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Professor
Dr. Robson C. Bonetti
Dr. Robson C. Bonetti - Física
GRANDEZAS FÍSICAS
Tudo que pode ser medido e comparado com um padrão (SI)
Grandezas Fundamentais do SI
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura Kelvin K
Quantidade de Matéria Quantidade de Matéria mol
Intensidade Luminosa candela cd
Dr. Robson C. Bonetti - Física
GRANDEZAS FÍSICAS
Existem dois tipos de grandezas físicas:
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GRANDEZAS FÍSICAS
Derivadas das 7 grandezas fundamentais do SI, tais como,
quilometro, hora, tonelada, centimetro, newton, pascal, joule,
watt, entre outras
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GRANDEZAS FÍSICAS
A Análise Dimensional é um instrumento para facilitar a
verificação e resolução das equações relacionadas às
grandezas físicas. Utilizando conhecimentos de álgebra, a
análise dimensional nos permite realizar operações
matemáticas com as unidades de medida. O objetivo é fazer
previsões sobre as fórmulas e unidades.
Massa: M
Tempo: T
Comprimento: L
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CINEMÁTICA ESCALAR
Estuda os movimentos sem levar em consideração as
causas (forças) que originaram esses movimentos.
Conceitos Fundamentais
1) Ponto Material (partícula) e Corpo Extenso
O ponto material é todo corpo cujas dimensões podem ser
desprezadas dentro do fenômeno estudado, isso ocorre no
caso das dimensões do corpo serem muito pequenas se
comparadas com as outras dimensões em estudo, caso
contrário trata-se de corpo extenso.
Exemplos:
• Grão de areia, chão da sala, olho.
• Avião, aeroporto, cidade.
• Carro, atravessando a rua, garagem de casa.
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CINEMÁTICA ESCALAR
2) Movimento, Repouso e Referencial
* Referencial: é um sistema de coordenadas utilizado para
se medir e registrar as grandezas físicas. O referencial que
adotamos, mais comumente, é a Terra ou o chão da sala.
CINEMÁTICA ESCALAR
3) Trajetória
Trajetória é a linha determinada pelas diversas posições
que um corpo ocupa no decorrer do tempo. A forma
assumida pela trajetória depende do referencial adotado.
Exemplos:
• Formigas cortadeiras, ida sua até a escola.
• Lançando uma bolinha dentro de um ônibus.
• Lançamento de uma bomba por um avião/helicóptero de
guerra.
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CINEMÁTICA ESCALAR
4) Posição, Distância Percorrida e Deslocamento
Escalar
* Posição: representado pela letra s ou x, é a medida
algébrica, ao longo de uma determinada trajetória, da
distância do ponto onde se encontra o móvel ao ponto de
referência adotado como origem. No Sistema Internacional
(SI) é medida em metros (m).
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CINEMÁTICA ESCALAR
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CINEMÁTICA ESCALAR
5) Velocidade Escalar ( v )
É uma grandeza vetorial que exprime, de maneira
quantitativa, a ideia de rapidez do movimento. É definida
como sendo a razão entre a distância percorrida pelo
objeto e o tempo empregado para percorrê-la, ou seja,
CINEMÁTICA ESCALAR
Não confundir, velocidade média (vM) com média das
velocidades (mv):
CINEMÁTICA ESCALAR
6) Aceleração Escalar ( a )
É a rapidez com que a velocidade varia. É o
elemento responsável pela variação da velocidade, quer
em intensidade, quer em direção, matematicamente
temos:
No SI a unidade de aceleração
escalar é m/s2 (metro por segundo
ao quadrado). Classificação dos
Movimentos
# Progressivo: quando o sentido
do movimento coincide com o
sentido da trajetória ( v +).
# Retrógrado: quando o sentido
do movimento é oposto ao sentido
da trajetória ( v - ).
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CINEMÁTICA ESCALAR
Classificação dos Movimentos
Acelerado: Quando a velocidade escalar cresce em
valor absoluto. v e a tem igual sinal.
v+a+ ou v–a–
Retardado: Quando a velocidade escalar decresce em
valor absoluto. v e a tem sinais contrários.
v+a– ou v–a+
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CINEMÁTICA ESCALAR
Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
$ Movimento Uniforme: mesma velocidade sem
aceleração
$ Retilíneo: trajetória reta na horizontal ou vertical
É o movimento em que o vetor velocidade de um
corpo, em relação a um referencial inercial, se mantém
constante e diferente de zero.
# Velocidade escalar instantânea é igual a velocidade
média;
# A força resultante que atua sobre um corpo é nula;
# A aceleração é nula.
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CINEMÁTICA ESCALAR
A velocidade escalar do móvel é constante em
qualquer instante ou intervalo de tempo, (o móvel
percorre distâncias iguais em tempos iguais).
v = constante 0 → a = 0
s v
vM = (m/s) aM = (m/s2)
t t
Lembrar: 36 km/h = 10 m/s
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CINEMÁTICA ESCALAR
Função Horária no (MRU)
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CINEMÁTICA ESCALAR
Movimentos Progressivos e Retrógrados
CINEMÁTICA ESCALAR
(MRU) - GRÁFICOS
x = x0 + v.t
Movimento Acelerado
Velocidade e Aceleração
mesmo sinal
Movimento Retardado
Velocidade e Aceleração
sinais contrários
N
A = x
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CINEMÁTICA ESCALAR
Gráficos do MU
Velocidade x tempo Aceleração x tempo Distância x tempo
v = constante a=0
Função do 1ºgrau
f(x) = ax +b
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CINEMÁTICA ESCALAR
Encontro de Corpos
Considerando que dois corpos
iniciam o movimento no mesmo
instante, denominamos tempo de
encontro o intervalo de tempo em
que dois corpos chegam a uma
mesma posição, denominada
posição de encontro: Onde
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CINEMÁTICA ESCALAR
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)
$ Retilíneo: trajetória reta na horizontal ou vertical
$ Movimento Uniformemente Variado: mesma aceleração
e com velocidade variável.
Em cada segundo, o móvel percorre distância maior que no
anterior, caso o movimento seja acelerado.
# Em cada segundo, o móvel percorre distância menor que
no anterior, caso o movimento seja retardado.
CINEMÁTICA ESCALAR
Funções Horárias no MRUV
I) Função Horária da Velocidade
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CINEMÁTICA ESCALAR
Funções Horárias no MRUV
I) Função Horária da Velocidade: gráficos
MRU
v constante
a nula
CINEMÁTICA ESCALAR
Funções Horárias no MRUV É uma expressão
II) Função Horária da Posição matemática que
expressa a posição (x
ou s) do corpo
conforme o tempo (t)
varia.
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CINEMÁTICA ESCALAR
Funções Horárias no MRUV
II) Função Horária da Posição: gráficos
# A representação gráfica é dada por
um arco de parábola, onde a
concavidade é definida pelo sinal da
aceleração: concavidade para cima (a
> 0) e concavidade para baixo (a < 0).
# A posição inicial x0 determina o
ponto no qual a parábola intercepta a
ordenada, ou seja, o eixo dos tempos.
# Os vértices representam os
momentos em que o móvel para (v =
0) e sofre inversão no sentido do
movimento.
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CINEMÁTICA ESCALAR
Funções Horárias no MRUV
III) Equação de Torricelli
CINEMÁTICA ESCALAR
MRUV na Vertical
ANTES AGORA
TRAJETÓRIA horizontal vertical
ACELERAÇÃO a g
POSIÇÃO x y ou h
Movimentos Verticais
CINEMÁTICA ESCALAR
1) Queda Livre (QL)
Na queda livre o corpo é abandonado (solto) próximo à superfície
da Terra sob influência exclusiva da ação gravitacional, logo, v0 = 0
e y0 = 0, assim as equações ficam da forma:
CINEMÁTICA ESCALAR
2) Lançamento para Baixo (LB)
No lançamento para baixo o corpo descreve movimento
uniformemente acelerado até atingir o solo, logo, v0 0 e y0 = 0,
assim as equações ficam da forma:
CINEMÁTICA ESCALAR
3) Lançamento para Cima (LC)
No lançamento para cima o corpo descreve movimento
uniformemente retardado até atingir a altura máxima, logo, v0 0
e y0 = 0, assim as equações ficam da forma:
CINEMÁTICA ESCALAR
Movimentos Bidimensionais
Os objetos descrevem dois movimentos simultâneos:
horizontal para frente e outro vertical para cima (se estiver
subindo) ou para baixo (se estiver descendo).
Princípio da independência dos
movimentos de Galileu Galilei
Quando um objeto apresenta um
movimento em mais de uma direção, afirma-
se que há, na situação, uma composição de
movimentos. Ex.: barco atravessando um rio
com correntezas.
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CINEMÁTICA ESCALAR
Movimentos Bidimensionais
Princípio da independência dos movimentos de Galileu
Galilei
“Em movimentos compostos, cada direção pode ser
analisada separadamente, pois uma não depende da outra”.
CINEMÁTICA ESCALAR
4) Lançamento Horizontal (LH)
#Horizontal: Na direção horizontal,
a projeção percorre o eixo dos x
em MRU (vx = constante).
CINEMÁTICA ESCALAR
5) Lançamento Oblíquo ou de Projéteis (LO)
Dizemos que o lançamento é oblíquo quando um objeto é
lançado inclinadamente em relação à horizontal e à vertical.
Componentes da velocidade
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CINEMÁTICA ESCALAR
5) Lançamento Oblíquo ou de Projéteis (LO)
#Horizontal: Na direção horizontal,
a projeção percorre o eixo dos x em
MRU (vx = cte).
onde A é o alcance
#Vertical: Na direção vertical, a projeção do movimento é um
lançamento para cima
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CINEMÁTICA ESCALAR
5) Lançamento Oblíquo ou de Projéteis (LO): propriedades
#Tempo de Subida (tS) #Tempo de permamência #Altura
Na altura máxima vy = 0, no ar ou total (tT) Máxima(ymáx)
vx 0 e g 0, assim Como o tempo de subida é Altura máxima
podemos calcular o igual ao tempo de descida vy = 0:
tempo de subida (tS): (mesmo nível):
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CINEMÁTICA ESCALAR
5) Lançamento Oblíquo ou de Projéteis (LO): propriedades
# Alcance Máximo (Amáx)
Se = 45º, temos o
alcance máximo
# Ângulos Complementares
CINEMÁTICA VETORIAL
Ramo da Mecânica Física que faz o estudo da
cinemática quando se envolve grandezas vetoriais, ou
seja, aquelas que são representadas por vetores e,
portanto, possuem módulo (ou intensidade), direção e
sentido.
Tipos de Grandezas
Grandezas escalares: Necessitam apenas do valor
numérico (módulo) para serem compreendidas. Ex.:
massa, temperatura, distância, área, volume, tempo, etc.
CINEMÁTICA VETORIAL
Soma de Vetores
Regra do polígono (para “n” vetores). Utilizando o polígono
auxiliar:
v = v1 + v2 + v3 + v4
v = v1 + v2
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CINEMÁTICA VETORIAL
Subtração de Vetores
Regra do polígono: para “n” vetores
CINEMÁTICA VETORIAL
Vetor Resultante (VR): Força, velocidade, aceleração, ....
As forças aplicadas sobre um corpo pode ser somadas,
resultando em uma única força, denominada Força Resultante.
A força resultante é uma força fictícia que, se agisse
sozinha no corpo, produziria o mesmo efeito das demais
forças juntas.
CINEMÁTICA VETORIAL
Vetor Resultante (VR): força, velocidade, aceleração, ...
Quando:
= 0° F = F1 + F 2 (Resultante máxima)
= 180° F = F1 - F2 (Resultante mínima)
= 90° F2 = F12 + F22 (Pitágoras)
F2 = F12 + F22+2.F1.F2.cos (Lei dos cossenos)
Decomposição de Vetores: força, velocidade, aceleração, ...
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ou
1 volta completa
= 360º = 2 rad
x = C = 2..R
t = T
zero
MRU MCU
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GRAVITAÇÃO
É o estudo das forças de atração entre massas (forças
de campo gravitacional) e dos movimentos de corpos
submetidos a essas forças.
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GRAVITAÇÃO
Modelos Geocêntricos
A Astronomia nasceu da observação dos movimentos
diários do Sol, da Lua e dos demais corpos celestes
visíveis a olho nu. Uma hipótese, que perdurou por
séculos, foi a de que os astros giravam em torno da
Terra, fazendo surgir o que é conhecido como
geocentrismo.
Os pitagóricos elaboram o primeiro modelo
geocêntrico do Universo que se tem registro, constituído
por 10 esferas, no Século VI a.C.
Dois séculos depois no século IV a.C, o filósofo
Aristóteles reelaborou o modelo geocêntrico e dividiu o
Universo em duas regiões.
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GRAVITAÇÃO
Modelos Geocêntricos
1. Sublunar: no interior da esfera,
abaixo da Lua, onde tudo era
constituído a partir de 4 elementos:
fogo, ar, água e a terra.
2. Divina ou Supralunar: externa à
esfera da Lua, onde estavam as
estrelas, constituídas pelo quinto
elemento: a quinta-essência.
Para esclarecer o movimento
circular das órbitas dos Astros,
Aristóteles esquematizou um modelo
conhecido como esferas
homocêntricas. As esferas seriam
formadas por éter, ou
“quintessência”, e girariam com
velocidade angular constante.
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GRAVITAÇÃO
Modelos Geocêntricos
Já na era cristã, século II d.C, o
egípcio Cláudio Ptolomeu introduziu
os epiciclos, que seriam movimentos
circulares dos planetas em torno de
pontos imaginários que giravam ao
redor da Terra numa órbita chamada
de Deferente, este modelo foi aceito
por mais de quinze séculos,
sobretudo por ser coerente com a
filosofia e os valores da época.
O último astrônomo conceituado a
defender o geocentrismo foi Tycho
Brahe (1546-1601), no modelo
proposto por Tycho Brahe os planetas
orbitavam em torno do Sol e estes em
torno da Terra.
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GRAVITAÇÃO
Modelos Heliocêntricos
Na mesma época de Aristóteles
outro filósofo grego, chamado
Aristarco de Samos, achava que o Sol
estaria no centro do Universo e que a
Terra girava ao seu redor em órbitas
circulares. Contudo, essas ideias
foram esquecidas durante séculos até
a época do Renascimento, Nicolau
Copérnico(1473-1543) retomou a
ideia. Seu modelo apresentava as
seguintes características:
1. o Sol no centro do Universo;
2. o Universo finito, cujo limite era a
esfera das estrelas;
3. os planetas em órbitas circulares
em torno do Sol.
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GRAVITAÇÃO
Modelos Heliocêntricos
Galileu Galilei (1564-1642) foi o primeiro
cientista a observar o céu através de um
telescópio (luneta). Foi defensor do
sistema heliocêntrico, inicialmente da
forma concebida por Copérnico.
GRAVITAÇÃO
Leis de Kepler
1ª) LEI DAS ÓRBITAS 2ª) LEI DAS ÁREAS
“Os planetas executam “O segmento que une o centro
órbitas elípticas em torno do de um planeta ao centro do Sol
Sol, sendo que o Sol ocupa varre áreas iguais em intervalos
um dos seus focos”. de tempos iguais”.
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GRAVITAÇÃO
Leis de Kepler 3ª) LEI DOS TEMPOS
2ª) LEI DAS ÁREAS (PERÍODOS)
Esta lei permitiu a Kepler concluir “O quadrado do período de
que o movimento de translação dos revolução de um planeta é
planetas não é uniforme. A
proporcional ao cubo do semi-
velocidade dos planetas é máxima
no periélio e mínima no afélio. eixo maior da elipse de sua
*** O ponto de maior afastamento de órbita, conhecido também por
um planeta com o Sol é chamado raio médio da elipse”.
afélio. T12 T22
*** O ponto de maior proximidade de = = k T 2
= ka 3
GRAVITAÇÃO
Leis da Gravitação Universal de Newton
“Dois corpos atraem-se gravitacionalmente com forças
de intensidade diretamente proporcional ao produto de
suas massas e inversamente proporcional ao quadrado
da distância que separa seus centros de gravidade”.
M.m
F = G. 2
d
G é a constante de
gravitação universal.
G = 6,67.10⁻¹¹ N.m²/ Kg²
GRAVITAÇÃO
Aceleração da Gravidade (g)
1) Na superfície de um planeta: 2) Na altura h em relação à
GM p superfície de um planeta:
g0 = GM p
R p2 gh =
(R p + h)
2
GRAVITAÇÃO
Energia Cinética e Potencial Gravitacional
A velocidade de um corpo em órbita em torno de outro
corpo (onde d é o raio da órbita):
G.M
v=
d
O valor de sua Energia cinética será:
mv 2 GM
EC = como v =
2
2 d
m.G.M
EC =
2d
A energia potencial é:
M.m
E P = −G
d
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DINÂMICA
Estuda os movimentos considerando as causas (forças) que
originaram estes movimentos.
DINÂMICA
Medindo Força
Para medirmos Força usamos o dinamômetro (mola comprimida
no seu interior).
BALANÇA:
mede massa em
quilograma (kg)
e não Peso
(força peso).
DINÂMICA
Classificação das Forças
1) Interação entre corpos: campo ou contato.
2) Natureza: elétrica, mecânica, magnética, ...
3) Conservação de energia: conservativa ou dissipativa.
4) Entre outras.
Forças de Contato
Forças que necessitam do toque entre os corpos (força de
Atrito, força Normal, força de Sustentação).
DINÂMICA
Classificação de forças quanto à direção de aplic.
Consequência da aplicação da força: alterar seu movimento,
fazendo os corpos ganhar ou perder velocidade (v) ou ainda, mudar
a direção do movimento. (IMPORTANTE !!!)
DINÂMICA
Leis de Newton
1ª Lei de Newton (Lei da Inércia)
“Todo corpo em repouso ou em movimento permanece em
repouso ou em movimento, se e somente se, a soma de todas as
forças que atuam sobre ele forem nulas.”
DINÂMICA
Leis de Newton
1ª Lei de Newton (Lei da Inércia)
INÉRCIA: é a propriedade da matéria em resistir a qualquer
variação na velocidade de um corpo, seja no módulo, seja na direção
da mesma. Logo seu conceito está ligado ao de massa.
m inércia
m inércia
Inércia é uma espécie de teimosia ou relutância do corpo em
alterar o estado em que ele se encontra, seja de movimento ou de
repouso.
Exemplo: quando o motorista do ônibus freia, os passageiros são
projetados para frente; o cavalo freou e o cavaleiro por inércia é
projetado para frente).
DINÂMICA
Leis de Newton
1ª Lei de Newton (Lei da Inércia)
A 1ª Lei é uma condição de EQUILÍBRIO (estática), uma
vez que a soma de todas as forças aplicadas sobre um corpo
é nula.
Isso pode ocorre em dois casos:
1) Objeto fica parado (repouso)
2) Objeto em movimento retilíneo uniforme MRU (movimento)
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DINÂMICA
Leis de Newton
2ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica)
“Todo corpo de massa (m) quando submetido a ação de uma
força (F) fica sujeito a uma aceleração (a) proporcional a força
(F) que foi aplicada”.
DINÂMICA
Leis de Newton
3ª Lei de Newton (Lei da Ação e Reação)
“A toda força de ação corresponde uma força de reação com a
mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrários.”
DINÂMICA
Força Peso ( P )
É o resultado da interação à distância entre corpos que têm
massa. Essa interação pode produzir, como efeito, uma
aceleração (a), denominada aceleração da gravidade (g). A
força peso, que, como toda força, é uma grandeza vetorial
representada por (P) e, por ser uma força, é medida em
newton (N) no SI.
DINÂMICA
Força Peso ( P )
Não confundir !!!
PESO MASSA
Sigla P m
Mede com Dinamômetro Balança
Unidade no SI N (newton) Kg (quilograma)
Depende da Sim Não
gravidade
Muda de valor Sim Não
conforme g muda
Grandeza Vetorial Escalar
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DINÂMICA
Força Gravitacional ( FG )
“Todos os objetos no Universo atraem todos
os outros objetos com uma força direcionada ao
longo da linha que passa pelos centros dos dois
objetos e que é proporcional ao produto de
suas massas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre os dois objetos”.
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DINÂMICA
Força Gravitacional ( FG )
Cálculo da aceleração gravitacional (g)
Da 1ª Lei de Newton
Onde
R: raio do planeta
h: altura em relação à superfície
d: distância onde d = R + h
DINÂMICA
Força Normal ( N ou FN)
É uma grandeza vetorial que resulta da interação de contato
entre dois corpos. Essa força tem direção perpendicular à
superfície de contato e sentido oposto à força que provoca a
compressão. Por ser uma força, é medida em N (newton) no SI.
# Não constituem um par de ação-reação;
# A reação ao peso do corpo da pessoa atua no centro da Terra,
enquanto à reação da normal atua no pódio;
# Forças de ação e reação têm sempre a mesma natureza, ou seja,
devem ser ambas de campo ou ambas de contato. A força Peso (P)
é uma força de campo e a força Normal (N) é uma força de contato;
# Forças de ação e reação nunca podem atuar no mesmo corpo.
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DINÂMICA
Força de Tração ( T ou FT)
É uma grandeza vetorial que resulta da interação de
contato entre dois corpos mediada por uma corda, fio,
filamento, cabo, etc. A sua direção coincide com a direção da
corda (fio, filamento, ...) que está tracionada. A força de tração,
por ser uma força, é medida em newton (N) no SI.
Roldanas ou polias:
rolamento com
ranhuras ou sulco em
seu contorno, por onde
passa uma corda, cabo,
fio, etc. A utilização
destes mecanismos
facilita e às vezes
diminui a força aplicada.
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DINÂMICA
Força de Tração ( T ou FT)
Roldanas ou polias: se forem instaladas adequadamente,
podem auxiliar na realização de tarefas, mudando a direção
da aplicação da força (polias fixas) ou também diminuindo
a intensidade da força necessária para se puxar algo preso a
um cabo (polias móveis).
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DINÂMICA
Força de Tração ( T ou FT)
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DINÂMICA
Força Elástica ( FE)
É uma grandeza vetorial resultante da deformação de um
corpo ou material elástico – que pode restituir seu formato
natural após ser deformado (esticado ou comprimido),
cessada a força que a deforma. A força elástica tem mesma
direção, mas sentido oposto à deformação. Por ser uma força, é
medida em N (newton) no SI.
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DINÂMICA
Força Elástica ( FE): Lei de Hooke
DINÂMICA
Força Elástica ( FE)
CA
Função do 1º grau: reta crescente
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DINÂMICA
Forças no Plano Inclinado
Regra Básica: Plano Inclinado:
Componente Componente
tangencial normal
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DINÂMICA
Força de Atrito ( FA ou A)
Quando dois sólidos estão em contato e há deslizamento
(ou tendência de deslizamento) entre eles, surge, agindo
sobre cada corpo, uma força contrária à velocidade (ao
movimento) chamada Força de Atrito (FA).
A origem desta força deve-se ao fato de as superfícies em
contato sempre serem ásperas e irregulares. Como é um tipo
de força sua unidade no SI é o newton (N).
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DINÂMICA
Força de Atrito ( FA ou A)
Força de Atrito ( FA): Estático (FAE) e Cinético ou Dinâmico
(FAC)
A força que se opõe, enquanto o corpo permanecer em
repouso, chama-se Força de Atrito Estático. Chega um
determinado instante em que o corpo fica na iminência de
deslizar. Então quando a força aplicada aumenta e vence a força
de atrito o corpo começa a deslizar. Uma vez iniciado, a força
que se opõe à velocidade chama-se Força de Atrito Cinético
(Dinâmico).
A força de atrito estático, quando o corpo está na iminência
de entrar em movimento, é chamada Atrito de Destaque.
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DINÂMICA
Força de Atrito ( FA ou A)
DINÂMICA
Força de Atrito ( FA ou A)
Gráfico característico
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DINÂMICA
Força de Atrito ( FA ou A)
Ângulo crítico
Seja um corpo apoiado sobre um plano horizontal com atrito.
Suponha que, através de um mecanismo qualquer, seja possível
aumentar gradativamente a inclinação do plano com a horizontal. A
medida que o ângulo aumenta, cresce a componente Px responsável
pelo movimento pois:
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DINÂMICA
Força Centrípeta (FC)
Aceleração centrípeta (aC)
É a responsável por indicar variação da direção do vetor velocidade.
Só estará presente nos movimentos curvilíneos. Também é chamada de
Radial e Normal. Para um Movimento Circular Uniforme (MCU)
temos:
DINÂMICA
Força Centrípeta (FC)
A segunda Lei de Newton também pode ser analisada em
movimentos curvilíneos, onde surge a Força Centrípeta (FC)
sempre orientada para o centro da trajetória, ou seja
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DINÂMICA
Força Centrípeta (FC)
Casos particulares
1) Carro fazendo curva com atrito
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DINÂMICA
Força Centrípeta (FC)
Casos particulares
2) Carro fazendo curva elevada
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DINÂMICA
Força Centrípeta (FC)
Casos particulares
3) Pedra amarrada por barbante em movimento circular
(a)
T FC Em (a):
P
FC
(b) Em (b):
T
Em (c):
P Lembrar que:
T
FC
(c)
P
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DINÂMICA
Em (a) temos o ponto
Força Centrípeta (FC) mais alto da trajetória
e podemos calcular a
vmín que o conjunto
Casos particulares deve ter para não
4) Globo da Morte “despencar” antes:
(a)
N FC Em (a):
P F
C
(b) Em (b):
N Em (c):
FC N Lembrar que:
P
(c)
P
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DINÂMICA
Força Centrípeta (FC)
Casos particulares
5) Subida e Depressão
FC N Em (b):
FC P Em (c):
LEI DE LAVOISIER
“A energia não pode ser criada nem destruída, apenas
transformada de uma forma em outra.”
Tipos de Energia
Cinética (EC ou K)
Potencial (Gravitacional Epg e Elástica Epe)
Mecânica (EM)
Trabalho ()
Calor (Q)
Química, Nuclear, Magnética, Solar, Sonora, Elétrica, Termo-
elétrica
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ENERGIA
Energia e Trabalho
LEI DE LAVOISIER
“A energia não pode ser criada nem destruída, apenas
transformada de uma forma em outra.”
TRABALHO (W ou )
É sinônimo de tarefa, profissão ou ofício. É o resultado de
uma construção teórica desenvolvida para calcular quanta
energia é retirada ou fornecida a um corpo em decorrência da
aplicação da força.
É uma grandeza escalar definida pela quantidade de
energia transferida de um sistema a outro ou transformada de
um tipo em outro. Sua unidade no SI é a mesma de energia, J
(joule) ou N.m (newton.metro). O nome dessa unidade é uma
homenagem a James Prescott Joule.
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ENERGIA
Trabalho de Forças Constantes
movimento
movimento
movimento
F Trabalho nulo
= 90º
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ENERGIA
Trabalho de força oblíqua ao deslocamento
F Trabalho nulo
Fy = 90º
Fx
movimento
Trabalho total realizado sobre um corpo
a) Pela determinação do trabalho da força resultante:
movimento
Trabalho
movimento
Trabalho
negativo positivo
ou resistente
P ou motor
= 180º = 0º
P
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ENERGIA
Trabalho de Forças Variáveis
Para um determinado deslocamento d ou x, o trabalho da
força F é numericamente igual a área compreendida entre a
curva do gráfico e o eixo dos deslocamentos, ou seja,
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ENERGIA
Trabalho de Forças Variáveis
Assim:
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ENERGIA
Energia Potencial Gravitacional (Epg)
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Momentum ou Momento Linear ( Q )
A Quantidade de Movimento é também chamada de Momentum
ou Momento Linear, serve para analisar situações em que a massa
e a velocidade vetorial devem ser analisadas em conjunto.
Todo corpo de massa (m) e velocidade (v) tem associado a si, a
grandeza escalar energia cinética (EC)
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Sistema de Partículas
Para um sistema de partículas, a quantidade de
movimento deverá ser obtida por meio da soma vetorial das
quantidades de movimento de cada partícula.
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IMPULSO
Impulso ( I )
Em diversos casos do cotidiano um força quando aplicada
num corpo, durante um certo intervalo de tempo, inicia ou altera
o seu movimento, impulsionando-o.
IMPULSO
O impulso ( I ) é uma grandeza vetorial e sua unidade no
SI é N.s (newton.segundo). Por ser grandeza vetorial, o
impulso I aponta para onde a força F aponta.
Impulso em Gráficos
TEOREMA DO IMPULSO
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TEOREMA DO IMPULSO
CONSERVAÇÃO DA
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
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CONSERVAÇÃO DA
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
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COLISÕES MECÂNICAS
Ocorre quando temos colisão entre dois corpos ou
partículas, de forma violenta e num curto intervalo de tempo,
constituindo uma interação rápida, de forma a se comportar
como um sistema isolado. Nos choques temos 3 fases:
aproximação, interação (deformação e restituição) e
afastamento.
vafast vB' − v A
'
e= =
vaprox v A − vB
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COLISÕES MECÂNICAS
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COLISÕES MECÂNICAS
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COLISÕES MECÂNICAS
Coeficiente de restituição (e)
ESTÁTICA
Equilíbrio de Corpos
ESTÁTICA
Equilíbrio de
Equilíbrio de
Corpo Extenso
Partícula
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ESTÁTICA
Equilíbrio de Partícula (de um ponto ou nó): dimensões do
corpo são desprezíveis.
TBC
Qual é a força de tração TAB
na corda AB e na corda
BC?
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ESTÁTICA
TAB TBC
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ESTÁTICA
Dr. Robson C. Bonetti - Física
ESTÁTICA
Logo:
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ESTÁTICA
C
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ESTÁTICA
Também
poderíamos ter
analisado o ângulo
de 30º da forma
abaixo, a qual
chegaria nos
mesmos resultados.
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ESTÁTICA
ESTÁTICA
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ESTÁTICA
Condição de Equilíbrio
Considerando corpos
homogêneos, ou seja, de
mesmo material e distribuição
No caso da esfera homogênea,
uniforme de massa, teremos
o CG coincide com o centro de
algumas regras enunciadas por
simetria. “Se um corpo
Arquimedes: “Se um corpo
homogêneo admitir um eixo de
homogêneo admite um centro
simetria, o CG encontra-se
de simetria o CG coincidirá com
sobre ele”.
ele”.
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ESTÁTICA
Condição de Equilíbrio
CG = CM
ESTÁTICA
Condição de Equilíbrio
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ESTÁTICA
Condição de Equilíbrio
Determinação analítica do CM ou do CG
X=
E1 X1 + E 2 X 2 + E 3 X 3 + ...
=
E X
E1 + E 2 + E 3 + ... E
Y=
E1 Y1 + E 2 Y2 + E 3 Y3 + ...
=
E Y
E1 + E 2 + E 3 + ... E
Onde E1, E2,... são elementos fornecidos no problema, tais
como: massas, volumes, áreas, pesos, etc. X1, X2 e X3 são
as abscissas dos CG dos elementos, e Y1, Y2 e Y3, as
ordenadas dos CG dos elementos.
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ESTÁTICA
Equilíbrio Estático: tipos de equilíbrio
É a posição do CG que possibilita uma nova classificação de equilíbrio de
repouso, pode ser classificado em:
ESTÁVEL: quando o corpo é afastado (através de pequena rotação) de sua
posição de equilíbrio e volta a ocupá-la uma vez cessada a causa. Neste
afastamento o CG se eleva.
INSTÁVEL: quando o corpo é afastado ligeiramente de sua posição de
equilíbrio e tende a afastar-se cada vez mais. Neste caso o CG desce.
INDIFERENTE: quando afastado de sua posição de equilíbrio para outra,
permanece nesta outra. O CG conserva a mesma altura, independente das
posições ocupadas.
1) Cone:
2) Corpo Suspenso:
3) Esfera Apoiada:
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ESTÁTICA
Alavancas
Mecanismo Simples
(diminuir o esforço
físico)
Roldanas e polias
Plano inclinado
Alavancas
Sistemas Hidráulicos
Vantagem Mecânica
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Condição de Equilíbrio
Força potente
Ponto fixo
Força resistente
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ESTÁTICA
Equilíbrio de Corpo Extenso
Dr. Robson C. Bonetti - Física
ESTÁTICA
Momento ou Torque
ESTÁTICA
Momento ou Torque
F
Trabalho
d
Grandeza escalar
FY F e unidade no SI é
o J (joule)
d
FX
O momento de FX = 0, pois está na linha de ação do
ponto de giro. Lembrar que Momento ou torque é
grandeza vetorial (módulo, direção e sentido).
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ESTÁTICA
Momento ou Torque
Também
teremos
torque nulo,
quando a
força for
aplicada no
ponto de giro
(O) pois a
distância é
zero e
quando a
força for nula.
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ESTÁTICA
Momento Resultante
Num sistema de forças podemos calcular os momentos de
cada uma em relação a um mesmo ponto. Só nos interessará
o caso de forças coplanares, onde o momento resultante será
a soma algébrica dos momentos das forças componentes,
obedecida à convenção de sinais.
Binário ou Par Conjugado
É o sistema constituído por duas forças paralelas, de
mesma intensidade e de sentidos contrários.
Super Dicas!!!
Um binário provoca sobre um corpo
movimento de rotação – com
aceleração. Um binário é anulado em
seu efeito por outro binário simétrico.
Braço de um binário é a
perpendicular às duas forças.
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ESTÁTICA
Tipos de Binários
Binários Equivalentes
Binários Simétricos
ESTÁTICA
Equilíbrio de Corpo: Teorema de Varignom
Para que um corpo permaneça em equilíbrio deve satisfazer:
atuam sobre um corpo em equilíbrio) é nula.
FR = 0
2ª condição: O somatório algébrico dos momentos de
todas as forças que agem sobre o corpo em relação a um
ponto, tomado arbitrariamente, é nulo.
MF = 0
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TERMOMETRIA
Termometria: temperatura ( T ) ou ( )
A temperatura é uma grandeza escalar e sua noção decorre
intuitivamente das noções de quente e frio. É a grandeza física
responsável por indicar o nível médio de agitação de partículas de
um corpo (ou sistema), caracterizando o seu estado térmico.
Essas partículas estão em constante movimento e, por isso, têm
energia cinética ( EC ) associada as suas moléculas. O que define
temperatura de uma amostra é justamente a energia cinética média
de seus átomos ou suas moléculas. A soma da energia cinética de
todas as partículas de um corpo é chamada de energia interna ( U ).
A unidade de temperatura no SI é o K (kelvin), e usual utilizamos
ºC (celsius) e ºF (fahrenheit), entre outras.
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TERMOMETRIA
Conceitos Básicos
Energia Interna ( U ): equivale à soma das energias
cinéticas de todas as partículas da amostra.
TERMOMETRIA
Equilíbrio Térmico e Lei Zero da Termodinâmica
Quando colocamos dois ou mais corpos com temperaturas
diferentes em um sistema que não permite troca de energia com
o meio ambiente (sistema adiabático), as temperaturas dos
corpos sofrem variação (uns aumentam e outros diminuem) até
atingir a igualdade, ponto esse denominado equilíbrio
térmico.
TERMOMETRIA
Equilíbrio Térmico e Lei Zero da Termodinâmica
TERMOMETRIA
Termômetros
O termômetro é um instrumento destinado à medição da
temperatura, deverá possuir uma escala numérica para avaliar
matematicamente a temperatura (escala termométrica), tendo seu
funcionamento baseado no conceito de equilíbrio térmico.
Geralmente, o termômetro utilizado é o clínico, que tem como
propriedade ou grandeza termométrica a dilatação de uma coluna
líquida e como substância termométrica o mercúrio. Nesse caso,
podemos dizer que a altura da coluna líquida é a propriedade
termométrica desse termômetro, ou seja, é a grandeza utilizada
para encontramos a temperatura.
Outras propriedades termométricas são:
# cor do objeto
# resistência elétrica
# pressão
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TERMOMETRIA
Escalas termométricas e conversões
Para a definição de uma escala termométrica, é tomado dois
pontos fixos:
a) PONTO DE GELO (PG): temperatura em que o gelo se funde
em condições normais.
b) PONTO DE VAPOR (PV): temperatura em que a água ferve
em condições normais.
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TERMOMETRIA
Escalas termométricas e conversões
TERMOMETRIA
Conversões entre escalas: Teorema de Tales de Mileto
TERMOMETRIA
Conversão entre escalas termométricas: Valor de
temperatura ( T )
TC TF TK Divide
TF por 20
TERMOMETRIA
Conversão entre escalas termométricas: Variação de
temperatura ( T ) ou Diferença entre a máxima e a
mínima temperatura
Divide
TC TF TK por 20
CALORIMETRIA
Calor (Q): ENERGIA (quente ou frio)
É uma forma de energia em trânsito que passa,
espontaneamente, do corpo de maior temperatura
para o de menor temperatura. O inverso também é
válido, porém não é espontâneo, sendo necessário a
utilização de uma máquina para tal realização.
A unidade de Calor no SI adotada será o Joule (J) e
usualmente utilizamos caloria (cal)
1 cal = 4,18 J
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CALORIMETRIA
Capacidade Térmica ou Capacidade Calorífica (C)
Temos 10 litros de água a temperatura ambiente e iremos
colocar metade em cada panela (uma de vidro e outra de metal)
e colocaremos ao fogo para ferver. A água ferve em qual panela
antes?
CALORIMETRIA
Capacidade Térmica ou Capacidade Calorífica (C)
Observações do físico Joseph Black mostravam que
massas diferentes do mesmo material precisavam de
quantidades de calor diferentes para sofrer a mesma variação
de temperatura. Concluiu-se que corpos diferentes precisam
de quantidades de calor também diferentes para variar sua
temperatura em 1 ºC, ou seja:
CALORIMETRIA
Capacidade Térmica ou Capacidade Calorífica (C)
Graficamente temos
CALORIMETRIA
Calor Específico (c)
Grandeza física relacionada com a substância que compõe
o corpo, indica a quantidade de calor que 1 grama de uma
substância precisa receber ou ceder para aumentar ou reduzir
sua temperatura em 1 ºC, ou seja,
CALORIMETRIA
Relação entre Calor Específico (c)
e Capacidade Térmica (C)
CALORIMETRIA
Calor Latente ( L )
É a quantidade de calor que cada unidade de massa (m)
precisa receber para alterar o seu estado de agregação
(mudar de estado físico), sem variar a temperatura (ocorre a
temperatura constante), quantidade esta dada por:
CALORIMETRIA
Calor Latente (L)
Lfusão = 80 cal/g
Lebulição = 540 cal/g
Lsolidificação = - 80 cal/g
Lcondensação = - 540 cal/g
Se o calor específico
latente for positivo (L > 0),
a substância recebe calor
para que ocorra a
mudança de estado. Se
for negativo (L < 0), a
substância cede calor.
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CALORIMETRIA
Quantidades de Calor
Quantidade de Calor Sensível (QS): VARIAÇÃO DE
TEMPERATURA (T ou T ): É a quantidade de calor retirada de
um corpo ou fornecida a ele, a qual provoca, como efeito, a
variação de temperatura, ou seja, aquecimento ou resfriamento.
CALORIMETRIA
Diagrama Escada
É um diagrama da temperatura do sistema em função do
calor fornecido. Esse diagrama é conhecido como curva de
aquecimento.
QL2 QS1
QS3
QL1
QS2 QS2
QL1
QS1 QL2 QS3
CALORIMETRIA
Princípio das trocas de calor
Quando colocamos em contato corpos que possuem
diferentes temperaturas, observamos que os mesmos começam a
trocar energia até suas temperaturas se igualem.
Quando o sistema é isolado termicamente, chamamos o mesmo
de Adiabático, ou seja, não há trocas de calor entre os meios
externo e interno (calorímetro). Nestas condições a passagem de
calor ocorre apenas entre os corpos que estão dentro do sistema.
“Num sistema termicamente isolado, as quantidades de calor
cedidas por alguns corpos são iguais às quantidades de calor
recebidas pelos outros corpos do sistema”.
Considerando o calor cedido como negativo e o
calor recebido +: -QC = +QR, isto é: QC + QR = 0,
ou de forma mais compacta:
𝑄 = 0
𝑄
Calorímetro 𝐶 =
∆𝑇 𝑄𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 𝐶. ∆𝑇
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CALORIMETRIA
Diagrama de Fases
Têm a finalidade de evidenciar a relação da temperatura e
da pressão com a mudança de fase.
Água líquida → gás (100 ºC) somente se p = 1 atm
sólida → líquida (0 ºC)
Nas imagens abaixo, estão apresentadas os diagramas de
fases de duas substâncias: dióxido de carbono e água.
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CALORIMETRIA
Diagrama de Fases
A curva 1 indica a curva de fusão,
separando os estados sólido e líquido.
A curva 2 indica a curva de
vaporização, a qual separa os estados
líquido e gasoso.
A curva 3 indica a curva de
sublimação, a qual separa os estados
sólido e gasoso.
O ponto C no fim da curva 2, é chamado de ponto crítico.
Substâncias que se encontram com temperaturas acima da
temperatura de ponto crítico não sofrem condensação, por mais que a
pressão seja aumentada. A substância deixa de ser chamada de
vapor e passa a ser chamada de gás.
O ponto P (ponto tríplice) corresponde às exatas temperaturas e
pressão nas quais a substância se mantém permanentemente nos
três estados sólido, líquido e gasoso.
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CALORIMETRIA
Diagrama de Fases: Efeito Tyndall (regelo)
CALORIMETRIA
Potência Térmica (Fluxo térmico)
Na mecânica, a potência (P) é definida pela razão entre a variação
de energia (E) de um sistema e o intervalo de tempo em que ocorre
essa variação. Da mesma forma, na termodinâmica, quando o calor
(Q) é transferido de um corpo para outro, isso pode ocorrer mais
rápido ou mais lento, determinando a rapidez com que a energia é
transferida, assim
CALORIMETRIA
Propagação de Calor (transmissão de energia)
CALORIMETRIA
Propagação de Calor (transmissão de energia)
Fluxo de Calor () ou Potência Térmica (P)
É a razão entre o calor (Q) transportado em um meio material,
através de uma seção reta, em um respectivo intervalo de tempo
(t), ou seja
𝑄
=
∆𝑡
cuja unidade no SI é J/s ou simplesmente W (watt).
Em relação às características do material teremos
𝐾. 𝐴. ∆𝑇
=
𝐿
onde A é a área, T variação de temperatura, L é o comprimento
ou espessura do material e K é o coeficiente de condutibilidade
térmica.
K bom condutor: metais em geral
K (mau condutor ou isolante): plástico, borracha, madeira
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CALORIMETRIA
Propagação de Calor (transmissão de energia)
II) Convecção Térmica
Consiste no transporte de energia térmica de uma região
para outra, através do transporte de matéria, ocorre
exclusivamente nos fluidos (líquidos e gases) devido a diferença
de densidade (). 𝑚
=
𝑉
O quente sobe, o frio desce (correntes de convecção). São
exemplos de convecção o funcionamento da chaminé e os
refrigeradores domésticos.
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CALORIMETRIA
Propagação de Calor (transmissão de energia)
II) Convecção Térmica
CALORIMETRIA
Propagação de Calor (transmissão de energia)
II) Convecção Térmica
Brisa marítima Brisa terrestre
CALORIMETRIA
Propagação de Calor (transmissão de energia)
III) Irradiação Térmica (radiação)
Ocorre no vácuo (ou em qualquer meio material). Todos os
corpos emitem radiações eletromagnéticas, as quais, quando
absorvidas por outros corpos, provocam nestes últimos um
dado aquecimento. O infravermelho (onda de calor) é o
principal responsável pela propagação de calor através de
ondas eletromagnéticas. A energia irradiada é proporcional
a T4 (quarta potência).
# O melhor absorvedor de energia é também o melhor emissor
(corpo negro).
# Se após receber uma certa energia radiante, o corpo não
transmitir nenhuma parcela desta, chamamos de Opaco ou
Atérmico e quando uma grande quantidade de energia
incidente é transmitida temos os Diatérmico ou Transparente.
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CALORIMETRIA
Propagação de Calor (transmissão de energia)
III) Irradiação Térmica (radiação)
Vaso de Dewar
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CALORIMETRIA
Dilatação Térmica
A dilatação térmica dos sólidos ou dos líquidos é um
fenômeno físico presente em nosso cotidiano, em que inúmeras
situações nos mostram tal fenômeno, por exemplo,
espaçamento entre os trilhos de uma estrada de ferro, gasolina
de um tanque de automóvel, entre outros.
A explicação para o fenômeno da dilatação está no fato de
que, ao aumentarmos a temperatura de um corpo, ocorre
também um aumento na vibração das partículas que compõem
a sua rede cristalina. Nessa vibração, as partículas acabam se
afastando mais, umas das outras, provocando um aumento nas
dimensões do corpo. A dilatação de um corpo esta
relacionada com a:
# Dimensão inicial do corpo
# Substância constituinte do corpo
# Variação de temperatura a que esse corpo foi submetido
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CALORIMETRIA
Dilatação Térmica
Dr. Robson C. Bonetti - Física
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos
No estado sólido, a característica principal é a de o corpo
possuir forma e volume definidos, fazendo com que as partículas
que compõem esse corpo estejam intimamente ligadas entre si.
Dependendo da forma geométrica do sólido, podemos diferenciar a
dilatação de três maneiras: linear, superficial e volumétrica.
Linear (1D): comprimento Superficial (2D): área
Volumétrica (3D): volume
Qualquer corpo ao ser aquecido dilata-se em todas as direções
(3D), porém escolheremos direções preferenciais (comprimento,
área ou volume) que dilatam mais numa certa direção do que em
outra, por isso, estudaremos:
Dilatação Linear (L): comprimento dilatando mais que outras
dimensões.
Dilatação Superficial (S ou A): área dilatando mais que outras
dimensões.
Dilatação Volumétrica (V): volume dilatando mais que outras
dimensões.
Dr. Robson C. Bonetti - Física
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Linear (1D)
Aumento de uma dimensão do corpo como, por exemplo, o
comprimento de uma barra quando submetida a aquecimento.
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Linear (1D)
A tabela a seguir mostra os coeficientes lineares () de
alguns materiais, lembrando que a unidade no SI dos
coeficientes será:
∆𝐿 = 𝐿0 . 𝛼. ∆𝑇
𝑚 = 𝑚. [𝛼]. 𝐾
𝑚
= [𝛼]
𝑚. 𝐾
1
𝛼 =
𝐾
𝛼 = 𝐾 −1
𝛼, 𝛽, 𝛾 = 𝐾 −1 = ℃−1 = ℉−1
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CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Linear (1D)
APLICAÇÃO: Disjuntores e Lâminas Bimetálicas
Chaves disjuntoras são dispositivos usados para proteção de
circuitos elétricos residenciais, comerciais e industriais. Alguns
modelos utilizam lâminas bimetálicas, um conjunto de duas
lâminas de metais diferentes e “colados” uma à outra.
Dr. Robson C. Bonetti - Física
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Linear (1D)
Quando a temperatura ( T ) aumenta a lâmina se curva para
o lado do menor coeficiente linear ( ):
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CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Superficial (2D)
Aumento de duas dimensões do corpo, como exemplo, uma
placa sendo aquecida (comprimento e largura).
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CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Superficial (2D)
A dilatação (S ou A) depende diretamente de:
Ao: área inicial
T: variação de temperatura
: coeficiente de dilatação superficial (material)
Assim ∆𝑨 = 𝑨𝟎 . . ∆𝑻
Como ∆𝑨 = 𝑨 − 𝑨𝟎 , temos A − 𝐴0 = 𝐴0 . . ∆𝑇 ou
A = 𝐴0 + 𝐴0 . 𝛽. ∆𝑇
Então a área final é expresso por 𝑨 = 𝑨𝟎 (𝟏 + 𝜷. ∆𝑻)
Agora a relação dos coeficientes é 𝜷 = 𝟐. 𝜶
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Volumétrica (3D)
Aumento de três dimensões do corpo como exemplo, o
volume de um paralelepípedo quando aquecido
(comprimento, largura, altura).
Dr. Robson C. Bonetti - Física
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Sólidos: Volumétrica (3D)
A dilatação (V) depende diretamente de:
Vo: volume inicial
T: variação de temperatura
: coeficiente de dilatação volumétrica (material)
Assim ∆𝑽 = 𝑽𝟎 . 𝜸. ∆𝑻
Como ∆𝑽 = 𝑽 − 𝑽𝟎 , temos 𝑉 − 𝑉0 = 𝑉0 . 𝛾. ∆𝑇 ou
V = 𝑉0 + 𝑉0 . 𝛾. ∆𝑇
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Líquidos
Pelo fato de os líquidos não possuírem forma própria e sim
a dos recipientes que os contém, só faz sentido estudarmos a
dilatação volumétrica para este estado físico.
∆𝑽 = 𝑽𝟎 . 𝜸. ∆𝑻
Quando o sistema é aquecido, tanto o líquido tanto o
recipiente sofrerão dilatação, logo a variação de volume da
porção líquida (VL) será maior que a variação de volume do
recipiente (VR).
A diferença VL-VR é chamada de “Dilatação Aparente”
(VA).
Dr. Robson C. Bonetti - Física
CALORIMETRIA
Dilatação Térmica de Líquidos
VR VR
VL
VL
VA
CALORIMETRIA
Dilatação Irregular dos Líquidos
No entanto, algumas
A maioria das substâncias
substâncias, especialmente a
tem um comportamento
ÁGUA (bismuto, ferro, prata,
normal para o fenômeno da
antimônio), têm um
dilatação, isto é, dilatam
comportamento diferente do
quando são aquecidos e
normal, denominado dilatação
contraem quando são
anômala, constituindo uma
resfriados.
anomalia do comportamento
geral entre 0 ºC e 4 ºC.
T V
T V
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CALORIMETRIA
Dilatação Irregular dos Líquidos
A partir de 0 ºC a medida que a temperatura se eleva, a água se
contrai, porém essa contração cessa quando a temperatura é de 4 ºC,
a partir dessa temperatura ela começa a se dilatar. Sendo assim, a
água atinge um volume mínimo a 4 ºC e nesta temperatura a sua
densidade é máxima.
𝑚
𝑑=𝜇=
𝑉
Assim,
Maioria das substâncias: T V TV
CALORIMETRIA
Dilatação Irregular dos Líquidos
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
O aumento da pressão aplicada
Gases
Os gases são sobre um gás pode provocar a
(redução do volume),
conforme a pressão
que é aplicada.
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TERMODINÂMICA
Gases Ideais
São gases que se adaptam a modelos idealizados, cujas grandezas
podem ser relacionadas por equações matemáticas.
Além da expansividade e da compressibilidade, os gases ideais
têm as seguintes características:
1) As moléculas que os compõem possuem mesma massa;
2) O volume das moléculas pode ser desprezível em relação ao volume
do recipiente que as contém;
3) O volume ocupado pelo gás é determinado pelo recipiente que o
contém e suas partículas estão distribuídas uniformemente,
ocupando todo o volume;
4) Apresentam movimento aleatório, regido pelas leis de Newton;
5) Consideram-se desprezíveis as forças gravitacionais e elétricas
entre as moléculas, uma vez que estão muito distantes entre si;
6) As colisões das moléculas entre si e com as paredes do recipiente
são perfeitamente elásticas.
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
Gases Reais e Lei Geral dos Gases
Os gases reais, que encontramos na natureza, podem ser
considerados gases ideais em temperaturas elevadas e
pressões baixas.
As principais propriedades que definem o estado de um gás
são o volume (V), a pressão (p) e a temperatura (T). Essas
grandezas são denominadas de variáveis de estado. Quando
uma dessas grandezas varia, o gás passa por um processo
chamado de transformação gasosa.
A equação que envolve estas variáveis de estado p, V e T
dos gases é conhecida como Lei Geral dos Gases:
𝑝. 𝑉 𝑝1 . 𝑉1 𝑝2 . 𝑉2
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 =
𝑇 𝑇1 𝑇2
Lembrar que
𝑇𝐾 = 𝑇𝐶 + 273
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TERMODINÂMICA
Transformação Gasosa Isocórica: Lei de Gay-Lussac
Também conhecida como transformação isométrica ou
isovolumétrica, onde o volume (V) permanece constante.
𝑝1 . 𝑉1 𝑝2 . 𝑉2 𝑝1 𝑝2
= =
𝑇1 𝑇2 𝑇1 𝑇2
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TERMODINÂMICA
Transformação Gasosa Isobárica: Lei de Charles
Transformação onde a pressão (p) permanece constante.
𝑝1 . 𝑉1 𝑝2 . 𝑉2 𝑉1 𝑉2
= =
𝑇1 𝑇2 𝑇1 𝑇2
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TERMODINÂMICA
Transformação Isotérmica: Lei de Boyle-Mariotte
Transformação onde a temperatura (T) permanece constante.
𝑝1 . 𝑉1 𝑝2 . 𝑉2 𝑝1 . 𝑉1 = 𝑝2 . 𝑉2
=
𝑇1 𝑇2
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TERMODINÂMICA
Transformação Gasosa Adiabática
Chamamos de
transformação
adiabática a
transformação
gasosa na qual o gás
não realiza troca de
calor com o meio
externo.
𝑄 = 0
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TERMODINÂMICA
Equação de Clapeyron
A equação desenvolvida por Émile Clapeyron relaciona as
três variáveis de estado (pressão, volume e temperatura) com a
quantidade de partículas (número de mols) que compõe um gás.
A relação que ficou conhecida como A Equação de
Clapeyron ou Equação de um gás ideal se dá da seguinte
forma:
𝑝. 𝑉 = 𝑛. 𝑅. 𝑇
onde R é constante universal dos gases perfeitos. Seu valor
depende das unidades utilizadas para medir as variáveis de
estado, podendo ser: R = 8,31 J/mol.K; R = 0,082 atm.L/mol.K;
R = 62,3 mmHg.L/mol.K e n é o número de mols dado pela
razão entre a massa do gás (m) e sua massa molar (M), ou seja
𝑚
𝑛=
𝑀
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
Equação de Clapeyron
A razão entre a pressão exercida por um gás e o número de
mols deve ser constante, caso as demais variáveis
permaneçam inalteradas. 𝑝1 𝑝2
= = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑛1 𝑛2
Ao calibrar os pneus de um veículo, aumentamos ou
diminuímos o número de mols de ar dentro dele, com o
objetivo de adequar a pressão interna conforme valores
especificados pelo fabricante.
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
Trabalho Termodinâmico
É o trabalho realizado ou recebido por um gás perfeito.
Convencionamos como positivo o trabalho realizado por um gás e
como negativo aquele recebido pelo gás. Lembrando que trabalho ()
é a força (F) que produz descolamento (x) temos
𝜏 = 𝐹. ∆𝑥
Assim iremos analisar duas situações: expansão (V) e compressão
(V). Seja um cilindro de área de base A e altura h que contém um
gás em seu interior e é submetido a um aquecimento. Sabemos que
𝐹
𝑝= 𝐹 = 𝑝. 𝐴
𝐴
como o volume do cilindro é ∆𝑉 = 𝐴. ∆𝑥
teremos
𝜏 = 𝐹. ∆𝑥
𝜏 = 𝑝. 𝐴. ∆𝑥
𝜏 = 𝑝. ∆𝑉
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TERMODINÂMICA
Trabalho Termodinâmico
1) Expansão de um gás a 2) Compressão de um gás a
pressão constante pressão constante
V aumenta V diminui
positivo negativo
o gás o gás
realiza recebe
TERMODINÂMICA
Trabalho Termodinâmico
1) Trabalho de um gás a pressão 2) Trabalho de um gás a
constante (transformação isobárica) pressão variável
𝜏 = 𝑝. ∆𝑉
𝜏≡𝐴
𝜏≡𝐴
𝐴 = 𝐿2 𝐴 = 𝑏. ℎ 𝑏. ℎ (𝐵 + 𝑏). ℎ
𝐴= 𝐴=
2 2
Como o trabalho é uma grandeza escalar, independe da
trajetória e depende apenas da posição final e inicial.
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TERMODINÂMICA
Sistema Termodinâmico
Em relação ao trabalho termodinâmico () temos:
𝜏 = 𝑝. ∆𝑉 𝜏≡𝐴
# Expansão: V , + e o gás realiza
# Compressão: V , - e o gás recebe
# Transformação Isométrica: V constante e = 0
TERMODINÂMICA
Sistema Termodinâmico
Em relação a energia interna (U) temos:
𝑇 ∝ ∆𝑈
# Aquecimento: T , U +
# Resfriamento: T , U -
# Transformação Isotérmica: T constante e U = 0
TERMODINÂMICA
1ª Lei da Termodinâmica
A quantidade de calor (Q) fornecido a um sistema
termodinâmico, faz com que energia interna (U) desse
sistema aumente e espera-se que o sistema realize trabalho
().
TERMODINÂMICA
1ª Lei da Termodinâmica e Transf. Gasosas
1) Transformação Isométrica: V constante, = 0
𝑄 = 𝜏 + ∆𝑈
𝑄 = ∆𝑈
4) Transformação Adiabática: Q = 0
𝑄 = 𝜏 + ∆𝑈
−𝜏 = ∆𝑈
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TERMODINÂMICA
Transformação Cíclica
É aquela transformação em que
O sistema volta às mesmas
Condições iniciais.
pinicial = pfinal
Vinicial = Vfinal
Tinicial = Tfinal
Assim, a variação da energia interna é nula, U = 0. O trabalho
é positivo (realizado) quando o ciclo for horário e negativo
(recebido) se o ciclo for anti-horário. Para calcular o trabalho
temos duas situações:
𝜏 ≡ 𝐴𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎
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TERMODINÂMICA
Transformação Cíclica Volume constante
Trabalho é nulo
𝜏 = 𝑝. ∆𝑉
𝜏≡𝐴
V V
𝜏 𝑇 = 𝜏𝐵𝐶 − 𝜏𝐷𝐴
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TERMODINÂMICA
Transformação Gasosas e Trabalho
𝜏 = 𝑝. ∆𝑉
𝜏≡𝐴
𝜏=0
∆𝑈 = 0
Q=0
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TERMODINÂMICA
Máquina Térmica
É qualquer máquina que transforma calor em outra forma de
energia (motor de automóvel, corpo humano, locomotiva a vapor,
etc).
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TERMODINÂMICA
2ª Lei da Termodinâmica
“É impossível construir uma máquina que,
operando em ciclos, retire calor de uma
única fonte e o transforme integralmente em
trabalho”. (Kelvin)
TERMODINÂMICA
Rendimento ()
O rendimento de uma máquina térmica é dado pela fração
entre o que foi efetivamente realizado () do total que poderia
ter sido realizado (QQ), ou seja, 𝜂 = 𝜏
𝑄𝑄
Lembrar que é adimensional, isto é, sem unidade física e
também que 𝜂<1
pois não existe máquina que tenha rendimento 100 %. Outra
forma de expressar o rendimento é substituindo 𝜏 = 𝑄𝑄 − 𝑄𝐹
𝑄𝑄 − 𝑄𝐹 𝑄𝑄 𝑄𝐹
𝜂= 𝜂= −
𝑄𝑄 𝑄𝑄 𝑄𝑄
𝑄𝐹
𝜂 =1−
𝑄𝑄
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TERMODINÂMICA
Ciclo de Carnot: Máximo Rendimento
Se a máquina operar ciclicamente entre duas fontes cujas
temperaturas são diferentes e constantes, teremos o máximo
rendimento (menor que 100%).
O Ciclo de Carnot (duas isotermas alternadas com duas adiabáticas)
proporciona um rendimento máximo a uma máquina térmica operando entre
duas temperaturas fixadas num ciclo reversível.
Temos as seguintes transformações nos trechos:
AB(Compressão adiabática), rápida, Q = 0, - = U, V, T
BC(Expansão isotérmica), lenta, Q = , U = 0, V, T = cte
CD(expansão adiabática), rápida, Q = 0, = -U, V, T
DA(Compressão isotérmica), lenta, U = 0, - = -Q, V, T = cte
TERMODINÂMICA
2ª Lei da Termodinâmica no Ciclo de Carnot
𝑄𝐹
𝜂 =1−
𝑄𝑄
𝑇𝐹
𝜂 =1−
𝑇𝑄
onde 𝑇𝐾 = 𝑇𝐶 + 273
Se TF = 0 K, o rendimento será
de 100% apenas válido na
teoria!
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
Eficiência (e) 𝜏 = 𝑄𝑄 − 𝑄𝐹
A eficiência de uma máquina térmica é
dada pela fração entre a energia útil, ou seja, o
calor retirado da fonte fria (QF) e a energia
total de entrada no sistema (trabalho recebido
), ou seja, 𝑄𝐹
𝑒=
𝜏
Lembrar que e é adimensional, isto é, sem
unidade física e também que 𝑒 ≥ 1
TERMODINÂMICA
Refrigerador x Máquina Térmica
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
Motor de 4 tempos
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
Entropia e Processos Reversíveis
A entropia (S) está associada à organização de sistemas
dinâmicos. Quanto maior a desordem, a desorganização,
maior a entropia.
Na natureza, os fenômenos são irreversíveis, uma vez que
ocorrem no sentido das configurações mais prováveis e, na
prática, não retornam para configurações menos prováveis.
Assim, o sentido de ocorrência natural dos fenômenos é
aquele em que o nível de desordem, ou seja, a entropia é
crescente (S 0).
Em termodinâmica, a entropia é determinada pelos efeitos
que a transferência de calor provoca a um meio, assim
𝑄
∆𝑆 =
𝑇
Cuja unidade no SI é J/K (joule por Kelvin). Temos duas
situações:
# recebe calor: Q > 0, entropia
# perde calor: Q < 0, entropia
Dr. Robson C. Bonetti - Física
TERMODINÂMICA
Entropia e Processos Reversíveis
Em sistemas isolados e irreversíveis, o sentido da
transferência do calor é definido de modo que o nível de
entropia do sistema aumenta. Segundo Clausius:
ABRAÇOS