV, está
estrategicamente posicionada no início para proporcionar um ambiente acolhedor e
de convívio social imediatamente ao entrar na residência. A transição suave leva à
cozinha gourmet, onde a presença de uma mesa facilita a interação durante as
atividades culinárias.

A proximidade da cozinha com a sala de estar promove a conectividade entre esses


ambientes, favorecendo a interação entre familiares e amigos. A inclusão de móveis
essenciais, como geladeira, fogão e armários, visa otimizar o espaço e facilitar as
tarefas diárias.

A lavanderia, estrategicamente localizada ao lado da cozinha, oferece praticidade no


gerenciamento das atividades domésticas, permitindo fácil acesso para realizar
tarefas de limpeza e organização. A presença de armários na lavanderia contribui
para a organização eficiente dos produtos de limpeza e utensílios.

O lavabo, próximo à lavanderia, proporciona comodidade aos moradores e


convidados, atendendo às necessidades sanitárias de forma discreta. A escolha da
disposição dos cômodos no pavimento térreo busca integrar funcionalidade e
conforto, promovendo um ambiente coeso e prático para o dia a dia.

Além desses fatores, a adição da área de lazer com churrasqueira ao lado do lavabo
proporciona uma integração eficiente entre espaços de convívio e entretenimento.
Essa proximidade estratégica permite que os moradores e convidados desfrutem de
momentos sociais sem a necessidade de se deslocarem por longas distâncias.

A piscina, inserida nesse contexto, contribui para criar um ambiente mais relaxante e
agradável, transformando a área externa em um local de lazer completo. A
disposição da churrasqueira ao lado do lavabo também facilita o acesso durante
eventos ou momentos de descontração ao ar livre.

Ao posicionar esses elementos de forma pensada, buscamos maximizar a utilidade


dos espaços externos, criando uma transição harmoniosa entre áreas de estar, lazer
e serviços. Isso promove uma atmosfera acolhedora e funcional, onde os moradores
podem desfrutar plenamente de suas atividades cotidianas e de momentos de lazer,
como mostra na figura 9

Figura 20- Pavimento Térreo


Fonte: autoria própria (2023)

Além disso, podemos verificar a imagem acima, a posição das janelas dos cômodos
foi feita a partir de como o sol se adequa em certos horários desde quando ele
nasce até o seu término, promovendo algo adequado para cada ambiente do imóvel.
Como a sala de estar, por exemplo, a janela foi estrategicamente posicionada
permitindo a entrada de luz suave, criando uma atmosfera acolhedora, pois não tem
muito a luz solar. E já a cozinha foi projetada com janelas estrategicamente
posicionadas para facilitar a ventilação e a entrada de luz natural.

8.2 Pavimento Superior


Com esses relatos já citados no pavimento térreo, já podemos ver como a posição
dos cômodos no pavimento superior foi elaborada, que ao subir a escada do
pavimento, logo é recebida por uma suíte que se destaca imediatamente. Sendo a
posição estratégica da suíte na parte inicial do pavimento proporciona uma entrada
majestosa, criando uma atmosfera acolhedora e elegante. Grandes janelas na suíte
oferecem vistas panorâmicas e uma abundante entrada de luz, criando um refúgio
sereno e luminoso. Que com isso partimos para o escritório que é cuidadosamente
posicionado após a suíte. Sua localização próxima ao topo da escada permite fácil
acesso, ideal para visitantes ou para quem deseja um espaço de trabalho funcional
e conveniente. Janelas estrategicamente colocadas oferecem uma atmosfera
inspiradora e iluminada para otimizar a produtividade. Os dois quartos, dispostos
após o escritório, compartilham um banheiro central. Esta configuração foi escolhida
para criar um núcleo íntimo e prático. Cada quarto tem acesso a uma sacada
individual, proporcionando uma experiência ao ar livre privada e estendendo os
espaços pessoais para além das paredes. Além de serem afastados de áreas de
circulação intensa, as janelas nesses espaços são planejadas para oferecer
iluminação adequada durante o dia, mantendo a privacidade. Além disso, a
orientação das janelas pode ser considerada para aproveitar a luz solar da manhã
nos quartos principais e a luz suave da tarde em outros quartos. Em resumo, a
escolha da posição dos cômodos no pavimento superior visa criar uma experiência
fluida, equilibrando a privacidade, funcionalidade e estética para atender às
necessidades e preferências dos moradores, como a visualização da figura 10, que
podem ser visualizados o que acabamos de relatar.

Figura 21 - Pavimento Superior


Fonte: autoria própria (2023)

JÁ a escolha da configuração da casa em relação ao desempenho térmico foi


orientada por diversos fatores que visam otimizar a eficiência energética,
proporcionar conforto ambiental aos ocupantes e promover práticas sustentáveis na
construção residencial uma dessas razões específicas para a adoção dessa
configuração foi a parte de orientação Solar, pois a disposição da casa em cada
cômodo foi planejada levando em consideração a orientação solar. As aberturas,
como janelas e portas, foram posicionadas estrategicamente para aproveitar a luz
solar durante o inverno, minimizando a necessidade de aquecimento, e para evitar a
exposição excessiva no verão, reduzindo a carga térmica. Outra questão foi a parte
da eficiência térmica dos materiais que foram selecionados materiais de construção
com propriedades térmicas eficientes. Isolamentos térmicos adequados foram
incorporados em paredes, pisos e telhados para reduzir a transferência de calor
entre o interior e o exterior, mantendo a temperatura interna mais estável. Além da
ventilação natural e cruzada, que propôs no principalmente no pavimento superior,
contendo aberturas, principalmente nos cômodos dos quartos que contém as
sacadas, que permite a circulação eficiente do ar, facilitando a renovação do ar
interno e ajudando no controle térmico, especialmente durante períodos mais
quentes. Sendo que a organização dos espaços foi considerada a zonificação
térmica, possibilitando a regulação independente da temperatura em diferentes
áreas da casa. Isso permite que os ocupantes ajustem o ambiente de acordo com as
necessidades específicas de cada espaço, resultando em um consumo de energia
mais eficiente. Outro fator foi o sombreamento adequado elementos como a
vegetação foram incorporados para proporcionar sombreamento adequado,
controlando a entrada de radiação solar direta. Isso contribui para reduzir a carga
térmica nos meses mais quentes, melhorando o conforto térmico sem depender
excessivamente de sistemas mecânicos. Agora tanto os cômodos como a sala de
estar do pavimento térreo, quanto do superior o escritório, ouve a escolha de
posicionar ambos deles na fachada leste conforme a orientação solar, pois a
fachada leste recebe pouco sol durante a tarde, indicando um melhor conforto para
os integrantes da casa, como trabalham home office precisam ter um melhor
desempenho nos cômodos, deixando menos quente, sendo um cômodo arejado. Já
na fachada oeste os cômodos, como a cozinha e os quartos teve os encolhimentos
condizentes, pois conforme a manhã o sol, não programara muito durante o período
cedo, dando um melhor adequadamente do sono para os integrantes durante a
manhã, tendo em vista que os raios solares incomodariam durante esse período de
descanso. Além disso, a fachada norte emprega algo estratégico, momentos como
área de lazer o sol durante a tarde, não influencia muito nessa parte da casa, e
menos ainda os quartos que abrange o posicionamento de suas sacadas nessa
direção. Sendo assim os cômodos selecionados no nosso projeto, foi o fator de
aprimoramento pensando em dar uma qualidade melhor para o cliente, buscando
um conforto e eficiência na residência.

9 - Estudo de insolação

O estudo de insolação em uma edificação, que se refere à quantidade de


radiação solar que incide sobre a mesma em diferentes períodos do dia e ao longo
das estações do ano. Os diagramas solares são valiosos para planejar e analisar
aspectos como a iluminação natural em edificações, a eficiência de sistemas de
energia solar, entre outros. Eles também são úteis para entender as variações
sazonais na exposição solar, o que é vital em várias aplicações práticas.

Figura 22 - Diagrama Solar


Fonte: De autoria própria (2023).

9.1 Solstícios e Equinócios

Em um diagrama solar, os solstícios e equinócios representam posições


específicas da Terra em relação ao Sol ao longo do ano, marcando eventos
astronômicos significativos: Solstício de verão, Solstício de inverno, Equinócio de
primavera e Equinócio de outono.

Figura 23 - Solstícios e Equinócios no Diagrama Solar


Fonte: Labcon, (2023). Cartas Solares.

Ao incorporar a compreensão dos solstícios e equinócios no design


arquitetônico, é possível criar edificações mais eficientes, sustentáveis e adaptadas
às condições climáticas locais ao longo do ano.

9.3 Diagramas solares em fachadas

Figura 24 - Representação das Fachadas na Edificações


Fonte: De autoria própria (2023).

9.3.1 Fachada Norte

Figura 25 - Diagrama Solar Fachada Norte

Fonte: Labcon, (2023). Cartas Solares.

Durante um período do ano a fachada 01 recebe sol do verão, durante o ano todo
ela recebe a fachada dos equinócios e no inverno, durante o ano todo ela recebe a
fachada do solstício de inverno.

9.3.2 Fachada Sul

Figura 26 - Diagrama Solar Fachada Sul


Fonte: Labcon, (2023). Cartas Solares.

Na fachada 03, durante o verão, recebe sol desde a hora que nasce até às 11 horas
da manhã, após isso fica um período sem receber o sol e retorna a receber às
13h20 e permanece até o horário que o sol se põe.

A fachada 03 se torna a mais quente desta edificação.

9.3.3 Fachada Leste

Figura 27 - Diagrama Solar Fachada Leste

Fonte: Labcon, (2023). Cartas Solares.

A fachada 02 recebe sol no período da manhã o ano todo, já no período da tarde,


ela não recebe sol durante o período todo.

9.3.4 Fachada Oeste


Figura 28 - Diagrama Solar Fachada Oeste

Fonte: Labcon, (2023). Cartas Solares.

Na fachada 04, todo o período da manhã não recebe sol, e recebe sol durante o
período da tarde o ano todo.

10 - Estudo de desempenho e conforto térmico: Verificação e comparação com


a norma de desempenho (NBR 15575: 2013 e NBR 15220: 2005)

O estudo de desempenho e conforto térmico em edificações é crucial para garantir


ambientes habitáveis e eficientes do ponto de vista energético. Logo ao realizar o
estudo do nosso projeto, verificamos as seguintes normas a seguir: As normas
brasileiras NBR 15575:2013 e NBR 15220:2005 que são referências importantes
nesse contexto. A primeira trata do desempenho de edificações habitacionais,
enquanto a segunda aborda o desempenho térmico de edificações.

A NBR 15575:2013 estabelece critérios e requisitos mínimos para o desempenho de


diferentes sistemas das edificações, incluindo aspectos como segurança estrutural,
segurança no uso e operação, estanqueidade, desempenho térmico, acústico,
luminoso, entre outros. Portanto, ao realizar um estudo de desempenho, é
necessário verificar se a edificação atende aos requisitos especificados nesta
norma.

Já a NBR 15220:2005 trata especificamente do desempenho térmico de edificações,


fornecendo critérios e métodos para avaliação do conforto térmico em diferentes
ambientes. Essa norma considera fatores como isolamento térmico, inércia térmica,
ventilação, umidade relativa, entre outros, para garantir condições adequadas de
conforto térmico.

10.1 Determinação da zona bioclimática

Figura 29- Mapa das Zonas Bioclimáticas Brasileiras

Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005

O zoneamento bioclimático brasileiro compreende oito diferentes zonas, e logo o


Município de Dourados - MS está situado na zona 3. Conforme a tabela abaixo
abaixo da NBR 15220 3:2005.

Tabela 3 - Zoneamento Bioclimático Brasileiro


Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005

10.2 Diretrizes construtivas para a zona bioclimática 3

Na zona bioclimática 3 (ver figuras 30 e 31), devem ser atendidas as diretrizes


apresentadas nas tabelas 4, 5 e 6

Figura 30 - Zona Bioclimática 3

Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005


Figura 31 - Carta bioclimática apresentando as normais climatológicas de cidades
desta zona, destacando a cidade de Florianópolis, SC

Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005

Tabela 4 - Aberturas para ventilação e sombreamento das aberturas para a Zona


bioclimática 3.

Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005

Tabela 5 - Tipos de vedações externas para a zona bioclimática 3.

Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005


Tabela 6 - Estratégias de condicionamento térmico passivo para a zona bioclimática
3.

Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005

Com as diretrizes estabelecidas para a Zona 3 na NBR 15220:2005 que citamos,


podemos já possuir estratégias muito passivas para nosso projeto, estabelecendo
algo confortável para nosso cliente em relação ao que ele pede conforme ao
seguimento já pré-estabelecido na norma.

11- Estratégias bioclimáticas passivas do projeto

Para o projeto que compreende dois andares, o uso de estratégias bioclimáticas


passivas deve ser cuidadosamente planejado para ambos os níveis, levando em
consideração as diferentes necessidades e características térmicas de cada
pavimento. Abaixo estão algumas estratégias específicas para cada nível:

Térreo:

● Orientação Solar:

Posicionamento das aberturas principais, como janelas e portas de vidro, voltadas


para a direção que otimize a entrada de luz natural e calor durante o dia, enquanto
minimiza a exposição ao sol intenso.

● Ventilação Cruzada:

Projeção de aberturas estrategicamente para promover a ventilação cruzada,


facilitando a circulação do ar fresco pelo térreo.
● Inércia Térmica:

Utilizamos materiais com boa inércia térmica, especialmente nas paredes voltadas
para o sul, para absorver calor durante o dia e liberá-lo gradualmente à noite.

● Proteção Solar:

Incorporamos elementos arquitetônicos, como beirais, pergolado, para proteger as


aberturas do térreo do sol direto, proporcionando sombras e reduzindo o ganho de
calor excessivo.

Superior:

● Orientação Solar:

Posicionamos as aberturas do pavimento superior para maximizar a entrada de luz


natural e calor, considerando a exposição solar durante diferentes períodos do dia.

● Ventilação Natural:

Integramos janelas de teto e aberturas superiores para permitir a exaustão de ar


quente e a entrada de ar fresco. Isso facilita a ventilação natural, especialmente
durante os meses mais quentes.

Isolamento Eficiente:

Utilização de materiais de isolamento eficientes no pavimento superior para reduzir a


transferência de calor entre os andares, mantendo uma temperatura mais estável
em ambos os níveis.

● Aproveitamento de Ventos:

Posicionamos aberturas superiores de forma estratégica como uma grande abertura


na sacada em dois quartos por exemplo, para aproveitar os ventos predominantes e
promover uma ventilação natural eficiente.

Sendo assim, ao combinar essas estratégias em ambos os andares, o projeto


visa criar um ambiente sustentável, eficiente, energeticamente e confortável para o
cliente, adaptando-se às condições climáticas específicas da região da grande
Dourados.

12- Transmitância térmica das paredes

As paredes serão revestidas de alvenaria convencional de tijolo e argamassa. O


tijolo a ser utilizado é o de cerâmica de vedação de 8 furos, de dimensões de
9x19x19 cm. A parede é de tamanho nominal de 15 cm e será revestida em ambos
os lados por argamassa pelo sistema de chapisco, emboço e reboco, do qual para
os cálculos, referimos os três apenas por emboço. O tijolo será assentado por
argamassa em sua menor dimensão e os seus furos não serão preenchidos, o que
há câmaras de ar. As figura abaixo apresenta a idealização da parede para os
cálculos:

Figura 32: Parede revestida de tijolo de 8 furos.

Fonte: ABNT NBR 15220-3:2005


Figura 32: Croqui idealizado do dimensionamento da parede.

Fonte: dos próprios autores.

12.1 - Cálculo da transmitância térmica das paredes

i. Áreas perpendiculares ao fluxo de calor:

a) emboço + argamassa + emboço

𝐴𝑎 = 0, 01 · 0, 19 + 0, 20 · 0, 01 = 0, 0039𝑚²

b) emboço + cerâmica + emboço

𝐴𝑏 = (3 · 0, 01 · 0, 32) + 2 · 0, 02 · 0, 32 = 0, 0221𝑚²

c) emboço + cerâmica + argamassa + cerâmica + argamassa + cerâmica +


emboço

𝐴𝑐 = 4 · 0, 03 · 0, 32 = 0, 0384𝑚²

d) Área total: 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0, 0039 + 0, 0221 + 0, 0384 = 0, 0644𝑚²

ii. Áreas fracionadas:


𝑓𝑖 = 𝐴𝑖 / 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

𝑓𝑎 = 0, 0039/0, 0644 = 0, 0606𝑚²

𝑓𝑐 = 0, 0211/0, 0644 = 0, 3432𝑚²

𝑓𝑑 = 0, 0384/0, 0644 = 0, 5963𝑚²

3. Resistência térmica:

𝑅 = 𝑑/λ , onde

𝑅 é a resistência térmica em m²K/W;

𝑑 é a espessura em m;

λ é a condutividade térmica em W/mK.

Dados:

Resistência do sistema externo na direção horizontal: 𝑅𝑆𝑒 = 0, 04 𝑚²𝐾/𝑊

Resistência do sistema interno na direção horizontal: 𝑅𝑆𝑒 = 0, 13 𝑚²𝐾/𝑊

Condutividade térmica da argamassa de emboço: λ𝑒𝑚𝑏𝑜ç𝑜 = 1, 15 𝑊/𝑚𝐾

Condutividade térmica da argamassa de assentamento: λ𝑎𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1, 15 𝑊/𝑚𝐾

Condutividade térmica da argamassa da cerâmica : λ𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = 0, 90 𝑊/𝑚𝐾

4. Limite superior da resistência térmica 𝑅 :


𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑠𝑢𝑝

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑎 = 𝑅𝑆𝑖 + 2𝑅𝑒𝑚𝑏𝑜ç𝑜 + 𝑅𝑎𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 + 𝑅𝑆𝑒


𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑎 = 0, 13 + 2 (0, 025/1, 15) + (0, 09/1, 15) + 0, 04
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑎 = 0, 2917 𝑚²𝐾/𝑊

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑏 = 𝑅𝑆𝑖 + 2𝑅𝑒𝑚𝑏𝑜ç𝑜 + 𝑅𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 + 𝑅𝑆𝑒


𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑏 = 0, 13 + 2 (0, 025/1, 15) + (0, 09/0, 90) + 0, 04
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑏 = 0, 3135 𝑚²𝐾/𝑊

Para a resistência do ar, como 𝑑𝑎𝑟 = 12 𝑐𝑚 = 120 𝑚𝑚, então por tabela
λ𝑎𝑟 = 0, 16 𝑚²𝐾/𝑊 e daí

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑐 = 𝑅𝑆𝑖 + 2𝑅𝑒𝑚𝑏𝑜ç𝑜 + 3𝑅𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 + 2𝑅𝑎𝑟 + 𝑅𝑆𝑒


𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑐 = 0, 13 + 2 (0, 025/1, 15) + 3(0, 01/0, 90) + 2(0, 16) + 0, 04
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑐 = 0, 5668 𝑚²𝐾/𝑊

1/𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑠𝑢𝑝 = 𝑓𝑎/𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑎 + 𝑓𝑏/𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑏 + 𝑓𝑐/𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑐


1/𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑠𝑢𝑝 = (0, 0606/0, 2917) + (0, 3432/0, 3135) + (0, 5963/0, 5668)
⇒ 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑠𝑢𝑝 = 0, 4247 𝑚²𝐾/𝑊

5. Limite inferior da resistência térmica 𝑅 :


𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑖𝑛𝑓

Da tabela D1, temos α = 0

Espessura da câmara de ar: 𝑑 = 0, 03 𝑚

Largura da câmara de ar: 𝑏 = 0, 03 𝑚

ℎ𝑎 ≥ 1, 25 + (1, 25 + 1, 95)[(0 − 90)/90] = 1, 95 𝑊/𝑚²𝐾 (Maior valor)


ou 0, 025/𝑑 = 0, 025/0, 03 = 0, 83 𝑊/𝑚²𝐾

Temperatura ambiente: 𝑇 = 23 ०𝐶 = 23 + 273, 15 = 296, 15 𝐾

8 2 4
Constante de Stefan-Boltzmann: σ = 5, 67 × 10 𝑊/𝑚 𝐾

−8 3
ℎ𝑟0 = 4σ𝑇 = 4 · 5, 67 × 10 · 296, 15 = 5, 8909 𝑊/𝑚²𝐾

2 2
ℎ𝑟 = 5, 8909/[1/0, 9 + 1/0, 9 − 2 + 2/(1 + 1 + 0, 03 /0, 03 − (0, 03/0, 03))]
2
ℎ𝑟 = 3, 5998 𝑊/𝑚 𝐾

2
𝑅𝑎𝑟 = 1/(ℎ𝑎 + ℎ𝑟) = 1/(1, 95 + 3, 5998) = 0, 1802 𝑚 𝐾/𝑊

Condutividade térmica equivalente, λ𝑒𝑞, 𝑗 , da camada j:

λ𝑒𝑞, 𝑗 = λ𝑎𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎𝑓𝑎 + λ𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎𝑓𝑏 + λ𝑎𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 + 𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎𝑓𝑐


λ𝑒𝑞, 𝑗 = 1, 15 · 0, 0606 + 0, 90 · 0, 3432 + (3 · 0, 90 + 6 · 0, 1665)/(3 + 6) · 0, 5963
λ𝑒𝑞, 𝑗 = 0, 6236 𝑊/𝑚𝐾

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑖𝑛𝑓 = 𝑅𝑆𝑖 + 2𝑅𝑒𝑚𝑏𝑜ç𝑜 + 𝑅𝑒𝑞, 𝑗 + 𝑅𝑆𝑒


𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑖𝑛𝑓 = 0, 13 + 2 (0, 025/1, 15) + (0, 09/0, 6236) + 0, 04
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑖𝑛𝑓 = 0, 3578 𝑚²𝐾/𝑊

6. Resistência total 𝑅
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
:

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑠𝑢𝑝 + 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑖𝑛𝑓) / 2


𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (0, 4247 + 0, 3578) / 2 𝑚²𝐾/𝑊
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0, 3913 𝑚²𝐾/𝑊

7. Verificação do erro 𝑒, da resistência total:

𝑒 = |𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑠𝑢𝑝 − 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑖𝑛𝑓| / 2𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙


𝑒 = |0, 4247 − 0, 3578| / 2 · 0, 3913
𝑒 = 0, 085 ⇒ 𝑒 = 8, 5% < 20%

8. Transmitância térmica U:

𝑈 = 1/𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1/0, 3913 ⇒ 𝑈 = 2, 5555 𝑊/𝑚²𝐾

Pela NBR15220-3:2005, a transmitância térmica é 𝑈 = 2, 49 𝑊/𝑚²𝐾 e a capacidade térmica


2
é 𝐶𝑇 = 158 𝑘𝐽/𝑚 𝐾.
13- REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15220 – 3:


desempenho térmico de edificações residenciais. Parte 3 – Zoneamento bioclimático
brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social.
Rio de Janeiro, ABNT, 2005.

Labcon, (2023). Cartas Solares. Disponível em:<https://sites.arq.ufmg.br/tau/labcon


/cs/>. Acesso em: 30 nov. 2023.

Redação.(15 de 05 de 2023). Memorial descritivo: o que é, para que serve e como


fazer. Disponível em:<https://conteudos.quintoandar.com.br/memorial-descritivo/>.
Acesso em: 30 nov. 2023.

Prefeitura de Dourados. Prefeitura Municipal de Dourados. Fonte: LUOS.Disponível


em: . Acesso em: 20 Out. 2023. WebGis. WebGis Dourados. Fonte: WebGis
Dourados. Disponível em: .Acesso em: 19 jul. 2023.

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