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NOVAS ROTAS DE
GESTÃO DA FAB
Melhor aproveitamento de recursos e mais eficiência:
conheça a receita para fazer mais com menos
50 anos Fumaça Santa Cruz
C-130 Hércules Esquadrilha Base no RJ se
completa cinco volta com novas prepara para
décadas na FAB aeronaves as Olimpíadas
SGT JOHNSON / Agência Força Aérea
Prepare seu plano de voo
Edição nº 246 Ano 42
Outubro/Novembro/Dezembro - 2015
TEN ENILTON / Agência Força Aérea
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OPERACIONAL - Forças aéreas do Brasil e de países vizinhos treinam juntas para coibir os voos ilícitos em regiões de fronteira. Em 2015,
as operações COLBRA e PERBRA exercitaram procedimentos para defesa da Amazônia e combate ao narcotráfico.
08 16 20
Chefe do Estado-Maior da Aeronáu- Saiba como unidades da Estudo revela que operações
tica explica os projetos de melhoria FAB conseguiram tornar os Ágata aumentam a arrecadação de
de gestão para tornar a Força Aérea processos administrativos impostos com o combate a crimes
mais eficiente. mais ágeis. como o contrabando.
MÍDIAS SOCIAIS
6º jogos mundiais militares
Quer saber tudo que rolou na
sexta edição dos Jogos Mundiais
Militares? Confira o Força Aérea Blog.
#MundialMilitar #ForçasnoEsporte
SGT JOHNSON / Agência Força Aérea
Acesse:
https://www.forcaaereablog.aer.mil.br
28 40
Criada para defender áreas estratégicas Força Aérea Brasileira apoia organização não governamental
do País, a Base Aérea de Santa Cruz se Expedicionários da Saúde para levar atendimento médico a
prepara para os Jogos Olímpicos de 2016. milhares de índios em tribos isoladas na Amazônia.
CONEXÃO FAB
Mensalmente, você pode acompanhar os prin-
cipais acontecimentos da Força Aérea Brasileira.
Em outubro, o Conexão FAB tira as dúvidas dos
candidatos sobre como realizar o teste físico para
ingresso na Força.
Entre o possível e
o necessário
A
o mesmo tempo em que lida com os
desafios do presente, de fazer mais com
menos, a Aeronáutica planeja seu futuro
e se concentra cada vez mais na sua missão ins-
titucional: “Manter a soberania do espaço aéreo
nacional com vistas à defesa da Pátria”.
Quem explica é o Chefe do Estado-Maior da
Aeronáutica (EMAER), Tenente-Brigadeiro do
Ar Hélio Paes de Barros Júnior. Ao longo de 45
anos de serviço, o militar acumula passagens
por cursos de gestão em universidades do Bra-
sil, do Canadá e dos Estados Unidos, ao mesmo
tempo em que esteve à frente de Organizações
Militares como o 1° Grupo de Defesa Aérea, a
Base Aérea de Anápolis e o Comando-Geral de
Apoio.
Entre os assuntos abordados nesta entrevista
estão o novo Plano Estratégico Militar da Aero-
náutica, a otimização dos serviços administra-
tivos e os projetos de Parceria Público-Privada.
Tudo para alcançar uma lição aprendida na
Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR):
a busca pela qualidade.
GABRIÉLLI DALA VECHIA
SGT JOHNSON / Agência Força Aérea
decorrência,
Super Tucano e o Embraer 145.
cujo lema é non multa sed multum, signifi- a metodologia citada, o que irá permi-
cando que devemos buscar a qualidade
e não apenas a quantidade.
tir ao COMAER uma reordenação de
suas prioridades e, em decorrência, de
melhor
Em primeiro plano, para dimen- seus projetos e da aplicação de seus
sionarmos não só a nossa frota, como recursos. Não é tarefa fácil! qualidade de
também toda a estrutura da FAB, nós de- Retornando à pergunta, eu diria
vemos verificar onde queremos chegar,
ou seja, o que queremos ser, mediante
que estamos, nos dias atuais, em um
processo de adequação. Há frotas de vida para os
o estabelecimento de uma concepção aeronaves que podem ser reduzidas,
estratégica da organização, que apresen-
te a sua visão de futuro. Em seguida, é
algumas que necessitam de moder-
nização e outras que precisam ser
brasileiros. Isso
preciso verificar onde estamos, fazendo adquiridas. O ponto certo será aquele
uma avaliação estratégica das condi-
cionantes atuais, observando qual é a
em que você consegue estabelecer um
equilíbrio entre aquilo que é possível
é muito bom
realidade atual e se ela está aderente ao e o que é necessário, pois, às vezes, ter
modelo estabelecido na concepção estra- mais do que se necessita pode implicar para o País”
tégica. Vencida esta etapa, poderemos em não se investir naquilo que é essen-
estabelecer os passos de nossa jornada. cial, e vice-versa.
Nesta direção, o EMAER prevê, até
o final do ano 2015, apresentar uma Aerovisão - O que a Aeronáutica
revisão do Plano Estratégico Militar pode fazer para ter mais aeronaves
da Aeronáutica (PEMAER), mediante disponíveis?
“...a estrutura
atingido metas de disponibilidade cada Aerovisão - Algumas organizações
vez melhores. O foco na atividade de da FAB estão criando Grupamentos de
logística também se modificou, locali- Apoio (GAP) para centralizar as ativi-
zando-se menos no serviço e mais no
cliente. Parece uma mudança simples,
dades administrativas e permitir que as
unidades se dediquem exclusivamente segue a
todavia faz grande diferença. à sua atividade-fim. Quais as vantagens
Para acelerar este processo, não
basta apenas ter bons gerentes e mão
para a Força nessa mudança? Que uni-
dades devem receber um GAP? Que
estratégia”
de obra capacitada. Em última análise, atividades ele vai executar?
para incrementar a quantidade de ae- Ten Brig Paes de Barros - Ao longo
ronaves disponíveis, é preciso que haja do tempo, várias organizações, por ini-
recursos e, neste sentido, a logística ciativa própria, iniciaram processos de
tem recebido prioridade dentro do or- centralização de atividades, utilizando-
çamento da Aeronáutica, considerando -se de suas experiências profissionais
o cenário vivenciado. locais. A partir de agora, mediante o
estabelecimento de uma Diretriz do
Aerovisão - A FAB está trabalhando Comandante da Aeronáutica sobre o
na condução de uma Parceria Público- assunto, o objetivo é que toda a admi-
-Privada (PPP) para a manutenção de nistração siga a mesma metodologia
boa parte da sua frota de aeronaves a de implantação, fazendo com que
partir de 2017. Que ganhos essa parce- tenhamos as mesmas regras, a mesma nomia de meios humanos e financeiros,
ria deve trazer para a FAB? Que outras legislação e o mesmo modelo. visto que a mudança deve reduzir sig-
áreas/setores podem vir a se tornar Todas as organizações do COMAER nificativamente a quantidade de servi-
objetos de PPP? estão sendo apoiadas por um determi- ços redundantes, o preenchimento das
Ten Brig Paes de Barros - Dentre nado GAP, fazendo com que elas pos- lacunas de recursos humanos, a padro-
as várias vantagens da PPP, estão os sam se dedicar integralmente às suas nização dos processos administrativos,
contratos de longo prazo (30 anos), atividades-fim, enquanto o GAP tratará como também e o mais importante, o
permitindo ao ente privado maior das atividades concernentes ao apoio. foco na atividade operacional.
segurança nos seus investimentos em Já foram criados o Grupamento de Nessa fase inicial, serão consoli-
infraestrutura e, em contrapartida, via- Apoio Logístico (GAL), o Grupamento dadas as atividades de almoxarifado,
bilizando a possibilidade de menores de Apoio do Rio de Janeiro (GAP-RJ) fardamento, pessoal militar e civil,
custos para o ente público. e o Grupamento de Apoio da Saúde transporte de superfície, obtenção
A PPP permite, ainda, que receitas (GAPS), com características específicas. (licitações, contratos e pagamentos),
extras captadas pelo setor privado Agora, em uma primeira fase do traba- protocolo e arquivo, tecnologia da
possam ser abatidas dos custos do lho, serão criadas unidades de apoio de informação (administrativa), subsistên-
contratante. Ao fim do contrato, todos Anápolis (GO), do Sexto Comando Aé- cia, prefeituras e pagamento de pessoal.
os investimentos em infraestrutura reo Regional (VI COMAR, em Brasília), Para a consecução desse objetivo,
realizados pela parte privada da PPP de Pirassununga (SP) e dos Afonsos (na é necessário que todo o efetivo tenha
retornam à FAB. cidade do Rio de Janeiro). Após a im- consciência da importância desse
No mesmo sentido, o Departamento plantação dos quatro primeiros GAPs, trabalho, amenizando as reações con-
de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) serão elencadas novas localidades. trárias e buscando soluções factíveis
também propôs uma PPP, de maneira Os principais benefícios serão a eco- para vencer os obstáculos que poderão
surgir, pois só assim poderemos ter no do Sistema de Controle do Espaço Aéreo R$ 160 milhões no projeto de aquisição
futuro uma gestão eficaz e uma gover- Brasileiro (SISCEAB). Isso significou uma da aeronave KC-390, tendo sido
nança real das atividades do COMAER. redução no orçamento do COMAER no preservados os recursos destinados ao
valor de R$ 585,4 milhões. desenvolvimento desta aeronave, bem
Aerovisão - O corte orçamentário Além da redução ocorrida em maio, como aqueles referentes ao programa
em 2015 para a área de defesa foi de R$ houve um segundo corte em julho deste da aeronave de combate F-X2.
5,6 bilhões, passando de R$ 22 bi para ano, no valor de R$ 108,6 milhões para
R$ 17 bi, anunciado em maio. Como o COMAER, equivalente a 4,94% sobre Aerovisão - Como foram definidos
funciona esse repasse para as Forças? o valor remanescente do corte ante- os cortes no âmbito da FAB?
Qual foi o efetivo corte para a FAB? rior. Dessa forma, a redução total, em Ten Brig Paes de Barros-Em ra-
Ten Brig Paes de Barros - É preciso relação ao valor inicial do orçamento zão do cenário orçamentário que foi
destacar que o corte orçamentário foi do COMAER foi de aproximadamente estabelecido a partir de julho de 2015,
aplicado somente sobre as Despesas 26%, o que equivale a um montante de o COMAER viu-se obrigado a aumen-
Discricionárias (Outras Despesas Cor- R$ 694 milhões. tar as medidas de austeridade e de
rentes e de Capital - OCC), não sendo Já com relação aos projetos que fa- otimização do emprego dos recursos
aplicável às Despesas Obrigatórias. zem parte do Programa de Aceleração públicos, os quais atingiram todos os
Neste sentido, o Ministério da Defesa do Crescimento (KC-390 e F-X2), foram segmentos da Força (administrativos,
estabeleceu um corte linear de 21 %, com realizados, em maio, cortes pelo Minis- técnicos e operacionais).
base no Projeto de Lei de Orçamento tério da Defesa, priorizando aqueles Nesse contexto, buscou-se pre-
Anual 2015 para cada Força e para a Ad- considerados essenciais. servar ao máximo os compromissos
ministração Central, tendo preservado Como consequência, coube ao contratuais, de forma a não prejudicar
os recursos destinados ao investimento COMAER um corte orçamentário de a continuidade dos projetos em anda-
Em nome
da inovação
Escola Superior de Guerra home-
nageia patrono de Engenharia da
Aeronáutica
C
om o nome “Destinos do Brasil”, do Correio Aéreo Nacional entre o Rio em equipe. E se algum merecimento
a turma de 2015 do Curso de de Janeiro e São Paulo, em 1931. Piloto tenho, é o de ter sabido despertar em
Altos Estudos de Política e Es- e engenheiro, dez anos depois, com a meus companheiros o entusiasmo,
tratégia (CAEPE) da Escola Superior de criação da Aeronáutica, entrou na nova delegar-lhes autoridade com respon-
Guerra (ESG) escolheu como patrono o força. Depois de dois anos já ocupava sabilidade, exortá-los ao pleno uso de
Marechal do Ar Casimiro Montenegro o cargo de diretor técnico e começou a suas potencialidades e qualidades, em
Filho, idealizador do Instituto Tecno- idealizar aquilo que um dia seria o ITA. proveito do povo brasileiro”.
lógico de Aeronáutica (ITA) e do atual Falecido no ano 2000, é hoje patrono da Formada por 32 integrantes de diver-
Departamento de Ciência e Tecnologia Engenharia da Aeronáutica Brasileira. sos setores da sociedade civil e 34 milita-
Aeroespacial (DCTA). Com a homenagem, Casimiro Mon- res das Forças Armadas e estaduais, além
“A contribuição do Marechal Casi- tenegro integra agora o grupo de patro- de sete estrangeiros, a turma “Destinos
miro à Ciência e Tecnologia do Brasil é nos homenageados por turmas da ESG do Brasil” é um desses exemplos de
evidenciada pelo atual parque indus- desde 1950. Entre eles estão nomes como companheirismo visando ao interesse
trial brasileiro”, explica o Coronel Avan- Barão do Rio Branco, Marechal Rondon, comum: estudar o Brasil.
delino Santana Júnior, da Força Aérea Duque de Caxias, Almirante Tamanda- Criada em 1949, a ESG é comandan-
Brasileira, um dos alunos da turma. “O ré, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Ana da por oficiais-generais dos últimos
modelo perseguido por ele se baseava Nery e Juscelino Kubitschek. postos da Marinha, do Exército e da
na estratégia definida pela trilogia Ensi- Em dezembro de 1975, quando Aeronáutica, em sistema de rodízio.
no- Pesquisa –Indústria, pois imaginava recebeu o título de Doutor Honoris Desde 1951, além de militares, os cur-
ser primordial o preparo de uma base Causa da Universidade Estadual de sos oferecidos pela escola passaram a
sólida de recursos humanos para a Campinas (Unicamp), Casimiro Mon- receber alunos civis. Após 66 anos de
implantação e o desenvolvimento de tenegro discursou sobre a importância história, mais de oito mil pessoas já
uma indústria aeronáutica”, completa. de acreditar na coletividade. “Jamais foram diplomadas pela ESG, incluin-
Nascido em 1904, Casimiro Monte- acreditei em messianismo, estrelismo, do quatro Presidentes da República,
ARQUIVO
negro ingressou no Exército em 1923 e concentração do poder e do mérito em Ministros de Estado e personalidades
foi um dos pioneiros do primeiro voo um só indivíduo. Sempre trabalhei do cenário político brasileiro.
R
esponsável pelos serviços de pamento de Apoio Logístico (GAL), o redução do efetivo, na medida em que
manutenção de aeronaves como trabalho da área de finanças de nove a maximização da força de trabalho é
os cargueiros C-130 Hércules organizações localizadas no Rio de consequência de uma melhor gestão
e os caças A-1, o Parque de Material Janeiro (RJ), incluindo o PAMA-GL. do fluxo de processos, padronização
Aeronáutico do Galeão (PAMA-GL) é Hoje, uma única seção de finan- de procedimentos e melhor controle e
uma das unidades da FAB que passam ças, com quinze membros, cuida de acompanhamento da rotina diária”, diz
por um processo de mudança de ges- um efetivo total de 3.390 militares na o Major Rodrigo Moro Loureiro. Foram
tão para ampliar o foco na atividade- cidade. Antes, só no PAMA-GL, eram concentradas no GAL as atividades de
-fim. Até 2013, o setor de finanças da dez responsáveis pelas atividades pagamento de pessoal, de licitações, de
Organização Militar concentrava dez burocráticas para um total de 958. Em celebração de contratos e de execução
militares responsáveis por dar apoio termos estatísticos, a proporção entre orçamentária, financeira e patrimonial,
nas atividades de pagamento. Naque- o pessoal de finanças e o total subiu de além da tarefa de elaborar e gerar um
le ano, porém, a sala foi fechada. O 95,8 para 226. único boletim interno.
Comando-Geral de Apoio (COMGAP) “A iniciativa da criação do GAL A concentração de atividades sig-
concentrou em uma só unidade, o Gru- trouxe benefícios que vão além da nificou ainda uma redução de 39,48%
Operação na fronteira
melhora contas públicas
CB SILVA LOPES / Agência Força Aérea
Estudo revela que atuação das Forças Armadas e de órgãos civis nas fronteiras
aumenta a arrecadação de impostos no Brasil
Alexandre Gonzaga
U
m avião de pequeno porte é onde ocorrem muitos ilícitos trans- Cabia ao Centro de Operação Militares
detectado em voo ilegal em fronteiriços, e têm grande interesse (COPM) do Quarto Centro Integrado
uma região de fronteira. Ca- em mitigar esse volume de ilícitos”, de Defesa Aérea e Controle de Tráfego
ças da FAB decolam para a intercep- explicou o Coronel Marcelo Alvim, Aéreo (CINDACTA IV) trabalhar em
tação, mas a aeronave irregular logo diretor brasileiro da PERBRA. sintonia com os órgãos dos países
muda de rota e invade o espaço aéreo A COLBRA aconteceu entre os dias vizinhos. No caso da COLBRA,
de outro país. Fim da interceptação? 13 e 17 de julho e teve como sede as ci- era o Grupo Aéreo do Amazonas
Se depender dos acordos entre forças dades de Letícia, na Colômbia, e de São (GAAMA), enquanto a PERBRA teve
aéreas da América do Sul, não. Gabriel da Cachoeira (AM), no Brasil. Já a atuação do Comando de Controle
Em julho e agosto, a FAB realizou a PERBRA ocorreu entre 24 e 28 de agosto Aeroespacial (COMCA).
os exercícios COLBRA e PERBRA, a partir das cidades de Pucallpa, no Peru, Para o Comandante do GAAMA da
respectivamente com as forças aé- e de Cruzeiro do Sul (AC), no Brasil. Força Aérea da Colômbia, Coronel Jairo
reas da Colômbia e do Peru. Nos Durante os dois exercícios, de um Hernando Orjuela Arelavo, a COLBRA
dois casos, o objetivo foi aprimorar lado uma aeronave proveniente do teve papel fundamental no combate ao
a coordenação dos chamados Tráfe- país vizinho ingressava no espaço narcotráfico. “É um exercício operacio-
gos Aéreos de Interesse (TAI) para aéreo brasileiro, simulando ser um nal bastante importante para a Força
combater os crimes transnacionais, voo irregular. Cabia à FAB detectar a Aérea Colombiana, visto que, primeiro,
como narcotráfico e contrabando. aeronave e coordenar a interceptação nos deixa muito bem treinados contra o
Em resumo, a ideia é que se o por caças A-29 Super Tucano e o pou- narcotráfico e, segundo, porque adqui-
sistema de defesa aérea de um país so obrigatório da aeronave invasora. rimos uma grande experiência, como a
detecta uma aeronave em rota para Por outro, um C-98 Caravan da FAB da Força Aérea Brasileira, em exercícios
o espaço do outro sem autorização, saía do Brasil e ingressava no espaço internacionais”, afirmou.
entrará em contato com seu órgão aéreo estrangeiro e passava pelos Houve intensa troca de experiências
CB JÚNIOR / Agência Força Aérea
correlato na nação vizinha para mesmos procedimentos de intercep- entre os participantes. “Esse exercício
ajudar na interceptação. Os exer- tação e pouso obrigatório. combinado entre as forças aéreas do
cícios serviram para treinar esse O desafio maior era garantir Brasil e do Peru é muito importante,
procedimento. “São dois países que a atuação conjunta dos órgãos de sobretudo na parte operacional, para
têm uma fronteira bastante sensível, controle e defesa do espaço aéreo. que os pilotos troquem experiências e
estejam preparados para combaterem disse o Tenente Leonardo Teixeira, do com outros países da América do Sul
Montagem sobre foto do CB JÚNIOR / Agência Força Aérea
ilícitos e, neste caso, para combaterem o Esquadrão Escorpião (1º/3º GAV), que (veja o infográfico na página ao lado).
narcotráfico”, afirmou o Coronel Amé- voou a bordo de um A-37 da Colômbia. O Comando de Defesa Aeroespa-
rico Gonzales, da Força Aérea do Peru. Os treinamentos são resultado de cial Brasileiro (COMDABRA) é respon-
Aviadores brasileiros voaram a acordos de cooperação mútua assina- sável pelo planejamento, coordenação
bordo dos jatos A-37 Dragonfly das dos entre o Brasil e países vizinhos para e supervisão desses exercícios. Para o
forças aéreas do Peru e da Colômbia, estabelecer procedimentos específicos comandante do COMDABRA, Major-
enquanto controladores de tráfego aéreo de coordenação voltados para a defesa -Brigadeiro do Ar Antônio Carlos
acompanharam as operações a partir dos aérea na fronteira. A quarta edição da Egito do Amaral, os exercícios também
centros de controle estrangeiros. “Foi COLBRA e a sexta da PERBRA se in- serviram para mostrar a mobilidade da
interessante observar pilotos militares serem em um planejamento maior de Força Aérea Brasileira. “É importante
que executam a mesma missão de defesa treinamentos que inclui a execução de para marcar a presença da FAB nesse
aérea, mas utilizam técnicas diferentes”, outros exercícios da mesma natureza rincão do País”, afirmou.
Guardiã do
desenvolvimento
Localizada no coração econômico do País, a Base Aérea de Santa Cruz é sede de unida-
des de caça e se prepara para defender o céu do Rio de Janeiro durante as Olimpíadas
DANIELE GRuPPI
Q
uatro horas da manhã. Dis- lação para treinar a prontidão daqueles o eixo Rio-São Paulo e infrastruturas
para o alarme do sistema de que zelam 24 horas pela segurança do estratégicas como usinas nucleares,
defesa aérea na Base de Santa território brasileiro. indústrias de alta tecnologia e as duas
Cruz (BASC), na Zona Oeste da cidade Os acionamentos são imprevi- cidades mais populosas do País.
do Rio de Janeiro. O sinal é senha de síveis e fazem parte da rotina de Para que o esquadrão cumpra com
uma possível ameaça ao espaço aéreo treinamentos dos militares. Tudo efetividade a missão, é imprescindível
brasileiro. Minutos depois, militares isso para manter a operacionalidade ter a BASC como sede. Partindo da
CB V.SANTOS / Agência Força Aérea
do Primeiro Grupo de Aviação de Caça da unidade responsável pela defesa base, os caças chegam a qualquer pon-
(1º GAVCA) já estão a postos para aérea do polo industrial do Sudeste, to da cidade de São Paulo em exatos
decolar com caças F-5 e interceptar região que concentra 58% do Produ- 20 minutos. Se o destino for Angra dos
o intruso. A invasão do espaço aéreo to Interno Bruto (PIB) brasileiro. Na Reis, apenas cinco minutos. Já para
brasileiro, no entanto, foi só uma simu- área de atuação do 1º GAVCA estão Belo Horizonte, 35 minutos. Sobre o
Ação social
O dia a dia da base, porém, não se cívico-sociais promovem atendimento ra localizado ao lado da pista da BASC
resume à atuação dos caças. Santa Cruz médico e odontológico, além de ativi- foi inaugurado em 26 de dezembro de
forma por ano de 70 a 120 soldados, nú- dades educativas voltadas para a pre- 1936 para receber o dirigível Zeppelin.
mero que varia de acordo com as vagas venção de doenças. Há ainda palestras A operação civil durou pouco: já no ano
disponibilizadas no Batalhão de Infan- sobre cidadania para a juventude, que seguinte a Alemanha encerrou os voos
taria (BINFA) e, em funções auxiliares, ocorrem várias vezes por ano. “A base comerciais após a tragédia com o Hin-
nos dois esquadrões e nas outras duas tem essa preocupação de estar junto denburg. Com a criação do Ministério
unidades sediadas na BASC: o Primeiro da população. Esses eventos mostram da Aeronáutica, em 1941, Santa Cruz se
Grupo de Comunicações e Controle (1º nosso trabalho e podem atrair os jo- tornou sede do 1º Regimento de Aviação.
GCC) e o Destacamento de Controle do vens para a carreira militar”, explica o Durante a Segunda Guerra, a Base
Espaço Aéreo de Santa Cruz (DTCEA- comandante da BASC. recebeu dirigíveis da Marinha dos
-SC). Para muitos jovens, ingressar Estados Unidos utilizados em missões
como soldado é a oportunidade de ter História de patrulha marítima. Após o conflito,
uma formação para o mercado de tra- Tombado pelo Instituto do Patri- em 1945, a Base recebeu o 1° Grupo
balho ou de seguir na carreira militar. mônio Histórico e Artístico Nacional de Aviação de Caça, que combateu na
A comunidade também participa de (IPHAN), o hangar de 274 metros de Itália e até hoje está sediado na Base
eventos promovidos pela Base. As ações comprimento, 58 de altura e 58 de largu- Aérea de Santa Cruz.
O show voltou
A Esquadrilha da Fumaça está de volta. Com novas aeronaves, a
apresentação conta também com o retorno de manobras
Flávia Cocate
jussara peccini
SGT BATISTA / Agência Força Aérea
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Out/Nov/Dez 2015
Aerovisão
À esquerda, a manobra chumbóide. À direita, a lancevaque. Ambas
voltaram a fazer parte da apresentação da Esquadrilha da Fumaça,
que também inclui manobras com sete aviões simultaneamente.
SGT MARCO RIBEIRO (EDA)
A ajuda do “buruburu”
Como militares e civis unem forças para levar auxílio a índios em
tribos isoladas na região de fronteira
IRIS VASCONCELLOS (TEXTO)
Cb V. SANTOS (FOTOS)
Acompanhe o apoio da
FAB a essa missão
S
e a pintura diferente e a qualida- devidamente ocupado por material dez unidades, foi composto por aero-
de das fotos deixam transparecer, logístico. naves usadas da Força Aérea Italiana,
a escrita de Força Aérea ainda Essa história mostra bem o papel recebidas a partir de 2001.
como “Fôrça” confirma a idade da frota da frota de C-130 Hércules ao longo de Hoje, a frota é menor. As unidades
de C-130 Hércules da FAB. São 50 anos cinco décadas de operação. Da Amazô- mais antigas foram retiradas de voo e
como a espinha dorsal da aviação de nia à Antártica, no Brasil e no exterior, já há até um C-130 no Museu Aeroespa-
transporte militar do Brasil. E sua im- o quadrimotor capaz de levar 20 tone- cial (MUSAL), no Rio de Janeiro. Os 17
portância pode ser ilustrada com uma ladas de carga é um “pau para toda remanescentes foram concentrados na
curiosidade histórica: antes mesmo do obra”. Suas missões vão muito além Base Aérea do Galeão, que hoje é a casa
primeiro C-130 da FAB pousar no Brasil, do chamado “transporte aerologístico”. das unidades operadores do Hércules:
uma missão real já havia sido realizada. Também estão no rol de atividades o o 1° Grupo de Transporte (1º GT) e o
Era 14 de novembro de 1965. Dali a lançamento de paraquedistas, busca 1° Grupo de Transporte de Tropa (1º
três dias, o primeiro C-130 iria decolar e salvamento, combate a incêndios GTT). Este último até 2013 estava na
dos Estados Unidos para finalmente florestais, reabastecimento em voo, Base Aérea dos Afonsos (BAAF). Já o
vir ao Brasil. Como os tripulantes ha- lançamento de cargas em voo, evacu- Esquadrão Carcará (1º/6º GAV), com
viam concluído o curso de formação ação aeromédica e o suporte à missão sede na Base Aérea do Recife (BARF),
realizado na cidade norte-americana brasileira na Antártica. operou o C-130 entre 1969 e 1987 na
de Marietta menos de 24 horas antes, Recebido na Base Aérea do Galeão missão de busca e salvamento.
não “custava nada” dar um “pulinho” (BAGL) no dia 19 de novembro de Essa atividade, por sinal, tem o
em Washington para carregar material 1965, após uma escala na Base Aérea C-130 como uma aeronave de capaci-
solicitado pela FAB. Foi assim que, há de Natal (BANT), o primeiro C-130 foi dade única na FAB. Devido a acordos
50 anos, quando o primeiro C-130 foi seguido de um total de 29, entregues internacionais, o Brasil é responsável
recebido em uma base aérea brasileira, à FAB entre 1965 e 2002. Foram onze por missões de busca e salvamento até
o voo não foi um simples traslado: o entre 1965 e 1969, mais cinco em 1975 o paralelo 10. Ou seja, o limite da área
seu compartimento de carga já estava e 1976 e três em 1987. O último lote, de de responsabilidade brasileira vai até
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SGT JOHNSON / Agência Força Aérea
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SGT JOHNSON / Agência Força Aérea
Os C-130 Hércules são os únicos aviões da FAB a pousarem na Antártica (foto acima), mas essa é a apenas uma das tarefas realizadas. A aero-
nave tem capacidade de levar até 20 toneladas de carga (1). Também pode fazer o lançamento de paraquedistas ou de carga em voo (2). Na versão
KC-130, o interior é ocupado por dois tanques de combustível (3) para operações reabastecimento em voo. Em ambientes hostis, os C-130 da
FAB podem lançar “iscas” para enganar mísseis (4). A grande autonomia também é aproveitada para missões de busca e salvamento (5). Mais
recentemente, os Hercules receberam o equipamento necessário para atuarem no combate a incêndios florestais (6).
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S
ão mais de onze mil pousos e deco- 40 mil metros quadrados, mais 10 mil roporto Internacional de Guarulhos
lagens por mês. E após 95 anos de metros quadrados para um pátio de es- e 16 até o de Congonhas.
funcionamento, o Campo de Marte tacionamento de aeronaves e uma rota De acordo com a Empresa de
se prepara para adotar uma rota inédita: a de acesso à pista de pouso do Campo de Turismo e Eventos da Cidade de São
preservação da sua história. Um grupo de Marte. Os acervos serão provenientes Paulo, SPTuris, há “uma grande von-
civis e militares está atualmente engajado da Fundação Santos Dumont, da For- tade em ter tal museu em São Paulo”,
no projeto de criação do Museu de Aero- ça Aérea Brasileira e do Museu TAM, informou, via nota. Não por acaso: o
náutica de São Paulo, que será erguido na localizado no município de São Carlos, museu tem potencial de se tornar uma
região central da capital paulista. a 250 quilômetros da capital. atração turística da cidade.
“Precisamos cuidar melhor da A localização é uma das maiores Para se ter uma ideia, em Paris,
memória da aviação no Brasil. Nem apostas para o sucesso do novo mu- o Museu de Le Bourget recebe mais
parece o País de Santos Dumont!”. seu. Vizinho ao parque Anhembi, de 260 mil visitantes por mês. Em
O desabafo é de quem desde 1966 local que recebe mais de 30% das prin- Washington, o National Air and
trabalha no Campo de Marte e sente cipais feiras e eventos de negócios do Space Museum superou a marca de
a necessidade de um espaço para Brasil, o novo equipamento cultural 8,2 milhões em 2012. No Brasil, o
preservar a história. Francisco Souto estará a dois quilômetros de uma esta- Museu Aeroespacial (Musal), no Rio
Emílio, presidente do Aeroclube de ção de metrô e do terminal rodoviário de Janeiro, tem uma média anual de
São Paulo, acompanhou aeronaves do Tietê. Com estacionamento para 60 mil visitantes, contudo, por estar
antigas darem lugar a modelos moder- 560 veículos, o Museu ficará próximo localizado na Zona Norte da capital
nos sem que existisse uma preservação à Marginal Tietê e à Avenida Santos carioca, longe dos principais pontos
do patrimônio histórico do local. Dumont, vias que ligam as zonas turísticos, a própria diretoria do
A ideia é ambiciosa. Os primeiros Leste e Oeste, e Norte e Sul da capital Musal pensa em descentralizar seu
esboços traçam uma área construída de paulista. São 24 quilômetros até o Ae- acervo. Já o Museu de Aeronáutica
de São Paulo não terá esse problema. articulações acontecem em reuniões Brasileira de Aviação Geral e Helibras,
De acordo com o Comandante do no IV COMAR, com a participação dentre outras. “Nessa hora estamos
Quarto Comando Aéreo Regional (IV de profissionais da área de aviação e todos juntos”, finaliza Francisco Souto
COMAR), Major-Brigadeiro do Ar de instituições como Infraero, TAM, Emílio, presidente do Aeroclube (foto
Marcelo Kanitz Damasceno, o museu Aeroclube de São Paulo, Associação abaixo).
irá ocupar uma área vizinha ao Hospital
de Força Aérea de São Paulo. “Há que se
ter uma melhor utilização dessa área e o
negócio do Campo de Marte é a aviação”,
afirma. Segundo o militar, o museu terá
exposição de aeronaves e também de
uma grande quantidade de itens ligados
à história da aviação. “Nós temos um
acervo fabuloso”, afirma.
O próximo passo é a Aeronáutica
definir como seria a cessão da área.
Há a possibilidade de ser transferida
SGT BATISTA / Agência Força Aérea
S
obreviver à queda de um avião não
é algo que ocorre corriqueiramen-
te. Se a queda acontecer em plena
selva amazônica, já é muito mais difícil.
Mas, e sobreviver por duas vezes nessas
condições? Com certeza, algo muito raro.
Agora, imagine sobreviver a duas
quedas e ser resgatado pelo mesmo pilo-
to, em um intervalo de apenas cinco anos.
Pois foi exatamente isso o que aconteceu
com o piloto civil Ruy Anselmo Garcia
Cândido e com o atual Subcomandante
da Base Aérea de Boa Vista, Tenente-
-Coronel Jorge Luís de Oliveira Sampaio.
Em 28 junho de 1999, às 7h, Ruy
decolou com uma aeronave Cessna da
cidade de Altamira (PA) com destino a
Gurupi (TO), para fazer uma entrega de
sementes de pupunha. Aos 45 minutos
de voo, ele notou que o avião apresenta-
va um vazamento de óleo, o que não lhe
deu outra alternativa além de fazer um
pouso forçado. As condições do local,
em plena floresta Amazônica, exigiam
técnica e um pouco de sorte para que o
piloto sobrevivesse. O Cabo José Ivaldo
Pinho da Silva, um dos participantes do
SO ROGÉRIO PRADA / Agência Força Aérea
ARQUIVO PESSOAL
Um ano de vida
Bebê comemora aniversário de um ano depois de
resgate histórico da FAB em Roraima. A caminho
do hospital, o monomotor do SAMU caiu na selva
com cinco pessoas a bordo
MÁrcia Silva
Raquel Sigaud
ARQUIVO PESSOAL
ARQUIVO PESSOAL
Aviação, vida
e poesia
Livro retrata crianças em tratamento contra o
câncer e o voo com a libertação humana
A
aviação como instrumento de libertação, o
imaginário infantil e a superação em nome da
vida. São esses os principais elementos do livro
“Vida – Superação: Arte e Poesia”, lançado pelo artista
plástico João Evangelista.
A obra é composta por 180 fotos de crianças internadas
no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, para tratamento
contra o câncer. O toque de poesia foi dado pela técnica de
interferência de pintura a óleo sobre a fotografia, além de
textos reflexivos sobre a condição humana.
Com prefácio do Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito,
ex-comandante da Aeronáutica, a obra propõe ainda um
olhar sobre a paixão das crianças pela aviação. E nesse aspec-
to foi baseada em fatos reais: em parceria com a FAB, crianças
do hospital realizaram um voo sobre Curitiba.
Lançado em todo o País, o livro terá parte da sua renda
revertida para o Hospital Pequeno Príncipe e outras institui-
ções que tratam crianças com câncer.
Out/Nov/Dez 2015
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JOÃO EVANGELISTA
Tecnologia
NOVIDADEsobre o mar EXPEDIENTE
Chefe do CECOMSAER:
Força Aérea recebe seu primeiro P-95 Bandeirante
SGT TIAGO ROSA / Esquadrão Phoenix
A
Gabrielli Dala Vechia, Humberto Leite, Íris
Força Aérea Brasileira recebeu, no dia 15 de se- Vasconcellos, Jussara Peccini, Lorena Molter,
tembro, a primeira unidade modernizada do P-95 Márcia Silva, Raquel Sigaud e Saulo Vargas.
Bandeirante Patrulha, aeronave utilizada para Editoração/infográfi cos/arte: Tenentes
missões de monitoramento do mar territorial brasileiro, André Eduardo Longo e Rachid Jereissati de
Lima, Suboficiais Cláudio Ramos e Edmilson
busca e salvamento, vigilância da área econômica exclusiva
Alves Maciel, Sargentos Daniele Azevedo,
e combate a crimes como pesca ilegal, pirataria e poluição Ednaldo da Silva, Emerson Linares, Lu-
do meio ambiente. O primeiro avião já opera a partir da cemberg da Silva, Marcela Cristina Santos
e Santiago Moreira, e Cabo Pedro Bezerra.
Base Aérea de Florianópolis. Um total de oito unidades
serão modernizadas. Fotógrafos: Tenente Enilton Kirchhof, Su-
O processo de modernização, realizado no Parque boficial Rogério Prada, Sargentos Bruno Batista,
Eloísio Januário (DECEA), Johnson Barros, Mar-
de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF), co Ribeiro (EDA), Paulo César Ramos Rezende,
ampliou a capacidade operacional do avião fabricado Tiago Rosa (2º/7°GAV), Wellington Simo e Wil-
pela Embraer. Agora o P-95M, sua nova denominação, son Alves (PAMA-GL), e Cabos André Feitosa,
Edésio Júnior, Silva Lopes e Vinícius Santos.
conta com o radar Seaspray 5000E e tem condições de
detectar navios de grande porte a até 370 quilômetros Contato:
de distância. redacao@fab.mil.br
Esplanada dos Ministérios, Bloco M, 7º Andar
O P-95M também consegue acompanhar até 200 alvos CEP: 70045-900 - Brasília - DF
simultaneamente, realizar mapeamento de terrenos e de-
Tiragem: 26 mil exemplares
tectar aeronaves, entre outras funcionalidades. Os sistemas
de comunicação também foram substituídos. Período: Outubro/Novembro/Dezembro -
2015 - Ano 42
O projeto de modernização, que também inclui 42
aeronaves C-95 Bandeirante, envolve ainda a revitalização Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais
estrutural das aeronaves. das matérias, desde que mencionada a fonte.