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DOI: 10.5433/1679-0359.2020v41n6Supl2p2991

Eficiência do uso de energia na cultura da soja em diferentes


regiões do Brasil.

Eficiência energética na cultura da soja cultivada em diferentes


regiões brasileiras

Roni Fernandes Guareschi1* ; Marcio dos Reis Martins1 ; Leonardo Fernandes


Sarkis2 ; Bruno José Rodrigues Alves3 ; Claudia Pozzi Jantalia3 ; robert michael
Boddey3 ; Segundo Urquiaga3

Destaques:
A análise de eficiência energética ajuda a identificar gargalos econômicos e ambientais.
A baixa fertilidade do solo resultou em alto uso de energia associada a fertilizantes.
A eficiência energética deve ser avaliada em diferentes regiões representativas.

Abstrato

A cultura da soja no Brasil vem crescendo em área e produtividade nos últimos anos e a análise de sua eficiência energética
é muito importante para garantir a sustentabilidade do sistema produtivo.
A avaliação da eficiência energética (EE) permite avaliar a sustentabilidade dos agrossistemas, bem como a tomada de
decisões quanto à redução dos custos de produção e dos impactos ambientais negativos. Nesse contexto, o objetivo deste
estudo foi avaliar a eficiência energética da soja em diferentes regiões do Brasil. Para tanto, foram avaliadas 29 áreas de soja
nos principais estados produtores. As entradas e saídas de energia das operações agrícolas e/ou insumos agrícolas foram
calculadas multiplicando-se a quantidade utilizada pelo seu poder calorífico ou coeficiente energético em cada etapa da
produção. A eficiência energética foi calculada como a razão entre a energia total de saída e a energia total de entrada
durante o processo de produção. Para cada MJ de energia consumida na produção da cultura da soja, 6,1; 6.7; Foram
produzidos 7,1 e 7,2 MJ de energia na forma de grãos, respectivamente, nas áreas avaliadas nas regiões Centro-Oeste,
Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Geralmente, o principal gasto energético no cultivo da soja nas diferentes regiões do Brasil
foi com fertilizantes, sementes e herbicidas. As condições climáticas adversas do ano/safra avaliadas na região centro-sul do
Brasil resultaram em baixas produtividades de soja e consequentemente resultaram em menor eficiência energética nessas
regiões. A avaliação da eficiência energética na cultura da soja para ser representativa deve ser realizada em diferentes
regiões e condições edafoclimáticas.

Palavras-chave: Consumo de energia. Glicina máx. Rendimento de grãos.

1
Pós-Doutorando, Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ,
Seropédica, RJ, Brasil. E-mail: guareschiecotarelli@hotmail.com; marcio.dos.reis.martins@gmail.com
2 Discente de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo, Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG,
Brasil. E-mail: leonardo.sarkis@hotmail.com
3
Pesquisadores, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Agrobiologia, CNPAB, Seropédica, RJ, Brasil. E-mail:
bruno.alves@embrapa.br; claudia.jantalia@embrapa.br; robert.boddey@embrapa.br; segundo.urquiaga@embrapa.br
*
Author for correspondence
Recebido: 15 de abril de 2020 - Aprovado: 18 de agosto de 2020
2991
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 41, n. 6, suplemento 2, p. 2991-3010, 2020
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Guareschi, RF e cols.

Resumo

A cultura da soja no Brasil vem crescendo em área e produtividade nos últimos anos e, com isso, a
análise de sua eficiência energética é muito importante para garantir a sustentabilidade do sistema produtivo.
A avaliação da eficiência energética (EE) pode evidenciar a sustentabilidade dos agrossistemas e a
tomada de decisões relativas à redução dos custos de produção e poluição do ambiente. Diante deste
contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência energética na cultura da soja em diferentes
regiões brasileiras. Para isso, foram avaliadas 29 áreas de soja distribuídas pelos principais estados
produtores desta cultura. As entradas e saídas de energia das operações agrícolas e/ou insumos
utilizados foram calculadas pela multiplicação da quantidade utilizada pelo seu poder calorífico ou
coeficiente energético em cada etapa de produção. A eficiência energética foi obtida pela razão entre a
quantidade de energia total de saída e o consumo total de energia durante o processo produtivo. Para
cada MJ de energia consumida na produção da soja, 6,1; 6,7; 7,1 e 7,2 MJ de energia foram produzidos
na forma de grãos de soja, respectivamente nas áreas avaliadas nas regiões Centro-Oeste, Nordeste,
Sudeste e Sul do Brasil. Em uma média geral, os principais gastos energéticos no cultivo de soja em
diferentes regiões do Brasil foram com fertilizantes, sementes e herbicidas. As condições climáticas
adversas do ano/safra avaliado na região centro-sul do Brasil resultaram em baixas produtividades de
soja e, consequentemente, interferiram na menor eficiência energética nessas regiões. A avaliação da
eficiência energética na lavoura de soja para ser bem representativa deve ser realizada em diferentes
regiões e condições edafoclimáticas.
Palavras-chave: Consumo energético. Glycine max. Produção de grãos.

Introdução Existem várias maneiras de estimar o EE de uma


cultura, como a quantidade de energia utilizada por unidade
Considerando a projeção e/ou estimativa da produção
de massa do produto colhido (Alluvione, Moretti, Sacco, &
mundial de soja para a safra 2017-2018, o Brasil se destaca
Grignani, 2011) ou o conteúdo de energia da cultura por
como o segundo maior produtor de soja (110 Mt), atrás
unidade de energia utilizada para produzi-lo, em J J-1
apenas dos Estados Unidos, com uma produção de 119 Mt
(Cunha et al., 2015). A literatura apresenta uma grande
de soja (Estados Unidos Departamento de Agricultura dos
variação nos valores de EE para a cultura da soja cultivada
Estados Unidos [USDA], 2018).
no Brasil. Por exemplo, vários valores de EE foram
Esta produção de grãos está associada a técnicas
relatados para a cultura da soja: 5,47 (Melo et al., 2007);
altamente dependentes do consumo de energia
18,64 (AT Campos, Klosowsk, Souza, Zanini, & Prestes,
principalmente da queima de combustíveis fósseis
2009); 7,81 (Assenheimer, Campos, & Gonçalves, 2009);
resultando em quantidades significativas de emissão de CO2 para a atmosfera.
4,27 (Mourad & Walter, 2011); 9,80 (Santos, Spera,
A avaliação da eficiência energética (EE) na agricultura Fontaneli, & Dreon, 2011); 5h30 (Riquetti, 2014); e 13,66
pode ajudar a identificar os gargalos energéticos dos (Ferreira, Neumann, & Hoffmann, 2014). Na maioria desses
sistemas de cultivo adotados, com o intuito de encontrar estudos, a energia foi atribuída principalmente a
tecnologias economizadoras de energia (especialmente combustíveis (AT Campos et al., 2009; Ferreira et al.,
para a energia de combustíveis fósseis). O uso de 2014), fertilizantes (Mourad & Walter, 2011; Riquetti, 2014),
combustível, fertilizantes, pesticidas, irrigação e a fabricação herbicidas (Assenheimer et al., 2009 ; Riquetti, 2014) e
de máquinas e implementos são exemplos de itens que máquinas agrícolas (Melo et al., 2007; AT Campos et al.,
consomem grandes quantidades de energia na agricultura 2009).
(Cunha et al., 2015; Chen et al., 2018). Portanto, estudos
sobre EA na agricultura contribuem para a avaliação da
Essas grandes variações nos valores de EE das
sustentabilidade dos sistemas agrícolas.
lavouras de soja no Brasil podem ser atribuídas a diferenças nas

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produtividade das lavouras e manejo das lavouras adotado entrevistas com produtores. Nos estudos de casos múltiplos,
em cada localidade. É necessário determinar o EE de várias as unidades de produção selecionadas são diferenciadas
localidades representativas para diminuir essas discrepâncias pelos sistemas de produção adotados, o que impossibilita a
e aumentar a representatividade dos resultados de EE das generalização de seus resultados e serve de base e
lavouras de soja. ferramenta para outros estudos por não serem consideradas
“unidades amostrais” (Ferreira et al., 2014 ).
A descrição detalhada das práticas e insumos que afetam
a EE na agricultura contribui para o estabelecimento das A coleta de dados para os cálculos foi

melhores práticas para uma produção agrícola ambiental e realizados em 29 áreas de cultivo de soja na safra 2014-2015.
economicamente mais eficiente. Assim, o objetivo do presente A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas estruturadas
estudo foi avaliar o EE em lavouras de soja em diferentes com agricultores e/ou dados

regiões do Brasil na safra 2014-2015 obtidos de instituições de pesquisa como o

Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Federação


ano safra. da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Empresa de
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
(EPAGRI) e Centro de Economia Solidária e Planejamento
Materiais e métodos
Agrícola da Escola Superior de Agricultura “Luiz de

Este foi um estudo exploratório que seguiu a abordagem Queiroz” (CEPA-ESALQ) (Tabela 1).

metodológica utilizada em estudos de caso múltiplos, com


pesquisa bibliográfica e

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tabela 1
Localização, tamanho e produtividade média da soja em diferentes regiões do Brasil.

Tamanho da área de rendimento Tamanho da Rendimento médio


Área Cidade-Estado Área Cidade-Estado
ha-1) (ha) médio (Mg área (ha) (mg ha-1)

------------- Região Centro-Oeste ------------- ------------------- Região Nordeste -------------------

**Campo N.
1 2000 3.12 21 **Barreiras-BA1,6 2000 3,00
Parecis-MT1,6

**Nº do campo
2 2000 3.12 22 **Voz-MA1,6 1000 3.12
Parecis-MT1

**Primavera do
3 1125 3.24 ------------------- Região Sudeste --------------------
Leia-MT1.6

**Primavera do
4 375 3.24 23 **Unaí-MG1,6 650 3.12
Ler MT1

5 **Sorriso-MT1,6 1500 3.12 ------------------- Zona Sul ---------------------


**EPAGRICEPA
6 **Sorriso-MT1 1500 3.18 24 3.30
SC 3,6

**Campo
7 **FAEG-GO2,6 3.48 25 40 3,00
Mourão-PR1,6

8 **Rio Verde-GO1,6 450 3.30 26 **Londrina-PR1,6 60 3,60

9 **Cristalina-GO1,6 1000 3,00 27 **Londrina-PR1 60 3,50

10 *Montivídio-GO5,6 1800 3.36 28 **High Cross-RS1,6 200 2,70

**São Luiz
11 *Montivídio-GO5,6 1298 2.88 29 35 2.20
Gonzaga-RS4,6 See More

12 *Rio Verde-GO 5.6 400 2.28 Total: 20583

13 *Montivídio-GO5,6 300 3.24 Significar: 3.03

14 *Montivídio-GO5,6 515 3.24

15 *Montivídio-GO5,6 300 3,00

16 *Rio Verde-GO5,6 155 1.02

17 *MontividiuGO5,6 100 3.36

18 *Montivídio-GO5,6 220 2,95

19 **Brasília-DF1,6 500 3.10

**Chapadão do
20 1000 3.10
Sul-MS1,6

1 2
Dados fornecidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Dados fornecidos pela Federação da Agricultura e Pecuária
4
of Goiás (FAEG). 3 Dados fornecidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).
6
Centro de Economia Social e Planeamento Agrário (CEPA). 5 Dados fornecidos por diversos produtores da região. Semeadura realizada
com sementes transgênicas. *Avaliação in loco, por meio de entrevistas com produtores. **Avaliação via dados fornecidos por órgãos oficiais das
regiões.

Os dados coletados foram categorizados da seguinte utilizados no manejo da lavoura e tratores, máquinas e/ou
forma: a) quantidade de mão de obra humana, combustível, implementos utilizados para esses serviços; c) rendimento
fertilizantes sintéticos e orgânicos, sementes, mudas, de grãos da cultura; ed) parâmetros técnicos como duração
herbicidas, inseticidas, fungicidas e outros insumos de cada operação agrícola e consumo de combustível (L
h-1). Os dados detalhados do
envolvidos desde a semeadura até a colheita; b) operações agrícolas

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as áreas de soja avaliadas neste estudo estão descritas coeficientes de energia, expressos em MJ (Assenheimer
na Tabela 1. et al., 2009; Capellesso & Cazella, 2013). Os coeficientes
de energia utilizados no presente estudo foram baseados
Os dados referentes à quantidade de insumos e
em dados da literatura, tanto para insumos (fatores
práticas agrícolas foram convertidos em unidades de
necessários à produção) quanto para produtos (produção
energia pela multiplicação do produto físico pelos
de grãos) (Tabela 2).
respectivos fatores de conversão, conhecidos como

mesa 2
Principais coeficientes energéticos que foram utilizados para determinar o consumo de energia das culturas analisadas

1. Energia direta

Coeficiente de
Especificações Unidade Referência bibliográfica
energia (EC)

Boddey, Soares, Alves e Urquiaga (2008)


Trabalho humano MJ h-1 mas 7.84

Fertilizantes Nitrogenados Sintéticos (N) MJ kg-1 63,79 Macedônio e Picchioni (1985)

Fertilizantes Sintéticos Fosfatados (P2 O5 ) MJ kg-1 13.97 Macedônio e Picchioni (1985)

Fertilizantes sintéticos de potássio (K2 O) MJ kg-1 9,79 Macedônio e Picchioni (1985)


Calcário MJ kg-1 0,167 Comitê (1993)
Gesso MJ kg-1 0,167 Vieira (2007)
Micronutriente Zinco MJ kg-1 8.37 Pimentel (1980)

Cobalt + Molybdenum (CoMo) MJ L-1 0,042 Gomes (2012)

Micronutrientes em geral MJ kg-1 6.32 Souza, Casali, Santos and Cecon (2008)
Cama de Frango MJ kg-1 0,126 Souza e cols. (2008)

fosfato natural MJ kg-1 0,63 Quadros and Kokuszka (2007)


1 MJ R$ 2.23
conversor de energia Secretaria de Pesquisa Energética (EPE) (2015)
Valor calórico do óleo diesel MJ L-1 43,93 Comitê (1993)

2 Valor calórico do óleo lubrificante MJ L-1 35,94 Comitê (1993)

2 Valor calórico da graxa MJ L-1 49.22 Comitê (1993)

sementes de soja MJ kg-1 31,75 Pimentel (1980)


Inoculantes MJ dose-1 5.25 Sá et al. (2013)
4
Herbicidas, inseticidas, fungicidas, etc... kg ou L/ia (Tabela 3) Pimentel (1980)

2. Energias Indiretas

5,6 Tratores ou máquinas (autopropulsadas) MJ kg-1 69,83 Macedônio e Picchioni (1985)

Colheitadeiras Autopropelidas MJ kg-1 69,87 Macedônio e Picchioni (1985)

Anexos (não automotores) MJ kg-1 57.2 Macedônio e Picchioni (1985)


1
Para insumos muito específicos e com contribuição pouco significativa, o valor energético foi estimado com base no custo de uma unidade monetária
para o Produto Interno Bruto relativo ao Balanço Energético Nacional, ambos de 2014. 2 Para o cálculo do consumo de óleo lubrificante , considerou-
se 1,5% do consumo de diesel e, para graxa, 33% do consumo de lubrificante. 4 Varia de acordo
com o princípio ativo (ia) e formulação utilizada (Tabela 3). 5 Foi ainda estabelecido um valor energético para a reparação de tratores,
máquinas e alfaias agrícolas, que corresponde a 5% da energia total utilizada no seu fabrico. 6 Também foi considerado o valor de 2,24% (Boddey
et al., 2008) em relação ao gasto total de energia na produção agrícola como estimativa do gasto de energia no transporte de máquinas, implementos
e insumos para a lavoura.

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A depreciação energética (ED) e a energia implemento. As massas dos tratores, máquinas e


indireta associada a tratores, máquinas e/ou implementos foram obtidas nos catálogos dos fabricantes.
implementos agrícolas foram calculadas usando a Os valores de vida[CONAB],
útilNacional
foram a depreciação energética
(ED) e a energia indireta associada a tratores, maquinários e/ou obtidos da CONAB
de Abastecimento
(Companhia 2010).
equação (Beber, 1989):
os complementos foram calculados usando a equação (Beber, 1989):

Os coeficientes de energia utilizados para a


conversão das quantidades de herbicida, inseticida e
fungicida a massa do trator
Onde Mou
é aimplemento
massa doagrícola
trator ouemimplemento
kg, Sl é a vida útil do trator ou em valores de
energia foram estimados com base no complemento em
agrícoladeem
horas, du é a duração kg,
uso emSlhoras,
é a vida útilCE
sendo do otrator ou energético da literatura (Pimentel,
coeficiente 1980); a quantidade de energia tor, maquinário ou
implemento agrícola em horas, du é o tempo de
implemento agrícola. As massas dos tratores, maquinários e utilizados com atribuídas
esses insumos
de acordo
foramcom
assim
suas formulações (Tabela 3).
uso em horas e EC é o coeficiente de energia do
são obtidos nos catálogos dos fabricantes. Os valores de vida útil foram obtidos de
trator, máquina ou implemento avaliado Panhia
Nacional de Abastecimento [CONAB], 2010).

coeficientes de energia usados para a conversão de quantidades de herbicidas, inseticidas e fungicidas


Tabela
os valores foram3 estimados comenergéticos
Coeficientes base na literatura (Pimentel,
utilizados 1980); aoquantidade
para calcular de energia
gasto energético comgasta com e pesticidas para o
herbicidas
controle de pragas e doenças nas lavouras avaliadas neste
estudo (Pimentel,
suas1980)
formulações
assim atribuídos
(Tabela 3). de acordo com

Formulação Coeficiente de energia de ai (MJ kg-1 ou L-1)


Herbicidas

icientes usados para calcular o gasto energético com herbicidas e pesticidas para o controle Concentrado
dispersível 418,3 isáuidades nas lavouras avaliadas neste estudo (Pimentel, 1980) Pó solúvel 262,8
Pellets Coeficiente de energia 362,6
*valor médio
de ai (MJ kg-1 ou L-1 )
347,9
Herbicidas
concentrado Produtos fitofarmacêuticos para controle
pragasde
concentrado dispersível 363,9
é 418,3
pó solúvel 311.1
262,8 362,6
Granular 311.1
347,9
Pó molhável 257,4
Produtos fitofarmacêuticos para controle de pragas
*valor médio 310,8
concentrado 363,9
é Produtos fitofarmacêuticos para controle de doenças
concentrado dispersível 311,1 271,8

o pó solúvel 311,1 257,4 116.3


Granular 310,8 216,0

Produtos fitofarmacêuticos para controle de doenças Pó molhável 216,0


concentrado Valor médio* 271,8 205,0
é 116,3
ai - princípio ativo. *Valor médio atribuído pelos autores a outros tipos de formulações.
216,0
o 216,0
205,0
ediente. *Valor médio atribuído pelos autores a outros tipos de formulações.

cálculos de consumo de energia nas operações agrícolas, incluindo a aplicação de

fertilizantes, semeadura, transporte interno, aplicação de herbicidas, inseticidas e colheita d foram

obtidos a partir do combustível utilizado (L h-1 ) pelo sistema trator-implemento ou combinado com o
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desempenho deste sistema ou máquina (ha h-1 ). Com base nesses dados, o combustível Semina:
Ciências Agrárias, Londrina, v. 41, n. 6, suplemento 2, p. 2991-3010, 2020 L h-1
foi dividido pelo rendimento operacional em ha h-1 para obter o gasto de combustível em L ha-1 em .
MJ ha-1 foi obtido considerando o poder calorífico do óleo diesel 47,73 MJ L-1 . O máximo de
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Eficiência do uso de energia na cultura da soja em diferentes regiões do Brasil.

Os cálculos do consumo de energia nas operações durante as operações de transporte de grãos e água foi
agrícolas, incluindo aplicação de aditivos e fertilizantes, dividida pela capacidade de carga por hectare.
semeadura, transporte interno, aplicação de herbicidas, Por exemplo, se um trator pipa utiliza 10 L de diesel para
inseticidas e fungicidas e colheita foram obtidos com o transportar 2000 L de água, e o volume da solução utilizada
combustível utilizado (L h-1) pelo sistema implemento trator é de 200 L ha1, nessa operação são consumidos
, 10 L de
ou máquina combinada com o desempenho deste sistema diesel para cada 10 ha, ou seja, 1 L ha1 do diesel era
ou máquina (ha h-1). usado para o transporte de água. O consumo de diesel nas
operações de preparo foi dividido pelo número de anos de
Com base nesses dados, o gasto de combustível em L h efeito residual no solo do sistema de manejo utilizado. Nas
-1 foi dividido pelo rendimento operacional em ha -1 para operações de aração e gradagem, por exemplo, foi utilizado
obter o gasto de combustível em L ha-1. O aporte um prazo conservador de 10 anos para o efeito residual
energético (em MJ ha-1) foi obtido considerando o poder médio dessas operações, pois todas as áreas estavam sob
calorífico do óleo diesel (47,73 MJ L1 ). A maioria desses sistema de semeadura direta.
dados foram adquiridos por meio do registro de campo dos
Produtores e/ou por meio de dados fornecidos por órgãos
A relação dos tratores, máquinas e implementos
oficiais, conforme descrito na Tabela 1.
agrícolas, bem como seus rendimentos operacionais (h
Alguns fatores de correção foram usados na ha-1) e consumos de diesel (L ha-1 ano-1) nas áreas de
cálculos do combustível (diesel) utilizado em operações cultivo de soja mencionadas, são apresentados na Tabela
como transporte e transbordo de grãos, transporte 4. as operações realizadas em cada propriedade são
aquaviário e lavoura. O gasto de combustível descritas na Tabela 5.

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Tabela 4
Identificação dos conjuntos tratores, máquinas e implementos utilizados nas áreas (Id), bem como sua Potência em HP (Pt), e
Indicador Operacional em hÿ1 haÿ1 (Op) e Consumo em L diesel haÿ1 anoÿ 1 (CC)

ID *ST Pt *Ip Sobre CC ID *ST PT * IP Em CC


1 1Entre 110 6 Ss 0,16 1.62 61 1 Entre 217 27Se 0,19 4,88
2 2 Sps 125 0,04 0,48 62 4 Cabelo 284 0,18 4,93
3 1Entre 110 6 Ss 0,06 0,63 63 1 Entre 217 28Tt 0,46 1.18
4 3 Esp. 152 0,16 2.31 64 Caminhão 360 0,8 2.87
5 1Entre 225 7 Sé 0,26 6.05 65 1 Entre 175 29 Lh 0,18 2,85
64 Cabelo 270 0,33 8.48 66 1 Entre 175 11Ss 0,14 1,65
7 Caminhão 110 0,46 1.16 67 2 Sps 245 0,02 0,4
81 Entre 225 8 Pd 0,33 8.77 68 1 Entre 217 11Ss 0,07 0,79
91 Entre 110 6 Ss 0,1 1.01 69 1 Entre 335 30Se 0,1 3.17
10 1 Entre 110 9 Ss 0,08 0,47 70 4 Cabelo 375 0,1 3.61
11 2 Sps 128 0,05 0,6 71 1 Entre 217 13Tt 0,46 1.18
12 1 Entre 110 10Tt 0,01 0,003 72 Caminhão 480 0,57 1,73
13 1Entre 110 11Ss 0,1 1.18 73 1 Entre 127 31Ss 0,11 1,45
14 3 Esp 152 0,1 1,57 74 1 Entre 127 31Ss 0,04 0,54
15 1 Entre 225 12Se 0,25 7.73 75 1Entre 127 27Se 0,33 5.15
16 4 Cabelo 378 0,25 8,99 76 4 Cabelo 270 0,17 4.46
17 1 Entre 110 11Ss 0,16 1.9 77 1Entre 95 32Tt 0,16 0,27
18 2 Sps 245 0,03 0,77 78 Caminhão 440 0,41 0,48
19 1 Entre 110 11Ss 0,08 0,95 79 1 Entre 86 9 Ss 0,28 2.05
20 3 Spc 152 0,12 1,88 80 1 Entre 86 14Sp 0,14 1.14
21 1 Entre 225 7 Sé 0,12 2.76 81 1 Entre 68 15Tt 3.33 1,45
22 4 Cabelo 378 0,2 7.19 82 trator 127 33Se 0,3 3,67
23 1Entre 225 13Tt 0,2 0,47 83 4 Cabelo 270 0,48 12.23

24 Ssp 250 1 2.74 84 1 Entre 127 34Tt 0,46 2.53


25 1 Entre 68 14Sp 0,2 1.62 85 caminhão 110 0,26 0,046
26 1 Entre 68 15Tt 0,5 0,27 86 1 Entre 127 35Se 0,22 2,98
27 1 Entre 105 16Se 0,7 8.73 87 4 Cabelo 196 0,14 2.7
28 4 Cabelo 196 0,5 11.68 88 1 Entre 127 36Tt 0,33 1.01
29 1 Entre 110 17Ss 0,4 5.23 89 1 Entre 127 37 Lh 0,48 6.57
30 1 Entre 110 14Sp 0,42 5.47 90 1 Entre 127 38Ss 0,17 2.18
31 1Entre 110 16Se 1 5.04 91 1 Entre 0,12 0,98
86 39Sp
32 4Cabelo 196 0,7 8.03 92 1 Entre 127 38Ss 0,08 1.09
33 Caminhão 110 0,46 1,56 93 Caminhão 345 0,8 2.47
34 1 Entre 75 18Ss 0,21 1.54 94 1 Entre 165 32Tp 0,25 1.26
35 2 Sps 128 0,1 1.21 95 1 Entre 127 23 SS 0,11 1.32
36 1 Entre 120 19Se 0,4 3,93 96 1 Entre 75 14Sp 0,06 0,41
37 1 Entre 75 15Tt 0,33 0,14 97 4 Cabelo 270 0,24 6.2
38 4 Cabelo 175 0,33 5.49 98 Caminhão 130 0,14 0,3

continuar

2998
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 41, n. 6, suplemento 2, p. 2991-3010, 2020
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Eficiência do uso de energia na cultura da soja em diferentes regiões do Brasil.

continuação

39 Caminhão 110 0,46 1 99 1 Entre 145 40Ss 0,1 1.42

40 1 Entre 75 20Sp 0,12 0,85 100 2 Sps 165 0,04 0,62

41 4 Cabelo 196 0,47 8.81 101 4 Cabelo 284 0,25 6,75

42 Caminhão 110 0,46 0,82 102 2 Sps 128 0,08 0,97

43 1 Entre 127 17Ss 0,2 3.03 103 1 Entre 123 16Se 1 5,98

44 1 Entre 86 14Sp 0,4 4.12 104 1 Entre 86 21Hs 0,16 1.14

45 1 Entre 127 16Se 0,5 7.58 105 1 Entre 175 41Se 0,66 5.44

46 4 Cabelo 270 1 8.03 106 4 Cabelo 270 0,4 10.28

47 1 Entre 86 20Tp 0,5 5.14 107 1 Entre 68 17Ss 0,6 4.9

48 1 Entre 110 11Ss 0,03 0,39 108 1 Entre 68 14Sp 0,6 4.9

49 1 Entre 110 21Hs 0,25 2.38 109 4 Cabelo 270 1 9

50 1 Entre 145 22Se 0,25 4,75 110 1 Entre 217 26Pl 1 9.51

51 4 Cabelo 270 0,37 9.51 111 1 Entre 180 40Ss 0,5 7.14

52 1 Entre 100 23SS 0,33 4.71 112 2 Sps 128 0,13 1.52
1
53 1 Entre 100 14Sp 0,2 1.9 113 Entre 180 41Se 0,5 9.81

54 1 Entre 140 21Hs 0,03 0,28 114 1 Entre 88 42Ss 0,13 1.12
1
55 Entre 140 24Se 0,6 9.19 115 4 Cabelo 238 0,6 7.54

56 4 Cabelo 175 0,19 3.24 116 1 Entre 225 29Lh 0,17 2.34
1
57 Entre 217 25Sp 0,73 16.06 117 2 Sps 245 0,05 1.16

58 1 Entre 217 26Pl 0,56 10.46 118 1 Entre 110 17Ss 0,13 0,32

59 2 Sps 128 0,03 0,31


* 1 2
ST (Fonte de tração), Ip (Implementos). **PR (potência necessária). Tra (Trator), Sps (Pulverizador autopropelido), 3 Spc (Automotor
4
escavadeira de Ter (colheitadeira), 5 Ssp (Dispersor de Sólidos autopropelido), 6 Ss (Distribuidor de Sólidos (2-3 m-3), 7 Se (Semeador PR 193cv),

esteira), 8 Pd (Arado 26 discos), 9 Ss (Distribuidor de Sólidos até 1 m-3), 10Tt (Reboque Tanque 4000 a 5000 L), 11Ss (Distribuidor Stara Hércules
10000), 12Se (Semeador John Deere 2117) , 13Tt (Reboque Stara Reboke Ninja 25000), 14Sp (Pulverizador 2000 L), 15Tt (Reboque Tanque 3000
L), 16Se (Semeadora PR 99 cv), 17Ss (Distribuidor de Sólidos 4 a 6 m-3), 18Ss (Distribuidor de Sólidos 1 a 2 m-3), 19Se (Semeadora PR 82 cv), 20Sp
(Pulverizador 600 L), 20Tp (Reboque Transbordo 2m3 ), 21Hs (Pá Hidráulica Stara), 22Se (Semeador JM7080 PD Guerra), 23Ss (Distribuidor Stara
Bruttus 6000 ), 24Se (Semeadora PR 128 cv), 25Sp (Subsolador Arado 9 hastes), 26Pl (Arado 18 discos), 27Se (Semeadora Jumil JM3090), 28Tt
(Reboque de Transbordo JAN Tanque 25000), 29Lh (Grade Niveladora 48 discos), 30Se (Semeador John Deere DB50), 31Ss (Distribuidor Jan Lancer
12000 TM), 32Tt (Reboque Transbordo 8 a 10 m-3), 33Se (Semeador Tatu Marchesan PST DUO), 34Tt (Reboque JAN Tanker 10.000), 35Se
(Semeador Tatu Marchesan Ultra Flex Suprema), 36Tt (Reboque de transbordo JAN Petroleiro Polietileno 17000), 37Lh (Grade Niveladora 42 discos),
38Ss (Distribuidor Jumil Precisa), 39Sp (Aspersão 3000 L), 40Ss (Distribuidor Stara Hércules 15000), 41Se (Semeadora PR 143 cv), 42Ss (Espalhador
Stara Twister 1500 APS).

O número de horas trabalhadas e o diesel total


consumo para todas essas operações, bem como as
quantidades de sementes, herbicidas e pesticidas utilizados
estão listados abaixo na Tabela 6.

2999
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Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 41, n. 6, suplemento 2, p. 2991-3010, 2020
3000
Descrição
das
operações
agrícolas
realizadas
nas
lavouras
de
soja
pesquisadas
no
presente
estudo
Tabela
5
Áreas
avaliadas
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
- - - - - - - - - - -
57 - - - - - - - - - - - - - -
a **
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - b
8(×3) 8(×2)
- - - - - - - - - - -
58 - - - - - - - - - - - - c
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - d
- - - - - -
89 - -
65 65 - - - - - - - - - - - - - - - e
43
44
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - f
90
91 68
102
68 99 95 43 73 90
91 79 66 66 23 52
53 48 34 34 29 29 24 17 17
9 9 9 2 1g
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - h
35(×2) 30(×2) 30(×2) 11(×2)
13
10
14
15
11(×2)11(×2)
13
10
14
15
11(×2)
100
52 96 59 59 59 80 67 67 59 40 25
11 18 18 2 2 eu
48 74 68 68 48 19 19
- - - - - - - - - - - - - 3 3 Operações
agrícolas*
-104
105
91(×2) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

j
k
54
55 49
50 20
21
18(×2) 20
21
18(×2)
- - - - - - - - - - - -45 -27
40(×2) - - - -27
25(×2) 4 4 lnn
103 75 61 21 75 86 86 82 69
67(×2) 69
67(×2) 61 36
35(×2) 31 31 5 5
30(×2) 30(×2)
102 100 2(×2) 2(×2)
96 59 59 91 59 80 59 53 11 44
91(×4)
102(×6)
37 100(×4)96(×3) 59(×4) 59(×2) 91(×6) 59(×3) 80(×7) 67(×7) 67(×7) 59(×7) 53(×5) 44(×4) 40(×3) 35(×3) 30(×3) 30(×3) 25(×3)
11(×3) 18(×4) 18(×4) 11(×4) 11(×4)
2(×4) 2(×4)
o
12(×7) 85(×7) 37(×5) 85(×9)
92
91 85(×6)
74
59 68(×9)
60(×11)60(×11)60(×10) 37(×7) 26(×7) 26(×7) 26(×6) 12(×8) 12(×8) 12(×8) 12(×8)
- -
12 - - - - - p
10
96
- - -100
-101 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3 3q
- -
59 59 80 67 67 59 - - - - - - - -
18 18 11 11 2 2 r
-106
94 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - s
62 97 76
94
64 76
77
78 22 87
88
64 83
84
64 70
71
72 70
71
72 62
63
64 56 51 46
86
33 41 38 32 32 28 22
23 22
23 16 16 6 6 t
- - - - - - - - - - - - - - - ultravioleta
continuar
7 7 7 98 93 7 7 42 39 33 33 7 7 7 7 7 7 7
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3001
Os
equipamentos
e
rendimentos
operacionais
foram
identificados
de
acordo
com
os
números
de
identificação
da
Tabela
4.
O
sinal
de
multiplicação
seguido
de
um
número
indica
o
número
de
g,
liming;
h,
aplicação
de
gesso;
i,dessecação;
aplicação
*j,precoce
de
fertilizantes;
k,
aplicação
de
adubo
verde
ou
cobertura;
l,carregamento
de
calcário;
m-
semeadura;
n,
aplicação
de
herbicidas;
o,
aplicação
de
agrotóxicos,
p,
transporte
aquaviário;
q,
cobertura;
r,
dessecação
para
colheita;
s,
aplicação
aérea
de
peticidas;
t,
colheita;
u,
transbordo;
v,
operações
repetidas.
**Operações
agrícolas:
a,
subsolagem;
b,
outros
tipos
de
lavoura;
c,
aragem
pesada;
d,
gradagem
intermediária;
e,
gradagem
niveladora;
f,
aplicação
de
fosfato;
transporte
para
o
armazém. continuação
29 28 27
- - -
- - -
110
110
-
- -
- -
116
-
- - -
48 111 107
- - -
117 112
111 108
- -
- - -
- - -27
108
75
117(×2) 113
112
117(×4) 112(×3) 108(×3)
- - -
114
-
- -
- -
-101
118
7 - -109
-
115
-
7 33
Eficiência do uso de energia na cultura da soja em diferentes regiões do Brasil.
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Guareschi, RF e cols.

Tabela 6
Quantidades de sementes, herbicidas, inseticidas, fungicidas, combustível e mão de obra humana utilizados nas áreas

Sementes Herbicidas Inseticidas Fungicidas -------- kg Combustível Mão-de-obra humana


Cidade-Estado -1 ------- -1 -1
ha-1 ano L ha-1 ano h ha-1 ano
Campo N. Parecis-MT 50 5.66 1.52 0,42 23.7 1.7

Campo N. Parecis-MT 50 3.44 1.52 0,42 23.7 1.7


Primavera do Leste-MT 66 4,58 2,98 0,84 30.4 2.1
Primavera do Leste-MT 66 2.46 0,15 0,84 30.4 2.1
Sorriso-MT 45 7.52 0,77 0,38 22.7 1.6
Sorriso-MT 45 2.76 0,77 0,38 22.7 1.6

Campo Mourão-PR 50 3.09 0,71 0,25 31.1 4.2


Londrina-PR 60 6.6 2.61 0,6 53,6 7.2
Londrina-PR 60 4.25 1,83 0,3 53,6 7.2
High Cross-RS 50 3,79 0,38 0,5 21.3 3.1

São Luiz Gonzaga-RS 50 4,00 0,79 0,18 23.9 2.6


FAEG-GO 65 2.76 0,51 0,73 46,5 7.3
Rio Verde-GO 70 3.4 1,82 0,95 21,0 1.9
Cristalina-GO 65 3.57 0,28 0,25 35.4 3.4
Montividiu-GO 80 3,68 2.16 0,32 15.7 3.0
Montividiu-GO 60 3.36 2.16 0,66 14,0 2.8
Rio Verde-GO 60 3.36 2.16 0,66 14,0 2.8
Montividiu-GO 60 3.7 2.15 0,32 30.3 9.9
Montividiu-GO 70 3,55 1.42 0,75 9.5 2.2
Montividiu-GO 50 3.9 0,41 0,66 23.8 3.3
Rio Verde-GO 50 2.52 1,98 0,41 13.9 2.2
Montividiu-GO 80 2,93 1.02 0,67 11.3 1.8
Montividiu-GO 90 3.08 1.38 0,97 14.2 1.4
Barreiras-BA 35 1,77 0,64 0,61 23.1 1.9
Brasília-DF 50 2.49 0,13 0,63 21.1 2.7
Unaí-MG 45 2.71 1.61 1.36 23.3 2.7
EPAGRI-CEPA-SC 55 1,68 0,06 0,17 42,8 6.6
Voz-MA 45 3.14 0,39 0,66 62.1 5.9

Chapadão do Sul-MS 70 4.27 1.16 0,25 23.3 1.6


Significar 58 3.6 1.2 0,6 27,0 3.4

As quantidades de nitrogênio, fósforo, potássio, do grão foi de 16,74 MJ kg-1 para a soja (Santos &
calcário e gesso aplicadas estão listadas na Tabela Fontaneli, 2007). Assim, para calcular as saídas
7, respectivamente. totais de energia dos agrossistemas, o rendimento
de grãos foi multiplicado pelo coeficiente de energia.
Para padronizar os cálculos de produção de
Os resíduos da colheita não foram considerados
energia, assumiu-se que a massa de grãos continha
saídas porque são reincorporados ao sistema
13% de umidade e que o rendimento de energia (saída)
(Capellesso & Cazella, 2013).
3002
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Eficiência do uso de energia na cultura da soja em diferentes regiões do Brasil.

Por fim, o EE foi calculado dividindo-se a energia de & Dreon, 2013). A análise estatística descritiva para
saída (MJ ha-1) pela entrada de energia (MJ ha-1) em obtenção das médias, valores mínimos, máximos e
cada unidade de produção; o BE foi o resultado da desvio padrão baseou-se na estimativa do EE obtido a
diferença entre a energia de saída (MJ ha-1) e a energia partir de cada coleta de dados
de entrada (MJ ha-1) (Santos, Fontaneli, Spera, nas 29 áreas de cultivo de soja.

Tabela 7
Quantidades de calcário, gesso, macro e micronutrientes aplicados nas lavouras de soja pesquisadas no presente estudo

Taxas (kg ha-1 ano-1)


Cidade-Estado
N P*
K* Calcário Gesso B Zn Mn Co+Mo

Soybean
12 96 96 375 - - - 0,49 0,08
Campo N. Parecis-MT
12 96 96 375 - - - 0,49 0,08
Campo N. Parecis-MT
Primavera do Leste-MT - 105 90 400 - - - 0,28 0,06

Primavera do Leste-MT - 105 90 400 - - - 0,28 0,06

Sorriso-MT - 90 90 250 - - - 0,06 0,08

Sorriso-MT - 90 90 250 - - - 0,06 0,08

5 50 45 250 - - - - -
Campo Mourão-PR
Londrina-PR - 50 50 250 - - - - -

Londrina-PR - 50 50 250 - - - - -

High Cross-RS 5 50 50 250 - - - - 0,10


- 40 40 250 - - - - 0,10
São Luiz Gonzaga-RS
FAEG-GO 8 80 72 300 300 1,00 10,0 1,00 -

Rio Verde-GO 8 80 72 250 - 1,00 10,0 1,00 -

Cristalina-GO 8 92 72 250 200 - - - -

Montividiu-GO - 80 96 650 - - - - -

Montividiu-GO 9 90 81 361 - 0,34 0,7 1.63 0,10

Rio Verde-GO 9 90 81 361 - 0,34 0,7 1.63 0,10

Montividiu-GO 8 80 72 650 - - - - -

Montividiu-GO 8 90 80 250 - - - - -

Montividiu-GO - 85 92 333 125 - - - -

Rio Verde-GO 15 150 150 225 - - - - -

Montividiu-GO 8 100 100 250 - - - - -

Montividiu-GO 6 102 30 333 - - - - -

Barreiras-BA - 84 108 250 - - - - 0,06

Brasília-DF 13 93 60 250 175 - 0,9 - 0,06

Unaí-MG - 100 90 250 250 - 0,7 - 0,07

EPAGRI-CEPA-SC - 60 90 250 - - - - -

Voz-MA - 182 200 750 - - - - 0,10

7 70 190 313 - - - - 0,10


Chapadão do Sul-MS
Significar 9 87 87 330 210 0,70 3.8 0,70 0,10

3003
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Guareschi, RF e cols.

Resultados e discussão (Tabela 8). Isso significa que para cada MJ de


energia consumida, esses valores de energia
Um EE médio de 6,1; 6.7; 7,1 e 7,2
citados foram produzidos na forma de grãos (Tabela 8).
respectivamente nas áreas avaliadas nas regiões
Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil

Tabela 8
Energia total consumida (MJ ha-1) (TEC), energia total produzida (MJ ha-1) (TEP) (b) e eficiência energética (EE) na etapa
agrícola de áreas de soja avaliadas

Área TEC (MJ ha-1) TEP (MJ ha-1) EE Área TEC (MJ ha-1) TEP (MJ ha-1) EE
----------- Região Centro-Oeste ----------- ------------- Região Nordeste -------------
1 9208.7 52228.8 5.7 21 5890,8 50220.0 8.5
2 8167.6 52228.8 6.4 22 10986.9 52228.8 4.8
3 9998.2 54237.6 5.4 Significar: 8438.9 51224.4 6.7
4 9323,5 54237.6 5.8 ------------- Região Sudeste --------------
5 8735.4 52228.8 6.0 23 7383,5 52228.8 7.1
6 6157.1 53233.2 8.7 --------------- Zona Sul -----------------
7 8589.4 58255.2 6.9 24 6793,9 55242.0 8.3
8 8046.6 55242.0 6.9 25 6419.2 50220.0 8,0
9 8458.3 50220.0 6.0 26 8857.8 60264.0 7,0
10 8615.6 56246.4 6.5 27 8533.1 58590.0 7,0
11 8302.5 48211.2 5.8 28 6411.6 45198.0 7,0
12 8302.5 38167.2 4.6 29 6092.0 36828.0 6.1
13 9452.1 54254.3 5.7 Significar: 7184.6 51057.0 7.2
Geral
14 7826.0 54237.6 6.9 8145.4 50722.2 6.4
média:
15 7404.4 50220.0 6.8
16 9116.1 17074.8 1.9
17 8145.4 56246.4 6.9
18 8593.2 49366.3 5.7
19 7026.6 51894.0 7.4
20 9379,5 51894 5.5
Significar: 8442.4 50496.2 6.1

Esses resultados de EE referentes à safra um pequeno número de áreas em regiões


2014-2015 foram inferiores aos encontrados na específicas. Assim, as diversas áreas avaliadas nas
literatura: 7,8 (Assenheimer et al., 2009), 9,80 diferentes regiões incluídas no presente estudo
(Santos et al., 2011), 13,66 (Ferreira et al., 2014) e 18.64 (AT sob diferentes condições edafoclimáticas
estavam
Campos e outros, 2009). Essa diferença é explicada e pacotes tecnológicos que, em conjunto, interferiram
pelas diferenças de manejo e produtividade de nas entradas e saídas de energia no sistema de
grãos entre as áreas avaliadas e entre as safras, e produção dessa cultura. Mesmo com essa maior
também pelo fato de esses estudos incluírem representatividade das condições edafoclimáticas e manejo da cultura
3004
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Eficiência do uso de energia na cultura da soja em diferentes regiões do Brasil.

o EE das diferentes regiões avaliadas obtido no presente As duas áreas avaliadas na região nordeste também
estudo foi superior aos EEs encontrados em alguns outros apresentaram diferença de 44% no valor de EE
estudos (4,27 e 5,30) (Mourad & Walter, 2011; Riquetti, entre as áreas, e isso se deu principalmente pela diferença
2014). de gestão entre as áreas, já que o
A área de Balsas-MA teve maior gasto energético com
Além disso, o rendimento da soja na safra 2014-2015
mecanização e combustível em relação à área
ficou abaixo da média, ou seja, houve uma menor
localizadas em Barreiras-BA (Tabelas 8 e 9).
produção de energia na forma de grãos por influência de
uma forte estiagem ocorrida na região centro-sul do Brasil Na região sudeste, só foi possível avaliar uma área
( CONAB, 2014). na região de Unaí-MG. As principais características dessa
Essas baixas produtividades de grãos podem ser área, que resultaram em um EE de 7,1 (Tabela 8), foram
observadas, por exemplo, nas áreas de Sorriso-MT, Rio produtividade abaixo da média nacional (3,12 Mg ha-1)
Verde-GO, Brasília DF, Chapadão do Sul-MS, Campo (Tabela 1) e principais gastos energéticos com fertilizantes,
Mourão-PR e Cruz Alta-RS (Tabela 1). sementes e herbicidas (Tabela 9). . Assim como ocorreu
na região Centro-Oeste, nesta área avaliada na região
As áreas avaliadas dentro da região Centro-Oeste do
Sudeste, os fertilizantes foram responsáveis pelo maior
Brasil, apresentaram grandes variações no EE devido à
gasto, seguidos por sementes e herbicidas (Tabela 9).
influência climática e, conseqüentemente, ao manejo
adotado. Essa influência é confirmada pelo menor EE
(1,9) obtido no presente estudo em uma área de Rio Já na região Sul do Brasil, o menor EE foi registrado
Verde-GO (Tabela 8). Problemas causados pela falta de na área de São Luiz Gonzaga-RS (6,1), o que pode ser
chuva nesta área levaram a uma produtividade 67% justificado pelo baixo rendimento de grãos alcançado
menor do que a média obtida nas demais áreas avaliadas, (Tabelas 1 e 8). As demais áreas avaliadas na região sul
o que afetou drasticamente sua EE. Por outro lado, o do Brasil obtiveram valores de EE muito próximos, entre
maior EE (8,7) foi obtido nas áreas de Sorriso-MT (Tabela 7 e 8 (Tabela 8). O destaque para esta região é que,
8). quando comparada a outras regiões, as sementes
Este resultado é um reflexo das características de assumem, em média, o maior gasto, seguidas de
produção de grãos nesta região, que é a maior produtora combustíveis e herbicidas (Tabela 9).
de soja do Brasil. Os principais fatores que contribuem
para o alto EE de Sorriso-MT, em relação às demais
Em média geral, fertilizantes (29%), sementes (23%),
áreas, são o menor gasto de energia com sementes e
herbicidas (19%) e combustíveis (15%) representaram os
herbicidas e uma boa resposta de produtividade associada
maiores insumos energéticos nas áreas avaliadas de
a um alto investimento em tecnologias de alta eficiência
cultivo de soja (Tabela 9). Da mesma forma, outros
energética, como: (i) máquinas e implementos com alto estudos na literatura demonstram que os fertilizantes
rendimento operacional e (ii) monitoramento frequente do
(Mourad & Walter, 2011; Riquetti, 2014), sementes (A.
nível de fertilidade do solo e de pragas, doenças e ervas
T. Fields e outros, 2009; Riquetti, 2014), herbicidas (Melo
invasoras, o que reduziu o uso excessivo de insumos.
et al., 2007; AT Campos et al., 2009; Assenheimer et al.,
Essa grande variação de EE (1,9 - 8,7) dentro de um
2009; Riquetti, 2014) e combustíveis (AT Campos et al.,
mesmo ano-safra demonstra a relevância da determinação
2009; Ferreira et al., 2014). 2014) foi responsável pelos
do EE em diferentes regiões representativas da cultura
maiores insumos energéticos no cultivo da soja no Brasil.
da soja.

3005
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Guareschi, RF e cols.

Tabela 9
Principais gastos energéticos (%) na fase agrícola de áreas de soja avaliadas

----------- Gasto energético principal (%) ---------


Área LH* TMI F Se Lim SF HE PPP PPD TL

----------------- Região Centro-Oeste -------------------


1 0 1 11 17 1 33 27 5 1 2
2 0 2 13 19 1 37 18 5 1 2
3 0 2 13 21 1 24 25 10 2 2
4 0 2 14 23 1 25 19 10 2 2
5 0 2 11 16 1 24 38 3 1 2
6 0 2 16 23 1 35 14 4 2 2
7 1 4 24 24 1 28 13 0 2 2
8 0 1 11 28 1 29 19 6 2 2
9 0 3 18 24 1 30 19 1 1 2
10 0 6 8 29 2 24 19 8 1 2
11 0 6 7 23 1 32 18 8 2 2
12 0 6 7 23 1 32 18 8 2 2
13 1 10 14 20 2 25 18 7 1 2
14 0 2 5 28 1 33 20 5 3 2
15 0 5 14 21 1 28 23 2 2 2
16 0 2 7 17 1 50 12 8 1 2
17 0 2 6 31 1 35 16 4 2 2
18 0 1 7 33 1 31 16 5 3 2
19 0 3 13 23 1 38 16 1 2 2
20 0 1 11 24 1 35 20 5 1 2
Significar: 0,3 3.1 11.7 23,5 0,9 31.3 19.5 5.3 1.8 2.2

--------------------- Região Nordeste ------------------


21 0 2 17 19 1 38 13 4 2 2
22 0 5 25 13 2 37 13 1 2 2
Significar: 0,3 3.6 21,0 15.9 1.3 37.3 13.1 2.6 1.9 2.2

------------------------ Região Sudeste ----------------------


23 0 3 14 19 1 31 16 6 5 2

------------------------------ Zona Sul ------------------ ------


24 1 5 28 26 1 25 11 0 1 2
25 1 3 21 25 1 23 20 3 1 2
26 1 5 27 22 1 13 22 6 1 2
27 1 5 28 22 1 14 20 6 1 2
28 0 2 15 25 1 24 26 2 2 2
29 0 2 17 26 1 16 30 5 1 2
Significar: 0,5 3.8 22,5 24.2 0,8 19.1 21.5 3.6 1.2 2.2

Média geral: 0,3 3 15 23 1 29 19 5 2 2


* Mão de obra humana (LH), Tratores, máquinas e implementos agrícolas (TMI), Combustíveis (F), Lubrificantes (L), Graxas (G), Energia gasta na
reparação de tratores, máquinas e implementos agrícolas (ERMN), Sementes (Se), Inoculantes (Ino), Calcário (Lim), Gesso (Gyp), Fertilizantes
sintéticos (SF), Herbicidas (HE), Produtos fitofarmacêuticos para o controle de pragas (PPP), Produtos fitofarmacêuticos para o controle de doenças
(PPD), Outros insumos (OI), Transporte de máquinas, implementos e insumos para o campo (TL). O gasto energético inferior a 1% não foi mostrado

nesta tabela. 3006


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Eficiência do uso de energia na cultura da soja em diferentes regiões do Brasil.

No presente estudo, em geral, o principal fator que adubação por fonte “natural” com teor semelhante do
contribuiu para o consumo de energia na produção de elemento aumenta consideravelmente os custos, com
soja foi o uso de fertilizantes fosfatados e potássicos maquinário adicional para transporte até o campo, em
(Tabela 9), que geralmente são aplicados em função da baixa concentração do nutriente
quantidades relativamente maiores (Tabela 7) do que na fonte alternativa (Hülsbergen et al., 2001; Riquetti,
os utilizados em outras culturas e/ ou em países com 2014). Novos estudos devem avaliar o quanto essa
climas temperados. Neste estudo, foi aplicada uma substituição afeta o EE final na cultura da soja.
média de 87 kg ha-1 ano-1 de P2 O5 e K2 O (Tabela
7). As quantidades de P2 O5 e K2 O aplicadas na As sementes utilizadas para o plantio têm grande
China, Argentina e EUA são 41 e 6, 11 e 0 e 20 e 31
impacto no consumo de energia, pois sua produção
kg ha-1 ano-1, respectivamente (Food and Agricultural
requer energia. No presente estudo foi utilizado o valor
Policy Research Institute [FAPRI], 2012). Há um maior
de 31,75 MJ por kg de sementes (Tabela 2). Portanto,
aporte energético associado aos fertilizantes no Brasil
em toda a área de cultivo de soja, as sementes foram
devido à limitada disponibilidade de nutrientes no
o segundo maior contribuinte para o uso de energia
sistema solo-planta nas condições edafoclimáticas
(Tabela 9). A alta quantidade de energia incorporada
brasileiras, o que requer maiores adições desses
nas sementes resulta dos insumos em sua produção é
fertilizantes para compensar essa limitação (Mourad &
maior do que o uso de insumos na produção de grãos
Walter, 2011). Essa baixa disponibilidade de nutrientes
para alimentação (Mourad & Walter, 2011; Riquetti,
se deve à natureza dos solos tropicais (principalmente
2014). Por exemplo, a aplicação frequente de
Ferralsols), que são conhecidos por apresentar alta
fungicidas e inseticidas para evitar a propagação de
adsorção de P como resultado da presença de óxidos
pragas e doenças por sementes é uma prática comum.
hidróxidos de Fe e Al (M. Campos, Antonangelo, &
Além disso, a energia utilizada no processamento,
Alleoni, 2016 ) e naturalmente baixo teor de K,
classificação, embalagem e armazenamento das
consequência do seu alto grau de intemperismo
sementes é superior à utilizada na produção de grãos
(Camenzind, Hättenschwiler, Treseder, Lehmann, &
para alimentação (Mourad & Walter, 2011; Riquetti,
Rillig, 2018).
2014). Portanto, tecnologias que melhorem as etapas
Considerando esse impacto dos fertilizantes na de produção de sementes e/ou reduzam o uso de
energia total utilizada na produção de soja, uma forma energia durante seu desenvolvimento agroindustrial
de reduzir o gasto de energia durante a produção é podem contribuir para aumentos no EE da cultura da soja.
aumentar a eficiência do uso de nutrientes pela cultura.
O terceiro maior aporte de energia para a cultura
O aumento da eficiência dos fertilizantes P e K
da soja foi associado aos herbicidas (Tabela 9). Isso
utilizados (Teixeira, Silva, Sousa, Mattiello, & Soares,
se deve, provavelmente, à elevada quantidade de
2016), e dos fertilizantes verdes que promovem a
energia utilizada em sua produção, que varia entre
ciclagem de nutrientes (Silva, Oliveira, Merloti, & Sá,
262,8 e 418,3 MJ kg1 , dependendo da formulação
2017) e a promoção do enraizamento via co -inoculação
(Tabela 3). Assim, pequenas quantidades do princípio
com Bradyrhizobium e Azospirillum (Ferri, Braccini,
ativo em herbicidas, mesmo em doses e frequências
Anghinoni, & Pereira, 2017) são exemplos de técnicas
de aplicação moderadas, levam a um aporte energético
que têm sido indicadas para aumentar a eficiência do
significativo no sistema de produção (Tabela 6 e Tabela 9).
uso de P e K pela soja e, assim, aumentar o EE. No
Existem três grandes estratégias para aumentar o EE
entanto, em termos de energia, deve-se ter cuidado ao
da cultura da soja, no sentido de reduzir o gasto
optar pela substituição de fertilizantes sintéticos por
energético com herbicidas: 1) seleção adequada de
outras fontes desses elementos. A substituição de uma fonte de
herbicidas e/ou aplicação de herbicidas, visando

3007
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 41, n. 6, suplemento 2, p. 2991-3010, 2020
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Guareschi, RF e cols.

para um uso mais eficiente de herbicidas e redução Assenheimer, A., Campos, A. T., & Gonçalves, A. C., Jr.
em concentrações aplicadas; 2) melhoria da eficiência da (2009). Análise do uso de energia na produção de soja em
sistemas de cultivo convencional e orgânico.
produção de herbicidas na indústria, visando à redução da
Ambiência, 5(3), 443-455.
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Biocombustíveis, solar e eólica como sistemas de energia
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