Resoluções das atividades
M
Ó 4 Pressuposto e subentendido; Interpretando a Morfologia » 1
D 5 Interpretando a Sintaxe; Introdução à Semântica » 2
U 6 Intertextualidade, interdiscursividade e comparação entre textos » 3
L Atividades discursivas » 5
O
S
MÓDULO 4 Pressuposto e subentendido;
Interpretando a Morfologia
PARA SALA
ATIVIDADES
01 B
A maneira como Calvin é retratado, com as mãos na cin-
tura e a cabeça erguida, revela que ele está orgulhoso de
si porque, mesmo sendo hiperativo, ele está entediado
por não ter nada a fazer e quer continuar sem fazer algo,
principalmente se for para limpar o quarto.
02 E
Na questão, o aluno deve identificar, pela análise de suas
linguagens, as tecnologias da comunicação e infor­mação.
Espera-se que o aluno compreenda que cabe à escola
levá-lo a perceber as peculiaridades das linguagens em
diferentes ambientes digitais.
03 C
A questão preza pela atenção que o alunado deve dar ao
texto inicial, sobremaneira à pergunta muito perspicaz que
foi externada “Vai ser bom, não foi?”. Dentre os itens, o
único que contempla o trocadilho entre os verbos “vai ser”
– no futuro — e “não foi” – no pretérito – é o C.
04 D
Na alternativa D, a vírgula assinala a elipse da locução
“deverá se fazer”. As demais são inadequadas, pois, em A,
na palavra imposição, o prefixo im- sugere sobreposição
(em, sobre), e, em imparcial, apresenta sentido negativo.
Em B, os termos postulado e crença não são sinônimos,
já que o primeiro alude a uma premissa, ponto de partida
para um raciocínio; e o segundo, a uma ação que dis-
pensa razões ou confirmação objetiva. Em C, o pronome
demonstrativo essa é adequado, pois remete ao que foi
mencionado no período anterior. Em E, o pronome pes-
soal oblíquo os, com função de objeto direto, refere-se ao
substantivo conhecimentos.
05 A
A incorporação da terminação “-dromo” a uma palavra já
existente na língua, “samba”, gerou uma nova palavra, ou
seja, criou um neologismo um novo termo caracterizado
pela modificação de significado de um vocábulo primitivo.
Muitas vezes considerado inadequado ou impróprio, este
fenômeno linguístico coloca em evidência o dinamismo
da língua, na possibilidade de criação de novas palavras.
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 2
06 B
A aglutinação dos três termos resulta no neologismo, pala-
vra não registrada no dicionário, mas que é fruto de um
comportamento espontâneo para designar uma situação
específica. As opções a), c), d) e e) remetem a conceitua-
ções que não se aplicam à palavra da letra criada pelo
grupo Tribalistas para designar a emoção do eu lírico.
ATIVIDADES
PROPOSTAS
01 B
A polissemia dos vocábulos em questão recorre não
somente aos seus significados, mas ao seu uso socioló-
gico. O vocábulo se adequa linguisticamente ao meio.
02 C
A questão trata do hipertexto, conceito recente e impor-
tante para compreender as modificações na assimilação
de informações. Deve-se perceber que a hipertextuali-
dade se configura como um novo modo de leitura e de
organização da escrita.
03 A
Com base na leitura do gênero textual diagrama, percebe-
-se que o perfil do novo consumidor social se caracteriza
pela relação com novos canais on-line e novas ferramentas
de comunicação, ou seja, afirma que o consumidor sofre
uma intensa influência da cultura do comércio eletrônico.
04 C
A assertiva apresentada relaciona a solidão (“Uma refei-
ção solitária”) à perda do entusiasmo por refeições
(“perde seu sabor mesmo em se tratando de um refi-
nado manjar”). A única alternativa a relacionar os mesmos
elementos é a C: a enunciadora sente falta do esposo,
portanto sente-se solitária; dessa forma, perde interesse
inclusive pela refeição.
As demais alternativas ressaltam aspectos diversos: em
A, há um grupo de pessoas que não simpatiza com ali-
mentos refinados; em B, citam-se problemas de saúde
originados por alguns alimentos; em D, não há referência
à alimentação; em E, compara-se o tipo de comida entre
duas épocas.
05 C
Considerando que o pressuposto está relacionado a um
marcador textual, pode-se afirmar que a palavra alguns
sugere que existam outros benefícios, além do referido.
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06 B
Percebe-se, no uso da enumeração de vários gêneros de
caráter lírico, uma forma bastante inovadora de constru-
ção poética em que há, na exposição de distintos gêneros,
um tom de explicação que não demonstra tonalidade de
cunho emotivo.
07 D
O pronome demonstrativo disso tem a função de resgate
de uma ideia ou expressão utilizada anteriormente. No
caso do texto em análise, a ideia resgatada é a de que
existia algo na visão que não pertencia à Física.
08 C
A afirmação de que “maus tradutores de livros de
marketing e administração disponibilizam mais e mais ter-
mos infelizes” permite concluir que o autor considera que
a incorporação de verbos terminados em “ilizar” à língua
portuguesa decorre de influência estrangeira.
09 C
O uso do diminutivo “Leãozinho” é uma maneira “afe-
tuosa” e “precavida” de apresentar a palavra. O diminu-
tivo oferece afetuosidade à palavra leão, que evoca uma
imagem bastante ameaçadora na sua forma original.
10 C
I. (F) A palavra estigma tem somente um sentido e é
apenas masculina.
II. (F) As novas caras referiam-se aos novos presos políti-
cos que chegavam à ilha.
III. (F) Relato escrito em linguagem informal, em nada tem
a ver com o rebuscamento da estética barroca.
IV. (V) Os presos políticos eram torturados frequentemente,
logo, a ironia tem a ver com a localização de um pre-
sídio instalado em um lugar naturalmente lindo.
V. (V) A vírgula foi utilizada para separar os adjuntos
adverbiais de lugar enumerados na oração.
11 B
Enquanto a expressão “em comum” significa “conjunta-
mente”, o vocábulo “incomum” significa “algo que não é
comum” e constitui-se do adjetivo “comum” com o pre-
fixo de sentido negativo “in”.
12 A
O pronome daquilo, formalmente, é de uso anafórico,
porém foi usado de forma catafórica fazendo referência
ao aposto enumerativo, “gentileza, bom humor, inteli-
gência, simpatia...”, que inclusive vai ser retomado de
forma correta pelo pronome isso.
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MÓDULO 5 Interpretando a Sintaxe; Introdução à
Semântica
ATIVIDADES
PARA SALA
01 A
No texto, a maioria dos versos, isoladamente, representa
uma oração independente das demais. Essa superposição
de orações coaduna com a ideia da superposição de pen-
samentos do eu lírico e de emoções sentidas por ele.
02 C
O lhe refere-se diretamente ao pronome pessoal do caso
reto ele, caracterizado como “um dos garotos no meio da
garotada em algazarra”, para indicar posse.
03 D
O uso da expressão “estava a falar”, em vez da construção
em gerúndio “estava falando”, preferida por brasileiros,
caracteriza o português de Portugal.
04 C
Ao embranquecer o cabelo, o negro registra, no seu físico,
um pouco da travessia temporal que a vida lhe deu opor-
tunidade de fazer.
05 B
O uso de vocábulos como “átomos” e “glândulas” revela
o emprego estilístico de uma linguagem técnico-científica
na construção do texto.
06 C
A explicação da diferença entre “pessoa física” e “pessoa
jurídica”, feita no texto 1, é subvertida, para efeitos de
humor, no texto 2 ao ser utilizada uma ideia equivocada
das palavras.
ATIVIDADES
PROPOSTAS
01 C
A personagem da mãe, no trecho, incorpora na linguagem
a sua revolta diante da decisão do marido de afastar-se
da família para viver em uma canoa no meio do rio. Além
de destacar a distância, fazendo aumentar o pronome de
tratamento com o acréscimo de letras (cê — ocê — você),
indica uma formalidade em grau crescente — embora
dentro de um tratamento familiar.
02 D
Tanto o primeiro verso quanto o segundo garantem que o
pronome oblíquo o se relacione a “Fazer 70 anos”.
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03 E
É correta a alternativa E, já que o diminutivo demonstra afeti-
vidade, o carinho do autor pelos livros artesanais.
04 B
“No entanto” é uma locução conjuntiva que dá ideia de
contrariedade, por isso, poderia ser substituída por mas
ou entretanto.
“Mas” é conjunção coordenada adversativa, portanto,
entre as opções, só pode ser substituída por contudo.
“Por exemplo” indica ilustração, esclarecimento, e pode-
ria ser substituído por exemplificando ou dito isso.
A locução “Ao fazer isto” poderia ser substituída, sem pre-
juízo de sentido, por ao fazê-lo.
Assim, é correta apenas a alternativa B.
05 B
Nos versos de Almeida Garrett, os pronomes eu, quem e
este são, respectivamente, pronome pessoal do caso reto,
porque indica a pessoa do discurso; pronome interroga-
tivo, visto que começa uma frase interrogativa; e pronome
demonstrativo, pois situa um elemento (o inferno de amar)
em relação à pessoa do discurso.
06 C
No primeiro verso do excerto do poema, as vírgulas foram usa-
das para separar orações coordenadas assindéticas, da mesma
forma que na frase “Acendeu um cigarro, cruzou as pernas,
estalou as unhas, [...]”, transcrita na alternativa correta.
07 A
O conectivo “ou seja”, que deve ser utilizado entre vírgu-
las, introduz uma explicação a respeito do que foi falado
imediatamente antes dele, algo que é feito no texto para
explanar a diminuição da quantidade de lixo.
08 C
Para justificar a correção da alternativa C, basta levar em
conta o fato de que a grande diferença entre os dois tre­
chos não se inscreve no âmbito da correção gramatical:
ambos seguem padrões preceituados como corretos.
Não se trata também de textos produzidos por falantes
de estratos sociais distintos. É até possível que o trecho II
tenha sido o rascunho do trecho I, produzido pela mesma
pessoa. A grande diferença está no modo de formular o
mesmo pensamento: em I, encontrou-se a solução mais
precisa, mais concisa, mais inteligível até.
09 D
A tirinha revela que, à medida que as conexões virtuais se
multiplicam, as pessoas acabam se afastando fisicamente
umas das outras.
10 A
O fato de, até o momento, existir espaço para silêncios,
ressaltado pela palavra ainda, evidencia que existem situa-
ções a serem resolvidas pelo eu lírico e seu interlocutor.
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IN TERPRETAÇÃO TEXTUAL 2
11 B
Por meio da analogia com a ação de comer a massa de
bolo antes de ele ir ao forno, o autor vai delineando os
meandros que caracterizam o texto dramático.
12 C
O texto valoriza o trabalho do cientista Miguel Nicolelis e
dissemina ideias que apontam para um futuro promissor,
no qual serão cada vez mais frequentes as interações entre
cérebro e rede.
MÓDULO 6 Intertextualidade, interdiscursividade e
comparação entre textos
ATIVIDADES
PARA SALA
01 D
O cenário apresentado na charge de Quino dialoga com
a tela Guernica, de Pablo Picasso, que igualmente propõe
uma cena marcada pela sobreposição de imagens apa-
rentemente fora de ordem. O quadrinista insere a obra de
Picasso em um contexto diferente: a sala, em desordem,
de uma residência. Após o trabalho da faxineira, tanto a
sala quanto o quadro têm seu sentido modificado.
02 D
Os comentários promovem um diálogo com a música
“Construção”, de autoria de Chico Buarque de Hollanda,
que possui versos como: “Amou daquela vez como se
fosse a última / Beijou sua mulher como se fosse a última
/ E cada filho seu como se fosse o único / E atravessou a
rua com seu passo tímido”. O quinto comentário abre uma
exceção e faz uma alusão à canção “Deus lhe pague”, tam-
bém de Chico. A iniciativa dos usuários gerou um efeito de
humor que satiriza a manchete compartilhada.
03 C
Os dois textos abordam o tema da escravidão, apresentando
uma visão crítica da realidade e reproduzindo o ser humano
como vítima do próprio ser humano. Há, no poema de
Castro Alves, exploração do ritmo das frases, bem como
versos em redondilhas maiores; no texto de Machado de
Assis, há uma sequência de orações curtas que imprimem
velocidade ao texto em relação às atitudes de Brás Cubas.
O fragmento do poema “O navio negreiro” não revela
contenção expressional ou ironia, como também o trecho
de Memórias Póstumas de Brás Cubas não apresenta tom
arrebatado, como se afirma nas alternativas A, B e E, res-
pectivamente. Não há indícios de intertextualidade, como
se refere a alternativa D.
04 C
O futebol de rua expressa a versatilidade da população
brasileira que, a despeito da falta de espaço nas grandes
cidades e de outras limitações, consegue, ainda assim,
manter viva a paixão pelo futebol.
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05 C
O artigo transmite as opiniões de algumas pessoas entre-
vistadas sobre a utilização do computador e a forma como
cada uma reage à nova tecnologia. Enquanto umas mos-
traram-se renitentes por considerarem imprescindível o
contato físico com o papel, outras enumeraram vantagens
e benefícios, como ampliação de oferta de pesquisa e de
correspondência.
06 B
Tanto na pintura quanto no poema, percebe-se uma reme-
moração de tempos antigos, retratados de maneira artística
e saudosista.
07 C
Os dois textos criticam a postura da classe política diante
dos desastres naturais. O primeiro, de forma até mais explí-
cita (“falta competência da classe política”). O segundo,
de forma um pouco mais contida (“[...] o governo e a pre-
feitura apelam para as pessoas saírem das áreas de risco
[...]”).
08 C
Enquanto em “Ismália”, de Alphonsus de Guimaraens,
percebe-se a insanidade da figura feminina, dividida entre
a realidade e o sonho, absolutamente incapaz de se har-
monizar com o mundo que a rodeia, em “Mãos dadas”, de
Carlos Drummond de Andrade, o eu lírico rejeita o pessi-
mismo decadentista e o escapismo romântico (“Não serei
o poeta de um mundo caduco./Também não cantarei o
mundo futuro.”) para se preocupar com os problemas do
presente e dar prioridade aos temas sociais (“Estou preso
à vida e olho meus companheiros.”).
09 E
A descoberta e restauração da “segunda” Gioconda con-
firmou a hipótese de que da Vinci contava com o traba-
lho de assistentes, sob sua supervisão, na composição de
obras importantes.
ATIVIDADES
PROPOSTAS
01 C
O texto “Quadrilha da sujeira” estabelece uma relação
intertextual com “Quadrilha”, poema de Carlos ­Drummond
de Andrade, apresentando as mesmas personagens e a
ideia de ação que se repete. No texto de Ricardo Azevedo,
entretanto, a ação da quadrilha é poluir as ruas. Com base
nisso, pode-se afirmar que a quadrilha, no caso, refere-se
a um grupo de malfeitores, expandindo a significação de
quadrilha do texto original e apontando para um problema
bastante presente nos grandes centros urbanos.
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02 C
Assim como o eu lírico drummondiano, o eu lírico do poema
de Orides Fontela percebe que a poesia não tem poder de
modificar sequer uma pessoa, quanto mais o mundo.
03 C
O êxodo rural é uma temática social bastante presente em
textos de Patativa do Assaré, como os apresentados na
questão.
04 C
O trecho de Caminha, por conter a visão do colonizador, fun-
ciona como testemunho histórico, ao passo que a pintura dá
destaque ao ponto de vista do nativo, assustado com a che-
gada do europeu. Dessa forma, veem-se diferentes expres-
sões estéticas para diferentes culturas.
05 C
Na charge de Ziraldo, a palavra que sintetiza a visão do
país é miséria, por mostrar uma criança com um prato
vazio. A crônica de Menezes aponta para a desorganiza-
ção das instituições.
06 A
“Fale ilimitado” e “melhor operadora” remetem intertex-
tualmente às propagandas de operadoras de celulares.
07 D
A arte popular não utiliza necessariamente os mesmos
materiais e as mesmas técnicas da arte clássica ou mesmo
da arte acadêmica, o que implica afirmar que pode haver
uma construção particular na arte contemporânea.
08 D
No texto 1, observa-se que a rua permite ao narrador expe-
rimentar a ideia de comunidade, de irmandade, visto que
ele acredita que outros transeuntes se sentem “parecidos
e iguais”, e que, por isso, compartilham o sentimento de
“amor às ruas”. O texto 2, por sua vez, apresenta a rua como
um espaço para a exibição pessoal da personagem, onde ela
se sente “uma duquesa atravessando seus domínios”.
09 C
O narrador do texto 1 busca se identificar com o leitor,
afirmando que ambos compartilham o “amor à rua”, senti-
mento que atravessa e resiste ao tempo.
10 C
A arte pode engajar-se em lutas sociais a todo instante. No
grafite e no rap apresentados, a intenção dos seus autores
é similar: de forma veemente, fazer o interlocutor refletir
sobre as relações sociais e a necessidade de mudanças em
algumas delas.
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11 D
No texto 3, a descrição do último parágrafo mostra que o
piraquara se atrapalha ao falar com o patrão e não exibe
firmeza no diálogo. A ironia é percebida inicialmente na
descrição do primeiro parágrafo e compõe todo o trecho.
12 D
Apenas a D é correta, pois os termos “Twitter” e “hashtag”
fazem parte da linguagem nos meios digitais e limitam a
compreensão da tira em leitores que não são usuários do
microblog. Twitter é uma rede social que permite aos usuá-
rios enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos
(em textos de até 280 caracteres, conhecidos como “tweets”).
Hashtags são palavras-chave antecedidas pelo símbolo “#”,
que designam o assunto que está sendo discutido em tempo
real no Twitter, transformando-se em hiperlinks dentro da
rede e indexáveis pelos mecanismos de busca.
13 E
A questão aborda a relação entre elementos inerentes à
crítica da charge de Iotti e a obra Guernica, encaixando tais
ideias ao aspecto da linguagem verbal presente na cena, que
expressa a noção de dramaticidade tanto da representação
de Picasso quanto do caos inerente ao trânsito.
14 C
As narrativas propostas se assemelham, pois as personagens
sofrem com problemas resultantes da falta de oportunidades
nas cidades, como a criminalidade e o desemprego.
15 A
O texto 1 defende a manutenção de reservas indígenas,
sob o argumento de que muitos dos povos indígenas são
tradicionalmente seminômades, caçadores e pescadores
e, por isso, necessitam de espaço para suas atividades. O
texto 2 defende o fim das reservas indígenas, sob o argu-
mento de que há muita terra para pouco índio, apoian-
do-se no fato de que as áreas indígenas constituem, na
Amazônia, um conjunto maior do que Portugal, Espanha,
Alemanha e Bélgica.
16 C
a) (F) As obras não se preocupam em criticar posturas
religiosas; a ênfase está na construção de uma
sólida crítica social.
b) (F) Tanto Candido quanto Rachel destacam, nas
obras apresentadas, as agruras da população do
­Nordeste, e não do povo do Centro-Oeste.
c) (V) No fragmento lido, a morte é incorporada à própria
paisagem por meio da inserção da cruz e da “cova
à beira da estrada”. Na pintura, Candido Portinari
recupera esse efeito de dramaticidade e sofrimento
temático ao retratar o flagelo da seca, representan-
do-o nos ossos e nas figuras cadavéricas de imi-
grantes, quase absorvendo a morte do cenário em
segundo plano, no qual as aves rondam os corpos
lânguidos.
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IN TERPRETAÇÃO TEXTUAL 2
d) (F) É importante destacar que os retirantes apresenta-
dos nas obras não pertencem a uma camada abas-
tada.
e) (F) Há muita humanidade nas obras apresentadas, pois
as figuras humanas ocupam o ponto central.
17 C
A construção do eixo temático do poema de Bilac não
se deu em linguagem denotativa, literal, usual, previsível.
O eu lírico personifica as estrelas, o Sol, utiliza figuras de
linguagem, como a prosopopeia, que consiste em atribuir
a seres inanimados características de seres animados ou
atribuir características humanas a seres irracionais. O texto
do autor parnasiano possui um alto índice de plurissigni-
ficação da modalidade de linguagem, diversa da modali-
dade própria do uso cotidiano. Já o texto 2 utiliza marcas
típicas da linguagem oral dos ítalo-brasileiros que residiam
em São Paulo nas primeiras décadas do século XX.
18 C
Segundo o texto, e comprovado pelo gráfico, por mais
que haja outros elementos, além da influência da propa-
ganda, é preciso que o consumidor dê valor ao que o pro-
duto anunciado divulga.
ATIVIDADES
Módulo 4
01 a) A
 ausência da crase faz com que a expressão “a própria
sensibilidade artística” funcione como objeto direto do
verbo ensinar.
b) Havendo presença da crase na expressão “à própria
sensibilidade artística”, ela passa a funcionar como
complemento nominal do adjetivo mesclada.
02 a) O
 atual presidente não tinha intenções de concorrer à
reeleição, mas podia mudar de planos depois da forma-
ção da chapa de oposição.
b) Para que o enunciado conclua o texto de forma ade-
quada, seria necessário que a chapa de oposição não
fosse formada.
03 a) N
 ão. O termo retórica está inserido em um contexto
dominado por vocábulos de carga semântica negativa:
“verbiagem”, “oca”, “inútil”, “vã”. Dessa forma, ele não
pode ser entendido no sentido positivo consignado na
citação extraída do Dicionário Houaiss. Na verdade, essa
palavra assume valor pejorativo, significando discurso
afetado, de acessórios inúteis e conteúdo vazio.
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b) A primeira frase está na voz passiva sintética, que tem
como sujeito composto “nem uma ideia original, nem
uma só observação própria”. Mantendo-se o sentido,
pode-se passá-la para a voz passiva analítica: “Embora
não sejam encontradas nos seus longos discursos e
muitos volumes nem uma ideia original, nem uma só
observação própria”. A segunda frase apresenta um
uso clássico literário do pretérito mais-que-perfeito do
indicativo, houvera, no lugar do pretérito imperfeito do
modo subjuntivo, houvesse: “O escândalo viria se hou-
vesse originalidade”.
Módulo 5
01 a) Sim, existe diferença de sentido no emprego da palavra
“homens” em cada um dos textos citados. No texto 1,
a palavra refere-se ao gênero masculino, enquanto que
no texto 2, à Humanidade.
b) O uso de aspas no termo “Mulheres” realça o termo e
confere especificidade ao assunto tratado no livro Calibã e
a Bruxa: uma perspectiva especial a partir da qual se deve
reconsiderar a história das relações capitalistas.
02 a) O trecho permite reconhecer a influência do Naturalismo
na obra, visto que um dos recursos característicos dessa
escola literária é a animalização (ou zoomorfização).
b) Zé Fernandes narra de forma distanciada a sua perple-
xidade e estranhamento diante da vida agitada na Paris
durante a belle époque, que serve de contraste com
sua vida tranquila no campo.
02 a) O outro texto referido no cartaz, é o provérbio popular
“O seguro morreu de velho”.
b) Para que se interprete o cartaz, não há necessidade de
se conhecer o provérbio; basta que a mensagem atual
seja entendida: que a rotina, o comodismo, o “seguro”
pode levar ao tédio.
03 a) O fato de as traças roerem a Bíblia faz com que sua
linguagem fique mais próxima àquela encontrada no
livro. Como a Bíblia contém textos muito antigos, a lin-
guagem é bem diferente da atual, mas aquela que as
traças usam é ainda inadequada, considerando os erros
ali presentes.
b) Uma possibilidade seria:
— Como foi o seu dia?
— Queria que fosse melhor!
04 a) Ao dizer que tem apenas duas mãos, o poeta lamenta o
fato de que não pode fazer mais, pois seus recursos são
limitados. O sentimento do mundo a que ele se refere
é a vontade de mudar a realidade, e o advérbio apenas
reflete seu lamento por não poder fazer essa mudança.
b) O poeta altera aquilo que falou nos primeiros versos,
pois, a princípio, ele sentia que seu coração era maior
do que toda a vastidão do mundo, mas ao dizer que
tinha apenas duas mãos, ele percebe que não era tão
forte assim.

03 a) Exemplos de paráfrases possíveis para os dois sentidos

são:
Primeiro: O governo não poderá tomar nenhuma
medida.
Segundo: Existem várias medidas que o governo pode-
ria tomar.
b) Em “Não há uma só medida que o governo possa
tomar”, o adjetivo “só“ pode ter o significado de
“única“ ou atuar como advérbio, significando “ape-
nas“. Por isso, a frase pode denotar que o governo não
pode tomar nenhuma medida, ou então que o governo
tem à sua disposição diversas medidas, podendo tomar
mais de uma.

Módulo 6
01 a) A estrutura proverbial está presente no verso “Quem
acumula muita informação perde o condão de adivi-
nhar: divinare“. Como em um provérbio, esse verso,
entre outras características, traz um ensinamento (que
pode ser uma advertência), explora a sonoridade das
palavras e utiliza o pronome relativo sem antecedente
(Quem acumula... perde).
b) O neologismo verbal divinam provém do latim ­divinare,
que significa “adivinhar“, “descobrir“, atribuindo ao
sabiá uma sabedoria divina, uma vez que o neologismo
remete ao adjetivo “divino“. Esse jogo de palavras
criado pelo poeta “adivinhar“, ”divinam”, “divinare“
aponta um limite para os poderes da ciência.

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