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Do acolhimento ao encaminhamento:

O atendimento às tentativas de
suicídio nos contextos hospitalares

Profa. Me. Jhulyane Cunha


Dados da OMS apontam que no ano de 2012, proximadamente
800 mil pessoas tiraram suas próprias vidas (OMS, 2014);

Em 2019 o suicídio foi a quarta principal causa de morte entre


jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo (OPAS, 2023).

Estima-se que para cada suicídio, um número 10 a 20 vezes


maior de tentativas são praticadas.

DE FREITAS, Ana Paula Araújo; BORGES, Lucienne Martins. Do acolhimento ao encaminhamento: O atendimento às
tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
Estudos apontam:

a predominância de mortes por suicídio entre homens (presença de


métodos como enforcamento e armas de fogo na população
masculina );

maior número de tentativas entre mulheres (intoxicação de


medicamentos na feminina).

DE FREITAS, Ana Paula Araújo; BORGES, Lucienne Martins. Do acolhimento ao encaminhamento: O atendimento às
tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
A alta taxa de mortalidade entre homens está
relacionada à letalidade do método utilizado;

o que explica o elevado número de atendimentos


ao público feminino nos ambientes hospitalares.

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tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
Apresença de transtornos mentais e
histórico de tentativas de suicídio são
apontados como fatores de risco
importantes para novas tentativas

(Botega, 2015; Stefanello & Furlanetto,


2012).
O estudo de Botega et al., (2009) revelou que apenas uma
em cada três pessoas que tentam suicídio é atendida em
um serviço médico hospitalar.

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tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
Implicam na procura por um hospital:

aspectos como gravidade da lesão


autoprovocada e risco de morte;

facilidade de acesso ao serviço de saúde e


confiança do usuário no sistema;

estigma das demais pessoas em relação ao


seu comportamento e medo de ser
criminalizado.

DE FREITAS, Ana Paula Araújo; BORGES, Lucienne Martins. Do acolhimento ao encaminhamento: O atendimento às
tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
A atitude dos profissionais de saúde é uma variável
importante nesta procura.

Estudos apontam atitudes negativas dos


profissionais de saúde no atendimento às tentativas
de suicídio (Silva & Boemer, 2004; Vidal & Gontijo,
2013).

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tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
a relação do paciente com o profissional de
saúde, da acolhida até a saída do serviço

é um importante instrumento para a


continuidade ou não dos encaminhamentos
realizados,

bem como para a prevenção de novas tentativas


de suicídio (Vidal & Gontijo, 2013).

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tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
Gutierrez (2014) assinala que um acolhimento de
qualidade realizado no serviço de saúde pode determinar
que o paciente aceite e dê continuidade ao seu
tratamento.

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tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
O acolhimento deve oferecer atenção resolutiva às
demandas e a articulação necessária, caso haja
necessidade de continuidade do tratamento (Ministério da
Saúde, 2013).

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tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.
O espaço das emergências configure-se como um local
privilegiado para o cuidado e também para a avaliação do
risco de novas tentativas;

Todavia nem sempre é aproveitado em todas as suas


potencialidades e os pacientes são liberados sem a
avaliação de um psiquiatra ou sem qualquer outro tipo de
encaminhamento (Vidal & Gontijo, 2013).

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tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. Estudos de Psicologia, v. 22, n. 1, p. 50-60, 2017.

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