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Pós-Graduação em Projeto e Manutenção de Instalações Elétricas CIE -

Conceção Instalações Elétricas

PROJETO DE INSTALAÇOES
ELECTRICAS

EDIFÍCIO HABITAÇÃO COLETIVA

Memória desxc

Carlos Sony da Viega


Neves C. Joaquim
Smith I. César Diogo

Loures - 2023
ÍNDICE

Constituição do projeto de Instalações Elétricas


Generalidades
Peças escritas
Lista de documentos
Termo de responsabilidade
Ficha eletrotécnica
Ficha de identificação do projeto da instalação elétrica
Planta de localização
Memória descritiva e justificativa
Peças desenhadas
Planta de localização
Planta com traçado e constituição das instalações
Dimensionamento e Cálculos

I – DOCUMENTAÇÃO
II – MEMÓRIA DESCRITIVA
III – PEÇAS DESENHADAS IV
– ANEXOS
I – DOCUMENTAÇÃO

1 – Identificação do Projeto;
2 – Ficha Eletrotécnica;
3 – Termo de responsabilidade pelo Projeto
4 – Planta de Localização;
5 – Fotocópia do bilhete de identidade, do projetista;
6 – Declaração de Competência Profissional – OE;
7 – Declaração de Seguro de Responsabilidade.
II – MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
1. CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

1.1. INTRODUÇÃO

A presente memória descritiva e justificativa refere-se ao projeto de eletricidade de tipo C. O projeto


abrange um edifício residencial com loja, composto por 4 pisos, destinados a 10 apartamentos e uma
área comercial. O edifício está situado em conformidade com as normativas locais e regulamentações
urbanísticas.
Estrada de Figo Maduro, nº 2023, União de Freguesias Prior Velho e Sacavém, Conselho de Loures.

1.2. DADOS DO PROJETO

1.2.1. Regulamentação

Na elaboração do presente projeto foram tidos em consideração os regulamentos em


vigor, as boas normas de execução e as necessidades que as instalações elétricas
devem satisfazer, nomeadamente:

 Portaria n° 949-A/2006 de 11 de setembro, aprova as Regras Técnicas das


Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
 DL n° 96/2017 de 10 de agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n°
61/2018 de 21 de agosto, primeira alteração, por apreciação parlamentar;
 Normas Portuguesas (NP) e leis aplicáveis e em vigor bem como as
recomendações do distribuidor.

1.2.2. Âmbito do Projeto

A edificação é constituída por uma entrada, tendo 5 pisos, com a seguinte distribuição:

 Piso (-1): Arrumos (1); (2); (3); (4); (5), salas técnicas e garagem;

 Piso R/C: Loja, hall de entrada coletivo, apartamento T1 e apartamento T3;

 Piso (1): 3 habitações, sendo: T1, T2 e T3;

 Piso (2): 3 habitações, sendo: T1, T2 e T3;

 Piso (3): 2 habitações, sendo: T2 e T4;

 Piso (4): Arrumos (8); (9); (10); (11).

A comunicação entre pisos será realizada por uma escada e um elevador de pessoas
que farão a comunicação interna entre todos os diferentes pisos.
A distribuição de potência foi calculada considerando a área total do edifício, assegurando
uma alocação adequada para cada apartamento e para a loja comercial, de acordo com as
necessidades individuais.

 10 instalações consideradas como edifício de habitação, de acordo com a


secção 801.5 das RTIEBT, definindo-se uma potência máxima admissível de
87,77 kVA, repartidos da seguinte forma:
o Habitação: (6 x 6,9kVA + 4 x 10,35kVA) x 0,56 = 46,37 kVA
o Serviços comuns: 41,4 kVA
 1 instalação destinada a estabelecimentos comerciais, loja, definindo-se uma
potência máxima admissível de 10,35 kVA.

1.2.3. Influências externas

As instalações foram projetadas de acordo com as secções 32 e 512.2 das RTIEBT.

Codificações e classificações das influências externas, tabela 1:

Tabela 1 - Influências Externas

DESIGNAÇÃO CLASSIFICAÇÃO IP IK

AA4; AD1; AE3; AF1; AG1; AH1; AJ1; AK1; AL1; AN1; AR1; CB1; BB1;
Loja 40 02
BC2; BD1; BE2; CA1;

Apartamentos (T1); AA4; AD1; AE3; AF1; AG1; AH1; AJ1; AK1; AL1; AN1; AR1; BA1; BB1;
40 02
(T2); (T3); (T4) BC2; BD1; BE1; CA1; CB1

AA4; AD2; AE3; AF1; AG1; AH1; AJ1; AK1; AL1; AN1; AR1; BA1; BB1;
Serviços Comuns 41 02
BC2; BD1; BE1; CA1; CB1

AA4; AD2; AE3; AF1; AG1; AH1; AJ1; AK1; AL1; AN1; AR1; BA1; BB1;
Cobertura 41 02
BC2; BD1; BE1; CA1; CB1

AA4; AD2; AE3; AF1; AG1; AH1; AJ1; AK1; AL1; AN1; AR1; BA1; BB1;
Garagem 41 02
BC2; BD1; BE1; CA1; CB1

1.2.4. Sistemas de Proteção de Pessoas

A proteção das pessoas contra os perigos que as instalações elétricas podem


apresentar, será assegurada quanto aos seguintes aspetos:

 Proteção contra contactos diretos;


 Proteção contra contactos indiretos.
1.2.4.1. Proteção contra contactos diretos

A proteção contra contactos diretos encontra-se assegurada pela aplicação das


normas e regras técnicas aquando da construção, nomeadamente por isolamento das
partes ativas, por meio de barreiras ou invólucros e proteção complementar por
dispositivos de proteção sensíveis á corrente diferencial residual.

1.2.4.2. Proteção contra contactos indiretos

O presente estudo refere-se a uma instalação elétrica cujo esquema de ligações de


terra será do tipo TT.

A proteção contra contactos indiretos das instalações em regra geral será assegurada,
por utilização de equipamentos de classe II de isolamento ou por isolamento
equivalente e pela associação da utilização de um corte automático da instalação
através de proteção diferencial com a ligação direta de todas as massas metálicas da
instalação e dos equipamentos elétricos, à terra de proteção, conforme descrito na
seção 413 das regras técnicas.

No caso particular do esquema TT e em conformidade com a seção 413.1.4.2 das


regras técnicas a tensão de contato deve ser limitada a 50 V (valor eficaz) e verificar-
se a seguinte condição:

𝑅𝐴 𝑥 𝐼𝑎 ≤ 50

Em que:

 𝑹𝑨 é a soma das resistências do elétrodo de terra e dos condutores de


proteção das massas, em Ohm (Ω);
 𝑰𝒂 é a corrente que garante o funcionamento automático do dispositivo de
proteção, em Ampere (A).

Nas instalações em locais especiais descritas nas seções 701 a 707 das regras
técnicas, em que a tensão limite de contato é de 25 V (valor eficaz) e para o mesmo
esquema de ligações de terra, em conformidade com a alínea b) da seção 481.3.1.1
deve verificar-se a seguinte condição:

𝑅𝐴 𝑥 𝐼𝑎 ≤ 25
1.2.5. Alimentação elétrica

O edifício será alimentado em baixa tensão, 400/230V, a partir da rede elétrica de


serviço publico, RESP, por um ramal que termina na portinhola, que será do tipo PBTE
400.

Será instalado um tubo PEAD125, enterrado a uma profundidade não inferior a 0,80
metros, que ligará a portinhola à rede pública.

A loja será alimentada em baixa tensão, 400/230V, a partir da rede elétrica de serviço
publico, RESP, por um ramal que termina na portinhola, que será do tipo PBTE Mono.

Os ramais serão definidos e dimensionados pelo distribuidor.

1.3. CÁLCULOS

1.3.1. Introdução
O projeto foi desenvolvido considerando as características específicas de um edifício residencial com
loja, proporcionando uma distribuição equitativa e eficiente da energia elétrica.
Nos cálculos efetuados foram tomadas em consideração as potências máximas admissíveis
para as instalações de utilização, indicadas na ficha eletrotécnica em anexo.

Potência total do edifício multifamiliar..................................................46,37 kVA

Potência total dos Serviços Comuns..................................................41,4 kVA

Potência total da Loja.........................................................................10,35 kVA

1.3.2. Dimensionamentos das canalizações

Neste capítulo foram utilizados os seguintes formulários para:

Cálculo da intensidade de corrente de serviço (𝐼𝐵)

 Circuito Trifásico: 𝐼𝐵 = 𝑆
√3.𝑈𝑐

 Circuito Monofásico:
𝑆
𝐼𝐵 = 𝑈𝑠

Em que:

𝐼𝐵 - Intensidade de corrente de serviço (A);

𝑈𝑐 - Tensão composta (V);


𝑈𝑠 - Tensão simples (V);

𝑆 - Potência instalada (VA).

Cálculo da queda de tensão

Para efetuar o cálculo da queda de tensão, utiliza-se a seguinte fórmula:


𝐿
𝑢 = 𝑏. (𝜌1.
. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝜆. 𝐿. 𝑠𝑒𝑛𝜑) . 𝐼𝑏
𝑆
E para passar a valores em percentuais:
𝑢
𝛥𝑢 = 𝑥100
𝑈
0
Em que:

 𝑢 é a queda de tensão, expressa em volts;


 𝛥𝑢 é a queda de tensão relativa, expressa em percentagem;
 𝑈0 é a tensão entre fase e neutro, expressa em volts;
 𝑏 é um coeficiente igual a 1 para os circuitos trifásicos e a 2 para os
monofásicos (os circuitos trifásicos com o neutro completamente
desequilibrado, isto é, com uma só fase carregada, são considerados
como sendo monofásicos);
 𝜌1 é a resistividade dos condutores à temperatura em serviço normal;
 𝐿 é o comprimento simples da canalização, expresso em metros;
 𝑆 é a secção dos condutores, expressa em milímetros quadrados;
 𝑐𝑜𝑠𝜑 o fator de potência;
 𝜆 é a reactância linear dos condutores;
 𝐼𝑏 é a corrente de serviço, expressa em amperes.

Na determinação das secções dos condutores atendeu-se, no essencial, aos seguintes


parâmetros:

 Às correntes de serviço em cada canalização tendo por base os valores


estabelecidos;
 Às correntes admissíveis em cada canalização, função do seu tipo e do modo
de estabelecimento, de acordo com a normas portuguesas;
 Às quedas de tensão definidas nas secções 525 e 803.2.4.4 das regras técnicas;
 Às secções mínimas definidas na secção 801.5.8 das regras técnicas.

Na proteção das canalizações contra sobreintensidades, foram observadas as


seguintes condições:

 Proteção contra sobrecargas (secção 433 das regras técnicas):

𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝑧 𝐼2 ≤ 1,45. 𝐼𝑍

Em que:

 𝐼𝐵 é a corrente de serviço da canalização respetiva;


 𝐼𝑁 é a corrente estipulada do dispositivo de proteção;
 𝐼𝑍 é a corrente máxima admissível na canalização;
 𝐼2 é a corrente convencional de funcionamento do dispositivo de proteção;
 1,45. 𝐼𝑍 é a corrente máxima admissível na canalização.

1.3.3. Canalização de entrada

A canalização de entrada corresponde ao troço da instalação entre os ligadores da


saída da portinhola, PBTE 400, e a origem da instalação elétrica, Quadro de Colunas.

Esta canalização será trifásica e será do tipo: H07V-R4x95+1G50.

Considerando o modo de instalação 5, condutores isolados em condutas circulares


(tubos) embebidas nos elementos da construção, em alvenaria, descrito no quadro
52H da secção 521.3 das regras técnicas e o quadro Q52-C3 para o método de
referência B, teremos que 𝐼𝑍 = 207 𝐴.

Sendo:

𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝑍
156,36 𝐴 ≤ 160 𝐴 ≤ 207 𝐴

𝐼2 ≤ 1,45𝑥 𝐼𝑍
256𝐴 ≤ 300,2 𝐴

Verificam-se as condições definidas no item 1.3.3, com base nas regras técnicas.
1.3.4. Coluna Montante

A canalização da coluna montante corresponde ao troço da instalação entre a caixa de


proteção de saída do quadro de colunas, QC, até a caixa de coluna do piso 3.

Esta canalização será trifásica e será do tipo: H07V-R4x50+1G25.

Considerando o modo de instalação 5, condutores isolados em condutas circulares


(tubos) embebidas nos elementos da construção, em alvenaria, descrito no quadro
52H da secção 521.3 das regras técnicas e o quadro Q52-C3 para o método de
referência B, teremos que 𝐼𝑍 = 134 𝐴.

Sendo:

𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝑍

96,60 𝐴 ≤ 100 𝐴 ≤ 134 𝐴

𝐼2 ≤ 1,45𝑥 𝐼𝑍

160 𝐴 ≤ 194,3 𝐴

Verificam-se as condições definidas no item 1.4.3, com base nas regras técnicas.

Para o restante dimensionamento do quadro de serviços comum e quadro geral da


loja, apresenta-se a figura 1 do quadro resumo:

Canalizaçao Tensao IB (A) Aparelh Seccao L (m) I2 1 , 45 xIz


(V) o (mm2)

Ramal Entrada H07- 400 108,3 156.3 Fusivel 95.0 10 256 300
R4x95+1G
3
50
Coluna principal H07- 400 66,93 96.6 Fusivel 50 6 160 194.3
R4x50+1G
25
Quadro H07- 400 41,40 59.76 Fusivel 25 2 101 129.1
R4x25+1G
S.Comum
16
Quadro G. Loja H07- 230 10,35 45 Fusivel 10 3 80 82.7
R2x10+1G
10

Figura 1 - Dimensionamento das canalizações


elétricas
1.3.5. Queda de tensão admissível

O cálculo da queda de tensão máxima admissível apresenta-se para a coluna, tendo


em conta a entrada, a distância é de 16 metros.

𝛥𝑢 = 0,161 + 0,113 = 0,274 %

Verificam-se as condições definidas na secção 803.2.4.4.3, das regras técnicas,


quando for técnica e economicamente justificado, os valores de queda de tensão
indicados nas alíneas b) e c) da secção 803.2.4.4.2 podem ser ultrapassados,
desde que, no seu conjunto (coluna mais entrada), não seja ultrapassado o valor de
1,5%.

Para o restante do dimensionamento das quedas de tensão admissível do quadro de


serviços comum e quadro geral da loja, apresenta-se a figura 2 do quadro resumo:

Canalizaçao Tensao IB (A) Aparelh Seccao L (m) U (V) ∆U


(V) o (mm2)

Ramal Entrada H07- 400 156.3 Fusivel 95.0 10 0.37 0.16


R4x95+1G
50
Coluna principal H07- 400 96.6 Fusivel 50 6 0.261 0.113
R4x50+1G
25
Quadro H07- 400 59.76 Fusivel 25 2 0.184 0.08
R4x25+1G
S.Comum
16
Quadro G. Loja H07- 230 45 Fusivel 10 3 0.6 0.261
R2x10+1G
10

Figura 2 - Cálculos da queda de tensão admissível

2. CARACTERISTICAS DOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

2.1. INTRODUÇÃO

Os equipamentos a utilizar nas instalações coletivas e entradas ligadas diretamente à


rede elétrica de serviço publico, RESP, em esquema de ligações à terra TT deve ser
de classe II de isolamento ou de isolamento equivalente, de acordo com a secção
803.2.2 das regras técnicas.

Todos os equipamentos a instalar deverão estar em conformidade com as normas e


Decretos-Lei aplicáveis e em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 6/2008 de 10
janeiro, a diretiva de baixa tensão (LVD), devendo possuir a marca CE ou declaração
de conformidade e às normas portuguesas, CENELEC e CEI.
2.2. INSTALAÇÕES DE UTILIZAÇÃO

2.2.1. Estabelecimentos Comerciais - Loja

A potência máxima admissível, a ser contratada com o distribuidor de energia local,


para a loja é de 10,35 kVA, monofásico, o que correspondente a uma intensidade de
corrente de 45 A.

O quadro elétrico a instalar no interior da fração, será alimentado a partir da portinhola,


PBTE Mono, na qual será instalada a proteção da canalização que o
alimentará.Instalação coletiva

A instalação coletiva das habitações destina-se a alimentar as várias instalações de


utilização de energia elétrica e será constituída na respetiva entrada por: 1 quadro de
colunas, 1 quadro de serviços comuns, coluna montante, caixas de coluna e respetivas
entradas.

A potência máxima admissível, a ser contratada com o distribuidor de energia local,


para o edifício multifamiliar é de 109 kVA, trifásico, o que correspondente a uma
intensidade de corrente de 157 A, por fase.

O quadro de colunas a instalar no interior da fração, será alimentado a partir da


portinhola, PBTE 400, na qual será instalada a proteção da canalização que o
alimentará.

1.1. QUADROS ELÉTRICOS


Os quadros elétricos devem cumprir os ensaios estabelecidos nas normas NP EN
61439 e NP EN 61439-1.

1.1.1. Quadro de Colunas

Ficará localizado em nicho apropriado e preparado para o efeito, estabelecido na


parede e dotado de porta com fechadura. Será provido de corte geral tetrapolar e
classe II de isolamento.

O aparelho de corte geral será do tipo interruptor tetrapolar de corrente estipulada


igual a 250 A.

A caixa de corte geral será do tipo “GC”, 250 A.

A caixa de barramento será do tipo “BBD”, 630 A.

A caixa de proteção de saídas para a coluna principal será do tipo “PD”, 250 A e
fusíveis tamanho 01, e para o quadro dos serviços comuns será do tipo “PB”, 100 A e
fusíveis tamanho 00.
Todas as saídas serão identificadas por meio de etiquetas e protegidas por fusíveis de
alto poder de corte, tipo gG, e calibre adequados às canalizações a proteger.

A eletrificação do quadro de colunas deverá dar cumprimento ao esquema


apresentado nas peças desenhadas.
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1.1.2. Quadro dos Serviços Comuns

O quadro dos serviços comuns é trifásico, classe II e o barramento com 3F+N+PE.

Os disjuntores deverão ter um poder de corte igual ou superior a 6kA e uma proteção
do tipo magnetotérmico por forma a proteger os circuitos contra sobrecargas e curtos-
circuitos.

1.1.3. Caixas de Coluna

As caixas de coluna devem satisfazer às regras técnicas indicadas nas secções


803.4.10.1 a 803.4.10.3.

Para as entradas monofásicas de 10,35 kVA (45 A) a caixa de coluna será do tipo
CBQ, 63 A.

Para as entradas monofásicas de 6,9 kVA (30 A) a caixa de coluna será do tipo CBQ,
63 A.

Atendendo a que as entradas são monofásicas, nas caixas de colunas, estas deverão
ser ligadas a fases diferentes, de forma a equilibrar as cargas o mais possível.

1.2. ENTRADAS

Define-se como entrada uma canalização elétrica, de baixa tensão, compreendida


entre uma caixa de coluna e a origem de uma instalação elétrica de utilização.

De acordo com a secção 803.5.5.3 das regras técnicas, entradas destinadas a


alimentar locais de habitação não devem ser utilizadas canalizações com condutores
de secção nominal inferior a 6 mm2 nem tubos de diâmetro nominal inferior a 32 mm.

Para as entradas monofásicas com condutores do tipo H07V-R e utilizando o método


de referência B, quadro Q52-C1, podemos consultar na tabela 2 os valores:

Tabela 2 - Tabela para as entradas monofásicas

POTÊNCIA CORRENTE SECÇÃO DOS TUBO PROTEÇÃO


(kVA) CONDUTORES
(A) (Ø-mm) (fusíveis gG)
(mm²)

6,9 30 6 32 32 A

10,35 45 10 40 50 A
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1.2.1. Cabos e Condutores

Os condutores e cabos a utilizar nas canalizações elétricas são definidos de acordo


com a NP-665 ou a HD-361 da CENELEC.

As cores para identificação dos condutores ao longo de toda a canalização serão


sempre:

 Fases: Castanho; Preto; Cinzento;


 Neutro: Azul-claro;
 Condutor de proteção: Verde-amarelo.

1.3. APARELHAGEM DE MANOBRA

Todos os materiais deverão dar cumprimento à legislação em vigor, em matéria de


qualidade, nomeadamente no que se refere à marcação “CE”.

1.3.1. Interruptores e comutadores

Serão da melhor qualidade, para interior, de embutir e para uma corrente nominal de
10 A.
Na garagem a aparelhagem a utilizar deverá ser própria para a instalação à vista.

1.3.2. Tomadas

Da mesma série referida no ponto anterior, para interior, de embutir e serão dotadas
de polo de terra e obturadores, devendo todas elas serem previstas para uma corrente
nominal de 16 A.

1.3.3. Iluminação

Os “aparelhos de iluminação” situados no volume 2 das casas de banho deverão ser


de classe II de isolamento, no mínimo.

1.4. APARELHOS DE PROTEÇÃO

Serão dos seguintes tipos:

 Disjuntores que na sua construção observam o disposto na norma EN60898 e


que são concebidos para serem utilizados por pessoas comuns, isto é, pessoas
que não sejam instruídas (não BA4) ou que não sejam qualificadas (não BA5),
com poder de corte não inferior a 6 kA;
 Interruptores Diferenciais de média e alta sensibilidade para o sistema de
proteção de pessoas;
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 Fusíveis de alto poder de corte e suas respetivas bases.

1.5. ELÉTRODOS DE TERRA

Serão utilizadas varetas de aço com revestimento de cobre de 0,7 mm de espessura,


com 15 mm de diâmetro exterior e 2 metros de comprimento enterradas verticalmente
no solo, a uma profundidade tal que entre a superfície do solo e a parte superior do
elétrodo, haja uma distância não inferior a 0,80 m.

O elétrodo de terra será diretamente ligado ao terminal principal de terra do edifício


multifamiliar através de condutor de cobre H07V-R1G50.

Lisboa, 18 de dezembro de 2023

O Técnico Responsável
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II – PEÇAS DESENHADAS

1. ESQUEMA GLOBAL DA INSTALAÇÃO COLETIVA E ENTRADAS


2. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO COLUNAS – EDIFÍCIO
3. ESQUEMA UNIFILAR PADRÃO DE ENTRADA – LOJA
4. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO DE SERVIÇOS COMUM
5. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO GERAL COBERTURA
6. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO GERAL GARAGEM
7. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO ENTRADA - FRAÇÃO T1 (TIPO)
8. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO ENTRADA - FRAÇÃO T2 (TIPO)
9. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO ENTRADA - FRAÇÃO T3 (TIPO)
10. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO ENTRADA - FRAÇÃO T4 (TIPO)
11. ESQUEMA UNIFILAR QUADRO GERAL LOJA
12. ALIMENTAÇÃO QUADROS – CAPA
13. ALIMENTAÇÃO DE QUADROS - PISO (-1)
14. ALIMENTAÇÃO DE QUADROS - PISO 0
15. ALIMENTAÇÃO DE QUADROS - PISO 1
16. ALIMENTAÇÃO DE QUADROS - PISO 2
17. ALIMENTAÇÃO DE QUADROS - PISO 3
18. ALIMENTAÇÃO DE QUADROS - PISO 4
19. ILUMINAÇÃO NORMAL - CAPA
20. ILUMINAÇÃO NORMAL - PISO (-1)
21. ILUMINAÇÃO NORMAL - PISO 0
22. ILUMINAÇÃO NORMAL - PISO 1
23. ILUMINAÇÃO NORMAL - PISO 2
24. ILUMINAÇÃO NORMAL - PISO 3
25. ILUMINAÇÃO NORMAL - PISO 4
26. TOMADAS/ALIM. EQUIPAMENTOS – CAPA
27. TOMADAS/ALIM. EQUIPAMENTOS - PISO (-1)
28. TOMADAS/ALIM. EQUIPAMENTOS - PISO 0
29. TOMADAS/ALIM. EQUIPAMENTOS - PISO 1
30. TOMADAS/ALIM. EQUIPAMENTOS - PISO 2
31. TOMADAS/ALIM. EQUIPAMENTOS - PISO 3
32. TOMADAS/ALIM. EQUIPAMENTOS – PISO
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Referencias Bibliograficas

 Classificação dos locais das instalações eléctricas - Voltimum


https://www.voltimum.pt/sites/www.voltimum.pt/files/pdflibrary/03_classificacao_dos_l
ocais_das_instalacoes_electricas.pdf
 Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão - Voltimum
https://www.voltimum.pt/sites/www.voltimum.pt/files/pdflibrary/rtiebt.pdf
 INSTALAÇÕES COLECTIVAS DE EDIFÍCIOS
https://web.fe.up.pt/~jns/material_didatico/APONTAMENTOS_ICE_FINAL.pdf
 Material disponivel no MOODLE
 Website Wikipédia – Enciclopédia livre
 Discussões de grupo e distribuição de trabalhos

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