Você está na página 1de 4

UniCEUB - Centro Universitário de Brasília

Professor: Alexsandro Barreto Gois


Curso: Fundamentos da Administração Pública - Turma c
Alunos: Thiago Brandao Gonsalves, RA - 7000685 e 
e-mail:thiagobrandao558@gmail.com e Noel Carlos do Patrocínio Batista Brandão
Filho, RA - 72000628 e e-mail: noelfilhoo@gmail.com

  INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO


Sistema Eletrônico de Informação

                                        Brasília – Distrito Federal 


                                                        2020 
                              
Sistema Eletrônico de Informação

No mundo globalizado, na era da modernidade, o que se evidenciam são as


modificações que ocorrem a todo instante. A sociedade muda e com ela a tecnologia
se reinventa, a cultura se altera, a forma de pensar e de agir passam por transições,
exigindo que as instituições acompanhem as transformações e se adaptem às
mudanças. As instituições que não se adaptam às novas tecnologias tornam-se
menos competitivas. Diante deste contexto, observa-se a incessante busca por
mudanças que visam aprimorar os processos tanto em organizações públicas
quanto privadas.

A palavra “modernização” ganhou força na era pós Revolução Industrial e tem


sido cada vez mais utilizada na atualidade. Na administração, segundo Bacichetto
(2015), modernizar é utilizar ferramentas administrativas com o objetivo de otimizar
as tarefas desenvolvidas pela sociedade e pelo Estado. Ainda conforme Bacichetto,
a modernização é composta de coordenação e faz uso das tecnologias da
informação, revisa todas as etapas, promove a racionalização do processo, “a
gestão do conhecimento, a mudança e a melhoria nos arranjos físicos, a proposta de
qualificação de pessoas e o aumento da transparência no processo de prestação de
contas”.

Foi neste prospecto que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) de


Porto Alegre criou o Sistema Eletrônico de Informação (SEI), sistema de produção e
gestão de documentos e processos eletrônicos. Alinhado com a globalização e o
avanço da tecnologia, esse mecanismo tem o intuito de construir uma infraestrutura
pública de processos e documentos administrativos eletrônicos. Outrossim, tal
mecanismo garante o princípio da Eficiência, diminuindo a burocracia e visando à
qualidade, adotando a tecnologia a favor da melhor utilização possível dos recursos
públicos, a fim de evitar desperdícios, garantindo, assim, maior rentabilidade social.

A partir da implantação do SEI, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP,


2017) ressalta que mais de 200 mil processos foram realizados por tramitação
eletrônica, resultando numa diminuição expressiva dos recursos públicos aplicados.
Na página da RNP, a coordenadora de Organização Institucional do MCTIC, Bianca
Botelho, destaca que além de proporcionar a economia com a redução de gastos
para compra de materiais de escritório, outro ponto relevante é a grande evolução
da cultura organizacional, uma vez acabada a necessidade de utilizar papel para
tudo, o que proporciona maior proteção do processo de tramitação da
documentação. Tendo em vista, os documentos serem produzidos e assinados
dentro do próprio sistema e os conteúdos serem acessados e manipulados conforme
o nível de acesso atribuídos pela gerência de cada unidade. Nessa esteira, a
plataforma digital garante a proteção do processo virtual através de um bom
software, otimizando também o espaço dos servidores, outrora ocupados por uma
pilha de papéis.

Entretanto, assim como toda e qualquer política pública, a implementação do


SEI apresenta alguns entraves. A iniciativa tem como objetivo abranger todos os
estados e municípios e se tornar um processo eletrônico nacional, conforme
estabelecido pelo Decreto nº 8.539/2015, contudo, essa implementação não é tão
simples quanto parece. Conforme Saraiva (2018, p.10), o processo de implantação
ainda está na fase embrionária, pois ainda “há muito a ser feito no que se refere à
implantação do SEI, na administração pública federal”. Sendo necessário cobrir toda
a administração pública do País, além de manter uma coordenação efetiva do
processo de aprimoramento dos sistemas, a fim de viabilizar a incorporação de
novas funcionalidades.
Referências

BRASIL. Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. Dispõe sobre o uso do


meio eletrônico para a realização do processo administrativo no âmbito dos órgãos e
das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-
2018/2015/Decreto/D8539.htm. Acesso em: 20 mar. 2020.

REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA (RNP). Conheça os benefícios e


desafios do Sistema Eletrônico de Informações. 20 fev. 2017. Disponível em:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/3455/4/SEGES%20%20Enap.
%20SARAIVA%20André.%20SEI.%20estudo%20de%20caso.
%202018.%20portugês.pdf . Acesso em: 20 mar. 2020.
SARAIVA, André. A implementação do SEI-Sistema Eletrônico de Informações.
ENAP, Brasília, 2018. Disponível em:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/3455/4/SEGES%20%20Enap.
%20SARAIVA%20André.%20SEI.%20estudo%20de%20caso.
%202018.%20portugês.pdf. Acesso em: 20 mar. 2020.
BACICHETTO, Vinícius de Vargas. Inovação do Setor Público. SER – SAGAH,
2015.
https://www.campusonline1.ead.uniceub.br/pluginfile.php/1105807/mod_resource/co
ntent/3/PDF_compressed%20-%202020-01-14T150701.878.pdf

Você também pode gostar