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GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA
Dimensionamento de Um Gaseificador Concorrente
Belo Horizonte
2013.2
Augusto Drumond de Menezes
Pedro Victor Cruz e Zica
Raphael Alvaro Melo de Aquino
Vitor Paolucci Xavier
GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA
Dimensionamento de Um Gaseificador Concorrente
Belo Horizonte
2013.2
GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA
Dimensionamento de Um Gaseificador Concorrente
Aprovada em _____/______/2013.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Presidente
_______________________________________
1º Examinador.
_____________________________________
2º Examinador.
_____________________________________
3º Examinador.
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
RESUMO
Keywords:
LISTA DE FIGURAS
TEMA
PROBLEMATIZAÇÃO
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
ANÁLISE DA SITUAÇÃO
Atualmente o Brasil reúne condições técnicas e econômicas ideais para desenvolver
e aproveitar as tecnologias de utilização de biomassas para fins energéticos. O
território nacional possui privilégios em termos de extensão e por reunir condições
favoráveis de insolação e água, fatores essenciais para a produção de biomassa em
grande escala. A biomassa é, sem dúvida, importante fonte de energia para o Brasil,
constituindo alternativa inteligente ao petróleo, que é caro e deve ser utilizado para
fabricação de produtos químicos nobres, nunca para produção de calor.
JUSTIFICATIVA
A biomassa vem se tornando uma das mais importantes fontes de energia devido ao
seu potencial energético baixo custo, além de ser renovável. Os profissionais que
atua na área de pesquisa, comercialização e serviços referentes à biomassa são
cada vez mais valorizados, porque geram redução de custos as empresa e
consequentemente maiores ganhos financeiros.
Para este trabalho, o termo biomassa será usado com referência aos
biocombustíveis. Os biocombustíveis são, geralmente, resíduos de biomassa
utilizados em processos industriais. A utilização de resíduos de biomassa para
geração de energia térmica se justifica por terem baixo custo financeiro, serem
menos poluentes que os combustíveis fósseis e pela eventual redução das áreas de
acúmulo de resíduos. Tudo isso justifica a relevância socioambiental deste estudo.
REFERENCIAL TEÓRICO
Biomassa
A biomassa em geral pode ser utilizada para vários fins, como para adubos
orgânicos, alimentação seres vivos, fabricação de estruturas de madeira, além de
outras aplicações. Além disso, a biomassa possui características químicas
importantes que determinam um combustível, principalmente por ser formada por
uma cadeia de carbono somada a átomos de hidrogênio.
Observa-se que toda biomassa é formada por matéria orgânica, ou seja, é composta
por carbono e hidrogênio, portanto podem ser convertidas em energia química ou
térmica através de processos químicos ou a partir de reações térmicas oxidantes que
aceleram a sua deterioração.
Segundo Branco (1995), a acusação que pesa contra os combustíveis fósseis (não
renováveis) não é a geração de gás carbono, pois os combustíveis renováveis como
álcool ou a biomassa também são responsáveis pela emissão de gases poluentes. A
diferença essencial está na sustentabilidade, enquanto a biomassa, o álcool e o
biodiesel são fontes energéticas renováveis, os produtos oriundos de fontes
energéticas fósseis, como os derivados de petróleo, são considerados não
renováveis e por tanto esgotáveis.
Vale resaltar que os combustíveis renováveis não são apenas os extraídos das
sobras da indústria da madeira ou a lenha, há muitos outros resíduos que também
são considerados energéticos. Alguns exemplos de agrocombustíveis são as cascas
de algodão utilizadas nas fornalhas para secagem do próprio algodão, a casca de
café que são utilizadas como combustíveis nos fornos de cal e evidentemente o
bagaço de cana residual que são utilizados nas caldeiras das empresas
sucroalcooleiras para geração de vapor e energia elétrica.
Dendroenergia
O termo dendroenergia se corresponde à biomassa energética lignocelulósica que
geralmente estão associados aos seus derivados de bases renováveis. Ainda são
considerados como temas dendroenergéticos os aspectos técnicos, sócio-
econômicos e ambientais relacionados com a produção florestal, o pré-
processamento dos recursos florestais, as conversões em outras formas energéticas
e sua aplicação. O dendrocombustível é o combustível proveniente da madeira, seu
principal derivado é a lenha que pode ser plantada e colida de maneira sustentável a
partir de florestas plantadas ou nativas, de forma que o manejo das áreas de cultivo
respeitem o tempo regeneração natural das florestas. Estes combustíveis também
são encontrados, na forma de resíduos, em serrarias, marcenarias, indústrias
moveleiras ou indústrias de papel, cujas atividades econômicas não têm como
principal produto a utilização da madeira para fins energéticos. (NOGUEIRA; LORA,
2003)
Segundo Corder (1973); Brito & Barrichelo (1979); Brito (1994); Quirino et al. (2005),
citados por Santana (2009), a composição química elementar da madeira de
eucalipto é de 50% de carbono, 44% de oxigênio, 6% de hidrogênio e 0,4% de
nitrogênio. Também há enxofre, porém em nível muito baixo, podem ser desprezível,
com isto a uma redução quanto aos problemas de emissão de gases e problemas de
poluição com compostos sulfurosos, quando comparado aos combustíveis fósseis.
(Corder, 1973; Brito & Barrichelo, 1979; Brito, 1994; Quirino et al., 2005)
Umidade
Borsato, Galão e Moreira (2009), definem por poder calorífico a quantidade de calor
liberado, por unidade de massa do material combustível, comumente expresso em
kJ/KG ou kcal/kg. Os combustíveis que possui hidrogênio resulta em vapor d’água
durante a combustão. O poder calorífico superior, resultado destas reações, é o
calor produzido pela combustão completa de certa quantidade do combustível,
assim toda a água produzida, mais a massa de água presente no combustível
anteriormente, são condensadas no estado líquido. Para está situação considera-se
a entalpia de vaporização da água. O poder calorífico inferior é definido pelo valor
obtido quando se considera que o vapor d’água não condensa e todo o produto
resultante da combustão do hidrogênio permanece no estado de vapor.
(3)
Borsato, Galão e Moreira (2009), apontam que o poder calorífico inferior para
sólidos, baseado nas reações de combustão dos componentes puros, pode ser
calculado através da expressão abaixo:
(4)
Onde:
A expressão acima é energia térmica liberada pela combustão do carbono,
hidrogênio e enxofre. Deve considerar que o oxigênio, presente também na
composição do combustível, esteja totalmente ligado ao hidrogênio, de tal forma que
o hidrogênio livre para a combustão seja (H – O/8). A expressão (4) garante
resultados aceitáveis e confiáveis, mas não são reais. Para que haja a determinação
exata do poder calorífico dos combustíveis sólidos é necessário o auxilio de um
calorímetro. (BORSATO, GALÃO e MOREIRA, 2009)
Conversões dendroenergéticas
O gás gerado pela gaseificação da biomassa tem poder calorífico menor que outros
combustíveis como, por exemplo, o gás natural e o diesel. O gás da biomassa só se
torna viável pelo fato de que sua unidade de energia gerada tem o custo menor que
todos os outros combustíveis fósseis.
C + ½ O2 ↔ CO (6)
C + O2 ↔ CO2 (7)
Reações heterogêneas
Na última fase, ocorre à oxidação parcial dos produtos da pirólise, parte do produto
da pirólise reage também com o oxigênio que formam dióxido de carbono e
hidrogênio na forma gasosa. A reação está demonstrada na equação 14.
A partir destas reações químicas, Nogueira e Lora (2003), concluíram que se houver
a adição de 30% de vapor de água no ar de gaseificação, a massa de hidrogênio e
de monóxido de carbono aumenta no gás obtido, como mostram as equações 7, 9 e
10. Além disso, o aumento da pressão favorece a formação de metano, segundo a
equação 8, por causa da redução do número de moles ao se passar dos reagentes
aos produtos.
Nogueira e Lora (2003) apontam que ao gaseificar um combustível sólido utilizando
oxigênio puro ou ar enriquecido com este gás,reduz as perdas de energia, aumenta
o poder calorífico volumétrico devido a isenção do nitrogênio que constitui 79% em
volume do ar atmosférico. Portanto o gás gerado com o oxigênio puro apresenta alto
poder calorífico, porém o que dificulta o seu uso são os custos de produção do
oxigênio e se torna um entrave econômico, dificultando a difusão do seu uso.
Quando se utiliza outros tipos de agente de gaseificação, que não o ar, o poder
calorífico geralmente e maior, mas o custo se torna inviável. Quimicamente seria
perfeita a utilização de oxigênio puro, pois o ar atmosférico é composto por apenas
21% de oxigênio. O uso do oxigênio puro reduz a concentração de nitrogênio no gás
final produzido, o que aumenta a quantidade de energia por volume de gás gerado.
O uso do vapor d’água aumenta a concentração de hidrogênio e oxigênio no volume
de gás gaseificado, isso porque o vapor d’água é representado pela molécula H2O. A
inserção de vapor d’água também reduz a concentração de nitrogênio no gás gerado
e consequentemente aumenta o poder calorífico do gás por unidade de volume.
Tipos de Gaseificadores
TABELA 2: Composição média e poder calorífico do gás pobre de madeira obtido em diferentes tipos
de gaseificadores e com agentes de gaseificação
mb + ma = mg + mcen (15)
Ainda Nogueira e Lora (2003) dizem que para está situação, a entalpia é a medida
da energia térmica por unidade de massa de ar, gás e cinzas:
Onde:
mb - fluxo de biomassa que entra no gaseificador, kg/s;
PCIb - poder calorífico da biomassa, kJ/kg;
mg - fluxo de gás produzido na gaseificação, kg/s;
PCIg - poder calorífico do gás, MJ/Nm³;
PCIgi - poder calorífico do gás i, MJ/Nm³;
tg - temperatura do gás, ºC;
ma - fluxo de ar introduzido no gaseificador, kg/s;
mcen - fluxo de cinzas, kg/s;
Qma - calor perdido no meio ambiente, kW;
Ci - concentração volumétrica ou molar do gás i;
O poder calorífico do gás biomassa pode ser calculado a partir de sua composição
volumétrica, pela seguinte equação (NOGUEIRA e LORA, 2003):
(17)
Onde:
(19)
(20)
Onde:
Agora Bazzo (1995) associa a massa ao volume, como 21% do volume do ar é
composto de oxigênio, então se relacionar o volume molecular do oxigênio
(22,4Nm³/kmol) com a massa molecular de cada elemento combustível envolvido
nas reações químicas, o volume estequiométrico de ar pode ser obtido por:
(23)
(24)
Então,
A massa e o volume de gás definidos pelas equações 25 e 26 são gases gerados
por queima completa, ou seja, são valores estequiométricos. Para que essas
expressões sejam utilizadas nos cálculos dos gases de biomassa as expressões
devem sofre alterações, pois os gases finais formados são diferentes já que ocorre a
dissociação das moléculas.
Fator de Ar
TABELA 3: relação ar/combustível para alguns elementos encontrados nos principais combustíveis
Kg de ar/kg
Combustível Transformação Massa molar
combust.
Hidrogênio (H2) H2O 2,016 34,21
Nos processos de combustão total, a massa de ar utilizada deve ser maior que a
calculada teoricamente e também deve ser considerada a conversão total do
carbono em gás carbônico. Porém, em alguns casos, como nos gaseificadores de
biomassa, o ar alimentado é inferior ao calculado teoricamente. Essa prática
justifica-se sempre que a finalidade da combustão seja produzir gases parcialmente
oxidados, como o monóxido de carbono obtido num gerador de gases. A combustão
incompleta do carvão mineral ou vegetal produz, além de outros gases, o monóxido
de carbono. (BORSATO, GALÃO e MOREIRA, 2009)
As tensões normais internas atuantes são geradas por gases ou fluidos líquidos e
geralmente em cilindros confinados.
(30)
(31)
Comparando as equações acima nota-se que a tensão normal no sentido axial é
duas vezes menor que a tensão normal circunferencial. Consequentemente, a junta
soldada longitudinal deve ser dimensionadas para suportar o dobro das tensões das
juntas circunferenciais. (HIBBELER,2010)
Dimensionamento de Solda
A solda é um tipo de união por coalesência do material, obtida por fusão das partes
adjacentes. As soldas ocorrem através do fornecimento de energia ao material até
que ocorra a fusão, as fontes de energia são de origem elétrica, química, óptica ou
mecânica. Normalmente a fusão do aço ocorre através da absorção do calor
produzido por um arco voltaico. Nos tipos mais comuns, o arco voltaico se dá entre
um eletrodo metálico e o aço a ser soldado, havendo deposição do material do
eletrodo. (PFEIL, 2012).
𝐹
𝜎= (32)
ℎ𝑙
𝐹: força atuante de tração ou compressão;
ℎ: garganta da solda;
𝑙: o comprimento de solda.
REFERÊNCIAS