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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL - ESCOLA SUPERIOR DE

SAÚDE

Departamento de Enfermagem

3.º Ano do CLE

Nome do Estudante: Mariana Gonçalves Charneca Data: 20/02/2024

EC ENF V EC ENF VI EC ENF VII

Nesta segunda semana de Ensino Clínico, acredito que já


desenvolvi diversas competências que me permitem ser
mais confiante na minha prestação de cuidados de
qualidade, aos utentes da Unidade de Internamento de
Doentes Agudos (UIDA) do Hospital SB.
Apesar de alguns desafios sentidos ao longo da semana, a
situação problema que decidi abordar e refletir, segundo o
Ciclo Reflexivo de Gibbs, reporta-se a uma interação com
uma utente que recusou a medicação, que irá ser descrita
pormenorizadamente nos seguintes parágrafos:
- Durante o turno da manhã, ligeiramente antes dos
utentes iniciarem o pequeno-almoço, decorre a entrega da
medicação. Face a este cenário, a Enfermeira Orientadora
solicitou-me que entregasse a medicação (2 comprimidos)
à Sra. NV e vigiasse se a mesma os ingeria.
- A Sra. NV de 54 anos, divorciada e com 2 filhos, vive
sozinha com o apoio do ex-marido. Tem nacionalidade
australiana e reside em Portugal desde 2017, pelo que
Descrição da situação-problema
apenas entende e fala inglês. Apresenta como
O que ocorreu? Quais as características da antecedentes pessoais esquizofrenia, com história de
situação? Em que circunstâncias? diversos internamentos por alterações do comportamento,
heteroagressividade e ideias delirantes de grandeza.
Apesar desta sintomatologia, a utente demonstra-se sem
crítica em relação à sua condição de saúde.
- Tendo em conta esta descrição, a minha abordagem com
a Sra. NV foi sempre em inglês apesar de algumas
dificuldades em ultrapassar a barreira linguística. Ao entrar
no seu quarto com a medicação, sob supervisão da
Enfermeira Orientadora, informei a Sra. NV que trazia a sua
medicação ao qual a mesma, rapidamente, responde que
não necessita. Dada esta recusa, a Enfermeira Orientadora
incentivou-me a insistir com a utente, explicitando que esta
era uma medicação para se sentir melhor. Todavia, a Sra.
NV mantém a recusa, mencionando que já se sentia bem e
que não necessitava da medicação. Ao notar que me
deparava com alguma dificuldade em comunicar com a Sra.
NV, a Enfermeira Orientadora auxiliou-me tentando
explicar, novamente à utente, a importância de esta aceitar
a medicação. No entanto, a mesma mantém a recusa
levando a Enfermeira Orientadora a decidir que a
medicação teria de ser feita de forma dissimulada,
nomeadamente, no café durante o pequeno-almoço.
Durante esta situação, acredito que obtive tanto
pensamentos como sentimentos diferentes que me
impulsionaram a realizar esta reflexão.
Após refletir no sucedido, quando me encontrava frente-a-
frente com a Sra. NV, maioritariamente, pensei no que
poderia transmitir e como, devido à barreira linguística, de
modo a mudar a perspetiva da mesma em relação aos
benefícios da toma da medicação.
No que diz respeito aos sentimentos vivenciados, acredito
que estes se iniciaram pela confusão, progredindo para a
insegurança e, por fim, o alívio. O sentimento de confusão,
decorreu no sentido de não compreender o motivo de
Pensamentos e sentimentos recusa da Sra. NV à medicação, uma vez que, ao se
encontrar internada como é possível se apresentar sem
O que pensou? O que sentiu?
crítica? Esta é uma questão em que refleti e apercebi-me
que é um aspeto comum em diversos utentes com doença
mental, que os impede de reconhecer o próprio quadro
psiquiátrico. O sentimento de insegurança, decorreu após
as diversas tentativas de compreender os motivos da Sra.
NV recusar a medicação bem como explicar os benefícios
da mesma, em resposta à sua situação de saúde atual, sem
qualquer tipo de adesão por parte da utente. Por fim, o
sentimento de alívio decorreu da intervenção da
Enfermeira Orientadora, que para além de me ajudar na
comunicação com a Sra. NV, me fez assimilar outras
estratégias de abordar o assunto e a capacidade de
assertividade.
O que não foi tão positivo?
O que foi bom na experiência?
O que poderia ter sido
melhor?

Ao vivenciar esta experiência, Ao refletir nesta


consigo detetar quais os experiência, consigo
aspetos positivos da mesma. destacar alguns aspetos
Creio que, esta foi uma não tão positivos que
Avaliação experiência que me poderiam ser sido
proporcionou uma melhores na minha
oportunidade para prestação. Uma vez que
desenvolver competências a a Sra. NV recusou a
nível da comunicação, medicação, considero
enquanto desafio devido à que devia, para além de
barreira linguística. Acredito tentar compreender os
que, apesar de não ter seus motivos, ter
conseguido alcançar o objetivo reforçado onde a mesma
da minha intervenção de se encontrava, ou seja,
enfermagem, ou seja, a toma no hospital, mais
da medicação pela Sra. NV, especificamente no
trabalhei outros aspetos com a serviço de psiquiatria, e
mesma. Ao demonstrar ter optado por uma
disponibilidade em ouvir, abordagem mais
primeiramente, os motivos que assertiva, explicando que
a levaram a recusar a ao se encontrar neste
medicação, creio que é um local é porque não se
fator facilitador para o encontra
estabelecimento de uma verdadeiramente bem e
futura relação de que necessita de
confiança/terapêutica com a cuidados de saúde que
Sra. NV. providenciem condições
para ter alta e reduzir a
medicação. Tomando
esta abordagem,
possivelmente, poderia
ter alcançado a Sra. NV e
mudado a sua perspetiva
face ao seu processo
terapêutico.

Uma vez que esta situação decorreu de uma interação com


uma utente com antecedentes pessoais de Esquizofrenia,
com história de internamentos na Austrália (país de
origem), alterações do comportamento,
heteroagressividade, ideias delirantes de grandeza,
contacto evitante e sem qualquer tipo de crítica à sua
situação de saúde, inicialmente, o expectável seria que a
Análise Sra. NV se apresentasse renitente à toma da medicação ou
até mesmo recusá-la, tal como na situação vivenciada.
Que sentido pode dar à situação?
Segundo o Serviço Nacional de Saúde, a Esquizofrenia é
Quais as características da pessoa/ grupo-alvo caracterizada por “alterações da função cerebral que
dos cuidados? Qual o contexto de atuação e suas
afetam o pensamento, a perceção, o comportamento, as
particularidades?
emoções, afetos e interação social, com um impacto
Especificidades da pessoa/ grupo-alvo dos significativo na vida dos doentes.” (SNS24, 2023). Tendo em
cuidados e particularidades do contexto
conta esta situação de saúde descrita, ao se encontrar
O que preciso de saber para tomar decisão? numa Unidade de Internamento de Doentes Agudos (UIDA)
Recolha de contributos de diferentes domínios enquanto Serviço de Psiquiatria, é da responsabilidade do
que apoiam a decisão (p.e. raciocínio clínico, enfermeiro fornecer informações, incentivar, capacitar e
princípios de enfermagem, competências do envolver ativamente os utentes na gestão da sua condição
enfermeiro, fundamentos ético-deontológicos,
de saúde, utilizando estratégias específicas inerentes à
legislação)
profissão, tal como a Psicoeducação (Vaz, 2014, p. 38).
Para ter a capacidade de tomar decisão, preciso de saber
que é crucial assegurar que a utente perceba os benefícios
concretos ao seguir o esquema terapêutico prescrito visto
que, esta é uma intervenção fundamental para promover a
adesão ao tratamento e para melhorar a qualidade de vida
da mesma. Dito isto, também torna-se essencial que a
pessoa receba o apoio e supervisão necessários, com o
intuito de manter e/ou fortalecer uma relação terapêutica
e de confiança positiva com o enfermeiro e restante equipa
de saúde que os assiste (Idem, p.38).
No caso da Sra. NV, “Na procura permanente da excelência
no exercício profissional, o enfermeiro previne
complicações para a saúde dos clientes.” (Conselho de
Enfermagem, 2001, p. 15), ou seja, no processo de tomada
de decisão, na qualidade de estudante de enfermagem e
futura enfermeira, devo basear-me nos seguintes critérios
de competências: “(38) – Fornece informação de saúde
relevante para ajudar os indivíduos, a família e a
comunidade a atingirem os níveis óptimos de saúde e de
reabilitação.”; “(40) – Proporciona apoio/educação no
desenvolvimento e/ou na manutenção das capacidades
para uma vivência independente.”; “(41) – Reconhece o
potencial da educação para a saúde nas intervenções de
Enfermagem.”; e, “(43) – Avalia a aprendizagem e a
compreensão acerca das práticas de saúde.” (Ordem dos
Enfermeiros, 2012, p. 16).
Tendo presente a análise e reflexão da situação vivenciada,
creio que poderia ter disponibilizado mais tempo para
estabelecer uma relação terapêutica de ajuda com a Sra.
Conclusão NV, com o intuito de esta tomar a medicação sem recorrer
a uma ingestão dissimulada da mesma, no café, durante o
O que mais poderia ter sido feito?
pequeno-almoço. Para além disso, poderia ter tentado
compreender qual a perceção da Sra. NV sobre a sua
situação de saúde, com o objetivo de adequar a minha
abordagem e, consequente, reorientação para a realidade.
Se esta situação voltasse a acontecer, iria planear a minha
ação de acordo com toda a análise e reflexão elaborada
neste documento. Dito isto, ao me deparar com uma
situação semelhante no futuro, pretendo demonstrar uma
maior capacidade para avaliar o estado mental da utente,
disponibilizar-me para ouvir os motivos de recusa da toma
Plano de ação da medicação e, por consequência, tentar estabelecer uma
relação de confiança com a mesma, de modo a possibilitar
Se isso voltasse a acontecer, o que faria? uma abordagem mais assertiva direcionada à promoção da
saúde e adesão ao regime medicamentoso. Consoante a
reação da utente, iria individualizar a minha prestação de
cuidados, nomeadamente, se a mesma demonstrasse
alteração da perceção da sua condição de saúde, com
ausência de crítica, reorientando-a para a realidade antes
de abordar a temática da adesão à toma da medicação.

Face ao meu processo de tomada de decisão, o Paradigma


Descrição do Paradigma de
de Enfermagem que o melhor fundamenta é o Paradigma
Enfermagem
da Integração. Este paradigma encara os fenómenos de
Contextualização do Paradigma de Enfermagem forma multidimensional e os eventos como
face ao seu processo de tomada de decisão.
contextualizados, sendo que, tanto os dados objetivos
(Metaparadigmas: Pessoa, Saúde, Ambiente e quanto os subjetivos são avaliados. Este paradigma tem
Cuidados de Enfermagem)
impacto na orientação da enfermagem em direção à
pessoa, enquanto ser bio-psico-socio-culturo-espiritual
(Silva, 2002, p. 6-7). Este paradigma, deu origem a diversas
escolas e conceitos sendo a Escola da Interação, centrada
no processo de avaliar as necessidades, diagnosticar e
planear a intervenção com a pessoa, de Imogene King, a
que mais se relaciona com o meu processo de tomada de
decisão, face à situação vivenciada. Segundo o Modelo do
Alcance dos Objetivos, de Imogene King, encontra-se
intrinsecamente conectada com os Metaparadigmas:
Pessoa, Saúde; Ambiente; e, Cuidados de Enfermagem. No
que diz respeito à Pessoa, a autora acredita que esta é um
sistema aberto com “fronteiras” permeáveis às mudanças
externas, ou seja, no caso da Sra. NV considero que a
barreira estabelecida em relação à toma da medicação
poderia ser ultrapassada, dependendo da abordagem
externa. Em relação ao metaparadigma Saúde, este
representa o ajuste dinâmico dos fatores internos e
externos da pessoa através da otimização do potencial
individual, logo, ao promover a adesão ao regime
medicamentoso, caso a Sra. NV ajustasse a sua perceção
face à sua condição de saúde, esta poderia alcançar uma
melhoria do seu potencial individual. Relativamente ao
metaparadigma Ambiente, este refere-se a um sistema
aberto com “fronteiras” permeáveis às mudanças da
pessoa, isto é, se a Sra. NV passasse a aceitar a medicação
o ambiente ao seu redor poderia começar a ter mudanças,
nomeadamente, deixava de fazer medicação dissimulada e,
por consequência, poderia ter a possibilidade de acelerar o
processo terapêutico, bem como o de alta. Por fim, no que
diz respeito ao metaparadigma dos Cuidados de
Enfermagem, este caracteriza-se pelo processo de
interação recíproco entre o enfermeiro, a pessoa e o
ambiente, com objetivos comuns (negociados) com vista a
um estado funcional de saúde, em suma, a minha prestação
de cuidados teria de fazer a Sra. NV compreender a sua
condição de saúde, de modo a negociar a sua adesão ao
regime medicamentoso (Franco, 2021, p. 41).

Análise fundamentada da situação

Que diagnósticos de enfermagem emergem? Quais os resultados esperados? Que intervenções de enfermagem?

Resultados
Diagnósticos de enfermagem Intervenções planeadas
esperados

Dando nota que estabelecer uma relação de ajuda e comunicação terapêutica, promover escuta ativa,
assegurar ambiente terapêutico e executar avaliação do estado mental são Intervenções de
Enfermagem inerentes a qualquer Plano de Cuidados, no âmbito da Saúde Mental, na análise
fundamentada da situação que será apresentada de seguida apenas serão constatadas as intervenções
prioritárias e específicas para cada um dos diagnósticos.

Conhecimento sobre a Saúde Nenhum – Conhecimento 1. Avaliar conhecimento face ao


Segundo a CIPE (Versão 2015), o sobre a saúde estado de saúde
conceito «Conhecimento sobre a melhorado - A avaliação do conhecimento face
Saúde», do setor Foco, refere-se ao ao estado de saúde baseia-se na
“Conhecimento: estar ciente dos perceção que as pessoas
problemas de saúde comuns, práticas apresentam sobre a sua própria
saudáveis e serviços de saúde saúde. De modo a avaliar este
disponíveis; capacidade de reconhecer conhecimento, o enfermeiro pode
sinais e sintomas de doença e de recorrer a instrumentos
partilhar a informação com pessoas que facilitadores, tal como a utilização
são importantes para o cliente.” (Ordem de questionários ou a entrevista
dos Enfermeiros, 2016, p. 47). No que diz (Mendes, 2009, p. 15). Ao
respeito ao termo «Nenhum», do setor questionar a Sra. NV é possível notar
Juízo, este faz alusão a uma “Dimensão: que esta não evidencia qualquer
nulo; nenhuma parte.” (Idem, p. 94). conhecimento sobre a sua situação
Na situação vivenciada, notou-se que a de saúde.
Sra. NV não apresentava qualquer crítica
2. Ensinar sobre doença
face à sua situação de saúde, bem como,
(Esquizofrenia)
ao motivo do seu internamento. Por esse
- A Psicoeducação pode ser um
motivo, revelou-se pertinente o levante
método eficaz de ensinar sobre a
deste Diagnóstico de Enfermagem.
condição de saúde de alguém. Esta é
uma abordagem que integra
ferramentas psicológicas e
pedagógicas com o propósito de
educar tanto a pessoa quanto os
seus cuidadores sobre a natureza
das condições físicas e/ou psíquicas,
além de fornecer informações sobre
os respetivos tratamentos (Lemes &
Neto, 2017, p. 17). No caso da Sra.
NV, a Psicoeducação seria
direcionada à sua doença,
nomeadamente, a Esquizofrenia.

3. Validar informação transmitida


- É fundamental que o enfermeiro
valide a informação transmitida
uma vez que, é através da
consciencialização da sua condição
de saúde, que a pessoa pode tomar
decisões informadas sobre a sua
saúde e tratamento. No caso de a
Sra. NV demonstrar conhecimento
acerca da sua doença, este poderá
ser um fator contributivo para uma
melhor adesão ao regime
medicamentoso e restante plano de
cuidados, de modo a se obter
resultados clínicos positivos.

Adesão ao regime medicamentoso Adesão ao regime 1. Avaliar adesão ao regime


comprometido – De acordo com a CIPE medicamentoso medicamentoso
(Versão 2015), o conceito «Adesão ao efetivo - A avaliação da adesão ao regime
regime medicamentoso», do setor Foco, medicamentoso é uma intervenção
faz referência à “Adesão ao regime” que, fundamental, no âmbito da saúde
por sua vez caracteriza-se por um mental. Todavia, esta intervenção
“Status positivo: ação autoiniciada para apresenta uma grande dificuldade
promoção do bem-estar; recuperação e de ser implementada uma vez que é
reabilitação; seguindo as orientações sustentada por inúmeros fatores
sem desvios; empenhado num conjunto como as representações individuais
de ações ou comportamentos. Cumpre o da própria doença, as crenças, a
regime de tratamento; toma os aceitação do diagnóstico, a
medicamentos como prescrito; muda o personalidade, as estratégias de
comportamento para melhor, sinais de coping e a relação estabelecida
cura, procura os medicamentos na data entre a pessoa e o enfermeiro
indicada, interioriza o valor de um (Rodrigues & Prates, 2011, p. 6).
comportamento de saúde e obedece às Dado que a Sra. NV evidencia a
instruções relativas ao tratamento. (...)” crença de que não apresenta
(Ordem dos Enfermeiros, 2016, p. 38). qualquer sintomatologia/ doença,
Relativamente ao termo esta recusa-se a aderir ao regime
«Comprometido», este diz respeito a um medicamentoso.
“Juízo positivo ou negativo: estado
2. Incentivar a aderir ao regime
julgado como negativo, alterado,
medicamentoso
comprometido ou ineficaz.” (Idem, p.
- A adesão ao regime
93).
medicamentoso, deve ser
Uma vez que, a Sra. NV não apresenta
incentivado por meio da avaliação
conhecimento sobre a sua situação de
de experiências passadas, pela
saúde e, consequentemente, qualquer
observação do comportamento de
tipo de crítica à mesma, a utente recusa-
outros que cumpram a mesma
se a tomar a medicação. Por esse
medicação, das informações
motivo, tornou-se fundamental
disponíveis sobre cada
estabelecer este Diagnóstico de
medicamento prescrito, e incentivos
Enfermagem.
fornecidos, tanto pelos profissionais
como pelas pessoas significativas,
de modo a aumentar a possibilidade
do cumprimento do esquema
terapêutico prescrito (Oliveira,
2015, p. 80). Deve-se compreender
quais os motivos que levam a Sra.
NV a recusar o regime
medicamentoso de modo a
encontrar as estratégias mais
adequadas de a fazer aderir ao
mesmo.
3. Instruir sobre benefícios de
adesão ao regime medicamentoso
- A adesão ao regime
medicamentoso é uma decisão
tomada pela própria pessoa para
benefício próprio, uma vez que visa
manter ou melhorar a sua saúde e
bem-estar (Oliveira, 2015, p. 15).
Dito isto, é fundamental que a Sra.
NV compreenda os benefícios de
aderir ao regime medicamentoso.

4. Reforçar positivamente a
mudança de comportamento
- O reforço positivo é uma técnica
comportamental que tem como
objetivo aumentar a possibilidade
de ocorrência de um determinado
comportamento. “Os reforços
positivos podem ser verbais ou
materiais, como por exemplo
atenção, privilégios especiais,
dinheiro, entre outros.” (Moura &
Barroso, 2013, p. 2). De modo a
implementar o reforço positivo, é
necessário compreender quais os
melhores fatores motivadores que
irão influenciar a Sra. NV a aderir ao
regime medicamentoso.

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Rodrigues, M. B., & Prates, B. J. (2011). Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem – Unidade
de São Rafael – Programa de Intervenção para a Adesão ao Regime Medicamentoso. Ordem
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Silva, D. M. (2002). Correntes de Pensamento em Ciências de Enfermagem.


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Vaz, S. M. (2014). “Os Cuidados de Enfermagem dirigidos à família, enquanto prestadora de cuidados
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https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/9534/1/Tese%20S%c3%b3nia%20Vaz%20-
%20Documento%20Final.pdf

Síntese gráfica (Ciclo de Gibbs)


Utente que recusa aderir
Maior capacidade para
javaliar o estado mental,
ao regime
medicamentoso, não
disponibilizar-me para ouvir
cedendo à argumentação
e estabelecer uma relação
terapêutica

Sentimento de confusão,
sentimento de
insegurança e sentimento
de alívio
Disponibilizar mais tempo
para relação terapêutica e
compreender perceção da
Sra. NV sobre situação de
saúde

Bom: disponibilidade em
Situação decorreu, enquanto ouvir; comunicação apesar
consequência dos da barreira linguística
Menos Bom: capacidade de
antecedentes pessoais da Sra.
NV, nomeadamente a assertividade e
Esquizofrenia argumentação

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