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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL - ESCOLA SUPERIOR DE

SAÚDE

Departamento de Enfermagem

3.º Ano do CLE

Nome do Estudante: Mariana Gonçalves Charneca Data: 20/02/2024

EC ENF V EC ENF VI EC ENF VII

Nesta terceira semana de Ensino Clínico, na Unidade de


Internamento de Doentes Agudos (UIDA) do Hospital SB,
foi-nos proposto, a mim e a uma colega, que
preparássemos uma Sessão Lúdico-Terapêutica, no âmbito
da Estimulação Cognitiva dos utentes. Uma vez que esta
atividade revelou ser um momento enriquecedor, cheio de
aprendizagem, decidi elaborar esta reflexão, segundo o
Ciclo Reflexivo de Gibbs, com o intuito de demonstrar que
através de uma experiência positiva, como as atividades
lúdico-terapêuticas com um grupo de utentes, também é
possível obter tanto conhecimento e desenvolvimento
competências que, não só, posso obter através de
situações-problema com um só utente que não foram tão
positivas e me fizeram recorrer à Enfermeira Orientadora.
Para o desenvolver da sessão, visto que já apresentávamos
uma maior independência, junto da equipa multidisciplinar
e utentes, ficou ao nosso critério como iríamos elaborar a
nossa atividade e que o serviço apenas daria apoio na
Descrição da situação-problema
disponibilização de material. Dito isto, a Sessão Lúdico-
O que ocorreu? Quais as características da Terapêutica consistiu numa atividade de Recorte e
situação? Em que circunstâncias? Colagem que pretendia que os utentes encontrassem
imagens que os remetesse para o tema “O que é a Saúde
Mental, para as pessoas internadas no serviço? Como o
podem descrever de forma criativa?”.
No dia da realização da Sessão Lúdico-Terapêutica, após
termos preparado a sala e o material a ser utilizado na
sessão, reuniram-se os utentes que formariam o grupo de
trabalho nesta atividade planeada. Feito isto, solicitou-se a
todos os utentes que escolhessem um local na mesa, sendo
que, junto a si, estaria uma revista, diferente de cada outro
membro do grupo, entre outros materiais, como folhas
coloridas, marcador, lápis, etc. De seguida, disponibilizou-
se algum tempo para os utentes analisarem o material para
que, eu e a colega, déssemos início à explicação de como
deveria decorrer a atividade e qual o papel de cada um dos
participantes e, consequentemente, esclarecimento de
eventuais dúvidas.
Deu-se permissão para os utentes começarem a procurar
imagens, frases ou palavras que os remetia para o tema da
Saúde Mental, indicando quanto tempo teriam para
executar essa tarefa. De seguida, após terminar o tempo
determinado, solicitou-se que cada utente explicasse o
porquê de ter selecionado algumas das respetivas
imagens, palavras ou frases e como estes consideravam
que se relacionava com o tema, sendo que neste
momento, foi possível notar perspetivas muito
diferenciadas, que nos permitiu conhecer um pouco
melhor cada utente. Posteriormente, incentivou-se o
trabalho em equipa onde se promoveu a interação entre
utentes no debate sobre como iriam colocar os seus
recortes numa única folha. Chegando ao resultado final da
atividade, foram distribuídos pequenos papéis para os
utentes escreverem uma palavra que, para eles, definia o
que é saúde mental e, uma breve frase que nos desse a sua
opinião face à atividade realizada, tendo sido um feedback
muito positivo.
Durante esta atividade todos os participantes tiveram um
comportamento adequado, exceto uma utente que por
vezes demonstrou um comportamento desadequado,
através de agitação, impaciência e desorganização dos
pensamentos.
Baseando-me, principalmente nas interações realizadas
com os utentes, irei refletir sobre a minha atuação durante
esta Sessão Lúdico-Terapêutica.
Ao realizar esta Sessão Lúdico-Terapêutica, decorreram
momentos em que houve interações com utentes que me
levaram a obter pensamentos e sentimentos relevantes a
explorar nesta reflexão.
De modo geral, penso que consegui dinamizar bem a
minha interação com os utentes, esclarecer as suas dúvidas
e explicitar o que teriam de fazer. Contudo, principalmente
no início da atividade, pensei que os utentes não tinham
interesse na mesma visto que demonstraram uma postura
mais reservada que, posteriormente, entendi que tratava-
Pensamentos e sentimentos se de um momento de reflexão e introspeção para os
mesmos, enquanto selecionavam as imagens, frases ou
O que pensou? O que sentiu?
palavras da revista. Face a outro momento que decorreu
antes de se iniciar a Sessão Lúdico-Terapêutica, uma
utente que não era suposto participar deu entrada na sala
e ocupou um lugar. Enquanto estudante de enfermagem,
pensei que esta não iria prejudicar a sessão visto que se
encontrava mais adequada face a turnos anteriores.
Todavia, ao demonstrar inquietação e desorganização,
levou-me a compreender que ter permitido a sua
participação quebrou a postura e o ambiente terapêutico
e de partilha de pensamentos e sentimentos, já criado
junto dos restantes utentes.
Relativamente aos sentimentos vividos nesta sessão,
acredito que tive diversas oscilações nos mesmos,
correspondendo a momentos positivos e outros não tão
positivos. Inicialmente, senti-me entusiasmada e um
pouco ansiosa por não saber qual seria a reação dos
utentes face à atividade preparada. De seguida, senti
algum receio relativamente ao silêncio que os utentes
demonstraram, enquanto desenvolviam a tarefa de
selecionar e recortar as imagens, frases e palavras alusivas
ao tema predefinido. Posteriormente, senti
essencialmente orgulho, tanto por nós estudantes termos
desenvolvido pela primeira vez uma Sessão Lúdico-
Terapêutica com os utentes da Unidade de Internamento
de Doentes Agudos (UIDA), como pelos utentes, que
conseguiram alcançar o nosso objetivo final de refletirem
sobre os recortes que selecionaram e como estes se
relacionam com o tema da Saúde Mental. Por fim, senti um
grande sentimento de alegria e alívio quando os utentes
expressaram a sua opinião pelos papéis entregues, onde
foi obtido um feedback muito positivo face à atividade.
O que não foi tão positivo?
O que foi bom na experiência?
O que poderia ter sido melhor?

Nesta experiência, creio que Relativamente aos


foi possível notar diversos aspetos menos positivos
pontos positivos. Uma vez desta experiência,
que a UIDA é um serviço de considero que apenas
psiquiatria muito fechado, os decorreu uma situação
utentes muitas vezes que perturbou a Sessão
demonstram a necessidade Lúdico-Terapêutica, à qual
de realizar atividades. Por eu e a colega não
esse motivo, com a realização conseguimos controlar.
desta foi possível Tal como mencionado
Avaliação proporcionar-lhes um anteriormente, uma
momento de lazer, interação utente que não estava
social e com efeitos positivos planeado participar na
na estimulação cognitiva. atividade entrou na sala
Na qualidade de estudante forçando a sua
de enfermagem, acredito que participação na mesma.
tive a oportunidade de Possivelmente devido à
colocar em prática nossa falta de
conhecimentos previamente conhecimento e
obtidos, com a realização do competência no que diz
plano de sessão da atividade, respeito ao
e desenvolver competências comportamento dos
a nível da comunicação e utentes, permitimos a sua
estabelecimento de relação participação. Mais tarde,
terapêutica e de ajuda. quando foi solicitado ao
Acredito que, através desta grupo para expressarem
Sessão Lúdico-Terapêutica, os seus pensamentos e
consegui promover uma sentimentos sobre os
estimulação cognitiva dos recortes que
utentes, de forma didática e selecionaram, esta utente
interativa, trabalhando a sua não demonstrou
autoestima, autonomia, capacidade de participar
potencial criativo e adequadamente como os
capacidade reflexiva sobre outros utentes, muitas
um determinado tema. vezes impedindo que os
mesmos falassem sobre
os seus recortes,
demonstrando-se
impaciente e verborreica.

Esta Sessão Lúdico-Terapêutica foi desenvolvida, não só


por ser um elemento de avaliação do Ensino Clínico de
Enfermagem V- Saúde Mental, mas também por ser
oportuna para a estimulação cognitiva e satisfação de
necessidades alteradas de “lazer e recrear-se” dos utentes,
em contexto de internamento.
A população-alvo a quem foi direcionada esta atividade
foram os utentes na Unidade de Internamento de Doentes
Agudos (UIDA) do Hospital SB, cujo estado mental permitiu
a sua participação na atividade e que demonstraram
interesse no assunto, independentemente da condição
Análise
psiquiátrica. Dito isto, foram selecionados cinco
Que sentido pode dar à situação? participantes, com idades variando entre os 24 e 81 anos.
Quais as características da pessoa/ grupo-alvo
Quanto à situação de saúde dos elementos deste grupo, as
dos cuidados? Qual o contexto de atuação e suas alterações mais comuns no estado mental incluíram ideias
particularidades? delirantes, persecutórias e de grandeza, e falta de Insight.
Especificidades da pessoa/ grupo-alvo dos Nesta Sessão Lúdico-Terapêutica, seria necessário
cuidados e particularidades do contexto mobilizar: Conhecimentos teóricos, em relação ao
processo de planeamento da atividade de recorte e
O que preciso de saber para tomar decisão?
colagem; Competências a nível da Avaliação do Estado
Recolha de contributos de diferentes domínios Mental do utente; Raciocínio clínico, de modo a analisar
que apoiam a decisão (p.e. raciocínio clínico,
quais os utentes aptos para a realização da atividade;
princípios de enfermagem, competências do
enfermeiro, fundamentos ético-deontológicos, Comunicação terapêutica, assertiva e eficaz, de modo a
legislação) transmitir de forma clara a informação pretendida para a
atividade; e, Capacidade de colaboração, quer com a
colega como com os utentes, de modo a promover a
importância do trabalho em equipa para alcançar um
objetivo em comum.
Tendo em conta o Guia de Experiência Clínica do 6º
Semestre, penso que consegui adquirir as competências
esperadas para a realização desta atividade. Enquanto
estudante de enfermagem, demonstrei capacidade para
iniciar, desenvolver e aperfeiçoar as relações terapêuticas
com os utentes presentes na atividade, por meio do
estabelecimento de uma comunicação e informação
apropriadas, com o objetivo de promover a sua
estimulação cognitiva, capacitação e autonomia.
Disponibilizei de maneira eficaz e apropriada informação
essencial para a realização da atividade ao interagir com os
utentes, colega e enfermeira orientadora. Além disso,
apliquei conhecimentos sobre recursos para promover e
educar para a saúde, empregando estratégias de ensino-
aprendizagem, como a atividade de recorte e colagem, e
avaliando os processos e resultados, enquanto colaborei
ativamente no trabalho em equipa (Ramos et al.,
2023/2024, p. 3-4).
Tendo em conta os acontecimentos que decorreram
durante a Sessão Lúdico-Terapêutica e as competências
exigidas para a realizar, consegui identificar alguns fatores
que posso vir a melhorar. Ao terminarmos a atividade de
recorte e colagem, a Enfermeira Orientadora que assistiu à
Conclusão mesma, transmitiu-nos o seu feedback face à nossa
prestação. Enquanto estudantes de enfermagem a
O que mais poderia ter sido feito?
realizarem a licenciatura, ainda não estávamos
sensibilizadas para a transmissão do feedback, em formato
de informação para promoção da saúde mental dos
utentes, após estes expressarem os seus pensamentos e
sentimentos sobre as imagens, frases ou palavras que
escolheram.
Se voltasse a preparar uma Sessão Lúdico-Terapêutica
semelhante à realizada, acredito que não mudaria muito a
minha postura atual. No entanto, considero que estarei
mais consciencializada e demonstrarei maior assertividade
quando me deparar novamente com a situação de entrar
um utente que não é suposto participar na atividade, de
modo a não destabilizar o processo de reflexão,
Plano de ação
autoconhecimento, conforto, e a parceria entre os outros
Se isso voltasse a acontecer, o que faria? elementos do grupo para expressarem os seus
pensamentos e sentimentos.
Para além disso, manteria a minha postura de
disponibilidade para estabelecer uma relação terapêutica,
esclarecer eventuais dúvidas, explicar as etapas da
atividade, demonstrar uma escuta ativa e uma
compreensão incondicional do que os utentes pudessem
revelar através dos seus recortes.
Tendo em conta a minha prestação durante o
Descrição do Paradigma de desenvolvimento desta Sessão Lúdico-Terapêutica,
Enfermagem considero que o Paradigma de Enfermagem que melhor
Contextualização do Paradigma de Enfermagem retrata a minha tomada de decisão é o Paradigma da
face ao seu processo de tomada de decisão. Transformação. O Paradigma da Transformação considera
(Metaparadigmas: Pessoa, Saúde, Ambiente e os fenómenos fatores que interagem constantemente com
Cuidados de Enfermagem)
o ambiente, sendo que as mudanças na pessoa ocorrem
em períodos de organização e desorganização, objetivando
níveis mais elevados de organização. Este Paradigma
influencia a Enfermagem, refletindo-se nos modelos
teóricos desenvolvidos para compreender os processos e
problemas das pessoas num ambiente em constante
evolução (Morais, 2012, p. 27). Dito isto, surgiram algumas
Escolas do Pensamento em Enfermagem que se
enquadravam neste paradigma, sendo que o Modelo do
Cuidar Humano, da autora Jean Watson, a que mais se
identifica com a minha prestação de cuidados e tomada de
decisão durante a realização da atividade.
Segundo o Modelo do Cuidar Humano, de Jean Watson, o
cuidar substitui a promoção, prevenção e
restabelecimento da saúde, sendo uma prioridade o
respeito pelos valores e crenças da pessoa. No que diz
respeito ao Metaparadigma: «Pessoa», este modelo
defende que esta é um “ser-no-mundo”, existindo uma
realidade subjetiva com dimensões corporal, espiritual e
“alma”; «Saúde», esta é uma unidade entre o corpo, a
alma e o espírito, decorrendo de uma coerência entre o “eu
desejado” e o “eu percebido”; «Ambiente», o mundo físico
e o mundo espiritual corresponde a todas as forças do
universo e o ambiente imediato à pessoa; «Cuidados de
Enfermagem», objetiva-se a ajudar a pessoa, através de
um processo intersubjetivo, a atingir o mais alto nível de
harmonia pessoal, nomeadamente, uma relação
transpessoal (Franco, 2021, p. 42).

Análise fundamentada da situação


Que diagnósticos de enfermagem emergem? Quais os resultados esperados? Que intervenções de enfermagem?

Resultados
Diagnósticos de enfermagem Intervenções planeadas
esperados

Potencialidade de comportamento Comportamento 1. Estabelecer relação terapêutica


interativo – Segundo a CIPE (Versão Interativo Efetivo - A relação terapêutica enfatiza que
2015), o conceito «Comportamento os enfermeiros devem possuir
Interativo», do setor Foco, caracteriza-se habilidades como escuta ativa,
como uma capacidade de “Relacionar: empatia, aceitação incondicional e
agir com os outros.” (Ordem dos respeito para auxiliar nas
Enfermeiros, 2016, p. 46). No que diz necessidades alteradas dos utentes,
respeito ao termo «Potencialidade», do reconhecendo que estes têm
setor Juízo, este refere-se a um “Estado” recursos internos para resolver os
seus problemas (Coelho et al., 2020,
(Idem, p. 94). Uma vez que os utentes se
p. 63). Antes de dar início à
encontram num serviço de
atividade em si, foi necessário
internamento, muitas vezes estes
estabelecer uma relação
decidem ficar reservados ao seu quarto terapêutica com o intuito de
aumentando o risco de isolamento promover um ambiente de
social. Por esse motivo, notou-se a confiança e de partilha com os
importância do levantamento deste utentes.
diagnóstico de modo a promover um 2. Estabelecer comunicação
comportamento interativo entre os terapêutica
utentes dentro do serviço e, - A comunicação terapêutica num
posteriormente, com outras pessoas no ambiente profissional vai além de
exterior. simples conversas. Envolve analisar
e aprofundar as formas de
intervenção neste âmbito,
considerando a comunicação
terapêutica como parte essencial do
cuidado individualizado e
terapêutico, incluindo a
compreensão dos efeitos positivos
da comunicação terapêutica nas
relações interpessoais em contexto
de prestação de cuidados de
enfermagem (Campos, 2017, p. 91).
Durante a atividade, estabeleceu-se
uma comunicação terapêutica,
demonstrando disponibilidade para
esclarecer dúvidas e apoio face aos
sentimentos e pensamentos
evidenciados pelos utentes.

3. Promover escuta ativa


- A prática da escuta ativa possibilita
a compreensão mútua e o respeito
entre as pessoas, proporcionando
uma sensação de ser
verdadeiramente ouvido. A escuta
ativa envolve uma série de
atividades, incluindo o uso do
silêncio e, por vezes, até mesmo do
toque, como formas concretas de
demonstrar essa escuta (Coelho et
al., 2020, p. 70). Quando os utentes
expressaram os seus pensamentos
e sentimentos, foi essencial a
promoção de uma escuta ativa de
modo a demonstrar que as suas
opiniões estavam ser ouvidas e
compreendidas, incentivando o
estabelecimento de uma relação de
confiança.

4. Incentivar comportamento
interativo
- Através da realização de atividades
em grupo, estas não sobrecarregam
um indivíduo em específico, mas
sim promove a cooperação o
comportamento interativo entre os
participantes. Ao se valorizar os
benefícios de um comportamento
interativo adequado e fomentar o
estabelecimento de relações
sociais, é possível se notar o
aumento do diálogo e o respeito
entre os membros do grupo (Alves,
2018, p. 29). A promoção de um
comportamento interativo
adequado durante a atividade de
recorte e colagem foi um aspeto
essencial trabalhar uma vez
combate o isolamento social e
desenvolvimento de competências
comunicacionais.

Potencialidade para Cognição Positiva – Cognição Positiva 1. Gerir ambiente terapêutico


De acordo com a CIPE (Versão 2015), o Melhorada - O ambiente terapêutico abrange
conceito de «Cognição Positiva», aspetos físicos, relações entre
inerente ao termo “Cognição”, refere-se profissionais e interação entre os
a um “Processo psicológico: processo utentes, influenciando diretamente
intelectual que envolve todos os aspetos os objetivos terapêuticos. A gestão
da perceção; pensamento; raciocínio e eficaz do ambiente terapêutico tem
memória” (Ordem dos Enfermeiros, como objetivo prevenir e eliminar
2016, p. 46). Relativamente ao termo comportamentos desadequados/
agressivos em pessoas com doença
«Potencialidade», do setor Juízo, este
mental (Nunes, 2021, p. 11). Nesta
pode ser definido como um “Estado” ou
atividade, foi essencial o
“Característica” (Idem, p. 94). Embora
estabelecimento de um ambiente
alguns utentes possam exibir alterações
terapêutico propício para a
na cognição, este diagnóstico de exposição de pensamentos e
enfermagem é relevante uma vez que a sentimentos por parte dos utentes.
atividade proposta tem como principal
objetivo a estimulação cognitiva dos 2. Promover estimulação cognitiva
mesmos. - A Estimulação Cognitiva é uma
intervenção de enfermagem com
benefícios significativos no
desenvolvimento de habilidades
como o controlo de pensamentos,
emoções e ações. Dado o impacto
na qualidade de vida dessas
pessoas, é crucial que os
enfermeiros promovam
competências cognitivas e
implementem intervenções de
Estimulação Cognitiva para
capacitar os utentes a promover o
seu bem-estar geral (Lourenço,
2021, p. 21). Através desta
atividade, foi possível estimular a
cognição dos utentes ao fazê-los
pensar o significava para eles a
Saúde Mental.

3. Promover autoconhecimento
- A promoção do
autoconhecimento, pode ser
promovido por meio de estratégias
que envolvem o encorajar a pessoa
a falar sobre si e avaliar o impacto
da doença mental na sua
autoimagem (Nunes, 2018, p. 130).
Através desta atividade, alguns
utentes conseguiram direcionar os
seus recortes para a sua situação de
saúde, o que poderá ter promovido
o seu autoconhecimento sobre a
mesma.

4. Reforçar pensamento positivo


- O Reforço Positivo é uma técnica
comportamental que pode ser
utilizada sozinha ou em conjunto
com outras, podendo ser realizado
de forma verbal ou material, como
atenção, privilégios especiais ou
dinheiro (Moura & Barroso, 2013, p.
2). Nesta Sessão Lúdico-
Terapêutica, o reforço positivo foi
realizada por meio de elogios face
aos pensamentos e sentimentos
revelados pelos utentes.
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Tavares, J. & Charneca, M. (2024). Atividade Lúdica-Terapêutica – Estimulação Cognitiva – Recorte e


Colagem.

Síntese gráfica (Ciclo de Gibbs)


Realização de Sessão
Maior consciencialização e
j
assertividade face a utentes
Lúdico-Terapêutica de
Recorte e Colagem, sobre
que não podem participar nas
Saúde Mental, com
atividades, devido ao risco de
utentes da UIDA
comportamento desadequado

Sentimentos de
entusiasmo, ansiedade,
receio, orgulho, alegria e
alívio
Devolver o que os utentes
dizem em forma de
informação para a promoção
da saúde mental

Bom: Momento de lazer,


interação social e
Possibilidade de promover
estimulação cognitiva
estimulação cognitiva e
Menos Bom: Participação de
satisfação de necessidades
utente com comportamento
alteradas de comunicação,
desadequado
lazer e recrear-se

Resultado Final da Sessão Lúdico-Terapêutica (Imagens recolhidas)

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