Você está na página 1de 4

Até a última atualização em minha base de conhecimento em setembro de 2021, o Processo

Judicial eletrônico (PJe) utilizado por diversos tribunais, incluindo o Tribunal de Justiça do Mato
Grosso (TJMT), possui funcionalidades que permitem a gestão e tramitação de processos de
forma digital. No entanto, as permissões específicas, como a permissão para dar ciência em
expedientes eletrônicos, podem variar conforme a configuração do sistema pelo tribunal e as
políticas internas adotadas.

De maneira geral, o PJe é projetado para permitir que diferentes perfis de usuários tenham
diferentes níveis de acesso e permissões, com base em seus papéis no processo judicial. Isso
inclui advogados, membros do Ministério Público, servidores do tribunal, magistrados, entre
outros. Cada perfil tem permissões específicas para realizar ações dentro do sistema, que
podem incluir visualizar documentos, submeter petições, dar ciência em notificações ou
expedientes, entre outras.

Para dar ciência em expedientes eletrônicos, normalmente, é necessário ter um perfil com
permissões específicas. Isso pode incluir:

Advogados e Procuradores: Geralmente têm permissão para dar ciência em notificações e


movimentações processuais referentes aos casos em que representam uma das partes.

Servidores do Tribunal: Dependendo do seu papel e das políticas do tribunal, servidores


podem ter permissões para gerenciar expedientes, incluindo dar ciência em nome das partes
ou por determinação judicial.

Magistrados e Auxiliares: Têm acesso amplo ao sistema e podem dar ciência de decisões e
despachos nos expedientes.

É importante notar que, para procedimentos específicos relacionados ao PJe no TJMT ou


qualquer outra jurisdição, a fonte mais confiável de informações é o próprio tribunal. Isso
pode incluir manuais do usuário disponíveis no site do tribunal, suporte técnico ou a secretaria
do tribunal. Se você estiver buscando informações sobre permissões específicas no PJe do
TJMT, recomendo entrar em contato diretamente com o tribunal para obter orientações
atualizadas e específicas ao sistema em uso.

O PJe no Tribunal de Justiça: Revolução Digital na Tramitação Processual

O Processo Judicial Eletrônico (PJe) representa uma verdadeira revolução na maneira como a
justiça é administrada no Brasil, trazendo eficiência, transparência e celeridade ao trâmite
processual. Implementado em diversos tribunais do país, incluindo o Tribunal de Justiça, o PJe
simboliza um passo significativo rumo à modernização do Judiciário, impactando
positivamente advogados, magistrados, serventuários da justiça e, claro, os cidadãos.

A Implementação do PJe

A jornada do PJe começou com a intenção de superar os desafios impostos pelo modelo
processual físico, caracterizado pela lentidão e pelo acúmulo de papel. A implementação do
sistema em tribunais de justiça por todo o país visou, desde o início, a promoção de uma
justiça mais acessível e ágil, em que processos pudessem ser consultados, movimentados e
julgados digitalmente, sem a necessidade de deslocamento físico ou manuseio de volumes de
documentos impressos.

Características e Funcionalidades

O PJe está equipado com uma série de características e funcionalidades desenhadas para
otimizar o andamento processual. Entre elas, destacam-se:

Acesso Remoto: Permitindo que advogados protocolizem petições e acompanhem seus


processos de qualquer lugar, a qualquer momento.

Transparência: Com o PJe, todas as partes envolvidas têm acesso às movimentações do


processo, garantindo maior transparência e controle social sobre a atividade judiciária.

Segurança da Informação: O sistema conta com protocolos de segurança robustos para


proteger os dados processuais contra acessos indevidos ou ataques cibernéticos.

Redução de Custos: A digitalização dos processos elimina custos relacionados à impressão,


transporte e armazenamento de documentos físicos.

Impactos e Benefícios

Para o Judiciário

O PJe permite que os tribunais gerenciem melhor seu volume de trabalho, reduzindo o tempo
de tramitação dos processos. A digitalização facilita a gestão documental, elimina a
necessidade de espaços físicos para armazenar processos e contribui para a preservação
ambiental ao diminuir o consumo de papel.

Para os Advogados

Advogados se beneficiam de um acesso mais fácil e rápido aos processos de seus clientes,
podendo apresentar petições e documentos sem precisar ir fisicamente ao tribunal. Isso
representa uma economia significativa de tempo e recursos, além de permitir um
acompanhamento mais efetivo dos casos sob sua responsabilidade.

Para os Cidadãos
A população em geral ganha com a agilidade na resolução dos litígios e a facilidade de acesso à
justiça. A possibilidade de acompanhar processos online e obter informações em tempo real
sobre seus casos democratiza o acesso à justiça e aumenta a confiança no sistema judiciário.

Desafios e Perspectivas

Apesar dos benefícios incontestáveis, a implementação do PJe também enfrenta desafios,


como a necessidade de capacitação para os usuários do sistema e a garantia de acesso à
internet em regiões remotas. Além disso, a constante evolução tecnológica exige atualizações
periódicas do sistema para incorporar novas funcionalidades e manter a segurança dos dados.

A transformação digital no Tribunal de Justiça, por meio do PJe, é um marco no caminho para
uma justiça mais eficiente e acessível. A medida que superamos os desafios iniciais e
avançamos na integração de novas tecnologias, o potencial para aprimorar ainda mais o
atendimento e a prestação jurisdicional se expande, prometendo um futuro onde a justiça
esteja ao alcance de todos, sem barreiras ou burocracias.

O PJe no Tribunal de Justiça não é apenas uma ferramenta de tramitação processual; é um


vetor de mudança cultural dentro do universo jurídico. A sua contínua adoção e
aprimoramento refletem uma tendência global de digitalização dos serviços públicos,
especialmente na área da justiça, onde a demanda por eficiência e acessibilidade é cada vez
maior.

A Evolução Contínua do PJe

O futuro do PJe envolve a incorporação de tecnologias emergentes como a inteligência


artificial (IA), que pode ser utilizada para automatizar rotinas processuais, prever resultados
com base em jurisprudências anteriores e até mesmo auxiliar na redação de decisões judiciais.
Além disso, a blockchain poderia adicionar uma camada extra de segurança e transparência na
tramitação de documentos e atos processuais.

Outro aspecto importante é a integração do PJe com outros sistemas e bancos de dados, tanto
dentro quanto fora do âmbito judicial, facilitando a troca de informações e a realização de
diligências. Isso inclui desde a integração com órgãos de registro civil e criminal até sistemas
de gestão tributária e administrativa, ampliando as possibilidades de atuação coordenada
entre diferentes esferas do governo e agilizando procedimentos que hoje dependem de
requisições formais e prazos processuais.

Educação e Capacitação

Para que o PJe alcance seu potencial máximo, é crucial investir na educação e na capacitação
de todos os usuários do sistema. Isso inclui não apenas os operadores do direito, como
advogados, juízes e promotores, mas também os cidadãos que buscam na justiça a resolução
de seus conflitos. Programas de treinamento e campanhas de conscientização são essenciais
para garantir que o sistema seja utilizado de maneira eficaz e segura.

Desafios de Acesso e Inclusão

Apesar dos avanços, persistem desafios relacionados ao acesso e à inclusão digital. Em regiões
com infraestrutura de internet precária, o acesso ao PJe pode ser dificultado, comprometendo
o princípio da universalidade do acesso à justiça. Nesse sentido, políticas públicas voltadas
para a ampliação da cobertura e da qualidade da conexão à internet, bem como a
disponibilização de pontos de acesso público em locais estratégicos, são medidas que podem
ajudar a mitigar essas barreiras.

Conclusão

O PJe no Tribunal de Justiça é uma iniciativa que reflete o compromisso com a modernização e
a eficiência do sistema judiciário brasileiro. Seus benefícios já são perceptíveis e tendem a se
ampliar à medida que o sistema evolui e se consolida como a principal plataforma de
tramitação processual no país. No entanto, é fundamental que essa evolução seja
acompanhada de esforços contínuos para superar os desafios existentes e garantir que o
acesso à justiça seja verdadeiramente universal, rápido e eficaz, marcando uma nova era na
história da justiça brasileira

Você também pode gostar