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Instituto superior politécnico de Songo

CURSO: Licenciatura em Engenharia Eléctrica

Turma: E42

Disciplina: Engenharia e ambiente

Tema: Impactos das linhas de transmissão de energia elétrica ao


meio ambiente
Número do estudante: 201100000451

Discente:
Rifath Joseph João Francisco.
Docente:
Engª. Isabel Zunguse .

Songo, Fevereiro de 2021


Sumário
1.Introdução ...................................................................................................... 3

1.1.Objetivos .................................................................................................. 3

1.1.2.Objetivos gerais ................................................................................ 3

1.1.3.Objetivos específicos ....................................................................... 3

1.2.Metodologia ............................................................................................. 3

2.Impactos das linhas de transmissão de energia elétrica ao meio


ambiente............................................................................................................ 4

2.1.IMPACTOS DE UMA LINHA DE DISTRIBUIÇÃO AO MEIO AMBIENTE 5

2.1.1.IMPACTOS NO MEIO FÍSICO ........................................................... 5

2.1.2.IMPACTOS NO MEIO BIÓTICO......................................................... 6

2.1.3.IMPACTOS NO MEIO SOCIOECONÔMICO ..................................... 7

2.1.4.Interferências sobre a flora .............................................................. 8

2.1.5.Interferências na fauna ..................................................................... 8

2.1.6.Interferências no solo ....................................................................... 8

2.2.ESTUDOS AMBIENTAIS ......................................................................... 9

3.Conclusão .................................................................................................... 10

4.Referências bibliográficas .......................................................................... 11


1.Introdução
A energia elétrica é fundamental nos dias atuais, mas para chegar até
empreendimentos, bem como ao consumidor final, há necessidade da
implantação de empreendimentos que podem impactar o meio ambiente. Neste
sentido, a avaliação de impactos ambientais desempenha um importante papel,
contribuindo para que o desenvolvimento econômico e social estejam aliados
aos fatores ambientais.

Atualmente, há uma crescente demanda por geração de energia elétrica, sendo


que esta pode ser considerada uma das principais constituintes da sociedade
contemporânea, desempenhando um papel fundamental no crescimento
econômico. No setor agricultura a energia elétrica é muito importante para a
produção agrícola, entre outras atividades pertinentes ao ramo. Mas para que
haja geração de energia, é necessária a construção de empreendimentos que,
como consequência, podem gerar impactos negativos ao meio ambiente.

PALAVRAS-CHAVE: transmissão de energia, empreendimento.

1.1.Objetivos
1.1.2.Objetivos gerais
 Falar dos impactos ambientais causados pela implantação da linha de
transmissão de energia.

1.1.3.Objetivos específicos
 Falar dos impactos de uma linha de distribuição ao meio ambiente;
 Falar dos impactos no meio físico;
 Falar dos impactos no meio biótico;
 Falar dos impactos no meio socioeconômico.

1.2.Metodologia
Através de alguns manuais, livros e pesquisas na internet foi possível elaborar o
presente trabalho, o qual foi possível pela fusão das referidas fontes
bibliográficas.

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2.Impactos das linhas de transmissão de energia elétrica ao
meio ambiente
Um dos empreendimentos necessários utilizados nesse processo de geração de
energia, o qual é responsável pelo transporte da energia elétrica das usinas, são
as linhas de transmissão (LT), existentes em todo o país. No sistema de
transferência há o envolvimento de condutores e equipamentos, com diferentes
distâncias e largura de corredores, formas e níveis de tensão, interligando as
usinas e consumidores, o que faz com que a energia elétrica produzida possa
ser utilizada (PIRES 2005).

Porém, o sistema de transmissão de energia elétrica não se trata apenas das


linhas de transmissão, mas, engloba toda rede que interliga as usinas geradoras
às subestações da rede de distribuição. A energia elétrica é transportada de um
ponto transmissor a um terminal receptor (linhas de transmissão e linhas de
distribuição de energia elétrica) (RODRIGUES 2014).

Para PIRES (2005), em termos de impactos ambientais, as subestações


equivalem a qualquer planta industrial, pois afetam o uso do solo, antes mesmo
da construção, no processo de aquisição do terreno. Os impactos que ocorrem
durante a construção devem-se à movimentação do solo, retirada da cobertura
vegetal, descarte incorreto dos resíduos líquidos e sólidos e também pelas
intervenções nos equipamentos sociais, áreas comunitárias e locais de interesse
histórico e cultural.

Segundo CAMARGO et al. (2004) os impactos ocasionados pela implantação de


um empreendimento de geração de energia elétrica são definitivos e
irreversíveis. No entanto, durante a fase de projeto, são definidos programas de
mitigação ou compensação que são implantados no decorrer da construção e
operação da usina. Já os impactos que são causados pela operação, são
geralmente permanentes e contínuos, por isso devem ser monitorados e
medidos.

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Conforme PIRES (2005) as subestações, quando não são enclausuradas,
ocasionam impactos visuais, sendo que a concentração de estruturas e
condutores, bem como, chegadas de linhas são as ações que impõem impacto
negativo. A magnitude deste impacto relaciona-se com seu simbolismo e
percepção, podendo variar com relação ao nível de renda e de escolaridade da
população da área onde está inserida a subestação.

2.1.IMPACTOS DE UMA LINHA DE DISTRIBUIÇÃO AO MEIO


AMBIENTE
Considerando que as linhas de distribuição são projetados com características
lineares, os impactos a serem gerados tendem a ser de diferentes naturezas,
uma vez que o traçado percorre por diferentes usos do solo, condições físicas,
bióticas, geológicas e as atividades previstas nas etapas de instalação e
operação podem causar impactos ambientais e sociais, os quais estão
diretamente associados aos meios físico, biótico e socioeconômico. Pode-se
afirmar que, das etapas previstas para uma linha de distribuição, ou seja,
planejamento, instalação e operação a etapa de instalação é a que oferece
maiores impactos significativos em termos de recomposição ambiental e social,
uso da terra e efeitos visuais. É nessa etapa que ações nos meios físico, biótico
e socioeconômico se intensificam e as medidas mitigadoras e minimizadoras de
impactos são fundamentais na gestão ambiental e social do empreendimento.

2.1.1.IMPACTOS NO MEIO FÍSICO


O desencadeamento e intensificação de processos erosivos no solo nos projetos
de linhas de distribuição estão diretamente relacionados com limpeza do terreno
e movimentação de solo que ocorrem durante a execução das bases das torres,
na abertura de novos acessos e/ou melhoria dos existentes, e na implantação
das áreas de apoio à obra e nas áreas das subestações.

O solo é protegido pela camada vegetal, a qual oferece maior estabilidade aos
agregados e horizontes do solo. Desta forma, ao se retirar a camada vegetal, o
solo fica desprotegido e propenso a sofrer processos erosivos, pois com o solo
exposto o impacto da chuva causa a separação dos agregados, quebrando-os
em partículas menores que são facilmente carregadas pelo escoamento
superficial. Além disso, com o solo exposto, o fluxo das águas tende a ganhar

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uma maior velocidade, e intensidade, em função da compactação dos solos e
redução da capacidade de infiltração das águas. É válido destacar que a
construção de novos acessos pode vir a representar um impacto mais
significativo do que a implantação das torres, já que para constituição de um
novo acesso, além de danos ao solo, a vegetação existente a ser suprimida para
composição de faixas apresenta em geral larguras expressivas.

Na manutenção da linha de distribuição, o uso de herbicidas e/ou defensivos


agrícolas podem vir a causar a contaminação ao solo, águas superficiais e
subterrâneas, dependendo do seu manejo.

2.1.2.IMPACTOS NO MEIO BIÓTICO


Durante a etapa de instalação, para diversas atividades como topografia,
abertura de estradas e acessos, limpeza da faixa, constituição das praças de
lançamento dos cabos, instalação das áreas de empréstimo a delimitação da
faixa de servidão, a abertura das praças de trabalho para montagem e a
instalação das estruturas e até as atividades de manutenção do empreendimento
é necessária a supressão da vegetação. Essa supressão afeta muitas vezes a
vegetação nativa em diferentes estágios sucessionais de regeneração,
causando perda da biodiversidade, quebrando a conectividade de fluxos
gênicos, e acarreta a fragmentação da vegetação. Pode-se afirmar que a
interferência na vegetação e os impactos ocorridos nela devido às atividades de
instalação de uma linha de distribuição é um dos impactos mais significativos de
projetos de linhas de distribuição, o qual demanda considerável gestão ambiental
para mitigá-lo e/ou minimizá-lo.

Outro impacto ambiental relevante no meio biótico é a intervenção em Áreas de


Preservação Permanente (APP). Nas atividades de instalação podem ou não
ocorrer intervenção em APP com supressão de vegetação, sendo que as
possibilidades de intervenção podem ser:

 Para constituição da praça de lançamento do cabo;


 Para constituição dos acessos;
 Para implantação das estruturas.

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Outro ponto relevante é a intervenção do empreendimento em áreas
ambientalmente protegidas, ou seja, unidades de conservação ambiental,
corredores ecológicos. Trata-se de territórios delimitados e preservados com o
objetivo de conservação da biodiversidade e patrimônio natural incluindo
elementos ecológicos, históricos, geológicos e culturais. Destaca-se que, as
áreas protegidas têm a função de conservar a biodiversidade, além de contribuir
com serviços ambientais.

2.1.3.IMPACTOS NO MEIO SOCIOECONÔMICO


A expectativa da população do entorno do empreendimento é um impacto que
ocorre na fase de planejamento das linhas de transmissão, movimentação e
mobilização de pessoas e equipamentos que antecedem o início das obras
geram expectativas na população local, que antecipam a possibilidade de oferta
de novos empregos, ou potenciais danos ambientais. As inseguranças que são
despertadas nessa fase referem-se à eventual remoção de pessoas ou impactos
sobre propriedades na área do traçado, além dos potenciais efeitos da exposição
humana a campos elétricos e magnéticos gerados pelo empreendimento.

Após a definição do traçado de uma linha de distribuição, é possível mapear e


identificar quais serão os potencias impactos sociais causados durante a
instalação do empreendimento. Com o traçado definitivo inicia-se o
levantamento fundiário de propriedades a serem impactadas, bem como
infraestruturas que serão atravessadas pela linha de distribuição, tais como:

 Propriedades particulares, públicas e áreas institucionais;


 Casas/benfeitorias;
 Áreas agricultáveis;
 Rodovias;
 Estradas;
 Dutos e gasodutos;
 Adutoras;
 Outras linhas de distribuição/transmissão.

Todas as interferências citadas anteriormente devem ser mapeadas verificando


o quantitativo em área que será afetado em decorrência da instalação das linhas
de distribuição.

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2.1.4.Interferências sobre a flora
As principais interferências sobre a vegetação estão relacionadas ao
desmatamento realizado para estabelecimento da faixa de servidão, limpeza de
áreas para montagem de torres e construção de praças de lançamento de cabos
condutores.

2.1.5.Interferências na fauna
A maior parte dos impactos relacionados à fauna é consequência das
intervenções realizadas na vegetação, tanto para o estabelecimento da faixa de
servidão quanto para a construção de novos acessos. É previsto que a remoção
da vegetação e a fragmentação do habitat causem, além da redução do número
de animais, mudanças na estrutura das comunidades faunísticas, por causa do
efeito de borda.

Em geral, as espécies da fauna silvestre são afetadas de forma desigual, já que


algumas espécies diminuem de quantidade, outras desaparecem e ainda outras
se tornam superabundantes. As espécies mais sensíveis a alterações do
ambiente natural são as raras e as endêmicas, isto é, que só ocorrem em
determinada região. As espécies especialistas em habitat de floresta intacta,
com exigências de nichos distribuídos verticalmente na floresta, também são
muito vulneráveis e evitam fortemente as clareiras por apresentarem micro-
habitat drasticamente diferente daquele da floresta densa. Entre as aves e
mamíferos, os mais afetados são aqueles que se situam nos níveis mais altos
da cadeia trófica, como os predadores. Eles precisam de áreas domiciliares
grandes, o que os torna vulneráveis às fragmentações do habitat.

2.1.6.Interferências no solo
Os principais impactos no solo causados pela implantação da linha de
transmissão estão associados ao surgimento e/ou agravamento de processos
erosivos causados pela remoção da vegetação, pela construção de canteiros de
obras e de novos acessos e pelas obras de adaptação dos acessos já existentes.

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2.2.ESTUDOS AMBIENTAIS
Os estudos ambientais apresentam a caracterização e justificativa pela qual um
empreendimento será instalado em um determinado local, devendo ser
avaliados os possíveis impactos ambientais e sociais que poderão ser gerados
pela sua implantação e operação. Além disso, contemplam um diagnóstico
ambiental da área de influência do empreendimento, considerando os meios
físico, biótico e socioeconômico, além da proposição de medidas mitigadoras
dos impactos gerados.

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3.Conclusão
Ao todo foram detectados 6 impactos decorrentes da linha de transmissão de
energia elétrica em questão, frisar que nem todos impactos das linhas de
transmissão de energia elétricas foram mencionados procurou-se falar daquelas
principais. A fase de implantação da LT é a que apresenta o maior número de
impactos, seguida da fase de operação.

Segundo o Índice Global de Relevância aplicado, dentre todos os impactos, os


mais relevantes são: Perda ou Alteração da Cobertura Vegetal, Aumento da
Confiabilidade do Sistema Elétrico, Pressão sobre a Concentração Fundiária,
Perda de Áreas Produtivas e Benfeitorias e Interferência na Qualidade de Vida.
De fato, estes são os impactos mais prováveis de ocorrerem em
empreendimentos de linhas de transmissão.

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4.Referências bibliográficas
ABRADEE, Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.
Disponível em: http://www.abradee.com.br/setor-eletrico/visao-geral-do-setor,
acesso em fevereiro de 2021.

ANEEL. Procedimentos de distribuição de energia elétrica no sistema elétrico


nacional – PRODIST. Brasília, DF, [2016]. Módulo 2. Disponível em
http://www.aneel.gov.br/documents/656827/14866914/M%C3%B3dulo2_Revs
%C3%A3o7.pdf/c1cf5bd8-b2bc-4d57-9b42-285a7fd8c2a5 Acesso em: fevereiro
2021.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:


Casa Civil, 1988. Com alterações posteriores. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm .Acesso em:
fevereiro 2021.

A NEEL – A GÊNCIA N ACIONAL DE E NERGIA ELÉTRICA . Atlas de energia


elétrica do Brasil. 3 a ed. Aneel, 2008.

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