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Leonel Brizola

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Leonel de Moura Brizola (nascido Leonel Itagiba


de Moura Brizola; Carazinho, 22 de janeiro de 1922
Leonel Brizola
– Rio de Janeiro, 21 de junho de 2004) foi um
engenheiro civil e político brasileiro. Considerado um
líder trabalhista,[1] foi governador do Rio de Janeiro e
do Rio Grande do Sul, sendo o único político eleito
pelo povo para governar dois estados diferentes em
toda a história do Brasil.[2]

Brizola nasceu em Carazinho, no distrito rural de São


Bento, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Viveu seus
primeiros anos no interior do estado, mudando-se para
Porto Alegre em 1936. Lá, deu prosseguimento aos
seus estudos e trabalhou como engraxate, graxeiro,
ascensorista e servidor público. Ingressou no curso de
engenharia civil na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul em 1945, graduando-se em 1949.
Enquanto ainda estudava na UFRGS, ingressou na
política, ficando responsável por organizar a ala jovem
do Partido Trabalhista Brasileiro. Em um evento Leonel Brizola
político, conheceu Neusa Goulart, irmã do também 53º e 55º Governador do Rio de Janeiro
político João Goulart, com a qual se casou em 1950 e
Período 15 de março de 1991
teve três filhos. até 2 de abril de 1994
Em 1947, Brizola foi eleito deputado estadual pelo Vice- Nilo Batista
PTB. Tornou-se um político em ascensão no estado: governador
em 1954, foi eleito deputado federal, com uma votação Antecessor(a) Moreira Franco
recorde; dois anos depois, elegeu-se prefeito de Porto Sucessor(a) Nilo Batista
Alegre; e, em 1958, governador do Rio Grande do
Período 15 de março de 1983
Sul. Como governador, tornou-se proeminente por até 15 de março de 1987
suas políticas sociais e por promover a Campanha da
Legalidade, em defesa da democracia e da posse de Vice- Darcy Ribeiro
governador
Goulart como presidente. Em 1962, transferiu seu
domicílio eleitoral para a Guanabara, estado pelo qual Antecessor(a) Chagas Freitas
elegeu-se deputado federal. Durante o governo de Sucessor(a) Moreira Franco
Goulart, este e Brizola mantiveram uma relação 23.º Governador do Rio Grande do Sul
tumultuada, mas uniram-se novamente antes do golpe
militar de 1964. Depois que suas propostas de Período 25 de março de 1959
até 25 de março de 1963
resistência não foram bem-sucedidas, Brizola exilou-se
no Uruguai. Antecessor(a) Ildo Meneghetti
Sucessor(a) Ildo Meneghetti
Voltou ao Brasil em 1979, depois de um exílio de
26.º Prefeito de Porto Alegre
quinze anos no Uruguai, nos Estados Unidos e em
Portugal. No mesmo ano, fundou e presidiu o Partido
Democrático Trabalhista, um partido social-democrata Período 1.º de janeiro de 1956
e populista. Em 1982, foi eleito governador do Rio de até 29 de dezembro de 1958
Janeiro, iniciando um programa de construção dos Vice-prefeito Tristão Sucupira Vianna
Centros Integrados de Educação Pública. Na eleição Antecessor(a) Martim Aranha
presidencial de 1989, ficou em terceiro lugar, com uma
diferença inferior a 1% em relação ao segundo Sucessor(a) Tristão Sucupira Vianna
colocado. Um ano depois, voltou a governar o Rio de Deputado Federal pela Guanabara
Janeiro, sendo eleito no primeiro turno. A partir daí, Período 2 de fevereiro de 1963
não logrou êxito em nenhuma das quatro eleições que até 9 de abril de 1964
disputou, de vice-presidente de Lula da Silva em 1998 Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul
a senador pelo Rio de Janeiro em 2002. Faleceu, em
2004, vítima de um infarto agudo do miocárdio. Período 2 de fevereiro de 1955
até 1.º de janeiro de 1956
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul
Primeiros anos, família e Período 10 de março de 1947
educação até 31 de janeiro de 1955
Dados pessoais
Nome Leonel de Moura Brizola
completo
Nascimento 22 de janeiro de 1922
Carazinho, Rio Grande do Sul,
Brasil
Morte 21 de junho de 2004 (82 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Federal do Rio
Grande do Sul
Brizola com quatorze ou Esposa Neusa Goulart Brizola (1950–
quinze anos de idade 1993)
Marília Guilhermina Martins
Pinheiro (1993–2004)
Leonel de Moura Brizola[nota 1] nasceu em 22 de Filhos(as) 3
janeiro de 1922 em Cruzinha, uma localidade de Passo
Fundo (atualmente Carazinho), no Noroeste do Rio Parentesco Brizola Neto (neto)
Juliana Brizola (neta)
Grande do Sul. Era filho de José Oliveira dos Santos Neusinha Brizola (filha)
Brizola, cujos pais mudaram-se de São Paulo para o
Rio Grande do Sul, e de Onívia de Moura, filha dos Partido PTB (1945–1965)
MDB (1966-1979)
primeiros povoadores do município gaúcho de Nonoai. PDT (1979–2004)
Brizola era o caçula do casal, que também tiveram
outros quatro filhos: Irani, Francisca, Paraguassú e Profissão Engenheiro civil e político
Frutuoso.[3] Seu pai, José Oliveira, era um pequeno Assinatura
fazendeiro que foi assassinado por soldados leais a
Borges de Medeiros durante a Revolução de 1923.[7]
A morte de José fez com que Onívia enfrentasse dificuldades para criar seus filhos, agravadas quando
perdeu suas terras em um litígio judicial. A família então foi morar em São Bento, uma região mais próspera
de Carazinho, onde Onívia, que trabalhou na lavoura, criando vacas e costurando, conseguiu reconstruir
sua vida.[5] Onívia casou-se novamente, com o agricultor viúvo José "Janguinho" Gregório Estery, tendo
com ele mais dois filhos: Sadi e Jesus.[6][8]
Brizola foi alfabetizado por sua mãe antes de ingressar no ensino primário.[5][8] Estudou, por pouco tempo,
como bolsista em uma escola de Não-Me-Toque.[6] Quando tinha dez anos de idade, foi morar sozinho em
um sótão de um hotel em Carazinho, onde lavava pratos para ganhar comida e carregava malas até uma
estação férrea.[9] Ajudado pela família de um pastor metodista, recebeu uma bolsa de estudos que lhe
permitiu concluir o primário no Colégio da Igreja Metodista.[8][9][10] Em 1936, aos doze anos de idade,
Brizola mudou-se para Porto Alegre, onde trabalhou em diversas funções, como engraxate e ascensorista, e
concluiu um curso de técnico rural no Ginásio Agrícola Senador Pinheiro Machado em 1939.[11][12][8]

Após receber o diploma de técnico rural, Brizola não foi logo trabalhar
nesta área, tornando-se em vez disso graxeiro da Refinaria Brasileira de
Óleos e Graxas, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre;
anos depois, soube que a refinaria era propriedade de Ildo Meneghetti, um
de seus maiores opositores políticos.[12][8] Foi aprovado em um concurso
do Ministério da Agricultura, indo trabalhar como técnico do ministério em
Passo Fundo, ficando assim mais próximo de sua família.[12] Brizola
permaneceu apenas por meio ano em Passo Fundo, onde, apesar de receber
um bom salário, contraiu dívidas com várias pessoas.[12] Depois de resolver
suas pendências financeiras, retornou para a capital, residindo em uma
Brizola ao lado da esposa,
pensão e trabalhando como jardineiro do Departamento de Parques e
Neusa Goulart, e dos filhos
Jardins da Prefeitura.[13][8][14]
Neusinha, José Vicente e
João Otávio
Em 1942, Brizola concluiu o ensino fundamental como bolsista no Colégio
Nossa Senhora do Rosário. Em seguida, licenciou-se de seu trabalho na
prefeitura e alistou-se no 3.º Batalhão de Aviação do Exército (atualmente a
Base Aérea de Canoas). Com o fim de seu serviço militar, voltou a trabalhar como jardineiro, concluindo o
curso científico (equivalente ao ensino médio) no Colégio Júlio de Castilhos e um curso de piloto
privado.[13] No Júlio de Castilhos, foi um dos fundadores do Grêmio Estudantil, sendo seu vice-
presidente.[15] Em 1945, foi aprovado no vestibular da Escola de Engenharia da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, graduando-se como engenheiro civil em 1949.[13][15]

Em 1º de março de 1950, Brizola casou-se com Neusa Goulart, irmã do deputado estadual e futuro
presidente da República João Goulart (Brizola e Goulart eram ambos deputados estaduais). O casamento foi
realizado na Fazenda de Iguariaçá, em São Borja, tendo o ex-presidente da República Getúlio Vargas como
um dos padrinhos.[16] O casal havia se conhecido nas reuniões da Ala Moça do PTB.[17] Tiveram três
filhos juntos: Neusinha, José Vicente e João Otávio.[18] Após a morte de Neusa em 1993, manteve uma
relação com Marília Guilhermina Martins Pinheiro.[19][20]

Início da carreira política


Enquanto ainda estava na universidade, Brizola começou a militar no movimento político, filiando-se ao
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em 1945. No PTB, foi-lhe incumbido a tarefa de organizar a ala jovem
do partido, conhecida como Ala Moça.[21][22] Na eleição estadual de janeiro de 1947, com a ajuda de seu
partido, de colegas da universidade e de integrantes da ala jovem trabalhista, foi eleito deputado estadual
com 3.839 votos, a 28ª maior votação daquela eleição.[21][23] Na época, Brizola morava em uma pensão
localizada no centro de Porto Alegre, na qual dividia o quarto com Sereno Chaise, futuro deputado estadual
e prefeito de Porto Alegre.[24][25] Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, defendeu pautas do
movimento estudantil, como o aumento de vagas nas instituições de ensino, e participou da Assembleia
Constituinte, iniciada em março de 1947, na qual apoiou uma emenda de Alberto Pasqualini que classificou
o direito de propriedade como "inerente à natureza do homem, dependendo seus limites e seu uso de
conveniência social".[26][27]
Na eleição estadual de outubro de 1950, Brizola foi reeleito
deputado estadual com 16.691 votos, tornando-se na nova
legislatura o líder dos trabalhistas na Assembleia Legislativa.[17][28]
No ano seguinte, foi facilmente indicado para ser o candidato do
PTB à Prefeitura de Porto Alegre, com Manoel Vargas sendo o
candidato a vice-prefeito pelo partido. Seu principal concorrente foi
Ildo Meneghetti, vereador e ex-prefeito nomeado da capital,
popular, em parte, por ter presidido o Sport Club Internacional.[29]
Embora favorito, Brizola foi derrotado por Meneghetti, em uma
votação de 41 939 a 40 877 votos; como na época as eleições eram
separadas, Vargas conseguiu ser eleito vice-prefeito.[29] Sua derrota
foi creditada pela dissidência organizada por José Vecchio, um dos
dirigentes do PTB gaúcho.[17]

Em 1952, Brizola aceitou o


convite do governador O prefeito Brizola sendo recebido
Ernesto Dornelles e pelo presidente Juscelino
assumiu a Secretaria de Kubitschek, em 1958
Obras Públicas.[30] Nesta
função, desenvolveu o
Primeiro Plano de Obras do estado, realizando obras de
infraestrutura, majoritariamente nas áreas de saneamento básico e
rodovias.[30] Em 1954, deixou a secretaria para postular uma vaga
na Câmara dos Deputados na eleição de outubro daquele ano.[30]
Brizola acabou sendo eleito deputado federal com um recorde
Brizola junto ao presidente Getúlio nacional de 103 003 votos, mais do que o dobro da votação obtida
Vargas, década de 1950 pelo segundo colocado.[31][32][33] Como deputado federal, foi um
ferrenho opositor de Carlos Lacerda, da União Democrática
Nacional.[8][34] Quando Lacerda fez seu juramento de posse como
deputado, Brizola pegou o microfone e retrucou-lhe: "Pela ordem, senhor presidente. Este é um juramento
falso! Ele está jurando aqui dentro a democracia e está pregando o golpe lá fora". A declaração provocou
uma confusão, com reações contrárias e favoráveis; Lacerda apenas respondeu "O que é isso? O que é
isso?". Este episódio rendeu a Brizola, pela primeira vez, espaço nos grandes jornais do país.[35]

Brizola fundou e dirigiu, no decorrer do ano de 1955, o jornal em formato de tabloide Clarim, que chegou a
atingir uma tiragem de 35 mil exemplares.[30] Brizola usou a publicação para promover sua segunda
candidatura à prefeitura de Porto Alegre, indicando e criticando os problemas da cidade.[30] Com o slogan
"Nenhuma Criança Sem Escola" e um caráter desenvolvimentista, Brizola acabou sendo eleito, com 65 077
votos (55,14%), contra 37 158 votos (31,49%) recebidos por Euclides Triches.[30] Embora seu partido
tenha conquistado a maior bancada na Câmara de Vereadores, não conseguiu uma maioria na casa, ficando
com 8 das 21 vagas.[30][36] Em janeiro de 1956, foi empossado prefeito de Porto Alegre. Entre suas
realizações no cargo, destacam-se o aumento do número de vagas disponíveis na rede municipal de ensino,
incluindo o ensino em dois turnos, as obras de saneamento básico e a urbanização de grande parte dos
trechos próximos ao Rio Guaíba.[36][37][38]

Governador do Rio Grande do Sul


Na convenção do PTB realizada em outubro de 1957, Brizola foi Entre outras coisas
indicado, por larga margem, para ser o candidato do partido ao cumpre dizer que o
governo do Rio Grande do Sul na eleição de 1958.[37] Além do trabalhismo é
nacionalista, o
PTB, a coligação de Brizola foi formada pelo Partido de comunismo é
Representação Popular e o Partido Social Progressista.[39] O Partido internacional; o
Comunista Brasileiro também endossou sua candidatura, mas comunismo é
Brizola rejeitou tal apoio por medo de perder os votos dos católicos materialista, o
trabalhismo se inspira na
da Serra, chegando a divulgar um manifesto de repúdio que recebeu
doutrina social cristã; o
elogios de Dom Vicente Scherer.[39] Embora houve acusações de
comunismo é a abolição
que o PRP mantinha ligações com movimentos extremistas da da propriedade, o
Alemanha nazista, Brizola firmou a coligação com o partido pois trabalhismo defende a
desejava ganhar os votos dos perrepistas em cidades do interior e propriedade dentro de
em colônias alemãs e italianas, locais onde o PRP possuía uma um fim social; o
significativa base de apoio.[40] A campanha trabalhista apresentou comunismo escraviza o
um programa de governo em que defendia priorizar as escolas, homem ao Estado e
habitação, energia elétrica e preços justos aos produtores.[39] Em prescreve o regime de
outubro, derrotou Walter Peracchi Barcelos, coronel da Brigada garantia do trabalho, o
Militar, com 670 003 votos contra 500 944.[40] Sua vitória foi trabalhismo é a
dignificação do trabalho
possível graças ao bom desempenho nas grandes cidades; na capital,
e não tolera a
conseguiu 65% dos votos, 63% em Pelotas e 75% em Canoas.[40] exploração do homem
Na Assembleia Legislativa, o PTB elegeu 24 dos 55 pelo Estado nem do
integrantes.[40] A disputa pelo Senado Federal foi vencida por homem pelo homem [...]
Guido Mondin, do PRP, apoiado por Brizola.[40]
— Trecho do manifesto de Brizola em
Em 31 de janeiro de 1959, Brizola que repudiou o apoio dos comunistas
foi empossado governador.[40] em sua campanha do governo do Rio
[39]
Com a justificativa de levar Grande do Sul em 1958.

agilidade à administração, criou


seis secretarias: Administração, Trabalho e Habitação, Economia,
Transportes, Energia e Comunicações e Saúde.[41] Ao longo de seu
mandato, apresentou, nas sextas-feiras à noite (motivo que lhe fez ganhar
o apelido de "Lobisomem"), um programa pago na Rádio Farroupilha, em
que prestava contas ao eleitorado.[40]

Em 1961, Brizola ganhou atenção nacional ao criar a Campanha da


Legalidade, em defesa da democracia e do direito de seu cunhado, o vice-
presidente João Goulart, ser empossado presidente da República. Quando
Brizola tomando posse como Jânio Quadros renunciou à presidência em agosto de 1961, os militares
governador do Rio Grande do tentaram impedir que Goulart o sucedesse em virtude de seus supostos
Sul, em 1959 laços com os comunistas.[42][43] Depois de ganhar o apoio do general
Machado Lopes, do exército local, Brizola criou a cadeia da legalidade de
um grupo de estações de rádio no Rio Grande do Sul, a qual usou para
emitir, a partir do Palácio Piratini, uma chamada nacional denunciando as intenções por trás das ações dos
militares e incentivando a população a protestar nas ruas.[42][44] Brizola entregou a Brigada Militar ao
comando do exército regional, organizou comitês paramilitares de resistência democrática, chegando a
distribuir armas de fogo a civis, e transformou a sede do governo em uma trincheira.[45][46][47] Em resposta,
os ministros militares ordenaram o bombardeio do Piratini, mas sargentos e suboficiais da Base Aérea de
Canoas não cumpriram as ordens dadas pelos seus superiores.[48][49] Brizola se opôs à mudança para o
regime parlamentarista, usada pelos militares como condição para que Goulart assumisse. Após doze dias de
uma guerra civil iminente, Goulart aceitou a proposta dos militares e foi empossado presidente.[50][51]

Entre as políticas governamentais empreendidas como governador, Brizola desenvolveu um plano para
industrializar rapidamente o estado e um programa para a construção de serviços públicos estatais,
nacionalizando algumas empresas norte-americanas.[52][53][41] Brizola garantia que a política de
investimentos de seu governo teria capital nacional e que interferências
estrangeiras na economia gaúcha não seriam aceitas.[41] A Companhia de
Energia Elétrica Riograndense, da Bond and Share e dona do monopólio da
energia elétrica na Região Metropolitana, foi encampada em maio de
1959.[54][55] A CEE passou a ser uma sociedade de economia mista,
passando a ter um papel significativo na geração e distribuição de
energia.[56] Em fevereiro de 1962, depois que as negociações para que a
Companhia Telefônica Riograndense, de propriedade da International
Telephone and Telegraph, fosse transferida para o poder público acabaram
fracassando, Brizola também encampou-a e a tornou parte da Companhia
Riograndense de Telecomunicações.[56] As nacionalizações de Brizola
tornaram-se manchete na imprensa norte-americana quando o governo de
John F. Kennedy estava tentando combater a "infiltração comunista" no
Brasil ao chegar a um acordo com Goulart, que incluiu ajuda financeira ao Brizola segurando uma
governo federal brasileiro. [57][58] Neste contexto, as ações de Brizola metralhadora durante a
tornaram-se um embaraço diplomático, levando o presidente norte- Campanha da Legalidade
americano a criticar o governador em uma coletiva de imprensa e
transformando o governo Brizola em um alvo da Emenda Hickenlooper,
uma mal sucedida iniciativa para interromper a ajuda a qualquer país que expropriasse propriedades norte-
americanas.[59][60][61][62]

A alfabetização e o aumento no número de vagas nas instituições de ensino foram outras prioridades do
governo Brizola.[63] Em 1959, o deficit de vagas foi estimado em 273 mil.[63][64] O governo estabeleceu
mais de duzentos acordos com escolas privadas para que, em troca de receberem professores do estado e
verbas públicas, disponibilizassem vagas gratuitas.[63][65] Para a construção de instituições de ensino, o
governo realizou um acordo com os municípios e a iniciativa privada.[66] Ao término de seu mandato,
haviam sido construídos 6 302 estabelecimentos de ensino, dos quais 5 902 eram escolas primárias, 278
eram escolas técnicas e 122 eram ginásios.[67] As escolas, que ficaram conhecidas como "Brizoletas",
possuíam uma arquitetura simples, sendo parecidas com residências.[68][69] Estes investimentos resultaram
na abertura de 689 mil matrículas e 42 mil vagas para docentes, com o Rio Grande do Sul passando a ter a
mais alta taxa de escolarização do Brasil.[67][70]

Para empreender uma reforma agrária, Brizola estabeleceu o Instituto Gaúcho de Reforma
Agrária.[71][67]Na época, 1,83% dos proprietários eram donos de 47,97% das terras, enquanto 85% ficavam
com 24% das terras.[67] O instituto, além de prestar assistência técnica, garantiu verbas para que os
produtores comprassem máquinas, animais e sementes.[72] Brizola ajudou a organizar acampamentos do
Movimento dos Agricultores sem Terra, conhecidos como Master.[71][72] Em Sarandi, cerca de dez mil
pessoas participaram de um acampamento para reivindicar a divisão de vinte mil hectares de terras, que não
mantinham produção, pertencentes a uma multinacional.[71][73] Em junho de 1962, decretou a concessão
dos títulos de propriedade de terras da região do Banhado do Colégio, beneficiando em torno de seiscentas
famílias.[73] Brizola continuou e intensificou a reforma agrária em terras indígenas, argumentando que eles
detinham muita terra para poucos índios.[74] Brizola e sua esposa, Neusa, também doaram 1 038 hectares
da Fazenda Pangaré, de propriedade do casal, para um grupo de trinta agricultores, dando início a uma
cooperativa.[71][75][76]

Deputado federal pela Guanabara


Por meio de suas políticas internas e externas, Brizola tornou-se uma figura importante na política brasileira,
eventualmente desenvolvendo ambições presidenciais que não poderia cumprir devido às leis da época; a
legislação brasileira não permitia que parentes próximos do presidente em exercício concorressem na
eleição seguinte.[77][78] Entre 1961 e 1964, atuou na ala radical da
esquerda independente, onde pressionou por uma agenda de
reformas sociais e políticas radicais e por uma mudança na
legislação eleitoral que permitisse sua candidatura na eleição
presidencial de 1965. Brizola foi visto como autoritário e briguento,
capaz de lidar com seus inimigos usando a agressão física; por
exemplo, agrediu o jornalista de direita David Nasser no aeroporto
do Rio de Janeiro.[79][80][81] Brizola atuou como um aventureiro no
jogo político em torno do governo Goulart, sendo temido e odiado
pelos políticos moderados da esquerda e da direita. Este papel foi Brizola abraçando seu cunhado, o
especialmente visível quando mudou o seu domicílio eleitoral para presidente da República João
um centro político nacional. Se optasse por se candidatar ao Goulart, na década de 1960
Legislativo pelo Rio Grande do Sul, teria que renunciar ao governo
estadual seis meses antes da eleição. Optou, então, por aceitar o
convite feito pelo PTB carioca de se candidatar a deputado federal, ganhando a eleição com uma vitória
esmagadora (269 384 votos, ou um quarto do eleitorado do estado de Guanabara, a atual cidade do Rio de
Janeiro).[77][82]

Em janeiro de 1963, um plebiscito redefiniu o sistema de governo como presidencialista, um resultado que
foi visto por Brizola como um "voto de confiança" dado pelo povo para que Goulart prosseguisse com as
reformas de base.[79][83] Ao mesmo tempo, em uma movimento para competir com o presidente pela
liderança política, Brizola iniciou um programa semanal na rádio carioca Mayrink Veiga, que costumava
usar para transmitir para todo o país, e planejava constituir uma rede de células políticas composta por
pequenos grupos de homens armados, os Grupos dos Onze.[84][85] Os grupos deveriam atuar como
organizações de base que "defenderiam e difundiriam" os principais pontos de uma agenda reformista que
teria que ser alcançada "na lei ou na marra".[86] De acordo com jornalista da época Edmar Morel, para fazer
com que todo o espectro político temesse suas pretensões, "Brizola estava disposto a pagar qualquer preço
para ser o dono da bola".[87] O ministro dos Negócios Estrangeiros de Goulart e líder da esquerda
moderada, San Tiago Dantas, rotulou Brizola como um exemplo de uma "esquerda negativa" que, na sua
intransigente e ideológica defesa da reforma social, abandonou qualquer compromisso com instituições
democráticas.[88] Apesar de seu suposto radicalismo, Brizola não era um ideólogo ou doutrinário.[89]
Geralmente, representava um extremo nacionalismo de esquerda, apoiando a reforma agrária, a extensão do
direito ao voto para analfabetos e suboficiais, e controles rigorosos sobre investimentos estrangeiros que
fizeram com que o embaixador Lincoln Gordon não gostasse de Brizola e comparasse suas técnicas de
propaganda com as de Joseph Goebbels, um rumor também compartilhado pela maioria da mídia norte-
americana.[90][89]

No final de 1963, após o fracasso de um plano de ajuste


econômico, o Plano Trienal, elaborado pelo ministro do
Planejamento Celso Furtado, Brizola se envolveu em uma busca
pelo poder, derrubando o ministro das Finanças, Carvalho Pinto,
economicamente conservador, para tentar ele próprio se tornar
ministro. Brizola queria promover sua agenda radical, dizendo: "se
queremos fazer uma revolução, devemos ter a chave para o
cofre".[91] A candidatura de Brizola para o Ministério da Economia
fracassou; o cargo foi dado para o economista Ney Neves Galvão,
Brizola discursando em Convenção
do PTB
ajudando a radicalizar a vida política contemporânea
brasileira.[92][93] Em outubro de 1963, Brizola e Goulart romperam
suas relações políticas e pessoais; Brizola ficou convencido de que
Goulart pretendia organizar um golpe apoiado por comandantes militares leais, parar o processo contínuo de
radicalização política e que o único meio de antecipar o movimento de Goulart era um movimento popular
revolucionário.[94][95] Enquanto Brizola acreditava que Goulart deveria governar apenas com partidos de
esquerda, o presidente insistia em uma estratégia mais conciliadora, na qual comporia uma aliança com o
Partido Social Democrático. No início de 1964, ambos se reaproximaram quando Goulart decidiu manter
um governo de esquerda apoiado pela Frente de Mobilização Popular, pelo Partido Comunista Brasileiro e
pelo Partido Geral dos Trabalhadores.[95] No Comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964,
Brizola defendeu o fechamento do Congresso Nacional e sua substituição por uma assembleia nacional
constituinte, que deveria ser integrada por "camponeses, operários, muitos sargentos e oficiais
nacionalistas".[96][97]

Para muitos autores, o radicalismo intransigente de Brizola impediu que o governo de seu cunhado tivesse a
capacidade de se "comprometer e conciliar", adotando uma agenda reformista viável.[98] Segundo o
estudioso norte-americano Alfred Stepan, a "retórica do rancor" de Brizola deu a Goulart alguns
apoiadores, mas também muitos inimigos poderosos e estrategicamente localizados—certa vez, discursando
em uma praça pública, Brizola chamou um general de "gorila".[99][100] Alguns afirmaram que este
comportamento era motivado pelo egoísmo; de acordo com R.S. Rose, "Leonel Brizola estava preocupado
apenas com Leonel Brizola".[101] Outros autores dizem que Brizola defendeu uma agenda reformista
centrada em questões concretas (reforma agrária, extensão do direito ao voto e controles de capital
estrangeiros), tendo sido considerada inaceitável e indigestível pelas classes dominantes e seus aliados
internacionais, e cuja implantação era estranha ao sistema político contemporâneo.[102] Em um telegrama
do Departamento de Estado de março de 1964 enviado ao embaixador norte-americano no Brasil, o apoio
dos Estados Unidos ao golpe militar foi equiparado a impedir que Goulart e Brizola tivessem em uma
posição que lhes permitissem levar em frente seus planos "extremistas".[103] De acordo com José Murilo de
Carvalho, a posição agressiva de Brizola em relação ao processo de reformas era mais coerente do que a de
Goulart, que apoiava uma agenda reformista, mas evitou o uso necessário da força para promovê-la.[104] A
ambivalência de Goulart em relação a seu cunhado não lhe garantiu apoio internacional: o embaixador
Lincoln Gordon considerou Goulart como um oportunista que foi "hipnotizado" por Brizola.[105]

Exílio
Em abril de 1964, um golpe de Estado derrubou Goulart.[106]
Brizola acolheu-o em Porto Alegre, na esperança de incentivar o
exército local a reagir e assim restaurar o governo deposto. Brizola
se envolveu em planos para enfrentar os militares, inclusive
proferindo um ardente discurso público na Câmara Municipal de
Porto Alegre, exortando os suboficiais do exército a "ocupar
quartéis e prender os generais", o que lhe valeu o ódio duradouro
dos comandantes militares da ditadura.[107][108][109][110] Depois de
um mês mal sucedido no estado, Brizola fugiu no início de maio de
1964 para o Uruguai, onde Goulart já estava no exílio depois de
Brizola e sua família deixando o
demonstrar pouco interesse com as tentativas de resistência
Uruguai, em 1977
armada.[111] Politicamente solitário no início de seu exílio,
eventualmente preferiu a política insurrecional ao
reformismo. [112][113] No início de 1965, um grupo de simpatizantes seus tentou e não conseguiu articular
uma guerrilha nas montanhas do leste brasileiro ao redor de Caparaó.[114] Outro grupo de guerrilheiros
brizolistas se dispersaram após um confronto com o exército no sul.[115] Este evento levantou suspeitas
sobre a má administração de Brizola dos fundos que lhe foram oferecidos por Fidel Castro.[116] Com
exceção desse episódio, Brizola passou os primeiros dez anos da ditadura militar brasileira isolado no
Uruguai, onde geriu a propriedade de sua esposa e manteve-se a par do que acontecia no Brasil. Ele rejeitou
as tentativas de ser recrutado para a Frente Ampla, um grupo informal de líderes pré-ditadura da década de
1960 que pretendia pressionar pela redemocratização, incluindo Carlos Lacerda e Juscelino
Kubitschek.[117] Durante a tentativa de recrutamento, rompeu os laços restantes com Goulart; eles se
reconciliaram em setembro de 1976.[118][119] A StB, inteligência da Tchecoslováquia, entrou em contato
com Brizola para auxiliá-lo numa reação armada contra o regime militar, mas ele considerou que, naquele
momento, tal reação não seria possível.[120]

Desde o início do seu exílio, Brizola foi observado de perto pela inteligência brasileira, que pressionou
regularmente o governo uruguaio. No final da década de 1970, no entanto, o surgimento de uma ditadura
militar no Uruguai permitiu ao governo brasileiro trabalhar em conjunto com os militares uruguaios para,
como parte da Operação Condor, capturá-lo.[121][122] Até o final da década de 1970, a inteligência norte-
americana ajudou nos esforços das ditaduras latino-americanas a controlar Brizola,[123] que pode ter
sobrevivido ao seu exílio graças a mudança da política dos EUA para a América Latina, ocorrida com o
governo de Jimmy Carter, que se esforçou para conter abusos aos direitos humanos.[124] Esta mudança
levou Brizola a ter uma gratidão eterna com Carter.[125] Entre o final de 1976 e o início de 1977, o fato de
que todos os três membros mais proeminentes da Frente Ampla - Kubitscheck, Goulart e Lacerda -
morreram sucessivamente e em circunstâncias um tanto misteriosas, fez Brizola se sentir cada vez mais
ameaçado no Uruguai.[126][127] Diante da iminente retirada de seu asilo, procurou a Embaixada dos EUA,
onde conversou com o conselheiro John Youle. Mesmo com a oposição do subsecretário de Estado para os
Assuntos do Hemisfério Ocidental Terence Todman, Youle concedeu a Brizola um visto de trânsito que
permitiu-lhe, já que em meados de 1977 foi deportado do Uruguai por supostas "violações de normas de
asilo político", viajar para - e, eventualmente, ser dado um asilo imediato - os EUA.[124][128][129] O resgate
de Brizola é reconhecido como um dos sucessos da retórica dos Direitos Humanos de Carter.[125] Depois
deste episódio, não se oporia mais diretamente às políticas norte-americanas em relação ao Brasil,
contentando-se em denunciar vagamente as "perdas internacionais" incorridas pelo Brasil devido a termos
de câmbio injustos impostos pelas corporações multinacionais.[130]

De acordo com documentos diplomáticos brasileiros desclassificados, em 20 de setembro de 1977, Brizola


e sua esposa foram para Buenos Aires, de onde partiram para os EUA. Buenos Aires era um lugar perigoso
para os exilados latino-americanos; a família foi acompanhada por agentes norte-americanos da CIA e
ficaram durante a noite em um local seguro da CIA, embarcando em um voo sem escalas para Nova Iorque
em 22 de setembro.[131][132] Pouco depois de chegar em Nova Iorque, encontrou-se com o senador
Edward Kennedy, que o ajudou a obter a permissão para permanecer nos EUA durante seis meses.[124] De
uma suíte no Hotel Roosevelt, Brizola se beneficiou da sua estadia no país organizando uma rede de
contatos com exilados brasileiros e acadêmicos norte-americanos interessados em acabar com o governo
militar no Brasil.[133][129][134] Mais tarde, mudou-se para Portugal, onde, através de Mário Soares,
aproximou-se da liderança da Internacional Socialista e se juntou a um plano socialdemocrata e reformista
para a pós-ditadura do Brasil.[135] Durante seu período nos EUA, contatou o ativista afro-brasileiro Abdias
do Nascimento e conheceu as políticas de identidade, o que influenciaria sua carreira pós-ditadura.[136] Em
um manifesto político lançado em Lisboa—a Carta de Lisboa, que declarou sua intenção de refundar um
Partido Trabalhista no Brasil—Brizola aderiu à política racial afirmando que negros e indígenas brasileiros
sofreram formas de exploração mais injustas e dolorosas do que as outras pessoas e, assim, precisariam de
medidas especiais que resolvessem suas dificuldades.[137][138] No final da década de 1970, a ditadura
militar brasileira estava em declínio; em 1978, os passaportes foram dados silenciosamente a exilados
políticos proeminentes, mas Brizola, ao lado de um grupo central de supostos radicais descritos como
"inimigos públicos número um", permaneceu na lista negra e recusou o direito de retorno. Em 1979, após
uma anistia geral, seu exílio chegou ao fim.[139][140][141]

Retorno e fundação do PDT


Brizola chegou a São Borja no dia da Independência de 1979.[142]
Brizola voltou ao Brasil com a intenção de restaurar o Partido
Trabalhista Brasileiro como um movimento de massas radical,
nacionalista, de esquerda e como confederação de líderes históricos
seguidores de Vargas. Ele encontrou dificuldades pelo surgimento
de novos movimentos populares, como o novo sindicalismo
centrado em torno dos trabalhadores metalúrgicos de São Paulo e
seu líder Lula da Silva, e as organizações católicas dos pobres rurais
geradas pela Conferência Nacional dos Bispos. Brizola foi Brizola e Dilma Rousseff, futura
impedido de usar o nome histórico do Partido Trabalhista Brasileiro, presidente da República
anteriormente concedido a um grupo rival centrado em torno de
uma figura amigável a ditadura militar, a deputada Ivete Vargas—a
sobrinha-neta de Getúlio Vargas.[143][144][145] Brizola, então, fundou um partido inteiramente novo, o
Partido Democrático Trabalhista.[146] O partido se juntou à Internacional Socialista em 1986, e desde então
seu símbolo continua sendo uma mão com uma flor vermelha (o símbolo da SI).[147]

Brizola rapidamente restaurou sua proeminência política no Rio Grande do Sul e ganhou preeminência
política no estado do Rio de Janeiro, onde buscou uma nova base de apoio político. Em vez de se associar
com a classe trabalhadora organizada—quer por meio do sindicalismo corporativista ou competindo com
Lula pelo apoio do novo sindicalismo—Brizola buscou uma base de apoio entre os pobres de áreas urbanas
não organizados por meio de um vínculo ideológico entre o nacionalismo radical tradicional e um
populismo carismático e amigável.[148] Para os seus adversários, Brizola e o seu Brizolismo representavam
negociações sombrias com as subclasses "perigosas" e ressentidas;[149] seus apoiadores defenderam o
empoderamento paternalista dos desfavorecidos. De acordo com Sento Sé, "a política, do ponto de vista
Brizolista, é, fundamentalmente, assumir com radicalidade a opção pelos pobres e desvalidos".[150] Brizola
evitou o personagem corporativista baseado em classes de seu populismo primitivo, e adotou uma retórica
cristã amigável com o povo em geral—mais semelhante aos narodniks russos do que ao populismo latino-
americano clássico.[151] Este novo populismo radical foi visto como uma ameaça a uma política mais
democrática e liberal.[152] Esta estratégia surgiu de uma falta de domínio das técnicas de política de massa e
exigiu que a liderança carismática e pessoal de Brizola funcionasse efetivamente. Na ausência de Brizola—
ou de sua personalidade—o PDT não poderia se tornar um competidor pelo poder, dificultando seu
desenvolvimento a nível nacional.[153][154]

Primeiro mandato como governador do Rio de Janeiro


Em 1982, Brizola concorreu a governador do Rio de Janeiro na Vamos retomar o fio da
primeira eleição livre e direta para o governo carioca desde 1965; história exatamente
Darcy Ribeiro foi seu candidato a vice-governador. Para compensar onde pretenderam
interrompê-lo, no Rio de
a falta de quadros no PDT, comandou o ingresso em sua coligação
Janeiro.
de pessoas sem vínculos anteriores com a política profissional, como
o líder indígena Mário Juruna, o cantor Agnaldo Timóteo e um
— Brizola justificando sua decisão de
número considerável de ativistas afro-brasileiros.[156] Brizola estava concorrer a um cargo no estado do Rio
ciente de que essa última incursão na política racial contradizia suas de Janeiro, ao invés de no Rio Grande
[155]
políticas anteriores, mais convencionalmente radicais; ele apelidou do Sul.
sua ideologia de "socialismo moreno".[157][158] Centrando sua
campanha em questões como educação e segurança pública,
apresentou uma candidatura que se propôs a manter o legado de Vargas. Ao desenvolver um núcleo de
militantes combativos em torno de si mesmo—a chamada Brizolândia—Brizola liderou uma campanha que
provocou confrontações violentas e brigas de rua com um humor paradoxalmente festivo, expresso pelo
lema Brizola na cabeça.[159][160][161]
Para ter sua vitória na eleição de 1982 reconhecida, Brizola teve que denunciar publicamente o que o
Jornal do Brasil descreveu como uma tentativa de contabilização fraudulenta das cédulas de votação pela
empresa privada Proconsult—uma empresa de engenharia informática de propriedade de ex-funcionários do
serviço de inteligência militar—contratada pelo Tribunal Regional Eleitoral para informatizar a fase final da
apuração.[162][163][164] Durante o início do processo de contagem dos votos, a Proconsult afirmou
repetidamente que Moreira Franco seria eleito—Arcádio Vieira, dono da empresa, estimou que Moreira
ganharia com vantagem de cerca de sessenta mil votos—, tendo como base resultados predominantemente
de áreas do interior, onde Brizola possuía desvantagem.[162] Estes prognósticos foram imediatamente
ecoados pela TV Globo.[165] Ao denunciar esta alegada fraude em coletivas de imprensa, entrevistas e
declarações públicas—que incluíram uma discussão ao vivo com Armando Nogueira, diretor da Globo—
Brizola evitou que o esquema tivesse qualquer chance de sucesso.[166][167][168] Ele acabou sendo eleito
com 1,7 milhão de votos, uma diferença de 3,6% em relação a Moreira.[169][170]

Brizola então continuou e expandiu sua visibilidade política em


todo o país durante seu polêmico primeiro mandato como
governador do Rio de Janeiro, de 1983 a 1987. Ele propôs a
prorrogação, por dois anos, do mandato do presidente João
Figueiredo, com quem tentou se aproximar; os mandatos dos
governadores também seriam prorrogados e o sucessor de
Figueiredo deveria ser eleito pelo voto popular.[8] No início de
1984, engajou-se nas manifestações das Diretas Já, organizando o
Comício da Candelária.[171][172][173][174] Entretanto, por ser
governador de um estado, não participou de forma tão desenvolta
Brizola e Franco Montoro, como outros líderes políticos; Doutel de Andrade representou o
governador de São Paulo, no PDT nas caravanas das Diretas Já, e Brizola participou apenas dos
Comício da Candelária, em 10 de
eventos mais importantes.[171] Após a derrota da emenda Dante de
abril de 1984
Oliveira, defendeu que o presidente eleito na eleição indireta de
1985 comandasse um governo de transição, convocando eleições
diretas em, no máximo, dois anos.[175] Apesar de não confiar
politicamente em Tancredo Neves, orientou a bancada do PDT a votar em seu favor.[175] Na presidência de
José Sarney, foi uma das primeiras vozes críticas ao Plano Cruzado.[176][177]

Como governador, Brizola desenvolveu suas políticas educacionais em uma escala maior com um
ambicioso programa de construção de grandes escolas de ensino médio, os Centros Integrados de Educação
Pública (CIEPs), arquitetados por Oscar Niemeyer. As escolas deveriam estar abertas durante todo o dia,
proporcionando alimentação e atividades recreativas aos estudantes.[174][178] Brizola também desenvolveu
políticas para a prestação de serviços públicos e entregou propriedades habitacionais para moradores de
favelas. Brizola opôs-se a políticas para favelas que tivessem como base o reassentamento forçado por meio
de projetos habitacionais e, em vez disso, propôs—pois, nas palavras de seu principal conselheiro Darcy
Ribeiro, "as favelas não fazem parte do problema, mas parte da solução"—uma solução "bizarra", mas, no
entanto, que "permitiu que os habitantes das favelas se aproximassem de seus lugares de trabalho e
vivessem como uma comunidade humana comum".[179] Portanto, assim que os direitos de propriedade
foram reconhecidos e a infraestrutura básica proporcionada, coube aos habitantes das favelas encontrar
soluções para os problemas relacionados à construção de casas.[180]

Brizola também adotou uma nova e radical política de ação policial nos subúrbios pobres e favelas da
região metropolitana do Rio de Janeiro. Alegando relações e modus operandi ultrapassados baseados em
repressão, conflito e desrespeito, ordenou à polícia estadual que se abstivesse de fazer invasões arbitrárias
em favelas e reprimisse as atividades dos esquadrões de extermínio, criando um órgão destinado para essa
causa que prendeu e processou mais de duzentos policiais.[181][182][183] A direita se opôs a essas políticas,
argumentando que fariam das favelas um território aberto para o crime organizado representado por grandes
gangues como o Comando Vermelho, por meio de uma confluência entre a criminalidade comum e o
esquerdismo. Alegou-se que as gangues se originaram através da associação de pequenos criminosos
condenados e prisioneiros políticos de esquerda na década de 1970. Outros estudiosos argumentaram que
esta "politização" do crime comum tinha sido um trabalho da ditadura militar, que, ao encarcerar os
criminosos comuns e os prisioneiros políticos, ofereceu aos primeiros a oportunidade de imitar as estratégias
de organização dos grupos clandestinos de resistência.[184][185]

Campanha presidencial de 1989


Brizola optou por permanecer no governo fluminense até o fim de
seu mandato em vez de renunciar para concorrer a algum cargo na
eleição de 1986. Desta forma, seu vice, Darcy Ribeiro, não se
tornou inelegível e pôde concorrer para sucedê-lo; impulsionado
pela popularidade momentânea do Plano Cruzado, Moreira
derrotou Darcy por 49-35%.[186][187][188] Em meio a em seguida
crise econômica e a inflação galopante do Brasil nos anos 1980,
muitos observadores conservadores viam Brizola como o principal
chefe do radicalismo—um retorno ao populismo dos anos
1960.[189] Brizola, assim como a esquerda em geral na época,
procurou certa conciliação com as elites governantes, evitando Brizola, ao lado de sua esposa e da
assumir uma posição muito firme em questões como a reforma cantora Beth Carvalho, durante sua
agrária e a nacionalização dos bancos privados.[190] Do ponto de campanha para a eleição
vista da política eleitoral de massas, foi durante a eleição presidencial de 1989
presidencial de 1989 que a liderança carismática de Brizola expôs
suas limitações ao terminar o primeiro turno na terceira colocação,
perdendo a segunda posição, que o qualificaria para disputar o segundo turno, por uma pequena margem
para Lula da Silva, cujo Partido dos Trabalhadores tinha quadros, o ativismo profissional e a penetração nos
movimentos sociais organizados que faltava a Brizola.[191] Os resultados mostraram que sua candidatura
era baseada principalmente em apoios regionais: Brizola conquistou maiorias maciças no Rio Grande do
Sul e no Rio de Janeiro, mas recebeu apenas 1,4% dos votos em São Paulo.[154][192] Lula usou seu reduto
nas áreas mais industrializadas do Sudeste como um trampolim e reuniu novos eleitores no Nordeste. No
final, Lula obteve 11,6 milhões de votos, contra 11,1 de Brizola, uma diferença de 0,6%; Fernando Collor
ficou em primeiro, com 20,6 milhões de votos.[193][194]

Brizola foi um fervoroso apoiador da candidatura de Lula para o segundo turno da eleição presidencial de
1989, algo que justificou com uma declaração marcante diante de seus colegas do PDT: "Cá para nós: um
político de antigamente, o senador Pinheiro Machado, disse que a política é a arte de engolir sapos. Não
seria fascinante fazer esta elite engolir o Lula, esse sapo barbudo? Vamos no menos pior, pelo
menos….".[195][196][197] Anteriormente, ambos mantiveram discussões objetivando formar uma aliança de
esquerda para o primeiro turno, mas não chegaram a um acordo. Em uma reunião do PDT ocorrida após a
primeira votação, embora sabendo ser inviável, Brizola sugeriu que ele e Lula desistissem para darem lugar
a Mário Covas, pois acreditava que Covas enfrentaria menos resistências e assim teria mais chances de
derrotar Collor.[198][192] O apoio de Brizola foi crucial para que Lula aumentasse sua votação no Rio de
Janeiro e no Rio Grande do Sul, onde o petista passou de 12,2% dos votos no primeiro turno no Rio de
Janeiro para 72,9% no segundo turno, enquanto que no Rio Grande do Sul aumentou sua votação de 6,7%
para 68,7%. De qualquer forma, Collor venceu a eleição.[199][200][201]

Segundo mandato como governador do Rio de Janeiro e declínio


Após a eleição de 1989, Brizola ainda possuía chances de realizar
seu sonho de ganhar a Presidência da República se conseguisse
superar a falta de penetração nacional de seu partido. Alguns de
seus assessores propuseram-lhe uma candidatura ao Senado na
eleição de 1990, o que poderia lhe render destaque nacional.
Brizola recusou a ideia e candidatou-se a governador, propondo
uma coligação com o PT que tivesse Lula como candidato ao
Senado. Os partidos travaram discussões sobre o assunto, animando
Brizola a acreditar na possibilidade de fusão. O PT acabou Brizola no comício unificado da
apresentando um candidato próprio, e Brizola ganhou um segundo União do Povo Muda Brasil, em
mandato como governador do Rio de Janeiro com 60,88% dos Palmeira das Missões, durante as
votos, no primeiro turno.[202][203] Em seu segundo mandato, eleições de 1998
inaugurou a Universidade Estadual do Norte Fluminense e
construiu a Via Expressa Presidente João Goulart, mais conhecida
como Linha Vermelha.[204][205] No entanto, este período redundou em seu fracasso político, marcado por
momentos de gestão desorganizada causados por seu ultracentralismo e desprezo pelos procedimentos
burocráticos adequados; Brizola deixou o cargo com apenas 14% de aprovação, segundo o
Datafolha.[206][8] Além disso, embora tenha sido um opositor a ações do governo Collor, estabeleceu
relações cordiais com o presidente e foi um crítico severo da CPI que investigava o esquema de Paulo César
Farias, classificando o processo de impeachment como um "golpe"; Brizola só pediu a saída de Collor do
governo na campanha eleitoral de 1992. Esse fato lhe causou um imenso desgaste junto ao seu eleitorado e
aos seus aliados políticos.[207][208][206][8]

Em 2 de abril de 1994, Brizola desincompatibilizou-se do cargo de


governador do estado para concorrer à Presidência da
República.[209] Desprovido de apoio nacional e abandonado por
aliados próximos como Cesar Maia e Anthony Garotinho, que
afastaram-se em benefício de suas carreiras pessoais, Brizola voltou
representar o PDT na disputa presidencial de 1994, realizada em
meio ao sucesso do Plano Real e o consequente favoritismo do
candidato governista Fernando Henrique Cardoso. A eleição de
1994 foi outro fracasso para Brizola, que ficou em quinto lugar,
com 3,18% dos votos; FHC foi eleito no primeiro turno.[210][211] Brizola e o arquiteto Oscar
Era o fim do Brizolismo como uma força política nacional. [212] Niemeyer, em 2002
Durante o primeiro mandato de Cardoso, continuou sendo um
crítico de suas políticas neoliberais de privatização de empresas
públicas, afirmando em 1995: "se não houver uma reação civil à privatização, haverá uma militar".[213]
Quando o presidente concorreu à reeleição em 1998, foi o candidato a vice de Lula, e ambos perderam para
FHC no primeiro turno.[214] Na eleição de 2000, foi derrotado em sua tentativa de se eleger prefeito do Rio
de Janeiro, recebendo 9,10% dos votos.[215]

Em seus últimos anos, o relacionamento fragmentado de Brizola com Lula e o PT mudou; ele se recusou a
apoiá-los no primeiro turno da eleição presidencial de 2002, apoiando em vez disso Ciro Gomes, enquanto
disputou uma vaga para o Senado. Depois que Gomes ficou em quarto lugar, apoiou Lula, que foi eleito
presidente. Brizola foi derrotado em sua tentativa de se eleger senador, sendo o sexto colocado, com 8,2%
dos votos, e acabando com sua força regional. Em seus últimos dois anos de vida, foi considerado um
veterano populista de esquerda, e um personagem secundário.[216][217] Apesar de apoiar Lula em alguns
períodos durante seu primeiro mandato, em suas últimas aparições públicas, criticou-o por acreditar que o
presidente estava empreendendo políticas neoliberais e negligenciando as tradicionais lutas da esquerda e
dos trabalhadores.[218][219] Ainda exercendo o cargo de presidente Nacional do PDT, Brizola afirmou, em
junho de 2003, que o partido estava saindo do governo Lula; com sua pressão, o rompimento foi
oficializado em dezembro de 2003.[220][221][222] Os últimos comentários de Brizola sobre Lula ganharam
um caráter pessoal. Em maio de 2004, foi uma das fontes de uma reportagem do jornalista Larry Rohter
sobre o suposto alcoolismo de Lula. Brizola disse a um correspondente do New York Times sobre ter
aconselhado Lula: "você precisa controlar isso".[218][219]

Morte
Depois de uma estadia em sua fazenda no Uruguai, Brizola chegou
no Rio de Janeiro com infecção intestinal e forte gripe, contraída no
rigoroso inverno uruguaio. Apesar de acamado, continuou a receber
visitas de políticos, entre os quais Anthony Garotinho, Carlos Lupi
e Moreira Franco. Sua situação deteriorou-se ainda mais e Brizola
foi a um hospital nas proximidades. Uma tomografia dos pulmões
mostrou infecção respiratória (pneumonia). Feita ultrassonografia
do coração, nada de anormal foi encontrado. Brizola estava
entrando no elevador para deixar o hospital quando, segundo seu Velório de Brizola no Palácio
médico particular, apresentou um edema no pulmão, significando Guanabara, em 22 de junho de 2004
grave insuficiência cardíaca. Novos exames confirmaram infarto
agudo do miocárdio. Brizola morreu às 21h20min do dia 21 de
junho de 2004.[223][224][225][226]

O Congresso Nacional adiou suas sessões para homenageá-lo, e o presidente Lula decretou luto oficial de
três dias, comparecendo ao seu velório no Palácio Guanabara.[227][228] No Rio de Janeiro, de acordo com a
Polícia Militar, duzentas mil pessoas foram até o palácio do governo para prestar-lhe homenagens.[229] Em
24 de junho, depois de ainda ter sido velado no Palácio Piratini, em Porto Alegre, Brizola foi sepultado em
São Borja, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. Cerca de vinte mil pessoas acompanharam
o cortejo até seu sepultamento no Cemitério Jardim da Paz, onde também se encontram os túmulos de sua
esposa, Neusa, Getúlio Vargas e João Goulart.[230][231][232][233]

A morte de Brizola também repercutiu na mídia. A matéria veiculada na versão impressa do jornal Folha de
S.Paulo classificou-o como "um dos principais líderes nacionalistas do país".[234] O obituário do The
Guardian resumiu Brizola como um "líder de esquerda carismático mas divisivo que dominou a política
brasileira por meio século".[235]

Personalidade, imagem pública e legado

O legado de Brizola foi assunto para debates entre jornalistas, escritores e o público em geral. Um de seus
biógrafos, João Trajano Sento-Sé, escreveu: "Se não chegou à Presidência da República, Brizola reeditou,
ao menos, o martírio trabalhista, pelas perseguições que sofreu e pelos temores que despertou em parcelas
das elites política e econômica".[236] O cientista político Helgio Trindade ressaltou que, como governante,
teve uma "obsessiva valorização da educação, que se traduziu em ambiciosos investimentos na área da
expansão de prédios escolares".[236] O jornalista Colin Harding, do The Independent, afirmou que ele foi a
"consciência da esquerda" do governo de Goulart.[237] O escritor Ferreira Gullar opinou que Goulart estava
"refém das forças que o apoiavam, particularmente o sindicalismo reformista, que promovia greves
sucessivas em todo o país", e que Brizola, devido a sua pretensão de se tornar presidente e à campanha para
suceder o ministro Carvalho Pinto, tornou-o um "aliado involuntário dos golpistas".[238] Posteriormente,
referindo-se às ações de Brizola no governo de seu marido, a primeira-dama Maria Thereza Goulart disse:
"naquela época tocou um pouco de fogo no circo". Outro político de
expressão daquele período, Abelardo de Araújo, ministro da Justiça,
argumentou que "não era fácil ao presidente governar com um Brizola a
tiracolo, mas lhe era muito difícil libertar-se dele".[239]

Brizola era reconhecido por sua fala, carregada do sotaque e de


expressões gaúchas.[240][241] Sua retórica era inflamada, não perdendo a
oportunidade para criar caricaturas verbais de seus oponentes, como ao
chamar Lula de "sapo barbudo", Paulo Maluf de "filhote da ditadura" e
Moreira Franco de "gato angorá" por "ir de colo em colo".[242][243][244]
Era um orador carismático, capaz de provocar fortes reações entre
partidários e adversários.[245] Seu discurso era baseado em pontos como a
valorização da educação pública e a questão das "perdas internacionais",
termo usado para se referir ao pagamento de encargos da dívida externa e Estátua de Leonel Brizola, de
envio de lucros ao exterior.[246][247] autoria do escultor Otto
Dumovich, nas cercanias do
Marcaram a carreira de Brizola os desentendimentos que teve com Palácio Piratini, em Porto
grandes empresas de comunicação, em especial com a Rede Globo.[248] Alegre
Brizola acusou o grupo de participar do caso Proconsult, que visava
impedir sua vitória na eleição para governador do Rio de Janeiro em
1982.[249][250] Em 1984, quebrou o monopólio da Globo nas
transmissões de carnaval e, durante a eleição presidencial de 1989, se
sentiu sabotado pela organização após esta ter veiculado acusações
pessoais contra ele em rede nacional.[251] Em 1992, Roberto Marinho, em
um editorial, chamou-o de "senil", resultando em direito de resposta a
Brizola no Jornal Nacional, que foi lido por Cid Moreira, dois anos
depois.[252]

Em 2012, Brizola ficou na 47º colocação no concurso O Maior Brasileiro


de Todos os Tempos.[253] Em dezembro de 2015, a presidente Dilma
Rousseff sancionou a lei que inseriu Brizola no Livro de Heróis da Pátria.
Para que a inclusão de seu nome pudesse ser feita, o Congresso aprovou,
e Dilma sancionou, uma mudança na legislação que reduziu o tempo
mínimo de espera após a morte de uma personalidade para que uma
homenagem deste tipo fosse autorizada, de cinquenta para dez
anos.[254][255][256]

Três netos de Brizola entraram para a política defendendo suas ideias: Busto de Leonel Brizola, pelo
Brizola Neto (PDT) foi deputado federal pelo Rio de Janeiro e ministro do escultor Edgar Duvivier, na
Trabalho no governo Dilma;[257] Leonel Brizola Neto (PSOL) foi estação de metrô da Cidade
vereador do Rio de Janeiro;[258] e Juliana Brizola (PDT) foi vereadora de Nova, no Rio de Janeiro.
Porto Alegre e deputada estadual do Rio Grande do Sul.[259]

Notas
1. Brizola recebeu o nome de Leonel Itagiba; o nome Leonel era uma homenagem a Leonel
Rocha, um líder maragato local, enquanto Itagiba foi o nome dado a um irmão seu que
morreu ao nascer.[3][4] Brizola não gostava de seu segundo nome, e quando tinha quatorze
anos de idade sua mãe alterou-o legalmente, permanecendo apenas Leonel.[5][6]
Referências
1. «Brizola: 100 anos do líder trabalhista que teve relação especial com Fortaleza» (https://mai
s.opovo.com.br/reportagens-especiais/2022/01/21/brizola-100-anos-do-lider-trabalhista-que-
teve-relacao-especial-com-fortaleza.html). O POVO Mais. 21 de janeiro de 2022. Consultado
em 5 de setembro de 2022
2. «Leonel de Moura Brizola foi o único político eleito pelo povo a governar dois estados» (http
s://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2008/06/10/leonel-de-moura-brizola-foi-o-unico-p
olitico-eleito-pelo-povo-a-governar-dois-estados). Senado Federal. Consultado em 24 de
agosto de 2023
3. Braga et al. 2005, p. 17.
4. Leite Filho 2008, p. 32.
5. Braga et al. 2005, p. 18.
6. Braga et al. 2005, p. 19.
7. Leite Filho 2008, pp. 233-234.
8. Vilma Keller, Sônia Dias, Marcelo Costa e Americo Freire. «Leonel Brizola» (http://www.fgv.b
r/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/leonel-de-moura-brizola). Fundação Getúlio
Vargas. Consultado em 27 de novembro de 2017
9. Braga et al. 2005, p. 20.
10. Ferreira 2011
11. Braga et al. 2005, p. 22.
12. Braga et al. 2005, p. 23.
13. Braga et al. 2005, p. 24.
14. Marcelo Matos (2017). «Projeto de lei nº, de 2017» (http://www.camara.gov.br/proposicoesW
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FGV

Ligações externas

Leonel Brizola (http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/leonel-brizola/ind


ex.html), Memórias da Ditadura
Leonel Brizola (http://www2.camara.leg.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografi
a?pk=122253&tipo=0), Câmara dos Deputados

Precedido por Governador do Rio de Janeiro Sucedido por


Moreira Franco 1991 — 1994 Nilo Batista
Precedido por Governador do Rio de Janeiro Sucedido por
Chagas Freitas 1983 — 1987 Moreira Franco
Governador do Rio Grande do
Precedido por Sucedido por
Sul
Ildo Meneghetti Ildo Meneghetti
1959 — 1963
Precedido por Prefeito de Porto Alegre Sucedido por
Martim Aranha 1956 — 1958 Tristão Sucupira Viana

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