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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF

VICE-PRESIDÊNCIA NASCIMENTO
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL VARA
ASSESSORIA DE RECURSOS DE PETROPOLIS-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL - 2a REGIÃO R VICE-PRESIDÊNCIA
Assessoria de Recursos RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Data do Expediente: 07/01/2013 NACIONAL

Os processos abaixo encontram-se na Assessoria de PROC. : 1998.50.01.004371-7 AC


Recursos da Vice-Presidência, com vista ao recorrido para CNJ : 0004371-18.1998.4.02.5001
oferecimento de contrarrazão(ões) ao(s) recurso(s) especial e/ou ORIG : 9800043713/ES
extraordinário interposto(s), no prazo de quinze dias : REG : 15.09.2006

PROC. : 1988.51.01.000275-0 AC APTE : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE


CNJ : 0000275-97.1988.4.02.5101 ADV : RICARDO BERMUDES MEDINA
ORIG : 8800002757/RJ GUIMARAES E OUTROS
REG : 09.07.2012 APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APTE : AURORA DE OLIVEIRA CARDOSO DA SOCIAL - INSS
SILVA PROC : AFONSO CEZAR CORADINE
ADV : WILSON DE AZEVEDO SILVA RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO DE VITORIA-ES
SOCIAL - INSS RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC : MARCO ANTONIO DE ANDRADE R VICE-PRESIDÊNCIA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RE : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PROC. : 1999.51.01.010215-7 EINF
SOCIAL CNJ : 0010215-03.1999.4.02.5101
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ORIG : 9900102150/RJ
SOCIAL REG : 07.11.2002
EMBGTE : BANCO CENTRAL DO BRASIL
PROC. : 1990.51.01.001882-9 AC ADV : ADRIANA VALENTIM ANDRADE DO
CNJ : 0001882-77.1990.4.02.5101 NASCIMENTO
ORIG : 9000018820/RJ EMBGDO : DELFIN ASSISTENCIA INTEGRAL
REG : 05.09.2012 MEDICA EDUCACIONAL E
APTE : UNIAO FEDERAL SOCIAL - DAIMES E OUTROS
APDO : PAULO LUCAS FERREIRA ADV : MARCIO ANDRE MENDES COSTA
ADV : LUCIA JOANA DE SIQUEIRA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - R VICE-PRESIDÊNCIA
R VICE-PRESIDÊNCIA RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
RESP : UNIAO FEDERAL RESP : DELFIN ASSISTENCIA INTEGRAL
MEDICA EDUCACIONAL E
PROC. : 1997.51.06.080617-2 APELREE SOCIAL
CNJ : 0080617-65.1997.4.02.5106
ORIG : 9700806170/RJ PROC. : 1999.51.01.019083-6 AMS
REG : 03.02.2010 CNJ : 0019083-67.1999.4.02.5101
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ORIG : 9900190831/RJ
NACIONAL REG : 19.06.2008
APDO : GILBERTO ANCHIETA APTE : AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO,
ADV : GILBERTO ANCHIETA E OUTROS GAS NATURAL E
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL VARA BIOCOMBUSTIVEIS - ANP
DE PETROPOLIS-RJ PROC : CLARISSA PEREIRA BARROSO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - APDO : TAURUS - DISTRIBUIDORA DE
R VICE-PRESIDÊNCIA PETROLEO LTDA
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : EUGENIO SOBRADIEL FERREIRA E
NACIONAL OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 8A VARA-RJ
PROC. : 1997.51.06.080649-4 APELREE RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
CNJ : 0080649-70.1997.4.02.5106 R VICE-PRESIDÊNCIA
ORIG : 9700806499/RJ RESP : AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO ,
REG : 28.06.2011 GAS NATURAL E
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA BIOCOMBUSTIVEIS
NACIONAL RE : AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO ,
APDO : CASA PARIS COM/ LTDA E OUTRO GAS NATURAL E
ADV : MARCIO RODRIGUES DO BIOCOMBUSTIVEIS

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PROC. : 2000.51.01.010367-1 AC
CNJ : 0010367-17.2000.4.02.5101
ORIG : 200051010103671/RJ
REG : 06.01.2012
APTE : ISMAEL CABRAL E OUTRO ADV : MOACYR GOIS DA CRUZ
ADV : ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTROS RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE SAO
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF JOAO DE MERITI-RJ
ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
OUTROS R VICE-PRESIDÊNCIA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
R VICE-PRESIDÊNCIA SOCIAL
RESP : ISMAEL CABRAL
PROC. : 2002.50.01.001500-4 AMS
PROC. : 2000.51.01.031773-7 APELREE CNJ : 0001500-73.2002.4.02.5001
CNJ : 0031773-94.2000.4.02.5101 ORIG : 200250010015004/ES
ORIG : 200051010317737/RJ REG : 04.04.2003
REG : 18.03.2010 APTE : COMPANHIA HISPANO-BRASILEIRA
APTE : UNIAO FEDERAL DE PELOTIZACAO -
APDO : ALEXANDRE DE FARIA E LYRA HISPANOBRAS
ADV : CARLOS ALBERTO SARAIVA DA ADV : NATALIA CARVALHO DE ARAUJO E
SILVA E OUTRO OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 16A VARA-RJ ADV : CREUZA DE ABREU VIEIRA COELHO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R VICE-PRESIDÊNCIA NACIONAL
RESP : UNIAO FEDERAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC. : 2000.51.02.003714-2 AC R VICE-PRESIDÊNCIA
CNJ : 0003714-93.2000.4.02.5102 RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ORIG : 200051020037142/RJ NACIONAL
REG : 11.09.2012
APTE : EDNELSON TRINDADE PROC. : 2002.51.01.002399-4 AC
ADV : ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTROS CNJ : 0002399-62.2002.4.02.5101
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ORIG : 200251010023994/RJ
ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E REG : 21.06.2005
OUTROS APTE : CIA/ SIDERURGICA NACIONAL
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : ILIDIO BENITES DE OLIVEIRA ALVES
R VICE-PRESIDÊNCIA APDO : INSTITUTO NACIONAL DE
RESP : EDNELSON TRINDADE COLONIZACAO E REFORMA
AGRARIA - INCRA
PROC. : 2001.51.01.018909-0 AC PROC : MARCO MAGNO MANELA
CNJ : 0018909-87.2001.4.02.5101 APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ORIG : 200151010189090/RJ SOCIAL - INSS
REG : 30.05.2003 PROC : RODRIGO GASPAR DE MELLO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA APTE : INSTITUTO NACIONAL DE
NACIONAL COLONIZACAO E
APTE : RIJAN TELECOMUNICACOES E
ELETRICIDADE LTDA REFORMA AGRARIA - INCRA
ADV : MURILO VOUZELLA DE ANDRADE E PROC : MARCO MAGNO MANELA
OUTROS APDO : COMPANHIA SIDERÚRGICA
APDO : OS MESMOS NACIONAL - CSN
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 6A VARA-RJ ADV : ILIDIO BENITES DE OLIVEIRA ALVES
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RMTE : JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ
R VICE-PRESIDÊNCIA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R VICE-PRESIDÊNCIA
NACIONAL RESP : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
RESP : UNIAO FEDERAL (FAZENDA
PROC. : 2001.51.10.001737-1 APELREE NACIONAL )
CNJ : 0001737-08.2001.4.02.5110 RE : UNIAO FEDERAL(FAZENDA
ORIG : 200151100017371/RJ NACIONAL)
REG : 21.09.2010
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PROC. : 2002.51.05.000357-0 AC
SOCIAL - INSS CNJ : 0000357-28.2002.4.02.5105
PROC : TATIANA ARNO DI PALMA ORIG : 200251050003570/RJ
APDO : JOSEFA BISPO DA SILVA E SILVA REG : 03.05.2004
APTE : NOEMIA SANTANA DOMINGUES E
OUTROS
ADV : HERNANI TEIXEIRA DE CARVALHO
FILHO
APDO : MUNICIPIO DE CACHOEIRAS DE

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MACACU
PROC : RAQUEL MAIA DE CARVALHO
APDO : INSTITUTO NACIONAL DE
COLONIZACAO E REFORMA
AGRARIA - INCRA
PROC : SERGIO DE BRITTO CUNHA FILHO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APTE : INSTITUTO NACIONAL DE NACIONAL
COLONIZACAO E REFORMA APDO : VIVIANE VEICULOS E PECAS LTDA
AGRARIA - INCRA ADV : SANDRA REGINA MARIA DE
PROC : SERGIO DE BRITTO CUNHA FILHO ALCANTARA
APDO : NOEMIA SANTANA DOMINGUES E APDO : ARTHUR DA ROCHA MENDES NETO
OUTROS ADV : SEM ADVOGADO
ADV : HERNANI TEIXEIRA DE CARVALHO RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
FILHO R VICE-PRESIDÊNCIA
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ITABORAI-RJ NACIONAL
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA PROC. : 2003.51.02.004732-0 AC
RESP : NOEMIA SANTANA DOMINGUES CNJ : 0004732-47.2003.4.02.5102
ORIG : 200351020047320/RJ
PROC. : 2003.51.01.012937-5 AMS REG : 25.06.2008
CNJ : 0012937-68.2003.4.02.5101 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ORIG : 200351010129375/RJ NACIONAL
REG : 24.05.2005 APDO : SOC/ PESTALOZZI DO ESTADO DO RIO
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO DE JANEIRO
SOCIAL - INSS ADV : YOLANDO BASILONE FILHO
PROC : GUILHERME MANUEL DA SILVA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
APDO : LUXOR HOTÉIS E TURISMO S/A R VICE-PRESIDÊNCIA
ADV : CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CASTRO E OUTRO NACIONAL
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 29A VARA-RJ RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - NACIONAL
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : UNIAO PROC. : 2004.51.01.004758-2 AC
CNJ : 0004758-14.2004.4.02.5101
PROC. : 2003.51.01.510255-4 AC ORIG : 200451010047582/RJ
CNJ : 0510255-83.2003.4.02.5101 REG : 17.03.2008
ORIG : 200351015102554/RJ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
REG : 11.12.2007 NACIONAL
APTE : ADOIS PROPAGANDA LTDA APDO : JOAQUIM DA ROCHA BARBOSA
ADV : THIAGO MARIGO DE CASTRO ADV : MARCIA SORAIA REGO GONCALVES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RMTE : JUIZO FEDERAL DA 30A VARA-RJ
NACIONAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - R VICE-PRESIDÊNCIA
R VICE-PRESIDÊNCIA RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
NACIONAL
PROC. : 2004.51.01.015024-1 AC
PROC. : 2003.51.01.522666-8 AC CNJ : 0015024-60.2004.4.02.5101
CNJ : 0522666-61.2003.4.02.5101 ORIG : 200451010150241/RJ
ORIG : 200351015226668/RJ REG : 19.03.2007
REG : 03.05.2012 APTE : IRMÃOS HIPÓLITO LTDA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : MARCELO RULI
NACIONAL APDO : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS
APDO : REI DOS ESTOFADOS LTDA S/A - ELETROBRAS
ADV : ANA LUCIA GIMENEZ DOS SANTOS E ADV : VITOR AGUILLAR DA SILVA E
OUTRO OUTROS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R VICE-PRESIDÊNCIA NACIONAL
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC. : 2003.51.01.531440-5 AC R VICE-PRESIDÊNCIA
CNJ : 0531440-80.2003.4.02.5101 RESP : IRMÃOS HIPÓLITO LTDA
ORIG : 200351015314405/RJ RE : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS
REG : 16.08.2011 S/A

PROC. : 2004.51.01.015504-4 AC
CNJ : 0015504-38.2004.4.02.5101
ORIG : 200451010155044/RJ
REG : 26.01.2010

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APTE : MARIA AMANDINA BARBOSA PAZ
ADV : FLAVIA CRISTINA SILVA DE
OLIVEIRA PIRES E OUTROS
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : ANA CLAUDIA VILLA NOVA
PESSANHA DE SOUZA E OUTROS APDO : ALEXANDRE LUIZ REIS
APDO : OS MESMOS ADV : SILVIO DE ANDRADE ABREU JUNIOR
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - E OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL COLATINA-ES
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC. : 2004.51.01.501055-0 AC R VICE-PRESIDÊNCIA
CNJ : 0501055-18.2004.4.02.5101 RESP : DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ORIG : 200451015010550/RJ INFRA
REG : 02.03.2006 RE : DEPARTAMENTO NACIONAL DE
APTE : MARIO SERGIO RAMALHO E OUTRO INFRA
ADV : RENATO LUCIO GAYOSO NEVES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROC. : 2005.51.01.001336-9 AC
NACIONAL CNJ : 0001336-94.2005.4.02.5101
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ORIG : 200551010013369/RJ
R VICE-PRESIDÊNCIA REG : 10.11.2011
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA APTE : ADRIANA SILVA DE MELLO
NACIONAL ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
PROC. : 2004.51.03.001975-0 AMS ADV : ANTONIO EMILIO CAPORALI E
CNJ : 0001975-43.2004.4.02.5103 OUTROS
ORIG : 200451030019750/RJ RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
REG : 15.02.2006 R VICE-PRESIDÊNCIA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RESP : ADRIANA SILVA DE MELLO
NACIONAL RE : ADRIANA SILVA DE MELLO
APDO : VIACAO TREZE DE JUNHO LTDA
ADV : BRUNO ROMERO PEDROSA PROC. : 2005.51.01.005654-0 AC
MONTEIRO CNJ :
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL DE 0005654-23.2005.4.02.5101
CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ ORIG : 200551010056540/RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - REG : 24.05.2011
R VICE-PRESIDÊNCIA APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA APTE : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
NACIONAL RIO DE JANEIRO
APDO : RONALDO CEZAR COELHO
PROC. : 2005.50.01.007242-6 AC ADV : ANTONIO A. DUNSHEE DE
CNJ : 0007242-74.2005.4.02.5001 ABRANCHES E OUTROS
ORIG : 200550010072426/ES APDO : CESAR EPITACIO MAIA
REG : 11.10.2007 ADV : PAULO EDUARDO DE ARAUJO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA SABOYA E OUTROS
NACIONAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
APDO : ALVIMAR SARCINELLI FELICIANO R VICE-PRESIDÊNCIA
ADV : EDERSON HENRIQUE DEVENS RESP : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
ALMEIDA RIO DE JANEIRO
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL
DE VITORIA-ES PROC. : 2005.51.01.009772-3 APELREE
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - CNJ : 0009772-42.2005.4.02.5101
R VICE-PRESIDÊNCIA ORIG : 200551010097723/RJ
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA REG : 10.02.2010
NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROC. : 2005.50.01.012087-1 APELREE APDO : EFIGENIA CUSTODIO GASPAR
CNJ : 0012087-52.2005.4.02.5001 ADV : GARY DE OLIVEIRA BON-ALI E
ORIG : 200550010120871/ES OUTROS
REG : 13.03.2012 RMTE : JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ
APTE : DEPARTAMENTO NACIONAL DE RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES R VICE-PRESIDÊNCIA
- DNIT RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROC : WALDIR MIRANDA RAMOS FILHO NACIONAL
RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL

PROC. : 2005.51.01.512998-2 REOAC


CNJ : 0512998-95.2005.4.02.5101

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ORIG : 200551015129982/RJ
REG : 30.01.2008
PARTEA : MARIO DOS REIS COUTINHO FILHO
ADV : ADILSON LUCAS
PARTER : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS ORIG : 200551100060476/RJ
PROC : GUILHERME BOLLORINI PEREIRA REG : 04.06.2010
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 35A VARA-RJ APTE : JORGE LUIZ DE AGUIAR E OUTRO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO E
R VICE-PRESIDÊNCIA OUTRO
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
SOCIAL ADV : ANDRE PIRES GODINHO E OUTROS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC. : 2005.51.01.526149-5 AC R VICE-PRESIDÊNCIA
CNJ : 0526149-31.2005.4.02.5101 RESP : JORGE LUIZ DE AGUIAR
ORIG : 200551015261495/RJ
REG : 03.06.2008 PROC. : 2005.51.13.000495-5 REOAC
APTE : GRANJA JURITY LTDA E OUTRO CNJ : 0000495-63.2005.4.02.5113
ADV : FLAVIO ROBERTO ALVES DE ORIG : 200551130004955/RJ
MACEDO E OUTRO REG : 22.03.2010
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PARTEA : UNIAO FEDERAL
NACIONAL PARTER : MUNICIPIO DE TRES RIOS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC : SEBASTIAO MEDICI
R VICE-PRESIDÊNCIA RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE TRES
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RIOS-RJ
NACIONAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
PROC. : 2005.51.01.527581-0 AC RESP : UNIAO FEDERAL
CNJ : 0527581-85.2005.4.02.5101
ORIG : 200551015275810/RJ PROC. : 2006.50.04.000075-6 AC
REG : 23.11.2011 CNJ : 0000075-60.2006.4.02.5004
APTE : ANTONIO DA SILVA FAGUNDES ORIG : 200650040000756/ES
FILHO REG : 21.09.2007
ADV : ANDREIA MARTINS DE SOUZA APTE : FUNDAÇAO BENEFICENTE RIO DOCE
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO E OUTROS
SOCIAL - INSS ADV : VALDIR MASSUCATTI E OUTRO
PROC : ENEIDA MARIA DOS SANTOS APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - SOCIAL - INSS
R VICE-PRESIDÊNCIA PROC : ALCINA MARIA COSTA NOGUEIRA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO LOPES
SOCIAL APDO : OS MESMOS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC. : 2005.51.06.000623-3 AC R VICE-PRESIDÊNCIA
CNJ : RESP : FUNDAÇAO BENEFICENTE RIO DOCE
0000623-07.2005.4.02.5106 RESP : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
ORIG : 200551060006233/RJ RE : FUNDAÇAO BENEFICENTE RIO DOCE
REG : 23.05.2011
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF PROC. : 2006.50.05.000105-8 AC
ADV : ANA CLAUDIA VILLA NOVA CNJ : 0000105-92.2006.4.02.5005
PESSANHA E OUTROS ORIG : 200650050001058/ES
APTE : INSTITUTO CHICO MENDES DE REG : 19.04.2012
CONSERVACAO DA APTE : DEPARTAMENTO NACIONAL DE
BIODIVERSIDADE ICMBIO INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
PROC : EUNICE RUBIM DE MOURA - DNIT
APTE : MARLI RITA NEVES E OUTRO PROC : LUCIANO MARTINS DE OLIVEIRA
ADV : CINTIA DE FREITAS GOUVEA APDO : SODAN RECAUCHUTADORAS DE
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PNEUS LTDA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : SANDRO COGO
R VICE-PRESIDÊNCIA APDO : SODAM INVESTIMENTOS LTDA
RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL ADV : DANILO DE ARAÚJO CARNEIRO E
RESP : IBAMA OUTRO
PROC. : 2005.51.10.006047-6 AC RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
CNJ : 0006047-18.2005.4.02.5110 R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRA
RE : DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRA

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PROC. : 2006.51.01.007052-7 AC
CNJ : 0007052-68.2006.4.02.5101
ORIG : 200651010070527/RJ
REG : 01.02.2011
APTE : ARMANDO BALBINO DOS SANTOS
ADV : HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO APTE : VALDA FARACO E OUTROS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADV : JEFFERSON RAMOS RIBEIRO E
ADV : GERSON DE CARVALHO FRAGOZO E OUTROS
OUTROS APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - NACIONAL
R VICE-PRESIDÊNCIA APTE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESP : ARMANDO BALBINO DOS SANTOS PROC : MARIA CRISTINA LOBAO DA SILVA
APDO : VALDA FARACO E OUTROS
PROC. : 2006.51.01.017277-4 EINF ADV : JEFFERSON RAMOS RIBEIRO E
CNJ : 0017277-50.2006.4.02.5101 OUTROS
ORIG : 200651010172774/RJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ
REG : 19.01.2011 RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
EMBGTE : PAULO SERGIO DOS SANTOS E R
OUTROS
ADV : ANTONIO AUGUSTO DE SOUZA Vice-Presidência
MALLET E OUTROS RESP : VALDA FARACO
EMBGTE : UNIAO FEDERAL RE : VALDA FARACO
EMBGDO : OS MESMOS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC. : 2006.51.01.023998-4 AC
R VICE-PRESIDÊNCIA CNJ : 0023998-18.2006.4.02.5101
RESP : UNIAO FEDERAL ORIG : 200651010239984/RJ
RE : UNIAO FEDERAL REG : 06.06.2008
APTE : MARCUS AZEVEDO MOTA E SILVA
PROC. : 2006.51.01.017525-8 AC ADV : ANTONIO ADOLAR WOLFF E OUTROS
CNJ : 0017525-16.2006.4.02.5101 APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ORIG : 200651010175258/RJ NACIONAL
REG : 20.08.2008 RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
APTE : CLINICA ORTOPEDICA DR. LIDIO R VICE-PRESIDÊNCIA
TOLEDO LTDA RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : MURILO VOUZELLA DE ANDRADE NACIONAL
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROC. : 2006.51.01.533800-9 AC
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - CNJ : 0533800-80.2006.4.02.5101
R VICE-PRESIDÊNCIA ORIG : 200651015338009/RJ
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA REG : 27.01.2012
NACIONAL APTE : COMISSAO DE VALORES
MOBILIARIOS - CVM
PROC. : 2006.51.01.019096-0 AC PROC : CARLOS CEZAR ALCANTARA DE
CNJ : 0019096-22.2006.4.02.5101 AMORIM
ORIG : 200651010190960/RJ APDO : THE BRAZIL DIVERSIFIED
REG : 11.07.2012 INVESTMENT FUND LTD
APTE : WALDINEA VIEIRA SOARES ADV : HELIA MARCIA GOMES PINHEIRO E
BARBOZA OUTROS
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
APDO : EMGEA-EMPRESA GESTORA DE R VICE-PRESIDÊNCIA
ATIVOS RESP : COMISSAO DE VALORES
ADV : RACHEL ORMOND CORDEIRO REGO E MOBILIARIOS
OUTROS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC. : 2006.51.04.001181-1 APELREE
R VICE-PRESIDÊNCIA CNJ : 0001181-48.2006.4.02.5104
RESP : WALDINEA VIEIRA SOARES ORIG : 200651040011811/RJ
BARBOZA REG : 25.01.2012
RE : WALDINEA VIEIRA SOARES APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
BARBOZA SOCIAL - INSS
PROC : THIAGO CUNHA DE ALMEIDA
PROC. : 2006.51.01.019661-4 AMS APDO : ALEX AMARO SALGADO
CNJ : 0019661-83.2006.4.02.5101 ADV : MARIO CUNHA FERREIRA DIAS E
ORIG : 200651010196614/RJ OUTRO
REG : 11.07.2008 RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE
VOLTA REDONDA-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL

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RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL

PROC. : 2006.51.10.003110-9 APELREE


CNJ : 0003110-98.2006.4.02.5110
ORIG : 200651100031109/RJ
REG : 09.08.2010 PROC. : 2007.51.17.002797-5 AC
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ : 0002797-82.2007.4.02.5117
SOCIAL - INSS ORIG : 200751170027975/RJ
PROC : TATHIANA NERY MOREIRA DOPAZO REG : 13.07.2009
APDO : MARCUS VINICIUS NOGUEIRA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
GUIMARAES NACIONAL
ADV : CARLOS VARGAS FARIAS E OUTROS APDO : PAPELARIA MONTREAL LTDA E
RMTE : JUIZO DA 4A VARA FEDERAL SAO OUTROS
JOAO DE MERITI-RJ ADV : TANIA MARIA DA SILVA SOL
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
SOCIAL NACIONAL
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL PROC. : 2007.51.51.015769-9 AC
CNJ : 0015769-79.2007.4.02.5151
PROC. : 2006.51.12.000029-5 AC ORIG : 200751510157699/RJ
CNJ : 0000029-38.2006.4.02.5112 REG : 27.04.2012
ORIG : 200651120000295/RJ APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
REG : 18.07.2011 SOCIAL - INSS
APTE : ROBERTO DOS SANTOS CAMPOS PROC : ADRIANO ALMEIDA FIGUEIRA
ADV : LUIZ GUSTAVO DE OLIVEIRA PINTO E APDO : ELIAS GAZAL
OUTRO ADV : AUREA PEREIRA LORENA E OUTROS
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
SOCIAL - INSS R VICE-PRESIDÊNCIA
PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA PROC. : 2008.50.01.008110-6 APELREE
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ : 0008110-47.2008.4.02.5001
SOCIAL ORIG : 200850010081106/ES
REG : 06.07.2009
PROC. : 2007.50.01.009279-3 AC APTE : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA
CNJ : 0009279-06.2007.4.02.5001 SANITARIA - ANVISA
ORIG : 200750010092793/ES PROC : ADRIANO SANT'ANA PEDRA
REG : 16.08.2012 APDO : VICTORIA AGENCIA MARITIMA LTDA
APTE : HERIKA WHITE PAULINO E OUTROS
PROC : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO ADV : FRANCISCO CARLOS DE MORAIS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF SILVA E OUTROS
ADV : UDNO ZANDONADE E OUTROS RMTE : JUIZO DA 5A VARA FEDERAL CIVEL
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - DE VITORIA-ES
R VICE-PRESIDÊNCIA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RESP : HERIKA WHITE PAULINO R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA
PROC. : 2007.51.01.808257-2 AC
CNJ : 0808257-65.2007.4.02.5101 SANITARIA
ORIG : 200751018082572/RJ PROC. : 2008.50.01.008980-4 AC
REG : 07.06.2010 CNJ : 0008980-92.2008.4.02.5001
APTE : ANTONIO SERGIO GARGAGLIONE ORIG : 200850010089804/ES
ADV : ELIANA ALVES DE ANDRADE REG : 18.07.2011
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APTE : INDUSTRIA DE MASSAS
SOCIAL - INSS ALIMENTICIAS VILLONI LTDA
PROC : HENRIQUE REZENDE ALBUQUERQUE ADV : RODRIGO LOUREIRO MARTINS E
CESAR OUTROS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R VICE-PRESIDÊNCIA NACIONAL
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APDO : OS MESMOS
SOCIAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INDUSTRIA DE MASSAS
ALIMENTICIAS VILLONI LTDA
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL

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PROC. : 2008.50.50.001029-3 APELREE
CNJ : 0001029-94.2008.4.02.5050
ORIG : 200850500010293/ES
REG : 17.10.2011
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : GUSTAVO DA GAMA V DE OLIVEIRA
SOCIAL - INSS APDO : OS MESMOS
PROC : AFONSO CEZAR CORADINE RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
APDO : ANTONIO TEIXEIRA REIS R VICE-PRESIDÊNCIA
ADV : GENESIO FAGUNDES DE CARVALHO E RESP : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
OUTROS RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL NACIONAL
DE VITORIA-ES RE : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA PROC. : 2008.51.02.001890-0 AC
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ : 0001890-21.2008.4.02.5102
SOCIAL ORIG : 200851020018900/RJ
REG : 15.05.2012
PROC. : 2008.51.01.012160-0 AC APTE : UNIAO FEDERAL
CNJ : 0012160-10.2008.4.02.5101 APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ORIG : 200851010121600/RJ ADV : VERONICA TORRI E OUTROS
REG : 12.07.2011 APTE : MUNICIPIO DE NITEROI
APTE : UNIAO FEDERAL ADV : JOSE LUIZ BELLAS E OUTROS
APDO : DILZA CORREA MENDES APDO : EMUSA - EMPRESA MUNICIPAL DE
ADV : ELAINE MARIA GOMES DE MORADIA URBANIZACAO E
FIGUEIREDO DIAS E OUTROS SANEAMENTO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : ALBERTO PARREIRA E OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA APDO : OS MESMOS
RESP : UNIAO FEDERAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RE : UNIAO FEDERAL R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
PROC. : 2008.51.01.021377-3 AC RESP : UNIAO FEDERAL
CNJ : 0021377-77.2008.4.02.5101
ORIG : 200851010213773/RJ PROC. : 2008.51.02.004227-6 AC
REG : 12.07.2012 CNJ : 0004227-80.2008.4.02.5102
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ORIG : 200851020042276/RJ
ADV : BRUNO VAZ DE CARVALHO E REG : 06.07.2012
OUTROS APTE : SAMUEL PEREIRA DE MENDONCA E
APTE : ELAINE CHIARELLI SANTOS OUTROS
ADV : JOSE GUILHERME S. PEREIRA E ADV : GLEICE FROMENT RAPOSO E OUTRO
OUTROS APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
APDO : OS MESMOS ADV : KÁTIA CAMPANELLI DA NÓBREGA E
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RESP : ELIANE CHIARELLI SANTOS R VICE-PRESIDÊNCIA
RE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
PROC. : 2008.51.01.022116-2 AC
CNJ : 0022116-50.2008.4.02.5101 PROC. : 2008.51.10.005829-0 AC
ORIG : 200851010221162/RJ CNJ : 0005829-82.2008.4.02.5110
REG : 21.01.2009 ORIG : 200851100058290/RJ
APTE : MARCOS VISCONTI FIORI REG : 02.12.2009
ADV : ILANA FRIED BENJO E OUTROS APTE : INDUSTRIA FARMACEUTICA MILIAN
APDO : UNIAO FEDERAL LTDA EPP
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : NELSON WILIANS FRATONI
R VICE-PRESIDÊNCIA RODRIGUES E OUTROS
RESP : UNIAO FEDERAL APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROC. : 2008.51.01.508415-0 AC RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
CNJ : 0508415-62.2008.4.02.5101 R VICE-PRESIDÊNCIA
ORIG : 200851015084150/RJ RESP : INDUSTRIA FARMACEUTICA MILIAN
REG : 04.06.2012 LTDA EPP
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RE : INDUSTRIA FARMACEUTICA MILIAN
NACIONAL LTDA EPP
APTE : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL

PROC. : 2008.51.11.001031-8 REOAC


CNJ : 0001031-75.2008.4.02.5111
ORIG : 200851110010318/RJ

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REG : 25.03.2010
PARTEA : AGROPECUARIA E COML/
CONQUISTA LTDA
ADV : GABRIELA FRANCO DE BESSA
ANTUNES E OUTROS
PARTER : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO RESP : INSS
AMBIENTE E DOS RECURSOS RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
NATURAIS RENOVAVEIS - SOCIAL
IBAMA PROC : CLAUDIA NEDER
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE PROC. : 2009.51.01.007478-9 AC
ANGRA DOS REIS-RJ CNJ : 0007478-75.2009.4.02.5101
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ORIG : 200951010074789/RJ
R VICE-PRESIDÊNCIA REG : 16.07.2010
RESP : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO APTE : MARIA DAS NEVES ALENCAR MOTTA
AMBIENTE E DOS RECURSOS ADV : JULIO CESAR DE OLIVEIRA COUTO E
NATURAIS RENOVAVEI OUTRO
APDO : UNIAO FEDERAL
PROC. : 2008.51.15.000395-7 AC RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
CNJ : 0000395-97.2008.4.02.5115 R VICE-PRESIDÊNCIA
ORIG : 200851150003957/RJ RESP : UNIAO FEDERAL
REG : 08.03.2012
APTE : ABRACON - ASSOCIACAO PROC. : 2009.51.01.008840-5 AC
BRASILEIRA DO CONSUMIDOR CNJ : 0008840-15.2009.4.02.5101
ADV : MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA
MELO E OUTROS ORIG : 200951010088405/RJ
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF REG : 03.12.2010
ADV : DANIEL VERSIANI CHIEZA E OUTROS APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : PATRICIA DUARTE DAMATO PERSEU
R VICE-PRESIDÊNCIA E OUTROS
RESP : ABRACON APTE : JAIRO ROBERTO OLIVEIRA DOS
RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL SANTOS
ADV : SERAFIM YASSIM
PROC. : 2009.50.01.005388-7 APELREE APDO : OS MESMOS
CNJ : 0005388-06.2009.4.02.5001 RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
ORIG : 200950010053887/ES R VICE-PRESIDÊNCIA
REG : 22.07.2010 RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
APTE : ABELICIO PEREIRA DUARTE
ADV : LUIS FERNANDO NOGUEIRA PROC. : 2009.51.01.009771-6 APELREE
MOREIRA E OUTROS CNJ : 0009771-18.2009.4.02.5101
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ORIG : 200951010097716/RJ
SOCIAL - INSS REG : 14.05.2012
PROC : AFONSO CEZAR CORADINE APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : OS MESMOS SOCIAL - INSS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-ES PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - APDO : ROSANE LOBO FERREIRA TAVARES
R VICE-PRESIDÊNCIA ADV : JOSE ROBERTO SOARES DE OLIVEIRA
RESP : ABELICIO PEREIRA DUARTE RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ
SOCIAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
PROC. : 2009.50.01.015676-7 APELREE RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
CNJ : 0015676-13.2009.4.02.5001 SOCIAL
ORIG : 200950010156767/ES
REG : 15.04.2011 PROC. : 2009.51.01.012953-5 AC
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ : 0012953-12.2009.4.02.5101
SOCIAL - INSS ORIG : 200951010129535/RJ
PROC : MARCOS JOSE DE JESUS REG : 10.08.2012
APDO : BERLI ROCHA MADEIRA APTE : AMADEU LIMA RODRIGUES E OUTRO
ADV : MARCELO CARVALHINHO VIEIRA E ADV : CHRISTIANE ADELINA CAMARA
OUTROS RODRIGUES
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
DE VITORIA-ES ADV : VINICIUS PEREIRA MARQUES E
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA APDO : OS MESMOS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

PROC. : 2009.51.01.019353-5 AC

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CNJ : 0019353-42.2009.4.02.5101
ORIG : 200951010193535/RJ
REG : 27.07.2010
APTE : ICAC INDUSTRIA E COMERCIO,
IMPORTADORA E
EXPORTADORA LTDA RIO DE JANEIRO - UFRRJ
ADV : EDISON FREITAS DE SIQUEIRA E PROC : TATIANA MOTTA VIEIRA
OUTROS RMTE : JUIZO FEDERAL DA 3A VARA-RJ
APDO : UNIAO FEDERAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
APDO : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS R VICE-PRESIDÊNCIA
S/A - ELETROBRAS RESP : UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO
ADV : SEM ADVOGADO RIO DE JANEIRO - UFRRJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA PROC. : 2009.51.01.028532-6 AC
RESP : ICAC INDUSTRIA E COMERCIO , CNJ : 0028532-97.2009.4.02.5101
IMPORTADORA E EXPORTADORA ORIG : 200951010285326/RJ
LTDA REG : 08.11.2011
RESP : ICAC INDUSTRIA E COMERCIO, APTE : UNIAO FEDERAL
IMPORTADORA E APDO : LINA REIS BARBOZA
EXPORTADORA LTDA ADV : JULIANO BIZZO NETTO
RE : ICAC INDUSTRIA E COMERCIO , RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
IMPORTADORA E EXPORTADORA R VICE-PRESIDÊNCIA
LTDA RESP : UNIAO FEDERAL
RE : ICAC INDUSTRIA E COMERCIO,
IMPORTADORA E PROC. : 2009.51.01.803397-1 AC
EXPORTADORA LTDA CNJ : 0803397-50.2009.4.02.5101
ORIG : 200951018033971/RJ
PROC. : 2009.51.01.019823-5 APELREE REG : 24.05.2010
CNJ : 0019823-73.2009.4.02.5101 APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ORIG : 200951010198235/RJ SOCIAL - INSS
REG : 27.04.2012 PROC : BRUNA SARMENTO DOS SANTOS
APTE : MARIA DE LOURDES RODRIGUES DOS APDO : GILBERTO RUFINO DA COSTA
SANTOS ADV : LIANA VIEIRA DA SILVA E OUTRO
ADV : JULIANO BIZZO NETTO RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
APDO : UNIAO FEDERAL R VICE-PRESIDÊNCIA
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE RESP : ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO
MAGE-RJ
PROC. : 2009.51.01.809812-6 AC
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - CNJ : 0809812-49.2009.4.02.5101
R VICE-PRESIDÊNCIA ORIG : 200951018098126/RJ
RESP : UNIAO FEDERAL REG : 29.08.2012
RE : UNIAO FEDERAL APTE : KOLOSS COSMETICOS LTDA ME
ADV : ANTENOR BARBOSA DOS SANTOS
PROC. : 2009.51.01.020647-5 AC JUNIOR E OUTROS
CNJ : 0020647-32.2009.4.02.5101 APDO : INSTITUTO NACIONAL DE
ORIG : 200951010206475/RJ PROPRIEDADE INDUSTRIAL -
REG : 03.09.2012 INPI
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF PROC : RICARDO LUIZ SICHEL
ADV : MARIO AUGUSTO MURIAS DE APDO : LESOR PARTICIPAÇOES SOCIETARIAS
MENEZES JUNIOR E OUTROS LTDA
APDO : CLEUSA DRUMMOND DA SILVA
ADV : LÍVIA PINTO TEIXEIRA ADV : FABIANO DE BEM DA ROCHA E
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RESP : CLEUSA DRUMMOND DA SILVA R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : KOLOSS COSMETICOS LTDA ME
PROC. : 2009.51.01.023877-4 APELREE
CNJ : 0023877-82.2009.4.02.5101 PROC. : 2009.51.01.813415-5 APELREE
ORIG : 200951010238774/RJ CNJ : 0813415-33.2009.4.02.5101
REG : 22.07.2011 ORIG : 200951018134155/RJ
APTE : CLAUDIA FERNANDA RIEDLINGER DE REG : 03.02.2012
MAGALHAES APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : MARCELO CHALREO E OUTRO SOCIAL - INSS
APDO : UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO PROC : MARCO ANTONIO DE ANDRADE
APDO : RICARDO JOSE BASTOS
ADV : DANIEL MARINHO SERAPHIM E
OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 13A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -

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R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL

PROC. : 2009.51.04.001978-1 AC
CNJ : 0001978-19.2009.4.02.5104 OUTROS
ORIG : 200951040019781/RJ RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
REG : 27.07.2012 R VICE-PRESIDÊNCIA
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E RESP : SINDICATO DOS TRABALHADORES
OUTROS NAS INDUSTRIAS URBANAS DO
APDO : MARIA PEREIRA DE FARIA E OUTRO RIO DE JANEIRO
ADV : LIDIANE ALENCAR DE ALMEIDA E
OUTROS PROC. : 2010.02.01.015874-2 AG
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - CNJ : 0015874-81.2010.4.02.0000
R VICE-PRESIDÊNCIA ORIG : 0002080613/RJ
RE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL REG : 09.11.2010
AGRTE : UNIAO FEDERAL
PROC. : 2009.51.04.002659-1 APELREE AGRDO : EMPRESAS REUNIDAS AGRO-
CNJ : 0002659-86.2009.4.02.5104 INDUSTRIAL MICKAEL S/A
ORIG : 200951040026591/RJ ADV : NISOMAR LUSTOSA DOURADO E
REG : 25.10.2011 SILVA
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO AGRDO : NUNAVUT PRECATORIO FUNDO DE
SOCIAL - INSS INVESTIMENTO EM DIREITOS
PROC : BARBARA DILASCIO DE ALMEIDA CREDITORIOS
APDO : EDSON SOARES NAO-PADRONIZADOS
ADV : ALFREDO FRANCISCO DOS SANTOS ADV : GUILHERME NITZSCHE WILLEMSENS
RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE E OUTRO
VOLTA REDONDA-RJ RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - R VICE-PRESIDÊNCIA
R VICE-PRESIDÊNCIA RESP : UNIAO FEDERAL
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL PROC. : 2010.02.01.016504-7 AG
CNJ : 0016504-40.2010.4.02.0000
PROC. : 2009.51.07.000063-4 AC ORIG : 200651030000968/RJ
CNJ : 0000063-23.2009.4.02.5107 REG : 22.11.2010
ORIG : 200951070000634/RJ AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
REG : 28.08.2012 NACIONAL
APTE : CRONAZUL EMPREENDIMENTOS E AGRDO : HELBEM VIEIRA DOS SANTOS
PARTICIPAÇOES LTDA ADV : SERGIO LUIS DURCO MACIEL
ADV : MARCIANO JOSE FERREIRA DA SILVA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
E OUTROS R VICE-PRESIDÊNCIA
APDO : CONSELHO REGIONAL DE RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADMINISTRACAO DO RIO DE NACIONAL
JANEIRO - CRA/RJ
ADV : MARIA MARTA GUIMARAES E PROC. : 2010.50.01.001390-9 AC
OUTROS CNJ : 0001390-93.2010.4.02.5001
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ORIG : 201050010013909/ES
R VICE-PRESIDÊNCIA REG : 19.09.2011
RESP : CONSELHO REGIONAL DE APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADMINISTRACAO DO RIO DE SOCIAL - INSS
JANEIRO PROC : WALDIR MIRANDA RAMOS FILHO
APDO : AUXILIADORA DA SILVA BORGES
PROC. : 2010.02.01.013192-0 AG ADV : GERALDO BENICIO
CNJ : 0013192-56.2010.4.02.0000 RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
ORIG : 9400096666/RJ R VICE-PRESIDÊNCIA
REG : 21.09.2010 RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
AGRTE : SINDICATO DOS TRABALHADORES SOCIAL
NAS INDUSTRIAS URBANAS DO
RIO DE JANEIRO PROC. : 2010.50.01.006142-4 APELREE
ADV : MARCELO DAVIDOVICH E OUTROS CNJ : 0006142-11.2010.4.02.5001
ORIG : 201050010061424/ES
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF REG : 03.08.2011
ADV : ARCINELIO DE AZEVEDO CALDAS E APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : TOLEDO MINERACAO LTDA
ADV : LAIR DA SILVA NEVES E OUTROS
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL
DE VITORIA-ES

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RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL

PROC. : 2010.50.01.009107-6 APELREE ORIG : 201050010154475/ES


CNJ : 0009107-59.2010.4.02.5001 REG : 18.04.2012
ORIG : 201050010091076/ES APTE : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO,
REG : 17.11.2011 CIENCIA E TECNOLOGIA DO
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ESPIRITO SANTO
SOCIAL - INSS PROC : CLEBSON SILVEIRA
PROC : ELZA ELENA BOSSOES ALEGRO APDO : SINDICATO NACIONAL DOS
OLIVEIRA SERVIDORES DA EDUCAÇÃO
APTE : NADYR MARIA DA CONCEICAO FEDERAL DE 1º E 2º GRAUS E DO
FALSONI 3º GRAU DO ENSINO TECNOLOGICO-SINASEF
ADV : ADRIANO DE QUEIROZ MORAES E
ADV : LUIZ HENRIQUE ANTUNES ALOCHIO OUTRO
E OUTROS RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL
APDO : CENILDA DE OLIVEIRA DE VITORIA-ES
ADV : WAGNER ANTONIO CAMPANA E RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
OUTRO R VICE-PRESIDÊNCIA
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL RESP : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO ,
DE VITORIA-ES CIENCIA E TECNOLOGIA DO ESPIRITO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - SANTO
R VICE-PRESIDÊNCIA RESP : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO,
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CIENCIA E TECNOLOGIA DO
SOCIAL ESPIRITO SANTO
RESP : NADYR MARIA DA CONCEICAO
FALSONI PROC. : 2010.50.02.002116-2 APELREE
CNJ : 0002116-64.2010.4.02.5002
PROC. : 2010.50.01.009705-4 AC ORIG : 201050020021162/ES
CNJ : 0009705-13.2010.4.02.5001 REG : 28.06.2012
ORIG : 201050010097054/ES APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
REG : 24.07.2012 SOCIAL - INSS
APTE : COMPANHIA NACIONAL DE PROC : ESTEVAO SANTIAGO PIZOL DA SILVA
ABASTECIMENTO - CONAB APDO : REGIS SOUZA DE CARVALHO BRITO
ADV : ALEXANDRE HENRIQUE NUNES ADV : CASSIA BERTASSONE DA SILVA E
OBRELLI E OUTRO OUTROS
APDO : IRANETE MARTINS COELHO RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA-ES
ADV : BRUNA GONCALVES DE ANDRADE E RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
OUTRO R
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA Vice-Presidência
RESP : COMPANHIA NACIONAL DE RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ABASTECIMENTO SOCIAL
RE : COMPANHIA NACIONAL DE RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ABASTECIMENTO SOCIAL
PROC. : 2010.50.01.009897-6 AC PROC. : 2010.51.01.001403-5 APELREE
CNJ : 0009897-43.2010.4.02.5001 CNJ : 0001403-83.2010.4.02.5101
ORIG : 201050010098976/ES ORIG : 201051010014035/RJ
REG : 24.09.2012 REG : 08.11.2011
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF APTE : UNIAO FEDERAL
ADV : RODRIGO SALES DOS SANTOS E APDO : CLAUDIO MARQUES CAMARA DA
OUTROS SILVA E OUTROS
APDO : ADEMIR ALVES DE OLIVEIRA ADV : ALESSANDRA LEITE SOBREIRA E
ADV : CARLOS LACERDA DE CASTRO OUTRO
CRISSAFF RMTE : JUIZO FEDERAL DA 6A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : ADEMIR ALVES DE OLIVEIRA RESP : UNIAO FEDERAL
PROC. : 2010.50.01.015447-5 APELREE PROC. : 2010.51.01.005838-5 APELREE
CNJ : 0015447-19.2010.4.02.5001 CNJ : 0005838-03.2010.4.02.5101
ORIG : 201051010058385/RJ
REG : 27.04.2012
APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : CARLOS ALBERTO CLARICIO DO
CARMO

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ADV : JOSE AUGUSTO CARNEIRO E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 27A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : UNIAO FEDERAL
RE : UNIAO FEDERAL RESP : COMISSAO NACIONAL DE ENERGIA
NUCLEAR
PROC. : 2010.51.01.008683-6 AC RE : COMISSAO NACIONAL DE ENERGIA
CNJ : 0008683-08.2010.4.02.5101 NUCLEAR
ORIG : 201051010086836/RJ
REG : 26.03.2012 PROC. : 2010.51.01.022723-7 AC
APTE : JOSE EVARISTO DOS SANTOS E CNJ : 0022723-92.2010.4.02.5101
OUTROS ORIG : 201051010227237/RJ
ADV : HUGO LEONARDO VELLOZO PEREIRA REG : 07.12.2011
E OUTROS APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF APDO : BRUNO BANDEIRA ESTEVES
ADV : MARCIO DIOGENES MELO E OUTROS ADV : ALEXANDRE MENEZES MELLO E
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RESP : JOSE EVARISTO DOS SANTOS R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : UNIAO FEDERAL
PROC. : 2010.51.01.012970-7 AC
CNJ : 0012970-14.2010.4.02.5101 PROC. : 2010.51.01.023293-2 AC
ORIG : 201051010129707/RJ CNJ : 0023293-78.2010.4.02.5101
REG : 13.08.2012 ORIG : 201051010232932/RJ
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO REG : 29.08.2012
SOCIAL - INSS APTE : FUNDACAO OSWALDO CRUZ -
PROC : ROBERTO DE SOUZA CHAVES FIOCRUZ
APDO : MARIA AUXILIADORA DE SOUZA PROC : MARIO ROBERTO BARBOZA BRUM
ADV : LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO APDO : FERNANDO LEITAO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : CLAUDIA MARIA STORINO SCHMIDT
R VICE-PRESIDÊNCIA PINTO E OUTROS
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
SOCIAL - INSS R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : FUNDACAO OSWALDO CRUZ -
PROC. : 2010.51.01.015065-4 APELREE FIOCRUZ
CNJ : 0015065-17.2010.4.02.5101
ORIG : 201051010150654/RJ PROC. : 2010.51.01.803091-1 APELREE
REG : 27.03.2012 CNJ : 0803091-47.2010.4.02.5101
APTE : UNIAO FEDERAL ORIG : 201051018030911/RJ
APDO : SINDICATO DOS TRABALHADORES REG : 19.03.2012
DO SERVICO PUBLICO FEDERAL APTE : WALK SALES VASCONCELOS
NO ESTADO DO RIO DE ADV : CARLOS ALBERTO DA SILVA
JANEIRO - SINTRASEF e outros APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : ANTONIO CARLOS MACEDO SILVA E SOCIAL - INSS
OUTROS PROC : DANIEL MALAGUTI BUENO E SILVA
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 25A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : UNIAO FEDERAL RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL
PROC. : 2010.51.01.020821-8 APELREE
CNJ : 0020821-07.2010.4.02.5101 PROC. : 2010.51.01.812005-5 AC
ORIG : 201051010208218/RJ CNJ : 0812005-03.2010.4.02.5101
REG : 05.03.2012 ORIG : 201051018120055/RJ
APTE : COMISSAO NACIONAL DE ENERGIA REG : 01.07.2011
NUCLEAR - CNEN APTE : GEORGE MAURICIO WANDERLEY
PROC : JORGE GAVINHO SOBRINHO ADV : NADIA LUCIA DOS SANTOS ROQUE E
APDO : SEBASTIÃO WILSON DE ARAÚJO OUTROS
ADV : CAROLINA FERREIRA TREVIZANI E APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
OUTRO SOCIAL - INSS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 32A VARA-RJ PROC : SEM PROCURADOR
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL

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PROC. : 2010.51.02.000945-0 AC
CNJ :
0000945-63.2010.4.02.5102
ORIG : 201051020009450/RJ
REG : 14.11.2011
APTE : UNIAO FEDERAL SOCIAL
APDO : JOSE CARLOS DA COSTA SUNQUIM
ADV : ANA LUCIA GOMES VIANA PROC. : 2010.51.55.000976-3 APELREE
MARCONDES E OUTROS CNJ : 0000976-21.2010.4.02.5155
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ORIG : 201051550009763/RJ
R VICE-PRESIDÊNCIA REG : 17.01.2012
RESP : UNIAO FEDERAL APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RE : UNIAO FEDERAL SOCIAL - INSS
PROC : JOAO FELIPE PONTES SINATTI
PROC. : 2010.51.06.000657-5 APELREE APDO : CARLOS RAPISO PEREIRA
CNJ : 0000657-06.2010.4.02.5106 ADV : PAULO LAMBLET JUNIOR
ORIG : 201051060006575/RJ
REG : 11.11.2011 RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO NOVA FRIBURGO-RJ
SOCIAL - INSS RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC : LUCIO PICANCO FACCI R VICE-PRESIDÊNCIA
APDO : ZENITH DA SILVA MENDONCA RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : GUILENE CHRISTIANE LADVOCAT SOCIAL
CINTRA E OUTRO RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE SOCIAL
PETROPOLIS-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC. : 2011.02.01.000129-8 APELREE
R VICE-PRESIDÊNCIA CNJ : 0000129-03.2011.4.02.9999
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ORIG : 029090000695/ES
SOCIAL REG : 10.02.2011
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROC. : 2010.51.10.003366-3 AC SOCIAL - INSS
CNJ : 0003366-02.2010.4.02.5110 PROC : VINICIUS DE LACERDA ALEODIM
ORIG : 201051100033663/RJ CAMPOS
REG : 03.08.2011 APDO : DELZI ANTONIA DA SILVA FERREIRA
APTE : ASSOCIACAO COMERCIAL E ADV : LUCIANO MOREIRA DOS ANJOS E
EMPRESARIAL DE PETROPOLIS OUTROS
ADV : NELSON WILIANS FRATONI RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RODRIGUES E OUTRO R VICE-PRESIDÊNCIA
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
NACIONAL SOCIAL
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA PROC. : 2011.02.01.003794-3 AG
RESP : ASSOCIACAO COMERCIAL E CNJ : 0003794-51.2011.4.02.0000
EMPRESARIAL DE PETROPOLIS ORIG : 200650010065967/ES
RE : ASSOCIACAO COMERCIAL E REG : 14.04.2011
EMPRESARIAL DE PETROPOLIS AGRTE : VALE S.A.
RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : RICARDO CARNEIRO E OUTROS
NACIONAL AGRDO : ANAMA ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DOS AMIGOS DO MEIO
PROC. : 2010.51.18.000288-3 APELREE AMBIENTE
CNJ : 0000288-73.2010.4.02.5118 ADV : ANTENOR VINICIUS CAVERSAN
ORIG : 201051180002883/RJ VIEIRA
REG : 20.03.2012 AGRDO : MUNICÍPIO DE VITÓRIA
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PROC : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO
SOCIAL - INSS DE VITORIA
PROC : CRISTIANE RODRIGUES IWAKURA AGRDO : UNIAO FEDERAL
APDO : VALDEMIRO DOS SANTOS AGRDO : ESTADO DO ESPIRITO SANTO
ADV : ELIANA BRAZ DOS SANTOS E OUTRO PROC : ARLETTE ULIANA
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL DE AGRDO : INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO
DUQUE DE CAXIAS-RJ AMBIENTE E RECURSOS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - HÍDRICOS - IEMA
R VICE-PRESIDÊNCIA ADV : VICTOR ATHAYDE SILVA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO AGRDO : INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS
RENOVAVEIS-IBAMA
PROC : VICTOR YURI IVANOV DOS SANTOS
FARINA

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RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : VALE S/A

PROC. : 2011.02.01.005569-6 AC
CNJ : 0005569-77.2011.4.02.9999 RE : CHRISTINA MARIA LOBO
ORIG : 00001121820038190047/RJ VASCONCELLOS
REG : 20.05.2011
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PROC. : 2011.50.01.011076-2 APELREE
SOCIAL - INSS CNJ : 0011076-75.2011.4.02.5001
ADV : CONRADO RANGEL MOREIRA ORIG : 201150010110762/ES
APDO : NAYANE DE FATIMA SANTOS REG : 06.06.2012
LOANDA REP/ P/ SEBASTIAO APTE : UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARTINS LOANDA ESPIRITO SANTO - UFES
ADV : PEDRO BRETAS DUARTE PROC : OSWALDO HORTA AGUIRRE FILHO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - APTE : IVETTE HADDAD AGOSTINI
R VICE-PRESIDÊNCIA ADV : JULIANA GIACOMIM MENDES DE
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ANDRADE E OUTROS
SOCIAL APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL
PROC. : 2011.02.01.007155-0 AC DE VITORIA-ES
CNJ : 0007155-52.2011.4.02.9999 RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
ORIG : 020070020399/ES R VICE-PRESIDÊNCIA
REG : 23.08.2011 RESP : UNIVERSIDADE FEDERAL DO
APTE : ANTONIO MARCOS DA SILVA ESPIRITO SANTO - UFES
ADV : CLEMILSON RODRIGUES PEIXOTO E
OUTROS PROC. : 2011.50.06.000219-5 AC
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ : 0000219-52.2011.4.02.5006
SOCIAL - INSS ORIG : 201150060002195/ES
REG : 16.01.2012
PROC : VINICIUS LACERDA ALEODIM APTE : CARLOS MIGUEL ERLER
CAMPOS ADV : CHRISTOVAM RAMOS PINTO NETO E
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
SOCIAL PROC : AFONSO CEZAR CORADINE
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC. : 2011.02.01.014109-6 AC R VICE-PRESIDÊNCIA
CNJ : 0014109-17.2011.4.02.9999 RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ORIG : 002100015722/ES SOCIAL
REG : 28.11.2011
APTE : MAELI LESSA DE AMORIM PROC. : 2011.50.06.000910-4 AC
ADV : VALBER CRUZ CEREZA E OUTRO CNJ : 0000910-66.2011.4.02.5006
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ORIG : 201150060009104/ES
SOCIAL - INSS REG : 11.01.2012
PROC : MARIA DA PENHA BARBOSA BRITO APTE : ATILA JOSE DE ARAUJO NETO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - ADV : CHRISTOVAM RAMOS PINTO NETO E
R VICE-PRESIDÊNCIA OUTRO
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL SOCIAL -
PROC. : 2011.50.01.005303-1 AC INSS
CNJ : 0005303-49.2011.4.02.5001 PROC : SEM PROCURADOR
ORIG : 201150010053031/ES RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
REG : 02.04.2012 R VICE-PRESIDÊNCIA
APTE : CHRISTINA MARIA LOBO RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
VASCONCELLOS SOCIAL
PROC : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF SOCIAL
ADV : UDNO ZANDONADE E OUTROS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC. : 2011.51.01.003970-0 AC
R VICE-PRESIDÊNCIA CNJ : 0003970-53.2011.4.02.5101
RESP : CHRISTINA MARIA LOBO ORIG : 201151010039700/RJ
VASCONCELOS REG : 13.07.2012
APTE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC : ANA CRISTINA M. MENEZES
APTE : CASA DA MOEDA DO BRASIL - CMB
ADV : LUCIANA PEREIRA DIOGO E OUTROS
APDO : OS MESMOS

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RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROC. : 2011.51.01.008432-7 AC PROC. : 2011.51.01.801088-6 AC


CNJ : 0008432-53.2011.4.02.5101 CNJ : 0801088-85.2011.4.02.5101
ORIG : 201151010084327/RJ ORIG : 201151018010886/RJ
REG : 24.04.2012 REG : 24.04.2012
APTE : LUIS ANTONIO DOS SANTOS APTE : JOSE CARLOS D ALMEIDA
ROZENDO E OUTROS ADV : SILVIO ROBERTO SANTOS DA CUNHA
ADV : CHRISTIANNE CUNHA TEIXEIRA E RIBEIRO VILELA DE SOUZA E
OUTROS OUTRO
ADV : ANDREA APARECIDA DE SOUZA APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
GOMES FERREIRA SOCIAL - INSS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF PROC : FLAVIA CORREA AZEREDO DE
ADV : LEONARDO GONCALVES ALMEIDA FREITAS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : LUIS ANTONIO DOS SANTOS RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ROZENDO SOCIAL
PROC. : 2011.51.01.010232-9 APELREE PROC. : 2011.51.01.804030-1 APELREE
CNJ : 0010232-19.2011.4.02.5101 CNJ : 0804030-90.2011.4.02.5101
ORIG : 201151010102329/RJ ORIG : 201151018040301/RJ
REG : 26.03.2012 REG : 19.01.2012
APTE : UNIAO FEDERAL APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : RUY GOMES NETO SOCIAL - INSS
ADV : SIMONE EVARISTO MARINS PROC : ISTVAN NUNES LAKI
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 14A VARA-RJ APDO : VALDOMIRO FRANCISCO DOS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - SANTOS
R VICE-PRESIDÊNCIA ADV : JUCIMAR ALVES DA SILVA BARROS E
RESP : UNIAO FEDERAL OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 13A VARA-RJ
PROC. : 2011.51.01.013911-0 AC RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
CNJ : 0013911-27.2011.4.02.5101 R VICE-PRESIDÊNCIA
ORIG : 201151010139110/RJ RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
REG : 02.07.2012 SOCIAL
APTE : UNIAO FEDERAL RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : LEONARDO SAMPAIO DE BONIS SOCIAL
ADV : ALEXANDRE MENEZES MELLO E
OUTROS PROC. : 2011.51.01.804117-2 AC
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - CNJ : 0804117-46.2011.4.02.5101
R VICE-PRESIDÊNCIA ORIG : 201151018041172/RJ
RESP : UNIAO FEDERAL REG : 16.01.2012
APTE : AMILCE DE SOUZA FARIAS
PROC. : 2011.51.01.015589-9 APELREE ADV : BERNARDO RUCKER
CNJ : 0015589-77.2011.4.02.5101 APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ORIG : 201151010155899/RJ SOCIAL - INSS
REG : 24.05.2012 PROC : FLAVIA C. AZEREDO DE FREITAS
APTE : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
- RIO DE JANEIRO R VICE-PRESIDÊNCIA
ADV : ERLAN DOS ANJOS OLIVEIRA DA RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SILVA E OUTROS SOCIAL
APDO : LAIOR PINA SERVINO
ADV : SONIA CRISTINA MATILDE MOREIRA PROC. : 2011.51.01.804186-0 APELREE
DO CNJ : 0804186-78.2011.4.02.5101
ORIG : 201151018041860/RJ
ESPIRITO SANTO REG : 27.03.2012
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - SOCIAL - INSS
R VICE-PRESIDÊNCIA PROC : ISABELA DE ARAUJO LIMA RAMOS
RESP : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL APDO : JUPIACI DOS SANTOS RODRIGUES
ADV : ARIEL GUIMARAES FONSECA
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 9A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL

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RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL

PROC. : 2011.51.01.804431-8 APELREE


CNJ : 0804431-89.2011.4.02.5101
ORIG : 201151018044318/RJ ORIG : 201151018112105/RJ
REG : 21.03.2012 REG : 08.03.2012
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APTE : PLINIO RIBEIRO DE SOUZA
SOCIAL - INSS ADV : RAIMUNDO NONATO DE MESQUITA
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROC : DANIEL MALAGUTI BUENO E SILVA SOCIAL - INSS
APTE : ROSANE EPAMINONDAS DE PROC : ISTVAN NUNES LAKI
CARVALHO RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
ADV : FELIPE EPAMINONDAS DE R VICE-PRESIDÊNCIA
CARVALHO RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : OS MESMOS SOCIAL
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 25A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC. : 2011.51.20.001835-4 AC
R VICE-PRESIDÊNCIA CNJ : 0001835-11.2011.4.02.5120
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ORIG : 201151200018354/RJ
SOCIAL REG : 20.03.2012
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL SOCIAL - INSS
PROC : IGOR AJOUZ
PROC. : 2011.51.01.808071-2 APELREE APDO : ALZIRA MARIA DO NASCIMENTO
CNJ : 0808071-03.2011.4.02.5101 COSTA
ORIG : 201151018080712/RJ ADV : TATIANA BASTOS DE MELLO E
REG : 17.05.2012 OUTRO
APTE : ISMENIA CRISTINA LESSA FERREIRA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PULGA R VICE-PRESIDÊNCIA
ADV : FELIPE EPAMINONDAS DE RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
CARVALHO SOCIAL
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS PROC. : 2012.02.01.000414-0 AC
PROC : DANIEL MALAGUTI BUENO E SILVA CNJ :
APDO : OS MESMOS 0000414-59.2012.4.02.9999
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 25A VARA-RJ ORIG : 038090043233/ES
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - REG : 19.01.2012
R VICE-PRESIDÊNCIA APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
SOCIAL PROC : ANDRE COUTINHO DA FONSECA
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO FERNANDES GOMES
SOCIAL APDO : VALQUIRIA LUCIA GOMES MENDES E
OUTRO
PROC. : 2011.51.01.808469-9 APELREE ADV : EDGARD VALLE DE SOUZA
CNJ : 0808469-47.2011.4.02.5101 RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
ORIG : 201151018084699/RJ R VICE-PRESIDÊNCIA
REG : 30.03.2012 RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
SOCIAL - INSS RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROC : ISTVAN NUNES LAKI SOCIAL
APDO : IVAN CESAR LUZES FERREIRA
ADV : FELIPE EPAMINONDAS DE PROC. : 2012.02.01.002024-8 AG
CARVALHO CNJ : 0002024-86.2012.4.02.0000
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 13A VARA-RJ ORIG : 201151010188546/RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - REG : 14.02.2012
R VICE-PRESIDÊNCIA AGRTE : UNIAO FEDERAL
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO AGRDO : INÁCIO JOSE DA SILVA REP/ P/
SOCIAL LUCIANA PEREIRA DA SILVA
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : MARCO AURELIO MACHADO
SOCIAL RODRIGUES FILHO E OUTRO
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC. : 2011.51.01.811210-5 AC R VICE-PRESIDÊNCIA
CNJ : 0811210-60.2011.4.02.5101 RESP : UNIAO FEDERAL

PROC. : 2012.02.01.002562-3 AG
CNJ : 0002562-67.2012.4.02.0000
ORIG : 9805025373/RJ
REG : 28.02.2012

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AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : BARBARA DILASCIO DE ALMEIDA
AGRDO : FERNANDO LUCIO DINIZ
ADV : ETTORE DALBONI DA CUNHA E
OUTROS SOCIAL - INSS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA
R VICE-PRESIDÊNCIA APDO : JOSE AIRTON FREIRE DE SOUZA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : FELIPE DA SILVA SANTIAGO
SOCIAL RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO R VICE-PRESIDÊNCIA
SOCIAL RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL
PROC. : 2012.02.01.003238-0 AG
CNJ : 0003238-15.2012.4.02.0000 PROC. : 2012.02.01.004209-8 AG
ORIG : 201251010024141/RJ CNJ : 0004209-97.2012.4.02.0000
REG : 14.03.2012 ORIG : 00030465320118190051/RJ
AGRTE : MARCOS AURELIO SANTOS DA SILVA REG : 30.03.2012
E S/M AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : DEISE DE OLIVEIRA LIMA DO SOCIAL - INSS
NASCIMENTO PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF AGRDO : AGRIMALDO BRAGA CORTES
ADV : LUIZ FERNANDO PADILHA E OUTROS ADV : FERNANDA DAMIAO KITADA E
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - OUTRO
R VICE-PRESIDÊNCIA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROC. : 2012.02.01.003273-1 AG SOCIAL
CNJ : 0003273-72.2012.4.02.0000
ORIG : 201051015302985/RJ PROC. : 2012.02.01.005594-9 AG
REG : 14.03.2012 CNJ : 0005594-80.2012.4.02.0000
AGRTE : COMPANHIA LOCADORA DE ORIG : 200851015215425/RJ
EQUIPAMENTOS PETROLÍFEROS - REG : 27.04.2012
CLEP AGRTE : ROMILDA EUGENIA NOGUEIRA
ADV : LUIZ GUSTAVO A S BICHARA E FERREIRA
OUTROS ADV : FABIO JAQUES LIMA
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
NACIONAL ADV : DANIELLE DE A LOURENCO E
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - OUTROS
R VICE-PRESIDÊNCIA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R VICE-PRESIDÊNCIA
NACIONAL RE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
PROC. : 2012.02.01.003479-0 AG PROC. : 2012.02.01.006950-0 AG
CNJ : 0003479-86.2012.4.02.0000 CNJ : 0006950-13.2012.4.02.0000
ORIG : 201251010124871/RJ ORIG : 200951080003188/RJ
REG : 19.03.2012 REG : 21.05.2012
AGRTE : CLAUDIO ROBERTO MACIEL CHAVES AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
ADV : VITOR HUGO GUIMARAES LOPES DA AGRDO : NELSON SIMIS SCHVER
SILVA E OUTRO ADV : WALMIR CAMPANATTI GUERSON E
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO OUTROS
SOCIAL - INSS RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
PROC : SEM PROCURADOR R VICE-PRESIDÊNCIA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R VICE-PRESIDÊNCIA NACIONAL
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
SOCIAL NACIONAL
PROC. : 2012.02.01.003727-3 AC PROC. : 2012.02.01.008235-7 AG
CNJ : 0003727-28.2012.4.02.9999 CNJ : 0008235-41.2012.4.02.0000
ORIG : 00005289820088190050/RJ ORIG : 200351080015218/RJ
REG : 26.03.2012 REG : 04.06.2012
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
AGRDO : LEONARDES DE CABO FRIO
RESTAURANTE LTDA ME E
OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO

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AGRDO : ADELINO MANOEL DA CONCEIÇÃO
VINAGRE
ADV : SERGIO BERNARDINO DUARTE E
OUTRO

AGRDO : ADELINO ROBALO VINAGRE NATURAIS RENOVAVEIS -


ADV : RAFAEL P DE MELLO IBAMA
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - PROC : LUCIANA MARINHO DA SILVA
R VICE-PRESIDÊNCIA AGRDO : MUNICIPIO DE CABO FRIO
RESP : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : PROCURADOR GERAL DO MUNICIPIO
NACIONAL DE CABO FRIO
RE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
NACIONAL R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO
PROC. : 2012.02.01.008695-8 AG AMBIENTE E DOS RECURSOS
CNJ : 0008695-28.2012.4.02.0000 NATURAIS RENOVAVEI
ORIG : 201251200005443/RJ RE : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO
REG : 13.06.2012 AMBIENTE E DOS RECURSOS
AGRTE : DOMINGOS CARLOS ALVINO NATURAIS RENOVAVEI
ADV : JUREMA ALVES DO NASCIMENTO
ALMAWI E OUTRO PROC. : 2012.02.01.010801-2 AG
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ : 0010801-60.2012.4.02.0000
SOCIAL - INSS
PROC : SEM PROCURADOR ORIG : 200551010262930/RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - REG : 06.07.2012
R VICE-PRESIDÊNCIA AGRTE : MARIA DA NATIVIDADE MACHADO
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CUTRIM
SOCIAL ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
PROC. : 2012.02.01.009055-0 AC ADV : RENATO CESAR DE ARAUJO PORTO
CNJ : 0009055-36.2012.4.02.9999 RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
ORIG : 00008347520068190070/RJ R VICE-PRESIDÊNCIA
REG : 07.08.2012 RESP : MARIA DA NATIVIDADE MACHADO
APTE : DEMALDA DA SILVA PEREIRA CUTRIM
ADV : JOSE ALVES DA COSTA E OUTRO
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PROC. : 2012.02.01.010857-7 AG
SOCIAL - INSS CNJ : 0010857-93.2012.4.02.0000
PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA ORIG : 201251020012202/RJ
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - REG : 09.07.2012
R VICE-PRESIDÊNCIA AGRTE : FABIO DA SILVA GOMES
RESP : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
SOCIAL AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : DANIELLE DE A. LOURENCO
PROC. : 2012.02.01.010126-1 AG RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
CNJ : 0010126-97.2012.4.02.0000 R VICE-PRESIDÊNCIA
ORIG : 201051170003258/RJ RESP : FABIO DA SILVA GOMES
REG : 29.06.2012 RE : FABIO DA SILVA GOMES
AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : CRISTINA CIDADE DA SILVA PROC. : 2012.02.01.011363-9 AG
GUIMARAES E OUTROS CNJ : 0011363-69.2012.4.02.0000
AGRDO : ITAMARA MARTINS DE LIMA ORIG : 200151010164469/RJ
ADV : HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO E REG : 16.07.2012
OUTRO AGRTE : UNIAO FEDERAL
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - AGRDO : BERNADETE DE SA BARRETO LOPES
R VICE-PRESIDÊNCIA ADV : MARIA DATIVA TEIXEIRA MATTIOLI
RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL E OUTRO
RESP : ITAMARA MARTINS DE LIMA RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
PROC. : 2012.02.01.010341-5 AG RESP : UNIAO FEDERAL
CNJ : 0010341-73.2012.4.02.0000
ORIG : 201151080012597/RJ PROC. : 2012.02.01.011755-4 AG
REG : 03.07.2012 CNJ : 0011755-09.2012.4.02.0000
AGRTE : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO ORIG : 200051010294464/RJ
AMBIENTE E DOS RECURSOS REG : 19.07.2012
AGRTE : CARLOS ROBERTO DA COSTA
PEREIRA
ADV : CARLOS ROBERTO DA COSTA
PEREIRA E OUTROS
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

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ADV : MARILDA AMORIM VIANNA E
OUTROS
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE -
R VICE-PRESIDÊNCIA
RESP : CARLOS ROBERTO DA COSTA
PEREIRA E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO
TEIXEIRA - INEP
PROC. : 2012.02.01.015459-9 AG PROCURADO : FERNANDO KLEBER LANGKJER
CNJ : 0015459-30.2012.4.02.0000 R BORGES E OUTROS
ORIG : 200851170014213/RJ REQUERIDO : JUÍZO FEDERAL DA 9ª. VARA - RJ – EM
REG : 05.09.2012 REGIME DE PLANTÃO
AGRTE : FUNDACAO HABITACIONAL DO ORIGEM : NONA VARA FEDERAL DO RIO DE
EXERCITO-FHE JANEIRO (201351014900468)
ADV : ERIK FRANKLIN BEZERRA E OUTROS
AGRDO : FRANCISCO UBIRATAN DOS SANTOS D E C I S Ã O
ADV : NEWTON DA ROCHA E SILVA FILHO I – Trata-se de suspensão de tutela antecipada ajuizada, durante o
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - plantão do recesso, com o objetivo de suspender as decisões proferidas,
R VICE-PRESIDÊNCIA também em regime de plantão do recesso, pelo Juízo da 9ª Vara
RESP : FUNDACAO HABITACIONAL DO Federal do Rio de Janeiro, que deferiu antecipação de tutela para que a
EXERCITO ora requerente tome as providências necessárias, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, a fim de viabilizar, a alunos inscritos no Exame
PROC. : 2012.02.01.016315-1 AG Nacional do Ensino Médio – ENEM de 2012, a vista de sua prova de
CNJ : 0016315-91.2012.4.02.0000 redação corrigida, bem como autorizar a apresentação do respectivo
ORIG : 201251170011422/RJ pedido de revisão no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, o qual, se
REG : 17.09.2012 oferecido, deverá ser analisado antes do início do período de inscrição
AGRTE : JACKANE BARBOSA DA SILVA no Sistema de Seleção Unificado – SISU de 2013, previsto para o
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO período de 7 a 11 de janeiro. As decisões do juízo a quo tomaram por
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF fundamentos principais as premissas de que: a) “mesmo que a
ADV : DANIELLE RODRIGUES DE SOUSA E interposição de recurso administrativo e o acesso ao espelho da prova
OUTROS de redação não estejam previstos no Edital, e, ainda que se considere
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - que as regras editalícias vinculam tanto a Administração quanto os
R VICE-PRESIDÊNCIA candidatos, deve haver plena observância dos princípios basilares da
RESP : JACKANE BARBOSA DA SILVA Constituição Federal”; razão porque “impedir a interposição de recurso
administrativo, assim como o acesso ao espelho da prova de redação é
PROC. : 2012.51.01.000537-7 APELREE conduta que afronta os princípios constitucionais do contraditório e da
CNJ : 0000537-07.2012.4.02.5101 ampla defesa”; b) “a exibição das provas, além de atender ao direito
ORIG : 201251010005377/RJ constitucional à informaçõa, cumpre igualmente igualmente o princípio
REG : 25.06.2012 constitucional da publicidade dos atos administrativos, previsto no
APTE : UNIAO FEDERAL caput do art. 37 da CF”.
APDO : RODRIGO SILVA GRILO A requerente, sustenta, em resumo, que: a) “todos candidatos que
ADV : RAPHAEL DODD MILITO E OUTROS participaram do ENEM 2012 terão vistas das suas provas em 06 de
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA-RJ fevereiro do corrente ano, medida que foi previamente acertada com o
RELATO : DES.FED. VICE-PRESIDENTE - MPF, amplamente divulgada”; b) “as provas de redação já possuem
R VICE-PRESIDÊNCIA metodologia que assegura a existência de recurso de ofício, os quais já
RESP : UNIAO FEDERAL foram processados e julgados. Esta metodologia garante a revisão das
RE : UNIAO FEDERAL notas de redação de uma forma impessoal, isonômica e automática,
dispensando o pedido individual dos candidatos. [...] Este
procedimento estava expressamente previsto no Edital e era de
conhecimento de todos os candidatos desde maio de 2012”; c) O
mencionado procedimento foi profundamente discutido “com técnicos
SUBSECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO da área e com o membros do Ministério Público Federal, tendo sido
legitimado por Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), homologado
DIVISÃO DE PROCESSAMENTO judicialmente por meio sentença extintiva do processo, com resolução
EXPEDIENTE DO DIA 11 DE JANEIRO DE 2013 do mérito. O termo foi homologado pela Justiça Federal do Distrito
(DECISÃO) Federal na Ação Civil Pública nº 29340-23.2011.4.01.3400 e tem
âmbito nacional”; d) “as decisões liminares que ora se pretende
PROCESSO : 2013.02.01.000142-8 suspender contrariam o procedimento e as disposições firmadas no
Nº TAC em apreço, criando uma nova fase recursal que não possui
Nº CNJ : 0000142-55.2013.4.02.000 qualquer previsão editalícia e que discrepam dos termos do ajuste”; e)
RELATOR : DESEMBARGADOR ANDRÉ FONTES, “segundo o planejamento do INEP, para que a prova possa ser exibida
no plantão judicial de recesso a todos os candidatos é necessário atender todo um fluxograma de
REQUERENT : UNIÃO FEDERAL procedimentos administrativos que demanda cerca de 30 dias após a
E divulgação dos resultados”; f) as decisões liminares proferidas pelo
REQUERENT : INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E juízo da 9ª Vara Federal do Rio de Janeiro violam a coisa julgada
formada nos autos da Ação Civil Pública nº 29340-23.2011.4.01.3400,
bem como o Termo de Ajustamento de Conduta celebrado com o
Ministério Público Federal com homologado nessa sentença.
É o relato do necessário. Decido.
Consoante o que foi ressaltado no relatório, o edital do Exame

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Nacional do Ensino Médio – ENEM de 2012 dispõe que a vista das
provas de redação terá apenas o fim “pedagógico” e que apenas há
possibilidade de revisão das notas por meio do “recurso de ofício”. A
meu sentir, tal disposição viola frontalmente o princípio constitucional
da publicidade dos atos administrativos, bem como o princípio
constitucional do contraditório e da ampla defesa, que, conforme parte do Relator.
disposição expressa, também deve ser aplicado na seara administrativa. II - Intime-se.
Por conseguinte, não representa impeditivo ao cumprimento das III - Oficie-se.
liminares deferidas pelo juízo a quo a constatação de que o referido IV - Findo o plantão judicial, encaminhem-se os autos ao Eminente
edital foi elaborado com base em Termo de Ajustamento de Conduta Relator.
(TAC) homologado por sentença transitada em julgado nos autos da Em 04.01.2013
Ação Civil Pública nº 29340-23.2011.4.01.3400. É consabido que tem
sido reconhecido o caráter relativo à coisa julgada que represente
evidente afronta à Constituição da República, estando autorizado o seu
descumprimento se constatada a violação de direitos e garantias BOLETIM: 137438
constitucionalmente previstos. E como corolário da segurança jurídica,
a coisa julgada não ostenta caráter absoluto, conforme salientado pelo
Eminente Ministro Cezar Peluso nos autos da Ação Cautelar nº 2.281-
DF, in verbis: “[e]sse direito fundamental à segurança jurídica não é, XXI - SUSPENSAO DE LIMINAR 2013.02.01.000142-8
como todos os demais, absoluto, podendo ceder em caso de conflito Nº CNJ :0000142-55.2013.4.02.0000
concreto com outros direitos de igual importância teórica. Ora, RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
somente em hipótese nítida de colisão entre direitos fundamentais é RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
que se pode admitir, em tese, a chamada ‘relativização da coisa (VICE-PRESIDENTE,no plantão judicial
julgada’, mediante ponderação dos respectivos bens jurídicos, com do recesso)
vistas à solução do conflito” (DJ-e de 12/11/08). REQUERENTE :UNIAO FEDERAL
Não fossem tais constatações suficientes, verifica-se também que o REQUERENTE :INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS
referido edital padece do vício de ilegalidade, já que não observa as E PESQUISAS EDUCACIONAIS
disposições estabelecidas quanto ao processo administrativo federal na ANISIO TEIXEIRA - INEP
Lei nº 9.784-99, conforme se depreende dos seguintes artigos: PROCURADOR :FERNANDO KLEBER LANGKJER
“Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos BORGES
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, REQUERIDO :JUIZO FEDERAL DA 9A VARA-RJ -
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, EM REGIME DE PLANTAO
segurança jurídica, interesse público e eficiência. ORIGEM :NONA VARA FEDERAL DO RIO DE
[...] JANEIRO (201351014900468)
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito. =D E C I S Ã O=
[...] 1- Trata-se de PEDIDO DE SUSPENSÃO DE TUTELA
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: ANTECIPADA apresentado pela UNIÃO e pelo INSTITUTO
I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS
II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente ANÍSIO TEIXEIRA – INEP, representados respectivamente pela
afetados pela decisão recorrida; Procuradoria Regional da União da 2ª Região e pela Procuradoria
III – as organizações e associações representativas, no tocante a Regional Federal da 2ª Região, com fundamento no art.12, §1º da Lei
direitos e interesses nº 7.347/85, art. 15 da Lei 12.016/2009 c/c art. 4o e seu parágrafo 8o da
coletivos; Lei 8.437/92, referente às 100 (cem) decisões em procedimentos
IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses ordinários, proferidas pela Seção Judiciária do Rio de Janeiro, em
difusos. regime de plantão, conforme exposto a seguir, verbis:
[...] 1. Trata-se, em resumo, de pedido de suspensão de antecipações de
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o tutela de 100 (cem) ações individuais, concedidas pela Seção
recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, Judiciária do Rio de Janeiro em regime de plantão, conforme descrito
podendo juntar os documentos que julgar convenientes.” no item 12.
Desse modo, não obstante o previsto nas disposições supracitadas, o 2. Nestas ações, de objeto idêntico entre si, determinou o douto juízo
edital em questão impossibilita que o aluno prejudicado pelas notas que o INEP, em conjunto com a UNIÃO (MEC), tome as medidas
conferidas a sua prova possa interpor recurso voluntário e tenha necessárias para que se conceda aos autores a vista antecipada da
oportunidade de expor os seus argumentos na sustentação da reforma prova de redação do ENEM 2012, no exíguo e irrazoável prazo de 24
da decisão administrativa. (vinte e quatro) horas. Essas liminares determinaram, ainda, que o
Demais disso, não vislumbro a afirmada grave lesão à ordem pública INEP, após a vista, receba e processe os respectivos recursos das
sob a perspectiva na ordem administrativa, fundada na alegação de notas de redação, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
“dificuldades logísticas de efetivação da medida e inexequibilidade 3. Há que se esclarecer, inicialmente, que todos os candidatos que
material da medida”, pois não se afigura plausível que, num universo participaram do ENEM 2012 terão vistas das suas provas em 06 de
de cinco milhões de inscritos a requerente não possa, em obediência à fevereiro do corrente ano, medida esta que foi previamente acertada
liminares deferidas, dar tratamento prioritário aos cem alunos com o MPF, amplamente divulgada e que será devidamente cumprida
beneficiados pelas referidas decisões judiciais. pelo Poder Público. Cumpre explicar que esta vista de prova tem
Isso posto, indefiro o requerimento liminar realizado em regime de caráter meramente didático, não havendo previsão editalícia de
plantão judicial do recesso, sem prejuízo de análise posterior por oferecimento de recurso voluntário.
4. Como se explicará em tópico próprio, as provas de redação já
possuem uma metodologia que assegura a existência de recurso de
ofício, os quais já foram processados e julgados. Esta metodologia
garante a revisão das notas de redação de uma forma impessoal,
isonômica e automática, dispensando o pedido individual dos

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candidatos. Assim, as notas de redação divulgadas pelo INEP já
correspondem às notas finais, já tendo os recursos de ofício sido
devidamente processados e julgados. Este procedimento estava
expressamente previsto no Edital e era de conhecimento de todos os
candidatos desde maio de 2012.
5. Em síntese, pretendem os candidatos, pela via judicial, a PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA, o qual entendeu que:
antecipação da vista de prova. Este pedido de antecipação da vista “É preciso reconhecer que a postulação feita pelo MPF insurge-se
parte do argumento falacioso de que o SISU - Sistema de Seleção contra aquilo que o INEP e o próprio Parquet deliberaram; viola a coisa
Unificada - teria início na semana que vem, dia 07/01, o que, de fato, julgada, portanto, já que pretende impor, à exibição dos documentos,
ocorrerá. Explique-se que o SISU permite a matrícula dos candidatos um caráter que ela não deveria ter, tudo para que se viabilizem recursos
nas diversas Instituições de Ensino Superior do país, de forma voluntários que o ajustamento não prevê - e nem, por consequência, o
unificada, usando, para isso, as notas do ENEM, conforme os critérios edital do exame.”(grifamos)
de cada Instituição de Ensino. [...]
[...] 21. Cumpre destacar que a decisão da Presidência do TRF-5
7. Ocorre que não há previsão no Edital para o oferecimento de suspendeu não só a liminar da supracitada ACP, mas igualmente
recurso voluntário. Como será detalhado, o edital do ENEM prevê tão suspendeu todas as liminares concedidas em ações individuais,
somente o recurso de ofício, o qual já foi devidamente processado. reconhecendo o caráter erga omnes do ajuste efetuado.
Neste contexto, as notas da redação já são finais, não havendo 22. Devido a questionamentos lançados em face do Edital do ENEM
previsão para nenhum outro tipo de recurso adicional. A vista da 2011, que não previa a vista das provas nem o recurso voluntário, o
redação, prevista para 06 de fevereiro próximo, é de caráter INEP, a UNIÃO e o Ministério Público Federal celebraram um Termo
meramente pedagógico, sem previsão de novos recursos que possam de Ajustamento de Conduta – TAC para por fim à Ação Civil Pública
alterar a nota final do candidato. n.º 0037994-96.2011.4.01.3400, ajuizada pela Defensoria Pública da
[...] União e que tramitou na 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do
10. Este novo procedimento foi profundamente discutido com técnicos Distrito Federal. A referida ação civil pública questionava justamente
da área e com os membros do Ministério Público Federal, tendo sido a ausência de previsão de vista da prova e de recurso voluntário no
legitimado por Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), homologado Edital do ENEM 2011, matéria semelhante à presente demanda.
judicialmente por meio de sentença extintiva do processo, com 23. Com a assinatura do TAC, foi proferida sentença extintiva do
resolução do mérito. O termo foi homologado pela Justiça Federal do processo com resolução do mérito, homologando os termos ajustados.
Distrito Federal na Ação Civil Pública n.º 29340-23.2011.4.01.3400 e 24. Nesse TAC, restaram decididas as seguintes questões:
tem âmbito nacional. “CLÁUSULA PRIMEIRA – OBJETO
11. Nesta ótica, o Poder Público se organizou e fez consideráveis Este termo tem por objeto o ajustamento de conduta por parte do
investimentos e aporte de recursos financeiros para dar pleno compromissário a propiciar o direito de vistas de provas a todos os
cumprimento aos termos do TAC, tendo reajustado toda a metodologia participantes do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, a partir
do ENEM para cumprir as exigências do Ministério Público Federal e da próxima edição a se realizar no ano de 2012.
as obrigações contidas no referido Termo de Ajustamento. Indica-se, CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES
desde já, que o Edital do ENEM 2012 atende perfeitamente aos termos As partes que firmam o presente Termo de Compromisso e
do TAC, não tendo havido qualquer descumprimento pelo Poder Ajustamento de Conduta assumem as obrigações descritas neste
Público das obrigações assumidas naquele termo. instrumento.
12. Contudo, o que se verifica é que as decisões liminares que ora se Parágrafo Primeiro. O compromissário permitirá vistas de provas, de
pretende suspender contrariam o procedimento e as disposições caráter meramente pedagógico, para os participantes que realizarão
firmadas no TAC em apreço, criando uma nova fase recursal que não as provas do Exame Nacional do Ensino Médio, a partir da primeira
possui qualquer previsão editalícia e que discrepam dos termos do edição do ENEM no ano de 2012, a pedido do interessado.
ajuste. Parágrafo Segundo. O compromitente reconhece que o recurso de
13. Ora, o INEP e a UNIÃO vêm pautando toda a sua atuação nos ofício previsto no Edital n.º 07, de 18/05/2011, supre o recurso
estritos termos do TAC, o que vem sendo efetuado desde a elaboração voluntário, devendo ser expressamente prevista aquela garantia na
do edital do exame, divulgado ainda em maio/2012. E o fizeram sob a vigência deste Termo.
legítima suposição de que o termo de ajustamento, homologado CLÁSULA TERCEIRA – DA VIGÊNCIA
judicialmente em um processo coletivo, ou seja, em caráter erga O presente Termo vigorará pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados da
omnes, teria algum valor jurídico. Contudo, encerrado o ENEM, data de sua assinatura.” (grifamos)
divulgadas as notas finais e já às vésperas do SISU, é agora o Poder 25. Merece registro, também, o fato de que a Cláusula Quinta do
Público surpreendido por dezenas de decisões judiciais que mesmo TAC, em que pese óbvio, mas para não deixar nenhuma
simplesmente desconsideram a coisa julgada e os termos deste acordo, margem de dúvidas, deixou bastante claro o encerramento das
alterando-se as regras do jogo após o término da partida. discussões judiciais sobre o tema:
[...] “CLÁUSULA QUINTA – DA UTILIDADE DO TERMO
17. Foi ajuizada pelo Ministério Público Federal junto ao Juízo As partes expressamente autorizam a utilização do presente Termo de
Federal Plantonista do Estado do Ceará, em 03/01/2013, uma Ação Compromisso e Ajustamento de Conduta nos autos das ações judiciais
Civil Pública sob o nº 0000003-69.2013.4.05.8100, objetivando vistas relativas à matéria”.
da prova de redação do ENEM/2012 a todos os candidatos, com 26. O TAC foi assinado, juntamente com outras autoridades, pela
apresentação das razões de correção, bem como a garantia do direito Subprocuradora-Geral da República Gilda Pereira Carvalho, ocupante
ao recurso administrativo dos participantes insatisfeitos. Ou seja, do cargo de Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão. Ato
objeto idêntico ao das ações individuais aqui discutidas. contínuo, o termo foi objeto de homologação judicial, tendo-se por
18. Concedida a antecipação da tutela pelo juízo plantonista, a r. encerrada a discussão não apenas para o ENEM/2011, mas também
decisão foi objeto de Pedido de Suspensão, imediatamente acatada para todos os exames que se seguirão até, pelo menos, o ano de 2016.
pelo M.M. Desembargador Federal Presidente do TRF 5ª Região, 27. Como se vê, o mencionado TAC, celebrado entre o INEP, a
UNIÃO e o MPF, em 2011, estabeleceu que a partir do ENEM/2012
seria viabilizado o direito de vistas de provas a todos os participantes
do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, com o caráter
meramente pedagógico. Ademais, o MPF reconheceu que o recurso de
ofício previsto pelo edital supria o recurso voluntário. O Órgão

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Ministerial, reconhecendo a peculiaridade do ENEM, considerando
que o mesmo não equivale a um concurso público, bem como
reconhecendo a lisura da sistemática do recurso de ofício na correção
das provas, reconheceu que esse instrumento preserva o contraditório
e supre o recurso voluntário.
28. Ademais, face à inexistência de recurso voluntário, reconheceu 78. Tanto a Constituição como a legislação infraconstitucional em
também que a vista das provas aos participantes teria caráter inúmeras oportunidades consagraram a segurança jurídica como
meramente pedagógico. Devido às dificuldades operacionais que princípio a ser velado com a finalidade de garantia da ordem jurídica,
envolvem o a exibição das provas para milhões de estudantes sem a qual se torna praticamente impossível o exercício de forma
participantes, essa medida ficou obrigatória a partir da corrente harmônica e coordenada do poder.
edição do ENEM, o que vem sendo rigorosamente cumprido. 79. No caso concreto, as decisões que se pretende suspender
[...] lamentavelmente deixaram de considerar minimamente qualquer
30. O INEP e a União, em relação ao ENEM/2012, estão respeitando repercussão de sua prolação na segurança jurídica.
absolutamente todas as disposições do TAC. O Edital do ENEM/2012, 80. Como relatado acima, as questões da possibilidade de vista das
elaborado tendo o TAC como perspectiva, expressamente previu a provas do ENEM bem como da legalidade do recurso de ofício já
possibilidade de os participantes requererem vista das provas, com foram resolvidas judicialmente com a celebração de um TAC com o
fins exclusivamente pedagógicos, após a divulgação dos resultados, Ministério Público Federal. É por isso que a Administração elaborou
conforme a seguinte cláusula editalícia: o Edital do ENEM 2012 com a previsão da vista da prova de caráter
“15.3 Os PARTICIPANTES poderão requerer vista de suas provas, eminentemente pedagógico.
exclusivamente para fins pedagógicos, após divulgação do resultado.” 81. O TAC, por si só, já confere aos envolvidos segurança jurídica,
[...] previsibilidade, estabilidade e efetividade. Não é saudável que um
32. Infelizmente, as decisões liminares excogitadas comprometem o legítimo representante dos interesses difusos da sociedade celebre um
planejamento da Autarquia e atropelam vários procedimentos acordo, gerando expectativas colossais de todas as ordens, e na
administrativos necessários para a viabilização de tais provas a um sequência os seus representados formulem incontáveis pedidos
universo tão grande de candidatos. judiciais em sentido contrário ao acordado, de forma casuística e, em
33. Diante da inexistência de recurso voluntário, é evidente que não algumas situações, porque não, oportunistas. Prevalecendo esse
existe pertinência quanto à necessidade de exibição da prova antes do entendimento, certamente não haverá nenhum incentivo à celebração
período de inscrição do SISU, já que a vista da prova tem finalidade de TACs, retrocedendo a discussão às infindáveis litigiosidades do
exclusivamente pedagógica, nos termos do Edital e do TAC. O processo civil.
planejamento do INEP levou esse fator em consideração. Como se 82. O Termo de Ajustamento de Conduta é uma conquista histórica da
depreende dos documentos em anexo, as notas do ENEM/2012 foram cidadania e grande avanço na proteção dos direitos transindividuais.
divulgadas em 28/12/2012. Não houve ainda tempo hábil para Deste modo, o Ministério Público, bem como o Judiciário, vêm
viabilização da vista dessas provas. patrocinando sucessivas campanhas de incentivo à solução conciliada
34. Segundo o planejamento do INEP, para que a prova possa ser de conflitos.
exibida a todos os candidatos é necessário atender todo um [...]
fluxograma de procedimentos administrativos que demanda cerca de Além da perspectiva meramente política do pedido de suspensão de
30 dias após a divulgação dos resultados, conforme detalhamento a liminar, com a edição da Lei n.º 8.437/92 foi inserido no instituto um
seguir. novo viés de conteúdo jurídico, eis que o art. 4.º do referido diploma
35. Destarte, como informa Nota Técnica elaborada pela Diretoria de também autoriza a concessão do pedido quando a decisão incorre em
Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do INEP “flagrante ilegitimidade”. O Pleno do STJ, em decisão ementada pelo
(em anexo), a implementação da solução de tecnologia para Vistas de Ministro Ari Pargendler, nos autos do AGRSLS 201001363880, bem
Folha Ótica e Folha de Redação do ENEM/2012, para fins observou essa questão, verbis:
exclusivamente pedagógicos, com acesso individualizado, em ambiente “PEDIDO DE SUSPENSÃO. ORDEM JUDICIAL DETERMINANDO
restrito e personalizado, demanda a digitalização, pelo consórcio A CONTRATAÇÃO DE SERVIDORES EM CARÁTER PRECÁRIO. A
CESPE e CESGRANRIO, e migração, para o INEP, dos arquivos suspensão de medida liminar é instituto informado pela proteção à
contendo 22 milhões de imagens das folhas de resposta, folhas de ordem, saúde, segurança e economia públicas. O juízo acerca do
redação, atas e listas de presenças digitalizadas dos 5,8 milhões de respectivo pedido foi preponderantemente político até a Lei nº 8.437,
inscritos confirmados no ENEM, para que sejam tratados/conferidos e de 1992. O art. 4º desse diploma legal introduziu um novo viés nesse
disponibilizados via internet. juízo, o da "flagrante ilegitimidade" do ato judicial. A decisão judicial
[...] que intervém na administração pública determinando a contratação de
46. É sempre importante recordar a dimensão do ENEM. Na edição de servidores públicos em caráter precário é flagrantemente ilegítima.
2012 foram 5,5 milhões de inscritos. São, ao todo, 22 milhões de Agravo regimental provido.”.
imagens e folhas de respostas, folhas de redação, atas e listas de 87. Desse modo, sob a perspectiva da flagrante ilegitimidade da
presença que necessitam ser digitalizadas. São dimensões colossais. decisão em apreço, as decisões proferidas nos autos das Ações
47. O planejamento da Autarquia, firmado em função do TAC Ordinárias, não apreciou os argumentos relativos à violação da coisa
mencionado e a partir da divulgação do Edital divulgado ainda em 24 julgada e à celebração do TAC, dando-lhe contornos de grave
de maio de 2012, o qual não havia sido objeto de nenhum ilegalidade.
questionamento quanto a esse aspecto até este momento, previa a [...]
divulgação das provas a partir de 06 de fevereiro de 2013. Uma 92. Além de todos os argumentos já apontados, os quais já
decisão liminar que antecipa a vista e determina a exibição dezenas de justificariam a concessão do presente pedido, e ainda que se
provas no curtíssimo prazo de 24 ou horas representa uma quebra reconheça que não se discute, em sede de pedido de suspensão, o
total desse planejamento e impõe um transtorno logístico insuperável mérito da tese, não há como deixar de se apontar a evidente
à Administração. ilegalidade das decisões ora atacadas, as quais ferem frontalmente o
[...] §2º art. 273 do CPC. Isto porque, verifica-se que, no caso concreto, a
tutela antecipada concedida pelo juízo de piso não só é irreversível,
como exaure completamente o objeto da ação.
93. Como é cediço, é vedada a concessão de tutela antecipada se o
provimento jurisdicional for irreversível. Admitir a hipótese contrária
é retirar do réu a possibilidade de exercer o seu direito à ampla defesa

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e ao contraditório, eis que todos os seus recursos e impugnações serão
inócuos, desprovidos de qualquer utilidade prática. A concessão de
uma tutela antecipada irreversível transforma a discussão judicial
num simples debate acadêmico, eis que esgota completamente o
proveito prático pretendido pela parte requerente. Sendo a tutela
antecipada proferida em um juízo perfunctório, provisório, não pode, devido processo legal para garantir o seu pretenso interesse, que
decerto, ter um caráter de definitividade. somente se encontra alegadamente em risco por força da sua própria
[...] inércia.
96. Sobre o tema, assim vem se posicionando o Superior Tribunal de 101. Na forma do art. 4.º, § 8.º da Lei n.º 8.437/1992, pode o MM.
Justiça, seguindo a lição doutrinária do Ministro TEORI ZAVASCKI: Presidente do Tribunal suspender as liminares cujos objetos sejam
[...] idênticos, em sede de uma única decisão. Aponta o ora Requerente a
5. Toda e qualquer tutela antecipada deve ser passível de existência de mais liminares com o mesmo objeto ora em debate. Essas
reversibilidade, nos termos do art. 273, § 2º, do CPC, porquanto sua liminares, pelos mesmos fundamentos já aduzidos, devem ser
validade vincula-se à sorte do pedido principal, a ser resolvido na igualmente suspensas.
sentença. A propósito, confira-se a doutrina de TEORI ALBINO 102. Em todas essas ações, individuais, os Autores são participantes
ZAVASCKI: "No particular, o dispositivo observa estritamente o do ENEM 2012 e visam obter provimento que lhes garantam a
princípio da salvaguarda do núcleo essencial: antecipar exibição imediata das provas de redação e de seus espelhos de
irreversivelmente seria antecipar a própria vitória definitiva do autor, correção e que lhes assegure a possiblidade de interposição de
sem assegurar ao réu o exercício do seu direito fundamental de se recurso administrativo contra a correção.
defender, exercício esse que, ante a irreversibilidade da situação de 103. O risco de efeito multiplicador é evidente. Além das ações já
fato, tornar-se-ia absolutamente inútil, como inútil seria, nestes casos, ajuizadas e das liminares já deferidas, diversas são as notícias
o prosseguimento do próprio processo" (In Antecipação de Tutela. 2ª veiculadas pela imprensa que demonstram a existência de grande
ed. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 97). número de estudantes que pretendem ajuizar ações para obter a vista
[...] imediata das provas de redação e o direito de interpor recurso
(STJ, ED nos ED no AgRg no Ag 1294707/DF, Min. ARNALDO administrativo.
ESTEVES LIMA, 1ª Turma, DJe 13/10/2011) 104. Note-se que há a notícia divulgada pela imprensa da existência
97. Em sentido similar, registrem-se os seguintes precedentes do STJ: de um abaixo-assinado com cerca de oito mil assinaturas de
REsp 1184720/DF, Min. MAURO CAMPBELL, 2ª Turma, DJe estudantes inconformados com as notas da redação do ENEM , o que
01/09/2010; e AgRg na MC 14209/DF, Min. LUIZ FUX, 1ª Turma, bem demonstra o potencial multiplicador da presente demanda.
DJe 01/10/2008. 105. Além disso, o INEP teve notícia, até o presente momento, de
98. Registre-se, ainda, o seguinte precedente da lavra do Ministro cerca de 100 (cem) liminares concedidas pela Justiça Federal do Rio
LUIZ FUX: de Janeiro, sendo que boa parte dessas liminares foram concedidas na
ADMINISTRATIVO. ATO ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. sexta-feira passada, dia 04 de janeiro.
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CAUTELAR INOMINADA C/C [...]
PEDIDO DE LIMINAR. CUNHO SATISFATIVO. 116. Até o presente momento, os representantes legais da UNIÃO e do
IMPOSSIBILIDADE. PRÁTICA DE ATIVIDADES ESTRANHAS AO INEP, respectivamente representados pela Procuradoria Regional da
LICENCIAMENTO. ART. 55, DA LEI N.º 5.991/73. AUSÊNCIA DE União (PRU) e pela Procuradoria Regional Federal (PRF), foram
VEROSIMILHANÇA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E intimados judicialmente de apenas parte das liminares já concedidas
CERTO. em regime de plantão.
1. A Ação Cautelar tem cunho meramente instrumental tendente a 117. A PRU da 2ª Região recebeu, em nome da União, 13 (treze)
garantir a utilidade prática do processo principal. decisões liminares, a saber:
2. Consectariamente, é vedado conceder a título de medida cautelar
providência satisfativa contra o Poder Público que esgote o objeto da
ação. Nº Processo Parte CPF
3. A Lei n.º 8.437, de 30 de junho de 1992, no seu art. 1º, § 3º, dispõe Ana Luiza
como medida pro populo que: "Não será cabível medida liminar que 1 0490470-23.2012.4.02.5101 da Costa 146.804.84
esgote, no todo ou em parte, o objeto da ação", preceito declarado Lima
constitucional pelo E.STF. Flávia
[...] Martins de
(STJ, REsp 772972/SE, Min. LUIZ FUX, 1ª Turma, DJ 29/10/2007 p. 2 049071-08.2012.4.02.5101 126.383.93
Souza da
182). Silva
[...] Bruno
100. Por outro lado, cumpre ressaltar que, no caso concreto, estamos 3 0490473-75.2012.4.02.5101 Passami 132.150.46
diante de um periculum in mora fabricado pela própria parte adversa. Mendonça
Isto porque, desde que se inscreveu no exame, o candidato já tinha Bruno
acesso às regras do Edital. Desta forma, o recorrido já tinha pleno 4 0490001-40.2013.4.02.5101 Heine 151.113.63
conhecimento da data em que seria dada a vista da redação, das Peixoto
condições nas quais a redação seria corrigida e consultada e já tinha, Olivia
também, conhecimento da inexistência de recurso voluntário. Assim, Alencar
se o candidato discordava das regras editalícias, já poderia, e deveria, 5 0490464-16.2012.4.02.5101 141.044.81
Leão
ter impugnado de forma tempestiva os termos do Edital. Ao manejar a Meirelles
presente ação somente no momento atual, acabou por criar um perigo Diogo
na demora que não existia. Desta forma, não pode, agora, pretender 6 0490010-02.2013.4.02.5101 Eiras 140.461.06
que se subvertam todas as regras processuais e toda a lógica do Pontes
Thiago
Scharth
7 0490474-60.2012.4.02.5101 141.044.81
Monteneg
ro

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Maria
8 0490008-32.2013.4.02.5101 Regadas 157.693.297-42
Lopes
Anna
Lene
Cremonez Natalia
137.308.417-00 e
9 0490014-39.2013.4.02.5101 Taveira e
159.469.657-86 4 0490022-16.2013.4.025101 Dabés 147.907.12
Paloma Guimaraes
Costa e Isabella de
Silva 5 0490026-53.2013.4.025101 Almeida 127.601.48
Iris Klein
10 0490015-24.2013.4.02.5101 Feitosa da 121.726.617-68 Isadora
Silva 6 0490028-23.2013.4.02.5101 Pillar 15.093.121
Caroline 110.435.067-05 Cunha
Sampaio Alessandra
11 0490021-31.2013.4.02.5101
Lima e 7 0490027-38.2013.4.02.5101 de Souza 153.977.63
Silva. Reis
Glauco 105.939.467-74 André
12 0490020-46.2013.4.02.5101 Gomes de 8 0490033-45.2013.4.02.5101 Moreira 145.641.91
Azevedo Nogueira
Thais 105.735.877-01 João Pedro
13 0490002-25.2013.4.02.5101 Bastos de 9 0490035-15.2013.4.02.5101 Tinoco 138.466.49
Castro Bastos
Rayanne
118. Ao seu turno, a PRF da 2ª Região, representante legal do INEP, 10 0490032-60.2013.4.02.5101 de Araújo 130.093.65
foi judicialmente intimada das seguintes liminares: Silva
Gabriela de
Nº Processo Parte CPF Oliveira
11 0490030-90.2013.4.02.5101 157.119.12
Amaral
Maitê 147.183.577-48 Quaresma
1 0490046-44.2013.4.02.5101 Lima Marcos
Gondim Fialho
Matheu 147.127.547-70 12 0490038-67.2013.4.02.5101 Araújo 149.514.25
s Soares de
2 00490039-52.2013.4.02.5101
Oliveira Sousa
Bastos Anna
Nicolas 152.537.267-05 13 0490037-82.2013.4.02.5101 Carolina 114.907.28
Duenas Luz Nunes
3 00490042-07.2013.4.02.5101
Trindad Alexandre
e 14 0490034-30.2013.4.02.5101 Moraes de 404.145.89
Bruno Carvalho
4 0490001-40.2013.4.02.5101** Heine 151.113.637-50 Natan
Peixoto 15 0490036-97.2013.4.02.5101 Aguilar 386.285.44
Thiago 360.924.318-07 Duek
Doutor Victor
5 00490047-29.2013.4.02.5101
Pelegrin 16 0490041-22.2013.4.02.5101 Hernandes 101.488.87
e Silva Maia
* também recebida pela PRU-1 Larissa
[...] 17 0490040-37.2013.4.02.5101 Quintanilh 156.066.45
121. Segue a listagem completa dos processos judiciais dos quais o a Pimentel.
INEP foi informalmente cientificado, a qual dá conta da existência de Milena
mais 83 (oitenta e três) liminares já concedidas pela SJRJ, além das Maria
17 já intimadas: Daumas de
18 0490056-88.2013.4.02.5101 150.795.19
Azevedo
Nº Processo Parte CPF Assumpçã
o
Tamires
Monica
1 0490016-09.2013.4.02.5101 Able 004.617.641-13
19 0490043-89.2013.4.02.5101 Lages do 131.804.39
Carmona
Amaral
Ian Varela
2 0490018-76.2013.4.02.5101 146.333.187-80 Lara
Soares
20 0490062-95.2013.4.02.5101 Belleza 157.504.25
Hugo
Ávila
3 0490017.91-2013.4.02.5101 Ferreira 127.844.837-38
Rafael
Alves
21 0490045-59.2013.4.02.5101 Boechat 116.080.00
Ribeiro
Paula
Perrota dos
22 04900072-42.2013.4.02.5101 110.486.22
Reis
Santos

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Michelle
23 0490050-81.2013.4.02.5101 da Silveira 127.577.067-30
Guimarães
Leandro
24 0490049-96.2013.4.02.5101 Cesar 087.639.137-47
Monteiro Guilherme
Manuella 40 0490082-86.2013.4.02.5101 Ferreira 152.991732
Duarte da Lima
25 0490070-72.2013.4.02.5101 102.752.347-11
Rocha Daniel
Nogueira 41 0490088-93.2013.4.02.5101 Furtado 127.548.56
Pedro Ivo Martino
Tonini Alex Nardi
26 0490051-66.2013.4.02.5101 130.266.037-32
Risolia de
Barbosa 42 0490084-56.2013.4.02.5101 140.855.15
Carvalho
Caio Dantas
Augusto Patrícia
27 0490058-58.2013.4.02.5101 Rodrigues 104.606.947-07 Tavares de
Alves 43 0490080-19.2013.4.02.5101 148.669.22
Castro
Vieira Faria
Carolina Mateus
Garcindo Costa
28 0490060-28.2013.4.02.5101 159.708.487-51
Dayrell Santos e 121.723.92
Garrote 44 0490069-87.2013.4.02.5101
Beatriz 139.261.30
Ana Bicudo
29 0490065-50.2013.4.02.5101 Carolina 124.086.377-24 Hees
Pimenta Gabriel
Isabela 45 0490059-43.2013.4.02.5101 Teixeira 149.630.97
Moreira Barifouse
30 0490068-05.2013.4.02.5101 113.208.537-30
Pereira de Johatan
Souza 46 0490061-13.2013.4.02.5101 Tavares 125.848.14
Marco Travassos
Antônio Daniela do
31 0490063-80.2013.4.02.5101 Guimarães 052.726.897-6347 0490092-33.2013.4.02.5101 Amaral 123.009.62
Auad Val Passos
Barroca Natália
Heitor Lúcia
Alvito
32 0490074-80.2013.4.02.5101 154.470.667-7848 0490090-63.2013.4.02.5101 Carneiro 940.972.24
Recio de Ribeiro
Souza Coutinho
Daniella Luisa
33 0490086-80.2013.4.02.5101 Alves de 154.570.267-5249 0490052-51.2013.4.02.5101 Varsertein 158.936.15
Santana Newlands
Rodrigo Ihannah
34 0490054-36.2013.4.02.5101 Zamith 146.889.257-6050 0490089-78.2013.4.02.5101 Pinto 147.371.53
Cunha Guedes
Taynah Vanessa
Ohana Regina
35 0490067-20.2013.4.02.5101 133.434.967-31
Villela Gonçalves
Muylaert 51 0490091-48.2013.4.02.5101 114.450.70
de Souza
Bernardo Nasciment
Shogo o
36 0490057-73.2013.4.02.5101 166.073.477-03
Okada Francisco
Ahmed Gabriel da
Rafael 52 0490076-79.2013.4.02.5101 147.111.93
Alexandria
Gonçalves Pires
37 0490066-35.2013.4.02.5101 120.157.387-46
Damascen Tatiana dos
o 53 0490019.61-2013.4.02.5101 Santos 146.108.95
Beatriz Gerivazo
38 0490078-49.2013.4.02.5101 Pereira 115.808.307-65 Felipe
Cavalcante Alberto de
Gabriela da 54 0490099-25.2013.4.02.5101 Albuquerq
39 0490054-21.2013.4.02.5101 Silva de 136.473.127-46 ue
Souza Gonçalves xxxx
Beatriz
Pego
55 0490055-06.2013.4.02.5101 158.303.09
Damascen
o
Deborah
56 0490085-41.2013.4.02.5101 390.452.71
Regina

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Salim
Bruna
57 0490081-04.2013.4.02.5101 Mendonça 135.679.867-59
de Araújo
Bruna
Brasil Ó Silva
Fernandes Andressa
Pereira e 118.092.167-45 e Cortez
58 0490093-18.2013.4.02.5101
Vitor 160.669.807-93 Bellotti
Espanha da Rodante e
Costa 010.284.53
74 0490118-31.2013.4.02.5101 Ricardo
Monteiro 124.364.81
Elias
Hanna Restum
Cristina Antônio
59 0490075-94.2013.4.02.5101 129.006.557-81
Miranda de Filho
Almeida Felipe
Raphael 75 0490116-61.2013.4.02.5101 Carvalho 107.845.84
60 0490083-71.2013.4.02.5101 Keler de 135.222.267-12 Marins
Oliveira Marcos
Pedro 76 0490102-77.2013.4.02.5101 Ribeiro de 036.009.24
Henrique Almeida
61 0490077-64.2013.4.02.5101 147.676.617-73
Leal de Gabriel de
Magalhães 77 0490105-32.2013.4.02.5101 Souza 141.943.91
Letícia Barbosa
Duarte Bruna da
62 0490079-34.2013.4.02.5101 137.276.507-70
Alfradique 78 0490100-10.2013.4.02.5101 Costa 158.069.40
da Cunha Rodrigues
Gulherme Rebeca
63 0490087-11.2013.4.02.5101 Halpen 144.618.047-6379 0490106-17.2013.4.02.5101 Dantas de 116.072.07
Rodrigues Oliveira
Jeferson Ana
64 0490101-92.2013.4.02.5101 Pereira 137.841.517-52 Carolina de
Ferreira 80 0490103-62.2013.4.02.5101 126.393.27
Abreu
Simone Escobar
65 0490094-03.2013.4.02.5101 Rosa 022.974.767-10 Bruna de
Cunha Melo
Lucas 81 0490104-47.2013.4.02.5101 143.567887
Barreto
Nolasco Pereira
66 0490114-91.2013.4.02.5101 145.446.577-84
Ribeiro de Raphael
Lima Javert
Letícia 82 0490110-54.2013.4.02.5101 149.189.53
Garrido
67 04900098-40.2013.4.02.5101 Mendonça 160.440.817-02 Teixeira
Faria Valdevir
Jéssica 83 0490108-84.2013.4.02.5101 Félix 220.455.20
Cristina Mateus
68 0490097-55.2013.4.02.5101 139.898.697-60
Paulo de
Souza 122. O que se verifica, pois, é que até 05/01/2012 (sábado), o INEP e a
Carlos UNIÃO tiveram conhecimento de concessão de, no mínimo, 100 (cem)
Eduardo
69 04900112-24.2013.4.02.5101 139.582.537-84decisões liminares acerca do ENEM 2012.
Moreno [...]
Zahm 2- Assim, requereu, in fine, fossem “liminarmente suspensos os efeitos
Bruna das decisões liminares concessivas de antecipação de tutela proferidas
70 0490071-57.2013.4.02.5101 Madeira pelo MM. Juízo Plantonista da 09ª Vara Federal do Rio de Janeiro”
Trajano (sic) – mencionadas no item 12 da exordial, bem como fossem
Luiz “estendidos os efeitos deste pedido de suspensão a todas as demais
Gustavo
71 0490113-09.2013.4.02.5101 137.530.257-47decisões liminares que venham a ser concedidas no âmbito do TRF-2
Moreno acerca do ENEM 2012 com objeto similar, na forma do §8º artigo 4º da
Zakhn Lei nº 8.437/92 (sic).
Iuri 3- Em 04/01/2013, o Exm.º Des. Fed. PAULO ROBERTO DE
72 0490095-85.2013.4.02.5101 Queiroz 108.684.267-76OLIVEIRA LIMA, Presidente do Eg. TRF-5a Região, prolatou decisão
Grivet adiante transcrita, verbis, cujos termos adoto integralmente como
André
73 0490115-76.2013.4.02.5101 061.304.857-19razões de decidir:
Felipe do Cuida-se de Pedido de Suspensão formulado pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e pela UNIÃO. O assunto do
momento é o Exame Nacional do Ensino Médio, ENEM- 2012.
Eis o comando da decisão impugnada:
25- Assim, DEFIRO o pedido de antecipação de tutela no sentido de
determinar ao promovido que exiba as provas de redação dos

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estudantes que se submeteram ao último Enem devidamente corrigidas
e acompanhadas de justificativas da pontuação, incluindo os espelhos
de referidas provas.
26- Entendo que o pedido quanto às eventuais reclamações oriundas
das análises das redações deva ser melhor apreciado pelo juízo a
quem for distribuída a presente ação, vez que não presente a urgência fosse – até obtê-lo.
indicada nesta data de 03 de janeiro. (...)
27- Intimem-se, com urgência, a digna a parte promovida para o Numa primeira hora, queria-se notícia acerca dos critérios para a
cumprimento deste decisum no prazo de 48 (quarenta e oito horas), correção das provas objetivas do ENEM. Depois, pretendeu-se a
sob pena de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (art. 461, §§ 4° e desconsideração das notas da prova de redação, o que o Juiz Federal
5°, CPC), a cargo do INEP, e multa no valor total de R$5.000,00, a Plantonista rechaçou, cf. fls. 36 e ss.. Por fim, desejou-se a exibição, a
cargo do agente público que de qualquer modo dificultar a execução todos os candidatos, das provas de redação que cada um tivesse
deste provimento (par. único, art. 14, CPC). feito.”
28- Expedientes necessários. É o que se vê agora, de novo e lamentavelmente.
29- Após, distribua-se normalmente. Sobre o caso, anoto, antes de qualquer outra coisa, que o MPF, em
Fala-se, no requerimento examinado, i) que decisões judiciais singelas 03 laudas --- sim, três míseras laudas ---, formulou
anteriores teriam reconhecido a legalidade da atuação do INEP e da postulação a) repetida, sendo que as anteriores acabaram rechaçadas
UNIÃO na condução do ENEM; ii) que tentar a disponibilização por esta Corte Regional; e, ademais, b) francamente colidente com um
imediata das provas, em atenção ao comando judicial, sobre parecer Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) homologado por decisão
materialmente inexequível, desorganizaria a administração judicial transitada em julgado. Não há, bem lidos os documentos
insuportavelmente; iii) que outras medidas já teriam sido adotadas representativos da causa, como crer em outro ânimo na propositura
para aperfeiçoar o sistema de correção das provas e para ampliar o desta ação que não seja o desejo de combater a existência do exame
instrumento do recurso de ofício, substituto do recurso voluntário; iv) por si, como se fora viável que o Poder Judiciário o revogasse ou,
que o ruído entre as instituições envolvidas, com reiterado desrespeito quando pouco, o inviabilizasse.
a determinado ajuste de conduta homologado judicialmente, Sigo a análise, assentando, como fiz das outras vezes, que o Pedido de
impactaria a ordem pública em suas dimensões política e jurídica; e v) Suspensão, conquanto excepcional, é remédio que tem lugar em caso
que haveria risco de efeito multiplicador, pelo qual a suspensão como o dos autos, dado que também seja excepcional. Trata-se, aliás,
deveria ser estendida a decisões outras, exaradas nos feitos de questão superada pela jurisprudência no âmbito deste TRF-5.
individuais mencionados. Bem a propósito, reitero referência que fiz na SL nº 4293-CE,
A postulação, em sua literalidade, é a seguinte: aludindo, àquela época, à decisão Plenária exarada na SL nº
“a) Sejam liminarmente suspensos os efeitos da decisão liminar 4271/CE, que, de sua vez, já mencionava a SL nº 4208-CE:
concessiva de antecipação de tutela proferida pelo MM. Juízo “No exercício da Presidência, tenho procurado --- como fiz questão de
Plantonista da 11ª Vara Federal/CE na Ação Civil Pública ainda sem destacar na decisão monocrática ora combatida ---, exercer com
número, ajuizada pelo Ministério Público Federal no Ceará; extremo cuidado o controle político das liminares e das execuções de
b) Que, na mesma decisão, na forma do § 8.º do artigo 4.º da Lei n.º sentença, reservando-o aos casos de induvidosa repercussão
8.437/92, seja suspensa a execução das liminares proferidas no generalizada (onde, de fato, perigue a ordem pública ou sejam de
processo n.º 0800001-48.2013.4.05.8300, exarada pelo Juízo monta os danos possíveis para o erário e para outros bens submetidos
Plantonista da Seção Judiciária de Pernambuco, e nos processos nº à proteção do instituto da suspensão). E tanto assim que, em oito
0800006-88.2013.4.05.8100, nº 0016823-03.2012.4.05.8100, nº meses de mandato, somente tive ensejo de suspender duas liminares.
0000001-02.2013.4.05.8100 e nº 0800917-37.2012.4.05.8100, Esta atitude decorre do desapreço que guardo em relação a este
exaradas pelo Juízo Plantonista da Seção Judiciária do Ceará” instituto de exceção, desigualador dos partícipes do processo, dado
Documentos foram juntados (fls. 27 e ss.). que seu uso é reservado apenas às pessoas jurídicas de direito
Analiso, portanto, o que me cabe. público. Demais disso, penso que o controle jurídico das liminares
O assunto não é novo no âmbito deste TRF-5; trata-se, com efeito, do deve ser o caminho natural das impugnações, ficando o instituto da
terceiro, talvez quarto, Pedido de Suspensão relativo ao ENEM; suspensão, mediante controle político, limitado -- repita-se à exaustão
nestas vezes todas, sucederam múltiplas argumentações, todas -- a casos excepcionais.
alinhavadas pelo mesmo Procurador da República e em momento Sem embargo, tenho que, na hipótese dos autos, o cabimento do
agudo dos exames, às raias de inutilizá-los inteiramente. pedido de suspensão é manifesto, cumprindo à Presidência examiná-lo
Nunca importou ao MPF cearense que o assunto fosse trazido à (seja para deferi-lo, seja para denegá-lo).
Justiça em repetição (e as ações judiciais, como se sabe, necessitam É que a liminar considerada atinge a esfera de interesses de cerca de
de ineditismo). Do mesmo modo, nunca lhe importaram as guinadas 5.000.000 (cinco milhões) de estudantes, espraiando seus efeitos para
retóricas que deu (em busca de uma chance de obter, em juízo, o ingresso deles nas várias universidades públicas do país, com
qualquer vitória, mínima que fosse). repercussão na concessão de bolsas, na obtenção de financiamentos e
Sempre quis, em verdade, que o exame permanecesse sob ataque na orientação de políticas públicas. O assunto é grave e influi, sim, na
judicial – e assim foi feito. Cheguei a dizer na SL nº 4293-CE, não sem organização da administração. Importante, neste passo, referir que,
alguma má compreensão, que o propósito ministerial tinha escopo em oportunidade em tudo igual à presente (ao menos quanto ao
“político”. Não me referia, evidentemente, à política partidária, mas cabimento do pedido, relativo também ao ENEM, em certo processo
ao desejo de atacar o ENEM pelo fato – puro, isolado -- de haver o oriundo do Estado do Ceará), o então Presidente Luiz Alberto Gurgel
ENEM, tantas eram as argumentações dirigidas contra o exame, de Faria conheceu da postulação e, em seguida, o Pleno do tribunal,
fossem razoáveis ou não: provocado através de agravo, manteve, à unanimidade de votos, o
“Note-se, como exemplo desta última afirmação, que a inicial da Ação mesmo entendimento (Suspensão de Segurança nº 4.208-CE).
Civil Pública nº 0000014-35.2012.4.05.8100 sofreu dois aditamentos, Fico, portanto, tranquilo quanto ao cabimento do pedido, contando
sugerindo que o MPF não soubesse exatamente o que queria, mas que com o pronunciamento prévio do Plenário da Corte, que
reconhecidamente queria, tendo perseguido o resultado – fosse qual ocasionalmente dirijo.”
Viável abstratamente o Pedido de Suspensão por todas as razões que
expus antes e que agora reitero, penso que seja o caso de deferir a
postulação formulada. Há várias razões para fazê-lo. De saída, repito
o que já mencionei sobre o tema “exibição das provas” na SL nº 4293
– CE:

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“Houve, é verdade, uma primeira ação civil pública “cearense”,
também orientada à disponibilização das provas de redação e de seus
espelhos a todos os candidatos (a demanda foi movida pelo MPF, e
findou encaminhada à Seção Judiciária do Distrito Federal por
prevenção reconhecida); sim, não houve recurso da decisão que
declinou da competência, donde não vicejar condições para outro Aliás, por falar no Edital do ENEM–2012, é fato digno de nota o seu
juízo, que não o da 13ª Vara Federal/DF, debruçar-se sobre a matéria lançamento em 24 de maio do ano passado (fls. 79 e ss.), não tendo
--- e nem isso mais parece possível. sido objeto, ao que se tem notícia, de ataque judicial, fosse em ação
É que, na 13ª Vara/DF, um Termo de Ajustamento de Conduta foi coletiva, fosse em ações individuais. Somente agora, com o jogo já
celebrado pela Subprocuradoria Geral da Pública, pela UNIÃO e pelo jogado e às portas do Sistema de Seleção Unificada (SISU), sucedeu a
INEP, tendo sido resolvido que apenas a partir de 2012 a exibição das judiciarização das contendas, como se, para além de tudo, preclusão
provas e dos espelhos teria curso. Não é o caso, aliás, de falar-se de não houvesse --- mas há.
simples litispendência entre os processos, posto que já se tem, naquela Assim, a exibição das provas às vésperas do SISU, paralisando a
primeira relação, homologação judicial consagrando a autoridade da administração, além de não dar ensejo aos recursos voluntários
coisa julgada.” desejados pelo MPF, somente teria a serventia (?) de justificar uma
A decisão homologatória do TAC a que fiz referência, lavrada no possível ida à Justiça contra as correções dadas às provas.
Processo nº 37994-96.2011.4.01.3400, que tramitou no âmbito da 13ª Mas aí o absurdo é manifesto.
Vara da Seção Judiciária do DF, está colacionada às fls. 51 e 52. É A uma, porque o acesso ao material está garantido para 06 de
clara, outrossim, em haver extinto aquela relação processual com fevereiro próximo, o que já atenderia, vá lá, ao propósito cogitado; a
exame do mérito, pelo que resta induvidosa a ocorrência de coisa duas, porque --- mais importante --- a jurisprudência consagrada há
julgada material. décadas, inclusive no âmbito do Supremo Tribunal Federal, rechaça,
E o que ficou celebrado na ocasião? Os autos não poderiam ser mais peremptória e absolutamente, a intervenção do Poder Judiciário nos
eloquentes. Transcrevo as duas ou três passagens que importam para critérios adotados pelas bancas examinadoras dos concursos públicos,
o exame do momento: algo que, em havendo, atentaria contra o princípio Magno da
CLÁSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES Separação dos Poderes.
As Partes que firmam o presente Termo de Compromisso e Vê-se, então, que a decisão combatida impôs à administração a)
Ajustamento de Conduta assumem as obrigações descritas neste adotar providência materialmente irrealizável, posto que estivesse,
instrumento. por meses, programada para certo calendário que findou abreviado
Parágrafo Primeiro. O compromissário permitirá vistas de provas, de enormemente, em franca contribuição para o colapso do exame e do
caráter meramente pedagógico, para os participantes que realizarão processo seletivo que se avizinha; que b) a exibição imposta não tem
as provas do Exame Nacional do Ensino Médio, a partir da primeira sentido prático, já que recursos voluntários não estão previstos, seja
edição do ENEM no ano 2012, a pedido do interessado. no TAC homologado judicialmente, seja no edital inatacado do exame;
Parágrafo Segundo. O compromitente reconhece que o recurso de que c) o acesso às provas já está assegurado para breve, a bem de que
ofício previsto no edital nº 07, de 18/05/2011, supre o recurso a finalidade pedagógica da exibição, aquela desejada pelas
volúntário, devendo ser expressamente prevista aquela garantia na instituições envolvidas na causa, tenha lugar; que d) possíveis ações
vigência deste Termo. judiciais, teoricamente cogitáveis a partir de fevereiro, são de péssimo
Não há a mais mínima dúvida, portanto, de que o Ministério Público prognóstico jurisprudencial, o que se diz não por intuição, mas em
Federal e o INEP concordaram com a exibição das provas, a partir de respeito aos precedentes até mesmo da Suprema Corte do país; e que
2012, para fins “meramente” pedagógicos; e, do mesmo modo, que a e) viceja severo risco de efeito multiplicador se não houver a
existência do “recurso de ofício” supriria o “recurso voluntário” suspensão pretendida, perceptível inclusive pelas ações individuais
pretensamente manejável pelos candidatos. mencionadas na peça pórtico.
Agora, na ação em exame, não se ataca o descumprimento do ajuste, Reitero, enfim, a convicção de não caber ao Poder Judiciário eleger
como se, por exemplo, o INEP não houvesse honrado a palavra dada as soluções que, por força da Separação dos Poderes consagrada na
em juízo e a res iudicata. Quer-se, bem ao reverso, é que a exibição Carta da República, digam respeito ao Executivo. A sindicabilidade
das provas tenha caráter outro que não o pedagógico, a saber, judicial das escolhas da Administração, sim, é possível, mas apenas
permitir a interposição de recurso voluntário pelos candidatos, algo nos aspectos da legalidade que haja dado ensejo aos atos respectivos
que o TAC também afastou; leio a inicial da ACP, fls. 36: – como houve no caso do vazamento das provas, por exemplo --, e
5. O material que instrui a peça vestibular contém CD-R com cerca de nunca pelo desejo solteiro de impor a vontade que o MPF ou Poder
oito mil assinaturas de candidatos inconformados com o fato de as Judiciário viessem de ter.
notas atribuídas não obedecerem aos critérios de correção eleitos na Enfim, rogando escusas a eventuais entendimentos dissonantes, e com
cláusula editalícia, e em razão da absoluta impossibilidade de conferir fundamento nas disposições encartadas na Lei nº 9.494/97, Art. 1º(1);
eficácia à verificação da disciplina de avaliação da redação, posto que a Lei 8437/92, Art. 4º(2); Lei nº 7347/85, Art. 12, § 1º(3); e Art. 228 do
disponibilização e acesso às provas corrigidas dar-se-á, pelo calendário
oficial, somente no dia 06.02.2013, para fins meramente pedagógicos e
1 “Art. 1º Aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts. 273 e 461 do
sema direito a qualquer recurso. Vale dizer, 01 (um) mês após o
Código de Processo Civil o disposto nos arts. 5º e seu parágrafo único
processo de inscrição e seleção no SISU, e consequentemente às
e 7º da Lei nº 4.348, de 26 de junho de 1964, no art. 1º e seu § 4º da
matrículas nas Universidades, o que torna inócua qualquer discussão,
Lei nº 5.021, de 9 de junho de 1966, e nos arts. 1º, 3º e 4º da Lei nº
versando a respeito das correções das redações!
8.437, de 30 de junho de 1992.”
É preciso reconhecer que a postulação feita pelo MPF insurge-se
contra aquilo que o INEP e o próprio Parquet deliberaram; viola a 2 “Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o
coisa julgada, portanto, já que pretende impor, à exibição dos conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho
documentos, um caráter que ela não deveria ter, tudo para que se fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o
viabilizem recursos voluntários que o ajustamento não prevê - e nem, Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público
por consequência, o edital do exame. ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de
manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar
grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.
3 “Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem
justificação prévia, em decisão sujeita a agravo.
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e

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4
Regimento Interno desta Casa ( ), tenho a hipótese como sendo
justificadora da contracautela, pelo que DEFIRO O PEDIDO
FORMULADO, NO SENTIDO DE SUSPENDER A EFICÁCIA DA
DECISÃO ATACADA (ACP 0000003-69.2013.4.05.8100, em trâmite
da SJ-CE), SUSPENDENDO, DO MESMO MODO, AS DECISÕES
EXARADAS NAS AÇÕES INDIVIDUAIS MENCIONADAS NA antecipações de tutela deferidas no âmbito dos Juízos de Primeiro
PETIÇÃO INICIAL (Processos 0800006-88.2013.4.05.8100, Grau, jurisdicionados a este Eg. Tribunal Regional Federal da 2a
0016823-03.2012.4.05.8100, 0000001-02.2013.4.05.8100 e Região, como também às medidas supervenientes, que vierem a ser
0800917-37.2012.4.05.8100, da SJ-CE; e Processo Individual n.º deferidas no mesmo sentido.
0800001-48.2013.4.05.8300, da SJ-PE). 9- Dê-se ciência à Exm.ª Sr.ª Juíza Federal Presidente da 1 a Turma
Comunique-se o teor desta decisão aos juízos de origem. Recursal da SJRJ, designada para atuar como Gestora da Secretaria
Publique-se. Intimem-se. Única das Turmas Recursais da SJRJ, FÁTIMA MARIA NOVELINO
4- Ora, o pedido de suspensão de tutela antecipada, conforme posto na SEQUEIRA, ao Exm.º Sr. Juiz Federal Presidente da Turma Recursal
exordial, foi submetido, em regime de plantão, ao Eminente da SJES, BOAVENTURA JOÃO ANDRADE, para as providências
Desembargador Federal ANDRÉ FONTES, Corregedor-Regional da que entenderem pertinentes e comunicações que se fizerem
Justiça Federal da 2a Região, no exercício da Presidência deste Eg. necessárias, no âmbito dos Juizados Especiais Federais da 2a Região.
Tribunal, que indeferiu a liminar reclamada, ensejando a interposição 10- Dê-se ciência, ainda, ao Exm.º Sr. Ministro Presidente da Turma de
do Agravo Regimental de fls. 260/275, instruído com as peças de fls. Uniformização dos Juizados Especiais Federais, JOÃO OTÁVIO DE
276/306. NORONHA, ao Exm.º Sr. Ministro da A.G.U., LUÍS INÁCIO
5- O Agravo Regimental reafirmou os fundamentos da peça inaugural, ADAMS e ao Exm.º Sr. Ministro da Educação, ALOIZIO
requerendo a reconsideração da decisão agravada, para o fim de ser MERCADANTE, para as providências que entenderem necessárias, no
concedida a suspensão das liminares que anteciparam a tutela, âmbito de suas elevadas e soberanas competências.
conforme inicialmente descreveu-se. 11- Por força do mencionado § 8o, do art. 4o, da Lei n.º 8437, de
6- Vieram os autos conclusos, na data de ontem (07/01/2013), eis que, 30/06/92, determino que se dê ciência a todos os Juízes Federais e
na condição de Vice-Presidente deste Colendo TRF-2a Região, diante Juizados Especiais Federais, com jurisdição nos Estados do Rio de
das férias regulamentares da Eminente Presidente, Des. Fed. MARIA Janeiro e do Espírito Santo, através do sistema SIGA, ou outro
HELENA CISNE, no exercício da Presidência, coube-me examinar o equivalente, aplicado no âmbito da jurisdição deste Eg. TRF-2 a Região,
recurso de Agravo Interno intentado pela União e pelo Instituto inclusive, se necessário, por fax.
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. 12- P.R.I. Cumpra-se.
7- Examinados os autos, constato que o Eminente Desembargador Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2013.
Federal PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA, Presidente do Eg.
TRF-5a Região, exauriu a matéria versada acerca do ENEM/2012, com
objeto similar ao que consta deste feito, razão por que, desde o item 3
suso, mencionei que adotava integralmente aquelas razões e por isso
dou provimento ao Agravo Regimental, reconsiderando a r. decisão de BOLETIM: 137440
fls. 253/256, para deferir o pedido, nos termos em que foi requerido no
item 123 da inicial, para que:
“Sejam liminarmente suspensos os efeitos das decisões liminares
concessivas de antecipação de tutela proferidas pelo MM. Juízo XXI - SUSPENSAO DE LIMINAR 1373 2012.02.01.021187-0
Plantonista da 09ª Vara Federal do Rio de Janeiro referidas do item 12 Nº CNJ :0021187-52.2012.4.02.0000
desta peça. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Sejam estendidos os efeitos deste pedido de suspensão a todas as MARIA HELENA CISNE -
demais decisões liminares que venham a ser concedidas no âmbito do PRESIDENTE
TRF-2 acerca do ENEM 2012 com objeto similar, na forma do §8º REQUERENTE :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
artigo 4º da Lei nº 8.437/92.” PROCURADOR :LEONARDO ESPINDOLA E OUTROS
8- Por força do que dispõe o § 8o, do art. 4o, da Lei n.º 8437, de REQUERIDO :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
30/06/92, tem a presente decisão força erga omnes, prevalecendo seus DUQUE DE CAXIAS-RJ
efeitos não só sobre as concessões de medidas liminares e/ou ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL DUQUE
DE CAXIAS/RJ (201251180027980)
ÓRGÃO ATUAL :GABINETE DA PRESIDÊNCIA
para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia INTERESSADOS :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
pública, poderá o Presidente do Tribunal a que competir o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO
conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, DO RIO DE JANEIRO
em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE
julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato.” CAXIAS
4 “Art. 228. Poderá o Presidente do Tribunal, suspender, em decisão UNIÃO FEDERAL
fundamentada, a execução de liminar deferida nas ações de natureza
cautelar, nas ações populares e nas ações civis públicas, movidas
contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa DECISÃO
jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público Trata-se de pedido de lavra da CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE
Federal, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante DE CAXIAS, requerendo o seu ingresso neste feito, na condição de
ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e “amicuscuriae” do MPF e do MPERJ, assim como autorização para
à economia públicas (art. 4o, da Lei nº 8.437, de 30 de junho de indicar a comissão interventora na gestão da saúde daquele Município
1992).” durante o período de recesso.
Os autos informam que o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e o
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL ingressaram com a Ação Civil
Pública nº 0002798-88.2012.4.02.5118 (2012.51.18.002798-0), com
pedido de antecipação de tutela, em face do MUNICÍPIO DE DUQUE
DE CAXIAS, do ESTADO DO RIO DE JANEIRO e da UNIÃO

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FEDERAL, objetivando a imediata suspensão de todo e qualquer
repasse de verbas, bens ou servidores daquele Município em favor das
entidades ASSOCIAÇÃO MARCA e IGEPP (ou INSTITUTO
INFORMARE), assim como a decretação de intervenção parcial nestas
instituições e a proibição de realização de novas terceirizações dos
serviços públicos de saúde em favor de Organizações Sociais e/ou administração indireta (art. 13, X, da Lei Orgânica do Município de
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, entre outros Duque de Caxias), no sentido de que a atual Administração permanece
pedidos (fls. 27/246). inerte à frente da gestão da saúde, contribuindo dessa forma para a
Em 17/12/2012, o Juízo da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias/RJ produção de risco concreto de paralisação das atividades municipais de
deferiu a tutela antecipada, determinando, entre outras medidas, a atendimento médico e hospitalar à população, entendo ser necessária a
intimação do Secretário de Estado de Saúde para indicar no prazo de formação de uma comissão temporária para gerir as sete unidades de
quarenta e oito horas uma comissão interventora composta de três saúde terceirizadas no Município até a posse da nova Administração.
servidores públicos para desempenhar tarefas imprescindíveis à Ressalte-se, porém, que a referida comissão não estará autorizada a
garantia da continuidade dos serviços nas sete unidades de saúde descumprir as determinações contidas na decisão judicial de fls.
terceirizadas (fls. 249/259). 249/259.
Em 21/12/2012, o ESTADO DO RIO DE JANEIRO apresentou pedido Diante do exposto, prestigiando o teor das decisões de fls. 249/259 e
de suspensão da execução da liminar, alegando que a imposição da 271/272 e os princípios da não-intervenção do Estado no Município e
obrigação do Estado em intervir no sistema de saúde do Município de da continuidade do serviço público, principalmente no que diz respeito
Duque de Caxias configuraria grave prejuízo à ordem e economia à assistência médica e hospitalar, e vislumbrando o seu caráter urgente,
públicas (fls. 02/26). conheço e DEFIRO PARCIALMENTE o pedido para permitir a
Em 21/12/2012, em regime de plantão, o Des. Federal Raldênio intervenção da Requerente no presente feito e autorizar que os médicos
Bonifácio Costa, Vice-Presidente, deferiu o pedido de suspensão da servidores indicados pela CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE
execução da tutela antecipada, facultando ao Juízo, após ouvidos a CAXIAS – RJ - CAMILLO DE LÉLLIS CARNEIRO JUNQUEIRA,
UNIÃO FEDERAL, PREFEITURA e CÂMARA MUNICIPAL DE LEONARDO DE DEUS MELLO e MÁRCIA GAGLIANO CAPUTO
DUQUE DE CAXIAS, e ESTADO DO RIO DE JANEIRO, formalizar - integrem uma comissão temporária, a título excepcional, sob a
indicações de servidores para integrarem a comissão interventora na presidência do primeiro, para tão-somente desempenhar tarefas
gestão de saúde naquele Município (fl. 271/272). imprescindíveis à garantia da continuidade dos serviços nas sete
A Requerente aduz que, em razão do deferimento da suspensão, os unidades de saúde terceirizadas no Município, até a data da posse da
serviços de saúde no Município de Duque de Caxias permanecem na nova Administração, quando esta assumirá a gestão da saúde pública
iminência de paralisação, isto porque o atual governo nada faz para local, restando desde já aquela comissão obrigada a apresentar ao Juízo
retomar a gestão, outrora cedida a terceiros através de contratos da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias/RJ, em até 10 (dez) dias após o
firmados com OSCIPs, as quais restaram afastadas da direção das término do recesso judiciário, relatório pormenorizado de todas as suas
unidades de saúde, por força da decisão proferida nos autos da Ação atividades realizadas no período.
Civil Pública. Assevera possuir legitimidade para ingressar nestes Desentranhe-se dos autos o documento consubstanciado em cópia de
autos e no feito originário na condição de “amicuscuriae” dos autores correio eletrônico de lavra de LEONARDO ESPINDOLA, cujo teor
da referida Ação, face sua missão constitucional de fiscal dos atos do não encontra pertinência com a apreciação do pedido.
Poder Executivo local. Por fim, alega que os três nomes indicados para Intime-se, com urgência, através de fax, a CÂMARA MUNICIPAL
a comissão de intervenção referem-se a médicos conhecidos e DE DUQUE DE CAXIAS – RJ, assim como os demais interessados.
respeitados na cidade, possuindo total idoneidade para assumir o cargo. Oficie-se.
Assiste razão em parte ao Requerente. Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2012.
Sabe-se que o escopo do plantão judicial – sobretudo o da Presidência
durante o recesso – restringe-se a apreciar medidas de caráter
eminentemente urgentes, como é o caso de medida cautelar de natureza
cível, que não possa ser realizado no horário normal de expediente ou
de caso em que da demora possa resultar risco de grave prejuízo ou de BOLETIM: 137441
difícil reparação (art. 1º, “f”, da Resolução 71, de 31/03/2009, do CNJ).
In casu, considerando o teor da decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara
Federal de Duque de Caxias/RJ, que entendeu, em sede de cognição
sumária, ser inidônea a atual Administração de Duque de Caxias – RJ XXI - SUSPENSAO DE LIMINAR 2012.02.01.021187-0
para continuar gerindo as unidades de saúde terceirizadas no Nº CNJ :0021187-52.2012.4.02.0000
Município, a ponto de determinar uma intervenção parcial do RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ESTADO DO RIO DE JANEIRO, e tendo em vista que, exatamente RALDÊNIO BONIFACIO COSTA -
neste ponto, os efeitos daquele julgado restaram sobrestados pela VICE-PRESIDENTE,
decisão monocrática proferida pelo em. Vice-Presidente deste no exercício da Presidência (em regime de
Tribunal, em regime de plantão, importa reconhecer que, neste plantão)
momento processual, os serviços de saúde pública prestados naquela REQUERENTE :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
localidade - que não podem sofrer qualquer lapso de descontinuidade, PROCURADOR :LEONARDO ESPINDOLA E OUTROS
sob pena de configuração de grave lesão à ordem pública – REQUERIDO :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
permanecem ainda sob a responsabilidade do Poder Executivo local. DUQUE DE CAXIAS-RJ
Contudo, considerando a aparente crise institucional que assola aquele INTERESSADOS :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Município, agravada pela atual e notória crise no recolhimento do lixo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO
urbano, em meio ao fortíssimo calor que atinge a região, e a notícia DO RIO DE JANEIRO
trazida pela Requerente, órgão que possui a competência exclusiva de CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE
fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da CAXIAS
UNIÃO FEDERAL
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL DUQUE
DE CAXIAS/RJ (201251180027980)

=D E C I S Ã O=

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1- O ESTADO DO RIO DE JANEIRO vem requerer a Suspensão de
Execução de Liminar em Ação Civil Pública, deferida pelo MM Juízo
da 1a Vara Federal da Seção Judiciária de Duque de Caxias, em que
figuram como Autores o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e o
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL e Réus o MUNICÍPIO DE
DUQUE DE CAXIAS, o ESTADO DO RIO DE JANEIRO e a fornecedores, mediante prévia avaliação de adequação, legalidade e
UNIÃO FEDERAL, “tendo em vista a ocorrência de grave lesão à necessidade de cada contrato, passando a ser de responsabilidade da
ordem e à economia públicas” (sic). comissão interventora o uso dos recursos públicos para gestão das
2- Alega o Requerente que “argumenta a inicial da Ação Civil Pública parcerias, em estrita observância a critérios de legalidade,
que há indícios de ocorrência de irregularidades no processo de transparência, moralidade, impessoalidade, eficiência e
terceirização dos serviços de saúde implementado pelo Município de economicidade.
Duque de Caxias, bem como que os pedidos de antecipação de tutela (ii) Juntada de extratos semanais de conta-corrente indicada no item 5
formulados não seriam irreversíveis e que visariam, tão somente, e apresentação de prestação de contas relativa a execução dos Termos
garantir a continuidade da prestação dos serviços de saúde, até que de Parceria, até o décimo quinto dia do mês subsequente, contendo
fosse retomada a gestão direta dos serviços pelo Município de Duque detalhadamente informações contábeis, financeiras, gerenciais e
de Caxias, em caso de procedência da ação [...]” (sic), argumentando, patrimoniais.
ainda, “que a suspensão do repasse de verbas visa evitar o desvio de (iii) Apresentação, no prazo de trinta dias, contados da nomeação, de:
recursos públicos, para, então, postularem que tais recursos fossem 1. Relatório preliminar acerca da execução das parcerias (...);
depositados em juízo, o que, por igual, não teria o caráter de medida 2. Relatório da situação patrimonial e estrutural de cada uma das
irreversível” (sic). unidades de saúde;
3- O MM Juízo da 1a Vara Federal de Duque de Caxias, determinou o 3. Avaliação do orçamento necessário para o financiamento de cada
seguinte, verbis: unidade de saúde, com a descrição de melhorias, obras e compras,
[...] necessária para abastecimento e estruturação de cada uma;
Assim sendo, DEFIRO A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA requerida (iv) Relatório de auditoria contábil, financeira e operacional, relativo
pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal e determino a adoção aos termos de parceria, no prazo de 75 (setenta e cinco) dias,
das medidas requeridas às fls. 244/249, relacionadas a seguir. contados da nomeação.
1) A imediata suspensão de todo e qualquer repasse de verbas, bens [...]
ou servidores do Município de Duque de Caxias em favor da 4- Assim, argumentou o Requerente que a “decisão liminar, sem
ASSOCIAÇÃO MARCA E IGEPP (ou INSTITUTO INFORMARE), ou maiores fundamentos, data vênia, determinou ao Estado do Rio de
de qualquer pessoa física ou jurídica a elas relacionadas, a título de Janeiro, sem ouvi-lo previamente, por intermédio do Exm.º Sr.
contraprestação pelos serviços já executados ou ainda a executar no Secretário de Saúde, a indicação compulsória de uma comissão
âmbito dos Termos de Parceria números 001/2009, 002/2010 e interventora, formada por 3 (três) servidores públicos estaduais para
001/2011, bem como seus respectivos aditivos, sob pena de aplicação praticar atos tipicamente de gestão administrativa, financeira e contábil
de multa pessoal ao agente público responsável pela transferência no junto ao Município de Duque de Caxias, o que o tornaria “responsável
montante correspondente a 1 % (um por cento) do valor atribuído à pela gestão e movimentação de mais de R$ 19.000.000,00 (dezenove
presente causa; milhões de reais) mensais, bem como nas obrigações de apurar a
2) Proibição do Município de Duque de Caxias realizar novas situação patrimonial, avaliar o orçamento necessário para o
terceirizações dos serviços públicos de Saúde em favor das financiamento de cada unidade de saúde, bem como efetuar auditoria
Organizações Sociais %u Organizações da Sociedade Civil de contábil, financeira e operacional relativa aos termos de parceria
Interesse Público, (..); celebrados pelo MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS com as
3) [...] entidades do Terceiro Setor” (sic), o que, a seu ver, devido ao volume
4) Intervenção parcial na ASSOCIAÇÃO MARCA e IGEPP, no que diz de recursos públicos envolvidos na demanda, causaria grave lesão à
respeito á gestão e auditoria financeira e operacional nos termos de ordem e economia públicas do Estado do Rio de Janeiro, bem como
parceria m. O 001/2011, bem como todas as respectivas prorrogações desobediência ao comando contido no art. 2o, da Lei n.º 8.437/92, face
e termos aditivos, durante o prazo de sessenta dias ou até que seja à “falta de plausibilidade jurídica dos argumentos expendidos na inicial
retomada a gestão direta das unidades de saúde terceirizadas pelo da ação civil pública” (sic).
Município de Duque de Caxias. 5- Assim sendo, o ESTADO DO RIO DE JANEIRO requer sejam
5) Intimação do Município de Duque de Caxias para que deposite, em suspensos os efeitos do item 6 da decisão liminar concedida, até o
juízo, antecipadamente, os valores mensais previstos nos termos de trânsito em julgado da decisão final do processo.
parceria n. ° 001/2009 e 001/2001: R$ 10.558. 918, 69 (dez milhões, 6- Relatado, decido, na forma prevista pelo art. 4o, da Lei 8.437/92.
quinhentos e cinquenta e oito mil, novecentos e dezoito reais e 7- O art. 2o da Lei n.º 8.437/92, invocado pelo ESTADO DO RIO DE
sessenta e nove centavos) e R$ 8.609.546,31 (oito milhões, seiscentos e JANEIRO, de forma cristalina, dispõe, verbis:
nove mil, quinhentos e quarenta e seis reais e trinta e um centavos), No mandado de segurança coletivo e na ação civil pública, a liminar
respectivamente, sob pena de penhora on line, aplicação de multa será concedida, quando cabível, após a audiência do representante
pessoal ao Prefeito e ao Subsecretário de Saúde equivalente a dez por judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se
cento do montante não transferido; pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas.
6) Intimação do Secretário de Estado de Saúde para que indique no 8- O Insigne Jurista e Administrativista PETRÔNIO BRAZ, em sua
prazo de 48h (quarenta e oito horas), uma comissão interventora festejada obra Manual de Direito Administrativo, 2a edição, p. 162,
composta de três servidores públicos para desempenhar as seguintes LED, 2001, assim preleciona verbum ad verbum:
tarefas, dentre outras imprescindíveis à garantia da continuidade dos A supremacia do interesse público tem os seus limites impostos pelo
serviços nas sete unidades de saúde terceirizada: princípio da responsabilidade do Estado. Dele, contudo, resulta o
(i) Movimentação de recursos depositados na conta bancária direito de o Estado executar seus próprios atos, constituindo qualquer
mencionada no item 5 para o específico fim de remuneração do administrado em obrigações.
quadro de pessoal contratado pelas OSCIP e de pagamento de Celso Antônio leciona que a condição de supremacia coloca o Poder
Público em situação de autoridade, de comando, relativamente aos
particulares, como indispensável condição para gerir os interesses
públicos postos em confronto.
[...]
Rui Cirne Lima, ao se referir à relação jurídica no Direito

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Administrativo, observa que essa relação se estrutura de forma
cogente e vinculada. Não se encontrando os interesses públicos à
livre disposição dos agentes públicos por ser o Estado o titular desses
mesmos interesses, são eles indisponíveis, não se encontrando, na
lição de Celso Antônio, à livre disposição de quem quer que seja, por
inapropriáveis. CAMPOS (9600361690)
O princípio da indisponibilidade dos interesses públicos confina a
atuação do administrador público ao fim exclusivamente público de EMENTA
seus atos, daí porque José Wilson Ferreira Sobrinho esclarece que EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS
onde não há possibilidade expressa de decisões alternativas, haverá INFRINGENTES. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
somente aquela que seja conforme com esse vetor principiológico. OBSCURIDADE.
[...] 1. Os embargos de declaração devem observar aos requisitos traçados
A discricionariedade não pode ultrapassar os limites impostos pela no artigo 535 do CPC (obscuridade, dúvida, contradição, omissão), não
indisponibilidade do interesse público, que não se encontra entregue à sendo esse recurso meio hábil ao reexame da causa, consoante o que
livre disposição da vontade do administrador. pretende a embargante.
Lembra Caio Tácito que a Administração não titulariza interesses 2. Inexiste qualquer omissão, dúvida ou contradição que objetivamente
públicos. O titular deles é o Estado, que, em certa esfera, os protege e resulte do julgado e que seja passível de ser sanado pela presente via,
exercita através da função administrativa, mediante o conjunto de inclusive quanto à alegação da embargante de que a previsão
órgãos (chamados administração, em sentido subjetivo ou orgânico), estatutária constituía-se de prévia autorização para a instalação de
veículos da vontade estatal consagrada em lei. novos campus e novos cursos fora da sede. O acórdão embargado,
9- Por estas razões, presentes os seus pressupostos, DEFIRO O portanto, foi claro e preciso sobre a questão posta nos autos,
PEDIDO DE “SUSPENSÃO DE EXECUÇÃO DE LIMINAR” (item 6 assentando-se em fundamentos suficientes para embasar a decisão. A
e seus sub itens), conforme requerido no item VI, da petição exordial alegada omissão do autor colide frontalmente com a tese esposada nos
de fls. 02/25, suspendendo-se os efeitos do item 6 da determinação autos, de modo que querer impor ao julgado um entendimento que ele
judicial prolatada pelo Eminente Juiz Federal da 1a Vara Federal da próprio expressamente afastou é incompatível com os embargos
Subseção Judiciária de Duque de Caxias – Estado do Rio de Janeiro, declaratórios. Ao juiz cabe apreciar a questão de acordo com o que
cujo inteiro teor se encontra adunado, em cópia, nestes autos, entender atinente à lide. Não está obrigado a julgá-la conforme o
facultando-se ao Juízo, entretanto, após ouvida a União Federal, e aos pleiteado pelas partes, mas sim com seu livre convencimento (CPC,
atuais Representantes Legais da Câmara Municipal do Município de art. 131), usando fatos, provas, jurisprudência, aspectos atinentes ao
Duque de Caxias e da respectiva Prefeitura, com a audiência do tema e legislação que entender aplicáveis ao caso.
Representante Legal do Estado do Rio de Janeiro, formalizar 3. Embargos de declaração desprovidos.
indicações, dentro dos princípios que regem a particular obrigação de
cada ente público na proteção do cidadão que necessita de atendimento ACÓRDÃO
à saúde, na forma assegurada pelos arts. 196, 197, 198 e seus incisos e Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas.
parágrafos, da Constituição Federal. Decide o Egrégio Plenário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região,
10- Comunique-se, mediante fax, pelo Sistema SIGA e também por por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AOS EMBARGOS DE
ofício ao Eminente Juiz Federal da 1a Vara Federal da Subseção DECLARAÇÃO, nos termos do relatório e voto constantes dos autos,
Judiciária de Duque de Caxias, para as providências pertinentes ao que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
cumprimento desta decisão, inclusive ciência do MPF, com atuação na Custas, como de lei.
Vara de origem. Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012.
11- Dê-se ciência ao Requerente – ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
na pessoa de seu Representante Legal e à União Federal (AGU).
12- CUMPRA-SE.
Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2012.
SUBSECRETARIA DA 1A.TURMA ESPECIALIZADA

BOLETIM: 137276

BOLETIM: 137462
XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2009.51.01.809169-7
Nº CNJ :0809169-91.2009.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
XXXVII - EMBARGOS INFRINGENTES (AR) ANTONIO IVAN ATHIÉ
2001.02.01.024520-0 RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
Nº CNJ :0024520-95.2001.4.02.0000 RECORRIDO :PRECIOSA FORJAN NOVIO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ADVOGADO :ALBERICO DE BRITO MONTENEGRO
ANTONIO SOARES NETO E OUTRO
EMBARGANTE :ASSOCIACAO SALGADO DE ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL
OLIVEIRA DE EDUCACAO E CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
CULTURA - ASOEC (200951018091697)
ADVOGADO :GABRIELA VITORIANO ROCADAS
PEREIRA EMENTA
EMBARGADO :UNIAO FEDERAL PENAL. PROCESSUAL PENAL. PRESCRICAO PELA PENA EM
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE PERSPECTIVA. SUMULA 438 DO STJ. IMPOSSIBILIDADE.
PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL. RECURSO PROVIDO.
1. “É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da
pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,
independentemente da existência ou sorte do processo penal. (Súmula
438, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)

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Recurso provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima
indicadas, acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar
provimento ao recurso, nos termos do Voto do Relator.
Rio de Janeiro, 17 / 12 / 2012 (data do julgamento).
ANTONIO IVAN ATHIÉ V - APELACAO CRIMINAL 2010.51.01.809571-1
Desembargador Federal – Relator Nº CNJ :0809571-41.2010.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ
APELANTE :LAUREANO GOMEZ ALONSO
ADVOGADO :SERGIO RICARDO MAZZALA
BOLETIM: 137292 MELLO E OUTROS
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ORIGEM :9CR VARA JUSTIÇA FEDERAL RIO
V - APELACAO CRIMINAL 9861 2008.51.01.802503-9 DE JANEIRO/RJ (201051018095711)
Nº CNJ :0802503-11.2008.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL EMENTA
PAULO ESPIRITO SANTO PENAL. PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE
APELANTE :UBIRACI FEITOZA CONTRABANDO. APREENSÃO DE MÁQUINAS CAÇA-NÍQUEIS
ADVOGADO :CLAUDIO CARNEIRO DE SOUZA EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL. AUSÊNCIA DE DOLO.
(RJ104480) E OUTROS APELO PROVIDO.
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL 1- Poder-se-ia cogitar em dolo do comerciante quanto ao crime de
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL contrabando apenas se pudesse abrir as máquinas e conferir seus
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO componentes, e ainda se para isso possuísse conhecimento técnico
(200851018025039) específico, aliado à ciência das normas editadas pela Receita Federal.
2- Apelação provida.
EMENTA ACÓRDÃO
PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. CORRUPÇÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima
ATIVA. DEFESA PRELIMINAR. DESNECESSIDADE. indicadas, acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do
DENÚNCIA EMBASADA EM INQUÉRITO POLICIAL. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar
DECLARAÇÕES CONTRADITÓRIAS. TESTEMUNHA QUE provimento ao recurso, nos termos do Voto do Relator.
RETIFICOU SUAS DECLARAÇÕES DUAS VEZES. Rio de Janeiro, 12 / 12 / 2012 (data do julgamento).
INECXISTÊNCIA DE CERTEZA ACERCA DOS FATOS ANTONIO IVAN ATHIÉ
PRATICOS. IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO. PROVIMENTO Desembargador Federal – Relator
DO RECURSO.
I– “É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do
Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito
policial.” Súmula nº 330, do STJ.
II- A única testemunha cujo depoimento foi levado em consideração BOLETIM: 137388
para o decreto condenatório se retratou duas vezes de suas declarações
prestadas em sede policial. Inicialmente, confirmou a prática delitiva
pelo acusado. Depois, em juízo, disse que foi coagido pela autoridade V - APELACAO CRIMINAL 2006.50.01.000200-3
policial. Após ser preso em flagrante por crime de falso testemunho, se Nº CNJ :0000200-37.2006.4.02.5001
retratou, novamente, das declarações prestadas em juízo. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
III- Declarações repletas de contradições. Inexistência de certeza sobre ANTONIO IVAN ATHIÉ
os fatos contidos na denúncia. APELANTE :CELIA LIMA DE OLIVEIRA
IV- Para prolação do decreto condenatório, a dúvida deve militar ADVOGADO :EMERSON CHIEPPE E OUTROS
sempre em favor do acusado. In dubio pro reo. APELANTE :MARCELO PATROCINIO
V- Absolvição que se impõe. Provimento do recurso. ADVOGADO :LECIO SILVA MACHADO E OUTROS
ACÓRDÃO APELANTE :TEREZINHA MARIA SCHEFER DE
Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima SOUZA
indicadas, acordam os membros da Primeira Turma Especializada do ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por maioria, dar provimento APELANTE :LUCIMARA AMORIM MUNIZ
ao recurso, nos termos do voto do Relator. ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Rio de Janeiro, 14/11/2012. APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ESPIRITO SANTO ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
Relator e Presidente da Turma VITÓRIA/ES (200650010002003)

EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO. AUSÊNCIA
DE OBSCURIDADE OU OMISSÃO. REDISCUSSÃO DE
BOLETIM: 137384 MATÉRIA FÁTICA. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
1 – Inexiste obscuridade, contradição ou omissão, uma vez que o
Acórdão embargado examinou a matéria em debate.
2 – Os embargos visam rediscutir a matéria, e para tanto não servem.
3 – Embargos conhecidos, mas desprovidos.
ACÓRDÃO

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Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima
indicadas, acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar
provimento ao recurso, nos termos do Voto do Relator.
Rio de Janeiro, 09 / 01 / 2013 (data do julgamento).
ANTONIO IVAN ATHIÉ Desembargador Federal – Relator
Desembargador Federal – Relator

BOLETIM: 137411
BOLETIM: 137409

V - APELACAO CRIMINAL 10036 2011.51.01.810047-4


APELAÇÃO CÍVEL 2010.51.04.003283-0 Nº CNJ :0810047-45.2011.4.02.5101
Nº CNJ :0003283-04.2010.4.02.5104 RELATOR :MARCELLO FERREIRA DE SOUZA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL GRANADO, JUIZ FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ CONVOCADO EM SUBSTITUIÇÃO
APELANTE :JOSÉ FILICIANO GOMES AO DESEMBARGADOR ABEL
ADVOGADO :GERALDO NASCIMENTO GOMES
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APELANTE :ORLA RIO ASSOCIADOS LTDA
SOCIAL - INSS ADVOGADO :DECIO FREIRE (RJ002255A) E
PROCURADOR :THIAGO CUNHA DE ALMEIDA OUTROS
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
VOLTA REDONDA (201051040032830) ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
DESPACHO (201151018100474)
Defiro o requerido as fls. 136 pela Douta Procuradoria Regional da ÓRGÃO ATUAL :GABINETE DO DR. ABEL GOMES
República.
Intime-se o apelante para, em prazo de 20 (vinte) dias, exibir, acaso DECISÃO
existente, a documentação referida as fls. 136. Trata-se de embargos de declaração opostos por ORLA RIO
Publique-se. ASSOCIADOS LTDA (flS. 255/262), em face do acórdão de fl. 250,
Intime-se. que negou provimento ao recurso de apelação interposto pela
Rio de Janeiro, 09 / 01 / 2013. embargante, objetivando restituição de veículo BMW apreendido, por
ANTONIO IVAN ATHIÉ força da decisão judicial proferida na medida cautelar nº
Desembargador Federal – Relator 2011.51.01.807678-2.
A embargante requer o acolhimento dos embargos com efeito
modificativo, para reformar integralmente a r. decisão embargada, para
deferir, a restituição do bem apreendido.
Relatados. Decido.
BOLETIM: 137410 Da análise dos presentes autos, verifica-se que os embargos
declaratórios opostos por ORLA RIO ASSOCIADOS LTDA são
realmente intempestivos, pois a embargante não observou que o prazo
IV - APELAÇÃO CÍVEL 2011.02.01.013558-8 de interposição na seara processual penal é de 02 (dois) dias, a teor do
Nº CNJ :0013558-37.2011.4.02.9999 art. 619 do CPP e 221, caput, do Regimento Interno desta Corte.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL No caso em exame, o acórdão embargado foi disponibilizado no
ANTONIO IVAN ATHIÉ Caderno Judicial do Diário Eletrônico da Justiça Federal da 2ª Região,
APELANTE :MARIA PRECIOSA DA CONCEIÇÃO ocorrendo a sua publicação em 23/11/2012, nos termos do art. 3° do
SILVA art. 4° da Lei n° 11.419/2006 (certidão de fl. 253). Assim sendo, o
ADVOGADO :EISENHOWER DIAS MARIANO prazo para interposição de embargos iniciou-se em 26/11/2012 e
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO encerrou-se em 27/11/2012 (art. 798, §1º, do CPP). Entretanto, a peça
SOCIAL - INSS de interposição só foi protocolada em 30/11/2012, consoante observo à
PROCURADOR :PAULO ROBERTO PERES fl. 255.
FILGUEIRAS Ante o exposto, deixo de conhecer os embargos de fls. 255/262, ante a
ORIGEM :2A. VARA ESTADUAL - SÃO PEDRO sua intempestividade.
DA ALDEIA/RJ Intimem-se.
(00001770919918190055) Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013.
MARCELLO FERREIRA DE SOUZA GRANADO
DESPACHO Juiz Federal Convocado em substituição
Manifeste-se a apelante, em 15 (quinze) dias, sobre o contido as fls. Desembargador Abel Gomes
262 e seguintes.
P. I.
Rio de Janeiro, 10 / 01 / 2013.
ANTONIO IVAN ATHIÉ
BOLETIM: 137412

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019346-5


Nº CNJ :0019346-22.2012.4.02.0000

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RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :JOSEMAR LEAL PESSANHA
AGRAVADO :JOSE PLACIDO ALVES BOLETIM: 137413
ADVOGADO :HANRY FELIX EL-KHOURI
ORIGEM :2ª VARA JUSTIÇA ESTADUAL
MIRACEMA/RJ III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020259-4
(00019960920128190034) Nº CNJ :0020259-04.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
DECISÃO PAULO ESPIRITO SANTO
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo INSTITUTO AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL contra a decisão interlocutória SOCIAL - INSS
que, proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara da Comarca de PROCURADOR :JOSEMAR LEAL PESSANHA
Miracema/RJ, deferiu o pedido de antecipação da tutela, determinando AGRAVADO :MARILUCIA RIGHI DE OLIVEIRA
que o INSS restabeleça o benefício de auxílio-doença em favor de ADVOGADO :SIMONE DE PAULA CARDOSO
JOSÉ PLACIDO ALVES, pelo prazo de 06 (seis) meses. MARQUES
Alega o agravante, inicialmente, não ter sido intimado pessoalmente da ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA ESTADUAL
decisão agravada. Aduz que “não poderia o d. Juízo a quo antecipar MIRACEMA/RJ
os efeitos da tutela com base, unicamente, nas alegações expendidas (00013214620128190034)
pela parte autora, quando laudo médico do INSS do exame a que se
submeteu a parte agravada não a contradiz por indícios, mas em tom D E C I S Ã O
veemente”. Sustenta, ainda, que “Ao assim proceder, o Magistrado Trata-se de recurso de agravo de instrumento, com pedido de efeito
está subvertendo um dos mais relevantes atributos do ato suspensivo, interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social –
administrativo, pois lhe está rogando verdadeira ‘presunção de INSS, visando atacar a R. decisão interlocutória proferida pelo MM.
ilegitimidade’, para dar mais força probante específica aos Juízo da 2ª Vara da Comarca de Miracema – Rio de Janeiro (fls. 91),
documentos juntados pelo autor”. Requer a atribuição de efeito nos autos de ação ordinária que lhe ajuizou MARILÚCIA RIGHI DE
suspensivo e, dando provimento ao recurso, seja reformada a decisão OLIVEIRA, objetivando a concessão de auxilio doença, houve por
agravada. bem deferir o pedido de tutela antecipada pleiteada, para determinar
É o relatório. DECIDO: que a Autarquia estabeleça o beneficio previdenciário em nome da
Conheço do recurso, uma vez que presentes seus pressupostos legais. parte autora, pelo prazo de seis meses, sob pena de configuração de
Não merece acolhida a irresignação do agravante. crime de desobediência por parte do Chefe do Posto do INSS,
Inicialmente, saliento que a certidão de fl. 43 comprova que o determinando, ainda,que a parte autora, ao término do prazo de seis
representante legal do agravante foi intimado pessoalmente, meses, acoste aos autos laudo médico recente, atestando eventual
inexistindo, assim, qualquer irregularidade neste aspecto. continuidade da incapacidade laborativa, ao reconhecer a presença da
O agravado teve o seu pedido de reconsideração da decisão que negou verossimilhança das alegações da autora.
restabelecimento de auxílio-doença, formulado em 12/06/2012, Sustenta, em síntese, a Autarquia o não preenchimento do requisito da
indeferido pelo INSS sob o fundamento de não ter constatado a incapacidade laboral para a concessão da aposentadoria por invalidez
incapacidade laborativa (fl. 35). ou auxilio doença, eis que a incapacidade laborativa deve ser total e
No caso em tela, o fumus boni iuris para a concessão da tutela definitiva, não possibilitando a reversão do quadro do segurado e o
antecipada restou demonstrado, haja vista que o atestado trazido aos auxilio doença exige que a incapacidade seja relativa ou temporária,
autos (fl. 37) dá conta de que o agravado encontra-se em tratamento porém sempre total, o que inocorreu na hipótese, já que a conclusão da
médico psiquiátrico e apresenta diversos sintomas associados à perícia médica realizada foi no sentido de não constatar incapacidade
patologias tipo: CID F41.2 (transtorno misto de ansiedade e depressão) laborativa da parte autora.
e CID F41.0 (transtorno do pânico), encontrando-se impossibilitado de
exercer suas atividades laborativas. Aduz, ainda, que diante da conclusão pela não constatação de
No que tange ao perigo de irreversibilidade do provimento incapacidade laborativa em perícia médica realizada pela Autarquia no
antecipatório, tratando-se de verba alimentar, como é a da hipótese, e âmbito administrativo, outra não poderia ser a conclusão da ré senão o
de situação em que, em princípio, há perigo para ambas as partes, deve indeferimento do pleito administrativo.
o juiz prestigiar a necessidade de subsistência do indivíduo em Acrescenta, igualmente, que sequer consta dos autos a designação de
detrimento de potencial dano a ser causado à Autarquia. perícia médica judicial, ou seja, teria o Juízo simplesmente com base
Ante o exposto, com base no art. 557, caput, nego seguimento ao em alegações e atestados parciais, concedido a tutela antecipada, não
recurso. só antes da realização da perícia médica mas mesmo antes da mesma
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e ser designada e sem ao menos requisitar os laudos médicos que
encaminhem-se os autos ao Juízo de origem, para arquivamento. negaram o beneficio pretendido.
P. I. Finaliza, ressaltando a ausência do preenchimento dos requisitos legais
Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2012. previstos no artigo 273 do CPC.
ANTONIO IVAN ATHIÉ É o breve relatório. Decido.
Desembargador Federal – Relator Com efeito, vale ressaltar que o MM. Juiz de primeiro grau, no
processo de cognição, poderá antecipar a tutela jurisdicional esperada
liminar e provisoriamente, desde que, analisando a petição inicial,
verifique a presença dos fatos que tipifiquem os seus pressupostos
autorizadores previstos no art. 273 e seguintes do CPC.
O Legislador processual pátrio condiciona o seu deferimento à
existência de prova inequívoca dos fatos narrados na inicial, visando
formar o livre convencimento do Juiz, quanto à verossimilhança das
alegações, além da existência de fundado receio de dano irreparável ou
de difícil reparação, ou, ainda, que fique caracterizado o abuso de

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direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do Réu.
Assim, se o MM. Juízo a quo, analisando o pedido nos termos da lei,
externa o seu livre convencimento e conclui pelo deferimento ou
indeferimento da tutela jurisdicional antecipada, não vejo porque deva
o Tribunal “de Apelação” rever sua decisão impondo-lhe outro
entendimento, a menos que se trate de questão, cujo posicionamento aposentadoria por invalidez será concedida:
esteja pacificado pelos Membros desta C. Corte ou Tribunais “Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for
Superiores, não observada pelo Magistrado. o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não
Nesta linha de raciocínio, só excepcionalmente admitir-se-ia a em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
substituição da decisão do Juiz no primeiro grau, com cunho cautelar, reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a
por outra deste Relator, uma vez que o seu juízo repercute no mérito da subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.”
causa e traduz sua posição preliminar, enquanto não proferida a Percebe-se claramente que é condição fundamental para a concessão da
sentença de mérito, de modo que não se justifica modificá-la, a menos aposentadoria por invalidez a incapacidade laborativa para atividade
que fundamentada para corrigir manifesta ilegalidade ou abuso de que garanta a subsistência do segurado, ou seja, que fique caracterizada
poder. a impossibilidade de reabilitação para o exercício profissional. Esse é o
Deve, assim, prevalecer a decisão do Juiz de primeiro grau, pois, além caso presente. O perito designado pelo juízo de origem, em seu laudo
de proferir a sentença de mérito, está ele no contato direto com o de fls. 147/148, ao responder aos quesitos formulados pelo Juízo de
jurisdicionado, tendo, portanto, maior afinidade com as questões origem, atesta que o autor é portador de diabetes melitus com
trazidas, constituindo um melhor referencial para a apreciação e a complicações neurológicas (polineuropatia diabética), estando
avaliação dos fatos e provas existentes nos autos . incapacitado para o exercício de qualquer atividade laborativa de forma
Diante do exposto, INDEFIRO A LIMINAR pleiteada. definitiva. Portanto, a incapacidade laborativa total e permanente do
Oficie-se ao MM. Juízo de primeiro grau, dando-lhe ciência do teor autor está claramente comprovada nos autos. Assim sendo, deve ser
desta decisão, solicitando-lhe as informações de praxe. reconhecido seu direito à aposentadoria por invalidez. Nesse sentido:
Intime-se a Agravada, nos termos do art. 527, inciso V, do CPC. TRF2 - APELRE 200751018056664.
Após, encaminhem-se os autos ao douto Procurador Regional da Também corretos os demais termos e consectários da condenação.
República para o colhimento de seu necessário e sempre valioso Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do CPC, nego
parecer. seguimento à remessa necessária.
Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012. Decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, baixem os autos
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ESPIRITO SANTO à vara de origem, observadas as cautelas de praxe.
Relator P. I.
Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013.
ANTONIO IVAN ATHIÉ
Desembargador Federal – Relator
BOLETIM: 137419

REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL 2010.51.04.000332-5 IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL


Nº CNJ :0000332-37.2010.4.02.5104 2010.51.02.001667-3
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Nº CNJ :0001667-97.2010.4.02.5102
ANTONIO IVAN ATHIÉ RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
PARTE AUTORA :WILSON DA COSTA CIRINO ANTONIO IVAN ATHIÉ
ADVOGADOS :ANDRÉA PIMENTEL MARIANO E PARTE :JOAQUIM ALVES MONTEIRO
SILVA E OUTRO AUTORA
PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADVOGADOS :CARLOS LENO DE MORAES
SOCIAL - INSS SARMENTO E OUTROS
PROCURADORA :ALINE THEREZINO R. F. DA SILVA PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
REMETENTE :JUÍZO DA 2ª VARA FEDERAL DE SOCIAL - INSS
VOLTA REDONDA-RJ PROCURADOR :PAULO ROBERTO PERES
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE FILGUEIRAS
VOLTA REDONDA (201051040003325) REMETENTE :JUÍZO DE DIREITO DA 3 VARA DE
NITERÓI RJ
DECISÃO ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
Cuida-se de remessa necessária da sentença de fls. 171/174 que, nos NITERÓI (201051020016673)
autos da ação ajuizada por WILSON DA COSTA CIRINO em face do
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, julgou procedente o DECISÃO
pedido para condenar a autarquia previdenciária a condeder, em favor Trata-se de remessa necessária relativa à sentença de fls. 239/242 que,
do autor, auxílio-doença a partir da data da indevida cessação e nos autos do mandado de segurança impetrado por JOAQUIM ALVES
aposentadoria por invalidez a partir da data da perícia médica. MONTEIRO em face de ato praticado pelo GERENTE EXECUTIVO
Por força da remessa obrigatória, os autos foram remetidos a esta DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – NITERÓI,
Corte, onde o Ministério Público Federal entendeu desnecessária sua concedeu a segurança, para determinar que a autoridade coatora
intervenção no feito (fls.178/179). restabeleça, no prazo de 10 dias, o benefício do impetrado.
É o relatório. Decido. Sem recurso voluntário e sem contrarrazões.
O artigo 42 da Lei nº 8.213/91, define as condições em que a O Ministério Público Federal opinou pelo desprovimento da remessa
necessária e pela manutenção da sentença.
É o relatório. DECIDO:
A questão foi analisada com propriedade pelo D. Representante do
parquet Federal, sendo oportuna a transcrição do seguinte trecho do
seu bem lançado parecer, cujos fundamentos adoto como razão de

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decidir:
“A remessa ex officio deve ser desprovida.
No tocante à matéria controversa, cumpre destacar, de início, a Súmula
160 do extinto Tribunal Federal de Recursos, que explicita:
“A suspeita de fraude na concessão de benefício previdenciário não
enseja, de plano, a sua suspensão, ou cancelamento, mas dependerá de administrativo de suspensão, conforme se extrai da cópia da
apuração em procedimento administrativo” notificação postal acostada às fls. 140/142.
Também este E. TRF da 2ª Região, em consonância com tal Entretanto, como dito, não basta para revogação do benefício, a
entendimento, sumulou a matéria no verbete de sua jurisprudência realização de procedimento administrativo regular, sendo também
dominante de nº 46, verbis: necessária a constatação de fraude, em respeito ao princípio da
“A suspeita de fraude na concessão do benefício previdenciário não segurança jurídica, o que não se perfez no caso em apreço.
autoriza, de imediato, a sua suspensão ou cancelamento, sendo A autarquia previdenciária não logrou êxito em demonstrar as
indispensável a apuração dos fatos mediante processo administrativo irregularidades nos vínculos do impetrante, que justificassem a
regular, assegurados o contraditório e a ampla defesa.” suspensão do benefício, quais sejam, ORGANIZAÇÃO PARAÍSO –
Da leitura de tais súmulas, constata-se ser pacífico o entendimento de de 01/03/1956 a 31/12/1970, EMAQ ENGENHARIA DE
que a mera suspeita de fraude na concessão de benefício previdenciário MÁQUINAS S/A – de 03/10/82 a 30/08/85 e USINATEC
não autoriza a autarquia a suspender ou cancelar o benefício de plano, COMPONENTES INDUSTRIAIS LTDA – de 10/08/85 a 31/08/88.
sem que ocorra a prévia apuração dos fatos através de um processo Em relação à primeira empresa o INSS aduziu que a data de abertura
administrativo. da mesma na Receita se deu somente em 31/12/1969, bem como que
A concessão de um benefício previdenciário é resultado de um no período entre 20/06/57 a 19/07/1958 o impetrante prestou serviço
procedimento administrativo prévio, acarretando, consequentemente, militar obrigatório, ainda que a diligência externa restou negativa.
presunção de legalidade e legitimidade dos atos, sendo um direito Nesse sentido, como bem destacado pelo juízo a quo:
subjetivo para o segurado e um dever jurídico do INSS. “No tocante às datas de abertura da empresa e de inscrição estadual,
Por outro lado é garantida à Administração a revisão do benefício não podem elas ser suficientes para provar a inexistência do vínculo
previdenciário na hipótese de constatação de fraude no ato concessório. laborativo, uma vez ser notório o grande nível de informalidade da
Para tanto, é imprescindível que se apresente prova da irregularidade, e economia brasileira, mormente na época dos vínculos.
não meros indícios, do ato que se suspeita viciado. Por seu turno, o serviço militar obrigatório constitui causa de
Desse modo, a suspensão ou cancelamento do pagamento do benefício suspensão do contrato de trabalho, sendo direito do empregado retornar
deve estar de acordo com os princípios constitucionais do devido ao trabalho depois de seu término, não consistindo, desse modo,
processo legal, dos quais são corolário o contraditório e a ampla defesa nenhuma sorte de indício de que o vínculo inexistiu, e sendo certo que
(art. 5º, incisos LV e LVI da Carta Magna), bem como afastar a o tempo de serviço militar é considerado como tempo de
presunção de legalidade do ato administrativo de concessão. serviço/contribuição para fins previdenciários.
Pertinente, nesse sentido, destacar o seguinte julgado: Finalmente, não causa espécie a diligência externa restar negativa,
“PREVIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO DA APOSENTADORIA. tendo em vista o longo tempo transcorrido entre o fim de relação
IRREGULARIDADES APONTADAS EM RELAÇÃO AO TEMPO laboral e a data da pesquisa, principalmente se considerado que a
DE SERVIÇO QUE DEVEM SER COMPROVADAS DE FORMA empresa está omissa perante a Receita Federal do Brasil desde 1999.”
INEQUÍVOCA DE MODO A JUSTIFICAR QUE O ATO DE (fls. 240/241).
REVISÃO SE SOBREPONHA AO DE CONCESSÃO. DIREITO AO No tocante à empresa EMAQ ENGENHARIA DE MÁQUINAS S/A,
RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO. alegou a autarquia federal que tal vínculo foi desconsiderado devido a
I – Incensurável a r. sentença, pois nela foram analisados, com inexistência de registro no CNIS, e pela ausência de prova documental
precisão, os aspectos envolvidos na matéria em foco, resultando tal no bojo do concessório.
exame no reconhecimento da ilegalidade praticada pelo INSS, Ora, já é pacífico o entendimento de que a ausência de informações no
consistente na suspensão indevida do benefício previdenciário. sistema CNIS não serve como meio de comprovação de irregularidades
II – O ato administrativo de revisão promovido pelo INSS, que apontou relativas à aferição do tempo de serviço do beneficiário. Corroborando
a existência de supostas irregularidades relativas ao tempo de serviço tal aspecto, colacionamos o seguinte julgado:
prestado pela Autora, não pode, em princípio, sobrepor-se ao ato “PREVIDENCIÁRIO – SUSPENSÃO DE BENEFÍCIO – SUSPEITA
concessório, também de sua autoria, sem que os indícios de DE FRAUDE.
ilegalidade, ora suscitados, se tornem inequívocos, e, ainda, sem que I - O INSS não trouxe aos autos qualquer prova da regularidade do
observado, em sua plenitude, o princípio do devido processo legal, de procedimento administrativo que deu causa à suspensão do benefício.
modo a assegurar à Autora o direito ao contraditório e à ampla defesa, II - As irregularidades apontadas pela autarquia foram apuradas
com todos os meios e os recursos a ela inerentes, conforme mediante comparação com os dados obtidos junto ao Cadastro
preconizado no art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal. Nacional de Informações Sociais – CNIS. Contudo, embora não se
III – Apelação e Remessa Oficial conhecidas, porém improvidas. cogite negar ao INSS a revisão de seus atos, é inaceitável que as
Decide: a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, informações constantes em banco de dados sejam capazes de infirmar o
por unanimidade, negar provimento ao recurso e à remessa necessária, ato concessório do benefício e, por conseguinte, retirar a sua liquidez e
nos termos do voto do relator. certeza, consolidadas na carta de concessão, mesmo porque estas bases
(TRIBUNAL – SEGUNDA REGIÃO – APELAÇÃO CIVEL: 321120 de dados não demonstram, efetivamente, as irregularidades sustentadas
– Processo: 200151015385786 – UF: RJ – QUARTA TURMA – pela autarquia, mas apenas levantam, quando muito, suspeitas quanto a
25/06/2003 – DJU: 06/08/2003 – P. 45 – Relator(a): JUIZ ARNALDO esta possibilidade.
LIMA). III – Recurso provido.
Pela análise dos presentes autos verifica-se que no decorrer do Decisão: A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos
procedimento administrativo não houve afronta ao devido processo termos do voto do(a) Relator(a)” (grifos nossos)
legal, pois fora garantido ao beneficiário o direito de defesa, isto (TRIBUNAL – SEGUNDA REGIÃO – APELAÇÃO CÍVEL: 343484
porque o mesmo foi corretamente comunicado do procedimento – Processo: 200251015118508 – UF: RJ – PRIMEIRA TURMA –
23/11/2004 – DJU: 14/01/2005 – P. 53 – Relator: JUIZ REIS FRIEDE)
Outrossim, a ausência de documentos comprobatórios no bojo do
concessório não tem o condão de comprovar a irregularidade do
vínculo, uma vez que à época dos fatos muitas vezes não era exigida a
apresentação de cópias, mas somente, a apresentação dos documentos,

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dos quais eram extraídos os dados necessários para a apuração do
tempo de serviço, e, se fosse o caso, cálculo da renda mensal inicial.
(fls. 241).
Por fim, o vínculo com a terceira empresa supra mencionada foi
considerado irregular por não constar identificação do responsável pela
expedição do documento informativo, e pela falta do formulário edição do referido Decreto, comprova-se a efetiva exposição a agentes
discriminativo das parcelas de contribuição, para identificar a parte fixa nocivos por laudo técnico na forma prevista na MP nº 1.523/1996,
e a eventual, formulário este exigido, à época, pelas normas da convertida na Lei nº 9.528/1997.
Instituição. No caso concreto, a matéria foi muito bem solucionada pelo Juiz de
Por tal vínculo datar de mais de 20 anos atrás, o fato de a empresa não primeiro grau, motivo pelo qual aproveito para transcrever o
se encontrar em funcionamento no endereço registrado, não faz fundamento de sua sentença, que adoto como razões para decidir (fls.
presumir falsa a documentação apresentada pelo impetrante. 229/230):
De tal sorte, vislumbra-se que não restou comprovado nenhum dos “(...)Em relação aos períodos laborados na empresa Ind. Reunidas
indícios levantados pela autarquia previdenciária a respeito das Caneco S/A, observa-se que no cálculo utilizado pelo INSS na via
irregularidades na concessão do benefício, sendo descabida a decisão administrativa de fls. 158/162, a Autarquia considerou os seguintes
que determinou a sua suspensão. períodos como especiais: de 1/6/77 a 30/9/77 (fls. 161); de 1/10/77 a
Ante o exposto, com base no art. 557, caput, do CPC, nego seguimento 30/4/78; de 1/5/78 a 5/8/87 e de 13/3/89 a 7/12/89 (fls. 162).
à remessa. No que tange ao primeiro período laborado na empresa Reunidas
P. I. Caneco S/A, o autor renunciou ao pedido de enquadramento como
Decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, baixem os autos especial, razão pela qual deixo de analisá-lo neste momento (fls.
à vara de origem, observadas as cautelas de praxe. 174/178).
Rio de Janeiro, 11 de janeiro 2013. Verifica-se que, no que pertine aos períodos considerados especiais
ANTONIO IVAN ATHIÉ pela Autarquia na empresa Reunidas Caneco S/A, agiu corretamente,
Desembargador Federal – Relator pois, pelos documentos de fls. 15/18 e pela resposta ao ofício do Juízo
de fls. 207/208, o autor laborou como operário de construção e reparos
navais, enquadrado no anexo 2.4.2 do Decreto 53.831/64.
Dessa forma, há que se converter esses períodos por serem laborados
sob condições especiais.
REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL 2011.51.01.808096-7 Quanto ao período laborado na Indústria Verolme Ishibrás S/A, o INSS
Nº CNJ :0808096-16.2011.4.02.5101 também converteu, de 4/2/91 a 28/4/95 (fls. 162), também em
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL decorrência do enquadramento no código 2.4.2 do anexo ao Decreto
ANTONIO IVAN ATHIÉ 53.080/64.
PARTE AUTORA :ROBERTO ALMEIDA GRIGORIO Constata-se que a Autarquia também converteu acertadamente este
ADVOGADO :JERÔNIMO MAGALHÃES período, já que, pelos documentos de fls. 33 e 47, bem como pela
PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO resposta ao ofício do Juízo pela ex-empregadora do autor (fls. 195), o
SOCIAL - INSS mesmo laborou como operário de construção e reparos navais.
PROCURADOR :ROBERTO DE SOUZA CHAVES Ressalte-se que o período foi convertido até 28/4/95, data limítrofe
REMETENTE :JUÍZO FEDERAL DA 25ª VARA-RJ para conversão de tempo especial pela atividade, como acima
ORIGEM :VIGÉSIMA QUINTA VARA FEDERAL explicitado.
DO RIO DE JANEIRO Entretanto, o INSS não considerou no tempo de contribuição do autor o
(201151018080967) período laborado nas Forças Armadas (fls. 23), de 15/3/73 a 31/12/76,
tempo este que deve ser levado em consideração no cálculo.(...)”
DECISÃO Somando-se os períodos acima citados com os demais comprovados
Trata-se de remessa necessária da sentença de fls. 220/232 que, nos através das Carteiras de Trabalho presentes nos autos (fls. 25/42),
autos da ação ajuizada por ROBERTO ALMEIDA GRIGORIO em totaliza o autor os 37 anos, 01 mês e 20 dias de tempo de contribuição,
face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, o que lhe dá direito a aposentadoria integral por tempo de contribuição,
julgou procedente o pedido, condenando o INSS a conceder ao autor o conforme concedida na sentença.
benefício de aposentadoria integral por tempo de contribuição, com Corretos, ainda, os demais termos e consectários da condenação.
base em tempo de serviço de 37 anos, 1 mês e 20 dias. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do CPC, nego
Sem recurso voluntário, foram os autos remetidos a este Tribunal, seguimento à remessa necessária.
onde, o Ministério Público Federal entendeu desnecessária sua P. I.
intervenção no feito. Decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, baixem os autos
É o relatório. DECIDO: à vara de origem, observadas as cautelas de praxe.
Como relatado, cuida a hipótese de remessa necessária de sentença que Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013.
condenou o INSS a conceder em favor do autor aposentadoria, com ANTONIO IVAN ATHIÉ
base em 37 anos, 1 mês e 20 dias de tempo de contribuição. Desembargador Federal – Relator
Quanto aos meios de comprovação do trabalho exercido sob condições
especiais, devemos analisar a legislação vigente à época do exercício
da atividade da seguinte maneira: no período anterior à Lei nº 9.032, de
28/04/1995, verifica-se se a atividade é especial ou não pela
comprovação da categoria profissional consoante os Decretos nºs. BOLETIM: 137421
53.831/1964 e 83.080/1979; do advento da Lei nº 9.032, em
29/04/1995, até a vigência do Decreto nº 2.172, de 05/03/1997, tal
verificação se dá por meio dos formulários SB-40 e DSS-8030; após a IV - APELAÇÃO CÍVEL 2002.51.06.000922-1
Nº CNJ :0000922-86.2002.4.02.5106
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS

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PROCURADOR :GERALDO VICENTE DE FIGUEIREDO
MORRISSY
APELANTE :MILTON BUTTURINI E OUTROS
ADVOGADO :CARLOS ALBERTO LORANG DE
AMORIM
APELADOS :OS MESMOS APELAÇÃO CÍVEL – MANDADO DE SEGURANÇA - DIREITO
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL PREVIDENCIÁRIO – SUSPENSÃO DE BENEFÍCIO –
PETRÓPOLIS/RJ (200251060009221) OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL –
DECADÊNCIA - RECURSO DESPROVIDO.
DESPACHO I – Constando dos autos documentos que comprovam de maneira
Cumpra-se o requerido na alínea “a” do parágrafo 17 da folha 242 pelo inequívoca a observância do devido processo legal pela Administração,
Parquet Federal. não há como acolher alegação de violação a esse princípio.
P. I. II – Não há que se falar em decadência, ou em afronta ao princípio da
Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2013. segurança jurídica, já que o procedimento revisório foi instaurado em
ANTONIO IVAN ATHIÉ 1998, antes do decurso do prazo extintivo;
Desembargador Federal – Relator III - Recurso desprovido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as acima
indicadas, decide a Primeira Turma Especializada do Tribunal
Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao
BOLETIM: 137423 recurso, na forma do relatório e voto constantes dos autos, que passam
a integrar o presente julgado.
Rio de Janeiro, 14 / 12 / 2012 (data do julgamento).
XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2012.51.05.000541-8 ANTONIO IVAN ATHIÉ
Nº CNJ :0000541-32.2012.4.02.5105 Desembargador Federal – Relator
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ *Acórdão republicado tendo em vista a retificação da autuação.
RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RECORRIDO :JORGE LUIZ FERRARIN
ADVOGADO :MARCONI JAIR DA SILVA
MEDEIROS
ORIGEM :VARA ÚNICA DE NOVA FRIBURGO BOLETIM: 137427
(201251050005418)

DESPACHO AGRAVO INTERNO EM AGRAVO 2012.02.01.003491-0


Reconheço a prevenção apontada. Nº CNJ :0003491-03.2012.4.02.0000
À DIDRA. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Após, à Procuradoria Regional da República. ANTONIO IVAN ATHIÉ
Publique-se. Intimem-se. AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013. SOCIAL - INSS
ANTONIO IVAN ATHIÉ PROCURADOR :RODRIGO STEPHAN DE ALMEIDA
Desembargador Federal – Relator AGRAVADO :EVANDRO DE OLVEIRA REIS
ADVOGADO :ANDERSON POUBEL BATISTA E
OUTRO
ORIGEM :1ª VARA ESTADUAL - SAO JOSÉ DO
CALCADO/ES (046090002000)
BOLETIM: 137424
DECISÃO
Trata-se de agravo interno interposto pelo INSTITUTO NACIONAL
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.810856-0 DO SEGURO SOCIAL contra a decisão monocrática de fl. 124, que
Nº CNJ :0810856-69.2010.4.02.5101 não conheceu do agravo de instrumento do ora recorrente, em razão de
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ausência de interesse recursal, uma vez que a decisão proferida à fl.
ANTONIO IVAN ATHIÉ 106 já haveria contemplado em seu dispositivo o pagamento dos
APELANTE :ALDOVAH PAES DE OLIVEIRA honorários periciais nos termos da Resolução nº 541/2007 do CJF.
JUNIOR Em suas razões (fl. 130), sustenta o agravante, em síntese, que a
ADVOGADOS :LEONARDO HAUCH DA SILVA decisão agravada é a de fl. 111, onde, no item 3, foi revogada a
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO determinação de pagamento dos honorários periciais, nos termos da
SOCIAL - INSS Resolução nº 541/2007. Requer a reconsideração da decisão
PROCURADOR :MARCO ANTONIO DE ANDRADE hostilizada, ou, caso contrário, seja o presente recurso regularmente
ORIGEM :DÉCIMA TERCEIRA VARA FEDERAL processado e julgado pela Turma.
DO RIO DE JANEIRO É o relatório. DECIDO:
(201051018108560) Conheço do recurso porque presentes seus pressupostos.
Assiste razão ao agravante.
EMENTA Verifico que o ato judicial com o qual o agravante não concorda é a
decisão proferida à fl. 111, que no item 3 determinou a intimação do
INSS para efetuar o depósito dos honorários periciais, revogando
parágrafo da decisão anterior, cuja cópia encontra-se às fls. 105/107,
referente ao pagamento dos honorários nos termos da Resolução nº
541/2007.

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Inicialmente, cumpre observar que a ação originária tramita perante
juízo estadual investido de jurisdição federal, na esteira da norma
constitucional insculpida no artigo 109, § 3o, da Carta Magna.
No mérito, aplicam-se, ao caso, as Resoluções nºs. 541, de 18/01/2007,
e 558, de 22/05/2007, ambas do Conselho da Justiça Federal.
A Resolução nº 541 trata dos honorários de advogados dativos e de do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, julgou
peritos no âmbito da jurisdição delegada, destacando-se, in verbis: parcialmente procedente o pedido, condenando o INSS a conceder à
“Art. 1º: As despesas com advogados dativos e peritos no âmbito da parte autora o benefício de auxílio-doença, a partir do início da
jurisdição delegada correrão à conta da Justiça Federal, nos termos incapacidade (31/03/2011), convertendo-o em aposentadoria por
desta Resolução.” invalidez desde a data de confecção do laudo (28/06/2011).
No que tange à época em que deve ocorrer o pagamento, cabe destacar, O Ministério Público Federal entendeu ser desnecessária a sua
ainda, a disciplina trazida pela referida Resolução: intervenção no feito.
“Art. 3º: O pagamento dos honorários periciais só se dará após o Conheço da remessa necessária.
término do prazo para que as partes se manifestem sobre o laudo; É o relato do necessário. Decido.
havendo solicitação de esclarecimentos por escrito ou em audiência, Versam os autos sobre pedido de restabelecimento do benefício
depois de prestados”. previdenciário de auxílio-doença e sua posterior conversão em
Caso o perito nomeado não aceite realizar a perícia em tais termos, aposentadoria por invalidez, com o pagamento de indenização por
deve o Juiz nomear outro perito, que deve ser técnico de danos morais.
estabelecimento oficial especializado ou repartição administrativa do No caso em questão, a matéria foi muito bem apreciada pelo Juiz de
ente público responsável pelo custeio da prova pericial. primeiro grau, motivo pelo qual aproveito para transcrever o
Desta forma, nos termos da referida Resolução, descabe o pagamento fundamento de sua sentença, que adoto como razões para decidir (fls.
antecipado dos honorários periciais pelo INSS, ora agravante. Neste 172-174):
sentido: TRF da 1ª Região, AC 200601990309842, Segunda Turma, DJ Para o recebimento de auxílio-doença, mister se faz que a parte
de 14/03/2008. demandante atenda aos requisitos legais ditados pelo art. 59 da Lei n.º
Cumpre ressaltar, contudo, que a mencionada Resolução não exime o 8.213/91, quais sejam: ostentar a qualidade de segurado, atender o
vencido do reembolso ao erário dos honorários periciais, salvo o prazo de carência fixado em lei e constatação de incapacidade para o
beneficiário da justiça gratuita, nos exatos termos de seu artigo 6º. seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias
Ante o exposto, com base no § 1º do art. 557 do CPC, dou provimento consecutivos. Já em relação à aposentadoria por invalidez é necessário,
ao agravo interno, para, reconsiderando a decisão agravada, determinar além do preenchimento dos dois primeiros requisitos acima descritos,
que o pagamento dos honorários periciais seja efetuado pela Justiça que o(a) demandante seja considerada incapaz e insuscetível de
Federal, após as partes se manifestarem sobre o laudo, nos termos da reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a
Resolução nº 541, de 18 de janeiro de 2007, do Conselho da Justiça subsistência, nos termos do art. 42 da Lei nº 8.213/91.
Federal, ressalvando, entretanto, ser devido o ressarcimento de tal valor A qualidade de segurado da Previdência Social presume-se, vez que o
pela autarquia previdenciária, caso seja vencida na demanda. indeferimento do benefício se deu em razão da constatação de
Decorrido, in albis, o prazo recursal, remetam-se os autos à Vara de capacidade para o trabalho e não por falta da qualidade de segurado (fl.
origem, com baixa na distribuição. 78/79). Ademais, em se tratando de pedido de restabelecimento, deve-
P.I. se considerar que o próprio INSS reconheceu a qualidade de segurado
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2012. quando da primeira concessão, donde se conclui que a cessação do
ANTONIO IVAN ATHIÉ benefício restringe-se à hipótese de não mais haver incapacidade para o
Desembargador Federal – Relator trabalho.
Com relação ao requisito da incapacidade, tal verificação ficou a cargo
do Sr. perito judicial, o qual atestou que a parte autora encontra-se
acometida de moléstia que o(a) incapacita para o exercício de
atividades laborais (laudo às fls. 162).
IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL Diante das conclusões médicas, restou comprovado que a situação
2010.51.04.001930-8 fática vivida pela parte autora atende ao requisito legal de incapacidade
Nº CNJ :0001930-26.2010.4.02.5104 para a concessão do auxílio-doença.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Fixo como data de início de pagamento (DIP) do auxílio-doença a data
ANTONIO IVAN ATHIÉ acostada no lado pericial, uma vez que restou comprovado na perícia
PARTE :MARIO SOARES DA SILVEIRA que a incapacidade já existia desde 31/3/2011 - fls.162.
AUTORA Afirma ainda o laudo pericial que a parte autora está definitivamente
ADVOGADO :GERALDO NASCIMENTO E OUTRO incapacitada para o trabalho, razão pela qual, deve-se fazer a conversão
PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez, esta, no entanto, a
SOCIAL - INSS contar da data da realização da perícia.
PROCURADOR :JOSE ALFREDO BARROS DA SILVA Por fim, não há que se falar em dano moral, uma vez que não restou
REIS NETO demonstrado nos autos qualquer situação ou circunstância especial apta
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE a abalar a esfera íntima do autor de forma suficiente a caracterizar o
VOLTA REDONDA-RJ dano moral. O só fato do indeferimento do pedido no âmbito
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE administrativo não é apto a caracterizar o dano indenizável, visto que a
VOLTA REDONDA (201051040019308) Administração atuou dentro dos limites postos pela lei, a despeito de
não ter caminhado para a melhor solução. Não há nos autos prova de
DECISÃO que o segurado tenha sido tratado de forma desrespeitosa, com
Trata-se de remessa necessária de sentença (fls. 172-174) que, nos específico desprestígio, ou algo em especial que justifique a imposição
autos da ação ajuizada por MARIO SOARES DA SILVEIRA em face da reparação pretendida. Neste sentido (TRF 1ª Região. AC
200040000051465. DJ. 2.10.06, TRF 2ª Região 465081. E-DJF 2R.
30.6.2010. p. 54) [grifei]
Ante o exposto, com base no artigo 557, caput, do CPC, nego
seguimento à remessa necessária.
P. I.

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Decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, baixem os autos
à vara de origem, observadas as cautelas de praxe.
Rio de Janeiro, 10 / 01 / 2013.
ANTONIO IVAN ATHIÉ
Desembargador Federal – Relator
Nº CNJ :0807021-39.2011.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.009630-7 SOCIAL - INSS
Nº CNJ :0009630-68.2012.4.02.0000 PROCURADORA :ISABELA DE ARAUJO LIMA RAMOS
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL APELADO :MARLY LUCAS MARINI
ANTONIO IVAN ATHIÉ ADVOGADO :HUMBERTO LUCAS MARINI
AGRAVANTE :TERESINHA DA SILVA SÁ MARTINS ORIGEM :NONA VARA FEDERAL DO RIO DE
ADVOGADO :MAGALY DE OLIVEIRA MARTINS JANEIRO (201151018070214)
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS DECISÃO
PROCURADOR :SEM PROCURADOR Tendo em vista que o INSS não se opôs à habilitação requerida por
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE MARLY LUCAS MARINI (fl. 65), como sucessora de Gilberto Hugo
VOLTA REDONDA (9700315495) de Araújo Marini, em face de seu óbito (fl. 56), homologo-a nos termos
do art. 112 da Lei 8.213/91.
DECISÃO À DIDRA, para retificar a autuação, a fim de que passe a constar como
Trata-se de agravo de instrumento interposto por TERESINHA DA Apelada MARLY LUCAS MARINI.
SILVA SÁ MARTINS contra a decisão interlocutória proferida pelo Após, voltem-me os autos conclusos.
Juízo da 2ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que indeferiu o seu P.I.
pedido de habilitação no feito face o óbito de seu pai. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
Alega a agravante, em síntese, que, não obstante o caráter ANTONIO IVAN ATHIÉ
personalíssimo do amparo social, as prestações vencidas até a data do Desembargador Federal – Relator
óbito do autor titular do benefício em revisão, configuram crédito
passível de transmissão aos herdeiros, devendo ser partilhado segundo
a regra geral do art. 1.055 do Código Civil. Sustenta que a motivação
para o requerimento de sua habilitação no feito decorreu dos
advogados, quando intimados para convocar os autores à agendar o BOLETIM: 137434
recebimento de seu RPV. Requer a atribuição de efeito suspensivo e,
dando provimento ao recurso, seja reformada a decisão agravada.
É o relatório. DECIDO: X - HABEAS CORPUS 7724 2011.02.01.002708-1
Conheço do recurso, uma vez que presentes seus pressupostos legais. Nº CNJ :0002708-45.2011.4.02.0000
Não merece acolhida a irresignação do agravante. RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Em tendo falecido o autor ARMANDO MOREIRA DE SÁ, MARCELLO GRANADO EM
comprovado pela certidão de fl. 46 destes autos, a agravante requereu SUBSTITUIÇÃO AO
sua habilitação, nos autos, o que foi negado, com fundamento no DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
caráter subsidiário do Código Civil, previsto expressamente no art. 112 GOMES
da Lei nº 8.213/91. IMPETRANTE :ROBERTA DE OLIVEIRA QUINTELLA
Observe-se que o art. 112 da Lei nº 8.213/91, determina que, no caso IMPETRADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
de sucessão causa mortis, o valor não recebido em vida pelo segurado PACIENTE :ADRIANO DE SOUZA
só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, ADVOGADO :ROBERTA DE OLIVEIRA QUINTELLA
na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, (RJ159354)
independentemente de inventário ou arrolamento. Desta forma, correta ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL
a habilitação da única beneficiária da pensão por morte. Neste sentido: CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
AG 200501000045948, TRF1 - SEGUNDA TURMA, DJ DATA: (201051018076868)
26/09/2005.
Ante o exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do CPC, nego DESPACHO
provimento ao agravo de instrumento. Diante do trânsito em julgado (fl. 211) da decisão proferida pelo e. STJ
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e (fls. 199/200), que julgou prejudicado o recurso em habeas corpus
encaminhem-se os autos ao Juízo de origem, para arquivamento. impetrado perante aquela Corte, dê-se baixa na Distribuição e
P. I. arquivem-se os autos, com as cautelas de estilo.
Rio de Janeiro, 18 / 12 / 2012. Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013.
ANTONIO IVAN ATHIÉ MARCELLO FERREIRA DE SOUZA GRANADO
Desembargador Federal – Relator Juiz Federal Convocado

IV - APELAÇÃO CÍVEL 2011.51.01.807021-4 BOLETIM: 137435

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.021097-9


Nº CNJ :0021097-44.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO

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MARCELLO FERREIRA DE SOUZA
GRANADO EM SUBSTITUIÇÃO AO
DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
GOMES
AGRAVANTE :JOSE CARLOS FRONTEIRA
TEODORO recurso para o fim de que a apelação seja recebida em ambos os efeitos
ADVOGADO :SONIA CARLOS ANTONIO no que tange aos demais pedidos.
AGRAVADO :LA TERMOPLASTIC F B M SRL E Relatado. Decido.
OUTRO Com efeito, o recurso de apelação, em regra, deverá ser recebido nos
ADVOGADO :HELIO FABBRI JR. E OUTROS efeitos devolutivo e suspensivo, ressalvada a hipótese prevista do art.
TERCEIRO :INSTITUTO NACIONAL DE 520, VII do CPC, in verbis:
INTERESSADO PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI “Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e
PROCURADOR :SEM PROCURADOR suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando
ORIGEM :TRIGÉSIMA PRIMEIRA VARA interposta de sentença que:
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (...)
(200651015247508) VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;”
Portanto, nos termos do inciso supramencionado, quando a antecipação
DECISÃO da tutela for concedida na sentença, como no presente caso, a apelação
Trata-se de agravo de instrumento interposto por JOSÉ CARLOS será recebida somente no efeito devolutivo.
FRONTEIRA TEODORO, com pedido de efeito suspensivo, em face Releve-se que no caso em tela, consoante constou na sentença, à fl. 64
da decisão proferida pelo MM Juiz da 31ª Vara Federal/RJ, Marcio (fl. 546 dos autos originais), a magistrada condenou a empresa-ré, ora
Solter, nos autos do processo 2006.51.01.524750-8, na qual, dentre agravante, por danos materiais, cujo valor, à falta de elementos nos
outras determinações, recebeu o recurso de apelação interposto pela autos para o cálculo da indenização, postergou para a liquidação por
empresa-agravante apenas no efeito devolutivo artigos, restando, desta forma, descaracterizado o periculum in mora.
A decisão agravada encontra-se nos seguintes termos (fls. 51):
“A certidão retro dá conta de que os recursos de fls. 560-566 e Por fim, não se perca de vista que o Juiz da causa tem o poder diretivo
567-577 não se caracterizam como desertos ou intempestivos. do processo e, em sede de livre convencimento, é quem deve decidir as
Recebo os recursos interpostos apenas no efeito devolutivo, tendo em questões submetidas ao Judiciário em fase de conhecimento. O relator
vista a concessão de tutela antecipada, incidindo a norma do art. 520, do Agravo deverá reformar essas decisões em casos excepcionais,
inciso VIII do CPC. situações teratológicas, mas nunca se substituir, corriqueiramente, ao
Nada obstante, verifico que não houve comprovação do cumprimento juiz da causa.
da tutela antecipada deferida pelo Juízo na sentença de fls. 541-547. Ante o exposto, indefiro o efeito suspensivo pretendido.
Intime-se a parte ré, a fim de que, no prazo de 30 (trinta) dias,
comprove que deu cumprimento à antecipação dos efeitos da tutela, Comunique-se ao Juízo a quo o inteiro teor desta decisão.
sob pena de incidência de multa diária, fixada na sentença. Intime-se a parte agravada em cumprimento ao art. 527, V, do CPC,
Publique-se, para intimação da parte autora e da 2ª ré, a fim de para que apresente, no prazo legal, se desejar, a sua resposta.
que, querendo, ofereça suas contrarrazões no prazo de 15 (quinze) Dê-se vista ao Ministério Público Federal.
dias. Após, ao INPI, no mesmo sentido, no prazo legal (art. 508 c/c Após, retornem para julgamento.
188, ambos do CPC). Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013.
Após, certificada a tempestividade ou a não apresentação da resposta
do réu e presentes os requisitos de admissibilidade recursal, remetam- MARCELLO FERREIRA DE SOUZA GRANADO
se os autos ao E. TRF/2ª Região, com as homenagens de estilo.” Juiz Federal Convocado
Alega a agravante, em síntese, que: (Em substituição ao Desembargador Federal Abel Gomes)
1) A decisão agravada implica em prejudicialidade direta ao agravante,
haja vista que a sentença não só concedeu a liminar pleiteada, assim
como também impôs condenação em ressarcimento de danos materiais,
havendo a possibilidade de uma execução provisória, nos termos dos
artigos 521 e 587 do CPC; BOLETIM: 137437
2) A execução da vultosa indenização imposta pela sentença ao
agravante ocasionará imensos prejuízos financeiros, podendo levá-lo, X - HABEAS CORPUS 8648 2013.02.01.000150-7
inclusive, à falência, haja vista que já vem sofrendo diversos prejuízos Nº CNJ :0000150-32.2013.4.02.0000
em razão da antecipação da tutela concedida; RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
3) A execução somente deverá ocorrer após o trânsito em julgado da MARCELLO GRANADO EM
sentença, pois os efeitos desastrosos da medida não poderão ser SUBSTITUIÇÃO AO
reparados ou revertidos, contrariando os princípios estabelecidos no DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
art. 475-C do CPC que limitam os efeitos da execução provisória a fim GOMES
de evitar danos irreversíveis; IMPETRANTE :FRANCISCO J. N. DA ROCHA
4) Nada impede que o juiz receba o recurso de apelação somente no IMPETRADO :JUIZO DA 6A VARA FEDERAL
efeito devolutivo no que diz respeito à parte da sentença que concedeu CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO-RJ
a antecipação da tutela e, em ambos os efeitos, quanto às outras PACIENTE :MARCOS ANTONIO DOS SANTOS
questões decididas, especificamente em relação à condenação em BRETAS
danos materiais e verbas sucumbenciais impostas ao agravante. ADVOGADO :FRANCISCO JOAQUIM NUNES DA
Por fim, requer que seja atribuído o efeito suspensivo ao presente ROCHA (RJ066969)
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL CRIMINAL
DO RIO DE JANEIRO
(200751018029855)

DECISÃO

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Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por
FRANCISCO J. N. DA ROCHA, em favor de MARCOS ANTONIO
DOS SANTOS BRETAS, contra ato praticado, nos autos n.
2007.51.01.802985-5 (“Operação Furacão”), pelo MM. Juízo da 6ª
Vara Federal Criminal/SJRJ que, ao prolatar a segunda sentença no
feito originário (após a anulação da primeira pelo e. STF), novamente SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
decretou a prisão preventiva do paciente, visando ao direito de apelar
em liberdade.
Em resumo, alega não haver fundamentação concreta para a imposição EDITAL DE INTIMAÇÃO
da prisão na sentença, uma vez que MARCOS BRETAS respondeu ao (Com prazo de 30 dias)
processo originário em liberdade por força de decisão em writ
impetrado perante o e. STF, bem como que a nova decretação da A EXCELENTÍSSIMA SENHORA SANDRA MEIRIM
custódia cautelar vai de encontro ao entendimento do e. Ministro CHALU BARBOSA DE CAMPOS, JUÍZA FEDERAL
MARCO AURELIO, Relator que havia deferido a liminar nos autos da CONVOCADA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA
Reclamação n. 13.424, formulada perante o e. STF por dois SEGUNDA REGIÃO, NOS AUTOS DA APELAÇÃO CÍVEL Nº
sentenciados, em face da primeira sentença. A decisão havia sido 2004.51.01.513412-2, NA FORMA DA LEI ETC.
estendida aos corréus.
Relatados. Decido: FAZ SABER
Reconheço a prevenção em relação ao HC n. 2007.02.01.005064-6, a todos quantos o presente EDITAL virem, ou dele conhecimento
que impugnava a prisão cautelar dos investigados na “Op. Furacão”. tiverem, que tramitam por este Tribunal e Subsecretaria da Segunda
Parafraseando expressão da jurisprudência em situações análogas, Turma Especializada os autos da Apelação Cível nº
entendo que o “atalho processual (da liminar em Habeas Corpus) não 2004.51.01.513412-2 (CNJ nº 0513412-30.2004.4.02.5101), tendo
pode ser ordinariamente usado, senão em situações em que se como Apelante, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-
evidenciar decisão ou situação processual absolutamente teratológica INSS e como Apelado, NILTON EDUARDO MIRANDA, originária
e desprovida de qualquer razoabilidade, na medida em que força o 31ª Vara Federal do Rio de Janeiro (Antiga 38ª Vara), tendo sido
pronunciamento adiantado da Instância Superior, suprimindo a determinada a intimação editalícia dos possíveis herdeiros de
competência da Inferior, subvertendo a regular ordem do processo.”5 NILTON EDUARDO MIRANDA a fim de se habilitarem no feito,
No caso concreto, de plano, não verifico flagrante ilegalidade nos no prazo de 30 (trinta) dias. E para que chegue ao conhecimento dos
suportes processuais do estado de detenção do paciente, que interessados, expediu-se o presente Edital, o qual será afixado no local
justifiquem o deferimento de liminar, visto que a prisão impugnada foi de costume, na sede deste Tribunal, situado na Rua Acre, nº 80, 6º
decretada pela autoridade competente ao prolatar sentença em desfavor andar, Centro, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro,
do paciente e de outros corréus. e publicado no Diário da Justiça da União. DADO E PASSADO nesta
É reiterado o posicionamento jurisprudencial do Superior Tribunal de Cidade do Rio de Janeiro, aos dez dias do mês de janeiro do ano de
Justiça no sentido de que “a provisão cautelar não se presta à dois mil e treze. Eu, _______ (Marcelo Stamile Racco - Analista
apreciação da questão de mérito da impetração, por implicar exame Judiciário), o digitei. E eu, __________ (Márcia Carvalho Ribeiro de
indevido e prematuro da matéria de fundo da ação de Habeas Corpus, Jesus – Diretora da Subsecretaria da Segunda Turma Especializada) o
de competência do colegiado julgador, que não pode e não deve ser subscrevo.
apreciada nos limites da cognição sumária do relator” (Precedentes
do STJ)6.
Por tais motivos, INDEFIRO a liminar.
Uma vez que este writ foi instruído com DVD contendo cópia da
sentença parcialmente impugnada, excepcionalmente, dispenso a SANDRA MEIRIM CHALU BARBOSA DE CAMPOS
requisição de informações ao Juízo. Juíza Federal Convocada
Intimem-se.
À DIDRA, para distribuir à Relatoria do Desembargador Federal
ABEL GOMES.
Oficie-se à autoridade impetrada, para ciência, facultando-lhe aduzir
alguma informação, se entender cabível.
Após a expedição do ofício, ao MPF. SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
Em seguida, venham conclusos. DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS DIVERSOS
Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2013. DESPACHOS/DECISÕES
MARCELLO FERREIRA DE SOUZA GRANADO EXPEDIENTE Nº 2013/00018 DO DIA 11/01/2013
Juiz Federal Convocado IV - APELACAO CIVEL 557451 2012.02.01.009174-7
Nº CNJ :0009174-94.2012.4.02.9999
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
MARCELO PEREIRA DA SILVA
APELANTE :PERINA SIRING HARTWIG
SUBSECRETARIA DA 2A.TURMA ESPECIALIZADA ADVOGADO :LEANDRO FERNANDES E OUTROS
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
5 STJ Habeas Corpus Nº 123.209 - SP (2008/0271726-4) Rel. PROCURADOR :RAQUEL MAMEDE DE LIMA
Ministra Laurita Vaz - 11/12/2008. ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL
6 AgRg no HC 115.631/ES, Rel. Ministro Arnaldo Esteves LARANJA DA TERRA/ES
Lima, quinta turma, julgado em 21/10/2008 (063100005840)

DECISÃO
Relatório
Trata-se de julgar recurso de apelação interposto por PERINA SIRING
HARTWIG contra sentença proferida pelo MM. Juízo da Vara Única

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da Comarca de Laranja da Terra/Justiça Estadual do Espírito Santo, às
fls. 57/60, que julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos
termos do art. 267, VI, do CPC, por falta de interesse de agir, afinal, a
parte autora, não obstante tenha sido intimada, não comprovou o
pedido de concessão do benefício na via administrativa.
Em suas razões recursais, às fls. 75/83, o Apelante alegou, em síntese, ensejar a invocação da tutela jurisdicional.
que o direito à ação previdenciária não está condicionado ao prévio
requerimento administrativo e, nesse sentido, requereu a anulação da No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da
sentença e o prosseguimento do feito. via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível
O recurso foi recebido no duplo efeito (fl. 89). Ciente o INSS à fl. 90- ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
verso. Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
(fls. 95/95verso), que deixou de opinar por não vislumbrar, no caso (“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
concreto, hipótese que justificasse sua intervenção. propositura de ação de natureza previdenciária”).
Fundamentação Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial
O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como
requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
judicial, na qual se postula a revisão ou concessão de benefício Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
previdenciário. utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região,
Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC
de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o 2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em
segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício 23/09/2010).
previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO Confira-se:
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel. PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA
Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010). RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir: ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA. 1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA. ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão
DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não
âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial.
não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a 2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência
revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP - necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627, burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010) de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação
Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição 3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por
adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação
materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação
benefício previdenciário não requerido previamente na esfera incompatível ou desnecessária
administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a 4. Apelação não provida.
utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a) Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar
recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à
benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido, pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada” necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
(Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min. burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012). de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”.
De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para Na presente hipótese, verifica-se que a parte autora, ainda que tenha
propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o sido intimada, não logrou comprovar a realização de pedido
exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de administrativo, bem como eventual indeferimento e/ou omissão do
interesses, de modo que haja uma pretensão resistida. INSS na apreciação do mesmo, pelo que a manutenção da sentença,
O entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Poder ante a constatação da falta de interesse de agir é medida que se impõe.
Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto Dispositivo
Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos Do exposto, com fundamento no art. 557, caput, do CPC, NEGO
relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja SEGUIMENTO ao recurso.
para revisão. Na verdade, a função jurisdicional se concretiza, P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem,
legitimamente, no controle da legalidade dos atos praticados pela observando-se as providências cabíveis.
Administração. Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012
MARCELO PEREIRA DA SILVA
Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de JUIZ FEDERAL CONVOCADO
1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito, IV - APELACAO CIVEL 555497 2012.02.01.009115-2
observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada a Nº CNJ :0009115-09.2012.4.02.9999
se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que se RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
falar em lesão a direito que caracterize uma pretensão resistida apta a MARCELO PEREIRA DA SILVA
APELANTE :JORMI GONCALVES DA CUNHA
ADVOGADO :LEANDRO FERNANDES E OUTROS
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :SEM PROCURADOR

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ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL
LARANJA DA TERRA/ES
(063110002282)

DECISÃO
Relatório para revisão. Na verdade, a função jurisdicional se concretiza,
Trata-se de julgar recurso de apelação interposto por JORMI legitimamente, no controle da legalidade dos atos praticados pela
GONÇALVES DA CUNHA contra sentença proferida pelo MM. Juízo Administração.
da Vara Única da Comarca de Laranja da Terra/Justiça Estadual do
Espírito Santo, às fls. 24/27, que julgou extinto o processo, sem Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de
resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC, por falta de 1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito,
interesse de agir, afinal, a parte autora, não obstante tenha sido observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada a
intimada, não comprovou o pedido de concessão do benefício na via se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que se
administrativa. falar em lesão a direito que caracterize uma pretensão resistida apta a
Em suas razões recursais, às fls. 42/50, o Apelante alegou, em síntese, ensejar a invocação da tutela jurisdicional.
que o direito à ação previdenciária não está condicionado ao prévio
requerimento administrativo e, nesse sentido, requereu a anulação da No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da
sentença e o prosseguimento do feito. via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível
O recurso foi recebido no duplo efeito (fl. 54). Ciente o INSS à fl. 55- ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
verso. Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal, via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
que, em manifestação de fls. 58/59-verso, opinou pelo não provimento (“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
da apelação. propositura de ação de natureza previdenciária”).
Fundamentação Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial
O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como
requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
judicial, na qual se postula a revisão ou concessão de benefício Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
previdenciário. utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região,
Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC
de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o 2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em
segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício 23/09/2010).
previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO Confira-se:
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel. PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA
Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010). RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir: ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA. 1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA. ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão
DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não
âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial.
não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a 2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência
revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP - necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627, burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010) de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação
Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição 3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por
adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação
materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação
benefício previdenciário não requerido previamente na esfera incompatível ou desnecessária
administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a 4. Apelação não provida.
utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a) Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar
recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à
benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido, pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada” necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
(Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min. burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012). de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”.
De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para Na presente hipótese, verifica-se que a parte autora, ainda que tenha
propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o sido intimada, não logrou comprovar a realização de pedido
exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de administrativo, bem como eventual indeferimento e/ou omissão do
interesses, de modo que haja uma pretensão resistida. INSS na apreciação do mesmo, pelo que a manutenção da sentença,
O entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Poder ante a constatação da falta de interesse de agir é medida que se impõe.
Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto Dispositivo
Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos Do exposto, com fundamento no art. 557, caput, do CPC, NEGO
relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja SEGUIMENTO ao recurso.
P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem,
observando-se as providências cabíveis.
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012
MARCELO PEREIRA DA SILVA
JUIZ FEDERAL CONVOCADO

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IV - APELACAO CIVEL 555487 2012.02.01.009057-3
Nº CNJ :0009057-06.2012.4.02.9999
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
MARCELO PEREIRA DA SILVA
APELANTE :MARLICIO MENDES DOS SANTOS
ADVOGADO :JOSE ALVES DA COSTA E OUTRO seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada”
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO (Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min.
SOCIAL - INSS Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012).
PROCURADOR :JOSEMAR LEAL PESSANHA De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL SAO propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o
FRANCISCO DE IT/RJ exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de
(00008944820068190070) interesses, de modo que haja uma pretensão resistida.
O entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Poder
DECISÃO Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto
Relatório Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos
Trata-se de julgar recurso de apelação interposta por MARLÍCIO relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja
MENDES DOS SANTOS contra sentença proferida pelo MM. Juízo da para revisão. Na verdade, a função jurisdicional se concretiza,
Vara Única da Comarca de São Francisco de Itabapoana/Justiça legitimamente, no controle da legalidade dos atos praticados pela
Estadual do Rio de Janeiro, às fls. 73/74-verso, que julgou extinto o Administração.
processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC,
por falta de interesse de agir, afinal, não tendo a parte autora Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de
ingressado com prévio requerimento administrativo, não existe 1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito,
pretensão resistida que configure lide. observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada a
Em suas razões recursais, às fls. 76/81, o Apelante alegou, em síntese, se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que se
que (i) “a ação foi ajuizada há 5 anos, sendo que houve vários falar em lesão a direito que caracterize uma pretensão resistida apta a
andamentos, tendo sido, inclusive, designada audiência de instrução e ensejar a invocação da tutela jurisdicional.
julgamento” (fl. 81); (ii) “não foi dada oportunidade de se proceder ao
pedido administrativo do benefício” (fl. 81) e (iii) o direito à ação No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da
previdenciária não está condicionado ao prévio requerimento via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível
administrativo (fl. 81). ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
O recurso foi recebido nos regulares efeitos (fl. 83) e foram oferecidas Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
contrarrazões às fls. 85/93. via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal, (“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
que opinou pelo provimento da apelação (fls. 98/100-verso). propositura de ação de natureza previdenciária”).
Fundamentação Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial
O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como
requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
judicial, na qual se postula a revisão ou concessão de benefício Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
previdenciário. utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região,
Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC
de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o 2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em
segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício 23/09/2010).
previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO Confira-se:
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel. PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA
Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010). RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir: ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA. 1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA. ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão
DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não
âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial.
não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a 2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência
revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP - necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627, burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010) de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação
Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição 3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por
adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação
materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação
benefício previdenciário não requerido previamente na esfera incompatível ou desnecessária
administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a 4. Apelação não provida.
utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a) Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar
recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à
benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido, pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”.
Na presente hipótese, diante do fato de que o feito já encontra com seu
processamento avançado, observando-se o princípio da economia

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processual e da razoabilidade, deve o processo retornar a vara a de
origem e ficar suspenso para que seja facultado à parte autora, no prazo
de 90 dias, comprovar a realização de pedido administrativo, bem
como eventual indeferimento e/ou omissão do INSS na apreciação do
mesmo, sob pena de reconhecimento da falta de interesse de agir e
extinção do processo, na forma do art. 267, VI, do CPC. advocatícios no valor de R$ 1.000,00, suspendendo, no entanto, tal
Dispositivo pagamento nos termos do art. 3º, c/c art. 12 da Lei 1.060/50, ao
Do exposto, com fundamento no art. 557, §1º-A, do CPC, DOU entendimento de que a decisão do STF no RE 546.354/SE diz respeito
PROVIMENTO ao recurso para anular a sentença e determinar o à revisão dos benefícios concedidos entre 05 de abril de 1991 a 1º de
retorno do processo à primeira instância, devendo ficar suspenso, para janeiro de 2004, não atingindo o do Autor que foi concedido em
que seja facultado à parte autora, no prazo de 90 dias, comprovar a 06/02/1990.
realização de pedido administrativo, bem como eventual indeferimento Alega o Apelante, em síntese, que o demonstrativo de concessão de
e/ou omissão do INSS na apreciação do mesmo, sob pena de benefício e demais documentos acostados aos autos demonstram o seu
reconhecimento da falta de interesse de agir e extinção do processo, na direito à revisão pretendida, bem como que “a decisão do STF
forma do art. 267, VI, do CPC. garante, sem restrição temporal, o direito à revisão das
P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem, aposentadorias concedidas antes da vigência dos valores dos tetos
observando-se as providências cabíveis. introduzidos pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e nº 41/2003, de
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 forma retroativa”.
MARCELO PEREIRA DA SILVA Foram oferecidas contrarrazões pelo INSS.
JUIZ FEDERAL CONVOCADO O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 04/06, deixando,
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 504967 todavia, de opinar ante a ausência de interesse público.
2005.51.01.507080-0 É o relatório. Passo a decidir.
Nº CNJ :0507080-13.2005.4.02.5101 Verifica-se que a pretensão da parte autora encontra-se em consonância
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO com o entendimento adotado pela Suprema Corte, em sede de
MARCELO PEREIRA DA SILVA Repercussão Geral, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 564.354/SE, de relatoria da Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o
SOCIAL - INSS seguinte teor:
PROCURADOR :LILIAN BARROS DA SILVEIRA EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
APELADO :JOSE ALEXANDRE FERNANDES REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS
ADVOGADO :CARLOS VARGAS FARIAS E BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA.
OUTROS REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 38A VARA-RJ ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E
ORIGEM :TRIGÉSIMA OITAVA VARA 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI
(200551015070800) INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO
DESPACHO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo
Fls.219-220 – Defiro o pedido de vista ali formulado, devendo, na menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
oportunidade, se manifestar sobre os documentos juntados às fls. Federal como guardião da Constituição da República demanda
207-208 e 210-212. interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
Com a resposta, intime-se a Autarquia-apelante, na forma da parte final exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
do r.despacho de fls. 195-196. declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
Cumprido, voltem-me conclusos. antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
Rio de Janeiro, __ de ___________ de 2012. constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei
MARCELO PEREIRA DA SILVA superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva
Juiz Federal Convocado pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados
IV - APELACAO CIVEL 2012.51.04.000813-7 os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
Nº CNJ :0000813-29.2012.4.02.5104 retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
MARCELO PEREIRA DA SILVA 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
APELANTE :CARMEN CARREIRA HENRIQUES benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado
SOCIAL - INSS provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
PROCURADOR :ARTHUR OLIVEIRA DE CARVALHO Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement.
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE Vol-02464-3, p. 487)
VOLTA REDONDA (201251040008137) Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
DECISÃO n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
Trata-se de apelação interposta por Carmen Carreira Henriques contra concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
a sentença proferida pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Volta tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
Redonda/RJ, que julgou improcedente o pedido de revisão de seu para fins de cálculo da renda mensal.
benefício previdenciário, mediante a aplicação das EC´s 20/98 e Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
41/2003, condenando a parte autora em custas e em honorários 1992, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
revisão, o salário-de-benefício (20.312,19) ficou acima do teto do
salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
redução pertinente ao limite do teto (15.843,71).
Do exposto, com fulcro no § 1º-A do art. 557 do CPC, DOU

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PROVIMENTO à apelação para, reformando a sentença, julgar
procedente o pedido, para condenar o INSS a revisar a renda mensal do
beneficio do Autor (NB 084.918.052-0), considerando, no cálculo, a
nova limitação estabelecida pelas EC´s 20/98 e 41/2003, pagando-lhe
as prestações vencidas, respeitada a prescrição quinquenal, acrescidas
de correção monetária e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês Logo, não obstante esta Egrégia Turma venha decidindo que “a via
até 29.06.2009, a partir de quando devem ser observados os índices judicial não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada
oficiais de remuneração básica e juros aplicados às cadernetas de como meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
poupança, conforme art. 1º-F da Lei 9.494/97 com a redação que lhe Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
foi dada pela Lei 11.960/09, desconsiderada apenas a expressão utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região,
“haverá a incidência uma única vez”. Condeno ainda a Autarquia em Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC
honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da 2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em
condenação, na forma do art. 20, §4º, do CPC. Custas ex lege. 23/09/2010), constata-se que, nos presentes autos, a questão foi
P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira decidida de maneira diversa quando do julgamento do Agravo de
Instância Instrumento n. 2010.02.01.014898-0 (fls. 74/75), devendo prevalecer o
Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012 entendimento adotado no mencionado decisum.
MARCELO PEREIRA DA SILVA Dispositivo
Juiz Federal Convocado Do exposto, com fundamento no art. 557, § 1º-A, caput, do CPC, DOU
IV - APELACAO CIVEL 555222 2012.02.01.009078-0 PROVIMENTO ao recurso para anular a sentença e determinar o
Nº CNJ :0009078-79.2012.4.02.9999 prosseguimento do feito.
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem,
MARCELO PEREIRA DA SILVA observando-se as providências cabíveis.
APELANTE :DURVAL AUGUSTO DA SILVA Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012
ADVOGADO :DOUGLAS LUIZ DOS SANTOS E MARCELO PEREIRA DA SILVA
OUTROS JUIZ FEDERAL CONVOCADO
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO IV - APELACAO CIVEL 440530 2008.51.02.002673-8
SOCIAL - INSS Nº CNJ :0002673-13.2008.4.02.5102
PROCURADOR :EDMIR LEITE ROBETTI FILHO RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL MARCELO PEREIRA DA SILVA
LARANJA DA TERRA/ES APELANTE :CLESIA DA CONSOLACAO SILVA
(063100001104) ADVOGADO :CARLOS ROBERTO DA CRUZ E
OUTRO
DECISÃO APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Relatório SOCIAL - INSS
Trata-se de julgar recurso de apelação interposto por DURVAL PROCURADOR :SEM PROCURADOR
AUGUSTO DA SILVA contra sentença proferida pelo MM. Juízo da ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE
Vara Única da Comarca de Laranja da Terra/Justiça Estadual do NITERÓI (200851020026738)
Espírito Santo, às fls. 79/82, que julgou extinto o processo, sem
resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC, por falta de DECISÃO
interesse de agir, afinal, a parte autora, não obstante tenha sido Relatório
intimada, não comprovou o pedido de concessão do benefício na via Trata-se de julgar apelação interposta por Clesia da Consolação Silva
administrativa, nem o resultado do mesmo. contra sentença de fl. 22, da lavra do MM. Juízo da 04ª Vara Federal
Em suas razões recursais, às fls. 75/83, o Apelante alegou, em síntese, de Niterói, que indeferiu a petição inicial, com fulcro no artigo 8º da
que o direito à ação previdenciária não está condicionado ao prévio Lei nº 1.533/51, sob o fundamento de que o pedido de restabelecimento
requerimento administrativo e, nesse sentido, requereu a anulação da do pagamento integral de pensão por morte demandaria dilação
sentença e o prosseguimento do feito. probatória no sentido de comprovar a inexistência de convivência more
O recurso foi recebido no duplo efeito (fl. 109). Ciente o INSS à fl. uxório de terceira não incluída no pólo passivo do mandamus.
110-verso. Em suas razões (fls. 25/29), sustentou a impetrante, em apertada
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal síntese, que a pensão percebida em razão do óbito de companheiro teria
(fls. 114/118), que deixou de opinou pela anulação da sentença e sido reduzida pela metade sem qualquer notificação prévia, em razão
prosseguimento do feito, por entender que “não poderia o magistrado da habilitação de suposta ex-companheira, violando, assim, ato jurídico
de piso, revendo posicionamento anterior, decidir contrariamente ao perfeito e os princípios do contraditório e da ampla defesa. Registrou
já estatuído no processo por esta Corte”. que apenas a ilegalidade do ato administrativo teria sido objeto de
Fundamentação questionamento, pugnando, por fim, pelo prosseguimento do feito.
Como bem sintetizou o Parquet “é cediço que, quando se está diante O recurso foi recebido no duplo efeito (fl. 31).
do tema condições da ação, é descabido falar-se em preclusão, sendo A seguir, vieram os autos remetidos a este Tribunal, tendo sido dada
certo que a carência de ação, mesmo que não reconhecida em vista dos mesmos ao Ministério Publico Federal (fls. 34/37), que
primeira instância, poderia o ser em sede recursal, ainda que ex opinou pelo provimento do apelo.
officio, por se tratar de matéria de ordem pública. No entanto, essa
específica questão – desnecessidade de prévio requerimento É o relatório. Passo a decidir.
administrativo – já foi expressamente decidida por esta Corte, em Fundamentação
data, inclusive, anterior à reconsideração da decisão então agravada, Trata-se de mandado de segurança impetrado por Clesia da Consolação
não se podendo, também, por este motivo, cogitar-se da perde de Silva contra ato do Chefe da Agência do Instituto Nacional do Seguro
objeto do agravo em questão”. Social de Niterói, que reduziu o valor de seu benefício de pensão por
morte em razão de habilitação de suposta ex-companheira.
Como causa de pedir, alega que seu benefício previdenciário, pago
desde janeiro de 2007 em razão do óbito de seu companheiro Ivanir
Espírito Santo, foi dividido em março de 2008 com Maria Helena de O.
Morete, suposta ex-companheira do de cujus, sem qualquer notificação

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prévia, violando direito adquirido, ato jurídico perfeito, o contraditório
e a ampla defesa. Por fim, registra que a suposta ex-companheira não
ostentava tal condição, mantendo apenas uma relação comercial com o
segurado falecido.
Assiste razão à Apelante, pois, como bem mencionou o ilustre membro
do Parquet Federal em parecer, “a via mandamental se mostra A partir da referida Medida Provisória, cuja vigência se iniciou em
perfeitamente cabível para o deslinde da questão, no tocante ao 28.06.1997, foi alterada a redação do art. 103 da Lei 8.213/91,
respeito ao devido processo legal, não sendo hábil, entretanto, para a estabelecendo-se o prazo decadencial de 10 (dez) anos para o pedido
análise da controvérsia acerca da efetiva existência de união estável de revisão de benefício previdenciário, verbis:
entre o instituidor da pensão e a Srª Maria Helena de O. Moretti, o “Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer
que, de fato, demandaria dilação probatória.” direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de
Deste modo, considerando-se que o principal fundamento utilizado concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do
para o restabelecimento do valor integral do benefício reside no fato de recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em
a impetrante não ter sido previamente notificada acerca do rateio da que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito
pensão por morte, o que comporta a adoção da via mandamental, a administrativo.” (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
reforma da sentença ora recorrida para prosseguimento do feito nestes Tal prazo veio a ser reduzido para 5 (cinco) anos pela Medida
termos é medida que se impõe. Provisória n.º 1.663-15/98, convertida na Lei 9.711, de 20.11.98 (“Art.
Dispositivo 103. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito
Do exposto, nos termos do art. 557, §1º-A, do Código de Processo ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de
Civil, DOU PROVIMENTO à apelação interposta por Clesia da concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao
Consolação Silva, para, declarando a nulidade da sentença de fl. 22, do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia
determinar a remessa dos autos à Vara de Origem, para o regular em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no
prosseguimento do feito, nos termos da fundamentação supra. âmbito administrativo.”), sofrendo nova alteração, a partir de
P. R. I. 20.11.2003, voltando a ser de 10 (dez) anos, nos termos da Medida
Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira Instância. Provisória n.º 138/2003, convertida na Lei 10.839/2004.
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 Em princípio, a jurisprudência desta Egrégia 2ª Turma Especializada se
MARCELO PEREIRA DA SILVA posicionou no sentido de que o prazo decadencial previsto no art. 103
Juiz Federal Convocado da Lei 8.213/91 não se aplicaria às relações jurídicas instituídas
IV - APELACAO CIVEL 567381 2012.51.01.032847-6 anteriormente ao advento da MP 1.523/97, cuja revisão continuaria
Nº CNJ :0032847-66.2012.4.02.5101 podendo ser pleiteada a qualquer tempo, na linha adotada pelo Superior
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Tribunal de Justiça (Cf. TRF-2ª Reg., 2ª T. E., AC
MARCELO PEREIRA DA SILVA 2005.51.01.507388-5/RJ, Rel. Des. Fed. LILIANE RORIZ, DJU
APELANTE :LUIZ RODRIGUES DA SILVA 17.04.2007, p. 326).
ADVOGADO :JOSUE LEMOS BEZERRA E OUTRO No entanto, em 2009, a Primeira Seção Especializada deste Tribunal,
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ao apreciar os Embargos Infringentes nº 2007.51.01.813270-8, fixou
SOCIAL - INSS que o instituto da decadência introduzido no art. 103 da Lei n.º
PROCURADOR :ROBERTO DE SOUZA CHAVES 8.213/91, com a modificação introduzida pela Medida Provisória n.º
ORIGEM :VIGÉSIMA QUINTA VARA FEDERAL 1.523-9/97, posteriormente convertida na Lei n.º 9.528/97, também
DO RIO DE JANEIRO deve atingir os benefícios concedidos antes de sua vigência, in verbis:
(201251010328476) PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. REVISÃO DE
RMI. INCIDÊNCIA DO ART. 103 DA LEI Nº 8.213/91 EM
DECISÃO RELAÇÃO AOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Relatório CONCEDIDOS ANTES DO ADVENTO DA MEDIDA
Trata-se de apelação interposta por LUIZ RODRIGUES DA SILVA PROVISÓRIA Nº 1.523-9/97, QUE INSTITUIU O REFERIDO
contra a sentença proferida pelo M.M. Juízo da 25ª Vara Federal /RJ, PRAZO. INEXISTÊNCIA DE APLICAÇÃO RETROATIVA DA
nos autos do processo eletrônico n. 2012.51.01.032847-6, que NORMA JURÍDICA. CONTAGEM DE PRAZO QUE SE PROJETA
pronunciou a decadência do direito do Autor à revisão da RMI de seu PARA O FUTURO, INICIANDO-SE SOMENTE A PARTIR DA
benefício, extinguindo o processo nos termos do art. 269, IV, do CPC. ENTRADA EM VIGOR DO NOVO TEXTO LEGAL.
Alega o Apelante, em síntese, que sofreria pela ausência de valores em PRESERVAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA.
seu contracheque mês a mês, o que caracterizaria o trato sucessivo e, RECURSO DO INSS PROVIDO.
assim, a interrupção de quaisquer prazos que inviabilizassem o seu I – A tese segundo a qual os benefícios previdenciários concedidos
pleito autoral. antes da MP nº 1.523-9/97 poderiam ter sua renda mensal inicial
Recebida a apelação no duplo efeito, foram apresentadas contrarrazões revisada a qualquer tempo, não se coaduna com o princípio da
pela Autarquia. segurança jurídica, norteador de todo o ordenamento legal, que aponta
O Ministério Público Federal manifestou-se pela falta de interesse sempre no sentido de que as relações jurídicas, em determinado
público na demanda (fls.04/06). momento, sejam consolidadas pelo decurso do tempo, a fim de evitar
É o relatório. Passo a decidir. que os litígios se eternizem.
Fundamentação II – Também não se pode cogitar de uma suposta “retroatividade” da
Não merece acolhida a irresignação da parte autora. lei para alcançar situações pretéritas. A uma, porque o início da
Com efeito, até o advento da Medida Provisória n.º 1.523-9/97, contagem do prazo em questão somente se inicia a partir da entrada em
posteriormente convertida na Lei 9.528/97, inexistia na legislação vigor da inovação legislativa (inexistindo qualquer contagem com
previdenciária norma que estabelecesse prazo para que os segurados termo inicial anterior ao advento da norma legal). A duas porque, uma
pleiteassem a revisão de seus benefícios previdenciários, entendendo- vez iniciada a contagem do prazo, este projeta-se para o futuro, não se
se, por isso, que tal postulação poderia ser realizada a qualquer tempo. vislumbrando, assim, qualquer incidência retroativa da norma.
III – Desta forma, com relação aos benefícios previdenciários
concedidos antes de 28/06/1997 (data de início da vigência da MP nº
1.523-9/97), o termo inicial da contagem do prazo para se pleitear a
revisão do ato concessório iniciarse-á, nos termos da redação do art.
103 da Lei nº 8.213/91, no “dia primeiro do mês seguinte ao do

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recebimento da primeira prestação”, isto é, no dia 01/08/1997
(considerando que a primeira prestação posterior ao advento da Lei
seria aquela paga no mês de julho de 1997), tendo como termo final o
dia 01/08/2007, após transcorridos 10 (dez) anos do início da
contagem.
IV – Conclui-se assim que, no presente caso, a ação foi ajuizada em ficou estabelecido que "É de dez anos o prazo de decadência de todo e
12/12/2007 (fl. 02), em momento posterior ao escoamento do prazo qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do
previsto no art. 103 da Lei nº 8.213/91, haja vista que o benefício que ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês
se pretende revisar possui DIB em 01/09/1992 (fl. 12), o que seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o
impossibilita o prosseguimento do feito, já que não há como acolher a caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória
pretensão autoral. definitiva no âmbito administrativo".
V – Embargos Infringentes do INSS providos. (TRF – 2ª Reg., 1ª 2. Essa disposição normativa não pode ter eficácia retroativa para
Seção Esp., EIAC 2007.51.01.813270-8/RJ, Rel. Des. Fed. MARIA incidir sobre o tempo transcorrido antes de sua vigência. Assim,
HELENA CISNE, Rel. para acórdão Juiz Federal Convocado relativamente aos benefícios anteriormente concedidos, o termo inicial
ALUÍSIO GONCALVES DE CASTRO MENDES, DJU 15.12.2009, do prazo de decadência do direito ou da ação visando à sua revisão tem
p. 39) como termo inicial a data em que entrou em vigor a norma fixando o
Vale salientar que, embora tal orientação, até pouco tempo, não referido prazo decenal (28/06/1997). Precedentes da Corte Especial em
encontrasse guarida na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, situação análoga (v.g.: MS 9.112/DF Min. Eliana Calmon, DJ
recentemente veio a ser corroborada pela Primeira Seção daquela Corte 14/11/2005; MS 9.115, Min. César Rocha (DJ de 07/08/06, MS 11123,
Superior - cuja competência foi alterada pela Emenda Regimental 14, Min. Gilson Dipp, DJ de 05/02/07, MS 9092, Min. Paulo Gallotti, DJ
de 05 de dezembro de 2011 – que, revendo o posicionamento anterior, de 06/09/06, MS (AgRg) 9034, Min. Félix Ficher, DL 28/08/06).
aplicou à questão de direito intertemporal envolvida a mesma solução 3. Recurso especial provido. (STJ, 1ª Seção Especializada, REsp
adotada para a aplicação do prazo decadencial do art. 54 da Lei 1303988/PE, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJe
9.784/99, como se extrai do seguinte trecho do voto condutor do 21.03.2012)
Recurso Especial n.º 1.303.988/PE: Assim, considerando que, na hipótese em tela, a DIB do benefício da
“Ninguém questiona que seria incompatível com a Constituição, por parte autora é 06.12.1988 e, portanto, anteriormente a MP 1.523/97, o
ofensa ao seu art. 5º, XXXVI, atribuir efeito retroativo a normas que prazo decenal para revisão do ato concessório, nos termos da redação
fixam prazo decadencial. Também nesse domínio jurídico não se pode do art. 103 da Lei nº 8.213/91, iniciou-se no “dia primeiro do mês
conferir eficácia atual a fato ocorrido no passado. No que se refere seguinte ao do recebimento da primeira prestação”, isto é, no dia
especificamente a prazos decadenciais (ou seja, prazos para exercício 01.08.1997 (considerando que a primeira prestação posterior ao
do direito, sob pena de caducidade), admitir-se a aplicação do novo advento da MP 1.523/97 seria aquela paga no mês de julho de 1997) –
regime normativo sobre período de tempo já passado significaria, na e tendo sido ajuizada a demanda em 18.07.2012, com acerto foi
prática, permitir que o legislador eliminasse, com efeito retroativo, a proferida a sentença ora apelada, que reconheceu a decadência do
possibilidade de exercício do direito. Ora, eliminar, com eficácia direito do Autor à revisão pretendida, alinhando-se ao posicionamento
retroativa, a possibilidade de exercício do direito é o mesmo que da jurisprudência acima explicitado.
eliminar o próprio direito. Dispositivo
Todavia, isso não significa que o legislador esteja impedido de Ante o exposto, nos termos do art. 557, caput, do CPC, nego
modificar o sistema normativo em relação ao futuro, até porque, seguimento ao recurso de apelação.
conforme de comum sabença, não há direito adquirido à manutenção P.I.
de regime jurídico. É nessa perspectiva que, a exemplo do que fez a Decorrido o prazo para interposição de recurso, remetam-se os autos
Corte Especial em relação ao artigo 54 da Lei 9.784, de 1999, deve ser para a Vara de origem, para as providências cabíveis.
interpretado e aplicado o art. 103 da Lei 8.213/91, com a redação que Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012
recebeu a partir da MP 1.523-9/97 e que resultou na conferida pela Lei MARCELO PEREIRA DA SILVA
10.839/04. Com efeito, se antes da modificação normativa podia o Juiz Federal Convocado
segurado promover a qualquer tempo o pedido de revisão dos atos IV - APELACAO CIVEL 567805 2011.51.06.000900-3
concessivos do benefício previdenciário, é certo afirmar que a norma Nº CNJ :0000900-13.2011.4.02.5106
superveniente não poderá incidir sobre o tempo passado, de modo a RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
impedir a revisão; mas também é certo afirmar que a nova disposição MARCELO PEREIRA DA SILVA
legal está apta a incidir sobre o tempo futuro, a contar de sua vigência. APELANTE :PIERRE ROBIN
Portanto, a solução para o problema de direito intertemporal aqui posto ADVOGADO :CARLOS ALBERTO LORANG
só pode ser aquela dada pela Corte Especial na situação análoga: AMORIM
relativamente aos benefícios previdenciários anteriores à nova lei, o APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
prazo decadencial para sua revisão tem como termo inicial o da SOCIAL - INSS
vigência da superveniente norma, que o estabeleceu.” PROCURADOR :GABRIELA GONZALEZ LIMA
Nesse sentido foi estabelecida a respectiva ementa: ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL. REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO PETROPOLIS/RJ (201151060009003)
DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. PRAZO.
ART. 103 DA LEI 8.213/91. BENEFÍCIOS ANTERIORES. DIREITO DECISÃO
INTERTEMPORAL. Relatório
1. Até o advento da MP 1.523-9/1997 (convertida na Lei 9.528/97), Trata-se de apelação interposta por PIERRE ROBIN contra a sentença
não havia previsão normativa de prazo de decadência do direito ou da proferida pelo M.M. Juízo da 2ª Vara Federal de PETRÓPOLIS /RJ,
ação de revisão do ato concessivo de benefício previdenciário. nos autos do processo eletrônico n. 2011.51.06.000900-3, que
Todavia, com a nova redação, dada pela referida Medida Provisória, ao pronunciou a decadência do direito do Autor à revisão da RMI de seu
art. 103 da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social), benefício, extinguindo o processo nos termos do art. 269, IV, do CPC.
Alega o Apelante, em síntese, que, não busca a revisão, mas sim a
retificação do ato jurídico de concessão do seu benefício, razão pela
qual é inaplicável o prazo decadencial trazido pelo artigo 103 da Lei
8.213/91, suscitando, também, a violação ao princípio constitucional
consignado no art. 5º, XXXVI, da CRFB.

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A apelação foi recebida no duplo efeito, tendo sido apresentadas
contrarrazões pelo INSS.
O Ministério Público Federal manifestou-se pela falta de interesse
público na demanda (fl.04).
É o relatório. Passo a decidir.
Fundamentação II – Também não se pode cogitar de uma suposta “retroatividade” da
Não merece acolhida a irresignação da parte autora. lei para alcançar situações pretéritas. A uma, porque o início da
Com efeito, até o advento da Medida Provisória n.º 1.523-9/97, contagem do prazo em questão somente se inicia a partir da entrada em
posteriormente convertida na Lei 9.528/97, inexistia na legislação vigor da inovação legislativa (inexistindo qualquer contagem com
previdenciária norma que estabelecesse prazo para que os segurados termo inicial anterior ao advento da norma legal). A duas porque, uma
pleiteassem a revisão de seus benefícios previdenciários, entendendo- vez iniciada a contagem do prazo, este projeta-se para o futuro, não se
se, por isso, que tal postulação poderia ser realizada a qualquer tempo. vislumbrando, assim, qualquer incidência retroativa da norma.
A partir da referida Medida Provisória, cuja vigência se iniciou em III – Desta forma, com relação aos benefícios previdenciários
28.06.1997, foi alterada a redação do art. 103 da Lei 8.213/91, concedidos antes de 28/06/1997 (data de início da vigência da MP nº
estabelecendo-se o prazo decadencial de 10 (dez) anos para o pedido 1.523-9/97), o termo inicial da contagem do prazo para se pleitear a
de revisão de benefício previdenciário, verbis: revisão do ato concessório iniciarse-á, nos termos da redação do art.
“Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer 103 da Lei nº 8.213/91, no “dia primeiro do mês seguinte ao do
direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de recebimento da primeira prestação”, isto é, no dia 01/08/1997
concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do (considerando que a primeira prestação posterior ao advento da Lei
recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em seria aquela paga no mês de julho de 1997), tendo como termo final o
que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito dia 01/08/2007, após transcorridos 10 (dez) anos do início da
administrativo.” (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) contagem.
Tal prazo veio a ser reduzido para 5 (cinco) anos pela Medida IV – Conclui-se assim que, no presente caso, a ação foi ajuizada em
Provisória n.º 1.663-15/98, convertida na Lei 9.711, de 20.11.98 (“Art. 12/12/2007 (fl. 02), em momento posterior ao escoamento do prazo
103. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito previsto no art. 103 da Lei nº 8.213/91, haja vista que o benefício que
ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de se pretende revisar possui DIB em 01/09/1992 (fl. 12), o que
concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao impossibilita o prosseguimento do feito, já que não há como acolher a
do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia pretensão autoral.
em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no V – Embargos Infringentes do INSS providos. (TRF – 2ª Reg., 1ª
âmbito administrativo.”), sofrendo nova alteração, a partir de Seção Esp., EIAC 2007.51.01.813270-8/RJ, Rel. Des. Fed. MARIA
20.11.2003, voltando a ser de 10 (dez) anos, nos termos da Medida HELENA CISNE, Rel. para acórdão Juiz Federal Convocado
Provisória n.º 138/2003, convertida na Lei 10.839/2004. ALUÍSIO GONCALVES DE CASTRO MENDES, DJU 15.12.2009,
Em princípio, a jurisprudência desta Egrégia 2ª Turma Especializada se p. 39)
posicionou no sentido de que o prazo decadencial previsto no art. 103 Vale salientar que, embora tal orientação, até pouco tempo, não
da Lei 8.213/91 não se aplicaria às relações jurídicas instituídas encontrasse guarida na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,
anteriormente ao advento da MP 1.523/97, cuja revisão continuaria recentemente veio a ser corroborada pela Primeira Seção daquela Corte
podendo ser pleiteada a qualquer tempo, na linha adotada pelo Superior Superior - cuja competência foi alterada pela Emenda Regimental 14,
Tribunal de Justiça (Cf. TRF-2ª Reg., 2ª T. E., AC de 05 de dezembro de 2011 – que, revendo o posicionamento anterior,
2005.51.01.507388-5/RJ, Rel. Des. Fed. LILIANE RORIZ, DJU aplicou à questão de direito intertemporal envolvida a mesma solução
17.04.2007, p. 326). adotada para a aplicação do prazo decadencial do art. 54 da Lei
No entanto, em 2009, a Primeira Seção Especializada deste Tribunal, 9.784/99, como se extrai do seguinte trecho do voto condutor do
ao apreciar os Embargos Infringentes nº 2007.51.01.813270-8, fixou Recurso Especial n.º 1.303.988/PE:
que o instituto da decadência introduzido no art. 103 da Lei n.º “Ninguém questiona que seria incompatível com a Constituição, por
8.213/91, com a modificação introduzida pela Medida Provisória n.º ofensa ao seu art. 5º, XXXVI, atribuir efeito retroativo a normas que
1.523-9/97, posteriormente convertida na Lei n.º 9.528/97, também fixam prazo decadencial. Também nesse domínio jurídico não se pode
deve atingir os benefícios concedidos antes de sua vigência, in verbis: conferir eficácia atual a fato ocorrido no passado. No que se refere
PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. REVISÃO DE especificamente a prazos decadenciais (ou seja, prazos para exercício
RMI. INCIDÊNCIA DO ART. 103 DA LEI Nº 8.213/91 EM do direito, sob pena de caducidade), admitir-se a aplicação do novo
RELAÇÃO AOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS regime normativo sobre período de tempo já passado significaria, na
CONCEDIDOS ANTES DO ADVENTO DA MEDIDA prática, permitir que o legislador eliminasse, com efeito retroativo, a
PROVISÓRIA Nº 1.523-9/97, QUE INSTITUIU O REFERIDO possibilidade de exercício do direito. Ora, eliminar, com eficácia
PRAZO. INEXISTÊNCIA DE APLICAÇÃO RETROATIVA DA retroativa, a possibilidade de exercício do direito é o mesmo que
NORMA JURÍDICA. CONTAGEM DE PRAZO QUE SE PROJETA eliminar o próprio direito.
PARA O FUTURO, INICIANDO-SE SOMENTE A PARTIR DA Todavia, isso não significa que o legislador esteja impedido de
ENTRADA EM VIGOR DO NOVO TEXTO LEGAL. modificar o sistema normativo em relação ao futuro, até porque,
PRESERVAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. conforme de comum sabença, não há direito adquirido à manutenção
RECURSO DO INSS PROVIDO. de regime jurídico. É nessa perspectiva que, a exemplo do que fez a
I – A tese segundo a qual os benefícios previdenciários concedidos Corte Especial em relação ao artigo 54 da Lei 9.784, de 1999, deve ser
antes da MP nº 1.523-9/97 poderiam ter sua renda mensal inicial interpretado e aplicado o art. 103 da Lei 8.213/91, com a redação que
revisada a qualquer tempo, não se coaduna com o princípio da recebeu a partir da MP 1.523-9/97 e que resultou na conferida pela Lei
segurança jurídica, norteador de todo o ordenamento legal, que aponta 10.839/04. Com efeito, se antes da modificação normativa podia o
sempre no sentido de que as relações jurídicas, em determinado segurado promover a qualquer tempo o pedido de revisão dos atos
momento, sejam consolidadas pelo decurso do tempo, a fim de evitar concessivos do benefício previdenciário, é certo afirmar que a norma
que os litígios se eternizem. superveniente não poderá incidir sobre o tempo passado, de modo a
impedir a revisão; mas também é certo afirmar que a nova disposição
legal está apta a incidir sobre o tempo futuro, a contar de sua vigência.
Portanto, a solução para o problema de direito intertemporal aqui posto
só pode ser aquela dada pela Corte Especial na situação análoga:
relativamente aos benefícios previdenciários anteriores à nova lei, o

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prazo decadencial para sua revisão tem como termo inicial o da
vigência da superveniente norma, que o estabeleceu.”
Nesse sentido foi estabelecida a respectiva ementa:
PREVIDÊNCIA SOCIAL. REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO
DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. PRAZO.
ART. 103 DA LEI 8.213/91. BENEFÍCIOS ANTERIORES. DIREITO Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União
INTERTEMPORAL. em favor de VALDIR BOLDT contra ato do M.M. Juiz Federal da 2ª
1. Até o advento da MP 1.523-9/1997 (convertida na Lei 9.528/97), Vara Federal Criminal de Vitória/ES, objetivando, liminarmente, a
não havia previsão normativa de prazo de decadência do direito ou da suspensão dos efeitos da decisão que determinou a aplicação “de duas
ação de revisão do ato concessivo de benefício previdenciário. penas restritivas de direito, utilizando, por analogia, as disposições do
Todavia, com a nova redação, dada pela referida Medida Provisória, ao art. 43 e 44 do CP” (fls. 07/11), considerando-se a impossibilidade de
art. 103 da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social), cumprimento da pena em regime aberto, face à ausência de Casa de
ficou estabelecido que "É de dez anos o prazo de decadência de todo e Albergado ou de qualquer outro estabelecimento prisional para
qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do cumprimento da pena em regime aberto.
ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês O Impetrante aduziu, em suma, que “a aplicação do art. 44 do CP
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o constitui benesse ao acusado, visando a melhor consecução dos fins
caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória da pena (prevenção especial, geral e ressocialização), sem o elevado
definitiva no âmbito administrativo". custo, as mazelas e o estigma do cárcere prisional. Logo se o apenado
2. Essa disposição normativa não pode ter eficácia retroativa para não quis ou não pode se beneficiar da substituição do art. 44, tal fato
incidir sobre o tempo transcorrido antes de sua vigência. Assim, não tem o condão de recrudescer, por analogia, a sua pena privativa
relativamente aos benefícios anteriormente concedidos, o termo inicial de liberdade no regime aberto por outras sanções não previstas na
do prazo de decadência do direito ou da ação visando à sua revisão tem sentença condenatória transitada em julgado, nem na lei penal para
como termo inicial a data em que entrou em vigor a norma fixando o esse fim”. Outrossim, sustentou que, “além do apenado não poder ser
referido prazo decenal (28/06/1997). Precedentes da Corte Especial em punido mais gravemente em virtude da ineficiência estatal no
situação análoga (v.g.: MS 9.112/DF Min. Eliana Calmon, DJ cumprimento de políticas públicas (inexistência de Casa de Albergado
14/11/2005; MS 9.115, Min. César Rocha (DJ de 07/08/06, MS 11123, a despeito da regra dos artigos 93 e 95 da LPE), não se pode alargar
Min. Gilson Dipp, DJ de 05/02/07, MS 9092, Min. Paulo Gallotti, DJ analogicamente o conceito de pena privativa de liberdade, em
de 06/09/06, MS (AgRg) 9034, Min. Félix Ficher, DL 28/08/06). qualquer que seja o regime (aberto, semiaberto e fechado), para
3. Recurso especial provido. (STJ, 1ª Seção Especializada, REsp contemplar também o cumprimento de outras penas restritivas de
1303988/PE, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJe direito, sem amparo na LEP e no Código Penal”.
21.03.2012) É o breve relatório.
Assim, considerando que, na hipótese em tela, a DIB do benefício da Do cotejo dos autos, verifica-se que o paciente Valdir Boldt foi
parte autora é 10.09.93 e, portanto, anteriormente a MP 1.523/97, o condenado a 02 (dois) anos, 07 (sete) meses e 15 (quinze) dias de
prazo decenal para revisão do ato concessório, nos termos da redação reclusão e 30 (trinta) dias-multa, sendo cada dia-multa equivalente a
do art. 103 da Lei nº 8.213/91, iniciou-se no “dia primeiro do mês 1/30 do salário mínimo, por ter sido incurso no art. 168-A, do Código
seguinte ao do recebimento da primeira prestação”, isto é, no dia Penal, fixando o Juízo a quo o regime aberto como sendo o inicial para
01.08.1997 (considerando que a primeira prestação posterior ao o cumprimento de pena. Ainda, nos termos dos arts. 59, inciso IV e 44,
advento da MP 1.523/97 seria aquela paga no mês de julho de 1997) – §2º, do Código Penal, foi determinada a substituição da pena privativa
e tendo sido ajuizada a demanda em 19.08.2011, com acerto foi de liberdade em penas restritivas de direitos, consistentes em: (a)
proferida a sentença ora apelada, que reconheceu a decadência do prestação pecuniária por meio de pagamento, em favor de entidade
direito do Autor à revisão pretendida, alinhando-se ao posicionamento pública ou privada com destinação social, no valor de 10 (dez) salários
da jurisprudência acima explicitado. mínimos; (b) prestação de serviços comunitários e/ou a entidades
Dispositivo públicas (fls. 23/32).
Ante o exposto, nos termos do art. 557, caput, do CPC, nego Ante o descumprimento injustificado das medidas restritivas de direito
seguimento ao recurso de apelação. pelo condenado, bem como por não ter sido comprovada sequer a
P.I. quitação da primeira parcela da prestação pecuniária, o Juízo a quo
Decorrido o prazo para interposição de recurso, remetam-se os autos determinou a conversão da pena restritiva de direitos em privativa de
para a Vara de origem, para as providências cabíveis. liberdade, “a qual deverá ser cumprida inicialmente em REGIME
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 SEMI-ABERTO” (fls. 106/110)
MARCELO PEREIRA DA SILVA Diante disso, foi impetrado o Habeas Corpus nº 2012.02.01.015612-2,
Juiz Federal Convocado no qual foi concedida a ordem, “para determinar que a execução da
X - HABEAS CORPUS 8613 2012.02.01.020717-8 pena privativa de liberdade ao qual foi o paciente condenado se dê no
Nº CNJ :0020717-21.2012.4.02.0000 regime aberto fixado na sentença”, conforme ementa a seguir
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO transcrita:
MARCELO PEREIRA DA SILVA HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PENA RESTRITIVA DE
IMPETRANTE :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO DIREITOS. DESCUMPRIMENTO REITERADO DAS CONDIÇÕES
IMPETRADO :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL IMPOSTAS. CONVERSÃO À PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
CRIMINAL DE VITORIA-ES ORIGINALMENTE APLICADA. REGIME MAIS GRAVOSO
PACIENTE :VALDIR BOLDT PARA CUMPRIMENTO DA PENA DO QUE O FIXADO EM
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO SENTENÇA. DESCABIMENTO.
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE I- Nos termos do art. 181, §1º, alínea “b”, da Lei nº 7.210/84, a pena de
VITÓRIA/ES (200850010128172) prestação de serviços à comunidade será convertida em privativa de
liberdade quando o condenado não comparecer, injustificadamente, à
DECISÃO entidade ou programa em que deva prestar serviço.
II- A transferência da execução da pena privativa de liberdade para
regime mais gravoso do que o fixado na sentença transitada em julgado
tem previsão nas hipóteses do art. 118, §1º, da Lei nº 7.210/84, quando
o apenado já está cumprindo pena privativa de liberdade, e não nos
casos em que, por descumprimento da pena substitutiva restritiva de

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direitos, o Juízo determina o retorno à pena originalmente imposta,
ainda que pelo regime aberto.
III- Ordem concedida para determinar que a execução inicial da pena
privativa de liberdade se dê no regime aberto, fixado na sentença.
No entanto, o Magistrado de Primeiro Grau, sob o entendimento de
que, diante da impossibilidade de cumprimento da pena em regime mesmo, fosse acolhida a apelação interposta.
aberto, face à ausência de Casa de Albergado ou de qualquer outro É o relatório. Passo a decidir.
estabelecimento prisional para cumprimento da pena em regime aberto Fundamentação
no Estado do Espírito Santo, determinou a aplicação “de duas penas Pretendem, na verdade, os Embargantes seja acolhida a petição que
restritivas de direito, utilizando, por analogia, as disposições do art. apontou a existência de erro material, afastando-se a intempestividade
43 e 44 do CP” (fls. 07/11). da apelação interposta para determinar o prosseguimento do feito,
Observe-se que, na verdade, o agravamento do regime da pena facultando-se, assim, a habilitação dos sucessores dos Autores
privativa de liberdade ocorre se o cumprimento passa do aberto para o falecidos.
semi-aberto. Todavia, na hipótese em que o Juiz de Primeiro Grau Os embargos são tempestivos e, por haver sido alegada matéria
determina o cumprimento da pena restritiva de direito, não há que se pertinente à sua fundamentação vinculada, ou seja, omissão (art. 535,
falar em agravamento da pena imposta, eis que, na verdade, tal medida inc. II do CPC), devem ser os mesmos conhecidos, eis que satisfeitos
importa dar ao réu uma nova chance de cumprir sua pena de forma, a os seus requisitos de admissibilidade.
princípio, menos gravosa, embora seja inequívoco que seu No mérito, todavia, cumpre negar provimento ao recurso, pois inexiste
descumprimento não vai gerar conversão em pena privativa de o apontado vício, eis que o julgado embargado, ao dar provimento ao
liberdade em regime diverso do aberto. agravo interno do INSS para reconsiderar a decisão agravada, negou
Como bem asseverado pelo Magistrado de Primeira Instância, “a seguimento ao recurso de apelação da parte autora, por ser o mesmo
aplicação das condições especiais ao apenados autorizadas pelo art. intempestivo, utilizando-se dos seguintes fundamentos, verbis:
115 da LEP, utilizando-se analogicamente aquelas fixadas no art. 43 do “Com efeito, a parte autora teve ciência da sentença que rejeitou os
Código Penal, é benefício ao acusado, pois lhe garantirá o embargos de declaração (fls. 497/498) em 12.01.2012 (quinta-feira),
cumprimento da pena de forma compatível com o regime a que foi iniciando-se a contagem do prazo de quinze dias para a interposição
condenado. Ao mesmo tempo que impedirá que o mesmo fique do recurso no dia 13.01.2012 (sexta-feira), para terminar em
impune.” 27.01.2012 (sexta-feira), o que denota a intempestividade do recurso
Em face do exposto, por ora, INDEFIRO A LIMINAR requerida. de apelação, interposto somente em 31.01.2012 (fl. 504).
Solicitem-se as informações ao Juízo a quo. Registre-se que os próprios autores, em suas razões de apelo, ao
Após, dê-se vista ao MPF. tratar da questão da tempestividade, fizeram constar que “a sentença
Cumpridas as determinações, voltem-me os autos conclusos. recorrida foi publicada no dia 12.01.2012 pelo que o prazo de 15 dias
P.I. para interposição da apelação encerra-se no dia 27.01.2012. Assim, a
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 interposição nesta data do presente recurso, induvidosamente,
MARCELO PEREIRA DA SILVA afigura-se tempestiva”, supondo que o apelo, com data de 26.01.2012,
Juiz Federal Convocado tivesse sido protocolado em 27.01.2012, último dia de prazo para sua
IV - APELACAO CIVEL 548137 1988.51.01.019043-7 interposição, tendo sido, na verdade, protocolado somente em
Nº CNJ :0019043-71.1988.4.02.5101 31.01.2012, quatro dias após o prazo final.”
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Como se verifica dos autos, os Autores, tendo em vista a decisão de fls.
MARCELO PEREIRA DA SILVA 497/498 que rejeitou os seus embargos de declaração opostos contra a
APELANTE :ERNESTO PEREIRA E OUTROS sentença de Primeiro Grau, requereram perante o Juízo a quo (fls.
ADVOGADO :ANTONIO VIEIRA GOMES FILHO E 501/503) a reconsideração daquela decisão, pedido este protocolado
OUTROS em 26.01.2012 (fl. 501). Juntamente com tal requerimento
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO interpuseram o recurso de apelação de fls. 504/509, sendo que
SOCIAL - INSS protocolado somente em 31.01.2012 (fl. 504), quando já findo o prazo
PROCURADOR :ENEIDA MARIA DOS SANTOS de 15 (quinze) dias iniciado em 13.01.2012, considerando-se a
ORIGEM :TRIGÉSIMA PRIMEIRA VARA publicação da decisão em 12.01.2012 (fl. 498).
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Em que pese o Juízo a quo não ter se manifestado explicitamente
(8800190430) acerca do requerimento de fls. 501/503, recebendo tão-somente a
apelação em seus regulares efeitos (fl. 511), caberia aos Autores, ora
DECISÃO Embargantes, protocolarem o seu apelo na mesma data do pedido de
Relatório reconsideração, ou, no máximo, dentro do prazo de 15 (quinze) dias
Trata-se de embargos de declaração opostos às fls. 537/539 por Ernesto previsto no art. 508 do Código de Processo Civil.
Pereira e outros contra a decisão monocrática de fls. 534/536, que Pelo que se depreende das alegações recursais, a mencionada omissão
conheceu dos embargos declaratórios do INSS como agravo interno e encobre verdadeiro inconformismo da parte embargante em relação ao
deu-lhe provimento para, reconsiderando a decisão de fls. 524/528, mérito da decisão recorrida, pretendendo que outro julgamento seja
proferida pela Desembargadora Federal Drª Nizete Antônia Lobato prolatado, em substituição ao primeiro, o que, à toda evidência, atenta
Rodrigues Carmo, negar seguimento ao recurso de apelação de fls. contra a própria finalidade dos declaratórios, que se restringem à
504/509, por intempestivo. supressão de eventual omissão, obscuridade ou contradição da
Alegam os Embargantes que a decisão, ao considerar intempestiva a sentença, acórdão ou decisão.
apelação, deixou de apreciar que no bojo da mesma foi apontada a De fato, como já assentou o Supremo Tribunal Federal (vide 2ª T.,
existência de erro material, a qual pode ser requerida ao Juízo a EmbDeclaRExt n.º 160.381/SP, unânime, DJU de 04.08.95, p. 22.497)
qualquer tempo. Aduzem, ainda, que requereram ao Juízo a quo fosse e a doutrina em uníssono, não cabem embargos de declaração com o
reconhecida a ocorrência de erro material através do pedido de intuito de obter a reforma da decisão ou a correção de errores in
reconsideração de fls. 501/503 e que, apenas no caso da rejeição do iudicando, pois, para tal finalidade, o ordenamento prevê outros
recursos.
Dispositivo
Do exposto, NEGO PROVIMENTO aos embargos de declaração
opostos pela parte autora, porque não verificada a apontada omissão no
julgado.

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P.R.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
Instância.
Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012
MARCELO PEREIRA DA SILVA
Juiz Federal Convocado
IV - APELACAO CIVEL 507177 2011.02.01.000100-6 COMUM. Como tem entendido a Segunda Turma – assim, a título
Nº CNJ :0000100-50.2011.4.02.9999 exemplificativo, no AgRg 154938 -, se a competência para julgar as
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO causas de acidente do trabalho é da Justiça Comum por força do
MARCELO PEREIRA DA SILVA disposto na parte final do inciso I do art. 109 da Constituição, será esta
APELANTE :BENEDITO FERNANDES DA SILVA igualmente competente para julgar o pedido de reajuste do benefício
ADVOGADO :VANILA CORREA TEIXEIRA NEVES oriundo do acidente do trabalho que é objeto de causa que não deixa de
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ser relativa a acidente dessa natureza, uma vez que o reajuste diz
SOCIAL - INSS respeito à fixação do benefício, e a Justiça Comum, que é competente
PROCURADOR :PATRICIA DA SILVA BOTELHO DE para fixa-lo – o que é o principal - , o é também para reajusta-lo, o que
CASTRO é o acessório.” (STF, 1ª T., RE 169222-7, Rel. Min. MOREIRA
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - PARACAMBI/ ALVES, DJU 04/08/95, p. 22.524).
RJ (00003095119908190039) “EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento.
Previdenciário. Benefício Acidentário. Reajustamento. Competência.
DECISÃO As ações acidentárias têm como foro competente o da Justiça Comum,
Relatório a teor do disposto no art. 109, I, da CF, que as excluiu da competência
Trata-se de agravo interno interposto às fls. 55/63 pelo Instituto da Justiça Federal.
Nacional do Seguro Social - INSS contra a decisão monocrática de fls. Reajuste em benefício acidentário. Competência da Justiça Estadual
53/54, proferida pela Desembargadora Federal Drª. NIZETE não elidida.
ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO, que deu provimento à Precedentes.
apelação de Benedito Fernandes da Silva para, reformando a sentença Agravo Regimental a que se nega provimento.” (STF, 2.ª T., AgRE no
de Primeiro Grau que julgara extinto o processo sem julgamento do AI 150.660-2/SC, Rel. Min. PAULO BROSSARD, DJU 24/06/94, p.
mérito na forma do art. 267, III, do CPC (fl. 28), anular aquele 16.640).
decisum, determinando-se a regular intimação do Autor, inclusive por A manutenção desse entendimento pela Suprema Corte foi noticiada no
edital, para dar prosseguimento ao feito. Informativo STF nº 186, de 24 a 28 de abril de 2000, como se pode
Sustenta o Agravante, de início, a incompetência absoluta da Justiça adiante conferir:
Federal para apreciar e julgar o presente feito, por se tratar de revisão “Considerando que a competência da Justiça Comum Estadual para as
de auxílio-acidente, requerendo, assim, com fundamento na Súmula nº causas relativas a acidentes de trabalho (CF, art. 109, I) compreende
15 do STJ, seja declinada a competência para o Tribunal de Justiça não só o julgamento da ação relativa ao acidente de trabalho, mas,
deste Estado. Alega, ainda, que o processo teria ficado parado por, também, de todas as conseqüências dessa decisão, tais como a fixação
aproximadamente, nove anos, impondo-se o reconhecimento da do benefício e seus reajustamentos futuros, a Turma deu provimento a
prescrição. Afirma, por fim, que o benefício de que era titular o Autor recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Alçada Cível do
encontra-se cessado por motivo de óbito desde 06.08.12, sendo a Estado de São Paulo que reconhecera a competência da Justiça Federal
hipótese de suspensão do feito para que se possibilite a habilitação dos para julgar os litígios relativos a reajuste de benefício acidentário.
sucessores. Precedentes citados: RE 176.532-SC (DJU de 20.11.98) e RE 127.619-
CE (RTJ 133/1352). RE 264.560-SP, rel. Min. Ilmar Galvão,
É o relatório. Passo a decidir. 25.4.2000.”
Fundamentação No mesmo sentido foram as decisões proferidas nos RE 345.486/SP,
Conforme relatado, trata-se de agravo interno interposto contra decisão 2.ª Turma, Relatora Ministra Ellen Gracie; 396.968/SP e 394.069/SP,
monocrática que, nos presentes autos de ação ordinária objetivando a 2.ª Turma, Relator Min. Carlos Velloso; RE 430.377-AgR/DF, 2.ª
revisão de auxílio-acidente, deu provimento à apelação da parte autora Turma, Relator Ministro Gilmar Mendes; AI 485.085-AgR/SP, 2.ª
para anular a sentença de extinção do processo sem julgamento do Turma, Relator Ministro Celso de Mello, e RE 403.832/MG, 1.ª
mérito (art. 267, III, do CPC), determinando a regular intimação do Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence (DJU de 24.10.2003,
Autor, inclusive por edital, para dar prosseguimento ao feito. 08.10.2003, 16.09.2003, 12.11.2004, 25.06.2004 e 12.03.2004,
Nota-se que no presente caso o benefício cuja revisão é pretendida pela respectivamente).
presente ação, é oriundo de acidente de trabalho. Assim, valendo-se do Em 09.03.2005, por seu Plenário, a Excelsa Corte mais uma vez
entendimento já pacificado no âmbito do Supremo Tribunal Federal, confirmou esse entendimento no julgamento do RE 438.639/MG,
cumpre reconhecer que esta Corte não detém competência para a Relator para o acórdão Ministro Cezar Peluso, não obstante a
análise e apreciação do recurso em questão, eis que, por envolver promulgação da EC n.º 45/2004, enfatizando assistir, ao Poder
benefícios previdenciários devidos em razão de acidente de trabalho é Judiciário do Estado-membro, e não à Justiça do Trabalho, a
da Justiça Comum Estadual a competência absoluta para a apreciação e competência para processar e julgar as causas acidentárias, ainda que
julgamento da causa. tenham sido instauradas contra o empregador, com fundamento em
Essa questão, diga-se de passagem, não é nova no âmbito do Supremo direito comum, como noticiado no Informativo STF nº 379, de 07 a 11
Tribunal Federal que, através de ambas as suas turmas, há mais de uma de março de 2005, verbis:
década já vinha perfilhando o entendimento hoje reafirmado nos seus “As ações de indenização propostas por empregado ou ex-empregado
mais recentes julgados. Vejam-se alguns dos primeiros arestos contra empregador, quando fundadas em acidente do trabalho,
produzidos pelo intérprete maior da Constituição Federal sobre a continuam a ser da competência da justiça comum estadual. Com base
matéria: nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso
“CAUSA RELATIVA A REAJUSTE DE BENEFÍCIO ORIUNDO extraordinário interposto contra acórdão do extinto Tribunal de Alçada
DE ACIDENTE DO TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA do Estado de Minas Gerais que, confirmando decisão do juízo de 1ª
instância, entendera ser da competência da justiça do trabalho o
julgamento de ação de indenização por danos morais decorrentes de
acidente do trabalho, movida pelo empregado contra seu empregador.
Ressaltando ser, em tese, da competência da justiça comum estadual o
julgamento da ação de indenização baseada na legislação acidentária,

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entendeu-se que, havendo um fato histórico que gerasse, ao mesmo
tempo, duas pretensões – uma de direito comum e outra de direito
acidentário -, a atribuição à justiça do trabalho da competência para
julgar a ação de indenização fundada no direito comum, oriunda do
mesmo fato histórico, poderia resultar em decisões contraditórias, já
que uma justiça poderia considerar que o fato está provado e a outra P.R.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos àquele Egrégio
negar a própria existência do fato. Salientou-se que deveria intervir no Tribunal.
fato de discriminação e de interpretação dessas competências o que se MARCELO PEREIRA DA SILVA
chamou de “unidade de convicção”, segundo a qual o mesmo fato, Juiz Federal Convocado
quanto tiver de ser analisado mais de uma vez, deve sê-lo pela mesma IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.800063-4
justiça. Vencidos os Ministros Carlos Britto, relator, e Marco Aurélio, Nº CNJ :0800063-76.2007.4.02.5101
que negavam provimento ao recurso, e declaravam a competência da RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
justiça do trabalho.” MARCELO PEREIRA DA SILVA
Ressalta a observação do Ministro Cezar Peluso, consignada em APELANTE :CROMIC INDUSTRIA E COMERCIO
decisão que proferiu no AI 527.105/SP, e reiterada no julgamento DE CALÇADOS LTDA
plenário do supra mencionado RE 438.639/MG, de que a definição da ADVOGADO :MARCELO FEITOSA DA GAMA E
competência da Justiça estadual para processar e julgar as causas OUTROS
acidentárias, repousa em um princípio – o da “unidade de convicção” – APELADO :INSTITUTO NACIONAL DE
que constitui, segundo enfatizou, a “razão última de todas as causas PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI
de fixação e prorrogação de competência, re reunião de processos PROCURADOR :MARCIA VASCONCELOS
para desenvolvimento e julgamento conjuntos ou pelo mesmo juízo”, BOAVENTURA
verbis: APELADO :CALÇADOS DILLY S/A
“É que, na segunda hipótese, em que se excepciona a competência da ADVOGADO :FELIPE LUIS ISER DE MEIRELLES E
Justiça do Trabalho, as causas se fundam num mesmo fato ou fatos OUTROS
considerados do ponto de vista histórico, como suporte de ORIGEM :VIGÉSIMA QUINTA VARA FEDERAL
qualificações normativas diversas e pretensões distintas. Mas o DO RIO DE JANEIRO
reconhecimento dessas qualificações jurídicas, ainda que classificadas (200751018000634)
em ramos normativos diferentes, deve ser dado por um mesmo órgão
jurisdicional. Isto é, aquele que julga o fato ou fatos qualificados como DECISÃO
acidente ou doença do trabalho deve ter competência para, apreciando- Fls. 415/445: Admito os embargos infringentes interpostos por
os, qualifica-los, ou não, ainda como ilícito aquiliano típico, para que CALÇADOS DILLY S/A, eis que se insurgem contra acórdão não-
não haja risco de estimas contraditórias do mesmo fato. E é exatamente unânime, lavrado pela Juíza Federal Convocada Márcia Maria Nunes
esse o motivo pelo qual não interessa, na interpretação do caput do art. de Barros, que reformou integralmente, em sede de apelação, a
114, qual a taxinomia da norma jurídica aplicável ao fato ou fatos. sentença de mérito recorrida (art. 530 do CPC c/c art. 212 e art. 78 do
Importa, sim, tratar-se de fato ou fatos que caracterizem acidente de Regimento Interno deste Tribunal).
trabalho. Ora, a cognição desse mesmo fato ou fatos, quer exija, num De conseguinte, remetam-se os autos à DIDRA, para o sorteio do
caso, aplicação da norma trabalhista, quer exija, noutro, aplicação de Relator do recurso (§1º do art. 212 do RI)
norma de Direito Civil, deve ser exclusiva da Justiça Comum, Rio de Janeiro, ____ de dezembro de 2012
competente para ambos. MARCELO PEREIRA DA SILVA
O caso em nada se entende com a Súmula 736”. (AI 527.105/SP). Juiz Federal Convocado
A decisão de primeiro grau, portanto, tendo sido proferida por Juízo
Estadual, amolda-se à orientação consagrada pelo Supremo Tribunal
Federal, inclusive no Enunciado nº 501 da Súmula de sua
Jurisprudência Predominante, com o seguinte teor: “Compete à Justiça
ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
das causas de acidente de trabalho, ainda que promovidas contra a DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS DIVERSOS
União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia DESPACHOS/DECISÕES
mista”. EXPEDIENTE Nº 2013/00019 DO DIA 11/01/2013
Não obstante isso, o recurso interposto pela parte autora não é de ser IV - APELACAO CIVEL 473304 2004.51.10.001274-0
apreciado e julgado por este Tribunal Regional Federal, uma vez que, Nº CNJ :0001274-61.2004.4.02.5110
sendo caso de competência privativa, e não de competência delegada RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
prevista no §3º do art. 109 da CF/88, inaplicável a regra do §4º do MARCELO PEREIRA DA SILVA
mesmo dispositivo constitucional à hipótese. APELANTE :ELIAS RODRIGUES DA COSTA
Dispositivo ADVOGADO :ALBERTO SOUTO
Do exposto, DOU PROVIMENTO ao agravo interno da Autarquia APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
para, reconhecendo a incompetência deste Tribunal Regional Federal SOCIAL - INSS
para apreciar e julgar a apelação da parte autora, anular a decisão PROCURADOR :MARIA CLARA DE M. COSENDEY
monocrática de fls. 53/54, declinando da competência em favor do ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE SÃO
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, eis que não se trata de hipótese JOÃO DE MERITI (200451100012740)
de competência delegada (art. 109, § 3º da CF/88), mas, sim, privativa REMETENTE :JUÍZO DA QUARTA VARA FEDERAL
da Justiça Estadual, na esteira da jurisprudência consolidada do DE SÃO JOÃO DE MERITI
Supremo Tribunal Federal. Determino, assim, a remessa dos autos ao (200451100012740)
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, competente
para o processamento e julgamento do recurso interposto. DECISÃO
Relatório
Trata-se de julgar remessa necessária, que dou por interposta, e
apelação interposta por ELIAS RODRIGUES DA COSTA contra
sentença proferida pelo MM. Juízo da 4ª Vara Federal de São João de
Meriti, às fls. 146/148, que, não obstante tenha julgado extinto o

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processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, V, do CPC
c/c art. 301, § 3º, do CPC, ante a constatação de litispendência,
manteve a decisão que deferiu a antecipação dos efeitos da tutela até o
trânsito em julgado da sentença.
Em suas razões recursais, às fls. 153/156, o Apelante alegou, em
síntese, que “ignorou o Douto Magistrado prolator da R. Sentença, formal, essencial à sua admissibilidade, qual seja, a correta
que o benefício previdenciário goza de presunção de legalidade e impugnação do decisum recorrido, com a apresentação dos
legitimidade, já que, concedido um direito previdenciário e fundamentos de fato e direito relativos ao pedido de reforma da
consolidado um direito adquirido, não pode o benefício ser suspenso, sentença, o mesmo não pode ser conhecido por este Tribunal.
por não ter o segurado apresentado documentos os quais não tem Por outro lado, em sede de remessa necessária, constata-se que merece
obrigação de apresentar” (fl. 154) e que o INSS não poderia, com ser parcialmente reformada a sentença. De fato, verifica-se que a
base no CNIS, suspender o benefício em questão (fl. 154). extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267,
O recurso foi recebido no duplo efeito (fl. 158) e foram oferecidas V, do CPC é incompatível com a determinação de manutenção da
contrarrazões às fls. 159. liminar anteriormente deferida. Em outras palavras, o reconhecimento
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal, da existência de litispendência impede que se proceda, nos presentes
que deixou de opinar por não vislumbrar, no caso concreto, hipótese autos, à reapreciação do direito da autora já discutido em processo
para sua intervenção (fls. 163/165). anterior.
Ofício n. OSE.0042.000686-0/2012 (às fls. 172 e seguintes), da 5ª Vara Dispositivo
Criminal/RJ, encaminhando cópia da denúncia contra ELIAS Do exposto, com fundamento no art. 557, caput, do CPC, NEGO
RODRIGUES DA COSTA, ora Apelante, pela prática do crime de SEGUIMENTO ao recurso de apelação interposto pela parte autora e,
estelionato previdenciário, previsto no art. 171, caput e § 3º do Código com fulcro no art. 557, §1º-A, do CPC, DOU PROVIMENTO à
Penal. remessa necessária para revogar a liminar deferida e excluir da
Fundamentação. sentença o parágrafo que determina a manutenção da mencionada
Constata-se que o recurso de fls. 153/156, interposto pela parte autora, liminar.
não tem o condão de abalar os termos da sentença recorrida, pois Oportunamente, à DIDRA para incluir na autuação a remessa
limita-se a reafirmar a procedência do direito material invocado, necessária.
deixando de rebater os fundamentos que nortearam a sentença P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem,
recorrida. observando-se as providências cabíveis.
De se ver que o Apelante, em momento algum, atacou o motivo que Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012
ensejou a extinção do feito sem resolução do mérito, qual seja, a MARCELO PEREIRA DA SILVA
constatação de litispendência. JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Na verdade, o recorrente deixou de apresentar corretamente suas IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL 537019
razões, não cumprindo o disposto no art. 514, II do CPC, que impõe, 2011.02.01.016587-8
como um dos requisitos para admissibilidade do recurso, a exposição Nº CNJ :0016587-95.2011.4.02.9999
dos fundamentos de fato e de direito relativos ao pedido de reforma da RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
sentença, o que leva à conclusão de que prevalecem inatacadas as MARCELO PEREIRA DA SILVA
razões de decidir do julgado recorrido, eis que, por falta de pertinência PARTE :ARLETE DAS DORES CARVALHO
temática, o mesmo não foi objeto de impugnação válida. AUTORA
Na esteira desse raciocínio, cumpre colacionar as decisões proferidas ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA - RJ
pelo Superior Tribunal de Justiça e por este Tribunal, consubstanciadas PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
nas ementas a seguir: SOCIAL - INSS
“PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO NO AGRAVO DE PROCURADOR :ELISA SOARES ONGARATO DE
INSTRUMENTO – PRESSUPOSTO RECURSAL GENÉRICO - ARRUDA
REGULARIDADE FORMAL - FUNDAMENTO INATACADO. REMETENTE :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
I - É dever do recorrente impugnar todas os fundamentos da decisão ARARUAMA RJ
recorrida, expondo as razões de seu inconformismo, sob pena de não ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - ARARUAMA/
conhecimento do recurso, por falta de regularidade formal. Deixando RJ (00105938320078190052)
de fazê-lo e restando incólume fundamento inatacado, capaz de por si
só sustentar a conclusão da decisão hostilizada, deve esta ser mantida. DECISÃO
II - Agravo no Agravo de Instrumento não conhecido.” (STJ, 3ª T., Relatório.
AgRg no Ag 165730/RS; Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJ Trata-se de remessa necessária que traz ao exame deste Tribunal a
23.10.2000, p. 134) sentença proferida pelo MM. Juízo da 1ª Vara Cível de Araruama, Rio
“PROCESSUAL CIVIL. RAZÕES DE APELAÇÃO DISSOCIADAS de Janeiro, às fls. 59/61, que julgou procedente o pedido “para
DO DECIDIDO PELO JUÍZO A QUO. APELAÇÃO NÃO determinar à ré ao recálculo do benefício previdenciário de
CONHECIDA: ARTIGO 514, II DO CPC E SÚMULA 182 DO STJ. aposentadoria por idade da segurada autora, sem a incidência do
1. A parte Autora não impugnou especificadamente os fundamentos da fator previdenciário”.
sentença, ora objurgada, o que viola os preceitos legais do artigo 514, Não havendo interposição de recurso voluntário pelas partes, os autos
II do CPC. foram remetidos a este Tribunal em virtude do disposto no artigo 475,
2. Aplicável, também, a Súmula 182 do Superior Tribunal de Justiça: I, CPC.
“É inviável o agravo do art. 545 do CPC que deixa de atacar Com a vinda dos autos, foi dada vista dos mesmos ao Ministério
especificamente os fundamentos da decisão agravada”. Público Federal que, por não vislumbrar interesse público no feito,
3. Apelação não conhecida.”(TRF2, 8ª T., AC – 378912, Rel. Des. deixou de manifestar-se. (fls. 67/68)
JUIZ POUL ERIK DYRLUND, DJU 02.02.2007, p. 193/194) Fundamentação.
Dessa maneira, ressentindo-se o recurso de requisito de regularidade Na presente ação a parte autora, Arlete das Dores Carvalho, requer seja
recalculado o valor do seu benefício previdenciário de aposentadoria
por idade, sem a aplicação do fator previdenciário, porquanto sua
aplicação diminuiu, e muito, o montante de seu benefício.
A questão posta nos autos não demanda discussões, pois a Lei nº
9.876/99, responsável pela instituição do fator previdenciário para as

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aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, é expressa ao
garantir “ao segurado com direito a aposentadoria por idade a opção
pela não aplicação do fator previdenciário a que se refere o artigo 29
da Lei nº 8.213/91”. (artigo 7º).
Portanto, deve ser mantida a sentença que determinou o recálculo do
benefício, de forma a ser dada à segurada o direito de opção garantido PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA.
na supracitada norma. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA.
Dispositivo. DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no
Do exposto, com fundamento no art. 557, caput, do CPC, NEGO âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo
SEGUIMENTO à remessa necessária, conforme fundamentação supra. não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a
Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Vara de origem, revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo
com as cautelas de estilo. P.R.I. regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP -
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627,
MARCELO PEREIRA DA SILVA Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010)
Juiz Federal Convocado Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.011699-9 adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se
Nº CNJ :0011699-73.2012.4.02.0000 materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO benefício previdenciário não requerido previamente na esfera
MARCELO PEREIRA DA SILVA administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a)
SOCIAL - INSS recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do
PROCURADOR :MARCOS ANTONIO BORGES benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido,
BARBOSA seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada”
AGRAVADO :VALDILEIA GOUVEIA SILVA SOUZA (Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min.
ADVOGADO :PAULO WAGNER GABRIEL Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012).
AZEVEDO De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - CONCEICAO propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o
DA BARRA/ES (015100015252) exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de
interesses, de modo que haja uma pretensão resistida.
DECISÃO Desta forma, o entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o
Relatório Poder Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo Instituto Nacional do Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos
Seguro Social – INSS em face da decisão proferida pelo M.M. Juízo da relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja
1ª Vara da Comarca de Conceição da Barra/ES (cópia à fl. 107/108) para revisão. Na verdade, a função jurisdicional deve ser estar
que, nos autos do Processo nº 015.10.0015252 (em que se postula a consubstanciada no controle da legalidade dos atos praticados pela
concessão de pensão por morte de segurado), entendendo que o prévio Administração.
esgotamento da via administrativa não é condição para a busca da
tutela jurisdicional, rejeitou a preliminar de interesse de agir da parte Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de
autora. 1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito,
Em suas razões recursais, a parte agravante sustentou, em suma, que, observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada
para que o segurado possa recorrer ao Judiciário é preciso que a para se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que
violação de seu pretenso direito tenha existido concretamente, com o se falar em lesão a direito, que caracterize uma pretensão resistida,
requerimento administrativo. Ressalta ainda que “a exigência do apta a ensejar a invocação da tutela jurisdicional.
prévio requerimento administrativo ou da prévia provocação
administrativa não se confunde com o exaurimento da via No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da
administrativa, pois são conceitos substancialmente diferentes”. via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível
Ofício n°394/12 do Juízo a quo prestando informações sobre o ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
processo originário (fls. 93/108). Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
Não foram oferecidas contrarrazões. via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
O Ministério Público Federal deixou de se manifestar por não haver (“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
interesse público que justifique sua intervenção (fls. 114/116). propositura de ação de natureza previdenciária”).
É o relatório. Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial
Fundamentação não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como
O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
judicial, na qual se postula a revisão de benefício previdenciário. utilizar-se da via administrativa, que é a regra”. Confira-se:
Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA
de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel. 1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que
Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010). ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão
No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir: resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial.
2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência
à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação

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3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por
não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação
do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação
incompatível ou desnecessária
4. Apelação não provida.
(TRF-2ª Região, Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC poupança; 3. juros de poupança a partir da citação até o efetivo
2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em pagamento, que substituirá tanto a atualização monetária quanto os
23/09/2010) juros de mora” condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos
Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da
da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à condenação, observado o disposto no art. 20 §4º do CPC.
pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse- Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91,
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”. “porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação
Na presente hipótese, diante do fato de que o feito já encontra com seu do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na
processamento avançado, observando-se o princípio da economia diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal
processual e da razoabilidade, deve o processo originário ser apenas incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da
suspenso pelo prazo de 90 (noventa) dias, a fim de que a parte autora Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e
venha comprovar a realização de requerimento administrativamente. agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste.
Dispositivo Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado.
Do exposto, nos termos do art. 557, § 1°-A, do CPC, DOU PARCIAL O Ministério Público Federal manifestou-se à fl. 04, opinando pela
PROVIMENTO ao agravo de instrumento interposto, para determinar manutenção da sentença.
a suspensão do feito principal pelo prazo de 90 (noventa dias), a fim de É o relatório. Passo a decidir.
que a parte autora, durante este período, comprove que realizou Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento
requerimento administrativo de seu benefício, sob pena de adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no
reconhecimento da falta de interesse de agir. julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da
Preclusa a presente decisão, retornem os autos à Vara de origem para Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor:
as providências cabíveis. EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
P.I. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA.
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
MARCELO PEREIRA DA SILVA ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E
Juiz Federal Convocado 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.04.000390-5 PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI
Nº CNJ :0000390-69.2012.4.02.5104 INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO
MARCELO PEREIRA DA SILVA EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
SOCIAL - INSS Federal como guardião da Constituição da República demanda
PROCURADOR :JOSE ALFREDO BARROS DA SILVA interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
REIS NETO exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
APELADO :HELIO CARVALHO GUIMARAES declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
COTIA antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva
VOLTA REDONDA-RJ pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
VOLTA REDONDA (201251040003905) retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
DECISÃO 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a
Juízo da 1ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado
o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement.
limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na Vol-02464-3, p. 487)
fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
aos juros e correção monetária o seguinte: “os atrasados deverão ser n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
corrigidos: 1. com atualização monetária a contar de cada vencimento concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
até a publicação da Lei 11.960/09 (30/06/2009), conforme o Manual tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
de Cálculos da Justiça Federal; 2. TR desde a publicação da Lei para fins de cálculo da renda mensal.
11.960/09 (30/06/2009) até a citação, uma vez que o TR é o índice Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
referente a atualização monetária dentro da taxa oferecida pela 1992, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
revisão, o salário-de-benefício (1.071,18) ficou acima do teto do
salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
redução pertinente ao limite do teto (734,80).
Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO

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SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da
fundamentação supra.
P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
Instância.
Rio de Janeiro, ____ de _________________ de 2012
MARCELO PEREIRA DA SILVA pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados
Juiz Federal Convocado os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
IV - APELACAO CIVEL 2011.51.04.001515-0 retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
Nº CNJ :0001515-09.2011.4.02.5104 perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
MARCELO PEREIRA DA SILVA benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
APELANTE :DIRCEU FERNANDES SOARES previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
SOCIAL - INSS Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement.
PROCURADOR :TITO LÍVIO SAMPAIO VIEIRA Vol-02464-3, p. 487)
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
VOLTA REDONDA (201151040015150) Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
DECISÃO concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
Trata-se de apelação interposta por Dirceu Fernandes Soares contra a tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, para fins de cálculo da renda mensal.
que julgou improcedente o pedido de revisão de seu benefício Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
previdenciário, mediante a aplicação das EC´s 20/98 e 41/2003, 1992, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
condenando a parte autora em custas e em honorários advocatícios de período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
10% sobre o valor da causa, suspendendo, no entanto, tal pagamento revisão, o salário-de-benefício (12.923,69) ficou acima do teto do
nos termos do art. 3º, c/c art. 12 da Lei 1.060/50, ao entendimento de salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
que a decisão do STF no RE 546.354/SE diz respeito à revisão dos redução pertinente ao limite do teto (10.149,07).
benefícios concedidos entre 05 de abril de 1991 a 1º de janeiro de Do exposto, com fulcro no § 1º-A do art. 557 do CPC, DOU
2004, não atingindo o do Autor que foi concedido em 03/01/1990. PROVIMENTO à apelação para, reformando a sentença, julgar
Alega o Apelante, em síntese, que o demonstrativo de concessão de procedente o pedido, para condenar o INSS a revisar a renda mensal do
benefício e demais documentos acostados aos autos demonstram o seu beneficio do Autor (NB 084.918.052-0), considerando, no cálculo, a
direito à revisão pretendida, bem como que “a decisão do STF nova limitação estabelecida pelas EC´s 20/98 e 41/2003, pagando-lhe
garante, sem restrição temporal, o direito à revisão das as prestações vencidas, respeitada a prescrição quinquenal, acrescidas
aposentadorias concedidas antes da vigência dos valores dos tetos de correção monetária e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês
introduzidos pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e nº 41/2003, de até 29.06.2009, a partir de quando devem ser observados os índices
forma retroativa”. oficiais de remuneração básica e juros aplicados às cadernetas de
Foram oferecidas contrarrazões pelo INSS. poupança, conforme art. 1º-F da Lei 9.494/97 com a redação que lhe
O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 04, deixando, foi dada pela Lei 11.960/09, desconsiderada apenas a expressão
todavia, de opinar ante a ausência de interesse público. “haverá a incidência uma única vez”. Condeno ainda a Autarquia em
É o relatório. Passo a decidir. honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da
Verifica-se que a pretensão da parte autora encontra-se em consonância condenação, na forma do art. 20, §4º, do CPC. Custas ex lege.
com o entendimento adotado pela Suprema Corte, em sede de P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
Repercussão Geral, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º Instância
564.354/SE, de relatoria da Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012
seguinte teor: MARCELO PEREIRA DA SILVA
EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. Juiz Federal Convocado
REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.018407-5
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. Nº CNJ :0018407-42.2012.4.02.0000
REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E MARCELO PEREIRA DA SILVA
41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO AGRAVANTE :ANA PATRICIA DOS SANTOS ALVES
PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI E OUTROS
INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO ADVOGADO :PAULO ROBERTO ANDRADE
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO DANTAS
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal SOCIAL - INSS
Federal como guardião da Constituição da República demanda PROCURADOR :SEM PROCURADOR
interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao ORIGEM :VARA ÚNICA DE TRÊS RIOS
exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se (201251130004467)
declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia DECISÃO
constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei Relatório
superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva Trata-se de agravo de instrumento interposto por Ana Patrícia dos
Santos Alves e outros em face da decisão proferida pelo M.M. Juízo da
1ª Vara Federal de Três Rios/RJ (cópia à fl. 54) que, nos autos do
Processo nº 2012.51.13.000446-7 (em que se postula a concessão de
auxílio-reclusão), determinou a intimação pessoal da autora para que
atenda a determinação do Juízo, apresentando comprovante de prévio

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requerimento administrativo ao INSS, sob pena de extinção do feito.
Em suas razões recursais, a parte agravante sustentou, em suma, que
compareceu ao posto do INSS para requerer o benefício, mas o pedido
foi negado verbalmente, sem que fosse sequer aberto processo
administrativo. Aduz que, com a decisão agravada, “o Juiz a quo está
negando o acesso dos agravantes à justiça e ao judiciário”. observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada
É o relatório. para se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que
Fundamentação se falar em lesão a direito, que caracterize uma pretensão resistida,
Insurge-se a parte agravante contra a decisão a seguir transcrita: apta a ensejar a invocação da tutela jurisdicional.
A autora deixou de atender o determinado nas fls. 32, alegando a
existência de resistência da Autarquia a sua pretensão, sem contudo No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da
apresentar prova do alegado. Incabível a transferência para o judiciário via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível
de atribuição administrativa da Autarquia Previdenciária, sob pena de ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
assoberbar ainda mais o judiciário. Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
Ademais, as decisões judiciais ou se cumpre ou se recorre, e como no via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
caso em tela a parte autora não manejou qualquer peça nesse sentido, (“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
determino a intimação pessoal da autora para que atenda a propositura de ação de natureza previdenciária”).
determinação deste Juízo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial
extinção do feito. não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como
O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
judicial, na qual se postula a revisão de benefício previdenciário. utilizar-se da via administrativa, que é a regra”. Confira-se:
Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA
de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel. 1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que
Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010). ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão
No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir: resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA. 2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA. à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação
revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo 3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por
regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP - não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627, do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação
Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010) incompatível ou desnecessária
Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição 4. Apelação não provida.
adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se (TRF-2ª Região, Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC
materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de 2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em
benefício previdenciário não requerido previamente na esfera 23/09/2010)
administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a Desta forma, deve ser mantida a decisão agravada, diante de sua
utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a) razoabilidade.
recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do Dispositivo
benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido, Do exposto, nos termos do art. 527, I c/c art. 557, caput, ambos do
seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada” CPC, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento interposto.
(Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min. PI. Decorrido o prazo para interposição de recurso, remetam-se os
Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012). autos para a Primeira Instância, para as providências cabíveis.
De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012
propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o MARCELO PEREIRA DA SILVA
exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de Juiz Federal Convocado
interesses, de modo que haja uma pretensão resistida. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.04.000693-1
Desta forma, o entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Nº CNJ :0000693-83.2012.4.02.5104
Poder Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos MARCELO PEREIRA DA SILVA
relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
para revisão. Na verdade, a função jurisdicional deve ser estar SOCIAL - INSS
consubstanciada no controle da legalidade dos atos praticados pela PROCURADOR :ARTHUR OLIVEIRA DE CARVALHO
Administração. APELADO :MANOEL GOMES TEIXEIRA
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES
Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito, VOLTA REDONDA-RJ
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
VOLTA REDONDA (201251040006931)

DECISÃO
Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto

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Diário Eletrônico
DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo
Juízo da 1ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente
o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício
percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas
limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na
fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações Vol-02464-3, p. 487)
vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
aos juros e correção monetária o seguinte: “os atrasados deverão ser Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
corrigidos: 1. com atualização monetária a contar de cada vencimento n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
até a publicação da Lei 11.960/09 (30/06/2009), conforme o Manual concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
de Cálculos da Justiça Federal; 2. TR desde a publicação da Lei tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
11.960/09 (30/06/2009) até a citação, uma vez que o TR é o índice para fins de cálculo da renda mensal.
referente a atualização monetária dentro da taxa oferecida pela Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
poupança; 3. juros de poupança a partir da citação até o efetivo 1992, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
pagamento, que substituirá tanto a atualização monetária quanto os período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
juros de mora” condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos revisão, o salário-de-benefício (21.573,30) ficou acima do teto do
honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
condenação, observado o disposto no art. 20 §4º do CPC. redução pertinente ao limite do teto (15.803,71).
Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO
tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da
de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91, fundamentação supra.
“porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na Instância.
diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012
incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da MARCELO PEREIRA DA SILVA
Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e Juiz Federal Convocado
agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.04.000184-2
Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado. Nº CNJ :0000184-55.2012.4.02.5104
O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 04/v., deixando, RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
todavia, de opinar por não vislumbrar interesse público a justificar sua MARCELO PEREIRA DA SILVA
intervenção no feito. APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
É o relatório. Passo a decidir. SOCIAL - INSS
Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento PROCURADOR :ARTHUR OLIVEIRA DE CARVALHO
adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no APELADO :NABOR DA CUNHA BARBOSA
julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES
Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor: REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. VOLTA REDONDA-RJ
REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. VOLTA REDONDA (201251040001842)
REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E DECISÃO
41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto
PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo
INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO Juízo da 1ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas
menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na
Federal como guardião da Constituição da República demanda fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações
interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto
exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se aos juros e correção monetária o seguinte: “os atrasados deverão ser
declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem corrigidos: 1. com atualização monetária a contar de cada vencimento
antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia até a publicação da Lei 11.960/09 (30/06/2009), conforme o Manual
constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei de Cálculos da Justiça Federal; 2. TR desde a publicação da Lei
superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva 11.960/09 (30/06/2009) até a citação, uma vez que o TR é o índice
pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados referente a atualização monetária dentro da taxa oferecida pela
os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da poupança; 3. juros de poupança a partir da citação até o efetivo
retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico pagamento, que substituirá tanto a atualização monetária quanto os
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. juros de mora” condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos
20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da
benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de condenação, observado o disposto no art. 20 §4º do CPC.
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE
que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril
provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE, de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91,
Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement. “porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação
do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na
diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal
incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da
Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e
agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste.

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado.
O Ministério Público Federal deixou de manifestar-se por não
vislumbrar hipóteses que justifiquem sua intervenção (fl. 03).
É o relatório. Passo a decidir.
Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento
adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no APELADO :SYLVIO AUGUSTO CRUZEIRO
julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES
Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor: REMETENTE :JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE
EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. VOLTA REDONDA-RJ
REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. VOLTA REDONDA (201251040006785)
REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E DECISÃO
41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto
PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo
INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO Juízo da 3ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas
menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na
Federal como guardião da Constituição da República demanda fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações
interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto
exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se aos juros e correção monetária o seguinte: “os atrasados deverão ser
declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem corrigidos: 1. com atualização monetária a contar de cada vencimento
antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia até a publicação da Lei 11.960/09 (30/06/2009), conforme o Manual
constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei de Cálculos da Justiça Federal; 2. TR desde a publicação da Lei
superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva 11.960/09 (30/06/2009) até a citação, uma vez que o TR é o índice
pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados referente a atualização monetária dentro da taxa oferecida pela
os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da poupança; 3. juros de poupança a partir da citação até o efetivo
retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico pagamento, que substituirá tanto a atualização monetária quanto os
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. juros de mora” condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos
20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da
benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de condenação, observado o disposto no art. 20 §4º do CPC.
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE
que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril
provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE, de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91,
Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement. “porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação
Vol-02464-3, p. 487) do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na
Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal
Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da
n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e
concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste.
tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão, Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado.
para fins de cálculo da renda mensal. O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 04/05, deixando,
Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em todavia, de opinar por não vislumbrar interesse público a justificar sua
1993, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no intervenção no feito.
período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta É o relatório. Passo a decidir.
revisão, o salário-de-benefício (96.345,14) ficou acima do teto do Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento
salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no
redução pertinente ao limite do teto (45.287,76). julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da
Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor:
SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
fundamentação supra. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS
P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA.
Instância. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
Rio de Janeiro, ____ de _________________ de 2012 ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E
MARCELO PEREIRA DA SILVA 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO
Juiz Federal Convocado PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.04.000678-5 INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO
Nº CNJ :0000678-17.2012.4.02.5104 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo
MARCELO PEREIRA DA SILVA menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO Federal como guardião da Constituição da República demanda
SOCIAL - INSS interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
PROCURADOR :BARBARA DILASCIO DE ALMEIDA exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei
superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva
pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril
que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91,
provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE, “porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação
Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement. do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na
Vol-02464-3, p. 487) diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal
Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da
Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e
n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste.
concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado.
tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão, O Ministério Público Federal manifestou-se à fl. 04, deixando, todavia,
para fins de cálculo da renda mensal. de opinar por não vislumbrar interesse público a justificar sua
Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em intervenção no feito.
1993, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no É o relatório. Passo a decidir.
período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento
revisão, o salário-de-benefício (99.067,44) ficou acima do teto do adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no
salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da
redução pertinente ao limite do teto (45.287,44). Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor:
Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS
fundamentação supra. BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA.
P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
Instância. ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E
Rio de Janeiro, ____ de _________________ de 2012 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO
MARCELO PEREIRA DA SILVA PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI
Juiz Federal Convocado INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.04.000027-8 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO
Nº CNJ :0000027-82.2012.4.02.5104 EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
MARCELO PEREIRA DA SILVA Federal como guardião da Constituição da República demanda
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
SOCIAL - INSS exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
PROCURADOR :BARBARA DILASCIO DE ALMEIDA declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
APELADO :PEDRO PAULO DA GAMA BENTES antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei
REMETENTE :JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva
VOLTA REDONDA-RJ pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
VOLTA REDONDA (201251040000278) retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
DECISÃO 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a
Juízo da 3ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado
o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement.
limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na Vol-02464-3, p. 487)
fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
aos juros e correção monetária o seguinte: devem os valores ser n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
“corrigidos monetariamente, pelos mesmos índices aplicados aos concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
benefícios previdenciários, e acrescido de juros de mora de 1% (um tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
por cento) ao mês até 30/06/2009. a partir de 30/06/2009 deverão os para fins de cálculo da renda mensal.
valores atrasados sofrer a incidência, até seu efetivo pagamento, uma Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
única vez, dos índices oficiais de remuneração básica e juros 1993, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
aplicados à caderneta de poupança, nos termos da Lei n° período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
11.960/2009”, condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos revisão, o salário-de-benefício (123.546,33) ficou acima do teto do
honorários advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o valor da salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
condenação, observado o disposto na Súmula 111/STJ. redução pertinente ao limite do teto (62.286,55).
Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO
SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da
fundamentação supra.
P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
Instância.
Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012

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Diário Eletrônico
DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
MARCELO PEREIRA DA SILVA
Juiz Federal Convocado
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.04.001549-6
Nº CNJ :0001549-81.2011.4.02.5104
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
MARCELO PEREIRA DA SILVA EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
SOCIAL - INSS Federal como guardião da Constituição da República demanda
PROCURADOR :JOSE ALFREDO BARROS DA SILVA interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
REIS NETO exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
APELADO :LUIZ BARROSO LOQUES declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei
VOLTA REDONDA-RJ superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados
VOLTA REDONDA (201151040015496) os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
DECISÃO perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
Juízo da 1ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a
o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado
percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement.
fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações Vol-02464-3, p. 487)
vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
aos juros e correção monetária o seguinte: “os atrasados deverão ser Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
corrigidos: 1. com atualização monetária a contar de cada vencimento n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
até a publicação da Lei 11.960/09 (30/06/2009), conforme o Manual concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
de Cálculos da Justiça Federal; 2. TR desde a publicação da Lei tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
11.960/09 (30/06/2009) até a citação, uma vez que o TR é o índice para fins de cálculo da renda mensal.
referente a atualização monetária dentro da taxa oferecida pela Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
poupança; 3. juros de poupança a partir da citação até o efetivo 1993, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
pagamento, que substituirá tanto a atualização monetária quanto os período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
juros de mora” condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos revisão, o salário-de-benefício (123.546,34) ficou acima do teto do
honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
condenação, observado o disposto no art. 20 §4º do CPC. redução pertinente ao limite do teto (62.286,55).
Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO
tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da
de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91, fundamentação supra.
“porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na Instância.
diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal Rio de Janeiro, ____ de _________________ de 2012
incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da MARCELO PEREIRA DA SILVA
Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e Juiz Federal Convocado
agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste. IV - APELACAO CIVEL 2011.51.04.001540-0
Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado. Nº CNJ :0001540-22.2011.4.02.5104
O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 04/06, deixando, RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
todavia, de opinar por não vislumbrar interesse público a justificar sua MARCELO PEREIRA DA SILVA
intervenção no feito. APELANTE :CARLOS DA FONSECA XAVIER
É o relatório. Passo a decidir. ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES
Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no SOCIAL - INSS
julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da PROCURADOR :DANIELE PLACIDO LENGRUBER
Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor: ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE
EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. VOLTA REDONDA (201151040015400)
REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. DECISÃO
REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA Trata-se de apelação interposta por Carlos da Fonseca Xavier contra a
ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ,
41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO que julgou improcedente o pedido de revisão de seu benefício
PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI previdenciário, mediante a aplicação das EC´s 20/98 e 41/2003,
INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO condenando a parte autora em custas processuais, suspendendo, no
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO entanto, tal pagamento nos termos do art. 3º, c/c art. 12 da Lei
1.060/50, ao entendimento de que a decisão do STF no RE 546.354/SE
diz respeito à revisão dos benefícios concedidos entre 05 de abril de
1991 a 1º de janeiro de 2004, não atingindo o do Autor que foi
concedido em 13/04/1990.
Alega o Apelante, em síntese, que o demonstrativo de concessão de

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benefício e demais documentos acostados aos autos demonstram o seu
direito à revisão pretendida, bem como que “a decisão do STF
garante, sem restrição temporal, o direito à revisão das
aposentadorias concedidas antes da vigência dos valores dos tetos
introduzidos pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e nº 41/2003, de
forma retroativa”. oficiais de remuneração básica e juros aplicados às cadernetas de
Foram oferecidas contrarrazões pelo INSS. poupança, conforme art. 1º-F da Lei 9.494/97 com a redação que lhe
O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 04/05, deixando, foi dada pela Lei 11.960/09, desconsiderada apenas a expressão
todavia, de opinar ante a ausência de interesse público. “haverá a incidência uma única vez”. Condeno ainda a Autarquia em
É o relatório. Passo a decidir. honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da
Verifica-se que a pretensão da parte autora encontra-se em consonância condenação, na forma do art. 20, §4º, do CPC. Custas ex lege.
com o entendimento adotado pela Suprema Corte, em sede de P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
Repercussão Geral, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º Instância
564.354/SE, de relatoria da Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012
seguinte teor: MARCELO PEREIRA DA SILVA
EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. Juiz Federal Convocado
REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS IV - APELACAO CIVEL 2012.51.01.014019-0
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. Nº CNJ :0014019-22.2012.4.02.5101
REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E MARCELO PEREIRA DA SILVA
41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO APELANTE :RAYMUNDO VILLELA
PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI ADVOGADO :PATRICIA REIS NEVES BEZERRA E
INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO OUTRO
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo SOCIAL - INSS
menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal PROCURADOR :FLAVIA CORREA AZEREDO DE
Federal como guardião da Constituição da República demanda FREITAS
interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao ORIGEM :VIGÉSIMA QUINTA VARA FEDERAL
exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se DO RIO DE JANEIRO
declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem (201251010140190)
antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei DECISÃO
superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva Trata-se de apelação interposta por Raymundo Villela contra a
pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados sentença proferida pelo Juízo da 25ª Vara Federal do Rio de
os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da Janeiro/RJ, que julgou improcedente o pedido de revisão de benefício
retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico previdenciário, mediante a aplicação do novo teto estabelecido na
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. Emenda Constitucional nº 20/98, ao fundamento de que a revisão “se
20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos aplica aos benefícios que tiveram o salário-de-benefício limitado ao
benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de teto na época de concessão”, não estando, no caso dos autos, a RMI da
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a parte autora (Cr$ 645.370,85) limitada pelo valor do teto
que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado previdenciário vigente à época (Cr$ 923.262,76).
provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement. Alega o Apelante, em síntese que “considerando o fato de que o INSS
Vol-02464-3, p. 487) contabilizou o valor das contribuições recolhidas pelo Apelante,
Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela tomando por base o limite do teto imposto, ainda que o valor das
Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional contribuições tivesse superado o teto limite, o INSS não fez incidir tais
n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios diferenças na RMI, isto porque o salário contribuição não poderia
concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que ultrapassar o valor fixado em lei”.
tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão, O recurso foi recebido em seu duplo efeito, tendo sido oferecidas
para fins de cálculo da renda mensal. contrarrazões pelo INSS.
Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em O Ministério Público Federal emitiu parecer à fl. 04, deixando, todavia,
1992, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no de se manifestar por se mostrar desnecessária a intervenção ministerial
período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta no feito.
revisão, o salário-de-benefício (66.223,90) ficou acima do teto do É o relatório. Passo a decidir.
salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a Verifica-se que o presente recurso de apelação não merece prosperar,
redução pertinente ao limite do teto (27.374,76). devendo ser mantida a sentença, por estar em consonância com o
Do exposto, com fulcro no § 1º-A do art. 557 do CPC, DOU entendimento adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão
PROVIMENTO à apelação para, reformando a sentença, julgar Geral, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de
procedente o pedido, para condenar o INSS a revisar a renda mensal do relatoria da Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor:
beneficio do Autor (NB 084.918.052-0), considerando, no cálculo, a EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
nova limitação estabelecida pelas EC´s 20/98 e 41/2003, pagando-lhe REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS
as prestações vencidas, respeitada a prescrição quinquenal, acrescidas BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA.
de correção monetária e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
até 29.06.2009, a partir de quando devem ser observados os índices ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E
41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO
PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI
INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo

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menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
Federal como guardião da Constituição da República demanda
interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia por cento) ao mês até 30/06/2009. A partir de 30/06/2009 deverão os
constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei valores atrasados sofrer a incidência, até seu efetivo pagamento, uma
superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva única vez, dos índices oficiais de remuneração básica e juros
pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados aplicados à caderneta de poupança, nos termos da Lei n°
os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da 11.960/2009”, condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos
retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico honorários advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o valor da
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. condenação, observado o disposto na Súmula 111/STJ.
20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE
benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91,
que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado “porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação
provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE, do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na
Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement. diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal
Vol-02464-3, p. 487) incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da
Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e
Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste.
n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado.
concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que O Ministério Público Federal manifestou-se à fl. 04, deixando, todavia,
tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão, de opinar por não vislumbrar interesse público a justificar sua
para fins de cálculo da renda mensal. intervenção no feito.
Na hipótese dos autos, o demonstrativo anexado denota que, para efeito É o relatório. Passo a decidir.
de cálculo da RMI do benefício do Autor, o seu salário de benefício Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento
(645.370,85) ficou abaixo do teto então vigente (923.262,76), razão adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no
pela qual não faz jus a parte autora à revisão pretendida, nos moldes julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da
preceituados pelo Supremo Tribunal Federal. Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor:
Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
SEGUIMENTO à apelação, na forma da fundamentação supra. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS
P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA.
Instância. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012 ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E
MARCELO PEREIRA DA SILVA 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO
Juiz Federal Convocado PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.04.003320-6 INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO
Nº CNJ :0003320-94.2011.4.02.5104 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo
MARCELO PEREIRA DA SILVA menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO Federal como guardião da Constituição da República demanda
SOCIAL - INSS interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
PROCURADOR :ALINE THEREZINO RODRIGUES exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
FRANCISCO DA SILVA declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
APELADO :JOSE BENEDITO DO NASCIMENTO antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei
REMETENTE :JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva
VOLTA REDONDA-RJ pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
VOLTA REDONDA (201151040033206) retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
DECISÃO 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a
Juízo da 3ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado
o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement.
limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na Vol-02464-3, p. 487)
fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
aos juros e correção monetária o seguinte: devem os valores ser n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
“corrigidos monetariamente, pelos mesmos índices aplicados aos concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
benefícios previdenciários, e acrescido de juros de mora de 1% (um tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
para fins de cálculo da renda mensal.
Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
1992, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
revisão, o salário-de-benefício (1.042,11) ficou acima do teto do

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salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
redução pertinente ao limite do teto (734,80).
Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO
SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da
fundamentação supra.
P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA
Instância. ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E
Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO
MARCELO PEREIRA DA SILVA PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI
Juiz Federal Convocado INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.04.000036-9 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO
Nº CNJ :0000036-44.2012.4.02.5104 EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal
MARCELO PEREIRA DA SILVA Federal como guardião da Constituição da República demanda
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
SOCIAL - INSS exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se
PROCURADOR :TITO LIVIO SAMPAIO VIEIRA declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem
APELADO :ELCIO GERALDO FERREIRA antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei
REMETENTE :JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva
VOLTA REDONDA-RJ pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da
VOLTA REDONDA (201251040000369) retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n.
DECISÃO 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos
Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
Nacional do Seguro Social – INSS contra a sentença proferida pelo previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a
Juízo da 3ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, que julgou procedente que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado
o pedido para condenar o Réu “a revisar a renda do benefício provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE,
percebido pela parte autora, considerando, no cálculo, as novas Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement.
limitações estabelecidas pela EC 20/98 e 41/03 na forma prevista na Vol-02464-3, p. 487)
fundamentação desta sentença”, bem como “a pagar as prestações Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela
vencidas, respeitada a prescrição quinquenal”, determinando, quanto Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional
aos juros e correção monetária o seguinte: devem os valores ser n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios
“corrigidos monetariamente, pelos mesmos índices aplicados aos concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que
benefícios previdenciários, e acrescido de juros de mora de 1% (um tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão,
por cento) ao mês até 30/06/2009. a partir de 30/06/2009 deverão os para fins de cálculo da renda mensal.
valores atrasados sofrer a incidência, até seu efetivo pagamento, uma Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em
única vez, dos índices oficiais de remuneração básica e juros 1993, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no
aplicados à caderneta de poupança, nos termos da Lei n° período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta
11.960/2009”, condenando, por fim, a parte ré ao pagamento dos revisão, o salário-de-benefício (94.087,83) ficou acima do teto do
honorários advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o valor da salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a
condenação, observado o disposto na Súmula 111/STJ. redução pertinente ao limite do teto (45.287,76).
Alega o Apelante, em síntese, que a decisão do STF no RE 564.354-SE Do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do CPC, NEGO
tem aplicação limitada aos benefícios concedidos a partir de 05 de abril SEGUIMENTO à apelação e à remessa necessária, na forma da
de 1991, por força do que dispõe o art. 145 da Lei nº 8.213/91, fundamentação supra.
“porque antes não havia lei disciplinando a fórmula de recuperação P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira
do valor que excedia ao teto, o chamado ‘índice teto’, que consiste na Instância.
diferença percentual entre o teto e o excedente da média”, sendo tal Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2012
incremento introduzido no ordenamento jurídico somente através da MARCELO PEREIRA DA SILVA
Lei 8.870/94 (art. 26) e seria apurado no momento da concessão e Juiz Federal Convocado
agregado ao valor da renda mensal no primeiro reajuste. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 481063
Foram oferecidas contrarrazões pelo Apelado. 2004.51.01.537275-6
O Ministério Público Federal manifestou-se à fl. 04, deixando, todavia, Nº CNJ :0537275-15.2004.4.02.5101
de opinar por não vislumbrar interesse público a justificar sua RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
intervenção no feito. MARCELO PEREIRA DA SILVA
É o relatório. Passo a decidir. APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Verifica-se que a sentença está em consonância com o entendimento SOCIAL - INSS
adotado pela Suprema Corte, em sede de Repercussão Geral, no PROCURADOR :HENRIQUE REZENDE DE
julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da ALBUQUERQUE CESAR
Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor: APELADO :MARIA CLARA GOMES VALINHO
EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. ADVOGADO :GISELE RIBEIRO DE ARAUJO E
REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS OUTRO
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 39A VARA-RJ
ORIGEM :TRIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(200451015372756)

DECISÃO

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Relatório
Trata-se de julgar remessa necessária e recurso de apelação interposto
pelo INSS contra a sentença proferida pelo MM. Juízo da 39ª Vara
Federal/RJ, às fls. 224/226, que julgou parcialmente procedente o
pedido e condenou o INSS “a restabelecer o benefício da
aposentadoria por tempo de serviço (nb 44/108.334.733-8), desde a No que se refere a empresa KELSON’S IND. E COMERCIO S/A,
data do irregular bloqueio, ocorrida em 01/11/2004 (fls. 133), com logrou êxito o INSS em afastar a existência do vínculo empregatício da
novo coeficiente de cálculo do benefício”, na forma da fundamentação. autora, em diligência realizada às fls. 154, constando declaração de que
Em suas razões recursais, às fls. 234/236, o Apelante alegou, em a autora ‘não manteve vínculo empregatício com esta empresa no
síntese, que (i) a parte autora não apresentou qualquer documento a fim período de 10/75 a 05/77 e em nenhum outro período’.
de comprovar os controvertidos vínculos com as empresas ERON IND. Note-se que, enquanto a ausência de dados no CNIS não significa
E COM. DE TECIDOS S/A (02/12/1967 a 16/06/1971) e LANNES necessariamente a inexistência de contribuições ou vínculos
MECÂNICA LTDA (19.06.1971 a 29.09.1975) (fl. 235), sendo certo empregatícios, a ocorrência de registro positivo, de acordo com a
que os mesmos não constam do CNIS (fl. 236); (ii) as informações experiência ordinária deste Juízo, invariavelmente corresponde à
constantes do CNIS presumem-se verdadeiras por força de lei, realidade dos fatos. É o que acontece com o vínculo empregatício com
independentemente da época de que se trate, cabendo à autora a empresa TV GLOBO LTDA, nos períodos de 01/06/1977 a
comprovar, inclusive os vínculos anteriores à 1976 (fl. 236). 30/08/1977 e de 01/12/1977 a 30/03/1986 (fls. 95) e os recolhimentos
O apelo foi recebido no duplo efeito, “salvo em relação à parte da previdenciários para as competências de 10/86 a 01/88; 01/90 a 05/97 e
sentença que concedeu a antecipação da tutela, em que deve ser 08/97 a 11/97, correspondente a 134 contribuições (fls. 100/102).
observado o disposto no art. 520, VII do Código de Processo Civil” (fl. Da mesma forma, é deveras anormal haver um contrato de trabalho
239) e foram oferecidas contrarrazões às fls. 241/243. posterior àquele ano que não conste do banco de dados do sistema. É o
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal que ocorre com os vínculos com as empresas REI DAS VALVULAS
que, em manifestação de fls. 247/254, opinou pelo provimento parcial ELETRONICAS LTDA, no período de 02/01/1986 a 29/09/1986;
da remessa, a fim de que fique “explícita a possibilidade de o INSS ARANHA ENGENHARIA LTDA, no período de 06/02/1988 a
descontar dos valores atrasados a que faz jus a autora os valores a 22/12/1989 e USIMETRO INDUSTRIA E COMERCIO LTDA, no
maior percebidos ao longo dos anos em que o benefício foi percebido período de 08/01/1994 a 27/01/1998, pelo que os tenho por fictícios.
com a contagem de vínculos que se comprovaram falsos”. Nesses termos, segundo a Simulação de Contagem de Tempo de
É o relatório. Passo a decidir. Contribuição de fls. 222, totaliza a parte autora 25 anos, 04 meses e 29
Fundamentação dias, tempo suficiente para a manutenção de sua aposentadoria, tendo
Com o ajuizamento da presente ação, a autora pretende o em vista que a data do requerimento administrativo foi anterior a
restabelecimento de sua aposentadoria, concedida a partir de edição da Ec nº20/98.
27/01/1998, conforme a Carta de Concessão n. 108.334.733-8, cujo Assim sendo, julgo que, não obstante assista certa razão ao INSS,
pagamento foi suspenso em dezembro de 2004. revelou-se medida excessiva a suspensão dos pagamentos beneficiário,
O juízo a quo pautou-se no seguinte entendimento para julgar uma vez que bastava à autarquia expurgar o tempo de contribuição
parcialmente procedente o pedido: inidôneo e implantar o novo coeficiente de cálculo no benefício da
“[...] Na hipótese dos presentes autos, verifica-se que esses princípios autora.
foram respeitados uma vez que a Autora foi regularmente convocada Por todo o exposto, julgo procedente em parte o pedido, na forma do
pelo INSS (fls. 104), através de ofício encaminhado ao endereço art. 269, inciso I, do Código de Processo Civil e condeno o INSS a
residencial constante do cadastro de Previdência Social e da presente restabelecer o benefício de aposentadoria por tempo de serviço (NB
inicial (fls. 02, 18 e 93) e recebido pela própria. 44/108.334.733-8), desde a data do irregular bloqueio, ocorrida em
Portanto, tenho por não consumada na espécie vulneração ao princípio 01/11/2004 (fls. 133), com novo coeficiente de cálculo do benefício na
do devido processo legal. forma da fundamentação acima.
No que tange às irregularidades apontadas, verifica-se que foi Reconsidero a decisão de fls. 184 e defiro a tutela antecipada
concedida a aposentadoria à Autora com o tempo de serviço de 30 anos requerida, para determinar que o INSS restabeleça o benefício em
e 24 dias, com base nos vínculos constantes do Resumo de questão a partir da presente competência [...]”.
Documentação para Cálculo de Tempo de serviço de fls. 58/59, no Inicialmente, cumpre frisar que a inexistência de determinados
entanto, não houve confirmação dos referidos vínculos no sistema de vínculos no CNIS não se presta a fundamentar a suspensão de
dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS. benefício, eis que o aludido cadastro teve sua base de dados alimentada
No que se refere aos vínculos com as empresas ERON IND. E COM. somente a partir do ano de 1976, motivo pelo qual qualquer vínculo
DE TECIDOS S/A e LANNES MECÂNICA LTDA, nos períodos empregatício anterior a este ano não pode ser questionado com
respectivos de 02/12/1967 a 16/06/1971 e de 19/06/1971 a fundamento no CNIS. Neste sentido, confira-se: (TRF2, 1ª T, AC -
29/09/1975, afigura-se inadmissível que um benefício venha a ser APELAÇÃO CIVEL – 331636, Rel. JUIZA MÁRCIA HELENA
cancelado simplesmente por não confirmadas informações advindas de NUNES, DJU:25.11.2005, p.: 357).
um cadastro (virtual) sujeito a falhas, e cujos dados só podem ser Assim, considerando-se que o ato de concessão de benefício
confiáveis a partir do exercício de 1976. previdenciário é dotado de presunção de veracidade, caberia à
Assim, em que pese as diligências realizadas pelo INSS (fls. 158, entidade previdenciária, nos termos do inciso II do art.331 do CPC, a
162/166, 171/173), as quais foram infrutíferas para comprovar os desconstituição da referida presunção. Desse ônus, todavia, não se
aludidos vínculos, uma vez que não constam do Cadastro Nacional de desincumbiu a Autarquia ao fundamentar a interrupção do benefício,
Informações Sociais- CNIS, tendo em vista ser anteriores a 1976, ano apenas, em pesquisa levada a efeito junto ao CNIS, sendo certo que,
de implantação do sistema de dados, sendo a CTPS apresentada no ato no caso dos autos, quanto aos vínculos questionados anteriores à
de concessão do benefício de n. 012441, série 208, com data de 1976, não foi demonstrado que, previamente à suspensão da referida
expedição em 02/12/1967, a mesma data do início do vínculo aposentadoria, tenham sido empreendidas diligências capazes de
empregatício com a empresa ERON IND. E COM. DE TECIDOS S/A, confirmar a veracidade das informações obtidas junto ao mencionado
tenho-os por válidos. cadastro. A esse respeito já decidiu este egrégio Tribunal que:
“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.
APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SUSPENSÃO DE
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. REJEITADA A PRELIMINAR DE
INTEMPESTIVIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELA
AUTORIDADE COATORA. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO

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CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. A CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO É ATO PRESUMIDAMENTE LEGÍTIMO. A PROVA EM
SENTIDO CONTRÁRIO É ÔNUS DA AUTARQUIA-
PREVIDENCIÁRIA. PESQUISA INSUFICIENTE. CONSULTA AO
CNIS OU AO CNIS-CI NÃO TEM VALOR DE “PROVA.
CANCELAMENTO DO BENEFÍCIO SEM A COMPROVAÇÃO DA da própria ausência dos mesmos vínculos no CNIS, o que, como já foi
IRREGULARIDADE NA SUA CONCESSÃO. visto, não se presta, por si só, ao questionamento de vínculos
1 (...) anteriores a 1976.
4 - O ato administrativo da concessão do benefício previdenciário é Portanto, tendo em vista que a Apelante não se respaldou em provas
dotado de presunção de legitimidade até prova em contrário, somente satisfatórias que razoavelmente apontassem para as irregularidades que
podendo ser invalidado através de regular processo administrativo ou ensejariam a suspensão do benefício em questão, o restabelecimento do
judicial, obedecendo a princípios constitucionais do contraditório, da benefício, observado o novo coeficiente de cálculo, nos termos em que
ampla defesa e da legalidade (art 5º, incisos LIV e LV, da CF/88) determinado pelo juízo a quo, é medida que se impõe; ressalvando-se,
(...) contudo, (i) o direito de a Autarquia Previdenciária continuar as
9 - A concessão do benefício é um ato presumidamente legítimo, de apurações devidas, no exercício de seu poder-dever de auto-tutela,
modo que a prova em sentido contrário deve ser ônus da Autarquia respeitado o devido processo legal, desde que não proceda à nova
Previdenciária. No próprio relatório da Auditoria do INSS (fls.56/58), suspensão ou restrição do benefício com base apenas no CNIS, RAIS e
foi explicitado que não foram recebidas as respostas das pesquisas CAGED (ii) a possibilidade de a Apelante descontar, dos atrasados a
realizadas nas empresas, cujos vínculos empregatícios geraram que faça jus a autora, os valores a maior percebidos ao longo dos anos
dúvidas quanto à regularidade do benefício. Restou apenas a pesquisa em que o benefício foi calculado com base nos vínculos que se
realizada junto ao CNIS. É pacífico o entendimento jurisprudencial no revelaram fictícios.
sentido de que somente a pesquisa junto ao CNIS (Cadastro Nacional Por fim, ainda no que concerne à “Renovação de Procedimento” (fls.
de Informações Sociais) e/ou o CNISCI (Cadastro Nacional de 308/529) referente ao NB 42/108.334.733-8, reputa-se totalmente
Informações Sociais - Contribuinte Individual), não é suficiente para descabida a nova recomendação de suspensão do benefício, de junho
ilidir a legalidade do ato concessório do benefício, por não possuir de 2012 (fls. 520/523). Primeiro, porque, como visto, o INSS não
valor de prova. Precedentes: TRF - 2ª REGIÃO - AC nº logrou trazer qualquer elemento capaz de comprovar a alegação de que
2000.02.01.043454-5/RJ - Desemb. Federal Raldênio Bonifácio Costa inexistiram os vínculos empregatícios com as empresas ERON IND. E
- 5ª TURMA - decisão unânime - DJU 23.09.2002; TRF - 2ª REGIÃO - COM. DE TECIDOS S/A e LANNES MECÂNICA LTDA; segundo,
AMS nº 2001.02.01.012379-9/RJ - Desemb. Federal Vera Lúcia Lima - porque as conclusões estão em flagrante descompasso com matéria já
5ª TURMA - decisão unânime - DJU 09.08.2001; TRF - 2ª REGIÃO - analisada pelo juízo a quo e que, inclusive, ensejou a tutela deferida na
AMS nº 99.02.15444-1/RJ - Desemb. Federal Paulo Espírito Santo - 2ª sentença e ora mantida.
TURMA - decisão unânime - DJU 20.09.2002. Na verdade, sem muito esforço, constata-se que a referida “nova
(...) recomendação de suspensão do benefício”, de junho de 2012 (fls.
12 - Apelação provida. Segurança concedida. Decisão unânime. 520/523), está em conflito não apenas com a determinação judicial
Ressalvado o direito da Autarquia Previdenciária em dar continuidade contida na sentença de fls. 224/226, como também com sua própria
às apurações devidas, não impedindo que mesma de exercer o seu fundamentação. Isto porque, nas conclusões da Auditoria, às fls. 523,
poder de auto-tutela. (TRF2, 5ª Turma, AMS - APELAÇÃO EM lê-se que a Apelada, na data de entrada do requerimento do benefício,
MANDADO DE SEGURANÇA – 26156, Rel. JUIZ ALBERTO tinha 45 anos e “não contava com tempo mínimo necessário para a
NOGUEIRA, DJU:03.09.2004, p: 263) (orginal sem grifo) concessão da aposentadoria por tempo de contribuição, conforme
Além disso, constata-se que os dados colhidos em pesquisas efetuadas Demonstrativo da Simulação do Cálculo do Tempo de Contribuição
pela Autarquia em nada repercutem sobre a concessão do benefício da fls. 198/200”. Ocorre que, na mencionada simulação, cópia às fls.
Apelada, pois tratam de eventos ocorridos em datas posteriores aos 515/517, a Administração apurou um tempo de contribuição de 28 anos
períodos dos vínculos declarados. Em outras palavras, processos de e 26 dias, sendo que a nota n. 5, que trata da situação da autora, assim
falência iniciados em 1975 (fl. 164), bem como situação cadastral de dispõe: “Tempo de contribuição até a data da Emenda Constitucional
“INAPTA” a partir de 22/02/2003 (fl. 165/166), não se prestam a nº 20/98: Tempo de contribuição calculado até 16/12/1998, para
infirmar o declarado vínculo empregatício com a empresa ERON IND. verificação de cumprimento do tempo de contribuição mínimo exigido
E COM. DE TECIDOS S/A no período de 02/12/1967 a 16/06/1971. para a aposentadoria por tempo de contribuição proporcional. Para
Por outro lado, no que tange à LANNES MECÂNICA LTDA, como o homens o tempo necessário era de no mínimo 30 anos, e, para
próprio Apelante reconhece, as buscas foram frustradas, logrando-se mulheres, 25 anos” (grifou-se).
obter, apenas, a informação de que, em 2005, a empresa não estava Dispositivo
mais estabelecida no endereço informado (fls. 172/173), o que, Do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso de apelação, com base
igualmente, não abala o vínculo declarado correspondente ao período no art. 557, caput, do Código de Processo Civil e DOU PARCIAL
de 19/06/1971 a 29/09/1975. PROVIMENTO à remessa necessária, com base no art. 557, §1º-A
Neste ponto, importante destacar que, não obstante a “Renovação de para tornar explícita a possibilidade de a Apelante descontar, dos
Procedimento” (fls. 308/529) referente ao NB 42/108.334.733-8, a atrasados a que faça jus a autora, os valores a maior percebidos ao
Autarquia não logrou trazer qualquer elemento capaz de comprovar a longo dos anos em que o benefício foi calculado com base nos vínculos
alegação de que inexistiram os vínculos empregatícios com as que se revelaram fictícios.
empresas ERON IND. E COM. DE TECIDOS S/A e LANNES Determino, ainda, o IMEDIATO restabelecimento do pagamento do
MECÂNICA LTDA. Com efeito, as informações prestadas no Ofício benefício, que deverá ser calculado na modalidade proporcional,
SRTE/RJ/SEPTER/Nº 197/2011 – Ministério do Trabalho e Emprego, observando-se o tempo de contribuição apurado na sentença, ou seja,
às fls. 408/413, não têm o condão de abalar as conclusões do juízo a 25 anos, 4 meses e 29 dias.
quo, ora corroboradas. Afinal, considerando que os sistemas RAIS e P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem,
CAGED são fontes do CNIS, a ausência, nos referidos sistemas, dos observando-se as providências cabíveis.
vínculos debatidos, longe de causar qualquer surpresa, é mera causa Rio de Janeiro, __ de ________________ de 2013
MARCELO PEREIRA DA SILVA
JUIZ FEDERAL CONVOCADO
IV - APELACAO CIVEL 556928 2012.02.01.012075-9
Nº CNJ :0012075-35.2012.4.02.9999
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO

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MARCELO PEREIRA DA SILVA
APELANTE :HILDA MONTEIRO DA SILVA
ADVOGADO :JOSE ALVES DA COSTA E OUTRO
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :CONRADO RANGEL MOREIRA Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012).
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL SAO De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para
FRANCISCO DE IT/RJ propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o
(00008511420068190070) exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de
interesses, de modo que haja uma pretensão resistida.
DECISÃO O entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Poder
Relatório Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto
Trata-se de julgar recurso de apelação interposto por HILDA Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos
MONTEIRO DA SILVA contra sentença proferida pelo MM. Juízo da relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja
Vara Única da Comarca de São Francisco de Itabapoana/Justiça para revisão. Na verdade, a função jurisdicional se concretiza,
Estadual do Rio de Janeiro, às fls. 79/80-verso, que julgou extinto o legitimamente, no controle da legalidade dos atos praticados pela
processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC, Administração.
por falta de interesse de agir, afinal, não tendo a parte autora
ingressado com prévio requerimento administrativo, não existe Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de
pretensão resistida que configure lide. 1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito,
Em suas razões recursais, às fls. 82/87, o Apelante alegou, em síntese, observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada a
que (i) “a ação foi ajuizada há 5 anos, sendo que houve vários se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que se
andamentos, tendo sido, inclusive, designada audiência de instrução e falar em lesão a direito que caracterize uma pretensão resistida apta a
julgamento” (fl. 87); (ii) “não foi dada oportunidade de se proceder ao ensejar a invocação da tutela jurisdicional.
pedido administrativo do benefício” (fl. 87) e (iii) o direito à ação
previdenciária não está condicionado ao prévio requerimento No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da
administrativo (fl. 87). via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível
O recurso foi recebido nos regulares efeitos (fl. 89). ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
Manifestação do INSS, à fl. 90-verso, pela manutenção da sentença. Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal, via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
que deixou de opinar por não vislumbrar, no caso concreto, hipótese (“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
para sua intervenção (fls. 93/94). propositura de ação de natureza previdenciária”).
Fundamentação Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial
O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como
requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
judicial, na qual se postula a revisão ou concessão de benefício Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
previdenciário. utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região,
Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC
de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o 2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em
segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício 23/09/2010).
previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO Confira-se:
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel. PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA
Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010). RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir: ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA. 1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA. ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão
DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não
âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial.
não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a 2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência
revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP - necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627, burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010) de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação
Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição 3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por
adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação
materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação
benefício previdenciário não requerido previamente na esfera incompatível ou desnecessária
administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a 4. Apelação não provida.
utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a) Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar
recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à
benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido, pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada” necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades
(Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min. burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”.
Na presente hipótese, diante do fato de que o feito já encontra com seu
processamento avançado, observando-se o princípio da economia
processual e da razoabilidade, deve o processo retornar a vara a de
origem e ficar suspenso para que seja facultado à parte autora, no prazo

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de 90 dias, comprovar a realização de pedido administrativo, bem
como eventual indeferimento e/ou omissão do INSS na apreciação do
mesmo, sob pena de reconhecimento da falta de interesse de agir e
extinção do processo, na forma do art. 267, VI, do CPC.
Dispositivo
Do exposto, com fundamento no art. 557, §1º-A, do CPC, DOU DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no
PROVIMENTO ao recurso para anular a sentença e determinar o âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo
retorno do processo à primeira instância, devendo ficar suspenso, para não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a
que seja facultado à parte autora, no prazo de 90 dias, comprovar a revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo
realização de pedido administrativo, bem como eventual indeferimento regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP -
e/ou omissão do INSS na apreciação do mesmo, sob pena de AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627,
reconhecimento da falta de interesse de agir e extinção do processo, na Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010)
forma do art. 267, VI, do CPC. Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição
P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem, adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se
observando-se as providências cabíveis. materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 benefício previdenciário não requerido previamente na esfera
MARCELO PEREIRA DA SILVA administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a
JUIZ FEDERAL CONVOCADO utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a)
IV - APELACAO CIVEL 558034 2012.02.01.012103-0 recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do
Nº CNJ :0012103-03.2012.4.02.9999 benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido,
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada”
MARCELO PEREIRA DA SILVA (Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min.
APELANTE :DALVA DE CARVALHO SOUZA Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012).
ADVOGADO :AILTON BARROS FARIAS E OUTRO De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o
SOCIAL - INSS exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de
PROCURADOR :MARCOS ANTONIO BORGES interesses, de modo que haja uma pretensão resistida.
BARBOSA O entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Poder
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto
PINHEIROS/ES (040100006770) Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos
relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja
DECISÃO para revisão. Na verdade, a função jurisdicional se concretiza,
Relatório legitimamente, no controle da legalidade dos atos praticados pela
Trata-se de julgar recurso de apelação interposto por DALVA DE Administração.
CARVALHO SOUZA contra sentença proferida pelo MM. Juízo da
Comarca de Pinheiros/Justiça Estadual do Espírito Santo, às fls. 50/53, Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de
que julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do 1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito,
art. 267, VI, do CPC, por falta de interesse de agir, afinal, não tendo a observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada a
parte autora ingressado com prévio requerimento administrativo, não se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que se
existe pretensão resistida que configure lide. falar em lesão a direito que caracterize uma pretensão resistida apta a
Em suas razões recursais, às fls. 54/56, o Apelante alegou, em síntese, ensejar a invocação da tutela jurisdicional.
com fundamento na súmula n. 9 do TRF 3ª Região, que, em matéria
previdenciária, o prévio esgotamento da via administrativa não é No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da
condição da ação. via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível
O recurso foi recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo (fl. 57) e ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
foram oferecidas contrarrazões pelo INSS às fls. 59/61. Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal, via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
que, em manifestação de fls. 66/70, opinou pelo não provimento do (“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
recurso. propositura de ação de natureza previdenciária”).
Fundamentação Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial
O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como
requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder
judicial, na qual se postula a revisão ou concessão de benefício Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer
previdenciário. utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região,
Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC
de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o 2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em
segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício 23/09/2010).
previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO Confira-se:
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel. PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA
Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010). RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir: ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA. 1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA. ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão
resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não
foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial.
2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência
à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse-
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades

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burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação
3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por
não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação
do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação
incompatível ou desnecessária submetendo-se aos seus condicionantes quanto ao tempo, modo e
4. Apelação não provida. lugar” (fl. 36) e (iii) “alegar que a falta de prévio requerimento
Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar administrativo e/ou exaurimento da via administrativa, caracteriza-se
da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à na falta de interesse de agir, fere direitos e garantias constitucionais”
pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse- (fl. 42).
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades O recurso foi recebido à fl. 50 e, conforme certidão de fls. 51, não
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo foram oferecidas contrarrazões.
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”. Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal,
Na presente hipótese, diante do fato de que o feito já encontra com seu que deixou de opinar por não vislumbrar, no caso concreto, hipótese
processamento avançado, observando-se o princípio da economia que justificasse sua intervenção (fl. 57/57-verso).
processual e da razoabilidade, deve o processo retornar a vara a de Fundamentação
origem e ficar suspenso para que seja facultado à parte autora, no prazo O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio
de 90 dias, comprovar a realização de pedido administrativo, bem requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação
como eventual indeferimento e/ou omissão do INSS na apreciação do judicial, na qual se postula a revisão ou concessão de benefício
mesmo, sob pena de reconhecimento da falta de interesse de agir e previdenciário.
extinção do processo, na forma do art. 267, VI, do CPC. Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência
Dispositivo de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o
Do exposto, com fundamento no art. 557, §1º-A, do CPC, DOU segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício
PROVIMENTO ao recurso para anular a sentença e determinar o previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO
retorno do processo à vara de origem, devendo ficar suspenso, para que REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel.
seja facultado à parte autora, no prazo de 90 dias, comprovar a Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010).
realização de pedido administrativo, bem como eventual indeferimento No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir:
e/ou omissão do INSS na apreciação do mesmo, sob pena de AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
reconhecimento da falta de interesse de agir e extinção do processo, na PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA.
forma do art. 267, VI, do CPC. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA.
P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem, DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no
observando-se as providências cabíveis. âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a
MARCELO PEREIRA DA SILVA revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo
JUIZ FEDERAL CONVOCADO regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP -
IV - APELACAO CIVEL 559100 2011.51.09.000307-6 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627,
Nº CNJ :0000307-72.2011.4.02.5109 Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010)
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição
MARCELO PEREIRA DA SILVA adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se
APELANTE :CLAUDIA ELIZABETE DE OLIVEIRA materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de
PEREIRA GRACIANO benefício previdenciário não requerido previamente na esfera
ADVOGADO :DOUGLAS MODESTO E OUTRO administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a)
SOCIAL - INSS recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do
PROCURADOR :SEM ADVOGADO benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido,
ORIGEM :VARA ÚNICA DE RESENDE seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada”
(201151090003076) (Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012).
DECISÃO De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para
Relatório propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o
Trata-se de julgar recurso de apelação interposto por CLÁUDIA exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de
ELIZABETE DE OLIVEIRA PEREIRA GRACIANO contra sentença interesses, de modo que haja uma pretensão resistida.
proferida pelo MM. Juízo da 1ª Vara Federal de Resende/RJ, às fls. O entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Poder
28/30, que julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto
termos do art. 267, VI, do CPC, por falta de interesse de agir, afinal, Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos
não tendo a parte autora ingressado com prévio requerimento relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja
administrativo, não existe pretensão resistida que justifique a atuação para revisão. Na verdade, a função jurisdicional se concretiza,
do Judiciário. legitimamente, no controle da legalidade dos atos praticados pela
Em suas razões recursais, às fls. 33/47, a parte Apelante alegou, em Administração.
síntese, que, (i) embora o Memorando Circular n. 28 tenha reativado a
possibilidade de revisão dos benefícios, o INSS “não consegue Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de
operacionalizar” a determinação (fl. 36); (ii) “O INSS reconhece a 1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito,
ilegalidade, mas estranhamente se dispõe a revisar apenas os observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada a
benefícios cujos titulares provoquem a instância administrativa, se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que se
falar em lesão a direito que caracterize uma pretensão resistida apta a
ensejar a invocação da tutela jurisdicional.

No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da


via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível

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ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior
Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da
via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos
(“O exaurimento da via administrativa não é condição para a
propositura de ação de natureza previdenciária”).
Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial APELANTE :VALERIA MOREIRA DE MENEZES
não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como ADVOGADO :DOUGLAS MODESTO
meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer SOCIAL - INSS
utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região, PROCURADOR :SEM PROCURADOR
Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC ORIGEM :VARA ÚNICA DE RESENDE
2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em (201151090003570)
23/09/2010).
Confira-se: DECISÃO
PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA Relatório
RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO Trata-se de julgar recurso de apelação interposto por VALERIA
ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. MOREIRA DE MENEZES contra sentença proferida pelo MM. Juízo
EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. da 1ª Vara Federal de Resende/RJ, às fls. 31/33, que julgou extinto o
1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC,
ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão por falta de interesse de agir, afinal, não tendo a parte autora
resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não ingressado com prévio requerimento administrativo, não existe
foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial. pretensão resistida que justifique a atuação do Judiciário.
2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência Em suas razões recursais, às fls. 36/50, o Apelante alegou, em síntese,
à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse- que, (i) embora o Memorando Circular n. 28 tenha reativado a
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades possibilidade de revisão dos benefícios, o INSS “não consegue
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo operacionalizar” a determinação (fl. 39); (ii) “O INSS reconhece a
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação ilegalidade, mas estranhamente se dispõe a revisar apenas os
3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por benefícios cujos titulares provoquem a instância administrativa,
não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação submetendo-se aos seus condicionantes quanto ao tempo, modo e
do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação lugar” (fl. 39) e (iii) “alegar que a falta de prévio requerimento
incompatível ou desnecessária administrativo e/ou exaurimento da via administrativa, caracteriza-se
4. Apelação não provida. na falta de interesse de agir, fere direitos e garantias constitucionais”
Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar (fl. 45).
da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à O recurso foi recebido à fl. 51 e, conforme certidão de fls. 54, não
pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse- foram oferecidas contrarrazões.
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades Com a vinda dos autos, foi dada vista ao Ministério Público Federal,
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo que deixou de opinar “ante a ausência de qualquer das hipóteses
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”. constitucionais que legitime” a sua intervenção (fls. 60/61).
Na presente hipótese, diante do fato de que o feito já se encontra com Fundamentação
processamento avançado, observando-se o princípio da economia O cerne da discussão em exame diz respeito à exigência de prévio
processual e da razoabilidade, deve o processo retornar a vara a de requerimento administrativo apto a legitimar a propositura de ação
origem e ficar suspenso para que seja facultado à parte autora, no prazo judicial, na qual se postula a revisão ou concessão de benefício
de 90 dias, comprovar a realização de pedido administrativo, bem previdenciário.
como eventual indeferimento e/ou omissão do INSS na apreciação do Inicialmente, adotava-se o entendimento no sentido de que “a ausência
mesmo, sob pena de reconhecimento da falta de interesse de agir e de prévio requerimento administrativo não constitui óbice para que o
extinção do processo, na forma do art. 267, VI, do CPC. segurado pleiteie, judicialmente, a revisão de seu benefício
Dispositivo previdenciário” (STJ, Quinta Turma, AGA 201001097318 AGRAVO
Do exposto, com fundamento no art. 557, §1º-A, do CPC, DOU REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1318909, Rel.
PARCIAL PROVIMENTO ao recurso para anular a sentença e Min. Gilson Dipp, DJE 22.11.2010).
determinar o retorno do processo à vara de origem, devendo ficar No mesmo sentido, trago a lume a ementa a seguir:
suspenso, para que seja facultado à parte autora, no prazo de 90 dias, AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
comprovar a realização de pedido administrativo, bem como eventual PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA.
indeferimento e/ou omissão do INSS na apreciação do mesmo, sob REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. EXIGÊNCIA.
pena de reconhecimento da falta de interesse de agir e extinção do DESNECESSIDADE. De acordo com o entendimento pacificado no
processo, na forma do art. 267, VI, do CPC. âmbito deste e. STJ, a ausência de prévio requerimento administrativo
P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem, não constitui óbice para que o segurado pleiteie, judicialmente, a
observando-se as providências cabíveis. revisão de seu benefício previdenciário. Precedentes. Agravo
Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012 regimental desprovido. (STJ, AGRESP 201000228880, AGRESP -
MARCELO PEREIRA DA SILVA AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1179627,
JUIZ FEDERAL CONVOCADO Quinta Turma, Rel. Ministro Felix Fischer, DJE de 07/06/2010)
IV - APELACAO CIVEL 558475 2011.51.09.000357-0 Entretanto, não se pode olvidar que, de acordo com recente posição
Nº CNJ :0000357-98.2011.4.02.5109 adotada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, “em regra, não se
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO materializa a resistência do INSS à pretensão de concessão de
MARCELO PEREIRA DA SILVA benefício previdenciário não requerido previamente na esfera
administrativa”, de modo que “o interesse processual do segurado e a
utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses de a)
recusa de recebimento do requerimento ou b)negativa de concessão do
benefício previdenciário, seja pelo concreto indeferimento do pedido,
seja pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada”

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
(Recurso Especial, REsp 1.310.042, Segunda Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJE de 28.05.2012).
De fato, dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que, para
propor ação, é necessário ter legítimo interesse, ou seja, para que haja o
exercício do direito de ação, é necessário que haja um conflito de
interesses, de modo que haja uma pretensão resistida. origem e ficar suspenso para que seja facultado à parte autora, no prazo
O entendimento acima busca privilegiar a idéia de que o Poder de 90 dias, comprovar a realização de pedido administrativo, bem
Judiciário não deve servir como mero substitutivo do Instituto como eventual indeferimento e/ou omissão do INSS na apreciação do
Nacional do Seguro Social - INSS, para atender os requerimentos mesmo, sob pena de reconhecimento da falta de interesse de agir e
relativos aos benefícios previdenciários, seja para sua concessão, seja extinção do processo, na forma do art. 267, VI, do CPC.
para revisão. Na verdade, a função jurisdicional se concretiza, Dispositivo
legitimamente, no controle da legalidade dos atos praticados pela Do exposto, com fundamento no art. 557, §1º-A, do CPC, DOU
Administração. PARCIAL PROVIMENTO ao recurso para anular a sentença e
determinar o retorno do processo à vara de origem, devendo ficar
Ora, em que pese o art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de suspenso, para que seja facultado à parte autora, no prazo de 90 dias,
1988 não excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão a direito, comprovar a realização de pedido administrativo, bem como eventual
observa-se que, enquanto a autarquia previdenciária não for instada a indeferimento e/ou omissão do INSS na apreciação do mesmo, sob
se pronunciar sobre o pleito formulado, indeferindo-o, não há que se pena de reconhecimento da falta de interesse de agir e extinção do
falar em lesão a direito que caracterize uma pretensão resistida apta a processo, na forma do art. 267, VI, do CPC.
ensejar a invocação da tutela jurisdicional. P.I. Preclusa a decisão, remetam-se os autos à vara de origem,
observando-se as providências cabíveis.
No entanto, cumpre destacar que não se está a exigir o esgotamento da Rio de Janeiro, ___ de _________________ de 2012
via administrativa, com os recursos cabíveis, para que seja possível MARCELO PEREIRA DA SILVA
ingressar em juízo, o que restou afastado pelas Súmulas 89 do Superior JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Tribunal de Justiça (“A ação acidentária prescinde do exaurimento da X - HABEAS CORPUS 8610 2012.02.01.020668-0
via administrativa”) e 213 do extinto Tribunal Federal de Recursos Nº CNJ :0020668-77.2012.4.02.0000
(“O exaurimento da via administrativa não é condição para a RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
propositura de ação de natureza previdenciária”). MARCELO PEREIRA DA SILVA
Assim, conforme vem decidindo esta Egrégia Turma, “a via judicial IMPETRANTE :CARLOS NICODEMOS OLIVEIRA
não pode substituir a via administrativa, passando a ser usada como SILVA E OUTRO
meio mais eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder IMPETRADO :JUIZO DA 7A VARA FEDERAL
Judiciário um trampolim para a solução mais rápida, sem sequer CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO-RJ
utilizar-se da via administrativa, que é a regra” (TRF-2ª Região, PACIENTE :A. A. - REU PRESO
Segunda Turma Especializada, Apelação Cível, AC ADVOGADO :CARLOS NICODEMOS OLIVEIRA
2010.02.01.003508-5, Rel. Des. Federal Liliane Roriz, Julgamento em SILVA E OUTRO
23/09/2010). ORIGEM :SETIMA VARA FEDERAL CRIMINAL
Confira-se: DO RIO DE JANEIRO
PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA (201051018186212)
RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. DECISÃO
EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. Considerando-se o teor da decisão proferida às fls. 616/617, passo a
1. Nas hipóteses em que não há a postulação administrativa, o que reapreciar o pedido de liminar feito no presente habeas corpus
ocorre é que não há a composição de uma lide. Não há pretensão impetrado por CARLOS NICODEMOS OLIVEIRA SILVA E
resistida que possa ser deduzida em juízo; o conflito de interesses não OUTROS em favor de A. A. contra ato do M.M. Juiz Federal da 7ª
foi formado. Assim, não se justifica a instauração de processo judicial. Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
2. Apesar da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência Do cotejo dos autos, constata-se que o Paciente, acusado de participar
à pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse- da denominada “Operação Baleia”, foi condenado como incurso nas
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades penas do artigo 33, caput, inciso I, e no artigo 35, na forma dos incisos
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo I e IV do art. 40, todos da Lei nº 11.343/06, não tendo sido assegurado
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação ao réu o direito de apelar em liberdade, conforme cópia da sentença às
3. Tal entendimento não prejudica qualquer direito constitucional por fls.385/395.
não impedir um posterior ajuizamento da ação, em caso de denegação Em que pesem as alegações formuladas no presente writ, merece ser
do pleito, demora excessiva ou requerimento de documentação mantido o indeferimento da medida liminar.
incompatível ou desnecessária Como bem ressalvado nas informações prestadas pelo Magistrado de
4. Apelação não provida. Primeiro Grau, “não procedem os argumentos do impetrante de que
Como bem asseverado no voto do processo acima indicado, “apesar não foram observados os princípios constitucionais previstos no art. 5º
da alegação de que a contestação caracterizaria a resistência à da CF (devido processo legal, ampla defesa e presunção de
pretensão autoral, restando configurado o binômio interesse- inocência)”, considerando-se que, “na denúncia o Ministério Público
necessidade, a realidade é que o INSS, em razão de suas dificuldades Federal descreveu a conduta imputada ao acusado que foi notificado
burocráticas, acaba sempre contestando os feitos, pois não tem tempo da presente acusação conforme fls. 269, ocasião que recebeu cópia da
de levantar a documentação necessária até o prazo de contestação”. exordial. Por outro lado, quando do cumprimento do mandado de
Na presente hipótese, diante do fato de que o feito já se encontra com prisão preventiva, o acusado foi preso em flagrante pela suposta
processamento avançado, observando-se o princípio da economia prática do crime do art. 33 e 35 da Lei 11.343/2006, conforme autos
processual e da razoabilidade, deve o processo retornar a vara a de da comunicação de prisão (fls. 200-243). Sendo assim, não há como
acolher a tese defensiva pois o denunciado sabia da imputação que lhe
foi feita nos autos e ainda, por ocasião do flagrante, teve ciência das
acusações que pairavam sobre ele, bem como teve a oportunidade de
esclarecer os fatos no seu depoimento” (fl. 623).
Além disso, não se pode olvidar que “há fundadas razões que

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imputaram ao paciente e os outros denunciados como integrantes da
associação criminosa voltada para o tráfico transnacional de
entorpecentes” e que “a gravidade dos fatos e suas repercussões
apontam para a necessidade da custódia cautelar” (fl. 624).
Sustentou-se, ainda, a nulidade da “produção das provas por
interceptação telemática e/ou telefônico posterior ao período IMPETRADO :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL
desautorizada (a partir de 27/09/2010)” (sic), de modo que “a CRIMINAL DE VITORIA-ES
afirmação do Juízo a quo que não utilizará as interceptações PACIENTE :HERNANDI ARAÚJO SANTOS - REU
telemáticas desentranhadas (fls. 121/132) ‘na sentença’ é inócua, uma PRESO
vez que tais interceptações de fato já influenciaram sua convicção, ADVOGADO :PATRICIA DOS SANTOS FERREIRA
‘contaminando’ a sua necessária imparcialidade para julgar o caso”. CAVALCANTI E OUTRO
Para elucidar tal situação, trago à lume os esclarecimentos fornecidos ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
nas informações prestadas pelo Juízo a quo (fls. 625/626): VITÓRIA/ES (201250010074385)
A defesa suscitou a nulidade das provas produzidas sem obediência aos
parâmetros legais, uma vez que a quebra do sigilo e a interceptação EMENTA
destes dados telemáticos teve início no dia 13/09/2010, a partir da HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. LEGALIDADE.
autorização judicial de 06/09/2010 pelo prazo de 15 (quinze) dias (fl. NECESSIDADE. FATOS NOVOS. AUSÊNCIA.
90 do Registro Especial quanto ao Pedido de Quebra de Sigilo de CIRCUNSTÂNCIAS FAVORÁVEIS. REDESIGNAÇÃO
Dados e/ou Telefônico). Nesse sentido, a interceptação autorizada dos AUDIÊNCIA. JUSTIFICATIVA.
dados telemáticos teria terminado em 27/09/2010, sendo que sua 1. Tendo esta Turma Especializada analisado a legalidade da
prorrogação judicial somente ocorreu em 22/10/2010 (fls. 207 do decretação da prisão preventiva do paciente anteriormente, não cabe
Registro Especial), ou seja, após um intervalo de 25 dias. rediscutir os seus fundamentos.
No que tange a preliminar de nulidade das interceptações telemáticas, 2. Ausência de fatos novos que afastem a necessidade de garantir a
decidi, no momento da sentença, o desentranhamento das ordem pública e a aplicação da lei penal.
interceptações de período superior a 20 (vinte) dias, degravadas às fls. 3 Circunstâncias pessoais favoráveis do paciente não ilidem, de per se,
121 e 132 e reitero que tais provas não foram empregadas para a necessidade da custódia preventiva quando presentes os demais
formação de convencimento. requisitos.
Contudo, analisando os autos, bem como os relatórios de investigação 4. Apesar da necessidade de se priorizar a celeridade dos processos nos
e a prova oral colhida, incluindo aí o interrogatório, e cotejando tudo quais haja indivíduos com a liberdade cerceada, a complexidade do
isso com as escutas telefônicas ficou plenamente comprovado que o feito, o número de denunciados e os sucessivos pedidos de
acusado efetivamente compunha associação voltada para a prática de redesignação da audiência de instrução e julgamento já justificam o
tráfico internacional de entorpecentes. De fato os diálogos de 1 a 7, 11 alegado atraso na marcha processual.
e 13 apontam para isso. No interrogatório, o acusado nega que seja o 5. Ordem denegada.
“gringo”, tantas vezes referido. Além do testemunho dos policiais A C Ó R D Ã O
federais afirmando que A. A. é o “gringo”, acolho o apontamento feito Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
pelo Ministério Público que refere diálogo de 18.02.2011, transcrito às Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
fls. 912 no qual o próprio Alexander Aroson identifica-se como sendo Federal da 2ª Região, por unanimidade, denegar a ordem, nos termos
o “gringo”. do voto da relatora.
Diante disso, considerando-se que a manutenção da prisão preventiva Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
em sentença condenatória não é incompatível com o princípio LILIANE RORIZ
constitucional da presunção de inocência, quando presentes as Relatora
condições constantes do art. do , e que não há nos autos elementos que
demonstrem a alteração fática hábil a afastar os fundamentos do
decreto prisional cautelar, mantenho o INDEFIMENTO DA LIMINAR
requerida.
Remetam-se os autos ao MPF. SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
Após, voltem-me os autos conclusos. P.I. DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO
Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013. ACÓRDÃOS
MARCELO PEREIRA DA SILVA EXPEDIENTE Nº 2013/00012 DO DIA 11/01/2013
Juiz Federal Convocado V - APELACAO CRIMINAL 2010.50.01.002267-4
Nº CNJ :0002267-33.2010.4.02.5001
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
LILIANE RORIZ
APELANTE :LELIANE SILVA
SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ACÓRDÃOS ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
EXPEDIENTE Nº 2013/00011 DO DIA 11/01/2013 VITÓRIA/ES (201050010022674)
X - HABEAS CORPUS 2012.02.01.020130-9
Nº CNJ :0020130-96.2012.4.02.0000 EMENTA
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL PENAL. CRIME DA LEI DE LICITAÇÕES. FRAUDE.
LILIANE RORIZ MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. EMENDATTIO
IMPETRANTE :PATRICIA DOS SANTOS FERREIRA LIBELLI. TENTATIVA AFASTADA. MANUTENÇÃO DA
CAVALCANTI E OUTRO SENTENÇA.
I – A materialidade e a autoria do delito restaram demonstradas nos
autos.
II – No instituto da emendatio libelli o juiz corrige apenas a
classificação jurídica, ou seja, a capitulação do crime atribuída na
denúncia, sem haver qualquer modificação quanto aos fatos narrados,

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que permanecem os mesmos, enquanto que, na mutatio libelli, ocorre
verdadeira alteração na imputação do fato delituoso, em razão da
existência de alguma circunstância elementar não contida implícita ou
explicitamente na denúncia.
III – Correta a classificação jurídica do artigo 93, da Lei de Licitações.
Crime formal que não exige resultado naturalístico consistente no SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
efetivo prejuízo para a Administração Pública. Sendo crime DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO
instantâneo, aperfeiçoou-se no momento em que ocorreu a fraude na ACÓRDÃOS
apresentação de documentos falsos na fase de habilitação do certame. EXPEDIENTE Nº 2013/00013 DO DIA 11/01/2013
Afastada a tese da tentativa. V - APELACAO CRIMINAL 10073 2003.51.01.508838-7
IV – A apelante não tem direito à transação penal, pois essa é uma Nº CNJ :0508838-95.2003.4.02.5101
medida despenalizadora de natureza pré-processual e, no presente caso, RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
a instrução processual já fora finalizada. MARCELO PEREIRA DA SILVA
V – Recurso não provido. APELANTE :LUIZ CARLOS LOPES
ADVOGADO :GISELE RIBEIRO DE ARAUJO E
ACÓRDÃO OUTROS
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas, APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento à CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
apelação, nos termos do voto da relatora. (200351015088387)
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
LILIANE RORIZ EMENTA
Relatora PENAL. CRIME DE ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. ART.
171, §3º DO CP. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA
V – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELACAO CRIMINAL RETROATIVA. OCORRÊNCIA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
Nº 2005.51.06.001039-0 1 – Nos termos do §1º do artigo 110 do Código Penal, opera-se a
Nº CNJ :0001039-72.2005.4.02.5106 prescrição da pretensão punitiva na modalidade retroativa quando entre
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL as datas do recebimento da denúncia e da publicação da sentença
MESSOD AZULAY NETO condenatória houver transcorrido lapso temporal superior ao prazo
EMBARGANTE :LOURIVAL CESAR DE AZEVEDO prescricional calculado com base na pena aplicada na sentença não
RAMOS objeto de recurso por parte da acusação.
EMBARGADO :V. ACÓRDÃO DE FL. 1726 2- Apelação conhecida. Extinção da punibilidade de ofício.
APELANTE :LOURIVAL CESAR DE AZEVEDO Prejudicado o exame do mérito recursal.
RAMOS ACÓRDÃO
ADVOGADO :PEDRO GERALDO DE SOUZA COHN Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
ORIGEM :1A. VARA JUSTIÇA FEDERAL - Federal da 2ª Região, por unanimidade, em conhecer da apelação da
PETROPOLIS/RJ (200551060010390) defesa e, de ofício, declarar extinta punibilidade do Réu, na forma do
voto do Relator. Prejudicada a análise do mérito recursal.
EMENTA Rio de Janeiro, ___ de ______________2012
PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MARCELO PEREIRA DA SILVA
APELAÇÃO CRIMINAL. ALEGAÇÃO DE OMISSÕES E Juiz Federal Convocado
CONTRADIÇÕES. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER DOS VÍCIOS
ENUMERADOS NO ART. 619 DO CPP. RECURSO DESPROVIDO. V - APELACAO CRIMINAL 2009.51.01.801214-1
I - No acórdão embargado inexiste qualquer dos vícios enumerados no Nº CNJ :0801214-09.2009.4.02.5101
art. 619 do CPP, cujas hipóteses ensejariam a oposição de embargos RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
declaratórios, recurso este que não se presta à rediscussão da matéria já LILIANE RORIZ
decidida. APELANTE :ALVARO LUIZ FARIA ESTEVES
II - Embargos declaratórios a que se NEGA PROVIMENTO ADVOGADO :NILO CESAR MARTINS POMPILIO
ACÓRDÃO DA HORA E OUTROS
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
indicadas. ORIGEM :SETIMA VARA FEDERAL CRIMINAL
Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal DO RIO DE JANEIRO
da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos (200951018012141)
embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, constante dos
autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado. EMENTA
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento). PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO APELAÇÃO CRIMINAL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO OU
Relator CONTRADIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.
2ª Turma Especializada 1. Os Embargos de Declaração, previstos nos arts. 619 e 620, do
Código de Processo Penal, visam ao esclarecimento de dúvidas
surgidas no acórdão, quando configurada ambigüidade, obscuridade,
contradição ou omissão, de forma a permitir o pleno conhecimento do
conteúdo da decisão impugnada
2. A alegada omissão ou contradição relativa à negativa de vigência ao
disposto no art. 28, § 2º da Lei nº 11.343/2006, porque, segundo o
embargante, a conduta por ele praticada melhor se amoldaria a este tipo
penal, por ser usuário de drogas, é matéria que jamais foi ventilada
pelo apelante em suas razões recursais, tratando-se de inovação trazida

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à baila pela defesa. A conduta imputada ao réu foi a de associação para
o tráfico de entorpecentes, prevista no art. 35 da Lei nº 11.343/2006,
que constitui uma modalidade especial de quadrilha ou bando, e não a
do art. 33 da mesma lei, cuja redação bastante se assemelha a do art.
28, § 2º desta lei, diferenciando-se, unicamente, pelo fato de que, neste
tipo penal, o agente adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou magnético “clonado” configura o crime de furto qualificado mediante
traz consigo a droga para o consumo pessoal. fraude, descrito no artigo 155, § 4º, II, do CP, não se podendo proceder
3. No tocante à alegada omissão quanto ao benefício da delação à desclassificação para estelionato pretendida pela defesa.
premiada, tem-se que a decisão embargada abordou, de forma expressa IV - Na redução de um a dois terços pela tentativa, prevista no
e clara, esta matéria, concluindo que não estavam presentes todos os parágrafo único do art. 14 do CP, deve-se levar em conta o maior ou
requisitos do art. 41 da Lei nº 11.343/2006, eis que lhe faltou a menor caminho percorrido pelo agente, sendo certo que o ora apelante
efetividade. aproximou-se muito da consumação do crime, tendo percorrido
4. A pretexto de supostas omissões e contradições em realidade praticamente todo o iter criminis, devendo, pois, ser mantida a
inexistentes, o embargante, inconformado com o resultado do julgado, diminuição de 1/3 procedida na sentença.
visa desprestigiá-lo, ora inovando sua tese de defesa, ora alegando a V - Recurso a que se NEGA PROVIMENTO.
mesma matéria dando-lhe outros contornos. ACÓRDÃO
5. Inexiste qualquer vício no acórdão embargado, visando o Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal
embargante, claramente, o prequestionamento destas matérias, da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso,
requisito indispensável para a interposição dos Recursos Especial e nos termos do voto do Relator, constante dos autos, que fica fazendo
Extraordinário. parte integrante do presente julgado.
6. Embargos de declaração improvidos. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data de julgamento).
A C Ó R D Ã O Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, Relator
decide a 2a. Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2a. 2a Turma Especializada
Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AOS X - HABEAS CORPUS 8591 2012.02.01.020028-7
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, nos termos do voto da Relatora. Nº CNJ :0020028-74.2012.4.02.0000
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
LILIANE RORIZ MARCELO PEREIRA DA SILVA
Relatora IMPETRANTE :FREDERICO CESAR CHAMA
IMPETRADO :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL
CRIMINAL DE VITORIA - ES
PACIENTE :AMARILDO CUSTONIO DE SOUZA -
REU PRESO
SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA ADVOGADO :FREDERICO CESAR CHAMA
DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
ACÓRDÃOS VITÓRIA/ES (201150010051216)
EXPEDIENTE Nº 2013/00014 DO DIA 11/01/2013
V - APELACAO CRIMINAL 2007.51.01.490217-9 EMENTA
Nº CNJ :0490217-11.2007.4.02.5101 HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO QUALIFICADO E
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL QUADRILHA. ARTIGOS 155, §4º, IV. PRÁTICAS REITERADAS.
MESSOD AZULAY NETO PRISÃO PREVENTIVA. REQUISITOS DA PREVENTIVA.
APELANTE :FRANCISCO ALMEIDA NERES GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
ADVOGADO :JAIR JOSE PILONETTO I – Não obstante a excepcionalidade da prisão cautelar, esta se faz
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL necessária quando as circunstâncias apuradas durante o inquérito
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE SÃO policial ou o processo criminal demonstrarem a imprescindibilidade da
JOÃO DE MERITI (200751014902179) segregação cautelar, especialmente para garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
EMENTA assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência
PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. do crime e indício suficiente de autoria, nos termos do artigo 312,
TENTATIVA DE FURTO MEDIANTE FRAUDE (ART. 155, § 4º, II caput, do CPP.
C/C ART. 14, II, AMBOS DO CP). CARTÃO MAGNÉTICO II – Ordem denegada.
CLONADO. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. ACÓRDÃO
DESCLASSIFICAÇÃO PARA ESTELIONATO. Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
IMPOSSIBILIDADE. REDUÇÃO PELA TENTATIVA Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
CORRETAMENTE APLICADA. RECURSO DESPROVIDO. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em DENEGAR A ORDEM, na
I - Hipótese em que o ora apelante, utilizando-se de cartão magnético forma do voto do Relator.
“clonado”, tentou subtrair numerário de conta corrente de terceiro, não Rio de Janeiro, ___ de ______________2012
logrando êxito na empreitada criminosa por circunstâncias alheias à MARCELO PEREIRA DA SILVA
sua vontade. Juiz Federal Convocado
II - A autoria e a materialidade delitivas restaram bem delineadas nos X - HABEAS CORPUS 2012.02.01.020347-1
autos, através de robusto conjunto probatório, especialmente do Auto Nº CNJ :0020347-42.2012.4.02.0000
de Prisão em Flagrante, Auto de Apresentação e Apreensão e Laudo de RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Exame Documentoscópico. LILIANE RORIZ
III - A subtração de valores de conta corrente por meio de cartão IMPETRANTE :FATIMA CRISTINA GOMES
FERREIRA DE AZEVEDO
IMPETRADO :JUIZO DA 5A VARA FEDERAL
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
PACIENTE :ANA CAROLINA BERTOLDO DE
OLIVEIRA - REU PRESO

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ADVOGADO :FATIMA CRISTINA GOMES
FERREIRA DE AZEVEDO
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL CRIMINAL
DO RIO DE JANEIRO
(201151018097499)
Ordem denegada.
EMENTA A C Ó R D Ã O
CRIMINAL. HABEAS CORPUS. EXCESSO DE PRAZO. Vistos e relatados os autos, em que são partes as acima indicadas.
RAZOABILIDADE. COMPLEXIDADE. Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal
1. Com exceção do argumento relativo ao excesso de prazo, todas as da 2a Região, por unanimidade, denegar a ordem, na forma do voto da
alegações da impetrante já foram objeto de análise por ocasião do Relatora.
julgamento do Habeas Corpus nº 2011.02.017554-9 por esta 2ª Turma Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
Especializada, não existindo nenhum fato novo que modifique o então LILIANE RORIZ
decidido. Relatora
2. O constrangimento ilegal decorrente do excesso de prazo na V - APELACAO CRIMINAL 2004.51.09.000228-6
instrução criminal não se restringe à simples soma aritmética dos Nº CNJ :0000228-40.2004.4.02.5109
prazos processuais, devendo ser aferido segundo o critério da RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
razoabilidade. LILIANE RORIZ
3. O andamento da instrução criminal resta justificado em virtude da APELANTE :JOAO GODOY AZEVEDO
complexidade, do número de réus existentes e do fato de que a culpa ADVOGADO :IVAN FIRMINO SANTIAGO DA
pela demora não pode ser creditada ao Juízo nem ao Ministério SILVA
Público. APELANTE :ALEXANDRE TEIXEIRA DE PAIVA
4. Ordem denegada. ADVOGADO :MARCO ANTONIO WERNECK
A C Ó R D Ã O ALVARES
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: APELANTE :GUSTAVO TEIXEIRA DE PAIVA
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional ADVOGADO :MARCO ANTONIO WERNECK
Federal da 2ª Região, por unanimidade, denegar a ordem de habeas ALVARES
corpus, nos termos do voto da Relatora. APELANTE :LEONARDO TEIXEIRA DE PAIVA
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. ADVOGADO :MARCO ANTONIO WERNECK
LILIANE RORIZ ALVARES
Relatora APELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
X - HABEAS CORPUS 2012.02.01.019594-2 APELADO :OS MESMOS
Nº CNJ :0019594-85.2012.4.02.0000 ORIGEM :VARA ÚNICA DE RESENDE
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL (200451090002286)
LILIANE RORIZ
IMPETRANTE :ALEXANDRE LOPES DE OLIVEIRA E EMENTA
OUTROS PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
IMPETRADO :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. MESMAS QUESTÕES
VOLTA REDONDA-RJ ALEGADAS. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
PACIENTE :MARCOS ANTONIO LINO RIBEIRO OU OBSCURIDADE. REVISÃO DO ACÓRDÃO. AUSÊNCIA DE
ADVOGADO :ALEXANDRE LOPES DE OLIVEIRA E AMPARO LEGAL.
OUTROS 1. Os embargos de declaração têm como característica a invocação do
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE mesmo juízo, para que desfaça ambiguidade, obscuridade, contradição
VOLTA REDONDA (201251040018313) ou omissão que o acórdão contém. Ambiguïdade existe quando a
decisão, em qualquer ponto, permite duas ou mais interpretações. Há
EMENTA obscuridade quando não há clareza na redação, de modo que não é
HABEAS CORPUS. INQUÉRITO POLICIAL. INDICIAMENTO. possível saber com certeza qual o pensamento exposto no acórdão.
ATIPICIDADE. NECESSIDADE ESCLARECIMENTOS. Pode também haver contradição, em que afirmações da decisão
AUSÊNCIA ILEGALIDADE. INCOMPETÊNCIA. FASE colidem, se opõem. Podem elas existir, por exemplo, entre a motivação
INQUISITORIAL. REPERCUSSÃO FATOS. e a conclusão. Há omissão quando não se escreveu no acórdão tudo o
Hipótese de cabimento do remédio constitucional em tela, vez que, segundo que era indispensável dizer.
alegam os impetrantes, o paciente sofre coação em razão do seu ilegal 2. As questões suscitadas pelo embargante no presente recurso são as
indiciamento, devendo sua ocorrência ou não ser analisada pela via estreita mesmas alegadas no recurso de apelação, bem como nos embargos
do habeas corpus. hostilizados, já devidamente examinadas no acórdão embargado,
Não se pode concluir pela flagrante atipicidade da conduta ora investigada, denotando a clara pretensão de se rediscutir a matéria.
vez que as provas existentes revelam, minimamente, a necessidade de mais 3. Desta forma, tal pretensão objetiva, via oblíqua, buscar um novo
esclarecimentos a respeito da veracidade das informações apresentadas pelo julgamento para o feito, desmerecendo a decisão anterior, proferida por
paciente por ocasião de seu pedido de remoção de ofício para a unanimidade, não tendo o embargante apontado nenhuma contradição,
Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. obscuridade ou omissão capaz de autorizar a revisão do acórdão, por
A noção de competência processual não é aplicável na fase investigativa, pois via dos declaratórios.
a distribuição de atividades entre os órgãos da Polícia Federal é apenas de 4. O inconformismo do embargante não encontra amparo nas hipóteses
cunho administrativo. Mesmo que os fatos tenham sido praticados em outra previstas na lei para o cabimento dos embargos de declaração,
circunscrição, a sua repercussão, mesmo que parcial, ocorreu na esfera de devendo, assim, uma vez irresignado com o acórdão, interpor o recurso
atribuição da autoridade ora apontada como coatora. cabível.
5. Embargos de declaração improvidos.
A C Ó R D Ã O
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,
decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal
da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de

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declaração, na forma do voto da Relatora.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
LILIANE RORIZ
Relatora

RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL


LILIANE RORIZ
AGRAVANTE :SUN COKE COMPANY
SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA ADVOGADO :GABRIEL FRANCISCO LEONARDOS
DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO E OUTROS
ACÓRDÃOS AGRAVADO :THYSSENKRUPP CSA COMPANHIA
EXPEDIENTE Nº 2013/00015 DO DIA 11/01/2013 SIDERURGICA E OUTRO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.007862-7 ADVOGADO :MARKUS WOLFF E OUTROS
Nº CNJ :0007862-10.2012.4.02.0000 INTERESSADO :INSTITUTO NACIONAL DE
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI
LILIANE RORIZ PROCURADOR :SEM PROCURADOR
AGRAVANTE :SUZANA ALLEN DA COSTA ORIGEM :DÉCIMA TERCEIRA VARA FEDERAL
ADVOGADO :ALEXANDRE MOREIRA PEREIRA E DO RIO DE JANEIRO
OUTROS (200751018088252)
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS EMENTA
PROCURADOR :ENEIDA MARIA DOS SANTOS PROCESSO CIVIL. HONORÁRIOS PERICIAIS. PAGAMENTO.
AGRAVADO :CAIXA DE PREVIDENCIA DOS ART. 33 DO CPC.
FUNCIONARIOS DO BANCO DO 1. Segundo o art. 33 do CPC, o pagamento dos honorários periciais
BRASIL - PREVI será suportado pela parte que houver requerido tal prova, exceto
ADVOGADO :GUILHERME DE CASTRO quando houver sido requerida por ambas as partes ou determinada pelo
BARCELLOS E OUTROS Juiz, caso em que o pagamento caberá ao autor da demanda. Assim, o
AGRAVADO :MARIA EVANGELINA DA SILVA ônus do pagamento somente recairá sobre o réu na hipótese de ter a
JARDIM ADNET prova sido pleiteada unicamente por ele.
ADVOGADO :CLEDIA FREIRE CARNEIRO E 2. No caso em tela, não restam dúvidas de que a perícia foi requerida
OUTRO pelas autoras, ora agravadas, que, na petição inicial, protestaram “por
ORIGEM :TRIGÉSIMA PRIMEIRA VARA todos os meios admitidos, em especial a pericial técnica e juntada de
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO novos documentos”, tendo sido o pedido reiterado na réplica. Ressalte-
(201051018109734) se que não houve desistência, por parte das autoras, do pleito de
realização de perícia, o que foi reiterado na fase de requerimento de
EMENTA provas. É de se notar, ainda, que o fato de ter a empresa agravante
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PENSÃO POR também requerido a prova não tem o condão de deslocar o ônus do
MORTE. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSA DA PREVI. pagamento, vez que o art. 33 do CPC é claro ao dispor, que no caso de
CONEXÃO PELA CAUSA DE PEDIR (ART. 46, III, CPC). requerimento por ambas as partes, o pagamento deverá ser feito pelo
COMPETÊNCIA JUSTIÇA FEDERAL EVIDENCIADA. RATEIO autor da ação.
ENTRE VIÚVA E EX-ESPOSA. 3. Pela distribuição do ônus da prova, é da autora o interesse de provar
1. Caso demonstrada a conexão pela causa de pedir, verificada quando que o ato administrativo do INPI de concessão da patente – que goza
duas pretensões contra pessoas diferentes se fundam em um só fato de presunção de legitimidade e veracidade – é ilegal e ilegítimo,
jurídico, é cabível a formação de litisconsórcio. superando com isso a legalidade presumida.
2. In casu, entendo que se verifica a possibilidade de um litisconsórcio 4. Nenhum dos precedentes mencionados pelo Juízo a quo na decisão
passivo entre o INSS e a PREVI, em razão da identidade evidenciada dos Embargos de Declaração se aplica a este caso: o primeiro deles,
entre as causas de pedir, qual seja, concessão de pensão por morte, que porque se tratava de ação e reconvenção, o que justificaria o rateio do
será paga tanto por um quanto pela outra, em forma de custo pelas partes; já o segundo, porque os próprios réus se dispuseram
complementação. a espontaneamente arcarem com metade dos adiantamentos das
3. Ainda que se trate de entidade privada, subsiste a competência desta despesas periciais, entendendo o acórdão que, por conseguinte, seria
Justiça devido à presença de ente federativo no polo passivo (art. 109, razoável exigir a participação do autor com a outra metade. Nem um
I, da CF/88). nem outro são o caso em discussão neste feito.
4. Agravo de instrumento provido. 5. Agravo de instrumento provido.
A C Ó R D Ã O A C Ó R D Ã O
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal
Federal da 2ª Região, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao agravo de
agravo de instrumento, na forma do voto da Relatora, cujos instrumento, na forma do voto da Relatora.
fundamentos integram o julgado. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento). LILIANE RORIZ
LILIANE RORIZ Relatora
Relatora EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 430937 2005.51.01.507540-7
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005679-6 Nº CNJ :0507540-97.2005.4.02.5101
Nº CNJ :0005679-66.2012.4.02.0000 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MESSOD AZULAY NETO
EMBARGANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :ADRIANO ALMEIDA FIGUEIRA
APELADO :ISABEL FELIPE DE VASCONCELOS

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
ADVOGADO :EDGARD FREIRE DE CARVALHO
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 38A VARA-RJ
EMBARGADO :V. ACÓRDÃO DE FLS. 143
ORIGEM :TRIGÉSIMA OITAVA VARA
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
(200551015075407) EMENTA
PENAL. CONCUSSÃO. ARTIGO 316, CAPUT, CP.
EMENTA MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. DOSIMETRIA
PREVIDENCIÁRIO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DA PENA.
PELO INSS – OMISSÃO – EFEITOS INFRINGENTES - I – Evidenciado o crime de concussão previsto no artigo 316, caput, do
OCORRÊNCIA DAS HIPÓTESES DE MODIFICAÇÃO DO CP, quando o funcionário público exige vantagem indevida em razão
ACÓRDÃO – PENSÃO POR MORTE - PERDA DA QUALIDADE da função pública desempenhada.
DE SEGURADO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROVIDOS. II – No delito de concussão, tal como no de corrupção passiva,
- As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do denominado de “delito de poder”, por se tratar de crime que geralmente
suposto empregado são posteriores ao período em que a empresa estava não deixa vestígios, praticado de forma sorrateira, dissimulada e
ativa, uma vez que, desde a competência de agosto de 1999, esta clandestina, ou seja, longe dos holofotes, a prova da testemunhal,
deixou de recolher as contribuições previdenciárias. especialmente da vítima, mostra-se imprescindível e de fundamental
- As informações prestadas pela empresa FOTOWAY dão conta de importância para o convencimento do Juízo, mormente quando
que, o ex-segurado, PATRICK FELIPE DE VASCONCELOS, nunca prestada de forma consistente. Precedentes.
foi empregado da mesma, haja vista que, seu nome não consta no rol III – A aplicação da pena-base em patamar mais elevado é possível,
de funcionários desde o ano de 1996 até 2000. ainda que a maioria das circunstâncias judiciais tenham sido favoráveis
- Não havendo confirmação do vínculo empregatício de PATRIK com ao réu, se consequências e circunstâncias do crime lhe são
a empresa FOTOWAY no período de 04 de janeiro de 1999 a 20 de desfavoráveis, mormente quando há cometimento de outro crime
dezembro de 2000, e, considerando que última contribuição do (deixar de comunicar a outro fiscal a existência de irregularidade em
segurado à Previdência Social ocorreu em 29/12/1998 (fl. 19), não estabelecimento empresarial – prevaricação) para satisfazer interesse
tendo este pago mais de 120 contribuições mensais, o período de pessoal e tentativa de ocultação das provas da fiscalização perante o 2º
carência somente se estendeu por 12 meses, a teor do art. 15, II, da Lei fiscal.
8.213/91, não faz jus a requerente a pensão pleiteada, posto que, o ex- IV – Apelação desprovida.
segurado perdera a qualidade de segurado à época do seu falecimento ACÓRDÃO
ocorrido em 17 de julho de 2001. Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
- Embargos de declaração providos, para, emprestando-lhes efeitos Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
infringentes, dar provimento ao recurso. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
ACÓRDÃO recurso, na forma do voto do Relator.
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima Rio de Janeiro, ___ de ______________2012.
indicadas. MARCELO PEREIRA DA SILVA
Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal Juiz Federal Convocado
da 2ª Região, à unanimidade, dar provimento aos embargos de V - APELACAO CRIMINAL 9920 2011.51.01.805783-0
declaração, nos termos do voto do Relator, constante dos autos, que Nº CNJ :0805783-82.2011.4.02.5101
fica fazendo parte integrante do presente julgado. RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2012 (data de julgamento). MARCELO PEREIRA DA SILVA
Des. Fed. MESSOD AZULAY APELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
Relator APELANTE :LEANDRO MORAES
(Republicado por constar incorreção na disponibilização do dia ADVOGADO :ALEXANDRE JOSE BIEM NEUBER E
12/12/2012, no e-DJF2R). OUTROS
APELADO :OS MESMOS
ORIGEM :SETIMA VARA FEDERAL CRIMINAL
DO RIO DE JANEIRO
(201151018057830)
SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO EMENTA
ACÓRDÃOS PENAL. PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
EXPEDIENTE Nº 2013/00016 DO DIA 11/01/2013 AUSÊNCIA DE CONTRADIÇÃO E DE OMISSÃO.
V - APELACAO CRIMINAL 9582 2008.50.02.000650-6 DESPROVIMENTO.
Nº CNJ :0000650-06.2008.4.02.5002 Apontado um dos vícios enumerados pelo art.619 do CPP, é o caso de
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO conhecer dos embargos de declaração.
MARCELO PEREIRA DA SILVA A contradição que eventualmente autoriza o provimento dos
APELANTE :CARLOS ALBERTO GONCALVES DE declaratórios é a da decisão em seus próprios termos - o que não se
ALMEIDA verificou na presente hipótese – e não a verificada entre o acórdão e a
ADVOGADO :ENEIAS N. BATISTA E OUTROS manifestação do Ministério Público Federal em contrarrazões recursais.
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL O fato de o Ministério Público Federal, em contrarrazões, ter se
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL manifestado pela absolvição do Réu, não esvazia a pretensão dirigida
CACHOEIRO DE ITAPEM/ES ao aumento da pena fixada na sentença, deduzida por Procurador da
(200850020006506) República diverso em apelação, sobretudo diante da proibição prevista
no art. 576 do CPP (“O Ministério Público não poderá desistir de
recurso que haja interposto”).
Não é omisso o acórdão que, por ter afastado a incidência da causa de
diminuição de pena prevista no §3º do art.33 da Lei nº 11.343/2006,
considera prejudicada a alegação de inconstitucionalidade da pena de
multa aplicada ao crime de tráfico privilegiado.

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Embargos de declaração conhecidos, mas desprovidos.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
recurso, na forma do voto do Relator. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, à unanimidade, dar parcial
Rio de Janeiro, ___ de ______________2012 provimento aos recursos do Ministério Público Federal e da ré, nos
MARCELO PEREIRA DA SILVA termos do Relatório e Voto, que ficam fazendo parte integrante do
Juiz Federal Convocado presente julgado.
V - APELACAO CRIMINAL 2005.51.08.000110-1 Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
Nº CNJ :0000110-33.2005.4.02.5108 Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO
RELATOR :DES FEDERAL MESSOD AZULAY Relator
NETO 2ª Turma Especializada
APELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL V - APELACAO CRIMINAL 10017 2007.51.17.004345-2
APELANTE :ELSA BENAION BATISTA Nº CNJ :0004345-45.2007.4.02.5117
ADVOGADO :RACINE LIMA DOS SANTOS FILHO RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
APELADO :OS MESMOS MARCELO PEREIRA DA SILVA
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA APELANTE :GILDASIO RODRIGUES
ALDEIA (200551080001101) ADVOGADO :FATIMA HELOIZA GONCALVES E
OUTRO
EMENTA APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
PENAL – APELAÇÕES CRIMINAIS DA RÉ E DO MPF - ART. 171, § ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - MAGE/RJ
3º, DO CP - CRIME PERMANENTE – PENA DE 2 ANOS DE (200751170043452)
RECLUSÃO EM REGIME ABERTO –ART. 59, CP –
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS –CAUSA DE EMENTA
AUMENTO DO § 3º DEVE SER APURADA NA 3ª FASE DA PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. EXTRAÇÃO DE
DOSIMETRIA DA PENA – RECÁLCULO DA PENA PRIVATIVA DE BLOCOS DE GRANITO SEM AUTORIZAÇÃO DO DNPM E DO
LIBERDADE, DE ACORDO COM ART. 68, DO CP APURA O ÓRGÃO AMBIENTAL. CRIMES DE EXTRAÇÃO MINERAL
MESMO QUANTUM DE 2 ANOS DE RECLUSÃO - PRESCRIÇÃO ILEGAL E CONTRA O MEIO AMBIENTE, EM CONCURSO
CONDICIONADA AO TRÂNSITO EM JULGADO DA ACUSAÇÃO - FORMAL. AUTORIA E MATERIALIDADE DEMONSTRADAS.
APELAÇÕES DO MPF E DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDAS. APELAÇÃO DESPROVIDA.
I- Apelação da ré parcialmente procedente, apenas, quanto à I- O réu foi denunciado por ter extraído granito no exercício de
possibilidade de prescrição. Materialidade e autoria delitivas atividade de exploração mineral pela qual era responsável, sem
comprovadas: a acusada confessou que jamais trabalhou com vínculo licenciamento do órgão ambiental, nem autorização do Departamento
empregatício e que contribuía como autônoma, há cerca de 16 Nacional de Produção Mineral (DNPM), tendo sido condenado nas
(dezesseis) anos; que valeu-se dos préstimos de um suposto penas do art. 2º da Lei 8.176/1991 e do art. 55, da Lei 9.605/1998, em
funcionário do INSS que conheceu na fila de um banco, a quem pagou concurso formal (CP, art. 70).
R$1.500,00; que achava que o seu tempo de contribuição não era II- Demonstradas nos autos a autoria e a materialidade delitiva, tendo o
suficiente para a obtenção do benefício. réu praticado o delito de extração mineral ilegal e o de crime contra o
II- Apelação do MPF parcialmente procedente, apenas, no que se meio ambiente, em concurso formal, nada há a retocar na sentença
refere à sistemática da dosimetria da pena que, refeita, totaliza a pena condenatória, sendo certo que o fato de ser proprietário da área
de 2 anos de reclusão, mesmo quantum fixado pelo juiz , apesar de o explorada, ou de ter requerido, após a primeira fiscalização, a
cálculo ter sido apurado diversamente, dentro dos moldes do art. 68, renovação da licença ambiental, bem como a autorização do DNPM
do CP (pena-base de 1 ano e 6 meses, com o aumento referente ao § para a referida atividade, não excluem a tipicidade da conduta, tendo
3º, apurado na 3ª fase); improcedente o pleito de majorar a pena-base em vista que o réu foi informado, por meio de prévia lavratura de auto
porque entendo que apenas devam ser apontadas como desfavoráveis de paralisação, acerca da irregularidade da extração empreendida.
as “consequências”, em razão do tempo que a ré usufruiu do III- Apelação desprovida.
benefício; os demais vetores do art. 59, do CP, “culpabilidade” e ACÓRDÃO
circunstâncias”, não destoam dos vários processos julgados por esta Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
Corte. Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
III- Sendo assim, com a pena definitiva de 2 anos de reclusão, Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação
considerando que a denúncia foi recebida em 11/4/2006 e a sentença criminal, nos termos do voto do Relator.
publicada em 8/11/2011, já transcorreram mais de 4 anos, lapso Rio de Janeiro, de de 2012
prescricional do art. 109, V, do CP; portanto, declaro a prescrição da MARCELO PEREIRA DA SILVA
pretensão punitiva, condicionada ao trânsito em julgado da acusação, JUIZ FEDERAL CONVOCADO
já que o MPF interpôs recurso de Apelação. XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2008.50.01.011272-3
IV- Apelação do MPF parcialmente provida, apenas, para refazer a Nº CNJ :0011272-50.2008.4.02.5001
sistemática do cálculo da pena, mantendo o mesmo quantum de 2 anos RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
de reclusão, em regime aberto, e 10 dias-multa. Apelação da ré LILIANE RORIZ
parcialmente provida para declarar a prescrição da pretensão RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
punitiva estatal, condicionada ao trânsito em julgado da acusação. RECORRIDO :ALMERITO CORREA
ACÓRDÃO ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
indicadas, acordam os Membros da Segunda Turma Especializada do VITÓRIA/ES (200850010112723)

EMENTA
PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE OBSCURIDADE OU OMISSÃO.
1. As matérias ventiladas pela defesa – de ausência de indícios da

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autoria do crime, e, em consequência, de justa causa para o
prosseguimento da ação penal - sequer foram examinadas pelo acórdão
embargado, que se limitou a averiguar a possibilidade de revisão da
decisão de recebimento da denúncia e qual o momento adequado para
tanto, inexistindo, assim, qualquer omissão ou obscuridade no aresto.
2. A pretensão objetiva, via oblíqua, buscar um novo julgamento para o Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
feito, desmerecendo a decisão anterior, proferida por unanimidade, não Federal da 2ª Região, por unanimidade, em conhecer parcialmente do
tendo o embargante apontado nenhuma contradição, obscuridade ou recurso e, nesta parte, negar-lhe provimento, na forma do voto do
omissão, capaz de autorizar a revisão do acórdão, por via dos Relator.
declaratórios. Rio de Janeiro, ___ de ______________2012
3. O inconformismo do embargante não encontra amparo nas hipóteses MARCELO PEREIRA DA SILVA
previstas na lei para o cabimento dos embargos de declaração, Juiz Federal Convocado
devendo, assim, uma vez irresignado com o acórdão, interpor o recurso
cabível.
4. Embargos de declaração improvidos.
A C Ó R D Ã O
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
decide a 2a. Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2a. DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO
Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos embargos de ACÓRDÃOS
declaração, na forma do voto da Relatora. EXPEDIENTE Nº 2013/00017 DO DIA 11/01/2013
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. X - HABEAS CORPUS 2012.02.01.018815-9
LILIANE RORIZ Nº CNJ :0018815-33.2012.4.02.0000
Relatora RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
V - APELACAO CRIMINAL 10154 2012.51.03.000895-5 MESSOD AZULAY NETO
Nº CNJ :0000895-63.2012.4.02.5103 IMPETRANTE :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO IMPETRADO :JUIZO DA 9A VARA FEDERAL
MARCELO PEREIRA DA SILVA CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO-RJ
APELANTE :WELLINGTON PINDOBEIRA DOS PACIENTE :MARIA CECILIA PINTO FERRAO
SANTOS - REU PRESO ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
ADVOGADO :TELBIS HENRIQUES FAGUNDES DA ORIGEM :9CR VARA JUSTIÇA FEDERAL RIO
SILVA DE JANEIRO/RJ (200751018045782)
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE EMENTA
CAMPOS (201251030008955) HABEAS CORPUS – PENA RESTRITIVA DE DIREITOS –
DESCUMPRIMENTO – CONVERSÃO EM PENA PRIVATIVA DE
EMENTA LIBERDADE – REGIME INICIAL ABERTO – EXPEDIÇÃO DE
APELAÇÃO CRIMINAL. MOEDA FALSA. GUARDA. ART. 289, MANDADO DE PRISÃO – NECESSIDADE PARA INGRESSO NO
§1º DO CÓDIGO PENAL. MATERIALIDADE E AUTORIA DO SISTEMA PRISIONAL – ART. 115 DA LEP.
CRIME COMPROVADAS. REINCIDÊNCIA GENÉRICA. I – Hipótese em que, diante do descumprimento injustificado da pena
SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR restritiva de direitos, foi determinada sua conversão em pena privativa
RESTRITIVA DE DIREITO. REGIME ABERTO. de liberdade, observando-se a detração do período de pena já
DESCABIMENTO. DECISÃO FUNDAMENTADA. cumprido, bem como o regime aberto, inicialmente fixado para o
1. A materialidade do crime encontra-se demonstrada, na medida em cumprimento da reprimenda corporal;
que o laudo pericial acostado aos autos conclui, expressamente, pela II - O cumprimento de pena em regime aberto acarreta para o apenado,
falsidade das notas encontradas na casa do réu (treze notas falsas de dentre outras obrigações, a de recolher-se ao estabelecimento prisional
R$20,00 - vinte reais), restando, ainda, configurada a autoria do crime no período de descanso e nos dias de folga, consoante o estabelecido
previsto no art. 289, §1º do CP, quando não há qualquer prova nos no art. 115 da LEP, havendo necessidade de expedição de mandado de
autos que afaste a ciência do acusado quanto à falsidade das notas prisão para seu ingresso no sistema prisional.
apreendidas na residência do réu, conforme apurado no curso do III – Ordem denegada.
processo. ACÓRDÃO
2. A existência de sentença penal condenatória transitada em julgado Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima
em desfavor do Réu, pela prática do crime de roubo, embora configure indicadas:
uma reincidência genérica, autoriza o Magistrado a, de forma Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal
fundamentada, e em observância ao disposto nos art. 33, §3º e art. 44, da 2ª Região, por unanimidade, DENEGAR A ORDEM nos termos do
§3º, ambos do Código Penal, afastar a possibilidade de substituição da Relatório e do Voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte
pena privativa de liberdade pela de direito e o cumprimento da pena em integrante do presente julgado.
regime aberto, sob o entendimento de que “as circunstâncias do art. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. (data de julgamento)
59 são desfavoráveis ao réu” e este, mesmo condenado em crime Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO
transitado em julgado, “voltou a delinqüir”, razão pela qual “tal Relator
substituição não possuiria a carga punitiva suficiente”. 2ª Turma Especializada
3. Recurso de Apelação parcialmente conhecido e, nesta parte, V - APELACAO CRIMINAL 2010.50.01.009679-7
desprovido. Nº CNJ :0009679-15.2010.4.02.5001
ACÓRDÃO RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: LILIANE RORIZ
APELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
APELADO :FRANCIS FERREIRA FELIX
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
VITÓRIA/ES (201050010096797)

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EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL.
VÍCIOS. INEXISTÊNCIA.
1. Os Embargos de Declaração, previstos nos arts. 619 e 620, do
Código de Processo Penal, visam ao esclarecimento de dúvidas LILIANE RORIZ
surgidas no acórdão, quando configurada ambigüidade, obscuridade, Relatora
contradição ou omissão, de forma a permitir o pleno conhecimento do XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 3166
conteúdo da decisão impugnada. 2007.51.01.811590-5
2. A pretensão objetiva, via oblíqua, buscar um novo julgamento para o Nº CNJ :0811590-25.2007.4.02.5101
feito, desmerecendo a decisão anterior, proferida por unanimidade, não RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
tendo o embargante apontado nenhuma contradição, obscuridade ou MARCELO PEREIRA DA SILVA
omissão, capaz de autorizar a revisão do acórdão, por via dos RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
declaratórios. RECORRIDO :PAULO CHEHADE MANSOUR
3. Embargos de declaração desprovidos. ADVOGADO :PAULO FREITAS RIBEIRO E OUTROS
A C Ó R D Ã O ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL CRIMINAL
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, DO RIO DE JANEIRO
decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal (200751018115905)
da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, na forma do voto da Relatora. EMENTA
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento). PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIME
LILIANE RORIZ CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. REJEIÇÃO DA
Relatora DENÚNCIA. PRESCRIÇÃO PELA PENA EM PERSPECTIVA.
V - APELACAO CRIMINAL 2011.51.01.490286-9 DESCABIMENTO. PEREMPÇÃO. INAPLICABILIDADE.
Nº CNJ :0490286-04.2011.4.02.5101 PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO. NÃO
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL VIOLAÇÃO.
LILIANE RORIZ I- A denúncia, oferecida contra o réu pela prática descrita no art. 22,
APELANTE :MARC OLIVIER BELLO - REU PRESO parágrafo único, segunda parte, da Lei nº 7.492/86, foi rejeitada pelo
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO julgador de primeiro grau sob o fundamento de que estaria configurada
APELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL a prescrição pela pena em perspectiva, ao concluir que a sanção que
APELADO :OS MESMOS viria a ser cominada não se afastaria muito do mínimo legal.
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL CRIMINAL II- Não há fundamento legal a amparar a prescrição pela pena em
DO RIO DE JANEIRO perspectiva, eis que apenas é dado ao Julgador reconhecê-la, com a
(201151014902869) consequente extinção da punibilidade, em razão da pena aplicada ou da
pena máxima cominada in abstrato no preceito secundário do tipo
EMENTA penal. Precedentes deste TRF da 2ª Região e das Cortes Superiores.
PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Súmula 438, do STJ.
INEXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÃO. PREVALÊNCIA DO VOTO III- O instituto da perempção, no processo penal, é aplicável apenas à
MINORITÁRIO. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. ação penal privada.
1. A despeito da alegação de existência de contradição no acórdão IV- Sendo o tipo penal do art. 22, segunda parte, da Lei nº 7.492/86,
vergastado, por violação aos princípios do in dúbio pro reo e da crime permanente e, tendo a denúncia narrado a conduta típica de
presunção de inocência, o embargante não apontou em que ponto do manutenção, no exterior, de depósitos não declarados à repartição
decisum residiria esta suposta contradição e a ofensa aos aludidos federal competente, entre os anos de 2002 e 2005, o oferecimento da
princípios constitucionais. denúncia em 16/03/2012 não viola o princípio da razoável duração do
2. É totalmente inviável o pedido do embargante no que tange à processo.
prevalência do “voto minoritário”, eis que o acórdão recorrido foi V- Recurso em sentido estrito provido, para receber a denúncia,
proferido por decisão unânime desta 2ª Turma Especializada. Ainda determinando-se o prosseguimento do feito.
que assim não fosse, nos termos do art. 609, parágrafo único do CPP, o ACÓRDÃO
recurso hábil a reformar decisão não unânime desfavorável à defesa Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
são os Embargos Infringentes, o que demonstra a impropriedade da via Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
ora eleita. Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao recurso em
3. Objetiva o embargante, via oblíqua, buscar um novo julgamento sentido estrito, nos termos do voto do Relator.
para o feito, desmerecendo a decisão anterior, proferida por Rio de Janeiro, de de 2012
unanimidade, não tendo o mesmo apontado nenhuma contradição, MARCELO PEREIRA DA SILVA
obscuridade ou omissão, capaz de autorizar a revisão do acórdão, por JUIZ FEDERAL CONVOCADO
via dos declaratórios. V - APELACAO CRIMINAL 9846 2008.51.15.000409-3
4. Embargos de declaração improvidos. Nº CNJ :0000409-81.2008.4.02.5115
A C Ó R D Ã O RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, MARCELO PEREIRA DA SILVA
decide a 2a. Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2a. APELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos embargos de APELADO :WASHINGTON LUIZ FERNANDES
declaração, na forma do voto da Relatora. ADVOGADO :CLAUDIO RAPHAEL MORAES DE
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. CARVALHO E OUTRO
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL
TERESOPOLIS/RJ (200851150004093)

EMENTA
PENAL. OCULTAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL. ATUAÇÃO
DE “LARANJA”. CRIME DE USO DE DOCUMENTO FALSO.

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PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO.
I - É ideologicamente falso o contrato que oculta participação social do
verdadeiro administrador, valendo-se de terceira pessoa induzida a
fazer inserir declaração inverídica.
II – Consistindo o objetivo final do crime não apenas a celebração do
contrato, mas a viabilização da gestão dos interesses comerciais do (200751020044050)
verdadeiro sócio sem maiores embaraços perante o fisco federal,
configurado está o crime de uso de documento falso, devendo o crime EMENTA
de falsidade ideológica ser considerado antefactum impunível, em PENAL. ATIVIDADE LABORAL EXERCIDA
observância ao princípio da consunção. CONCOMITANTEMENTE COM RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO
III – Apelação provida. PREVIDENCIÁRIO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
ACÓRDÃO ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. ARTIGO 171, §3º, CP.
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO: DOLO. PRESENÇA.
Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional I – O elemento subjetivo do tipo descrito no §3º do artigo 171 do
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento ao recurso, Código Penal resta evidenciado quando o agente exerce atividade
na forma do voto do Relator. laboral concomitantemente ao gozo de aposentadoria por invalidez,
Rio de Janeiro, ___ de ______________2012 assim configurando a fraude descrita no tipo, aliada ao fim específico,
MARCELO PEREIRA DA SILVA que é a obtenção da vantagem ilícita em detrimento da Autarquia
Juiz Federal Convocado Previdenciária, já que, nos termos do art. 46 da Lei 8.213/91, a partir
V - APELACAO CRIMINAL 10081 2010.51.10.005190-2 do momento em que o segurado retorna à atividade, as prestações
Nº CNJ :0005190-93.2010.4.02.5110 previdenciárias tornam-se indevidas.
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO II – Tratando-se de estelionato previdenciário praticado pelo próprio
MARCELO PEREIRA DA SILVA beneficiário o crime é permanente, não havendo espaço para aplicação
APELANTE :ELIANE RODRIGUES DE DEUS da causa de aumento pela continuidade delitiva.
ADVOGADO :CYNTIA PINTO SUSSEKIND ROCHA III – Apelação parcialmente provida.
E OUTROS ACÓRDÃO
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE SÃO Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
JOÃO DE MERITI (201051100051902) Federal da 2ª Região, por maioria, deu parcial provimento ao recurso,
nos termos do voto do Relator. Vencida, em parte, a Desembargadora
EMENTA Federal Liliane Roriz, que dava integral provimento ao recurso.
PENAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. Rio de Janeiro, ___ de ______________2012.
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO INSUFICIENTE. VÍNCULOS MARCELO PEREIRA DA SILVA
EMPREGATÍCIOS INEXISTENTES. ESTELIONATO Juiz Federal Convocado
PREVIDENDIÁRIO. ARTIGO 171, §3º, CP. MATERIALIDADE E XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 3146
AUTORIA COMPROVADAS. 2008.51.05.000015-6
I – O requerimento e a posterior percepção indevida de aposentadoria Nº CNJ :0000015-07.2008.4.02.5105
por tempo de contribuição, mediante a indução e manutenção da RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Autarquia Previdenciária em erro, consubstanciado em vínculo MARCELO PEREIRA DA SILVA
empregatício comprovadamente inexistente para alcançar o número de RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
contribuições vertidas, constituiu o crime de estelionato, previsto no RECORRIDO :JOSE MARIO LOUREIRO BORGES
artigo 171, §3º, CP. ADVOGADO :CELIA MARIA CRESPO DE CAMPOS
II – O simples fato de o requerimento de aposentadoria ter sido ORIGEM :VARA ÚNICA DE NOVA FRIBURGO
supostamente apresentado por interposta pessoa (despachante) não (200851050000156)
afasta o elemento subjetivo do tipo (dolo), pois aquele que pretende o
recebimento de um benefício, e tem ciência de não ter o número EMENTA
mínimo de contribuições, é responsável pela fraude. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. ARTIGO 297, §4º, DO
III – Apelação desprovida. CÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE REGISTRO NA CTPS.
ACÓRDÃO COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. SÚMULA 62 DO STJ.
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: 1.A competência para julgar crime de falsificação de documento
Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional público, consistente na ausência de anotações e registros obrigatórios
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao na CTPS pertencente ao empregado, é da Justiça Estadual, tendo em
recurso, na forma do voto do Relator. vista que inexiste lesão direta a bens, serviços ou interesses da União,
Rio de Janeiro, ___ de ______________2012. de autarquia federal ou de empresa pública federal.
MARCELO PEREIRA DA SILVA 2. A possível lesão, decorrente de não recolhimento de contribuições
Juiz Federal Convocado previdenciário, em virtude da omissão de anotação na CTPS, constitui
V - APELACAO CRIMINAL 9858 2007.51.02.004405-0 ilícito de natureza própria, o qual não foi descrito na denúncia e não
Nº CNJ :0004405-63.2007.4.02.5102 restou comprovado, de acordo com os fatos que serviram de base à
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO peça de acusação.
MARCELO PEREIRA DA SILVA 3. De acordo com a Súmula 62 do STJ, “compete à Justiça Estadual
APELANTE :EDILA FERREIRA processar e julgar o crime de falsa anotação na carteira de trabalho e
ADVOGADO :LUIS ANTONIO ALO E OUTROS previdência social, atribuído a empresa privada”, de modo que deve
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL ser adotado o mesmo raciocínio para a hipótese em que se deixa de
ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ fazer as anotações devidas, na forma do art. 297, §3º e 4º do CP.
4. Incompetência da Justiça Federal e remessa dos autos à Justiça
Estadual.
5. Recurso em sentido estrito desprovido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:

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Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR provimento ao
recurso, nos termos do voto do Relator.
Rio de Janeiro, de de 2012
MARCELO PEREIRA DA SILVA
JUIZ FEDERAL CONVOCADO benefícios concedidos após a Constituição Federal, uma vez seu
V - APELACAO CRIMINAL 2011.50.01.003411-5 benefício previdenciário foi concedido em 01/12/1981.
Nº CNJ :0003411-08.2011.4.02.5001 2. Constituição Federal norma constitucional em tela, em se tratando de
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL norma de eficácia imediata, começou a operar em 05/10/88, data em
LILIANE RORIZ que entrou em vigor a CF. Não há, porém, como se confundir os
APELANTE :ROSELY DA COSTA AMORIM conceitos de eficácia imediata e de eficácia retroativa, que são
ADVOGADO :RENATO DEL SILVA AUGUSTO distintos.
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL 3. O cálculo do salário-de-benefício obedeceu à legislação vigente no
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE tempo do requerimento, sendo ato jurídico perfeito e, portanto,
VITÓRIA/ES (201150010034115) somente poderia ser revisto por norma de caráter geral e expresso a
respeito.
EMENTA 4. Não há qualquer nulidade a ser sanada, pois a decisão monocrática
APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME PREVISTO NO ART. 334, 1º, enfrentou a questão nos limites postos pelo pedido autoral.
ALINEAS "C" E "D" DO CÓDIGO PENAL. MÁQUINAS CAÇA- 5. Agravo interno desprovido. Decisão agravada mantida por seus
NÍQUEIS. AUTORIA NÃO COMPROVADA. próprios fundamentos.
Em observância ao princípio da presunção de inocência, é da acusação ACÓRDÃO
o ônus de comprovar a autoria da conduta criminosa, afastada a Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
possibilidade condenação quando presente dúvida razoável acerca da Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
real função desempenhada pela Ré no estabelecimento comercial onde Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo
foram apreendidas as máquinas caça-níqueis. interno, nos termos do voto da Relatora.
Apelação Criminal provida. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
ACÓRDÃO LILIANE RORIZ
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: Relatora
Acordam os membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2010.50.01.005799-8
Federal da 2ª Região, por maioria, em dar provimento ao recurso, na AGRAVO INTERNO EM AC PROCESSO Nº
forma do voto do Revisor, Juiz Federal Convocado MARCELO 2010.50.01.005799-8
PEREIRA DA SILVA, vencida a Relatora, Desembargadora Federal Nº CNJ :0005799-15.2010.4.02.9999
LILIANE RORIZ. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Rio de Janeiro, ___ de ______________2013 LILIANE RORIZ
MARCELO PEREIRA DA SILVA AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Juiz Federal Convocado SOCIAL - INSS
AGRAVADO :DECISÃO DE FLS. 216/220
APELANTE :DALENE ALVES TRINDADE
ADVOGADO :ANA M,ARIA CALENZANI E OUTRO
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA SOCIAL - INSS
DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO PROCURADOR :JOAO CARLOS DE GOUVEIA
ACÓRDÃOS FERREIRA DOS SANTOS
EXPEDIENTE Nº 2013/00018 DO DIA 11/01/2013 APELADO OS MESMOS
IV - APELACAO CIVEL 2010.02.01.003556-5 ORIGEM :1ª VARA DE VITORIA - ES
Nº CNJ :0003556-42.2010.4.02.9999
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL EMENTA
LILIANE RORIZ PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL.
APELANTE :LEA DIONISIO DE FREITAS COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO.
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA - RJ 1. A baixa na carteira da autora ocorreu no dia 26/02/2006, sete meses
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO antes do requerimento do benefício, ou seja, dentro do período de graça
SOCIAL - INSS do art. 15, inc. II da Lei 8.213/91, que mantém a qualidade de segurada
PROCURADOR :MAURO OTAVIO DE MEDEIROS ate´doze meses após a cessação do benefício.
MARTINHO MORAES 2. Em se tratando de trabalhadora empregada doméstica, a
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL responsabilidade pela arrecadação das parcelas de contribuição é do
PINHEIRAL/RJ (20010820004974) empregador, conforme a orientação do art. 30, inc.V da Lei 8.212/91.
De modo que qualquer incorreção no recolhimento não pode
EMENTA prejudicar o trabalhador.
AGRAVO INTERNO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RMI. 3. Conclui-se que as razões expostas no presente agravo interno não
ART. 202, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. JULGAMENTO NOS são suficientes ao juízo positivo de retratação, pois não trouxeram
LIMITES IMPOSTOS PELO PEDIDO AUTORAL. NULIDADE qualquer alegação que pudesse convencer esta Relatora em sentido
INEXISTENTE. contrário ao decidido. A decisão agravada está bem fundamentada, não
1. Não merece acolhida a pretensão autoral de revisão da RMI de seu merecendo qualquer reparo, uma vez que se encontra amparada pela lei
benefício previdenciário, utilizando a fórmula de cálculo para apurar os e jurisprudência.
5. Agravo interno desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao

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agravo interno, na forma do voto da Relatora.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
LILIANE RORIZ
Relatora
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.02.01.009111-5
AGRAVO INTERNO EM AC PROCESSO Nº
2012.02.01.009111-5 EMENTA
Nº CNJ :0009111-69.2012.4.02.9999 PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL AUXILIO DOENÇA CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR
LILIANE RORIZ INVALIDEZ.
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 1. O laudo pericial foi claro ao dispor que o periciando encontra-se
SOCIAL - INSS incapaz.
AGRAVADO :DECISÃO DE FLS. 119/123 2. Sendo verificada a incapacidade total e permanente da parte autora
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO para a função profissional que ora desempenha, levando em
SOCIAL - INSS consideração sua idade, seu pouco grau de instrução e seu problema
PROCURADOR :DANILO PEREIRA MATOS cardíaco, seu benefício de auxílio-doença deve ser convertido em
FIGUEIREDO aposentadoria por invalidez.
APELADO :ANTONIA PEREIRA BROEDEL 3. Conclui-se que as razões expostas no presente agravo interno não
ADVOGADO :ARMANDO VEIGA E OUTRO são suficientes ao juízo positivo de retratação, pois não trouxeram
ORIGEM :1ª VARA DE VENDA NOVA DO qualquer alegação que pudesse convencer esta Relatora em sentido
IMIGRANTE - ES contrário ao decidido. A decisão agravada está bem fundamentada, não
merecendo qualquer reparo, uma vez que se encontra amparada pela lei
EMENTA e jurisprudência.
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. 5. Agravo interno desprovido.
DATA DE INICIO DO BENEFÍCIO. A C Ó R D Ã O
1. O laudo pericial de fls. 89/90 foi claro ao dispor que a pericianda Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
encontra-se incapaz, não tendo mais condições para suas funções. Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
2. O auxílio-doença deve ser concedido a partir da data do Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
requerimento administrativo ou a partir de sua cessação, que no agravo interno, na forma do voto da Relatora.
presente caso deu-se em 15/05/2009 (fls. 18). Isso porque há atestado Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
nos autos (fls 28) com data de 06/07/2009, e, portanto contemporâneo LILIANE RORIZ
à negativa do INSS, informando que a mesma encontrava-se Relatora
impossibilitada de trabalhar na sua função. X - HABEAS CORPUS 2012.02.01.020596-0
3. Conclui-se que as razões expostas no presente agravo interno não Nº CNJ :0020596-90.2012.4.02.0000
são suficientes ao juízo positivo de retratação, pois não trouxeram RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
qualquer alegação que pudesse convencer esta Relatora em sentido LILIANE RORIZ
contrário ao decidido. A decisão agravada está bem fundamentada, não IMPETRANTE :LUIZ CLAUDIO DIAS DE OLIVEIRA
merecendo qualquer reparo, uma vez que se encontra amparada pela lei IMPETRADO :JUIZO DA 5A VARA FEDERAL
e jurisprudência. CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
5. Agravo interno desprovido. PACIENTE :LUIZ CLAUDIO DIAS DE OLIVEIRA
A C Ó R D Ã O ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL CRIMINAL
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional DO RIO DE JANEIRO
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao (201151018097517)
agravo interno, na forma do voto da Relatora.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento). EMENTA
LILIANE RORIZ CRIMINAL. HABEAS CORPUS. EXCESSO DE PRAZO.
Relatora RAZOABILIDADE. COMPLEXIDADE.
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.02.01.009054-8 1. Com exceção do argumento relativo ao excesso de prazo, todas as
AGRAVO INTERNO EM AC PROCESSO Nº 2012.02.01.009054-8 alegações da impetrante já foram objeto de análise por ocasião do
Nº CNJ :0009054-51.2012.4.02.9999 julgamento do Habeas Corpus nº 2011.02.01.016632-9 por esta 2ª
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL Turma Especializada, não existindo nenhum fato novo que modifique o
LILIANE RORIZ então decidido.
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 2. O constrangimento ilegal decorrente do excesso de prazo na
SOCIAL - INSS instrução criminal não se restringe à simples soma aritmética dos
AGRAVADO :DECISÃO DE FLS. 135/141 prazos processuais, devendo ser aferido segundo o critério da
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO razoabilidade.
SOCIAL - INSS 3. O andamento da instrução criminal resta justificado em virtude da
PROCURADOR :SANDRO JOSE DE OLIVEIRA COSTA complexidade, do número de réus existentes e do fato de que a culpa
APELADO :DAGOBERTO DA ROCHA pela demora não pode ser creditada ao Juízo nem ao Ministério
CARVALHO Público.
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA - RJ 4. Ordem denegada.
ORIGEM :1ª VARA DA COMARCA DE ACÓRDÃO
ITAOCARA - RJ Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, denegar a ordem de habeas
corpus, nos termos do voto da Relatora.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
LILIANE RORIZ

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Relatora
IV - APELACAO CIVEL 2012.02.01.012041-3
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM REO PROCESSO
Nº 2012.02.01.012041-3
Nº CNJ :0012041-60.2012.4.02.9999
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
LILIANE RORIZ EMENTA
EMBARGANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. REVISÃO DE
SOCIAL - INSS BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO DO TETO DOS BENEFÍCIOS PELAS
EMBARGADO :ACÓRDÃO DE FLS. 112 EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/03.
APELANTE :MANOEL JORGE MONTEIRO DA APLICABILIDADE IMEDIATA. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
SILVA REDUZIDO AO TETO VIGENTE À ÉPOCA DA CONCESSÃO.
ADVOGADO :JOSE ALVES DA COSTA E OUTRO REVISÃO DEVIDA.
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 1. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da
SOCIAL - INSS Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda
PROCURADOR :CONRADO RANGEL MOREIRA Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a
ORIGEM :1ª VARA DE SÃO FRANCISCO DE teto do Regime Geral de Previdência Social estabelecido antes da
ITABAPOANA - RJ vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto
constitucional (RE 564.354).
EMENTA 2. Hipótese em que o salário-de-benefício apurado foi maior do que o
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. teto do salário-de-contribuição vigente à época da concessão e por ele
APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. INÍCIO DE PROVA limitado, sendo devida a revisão pleiteada.
DOCUMENTAL. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. 3. Agravo interno desprovido.
1.Os embargos de declaração são cabíveis quando houver, na sentença A C Ó R D Ã O
ou no acórdão embargado, obscuridade, contradição ou quando for Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal, Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
nos estritos termos do art. 535, do CPC. Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
2. Não há que se exigir o prévio requerimento administrativo para se agravo interno, na forma do voto da Relatora.
instituir, pela via judicial, aposentadoria rural por idade, haja vista que Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
a Autarquia resistiu à pretensão autoral quando apresentou sua LILIANE RORIZ
contestação, alegando, naquela oportunidade, que a parte autoral não Relatora
faria jus ao benefício pleiteado, pela falta de segurado especial, bem IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.02.01.012181-8
como por não fazer prova material da atividade rurícula. Nº CNJ :0012181-94.2012.4.02.9999
4. O embargante lançou mão de alegação de cunho manifestamente RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
irresignatório quanto ao mérito da controvérsia, não tendo apontado, LILIANE RORIZ
por outro lado, nenhuma contradição, obscuridade ou omissão, capaz APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
de autorizar a revisão do acórdão, por via dos declaratórios. SOCIAL - INSS
5. O convencimento motivado do Juiz o desobriga de responder a todos PROCURADOR :RODRIGO STEPHAN DE ALMEIDA
os argumentos das partes, assim como de ater-se aos fundamentos por APELADO :SILVANO DA SILVA
elas expendidos (art. 131, do CPC), utilizando-se para tanto dos fatos, ADVOGADO :JAMILSON SERRANO PORFIRIO
provas, jurisprudência, aspectos pertinentes ao tema e da legislação que REMETENTE :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
entender aplicável ao caso. AFONSO CLAUDIO ES
6. Embargos de declaração desprovidos. ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - AFONSO
A C Ó R D Ã O CLAUDIO/ES (001070037864)
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional EMENTA
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA.
embargos de declaração, na forma do voto do Relator. FALTA COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE. AUSÊNCIA DE
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento) PERÍCIA MÉDICA. SENTENÇA ANULADA.
LILIANE RORIZ 1. O auxílio-doença é a prestação pecuniária concedida ao segurado
Relatora que padece de incapacidade transitória. É, pois, benefício cuja natureza
IV - APELACAO CIVEL 2012.51.04.000281-0 se fundamenta na efêmera incapacidade advinda da possibilidade de
Nº CNJ :0000281-55.2012.4.02.5104 recuperação e/ou reabilitação.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL 2. É assente que para a comprovação de eventual incapacidade para o
LILIANE RORIZ exercício de atividade que garanta a subsistência é necessária a
APELANTE :MARIA DAS GRAÇAS DOS SANTOS produção de prova pericial, sendo insuficiente a apresentação de
LOPES simples atestados médicos, bem como de laudo elaborado
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES unilateralmente pela autarquia.
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 3. Não obstante vigorar no direito brasileiro o princípio da liberdade
SOCIAL - INSS das provas, sendo certo que a demonstração da invalidez para o
PROCURADOR :ALINE THEREZINO RODRIGUES trabalho do segurado pode ser feito, em juízo, mediante qualquer meio
FRANCISCO DA SILVA legítimo, não tendo o julgador conhecimentos técnicos suficientes para
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE avaliar a real condição de saúde do segurado, tem-se que a produção de
VOLTA REDONDA (201251040002810) prova pericial é a prova hábil e legítima a comprovar a incapacidade da
parte autora para fins de concessão do benefício de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez.
7. Assim, diante da ausência do laudo pericial, é de rigor a anulação da
r. sentença, uma vez que não há como se deferir aposentadoria por
invalidez sem base em laudo pericial.

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9. Apelação e remessa necessária parcialmente providas.
A C Ó R D Ã O
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, DOU PARCIAL
PROVIMENTO à apelação e a remessa necessária, nos termos do voto OMISSÃO INEXISTENTE.
da Relatora. 1. Os embargos de declaração são cabíveis quando houver, na sentença
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento) ou no acórdão embargado, obscuridade, contradição ou quando for
LILIANE RORIZ omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal,
Relatora nos estritos termos do art. 535, do CPC.
IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.811091-6 2. A omissão que dá ensejo ao cabimento de embargos de declaração
Nº CNJ :0811091-70.2009.4.02.5101 se configura quando o órgão jurisdicional deixa de se manifestar sobre
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL ponto requerido expressamente pela parte ou sobre matéria de ordem
LILIANE RORIZ pública, que deveria ser decidida de ofício.
APELANTE :PATRICIA JESUS PEREIRA SANTOS 3. A questão ora ventilada pela autarquia não é matéria de ordem
ADVOGADO :EDUARDO GOMES DE ARAUJO pública, não merecendo, portanto, ser apreciada por esta Corte em sede
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO de embargos de declaração por não ter sido devolvida à apreciação
SOCIAL - INSS desta Corte pelo recurso do INSS.
PROCURADOR :IGOR AJOUZ 4. Para evitar a permanência de quaisquer dúvidas quanto ao julgado,
ORIGEM :NONA VARA FEDERAL DO RIO DE esclareço, todavia, que a sentença confirmada pela decisão monocrática
JANEIRO (200951018110916) julgou procedente em parte a o pedido e concedeu parcialmente a
segurança “para afastar a cobrança do débito de R$ 92.435, 73 (fls. 229
EMENTA e 231)”, razão pela qual a ordem emanada neste mandamus limitou-se
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL E a determinar que a autoridade coatora abstenha-se de efetuar a referida
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. ANULAÇÃO DE cobrança.
SENTENÇA. DESIGNAÇÃO DE NOVA PERÍCIA MÉDICA. 5. Embargos de declaração desprovidos.
OMISSÃO. PREQUESTIONAMENTO. ACÓRDÃO
1. Os embargos de declaração não são meio próprio ao reexame da Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
causa, devendo limitar-se ao esclarecimento de obscuridade, Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
contradição ou omissão. Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos
2. É necessária a demonstração inequívoca dos vícios enumerados no embargos de declaração, na forma do voto da Relatora.
art. 535, do CPC, o que não ocorreu, não tendo o embargante apontado Rio de Janeiro, 18 de dezembro (data do julgamento).
nenhuma contradição, obscuridade ou omissão, capaz de autorizar a LILIANE RORIZ
revisão do acórdão, por via dos declaratórios. Relatora
3. A divergência subjetiva da parte, ou resultante de sua própria IV - APELACAO CIVEL 2011.51.01.804600-5
interpretação jurídica, não enseja a utilização dos embargos Nº CNJ :0804600-76.2011.4.02.5101
declaratórios e mesmo nos embargos de declaração com o fito de pré RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
questionamento, devem ser observados os limites traçados pelo art. LILIANE RORIZ
535, do Código de Processo Civil. APELANTE :MARIA EMACULADA LYRIO DE
4. Negado provimento aos embargos de declaração. LIMA
A C Ó R D Ã O ADVOGADO :GARY DE OLIVEIRA BON ALI E
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: OUTROS
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos SOCIAL - INSS
embargos de declaração, nos termos do voto da relatora que integra o PROCURADOR :MARCO ANTONIO DE ANDRADE
presente julgado. ORIGEM :DÉCIMA TERCEIRA VARA FEDERAL
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento). DO RIO DE JANEIRO
LILIANE RORIZ (201151018046005)
Relatora
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.808048-3 EMENTA
Nº CNJ :0808048-91.2010.4.02.5101 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL E
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. OMISSÃO.
LILIANE RORIZ PREQUESTIONAMENTO
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 1. Os embargos de declaração não são meio próprio ao reexame da
SOCIAL - INSS causa, devendo limitar-se ao esclarecimento de obscuridade,
PROCURADOR :FABRICIO FARONI GANEM contradição ou omissão.
APELADO :AVANNY DA SILVA NOGUEIRA 2. É necessária a demonstração inequívoca dos vícios enumerados no
ADVOGADO :CARLOS EDGARD AINSWORTH DA art. 535, do CPC, o que não ocorreu, não tendo o embargante apontado
FONSECA E SOUZA nenhuma contradição, obscuridade ou omissão, capaz de autorizar a
ORIGEM :NONA VARA FEDERAL DO RIO DE revisão do acórdão, por via dos declaratórios.
JANEIRO (201051018080483) 3. A divergência subjetiva da parte, ou resultante de sua própria
interpretação jurídica, não enseja a utilização dos embargos
EMENTA declaratórios e mesmo nos embargos de declaração com o fito de pré
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REMESSA NECESSÁRIA. questionamento, devem ser observados os limites traçados pelo art.
535, do Código de Processo Civil.
4. Negado provimento aos embargos de declaração.
A C Ó R D Ã O
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos
embargos de declaração, nos termos do voto da relatora que integra o
presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
LILIANE RORIZ
Relatora REVISÃO DEVIDA.
IV - APELACAO CIVEL 2011.51.01.808296-4 1. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da
Nº CNJ :0808296-23.2011.4.02.5101 Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a
LILIANE RORIZ teto do Regime Geral de Previdência Social estabelecido antes da
APELANTE :JOELSON FELIPE vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto
ADVOGADO :SALETE CONCEICAO DA CRUZ E constitucional (RE 564.354).
OUTROS 2. Hipótese em que o salário-de-benefício apurado foi maior do que o
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO teto do salário-de-contribuição vigente à época da concessão e por ele
SOCIAL - INSS limitado, sendo devida a revisão pleiteada.
PROCURADOR :JULIANA PIMENTEL DE ALMEIDA 3. Agravo interno desprovida.
ORIGEM :DÉCIMA TERCEIRA VARA FEDERAL A C Ó R D Ã O
DO RIO DE JANEIRO Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
(201151018082964) Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
EMENTA agravo interno, na forma do voto da Relatora.
PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. REVISÃO DE Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO DO TETO DOS BENEFÍCIOS PELAS LILIANE RORIZ
EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/03. Relatora
APLICABILIDADE IMEDIATA. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.04.001234-3
REDUZIDO AO TETO VIGENTE À ÉPOCA DA CONCESSÃO. Nº CNJ :0001234-53.2011.4.02.5104
REVISÃO DEVIDA. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
1. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da LILIANE RORIZ
Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a SOCIAL - INSS
teto do Regime Geral de Previdência Social estabelecido antes da PROCURADOR :ARTHUR OLIVEIRA DE CARVALHO
vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto APELADO :ISRAEL JOSÉ RODRIGUES JUNIOR
constitucional (RE 564.354). ADVOGADO :JOCÉLIO COUTINHO DA S.
2. Hipótese em que o salário-de-benefício apurado foi maior do que o OLIVEIRA E OUTRO
teto do salário-de-contribuição vigente à época da concessão e por ele REMETENTE :JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE
limitado, sendo devida a revisão pleiteada. VOLTA REDONDA-RJ
3. Agravo interno desprovido. ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
A C Ó R D Ã O VOLTA REDONDA (201151040012343)
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional EMENTA
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. REVISÃO DE
agravo interno, na forma do voto da Relatora. BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO DO TETO DOS BENEFÍCIOS PELAS
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento). EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/03.
LILIANE RORIZ APLICABILIDADE IMEDIATA. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Relatora REDUZIDO AO TETO VIGENTE À ÉPOCA DA CONCESSÃO.
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.01.811244-0 REVISÃO DEVIDA.
Nº CNJ :0811244-35.2011.4.02.5101 1. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda
LILIANE RORIZ Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO teto do Regime Geral de Previdência Social estabelecido antes da
SOCIAL - INSS vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto
PROCURADOR :ISABELA DE ARAUJO LIMA RAMOS constitucional (RE 564.354).
APELADO :MARCOS FERREIRA RIBEIRO 2. Hipótese em que o salário-de-benefício apurado foi maior do que o
ADVOGADO :RAIMUNDO NONATO DE MESQUITA teto do salário-de-contribuição vigente à época da concessão e por ele
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 9A VARA-RJ limitado, sendo devida a revisão pleiteada.
ORIGEM :NONA VARA FEDERAL DO RIO DE 3. Agravo interno desprovido.
JANEIRO (201151018112440) A C Ó R D Ã O
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
EMENTA Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. REVISÃO DE Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO DO TETO DOS BENEFÍCIOS PELAS agravo interno, na forma do voto da Relatora.
EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/03. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do
APLICABILIDADE IMEDIATA. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO julgamento).
REDUZIDO AO TETO VIGENTE À ÉPOCA DA CONCESSÃO. LILIANE RORIZ
Relatora
IV - APELACAO CIVEL 2011.02.01.004208-2
Nº CNJ :0004208-25.2011.4.02.9999
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
LILIANE RORIZ

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :RODRIGO STEPHAN DE ALMEIDA
APELADO :ILSA GUSMAO BRITO
ADVOGADO :ASTERIVALDO ALVES PEREIRA
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - CONCEICAO instituir, pela via judicial, aposentadoria rural por idade, haja vista que
DA BARRA/ES (015040014472) a Autarquia resistiu à pretensão autoral quando apresentou sua
contestação, alegando, naquela oportunidade, que a parte autoral não
EMENTA faria jus ao benefício pleiteado, pela falta de segurado especial, bem
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. como por não fazer prova material da atividade rurícula.
RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE RURAL ANTERIOR A 3. O acórdão, ao seguir o voto condutor da relatora, entendeu que os
1991. CONTAGEM RECÍPROCA ENTRE REGIMES. FUNÇÃO DE documentos apresentados demonstraram o início de prova documental
MAGISTÉRIO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA do labor rural, o que foi devidamente corroborado pelos depoimentos
1. Os embargos de declaração são cabíveis quando houver, na sentença das testemunhas.
ou no acórdão embargado, obscuridade, contradição ou quando for 4. O embargante lançou mão de alegação de cunho manifestamente
omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal, irresignatório quanto ao mérito da controvérsia, não tendo apontado,
nos estritos termos do art. 535, do CPC. por outro lado, nenhuma contradição, obscuridade ou omissão, capaz
2. O tempo de contribuição declarado nestes autos como de exercício de autorizar a revisão do acórdão, por via dos declaratórios.
de atividade rural, compreendido entre 26/09/1969 a 26/09/1973, não 5. O convencimento motivado do Juiz o desobriga de responder a todos
poderá ser computado para efeitos de redução de tempo de os argumentos das partes, assim como de ater-se aos fundamentos por
contribuição de que trata o art. 201, § 8º da Constituição Federal de elas expendidos (art. 131, do CPC), utilizando-se para tanto dos fatos,
1988. provas, jurisprudência, aspectos pertinentes ao tema e da legislação que
3. Para fins de contagem recíproca, o tempo de contribuição rural entender aplicável ao caso.
anterior a 1991 deve ser indenizado, nos termos do art. 96, IV da lei nº 6. Embargos de declaração desprovidos.
8.213/91. A C Ó R D Ã O
4. Embargos de declaração providos para sanar as omissões apontadas, Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
mantendo-se, entretanto, inalterado o acórdão embargado. Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional
A C Ó R D Ã O Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: embargos de declaração, na forma do voto do Relator.
Decidem os Membros da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do julgamento)
Federal da 2ª Região, por unanimidade, DAR PROVIMENTO aos LILIANE RORIZ
embargos de declaração, na forma do voto da Relatora. Relatora
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012 (data do
julgamento).
LILIANE RORIZ
Relatora
IV - APELACAO CIVEL 2012.02.01.009131-0 SUBSECRETARIA DA 3A.TURMA ESPECIALIZADA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM REO PROCESSO
Nº 2012.02.01.009131-0 BOLETIM: 137417
Nº CNJ :0009131-60.2012.4.02.9999
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
LILIANE RORIZ III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.015080-6
EMBARGANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO Nº CNJ :0015080-89.2012.4.02.0000
SOCIAL - INSS RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
EMBARGADO :ACÓRDÃO DE FLS. 128 RICARDO PERLINGEIRO
APELANTE :BENEDITO AUGUSTO DE OLIVEIRA AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
ADVOGADO :MARCIO EMERSON ALVES PEREIRA PROCURADOR :DANIELLE RODRIGUES DE SOUSA
E OUTRO AGRAVADO :FRAGILE INDUSTRIA E COMERCIO
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO DE ROUPAS LTDA
SOCIAL - INSS ADVOGADO :SEM ADVOGADO
PROCURADOR :PEDRO INOCENCIO BINDA ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO
ORIGEM :1ª VARA DE AGUA DOCE DO NORTE GONCALO/RJ (201051170014992)
- ES
DESPACHO
EMENTA Retifique-se a autuação para que conste como Agravante a Caixa
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Econômica Federal, e não a União Federal.
APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. INÍCIO DE PROVA Após, intime-se a CEF da decisão de fls. 58/64, devolvendo-se o prazo
DOCUMENTAL. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. para eventual recurso.
1.Os embargos de declaração são cabíveis quando houver, na sentença Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2012.
ou no acórdão embargado, obscuridade, contradição ou quando for RICARDO PERLINGEIRO
omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal, Juiz Federal Convocado
nos estritos termos do art. 535, do CPC.
2. Não há que se exigir o prévio requerimento administrativo para se

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.015080-6


Nº CNJ :0015080-89.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO

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RICARDO PERLINGEIRO
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
PROCURADOR :LIGIA BONILHA
AGRAVADO :FRAGILE INDUSTRIA E COMERCIO
DE ROUPAS LTDA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO ser obrigado a solicitar buscas quando não motivado por fato que
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO demonstre uma real possibilidade de êxito. 3. Ressalte-se, por
GONCALO/RJ (201051170014992) oportuno, que incumbe incumbe ao exeqüente instrumentalizar o
processo executivo, não se justificando que o credor transfira
DESPACHO integralmente ao Judiciário o ônus de localizar bens do devedor. A
Cumpra-se a segunda parte do determinado no despacho de fl. 71. intervenção judicial, por meio de expedição de ofícios a órgãos
Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 2013. públicos ou empresas privadas solicitando informações sobre o
RICARDO PERLINGEIRO endereço do executado ou existência de bens deve ser medida
Juiz Federal Convocado excepcional, somente realizada após efetiva comprovação do
exaurimento das diligências possíveis pelo exeqüente, o que não se
deu no presente caso. Neste sentido: STJ, REsp 1.137.041, Rel.
Benedito Gonçalves, 1ª T., DJE 28/06/2010. 4. Ademais, cabe reforçar
que conforme se depreende da verificação dos documentos juntados
BOLETIM: 137433 aos autos do recurso em análise, não se pode afirmar que houve o
alegado esgotamento das diligências para a localização de bens do
devedor, eis que, por exemplo, faltou a comprovação de diligências em
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.021083-9 relação a órgãos de registro de veículos automotores ou junto aos
Nº CNJ :0021083-60.2012.4.02.0000 cartórios de registro de imóveis do domicílio tributário do executado,
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL fato que, nos termos da jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal
LANA REGUEIRA de Justiça, não preencheria os requisitos do artigo 185-A do CTN
AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE para fins de indisponibilização dos bens e direitos do devedor.
PSICOLOGIA DA 5A REGIAO Vejamos os seguintes arestos do STJ nesse mesmo sentido: AgRg no
ADVOGADO :CELIA REGINA DO NASCIMENTO DE Ag 1.164.948/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., DJe 02/02/2011;
PAULA E OUTROS AgRg no REsp 1.125.983/BA, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª T., DJe
AGRAVADO :CLAUDIA REGINA PEREIRA DA 05/10/2009; AgRg no Ag 1.087.731/BA, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª
CRUZ T., DJe 03/09/2009. 5. Recurso conhecido edesprovido.(AG
ADVOGADO :SEM ADVOGADO 201102010060114, Desembargador Federal RENATO CESAR
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE PESSANHA DE SOUZA, TRF2 - TERCEIRA TURMA
EXECUÇÃO FISCAL - RJ ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data::10/10/2011 - Página::141/142.)”
(200951015223682) “PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS PELO JUÍZO AOS
DECISÃO CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS, CARTÓRIOS DE
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo CONSELHO TÍTULOS E DOCUMENTOS DO MUNICÍPIO-SEDE DA
REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 5° REGIÃO, da decisão de fls. EXECUTADA, DETRAN E OUTROS ÓRGÃOS. ART. 185-A, CTN.
61/62, que indeferiu pedido para expedição de ofícios que possibilitem IMPOSSIBILIDADE. ÔNUS DA EXEQÜENTE LOCALIZAR BENS
o acesso a última declaração de renda da parte Executada. PASSIVEIS DE PENHORA. I - Não merece qualquer reparo a
Sustenta a Agravante, em síntese, que a medida e necessária para se Decisão que deferiu a transferência do valor bloqueado para a
verificar a existência de valores capazes de satisfazer o debito da agência nº 4149 da CEF, via sistema BACENJUD e, indeferiu o
presente execução fiscal. pedido de expedição de ofícios aos vários órgãos citados às fls. 82/83,
É o relatório. visando a localização de possíveis bens do executado, por visto que a
Decido. Exequente tem acesso às consultas referentes ao RENAVAM e ao RGI.
A decisão monocrática deve ser mantida, pois a busca de bens do Aduzindo, ainda, que quanto a expedição de ofício aos demais órgãos,
devedor constitui encargo do exeqüente, somente transferível ao Poder citados às fls. 83/84, a promoção de diligências para localização de
Judiciário em casos excepcionais, quando demonstrado pela parte que, bens cabe ao exeqüente. II – Agravo interno não provido.
embora tenha envidado todos os esforços, não lhe foi possível obter as (AG 201002010002122, Desembargadora Federal SANDRA CHALU
informações necessárias acerca da existência ou da localização de bens BARBOSA, TRF2 - TERCEIRA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R
pertencentes ao executado. - Data::28/07/2010 - Página::115.)”
Colaciono julgados deste Tribunal que se afinam com o entendimento Isto posto, assentada a inviabilidade do presente agravo, NEGO-LHE
acima: SEGUIMENTO, com fulcro no art.557, do CPC.
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE Publique-se. Intimem-se.
INSTRUMENTO. REQUERIMENTO DE INDISPONIBILIDADE DO Decorrido, in albis, o prazo recursal, baixem os autos.
ARTIGO 185-A DO CTN. MEDIDA EXCEPCIONAL. NECESSIDADE Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013.
DE DEMONSTRAÇÃO DO ESGOTAMENTO DAS DILIGÊNCIAS LANA REGUEIRA
PARA LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR. RECURSO Desembargadora Federal
CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Cuida-se de agravo interno
visando a reforma da decisão que negou seguimento ao agravo de
instrumento que objetiva, com base no artigo 185-A do CTN, a
indisponibilidade dos bens e direitos do executado. 2. A decisão
agravada não merece ser reformada porque o magistrado não deve III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.021074-8
Nº CNJ :0021074-98.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
LANA REGUEIRA
AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO

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- COREN/RJ
ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN
AGRAVADO :VALÉRIA GONÇALVES DA SILVA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE
NITERÓI (201251020034416)

DECISÃO
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo CONSELHO
REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO – COREN/ III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.021070-0
RJ da decisão do Juízo da 05° Vara Federal de Niterói / RJ (fls.37), que Nº CNJ :0021070-61.2012.4.02.0000
declarou deserta a apelação interposta devido à ausência de preparo. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Argumenta, em síntese, que por se classificarem as custas processuais LANA REGUEIRA
como taxas, podem ser objeto de isenção legal, dispensando-se o seu AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE
recolhimento em determinadas situações ou por determinadas pessoas, ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO
sendo o que ocorre no artigo 39 da LEF, que isenta a Fazenda Pública - COREN/RJ
do pagamento de custas e emolumentos. Ressalta que a exclusão dos ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN
conselhos profissionais, no parágrafo único, do art. 4º, da Lei nº AGRAVADO :VALERIA CRISTINA DA COSTA
9.289/96, da isenção de custas prevista no caput do referido artigo, não MACHADO
se coaduna com o entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca ADVOGADO :SEM ADVOGADO
da natureza jurídica de referidos entes, exarado no MS 22.643-9/SC e ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE
confirmado na ADI 1717/DF. NITERÓI (201251020034362)
É o relatório.
Decido. DECISÃO
A Lei 9.289/96, que dispõe sobre as custas devidas no Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo CONSELHO
âmbito da Justiça Federal, ao enumerar em seu art. 4º as pessoas de REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO – COREN/
direito público isentas do pagamento de custas, declarou RJ da decisão do Juízo da 05° Vara Federal de Niterói / RJ (fls.41), que
expressamente que a isenção não alcançava as entidades fiscalizadoras declarou deserta a apelação interposta devido à ausência de preparo.
do exercício profissional (Art. 4º, parágrafo único, da Lei 9.289/96): Argumenta, em síntese, que por se classificarem as custas processuais
“Art. 4º São isentos do pagamento de custas: como taxas, podem ser objeto de isenção legal, dispensando-se o seu
I – a União, os Estados, Estados, os Municípios, os Territórios recolhimento em determinadas situações ou por determinadas pessoas,
Federais, Distrito Federal e as respectivas autarquias e fundações; sendo o que ocorre no artigo 39 da LEF, que isenta a Fazenda Pública
(...) do pagamento de custas e emolumentos. Ressalta que a exclusão dos
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as conselhos profissionais, no parágrafo único, do art. 4º, da Lei nº
entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as 9.289/96, da isenção de custas prevista no caput do referido artigo, não
pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as se coaduna com o entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca
despesas judiciais feitas pela parte vencedora.” da natureza jurídica de referidos entes, exarado no MS 22.643-9/SC e
Além disso, embora possa entender ao contrário, curvo- confirmado na ADI 1717/DF.
me ao entendimento majoritário deste Tribunal Regional da 2° Região É o relatório.
que pacificou questão com a edição da Súmula n°36, verbis: Decido.
“Súmula n°36 – Os conselhos de fiscalização profissional estão A Lei 9.289/96, que dispõe sobre as custas devidas no
isentos de custas processuais, na Justiça Federal, apenas durante a âmbito da Justiça Federal, ao enumerar em seu art. 4º as pessoas de
vigência de norma isencional estabelecida pela Lei n°6.032, de direito público isentas do pagamento de custas, declarou
30/04/74, revogada após a entrada em vigor da Lei n° 9289, de expressamente que a isenção não alcançava as entidades fiscalizadoras
04/07/1996. (DJU 13.6.2005)”. do exercício profissional (Art. 4º, parágrafo único, da Lei 9.289/96):
Portanto, embora as entidades fiscalizadoras do exercício profissional “Art. 4º São isentos do pagamento de custas:
tenham a natureza jurídica de autarquia, tal condição, por si só, não I – a União, os Estados, Estados, os Municípios, os Territórios
requer a aplicação do beneficio de isenção do pagamento de custas, Federais, Distrito Federal e as respectivas autarquias e fundações;
previsto no § 1°, do art. 511, do CPC, visto que o tema é regulado por (...)
lei especial, cuja regra exclui expressamente os referidos conselhos do Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as
alcance daquela isenção. entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as
Saliente-se, por fim, que na forma do que preceitua o artigo 557 do pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as
CPC, “o relator negará seguimento a recurso manifestamente despesas judiciais feitas pela parte vencedora.”
inadmissível; improcedente, prejudicando ou em confronto com Além disso, embora possa entender ao contrário, curvo-
súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal ou do me ao entendimento majoritário deste Tribunal Regional da 2° Região
Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior”. que pacificou questão com a edição da Súmula n°36, verbis:
Isto posto, com base no art. 557, caput, do CPC, NEGO “Súmula n°36 – Os conselhos de fiscalização profissional estão
SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. isentos de custas processuais, na Justiça Federal, apenas durante a
Publique-se e Intime-se. vigência de norma isencional estabelecida pela Lei n°6.032, de
Decorrido, in albis, o prazo recursal, remetam-se os autos à vara de 30/04/74, revogada após a entrada em vigor da Lei n° 9289, de
origem, com baixa na distribuição. 04/07/1996. (DJU 13.6.2005)”.
Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013. Portanto, embora as entidades fiscalizadoras do exercício profissional
LANA REGUEIRA tenham a natureza jurídica de autarquia, tal condição, por si só, não
Desembargadora Federal requer a aplicação do beneficio de isenção do pagamento de custas,
previsto no § 1°, do art. 511, do CPC, visto que o tema é regulado por
lei especial, cuja regra exclui expressamente os referidos conselhos do
alcance daquela isenção.
Saliente-se, por fim, que na forma do que preceitua o artigo 557 do
CPC, “o relator negará seguimento a recurso manifestamente

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inadmissível; improcedente, prejudicando ou em confronto com
súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal ou do
Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior”.
Isto posto, com base no art. 557, caput, do CPC, NEGO
SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Publique-se e Intime-se.
Decorrido, in albis, o prazo recursal, remetam-se os autos à vara de 00002 2012.02.01.014928-2 AG RJ 219703
origem, com baixa na distribuição. CNJ : 0014928-41.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013. ATIVA - TRIBUTÁRIO
LANA REGUEIRA RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
Desembargadora Federal AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : CAFEEIRA REGINA COMERCIO E
EXPORTACAO LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
BOLETIM: 137463 00003 2010.02.01.015031-7 AG ES 193491
CNJ : 0015031-19.2010.4.02.0000 03.04.02.04 -
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.010358-0 LÍQUIDO - CONTRIBUIÇ
Nº CNJ :0010358-12.2012.4.02.0000 RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RICARDO PERLINGEIRO AGRDO : LINN MERCANTIL LTDA
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : ELLEN ROBERTA FERREIRA SCALZER
NACIONAL
AGRAVADO :LOJAS AMERICANAS S/A 00004 2012.02.01.012630-0 AG RJ 217757
ADVOGADO :MARIANA CARVALHO DE BARROS CNJ : 0012630-76.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
E OUTROS ATIVA - TRIBUTÁRIO
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
EXECUÇÃO FISCAL - RJ AGRTE : PLAT SAFE INDUSTRIA E COMERCIO
(201151015036293) S.A.
ADV : ALESSANDRA SCHIAVON BELTRAO
DESPACHO AGRDO : FAZENDA NACIONAL
Fls. 572/575: anote-se, para que futuras intimações sejam realizadas
apenas em nome do Dr. Gerson Stocco de Siqueira, OAB/RJ 75.970. 00005 2012.02.01.010698-2 AG RJ 216177
Após, intime-se a Agravada, devolvendo-se o prazo para apresentar CNJ : 0010698-53.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
contrarrazões. ATIVA - TRIBUTÁRIO
Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 2013. RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RICARDO PERLINGEIRO AGRTE : PLAT SAFE INDUSTRIA E COMERCIO S/A
Juiz Federal Convocado ADV : ALESSANDRA SCHIAVON BELTRAO E
OUTRO
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

00006 2012.02.01.015304-2 AG RJ 219983


SUBSECRETARIA DA 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ : 0015304-27.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
4a.TURMA ESPECIALIZADA AGRTE : MOCALDE COMERCIO E INDUSTRIA
LTDA
PAUTA DE JULGAMENTOS ADV : LEONARDO BRAUNE
AGRDO : UNIAO FEDERAL
Determino a inclusão dos processos abaixo relacionados na
Pauta de Julgamentos ORDINARIA do dia 29 de JANEIRO de 2013, 00007 2012.02.01.015065-0 AG RJ 219841
TERÇA-FEIRA, às 13:00 horas, podendo, entretanto, nessa mesma CNJ : 0015065-23.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
Sessão ou Sessões subseqüentes, ser julgados os processos adiados ou ATIVA - TRIBUTÁRIO
constantes de Pautas já publicadas. RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : GRAFICA EDITORA PACHECO LTDA EPP
00001 2012.02.01.017946-8 AG RJ 221920 ADV : LUIZ CLAUDIO BRAVO COELHO
CNJ : 0017946-70.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00008 2012.02.01.012369-4 AG ES 217481
AGRTE : JET CLEAN SERVICOS DE LIMPEZA CNJ : 0012369-14.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
LTDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
ADV : ANTONIO JUAREZ CAMPOS E OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO -
CRA/ES
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E
OUTRO
AGRDO : DWL CONTABILIDADE E SERVICOS EM

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GERAL LTDA
ADV : SEM ADVOGADO

00009 2012.02.01.011518-1 AG ES 216972


CNJ : 0011518-72.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE AGRDO : M SILVA ADMINISTRACAO E
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - CORRETAGEM DE SEGUROS LTDA
CRA/ES ADV : SEM ADVOGADO
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E
OUTRO 00015 2012.02.01.015366-2 AG RJ 220044
AGRDO : CHARLES ALVES DOS SANTOS CNJ : 0015366-67.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ADV : SEM ADVOGADO ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00010 2012.02.01.011565-0 AG ES 216932 AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0011565-46.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA AGRDO : TADEU ROGERIO DE SOUZA CRUZ
ATIVA - TRIBUTÁRIO SOUTO JORGE
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - 00016 2012.02.01.019349-0 AG RJ 223057
CRA/ES CNJ : 0019349-74.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E ATIVA - TRIBUTÁRIO
OUTRO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRDO : ADRIANA PITANGA DE OLIVEIRA AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : SEM ADVOGADO ADV : RAFAEL VIEIRA DE BARROS E OUTROS
AGRDO : MUNICIPIO DE ARRAIAL DO CABO
00011 2012.02.01.011449-8 AG ES 216889 PROC : SEM PROCURADOR
CNJ : 0011449-40.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO 00017 2012.02.01.019626-0 AG RJ 223208
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0019626-90.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE ATIVA - TRIBUTÁRIO
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CRA/ES AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E AGRDO : J P MACEDO MANUTENCAO
OUTRO CONSERVACAO E LIMPEZA
AGRDO : WESLEY COSTA SILVEIRA ADV : SEM ADVOGADO
ADV : SEM ADVOGADO
00018 2012.02.01.018809-3 AG RJ 222547
00012 2012.02.01.011876-5 AG ES 217302 CNJ : 0018809-26.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
CNJ : 0011876-37.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
ATIVA - TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE AGRDO : TALK CELL REPRESENTAÇAO
CONTABILIDADE DO ESTADO DO COMERCIAL LTDA
ESPIRITO SANTO - CRC/ES ADV : SEM ADVOGADO
ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO
AGRDO : IRANI NUNES TREVEZANI 00019 2012.02.01.019637-5 AG RJ 223199
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0019637-22.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO
00013 2012.02.01.011921-6 AG ES 217338 RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CNJ : 0011921-41.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ATIVA - TRIBUTÁRIO AGRDO : ROWER GRAFICA EDITORA LTDA
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO 00020 2012.02.01.013764-4 AG RJ 218728
ESPIRITO SANTO - CRC/ES CNJ : 0013764-41.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRDO : MARILENE KUNZENDORFF BAIA RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : RIBALMOVEIS E ELETRODOMESTICOS
00014 2012.02.01.015356-0 AG RJ 220042 LTDA E OUTRO
CNJ : 0015356-23.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA ADV : SEM ADVOGADO
ATIVA - TRIBUTÁRIO
00021 2012.02.01.018740-4 AG RJ 222467
CNJ : 0018740-91.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

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AGRDO : LIVISTHON FARIAS
ADV : SEM ADVOGADO

00022 2012.02.01.018737-4 AG RJ 222472


CNJ : 0018737-39.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO CNJ : 0018772-96.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRDO : GILBERTO PERELLO JUNIOR AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : SEM ADVOGADO AGRDO : M. L. O. DE SOUSA MATERIAIS DE
CONSTRUÇOES ME
00023 2012.02.01.018874-3 AG RJ 222591 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0018874-21.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO 00029 2012.02.01.018767-2 AG RJ 222513
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0018767-74.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRDO : SERGIO A CRUZ ME RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : JOSE EDUARDO SILVA DE ALMEIDA
00024 2012.02.01.017394-6 AG RJ 221462 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0017394-08.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO 00030 2012.02.01.018759-3 AG RJ 222529
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0018759-97.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRDO : UNILAGOS DISTRIBUIDORA DE RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
BEBIDAS LTDA E OUTRO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : IVAN DE AZEVEDO SANTA RITA E AGRDO : CLEIFER FOTOGRAFIA LTDA ME
OUTRO ADV : SEM ADVOGADO
AGRDO : PAULO ROBERTO RAMOS LOBO
ADV : PAULO MARCONI ZACCHE LOPES 00031 2012.02.01.018253-4 AG RJ 222189
AGRDO : JOSÉ OSVALDO DE MESQUITA CNJ : 0018253-24.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
ADV : IVAN DE AZEVEDO SANTA RITA ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRDO : MANOEL ATHANAZIO DE ELOY RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : JOSÉ MARIA DE ALVAREZ MELON AGRDO : PETIXAMBU DISTRIBUIDORA DE
ADV : JANIO LINCOLN SANTOS MANCEBO BEBIDA LTDA ME
AGRDO : ROBERTO JURICIC ADV : SEM ADVOGADO
ADV : SEM ADVOGADO
00032 2012.02.01.014422-3 AG ES 219319
00025 2012.02.01.017347-8 AG RJ 221518 CNJ : 0014422-65.2012.4.02.0000 03.03.13.01 -
CNJ : 0017347-34.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA TAXA ANUAL POR HECTARE - TAXAS
ATIVA - TRIBUTÁRIO FEDERAIS - TAXAS - TRIB
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL AGRTE : DEPARTAMENTO NACIONAL DE
AGRDO : LAGOMAR DROGARIA LTDA PRODUÇÃO MINERAL - DNPM
ADV : AROLDO MENEZES PEREIRA PROC : VIVIANE MILED MONTEIRO CALIL
SALIM
00026 2012.02.01.019204-7 AG RJ 222883 AGRDO : ANTONIO DE SOUZA JORGE
CNJ : 0019204-18.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA ADV : SEM ADVOGADO
ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00033 2012.02.01.013548-9 AG RJ 218500
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0013548-80.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA
AGRDO : CELIO MARCOS PACHECO ALVES ATIVA - TRIBUTÁRIO
ADV : SEM ADVOGADO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00027 2012.02.01.019627-2 AG RJ 223209 AGRDO : CLAUDIA SOARES VIANA
CNJ : 0019627-75.2012.4.02.0000 03.12 - DÍVIDA ADV : SEM ADVOGADO
ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00034 2007.51.01.021443-8 AMS RJ 73806
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0021443-91.2007.4.02.5101 03.04.02.07 - PIS
AGRDO : ITAJURU VEICULOS LTDA - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
ADV : SEM ADVOGADO CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00028 2012.02.01.018772-6 AG RJ 222493 APTE : REFRIGERANTES PAKERA LTDA
ADV : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 24A VARA-RJ

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ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU
S

00035 2012.02.01.013820-0 AC RJ 558208


CNJ : 0013820-50.2012.4.02.9999 03.04.02.02 -
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ 00041 2007.51.04.003604-6 AC RJ 515206
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0003604-44.2007.4.02.5104 03.11.01 -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE -
APDO : DISTRIBUIDORA BAIAO DE BEBIDAS CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁ
LTDA E OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : RODRIGO JOSE DA ROCHA JORGE E APTE : CASA DE SAUDE SANTA MARIA S/A
OUTROS ADV : CARLOS ELIAS DOS SANTOS CURTY E
OUTROS
00036 1999.51.10.754745-9 AC RJ 559220 APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0754745-24.1999.4.02.5110 03.04.02 - ANOTAÇÕE: AGR.RET.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - S
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00042 1989.51.01.019417-4 AC RJ 554098
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0019417-53.1989.4.02.5101 03.04.04 -
APDO : DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS CACULA CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
ADV : SEM ADVOGADO CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00037 2005.51.01.513556-8 AC RJ 562537 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0513556-67.2005.4.02.5101 03.04.02.07 - PIS APDO : HD CONSTRUTORA DE OBRAS LTDA
- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ADV : CELIO JOSE BOAVENTURA COTRIM E
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO OUTROS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APDO : PLINIO FRANKLIN NETTO E OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : SEM ADVOGADO
APDO : SURROUND COM/ DE IMPORTADOS E
NACIONAIS LTDA 00043 1996.51.01.046858-8 AC RJ 562614
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0046858-62.1996.4.02.5101 03.04.02 -
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
00038 2010.51.13.000555-4 AC RJ 565216 CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0000555-60.2010.4.02.5113 03.12.08 - IRPJ - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APDO : MODULACAO ARTE E DECORACOES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL LTDA E OUTRO
APDO : DEFLOR COMERCIO E ADV : MARCELO GOMES DA ROSA E OUTROS
REPRESENTACOES LTDA ME APDO : LUCY FERNANDES DA SILVA
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00039 2004.51.01.016868-3 AC RJ 490122 00044 1989.51.01.035191-7 AC RJ 561947
CNJ : 0016868-45.2004.4.02.5101 03.11.13.02 - CNJ : 0035191-26.1989.4.02.5101 03.04.02 -
EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
DÉBITO COM EFEITO DE CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : ARMCO STACO S/A INDUSTRIA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
METALURGICA APDO : ARICY PEREIRA DE SOUZA AGUIAR
ADV : THANIA REGINA GOMES RIBEIRO ADV : SEM ADVOGADO
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00045 2004.51.04.003064-0 AC RJ 563174
00040 2006.50.01.011751-7 REOAC ES 489166 CNJ : 0003064-98.2004.4.02.5104 03.04.03.02 -
CNJ : 0011751-14.2006.4.02.5001 03.02.01.02 - CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIA - (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
IRPF/IMPOSTO DE RENDA RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : CONSELHO REGIONAL DE TECNICOS
PARTEA : JOSE CARLOS ECHENIQUE SOARES EM RADIOLOGIA
ADV : VLADIMIR CAPUA DALLAPICULA ADV : JULIO CESAR DO MONTE
PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : TADEU JOSÉ HERMOGENES DURVAL
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL DE ADV : SEM ADVOGADO
VITORIA-ES
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU 00046 2002.51.01.002169-9 AC RJ 483387
S CNJ : 0002169-20.2002.4.02.5101 03.04.05.06 -
FGTS/FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO
DE SERVIÇO - CONTRIBU
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : MUNICIPIO DE CACHOEIRAS DE
MACACU

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PROC : CAROLINE MOREIRA
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : DANIEL BURKLE WARD E OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ANOTAÇÕE: AGR.RET.
S
00053 1999.51.01.065696-5 AC RJ 567005
00047 2001.51.06.001531-9 AC RJ 553545 CNJ : 0065696-48.1999.4.02.5101 03.04.02 -
CNJ : 0001531-06.2001.4.02.5106 03.04.02.07 - PIS CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : SOUND STATION FOTO INFORMATICA
APDO : E S M IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA
LTDA E OUTROS ADV : SEM ADVOGADO
ADV : SEM ADVOGADO
APDO : ELISA AUGUSTA HUTHMACHER 00054 1998.51.10.971017-5 AC RJ 564718
SOARES MOTTA CNJ : 0971017-46.1998.4.02.5110 03.04.02 -
ADV : LEILA CALDAS VIEIRA DA CRUZ CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
00048 1999.51.01.080476-0 AC RJ 562695 RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CNJ : 0080476-90.1999.4.02.5101 03.04.02.02 - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - APDO : REPRESENTACOES IRAKIR LTDA E
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ OUTROS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : JOCHEN SIEGFRIED KLEMPERER
APDO : SELEN SERVICOS DE VIGILANCIA LTDA ADV : WALTER DE FREITAS JUNIOR E OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO
00055 2000.51.10.006276-1 AC RJ 564703
00049 2003.51.01.532731-0 AC RJ 559536 CNJ : 0006276-51.2000.4.02.5110 03.02.02 -
CNJ : 0532731-18.2003.4.02.5101 03.04.02.07 - PIS IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : REPRESENTACOES IRAKIR LTDA E
APDO : ORTOPEDIA CAMPONEZ LTDA OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00050 2001.51.01.533868-1 AC RJ 559367 00056 1998.51.10.978380-4 AC RJ 551297
CNJ : 0533868-06.2001.4.02.5101 03.04.02 - CNJ : 0978380-84.1998.4.02.5110 03.04.04 -
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : PAPILLON COM/ IMP/ EXP/ LTDA E APDO : MARKA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS
OUTROS LTDA
ADV : BIAGIO PANZA E OUTROS ADV : RICARDO DA SILVA NETTO E OUTRO
APDO : JOSE MARIA POSSIDONIO DE SOUZA E
00051 2002.51.01.532406-6 AC RJ 557025 OUTRO
CNJ : 0532406-77.2002.4.02.5101 03.12 - DÍVIDA ADV : SEM ADVOGADO
ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00057 2002.51.01.504585-2 AC RJ 562720
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0504585-98.2002.4.02.5101 03.02.02 -
APDO : RUCA 98 CONFECCOES LTDA E OUTRO IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
ADV : SEM ADVOGADO JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00052 2002.51.01.538646-1 AC RJ 563839 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0538646-82.2002.4.02.5101 03.15.03 - APDO : PADARIA E CONFEITARIA BRASILIA
SIMPLES - REGIMES ESPECIAIS DE LTDA
TRIBUTAÇÃO - TRIBUTÁRIO ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00058 1999.51.01.036165-5 AC RJ 559968
APDO : ELSE IPANEMA BY MAIL LTDA ME CNJ : 0036165-14.1999.4.02.5101 03.02.02 -
ADV : SEM ADVOGADO IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : AO CORDEIRO COM/ IND/ LTDA
ADV : SEM ADVOGADO

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APDO : LEA SIMOES CORDEIRO
ADV : NARCIZA MARIA SANTOS RAMOS

00059 2008.51.01.514383-9 APELREEX RJ 565111


CNJ : 0514383-73.2008.4.02.5101 03.04.02.02 -
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - 00064 2004.51.01.019775-0 AC RJ 403946
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ CNJ : 0019775-90.2004.4.02.5101 03.02.01.06 -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RETIDO NA FONTE - IRPF/IMPOSTO DE
APTE : CENTRO AUDITIVO TELEX S/A RENDA DE PESSOA FÍSI
ADV : LUIZ ANTONIO ALVES CORREA E RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
OUTROS APTE : LENICE SARAIVA RIBEIRO E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI E OUTROS
APDO : OS MESMOS APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL DE APTE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EXECUCAO FISCAL-RJ PROC : CARLOS AUGUSTO ZANANDREA
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU APDO : LENICE SARAIVA RIBEIRO E OUTROS
S ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA-RJ
00060 2009.50.01.015963-0 (MS) AC ES 563601 ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU
CNJ : 0015963-73.2009.4.02.5001 03.02.07 - S
ICMS/IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIAS - IMPOSTOS - 00065 2011.51.20.001278-9 AC RJ 566302
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0001278-24.2011.4.02.5120 03.06.02 -
APTE : IRMAOS MILANEZE EXPORTACAO E CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
IMPORTACAO LTDA (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES CO
ADV : MARCO ANTONIO MILFONT RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
MAGALHAES E OUTROS APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
00061 2004.51.01.014597-0 AC RJ 405239 ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
CNJ : 0014597-63.2004.4.02.5101 03.02.01.08 - OUTROS
INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE APDO : ANA CLAUDIA DE SOUZA SANTOS
PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : ADYR RIGUEIRA DA FONSECA E 00066 2009.51.01.507234-5 AC RJ 560580
OUTROS CNJ : 0507234-89.2009.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : GARY DE OLIVEIRA BON-ALI E OUTROS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
APDO : ESTADO DO RIO DE JANEIRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
PROC : JOSE ROBERTO P C FAVERET RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CAVALCANTI APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
00062 2003.51.01.023327-0 AC RJ 489909 ADV : WAGNER MELLO DOS SANTOS E
CNJ : 0023327-97.2003.4.02.5101 03.02.01.02 - OUTROS
INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIA - APDO : MARIA DA GRACA COELHO
IRPF/IMPOSTO DE RENDA ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : JOSE ARY BLANCO DE CARVALHO E 00067 2011.51.01.020042-0 (MS) AC RJ 560454
OUTROS CNJ : 0020042-18.2011.4.02.5101 03.07.11 -
ADV : FERNANDO DE PAULA FARIA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR
APDO : OS MESMOS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : ODONTOLOGIA FAISSOL LTDA
00063 2003.51.01.029170-1 AC RJ 391238 ADV : RAFAEL FAISSOL JANOT DE MATOS E
CNJ : 0029170-43.2003.4.02.5101 03.02.01.08 - OUTRO
INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00068 2009.51.01.027319-1 APELREEX RJ 546659
APTE : ADILSON DA SILVA ABREU E OUTROS CNJ : 0027319-56.2009.4.02.5101 03.11.11 -
ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI E OUTROS COMPENSAÇÃO - CRÉDITO TRIBUTÁRIO -
APDO : ESTADO DO RIO DE JANEIRO TRIBUTÁRIO
PROC : GUSTAVO DO AMARAL MARTINS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : STAR ONE S/A
ADV : LEONARDO VINICIUS CORREIA DE
MELO E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA-RJ
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU
S

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00069 2010.50.01.005942-9 APELREEX ES 537710
CNJ : 0005942-04.2010.4.02.5001 03.04.04.12 -
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APDO : RDJ ENGENHARIA LTDA APTE : JOSÉ DE SOUZA NEIVA
ADV : TAREK MOYSES MOUSSALLEM E ADV : DILERMANDO CAVALCANTI DE
OUTROS OLIVEIRA
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
VITORIA-ES ANOTAÇÕE: JUST.GRAT.
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU S
S
00075 2009.51.01.020713-3 APELREEX RJ 491312
00070 2010.50.01.015613-7 (MS) APELREEX ES CNJ : 0020713-12.2009.4.02.5101 03.02.01 -
548088 IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
CNJ : 0015613-51.2010.4.02.5001 03.07.11 - FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APDO : JULIA DE FATIMA PIRES E OUTRO
APTE : DISTRIBUIDORA POMAR LTDA ADV : HERMETE DE SOUZA BORGES E OUTRO
ADV : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ
E OUTROS ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL S
APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE 00076 2007.51.01.006098-8 AC RJ 414217
VITORIA-ES CNJ : 0006098-85.2007.4.02.5101 03.02.01.08 -
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE
S PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00071 2008.51.01.000939-2 APELREEX RJ 459920 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0000939-30.2008.4.02.5101 03.02.01.08 - APDO : HILDERALDO FERREIRA DOS SANTOS
INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE ADV : ELSON ANTUNES SANTANA
PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES Juizes impedidos
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL LANA REGUEIRA
APDO : LUIZ CESAR MOURA HEFFER DA COSTA
ADV : ROGERIO JOSE PEREIRA DERBLY 00077 2009.51.02.000081-0 APELREEX RJ 474161
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 22A VARA-RJ CNJ : 0000081-59.2009.4.02.5102 03.02.01.08 -
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU JUST.GRAT. INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE
S PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00072 2009.51.01.007059-0 AC RJ 498108 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0007059-55.2009.4.02.5101 03.02.01 - APDO : JOSE PANARO FILHO
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA ADV : LUCIMAR DO ROSARIO SOARES
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES NITEROI-RJ
APTE : PAULO IVO AFONSO ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU JUST.GRAT.
ADV : ROSALINA SOARES LUZ AFONSO S
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00078 2009.51.01.011109-9 AC RJ 471034
00073 2005.50.01.005881-8 AC ES 421882 CNJ : 0011109-27.2009.4.02.5101 03.11.17 -
CNJ : 0005881-22.2005.4.02.5001 03.02.01.05 - REPETIÇÃO DE INDÉBITO - CRÉDITO
INCIDÊNCIA SOBRE LICENÇA- TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁRIO
PRÊMIO/ABONO/INDENIZAÇÃO - IR RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : RONALDO BATISTA DE SOUSA
APTE : LUIZ BARACELLOS E OUTROS ADV : ROSEJANE SANTOS DA SILVA PEREIRA
ADV : THIAGO BORTOLINI E OUTRO
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00074 2008.51.01.003464-7 AC RJ 434220 Juizes impedidos
CNJ : 0003464-82.2008.4.02.5101 03.02.01 - ALBERTO NOGUEIRA
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA ANOTAÇÕE: JUST.GRAT.
S

00079 2006.51.01.005518-6 APELREEX RJ 451880


CNJ : 0005518-89.2006.4.02.5101 03.02.01 -
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA

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FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : ELSON REIS
ADV : JOSE CARLOS LOPES AMORIM E
OUTROS ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 12A VARA-RJ OUTRO
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU JUST.GRAT. APDO : MARCOS AURELIO DA SILVA
S ADV : SEM ADVOGADO
00080 2008.51.01.028118-3 APELREEX RJ 478890 00085 2009.50.01.010579-6 AC ES 563108
CNJ : 0028118-36.2008.4.02.5101 03.02.01 - CNJ : 0010579-32.2009.4.02.5001 03.04.03.02 -
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APDO : ALEXANDRE SANTIAGO GIRARDI ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO -
ADV : ALEXANDRE GARCIA GANIN E OUTROS CRA/ES
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA-RJ ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU APDO : KARLA REGINA DUARTE MELO
S ADV : SEM ADVOGADO
00081 2005.51.12.000278-0 APELREEX RJ 488439 00086 2010.50.01.010197-5 AC ES 564302
CNJ : 0000278-23.2005.4.02.5112 03.02.01.08 - CNJ : 0010197-05.2010.4.02.5001 03.04.03.02 -
INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APDO : JORGE CARLOS MONTEIRO ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO
ADV : MAXWEL FERREIRA EISENLOHR ESPÍRITO SANTO-CRA/ES
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES
ITAPERUNA-RJ APDO : LUIS EDUARDO FIOROT
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU ADV : SEM ADVOGADO
S
00087 2010.50.01.010015-6 AC ES 564685
00082 2007.51.01.026865-4 REOAC RJ 424374 CNJ : 0010015-19.2010.4.02.5001 03.04.03.02 -
CNJ : 0026865-47.2007.4.02.5101 03.02.01.08 - CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : CONSELHO REGIONAL DE
PARTEA : EDUARDO CARLOS TOLEDO DE MATOS ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO -
ADV : LUCIMAR DO ROSARIO SOARES CRA/ES
PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 20A VARA-RJ APDO : JACQUELINE FERREIRA LEONARDO
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU JUST.GRAT. ADV : SEM ADVOGADO
S
00088 2011.51.01.511677-0 AC RJ 563456
00083 2006.51.01.010535-9 AC RJ 422503 CNJ : 0511677-15.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
CNJ : 0010535-09.2006.4.02.5101 03.02.01 - CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APTE : ELIDA CONCEICAO ESCACIOTA CASTRO ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
ADV : JOSE PERICLES COUTO ALVES COREN/RJ
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
OUTROS
00084 2011.50.01.004485-6 AC ES 559946 APDO : ALINE DA SILVA ALVES
CNJ : 0004485-97.2011.4.02.5001 03.04.03.02 - ADV : SEM ADVOGADO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES 00089 2011.51.02.005911-1 AC RJ 558405
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0005911-35.2011.4.02.5102 03.12 - DÍVIDA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ATIVA - TRIBUTÁRIO
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CRA/ES APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA -
1A REGIAO/RJ
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
OUTROS
APDO : LEIA SOUSA SANTOS
ADV : SEM ADVOGADO

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00090 2008.51.02.001157-7 AC RJ 558073
CNJ : 0001157-55.2008.4.02.5102 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
1A REGIAO/RJ APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E DE IMOVEIS 13A. REGIAO -CRECI/ES
OUTROS ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL
APDO : CAMILO DE LELIS VARGAS DA SILVA APDO : JONAS CELIN
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00091 2004.51.02.005645-2 AC RJ 561813 00096 2011.50.01.011805-0 AC ES 563060
CNJ : 0005645-92.2004.4.02.5102 03.04.03.02 - CNJ : 0011805-04.2011.4.02.5001 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CORECON - CONSELHO REGIONAL DE APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES
ECONOMIA - 1A. REGIAO - RJ DE IMOVEIS 13A. REGIAO -CRECI/ES
ADV : CARLOS ALBERTO BOECHAT RANGEL E ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL
OUTROS APDO : GABRIEL FERNANDES MURRER
APDO : CARLOS EDUARDO NEVES GOMES ADV : SEM ADVOGADO
ADV : SEM ADVOGADO
00097 2010.51.04.000299-0 AC RJ 561746
00092 2011.51.02.005901-9 AC RJ 565293 CNJ : 0000299-47.2010.4.02.5104 03.04.03.02 -
CNJ : 0005901-88.2011.4.02.5102 03.04.03.02 - CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA - ENGENHARIA, ARQUITETURA E
1A REGIAO/RJ AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO DE
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA JANEIRO - CREA-RJ
APDO : JULIO BARBOSA TEIXEIRA ADV : ALMIR FERREIRA JUNIOR E OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO APDO : MAYONE DE LUNA CABRAL
ADV : SEM ADVOGADO
00093 2010.51.04.001233-8 AC RJ 560657
CNJ : 0001233-05.2010.4.02.5104 03.04.03.02 - 00098 2010.51.04.001311-2 AC RJ 560666
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CNJ : 0001311-96.2010.4.02.5104 03.04.03.02 -
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRON. - APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CREA/RJ ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRON. -
ADV : ALMIR FERREIRA JUNIOR E OUTROS CREA/RJ
APDO : LUZILENE SANTOS DE MELO ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E
ADV : SEM ADVOGADO OUTROS
APDO : GIOVANI LOPES DA SILVA
00094 2011.51.01.511108-4 AC RJ 563165 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0511108-14.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS 00099 2009.50.01.010289-8 AC ES 562847
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES CNJ : 0010289-17.2009.4.02.5001 03.04.03.02 -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
APTE : CONSELHO REGIONAL DE (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
COREN/RJ APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO -
OUTROS CRA/ES
APDO : ADRIANA CASTILHO ROLIM ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES
ADV : SEM ADVOGADO APDO : SILVANA BERALDI XAVIER
ADV : SEM ADVOGADO
00095 2011.50.01.011549-8 AC ES 562794
CNJ : 0011549-61.2011.4.02.5001 03.04.03.02 - 00100 2005.51.10.003120-8 AC RJ 565744
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CNJ : 0003120-79.2005.4.02.5110 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRON. -

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CREA/RJ
ADV : MONIQUE DE CASTRO BERSOT
BARBOSA ARDUINO E OUTROS
APDO : ROBERTO TAVARES SOARES
ADV : SEM ADVOGADO
ANOTAÇÕE: AGR.RET. CREMERJ
S ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
OUTROS
00101 2009.51.02.005879-3 AC RJ 567827 APDO : VALCLER RANGEL FERNANDES
CNJ : 0005879-98.2009.4.02.5102 03.04.03.02 - ADV : DIOGO DA SILVEIRA PEREIRA E
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS OUTROS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00106 2006.51.01.521006-6 AC RJ 564063
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA - CNJ : 0521006-27.2006.4.02.5101 03.04.03.02 -
1A REGIAO/RJ CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APDO : EDUARDO CHAVES DE PAIVA APTE : CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA -
ADV : SEM ADVOGADO 5A REGIAO
ADV : CELIA REGINA DO NASCIMENTO DE
00102 2004.50.01.012791-5 AC ES 563043 PAULA E OUTRO
CNJ : 0012791-02.2004.4.02.5001 03.04.03.02 - APDO : HOMERO SAYAO CONTINENTINO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CESAR JUNIOR
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE 00107 2005.51.10.007742-7 AC RJ 565229
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - CNJ : 0007742-07.2005.4.02.5110 03.04.03.02 -
CRA/ES CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : DORIAN WAGNER PARAVIDINE RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA
DA 5ª REGIAO
00103 2010.51.04.001236-3 AC RJ 560656 ADV : FLAVIA ALESSANDRA DE FREITAS
CNJ : 0001236-57.2010.4.02.5104 03.04.03.02 - APDO : CONCEIÇÃO PIMENTEL DO CARMO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS ADV : SEM ADVOGADO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00108 2008.51.01.516134-9 AC RJ 564065
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CNJ : 0516134-95.2008.4.02.5101 03.04.03.02 -
ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRON. - CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
CREA/RJ (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
OUTROS APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APDO : ANTONIO CARLOS BREVES DE SOUZA ENFERMAGEM - RJ - COREN
ADV : SEM ADVOGADO APDO : DAYSE FERREIRA NUNES
ADV : SEM ADVOGADO
00104 2009.51.02.004970-6 AC RJ 567584
CNJ : 0004970-56.2009.4.02.5102 03.04.03.02 - 00109 2011.50.01.003315-9 AC ES 563945
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CNJ : 0003315-90.2011.4.02.5001 03.04.03.02 -
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
DA 5ª REGIÃO APTE : CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA
ADV : CELIA REGINA DO NASCIMENTO DE DA 16 REGIAO
PAULA ADV : BRUNA GABRIELI VIEIRA SOUZA
APDO : IZOLINA MARIA FERREIRA MASSA APDO : JULIANA BASTOS SAADE
ADV : SEM ADVOGADO
00110 2010.50.01.007434-0 AC ES 564585
00105 2009.51.02.005764-8 AC RJ 567569 CNJ : 0007434-31.2010.4.02.5001 03.04.03.02 -
CNJ : 0005764-77.2009.4.02.5102 03.04.03.02 - CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA CONTABILIDADE DO ESTADO DO
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - ESPIRITO SANTO - CRC/ES
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES
APDO : LUIZ MARCUS SARAIVA DA ROCHA
ADV : SEM ADVOGADO

00111 2011.50.01.012627-7 AC RJ 563026

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CNJ : 0012627-90.2011.4.02.5001 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES
DE IMOVEIS 13A. REGIAO -CRECI/ES AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL
APDO : VILA VELHA IMOVEIS LTDA 00117 2003.51.01.542993-2 AC RJ 560199
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0542993-27.2003.4.02.5101 03.04.02 -
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
00112 2011.50.01.011870-0 AC ES 562731 CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0011870-96.2011.4.02.5001 03.04.03.02 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ALLEMAND
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES APDO : FARMACIA DROGA HERMES LTDA ME
DE IMOVEIS - CRECI 13A REGIAO/ES ADV : SEM ADVOGADO
ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL
APDO : ANDERSON CELSO FERREIRA 00118 2002.51.01.529213-2 AC RJ 556952
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0529213-54.2002.4.02.5101 03.12 - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO
00113 2011.50.06.000874-4 AC ES 568799 RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CNJ : 0000874-24.2011.4.02.5006 03.04.03.02 - PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS ALLEMAND
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APDO : MADEIRAS RIO NOBRE LTDA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ADV : SEM ADVOGADO
ADMINISTRACAO DO ESTADO DO
ESPIRITO SANTO - CRA/ES 00119 1999.51.01.026710-9 AC RJ 560695
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E CNJ : 0026710-25.1999.4.02.5101 03.02.01 -
OUTROS IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
APDO : SECULO SERVICOS LTDA FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
ADV : SEM ADVOGADO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
00114 2009.51.01.523553-2 AC RJ 568205 ALLEMAND
CNJ : 0523553-35.2009.4.02.5101 03.04.03.02 - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APDO : ALCINDO PEREIRA DA SILVA FILHO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE 00120 1999.51.01.080538-7 AC RJ 560747
ENGENHARIA, ARQUITETURA E CNJ : 0080538-33.1999.4.02.5101 03.02.02 -
AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO DE IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
JANEIRO - CREA/RJ JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
ADV : ALMIR FERREIRA JUNIOR RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APDO : GERZE NAZARENO DE SOUZA ARAUJO PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ADV : SEM ADVOGADO ALLEMAND
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00115 2012.02.01.001608-7 AG ES 209084 APDO : JODARK COM/ IND/ LTDA ME
CNJ : 0001608-21.2012.4.02.0000 03.04.02.05 - ADV : SEM ADVOGADO
SALÁRIO-EDUCAÇÃO - CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL - CONTRIBUIÇÕES 00121 2003.51.10.006473-4 AC RJ 564621
RELATOR : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL CNJ : 0006473-98.2003.4.02.5110 03.04.03.02 -
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
AGRDO : CONFECÇÕES MIMO LTDA (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
ADV : LUCIANO PAVAN DE SOUZA E OUTROS RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
00116 2011.02.01.017602-5 AG RJ 207999 ALLEMAND
CNJ : 0017602-26.2011.4.02.0000 03.15.03 - APTE : CONSELHO REGIONAL DE
SIMPLES - REGIMES ESPECIAIS DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE
TRIBUTAÇÃO - TRIBUTÁRIO JANEIRO - CRC/RJ
RELATOR : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA E
AGRTE : VIGICON GESTÃO EMPRESARIAL LTDA OUTROS
ADV : PAULO EDUARDO FIGUEIREDO DO APDO : ELIAS DOS SANTOS FERNANDES
CARMO E OUTRO ADV : SEM ADVOGADO

00122 2006.50.01.000935-6 AC ES 568951


CNJ : 0000935-70.2006.4.02.5001 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES

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RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO -
CRA/ES ADMINISTRACAO DO ESTADO DO
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E ESPIRITO SANTO - CRA/ES
OUTROS ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E
APDO : PAULO CESAR SILVEIRA DE CASTRO OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO APDO : MARCELINO GONCALVES FERREIRA
ADV : SEM ADVOGADO
00123 2011.50.01.009365-0 AC ES 567893
CNJ : 0009365-35.2011.4.02.5001 03.12.10 - 00127 2007.50.01.014505-0 AC ES 566908
CONSELHOS PROFISSIONAIS - DÍVIDA CNJ : 0014505-89.2007.4.02.5001 03.12.10 -
ATIVA - TRIBUTÁRIO CONSELHOS PROFISSIONAIS - DÍVIDA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ATIVA - TRIBUTÁRIO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ALLEMAND PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ALLEMAND
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CRA/ES ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E ESPÍRITO SANTO-CRA/ES
OUTRO ADV : ROSANGELA GUEDES GONÇALVES E
APDO : JB RESTAURANTE LTDA ME OUTRO
ADV : SEM ADVOGADO APDO : TELMO MACHADO BARBOSA
ADV : SEM ADVOGADO
00124 2011.50.01.005449-7 AC ES 567901
CNJ : 0005449-90.2011.4.02.5001 03.12.10 - 00128 2009.51.02.005513-5 AC RJ 568784
CONSELHOS PROFISSIONAIS - DÍVIDA CNJ : 0005513-59.2009.4.02.5102 03.12.10 -
ATIVA - TRIBUTÁRIO CONSELHOS PROFISSIONAIS - DÍVIDA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ATIVA - TRIBUTÁRIO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ALLEMAND PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ALLEMAND
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - APTE : CONSELHO REGIONAL DE TECNICOS
CRA/ES EM RADIOLOGIA DA 4A. REGIAO RJ/ES
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E ADV : ETELVINA ROCHA COELHO E OUTRO
OUTRO APDO : STELLA TISCORNIA SELAIBE
APDO : PAULO GEOVANI PEREIRA DA SILVA ADV : SEM ADVOGADO
ADV : SEM ADVOGADO
00129 2009.51.02.005515-9 AC RJ 567577
00125 2011.50.01.009476-8 AC ES 567871 CNJ : 0005515-29.2009.4.02.5102 03.04.03.02 -
CNJ : 0009476-19.2011.4.02.5001 03.12.10 - CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
CONSELHOS PROFISSIONAIS - DÍVIDA (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
ATIVA - TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA ALLEMAND
ALLEMAND APTE : CONSELHO REGIONAL DE TECNICOS
APTE : CONSELHO REGIONAL DE EM RADIOLOGIA DA 4A. REGIAO RJ
ADMINISTRACAO DO ESPIRITO SANTO - ADV : JULIO CESAR DO MONTE
CRA/ES APDO : MARCO AURELIO VILA REAL
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES E ADV : SEM ADVOGADO
OUTRO
APDO : ROSIANY DUARTE SANTIAGO 00130 2009.51.01.522026-7 AC RJ 570736
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0522026-48.2009.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
00126 2011.50.01.005572-6 AC ES 569898 (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
CNJ : 0005572-88.2011.4.02.5001 03.04.03.02 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ALLEMAND
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA DA 5 REGIAO-RJ
ALLEMAND ADV : CELIA REGINA DO NASCIMENTO DE
APTE : CONSELHO REGIONAL DE PAULA E OUTRO
APDO : CLAUDIA RIBEIRO JUSTO PINHEIRO
MANHÃES
ADV : SEM ADVOGADO

00131 2009.51.02.004941-0 AC RJ 567618

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CNJ : 0004941-06.2009.4.02.5102 03.12.10 -
CONSELHOS PROFISSIONAIS - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTA LEAL E
APTE : CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA OUTROS
DA 5 REGIAO-RJ APDO : VANDERLEY VALMOR LAVOR
ADV : CELIA REGINA DO NASCIMENTO DE ADV : SEM ADVOGADO
PAULA E OUTROS
APDO : VALERIA NEVES 00136 2005.50.01.005197-6 AC ES 553729
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0005197-97.2005.4.02.5001 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
00132 2005.50.01.002900-4 AC ES 570192 (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
CNJ : 0002900-20.2005.4.02.5001 03.04.03.02 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ALLEMAND
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA DE IMOVEIS 13A. REGIAO -CRECI/ES
ALLEMAND ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES APDO : MATRIZ IMOVEIS LTDA
DE IMOVEIS 13A. REGIAO -CRECI/ES ADV : NOEL JOSE ORNELLAS
ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL E
OUTROS 00137 2011.51.02.005972-0 AC RJ 565302
APDO : DALVINO JOSE ZEFERINO CNJ : 0005972-90.2011.4.02.5102 03.04.03.02 -
ADV : SEM ADVOGADO CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
00133 2001.50.01.004931-9 AC ES 560341 RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CNJ : 0004931-52.2001.4.02.5001 03.04.03.02 - PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS ALLEMAND
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA -
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO 1A REGIAO/RJ
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA
ALLEMAND APDO : EXAMINER DO BRASIL LTDA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES ADV : SEM ADVOGADO
DE IMOVEIS 13A. REGIAO -CRECI/ES
ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL 00138 2011.51.02.000038-4 AC RJ 563482
APDO : ARISTIDES ANTONIO VIVACQUA CNJ : 0000038-54.2011.4.02.5102 03.04.03.02 -
CAMPOS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
ADV : SEM ADVOGADO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
00134 2006.50.01.008509-7 AC ES 553842 PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
CNJ : 0008509-47.2006.4.02.5001 03.04.03.02 - ALLEMAND
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA -
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES 1A REGIAO/RJ
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA APDO : ARISTEU DA COSTA
ALLEMAND ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES
DE IMOVEIS - CRECI 00139 2009.51.02.005882-3 APELREEX RJ 567803
ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL CNJ : 0005882-53.2009.4.02.5102 03.04.03.02 -
APDO : MARIA APARECIDA VIANA GONÇALVES CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
DA ROCHA KOBI (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
ADV : SEM ADVOGADO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
00135 2005.50.01.002457-2 AC ES 554027 ALLEMAND
CNJ : 0002457-69.2005.4.02.5001 03.04.03.02 - APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONONIA -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS 1A REGIAO - RJ
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO OUTRO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA APDO : FIRMINO MARQUES DE ALMEIDA NETO
ALLEMAND ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES RMTE : JUIZO DA 5A VARA FEDERAL DE
DE IMOVEIS 13A. REGIAO -CRECI/ES NITEROI-RJ
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU
S

00140 2008.51.02.001188-7 AC RJ 567627


CNJ : 0001188-75.2008.4.02.5102 03.12.10 -

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CONSELHOS PROFISSIONAIS - DÍVIDA
ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA - COREN/RJ
1A REGIAO/RJ ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA OUTROS
APDO : FRANCISCO FERNANDES DOS SANTOS APDO : VANIA PAIVA MOURA
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00141 2005.51.02.007143-3 AC RJ 561825 00145 2010.51.04.003448-6 AC RJ 568507
CNJ : 0007143-92.2005.4.02.5102 03.04.03.02 - CNJ : 0003448-51.2010.4.02.5104 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND ALLEMAND
APTE : CORECON - CONSELHO REGIONAL DE APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ECONOMIA - 1A. REGIAO - RJ ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
ADV : CARLOS ALBERTO BOECHAT RANGEL E COREN/RJ
OUTROS ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
APDO : DERMEVAL ESQUETINO DE BARCELOS OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO APDO : SUELI APARECIDA DE LIMA
ADV : SEM ADVOGADO
00142 2011.51.02.000122-4 AC RJ 563632
CNJ : 0000122-55.2011.4.02.5102 03.04.03.02 - 00146 2010.51.02.004456-5 AC RJ 563745
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CNJ : 0004456-69.2010.4.02.5102 03.04.02 -
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ALLEMAND PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA - ALLEMAND
1A REGIAO/RJ APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
OUTRO COREN/RJ
APDO : SHEILA MARIA LEITE BONELLI R DE ADV : JUSSARA FILARDI DA SILVA
CASTRO APDO : VERA LUCIA DA SILVA MOREIRA
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00143 2011.51.02.005960-3 AC RJ 561799 00147 2009.51.01.525444-7 AC RJ 570851
CNJ : 0005960-76.2011.4.02.5102 03.04.03.02 - CNJ : 0525444-91.2009.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND ALLEMAND
APTE : CREMERJ - CONSELHO REGIONAL DE APTE : CONSELHO REGIONAL DE
MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
JANEIRO COREN/RJ
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
OUTROS OUTROS
APDO : JULIO CESAR GOMES SILVEIRA APDO : VALERIA DE CARVALHO
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00144 2009.51.04.003861-1 AC RJ 568549 00148 2010.51.04.003436-0 AC RJ 568453
CNJ : 0003861-98.2009.4.02.5104 03.04.03.02 - CNJ : 0003436-37.2010.4.02.5104 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND ALLEMAND
APTE : CONSELHO REGIONAL DE APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
OUTROS
APDO : SIMONE FERNANDES VALENTIM
RIBEIRO

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ADV : SEM ADVOGADO

00149 2011.51.01.518431-2 AC RJ 563541


CNJ : 0518431-70.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA ALLEMAND
ALLEMAND APTE : CONSELHO REGIONAL DE
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - COREN/RJ
COREN/RJ ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E OUTROS
OUTROS APDO : WASHINGTON LUIZ CARSDOSO DOS
APDO : ADRIANA SOUZA SANTOS
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00150 2011.51.01.517348-0 AC RJ 570448 00154 2010.51.05.000932-4 AC RJ 566825
CNJ : 0517348-19.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - CNJ : 0000932-55.2010.4.02.5105 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND ALLEMAND
APTE : CONSELHO REGIONAL DE APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - ENFERMAGEM DO ESTADO DO RIO DE
COREN/RJ JANEIRO - COREN/RJ
ADV : FABIA SUZANA ABREU DOS SANTOS ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
SOUZA E OUTROS OUTROS
APDO : SONIA REGINA SANTORO BRANDAO APDO : VERA HILMA COSTA SOARES
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00151 2005.51.02.006181-6 AC RJ 563574 00155 2010.51.01.521705-2 AC RJ 570977
CNJ : 0006181-69.2005.4.02.5102 03.04.03.02 - CNJ : 0521705-76.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA
ALLEMAND ALLEMAND
APTE : CONSELHO REGIONAL DE APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ COREN/RJ
ADV : DILMA SANTOS DA SILVA E OUTRO ADV : JOSE LUIZ BAPTISTA DE LIMA JUNIOR E
APDO : ROSE MARY VIEIRA SIQUEIRA OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO APDO : RAIMUNDO DE MATOS ALVARENGA
ADV : SEM ADVOGADO
00152 2009.51.02.002435-7 AC RJ 563386
CNJ : 0002435-57.2009.4.02.5102 03.04.03.02 - 00156 2002.51.01.522673-1 AC RJ 495257
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CNJ : 0522673-87.2002.4.02.5101 03.02.02 -
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
PAUTA : J.F. MARIA CLAUDIA DE GARCIA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ALLEMAND PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CUNHA
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - APTE : GALDEANO SIMOES
COREN/RJ EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S/A E
ADV : JUSSARA FILARDI DA SILVA E OUTROS OUTRO
APDO : ELENICE MARTINS ADV : MARCO ENRICO SLERCA E OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00153 2011.51.01.516466-0 AC RJ 563175 00157 2002.51.01.001739-8 AC RJ 328897
CNJ : 0516466-57.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - CNJ : 0001739-68.2002.4.02.5101 03.04.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CUNHA
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS

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PROC : MANOEL CARDOSO DE ARAUJO NETO E
OUTRO
APDO : LUZESCAR AUTO PECAS E MECANICA
LTDA
ADV : CARLOS AUGUSTO SAMARY DA SILVA
E OUTROS CNJ : 0537451-62.2002.4.02.5101 03.02.02 -
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
00158 2003.51.01.500666-8 APELREEX RJ 472691 JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
CNJ : 0500666-67.2003.4.02.5101 03.02.02 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI CUNHA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO APDO : EREL IMOBILIARIA E COML/ LTDA
CUNHA ADV : RAUL PRATA SAINT-CLAIR PIMENTEL E
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL OUTROS
APDO : LIVRARIA CIENCIA MODERNA LTDA.
ADV : MARCELO ALVAREZ ROCHA 00163 2003.51.16.003709-7 APELREEX RJ 516172
MEIRELLES E OUTROS CNJ : 0003709-24.2003.4.02.5116 03.02.04 -
RMTE : JUIZO DA 5A VARA FEDERAL DE IE/IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO -
EXECUCAO FISCAL-RJ IMPOSTOS - TRIBUTÁRIO
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
S PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CUNHA
00159 2006.51.01.501038-7 AC RJ 435484 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0501038-11.2006.4.02.5101 03.12.08 - IRPJ - APDO : SCHHLUMBERGER SERVICOS DE
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO PETROLEO LTDA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : DAUTO RODRIGUES MOURA JUNIOR E
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO OUTROS
CUNHA RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
APTE : SAMOC S/A SOC/ ASSISTENCIAL MACAE-RJ
MEDICA E ODONTO-CIRURGICA ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU
ADV : CLEBER REBELO ISRAEL REIS E S
OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00164 1996.51.01.023543-0 AC RJ 331531
CNJ : 0023543-05.1996.4.02.5101 03.02.01 -
00160 2006.50.01.006802-6 AC ES 406300 IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
CNJ : 0006802-44.2006.4.02.5001 03.12.16 - PIS - FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO CUNHA
CUNHA APTE : HOSPITAL INFANTIL E MATERNIDADE
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL JARDIM AMÁLIA LTDA E OUTROS
APDO : PERFIL COMERCIO DE METAIS LTDA ADV : VANY ROSSELINA GIORDANO
ADV : LUCIO ALEXANDRE DOS SANTOS E APTE : ALIMENTOS ZAELI LTDA
OUTROS ADV : RODRIGO DE SOUZA ROSSANEZI E
OUTROS
00161 2004.51.01.505912-4 APELREEX RJ 537825 APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0505912-10.2004.4.02.5101 03.04.04 -
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - 00165 2004.51.01.505427-8 AC RJ 414705
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI CNJ : 0505427-10.2004.4.02.5101 03.12.08 - IRPJ -
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CUNHA PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CUNHA
APDO : EMPRESA MUNICIPAL DE MULTIMEIOS - APTE : COSAN LUBRIFICANTES E
MULTIRIO ESPECIALIDADES S/A
ADV : FLAVIA DE ASSUMPCAO CHAVAO ADV : ELIAS MARQUES DE MEDEIROS NETO E
CABRAL E OUTROS OUTROS
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
EXECUCAO FISCAL-RJ APDO : OS MESMOS
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
S EXECUCAO FISCAL-RJ
ANOTAÇÕE: DUPLO GRAU
00162 2002.51.01.537451-3 AC RJ 529066 S

00166 2002.51.01.506191-2 AC RJ 483146


CNJ : 0506191-64.2002.4.02.5101 03.02.02 -
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI

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RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CUNHA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : LR CIA BRASILEIRA DE PRODUTOS DE
HIGIENE E TOUCADOR trintenário, não se aplicando as disposições do CTN referentes à
ADV : HUMBERTO LUCAS MARINI E OUTROS prescrição.
ANOTAÇÕE: REC.ADES. O Ministério Público Federal opinou pelo não provimento do recurso
S (fls. 50).
É o relatório. Decido.
00167 2002.51.01.509616-1 AC RJ 500671 Compulsando os autos, verifica-se que a presente ação foi proposta
CNJ : 0509616-02.2002.4.02.5101 03.02.01 - para fins de cobrança de contribuições para o FUNDO DE
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS, referentes às
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU competências de 11/79 A 05/80 (fls. 04); a ação foi recebida em Juízo e
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO lançado o despacho citatório em 31 de maio de 1983 (fls. 02) e a
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO sentença prolatada em 08 de novembro de 2011 (fls. 27).
CUNHA A prestação referente ao FGTS tem natureza de contribuição
APTE : JOAO JOSE DE MELLO FERRER trabalhista e social, não se harmoniza com as contribuições descritas no
ADV : ALEXANDRE WANDERLEY DA SILVA Código Tributário Nacional, até mesmo porque possui com estas,
COSTA profunda diferença finalística, não se aplicando as disposições
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL referentes à decadência ou prescrição, próprias dos tributos.
Dessa forma, já decidiu o Plenário desta Corte nos Embargos
Infringentes na Apelação Cível nº 89.02.11483-0, em que foi relator o
RIO DE JANEIRO, 10 DE JANEIRO DE 2013. Desembargador Federal Frederico Gueiros, decisão unânime, cujo
acórdão foi assim ementado:
“FGTS – NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO QUE NÃO
É PREVIDENCIÁRIA.
Inaplicabilidade da Súmula 108 do E. extinto TFR em face a depósitos
DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ANTONIO SOARES para o FGTS, cuja cobrança independe de constituição oportuna do
crédito, estando sujeita apenas à prescrição”. (DJ de 10/05/90).
PRESIDENTE Nesse mesmo sentido, é o entendimento consolidado pelo e. STJ no
verbete da súmula nº 353: “As disposições do Código Tributário
Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS”. (PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 11.06.2008, DJ 19.06.2008, p. 1).
É firme a orientação jurisprudencial, no sentido de que o prazo
prescricional para cobrança de contribuições destinadas ao FGTS é
trintenário. Confira-se:
“CONSTITUCIONAL E TRABALHISTA. EMBARGOS DE
BOLETIM: 137193
DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. FGTS. PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA.
PRECEDENTES.
IV - APELACAO CIVEL 555431 1983.51.01.535740-3
1. Esta Corte firmou orientação no sentido de ser trintenário o prazo
Nº CNJ :0535740-86.1983.4.02.5101
prescricional do FGTS. Precedentes.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
2. Embargos de declaração acolhidos tão-somente para prestar
F. NEVES NETO
esclarecimentos, sem, contudo, alterar o julgado.”
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
(AI 782236 AgR-ED, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda
NACIONAL
Turma, julgado em 14/12/2010, DJe-025 DIVULG 07-02-2011,
APELADO :A ADRESSO MAQUINAS LTDA
PUBLIC 08-02-2011, EMENT VOL-02459-03, PP-00558).
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
“A ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DE
trinta (30) anos.” (STJ - Súmula 210, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
EXECUÇÃO FISCAL - RJ (0005357403)
27/05/1998, DJ 05/06/1998, p. 112).
Registre-se que, conforme previsto na Lei nº 6.830/80, a inscrição em
DECISÃO
dívida ativa suspende o curso da prescrição por 180 dias, ou até a
Cuida-se de apelação cível, interposta pela UNIÃO
distribuição da execução fiscal (art. 2º, § 3º), e o despacho do juiz que
FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, objetivando reformar a sentença
ordena a citação interrompe a prescrição (art. 8º, § 2º).
prolatada nos autos da execução fiscal nº 1983.51.01.535740-3,
No presente caso, como já destacado, não transcorreu o prazo de trinta
proposta em face de A ADRESSO MÁQUINAS LTDA, que julgou
anos ininterruptos, por inércia da exeqüente, entre a data do fato
extinto o processo com fundamento no artigo 269, inc. IV do CPC, por
gerador da contribuição e o despacho citatório, tampouco entre esta
entender que ocorreu a prescrição intercorrente do crédito em
data e a da prolação da sentença. Portanto, não se consumou a
cobrança, porquanto, verificou que não houve movimentação do
prescrição do crédito exeqüendo.
processo por mais de cinco anos ininterruptos.
Diante do exposto, com fulcro no art. 557, § 1º-A, do Código de
A recorrente ressaltou que se trata de execução de créditos de
Processo Civil, DOU PROVIMENTO à apelação da exeqüente, para
contribuições para o Fundo de Garantia por Tempo de serviço – FGTS
afastar a prescrição do crédito exeqüendo, e determino a baixa dos
e alegou, em síntese, que o prazo prescricional dessas contribuições é
autos à Vara de origem para seu regular prosseguimento.
Intime(m)-se.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
JOSÉ F. NEVES NETO
Relator

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IV - APELACAO CIVEL 561855 1983.51.01.589831-1


Nº CNJ :0589831-29.1983.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE prescricional do FGTS. Precedentes.
F. NEVES NETO 2. Embargos de declaração acolhidos tão-somente para prestar
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA esclarecimentos, sem, contudo, alterar o julgado.”
NACIONAL (AI 782236 AgR-ED, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda
APELADO :GEORGES M BRASSIL Turma, julgado em 14/12/2010, DJe-025 DIVULG 07-02-2011,
ADVOGADO :SEM ADVOGADO PUBLIC 08-02-2011, EMENT VOL-02459-03, PP-00558).
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DE “A ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em
EXECUÇÃO FISCAL - RJ (0005898315) trinta (30) anos.” (STJ - Súmula 210, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
27/05/1998, DJ 05/06/1998, p. 112).
DECISÃO Registre-se que, conforme previsto na Lei nº 6.830/80, a inscrição em
Cuida-se de apelação cível, interposta pela UNIÃO dívida ativa suspende o curso da prescrição por 180 dias, ou até a
FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, objetivando reformar a sentença distribuição da execução fiscal (art. 2º, § 3º), e o despacho do juiz que
prolatada nos autos da execução fiscal nº 1983.51.01.589831-1, ordena a citação interrompe a prescrição (art. 8º, § 2º).
proposta em face de GEORGES M BRASSIL, que julgou extinto o No presente caso, como já destacado, não transcorreu o prazo de trinta
processo com fundamento no artigo 269, inc. IV do CPC, por entender anos ininterruptos, por inércia da exeqüente, entre a data do fato
que ocorreu a prescrição intercorrente do crédito em cobrança, gerador da contribuição e o despacho citatório, tampouco entre esta
porquanto, verificou que não houve movimentação do processo por data e a da prolação da sentença. Portanto, não se consumou a
mais de cinco anos ininterruptos. prescrição do crédito exeqüendo.
A recorrente ressaltou que não se deu a prescrição intercorrente na Diante do exposto, com fulcro no art. 557, § 1º-A, do Código de
hipótese, uma vez que o termo inicial para a contagem desse prazo Processo Civil, DOU PROVIMENTO à apelação da exeqüente, para
sequer existiu nos presentes autos, pois, em momento algum, a afastar a prescrição do crédito exeqüendo, e determino a baixa dos
Fazenda Nacional foi intimada a se manifestar no feito a respeito do autos à Vara de origem para seu regular prosseguimento.
sobrestamento e arquivamento em razão da não localização de bens ou Intime(m)-se.
devedores, conforme a sistemática do art. 40 da LEF. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
O Ministério Público Federal afirmou ser desnecessária a sua JOSÉ F. NEVES NETO
participação no feito (fls. 44). Relator
É o relatório. Decido.
Compulsando os autos, verifica-se que a presente ação foi proposta
para fins de cobrança de contribuições para o FUNDO DE
GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS, referentes às
competências de 02/71 a 01/72 (fls. 04); a ação foi distribuída em 30 de IV - APELACAO CIVEL 561822 1983.51.01.592647-1
novembro de 1983 e a sentença prolatada em 16 de fevereiro de 2011 Nº CNJ :0592647-81.1983.4.02.5101
(fls. 29). RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
A prestação referente ao FGTS tem natureza de contribuição F. NEVES NETO
trabalhista e social, não se harmoniza com as contribuições descritas no APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Código Tributário Nacional, até mesmo porque possui com estas, NACIONAL
profunda diferença finalística, não se aplicando as disposições APELADO :ENRIQUE BLANCO SOUTO
referentes à decadência ou prescrição, próprias dos tributos. ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Dessa forma, já decidiu o Plenário desta Corte nos Embargos ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DE
Infringentes na Apelação Cível nº 89.02.11483-0, em que foi relator o EXECUÇÃO FISCAL - RJ (0005926475)
Desembargador Federal Frederico Gueiros, decisão unânime, cujo
acórdão foi assim ementado: DECISÃO
“FGTS – NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO QUE NÃO Cuida-se de apelação cível, interposta pela UNIÃO
É PREVIDENCIÁRIA. FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, objetivando reformar a sentença
Inaplicabilidade da Súmula 108 do E. extinto TFR em face a depósitos prolatada nos autos da execução fiscal nº 1983.51.01.592647-1,
para o FGTS, cuja cobrança independe de constituição oportuna do proposta em face de ENRIQUE BLANCO SOUTO, que julgou extinto
crédito, estando sujeita apenas à prescrição”. (DJ de 10/05/90). o processo com fundamento no artigo 269, inc. IV do CPC, por
Nesse mesmo sentido, é o entendimento consolidado pelo e. STJ no entender que ocorreu a prescrição intercorrente do crédito em
verbete da súmula nº 353: “As disposições do Código Tributário cobrança, porquanto, verificou que não houve movimentação do
Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS”. (PRIMEIRA processo por mais de cinco anos ininterruptos.
SEÇÃO, julgado em 11.06.2008, DJ 19.06.2008, p. 1). A recorrente ressaltou que se trata de execução de créditos de
É firme a orientação jurisprudencial, no sentido de que o prazo contribuições para o Fundo de Garantia por Tempo de serviço – FGTS
prescricional para cobrança de contribuições destinadas ao FGTS é e alegou, em síntese, que o prazo prescricional dessas contribuições é
trintenário. Confira-se: trintenário, não se aplicando as disposições do CTN referentes à
“CONSTITUCIONAL E TRABALHISTA. EMBARGOS DE prescrição.
DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE O Ministério Público Federal opinou pelo provimento do recurso (fls.
INSTRUMENTO. FGTS. PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA. 83).
PRECEDENTES. É o relatório. Decido.
1. Esta Corte firmou orientação no sentido de ser trintenário o prazo Compulsando os autos, verifica-se que a presente ação foi proposta
para fins de cobrança de contribuições para o FUNDO DE
GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS, referentes às
competências de 11/71 a 01/73 (fls. 04); a ação foi recebida em Juízo e
lançado o despacho citatório em 09 de janeiro de 1984 (fls. 02) e a
sentença prolatada em 27 de setembro de 2011 (fls. 68).

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
A prestação referente ao FGTS tem natureza de contribuição
trabalhista e social, não se harmoniza com as contribuições descritas no
Código Tributário Nacional, até mesmo porque possui com estas,
profunda diferença finalística, não se aplicando as disposições
referentes à decadência ou prescrição, próprias dos tributos.
Dessa forma, já decidiu o Plenário desta Corte nos Embargos ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Infringentes na Apelação Cível nº 89.02.11483-0, em que foi relator o ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE
Desembargador Federal Frederico Gueiros, decisão unânime, cujo EXECUÇÃO FISCAL - RJ (0005950848)
acórdão foi assim ementado:
“FGTS – NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO QUE NÃO DECISÃO
É PREVIDENCIÁRIA. Cuida-se de apelação cível, interposta pela UNIÃO
Inaplicabilidade da Súmula 108 do E. extinto TFR em face a depósitos FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, objetivando reformar a sentença
para o FGTS, cuja cobrança independe de constituição oportuna do prolatada nos autos da execução fiscal nº 1984.51.01.595084-2,
crédito, estando sujeita apenas à prescrição”. (DJ de 10/05/90). proposta em face de STILI DECORAÇÕES DE INTERIORES LTDA,
Nesse mesmo sentido, é o entendimento consolidado pelo e. STJ no que julgou extinto o processo com fundamento no artigo 269, inc. IV
verbete da súmula nº 353: “As disposições do Código Tributário do CPC, por entender que ocorreu a prescrição intercorrente do crédito
Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS”. (PRIMEIRA em cobrança, porquanto, verificou que não houve movimentação do
SEÇÃO, julgado em 11.06.2008, DJ 19.06.2008, p. 1). processo por mais de cinco anos ininterruptos.
É firme a orientação jurisprudencial, no sentido de que o prazo A recorrente ressaltou que se trata de execução de créditos de
prescricional para cobrança de contribuições destinadas ao FGTS é contribuições para o Fundo de Garantia por Tempo de serviço – FGTS
trintenário. Confira-se: e alegou, em síntese, que o prazo prescricional dessas contribuições é
“CONSTITUCIONAL E TRABALHISTA. EMBARGOS DE trintenário, não se aplicando as disposições do CTN referentes à
DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE prescrição.
INSTRUMENTO. FGTS. PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA. É o relatório. Decido.
PRECEDENTES. Compulsando os autos, verifica-se que a presente ação foi proposta
1. Esta Corte firmou orientação no sentido de ser trintenário o prazo para fins de cobrança de contribuições para o FUNDO DE
prescricional do FGTS. Precedentes. GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS, referentes às
2. Embargos de declaração acolhidos tão-somente para prestar competências de 04/72 a 10/73 (fls. 04); o processo foi distribuído em
esclarecimentos, sem, contudo, alterar o julgado.” 26/01/84 e a sentença prolatada em 23 de agosto de 2012 (fls. 34).
(AI 782236 AgR-ED, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda A prestação referente ao FGTS tem natureza de contribuição
Turma, julgado em 14/12/2010, DJe-025 DIVULG 07-02-2011, trabalhista e social, não se harmoniza com as contribuições descritas no
PUBLIC 08-02-2011, EMENT VOL-02459-03, PP-00558). Código Tributário Nacional, até mesmo porque possui com estas,
“A ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em profunda diferença finalística, não se aplicando as disposições
trinta (30) anos.” (STJ - Súmula 210, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em referentes à decadência ou prescrição, próprias dos tributos.
27/05/1998, DJ 05/06/1998, p. 112). Dessa forma, já decidiu o Plenário desta Corte nos Embargos
Registre-se que, conforme previsto na Lei nº 6.830/80, a inscrição em Infringentes na Apelação Cível nº 89.02.11483-0, em que foi relator o
dívida ativa suspende o curso da prescrição por 180 dias, ou até a Desembargador Federal Frederico Gueiros, decisão unânime, cujo
distribuição da execução fiscal (art. 2º, § 3º), e o despacho do juiz que acórdão foi assim ementado:
ordena a citação interrompe a prescrição (art. 8º, § 2º). “FGTS – NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO QUE NÃO
No presente caso, como já destacado, não transcorreu o prazo de trinta É PREVIDENCIÁRIA.
anos ininterruptos, por inércia da exeqüente, entre a data do fato Inaplicabilidade da Súmula 108 do E. extinto TFR em face a depósitos
gerador da contribuição e o despacho citatório, tampouco entre esta para o FGTS, cuja cobrança independe de constituição oportuna do
data e a da prolação da sentença. Portanto, não se consumou a crédito, estando sujeita apenas à prescrição”. (DJ de 10/05/90).
prescrição do crédito exeqüendo. Nesse mesmo sentido, é o entendimento consolidado pelo e. STJ no
Diante do exposto, com fulcro no art. 557, § 1º-A, do Código de verbete da súmula nº 353: “As disposições do Código Tributário
Processo Civil, DOU PROVIMENTO à apelação da exeqüente, para Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS”. (PRIMEIRA
afastar a prescrição do crédito exeqüendo, e determino a baixa dos SEÇÃO, julgado em 11.06.2008, DJ 19.06.2008, p. 1).
autos à Vara de origem para seu regular prosseguimento. É firme a orientação jurisprudencial, no sentido de que o prazo
Intime(m)-se. prescricional para cobrança de contribuições destinadas ao FGTS é
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. trintenário. Confira-se:
JOSÉ F. NEVES NETO “CONSTITUCIONAL E TRABALHISTA. EMBARGOS DE
Relator DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. FGTS. PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA.
PRECEDENTES.
1. Esta Corte firmou orientação no sentido de ser trintenário o prazo
prescricional do FGTS. Precedentes.
IV - APELACAO CIVEL 565046 1984.51.01.595084-2 2. Embargos de declaração acolhidos tão-somente para prestar
Nº CNJ :0595084-61.1984.4.02.5101 esclarecimentos, sem, contudo, alterar o julgado.”
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE (AI 782236 AgR-ED, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda
F. NEVES NETO Turma, julgado em 14/12/2010, DJe-025 DIVULG 07-02-2011,
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA PUBLIC 08-02-2011, EMENT VOL-02459-03, PP-00558).
NACIONAL “A ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em
APELADO :STILI DECORACOES DE INTERIORES trinta (30) anos.” (STJ - Súmula 210, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
LTDA 27/05/1998, DJ 05/06/1998, p. 112).
Registre-se que, conforme previsto na Lei nº 6.830/80, a inscrição em
dívida ativa suspende o curso da prescrição por 180 dias, ou até a
distribuição da execução fiscal (art. 2º, § 3º), e o despacho do juiz que
ordena a citação interrompe a prescrição (art. 8º, § 2º).
No presente caso, como já destacado, não transcorreu o prazo de trinta

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anos ininterruptos, por inércia da exeqüente, entre a data do fato
gerador da contribuição e o despacho citatório, tampouco entre esta
data e a da prolação da sentença. Portanto, não se consumou a
prescrição do crédito exeqüendo.
Diante do exposto, com fulcro no art. 557, § 1º-A, do Código de
Processo Civil, DOU PROVIMENTO à apelação da exeqüente, para redação ao art. 219, § 5º, do CPC, "o juiz pronunciará, de ofício, a
afastar a prescrição do crédito exeqüendo, e determino a baixa dos prescrição".
autos à Vara de origem para seu regular prosseguimento. 2. No entanto, em sede de execução fiscal, após o advento da Lei
Intime(m)-se. 11.051/2004, a qual introduziu o § 4º no art. 40 da Lei 6.830/80,
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. passou-se a admitir a decretação de ofício da prescrição intercorrente,
JOSÉ F. NEVES NETO depois da prévia oitiva da Fazenda Pública.
Relator Ressalte-se que, "tratando-se de norma de natureza processual, tem
aplicação imediata, alcançando inclusive os processos em curso" (REsp
853.767/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de
11.9.2006). Assim, a decretação, de ofício, na execução fiscal, deve
ocorrer nos moldes da novel redação do art. 40, § 4º, da Lei 6.830/80,
IV - APELACAO CIVEL 1993.51.01.048856-2 ou seja, condiciona-se ao cumprimento da exigência prevista no
Nº CNJ :0048856-70.1993.4.02.5101 preceito legal referido.
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO 3. Na hipótese, não satisfeita a condição em comento — prévia oitiva
THEOPHILO MIGUEL da Fazenda Pública —, mostra-se inviável decretar-se, desde logo, a
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA prescrição, sem prejuízo da aplicação da legislação superveniente,
NACIONAL desde que cumprida a condição mencionada.
APELADO :ENGEMATICA CONSTRUTORA 4. Embargos de divergência desprovidos.
LTDA E OUTROS (EREsp 699016/PE, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA
ADVOGADO :NUNO VIEIRA LEAL SEÇÃO, julgado em 27/02/2008, DJe 17/03/2008).
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE Extrai-se dos autos que a sistemática veiculada no art. 40, da LEF, foi
EXECUÇÃO FISCAL - RJ (9300488562) observada, razão pela qual a prescrição intercorrente encontra-se
configurada na espécie, senão vejamos. O Juiz a quo suspendeu o feito
DECISÃO em novembro de 1997, nos termos do art. 40, da LEF, por não ter sido
Trata-se de Apelação interposta pela União/Fazenda Nacional contra a localizado o devedor e/ou seus bens penhoráveis. Em seguida, foi
sentença que, com permissivo no art. 40, § 4º, da LEF, reconheceu de aberta vista a Fazenda em janeiro de 1998. Em razão do decurso do
ofício a prescrição quinquenal do crédito tributário e julgou extinta a prazo, sem que houvesse iniciativa da exequente em impulsionar o
execução fiscal, na forma do art. 269, IV, do CPC, com a condenação processo, o juiz a quo determinou o arquivamento dos autos em abril
da exequente ao pagamento de honorários advocatícios arbitrados em de 2000, conforme o disposto no art. 40, § 2º, da LEF, sendo a Fazenda
R$ 500,00 (quinhentos reais), nos termos do art. 20, § 4º, do CPC. cientificada de tal decisão. Após, decorreram mais de cinco anos do
Aduz a recorrente, em síntese, que a prescrição intercorrente não restou arquivamento sem qualquer medida efetiva do Fisco em impulsionar a
configurada na hipótese, vez que inobservada a sistemática prevista no execução fiscal. Em julho de 2005, em razão do comparecimento
art. 40, da LEF. Assim como, não houve inércia da exequente nesta espontâneo aos autos, deu-se por citada a parte executada. Entretanto,
ação fiscal. não há que se falar em interrupção do prazo prescricional, previsto no
Contrarrazões às fls. 91/94. art. 174, I, do CTN, com a citação válida da empresa, visto que a
Relatei. Decido: mesma se efetivou quando já havia decorrido o lapso temporal com
Não assiste razão à Fazenda Nacional. fundamento no art. 40, da LEF. Mais adiante, em cumprimento ao
Com efeito, diante da nova sistemática implementada pelo atual § 4º, disposto no art. 40, § 4º, da LEF, o ente público foi intimado para
do art. 40, da LEF (Lei 6.830/1980), acrescentado pela Lei alegar eventual causa suspensiva ou interruptiva do prazo prescricional
11.051/2004 (art. 6º), norma processual de aplicação imediata, restou em setembro de 2011. Não sendo informado pela exequente nenhum
prevista a possibilidade da decretação da prescrição intercorrente de fato nesse sentido, foi prolatada sentença extintiva, em outubro de
ofício, existindo a condição de ser previamente ouvida a Fazenda 2011, reconhecendo a prescrição intercorrente do crédito tributário.
Pública. Precedentes: (STJ, REsp 815.711/RS, Rel. Min. Teori Albino Nessa fase, é o entendimento firmado pelo Egrégio Superior Tribunal
Zavascki, DJ 10.04.2006). de Justiça:
Assim, intimada a Fazenda Pública sobre a possibilidade da decretação TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ART. 40, § 4º,
da prescrição intercorrente de ofício, deve ser extinto o processo DA LEI N. 6.830/80. INTIMAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA.
executório. CAUSAS SUSPENSIVAS OU INTERRUPTIVAS NÃO ALEGADAS
Nesse sentido, é ver: EM APELAÇÃO. PREJUÍZO E NULIDADE NÃO
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO CONFIGURADOS. ALEGAÇÃO DE QUE NÃO HOUVE INÉRCIA
RECURSO ESPECIAL. ALEGADO DISSÍDIO SOBRE O DA FAZENDA PÚBLICA. REEXAME DE PROVA. SÚMULA
DISPOSTO NO § 4º DO ART. 40 DA LEI 6.830/80. TRIBUTÁRIO. 7/STJ.
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO. 1. Nos termos do art. 40, § 4º da Lei n. 6.830/80, configura-se a
NECESSIDADE DE PRÉVIA OITIVA DA FAZENDA PÚBLICA. prescrição intercorrente quando, proposta a execução fiscal e decorrido
1. Nos termos da antiga redação do art. 219, § 5º, do CPC, "não se o prazo de suspensão, o feito permanecer paralisado por mais de cinco
tratando de direitos patrimoniais, o juiz poderá, de ofício, conhecer da anos - contados da data do arquivamento -, por culpa da parte
prescrição e decretá-la de imediato". Desse modo, a orientação desta exequente.
Corte firmou-se no sentido de que a prescrição não podia ser decretada 2. A finalidade da prévia oitiva da Fazenda Pública, prevista no art. 40,
de ofício pelo juiz quando a questão versava sobre direito patrimonial. § 4º, da Lei n. 6.830/80, é a de possibilitar à Fazenda a arguição de
Acrescente-se que após a edição da Lei 11.280/2006, que deu nova eventuais causas de suspensão ou interrupção da prescrição do crédito
tributário. Não havendo prejuízo demonstrado pela Fazenda pública em
apelação, não há que se falar em nulidade, tampouco cerceamento de
defesa, em homenagem aos Princípios da Celeridade Processual e
Instrumentalidade das Formas. Precedentes.
3. O Tribunal de origem expressamente consignou que o feito

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permaneceu parado por mais de 17 (dezessete) anos, por inércia da
Fazenda Pública. Rever tal posicionamento requer o reexame de fatos e
provas, o que é vedado ao STJ por óbice da Súmula 7/STJ.
Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1247737/BA, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe 29/06/2011). Diante do exposto, nego seguimento ao recurso, com fulcro no art. 557,
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. CDA caput, do Código de Processo Civil.
QUE ENGLOBA NUM ÚNICO VALOR A COBRANÇA DE MAIS Publique-se e intime-se.
DE UM EXERCÍCIO. NULIDADE. PRESCRIÇÃO. DECRETAÇÃO Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se, dê-se baixa na
DE OFÍCIO. DIREITO PATRIMONIAL. POSSIBILIDADE, A distribuição com remessa dos autos à Vara de Origem.
PARTIR DA LEI 11.051/2004. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
1. É nula a CDA que engloba num único valor a cobrança de mais de THEOPHILO MIGUEL
um exercício: Precedentes: REsp 733.432/RS, 1ª Turma, Min. José Juiz Federal Convocado - Relator
Delgado, DJ de 08.08.2005; REsp 819678/RS, 2ª Turma, Min. João
Otávio Noronha, DJ de 08.05.2006.
2. A jurisprudência do STJ sempre foi no sentido de que "o
reconhecimento da prescrição nos processos executivos fiscais, por
envolver direito patrimonial, não pode ser feita de ofício pelo juiz, ante IV - APELACAO CIVEL 1996.51.01.627311-8
a vedação prevista no art. 219, § 5º, do Código de Processo Civil" Nº CNJ :0627311-84.1996.4.02.5101
(RESP 655.174/PE, 2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJ de RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
09.05.2005). THEOPHILO MIGUEL
3. Ocorre que o atual parágrafo 4º do art. 40 da LEF (Lei 6.830/80), APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
acrescentado pela Lei 11.051, de 30.12.2004 (art. 6º), viabiliza a NACIONAL
decretação da prescrição intercorrente por iniciativa judicial, com a APELADO :PORCELANA D PEDRO II S/A
única condição de ser previamente ouvida a Fazenda Pública, ADVOGADO :SEM ADVOGADO
permitindo-lhe argüir eventuais causas suspensivas ou interruptivas do ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
prazo prescricional. Tratando-se de norma de natureza processual, tem EXECUÇÃO FISCAL - RJ (0006273114)
aplicação imediata, alcançando inclusive os processos em curso,
cabendo ao juiz da execução decidir a respeito da sua incidência, por DECISÃO
analogia, à hipótese dos autos. Trata-se de Apelação interposta pela União/ Fazenda Nacional contra a
4. Recurso especial a que se dá parcial provimento. sentença que extinguiu a execução fiscal, nos termos do art. 267, IV,
(REsp 853767/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, do CPC, por considerar o esvaziamento do polo passivo, diante do
PRIMEIRA TURMA, julgado em 22/08/2006, DJ 11/09/2006, p. 240). encerramento da falência, que se traduz no desaparecimento da pessoa
Cabe ressaltar que não pode o credor ficar inerte aguardando a jurídica.
ocorrência de qualquer fato que ponha fim ao processo. Destarte, não Aduz a recorrente, em síntese, que “(...) o encerramento da falência não
sendo diligente, não tendo atuado de forma efetiva, praticando atos se confunde com a extinção das obrigações do falido. Liquidado o
processuais que efetivamente interrompam a prescrição, resta ativo do falido, encerra-se o processo falimentar, por falta de objeto,
demonstrada que o exequente atua de maneira desidiosa, acarretando, retomando os credores o direito de executar o devedor e os seus
por fim, a decretação da prescrição intercorrente. responsáveis solidários pelo saldo de seus créditos. Já a extinção das
Destarte, correta a sentença impugnada que decretou a prescrição obrigações do falido, no que se refere ao crédito fiscal, depende de
intercorrente diante da inércia da exequente, que passou mais de cinco extinção do mesmo, na forma da lei.”
anos sem impulsionar o feito executivo. Sem contrarrazões.
À ilustração, confira-se: Relatei. Decido:
Paralisado o processo por mais de oito anos sem que a exequente Não merece reparos a decisão hostilizada.
promova nenhum ato ou procedimento para impulsionar o andamento Com efeito, restando comprovado nos autos que foram encerradas as
do feito, fica caracterizada a prescrição intercorrente uma vez que "o atividades da empresa em virtude de sua falência e exaurido seu ativo,
princípio do impulso oficial não é absoluto. não há mais nada a ser requerido contra a massa falida. Há evidente
(REsp 502732 / PR; Rel. Min. Franciulli Netto, DJU 29.03.2004). falta de interesse processual para o prosseguimento da lide, por falta de
Em respeito ao princípio da segurança jurídica, não se pode permitir que o objeto.
processo executivo fiscal se arraste por tanto tempo, quando inexiste Importante salientar que, em tais circunstâncias, não cabe sequer o
qualquer medida efetiva do fisco em dar concretude à execução do crédito arquivamento do processo nos termos do art. 40 da LEF. Uma vez que
tributário. em face do encerramento da falência e do total exaurimento do ativo,
In casu, não tendo a exequente, no recurso de apelação, demonstrado a não há mais nada a ser requerido contra a massa falida.
existência de causa suspensiva ou interruptiva de prescrição que Ademais, encerrada a falência da pessoa jurídica, deixa esta de existir,
impedisse a decretação dessa prejudicial, não há que se reconhecer a não podendo prosseguir a execução fiscal contra a massa falida, por
nulidade do decisum. inexistência de sujeito passivo.
Por fim, verifico que a verba honorária arbitrada em R$ 500,00 Nesse sentido, é pacífica a jurisprudência do Eg. Superior Tribunal de
(quinhentos reais) observou a regra de equidade engendrada no art. 20, Justiça:
§ 4º, do CPC, revelando-se proporcional ao trabalho do causídico e à TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ENCERRAMENTO DA
complexidade do feito. FALÊNCIA. EXTINÇÃO. ART. 40 DA LEI N. 6.830/80.
Nesse passo, é bem de ver-se que a sentença impugnada se coaduna INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES.
com a legislação de regência, assim como com a interpretação que lhe 1. Na hipótese de encerramento da falência com a inexistência de bens
é conferida pela jurisprudência pátria, consoante os fundamentos da massa para dar seguimento ao processo ou motivo que possibilite o
estampados na presente decisão, sendo forçoso confirmá-la. redirecionamento da execução, o processo deve ser extinto, e não
suspenso.
2. Aplicam-se os óbices previstos nas Súmulas ns. 282 e 356/STF
quando a questão infraconstitucional suscitada no recurso especial não
foi enfocada no acórdão recorrido, nem, a respeito, foram opostos
embargos de declaração. 3. Recurso especial parcialmente conhecido e

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improvido.”
(Processo. RESP 200501956034. Relator(a) JOÃO OTÁVIO DE
NORONHA Superior Tribunal de Justiça. Órgão julgador:
SEGUNDA TURMA Fonte DJ DATA:12/11/2007 PG:00203).
“PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ENCERRAMENTO DA
FALÊNCIA. SUSPENSÃO. ART. 40 DA LEF. POSTERIOR F. NEVES NETO
REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Havendo o trânsito em julgado da sentença que encerrou o ADVOGADO :LUIZ ANTONIO AZAMOR
procedimento falimentar sem a ocorrência de nenhum motivo RODRIGUES E OUTROS
ensejador de redirecionamento da execução fiscal, não tem cabimento a APELADO :POLO ALIMENTACAO INDUSTRIAL
aplicação do disposto no art. 40 da Lei de Execuções Fiscais no sentido LTDA
de se decretar a suspensão do feito. 2. Recurso especial desprovido.” ADVOGADO :SEM ADVOGADO
(RESP 200500076404. Relator(a) DENISE ARRUDA. Superior ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DE
Tribunal de Justiça. Órgão julgador: PRIMEIRA TURMA. Fonte DJ EXECUÇÃO FISCAL - RJ (9900377010)
DATA :14/06/2007 PG:00255. RTFP VOL. :00075 PG: 00287).
PROCESSUAL CIVIL. ENCERRAMENTO DA FALÊNCIA. DECISÃO
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSSIBILIDADE. Cuida-se de apelação cível, interposta pela UNIÃO
1. O encerramento da falência enseja a extinção da execução quando FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, objetivando reformar a sentença
não houver possibilidade de redirecionamento aos sócios-gerentes prolatada nos autos da execução fiscal nº 1999.51.01.037701-8,
(q.v., verbi gratia: REsp 696.635/RS, 1ª Turma, Min. Teori Albino proposta em face de POLO ALIMENTAÇÃO INDUSTRIAL LTDA,
Zavascki, DJ de 22.11.2007; REsp 715.685/RS, 1ª Turma, Min. Denise que julgou extinto o processo com fundamento no artigo 269, inc. IV
Arruda, DJ de 14.06.2007; Ag 709.720/RS, 2ª Turma, Min. Castro do CPC, por entender que ocorreu a prescrição intercorrente do crédito
Meira, DJ de 14.10.2005). em cobrança, porquanto, verificou que não houve movimentação do
2. O intuito da Fazenda de diligenciar na busca e localização de co- processo por mais de cinco anos ininterruptos.
reponsáveis pela dívida da empresa não se amolda a quaisquer das A recorrente ressaltou que: a) trata-se de execução de créditos de
hipóteses autorizadoras da suspensão do executivo fiscal, constantes do contribuições para o Fundo de Garantia por Tempo de serviço – FGTS
art. 40 da LEF (q. v., verbi gratia: AgRg no REsp 758.407/RS, 1ª e alegou, em síntese, que o prazo prescricional dessas contribuições é
Turma, Min. José Delgado, DJ de 15.05.2006; AgRg no REsp 738.362/ trintenário, não se aplicando as disposições do CTN referentes à
RS, 1ª Turma, Min. Francisco Falcão, DJ de 28.11.2005; REsp prescrição; b) não se pode admitir que o reconhecimento da prescrição
718.541/RS, 2ª Turma, Min. Eliana Calmon, DJ de 23.05.2005; REsp ocorra em benefício daquele que se evadiu, em descumprimento ao
912.483/RS, 2ª Turma. Min. Eliana Calmon, DJ de 29.06.2007). ordenamento vigente, em flagrante ato de dissolução irregular da
3. Recurso especial a que se nega provimento. sociedade; c) a condenação em honorários é injusta e ilícita, tendo em
(REsp 758.438/RS, Rel. MIN. CARLOS FERNANDO MATHIAS vista expressa previsão legal nesse sentido.
(JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, O Ministério Público Federal afirmou ser desnecessária sua
julgado em 22/04/2008, DJe 09/05/2008). participação no feito (fls. 58)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. É o relatório. Decido.
MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 7 DO STJ. FALÊNCIA. FORMA Compulsando os autos, verifica-se que a presente ação foi proposta
REGULAR DE DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE. para fins de cobrança de contribuições para o FUNDO DE
1. Qualquer conclusão contrária ao que ficou consignado no aresto GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS, referentes às
recorrido, entendendo-se que não houve a extinção do executivo fiscal, competências de 08/87 a 07/89 (fls. 05/09); o processo foi protocolado
ensejaria incursão à seara fático-probatória dos autos, vedada pela em 25/03/99 (fls. 02) e a sentença prolatada em 10 de setembro de
Súmula 7 desta Corte. 2010 (fls. 34).
2. "A falência configura forma regular de dissolução da sociedade e A prestação referente ao FGTS tem natureza de contribuição
não enseja, por si só, o redirecionamento da execução" (AgRg no Ag trabalhista e social, não se harmoniza com as contribuições descritas no
767.383/RS, 2ª Turma, Min. Castro Meira, DJ de 25.08.2006). Código Tributário Nacional, até mesmo porque possui com estas,
3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, desprovido. profunda diferença finalística, não se aplicando as disposições
(REsp 802.264/PR, Rel. MIN. CARLOS FERNANDO MATHIAS referentes à decadência ou prescrição, próprias dos tributos.
(JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, Dessa forma, já decidiu o Plenário desta Corte nos Embargos
julgado em 22/04/2008, DJe 13/05/2008). Infringentes na Apelação Cível nº 89.02.11483-0, em que foi relator o
Diante do exposto, nego seguimento ao recurso, com fulcro no art. 557, Desembargador Federal Frederico Gueiros, decisão unânime, cujo
caput, do Código de Processo Civil. acórdão foi assim ementado:
Publique-se e intime-se. “FGTS – NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO QUE NÃO
Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se, dê-se baixa na É PREVIDENCIÁRIA.
distribuição com remessa dos autos à Vara de Origem. Inaplicabilidade da Súmula 108 do E. extinto TFR em face a depósitos
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. para o FGTS, cuja cobrança independe de constituição oportuna do
THEOPHILO MIGUEL crédito, estando sujeita apenas à prescrição”. (DJ de 10/05/90).
Juiz Federal Convocado - Relator Nesse mesmo sentido, é o entendimento consolidado pelo e. STJ no
verbete da súmula nº 353: “As disposições do Código Tributário
Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS”. (PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 11.06.2008, DJ 19.06.2008, p. 1).
É firme a orientação jurisprudencial, no sentido de que o prazo
IV - APELACAO CIVEL 560382 1999.51.01.037701-8 prescricional para cobrança de contribuições destinadas ao FGTS é
Nº CNJ :0037701-60.1999.4.02.5101 trintenário. Confira-se:
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE “CONSTITUCIONAL E TRABALHISTA. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. FGTS. PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA.
PRECEDENTES.
1. Esta Corte firmou orientação no sentido de ser trintenário o prazo
prescricional do FGTS. Precedentes.

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2. Embargos de declaração acolhidos tão-somente para prestar
esclarecimentos, sem, contudo, alterar o julgado.”
(AI 782236 AgR-ED, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda
Turma, julgado em 14/12/2010, DJe-025 DIVULG 07-02-2011,
PUBLIC 08-02-2011, EMENT VOL-02459-03, PP-00558).
“A ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em contagem do prazo prescricional.
trinta (30) anos.” (STJ - Súmula 210, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em Nesse sentido:
27/05/1998, DJ 05/06/1998, p. 112). AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.
Registre-se que, conforme previsto na Lei nº 6.830/80, a inscrição em MANDADO DE SEGURANÇA. CND. DÉBITOS DECLARADOS E
dívida ativa suspende o curso da prescrição por 180 dias, ou até a NÃO PAGOS. DESNECESSIDADE DE PROCEDIMENTO
distribuição da execução fiscal (art. 2º, § 3º), e o despacho do juiz que PRÉVIO. RECURSO REPETITIVO (RESP 1.123.557/RS).
ordena a citação interrompe a prescrição (art. 8º, § 2º). DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO DO DIREITO
No presente caso, como já destacado, não transcorreu o prazo de trinta DE COBRANÇA JUDICIAL PELO FISCO. PRAZO QÜINQÜENAL.
anos ininterruptos, por inércia da exeqüente, entre a data do fato TERMO INICIAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
gerador da contribuição e o despacho citatório, tampouco entre esta TRIBUTO SUJEITO À LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO.
data e a da prolação da sentença. Portanto, não se consumou a PARCELAMENTO. CAUSA SUSPENSIVA DO PRAZO
prescrição do crédito exeqüendo. PRESCRICIONAL. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Diante do exposto, com fulcro no art. 557, § 1º-A, do Código de (ARTIGO 156, V, DO CTN). PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA.
Processo Civil, DOU PROVIMENTO à apelação da exeqüente, para ADEMAIS, AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA
afastar a prescrição do crédito exeqüendo, e determino a baixa dos 356 DO STF. OMISSÃO - ART. 535, CPC. INOCORRÊNCIA. 1. A
autos à Vara de origem para seu regular prosseguimento. entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais
Intime(m)-se. constitui o crédito tributário, dispensando a Fazenda Pública de
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. qualquer outra providência, habilitando-a ajuizar a execução fiscal,
JOSÉ F. NEVES NETO conforme o precedente repetitivo: (REsp 1.123.557/RS, Rel. Ministro
Relator LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/11/2009, DJ
18/12/2009). 2. In casu, não há se falar em ausência de notificação ou
contraditório de créditos tributários declarados lançados por
homologação, vez que constituídos, parcelados e não pagos; nem
tampouco em decadência. 3. A prescrição, causa extintiva do crédito
IV - APELACAO CIVEL 1999.51.01.079491-2 tributário, resta assim regulada pelo artigo 174, do Código Tributário
Nº CNJ :0079491-24.1999.4.02.5101 Nacional, verbis: "Art. 174. A ação para a cobrança do crédito
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
THEOPHILO MIGUEL constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I -
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA pela citação pessoal feita ao devedor; I - pelo despacho do juiz que
NACIONAL ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118,
APELADO :JODARK COM/ E IND LTDA ME de 2005) II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que
ADVOGADO :SEM ADVOGADO constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DE que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo
EXECUÇÃO FISCAL - RJ (9900794915) devedor." 4. (...) 10. Considere-se, por fim, a data em que suceder
qualquer uma das causas interruptivas (ou de reinício) da contagem do
DECISÃO prazo prescricional, taxativamente elencadas no parágrafo único, do
Trata-se de recurso de apelação interposto pela União/Fazenda artigo 174, a qual "servirá como dies a quo do novo prazo prescricional
Nacional contra a sentença que reconheceu de ofício o lustro de cinco anos, qualificado pela conduta omissiva de o Fisco exercer o
prescricional do crédito tributário, julgando extinta a execução fiscal, direito de ação" (Eurico Marcos Diniz de Santi, in ob. cit., pág. 227).
na forma do art. 269, IV, do mesmo diploma processual. 11. In casu: (a) cuida-se de crédito tributário oriundo de contribuições
Irresignada, a Fazenda Nacional requer a reforma do julgado, com o previdenciárias declaradas e não pagas, cujo fato gerador é de 1995 e
prosseguimento do feito. Como razões recursais, aduz que houve 1996; (b) os créditos tributários foram parcelados, porém se encontram
confissão de débito em razão de parcelamento da dívida pela parte vencidos, desde 1997; (c) deste descumprimento, a exação em comento
executada, o que teria interrompido a prescrição. Só recomeçando, desde inicia-se em 2001. 12. A regra prescricional aplicável ao caso concreto
o início a contagem do prazo prescricional a partir da data em que tal é aquela prevista no item 07, segunda parte, da ementa, em que "nos
parcelamento restou descumprido. casos em que houver suspensão da exigibilidade depois do vencimento
Sem contrarrazões. do prazo para o pagamento, o prazo prescricional continuará sendo a
Relatei. Decido: data da constituição do crédito, mas será descontado o período de
Merece reparo a decisão impugnada. vigência do obstáculo à exigibilidade" 13. Desta sorte, tendo em vista
Comprova a apelante que, antes do decurso do prazo prescricional, houve que o prazo prescricional retomou seu curso em 1997 e a execução
adesão da executada a parcelamento da dívida (fls. 31), fato que tem o fiscal restou intentada em 2001, não se revela prescrito o direito de o
condão de interromper a prescrição, por força do que preceitua o artigo Fisco pleitear judicialmente o crédito tributário in foco. 14. Ademais, o
174, inciso IV, do CTN. requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a
O parcelamento, à luz da regra veiculada no art. 151, VI, do CTN, é causa apreciação, em sede de recurso especial, de matéria sobre a qual não se
suspensiva da exigibilidade do crédito tributário, constituindo, ao mesmo pronunciou o Tribunal de origem, incidindo, por analogia, o óbice das
tempo, óbice para que a Fazenda prossiga com a cobrança do crédito no Súmulas 282 e 356 do STF. 15. O acórdão recorrido, em sede de
processo executivo fiscal, não escoando o prazo prescricional enquanto a embargos de declaração, que enfrenta explicitamente a questão
exigibilidade do crédito se encontrar suspensa. Como consectário, se embargada não enseja recurso especial pela violação do artigo 535, II,
houver o descumprimento do parcelamento, retoma-se, desde o início, a do CPC. 16. Deveras, o magistrado não está obrigado a rebater, um a
um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos
utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão. 17. Agravo
regimental desprovido.
(AGRESP 200800169650, LUIZ FUX, STJ - PRIMEIRA TURMA,
DJE DATA:10/05/2010.)

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In casu, extrai-se dos autos que a dívida tributária foi inscrita em
17/06/1997. Houve adesão ao parcelamento em 01/05/2001, fato que
interrompeu o prazo prescricional até o momento em que parcelamento
deixou de ser cumprido, o que se deu em 25/01/2002; posteriormente,
houve nova adesão a parcelamento em 16/04/2003, com sua respectiva
rescisão em 07/09/2007, quando então recomeçou o cálculo do lustro para excluir da NFLD 32.808.459-0, os lançamentos referentes às
prescricional, desde o início. competências anteriores a junho de 1994, inclusive.
Destarte, considerando que entre a primeira rescisão e o início do novo Condeno a parte autora em metade das custas e em honorários
parcelamento, bem como entre a data da segunda rescisão e a da advocatícios que ora fixo em 5% (cinco por cento) do valor dado a
sentença que decretou a prescrição (05/09/2012), não houve transcurso causa, por ter sido sucumbente na maior parte do pedido.
de período de pelo menos cinco anos, não há que se falar em Sentença não sujeita a reexame necessário por estar fundamentada na
prescrição. Súmula Vinculante nº 8 do STF.
Diante do exposto, dou provimento ao recurso, com fulcro no art. 557, Dê-se ciência do inteiro teor desta sentença ao juízo da Vara de
§1º-A, do Código de Processo Civil. Execuções Fiscais de São João de Meriti onde tramita o Processo nº
Publique-se e intime-se. 2002.51.10006455-9.
Decorrido, in albis, o prazo recursal, remetam-se os autos à Vara de P.R.I.”
Origem com as devidas cautelas. Assim, considerando-se o teor da sentença prolatada no feito principal,
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. resta configurada a perda de objeto do presente recurso, conforme
entendimento do E. Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
THEOPHILO MIGUEL “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
Juiz Federal Convocado - Relator ESPECIAL. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. SENTENÇA
SUPERVENIENTE. PERDA DE OBJETO DO RECURSO NO
REFERIDO TÓPICO. PREJUDICIALIDADE RECONHECIDA.
PRECEDENTES DO STJ. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SEM
CARÁTER PROTELATÓRIO. EXCLUSÃO DA MULTA. SÚMULA 98/
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2002.02.01.031139-0 STJ. PROVIMENTO PARCIAL DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. O
Nº CNJ :0031139-07.2002.4.02.0000 entendimento majoritário desta Corte Superior é no sentido de que, se
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE proferida sentença no processo principal, perde o objeto o recurso de
F. NEVES NETO agravo de instrumento interposto contra decisão deferitória da
AGRAVANTE :VIGILANCE SERVICOS DE antecipação de tutela. 2. Nesse sentido, os seguintes precedentes deste
SEGURANCA PATRIMONIAL LTDA Tribunal Superior: EREsp 506.887/RS, 1ª Seção, Rel. Min. Castro
ADVOGADO :GIBRAN MOYSES FILHO E OUTROS Meira, DJ de 3.4.2006, p. 208; AgRg no REsp 408.648/RS, 5ª Turma,
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO Rel. Min. Laurita Vaz, DJ de 3.4.2006, p. 388; REsp 738.028/RJ, 1ª
SOCIAL - INSS Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 27.3.2006, p. 197;
PROCURADOR :TATIANA MOTTA VIEIRA AgRg no Ag 520.480/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Francisco Peçanha
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO Martins, DJ de 24.10.2005, p. 242; AgRg no REsp 655.475/SC, 2ª
JOÃO DE MERITI (200251100031980) Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 21.2.2005. 3. Entretanto, deve
ser afastada a multa processual aplicada com fundamento no
DECISÃO parágrafo único do art. 538 do CPC, tendo em vista o propósito de
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela empresa prequestionamento dos embargos de declaração apresentados. Aplica-
VIGILANCE SERVIÇO DE SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA se ao caso o disposto na Súmula 98 desta Corte, verbis: "Embargos de
contra decisão proferida pelo juízo da 5ª Vara Federal de São João de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento
Meriti - Seção Judiciária do Rio de Janeiro - que, nos autos da ação não têm caráter protelatório." 4. Agravo regimental parcialmente
ordinária nº 2002.51.10.003198-0, indeferiu o pedido de antecipação provido, apenas para excluir a multa fixada com base no art. 538,
de tutela que objetivava a suspensão da exigibilidade do crédito parágrafo único, do Código de Processo Civil.”
tributário e, alternativamente, a expedição de Certidão Positiva de (STJ. Primeira Turma. AGRESP 899315; 2006.02417851; decisão de
Débitos com Efeitos de Negativa, para o fim de participação em 18/12/2007, in DJ de 07/02/2008, p. 00265. Relator Ministra Denise
licitações públicas. Arruda)
No presente caso, por decisão colegiada de 21/06/2005, foi dado “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO QUE
provimento ao agravo, nos termos da íntegra do acórdão de fls. DEFERIU LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA.
1016/1022 e 1047/1048. SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE MÉRITO NA AÇÃO
No prazo legal, a exequente, ora agravada, opôs embargos de PRINCIPAL. PERDA DE OBJETO DO RECURSO ESPECIAL.
declaração que foram desprovidos, nos termos do decisum de fls. DECISÃO MONOCRÁTICA FUNDAMENTADA EM
1055/1061. Irresignada, a autarquia embargante interpôs Recurso JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO
Especial (fls. 1070/1077) que foram providos por decisão de fls. PROVIDO. 1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no
1091/1093, da lavra da Exma. Ministra do E. Superior Tribunal de sentido de que perde o objeto o agravo de instrumento contra decisão
Justiça, Eliana Calmon. Em decorrência, os autos retornaram a este concessiva ou denegatória de liminar com a superveniência da
Tribunal para novo julgamento dos embargos de declaração. prolação de sentença, tendo em vista que essa absorve os efeitos do
No entanto, consoante informação colhida do sistema eletrônico de provimento liminar, por se tratar de juízo de cognição exauriente. 2. A
consulta processual da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, em anexo, decisão monocrática ora agravada baseou-se em jurisprudência do
verifica-se já foi proferida sentença na ação objeto do presente recurso, STJ, razão pela qual não merece reforma. 3. Agravo regimental não
cujo dispositivo ora transcrevo, in verbis: provido.”
“Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE EM PARTE O PEDIDO, (STJ. Segunda Turma; AGRESP 956504; 200602208723; decisão de
com resolução de mérito, na forma do art. 269 I do CPC, tão-somente 06/05/2010 in DJE de 27/05/2010. Relator Ministro Mauro Campbell
Marques)

Isto posto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso, nos termos do art. 557,


caput, do Código de Processo Civil, pela perda de objeto.
Proceda a Subsecretaria da 4ª Turma Especializada à juntada aos

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presentes autos da informação processual em anexo.
Publique-se. Intime-se.
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se os autos
à Vara de origem, observados os procedimentos de praxe.
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012.
JOSÉ F. NEVES NETO estranho aos autos. A FAZENDA NACIONAL peticionou, então,
Desembargador Federal requerendo a penhora on line, via sistema BACEN JUD.
Relator Posteriormente, o Juízo a quo abriu novo prazo para a manifestação da
exequente, desta vez, para a alegação de eventual causa interruptiva ou
suspensiva do lustro prescricional, a teor do §4º, do art. 40, da LEF.
Insta ressaltar que não foi deferida a suspensão, tampouco o
arquivamento sem baixa, que funciona como marco inicial para a
IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.528113-4 contagem do lapso prescricional, na forma do mesmo dispositivo legal,
Nº CNJ :0528113-64.2002.4.02.5101 e em 11/07/2012 foi proferida a sentença extintiva.
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Assim, deve ser afastada a prescrição intercorrente do crédito tributário
THEOPHILO MIGUEL reconhecida pelo juiz singular.
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Diante do exposto, dou provimento ao recurso, com fulcro no art. 557,
NACIONAL §1º-A, do Código de Processo Civil.
APELADO :CIVEIC CENTRAL DE Publique-se e intime-se.
IDENTIFICACAO DE VEICULOS Decorrido, in albis, o prazo recursal, remetam-se os autos à Vara de
LTDA E OUTRO Origem com as devidas cautelas.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2012.
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DE THEOPHILO MIGUEL
EXECUÇÃO FISCAL - RJ Juiz Federal Convocado - Relator
(200251015281134)

DECISÃO
Trata-se de Apelação interposta pela UNIÃO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL contra sentença julgou extinta a execução fiscal, com IV - APELACAO CIVEL 2008.50.01.007349-3
fulcro no art. 269, IV, do CPC c/c o art. 156, V, do CTN.. Nº CNJ :0007349-16.2008.4.02.5001
Alega a apelante, em síntese, que o não preenchimento dos requisitos RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
estabelecidos pelo do art. 40 da Lei 6.830/80 para a decretação da THEOPHILO MIGUEL
prescrição intercorrente, tendo em vista não haver sido determinada a APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DE
suspensão do processo, nos moldes do referido dispositivo legal, e, ainda, METROLOGIA, NORMALIZACAO E
que mesmo que fosse considerada a suspensão e o arquivamento, não QUALIFICACAO INDUSTRIAL -
houve o decurso de prazo prescricioanal. INMETRO
Sem contrarrazões. PROCURADOR :NANCI APARECIDA DOMINGUES
Relatei. Decido: CARVALHO
Merece reparo a decisão impugnada. APELADO :CIDNEY PUPPIM
Com efeito, a prescrição intercorrente é a inércia do credor em ADVOGADO :ALVARO AUGUSTO LAUFF
impulsionar a execução, após a sua propositura, deixando escoar o MACHADO E OUTROS
lapso prescricional. Encontra-se veiculada no art. 40 da Lei 6.830/80, ORIGEM :4ª VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO
estabelecendo a seguinte sistemática: não encontrado o devedor ou FISCAL DE VITÓRIA/ES
seus bens, é suspenso o curso da execução, sendo disso intimada a (200850010073493)
Fazenda; decorrido um ano, sem manifestação, ocorre o arquivamento,
automático, sendo prescindível nova intimação para manifestação. A DECISÃO
partir do arquivamento, decorridos cinco anos, será decretada a Trata-se de Recurso de Apelação interposto pelo INSTITUTO
prescrição intercorrente ex officio, em razão da inércia do credor, NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E
concedendo-lhe, previamente, a oitiva, para se manifestar, como regra QUALIFICAÇÃO INDUSTRIAL – INMETRO nos autos da ação de
(§4º), para que possa alegar eventual causa interruptiva ou suspensiva execução fiscal ajuizada pelo apelante, aparelhada em Certidão de
do lustro prescricional, podendo ser dispensada a oitiva prévia quando Dívida Ativa – CDA, para a cobrança de crédito tributário
se tratar de créditos fiscais que incidam na hipótese veiculada na regularmente inscrito.
redação atual do §5º. Infere-se do art. 40 da LEF (§2º e §4º) que, após A sentença extinguiu o processo executivo fiscal em relação a CDA
um ano de suspensão do processo, ocorrerá o arquivamento, 110, nos termos do art. 269, IV, do CPC e em relação as CDA´s 55,
decorrência automática do transcurso do prazo de suspensão, e termo 121 e 156, por cancelamento, com fulcro no art. 26, da Lei nº 6.830/80,
inicial da prescrição intercorrente. com a condenação da exequente ao pagamento de honorários
Extrai-se de modo iniludível dos autos que a sistemática veiculada no advocatícios arbitrados em R$ 500,00 (quinhentos reais), nos termos
art. 40 da LEF não foi observada, razão pela qual a prescrição do art. 20, § 4º, do CPC. A sentença não se encontra submetida ao
intercorrente não encontra-se configurada na espécie, senão vejamos. reexame necessário (art. 475, §2º, do CPC).
A Fazenda Nacional requereu a suspensão do feito por 180 (cento e Irresignado, o INMETRO interpôs recurso de apelação, requerendo a
oitenta) dias, para diligências administrativas, o que foi deferido em reforma do julgado. Como razões recursais, aduz os fundamentos ora
24/08/2005, ciente a UF em 16/09/2005, conforme fl. 49. Depois de apontados. Não ocorrência da prescrição em relação a CDA 110, bem
transcorridos 5 (cinco) anos, foi a exequente intimada para se como a suspensão do prazo prescricional por 180 dias, com
manifestar sobre a regularidade de parcelamento completamente fundamento no art. 2º, § 3º, da LEF. Além disso, ressalta que o
despacho ordenatório da citação tem o condão de interromper o prazo
prescricional. A demora na citação do devedor não se deu por inércia
ou desídia da Fazenda, e sim em razão da morosidade inerente ao
mecanismo da Justiça, aplicando-se ao caso o disposto na súmula 106
do STJ. Assevera, ademais, que o art. 20 do CPC apresenta como

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fundamento o princípio da causalidade, sendo o valor da condenação
honorária exorbitante e incompatível com o trabalho executado, diante da
ausência de complexidade da causa.
Contrarrazões às fls. 63/70.
É o relatório.
Passo a decidir. dilação probatória, conforme o caso dos autos.
Não merece reparo a decisão hostilizada. 2. Segundo disposto no art. 174, parágrafo único, I, do CTN, com
De início, importa considerar que a pretensão formulada em ação para redação anterior à LC n. 118/2004, o prazo de cinco anos para
a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da cobrança do crédito tributário é contado da data da sua constituição
data da sua constituição definitiva, à luz do regramento engendrado no definitiva, e se interrompe pela citação pessoal feita ao devedor.
caput do artigo 174 do CTN. 3. A suspensão de 180 (cento e oitenta) dias do prazo prescricional a
Conforme a redação originária do inciso I, do parágrafo único, do contar da inscrição em Dívida Ativa, prevista no art. 2º, § 3º, da Lei
artigo 174, do CTN, (anterior à redação conferida pela LC n. 118/05), 6.830/80, aplica-se tão-somente às dívidas de natureza não-tributária,
aplicável ao presente caso, a prescrição se interrompia pela citação porquanto a prescrição do direito do Fisco ao crédito tributário regula-
pessoal feita ao devedor. se por lei complementar, in casu, o art.
A alteração do inciso I do parágrafo único do art. 174 do CTN, 174 do CTN.
promovida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 118/2005, embora 4. A constituição definitiva do crédito se deu em 5.8.1999, e a citação
introduzida por norma de caráter processual, que se aplica aos válida, em 10.2.2005. Logo, não há como afastar o decreto de
processos em curso, não alcança as situações em que a prescrição já se prescrição na espécie, uma vez que decorridos mais de cinco anos entre
havia consumado, em respeito à cláusula constitucional que protege o a constituição definitiva do crédito tributário e a citação válida do
direito adquirido do contribuinte de não ser surpreendido com a devedor.
cobrança de dívida já atingida pela prescrição, quando uma nova lei 5. A averiguação da assertiva de que a demora da citação se deu em
modifica o prazo prescricional em benefício do credor. virtude de falha nos mecanismos da justiça importa análise de matéria
Oportuno enaltecer que a interrupção da prescrição pelo despacho que fática. Incidência da Súmula 7/STJ.
ordena a citação do devedor, como previsto no artigo 8º, § 2º, da LEF 6. Recurso especial não provido.
aplica-se aos créditos de natureza não tributária, devendo prevalecer o (REsp 1164878/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
art. 174 do CTN para as execuções fiscais que visam à satisfação de SEGUNDA TURMA, julgado em 05/08/2010, DJe 01/09/2010).
créditos de natureza tributária, pois no âmbito do Direito Tributário a Importa ressaltar que a inscrição em dívida ativa não guarda relação
interrupção da prescrição cuida-se de matéria que só pode ser tratada com a constituição do crédito tributário, tratando-se apenas de
por Lei Complementar (art. 146, III, “b”, da CF/88). No caso em procedimento administrativo tendente a registrar os valores
apreço, como se cuida de crédito tributário, devem prevalecer as regras contabilmente e torná-los exigíveis por meio do título executivo a ser
do CTN sobre a interrupção do prazo prescricional. A propósito: formado a partir de tal ato - CDA.
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL Nessa fase, é pacífico o entendimento da Corte Uniformizadora do
EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS Direito Federal, conforme são exemplos as seguintes ementas de
DO DEVEDOR. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. CITAÇÃO acórdãos:
PESSOAL DO DEVEDOR. 1. - O art. 8º, § 2º, da Lei n. 6.830/80, nos PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –
termos em que foi admitido em nosso ordenamento jurídico, não tem VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC – FUNDAMENTAÇÃO
prevalência. A sua aplicação há de sofrer os limites impostos pelo art. DEFICIENTE – SÚMULA 284/STF – ART. 219, § 5º, DO CPC –
174 do Código Tributário Nacional. 2. - Os casos de interrupção do PRESCRIÇÃO OCORRIDA ANTES DA PROPOSITURA DA
prazo prescricional estão previstos no art. 174 do CTN, o qual tem AÇÃO – DECLARAÇÃO DE OFÍCIO – POSSIBILIDADE –
natureza de lei complementar e, por isso, se sobrepõe à Lei de TRIBUTO SUJEITO Á LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO –
Execuções Fiscais (6.830/80), que é lei ordinária. 3. - A nova redação PRAZO PRESCRICIONAL – INÍCIO – DATA DO VENCIMENTO –
do art. 174, parágrafo único, I, do CTN, dada pela Lei Complementar PRECEDENTES. 1. Incide a Súmula 284/STF se o recorrente, a
n. 118/2005, não incide nos processos onde a citação ocorreu pretexto de violação do art. 535 do CPC, limita-se a alegações
anteriormente a sua vigência. 4. - Não efetivada a regular citação do genéricas, sem indicação precisa da omissão, contradição ou
contribuinte antes de transcorridos cinco anos da data da constituição obscuridade do julgado. Inúmeros precedentes desta Corte. 2. Em
definitiva do crédito tributário, a prescrição há de ser decretada. 5. - execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação
Agravo regimental não-provido. (STJ; SEGUNDA TURMA; AGRESP pode ser decretada de ofício, com base no art. 219, § 5º do CPC
200800625701; REL . MIN. MAURO CAMPBELL MARQUES; DJE (redação da Lei 11.051/04), independentemente da prévia ouvida da
DATA:21/11/2008). Grifo nosso. Fazenda Pública. (Súmula 409/STJ). 3. O termo inicial do prazo
Registre-se, outrossim, que a regra contida no § 3º, do artigo 2º, da Lei prescricional para o Fisco exercer a pretensão de cobrança judicial do
6.830/1980, que trata da suspensão da prescrição pelo prazo de 180 crédito tributário declarado, mas não pago, é a data do vencimento da
dias, não se aplica ao caso concreto. Isso porque, a prescrição é norma obrigação tributária expressamente reconhecida. Precedentes. 3.
geral em matéria tributária, que deve ser regulada por lei Recurso especial parcialmente conhecido e não provido.
complementar, conforme artigo 146, inciso III, letra "b", da CF/1988, e (RESP 201000805234, Rel. ELIANA CALMON, DJ de 01/12/2010).
que se encontra disciplinada pelo artigo 174 do CTN, o qual não prevê RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
hipótese de suspensão. Confira-se: PRESCRIÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ- HOMOLOGAÇÃO. TERMO INICIAL. ENTREGA DA
EXECUTIVIDADE. DECLARAÇÃO E RESPECTIVO VENCIMENTO DA DÍVIDA.
EXECUÇÃO FISCAL. CABIMENTO. PRESCRIÇÃO. 1. A inscrição em dívida ativa não exerce qualquer influência na
OCORRÊNCIA. contagem do prazo prescricional do crédito tributário, uma vez que ela
1. Consoante entendimento desta Corte é perfeitamente cabível a não é forma de constituição do crédito tributário, mas simples ato
oposição de exceção de pré-executividade em execução fiscal, administrativo que visa ao registro contábil da dívida e à formalização
objetivando a decretação da prescrição, desde que não seja necessária do título executivo extrajudicial, que é a CDA.
2. A constituição do crédito a que se refere o art. 174 do CTN ocorre
com o transcurso do prazo para pagamento espontâneo da dívida, após
o contribuinte receber a notificação do lançamento (modalidade de
ofício) ou depois de efetuar a entrega da declaração referente àquele
crédito (modalidade por homologação).

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3. Como no caso dos autos se trata de tributo sujeito a lançamento por
homologação declarado e não pago pelo contribuinte, o prazo
prescricional tem início a partir da data em que tenha sido realizada a
entrega da declaração do tributo e tenha escoado o prazo para
pagamento espontâneo. Para identificar-se o marco inicial da
prescrição, conjugam-se a constituição do crédito pela entrega da citação ocorreu mais de seis anos após a propositura da ação, sendo a
declaração e o surgimento da pretensão com o não-pagamento da demora imputada exclusivamente ao Fisco, razão pela qual o Tribunal de
dívida no prazo estipulado administrativamente. origem afastou a incidência da Súmula n. 106 desta Corte e reconheceu a
4. A tese veiculada no acórdão recorrido deve ser reformada, adotando- ocorrência da prescrição.
se o entendimento consagrado na sentença, que tomou por marco 5. Não é possível alterar da origem quanto à responsabilidade pela demora
inicial o vencimento da dívida após ter sido ela constituída, concluindo da citação, eis que a Primeira Seção desta Corte, em 09.12.09, quando do
pela ocorrência da prescrição. julgamento do REsp n. 1.102.431/RJ, de relatoria do Ministro Luiz Fux,
5. Recurso especial provido (REsp 1024278⁄SP, Rel. Ministro pela sistemática do art. 543-C, do CPC, introduzido pela Lei dos Recursos
CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 13⁄05⁄2008, DJe Repetitivos, consolidou o entendimento no sentido de que a verificação de
21⁄05⁄2008). responsabilidade pela demora na prática dos atos processuais implica
De outra parte, é bem de ver-se que o termo inicial do prazo indispensável reexame de matéria fático-probatória, o que é vedado a esta
prescricional para o Fisco exercer a pretensão de cobrança judicial do Corte Superior, na estreita via do recurso especial, ante o disposto na
crédito tributário declarado, mas não pago, é a data do vencimento da Súmula 07/STJ.
obrigação tributária expressamente reconhecida. 6. Recurso especial não provido.
Na hipótese dos autos, considerando a data da constituição do crédito (REsp 1228043/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
em 22/02/2003 (referente a CDA 110), verifica-se que o presente SEGUNDA TURMA, julgado em 15/02/2011, DJe 24/02/2011).
executivo fiscal não foi ajuizado em tempo hábil, havendo a prescrição Cabe ressaltar que alegação de inércia/morosidade por parte do
direta da pretensão do exequente, que somente ajuizou a demanda em judiciário não merece ser acolhida, vez que, consoante se infere dos
19/06/2008. autos, a pretensão executória encontrava-se prescrita anteriormente a
Destarte, transcorridos mais de cinco anos entre a constituição data da propositura da demanda, não se justificando a aplicação da
definitiva do crédito tributário e o ajuizamento da demanda, há que ser Súmula nº 106, do STJ.
reconhecida a prescrição do crédito tributário exequendo. Coteja-se: No que tange à condenação em honorários advocatícios, cumpre
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ressaltar que, no caso, a extinção da execução fiscal, depois de citado o
VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. AÇÃO devedor, desde que tenha constituído advogado e este tenha realizado
PROPOSTA ANTES DE DECORRIDO O LAPSO PRESCRICIONAL. atos no processo, notadamente quando há o oferecimento de defesa,
ART. 219, § 1º, DO CPC. RETROAÇÃO DA INTERRUPÇÃO DA impõe a condenação do INMETRO ao pagamento de honorários
PRESCRIÇÃO PARA A DATA DA PROPOSITURA DA AÇÃO. advocatícios, quando o executivo fiscal foi ajuizado indevidamente, à
IMPOSSIBILIDADE NA HIPÓTESE. CITAÇÃO REALIZADA MAIS luz do princípio da causalidade.
DE OITO ANOS APÓS A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO A jurisprudência admite, inclusive, a condenação ao pagamento dos
TRIBUTÁRIO. DEMORA IMPUTADA EXCLUSIVAMENTE AO honorários advocatícios nas hipóteses em que o devedor não tenha
FISCO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DO CORRETO apresentado defesa, mas tenha constituído advogado e esse tenha
AFASTAMENTO DA SÚMULA N. 106/STJ. PRECEDENTES praticado atos processuais, à luz do princípio da causalidade.
JULGADOS NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-C, DO CPC. Especialmente, quando a extinção da execução fiscal resultou de
1. Cumpre afastar a alegada ofensa ao art. 535 do CPC, tendo em vista cancelamento da CDA por equívoco do INMETRO, posteriormente ao
que o Tribunal de origem se manifestou de forma clara e suficientemente ajuizamento da ação. É ver:
fundamentada para por fim à lide, não havendo necessidade de “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE
manifestação exaustiva sobre todos os argumentos deduzidos pelas partes, PREQUESTIONAMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. CUSTAS E
desde que o decisum respeite o disposto no art. 93, IX, da Constituição HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SÚMULA N. 153/STJ.
Federal. INAPLICABILIDADE DO ART. 26 DA LEI N. 6.830/80.
2. A Primeira Seção desta Corte, nos autos do REsp n. 1.120.295/SP, de PRECEDENTES. 1. Dispositivos infraconstitucionais não discutidos
relatoria do Ministro Luiz Fux, DJE de 21.5.2010, submetido ao regime no âmbito do Tribunal a quo carecem de prequestionamento, o que
do art. 543-C, do CPC, entendeu que a propositura da ação constitui o dies torna o recurso especial insuscetível de conhecimento (Súmulas n. 282
ad quem do prazo prescricional e, simultaneamente, o termo inicial para e 356 do STF). 2. A jurisprudência do STJ firmou entendimento de
sua recontagem sujeita às causas interruptivas previstas no artigo 174, que, em sede de execução fiscal, sendo cancelada a inscrição da dívida
parágrafo único, do CTN. Naquela oportunidade, concluiu-se que, nos ativa e já tendo ocorrido a citação do devedor, ainda que sem resposta,
termos do § 1º do art. 219 do CPC, interrupção da prescrição, pela citação, a extinção do feito implica a condenação da Fazenda Pública ao
retroage à data da propositura da ação. pagamento das custas e honorários advocatícios. Aplicação da Súmula
3. No recurso representativo da controvérsia a interrupção do lapso n. 153/STJ.
prescricional com a efetiva citação do devedor se deu em junho de 2002 e 3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido.”
retroagiu a 5.3.2002, data da propositura da ação, na forma do art. 219, § (REsp 127370/SP. Relator Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA.
1º, do CPC, ainda que o prazo prescricional tenha findado em 30.4.2002. SEGUNDA TURMA. Data da Publicação/Fonte DJ 28.02.2005 p.
O entendimento acima exposado, restou pacificado nesta Corte nos casos 258).
em que a demora na citação não seja imputada exclusivamente ao Fisco. Portanto, são devidos os honorários advocatícios no caso, haja vista
4. Na hipótese dos autos, o crédito tributário objeto da presente execução que o executado já havia sido citado, tendo contratado advogado e
fiscal foi constituído em 14.7.1995. A execução fiscal foi ajuizada em apresentado inclusive defesa, assim como em razão de o cancelamento
28.5.1997. Contudo, a citação por edital somente ocorreu em 20.1.2004, administrativo da CDA ter ocorrido após o ajuizamento indevido do
cerca de oito anos e meio após a constituição do crédito. Ainda que seja executivo fiscal, o que decorreu de erro cometido pelo próprio
correto o entendimento segundo o qual, nos termos do art. 219, § 1º, do INMETRO, e não de equívoco induzido pela parte executada ou até
CPC, a citação retroage à data da propositura da ação, no caso dos autos, a mesmo de pagamento do débito posteriormente à propositura da ação.
Com efeito, compulsando os autos constata-se que a executada
ofereceu exceção de pré-executividade requerendo a extinção da
execução fiscal, tendo em vista que houve prescrição do crédito
exequendo.
O INMETRO manifestou-se requerendo a extinção parcial da execução

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com relação as CDA´s 55, 121 e 156, tendo em vista o cancelamento
das inscrições em dívida ativa, conforme comprovantes de fls. 42/45,
com a aplicação do art. 26, da Lei 6.830/80. Neste caso, o INMETRO
desistiu da execução após a citação e o oferecimento da exceção da
pré-executividade por parte do executado.
Sobreveio sentença extintiva, condenando a exequente em honorários 153/STJ, in verbis: "a desistência da execução fiscal, após o
advocatícios fixados em R$ 500,00 (quinhentos reais), nos termos do oferecimento dos embargos não exime o exeqüente dos encargos da
art. 20, § 4º, do CPC. sucumbência". Referida súmula é utilizada por esta Corte para
Nesse passo, a discussão existente no recurso cinge-se em saber se é possibilitar a condenação da Fazenda Pública em verba honorária, não
cabível a condenação em honorários advocatícios em execução fiscal obstante o que dispõe o art. 26 da Lei n. 6.830/80. O mesmo raciocínio
julgada extinta, tendo em vista o cancelamento da inscrição em dívida pode ser utilizado para possibilitar a condenação da Fazenda Pública
ativa. exequente em honorários advocatícios, a despeito do teor do art. 19, §
A apresentação de exceção de pré-executividade constitui forma de 1º da Lei n. 10.522/02, quando a extinção da execução ocorrer após a
defesa processual, para a qual é necessária a contratação de advogado, contratação de advogado pelo executado, ainda que para oferecer
da qual decorre a pertinência da condenação do INMETRO ao exceção de pré-executividade. 3.Recurso especial não provido. (STJ,
pagamento dos honorários de sucumbência, diante do princípio da REsp 1239866/RS, rel. ministro Mauro Campbell Marques, DJe de
causalidade. 15/4/2011 – sem grifo no original).
Reflete nítido, do conteúdo do artigo 26 da LEF, no que se refere a não Aplicável, pois, analogicamente, ao caso de apresentação de exceção
condenação ao ônus da sucumbência, que a norma se dirige à hipótese de pré-executividade pelo devedor, o entendimento pacificado no C.
de extinção administrativa do crédito com reflexos no processo, o que STJ, sumulado no enunciado nº 153, no sentido do cabimento da
não se equipara ao caso em que o INMETRO, reconhecendo a condenação da credora em honorários advocatícios, quando da
ilegalidade da dívida, desiste da execução. desistência do feito executivo posteriormente ao oferecimento de
Portanto, há que reconhecer o cabimento da condenação do INMETRO embargos à execução.
em honorários advocatícios na hipótese de desistência da execução Cumpre frisar que ao atentar aos princípios da razoabilidade e da
fiscal após a citação e o oferecimento de exceção de pré-executividade, proporcionalidade, levando em conta a complexidade da matéria, as
havendo, para tanto, a contratação de advogado, que, inclusive, dificuldades e o tempo despendido para executar o trabalho, e o valor
peticionou nos autos. dado à causa, mostra-se adequado o arbitramento da verba honorária
Segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, fixada pelo juiz a quo, de modo a prestigiar-se a decisão do magistrado
independentemente do oferecimento de embargos à execução, tendo do 1º grau.
havido a constituição de patrono e ele peticionado nos autos (ainda que Se, por um lado, o valor irrisório torna aviltante o trabalho do profissional,
por exceção de pré-executividade), cabível a condenação do por outro, os honorários de sucumbência, se exorbitantes, tornam inócua a
sucumbem-te ao pagamento de honorários advocatícios. prestação jurisdicional. Imprescindível o equilíbrio entre o benefício
Nessa linha de orientação, entre outros, os seguintes julgados: alcançado pela parte e a avaliação justa do trabalho despendido pelo
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. profissional. Precedentes do colendo STJ: RESP 200600351980, STJ,
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. PEDIDO DE Sexta Turma, Relator Ministro PAULO GALLOTTI, julgado em
COMPENSAÇÃO. CAUSA DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE 17/10/2006, publicado no DJ de 11/12/2006, pg. 433; RESP
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO DO 200400717423, STJ, Quarta Turma, Relator Ministro MASSAMI
EXECUTADO E CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO PARA UYEDA, julgado em 15/08/2006, publicado no DJ de 18/12/2006, pg.
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. VERBA 400.
HONORÁRIA A SER SUPORTADA PELA FAZENDA. Assim, de forma a atender a regra preconizada pelo art. 20, §4º, do CPC,
CABIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.1. É firme o mantenho os honorários fixados em R$ 500,00 (quinhentos reais), valor
entendimento do Superior Tribunal de Justiça em que o pedido compatível com o trabalho do causídico e a regra de equidade.
administrativo de compensação de tributos possui o condão de Diante do exposto, encontrando-se o decisum objurgado em harmonia
suspender a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do artigo com o entendimento jurisprudencial pacificado, nego seguimento ao
151, inciso III, do Código Tributário Nacional. Precedentes. 2. São recurso, com fulcro no art. 557, caput, do Código de Processo Civil.
devidos honorários advocatícios contra a Fazenda Pública se a Publique-se e intime-se.
execução fiscal foi extinta após a citação do devedor e, em especial, se Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se, dê-se baixa na
houve a contratação de advogado para que fosse apresentada exceção distribuição com remessa dos autos à Vara de Origem.
de pré-executividade. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
(STJ, AgRg no REsp 1192182/PR, rel. ministro Hamilton Carvalhido, THEOPHILO MIGUEL
DJe de 4/10/2010 – sem grifo no original). Juiz Federal Convocado - Relator
PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 19, § 1º, DA LEI
10.522/02, COM REDAÇÃO DADA PELA LEI N. 11.033/04.
DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO FISCAL FORMULADA PELA
EXEQUENTE APÓS O OFERECIMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CABIMENTO DA CONDENAÇÃO EM III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.005136-4
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PRECEDENTES. 1.Discute-se Nº CNJ :0005136-34.2010.4.02.0000
nos autos a possibilidade de condenação da União ao pagamento de RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
verba honorária, ainda que a exequente, ora recorrida, tenha F. NEVES NETO
reconhecido o pedido formulado pela ora recorrente em sede de AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
exceção de pré-executividade. 2.O entendimento desta Corte é no NACIONAL
sentido de que a desistência da execução fiscal após oferecidos os AGRAVADO :RIO DE JANEIRO CARTORIO 12º
embargos à execução pelo devedor não exime a exequente do OFICIO DE NOTAS
pagamento da verba honorária. Sobre o tema, editou-se a Súmula n. ADVOGADO :NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES E OUTROS
ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO (200951010237903)

DECISÃO

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Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL/
FAZENDA NACIONAL contra decisão proferida pelo Juízo da 16ª
Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro que, nos autos do
mandado de segurança nº 2009.51.01.023790-3, deferiu em parte a
liminar requerida pelo impetrante, ora agravado, suspendendo a
exigibilidade dos créditos tributários relativos às contribuições “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO QUE
previdenciárias incidentes sobre valores pagos aos empregados, DEFERIU LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA.
referentes aos primeiros quinze dias de afastamento por motivo de SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE MÉRITO NA AÇÃO
doença ou acidente (antes da obtenção do auxílio-doença). PRINCIPAL. PERDA DE OBJETO DO RECURSO ESPECIAL.
Inicialmente, cumpre-me ressaltar que o presente agravo foi atribuído à DECISÃO MONOCRÁTICA FUNDAMENTADA EM
minha relatoria em 20/08/2011, em razão de remanejamento de acervo. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO
No presente caso, consoante informação colhida no sistema eletrônico PROVIDO. 1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no
de consulta processual da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, em sentido de que perde o objeto o agravo de instrumento contra decisão
anexo, verifica-se que já foi proferida sentença na ação mandamental concessiva ou denegatória de liminar com a superveniência da
objeto do presente recuso, cujo dispositivo ora transcrevo, in verbis: prolação de sentença, tendo em vista que essa absorve os efeitos do
“(...) provimento liminar, por se tratar de juízo de cognição exauriente. 2. A
III. decisão monocrática ora agravada baseou-se em jurisprudência do
Diante do exposto, reconhecida a inexistência de relação jurídica STJ, razão pela qual não merece reforma. 3. Agravo regimental não
tributária entre o Impetrante e o Fisco, no que pertine à cobrança de provido.”
contribuições previdenciárias patronais incidentes sobre valores (STJ. Segunda Turma; AGRESP 956504; 200602208723; decisão de
pagos a seus empregados, referentes (i) aos primeiros quinze dias de 06/05/2010 in DJE de 27/05/2010. Relator Ministro Mauro Campbell
afastamento por motivo de doença ou acidente (antes da obtenção do Marques)
auxílio-doença) e ao (ii) terço constitucional de férias, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO (art. 269, inciso I, do Isto posto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, nos
CPC) e CONCEDO, EM PARTE, A SEGURANÇA postulada na termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, pela perda de
exordial, razão por que: objeto.
(1) DETERMINO à autoridade Impetrada que se abstenha de exigir do Proceda a Subsecretaria da 4ª Turma Especializada à juntada aos
Impetrante o pagamento de contribuições previdenciárias incidentes presentes autos da informação processual em anexo.
sobre a referida parcela. Publique-se. Intimem-se.
(2) DETERMINO à autoridade Impetrada que admita a compensação Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se os autos
dos recolhimentos efetivados pelo Impetrante, a partir de 15 de à Vara de origem, observados os procedimentos de praxe.
outubro de 2004 (cinco anos antes da propositura da ação - fl. 2), a Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012.
título de contribuição previdenciária incidente sobre valores pagos a JOSÉ F. NEVES NETO
seus empregados, relativos (i) aos primeiros quinze dias de Desembargador Federal
afastamento por motivo de doença ou acidente (antes da obtenção do Relator
auxílio-doença) e ao (ii) terço constitucional de férias, com parcelas
vencidas e vincendas de quaisquer outros tributos administrados pela
Secretaria da Receita Federal, sem as limitações instituídas pela Lei
9.032/95 e suas alterações posteriores.
Os valores a serem compensados deverão ser corrigidos, desde a data III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.012764-2
de recolhimento, até 29/06/2009, pela taxa SELIC (§4°, art. 39, da Lei Nº CNJ :0012764-74.2010.4.02.0000
9.250/95), vedada a aplicação cumulativa de quaisquer outros índices RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
de correção monetária ou de juros. De 30/06/2009, em diante, a F. NEVES NETO
correção monetária deverá incidir, na forma do art. 1°-F da Lei AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
9.494/97, com a redação conferida pela Lei 11.960/2009, isto é, NACIONAL
incidência do índice oficial de remuneração básica aplicado à AGRAVADO :LE SAC COMERCIAL CENTER
caderneta de poupança. COUROS LTDA
Os juros de mora incidirão, a partir do trânsito em julgado, pelo ADVOGADO :JOSÉ DE SOUZA LIMA NETO E
índice estabelecido no art. 1°-F da Lei 9.494/97, com a redação OUTROS
conferida pela Lei 11.960/2009 (parágrafo único do art. 167 do CTN). ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE
Sem honorários, ante os termos dos itens 105, da súmula do E. STJ, e NITERÓI (201051020017938)
512, da súmula do E. STF. Custas da lei.
Comunique-se à autoridade Impetrada. DECISÃO
Deixo de determinar nova remessa dos autos ao Ministério Público Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL/
Federal, ante o teor do r. parecer exarado à fl. 107. FAZENDA NACIONAL contra decisão proferida pelo Juízo da 4ª
À SEDIC, para retificar o pólo passivo da lide, fazendo constar Vara Federal de Niterói - Seção Judiciária do Rio de Janeiro – que, nos
Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil no Rio de autos do mandado de segurança nº 2010.51.02.001793-8, deferiu em
Janeiro. parte a liminar requerida pela impetrante, ora agravada, para suspender
Sentença sujeita a reexame necessário. Remetam-se os autos, a exigibilidade de crédito tributário, referente à contribuição social
oportunamente, ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 2ª. Região. previdenciária incidente sobre os valores pagos a título de auxílio
P.R.I.” doença nos 15 primeiros dias de afastamento do funcionário doente ou
Assim, considerando-se o teor da sentença prolatada no feito principal, acidentado, bem como, a título de férias indenizadas e gozadas, abono
resta configurada a perda de objeto do presente recurso, conforme de férias, adicional de férias de 1/3, aviso prévio indenizado, horas
entendimento do E. Superior Tribunal de Justiça, in verbis: extras e salário maternidade.
Inicialmente, cumpre-me ressaltar que o presente agravo foi atribuído à
minha relatoria em 20/08/2011, em razão de remanejamento de acervo.
No presente caso, consoante informação colhida no sistema eletrônico
de consulta processual da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, em
anexo, verifica-se que já foi proferida sentença na ação mandamental

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objeto do presente recuso, cujo dispositivo ora transcrevo, in verbis:
“(...)
3. DISPOSITIVO
ACOLHO EM PARTE O PEDIDO (CPC 269 I) e CONCEDO A
SEGURANÇA tão somente para afastar a incidência da contribuição
prevista no art. 22 I a da Lei n. 8.212/91 relativamente ao aviso prévio Relator
indenizado, às verbas pagas nos quinze primeiros dias de afastamento
antes do auxílio-doença ou acidente, e ao terço constitucional de
férias.
DECLARO o direito da IMPETRANTE de compensar, a partir do
trânsito em julgado (CTN 170-A), os valores indevidamente recolhidos IV - APELACAO CIVEL 544310 2010.51.20.000347-4
desde 11.06.2005 com débitos próprios vencidos ou vincendos Nº CNJ :0000347-55.2010.4.02.5120
relativos a quaisquer tributos administrados pela RFB, obedecendo-se RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
ao disposto no art. 89 da Lei n. 8.212/91 c/c art. 74 da Lei n. 9.430/96 F. NEVES NETO
e àquilo que preceitua a IN RFB 900/08, observada ainda a prescrição APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
na forma da fundamentação. NACIONAL
O valor a ser compensado será acrescido de juros obtidos pela APELADO :NICAL NOVA IGUACU COMERCIO
aplicação da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de DE ALIMENTOS LTDA
Custódia - SELIC, acumulada mensalmente, a partir do mês ADVOGADO :SEM ADVOGADO
subsequente ao do pagamento indevido ou a maior até o mês anterior ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL NOVA
ao da compensação ou restituição e de 1% (um por cento) IGUACU/RJ (201051200003474)
relativamente ao mês em que estiver sendo efetuada (art. 89 § 4o da
Lei n. 8.212/91). DECISÃO
Esta decisão não implica extinção de créditos tributários. A Trata-se de apelação cível interposta pela UNIÃO
averiguação da liquidez e certeza dos créditos e débitos compensáveis FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, objetivando reformar a sentença
é da competência da Administração Pública que fiscalizará o encontro prolatada nos autos da execução fiscal nº 2010.51.20.000347-4,
de contas efetuado pelo contribuinte, nos termos da legislação vigente, proposta em face de NICAL NOVA IGUAÇU COMÉRCIO DE
providenciando a cobrança de eventual saldo devedor. ALIMENTOS LTDA, que extinguiu a execução fiscal, por reconhecer
Custas, ex lege. Sem honorários (LMS 25; STF 512 e STJ 105). a prescrição do crédito em cobrança (artigos 269, IV, 219, § 5º, ambos
Sentença sujeita a reexame necessário (LMS 14 § 1o). Decorrido o do CPC).
prazo recursal, remetam-se os autos ao TRF/2. A apelante alegou, em síntese, que não houve prescrição, uma vez que
P. R. I. C.” houve causas interruptivas da prescrição e o feito em nenhum momento
Assim, considerando-se o teor da sentença prolatada no feito principal, ficou paralisado ou arquivado por mais de 5 anos.
resta configurada a perda de objeto do presente recurso, conforme O Ministério Público Federal opinou pelo provimento do recurso. (fls.
entendimento do E. Superior Tribunal de Justiça, in verbis: 75)
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO QUE É o relatório. Decido.
DEFERIU LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA. Compulsando os autos, verifica-se que o crédito exeqüendo refere-se
SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE MÉRITO NA AÇÃO ao período de apuração ano base/exercício de 95, com vencimento
PRINCIPAL. PERDA DE OBJETO DO RECURSO ESPECIAL. entre 15/03/95 a 15/12/95 (fls. 04/09). A ação foi distribuída para o
DECISÃO MONOCRÁTICA FUNDAMENTADA EM Juízo da 6ª Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu em 27/04/98 (fls.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO 03), tendo seguido seu curso normal até 25/03/99, quando a União
PROVIDO. 1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no Federal requereu que a citação fosse realizada por oficial de justiça, a
sentido de que perde o objeto o agravo de instrumento contra decisão fim de que fosse localizada a possível sucessora do executado (fls. 14).
concessiva ou denegatória de liminar com a superveniência da Em 23/06/03, a União reiterou o pedido de fls. 14, e em 27/09/10, sem
prolação de sentença, tendo em vista que essa absorve os efeitos do que tivesse havido apreciação judicial a respeito do pleito, foi
provimento liminar, por se tratar de juízo de cognição exauriente. 2. A declinada a competência para o Juízo Federal (fls. 23), que extinguiu o
decisão monocrática ora agravada baseou-se em jurisprudência do feito em razão da prescrição, em 07/10/11 (fls. 57).
STJ, razão pela qual não merece reforma. 3. Agravo regimental não No entanto, para se consumar a prescrição, é indispensável que ocorra
provido.” a inércia do exeqüente durante todo o lapso temporal previsto
(STJ. Segunda Turma; AGRESP 956504; 200602208723; decisão de legalmente, o que não aconteceu. A Fazenda Nacional sempre que
06/05/2010 in DJE de 27/05/2010. Relator Ministro Mauro Campbell intimada a dar prosseguimento ao feito, manifestou-se de forma
Marques) positiva, não restando caracterizada a inércia em período bastante para
ocorrência da prescrição intercorrente.
Isto posto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, nos Conforme se verifica, o atraso no processamento do feito não foi por
termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, pela perda de culpa exclusiva da exeqüente, que não pode ser prejudicada por
objeto. motivos inerentes aos mecanismos da Justiça. Nesse sentido, confira-se
Proceda a Subsecretaria da 4ª Turma Especializada à juntada aos o teor da Súmula 106 do Superior Tribunal de Justiça:
presentes autos da informação processual em anexo. “Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na
Publique-se. Intimem-se. citação, por motivos inerentes aos mecanismos da justiça, não justifica
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se os autos o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência.”
à Vara de origem, observados os procedimentos de praxe. Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, § 1º-A, do Código de
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012. Processo Civil e no artigo 43, § 1º, inciso VII, do Regimento Interno
JOSÉ F. NEVES NETO deste Tribunal, DOU PROVIMENTO ao recurso da UNIÃO
Desembargador Federal FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, para afastar a prescrição
intercorrente e, em conseqüência, determinar o regular prosseguimento
desta execução fiscal.
Transcorrido o prazo recursal e feitas as anotações de praxe, remetam-
se estes autos à Vara de origem para as providências devidas.
Intime(m)-se.

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Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2012.
JOSÉ F. NEVES NETO
Relator

do STJ, no julgamento do REsp 1.120.295/SP, na sistemática do art.


543-C do CPC, firmou o entendimento de que a citação realizada
IV - APELAÇÃO CÍVEL 2010.51.20.001961-5 retroage à data da propositura da ação para efeitos de interrupção da
Nº CNJ :0001961-95.2010.4.02.5120 prescrição, na forma do art. 219, § 1º, do CPC. 3. Agravo Regimental
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO não provido. (EDAG 201001512043, HERMAN BENJAMIN, STJ -
THEOPHILO MIGUEL SEGUNDA TURMA, DJE DATA:04/02/2011.)
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO.
NACIONAL INTERRUPÇÃO COM A CITAÇÃO DO DEVEDOR, QUE
APELADO :CPD DE IGUACU INFORMATICA RETROAGE À DATA DE AJUIZAMENTO.1. A Primeira Seção do
LTDA ME STJ, no julgamento do REsp 1.120.295/SP, na sistemática do art. 543-
ADVOGADO :SEM ADVOGADO C do CPC, firmou o entendimento de que a citação efetivada retroage à
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL NOVA data da propositura da ação para efeitos de interrupção da prescrição,
IGUACU/RJ (201051200019615) na forma do art. 219, § 1º, do CPC. REsp 1.120.295/SP543-CCPC219§
1º2. Recurso Especial não provido.
DECISÃO (1215801 PR 2010/0189033-5, Relator: Ministro HERMAN
Trata-se de recurso de apelação interposto pela UNIÃO FEDERAL contra BENJAMIN, Data de Julgamento: 02/12/2010, T2 - SEGUNDA
a sentença proferida nos autos da ação de execução fiscal proposta pela TURMA, Data de Publicação: DJe 04/02/2011)
apelante, aparelhada em Certidão de Dívida Ativa – CDA. TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. DEMANDA ANTERIOR À LC N.
A sentença impugnada julgou extinta a execução fiscal com resolução de 118/2005. INTERRUPÇÃO. DATA DA CITAÇÃO PESSOAL (ART.
mérito, nos termos dos artigos 269, IV e 219, §5º, ambos do CPC, 174, P.Ú., INC. I, DO CTN. DIES AD QUEM DA CONTAGEM DO
combinados com artigo 174, caput, CTN. PRAZO. RETROAÇÃO. DATA DA PROPOSITURA DA
Alega a apelante, em síntese, que não pode ser imputada a DEMANDA (ART. 219, § 1º, DO CPC). PRECEDENTE EM
responsabilidade pela demora, trata-se de execução fiscal proveniente da RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. 1.
Justiça Estadual, onde não se deu qualquer intimação ao Exequente sobre Conforme julgado da Primeira Seção desta Corte, em sede de recurso
as decisões proferidas no processo, bem como, não foi oportunizado especial representativo da controvérsia (art. 543-C do CPC e Res. STJ
manifestar-se nos autos ou requerer o prosseguimento do executivo, sendo n. 8/08), na contagem do prazo prescricional deve-se levar em conta o
certo que a ausência da prática de qualquer ato no presente feito deu-se teor do § 1º do art. 219 do CPC, segundo o qual a interrupção da
por culpa exclusiva da máquina judiciária. prescrição retroage à data da propositura da ação. Precedente: REsp
Sem contrarrazões. 1120295/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em
É o relatório. Decido. 12.5.2010. 2. Dessa forma, ocorrendo a citação pessoal do devedor, a
A prescrição intercorrente é a inércia do credor em impulsionar a interrupção do prazo retroage à data da propositura da demanda, sendo
execução, após a sua propositura, deixando escoar o lapso prescricional. este o dies ad quem a ser considerado (art. 219, § 1º, do CPC). 3. In
Encontra-se veiculada no art. 40 da Lei 6.830/80, estabelecendo a seguinte casu, depreende-se dos autos que o ajuizamento da execução fiscal se
sistemática: não encontrado o devedor ou seus bens, é suspenso o curso da deu dentro do prazo de cinco anos contado após a data de vencimento
execução, sendo disso intimada a Fazenda; decorrido um ano, sem da obrigação declarada pelo contribuinte, não estando prescrito,
manifestação, ocorre o arquivamento, automático, sendo prescindível portanto, o crédito fazendário. 4. Agravo regimental não provido.
nova intimação para manifestação. A partir do arquivamento, decorridos (AARESP 201000503074, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ -
cinco anos, será decretada a prescrição intercorrente ex officio, em razão SEGUNDA TURMA, DJE DATA:08/10/2010.)
da inércia do credor, concedendo-lhe, previamente, a oitiva, para se Já é pacífico na Jurisprudência pátria que a ausência de culpa do
manifestar, como regra (§4º), para que possa alegar eventual causa exequente não pode lhe prejudicar, no tocante à prescrição, quando este
interruptiva ou suspensiva do lustro prescricional, podendo ser dispensada toma as providências necessárias, agindo de forma diligente. Neste
a oitiva prévia quando se tratar de créditos fiscais que incidam na hipótese sentido, confiram-se as seguintes ementas do Eg. STJ:
veiculada na redação atual do §5º. Infere-se do art. 40 da LEF (§2º e §4º) “EXECUTIVO FISCAL - PRESCRIÇÃO - DIFICULDADE PARA
que, após um ano de suspensão do processo, ocorrerá o arquivamento, CITAÇÃO. A FAZENDA TOMOU TODAS AS INICIATIVAS
decorrência automática do transcurso do prazo de suspensão, e termo POSSÍVEIS PARA LOCALIZAR A DEVEDORA, SEUS SÓCIOS E
inicial da prescrição intercorrente. BENS DESTES. A DIFICULDADE DECORREU DO FATO DE
Da análise dos autos, extrai-se que não foram observados os requisitos NÃO TEREM OS SÓCIOS DA DEVEDORA DISSOLVIDO
estabelecidos pelo art. 40 da Lei 6.830/80, para o reconhecimento da REGULARMENTE A FIRMA EXECUTADA, DEIXANDO,
prescrição intercorrente. INCLUSIVE, DE COMUNICAR AO FISCO O NOVO
Compulsando-se os autos, verifica-se que a União requeru o ENDEREÇO.RECURSO IMPROVIDO.”
prosseguimento do feito, com a penhora de bens em 03/11/1998, na forma (REsp 29116/SP, Rel. Ministro GARCIA VIEIRA, PRIMEIRA
do artigo 7º, inciso II, da Lei nº 6.830/80 e em 05/12/2002, foi requerido TURMA, julgado em 30/11/1992, DJ 15/02/1993 p. 1674)
pela Fazenda Nacional a expedição de mandado de penhora e avaliação. “PRESCRIÇÃO - CITAÇÃO - CULPA DO AUTOR. PROPOSTA A
AÇÃO NO PRAZO FIXADO PARA O SEU EXERCICIO, A
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. DEMORA NA CITAÇÃO, POR MOTIVOS INERENTES AO
PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO, COM A CITAÇÃO DO MECANISMO DA JUSTIÇA, NÃO JUSTIFICA O ACOLHIMENTO
DEVEDOR, QUE RETROAGE À DATA DE AJUIZAMENTO. 1. DA ARGUIÇÃO DE PRESCRIÇÃO OU DECADENCIA, SALVO
Embargos de Declaração recebidos como Agravo Regimental. COMPROVADA CULPA DO AUTOR.”
Aplicação do princípio da fungibilidade recursal. 2. A Primeira Seção (REsp 57615/RS, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, Rel. p/
Acórdão Ministro GARCIA VIEIRA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 20/03/1995, DJ 29/05/1995 p. 15479).
Depreende-se do histórico processual que a sistemática veiculada no art.
40 da LEF não foi observada no presente caso, razão pela qual a
prescrição intercorrente não se encontra configurada, vez que não houve

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desídia da parte em promover os atos de execução, tampouco fixaram os
autos paralisados por cinco anos interruptos.
Destarte, não havendo desídia da exequente e não transcorrido o prazo
estabelecido no art. 174 do Código Tributário Nacional, há que se afastar
a prescrição intercorrente do crédito tributário reconhecida pelo juiz
singular. motivos inerentes aos mecanismos da Justiça. Nesse sentido, confira-se
Diante do exposto, dou provimento ao apelo com fulcro no art. 557, §1º- o teor da Súmula 106 do Superior Tribunal de Justiça:
A, do Código de Processo Civil. “Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na
Publique-se e intime-se. citação, por motivos inerentes aos mecanismos da justiça, não justifica
Decorrido, in albis, o prazo recursal, remetam-se os autos à Vara de o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência.”
Origem. Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, § 1º-A, do Código de
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. Processo Civil e no artigo 43, § 1º, inciso VII, do Regimento Interno
THEOPHILO MIGUEL deste Tribunal, DOU PROVIMENTO ao recurso da UNIÃO
Juiz Federal Convocado - Relator FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, para afastar a prescrição
/nic intercorrente e, em conseqüência, determinar o regular prosseguimento
desta execução fiscal.
Transcorrido o prazo recursal e feitas as anotações de praxe, remetam-
se estes autos à Vara de origem para as providências devidas.
Intime(m)-se.
IV - APELACAO CIVEL 540812 2010.51.20.002132-4 Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2012.
Nº CNJ :0002132-52.2010.4.02.5120 JOSÉ F. NEVES NETO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE Relator
F. NEVES NETO
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :PROFITA TRANSPORTADORA E
DISTRIBUIDORA LTDA III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.016282-8
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Nº CNJ :0016282-38.2011.4.02.0000
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL NOVA RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
IGUACU/RJ (201051200021324) THEOPHILO MIGUEL
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DECISÃO NACIONAL
Trata-se de apelação cível interposta pela UNIÃO AGRAVADO :SOCIEDADE DE ENSINO OBJETIVO
FEDERAL/FAZENDA NACIONAL, objetivando reformar a sentença LTDA
prolatada nos autos da execução fiscal nº 2010.51.20.002132-4, ADVOGADO :CARLOS ALEXANDRE DE AZEVEDO
proposta em face de PROFITA TRANSPORTADORA E CAMPOS E OUTROS
DISTRIBUIDORA LTDA, que extinguiu a execução fiscal, por ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE
reconhecer a prescrição do crédito em cobrança (artigos 269, IV, 219, § CAMPOS (9903015534)
5º, ambos do CPC).
A apelante alegou, em síntese, que não houve prescrição, uma vez que DECISÃO
o referido fenômeno processual apenas tem lugar com a paralisação da Relatório
ação por mais de cinco anos, por inércia exclusiva da exeqüente, o que Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL/
não se deu na hipótese. FAZENDA NACIONAL contra decisão interlocutória que indeferiu o
O Ministério Público Federal afirmou ser desnecessária sua pedido de inclusão no pólo passivo do sócio-gerente da empresa
participação no feito. (fls. 52) executada.
É o relatório. Decido. O juízo de primeiro grau, como razões de decidir, assentou que ocorreu
Compulsando os autos, verifica-se que o crédito exeqüendo refere-se o transcurso do prazo de cinco anos entre a citação da empresa
ao período de apuração ano base/exercício de 89, constituído por Auto executada e o pedido de redirecionamento, de modo que a pretensão
de Infração, em 11/06/96 (fls. 04). A ação foi distribuída para o Juízo executória estaria prescrita com relação aos sócios-gerentes.
da 6ª Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu em 03/12/96 (fls. 03), Em suas razões, a agravante sustenta, em linhas gerais, que não teria
tendo seguido seu curso normal até 06/07/98, quando a União Federal ocorrido a prescrição, eis que somente após a constatação da
requereu a expedição de mandado de penhora e avaliação de bens da dissolução irregular da empresa inicia-se o prazo prescricional para
executada (fls. 22). Em 21/08/03, a União reiterou o pedido de fls. 22, inclusão dos responsáveis tributários por solidariedade através do
e em 05/11/10, foi declinada a competência para o Juízo Federal (fls. redirecionamento da execução fiscal, devendo o prazo prescricional se
26), que extinguiu o feito em razão da prescrição, em 15/09/11 (fls. submeter ao princípio da actio nata (art. 189 do Código Civil),
38). segundo o qual a prescrição se inicia com o nascimento da pretensão
No entanto, para se consumar a prescrição, é indispensável que ocorra ou da ação. Aduz, ainda, que não houve inércia da exequente em
a inércia do exeqüente durante todo o lapso temporal previsto momento algum nos autos da presente execução fiscal, a ensejar o não
legalmente, o que não aconteceu. A Fazenda Nacional sempre que reconhecimento da prescrição da pretensão executória contra os sócios-
intimada a dar prosseguimento ao feito, manifestou-se de forma gerentes. Por fim, argumenta o atendimento ao disposto no art. 135, III,
positiva, não restando caracterizada a inércia em período bastante para do CTN, tendo em vista que “somente quando constatada a
ocorrência da prescrição intercorrente. insuficiência de bens da pessoa jurídica executada capazes de
Conforme se verifica, o atraso no processamento do feito não foi por satisfazer o crédito tributário ora exequendo emerge a legitimação dos
culpa exclusiva da exeqüente, que não pode ser prejudicada por sócios para arcar com o débito”.
Sem contrarrazões.
No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o
relatório.
2) Fundamentação
O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo.

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Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557,
caput, do Código de Processo Civil.
Consoante jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça, a
citação dos sócios responsáveis em função de pedido de
redirecionamento de execução deve ser promovida em até cinco anos
da data da citação da empresa executada. Caso contrário, com a (EDAGA 201000174458, LUIZ FUX, STJ - PRIMEIRA TURMA,
aplicação da tese da recorrente, a pretensão executória se tornaria 14/12/2010)(grifos nossos)
imprescritível. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO
É obrigação do credor que deseja ver seu título resgatado, diligenciar AGRAVO DE INSTRUMENTO. REDIRECIONAMENTO DO
no processo para que este não tenha seu curso interrompido por falta de EXECUTIVO FISCAL. PRAZO PRESCRICIONAL. CITAÇÃO DA
atuação nos autos. A aplicação do instituto da prescrição justifica-se EMPRESA DEVEDORA E DOS SÓCIOS. PRAZO DE CINCO ANOS.
pela necessidade da paz social, ordem, segurança e certeza jurídica, ART. 174 DO CTN. 1. "A Primeira Seção do Superior Tribunal de
onde se pune a negligência do titular do direito subjetivo. Justiça, por suas duas Turmas de Direito Público, consolidou o
No caso em tela, a citação da sociedade executada, realizada pelo seu entendimento de que, não obstante a citação válida da pessoa jurídica
comparecimento espontâneo aos autos, ocorreu em 06/10/1999. interrompa a prescrição em relação aos responsáveis solidários, no
Posteriormente, o contribuinte optou pelo REFIS (08/11/2000), tendo caso de redirecionamento da execução fiscal, há prescrição
sido excluído do programa em 01/05/2004. Em 18/07/2003, aderiu ao intercorrente se decorridos mais de cinco anos entre a citação da
PAES, do qual foi excluído em 30/07/2005, consoante extrato juntado empresa e a citação pessoal dos sócios, de modo a não tornar
pela exequente, à fl. 65. Como consectário, se houver o imprescritível a dívida fiscal" (AgRg nos EREsp 761.488/SC, Rel.
descumprimento do parcelamento, retoma-se, desse o início, a Ministro Hamilton Carvalhido, Primeira Seção, DJe 07/12/2009).
contagem do prazo prescricional. Ainda, no mesmo sentido: REsp 1.022.929/SC, Rel. Ministro Carlos
Ocorre que o pedido de redirecionamento somente se deu em Fernando Mathias, Segunda Turma, DJe 29/4/2008; AgRg no Ag
28/11/2011 (fl. 98), assim, não obstante a interrupção da prescrição 406.313/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJ
pelo parcelamento, nos termos do art. 174, IV, do CTN, há que ser 21/2/2008; REsp 975.691/RS, Segunda Turma, DJ 26/10/2007; REsp
mantida a decisão que reconheceu a fluência do prazo prescricional, eis 740.292/RS, Rel. Ministro Denise Arruda, Primeira Turma, DJ
que decorridos mais de cinco anos contados da rescisão do PAES. 17/3/2008; REsp 682.782/SC, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,
Nesse sentido, os julgados in verbis: Primeira Turma, DJ 3/4/2006. 2. Assim, o acórdão recorrido está em
EMBARGOS DECLARATÓRIOS. AUSÊNCIA. OMISSÃO. conformidade a jurisprudência do STJ, não merecendo reparos, pois,
ACOLHIMENTO PARA ESCLARECIMENTO. EXECUÇÃO. FISCAL. in casu, a empresa executada foi citada em 31/12/1992 e o pedido de
REDIRECIONAMENTO PARA SÓCIOS. PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA. inclusão dos sócios no pólo passivo ocorreu em 29/04/2008 (fl. 205),
CARACTERIZAÇÃO. INÉRCIA. PEDIDO. REDIRECIONAMENTO ou seja: não houve a citação dos sócios dentro do prazo prescricional
POSTERIOR AO QUINQUÍDEO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE de cinco anos contados da citação da empresa. 3. Agravo regimental
CONFIGURADA. INCIDÊNCIA. ART. 174 DO CTN. não provido.
INAPLICABILIDADE. TEORIA DA "ACTIO NATA." 1. Os embargos (AGA 201000856518, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA
declaratórios são cabíveis em caso de omissão, contradição ou TURMA, 26/10/2010)(grifos nossos)
obscuridade, nos termos do art. 535,II do CPC. 2. O magistrado não A tese recursal é de que a caracterização do indício de dissolução
está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, irregular, ocorrido em 26/03/2008 (fl. 70) implica na recontagem do
desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para prazo prescricional. Ocorre que a dissolução foi tardia, ou seja, quando
embasar a decisão. 3. Todavia, a solução da lide deve ser realizada de decorridos mais de cinco anos do ato citatório, não havendo, pois, que
modo a restar induvidoso os limites da prestação jurisdicional ser afastado o reconhecimento da prescrição contra o sócio-gerente,
entregue aos postulantes. Desta feita, são cabíveis os embargos cujo termo inicial é a data da citação da sociedade executada, de
declaratórios para fins de esclarecimento. 4. O redirecionamento da moldes a afastar a imprescritibilidade da pretensão de cobrança do
execução contra o sócio deve dar-se no prazo de cinco anos da citação débito fiscal.
da pessoa jurídica, sendo inaplicável o disposto no art. 40 da Lei n.º A propósito, o acórdão do STJ, verbis:
6.830/80 que, além de referir-se ao devedor, e não ao responsável PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.
tributário, deve harmonizar-se com as hipóteses previstas no art. 174 EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO. SÓCIO-GERENTE.
do CTN, de modo a não tornar imprescritível a dívida fiscal ART. 135, III, DO CTN. PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO DA EMPRESA.
(Precedentes: REsp n.º 205.887, DJU de 01/08/2005; REsp n.º INTERRUPÇÃO DO PRAZO.
736.030, DJU de 20/06/2005; AgRg no REsp n.º 445.658, DJU de 1. O redirecionamento da execução fiscal contra o sócio-gerente
16.05.2005; AgRg no Ag n.º 541.255, DJU de 11/04/2005). 4. Desta precisa ocorrer no prazo de cinco anos a contar da citação da sociedade
sorte, não obstante a citação válida da pessoa jurídica interrompa a empresária, devendo a situação harmonizar-se com o disposto no art.
prescrição em relação aos responsáveis solidários, decorridos mais de 174 do CTN para afastar a imprescritibilidade da pretensão de
05 (cinco) anos após a citação da empresa, ocorre a prescrição cobrança do débito fiscal. Precedentes de ambas as Turmas de Direito
intercorrente inclusive para os sócios. 5. In casu, verifica-se que a Público do STJ.
empresa executada foi citada em 07/07/1999. O pedido de 2. A jurisprudência desta Corte não faz qualquer distinção quanto à
redirecionamento do feito foi formulado em 12/03/2008. Evidencia-se, causa de redirecionamento, devendo ser aplicada a orientação,
portanto, a ocorrência da prescrição. 6. A aplicação da Teoria da inclusive, nos casos de dissolução irregular da pessoa jurídica.
Actio Nata requer que o pedido do redirecionamento seja feito dentro 3. Ademais, esse evento é bem posterior a sua citação e o
do período de 5 anos que sucedem a citação da pessoa jurídica, ainda redirecionamento contra o sócio somente foi requerido porque os bens
que não tenha sido caracterizada a inércia da autarquia fazendária.. penhorados não lograram a satisfação do crédito. Assim, tratando-se de
(REsp 975.691/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA suposta dissolução irregular tardia, não há como se afastar o
TURMA, julgado em 09/10/2007, DJ 26/10/2007 p. 355) 7. Embargos reconhecimento da prescrição contra os sócios, sob pena de manter-se
declaratórios acolhidos somente pra fins de esclarecimento mantendo indefinidamente em aberto a possibilidade de redirecionamento,
o teor da decisão agravada. contrariando o princípio da segurança jurídica que deve nortear a
relação do Fisco com os contribuintes.
4. Recurso especial não provido.
(REsp 1163220/MG, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA
TURMA, julgado em 17/08/2010, DJe 26/08/2010)
No mais, à luz da nova sistemática processual, penso que a concessão

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de provimento judicial, em sede de agravo de instrumento, somente se
mostra cabível nas situações claras de fundado receio de lesão grave ou
de difícil reparação (art. 527, II, CPC).
O Código de Processo Civil pátrio definiu alguns instrumentos
jurídico-processuais, vocacionados à promoção da plena efetividade
das tutelas jurisdicionais e a garantir aos jurisdicionados o gozo e o ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica. Tal construção LEGITIMIDADE PASSIVA DO AGENTE PÚBLICO QUE CAUSA
legal tem como razões principiológicas a própria concepção do Estado DANO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO. RECURSO
de Direito, cuja existência jurídica implica o “monopólio” da jurisdição EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO
e, por outro lado, o dever de prestá-la, nos termos como previsto no art. INTERLOCUTÓRIA. PROLAÇÃO DE SENTENÇA NO PROCESSO
5º, XXXV, da Lei Maior. PRINCIPAL. PERDA DO OBJETO. 1. A prolação de sentença no
Nessa medida, se a ordem jurídica confere ao juiz monocrático um processo principal opera o efeito substitutivo da decisão interlocutória
amplo e rico espaço de formulação de medidas judiciais, propiciando- proferida anteriormente e torna prejudicado o recurso dela oriundo.
lhe um extenso espaço para que possa se desincumbir, com eficiência, 2. Nesse contexto, é cediço no Supremo Tribunal Federal o
de seu munus de prestar a jurisdição de forma ágil e bastante eficaz – reconhecimento da perda do objeto do recurso nos casos em que o
qualidades essas de inexorável valor para a sociedade -, mostra-se recorrente impugna decisão interlocutória substituída por sentença de
contraproducente, por se tratar justamente de medida de urgência, mérito, verbis: 'ementa: Agravo regimental em agravo de instrumento.
possa esse instrumento jurídico-processual ser embargado por Processo civil. Recurso extraordinário interposto de decisão
intermédio de uma reavaliação dos mesmos fatos jurídicos ainda que interlocutória. Prolação de sentença no processo principal. Perda
por outro órgão jurisdicional de grau superior. superveniente de objeto. Agravo improvido. I - Proferida sentença no
Tal reavaliação, em sede de recurso, mostra-se cabível apenas quando processo principal, perdeu o objeto o recurso extraordinário
se tratar de situação jurídica de manifesta excepcionalidade, interposto de decisão interlocutória. II - Agravo regimental improvido'
evidenciada por fundado receio de grave dano de difícil reparação (AI 811826 - AGR, relator o ministro Ricardo Lewandowski, dje de
recorrente dos efeitos da decisão judicial impugnada ou em casos de 04/03/11). (...) 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF -
flagrante decisão teratológica, o que não ocorreu in casu. RE-AgR 599.922/SP - Relator Ministro LUIZ FUX - PRIMEIRA
Conclusão TURMA - Julgamento: 03/05/2011 - Publicação: DJE 19/05/2011;
Posto isso, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos Pág. 57).
termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
Publique-se. Intime-se. INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO CONTRA
Arquivem-se, após a baixa. ACÓRDÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO POPULAR.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. SENTENÇA PROLATADA. SUPERVENIENTE PERDA DE OBJETO.
THEOPHILO MIGUEL 1. A substituição da decisão interlocutória pela sentença é imediata,
Juiz Federal Convocado - Relator ocorrendo no exato momento em que se torna pública, circunstância
que remete o debate para o julgamento do acórdão proferido em
apelação. (...) 3. A perda do objeto do recurso pode ser decretada de
ofício pelo julgador, não havendo de se falar em ofensa ao princípio
do contraditório. 4. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg-Ag
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.017338-3 1.277.870/MS - Relator Ministro BENEDITO GONÇALVES -
Nº CNJ :0017338-09.2011.4.02.0000 PRIMEIRA TURMA - Julgamento: 18/08/2011 - Publicação: DJE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE 23/08/2011).
F. NEVES NETO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS
AGRAVANTE :BREDA RIO TRANSPORTES LTDA E DE DECLARAÇÃO. SUPERVENIENTE SENTENÇA NO PROCESSO
OUTRO ORIGINÁRIO. PERDA DO OBJETO DO AGRAVO. 1. Consoante
ADVOGADO :NELSON WILIANS FRATONI entendimento dos tribunais pátrios, perde o objeto o agravo de
RODRIGUES E OUTROS instrumento que busca a reforma da decisão proferida no processo de
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA conhecimento, em face da superveniente sentença nos autos
NACIONAL originário. 2. As partes, em tais circunstâncias, não se encontram mais
ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA sob a égide da decisão agravada, e sim sob os efeitos da sentença.
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Precedentes. 3. Agravo de instrumento prejudicado. (TRF1 - AI
(201151010144348) 2009.01.00.040288-1/DF - Relatora Desembargadora MÔNICA
JACQUELINE SIFUENTES - SEGUNDA TURMA - Julgamento:
DECISÃO 21/09/2011 - Publicação: DJF1 20/10/2011, p. 361).
Trata-se de agravo de instrumento interposto por BREDA RIO No mesmo diapasão, decidiu este eg. Tribunal Regional, verbis:
TRANSPORTES LTDA. e OUTRO, contra decisão proferida nos PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO.
autos do processo de origem, em epígrafe, que indeferiu pedido liminar CANCELAMENTO DO PROTESTO DE CDA. PERDA DE OBJETO.
formulado pelas agravantes naqueles autos, em razão da ausência dos SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA. (...) 2. Nos termos de ofício,
requisitos autorizadores da medida. verifico que a ação, na qual foi proferida a decisão interlocutória que
Entretanto, às fls. 230-235, o Juízo a quo informa por meio do Ofício ensejou o presente agravo, já foi julgada em primeira instância. 3.
nº RJ-OFI-2012/07690 que proferiu sentença no processo de origem. Houve perda de objeto do agravo de instrumento, pois a
Destarte, o agravo teve seu objeto esvaziado, restando prejudicado. superveniência da sentença proferida pelo Juízo a quo fez desaparecer
Com efeito, a sentença proferida na ação originária acarreta a perda de o interesse processual no presente recurso, na medida em que o
objeto do recurso interposto contra decisão proferida pelo Juízo de comando sentencial, autônomo e definitivo, oriundo de cognição
Primeiro Grau ou pelo respectivo Tribunal em sede de agravo de exauriente, se sobrepõe e substitui a decisão interlocutória. 4. A
instrumento. Nesse sentido, a jurisprudência do C. STJ, in verbis: decisão proferida deve ser mantida, tendo em vista que a recorrente
não trouxe argumentos que alterassem a conclusão nela exposta. 5.
Agravo interno conhecido e desprovido. (TRF2 – AG
2009.02.01.003314-1 – Relator Desembargador JOSÉ ANTONIO
LISBOA NEIVA – SÉTIMA TURMA – Data do Julgamento 01/12/2010
– Publicação DJ 09/12/2010).

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PROCESSUAL CIVIL. Agravo interno em agravo de instrumento.
Prolação de sentença em ação originária. Falta de interesse de agir.
Superveniente perda de objeto. Prolatada sentença na ação originária,
há que se reconhecer a ausência de interesse de agir no
processamento do agravo de instrumento, pela superveniente perda de
objeto, eis que a sentença se sobrepõe à cognição sumária, restando, PRINCIPAL. PERDA DO OBJETO. 1. A prolação de sentença no
também, prejudicado o agravo interno interposto. Agravo interno processo principal opera o efeito substitutivo da decisão interlocutória
prejudicado. (TRF2 - Processo nº 0008692-10.2011.4.02.0000 - proferida anteriormente e torna prejudicado o recurso dela oriundo.
Relator Juiz Federal THEOPHILO MIGUEL - TERCEIRA TURMA - 2. Nesse contexto, é cediço no Supremo Tribunal Federal o
Publicação: DEJF 21/10/2011, p. 122). reconhecimento da perda do objeto do recurso nos casos em que o
PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – recorrente impugna decisão interlocutória substituída por sentença de
SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA NO PROCESSO ORIGINÁRIO. mérito, verbis: 'ementa: Agravo regimental em agravo de instrumento.
1. A prolação de sentença no feito principal acarreta a perda de Processo civil. Recurso extraordinário interposto de decisão
objeto do Agravo de Instrumento. 2. Aplicação do art. 43 § 1º, inciso I interlocutória. Prolação de sentença no processo principal. Perda
e art. 228 (Emenda nº 17publicada no DJU-II de 25/01/2002) do superveniente de objeto. Agravo improvido. I - Proferida sentença no
Regimento Interno deste Colendo Tribunal. 3. Agravo Regimental a processo principal, perdeu o objeto o recurso extraordinário
que se nega seguimento. (TRF2 – AG 120391 – Relator interposto de decisão interlocutória. II - Agravo regimental improvido'
Desembargador RALDÊNIO BONIFACIO COSTA – OITAVA TURMA (AI 811826 - AGR, relator o ministro Ricardo Lewandowski, dje de
– Publicação DJU 09/12/2005, p. 361). 04/03/11). (...) 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF -
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao presente agravo, nos RE-AgR 599.922/SP - Relator Ministro LUIZ FUX - PRIMEIRA
termos do art. 527, I, do CPC. TURMA - Julgamento: 03/05/2011 - Publicação: DJE 19/05/2011;
Intimem-se. Pág. 57).
Decorrido o prazo recursal, remetam-se os presentes autos à Vara de PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
origem, com as anotações de costume. INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO CONTRA
Rio de Janeiro, 19 de 12 de 2012. ACÓRDÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO POPULAR.
JOSÉ F. NEVES NETO SENTENÇA PROLATADA. SUPERVENIENTE PERDA DE OBJETO.
Desembargador Federal 1. A substituição da decisão interlocutória pela sentença é imediata,
Relator ocorrendo no exato momento em que se torna pública, circunstância
que remete o debate para o julgamento do acórdão proferido em
apelação. (...) 3. A perda do objeto do recurso pode ser decretada de
ofício pelo julgador, não havendo de se falar em ofensa ao princípio
do contraditório. 4. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg-Ag
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.001932-5 1.277.870/MS - Relator Ministro BENEDITO GONÇALVES -
Nº CNJ :0001932-11.2012.4.02.0000 PRIMEIRA TURMA - Julgamento: 18/08/2011 - Publicação: DJE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE 23/08/2011).
F. NEVES NETO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA DE DECLARAÇÃO. SUPERVENIENTE SENTENÇA NO PROCESSO
NACIONAL ORIGINÁRIO. PERDA DO OBJETO DO AGRAVO. 1. Consoante
AGRAVADO :APOLO TUBOS E EQUIPAMENTOS S/ entendimento dos tribunais pátrios, perde o objeto o agravo de
A instrumento que busca a reforma da decisão proferida no processo de
ADVOGADO :ANDRE LUIZ PINHEIRO TEIXEIRA E conhecimento, em face da superveniente sentença nos autos
OUTROS originário. 2. As partes, em tais circunstâncias, não se encontram mais
ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE sob a égide da decisão agravada, e sim sob os efeitos da sentença.
JANEIRO (201251010002790) Precedentes. 3. Agravo de instrumento prejudicado. (TRF1 - AI
2009.01.00.040288-1/DF - Relatora Desembargadora MÔNICA
DECISÃO JACQUELINE SIFUENTES - SEGUNDA TURMA - Julgamento:
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL/ 21/09/2011 - Publicação: DJF1 20/10/2011, p. 361).
FAZENDA NACIONAL, contra decisão proferida nos autos do No mesmo diapasão, decidiu este eg. Tribunal Regional, verbis:
processo de origem, em epígrafe, que deferiu pedido liminar formulado PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO.
pela agravada naqueles autos, em face da presença dos requisitos CANCELAMENTO DO PROTESTO DE CDA. PERDA DE OBJETO.
autorizadores da medida. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA. (...) 2. Nos termos de ofício,
Entretanto, consultando o sítio da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, verifico que a ação, na qual foi proferida a decisão interlocutória que
na Internet, verifica-se que o Juízo a quo proferiu sentença no processo ensejou o presente agravo, já foi julgada em primeira instância. 3.
de origem (cópia que se segue). Houve perda de objeto do agravo de instrumento, pois a
Destarte, o agravo teve seu objeto esvaziado, restando prejudicado. superveniência da sentença proferida pelo Juízo a quo fez desaparecer
Com efeito, a sentença proferida na ação originária acarreta a perda de o interesse processual no presente recurso, na medida em que o
objeto do recurso interposto contra decisão proferida pelo Juízo de comando sentencial, autônomo e definitivo, oriundo de cognição
Primeiro Grau ou pelo respectivo Tribunal em sede de agravo de exauriente, se sobrepõe e substitui a decisão interlocutória. 4. A
instrumento. Nesse sentido, a jurisprudência do C. STJ, in verbis: decisão proferida deve ser mantida, tendo em vista que a recorrente
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. não trouxe argumentos que alterassem a conclusão nela exposta. 5.
LEGITIMIDADE PASSIVA DO AGENTE PÚBLICO QUE CAUSA Agravo interno conhecido e desprovido. (TRF2 – AG
DANO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO. RECURSO 2009.02.01.003314-1 – Relator Desembargador JOSÉ ANTONIO
EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO LISBOA NEIVA – SÉTIMA TURMA – Data do Julgamento 01/12/2010
INTERLOCUTÓRIA. PROLAÇÃO DE SENTENÇA NO PROCESSO – Publicação DJ 09/12/2010).
PROCESSUAL CIVIL. Agravo interno em agravo de instrumento.
Prolação de sentença em ação originária. Falta de interesse de agir.
Superveniente perda de objeto. Prolatada sentença na ação originária,
há que se reconhecer a ausência de interesse de agir no
processamento do agravo de instrumento, pela superveniente perda de

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objeto, eis que a sentença se sobrepõe à cognição sumária, restando,
também, prejudicado o agravo interno interposto. Agravo interno
prejudicado. (TRF2 - Processo nº 0008692-10.2011.4.02.0000 -
Relator Juiz Federal THEOPHILO MIGUEL - TERCEIRA TURMA -
Publicação: DEJF 21/10/2011, p. 122).
PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE MÉRITO NA AÇÃO
SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA NO PROCESSO PRINCIPAL. PERDA DE OBJETO DO RECURSO ESPECIAL.
ORIGINÁRIO. 1. A prolação de sentença no feito principal acarreta a DECISÃO MONOCRÁTICA FUNDAMENTADA EM
perda de objeto do Agravo de Instrumento. 2. Aplicação do art. 43 § 1º, JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO
inciso I e art. 228 (Emenda nº 17publicada no DJU-II de 25/01/2002) PROVIDO. 1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no
do Regimento Interno deste Colendo Tribunal. 3. Agravo Regimental a sentido de que perde o objeto o agravo de instrumento contra decisão
que se nega seguimento. (TRF2 – AG 120391 – Relator concessiva ou denegatória de liminar com a superveniência da
Desembargador RALDÊNIO BONIFACIO COSTA – OITAVA prolação de sentença, tendo em vista que essa absorve os efeitos do
TURMA – Publicação DJU 09/12/2005, p. 361). provimento liminar, por se tratar de juízo de cognição exauriente. 2. A
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao presente agravo, nos decisão monocrática ora agravada baseou-se em jurisprudência do
termos do art. 527, I, do CPC. STJ, razão pela qual não merece reforma. 3. Agravo regimental não
Intimem-se. provido.”
Junte-se a cópia da sentença proferida nos autos do processo de (STJ. Segunda Turma; AGRESP 956504; 200602208723; decisão de
origem, que se segue. 06/05/2010 in DJE de 27/05/2010. Relator Ministro Mauro Campbell
Decorrido o prazo recursal, remetam-se os presentes autos à Vara de Marques)
origem, com as anotações de costume.
Rio de Janeiro, 19 de 12 de 2012. Isto posto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso, nos termos do art. 557,
JOSÉ F. NEVES NETO caput, do Código de Processo Civil, pela perda de objeto.
Desembargador Federal Publique-se. Intime-se.
Relator Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se os autos
à Vara de origem, observados os procedimentos de praxe.
Rio de Janeiro, de dezembro de 2012.
JOSÉ F. NEVES NETO
Desembargador Federal
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.013040-6 Relator
Nº CNJ :0013040-37.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
F. NEVES NETO
AGRAVANTE :CIMENTO TUPI S/A
ADVOGADO :GEORGE EDUARDO RIPPER VIANNA III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.015260-8
E OUTROS Nº CNJ :0015260-08.2012.4.02.0000
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
NACIONAL F. NEVES NETO
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO AGRAVANTE :PROLAGOS S/A - CONCESSIONARIA
DE JANEIRO (201251010401167) DE SERVICOS PUBLICOS DE AGUA E
ESGOTO
DECISÃO ADVOGADO :MARIO JUNQUEIRA FRANCO
Trata-se de agravo interposto por CIMENTO TUPI S/A. contra JUNIOR E OUTROS
decisões proferidas pelo juiz da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
Rio de Janeiro-RJ nos autos da ação originária, em epígrafe, que ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
indeferiu os pedidos de liminar com o escopo de suspender a NITERÓI (201251020041070)
exigibilidade dos créditos tributários inscritos em dívida ativa sob os
nºs 70.2.12.000850-60 e 70.6.12.002078-90 DECISÃO
No presente caso, o juiz a quo – conforme se verifica através da cópia Trata-se de agravo de instrumento interposto pela empresa
da decisão às fls. 283/284 – proferiu sentença na ação objeto do PROLAGOS S/A – CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOS PÚBLICOS
presente recurso, cujo dispositivo ora transcrevo, in verbis: DE ÁGUA E ESGOTO contra decisão proferida pelo Juízo da 3ª Vara
“(...) Federal de Niterói - Seção Judiciária do Rio de Janeiro - que, nos autos
Portanto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, para anular os créditos do mandado de segurança nº 2012.51.02.004107-0, indeferiu o pedido
relacionados a IRPJ e CSLL, inscritos em dívida ativa sob os números de liminar que objetivava o reconhecimento da inexigibilidade do
70.2.12.000850-60 e 70.6.12.002078-90, declarando que as obrigações cômputo dos valores percebidos a título de juros de mora na base de
tributárias correspondentes foram extintas pela decadência (CTN, art. cálculo do IRPJ e da CSLL pagos em atraso, decorrente de
156, V). Condeno a União Federal em honorários, arbitrados em R$ fornecimento de mercadorias e serviços aos seus clientes.
5.000,00 (art. 20, § 4º, do CPC), bem como a ressarcir as custas pagas No presente caso, o Juízo a quo, por meio do ofício nº RJ-
pela autora.” OFI-2012/15974, datado de 12/11/2012 (fls. 164), comunicou a
Assim, considerando-se o teor da sentença prolatada no feito principal, prolação de sentença na ação objeto do presente recurso,
resta configurada a perda de objeto do presente recurso, conforme encaminhando cópia do decisum (fls. 165/166), cujo dispositivo ora
entendimento do E. Superior Tribunal de Justiça, in verbis: transcrevo, in verbis:
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO QUE “(...)
DEFERIU LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA. Posto isso, DENEGO A SEGURANÇA, resolvendo o mérito do
processo na forma do art. 269, I, do CPC.
Sem honorários advocatícios, a teor do art. 25 da Lei 12.016/09.
P.R.I.O. Dê-se ciência ao MPF.
Oficie-se, encaminhando-se cópia da presente decisão a Exmo.
Relator do Agravo de Instrumento nº 2012.02.01.015260-8.”

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Assim, considerando-se o teor da sentença prolatada no feito principal,
resta configurada a perda de objeto do presente recurso, conforme
entendimento do E. Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO QUE
DEFERIU LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA.
SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE MÉRITO NA AÇÃO ordem pública, pois a natureza das anuidades pagas é de tributo; que
PRINCIPAL. PERDA DE OBJETO DO RECURSO ESPECIAL. sem o benefício da intimação pessoal dos atos judiciais de seus
DECISÃO MONOCRÁTICA FUNDAMENTADA EM processos, as demandas se paralisarão; que é impossível se admitir que
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO a intimação pessoal dos atos judiciais não esteja atrelada à natureza
PROVIDO. 1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no pública do agravante, bem como à sua necessidade.
sentido de que perde o objeto o agravo de instrumento contra decisão Por tais alegações, requer o provimento do agravo, com o
concessiva ou denegatória de liminar com a superveniência da reconhecimento da prerrogativa da intimação pessoal.
prolação de sentença, tendo em vista que essa absorve os efeitos do É o relatório. Decido.
provimento liminar, por se tratar de juízo de cognição exauriente. 2. A Na hipótese em exame, estou em que a decisão agravada deve ser
decisão monocrática ora agravada baseou-se em jurisprudência do mantida.
STJ, razão pela qual não merece reforma. 3. Agravo regimental não A certas prerrogativas processuais, tais como o prazo em dobro, não se
provido.” soma a da intimação pessoal, por falta de previsão legal específica.
(STJ. Segunda Turma; AGRESP 956504; 200602208723; decisão de Nesse diapasão, observa-se que o art. 38 da Lei Complementar nº 73⁄93
06/05/2010 in DJE de 27/05/2010. Relator Ministro Mauro Campbell prevê a necessidade de intimação pessoal aos membros da Advocacia-
Marques) Geral da União e da Fazenda Nacional e conforme previsão do Código
de Processo Civil aos representantes do Ministério Público. Para os
Isto posto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, nos representantes das outras Fazendas Públicas e das outras pessoas de
termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, pela perda de direito público, as intimações se fazem segundo as regras comuns, ou
objeto. seja, pela imprensa ou pelo Correio, sem privilégio.
Publique-se. Intimem-se. Outrossim, não gozam os advogados do agravante do privilégio da
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se os autos intimação pessoal, de modo que a contagem do prazo recursal deve se
à Vara de origem, observados os procedimentos de praxe. dar da publicação do acórdão ou decisão na imprensa oficial, por
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012. intermédio do Diário de Justiça.
JOSÉ F. NEVES NETO Nesse sentido, o precedente do E. Superior Tribunal de Justiça:
Desembargador Federal ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
Relator INSTRUMENTO. REGISTRO PROFISSIONAL. ANOTAÇÃO DE
RESPONSABILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROTOCOLIZADO FORA DO PRAZO LEGAL. CONSELHO
REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA.
AUSÊNCIA DE PRERROGATIVA DE INTIMAÇÃO PESSOAL.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019292-8 1. É intempestivo a agravo de instrumento quando não demonstrada,
Nº CNJ :0019292-56.2012.4.02.0000 no momento de sua interposição, por certidão oficial expedida pela
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE Corte de origem ou por outro meio idôneo, a não ocorrência de
F. NEVES NETO expediente forense nos termos inicial ou final de sua interposição.
AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE 2. A decisão agravada foi disponibilizada em 09/01/2009 e publicada
MEDICINA VETERINARIA DO em 12/01/2009. O prazo recursal findou em 02/02/2009 e o agravo foi
ESTADO DO RIO DE JANEIRO - interposto em 09/02/2009, mostrando-se, desta forma, intempestivo.
CRMV/RJ 3. Outrossim, não gozam os advogados do agravante do privilégio da
ADVOGADO :MARTHA CHRISTINA MARIOTTI intimação pessoal, de modo que a contagem do prazo recursal deve se
CLARO E OUTROS dar da publicação do acórdão na imprensa oficial, por intermédio do
AGRAVADO :REPRESENTACOES MUTERDE LTDA Diário de Justiça. (grifei)
ADVOGADO :SEM ADVOGADO 4. Agravo regimental não provido.
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE (AgRg no Ag 1149799/SC, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,
EXECUÇÃO FISCAL - RJ PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/08/2010, DJe 09/08/2010)
(201151015076783) É nesse mesmo sentido o entendimento da E. Quarta Turma
Especializada, conforme acórdão a seguir transcrito:
DECISÃO EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHO REGIONAL. INTIMAÇÃO
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo CONSELHO PESSOAL. NÃO APLICABILIDADE. CANCELAMENTO DE
REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DO RIO REGISTRO PROFISSIONAL. FALTA DE PAGAMENTO DURANTE
DE JANEIRO – CRMV/RJ contra decisão proferida pelo juízo da 6ª DOIS ANOS CONSECUTIVOS. PRESCRIÇÃO. I - É entendimento
Vara Federal de Execução Fiscal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro assente no Egrégio Superior Tribunal de Justiça de que, conquanto se
que, nos autos da execução fiscal nº 2011.51.01.507678-3, negou equiparem à figura de autarquia federal, os conselhos profissionais
seguimento à apelação interposta pelo ora agravante em razão de não desfrutam do privilégio da intimação pessoal, por ausência de
intempestividade. expressa previsão legal neste sentido. II - O artigo 64 da Lei n.
O recorrente alega, em síntese, que a decisão agravada negou 5.194/66 impõe ao CREA o cancelamento do registro do associado
seguimento à apelação interposta contra sentença que extinguiu o por motivo de inadimplência de anuidade por dois anos consecutivos,
processo, sem resolução do mérito, sob o fundamento da sem prejuízo do pagamento da dívida, não sendo exigíveis as
intempestividade. anuidades posteriores ao biênio em questão. III - Ocorrência de
Sustenta que o interesse envolvido nas demandas do CRMV/RJ é de prescrição, porquanto presente inércia da exequente e período
superior a cinco anos entre a constituição definitiva do crédito
tributário e a citação - ato processual não realizado até a presente
data. IV - Recurso de Apelação improvido. (grifei)
(TRF-2ª Região. AC 532141; processo nº 200551100036164; Quarta
Turma Especializada. Decisão de 10/04/2012 in E-DJF2R de

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20/04/2012. Relatora Des. Fed. Lana Regueira)
Diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, nos termos do
artigo 557, caput, do Código de Processo Civil.
Publique-se. Intime-se.
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se os autos
à Vara de origem, observados os procedimentos de praxe. intimação pessoal, de modo que a contagem do prazo recursal deve se
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012. dar da publicação do acórdão ou decisão na imprensa oficial, por
JOSÉ F. NEVES NETO intermédio do Diário de Justiça.
Desembargador Federal Nesse sentido, o precedente do E. Superior Tribunal de Justiça:
Relator ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. REGISTRO PROFISSIONAL. ANOTAÇÃO DE
RESPONSABILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROTOCOLIZADO FORA DO PRAZO LEGAL. CONSELHO
REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019295-3 AUSÊNCIA DE PRERROGATIVA DE INTIMAÇÃO PESSOAL.
Nº CNJ :0019295-11.2012.4.02.0000 1. É intempestivo a agravo de instrumento quando não demonstrada,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE no momento de sua interposição, por certidão oficial expedida pela
F. NEVES NETO Corte de origem ou por outro meio idôneo, a não ocorrência de
AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE expediente forense nos termos inicial ou final de sua interposição.
MEDICINA VETERINARIA DO 2. A decisão agravada foi disponibilizada em 09/01/2009 e publicada
ESTADO DO RIO DE JANEIRO - em 12/01/2009. O prazo recursal findou em 02/02/2009 e o agravo foi
CRMV/RJ interposto em 09/02/2009, mostrando-se, desta forma, intempestivo.
ADVOGADO :MARTHA CHRISTINA MARIOTTI 3. Outrossim, não gozam os advogados do agravante do privilégio da
CLARO E OUTROS intimação pessoal, de modo que a contagem do prazo recursal deve se
AGRAVADO :AVIARIO KENKEN DAS dar da publicação do acórdão na imprensa oficial, por intermédio do
LARANJEIRAS LTDA ME Diário de Justiça. (grifei)
ADVOGADO :SEM ADVOGADO 4. Agravo regimental não provido.
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE (AgRg no Ag 1149799/SC, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,
EXECUÇÃO FISCAL - RJ PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/08/2010, DJe 09/08/2010)
(201151015080130) É nesse mesmo sentido o entendimento da E. Quarta Turma
Especializada, conforme acórdão a seguir transcrito:
DECISÃO EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHO REGIONAL. INTIMAÇÃO
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo CONSELHO PESSOAL. NÃO APLICABILIDADE. CANCELAMENTO DE
REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DO RIO REGISTRO PROFISSIONAL. FALTA DE PAGAMENTO DURANTE
DE JANEIRO – CRMV/RJ contra decisão proferida pelo juízo da 6ª DOIS ANOS CONSECUTIVOS. PRESCRIÇÃO. I - É entendimento
Vara Federal de Execução Fiscal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro assente no Egrégio Superior Tribunal de Justiça de que, conquanto se
que, nos autos da execução fiscal nº 2011.51.01.508013-0, negou equiparem à figura de autarquia federal, os conselhos profissionais
seguimento à apelação interposta pelo ora agravante em razão de não desfrutam do privilégio da intimação pessoal, por ausência de
intempestividade. expressa previsão legal neste sentido. II - O artigo 64 da Lei n.
O recorrente alega, em síntese, que a decisão agravada negou 5.194/66 impõe ao CREA o cancelamento do registro do associado
seguimento à apelação interposta contra sentença que extinguiu o por motivo de inadimplência de anuidade por dois anos consecutivos,
processo, sem resolução do mérito, sob o fundamento da sem prejuízo do pagamento da dívida, não sendo exigíveis as
intempestividade. anuidades posteriores ao biênio em questão. III - Ocorrência de
Sustenta que o interesse envolvido nas demandas do CRMV/RJ é de prescrição, porquanto presente inércia da exequente e período
ordem pública, pois a natureza das anuidades pagas é de tributo; que superior a cinco anos entre a constituição definitiva do crédito
sem o benefício da intimação pessoal dos atos judiciais de seus tributário e a citação - ato processual não realizado até a presente
processos, as demandas se paralisarão; que é impossível se admitir que data. IV - Recurso de Apelação improvido. (grifei)
a intimação pessoal dos atos judiciais não esteja atrelada à natureza (TRF-2ª Região. AC 532141; processo nº 200551100036164; Quarta
pública do agravante, bem como à sua necessidade. Turma Especializada. Decisão de 10/04/2012 in E-DJF2R de
Por tais alegações, requer o provimento do agravo, com o 20/04/2012. Relatora Des. Fed. Lana Regueira)
reconhecimento da prerrogativa da intimação pessoal. Diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, nos termos do
É o relatório. Decido. artigo 557, caput, do Código de Processo Civil.
Na hipótese em exame, estou em que a decisão agravada deve ser Publique-se. Intime-se.
mantida. Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se os autos
A certas prerrogativas processuais, tais como o prazo em dobro, não se à Vara de origem, observados os procedimentos de praxe.
soma a da intimação pessoal, por falta de previsão legal específica. Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012.
Nesse diapasão, observa-se que o art. 38 da Lei Complementar nº 73⁄93 JOSÉ F. NEVES NETO
prevê a necessidade de intimação pessoal aos membros da Advocacia- Desembargador Federal
Geral da União e da Fazenda Nacional e conforme previsão do Código Relator
de Processo Civil aos representantes do Ministério Público. Para os
representantes das outras Fazendas Públicas e das outras pessoas de
direito público, as intimações se fazem segundo as regras comuns, ou
seja, pela imprensa ou pelo Correio, sem privilégio.
Outrossim, não gozam os advogados do agravante do privilégio da III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019525-5
Nº CNJ :0019525-53.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
THEOPHILO MIGUEL
AGRAVANTE :M. G. A. S. L. M.
ADVOGADO :DAMIANA IRANA ALVES DE

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ANDRADE
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO
FISCAL DE VITÓRIA/ES (9900004698)
à luz das provas pré-constituídas.
DECISÃO Sobre a questão, o Superior Tribunal de Justiça assim decidiu no
1. Relatório. julgamento do AgRg no Ag 1399631/SC (DJe de 10.08.2011):
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por M.G.A.S.L.M. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO
contra decisão proferida pela 1ª Vara Federal de Execução Fiscal, AGRAVADA NÃO ATACADA. SÚMULA 182/STJ.
Seção Judiciária do Espírito Santo, que rejeitou a exceção de pré- 1. É inviável o agravo que deixa de atacar os fundamentos da decisão
executividade oposta nos autos da execução fiscal nº 99.0000469-8, agravada. Incidência da Súmula 182 do STJ.
proposta pela UNIÃO/FAZENDA NACIONAL. 2. A agravante não enfrentou a fundamentação da decisão recorrida, a
Sustenta a Agravante, em linhas gerais, que não possui legitimidade qual não conheceu do recurso, nos seguintes termos: incidência da
para figurar no polo passivo da presente demanda, dado que os sócios Súmula 83/STJ, pois a Primeira Seção desta Corte Superior, ao
responsáveis pela dívida tributária “nunca fizeram parte do societário, concluir o julgamento do REsp 1.104.900/ES, de relatoria da Ministra
somente representavam seu filho quando era menor”. Argumentou Denise Arruda, publicado no DJe do dia 1º.4.2009, ratificou o
também que não pode sofrer constrição judicial em virtude de dívidas entendimento de que a Exceção de Pré-Executividade constitui meio
contraídas por terceiros, razão pela qual requer seja desconstituída a legítimo para discutir as matérias, desde que desnecessária a dilação
penhora em suas cotas sociais. probatória; e, incidência da Súmula 7/STJ, pois a análise da
Para o juízo da decisão agravada, as alegações expostas pelo necessidade ou não de produção de prova demandaria incursão no
Executado traduzem matéria cujo exame requer dilação probatória. conteúdo fático-probatório dos autos.
Assinalou também que com base nos elementos constantes nos autos 3. A parte limitou-se em repetir, literalmente, os argumentos lançados
há claros indícios de que a transferência das cotas sociais tenha no recurso especial. Agravo regimental improvido.
ocorrido de má-fé. Ademais, cabe ressaltar que o magistrado de piso considerou existirem
Não foram apresentadas contrarrazões. elementos suficientes nos autos que demonstram a má-fé na
No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o transferência de cotas societárias, razão pela qual não caberia o manejo
relatório. da exceção de pré-executividade.
2) Fundamentação 3) Conclusão
O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo. Ante o exposto, nego seguimento ao presente agravo de instrumento,
Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557, nos termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC.
caput, do Código de Processo Civil. Publique-se.
À luz da nova sistemática processual, penso que a concessão de Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
provimento judicial, em sede de agravo de instrumento, somente se THEOPHILO MIGUEL
mostra cabível nas situações claras de fundado receio de lesão grave ou Juiz Federal Convocado - Relator
de difícil reparação (art. 527, II, CPC).
O Código de Processo Civil pátrio definiu alguns instrumentos
jurídico-processuais, vocacionados à promoção da plena efetividade
das tutelas jurisdicionais e a garantir aos jurisdicionados o gozo e o
exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica. Tal construção III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019790-2
legal tem como razões principiológicas a própria concepção do Estado Nº CNJ :0019790-55.2012.4.02.0000
de Direito, cuja existência jurídica implica o “monopólio” da jurisdição RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
e, por outro lado, o dever de prestá-la, nos termos como previsto no art. F. NEVES NETO
5º, XXXV, da Lei Maior. AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Nessa medida, se a ordem jurídica confere ao juiz monocrático um NACIONAL
amplo e rico espaço de formulação de medidas judiciais, propiciando- AGRAVADO :NITIDEAL - SERVICOS DE
lhe um extenso espaço para que possa se desincumbir, com eficiência, INFORMATICA LTDA EPP
de seu munus de prestar a jurisdição de forma ágil e bastante eficaz – ADVOGADO :SEM ADVOGADO
qualidades essas de inexorável valor para a sociedade -, mostra-se ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO
contraproducente, por se tratar justamente de medida de urgência, DA ALDEIA/RJ (201251080019833)
possa esse instrumento jurídico-processual ser embargado por
intermédio de uma reavaliação dos mesmos fatos jurídicos ainda que DECISÃO
por outro órgão jurisdicional de grau superior. Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL/
Tal reavaliação, em sede de recurso, mostra-se cabível apenas quando FAZENDA NACIONAL contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª
se tratar de situação jurídica de manifesta excepcionalidade, Vara Federal de São Pedro da Aldeia – Seção Judiciária do Rio de
evidenciada por fundado receio de grave dano de difícil reparação Janeiro – que, nos autos da execução fiscal nº 2012.51.08.001983-3,
decorrente dos efeitos da decisão judicial impugnada ou em casos de declarou sua incompetência absoluta para processar e julgar o feito,
flagrante decisão teratológica. determinando a remessa dos autos ao Juízo Estadual da Comarca do
Na espécie a decisão agravada encontra-se em conformidade com a domicílio da executada, nos termos do art. 113, caput e §2º, do Código
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça. de Processo Civil.
Com efeito, o entendimento que prepondera na Corte Superior é no O presente recurso não pode ser conhecido.
sentido de que a exceção de pré-executividade somente se mostra A agravante já interpôs agravo de instrumento, autuado sob nº
cabível quando as questões levantadas pelo executado não dependem 2012.02.01.019285-0, impugnando a mesma decisão proferida nos
de dilação probatória, podendo ser imediatamente apreciadas pelo juízo autos da execução fiscal acima mencionada.
No sistema recursal brasileiro vigora o princípio da
unirrecorribilidade, ou singularidade recursal, segundo o qual,
interpostos dois recursos pela mesma parte contra uma única decisão, a
preclusão consumativa impede o exame do que foi protocolizado por
último.

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Nesse sentido, é oportuna a transcrição dos seguintes arestos dos E.
Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO DE DOIS
RECURSOS CONTRA A MESMA DECISÃO. INTEMPESTIVIDADE.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA. PRINCÍPIO DA FAZENDA NACIONAL contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª
UNIRRECORRIBILIDADE. NÃO CONHECIMENTO. Vara Federal de São Pedro da Aldeia – Seção Judiciária do Rio de
1. É intempestivo o recurso interposto em data anterior à publicação Janeiro – que, nos autos da execução fiscal nº 2012.51.08.001948-1,
do acórdão recorrido. Precedentes. declarou sua incompetência absoluta para processar e julgar o feito,
2. Exercido o direito de recorrer através da primeira interposição, a determinando a remessa dos autos ao Juízo Estadual da Comarca do
parte não pode inovar suas razões em nova peça recursal, em face da domicílio da executada, nos termos do art. 113, caput e §2º, do Código
preclusão consumativa. de Processo Civil.
3. A interposição de mais de um recurso contra a mesma decisão O presente recurso não pode ser conhecido.
caracteriza violação do princípio da unirrecorribilidade ou da A agravante já interpôs agravo de instrumento, autuado sob nº
singularidade. 2012.02.01.019307-6, impugnando a mesma decisão proferida nos
4. Embargos rejeitados. autos da execução fiscal acima mencionada.
(STF. RE-AgR-ED. Processo nº 421960/RS. Dje-082 DIVULG No sistema recursal brasileiro vigora o princípio da
16/08/2007. Public 17/08/2007 DJ 17/08/2007. pp. 00090 EMENT unirrecorribilidade, ou singularidade recursal, segundo o qual,
VOL 02285-06.pp.0124. Relator Ministro Eros Grau) interpostos dois recursos pela mesma parte contra uma única decisão, a
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO preclusão consumativa impede o exame do que foi protocolizado por
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. último.
INDENIZAÇÃO. INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DE EMBARGOS. Nesse sentido, é oportuna a transcrição dos seguintes arestos dos E.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA. PRINCÍPIO DA Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
UNIRRECORRIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO
No sistema recursal brasileiro, vigora o cânone da RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO DE DOIS
unirrecorribilidade. Desta forma, manejados dois recursos pela RECURSOS CONTRA A MESMA DECISÃO. INTEMPESTIVIDADE.
mesma parte contra uma única decisão, a preclusão consumativa PRECLUSÃO CONSUMATIVA. PRINCÍPIO DA
impede o exame do que tenha sido protocolizado por último (AgRg na UNIRRECORRIBILIDADE. NÃO CONHECIMENTO.
SLS 799/SP, Corte Especial, Min. Humberto Gomes de Barros, DJe de 1. É intempestivo o recurso interposto em data anterior à publicação
7.8.08). do acórdão recorrido. Precedentes.
Agravo Regimental improvido. 2. Exercido o direito de recorrer através da primeira interposição, a
(STJ. AGEDAG. Processo nº 200702905311/RJ. Órgão Julgador parte não pode inovar suas razões em nova peça recursal, em face da
Terceira Turma, decisão de 18/12/2008, DJE de 10/02/2009. Relator preclusão consumativa.
Ministro Sidnei Beneti) 3. A interposição de mais de um recurso contra a mesma decisão
Assim, tendo sido interpostos dois agravos pela ora agravante contra a caracteriza violação do princípio da unirrecorribilidade ou da
mesma decisão, o segundo não pode ser conhecido por ter ocorrido na singularidade.
hipótese preclusão consumativa. 4. Embargos rejeitados.
Diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, (STF. RE-AgR-ED. Processo nº 421960/RS. Dje-082 DIVULG
com fundamento no art. 557, caput, do Código de Processo Civil. 16/08/2007. Public 17/08/2007 DJ 17/08/2007. pp. 00090 EMENT
Publique-se e intime-se. VOL 02285-06.pp.0124. Relator Ministro Eros Grau)
Transcorrido o prazo recursal, feitas as anotações de praxe, remetam-se AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO
estes autos à Vara de origem para as providências devidas. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. INDENIZAÇÃO. INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DE EMBARGOS.
JOSÉ F. NEVES NETO PRECLUSÃO CONSUMATIVA. PRINCÍPIO DA
Desembargador Federal UNIRRECORRIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.
Relator No sistema recursal brasileiro, vigora o cânone da
unirrecorribilidade. Desta forma, manejados dois recursos pela
mesma parte contra uma única decisão, a preclusão consumativa
impede o exame do que tenha sido protocolizado por último (AgRg na
SLS 799/SP, Corte Especial, Min. Humberto Gomes de Barros, DJe de
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019794-0 7.8.08).
Nº CNJ :0019794-92.2012.4.02.0000 Agravo Regimental improvido.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE (STJ. AGEDAG. Processo nº 200702905311/RJ. Órgão Julgador
F. NEVES NETO Terceira Turma, decisão de 18/12/2008, DJE de 10/02/2009. Relator
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Ministro Sidnei Beneti)
NACIONAL Assim, tendo sido interpostos dois agravos pela ora agravante contra a
AGRAVADO :M F F DOS SANTOS SERVICOS DE mesma decisão, o segundo não pode ser conhecido por ter ocorrido na
PINTURA ME hipótese preclusão consumativa.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento,
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO com fundamento no art. 557, caput, do Código de Processo Civil.
DA ALDEIA/RJ (201251080019481) Publique-se e intime-se.
Transcorrido o prazo recursal, feitas as anotações de praxe, remetam-se
DECISÃO estes autos à Vara de origem para as providências devidas.
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL/ Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
JOSÉ F. NEVES NETO
Desembargador Federal
Relator

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III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019938-8


Nº CNJ :0019938-66.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
THEOPHILO MIGUEL jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça.
AGRAVANTE : JOCIMAR CUSTODIO GOMES Com efeito, o entendimento que prepondera na Corte Superior é no
ADVOGADO :JOCIMAR CUSTODIO GOMES E sentido de que a exceção de pré-executividade somente se mostra
OUTROS cabível quando as questões levantadas pelo executado não dependem
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA de dilação probatória, podendo ser imediatamente apreciadas pelo juízo
NACIONAL à luz das provas pré-constituídas.
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE Sobre a questão, o Superior Tribunal de Justiça assim decidiu no
NITERÓI (201151020065998) julgamento do AgRg no Ag 1399631/SC (DJe de 10.08.2011):
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO
DECISÃO AGRAVADA NÃO ATACADA. SÚMULA 182/STJ. 1. É inviável o
Relatório agravo que deixa de atacar os fundamentos da decisão agravada.
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por JOCIMAR Incidência da Súmula 182 do STJ. 2. A agravante não enfrentou a
CUSTODIO GOMES contra decisão que rejeitou a exceção de pré- fundamentação da decisão recorrida, a qual não conheceu do recurso,
executividade por ele oposta, determinando a suspensão da execução nos seguintes termos: incidência da Súmula 83/STJ, pois a Primeira
fiscal nº 2011.51.02.006599-8, na forma do art. 40 da LEF. Seção desta Corte Superior, ao concluir o julgamento do REsp
Para o juízo da decisão agravada, a pretensão deduzida demanda 1.104.900/ES, de relatoria da Ministra Denise Arruda, publicado no
dilação probatória. DJe do dia 1º.4.2009, ratificou o entendimento de que a Exceção de
Sustenta a Agravante que manejou a exceção de pré-executividade Pré-Executividade constitui meio legítimo para discutir as matérias,
“com o objetivo de oportunizar a emenda do título”. Alega que a desde que desnecessária a dilação probatória; e, incidência da Súmula
divergência entre os valores declarados como devidos, a título de 7/STJ, pois a análise da necessidade ou não de produção de prova
imposto de renda, e aqueles apurados pela Receita Federal, refere-se a demandaria incursão no conteúdo fático-probatório dos autos. 3. A
valores relativos às pensões alimentícias descontadas em folha, as parte limitou-se em repetir, literalmente, os argumentos lançados no
quais ela “tem, ou deveria ter conhecimento”. Por fim, argumenta que recurso especial. Agravo regimental improvido.
“não se trata de tentar criar um processo cognitivo onde ele não Ora, na decisão ora impugnada foi aplicada justamente essa linha de
existe, pois o que se impugnou foi a certeza do Título’. entendimento, quando assentou que a questão referente à ausência de
Sem contrarrazões. notificação no processo administrativo, bem como a inexigibilidade do
No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o título não podem se podem ser convenientemente examinadas em sede
relatório. sumária, mostrando-se necessária a dilação probatória, a revelar a
Fundamentação necessidade de que a defesa do Postulante seja feita por intermédio da
O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo. via processual própria: os embargos à execução.
Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557, Conclusão
caput, do Código de Processo Civil. Ante o exposto, nego seguimento ao presente agravo de instrumento,
À luz da nova sistemática processual, penso que a concessão de nos termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC.
provimento judicial, em sede de agravo de instrumento, somente se Publique-se. Intimem-se.
mostra cabível nas situações claras de fundado receio de lesão grave ou Arquivem-se, após a baixa.
de difícil reparação (art. 527, II, CPC). Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
O Código de Processo Civil pátrio definiu alguns instrumentos THEOPHILO MIGUEL
jurídico-processuais, vocacionados à promoção da plena efetividade Juiz Federal Convocado - Relator
das tutelas jurisdicionais e a garantir aos jurisdicionados o gozo e o
exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica. Tal construção
legal tem como razões principiológicas a própria concepção do Estado
de Direito, cuja existência jurídica implica o “monopólio” da jurisdição
e, por outro lado, o dever de prestá-la, nos termos como previsto no art. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020199-1
5º, XXXV, da Lei Maior. Nº CNJ :0020199-31.2012.4.02.0000
Nessa medida, se a ordem jurídica confere ao juiz monocrático um RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
amplo e rico espaço de formulação de medidas judiciais, propiciando- THEOPHILO MIGUEL
lhe um extenso espaço para que possa se desincumbir, com eficiência, AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
de seu munus de prestar a jurisdição de forma ágil e bastante eficaz – NACIONAL
qualidades essas de inexorável valor para a sociedade -, mostra-se AGRAVADO :INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR
contraproducente, por se tratar justamente de medida de urgência, PROFESSOR NELSON ABEL DE
possa esse instrumento jurídico-processual ser embargado por ALMEIDA E OUTROS
intermédio de uma reavaliação dos mesmos fatos jurídicos ainda que ADVOGADO :VALESCA RAIZER BORGES E
por outro órgão jurisdicional de grau superior. OUTRO
Tal reavaliação, em sede de recurso, mostra-se cabível apenas quando ORIGEM :1ª VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO
se tratar de situação jurídica de manifesta excepcionalidade, FISCAL DE VITÓRIA/ES
evidenciada por fundado receio de grave dano de difícil reparação (200850010068576)
recorrente dos efeitos da decisão judicial impugnada ou em casos de
flagrante decisão teratológica. DECISÃO
Na espécie a decisão agravada encontra-se em conformidade com a Relatório
Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL/
FAZENDA NACIONAL contra decisão interlocutória que acolheu a
exceção de pré-executividade, a fim de determinar a exclusão de
MANOEL CECILIANO SALLES DE ALMEIDA do pólo passivo da
execução fiscal nº 2008.50.01.006857-6.

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O juízo de primeiro grau, como razões de decidir, assentou que o sócio
em questão não participava do quadro societário da empresa executada
na qualidade na época da dissolução irregular da empresa executada.
Em suas razões, sustenta a recorrente que “consoante regra imposta
pelo parágrafo único do art. 1003 do Código Civil, mesmo o ex-sócio
responde solidariamente pelos débitos fiscais não apenas até a sua dívida fiscal constituída em época que não integravam o quadro
saída, mas por mais dois anos depois desta”. Aduz, ainda, que a societário da sociedade empresária executada, considerada pelo
sociedade executada foi dissolvida irregularmente, sem o pagamento acórdão recorrido, por presunção, irregularmente dissolvida. 2. Agravo
dos tributos devidos, razão pela qual se mostra cabível o regimental no qual se sustenta: (i) inaplicabilidade da Súmula n. 7 do
redirecionamento para os sócios-gerentes, a teor do art. 135, III, do STJ ao caso; e (ii) que a dissolução irregular da sociedade empresária
CTN. Por fim, alega que a inserção do nome do corresponsável na executada enseja a responsabilidade dos sócios, mesmo que venham a
CDA “serve a reverter o ônus probatório da ocorrência de culpa do integrar o quadro societário após a constituição da dívida executada. 3.
administrador nas execuções fiscais”. No caso, o acórdão recorrido não consignou que houve a sucessão
No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o empresarial, mas tão somente que duas novas sócias foram admitidas
relatório. no quadro social da sociedade empresária. Nesse contexto, não há
Fundamentação como inferir violação ao art. 133 do CTN, pois para se chegar à
O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo. conclusão de que houve a sucessão empresarial necessário seria o
Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557, reexame do conjunto fático-probatório, o que, em sede de recurso
caput, do Código de Processo Civil. especial, não é possível, à luz do entendimento sedimentado na Súmula
Conforme posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, a n. 7 do STJ. 4. "O pedido de redirecionamento da execução fiscal,
responsabilidade dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas quando fundado na dissolução irregular da sociedade executada,
jurídicas de direito privado só ocorrerá quando a obrigação tributária pressupõe a permanência de determinado sócio na administração da
for resultante de algum ato por eles praticado com excesso de poderes empresa no momento da ocorrência dessa dissolução, que é, afinal, o
ou infração à lei, contrato social ou estatuto ou, ainda, no caso de ter fato que desencadeia a responsabilidade pessoal do administrador.
havido dissolução irregular da sociedade, o que já configura, por si só, Ainda, embora seja necessário demonstrar quem ocupava o posto de
uma infração a deveres legais. Isso significa dizer que a gerente no momento da dissolução, é necessário, antes, que aquele
responsabilidade não é automática, mas sim dependente do responsável pela dissolução tenha sido também, simultaneamente, o
estabelecimento de uma causalidade entre o débito tributário surgido e detentor da gerência na oportunidade do vencimento do tributo. É que
alguma conduta do sócio-gerente no sentido da prática de ato só se dirá responsável o sócio que, tendo poderes para tanto, não pagou
estipulado no artigo, que se configura, pois, como ato ilícito. o tributo (daí exigir-se seja demonstrada a detenção de gerência no
Nesse diapasão decidiu o colendo Superior Tribunal de Justiça, in momento do vencimento do débito) e que, ademais, conscientemente,
verbis: optou pela irregular dissolução da sociedade (por isso, também exigível
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REDIRECIONAMENTO. a prova da permanência no momento da dissolução irregular)" (EDcl
EXECUÇÃO FISCAL. SÓCIO-GERENTE. POSSIBILIDADE. nos EDcl no AgRg no REsp 1.009.997/SC, Rel. Ministra Denise
CERTIDÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA. COMPROVAÇÃO DE Arruda, Primeira Turma, julgado em 2/4/2009, DJe 4/5/2009). 5.
DISSOLUÇÃO IRREGULAR. SÚMULA 435/STJ. 1. A orientação da Agravo regimental não provido. (AGRESP 200901942962,
Primeira Seção do STJ firmou-se no sentido de que, se a Execução BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
Fiscal foi promovida apenas contra pessoa jurídica e, posteriormente, DATA:02/02/2010.)(grifos nossos)
redirecionada contra sócio-gerente cujo nome não consta da Certidão Ocorre que, conforme asseverado pelo Juízo de piso, o sócio-gerente
de Dívida Ativa, cabe ao Fisco comprovar que o referido sócio agiu em epígrafe não mais exercia atos de administração da sociedade
com excesso de poderes, infração a lei, contrato social ou estatuto, ou executada.
que ocorreu dissolução irregular da empresa, nos termos do art. 135 Diante desse quadro, observa-se nitidamente que a decisão agravada
do CTN. 2. A jurisprudência do STJ consolidou o entendimento de que encontra-se em consonância com a jurisprudência dominante do
a certidão emitida pelo Oficial de Justiça, atestando que a empresa Superior Tribunal de Justiça.
devedora não mais funciona no endereço constante dos assentamentos Conclusão
da junta comercial, é indício de dissolução irregular, apto a ensejar o Posto isso, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos
redirecionamento da execução para o sócio-gerente. Precedentes do termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC.
STJ. 3. Recurso Especial provido. (RESP 201001902583, HERMAN Publique-se. Intime-se.
BENJAMIN, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:04/02/2011.) Arquivem-se, após a baixa.
(grifos nossos) Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
A par disso, a jurisprudência do Eg. STJ se posiciona no sentido de que THEOPHILO MIGUEL
somente poderá ocorrer o redirecionamento do executivo fiscal para o Juiz Federal Convocado - Relator
sócio-gerente, no caso de ocorrência de dissolução irregular, uma vez
comprovado que o sócio integrava o quadro societário, com poderes de
gerência, tanto à época dos fatos geradores, quando da dissolução
irregular. A Propósito, vale conferir a ementa do citado julgado:
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020271-5
EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. SOCIEDADE Nº CNJ :0020271-18.2012.4.02.0000
EMPRESÁRIA EXECUTADA DISSOLVIDA IRREGULARMENTE, RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
POR PRESUNÇÃO. RESPONSABILIZAÇÃO DE SÓCIOS QUE THEOPHILO MIGUEL
NÃO INTEGRAVAM O QUADRO SOCIETÁRIO À ÉPOCA DO AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
FATO GERADOR. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE NACIONAL
COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS DO ART. 135, III, DO CTN. AGRAVADO :MARINS DISTRIBUIDORA DE
1. Caso em que se discute a responsabilidade tributária de sócios por EQUIPAMENTOS PARA ESCRITORIO
E REFRIGERACAO LTDA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
CAMPOS (9903029225)

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DECISÃO
Relatório
Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO/FAZENDA
NACIONAL em face de decisão interlocutória que revogou a decisão
de fls. 216/217, que reconheceu a fraude à execução, determinando,
outrossim, que se expeça ofício ao Cartório do 6º Ofício para que se Registre-se, outrossim, que em relação ao terceiro, encontra-se
proceda ao cancelamento da medida anteriormente determinada e sedimentado na jurisprudência que, ainda que tenha havido citação
encaminhada pelo Ofício nº OEF.0201.000022-8/2012. prévia à alienação do bem, faz-se mister, para a caracterização da
O Juízo prolator da decisão agravada, embora tenha reconhecido a fraude à execução, que a parte credora demonstre que o comprador
configuração dos requisitos que autorizem a fraude à execução, deixou sabia que o devedor-vendedor tinha ação contra si, ou que o imóvel
de decretar a ineficácia da alienação de imóvel de propriedade do tinha sido objeto de penhorado, com o respectivo registro no RGI, ou,
coexecutado Nilo Sergio Vasconcelos Marins em face da Fazenda ainda, a existência de conluio entre alienante e adquirente para fraudar
Pública, por entender que, diante da situação fática apresentada, a a ação de cobrança. Nesse sentido, são exemplos os seguintes julgados:
manutenção da decisão anteriormente proferida, além de causar TRIBUTÁRIO - EMBARGOS DE TERCEIRO - EXECUÇÃO
insegurança jurídica, poderia causar atropelos processuais FISCAL - FRAUDE À EXECUÇÃO - ALIENAÇÃO POSTERIOR À
desnecessários, mediante enxurradas de petições dos proprietários, CITAÇÃO DO EXECUTADO, MAS ANTERIOR AO REGISTRO
visando salvaguardar seus patrimônios. DE PENHORA OU ARRESTO - NECESSIDADE DE
Em suas razões, a agravante sustenta, em linhas gerais, a ocorrência de COMPROVAÇÃO DO CONSILIUM FRAUDIS.
fraude à execução, uma vez que a alienação do bem teria se dado em 1. A jurisprudência do STJ, interpretando o art. 185 do CTN,
data posterior à citação do executado. Invoca, em seu favor, o art. 185 pacificou-se, por entendimento da Primeira Seção (EREsp 40.224/SP),
do Código Tributário Nacional, segundo o qual presume-se fraudulenta no sentido de só ser possível presumir-se em fraude à execução a
a alienação ou oneração de bens e renda, ou seu começo, por sujeito alienação de bem de devedor já citado em execução fiscal.
passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário 2. Ficou superado o entendimento de que a alienação ou oneração
regularmente inscrito como dívida ativa; que “quanto à intenção de patrimonial do devedor da Fazenda Pública após a distribuição da
fraude à execução, elemento subjetivo do ato, não há necessidade de execução fiscal era o bastante para caracterizar fraude, em presunção
produção de prova, uma vez que segundo a norma de ordem pública do jure et de jure.
art. 185 do CTN a presunção é de natureza absoluta”; que “há ainda o 3. Afastada a presunção, cabe ao credor comprovar que houve conluio
elemento subjetivo tendo em vista que o terceiro que adquiriu os entre alienante e adquirente para fraudar a ação de cobrança.
imóveis do co-executado foi G. MARINS COMÉRCUO LTDA ME., 4. No caso alienação de bens imóveis, na forma da legislação
cujo sócio administrador é MARIO ANDRE GOULOARD MARINS, processual civil (art. 659, § 4º, do CPC, desde a redação da Lei
filho do co-executado com LIA JEANNE GOULARD MARINS. 8.953/94), apenas a inscrição de penhora ou arresto no competente
Assim, resta claro que o co-executado teve a intenção de dilapidar seu cartório torna absoluta a assertiva de que a constrição é conhecida
patrimônio, posteriormente a sua citação na presente execução fiscal, por terceiros e invalida a alegação de boa-fé do adquirente da
não restando bens penhoráveis, conforme restou demonstrado nos propriedade.
autos”. 5. Ausente o registro de penhora ou arresto efetuado sobre o imóvel,
No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o não se pode supor que as partes contratantes agiram em consilium
relatório. fraudis. Para tanto, é necessária a demonstração, por parte do credor,
Fundamentação de que o comprador tinha conhecimento da existência de execução
O presente agravo mostra-se tempestivo. Passo a decidir o presente fiscal contra o alienante ou agiu em conluio com o devedor-vendedor,
recurso na forma autorizadora do art. 557, caput, do Código de sendo insuficiente o argumento de que a venda foi realizada após a
Processo Civil. citação do executado.
De fato, pela análise da certidão do Oficial de Justiça acostada aos 6. Assim, em relação ao terceiro, somente se presume fraudulenta a
autos à fls. 104, lavrada em 24/03/2004, o coexecutado Nilo Sérgio alienação de bem imóvel realizada posteriormente ao registro de
Vasconcelos Marins afirmou não possuir bens particulares passíveis de penhora ou arresto. (g.n.)
penhora. Posteriormente, a Fazenda Nacional comprovou (fls. 7. Recurso especial improvido.
216/224) que o referido executado vendeu, com anuência de sua STJ - REsp 811898/CE, Rel. Ministra ELIANA CALMON,
esposa, dois imóveis em maio de 2005, nos valores de R$ 120.000,00 e SEGUNDA TURMA, DJ de 18.10.2006, p. 233.
R$ 40.000,00. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE TERCEIRO. PENHORA
De ver-se que o negócio jurídico em questão ocorreu após a inscrição DE BEM ALIENADO A TERCEIRO DE BOA-FÉ. AUSÊNCIA DE
do débito em dívida ativa e, até mesmo, da citação do executado no TRANSCRIÇÃO DO TÍTULO NO REGISTRO DE IMÓVEIS.
feito executivo, conforme informações consignadas neste feito. 1. Alienação de bem imóvel pendente execução fiscal. A novel
Na redação do art. 185 do CTN, anterior à vigência da Lei exigência do registro da penhora, muito embora não produza efeitos
Complementar 118/05, norma aplicável à espécie, considerando a data infirmadores da regra prior in tempore prior in jure, exsurgiu com o
da alienação (maio/2005), exigia-se apenas a citação válida em escopo de conferir à mesma efeitos erga omnes para o fim de
processo de execução fiscal prévia à alienação para caracterizar a caracterizar a fraude à execução.
presunção relativa de fraude à execução em que incorriam o alienante e 2. Deveras, à luz do art. 530 do Código Civil sobressai claro que a lei
o adquirente. reclama o registro dos títulos translativos da propriedade imóvel por
Por outro lado, o Eg. Superior Tribunal de Justiça consolidou ato inter vivos, onerosos ou gratuitos, posto que os negócios jurídicos
entendimento no sentido de que se presume fraudulenta a alienação de em nosso ordenamento jurídico, não são hábeis a transferir o domínio
bens por sujeito passivo em execução fiscal, após registrada a citação do bem. Assim, titular do direito é aquele em cujo nome está transcrita
válida do devedor, que lhe possa reduzir à insolvência (EResp a propriedade imobiliária.
40.224/SP, 1ª Seção, Rel. Min. Garcia Vieira, 06.12.1999; RESP 3. Todavia, a jurisprudência do STJ, sobrepujando a questão de fundo
127159 – 3ª Turma – Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro - DJ sobre a questão da forma, como técnica de realização da justiça, vem
13/06/2005 – p. 286). conferindo interpretação finalística à Lei de Registros Públicos.
Assim é que foi editada a Súmula 84, com a seguinte redação: "É
admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação
de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda
que desprovido do registro".
4. "O CTN nem o CPC, em face da execução, não estabelecem a

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indisponibilidade de bem alforriado de constrição judicial. A pré-
existência de dívida inscrita ou de execução, por si, não constitui ônus
'erga omnes', efeito decorrente da publicidade do registro público.
Para a demonstração do 'consilium' 'fraudis' não basta o ajuizamento
da ação. A demonstração de má-fé, pressupõe ato de efetiva citação
ou de constrição judicial ou de atos repersecutórios vinculados a A decisão proferida nas folhas 216-217 está correta na abordagem dos
imóvel, para que as modificações na ordem patrimonial configurem a requisitos objetos para o reconhecimento da fraude à execução.
fraude. Validade da alienação a terceiro que adquiriu o bem sem Com efeito, na certidão do Oficial de Justiça, lavrada em 24 de março
conhecimento de constrição já que nenhum ônus foi dado à de 2004 (fl. 80), o Sr. Nilo Sérgio Vasconcelos Marins, executado
publicidade. Os precedentes desta Corte não consideram fraude de nestes autos, afirmou que não possuía bens particulares para penhora.
execução a alienação ocorrida antes da citação do executado alienante. Por outro lado, a Fazenda Nacional demonstrou que o Sr. Nilo Sérgio
(EREsp nº 31321/SP, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJ de Vasconcelos Marins vendeu, com anuência da sua esposa, dois imóveis
16/11/1999) em maio de 2005 (fls. 192-200), nos valores de R$ 120.000,00 (cento e
5. Aquele que não adquire do penhorado não fica sujeito à fraude in re vinte mil) e R$ 40.000,00 (quarenta mil).
ipsa, senão pelo conhecimento erga omnes produzido pelo registro da Todavia, embora a constatação desses fatos, depreende-se que, após o
penhora. Sobre o tema, sustentamos: "Hodiernamente, a lei exige o pedido de declaração de fraude à execução, não foi ofertado prévio
registro da penhora, quando imóvel o bem transcrito. A novel contraditório às partes envolvidas no contrato bem como foi
exigência visa à proteção do terceiro de boa-fé, e não é ato essencial à constatado, por este Juízo, situação que não consta nestes autos, mas
formalização da constrição judicial; por isso o registro não cria pode ser declarada como de fato público e notório.
prioridade na fase de pagamento. Entretanto, a moderna exigência do No primeiro aspecto, verifica-se que, após o requerimento da Fazenda,
registro altera a tradicional concepção da fraude de execução; razão as partes contratantes, cujo objeto do contrato por elas firmados era
pela qual, somente a alienação posterior ao registro é que caracteriza compra e venda dos imóveis indicados pela exequente, não tiveram a
a figura em exame. Trata-se de uma execução criada pela própria lei, oportunidade de se manifestar nos autos. Embora se reconheça a
sem que se possa argumentar que a execução em si seja uma demanda possibilidade de se decretar de forma liminar a fraude à execução, com
capaz de reduzir o devedor à insolvência e, por isso, a hipótese estaria o fim de preservar direitos, este não parece ser o caso. A compra e
enquadrada no inciso II do art. 593 do CPC. A referida exegese venda em questão diz respeito a imóveis, o que, à primeira vista,
esbarraria na inequívoca ratio legis que exsurgiu com o nítido parece aguardar prévio contraditório das partes envolvidas, pois, além
objetivo de proteger terceiros adquirentes. Assim, não se pode mais de se poder reconhecer a ineficácia do negócio travado pela partes em
afirmar que quem compra do penhorado o faz em fraude de execução. face da Fazenda Nacional, outros consectários legais podem ser
'É preciso verificar se a aquisição precedeu ou sucedeu o registro da aplicados ao executado fraudador, qual seja penalidade por incidência
penhora'. Neste passo, a reforma consagrou, no nosso sistema, aquilo em ato atentatório à dignidade da Justiça (art. 600, I, do CPC). Veja-se
que de há muito se preconiza nos nossos matizes europeus." (Curso de que a situação poderia ser diversa na hipótese de compra e venda de
Direito Processual Civil, Luiz Fux, 2ª Ed., pp.1298/1299). um veículo, cuja velocidade que se tem nos negócios que envolvam a
6. Precedentes: Resp 638664/PR, deste Relator, publicado no DJ: tradição poderia acarretar transtornos processuais.
02.05.2005; REsp 791104/PR, Relator Ministro JOSÉ DELGADO, Além desse aspecto processual, outro surge de grande relevo, e é a
publicado no DJ 06.02.2006;REsp 665451/ CE Relator Ministro principal causa de se revogar a medida determinada.
CASTRO MEIRA DJ 07.11.2005, Resp 468.718, Rel. Min. Eliana Os dois imóveis envolvidos na declaração se referem aos localizados
Calmon, DJ de 15/04/2003; AGA 448332 / RS, Rel. Min. JOSÉ na Rua Benta Pereira nº 180, Centro, e na Rua Conselheiro José
DELGADO, DJ de 21/10/2002; Resp 171.259/SP, Rel. Min. Milton Fernandes, nº 270, Centro, ambos na cidade de Campos dos
Luiz Pereira, DJ 11/03/2002. Goytacazes/RJ. As escrituras públicas de compra e venda foram
7. In casu, além de não ter sido registrada, a penhora efetivou-se em acostadas, respectivamente, nas folhas 222-223 verso e 224-225 verso.
05/11/99, ou seja, após a alienação do imóvel pelos executados, Em ambos os contratos constam como vendedores o Sr. Nilo Sérgio de
realizada em 20/04/99, devidamente registrada no Cartório de Imóveis Vasconcelos Marins e a Sra. Lia Jeanne Goulart Marins e como
(fls. 09) data em que não havia qualquer ônus sobre a matrícula do compradora a G. Marins Comércio Ltda. ME, representada, no ato,
imóvel. Deveras, a citação de um dos executados, ocorreu em pelo sócio-gerente, o Sr. Mario André Goulart Marins.
25/03/99, sem contudo, ter ocorrido a convocação do outro Os imóveis têm as seguintes descrições:
executado.8. Recurso especial provido. Prédio situado na Rua Benta Pereira nº 180 (cento e oitenta), nesta
STJ - REsp 739.388/MG, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA cidade,
TURMA, DJ de 10.04.2006, p. 144. no 1º Sub-distrito do 1º Distrito Municipal, com todas as suas
No caso em análise, embora reconheça a presença dos requisitos instalações e, respectivo terreno com a área de 387,18m2, medindo
autorizadores da fraude à execução, como entendeu o Juízo prolator da 10,55 metros de largura na frente, onde se confronta com a rua
decisão agravada, não se pode deixar de considerar a peculiaridade da Conselheiro José Fernandes, 11.60 metros de largura nos fundos, onde
situação fática posta nos autos, que foi analisada com precisão pelo se confronta com Leandro de Souza Barbosa, 35,05 metros de
Juízo singular que, de forma prudente e razoável, deixou de decretar a comprimento pelo lado esquerdo onde se confronta com o prédio nº
ineficácia da alienação em face da Fazenda Pública, ao argumento: 270 da Rua Conselheiro José Fernandes, pertencente a filhos de Julieta
Decido. Nunes Sant’Ana ou quem de direito e 38,35
Diante da narrativa histórico-processual, forçoso chamar o feito à metros de comprimento pelo lado direito, onde se confronta a rua
ordem. Benta Pereira, para onde faz esquina; Terreno nº 270 (duzentos e
Pelo que se constata dos autos, duas irregularidades devem ser sanadas. setenta) da Rua Conselheiro José Fernandes, nesta cidade de Campos
A primeira diz respeito quanto ao reconhecimento da fraude à dos Goytacazes - RJ, no 1º Sub-distrito do 1º Distrito Municipal, dito
execução. A segunda diz respeito quanto à inclusão de todos os sócios terreno que mede 12,00 metros de largura na frente, 45,50 metros de
no polo passivo da demanda. A análise dessas duas questões serão comprimento de um lado e 43,85 metros de comprimento do outro lado
abordadas em tópicos separados. e 10,00 metros de largura nos fundos, confrontando-se na frente com a
Da fraude à execução. referida Rua Conselheiro José Fernandes, lado direito com Nilo Sérgio
de Vasconcelos Marins e outro lado com Francisco Oliveira e fundos
com quem de direito;
Em verificação in loco, este magistrado pode constatar que no local foi
erguido o
Edifício nominado “Excalibur”, o qual, aparentemente, possui 16

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(dezesseis) andares e, aparentemente, 2 (dois) apartamentos por andar,
totalizando o total de 32 (trinta e dois) apartamentos de alto padrão.
Esses fatos não se encontram nos autos, mas o suporte probatório em
casos deste jaez, o Código de Processo Civil disciplina que não
depende de prova os fatos notórios (art. 334, I). De qualquer forma, a
constatação desse fato é de fácil realização pela própria Procuradoria negativa de provimento ao agravo regimental. 2. A teor da Súmula 375
da Fazenda Nacional. Sobre o assunto, elucidam Luiz Guilherme do STJ, "O reconhecimento da fraude à execução depende do registro
Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart (Curso de processo civil. Processo da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro
de conhecimento. v. 2. 6 ed. São Paulo: RT, 2007, p. 276): adquirente". 3. A presunção de boa-fé se estende aos posteriores
A diferença está em que o fato, quando notório, dispensa prova para ser adquirentes, se houver alienações sucessivas. Precedentes. 4. "Sem o
aceito como verdadeiro. Como se vê, a notoriedade é uma qualidade do registro da penhora não se podia, mesmo antes da vigência da Lei
fato, ou melhor, é uma qualidade do fato que é conhecida no momento 8.953/94, afirmar, desde logo, a má-fé do adquirente do imóvel
e no lugar em que a decisão é proferida. penhorado" (REsp 494.545/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO
No que diz respeito ao lugar, é simples entender que um fato pode ser ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/09/2004, DJ
notoriamente conhecido em um lugar e não em outro. Quanto ao 27/09/2004, p. 214). 5. Agravo regimental a que se nega provimento
momento, cabe esclarecer que um fato pode se tornar, ou mesmo ter (AGResp n. 329923, 3ª Turma, DJE 17/12/2010, Rel. Vasco Della
sido, notório. Por isso, a notoriedade deve ser relacionada com o Giustina - Desembargador convocado TJ/RS).
momento da decisão. Um fato pode ser: i) presenciado pelo público ao Nesses termos, em virtude dessa reiterada orientação, foi editada a
ocorrer; ii) mais tarde, ser transmitido ao conhecimento público; ou Súmula 375 do STJ com o seguinte teor: “O reconhecimento da fraude
ainda iii) restar esquecido. Note-se que os meios de comunicação de à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da
massa podem transmitir um fato ao vivo ou levar o seu acontecimento prova de má-fé do terceiro adquirente.” Aliada a essa orientação cabe
à população, motivo pelo qual importam tanto para a imediata temperar essa circunstância com o fato de que os proprietários dos
notoriedade quanto para a sua posterior formação. apartamentos do Edifício Excalibur tiveram relação negocial com o
Deve ser ressaltado que, o local, pelo espaço, parece ser a junção de vendedor de cada unidade habitacional, e não com o Sr. Nilo Sérgio
dois imóveis, constando somente o nº 270 da Rua Conselheiro José Vasconcelos Marins.
Fernandes. Na Rua Benta Pereira não se encontrou o imóvel com o nº Por fim, cabe ponderar que não é adequada a averbação de
180, mas pela descrição do contrato de compra e venda estaria cancelamento do contrato de compra e venda. Compulsando os autos,
localizado na esquina das ruas Benta Pereira e Conselheiro José verifica-se que o Cartório do 6º Ofício apenas cumpriu o que foi
Fernandes, razão pela qual se conclui que o empreendimento foi determinado, pois foi a própria decisão proferida nas folhas 216-217
erguido sobre os dois imóveis alienados. quem emitiu o comando para que se tornasse sem efeito as referidas
A manutenção da decisão proferida nas folhas 216-217, diante dessa alienações. Em verdade, deveria ser determinado ao cartório para que
realidade fática, além de causar insegurança jurídica, poderá causar se averbasse a declaração de ineficácia do negócio da compra e venda
atropelos processuais desnecessários, mediante a enxurrada de petições dos imóveis perante a Fazenda Nacional, e tão-somente em relação a
dos proprietários, visando salvaguardar seus patrimônios. esta credora. No mais, o negócio permaneceria hígido. Colhe-se do
Tem-se que o Sr. Nilo Sérgio Vasconcelos Marins vendeu sua cota- escólio de Araken de Assis (Manual da execução. 13 ed. São Paulo:
parte de dois RT, 2010, p. 295):
imóveis para a empresa G. Marins Comércio Ltda. ME, cujo sócio- Em outras palavras, o ato fraudulento existe e vale entre os figurantes
gerente, aparentemente, possui parentesco, em razão do seu do negócio jurídico, mas é “como se” não existisse perante o credor,
sobrenome, o Sr. Mario André Goulart Marins. Por sua vez, o Sr. que poderá ignorá-lo, penhorado, desde logo, o bem fictamente
Mário André sabia da existência de dívida do Sr. Nilo Sérgio, dívidas “presente” no patrimônio do obrigado. Por isso, o juiz declarará a
existentes inclusive na Justiça Federal, conforme se depreende dos fraude, incidentalmente, nos próprios autos da execução.
próprios contratos de compra e venda (fls. 223-225). Entretanto, não há Ainda que se reconheça os requisitos objetos e subjetivos de fraude à
como presumir, com os elementos contidos nos autos, que os execução do contrato entre Nilo Sérgio Vasconcelos Marins e a
compradores da unidades habitacionais do Edifício Excalibur sabiam empresa G. Marins Comércio Ltda. ME, não há como manter sequer
da existência desta dívida. O que provavelmente deve ter acontecido é essa averbação em cartório pois, invariavelmente, a ineficácia do
a venda dos imóveis da G. Marins Comércio Ltda. ME (ou até mesmo negócio perante a Fazenda Nacional faria com que se pudesse penhorar
mediante outra pessoa jurídica) para as pessoas físicas (ou até os objetos dos negócios. Como os imóveis já foram alienados, havendo
jurídicas) de cada apartamento. Nessa seara de suposição, não se pode mudança fática que torna impossível eventual alienação em hasta
presumir a má-fé. pública, a revogação da medida dever ser determinada.
Em matéria de fraude à execução, ensina Araken de Assis (Manual da Não obstante essa revogação, a parte devedora deverá se manifestar em
execução. 13 ed. São Paulo: RT, 2010, p. 308): virtude de consequências processuais que podem advir com a
É uma questão de fato, portanto, e cujo ônus toca ao exequente, decretação da fraude à execução.
presumindo-se a boa-fé do adquirente. Não basta a circunstância (...)
objetiva de que a alienação ocorreu no curso do processo. Tudo Nesse passo, numa visão teleológica, não há como não se amparar o
dependerá das circunstâncias do caso concreto. adquirente de boa-fé: seja pelo elemento ético que deve reger a
Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça tem decidido desta forma: interpretação das normas (o esforço honesto deve merecer respaldo da
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ordem jurídica), seja pela necessidade fundamental de se conferir
FUNDAMENTOS INSUFICIENTES PARA REFORMAR A segurança às transações imobiliárias.
DECISÃO AGRAVADA. EMBARGOS DE TERCEIRO. SÚMULA Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados:
375/STJ. AUSÊNCIA DO REGISTRO DA PENHORA. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS
ALIENAÇÕES SUCESSIVAS. PRESUNÇÃO DE BOA-FÉ DO DE TERCEIRO. FRAUDE À EXECUÇÃO. SÚMULA Nº 375/STJ.
TERCEIRO ADQUIRENTE. LEI 8.953/94. APLICAÇÃO. 1. A PENHORA. AUSÊNCIA DE REGISTRO. MÁ-FÉ DO TERCEIRO
agravante não trouxe argumentos novos capazes de infirmar os ADQUIRENTE NÃO APRECIADA. RETORNO DOS AUTOS.
fundamentos que alicerçaram a decisão agravada, razão que enseja a NECESSIDADE. PRECEDENTES.
1. A jurisprudência desta Corte encontra-se consolidada no sentido de
que a simples existência de ação em curso no momento da alienação do
bem não é suficiente para evidenciar a fraude à execução, sendo
necessário, caso não haja penhora anterior devidamente registrada, que
se prove o conhecimento da referida ação judicial pelo adquirente para

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que se possa considerar caracterizada a sua má-fé, bem como o
consilium fraudis.
2. Nesse sentido, foi editada a Súmula nº 375/STJ, segundo a qual, para
que seja reconhecida a fraude à execução, necessário o registro da
penhora do bem alienado ou a prova de má-fé do terceiro adquirente.
3. No caso dos autos, impõe-se o retorno dos autos ao tribunal de Nº CNJ :0020343-05.2012.4.02.0000
origem para que seja aferida, com base na prova dos autos, a existência RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
do requisito subjetivo (má-fé do terceiro adquirente). THEOPHILO MIGUEL
Precedentes. AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
4. Agravo regimental não provido. NACIONAL
(AgRg no REsp 682.512/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS AGRAVADO :COPERVALLY INDUSTRIA E
BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/10/2012, DJe COMERCIO LTDA E OUTRO
25/10/2012) ADVOGADO :ENEDISON BATISTA GLEANO ARCO
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ORIGEM :1A VARA FEDERAL DE EXECUCAO
ESPECIAL. PENHORA SOBRE BEM IMÓVEL. FRAUDE À FISCAL DE SAO JOAO DE
EXECUÇÃO. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA Nº 7/STJ. (200751100039540)
1. Para prevalecer a pretensão em sentido contrário à conclusão do
tribunal de origem, que reconheceu a boa-fé do terceiro adquirente apta DECISÃO
a afastar a fraude à execução, mister se faz a revisão do conjunto Relatório
fático-probatório dos autos, o que, como já decidido, é inviabilizado, Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo INSTITUTO
nesta instância superior, pela Súmula nº 7/STJ. NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA -
2. Agravo regimental não provido. INMETRO contra decisão que consignou a incompetência absoluta do
(AgRg no AREsp 16.916/PR, Rel. Ministro RICARDO VILLAS Juízo para o processamento e julgamento da execução fiscal,
BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/09/2012, DJe determinando a remessa dos autos ao Juízo de Direito da Boa
28/09/2012) Esperança/ES - foro do domicílio do réu, onde a ação deveria ter sido
No mais, à luz da nova sistemática processual, penso que a concessão proposta, nos termos do art. 109, §3º CF/88 c/c art. 578, do CPC e art.
de provimento judicial, em sede de agravo de instrumento, somente se 15 da Lei nº 5.010/66.
mostra cabível nas situações claras de fundado receio de lesão grave ou Em suas razões, o agravante sustenta, em linhas gerais que a
de difícil reparação (art. 527, II, CPC). competência no presente caso é relativa, não podendo ser declinada de
O Código de Processo Civil pátrio definiu alguns instrumentos ofício, de acordo com a Súmula nº 33 do STJ.
jurídico-processuais, vocacionados à promoção da plena efetividade No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o
das tutelas jurisdicionais e a garantir aos jurisdicionados o gozo e o relatório.
exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica. Tal construção Fundamentação
legal tem como razões principiológicas a própria concepção do Estado O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo.
de Direito, cuja existência jurídica implica o “monopólio” da jurisdição Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557, do
e, por outro lado, o dever de prestá-la, nos termos como previsto no art. Código de Processo Civil.
5º, XXXV, da Lei Maior. De acordo com o artigo 15 da Lei nº 5.010/66 e a Súmula nº 40 do
Nessa medida, se a ordem jurídica confere ao juiz monocrático um TFR, é da justiça estadual a competência para processar e julgar as
amplo e rico espaço de formulação de medidas judiciais, propiciando- execuções fiscais ajuizadas contra devedores domiciliados em
lhe um extenso espaço para que possa se desincumbir, com eficiência, comarcas que não sejam sede de vara federal.
de seu munus de prestar a jurisdição de forma ágil e bastante eficaz – Ocorre que, esta delegação, que possui assento no artigo 109, § 3º,
qualidades essas de inexorável valor para a sociedade -, mostra-se parte final, da Constituição Federal, se relaciona à competência
contraproducente, por se tratar justamente de medida de urgência, territorial, portanto de natureza relativa, consoante se depreende do art.
possa esse instrumento jurídico-processual ser embargado por 578 do CPC, in verbis:
intermédio de uma reavaliação dos mesmos fatos jurídicos ainda que Art. 578. A execução fiscal (artigo 585, VI) será proposta no foro do
por outro órgão jurisdicional de grau superior. domicílio do réu; se não o tiver, no de sua residência ou no lugar onde
Tal reavaliação, em sede de recurso, mostra-se cabível apenas quando for encontrado.
se tratar de situação jurídica de manifesta excepcionalidade, Parágrafo único. Na execução fiscal, a Fazenda Pública poderá
evidenciada por fundado receio de grave dano de difícil reparação escolher o foro de qualquer um dos devedores, quando houver mais de
decorrente dos efeitos da decisão judicial impugnada ou em casos de um, ou o foro de qualquer dos domicílios do réu; a ação poderá ainda
flagrante decisão teratológica, o que não ocorreu in casu. ser proposta no foro de qualquer dos domicílios do réu; a ação poderá
Conclusão ainda ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou
Posto isso, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos ocorreu o fato que deu origem à dívida, embora nele não mais resida o
termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC. réu, ou, ainda, no foro da situação dos bens, quando a dívida deles se
Publique-se. Intimem-se. originar.
Arquivem-se, após a baixa. Acerca do tema, o Superior Tribunal de Justiça corrobora entendimento
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. jurisprudencial pacífico7, sumulado nos seguintes termos:
THEOPHILO MIGUEL
Juiz Federal Convocado - Relator
7 REsp 1206499/SC, Rel. Min. MAURO CAMPBELL
MARQUES, Segunda Turma, DJ: 21/10/2010;
REsp 1171731 / BA, Rel. Min. CASTRO MEIRA, Segunda
Turma, DJ: 15/06/2010;
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020343-4 AgRg no CC 110242 / RJ, Rel. Min. ELIANA CALMON,
Primeira Seção, DJ: 12/05/2010;
REsp 1115634 / RS, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES,
Primeira Turma, DJ: 06/08/2009;
REsp 1058556 / SC, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI,
Primeira Turma, DJ: 12/08/2008.

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STJ, Súmula 33: “A incompetência relativa não pode ser declarada de
ofício”.
Segundo a Eg. Corte Superior, a referida modalidade de incompetência
só pode ser arguida por meio de exceção, nos termos do art. 112 do
CPC. Cabe exclusivamente ao executado argui-la se configurada
hipótese em que a execução fiscal foi proposta fora do domicílio do redirecionamento do executivo fiscal, vez que houve dissolução
devedor, o que se perfez in casu. irregular da empresa, tendo em vista que a mesma já havia encerrado
Mesmo reconhecendo que o presente feito corresponde à suas atividades antes do pedido de falência.
incompetência relativa, o magistrado a quo conformou posicionamento No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o
distinto ao do STJ, tendo decretado de ofício ser incompetente para relatório.
julgar a lide. Fundamentação
Como cediço, a competência territorial é relativa, prorrogando-se O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo.
quando não arguida oportunamente, em virtude da preclusão. A Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557, do
declaração ex officio pelo Juízo só é admitida em se tratando de Código de Processo Civil.
incompetência absoluta, hipótese não configurada nos presentes autos. Não merece qualquer reparo a decisão proferida pelo Juízo de Primeiro
Ao contrário do esposado na decisão recorrida, sigo o entendimento Grau.
jurisprudencial do Eg. STJ, pelo que reconheço a impossibilidade de se Com efeito, compulsando os autos, infere-se que houve tentativa de
declinar de ofício a competência relativa, qual seja, a territorial citação da empresa (fls. 28), mas a mesma não funciona mais no
correspondente ao caso ora em análise. endereço fornecido, o que poderia levar a presunção de dissolução
Diante desse quadro, observa-se nitidamente que a decisão agravada irregular da executada.
encontra-se em confronto com a jurisprudência dominante do Superior Todavia, de acordo com o documento de fl. 56, restou comprovado que
Tribunal de Justiça, o que autoriza o julgamento do presente recurso a empresa, ora executada, teve sua falência decretada perante o Juízo
nos termos do art. 557, §1º-A do Código de Processo Civil. da 2ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, em 17/07/2003, não se
Conclusão podendo falar, assim, em dissolução irregular.
Diante do exposto, com fulcro no §1º-A do art. 557, do CPC, dou No mesmo sentido, já decidiram os Tribunais, conforme o julgado, in
provimento ao agravo de instrumento para reformar a decisão e verbis:
reconhecer a competência do Juízo Federal para o regular PROCESSUAL - AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE
processamento e julgamento do feito. INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - FGTS - EXCLUSÃO DOS
Arquivem-se, após a baixa. SÓCIOS DO PÓLO PASSIVO DA LIDE - ARTIGO 10 DO DECRETO
P. I. Nº 3.708/1919 - NOMES NÃO CONSTAM DA CDA - FALÊNCIA -
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. FORMA REGULAR DE EXTINÇÃO DA SOCIEDADE COMERCIAL.
THEOPHILO MIGUEL I - Inadequada a aplicação das disposições do Código Tributário
Juiz Federal Convocado - Relator Nacional, tendo em vista a natureza não-tributária do Fundo de
Garantia sobre Tempo de Serviço, conforme pacificado pelo plenário
do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do RE
100.249/SP, de relatoria do E. Ministro Oscar Corrêa. Assim devem
ser aplicadas as disposições do artigo 10 do Decreto nº 3.708/1919
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020359-8 que reproduzem regra semelhante àquela do artigo 135, III do CTN,
Nº CNJ :0020359-56.2012.4.02.0000 possibilitando a responsabilização do sócio quando restar
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO configurado excesso de mandato ou atos praticados com violação do
THEOPHILO MIGUEL contrato ou da lei, independente da natureza do débito ser tributária
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA ou não. II- Muito embora partilhasse do entendimento de que o sócio
NACIONAL da empresa somente seria responsável pela dívida tributária da
AGRAVADO :PUBBLICITA PROPAGANDA E sociedade, se o exequente provasse que os dirigentes infringiram as
MARKETING S/A - MASSA FALIDA E disposições contidas no art. 10 do Decreto 3.708/1919, curvo-me à
OUTRO mais recente posição do STJ e da C. 2ª Turma desta Corte Federal, no
ADVOGADO :SEM ADVOGADO sentido de que constando o nome do sócio na certidão de dívida ativa,
AGRAVADO :HOMERO PACHECO FERNANDES JR como co-responsável pelo crédito exequendo, cabe a ele o ônus de
ADVOGADO :CREUZA DE ABREU VIEIRA demonstrar que não agiu com excesso de poder, infração à lei,
COELHO E OUTROS contrato social ou estatuto. III- No presente caso, os nomes dos sócios
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DE não constam da CDA e não restou também configurada a dissolução
EXECUÇÃO FISCAL - RJ (9800707018) irregular da sociedade, uma vez que o demonstrativo fornecido pela
Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP, dá conta de que a
DECISÃO empresa executada teve sua falência decretada, o que constitui forma
Relatório regular de extinção da sociedade comercial. IV - Agravo improvido.
Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO/FAZENDA (AI 201003000297139, JUIZ COTRIM GUIMARÃES, TRF3 -
NACIONAL contra decisão interlocutória que reconheceu a SEGUNDA TURMA, 14/12/2010)(grifos nossos)
ilegitimidade passiva do co-responsável para figurar no polo passivo da Noutro giro, cumpre frisar que, de acordo com posicionamento do
presente execução fiscal, determinando sua exclusão do feito. Superior Tribunal de Justiça, a responsabilidade dos diretores, gerentes
Para o juízo da decisão agravada, a empresa foi regularmente extinta ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado só ocorrerá
face ao processo de falência a que foi submetida, sendo descabida a quando a obrigação tributária for resultante de algum ato por eles
responsabilização dos sócios pelo não recolhimento do tributo cobrado praticados com excesso de poderes ou infração à lei, contrato social ou
através da presente execução fiscal. estatuto ou, ainda, no caso de ter havido dissolução irregular da
Em suas razões, a agravante sustenta, em linhas gerais, ser cabível o sociedade, o que já configura, por si só, uma infração a deveres legais.
Isso significa dizer que a responsabilidade não é automática, mas sim
dependente do estabelecimento de uma causalidade entre o débito
tributário surgido e alguma conduta do sócio-gerente no sentido da
prática de ato estipulado no artigo, que se configura, pois, como ato
ilícito.

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Nesse diapasão decidiu o colendo Superior Tribunal de Justiça, in
verbis:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE.
(RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DO SÓCIO QUOTISTA.
SOCIEDADE POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. THEOPHILO MIGUEL
DÉBITOS RELATIVOS À SEGURIDADE SOCIAL. LEI 8.620/93, AGRAVANTE :WILLIAM FRANCOIS DE FARIA -
ART. 13. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA PELA PRIMEIRA ESPOLIO
SEÇÃO DO STJ ). ADVOGADO :RAFAEL CAMPOS GIRO
1. (...) AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
2. (...) NACIONAL
3. A regra no egrégio STJ, em tema de responsabilidade patrimonial ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
secundária, é a de que o redirecionamento da execução fiscal, e seus EXECUÇÃO FISCAL - RJ
consectários legais, para o sócio-gerente da empresa, somente é (200951015145956)
cabível quando reste demonstrado que este agiu com excesso de
poderes, infração à lei ou contra o estatuto, ou na hipótese de DECISÃO
dissolução irregular da empresa. Relatório
(...) Cuida-se de Agravo de Instrumento, aparelhado com pedido de efeito
6. Embargos de declaração rejeitados. suspensivo, interposto por WILLIAM FRANCOIS DE FARIA –
(STJ, EDcl no REsp 711395/RS. Relator: Ministro LUIZ FUX. ESPOLIO contra decisão, que rejeitou a exceção de pré-executividade
PRIMEIRA TURMA. Data do Julgamento: 18/04/2006. Data da oposta nos autos da execução fiscal nº 2009.51.01514595-6, sob o
Publicação/Fonte: DJ 18.05.2006 p. 187). fundamento da necessidade de dilação probatória.
No caso em comento, incabível a inclusão do referido sócio no polo Sustenta a Agravante, em linhas gerais, a ocorrência de prescrição,
passivo da execução, uma vez que não restou comprovada a dissolução consoante a regra inserta no art. 174 do CTN, bem como a existência
irregular da empresa executada, nem qualquer outra hipótese que de erro de fato, que teria decorrido de informação equivocada lançada
justificasse tal medida. na declaração do espólio da parte executada.
Nesse passo, deve ser prestigiado o decisum impugnado que afastou a No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o
responsabilidade do sócio ao argumento: relatório.
“Em que pese restar provado nos autos que o excipiente exerceu a Fundamentação
gerência da sociedade a partir de 30/06/97 até a decretação de sua O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo.
falência, conforme documentos de fls. 27/29 e fl. 34, isto não é Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557,
suficiente para responsabilizá-lo pelos créditos executados, devendo a caput, do Código de Processo Civil.
Fazenda Nacional provar que o mesmo agiu com excesso de poderes À luz da nova sistemática processual, penso que a concessão de
ou infração de lei, contrato social ou estatutos. provimento judicial, em sede de agravo de instrumento, somente se
Assim, na hipótese dos autos, Carlos Milton Romano Pedrosa e mostra cabível nas situações claras de fundado receio de lesão grave ou
Homero Pacheco Fernandes Junior, não constam como corresponsáveis de difícil reparação (art. 527, II, CPC).
na CDA, não existindo provas de que tenha praticado atos com excesso O Código de Processo Civil pátrio definiu alguns instrumentos
de poderes ou infração à lei, contrato social ou estatutos. jurídico-processuais, vocacionados à promoção da plena efetividade
Com relação à alegada dissolução irregular da sociedade executada, das tutelas jurisdicionais e a garantir aos jurisdicionados o gozo e o
temos que não se observa, pois, conforme documento de fl. 80, a exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica. Tal construção
mesma foi objeto de processo falimentar perante o Juízo da 2ª Vara legal tem como razões principiológicas a própria concepção do Estado
Empresarial do Rio de Janeiro, distribuído em 06/12/2000. (...) de Direito, cuja existência jurídica implica o “monopólio” da jurisdição
Face ao exposto, julgo procedente o pedido de exclusão do e, por outro lado, o dever de prestá-la, nos termos como previsto no art.
corresponsável no pólo passivo da execução fiscal, por ilegitimidade 5º, XXXV, da Lei Maior.
passiva para a causa, pelo que reformo a decisão de fl. 49 que Nessa medida, se a ordem jurídica confere ao juiz monocrático um
determinou sua inclusão na execução na qualidade de parte. amplo e rico espaço de formulação de medidas judiciais, propiciando-
Diante desse quadro, observa-se nitidamente que a decisão agravada lhe um extenso espaço para que possa se desincumbir, com eficiência,
encontra-se em conformidade com a jurisprudência dominante do de seu munus de prestar a jurisdição de forma ágil e bastante eficaz –
Superior Tribunal de Justiça. qualidades essas de inexorável valor para a sociedade -, mostra-se
Conclusão contraproducente, por se tratar justamente de medida de urgência,
Posto isso, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos possa esse instrumento jurídico-processual ser embargado por
termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC. intermédio de uma reavaliação dos mesmos fatos jurídicos ainda que
Publique-se. Intime-se. por outro órgão jurisdicional de grau superior.
Arquivem-se, após a baixa. Tal reavaliação, em sede de recurso, mostra-se cabível apenas quando
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. se tratar de situação jurídica de manifesta excepcionalidade,
THEOPHILO MIGUEL evidenciada por fundado receio de grave dano de difícil reparação
Juiz Federal Convocado - Relator recorrente dos efeitos da decisão judicial impugnada ou em casos de
flagrante decisão teratológica.
Na espécie a decisão agravada encontra-se em conformidade com a
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça.
Com efeito, o entendimento que prepondera na Corte Superior é no
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020428-1 sentido de que a exceção de pré-executividade somente se mostra
Nº CNJ :0020428-88.2012.4.02.0000 cabível quando as questões levantadas pelo executado não dependem
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO de dilação probatória, podendo ser imediatamente apreciadas pelo juízo
à luz das provas pré-constituídas.
No que diz respeito à prescrição, constata-se a presença de todos os
elementos necessários ao afastamento da tese da agravante, não sendo,
pois, necessária a dilação probatória.
É bem de ver-se que constituído o crédito tributário por termo de

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confissão espontânea, através de notificação pessoal, a data de sua
realização constitui o termo inicial para a contagem do prazo
prescricional.
Conforme a redação originária do inciso I, do parágrafo único, do
artigo 174, do CTN, a prescrição se interrompia pela citação pessoal
feita ao devedor. ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
A atual redação do inciso I, do parágrafo único, do art. 174 do CTN, EXECUÇÃO FISCAL - RJ
inserida pela LC n. 118/05, vigente a partir de 09/06/2005, passou a (200651015196136)
prever a interrupção da prescrição “pelo despacho do juiz que ordenar
a citação em execução fiscal”, só podendo ser aplicada às ações em DECISÃO
curso quando o despacho citatório for posterior à vigência da Trata-se de agravo de instrumento interposto por JOSÉ ROBERTO
supracitada lei complementar. CARDENAL, contra decisão proferida nos autos do processo de
Na hipótese dos autos, a data constitutiva do crédito é a da notificação origem, em epígrafe, que não acolheu a exceção de pré-executividade
pessoal (01/12/2007, cf. fl. 15), verifica-se que o presente executivo oposta pelo agravante.
fiscal, protocolizado em 02/10/2009 (fl. 13), portanto, após a vigência Alega, em síntese, que a decisão recorrida não deve prevalecer pelos
da LC nº 118/2005, não havendo que se falar, portanto, em prescrição seguintes motivos: que a prescrição é matéria de ordem pública,
do crédito tributário, tendo em conta que o despacho citatório a podendo ser argüida a qualquer tempo, conhecida de ofício, e em
interrompeu antes do prazo quinquenal. Precedentes do col. STJ: qualquer grau de recurso; a matéria em questão deve ser tratada como
AgRg no Ag 1064843/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, modalidade de extinção do crédito tributário, sendo indevida qualquer
PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/08/2009, DJe 02/09/2009 e cobrança de forma tardia, pois o crédito não mais existe, não operando
PRIMEIRA TURMA; RESP 200800990410; REL. MIN. LUIZ FUX; somente a perda da pretensão, mas sim a existência do débito; que
DJE DATA:26/03/2009. através das certidões da dívida ativa é possível notar que os anos bases
No que diz respeito ao erro de fato, a cautela do juízo se mostra têm como exercícios os anos de 1990/1992/1993/1995/1996, sendo
razoável, posto que a análise da questão não prescinde da dilação certo que o lançamento - realizado através de auto de infração – teve
probatória, a revelar a necessidade de que a defesa do Postulante seja sua notificação em 21/11/1996; que não houve qualquer suspensão do
feita por intermédio da via processual própria: os embargos à prazo prescricional após o lançamento e, mesmo que se leve em
execução. consideração o pedido de parcelamento como suspensivo, este só foi
Sobre a questão, o Superior Tribunal de Justiça assim decidiu no realizado em 25/02/2011, portanto, bem além do ajuizamento da ação
julgamento do AgRg no Ag 1399631/SC (DJe de 10.08.2011): executória, quando já extinto o crédito tributário.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO Por tais fundamentos, requer o provimento do recurso para que seja
AGRAVADA NÃO ATACADA. SÚMULA 182/STJ. 1. É inviável o determinado o prosseguimento do feito, que se encontra suspenso, a
agravo que deixa de atacar os fundamentos da decisão agravada. fim de que seja apurada e declarada a extinção do crédito pela
Incidência da Súmula 182 do STJ. 2. A agravante não enfrentou a prescrição, com a conseqüente repetição do indébito.
fundamentação da decisão recorrida, a qual não conheceu do recurso, Relatado brevemente. DECIDO.
nos seguintes termos: incidência da Súmula 83/STJ, pois a Primeira Primeiramente, considero relevantes os argumentos apresentados pelo
Seção desta Corte Superior, ao concluir o julgamento do REsp recorrente, bem como a juntada das cópias de fls. 21/25, como forma
1.104.900/ES, de relatoria da Ministra Denise Arruda, publicado no de justificar a sua impossibilidade em apresentar o recurso dentro do
DJe do dia 1º.4.2009, ratificou o entendimento de que a Exceção de prazo processual previsto no artigo 522 do CPC; in casu, a ocorrência
Pré-Executividade constitui meio legítimo para discutir as matérias, de incêndio no prédio onde o patrono da recorrente possui o seu
desde que desnecessária a dilação probatória; e, incidência da Súmula escritório acarretou a proibição de acesso às salas entre os dias 06 e 07
7/STJ, pois a análise da necessidade ou não de produção de prova do mês corrente e, consequentemente, o reconhecimento da ocorrência
demandaria incursão no conteúdo fático-probatório dos autos. 3. A de força maior, a justificar a restituição do prazo recursal, com base no
parte limitou-se em repetir, literalmente, os argumentos lançados no artigo 507 do CPC.
recurso especial. Agravo regimental improvido. No mérito, entendo que o magistrado não é obrigado a examinar todos
Conclusão os argumentos expendidos pelas partes, bastando que, no caso
Ante o exposto, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, concreto, decline fundamentos suficientes para lastrear a conclusão
nos termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC. perfilhada.
Publique-se. Intimem-se. Dessa forma, cabe consignar que a exceção de pré-executividade é
Arquivem-se, após a baixa. instrumento destinado à defesa do executado, sempre que houver
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. matéria de ordem pública, cognoscível de ofício, a impedir o
THEOPHILO MIGUEL prosseguimento da ação executiva em relação ao excipiente.
Juiz Federal Convocado - Relator Entretanto, a utilização desse instrumento pressupõe que a matéria
alegada esteja evidenciada mediante simples análise da petição e dos
documentos a ela acostados, não sendo admissível a produção de
outras provas, o que somente seria cabível em sede de embargos à
execução, após seguro o Juízo.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020755-5 A jurisprudência do C. Superior Tribunal de Justiça firmou-se no
Nº CNJ :0020755-33.2012.4.02.0000 sentido do cabimento da exceção para a resolução de questões relativas
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE a outras matérias, porém, sob a condição de poderem ser resolvidas
F. NEVES NETO sem a necessidade de dilação probatória. Vale dizer, se, para a
AGRAVANTE :JOSE ROBERTO CARDENAL resolução das questões suscitadas no incidente, houver necessidade de
ADVOGADO :ALBERTINHO POSSAMAI produção de provas outras além da documental, não caberá exceção de
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA pré-executividade. A matéria, nesse caso, deve ser veiculada por meio
NACIONAL de embargos à execução.
Neste sentido, dentre numerosos outros, os seguintes julgados, in
verbis:
"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE DE
UTILIZAÇÃO PARA MATÉRIAS QUE NÃO DEMANDEM DILAÇÃO

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PROBATÓRIA. SÚMULA 393/STJ. 1. A Primeira Seção desta Corte,
ao julgar o REsp 1.104.900/ES, mediante o procedimento descrito no
art. 543-C do CPC (recursos repetitivos), ratificou o entendimento do
STJ no sentido de que se a execução fiscal foi proposta contra a
empresa, mas o nome do sócio constar na CDA, cabe a este
demonstrar que não agiu com excesso de poderes, infração de lei, formador da respectiva CDA – é possível aprofundar as alegações do
contrato social ou estatutos. Sedimentou-se também, sobre a executado, ora recorrente, e oferecer ao juízo a quo o subsídio
possibilidade de utilização da exceção de pré-executividade para necessário ao deslinde da controvérsia.
alegar matérias de ordem pública, dentre elas, a ilegitimidade passiva Portanto, a exceção oposta não encontra, em princípio, nenhum
ad causam, desde que não demandem dilação probatória. 2. Assim, foi respaldo em quaisquer das hipóteses que ensejariam a nulidade da
editada a Súmula n. 393/STJ, que assim dispõe: 'A exceção de pré- CDA, quais sejam: falta de certeza, liquidez e exigibilidade, uma vez
executividade é admissível na execução fiscal relativamente às que somente por via de embargos será possível apreciar
matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória'. adequadamente as alegações da agravante.
3. Na espécie, o Tribunal de origem consignou que a verificação da Pairando dúvidas sobre a questão suscitada, impossível a sua solução
responsabilidade dos sócios demanda dilação probatória, motivo pelo por meio de exceção de pré-executividade.
qual a referida matéria de defesa deverá ser arguida via embargos à Ademais, a exceção de pré-executividade, por ser instrumento estranho
execução. 4. Recurso especial não provido." ( STJ - REsp 1277740/RJ à sistemática processual, não admite dilação probatória. Deve ficar
- Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES - SEGUNDA consignado que a mera alegação, despida de provas robustas e
TURMA - Data do Julgamento 11/10/2011 - Publicação/Fonte DJe ponderáveis sobre fato extintivo ou modificativo do direito de crédito
18/10/2011). que se consubstancia na CDA, não se presta a ser examinada, senão
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO À superficialmente.
SISTEMÁTICA PREVISTA NO ART. 543-C DO CPC. EXECUÇÃO Assim, estou em que o ato judicial guerreado não é abusivo; tampouco
FISCAL. INCLUSÃO DOS REPRESENTANTES DA PESSOA é contrário à lei. A decisão deu à hipótese razoável interpretação
JURÍDICA, CUJOS NOMES CONSTAM DA CDA, NO PÓLO jurídica, pois levou em consideração que as provas carreadas pelos
PASSIVO DA EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. MATÉRIA DE agravantes não eram suficientes para concluir-se pela nulidade da
DEFESA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. EXCEÇÃO execução.
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INVIABILIDADE. RECURSO Este Eg. Tribunal firmou entendimento de que o agravo procede
ESPECIAL DESPROVIDO. 1. A orientação da Primeira Seção desta quando o juiz dá à lei interpretação teratológica, fora da razoabilidade
Corte firmou-se no sentido de que, se a execução foi ajuizada apenas jurídica, ou quando o ato se apresenta manifestamente abusivo (AG
contra a pessoa jurídica, mas o nome do sócio consta da CDA, a ele 2009.02.01.003198-3 – Relator Juiz Federal Convocado ALUÍSIO
incumbe o ônus da prova de que não ficou caracterizada nenhuma das GONÇALVES DE CASTRO MENDES – Primeira Turma
circunstâncias previstas no art. 135 do CTN, ou seja, não houve a Especializada – Data do Julgamento 18.08.2009; AG
prática de atos 'com excesso de poderes ou infração de lei, contrato 2009.02.01.010437-8 - Relator Desembargador Federal GUILHERME
social ou estatutos'. 2. Por outro lado, é certo que, malgrado serem os CALMON – Sexta Turma Especializada – Data do Julgamento
embargos à execução o meio de defesa próprio da execução fiscal, a 01.03.2010; AG 2008.02.01.004001-3 - Relatora Desembargadora
orientação desta Corte firmou-se no sentido de admitir a exceção de Federal SALETE MACCALÓZ – Sétima Turma Especializada).
pré-executividade nas situações em que não se faz necessária dilação Por todo o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso, nos termos do
probatória ou em que as questões possam ser conhecidas de ofício artigo 557, caput, do CPC.
pelo magistrado, como as condições da ação, os pressupostos Decorrido, in albis, o prazo recursal, remetam-se os autos à Vara de
processuais, a decadência, a prescrição, entre outras. 3. Contudo, no origem, com as cautelas de praxe.
caso concreto, como bem observado pelas instâncias ordinárias, o Intimem-se.
exame da responsabilidade dos representantes da empresa executada Rio de Janeiro, de de 2012.
requer dilação probatória, razão pela qual a matéria de defesa deve JOSÉ FERREIRA NEVES NETO
ser aduzida na via própria (embargos à execução), e não por meio do Desembargador Federal
incidente em comento. 4. Recurso especial desprovido. Acórdão Relator
sujeito à sistemática prevista no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução
8/2008 - Presidência/STJ." (STJ - REsp 1104900/ES - Relatora
Ministra DENISE ARRUDA - PRIMEIRA SEÇÃO - Data do
Julgamento 25/03/2009 - Publicação/Fonte DJe 01/04/2009).
No caso vertente, entendo, tal como o il. Magistrado de piso, que os III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020767-1
elementos probatórios trazidos aos autos pelo excipiente, ora Nº CNJ :0020767-47.2012.4.02.0000
agravante, não foram suficientes à comprovação, de plano, da RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ocorrência de prescrição, sendo impossível sua discussão em sede de THEOPHILO MIGUEL
exceção ou objeção de pré-executividade. AGRAVANTE :RECOMECO CONVERTEDORA DE
Corroborando tal assertiva, cabe transcrever a sua decisão: GAS LTDA
“A petição de fls. 57/58, com natureza de exceção de pré- ADVOGADO :RENATA PASSOS BERFORD
executividade, suscita prescrição que não é cognoscível à vista tão-só GUARANA E OUTROS
dos elementos nestes autos, demandando exame do processo AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
administrativo para aferição de eventuais circunstâncias suspensivas ou NACIONAL
interruptivas de seu curso, o que somente seria possível na adequada ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
via dos embargos, cuja oportunidade há muito já transcorreu, mesmo EXECUÇÃO FISCAL - RJ
porque o Executado já confessou o débito aderindo a programa de (201251010172932)
parcelamento da dívida.”.
De fato, somente com a apresentação do processo administrativo – DECISÃO
Relatório
Cuida-se de agravo de instrumento interposto por RECOMECO
CONVERTEDORA DE GÁS LTDA em face de decisão interlocutória
que, nos autos da Execução Fiscal nº 2012.51.01.017293-2, não aceitou
como garantia do juízo títulos ao portador emitidos pela Eletrobrás.

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O magistrado de primeiro grau, como razões de decidir, assentou que
os citados títulos ofertados revelam-se inaptos a garantir a execução
fiscal.
Em suas razões, a agravante sustenta, em linhas gerais, que as
obrigações da Eletrobrás são títulos de crédito que têm: cotação em
bolsa de valores; aptos a serem negociados, pela liquidez e facilidade Nessa medida, se a ordem jurídica confere ao juiz monocrático um
de alienação. Aduz, ainda, que a decisão teria afrontado o que amplo e rico espaço de formulação de medidas judiciais, propiciando-
determina o art. 620 do CPC. lhe um extenso espaço para que possa se desincumbir, com eficiência,
No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o de seu munus de prestar a jurisdição de forma ágil e bastante eficaz –
relatório. qualidades essas de inexorável valor para a sociedade -, mostra-se
Fundamentação contraproducente, por se tratar justamente de medida de urgência,
O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo. possa esse instrumento jurídico-processual ser embargado por
Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557, intermédio de uma reavaliação dos mesmos fatos jurídicos ainda que
caput, do Código de Processo Civil. por outro órgão jurisdicional de grau superior.
De fato, conforme aduzido pelo magistrado de primeiro grau, ao Tal reavaliação, em sede de recurso, mostra-se cabível apenas quando
recusar a garantia oferecida pela agravante, os bens oferecidos à se tratar de situação jurídica de manifesta excepcionalidade,
penhora, quais sejam, Títulos ao Portador emitidos pela Eletrobrás, evidenciada por fundado receio de grave dano de difícil reparação
são dotados de baixa liquidez, sendo lícito sua recusa diante da ordem decorrente dos efeitos da decisão judicial impugnada ou em casos de
de preferência do artigo 11 da LEF. flagrante decisão teratológica, o que não ocorreu in casu.
Conforme dispõe o Enunciado nº 31 desta Egrégia Corte, “na execução Conclusão
fiscal, é vedada a nomeação à penhora de títulos da dívida pública Posto isso, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos
sem liquidez imediata, de difícil ou duvidosa liquidação”. Assim, no termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC.
caso dos presentes autos, agiu corretamente o Juízo a quo quando Publique-se. Intime-se.
indeferiu o oferecimento de debêntures da Eletrobrás a fim de que Arquivem-se, após a baixa.
fosse garantida a execução. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
Neste sentido, é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, THEOPHILO MIGUEL
conforme julgado, in verbis: Juiz Federal Convocado - Relator
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO À
PENHORA DE DEBÊNTURES DA ELETROBRÁS.
POSSIBILIDADE DE RECUSA PELA FAZENDA. 1. Trata-se de
execução fiscal em que houve recusa pela Fazenda Pública de III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020975-8
nomeação à penhora de debêntures da Eletrobrás. 2. A jurisprudência Nº CNJ :0020975-31.2012.4.02.0000
do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que as debêntures da RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Eletrobrás podem ser nomeadas à penhora por serem títulos de crédito THEOPHILO MIGUEL
e, portanto, passíveis de garantia de execução fiscal, ao contrário dos AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
títulos ao portador. 3. Na espécie, o Tribunal regional acatou a recusa NACIONAL
da Fazenda Pública ao fundamento de que o título é de difícil AGRAVADO :MARIA BONITA CONFECCOES LTDA
alienação, sem cotação na bolsa de valores e de liquidez incerta, o que ADVOGADO :NERIVALDO LIRA ALVES E OUTROS
torna compreensível a recusa das debêntures oferecidas para penhora. ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL
4. Esse entendimento segue a jurisprudência deste Tribunal Superior no DO RIO DE JANEIRO
sentido de que os referidos títulos são dotados de baixa liquidez, apesar (201251010431640)
de existir cotação em bolsa de valores, sendo lícito à Fazenda recusá-
los diante da ordem de preferência estipulada no art. 11 da Lei n. DECISÃO
6.830/80. Precedentes: AgRg no Ag 1.146.608/RS, Rel. Ministro Relatório
Hamilton Carvalhido, Primeira Turma, DJe 17/9/2009; e EDcl no Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO/FAZENDA
AgRg no REsp 1041794/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda NACIONAL contra decisão interlocutória que, nos autos de mandado
Turma, DJe 14/4/2009. 5. Agravo regimental não provido. de segurança, deferiu, parcialmente, a liminar para suspender a
(AGA 201001956419, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA exigibilidade da contribuição previdenciária patronal incidente sobre os
TURMA, DJE DATA:11/02/2011.) valores pagos ao funcionário nos 15 primeiros dias de afastamento do
Por derradeiro, cumpre esclarecer que o princípio da menor auxílio-doença/acidente.
onerosidade não pode inviabilizar a satisfação do crédito pelo devedor. Para a obtenção da tutela recursal, a Agravante sustenta que no caso
No mais, à luz da nova sistemática processual, penso que a concessão dos quinze dias que antecedem a concessão de auxílio-doença/acidente,
de provimento judicial, em sede de agravo de instrumento, somente se o afastamento do empregado não retira a natureza salarial do
mostra cabível nas situações claras de fundado receio de lesão grave ou pagamento em razão do contrato de trabalho.
de difícil reparação (art. 527, II, CPC). No que interessa ao exame do presente agravo de instrumento, é o
O Código de Processo Civil pátrio definiu alguns instrumentos relatório.
jurídico-processuais, vocacionados à promoção da plena efetividade Fundamentação
das tutelas jurisdicionais e a garantir aos jurisdicionados o gozo e o O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo.
exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica. Tal construção Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557,
legal tem como razões principiológicas a própria concepção do Estado caput, do Código de Processo Civil.
de Direito, cuja existência jurídica implica o “monopólio” da jurisdição O juízo a quo, em sede de medida liminar, entendeu válido o
e, por outro lado, o dever de prestá-la, nos termos como previsto no art. entendimento segundo o qual não deveria incidir contribuição
5º, XXXV, da Lei Maior. previdenciária sobre os valores pagos nos 15 primeiros dias de
afastamento do auxílio-doença/acidente.
Sem embargo, a interpretação adotada na decisão recorrida não se me
afigura manifestamente equivocada.
De fato, consoante a jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de
Justiça “não incide a contribuição previdenciária sobre a

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remuneração paga pelo empregador ao empregado, durante os
primeiros dias do auxílio-doença, uma vez que tal verba não tem
natureza salarial” (2ª T - AgRg no REsp 746540/RS, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, DJ de 06.11.2008).
À luz da nova sistemática processual, penso que a concessão de
provimento judicial, em sede de agravo de instrumento, somente se Juiz Federal Convocado - Relator
mostra cabível nas situações claras de fundado receio de lesão grave ou
de difícil reparação (art. 527, II, CPC).
O Código de Processo Civil pátrio definiu alguns instrumentos
jurídico-processuais, vocacionados à promoção da plena efetividade
das tutelas jurisdicionais e a garantir aos jurisdicionados o gozo e o III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020976-0
exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica. Tal construção Nº CNJ :0020976-16.2012.4.02.0000
legal tem como razões principiológicas a própria concepção do Estado RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
de Direito, cuja existência jurídica implica o “monopólio” da jurisdição THEOPHILO MIGUEL
e, por outro lado, o dever de prestá-la, nos termos como previsto no art. AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
5º, XXXV, da Lei Maior. NACIONAL
Nessa medida, se a ordem jurídica confere ao juiz monocrático um AGRAVADO :FESTIVAL RENEE ARTIGOS DE
amplo e rico espaço de formulação de medidas judiciais, propiciando- EPOCA LTDA
lhe um extenso espaço para que possa se desincumbir, com eficiência, ADVOGADO :SEM ADVOGADO
de seu munus de prestar a jurisdição de forma ágil e bastante eficaz – ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
qualidades essas de inexorável valor para a sociedade -, mostra-se EXECUÇÃO FISCAL - RJ
contraproducente, por se tratar justamente de medida de urgência, (200251015275225)
possa esse instrumento jurídico-processual ser embargado por
intermédio de uma reavaliação dos mesmos fatos jurídicos ainda que DECISÃO
por outro órgão jurisdicional de grau superior. Relatório
Tal reavaliação, em sede de recurso, mostra-se cabível apenas quando Trata-se de Agravo de Instrumento interposto em face de decisão
se tratar de situação jurídica de manifesta excepcionalidade, interlocutória proferida pela Juízo da 6ª Vara de Execução Fiscal, que
evidenciada por fundado receio de grave dano de difícil reparação acolheu em parte a exceção de pré-executividade, declarando extinto,
decorrente dos efeitos da decisão judicial impugnada ou em casos de pela prescrição, os créditos inscritos relativos ao Imposto Simples do
flagrante decisão teratológica. período de 10/02/1997 a 10/09/1997 (fls. 04/08).
Importante ressaltar que esse entendimento é adotado pela Aduz a recorrente, em síntese, a inocorrência da prescrição ao
jurisprudência dominante desta Corte Federal da 2a Região, consoante argumento de que “a partir do primeiro dia do exercício seguinte
sintetizado na ementa relativa ao AG 196847/RJ (DJE de 09.07.2011), àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado” (CTN art. 173,
da qual destaco os seguintes trechos: I), ou seja, em 1999 começou a correr o prazo decadencial para
2. Em razão do princípio do livre convencimento motivado, adotado lançamento do tributo. Deste ato de lançamento tributário começaria a
pela nossa legislação, a apreciação da existência ou não dos correr o prazo para a realização das demais etapas de concretude do
requisitos autorizadores da tutela antecipatória específica - fumus débito.”
boni iuris e periculum in mora - insere-se no poder geral de cautela do Fundamentação
Juiz Natural de primeiro grau de jurisdição. O presente agravo de instrumento mostra-se tempestivo.
3. Assim, a atividade do tribunal na revisão de decisão liminar que Passo a decidir o presente recurso na forma autorizadora do art. 557,
concede ou não esse tipo de medida deve ter seu alcance sensivelmente caput, do Código de Processo Civil.
mitigado, para que não se comprometa a legítima atribuição da Não merece reparo a decisão hostilizada.
autoridade judiciária de primeiro grau, nem se subverta a ordem Com efeito, o termo inicial do prazo prescricional para o Fisco exercer
natural de conhecimento do processo. a pretensão de cobrança judicial do crédito tributário declarado, mas
4. Logo, a decisão do juízo de primeiro grau que defere ou indefere a não pago, é a data do vencimento da obrigação tributária
antecipação de tutela somente deve ser reformada naqueles casos em expressamente reconhecida.
que há abuso ou ilegalidade manifesta, ou seja, quando a decisão não Nesse sentido:
tem qualquer fundamentação; quando a prova carreada aos autos é PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
inequívoca em sentido contrário à conclusão que o juízo recorrido ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. DÉBITO DECLARADO PELO
formou a respeito da realidade fática da relação jurídica material; ou CONTRIBUINTE. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. DARF.
quando a interpretação do direito efetivada pelo magistrado de INDICAÇÃO DO NÚMERO DO PROCESSO.
primeiro grau para decidir colide com jurisprudência pacificada do 1. Nos casos de tributo lançado por homologação, a declaração do
Tribunal, do STJ ou do STF sobre o ponto. Jurisprudência do TRF-2ª débito por parte do contribuinte constitui o crédito tributário, sendo
Região. dispensável a instauração de procedimento administrativo e respectiva
Na espécie, o juízo da decisão interlocutória de primeira instância, que notificação prévia.
deferiu em parte o pedido de medida liminar, tem respaldo em 2. Desta forma, se o débito declarado já pode ser exigido a partir do
precedentes dos Tribunais Superiores. vencimento da obrigação, ou da apresentação da declaração (o que for
Conclusão posterior), nesse momento fixa-se o termo a quo (inicial) do prazo
Posto isso, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos prescricional.
termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC. 3. Aos documentos de arrecadação com pagamento anterior a
Publique-se. Intimem-se. 20.12.2004, não se aplica a Resolução STJ n. 20/2004, não sendo
Arquivem-se, após a baixa. imprescindível a anotação, na guia de recolhimento da União (GRU)
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012. ou no documento de arrecadação da Receita Federal (Darf), do número
THEOPHILO MIGUEL do processo a que se refere o recolhimento.
4. Agravo regimental não provido.
(AgRg nos EDcl no REsp 705.411/RS, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em
23/02/2010, DJe 08/03/2010)
EXECUÇÃO FISCAL - TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
POR HOMOLOGAÇÃO - DCTF, GIA OU SIMILAR PREVISTA EM
LEI - CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PRAZO
PRESCRICIONAL - TERMO INICIAL - VENCIMENTO -
INTERRUPÇÃO - SÚMULA VINCULANTE Nº 08 - REGIME
ANTERIOR À LC 118/05.
1. A respeito do prazo para constituição do crédito tributário esta Corte AFASTAMENTO DA SÚMULA N. 106/STJ. PRECEDENTES
tem firmado que, em regra, segue-se o disposto no art. 173, I, do CTN, JULGADOS NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-C, DO CPC.
ou seja, o prazo decadencial é de cinco anos contados "do primeiro dia 1. Cumpre afastar a alegada ofensa ao art. 535 do CPC, tendo em vista
do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido que o Tribunal de origem se manifestou de forma clara e suficientemente
efetuado". fundamentada para por fim à lide, não havendo necessidade de
2. Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, ausente manifestação exaustiva sobre todos os argumentos deduzidos pelas partes,
qualquer declaração do contribuinte, o fisco dispõe de cinco anos, a desde que o decisum respeite o disposto no art. 93, IX, da Constituição
contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o Federal.
lançamento poderia ter sido efetuado, para proceder ao lançamento 2. A Primeira Seção desta Corte, nos autos do REsp n. 1.120.295/SP, de
direto substitutivo a que se refere o art. 149 do CTN, sob pena de relatoria do Ministro Luiz Fux, DJE de 21.5.2010, submetido ao regime
decadência. do art. 543-C, do CPC, entendeu que a propositura da ação constitui o dies
3. A apresentação de Declaração de Débitos e Créditos Tributários ad quem do prazo prescricional e, simultaneamente, o termo inicial para
Federais – DCTF, de Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA sua recontagem sujeita às causas interruptivas previstas no artigo 174,
ou de outra declaração semelhante prevista em lei, é modo de parágrafo único, do CTN. Naquela oportunidade, concluiu-se que, nos
constituição do crédito tributário, dispensando-se outra providência por termos do § 1º do art. 219 do CPC, interrupção da prescrição, pela citação,
parte do fisco. Nessa hipótese, não há que se falar em decadência em retroage à data da propositura da ação.
relação aos valores declarados, mas apenas em prescrição do direito à 3. No recurso representativo da controvérsia a interrupção do lapso
cobrança, cujo termo inicial do prazo quinquenal é o dia útil seguinte prescricional com a efetiva citação do devedor se deu em junho de 2002 e
ao do vencimento, quando se tornam exigíveis. Pode o fisco, desde retroagiu a 5.3.2002, data da propositura da ação, na forma do art. 219, §
então, inscrever o débito em dívida ativa e ajuizar a ação de execução 1º, do CPC, ainda que o prazo prescricional tenha findado em 30.4.2002.
fiscal do valor informado pelo contribuinte. Além disso, a declaração O entendimento acima exposado, restou pacificado nesta Corte nos casos
prestada nesses moldes inibe a expedição de certidão negativa do em que a demora na citação não seja imputada exclusivamente ao Fisco.
débito e o reconhecimento de denúncia espontânea. 4. Na hipótese dos autos, o crédito tributário objeto da presente execução
4. Com a edição da Súmula Vinculante nº 08 (D.O.U. de 20/06/2008), fiscal foi constituído em 14.7.1995. A execução fiscal foi ajuizada em
restou consagrado pelo STF o entendimento há muito proclamado pelo 28.5.1997. Contudo, a citação por edital somente ocorreu em 20.1.2004,
STJ, no sentido de que a decadência e a prescrição tributárias são cerca de oito anos e meio após a constituição do crédito. Ainda que seja
matérias reservadas à lei complementar, por expressa determinação do correto o entendimento segundo o qual, nos termos do art. 219, § 1º, do
art. 146, III, "b", da Constituição Federal, em razão do que a CPC, a citação retroage à data da propositura da ação, no caso dos autos, a
interrupção do prazo prescricional deve ser regida precipuamente pelas citação ocorreu mais de seis anos após a propositura da ação, sendo a
hipóteses previstas no art. 174 do Código Tributário Nacional - CTN. demora imputada exclusivamente ao Fisco, razão pela qual o Tribunal de
5. Restando incontroverso nos autos que o contribuinte declarou e não origem afastou a incidência da Súmula n. 106 desta Corte e reconheceu a
recolheu valores relativos ao PIS do mês de junho de 1996, e ocorrida a ocorrência da prescrição.
citação pessoal apenas em março de 2002, sem qualquer causa 5. Não é possível alterar da origem quanto à responsabilidade pela demora
interruptiva nesse período, deve a execução fiscal ser extinta por força da citação, eis que a Primeira Seção desta Corte, em 09.12.09, quando do
da prescrição. julgamento do REsp n. 1.102.431/RJ, de relatoria do Ministro Luiz Fux,
6. Recurso especial provido. pela sistemática do art. 543-C, do CPC, introduzido pela Lei dos Recursos
(REsp 957.682/PE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA Repetitivos, consolidou o entendimento no sentido de que a verificação de
TURMA, julgado em 03/03/2009, DJe 02/04/2009) responsabilidade pela demora na prática dos atos processuais implica
Na hipótese dos autos, conforme consignado no decisum objurgado, na indispensável reexame de matéria fático-probatória, o que é vedado a esta
própria data da inscrição da dívida, em 28/03/2002 (fls. 03) ou do Corte Superior, na estreita via do recurso especial, ante o disposto na
ajuizamento da execução, em 26/09/2002 (fl. 02) o prazo prescricional Súmula 07/STJ.
já estava consumado em relação aos débitos com vencimentos em 6. Recurso especial não provido.
10/02/1997 e 10/03/1997. Já com relação aos débitos vencidos em (REsp 1228043/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
10/04/1997 a 11/09/1997, quando do ajuizamento do executivo fiscal já SEGUNDA TURMA, julgado em 15/02/2011, DJe 24/02/2011)
havia decorrido prazo superior a cinco anos, estando, também Conclusão
consumada a prescrição. Posto isso, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos
Destarte, transcorridos mais de cinco anos entre a constituição termos dos artigos 527, I e 557, caput, do CPC.
definitiva do crédito tributário e o ajuizamento do executivo fiscal, há Publique-se. Intime-se.
que ser reconhecida a prescrição do crédito tributário exequendo. Arquivem-se, após a baixa.
Confira-se: Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012.
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. THEOPHILO MIGUEL
VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. AÇÃO Juiz Federal Convocado - Relator
PROPOSTA ANTES DE DECORRIDO O LAPSO PRESCRICIONAL.
ART. 219, § 1º, DO CPC. RETROAÇÃO DA INTERRUPÇÃO DA
PRESCRIÇÃO PARA A DATA DA PROPOSITURA DA AÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE NA HIPÓTESE. CITAÇÃO REALIZADA MAIS
DE OITO ANOS APÓS A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.015817-9
TRIBUTÁRIO. DEMORA IMPUTADA EXCLUSIVAMENTE AO Nº CNJ :0015817-92.2012.4.02.0000
FISCO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DO CORRETO RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
ANTONIO SOARES
AGRAVANTE :PAPILLON INDUSTRIA E COMERCIO
DE CONFECÇÕES LTDA.
ADVOGADO :JAQUES MARQUES PEREIRA E
OUTROS

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL
CACHOEIRO DE ITAPEM/ES
(9900340000)
via recursal, o que implicaria usurpação de competência
DECISÃO constitucionalmente atribuída ao eg. Supremo Tribunal Federal (CF,
Trata-se de embargos de declaração (fls. 205/214), interpostos por art. 102).
PAPILLON INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDA., 4. Os embargos de declaração, ainda que opostos com o objetivo de
em face da decisão (fls. 200/203), que negou seguimento ao agravo de prequestionamento, não podem ser acolhidos quando inexistentes as
instrumento, ante a ausência de um dos requisitos para a sua hipóteses previstas no art. 535 do Código de Processo Civil.
admissibilidade, qual seja, a legitimidade recursal, com fulcro no artigo 5. Embargos de declaração rejeitados.
557, caput, CPC c/c artigo 44, §1º, inciso IV do Regimento Interno (EDcl no REsp 1120620/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,
deste Tribunal. SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 14/12/2012).(g.n.)
Os embargos de declaração foram interpostos com o fim de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
prequestionar as matérias suscitadas em suas razões recursais, visando DISSÍDIO NÃO DEMONSTRADO. FALTA DE SIMILITUDE
à eventual interposição de recursos extraordinários. FÁTICO-JURÍDICA ENTRE AS HIPÓTESES CONFRONTADAS.
É o relato do necessário. Passo a decidir. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE
Os embargos de declaração, previstos nos artigos 535 a 538 do Código OU ERRO MATERIAL.
de Processo Civil, são cabíveis contra qualquer decisão que contiver 1 - Os embargos de declaração somente são cabíveis quando presente,
alguma contradição, obscuridade ou omissão. Têm por fim esclarecer a ao menos, uma das hipóteses previstas no artigo 535 do Código de
decisão prolatada, pretendendo que o julgador reexprima o decidido, Processo Civil.
ou que examine determinada questão sobre a qual permanecera omisso. 2 - A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que os
Em outras palavras, os embargos declaratórios têm por finalidade a embargos de declaração, ainda que opostos com o objetivo de
clareza, harmonia, lógica e integridade da decisão, de maneira a afastar prequestionamento visando à interposição de recurso extraordinário,
eventuais obstáculos à boa compreensão de seu teor e eficácia de seu não podem ser acolhidos quando inexistentes omissão, contradição ou
conteúdo. Assim, ausentes as obscuridades, contradições ou omissões, obscuridade na decisão recorrida.
mostra-se incabível o presente recurso. 3 - Embargos rejeitados.
Admite-se, ainda, a interposição de embargos de declaração para fins (EDcl nos EREsp 791572/RJ. Relator: Ministro PAULO GALLOTTI.
de prequestionamento da matéria impugnada, visando ao acesso às CORTE ESPECIAL. Data do Julgamento: 23/11/2006. Data da
instâncias superiores. Porém, mesmo com esta finalidade, os embargos Publicação/Fonte: DJ 04.12.2006 p. 249).
declaratórios devem observância aos requisitos traçados no artigo 535 PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA
do CPC (obscuridade, contradição, omissão), não sendo recurso hábil DE QUALQUER DOS VÍCIOS PREVISTOS NO ART. 535 DO CPC.
ao reexame da causa. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. FINALIDADE DE
Esse, aliás, é o entendimento do colendo Superior Tribunal de Justiça, PREQUESTIONAMENTO DE MATÉRIA OBJETO DE POSSÍVEL
como se verifica dos arestos em destaque: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REJEIÇÃO. (EMBARGOS DE
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL DIVERGÊNCIA. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICA ENTRE
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. PROCESSUAL CIVIL. ARESTOS HOSTILIZADO E PARADIGMAS. NÃO
CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE FERROVIÁRIO. CONHECIMENTO)
CONCESSÃO DE EXPLORAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE 1. A ausência de similitude fática entre os arestos paradigmas e
FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS. FLUMITRENS E SUPERVIA. embargado revela enseja a inadmissibilidade dos embargos de
NÃO CARACTERIZAÇÃO DE SUCESSÃO EMPRESARIAL. divergência em recurso especial.
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA SUPERVIA PARA 2. Inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição, obscuridade ou
RESPONDER POR ILÍCITOS ATRIBUÍDOS À FLUMITRENS. erro material, não há como prosperar o inconformismo do embargante
RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. TESES FORMULADAS COM de declaração, cujo real objetivo é o prequestionamento de
BASE EM AMPLA JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS QUE dispositivos e princípios constitucionais que entende a embargante
COMPÕEM A SEGUNDA SEÇÃO. JULGAMENTO NO CASO terem sido malferidos, bem como o reexame da questão relativa ao
CONCRETO. AUSÊNCIA DE MALFERIMENTO ÀS SÚMULAS 5 E 7/ cabimento dos embargos de divergência que opusera e que não fora
STJ. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. EMBARGOS conhecido pela Corte em face da ausência de similitude fática entre o
REJEITADOS. aresto hostilizado e os julgados pela mesma apontado como
1. Os embargos de declaração têm como objetivo sanar eventual paradigmas, o que evidentemente escapa aos estreitos limites previstos
existência de obscuridade, contradição ou omissão no julgado (CPC, pelo artigo 535 do CPC aos embargos declaratórios.
art. 535), sendo inadmissível a sua oposição para rediscutir questões 3. Os embargos de declaração têm como requisito de admissibilidade
tratadas e devidamente fundamentadas na decisão embargada, já que a indicação de algum dos vícios previstos no art. 535 do CPC,
não são cabíveis para provocar novo julgamento da lide. constantes do decisum embargado, não se prestando, portanto, ao
2. O v. acórdão embargado não decidiu a demanda, no caso concreto, rejulgamento da matéria posta nos autos, tampouco ao mero
com malferimento ao disposto nas Súmulas 5 e 7 do Superior Tribunal prequestionamento de dispositivos constitucionais para a viabilização
de Justiça. de eventual recurso extraordinário, porquanto, visam, unicamente,
3. No tocante à alegada ofensa aos princípios constitucionais da completar a decisão quando presente omissão de ponto fundamental,
razoável duração do processo (CF, art. 5º, LXXVIII), da ampla defesa contradição entre a fundamentação e a conclusão ou obscuridade nas
e do contraditório (CF, art. 5º, LV), decorrentes do julgamento do razões desenvolvidas.
próprio recurso especial nesta instância especial (CF, art. 105, III), 4. Impõe-se a rejeição de embargos declaratórios que têm o único
trata-se de matéria a ser apreciada na Suprema Instância, pois não é propósito de prequestionar a matéria objeto de recurso extraordinário
viável a análise de contrariedade a dispositivos constitucionais nesta a ser interposto (Precedentes: EDcl no REsp n.º 415.872/SC, Rel. Min.
Castro Meira, DJ de 24/10/2005; e EDcl no AgRg no AG n.º 630.190/
MG, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 17/10/2005).
5. Embargos de declaração rejeitados.
(EDcl nos EREsp 579833/BA. Relator: Ministro LUIZ FUX. CORTE
ESPECIAL. Data do Julgamento: 04/10/2006. Data da

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Publicação/Fonte: DJ 04.12.2006 p. 249).(g.n.)
Destarte, a decisão proferida monocraticamente está em perfeita
sintonia com o ordenamento jurídico vigente, não havendo obscuridade
a ser reparada, conforme pretende a agravante.
Em face do exposto, NEGO PROVIMENTO AOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, por ausência de obscuridade a ser sanada na decisão Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de antecipação da
embargada. tutela recursal, interposto por AIS – ASSOCIAÇÃO PARA
Publique-se. Intimem-se. INVESTIMENTO SOCIAL, em face de decisão (fl. 39) proferida pelo
Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2012. Juízo da 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Nova Iguaçu nos
LUIZ ANTONIO SOARES autos do mandado de segurança (processo n.º 2012.51.70.101557-3),
DESEMBARGADOR FEDERAL que declinou da competência para o Juízo da 1ª Vara Federal da
RELATOR Subseção Judiciária de Nova Iguaçu, na qual tramita a ação executiva
de débito fiscal, a qual trata dos mesmos créditos tributários discutidos
no mandamus. Consta como agravada a UNIÃO FEDERAL.
A agravante alega, em linhas gerais, que os objetos do mandado de
segurança e da ação executiva fiscal são diversos, não havendo
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019820-7 conexão entre os processos, tampouco continência.
Nº CNJ :0019820-90.2012.4.02.0000 Sustenta que o mandado de segurança visa o processamento de defesa
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE administrativa, ante a prática de ato por autoridade coatora que deixou
F. NEVES NETO de analisar e julgar o recurso administrativo interposto nos autos do
AGRAVANTE :BIG - ABOLICAO PECAS E procedimento administrativo fiscal.
ACESSORIOS LTDA Por sua vez, a demanda executiva fiscal visa o adimplemento de um
ADVOGADO :RENATA STAMBOWSKY título executivo, cujo objeto é a cobrança de COFINS compreendida no
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA período Jan/Fev de 2006.
NACIONAL Requer, portanto, seja concedia a tutela antecipada para que ambos os
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE processos sejam julgados pelo Juízo da 1ª Vara Federal, em virtude da
EXECUÇÃO FISCAL - RJ prevenção.
(200451015402682) É o relato do necessário. Passo a decidir.
A possibilidade de reforma, por meio de agravo de instrumento
DESPACHO interposto no âmbito do Tribunal ad quem, da decisão que concede ou
Tendo como fundamento a posição adotada pelo Egrégio Superior indefere a liminar ao substituir a instância inferior, não pode deixar de
Tribunal de Justiça – REsp 1.102.467-RJ, DJe de 29.08.2012 – no considerar a liberdade do livre convencimento e a posição privilegiada
tocante a instrução do agravo de instrumento na forma estabelecida do Juiz a quo que, pela proximidade das peças comprobatórias do
pelo artigo 525, II, do CPC, intime-se a agravante para juntar aos autos alegado direito, detém maiores subsídios para o conhecimento da
a cópia do seu contrato social, documento hábil à comprovação de que causa.
a pessoa que assina a procuração de fls. 11 está qualificada para, em Assim, em princípio, o Tribunal ad quem deve agir com prudência ao
nome da referida empresa, realizar a outorga de mandato judicial em substituir a decisão inserida na área de competência do Juiz que dirige
favor da Advogada Renata Stambowsky (OAB/RJ-150.034), o processo, a não ser que, indubitavelmente, ocorra flagrante
subscritora da petição inicial. Prazo: 5 (cinco) dias. ilegalidade do ato ou situação outra com premente necessidade de
Publique-se. intervenção, o que não se verifica no caso em apreço.
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012. Nesse sentido, destaco, os seguintes arestos desta E. Corte:
JOSÉ FERREIRA NEVES NETO PROCESSO CIVIL – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA –
Desembargador Federal DISCRICIONARIEDADE DO JUIZ.
Relator I – Tendo o magistrado, no exercício de seu prudente arbítrio,
vislumbrado os requisitos autorizadores da antecipação de tutela, não
cabe ao Tribunal modificar tal decisão.
II – Agravo improvido.
(AG nº 1999.02.01.033233-1/RJ – 2ª Turma – Rel. Des. Fed. Castro
BOLETIM: 137205 Aguiar – julg. 21/05/2001 – unânime – D.J.U. 19/06/2001).
PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –
DEFERIMENTO EM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.018412-9 I – A concessão ou não de tutela antecipada é prerrogativa do poder
Nº CNJ :0018412-64.2012.4.02.0000 geral do Juiz, só devendo ser cassada em caso de manifesta
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ilegalidade ou se tocada de abuso de poder.
ANTONIO SOARES II – (omissis)
AGRAVANTE :AIS - ASSOCIACAO PARA III – Recurso improvido. Decisão unânime.
INVESTIMENTO SOCIAL (AG nº 2000.02.01.047300-9/RJ – 1ª Turma – Rel. Des. Fed. Ney
ADVOGADO :SERGIO GRAMA LIMA E OUTROS Fonseca – julg. 10/09/2001 – D.J.U. 08/11/2001).
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Pelo contrário, a decisão guerreada corretamente analisou a questão, de
NACIONAL modo que não entendo ser o caso de atribuir efeito suspensivo à
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO decisão proferida em consonância com o ordenamento jurídico vigente.
DE JANEIRO (201251701015573) Assim, como a liminar é ato de livre arbítrio do juiz e se insere no
poder de cautela adrede ao magistrado, admite-se a sua substituição,
DECISÃO tão-somente nos casos em que, de forma inexcedível e irrefutável, se
demonstra a ilegalidade do ato, teratologia ou abuso de poder do
julgador, casos em que efetivamente cabe a reforma.
Passemos, assim, ao exame da questão trazida à colação.
O julgador monocrático proferiu decisão determinando a remessa dos
autos do mandado de segurança, distribuído inicialmente para a 2ª Vara

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Federal da Subseção de Nova Iguaçu, para a 1ª Vara Federal de Nova
Iguaçu, tendo em vista a existência de demanda executiva fiscal em
trâmite proposta anteriormente ao mandamus.
Nesses termos foi proferida a decisão recorrida:
“Entendo que o presente mandamus tem uma relação de
prejudicialidade com o processo de execução fiscal, logo, declino da Posto isso, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS
competência, determinando a remessa do feito à SEDIS para EFEITOS DA TUTELA RECURSAL ao presente agravo, mantendo-
redistribuição à 1ª Vara Federal desta Subseção.” se a decisão agravada que declinou da competência para a 1ª Vara
Com efeito, conforme afirmou o julgador monocrático, há a Federal de Nova Iguaçu – Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
necessidade de que ambas as demandas em curso sejam julgadas pelo Intime-se a agravada para apresentar resposta no prazo de 10 dias,
mesmo órgão jurisdicional, não se podendo admitir que tramitem em conforme artigo 527, inciso V do CPC.
apartado, sob pena de possibilitar o surgimento de decisões conflitantes Ao Ministério Público Federal para manifestação como fiscal da lei.
ou díspares. Publique-se e intimem-se.
Assim, verifica-se que, no presente caso, a reunião das ações de Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012.
execução fiscal e do mandado de segurança é recomendável. LUIZ ANTONIO SOARES
Por se tratar de mesmo crédito fiscal discutido em ambas as ações, há DESEMBARGADOR FEDERAL
conexão entre a ação de execução fiscal e o mandado de segurança. RELATOR
Nesse sentido os dispositivos abaixo citados:
Art. 105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a
requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de
ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas
simultaneamente. VII – CONFLITO DE COMPETÊNCIA 12466 2012.02.01.018592-4
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm Nº CNJ :0018592-80.2012.4.02.0000
a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
despachou em primeiro lugar. THEOPHILO MIGUEL
Transcrevo abaixo o seguinte acórdão proferido por este Tribunal: AUTOR :MUNICÍPIO DE ENGENHEIRO PAULO
PROCESSO CIVIL – CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - DE FRONTIN
CONEXÃO – AÇÃO CAUTELAR INCIDENTAL À AÇÃO ADVOGADO :MIRNA PEREIRA MORAES
ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL – EXECUÇÃO FISCAL. I – RÉU :UNIÃO FEDERAL (REDE
Reconhecimento de conexão entre os feitos, porquanto a matéria versa FERROVIÁRIA FEDERAL S/A)
sobre a cobrança do mesmo crédito tributário (art. 103 do CPC); II – ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Recomendável o julgamento perante o mesmo Juízo, em prol da SUSCITANTE :JUÍZO FEDERAL DA 1A. VARA DE
segurança jurídica, evitando-se, assim, decisões conflitantes (art. 105 BARRA DO PIRAÍ–RJ
do CPC); III – Conflito conhecido para declarar a competência do SUSCITADO :JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA
MM. Juízo especializado em que está sendo processado o executivo DA COMARCA DE ENGENHEIRO
fiscal. PAULO DE FRONTIN – RJ
(TRF, 2a Região, CC 20010201045627-2, 4a Turma especializada, rel. ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
JUIZ CONV. GUILHERME DIEFENTHAELER, DJ 22.02.2008, BARRA DO PIRAÍ/RJ
P.1306) (2011.51.19.000262-8)
Com efeito, sendo impositiva a reunião de feitos, esta deve ocorrer
perante o Juízo prevento, ou seja, aquele que despachou em primeiro DECISÃO
lugar, conforme determina o artigo 106 do CPC (acima transcrito). No Trata-se de conflito negativo de competência suscitado pelo Juízo
caso, como a execução fiscal (processo n.º 2012.51.20.001177-7) foi Federal da 1ª Vara de Barra do Piraí/RJ, em relação ao Juízo Estadual
proposta primeiro, o juízo da 1ª Vara Federal de Nova Iguaçu torna-se da Vara única da Comarca de Engenheiro Paulo de Frontin/RJ, nos
competente para apreciar e julgar o mandamus também. autos de execução fiscal movida pela Prefeitura de Engenheiro Paulo
Trata-se de deslocamento superveniente de competência, diante da de Frontin/RJ em face da extinta RFFSA, por falta de pagamento de
ocorrência de fato modificador que incide sobre a competência do IPTU nos exercícios de 2000 a 2002 e 2004 a 2009.
Juízo originário (modificação da competência). O ilustre Juiz de Direito, ora suscitado, reconheceu, de ofício, sua
Ressalte-se que as 1ª e 2ª Varas Federais de Nova Iguaçu possuem incompetência absoluta para apreciar o presente executivo, por ter a
competência comum, inexistindo uma vara com competência para as União Federal sucedido a ex-RFFSA no pólo passivo, bem como
demanda executivas fiscais, consoante se depreende, a contrario senso, determinou a remessa do feito para a Subseção Judiciária do interior
do artigo 28 da Resolução n.º 42, de 23/08/11, expedida por este que abrange a localização do imóvel.
Tribunal. Nesses termos, De sua vez, o Juízo Suscitante entendeu que o art. 15, I, da Lei nº
“Seção II - DAS SUBSEÇÕES JUDICIÁRIAS DO INTERIOR DO RIO 5.010/66 (ao dispor que, nas comarcas do interior onde não funcionar
DE JANEIRO Vara da Justiça Federal, serão competentes os Juízes estaduais para
Art. 28. No âmbito das Subseções Judiciárias do interior do Rio de apreciar os executivos fiscais da União e de suas autarquias, ajuizados
Janeiro, as Varas com competência em execução fiscal, são as contra devedores domiciliados nas respectivas comarcas) foi
seguintes: recepcionado pelo art. 109, § 3º, da CRFB/88, e que a matéria seria
I - 1ª e 2ª Varas de Execução Fiscal de São João de Meriti; inclusive objeto da Súmula nº 40 do antigo TFR. Acresce que a questão
II - 5ª Vara Federal de Niterói; trata de competência territorial; portanto, de natureza relativa, de modo
III - Vara Federal de Execução Fiscal de São Gonçalo.” que só poderia ser contestada através da via processual adequada, qual
Desse modo, verifica-se que a decisão recorrida deve ser mantida, uma seja, a exceção de incompetência, manejada pelo interessado, no caso,
vez que se encontra em consonância com os fundamentos acima o executado, conforme posição da Súmula nº 33 do Eg. STJ. Alude,
expostos. enfim, que a competência se firma no momento em que é proposta a
execução fiscal, não merecendo acolhida para as modificações do
estado de fato, ou de direito, ocorridas a posteriori, consoante
estipulado no art. 87 do CPC (perpetuatio jurisdictionis).
Sem ofício ao grau de piso, nem vista ao Parquet federal.
É o relato. Decido.

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Preliminarmente, cabe registrar que deixo de ouvir o primeiro Juízo
declinante, em vista de estar o incidente adunado com as peças
necessárias e suficientes para seu bom e normal desfecho.
Outrossim, considero ser dispensável colher a manifestação do
Ministério Público Federal, de acordo com a Súmula nº 189 do Eg.
STJ. embargos de terceiros e a ação de execução o Juízo Federal da 7ª Vara
No mais, cumpre alertar que a hipótese em comento não é daquelas em da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, ora suscitante.
que se aplica o art. 15, I da Lei nº 5.010/66, porquanto se cuida de (EDcl no CC nº 83.326-SP, 3ª Seção, Rel. Min. Maria Thereza de
execução fiscal movida por Município fluminense, e não pela União Assis Moura, Decisão 26/05/2010, unân., DJe 04/06/2010).
Federal ou seus entes autárquicos. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO
Importa ainda frisar o ingresso da União como executada, por força do RESCISÓRIA. REDE FERROVIÁRIA FEDERAL – RFFSA.
art. 1º c/c art. 2º, I, ambos da Lei nº 11.483/2007, em sucessão à extinta UNIÃO. SUCESSORA NOS DIREITOS, OBRIGAÇÕES E AÇÃO
Rede Ferroviária Federal S.A. nos direitos, obrigações e ações judiciais JUDICIAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL DE
em que esta seja Autora, Ré, assistente, opoente ou terceira interessada, SEGUNDO GRAU.
salvo as lides trabalhistas. 1. Debate-se acerca da competência para processar e julgar ação
Em verdade, a nossa Corte Superior, ao analisar casuística semelhante rescisória por meio da qual se busca desconstituir acórdão proferido
à ora em tela, há muito já reverberou o entendimento, uniforme ao Eg. pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nos autos de ação
STF, de que, para advir a competência da Justiça Federal no feito em ordinária que tinha como parte ré a Rede Ferroviária Federal S/A -
que participa a sociedade de economia mista, é preciso haver interesse RFFSA, atualmente extinta por força da Lei 11.483, de 31.05.07
concreto da União, que agirá como interessada na qualidade de (conversão da Medida Provisória 353, de 22.01.07), e que foi sucedida
assistente ou opoente (art. 109, I da Constituição de 1988). nos direitos, obrigações e ação judiciais pela União (Lei 11.483/07, art.
À ilustração, vale transcrever julgado paradigma em que restou 2º, I).
particularmente a ausência do interesse de agir: 2. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA – JUÍZO FEDERAL 106.819-DF, Relator o eminente Ministro Sydney Sanches (DJ de
E JUÍZO ESTADUAL – DEMANDA MOVIDA POR MUNICÍPIO 10.04.87), sob a égide da Constituição anterior, entendeu ser o Tribunal
EM FACE DA REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S/A - RFFSA – Federal de Recursos competente para julgar ação proposta pela União,
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – INEXISTÊNCIA DE visando, como terceira prejudicada, a rescisão de acórdão do Tribunal
INTERESSE CONCRETO DA UNIÃO – COMPETÊNCIA DA de Justiça do Distrito Federal.
JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. 3. O foro legalmente previsto para ação rescisória – o da Justiça
1. Somente nas hipóteses em que a União intervir como assistente ou Estadual em que foi proferido o julgado rescindendo – cede sua
oponente é que as ações das sociedades de economia mista deverão ser competência ao foro privilegiado – da Justiça Federal –, surgido
processadas na Justiça Federal, nos termos do Enunciado 517 da posteriormente em razão de a União ter sucedido a RFFSA na relação
Súmula do STF. processual.
2. A competência da Justiça Federal, nos termos do artigo 109, I, da 4. O Tribunal Estadual perde a jurisdição, pois, consoante norma de
CF, é vista em razão da pessoa, sendo desinfluente a natureza da competência prevista constitucionalmente, compete aos juízes federais
controvérsia. processar e julgar as causas em que a União for interessada na
3. "Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas condição de autora, ré, assistente ou oponente, excetuadas hipóteses
cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes específicas, não aplicáveis na hipótese (CF/88, art. 109, I). Como
praticados em seu detrimento", conforme a dicção do verbete 42 da consequência lógica, a competência passa ao Tribunal Regional
Súmula do STJ. Conflito de competência conhecido, para determinar a Federal por ser hierarquicamente superior.
competência da Justiça Comum Estadual, Juízo suscitado. 5. Precedentes, na mesma linha, da Segunda Turma desta Corte de
(CC nº 63.885-SP, 1ª Seção, Rel. Min. Humberto Martins, Decisão Justiça.
13/12/2006, unân., DJ 12/02/2007, p. 218). 6. Conflito de competência conhecido para declarar competente o
Ressalte-se que o Eg. STJ vem perfilhando tal orientação nos casos de Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o suscitante.
sucessão processual da ex-RFFSA para a União Federal, consoante se (CC nº 108.030-SP, 1ª Seção, Rel. Min. Castro Meira, Decisão
depreende dos seguintes julgados: 24/02/2010, unân., DJe 18/03/2010).
CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. EMBARGOS DE Pelo exposto, com fulcro no art. 120, parágrafo único do CPC, conheço
DECLARAÇÃO. OMISSÃO. SUCESSÃO LEGAL DA RFFSA. do conflito para declarar competente ratione personae o Juízo
INGRESSO DA UNIÃO NO FEITO. DESLOCAMENTO DA Suscitante da 1ª Vara Federal de Barra do Piraí-RJ.
COMPETÊNCIA DO FEITO PARA A JUSTIÇA FEDERAL. Oportunamente, retifique-se na autuação para o nome correto do réu
COMPETÊNCIA RATIONE PERSONAE. ART. 109, I, DA CF/88. bem como da Comarca apurada.
SÚMULA 365/STJ. Comunique-se. Publique-se. Intime-se.
1. O ingresso da União no feito, na qualidade de sucessora da RFFSA – Após ciência, urgente, aos ilustres Magistrados envolvidos, na forma
Rede Ferroviária Federal S/A, desloca a competência para a Justiça regimental, e certificado o trânsito, dê-se baixa na distribuição com
Federal, nos termos do art. 109, I, da Constituição Federal (súmula arquivamento, observando as cautelas de praxe.
365/STJ). Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 2012.
2. No confronto da competência funcional estabelecida pelo art. 575, THEOPHILO MIGUEL
II, do Código de Processo Civil, que determina a competência do juízo Juiz Federal Convocado – Relator
prolator da decisão em primeiro grau de jurisdição para a execução de
seus julgados, e a competência ratione personae da Justiça Federal,
prevista no art. 109, I, da Constituição Federal, deve prevalecer esta
última, pois inserida em norma hierarquicamente superior.
3. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos, para BOLETIM: 137429
conhecer do conflito e declarar competente para processar e julgar os

IV - APELACAO CIVEL 2008.51.10.001405-4


Nº CNJ :0001405-94.2008.4.02.5110
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
ANTONIO SOARES

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APELANTE :GLOBEX UTILIDADES S/A
ADVOGADO :RICARDO ALEXANDRE HIDALGO
PACE E OUTROS
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE SÃO
JOÃO DE MERITI (200851100014054)

EMENTA
APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO. BOLETIM: 137459
DIREITO À COMPENSAÇÃO RECONHECIDO JUDICIALMENTE.
COISA JULGADA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO NÃO
APRECIADA PELA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.509961-4
A impetrante, amparada por decisões judiciais e administrativas Nº CNJ :0509961-94.2004.4.02.5101
definitivas, efetuou compensações tributárias de débitos próprios com RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
crédito de IPI cedido pela empresa Nitriflex S/A Indústria e Comércio, ANTONIO SOARES
gerando o Processo Administrativo nº 13707.003510/2007-16. APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
In casu, houve decisão judicial proferida nos autos da Apelação em ENFERMAGEM DO ESTADO DO RIO
Mandado de Segurança nº 2001.02.01.035232-6, que reconheceu à DE JANEIRO - COREN/RJ
NITRIFLEX S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO o direito de ceder seu ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
crédito de IPI, reconhecidos nos autos do mandado de segurança nº OUTROS
98.02.49739-8, a terceiros. Tal crédito foi homologado APELADO :ROSANA MARIA RIBEIRO
administrativamente no PA nº 10735.000001-99-18 e transferido à ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Impetrante, com amparo na decisão judicial proferida nos autos dos ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DE
Embargos de Declaração em Embargos de Declaração, na Apelação em EXECUÇÃO FISCAL - RJ
Mandado de segurança nº 40852 (Origem MS nº (200451015099614)
2001.51.10.001025-0), transitada em julgado em 12/09/2003.
No caso, poder-se-ia dizer que a decisão administrativa supostamente EMENTA
proferida considerou como não-declarada a compensação com base na TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHOS
alínea 'a' do inciso II do § 12 do artigo 74 da Lei 9.430/96, com a PROFISSIONAIS. INSTITUIÇÃO DA ANUIDADE POR MEIO DE
redação dada pela Lei 11.051/04. RESOLUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA TRIBUTÁRIA
Ocorre, porém, que a vedação instituída pelas Leis 10.637/02 e DA PRESTAÇÃO. SUJEIÇÃO AO PRINCÍPIO DA RESERVA
11.051/04 não se aplica à situação da impetrante, que exerceu direito LEGAL. INCONSTITUCIONALIDADE DO CAPUT DO ARTIGO 2º
reconhecido no MS 98.0016658-0, em 16/12/1998, cujo acórdão DA LEI 11.000/04. SÚMULA Nº 57 DO TRF-2ª REGIÃO.
transitou em julgado em abril de 2001. Embora, naquela ação não 1. As prerrogativas outorgadas aos conselhos profissionais pela Lei nº
tenha sido reconhecido, expressamente, o direito da NITRIFLEX, 9.649/98 (inclusive, para fixarem as contribuições a si devidas) foram
titular do crédito, de repassá-lo a terceiros. A cessão do crédito a mitigadas pelo excelso Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta de
terceiros, entre os quais a autora, foi deferida judicialmente no MS Inconstitucionalidade nº 1.717/DF, ao declarar a inconstitucionalidade
2001.51.10.001025-0, no exame da AMS 2001.02.01.035232-6, pelo do "caput" e dos parágrafos 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º do art. 58 da Lei
TRF/2, em 16/09/2002, com trânsito em julgado em 26/08/2003. 9.649/98. Cumpre ressaltar, que se firmou no âmbito do Superior
No caso, merece prevalecer a tese da irretroatividade da legislação Tribunal de Justiça o entendimento de que as anuidades e taxas devidas
limitadora do direito à plena disponibilidade do crédito, para alcançar aos Conselhos de fiscalização profissional têm natureza tributária
fatos consumados sob a égide de normas que o garantiam (artigo 149 da Constituição Federal) estando jungidas ao princípio da
expressamente, a saber, artigo 170 do Código Tributário Nacional e legalidade, por conseguinte devem observar o disposto no artigo 150, I
artigos 73 e 74 da Lei nº 9.430/96, regulamentados pela IN/SRF 21/97. da Carta Política (REsp 1074932/RS2).
Portanto, reconhecida a coisa julgada em relação à existência de 2. O termo “fixar” inserto no caput do artigo 2º da Lei 11.000/04, bem
crédito de IPI da empresa NITRIFLEX S/A INDÚSTRIA E assim a integralidade do parágrafo 1º do precitado artigo são
COMÉRCIO, bem como em relação à possibilidade de transferência inconstitucionais, vez que afrontam o artigo 150, inciso I, da
desse crédito a terceiros, no caso a Impetrante, merece ser analisada a Constituição Federal, quando outorgam aos Conselhos a prerrogativa
declaração de compensação apresentada pela impetrante, garantindo a para fixar suas anuidades.
esta o devido processo legal quanto à decisão a ser proferida pela 3. Os membros deste Tribunal Regional Federal, em observância ao
autoridade administrativa. artigo 97 da Constituição Federal, acolheram parcialmente
Apelação provida. (02.06.2011) a argüição de inconstitucionalidade suscitada pelo Juiz
ACÓRDÃO Federal Convocado Dr. Theophilo Miguel (processo nº
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas. 20085101000963-0) para declarar a inconstitucionalidade da expressão
Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional "fixar" constante do caput do art. 2º da Lei nº 11.000/04 e da
Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, nos integralidade do § 1º do mesmo artigo, nos termos do voto da douta
termos do relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo Relatora Desembargadora Federal Salete Maccalóz.
parte integrante do presente julgado. 4. Destarte, considerando a natureza tributária das anuidades devidas
Custas, como de lei. aos conselhos de fiscalização profissional, não há como admitir sua
Rio de Janeiro, fixação por simples resolução (ainda que tal prerrogativa seja prevista
LUIZ ANTONIO SOARES em lei), em face do princípio da legalidade formalizado no artigo 150,
DESEMBARGADOR FEDERAL inciso I, da Constituição Federal.
RELATOR 5. Recurso desprovido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas.
Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AO
RECURSO, nos termos do relatório e voto constantes dos autos, que

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ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Custas, como de lei.
Rio de Janeiro,
LUIZ ANTONIO SOARES
DESEMBARGADOR FEDERAL
RELATOR 6. De fato, a empresa agravada, CLAC IMPORTAÇÃO E
EXPORTAÇÃO LTDA, postulou em juízo, em face da União Federal/
Fazenda Nacional, através da Ação Ordinária, processo nº
99.0001461-8, a declaração de inexistência de obrigação tributária que
a obrigasse a efetuar recolhimentos referentes à Contribuição Para O
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005896-3 Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e à Contribuição para
Nº CNJ :0005896-12.2012.4.02.0000 o PIS/PASEP com as alterações promovidas pela Lei nº 9.718/98, a
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ saber, ampliação da base de cálculo das contribuições (§ 1º do art. 3º
ANTONIO SOARES da Lei nº 9.718/98) e incremento da alíquota da COFINS (art. 8º da Lei
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA nº 9.718/98). Com o julgamento do Recurso Extraordinário 536049 do
NACIONAL Supremo Tribunal Federal, foi declarada em caráter incidental a
AGRAVADO :CLAC IMPORTACAO E inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98.
EXPORTACAO LTDA 7. Ademais, a agravada obteve um parecer junto ao SECAT, no
ADVOGADO :PAULO CELIO GOMES processo administrativo nº 11543.002971/2001-62, favorável à
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL retificação dos valores em junho/2011 (fls. 182/184).
SERRA/ES (201250060004214) 8- Agravo de instrumento improvido. Agravo interno prejudicado.
ACÓRDÃO
EMENTA Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. PARCELAMENTO Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
DA LEI Nº 11.941/09. INCLUSÃO DE DÉBITOS. POSSIBILIDADE. Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de
1. Trata-se de agravo de instrumento interposto por União Federal instrumento e julgar prejudicado o agravo interno, nos termos do
contra decisão proferia pelo juízo da Vara Federal de Serra/ES que relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte
determinou a inclusão dos valores controlados pelos processos integrante do presente julgado.
administrativos 18208.005004/07, 182.005005/07-42 e Custas, como de lei.
11.543002971/2001-62 no parcelamento de que trata a Lei Federal n.º Rio de Janeiro,
11.941/09. Como conseqüência, foi determinada a suspensão dos LUIZ ANTONIO SOARES
executivos fiscais de números 2011.50.06.002207-8 e DESEMBARGADOR FEDERAL
2011.50.06.002120-7, com fulcro no art. 151, inciso VI, do CTN. RELATOR
2. O juízo de origem entendeu que o parcelamento dos débitos do
devedor não traria prejuízos a União Federal, que receberia os valores
devidos em parcelas, sem prejuízo a possibilidade retomar as
execuções, que, por já estarem iniciadas, estariam com a contagem dos
prazos prescricionais também suspensos. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.010826-7
3. O agravante afirma, em síntese, que a Administração apenas pode Nº CNJ :0010826-73.2012.4.02.0000
conceder parcelamento quando preenchidos os requisitos previstos em RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
lei, não havendo previsão legal de possibilidade de consolidação do ANTONIO SOARES
parcelamento de forma extemporânea. Aduz que o parcelamento da AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Lei n.º 11.941/2009 foi constituído de várias etapas sucessivas, lógicas NACIONAL
e preclusivas, de modo que não realizados atos concernentes às etapa AGRAVADO :EMPRESA BRASILEIRA DE
anterior, especialmente se decorrente de inércia do interessado, não é TELECOMUNICACOES S/A -
possível a participação na etapa subseqüente. Afirma que o agravado EMBRATEL
houvera se manifestado no sentido de que não fossem incluídos todos ADVOGADO :RONALDO REDENSCHI E OUTROS
os seus débitos no parcelamento, conforme documento à fl. 48, e que ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE
permitir a inclusão dos débitos discutidos no processo de origem no JANEIRO (201251010072597)
parcelamento nesse momento feriria o princípio da isonomia, visto que
os demais contribuintes submeteram-se os prazos estabelecidos na Lei EMENTA
n.º 11.941/2009. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTO SUJEITO A
4. O art. 7º da Lei n.º 11.941/2009 autoriza a inclusão de débitos no LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. RECOLHIMENTO
parcelamento criado pela referida lei apenas até o último dia útil do EXTEMPORÂNEO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA
sexto mês posterior a data de publicação da lei. Como a Lei n.º DESCARACTERIZADA. MULTA MORATÓRIA.
11.941/2009 foi publicada em 28/05/2009, o prazo para adesão ao 1. Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO
parcelamento esgotou-se ao final do ano de 2009. FEDERAL, em face de decisão que deferiu a antecipação da tutela,
5. A opção pelo parcelamento implica a confissão irrevogável e determinando a suspensão da exigibilidade dos valores
irretratável dos débitos em nome do sujeito passivo, de modo que a correspondentes à multa de mora relativa aos débitos de IRRF e CIDE,
escusa apresentada pela parte agravada em não proceder à inclusão da relativos ao mês de janeiro do ano corrente, de modo que os mesmos
totalidade dos débitos no parcelamento regido pela Lei nº 11.941/09 é não sirvam de empecilho à expedição da certidão de regularidade fiscal
razoável tendo em vista sua insurgência com relação aos valores objeto em favor da empresa.
de cobrança, mormente ao se considerar o seu êxito na demanda de nº 2. Para que determinada situação de pagamento em atraso de tributo se
99.0001461-8. configure como denúncia espontânea, é necessário, segundo a redação
do parágrafo único do artigo 138 do CTN, que não se tenha iniciado
qualquer forma de procedimento administrativo ou medida de
fiscalização que sejam relacionados com a infração. Isso significa,
portanto, que o Fisco não deve ter conhecimento da existência do
crédito que será objeto de pagamento e posterior denúncia.

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3. O Superior Tribunal de Justiça, em sua função de uniformização da
interpretação da legislação federal, entendeu pela inaplicabilidade do
instituto da denúncia espontânea (art. 138 do CTN), quando declarado
o tributo sujeito a lançamento por homologação, mas pago a destempo
(Súmula nº 360). Isso porque a declaração constitui o crédito
tributário. Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
4. Em virtude da análise efetivada pela própria Receita Federal, não Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento aos
entendo estar caracterizada, no caso dos autos, a hipótese de denúncia embargos de declaração, nos termos do relatório e voto constantes dos
espontânea, razão pela qual não há que se falar em ilegalidade da autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
cobrança dos valores ora questionados. Custas, como de lei.
5. Agravo de instrumento provido. Rio de Janeiro,
ACÓRDÃO LUIZ ANTONIO SOARES
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas. DESEMBARGADOR FEDERAL
Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional RELATOR
Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao agravo de
instrumento, nos termos do relatório e voto constantes dos autos, que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Custas, como de lei.
Rio de Janeiro, IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.11.000053-9
LUIZ ANTONIO SOARES Nº CNJ :0000053-35.2007.4.02.5111
DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR :JUIZ FEDERAL CONV. RICARLOS
RELATOR ALMAGRO V. CUNHA
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :MATOS TEIXEIRA CONSTRUCOES E
TERRAPLANAGEM LTDA
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2008.51.01.019259-9 ADVOGADO :FREDERICO DE MOURA THEOPHILO
Nº CNJ :0019259-31.2008.4.02.5101 E OUTROS
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
ANTONIO SOARES ANGRA DOS REIS-RJ
APELANTE :TELEMAR NORTE LESTE S/A ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
ADVOGADO :SACHA CALMON NAVARRO ANGRA DOS REIS (200751110000539)
COELHO
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA EMENTA
NACIONAL APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA – TRIBUTÁRIO –
APELADO :OS MESMOS TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL EM SE
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 5A VARA-RJ TRATANDO DE DCTF – SENTENÇA MANTIDA.
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE 1. De fato, nos casos em que o vencimento antecede a entrega da
JANEIRO (200851010192599) declaração, o início do prazo prescricional se desloca para a data da
apresentação do aludido documento (REsp. n.º 1.120.295 - SP,
EMENTA Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 12.5.2010).
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Entretanto, a CDA não nos fornece esta data, apenas a do vencimento
INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU do tributo, ônus que agora recai sobre a União, já que é ela quem
OBSCURIDADE. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. afirma a não ocorrência da prescrição. Ocorre que o recurso não traz
PREQUESTIONAMENTO. qualquer documento informativo que permita evidenciar a data em que
Os embargos de declaração não se prestarem à revisão do julgado, se o efetivamente ocorreu a declaração do contribuinte, tarefa da qual
embargante não concorda com o julgamento da apelação interposta, facilmente se desincumbiria a embargada, motivo pelo qual seu
cumpre-lhe interpor o recurso adequado. argumento não se sustenta.
4- A pretexto de ver suprido os alegados vícios, pretende o embargante 2. A propósito, o número “2004” constante dos campos “nº da
a modificação do decisum, emprestando-lhe efeitos infringentes que só decl./notif.” nas CDA’s não faz prova da data de sua entrega, tanto que
excepcionalmente lhe podem ser conferidos. Refoge ao âmbito do em nenhum momento a apelante a ele se referiu especificamente
presente recurso a discussão sobre os fundamentos do julgado e, mais (apenas o MPF, conforme fl. 214), muito menos há de se considerar a
ainda, o reexame de causa já decidida. Verifica-se que o intuito do data constante da fl. 63, porquanto referente a declaração diversa, qual
recorrente é apenas rediscutir os fundamentos do acórdão, utilizando-se seja, de compensação.
dos embargos para defender tese já rejeitada, na expectativa de obter 3. É o que basta para que seja mantida a sentença que reconheceu a
pronunciamento que lhe seja mais favorável. ocorrência da prescrição, não havendo que se falar, inclusive, em
5- O intuito de prequestionamento da matéria, por si mesmo, não aplicação da tese dos “cinco mais cinco”, já que independentemente do
acarreta a admissibilidade dos embargos declaratórios. Seria necessária termo a quo do prazo prescricional a ser considerado, se da data da
a presença dos requisitos específicos do recurso processual, entrega da DCTF ou da data do vencimento do tributo, não há prazo
inexistentes no caso em exame. decadencial a ser considerado, eis que ambas se confundem com a
6- Embargos de declaração improvidos. própria constituição definitiva do crédito tributário.
. 4. De notar-se ainda que o art. 2°, §3°, da Lei n° 6.830/80, que diz
ACÓRDÃO respeito à suspensão do prazo prescricional por cento e oitenta dias, a
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas. contar da inscrição do débito em dívida ativa, não é aplicável à
execução de dívida tributária, uma vez que a prescrição integra as
normas gerais em matéria tributária, sob reserva de lei complementar,
nos termos do art. 146, III, “b”, da Constituição Federal, estando
disciplinada pelo art. 174 do CTN, que não prevê a suspensão em
comento.

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5. REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO DA UNIÃO
DESPROVIDAS.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes acima
indicadas, decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento à remessa
necessária e à apelação, na forma do Relatório e do Voto, que ficam BOLETIM: 137443
fazendo parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
RICARLOS ALMAGRO VITORIANO CUNHA IV - APELACAO CIVEL 1999.51.01.004221-5
Relator Nº CNJ :0004221-91.1999.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA
IV - APELACAO CIVEL 524847 2005.51.01.520291-0 ANDRADA E OUTROS
Nº CNJ :0520291-19.2005.4.02.5101 APELADO :EMILIO JOSE ABREU FARAH E
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE OUTRO
F. NEVES NETO ADVOGADO :DELFINA GEORGETE DE OLIVEIRA
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
NACIONAL DE JANEIRO (9900042212)
ADVOGADO : ANA REGINA SHUENQUENER DE JUIZ FEDERAL MARCELO DA
ARAÚJO FONSECA GUERREIRO
APELADO :PIDNER S/A CONSTRUÇÃO E
RECONSTRUÇÃO DE MATERIAL EMENTA
FERROVIÁRIO - MASSA FALIDA PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS DE
ADVOGADO :DJALMA FRASSON SUCUMBÊNCIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL. EXTINÇÃO
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE DE OFÍCIO EM RAZÃO DO VALOR SER IRRISÓRIO.
EXECUÇÃO FISCAL - RJ IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA QUE SE ANULA.
(200551015202910) PROVIMENTO DO RECURSO.
1. Na condição de Empresa Pública, com personalidade jurídica
EMENTA própria, de direito privado, a CEF é apta a postular seu crédito junto ao
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXTINÇÃO. Judiciário, assim como cobrar, através de execução, verba honorária a
AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. NÃO CABIMENTO DE seu favor oriunda de sentença judicial.
CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS. 2. Descabe ao Magistrado decidir se é ou não interesse da exequente a
1. A imposição dos ônus sucumbenciais no processo civil brasileiro verba honorária, mesmo considerando ser o valor executado ínfimo a
pauta-se pelo fenômeno da sucumbência, à luz do princípio da ensejar a prestação jurisdicional, cabendo à exequente tal prerrogativa.
causalidade, segundo o qual aquele que deu causa à instauração do 3. Negar à parte o seu direito subjetivo de executar os honorários
processo, deve arcar com as despesas dele decorrentes. advocatícios fixados a seu favor, em decisão transitada em julgado,
2. Não obstante a embargante tenha dado causa à extinção prematura acarreta a desconstituição de título judicial sem justificativa legal.
do feito, em razão da ausência de pressuposto de constituição e de Precedentes.
desenvolvimento válido do processo (art. 267, IV, do CPC), é 4. Apelo provido para anular a sentença e determinar o retorno dos
descabida a condenação em honorários advocatícios ou quaisquer autos à Vara de origem para o regular prosseguimento da execução.
verbas de sucumbência (art. 20, CPC) diante da inexistência de citação ACÓRDÃO
da parte requerida para integrar o feito. Não havendo a integralização Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
da lide (o que só ocorre por meio da citação válida) não há que se falar Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
em parte vencida a quem caiba condenação ao pagamento de Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento ao recurso,
honorários. nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica fazendo
3. Apelação desprovida. parte integrante do presente julgado.
ACÓRDÃO Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas: GUILHERME DIEFENTHAELER,
Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional Desembargador Federal – Relator.
Federal da 2ª Região, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO à /mpc
apelação, nos termos do voto do Relator, que fica fazendo parte
integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2012 (data do julgamento).
JOSÉ F. NEVES NETO
DESEMBARGADOR FEDERAL IV - APELACAO CIVEL 2001.51.01.003431-8
RELATOR Nº CNJ :0003431-39.2001.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :JORGE SANTANNA TEBALDI E
OUTRO
SUBSECRETARIA DA 5A.TURMA ESPECIALIZADA ADVOGADO :PATRICIA MARANHAO BOAVISTA
PESSOA MENDES E OUTROS
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO E
OUTROS
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE

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JANEIRO (200151010034318)
JUIZ FEDERAL IORIO SIQUEIRA
D’ALESSANDRI FORTI

EMENTA
ADMINISTRATIVO. IMÓVEIS. SFH. RENEGOCIAÇÃO DE
DÍVIDA. NOVAÇÃO. EXTINÇÃO DO CONTRATO PRIMITIVO. IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.005564-8
SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO SACRE. CORREÇÃO DO SALDO Nº CNJ :0005564-20.2002.4.02.5101
DEVEDOR. ADOÇÃO DA TAXA REFERENCIAL. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
POSSIBILIDADE. FORMA DE AMORTIZAÇÃO. PRÉVIO MARCUS ABRAHAM
REAJUSTE E POSTERIOR AMORTIZAÇÃO DO SALDO APELANTE :CONDOMINIO DO EDIFICIO
DEVEDOR. LEGALIDADE. TAXA EFETIVA DE JUROS. LIMITE PETUNIA
DE 12% AO ANO. CONTRATAÇÃO DE SEGURO. PREVISÃO ADVOGADO :TANIA MARIA MAHMED BRITO E
LEGAL. INOCORRÊNCIA DE VENDA CASADA. EXECUÇÃO OUTROS
EXTRAJUDICIAL. LEGALIDADE DO PROCEDIMENTO. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
DESPROVIMENTO DO RECURSO. ADVOGADO :LUIZ ANTONIO AZAMOR
1. Hipótese de renegociação de dívida que possui força de novação, RODRIGUES E OUTROS
conforme previsto no artigo 999, I, do Código Civil de 1916, vigente à APELADO :OS MESMOS
época, o que leva à extinção do contrato inicial, tornando prejudicada a ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL
análise das cláusulas pactuadas no contrato primitivo. DO RIO DE JANEIRO
2. Nos contratos regidos pelo Sistema SACRE, a amortização é muito (200251010055648)
mais significativa do que nos demais, vez que as prestações sofrem um
decréscimo com o decorrer do tempo, não afetando o EMENTA
comprometimento de renda estabelecido inicialmente. CIVIL – COTAS CONDOMINIAIS – PRESCRIÇÃO
3. O Colendo Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no QUINQUENAL – RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE –
sentido da possibilidade da utilização da TR na atualização do saldo PARCELAS VENCIDAS NO CURSO DA DEMANDA –
devedor nos contratos vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação, INCLUSÃO ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA -
ainda que firmados anteriormente ao advento da Lei nº 8.177/91, desde ARREMATAÇÃO NÃO LEVADA A REGISTRO –
que pactuado o mesmo índice aplicável à caderneta de poupança ou ao RESPONSABILIDADE DO ADQURENTE MANTIDA.
FGTS. 1 - Aplica-se à cobrança de cotas condominiais o prazo prescricional
4. No tocante ao critério de amortização do saldo devedor, é razoável especial do art. 206, § 5º, I, do Código Civil. Ajuizada a ação na Justiça
que haja prévia atualização do saldo devedor para depois se abater a Estadual em 04/06/1998, as cotas em cobrança não foram alcançadas
prestação paga, eis que no período em que medeia o pagamento da pela prescrição quinquenal.
prestação de um mês para outro, o saldo não pode ficar sem qualquer 2 - A convenção do condomínio, aprovada por 2/3 de titulares das
correção. frações ideais, obriga a todos os condôminos, estabelecendo os
5. O limite da taxa efetiva para os contratos do Sistema Financeiro da respectivos encargos. Cabe a cada condômino concorrer para as
Habitação, sob a égide da Lei 8.692/93, é de 12% (doze por cento) ao despesas condominiais, como determina a Lei 4.591/64 e art. 1.345 do
ano, como se deflui do seu art. 25. Código Civil, na sua cota parte, correspondente à fração ideal da
6. A obrigatoriedade da contratação de seguro tem previsão na unidade que lhe pertence, estabelecida em assembleia do condomínio,
legislação do SFH, não se podendo falar em “venda casada”, devendo sendo desnecessária a apresentação de balancetes ou atas para
ser observadas as normas estabelecidas pela SUSEP, sendo certo que comprovar o direito do autor.
não há prova nos autos de que o agente financeiro tenha descumprido 3 – As parcelas vencidas no curso da demanda que não constam do
os parâmetros legais na cobrança do encargo. valor cobrado, devem ter inclusão automática na condenação, mas
7. A E. Suprema Corte já fixou seu entendimento no sentido da deve-se restringir o alcance do que dispõe o art. 290 do CPC, para
constitucionalidade do procedimento de execução extrajudicial considerar como data limite de inclusão, a data do trânsito em julgado
estabelecido nos arts. 29 e segs. do Decreto-Lei nº 70/66, não havendo da sentença, uma vez que os efeitos da coisa julgada material não
o que se falar em ofensa aos Princípios do Devido Processo Legal, podem alcançar dívidas ainda não contraídas. No caso, a sentença
Contraditório e da Ampla Defesa, já que o procedimento permite aos considerou a data do início da execução como termo final de inclusão,
mutuários acionarem o Judiciário, discutindo a dívida ou apontando p que deve ser mantido por falta de impugnação da CEF.
irregularidades formais existentes neste iter. 4 - O arrematante responde pelos encargos condominiais incidentes
8. Apelação improvida. sobre o imóvel arrematado, ainda que penda de registro a carta de
ACÓRDÃO arrematação, tendo em vista que se caracteriza como modalidade
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: peculiar de ônus real, verdadeira obrigação propter rem, conforme
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional dispõem os art. 4º, parágrafo único e art. 12 da Lei nº 4.591/64 e art.
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao 1.345 do Código Civil, obrigando-o inclusive ao pagamento de cotas
recurso, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica anteriores à arrematação.
fazendo parte integrante do presente julgado. 5- A ré não demonstrou a existência de outros fatos impeditivos ou
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. modificativos do direito autoral, como, por exemplo, a prova do
GUILHERME DIEFENTHAELER, pagamento do débito, ou a transferência da propriedade a terceiro.
Desembargador Federal – Relator. 6 - A ausência do registro da carta de arrematação/imissão na posse
/mpc não pode afastar a responsabilidade da CAIXA, o que implicaria em
admitir a obtenção de vantagem a partir a decisão de não se levar a
registro o ato de transferência da propriedade.
7 - Recursos desprovidos. Sentença mantida.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento aos recursos,
na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente

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julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012.
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
Relator
presente julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012.
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
IV - APELACAO CIVEL 2003.51.08.000522-5 Relator
Nº CNJ :0000522-32.2003.4.02.5108
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MARCUS ABRAHAM
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :CARLA AMORIM E OUTROS IV - APELAÇÃO CÍVEL 2004.51.08.000843-7
APELADO :CONDOMINIO SOLAR Nº CNJ :0000843-33.2004.4.02.5108
CASAGRANDE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ADVOGADO :SILVANA GAMA DE OLIVEIRA ALUISIO MENDES
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA APELANTES :JOSE NAPOLEAO DOS REIS E OUTRO
ALDEIA (200351080005225) ADVOGADOS :CRISTIANA DA CONCEICAO GOMES
E OUTROS
EMENTA APELADA :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
CIVIL – COTAS CONDOMINIAIS – PRESCRIÇÃO ADVOGADOS :DANIEL BURKLE WARD E OUTROS
QUINQUENAL. ART. 206, § 5º, I DO CÓDIGO CIVIL - ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE – ADJUDICAÇÃO. ALDEIA (200451080008437)
1 – A convenção condominial enquadra-se no conceito de
“instrumentos públicos ou particulares” insculpido no art. 206, § 5º, I EMENTA
do Código Civil e bem assim, as cotas condominiais constituem dívida PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR. AÇÃO PRINCIPAL.
líquida estampada em documentos do Condomínio, razão pela qual não JULGAMENTO SIMULTÂNEO. CARÊNCIA SUPERVENIENTE.
são alcançadas pela regra geral do art. 205 do novo Código Civil, mas EXTINÇÃO DO PROCESSO. ARTIGO 267, VI, DO CÓDIGO DE
pela previsão específica do art. 206, §5º, I, do Novo Código Civil, PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO PREJUDICADA.
prescrevendo em cinco anos. Precedente do STJ: Resp n.º 1. O processo cautelar tem por finalidade garantir a eficácia da
1.139.030/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, STJ - 3ª T., Dje: 24/08/2011. prestação jurisdicional pretendida no processo principal, sua utilidade
No caso dos autos, estão prescritas as parcelas anteriores a 14/05/1998. não se sustenta em face da solução da lide que a originou.
2 - A convenção do condomínio, aprovada por 2/3 de titulares das 2. In casu, o julgamento simultâneo da ação principal enseja carência
frações ideais, obriga a todos os condôminos, estabelecendo os superveniente do interesse processual, porquanto, em razão de sua
respectivos encargos. Cabe a cada condômino concorrer para as natureza instrumental, o vínculo que deve existir com o processo
despesas condominiais, como determina a Lei 4.591/64, na sua cota principal passa a não mais subsistir, tornando-se injustificada a
parte, correspondente à fração ideal da unidade que lhe pertence, sobrevivência da medida acautelatória.
estabelecida em assembleia do condomínio, sendo desnecessária a 3. Em julgamento simultâneo, a apelação interposta na ação principal
apresentação de balancetes ou atas de assembleias para comprovar o foi provida por esta eg. Corte, para anular a sentença e determinar o
direito do autor. retorno dos autos à Vara de origem, para o regular prosseguimento do
3 - A ré não demonstrou a existência de outros fatos impeditivos ou feito, tornando ausente o fumus boni iuris necessário à concessão da
modificativos do direito autoral, como, por exemplo, a prova do tutela cautelar, porque não se deve, mesmo na jurisdição cautelar,
pagamento do débito, ou a transferência da propriedade a terceiro. conceder uma prestação jurisdicional que não poderá ser confirmada na
4 - O adquirente, em adjudicação, responde pelos encargos ação principal.
condominiais incidentes sobre o imóvel adjudicado, tendo em vista que 3. Processo julgado extinto sem resolução do mérito, nos termos do art.
se caracterizam como modalidade peculiar de ônus real, verdadeira 267, VI, do CPC. Apelação prejudicada.
obrigação propter rem, o que não se modificou nem mesmo com a ACÓRDÃO
alteração do parágrafo único do art. 4º da Lei nº 4.591, de 16.1964, Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
pela Lei nº 7.182, de 27.03.1984, respondendo o adquirente, inclusive, indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
pelo pagamento das cotas anteriores à aquisição. Federal da 2a Região, por unanimidade, julgar extinto o processo sem
5 - Restou demonstrado nos autos que a CEF detém a propriedade, por resolução do mérito e julgar prejudicada a apelação, na forma do
adjudicação, do imóvel objeto da presente ação de cobrança, recaindo Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado.
sobre ela, assim, a responsabilidade pelo pagamento das cotas Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2012. (data do julgamento).
condominiais, cabendo-lhe o exercício de seu direito de regresso, ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
através de ação própria, em face do suposto ocupante. Desembargador Federal
6 - Recurso desprovido. Sentença reformada para reconhecer a
prescrição quinquenal das parcelas em cobrança.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional IV - APELAÇÃO CÍVEL 2005.51.08.000091-1
Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento ao Nº CNJ :0000091-27.2005.4.02.5108
recurso, na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ALUISIO MENDES
APELANTES :JOSE NAPOLEAO DOS REIS E OUTRO
ADVOGADOS :CRISTIANA DA CONCEICAO GOMES
E OUTROS
APELADA :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

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ADVOGADOS :DANIEL BURKLE WARD E OUTROS
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA
ALDEIA (200551080000911)

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. NULIDADE DA EXECUÇÃO devedor nos contratos vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação,
EXTRAJUDICIAL. ALEGAÇÃO AUTORAL DE INVALIDEZ NO ainda que firmados anteriormente ao advento da Lei nº 8.177/91, desde
CURSO DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. que pactuado o mesmo índice aplicável à caderneta de poupança ou ao
PROVA PERICIAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE FGTS.
NA SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. ANULAÇÃO. 3. In casu, o critério de reajustamento do saldo devedor está claramente
1. A questão em debate no presente recurso versa sobre o cerceamento explicitado no contrato, inexistindo nele qualquer abusividade que
do direito da parte autora em razão do julgamento da lide antes de autorize a interferência do Poder Judiciário no sentido de alterar o que
comprovação de fato novo alegado pela parte autora, através de prova originariamente foi acordado pelas partes.
pericial judicial. 4. Não se deslumbra qualquer ilegalidade na utilização do Sistema de
2. Possibilidade do direito à quitação das parcelas vincendas de Amortização Francês, também conhecido como Tabela Price, nos
contrato de mútuo hipotecário na hipótese de ocorrência do sinistro contratos de financiamento habitacional, pois se trata de um sistema
coberto pelo seguro contratado entre as partes. exato de amortização. Sendo legal sua aplicação para o cálculo das
3. Sendo a prova pericial imprescindível para a solução da lide, a prestações dos mesmos, já que permite ao mutuário ter conhecimento
prolação de sentença antes da sua conclusão importa em cerceamento do número e dos valores das parcelas de seu financiamento.
de direito, violando ao disposto no artigo 5º, inciso LV, da 5. Agravo Interno improvido.
Constituição Federal. ACÓRDÃO
4. A anulação da sentença torna inviável a análise das demais questões Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
levantadas no recurso, que se tornam prejudicadas. Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
5. Apelação provida para anular a sentença, e determinar o retorno dos Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
autos à Vara de origem para o regular prosseguimento do feito, recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante
cumprindo-se integralmente o despacho de fl. 222. dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
ACÓRDÃO Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima GUILHERME DIEFENTHAELER,
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Desembargador Federal – Relator.
Federal da 2a Região, por unanimidade, dar provimento à apelação para /aro/
anular a sentença, na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo
parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. (data do julgamento).
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Desembargador Federal IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.007120-1
Nº CNJ :0007120-86.2004.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.02.003686-6 ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO E
Nº CNJ :0003686-86.2004.4.02.5102 OUTROS
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL APELADO :LUIS HENRIQUE MESQUITA DA
GUILHERME DIEFENTHAELER SILVA E OUTRO
APELANTE :MAURO CORREA PEREIRA E OUTRO ADVOGADO :CARLOS EDUARDO PEREIRA DA
ADVOGADO :ELIEL SANTOS JACINTHO E SILVA E OUTROS
OUTROS ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL DO
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF RIO DE JANEIRO (200451010071201)
ADVOGADO :LIGIA BONILHA E OUTROS JUIZ FEDERAL WILNEY MAGNO DE
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE AZEVEDO SILVA
NITERÓI (200451020036866)
JUIZ FEDERAL LEOPOLDO EMENTA
MUYLAERT ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO. IMÓVEIS . SFH.
FORMA DE AMORTIZAÇÃO. INCIDÊNCIA DA TABELA PRICE.
EMENTA ANATOCISMO. INEXISTÊNCIA. CONTRATAÇÃO DE SEGURO.
ADMINISTRATIVO. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. PREVISÃO LEGAL. INOCORRÊNCIA DE VENDA CASADA.
CONTRATO MÚTUO. ADOÇÃO DA TAXA REFERENCIAL (TR). TAXAS OPERACIONAIS. LEGALIDADE DA COBRANÇA. ERRO
POSSIBILIDADE. TABELA PRICE. LEGALIDADE. DECISÃO MATERIAL. CORREÇÃO DE OFÍCIO QUE SE IMPÕE.
MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
RECURSO IMPROVIDO. 1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões expedidas na decisão agravada, as quais me reporto.
expendidas na decisão agravada. 2. Não há óbice legal à aplicação da Tabela Price, não ocorrendo o
2. O Colendo Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no alegado anatocismo decorrente de sua utilização, vez que os alegados
sentido de ser possível a utilização da TR na atualização do saldo juros capitalizados decorrem de qualquer sistema de pagamento
antecipado ou periódico dos juros, e não propriamente do Sistema de
Amortização Francês.
3. A obrigatoriedade da contratação de seguro tem previsão na
legislação do SFH, não se podendo falar em “venda casada”, devendo
ser observadas as normas estabelecidas pela SUSEP, sendo certo que

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não há prova nos autos de que o agente financeiro tenha descumprido
os parâmetros legais na cobrança do encargo.
4. É legítima a cobrança de Taxas Operacionais, desde que previstas no
contrato de financiamento. Precedentes.
5. Decisão com mero erro material, impondo sua correção, que poderá
ser feita de ofício. APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
6. Agravo Interno improvido. ADVOGADO : MAURICIO CHATEAUBRIAND
ACÓRDÃO EMBARGANTE : LUSTOSA BORGES PEREIRA E
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: EMBARGADO : OUTROS
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional LUZIRENE PEREIRA DA SILVA
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao V. ACÓRDÃO DE FLS. 327/328
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. NITERÓI (200651020000790)
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO LUIZ
GUILHERME DIEFENTHAELER, CLEMENTE FILHO
Desembargador Federal – Relator.
/mpc EMENTA
Os Embargos de Declaração não são a via hábil para a discussão do
mérito da matéria impugnada.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.005396-3 Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Nº CNJ :0005396-13.2005.4.02.5101 Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento aos
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Embargos de Declaração, nos termos do Voto do Relator, constante
GUILHERME DIEFENTHAELER dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
APELANTE :ELIOENAI ALVES DE LYRA E Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
OUTRO GUILHERME DIEFENTHAELER,
ADVOGADO :CRISTIANA DA CONCEICAO GOMES Desembargador Federal – Relator.
E OUTROS /aro/
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO : GERSON DE CARVALHO FRAGOZO
EMBARGANTE : E OUTROS
EMBARGADO : ELIOENAI ALVES DE LYRA E
OUTRO IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.024429-3
V. ACÓRDÃO DE FLS. 575/576 Nº CNJ :0024429-52.2006.4.02.5101
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
DE JANEIRO (200551010053963) GUILHERME DIEFENTHAELER
JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA ANA APELANTE :FERNANDO PASCHOAL
CRISTINA FERREIRA DE MIRANDA MANDARINO
ADVOGADO :CRISTIANA DA CONCEICAO GOMES
EMENTA APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Os Embargos de Declaração não são a via hábil para a discussão do ADVOGADO :ANDRE PIRES GODINHO E OUTROS
mérito da matéria impugnada. ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL
ACÓRDÃO DO RIO DE JANEIRO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: (200651010244293)
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional JUÍZA FEDERAL CARMEN SÍLVIA
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento aos LIMA DE ARRUDA
Embargos de Declaração, nos termos do Voto do Relator, constante
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. EMENTA
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO. SISTEMA
GUILHERME DIEFENTHAELER, FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL
Desembargador Federal – Relator. PELO DL 70/66. CONSTITUCIONALIDADE. DECISÃO
/aro/ MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
RECURSO IMPROVIDO.
1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
expedidas na decisão agravada.
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.02.000079-0 2. A E. Suprema Corte já fixou seu entendimento no sentido da
Nº CNJ :0000079-94.2006.4.02.5102 constitucionalidade do procedimento de execução extrajudicial
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL estabelecido nos arts. 29 e segs. do Decreto-Lei nº 70/66, não havendo
GUILHERME DIEFENTHAELER o que se falar em ofensa aos Princípios do Devido Processo Legal,
APELANTE :LUZIRENE PEREIRA DA SILVA Contraditório e da Ampla Defesa, já que o procedimento permite aos
ADVOGADO :RONALDO GOTLIB COSTA E mutuários acionarem o Judiciário, discutindo a dívida ou apontando
OUTROS irregularidades formais existentes neste iter.
3. Agravo Interno improvido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/mpc Nº CNJ :0008610-50.2007.4.02.5001
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :UDNO ZANDONADE E OUTROS
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.09.000536-7 APELADO :FERMACO FERRO E ACO E
Nº CNJ :0000536-71.2007.4.02.5109 MATERIAL DE CONSTRUCAO LTDA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ADVOGADO :SEM ADVOGADO
GUILHERME DIEFENTHAELER ORIGEM :5ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
APELANTE :RAQUEL MARTINS DE VITERBO E VITÓRIA/ES (200750010086100)
OUTRO JUÍZA FEDERAL MARIA CLÁUDIA
ADVOGADO :CARLOS DIEGO FERREIRA DE DE GARCIA PAULA ALLEMAND
CARVALHO CUNHA E OUTROS
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF EMENTA
ADVOGADO :ALDIR GOMES SELLES E OUTROS PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
APELADO :UNINTER EMPREENDIMENTOS E INTERNO. AÇÃO DE COBRANÇA. GIROCAIXA. NÃO
PARTICIPACOES LTDA JUNTADA DE CÓPIA DO CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DE
ADVOGADO :CLAUDIA EWERTON FAJARDO E ANÁLISE DA LICITUDE DOS ENCARGOS. SÚMULA 247 DO
OUTROS STJ. REVELIA. DECISÃO MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS
APELADO :GIPOIA FUNDACOES E FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO.
CONSTRUCOES LTDA 1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
ADVOGADO :FLAVIA LING E OUTROS entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
ORIGEM :VARA ÚNICA DE RESENDE expendidas na decisão agravada.
(200751090005367) 2. Trata-se de Ação de Cobrança no valor de R$ 62.683, 22 (sessenta e
JUIZ FEDERAL PAULO PEREIRA dois mil seiscentos e oitenta e três reais e vinte e dois centavos),
LEITE FILHO relativo ao débito de contrato de limite de crédito Girocaixa
Instantâneo pactuado entre as partes.
EMENTA 3. Em que pese à revelia decretada na sentença, esta não induz a
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. EXTINÇÃO POR veracidade dos fatos afirmados pela Autora
ABANDONO. INTIMAÇÃO PESSOAL EFETIVADA. DECISÃO 4. A documentação apresentada pela CEF não está apta à demonstração
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. da relação jurídica entre credor e devedor. Ausente o contrato, há
DESPROVIMENTO DO RECURSO. comprometimento de credibilidade do valor cobrado, não sendo
1. A inércia da parte autora em dar cumprimento à determinação possível aferir a licitude dos encargos cobrados sem averiguar a
judicial para fins de promover as diligências necessárias ao andamento anuência da parte Ré à respeito dos encargos decorrentes da mora, bem
regular do processo é hipótese configuradora de abandono da causa, a como a compatibilidade das cláusulas com os valores exauridos pelo
ensejar a extinção do processo, sem resolução do mérito, com fulcro no demonstrativo de débito. Ademais, como se depreende da Súmula 247
artigo 267, III, do CPC, cumprindo ao julgador somente observar a do STJ, “o contrato de abertura de crédito em conta corrente
disposição constante do § 1º do referido artigo, que preconiza a acompanhado de demonstrativo de débito, constitui documento hábil
necessidade de intimação pessoal da parte autora. para o ajuizamento de ação monitória”.
2. Hipótese em que os Apelantes foram intimados pessoalmente para 5. Os documentos acostados aos autos se mostram incompatíveis, não
constituir novo patrono e se quedaram inertes, não sendo outra a restando demonstrado como a instituição bancária chegou à diferença
conclusão senão pelo total desinteresse na apreciação da demanda de valores para a aferição da certeza e da liquidez da dívida cobrada. É
ajuizada. imprescindível a peça contratual à plausibilidade da alegação de
3. Agravo Interno improvido. inadimplemento.
ACÓRDÃO 4. Agravo Interno improvido.
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: ACÓRDÃO
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
GUILHERME DIEFENTHAELER, Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
Desembargador Federal – Relator. GUILHERME DIEFENTHAELER,
/mpc Desembargador Federal – Relator.
/aro/

IV - APELACAO CIVEL 2007.50.01.008610-0


IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.030508-0
Nº CNJ :0030508-13.2007.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MARCUS ABRAHAM
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

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PROCURADOR :GERSON DE CARVALHO FRAGOZO
E OUTROS
APELADO :CONDOMINIO DO CONJUNTO
RESIDENCIAL FLAMINGO
ADVOGADO :ANDRE BRITO LEAL E OUTROS
ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL MARCUS ABRAHAM
DO RIO DE JANEIRO APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
(200751010305080) ADVOGADO :CARLA DE CASTRO AMORIM
MAURIN KRSULOVIC E OUTROS
EMENTA APELADO :CONDOMINIO PENEDO
CIVIL – COTAS CONDOMINIAIS – PRESCRIÇÃO ADVOGADO :KATIA MARIA C. CARVALHO DE
QUINQUENAL. ART. 206, § 5º, I DO CÓDIGO CIVIL - SOUZA
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE – ADJUDICAÇÃO. ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO
1 – A convenção condominial enquadra-se no conceito de GONCALO/RJ (200851170022570)
“instrumentos públicos ou particulares” insculpido no art. 206, § 5º, I
do Código Civil e bem assim, as cotas condominiais constituem dívida EMENTA
líquida estampada em documentos do Condomínio, razão pela qual não CIVIL – COTAS CONDOMINIAIS – RECURSO ADESIVO
são alcançadas pela regra geral do art. 205 do novo Código Civil, mas INADMISSÍVEL - PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ART. 206, § 5º, I
pela previsão específica do art. 206, §5º, I, do Novo Código Civil, DO CÓDIGO CIVIL - RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE –
prescrevendo em cinco anos. Precedente do STJ: Resp n.º ADJUDICAÇÃO.
1.139.030/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, STJ - 3ª T., Dje: 24/08/2011. 1 – Não deve ser conhecido o recurso adesivo da parte autora que não
No caso dos autos, estão prescritas as parcelas anteriores a 12/12/2002. atende o disposto no art. 500 do CPC, uma vez que a sentença julgou
2 - A convenção do condomínio, aprovada por 2/3 de titulares das procedente o pedido autoral, inexistindo sucumbência recíproca a
frações ideais, obriga a todos os condôminos, estabelecendo os respaldar a interposição do recurso na forma adesiva.
respectivos encargos. Cabe a cada condômino concorrer para as 2 – A convenção condominial enquadra-se no conceito de
despesas condominiais, como determina a Lei 4.591/64, na sua cota “instrumentos públicos ou particulares” insculpido no art. 206, § 5º, I
parte, correspondente à fração ideal da unidade que lhe pertence, do Código Civil e bem assim, as cotas condominiais constituem dívida
estabelecida em assembleia do condomínio, sendo desnecessária a líquida estampada em documentos do Condomínio, razão pela qual não
apresentação de balancetes ou atas de assembleias para comprovar o são alcançadas pela regra geral do art. 205 do novo Código Civil, mas
direito do autor. pela previsão específica do art. 206, §5º, I, do Novo Código Civil,
3 - A ré não demonstrou a existência de outros fatos impeditivos ou prescrevendo em cinco anos. Precedente do STJ: Resp n.º
modificativos do direito autoral, como, por exemplo, a prova do 1.139.030/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, STJ - 3ª T., Dje: 24/08/2011.
pagamento do débito, ou a transferência da propriedade a terceiro. 3 - A convenção do condomínio, aprovada por 2/3 de titulares das
4 - O adquirente, em adjudicação, responde pelos encargos frações ideais, obriga a todos os condôminos, estabelecendo os
condominiais incidentes sobre o imóvel adjudicado, tendo em vista que respectivos encargos. Cabe a cada condômino concorrer para as
se caracterizam como modalidade peculiar de ônus real, verdadeira despesas condominiais, como determina a Lei 4.591/64, na sua cota
obrigação propter rem, o que não se modificou nem mesmo com a parte, correspondente à fração ideal da unidade que lhe pertence,
alteração do parágrafo único do art. 4º da Lei nº 4.591, de 16.1964, estabelecida em assembleia do condomínio, sendo desnecessária a
pela Lei nº 7.182, de 27.03.1984, respondendo o adquirente, inclusive, apresentação de balancetes ou atas de assembleias para comprovar o
pelo pagamento das cotas anteriores à aquisição. direito do autor.
5 - Restou demonstrado nos autos que a CEF detém a propriedade, por 4 - A ré não demonstrou a existência de outros fatos impeditivos ou
adjudicação, do imóvel objeto da presente ação de cobrança, recaindo modificativos do direito autoral, como, por exemplo, a prova do
sobre ela, assim, a responsabilidade pelo pagamento das cotas pagamento do débito, ou a transferência da propriedade a terceiro.
condominiais, cabendo-lhe o exercício de seu direito de regresso, 5 - O adquirente, em adjudicação, responde pelos encargos
através de ação própria, em face do suposto ocupante. condominiais incidentes sobre o imóvel adjudicado, tendo em vista que
6 - Recurso desprovido. Sentença reformada para reconhecer a se caracterizam como modalidade peculiar de ônus real, verdadeira
prescrição quinquenal das parcelas em cobrança. obrigação propter rem, o que não se modificou nem mesmo com a
ACÓRDÃO alteração do parágrafo único do art. 4º da Lei nº 4.591, de 16.1964,
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima pela Lei nº 7.182, de 27.03.1984, respondendo o adquirente, inclusive,
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional pelo pagamento das cotas anteriores à aquisição.
Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento ao 6 - Restou demonstrado nos autos que a CEF detém a propriedade, por
recurso, na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do adjudicação, do imóvel objeto da presente ação de cobrança, recaindo
presente julgado. sobre ela, assim, a responsabilidade pelo pagamento das cotas
Rio de Janeiro, de de 2012. condominiais, cabendo-lhe o exercício de seu direito de regresso,
MARCUS ABRAHAM através de ação própria, em face do suposto ocupante.
Desembargador Federal 7 - Recurso adesivo não conhecido. Apelação desprovida. Sentença
Relator reformada para reconhecer a prescrição quinquenal das parcelas em
cobrança.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.17.002257-0 Federal da 2a Região, por unanimidade, não conhecer do
Nº CNJ :0002257-97.2008.4.02.5117 recurso adesivo da parte autora e negar provimento ao recurso da CEF,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012.
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
Relator

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IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.003757-0


Nº CNJ :0003757-52.2008.4.02.5101 DE JANEIRO (200851010214431)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JUIZ FEDERAL MARCELO DA
GUILHERME DIEFENTHAELER FONSECA GUERREIRO
APELANTE :CEZAR DAVID MOREIRA DOS
SANTOS E OUTRO EMENTA
ADVOGADO :ALEIXO DA SILVA NEVES SERENO PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL.
NETO E OUTROS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXTINÇÃO DE OFÍCIO DA
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF EXECUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. NORMA DIRIGIDA AO
ADVOGADO :GERSON DE CARVALHO FRAGOZO ADMINISTRADOR. VIOLAÇÃO DO DIREITO DE EXECUTAR
E OUTROS DA APELANTE. DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA SEM PREVISÃO LEGAL. APELAÇÃO PROVIDA.
ALDEIA (200851010037570) 1. O artigo 1º-B da Lei nº 9.469/97, incluído pela Lei nº 11.941/2009,
JUÍZA FEDERAL ADRIANA ALVES não determina a extinção da execução, mas faculta aos dirigentes
DOS SANTOS CRUZ máximos das Empresas Públicas Federais a não-propositura de ações
e a não-interposição de recursos, assim como o requerimento de
EMENTA extinção das ações em curso ou de desistência dos respectivos
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO recursos judiciais, para cobrança de créditos, atualizados, de valor
INTERNO. IMÓVEIS. SFH. DEMANDA OBJETIVANDO igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), em que interessadas
PARCELAMENTO DO SALDO DEVEDOR. INEXISTÊNCIA DE essas entidades na qualidade de autoras, rés, assistentes ou opoentes.
NULIDADE OU VÍCIO DE MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. 2. A hipótese é de uma norma dirigida ao Administrador, cabendo à
PATA SUNT SERVANDA. INOVAÇÃO RECURSAL. VIOLAÇÃO Empresa Pública desistir da medida judicial segundo seu interesse,
AOS ARTIGOS 128 E 517 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. sendo vedado ao Poder Judiciário decidir em seu lugar, mesmo
DECISÃO MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. considerando ser o valor executado ínfimo a ensejar a prestação
RECURSO IMPROVIDO. jurisdicional.
1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o 3. Negar à Apelante seu direito de executar os honorários advocatícios
entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões fixados a seu favor, em decisão transitada em julgado, acarreta a
expedidas na decisão agravada, as quais me reporto. desconstituição de título judicial sem justificativa legal.
2. Autores que, em sua inicial, informam não ter interesse em discutir 4. Apelação provida.
cláusulas contratuais, o que leva a crer que a CEF estaria observando ACÓRDÃO
as disposições contidas na avença, e que eventual aplicação do CDC à Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
tratativa firmada pelos Apelantes não os desonera do ônus de Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
comprovar as alegações vertidas acerca da violação de seus direitos. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento ao recurso
3. É defeso ao Magistrado conhecer, em sede de agravo interno, de de Apelação da Caixa Econômica Federal, nos termos do Voto do
temas que não foram suscitados na inicial e nas razões da apelação. Relator, constante dos autos e que fica fazendo parte integrante do
4. Agravo Interno improvido. presente julgado.
ACÓRDÃO Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: GUILHERME DIEFENTHAELER,
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional Desembargador Federal – Relator.
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao /hrb/
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator. IV - APELACAO CIVEL 555719 2008.51.01.024949-4
/mpc Nº CNJ :0024949-41.2008.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :SERGIO MANDELBLATT E OUTROS
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.021443-1 APELADO :FRANCISCO OLIVEIRA DA SILVA
Nº CNJ :0021443-57.2008.4.02.5101 SANTOS
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ADVOGADO :SEM ADVOGADO
GUILHERME DIEFENTHAELER ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF JANEIRO (200851010249494)
ADVOGADO :DANIEL VERSIANI CHIEZA E JUIZ FEDERAL ALBERTO NOGUEIRA
OUTROS JÚNIOR
APELADO :E. S. DE P. M. ME
ADVOGADO :SERGIO LUIZ DA ROCHA EMENTA
ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. DILIGÊNCIAS
INFRUTÍFERAS NO SENTIDO DE LOCALIZAR O RÉU.
EXTINÇÃO DO PROCESSO. DESCABIMENTO. CITAÇÃO POR
EDITAL. POSSIBILIDADE APÓS O EXAURIMENTO DE TODOS
OS MEIOS À LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR. APELAÇÃO
PROVIDA. SENTENÇA ANULADA.

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1. Com efeito, cabe ao autor de qualquer demanda apontar o endereço
correto do réu, sendo tal tarefa da parte, e não do Juiz. Entretanto,
compulsando os autos, constata-se que a parte autora não se quedou
inerte, eis que empregou todos os meios legais, a seu dispor, para
localizar o Réu, tendo inclusive solicitado a citação dele por edital, não
tendo sido a mesma apreciada pelo Juízo a quo. 1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
2. Como a pesquisa realizada pelo sistema BACENJUD, à pedido da entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
Autora, apontou endereço diverso dos que já tinham sido utilizados expedidas na decisão agravada, as quais me reporto.
para localização do Réu, deve ser expedida Carta Precatória, em vista 2. A cessão de crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão
deste endereço estar localizado em Pernambuco, não sendo necessária quando a este notificada. Inteligência do artigo 290 do Código Civil.
a requisição do Autor. Tanto que o Juiz determinou que “se fornecido 3. É defeso ao Magistrado conhecer, em sede de agravo interno, de
endereço diverso cite-se” e o fez, em relação ao endereço da Rua temas que não foram suscitados na inicial e nas razões da apelação.
Nascimento e Silva 175, apto. 201, Ipanema, mas não ao da R PE 4. Agravo Interno improvido.
Anchieta 42, AP. 402, Madalena, 05071043, Recife – PE; assim, ACÓRDÃO
impõe-se a anulação da sentença. Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
3. Caso persista desconhecido o local em que o Réu se encontra, Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
mesmo após a expedição da Carta Precatória, imperiosa se faz a citação Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
por edital, eis que a mesma já foi requerida pela Autora e terão se recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante
esgotado todas as diligências possíveis para localização o Réu. dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
4. Apelação provida. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
ACÓRDÃO GUILHERME DIEFENTHAELER,
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: Desembargador Federal – Relator.
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional /mpc
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento ao recurso
de Apelação, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que
fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER, IV - APELACAO CIVEL 2009.51.09.000647-2
Desembargador Federal – Relator. Nº CNJ :0000647-84.2009.4.02.5109
/aro/ RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :MARIA CIEDA DUARTE TRAVASSOS
ADVOGADO :JOSE CANDIDO FRANCISCO E
OUTROS
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.519660-1 APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Nº CNJ :0519660-70.2008.4.02.5101 ADVOGADO :ALDIR GOMES SELLES E OUTROS
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ORIGEM :VARA ÚNICA DE RESENDE
GUILHERME DIEFENTHAELER (200951090006472)
APELANTE :BANCO DO ESTADO DO RIO DE JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO JOÃO
JANEIRO S/A - EM LIQUIDACAO BATISTA MARTINS PRATA BRAGA
EXTRAJUDICIAL
ADVOGADO :MARCELO OLIVEIRA ROCHA E EMENTA
OUTROS PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. IMÓVEIS. SFH.
APELADO :ALBERTO JORGE DE JESUS RIBEIRO LEILÃO EXTRAJUDICIAL. CONSTITUCIONALIDADE.
COUTO E OUTRO RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS. PROVA PERICIAL.
ADVOGADO :MAGDA HRUZA DE SOUZA IMPRESCINDIBILIDADE. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
ALQUERES FERREIRA E OUTROS 1. A restituição dos valores pagos durante a vigência do contrato só
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF seria cabível quando o valor obtido em leilão extrajudicial for superior
ADVOGADO :MAURICIO CHATEAUBRIAND ao saldo devedor do mutuário, não sendo, pois, o simples pagamento
LUSTOSA BORGES PEREIRA E de parcelas quando da vigência do contrato motivo suficiente para
OUTROS ensejar a sua restituição, nos termos do artigo 32 do Decreto-Lei 70/66,
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ cuja constitucionalidade já foi reiteradas vezes reconhecida pelo
(200851015196601) Supremo Tribunal Federal.
JUIZ FEDERAL FABIO SOUZA 2. Não há como solucionar questão de tão alta complexidade, como um
eventual valor a ser devolvido por conta do leilão realizado, sem o
EMENTA auxílio da prova técnica, sendo certo que, sem a produção da aludida
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO prova, inexiste suporte capaz de auxiliar na convicção do juízo.
INTERNO. IMÓVEIS. SFH. CESSÃO DO CRÉDITO 3. Nos termos do artigo 333, I do Código de Processo Civil, incumbe à
HIPOTECÁRIO À OUTRA INSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE parte autora o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do seu direito,
COMPROVAÇÃO DE NOTIFICAÇÃO AO DEVEDOR. restando preclusa a pretensão probatória quando o Autor não se
INOVAÇÃO RECURSAL. VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 128 E 517 manifesta no momento oportuno.
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DECISÃO MANTIDA PELOS 4. Apelação improvida.
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. DESPROVIMENTO DO ACÓRDÃO
RECURSO Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
recurso, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica
fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/mpc

EMENTA
IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.005380-4 PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
Nº CNJ :0005380-20.2009.4.02.5101 CONTRATO. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. AUSÊNCIA DE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LIQUIDEZ E CERTEZA. CONVOLAÇÃO DA EXECUÇÃO EM
MARCUS ABRAHAM AÇÃO MONITÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. PRONUNCIAMENTO
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DE OFÍCIO DA EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
ADVOGADO :SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA APELAÇÃO DA AUTORA PREJUDICADA.
ANDRADA E OUTROS 1. A comissão de permanência, segundo previsão contratual, é
APELADO :CONDOMINIO DO CONJUNTO SAN composta pela taxa de CDI com o acréscimo da taxa de rentabilidade
FRANCISCO RESIDENCE de até 10% ao mês. A taxa de rentabilidade tal como consta no
ADVOGADO :CARLOS ALBERTO TEIXEIRA DE contrato, apresenta caráter ambíguo uma vez que sua aplicação
OLIVEIRA E OUTRO vincula-se ao talante da Autora, o que traz incerteza quanto ao valor a
ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL ser executado em caso de inadimplência. Assim, o título o qual lastreia
DO RIO DE JANEIRO o presente feito carece dos requisitos de certeza e liquidez, razão pela
(200951010053804) qual, ao contrário do disposto na sentença de primeiro grau, deve o
processo ser extinto sem apreciação do mérito.
EMENTA 2. Consoante posicionamento deste Tribunal a respeito do tema,
CIVIL – COTAS CONDOMINIAIS – PRESCRIÇÃO somente é possível a convolação da execução para o rito monitório
QUINQUENAL - ART. 206, § 5º, I DO CÓDIGO CIVIL. quando requerida expressamente pelo credor antes da citação do
1 – A convenção condominial enquadra-se no conceito de devedor. Inexistindo requerimento anterior neste sentido, não se mostra
“instrumentos públicos ou particulares” insculpido no art. 206, § 5º, I adequada a formulação deste pedido somente em sede recursal.
do Código Civil e, bem assim, as cotas condominiais constituem dívida 3. Pronunciamento de ofício da extinção do feito sem resolução de
líquida estampada em documentos do Condomínio, razão pela qual não mérito. Apelação da Autora prejudicada.
são alcançadas pela regra geral do art. 205 do novo Código Civil, mas ACÓRDÃO
pela previsão específica do art. 206, §5º, I, do Novo Código Civil, Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
prescrevendo em cinco anos. Precedente do STJ: Resp n.º Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
1.139.030/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, STJ - 3ª T., Dje: 24/08/2011. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em julgar prejudicada a
2 – Recurso parcialmente provido. Sentença reformada em parte. Apelação da parte autora, nos termos do Voto do Relator, constante
ACÓRDÃO dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional GUILHERME DIEFENTHAELER,
Federal da 2a Região, por unanimidade, dar parcial provimento ao Desembargador Federal – Relator.
recurso, na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do /hrb/
presente julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012.
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
Relator IV - APELACAO CIVEL 2009.51.10.006336-7
Nº CNJ :0006336-09.2009.4.02.5110
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
IV - APELACAO CIVEL 2009.51.10.006046-9 ADVOGADO :LUIZ ANTONIO AZAMOR
Nº CNJ :0006046-91.2009.4.02.5110 RODRIGUES
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL APELADO :SALVADOR FRANCISCO BARBOSA
GUILHERME DIEFENTHAELER ADVOGADO :SEM ADVOGADO
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE SÃO
ADVOGADO :DANIELA SALGADO JUNQUEIRA E JOÃO DE MERITI (200951100063367)
OUTROS JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO VICTOR
APELADO :RIO RUBIS VESTUARIO LTDA E ROBERTO CORRÊA DE SOUZA
OUTROS
ADVOGADO :SEM ADVOGADO EMENTA
ORIGEM :1A VARA FEDERAL DE EXECUCAO PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
FISCAL DE SAO JOAO DE MERITI CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. COMISSÃO DE
(200951100060469) PERMANÊNCIA. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ E CERTEZA.
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO VICTOR PRONUNCIAMENTO DE OFÍCIO DA EXTINÇÃO SEM
ROBERTO CORREA DE SOUZA RESOLUÇÃO DE MÉRITO. APELAÇÃO DA AUTORA
PREJUDICADA.
1. A comissão de permanência, segundo previsão contratual, é
composta pela taxa de CDI com o acréscimo da taxa de rentabilidade
de até 10% ao mês. A taxa de rentabilidade tal como consta no
contrato, apresenta caráter ambíguo uma vez que sua aplicação
vincula-se ao talante da Autora, o que traz incerteza quanto ao valor a

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
ser executado em caso de inadimplência. Assim, o título o qual lastreia
o presente feito carece dos requisitos de certeza e liquidez, razão pela
qual, ao contrário do disposto na sentença de primeiro grau, deve o
processo ser extinto sem apreciação do mérito.
2. Pronunciamento de ofício da extinção do feito sem resolução de
mérito. Apelação da Autora prejudicada.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.016591-6
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional Nº CNJ :0016591-53.2009.4.02.5101
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em julgar prejudicada a RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Apelação da parte autora, nos termos do Voto do Relator, constante GUILHERME DIEFENTHAELER
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. ADVOGADO :RODRIGO VILLA REAL AYALA E
GUILHERME DIEFENTHAELER, OUTROS
Desembargador Federal – Relator. APELADO :GERALDO ALEXANDRE DA SILVA
/hrb/ ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (200951010165916)
JUIZ FEDERAL ALFREDO FRANÇA
NETO
IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.008552-0
Nº CNJ :0008552-67.2009.4.02.5101 EMENTA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
GUILHERME DIEFENTHAELER CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. REQUISITOS DO TÍTULO
APELANTE :ANTONIA DE OLIVEIRA MODESTO EXECUTIVO PRESENTES PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO
ADVOGADO :DAGOBERTO NEY VIEIRA E OUTRO DE EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE OPORTUNIDADE DE EMENDA
APELADO :BANCO BRJ S/A À INICIAL. APELAÇÃO PROVIDA.
ADVOGADO :ANARRILA GUIMARAES BRAGA 1. Segundo o art. 585, II do CPC, é título executivo extrajudicial o
FRAGATA documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas. Já
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF o art. 586 do CPC, dispõe que a certeza, a liquidez e a exigibilidade são
ADVOGADO :CLAUDIO ROCHA DE MORAES E requisitos intrínsecos do título executivo extrajudicial para a
OUTROS propositura da ação correspondente.
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DO RIO 2. O art. 614, II do mesmo Diploma, preceitua que a petição inicial da
DE JANEIRO (200951010085520) execução deve ser instruída com o demonstrativo do débito atualizado
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por
ALEXANDRE DA SILVA ARRUDA quantia certa. Por outro lado, o art. 616 do CPC é claro ao prever que o
juiz deve determinar a correção da petição inicial, no prazo de dez dias,
EMENTA no caso de a mesma estar incompleta ou não acompanhada dos
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. IMÓVEIS. SFH. documentos indispensáveis à propositura da execução.
LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DE FINANCIAMENTO. 3. A Autora juntou contrato de empréstimo devidamente assinado pelo
CONTRATO DE GAVETA. LEGITIMIDADE DO CESSIONÁRIO. Réu e por duas testemunhas, acompanhado de demonstrativo de
PROVIMENTO DO RECURSO. evolução do débito que informa o montante da dívida em 30/06/2009,
1. Hipótese de liquidação de financiamento e não de revisão contratual, partindo-se de valor consolidado da data do início do inadimplemento
sendo certo que as disposições contidas na Lei nº 10.150/2000, que (03/09/2008), sendo certo que o ajuizamento da demanda ocorreu em
autorizaram a regularização de tais modalidades de transferência sem a 17/07/2009.
participação da instituição financeira, se aplicam ao em apreço. 4. Não obstante a precariedade das informações extraídas do
2. Matéria que demanda dilação probatória, o que justifica a anulação demonstrativo de débito trazido pela Autora, o mesmo possui os
do julgado com o consequente retorno dos autos ao Juízo de origem. elementos necessários para o prosseguimento do feito, mormente se o
3. Decretação de ofício de nulidade de sentença, a fim de determinar o Juízo a quo oportunizasse à Autora a emenda da petição inicial, para
retorno dos autos à Vara de origem para o seu regular prosseguimento. que a mesma trouxesse novo documento com todo o histórico da dívida
4. Apelo prejudicado. com seu montante atualizado nos termos da Lei, considerando-se que
ACÓRDÃO ainda não houve citação válida nos autos, razão pela qual a sentença de
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: primeiro grau deve ser anulada.
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional 5. Apelação provida.
Federal da 2ª Região, por unanimidade, decretar de ofício a nulidade da ACÓRDÃO
sentença, julgando prejudicado o recurso, nos termos do Voto do Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Relator, constante dos autos e que fica fazendo parte integrante do Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
presente julgado. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento ao recurso
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. de Apelação da parte autora, nos termos do Voto do Relator, constante
GUILHERME DIEFENTHAELER, dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Desembargador Federal – Relator. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
/mpc GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/hrb/

IV - APELACAO CIVEL 540755 2009.51.01.020751-0

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Nº CNJ :0020751-24.2009.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :SANDRA REGINA VERSIANI CHIEZA
E OUTROS APELADO :OLGA MARIA PEREIRA TERRES
APELADO :JONAS DE ALMEIDA - ESPOLIO ADVOGADO : FABIO MATHIAS PAVIE
ADVOGADO :FRANCISCA LUCIA BARBOSA EMBARGANTE : OLGA MARIA PEREIRA TERRES
HORTENCIO DE LIMA E OUTRO EMBARGADO : V. ACÓRDÃO DE FLS. 419/421
ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ
DE JANEIRO (200951010207510) (201051020028754)
JUIZ FEDERAL MARCELO DA JUIZ FEDERAL FÁBIO SOUZA
FONSECA GUERREIRO
EMENTA
EMENTA Os Embargos de Declaração não são a via hábil para a discussão do
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA. mérito da matéria impugnada.
ÓBITO DO DEVEDOR ANTERIORMENTE À PROPOSITURA DA ACÓRDÃO
AÇÃO. ALTERAÇÃO DO PÓLO PASSIVO DA AÇÃO PARA Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
CONSTAR O ESPÓLIO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
CAPACIDADE PROCESSUAL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento aos
JULGAMENTO DO MÉRITO. ART. 267, IV, DO CPC. APELAÇÃO Embargos de Declaração, nos termos do Voto do Relator, constante
DESPROVIDA. dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
1. In casu, verifica-se que o Demandado já havia falecido no momento Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
da propositura da Ação Ordinária de cobrança, pois esta foi ajuizada GUILHERME DIEFENTHAELER,
em 09 de setembro de 2009 e seu óbito ocorreu em janeiro ou fevereiro Desembargador Federal – Relator.
de 2009, conforme certidão do Oficial de Justiça, que tem presunção de /aro/
veracidade e não foi questionada pela parte autora.
2. Apesar do Juízo a quo ter dado oportunidade à Autora para que a
mesma regularizasse a demanda, esta não podia ter sido regularizada,
vez que a substituição da parte por seu espólio ou por seus sucessores
somente é possível quando a morte se dá no curso do processo, o que IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.003654-7
não é a hipótese, no caso em tela. Nº CNJ :0003654-74.2010.4.02.5101
3. Uma ação não pode ser proposta contra pessoa falecida, sem RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
capacidade processual, sendo tal vício insanável; desse modo, acertado MARCUS ABRAHAM
o r. decisum ao extinguir o feito com base no art. 267 IV, eis que a APELANTE :CONDOMINIO DO EDIFICIO NOVA
ação foi ajuizada contra o devedor, quando deveria ter sido ajuizada em REPUBLICA
face do espólio. ADVOGADO :ANDREA DE SOUZA SANT'ANA E
4. Apelação desprovida. OUTROS
ACÓRDÃO APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: ADVOGADO :LUIZ FELIZARDO BARROSO E
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional OUTROS
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE
recurso de Apelação, nos termos do Voto do Relator, constante dos JANEIRO (201051010036547)
autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. EMENTA
GUILHERME DIEFENTHAELER, CIVIL – COTAS CONDOMINIAIS – RESPONSABILIDADE DO
Desembargador Federal – Relator. ADQUIRENTE – ADJUDICAÇÃO.
/aro/ 1 – Proposta a ação em 2010 para a cobrança de cotas condominiais
vencidas a partir de abril de 2009, não há que se falar em prescrição.
2 - A convenção do condomínio, aprovada por 2/3 de titulares das
frações ideais, obriga a todos os condôminos, estabelecendo os
respectivos encargos. Cabe a cada condômino concorrer para as
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.02.002875-4 despesas condominiais, como determina a Lei 4.591/64, na sua cota
Nº CNJ :0002875-19.2010.4.02.5102 parte, correspondente à fração ideal da unidade que lhe pertence,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL estabelecida em assembleia do condomínio, sendo desnecessária a
GUILHERME DIEFENTHAELER apresentação de balancetes ou atas de assembleias para comprovar o
APELANTE :CAIXA DE ASSISTENCIA DOS direito do autor.
ADVOGADOS DO ESTADO DO RIO 3 - A ré não demonstrou a existência de outros fatos impeditivos ou
DE JANEIRO - CAARJ modificativos do direito autoral, como, por exemplo, a prova do
ADVOGADO :HUGO MORETTO LARA E OUTROS pagamento do débito, ou a transferência da propriedade a terceiro.
APELANTE :UNIMED-RIO COOPERATIVA DE 4 - O adquirente, em adjudicação, responde pelos encargos
TRABALHO MEDICO DO RIO DE condominiais incidentes sobre o imóvel adjudicado, tendo em vista que
JANEIRO LTDA se caracterizam como modalidade peculiar de ônus real, verdadeira
ADVOGADO :PATRICIA SHIMA E OUTROS obrigação propter rem, o que não se modificou nem mesmo com a
alteração do parágrafo único do art. 4º da Lei nº 4.591, de 16.1964,
pela Lei nº 7.182, de 27.03.1984, respondendo o adquirente, inclusive,
pelo pagamento das cotas anteriores à aquisição.
5 - Restou demonstrado nos autos que a CEF detém a propriedade, por
adjudicação, do imóvel objeto da presente ação de cobrança, recaindo

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sobre ela, assim, a responsabilidade pelo pagamento das cotas
condominiais, cabendo-lhe o exercício de seu direito de regresso,
através de ação própria, em face do suposto ocupante.
6 - Recurso desprovido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima 4 – A parte adquiriu o imóvel por meio de contrato de gaveta, sem a
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional anuência do agente financeiro, não tendo, portanto, legitimidade para
Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, impedir a alienação do imóvel a terceiros e tampouco obter a
na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente renegociação do financiamento, porque a aludida renegociação
julgado. pressupõe a existência do vínculo contratual que inexiste e/ou que não
Rio de Janeiro, de de 2012. mais subsiste (porque consumado o leilão), o que descaracteriza a
MARCUS ABRAHAM verossimilhança do direito alegado, bem como o sustentado dano
Desembargador Federal irreparável ou de difícil reparação a que alude o art. 273 do CPC.
Relator Manutenção da decisão agravada que indeferiu o pedido de
antecipação dos efeitos da tutela.
5 – Agravo de instrumento desprovido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.011558-5 indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
Nº CNJ :0011558-25.2010.4.02.0000 Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
MARCUS ABRAHAM julgado.
AGRAVANTE :DENISE PACHECO CAMILLO Rio de Janeiro, de de 2012.
ADVOGADO :RONALDO DA COSTA ARAUJO E MARCUS ABRAHAM
OUTROS Desembargador Federal
AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Relator
ADVOGADO :ARMANDO BORGES DE ALMEIDA
JUNIOR E OUTROS
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
NITERÓI (201051020005936)
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.012007-8
EMENTA Nº CNJ :0012007-06.2010.4.02.5101
AGRAVO DE INSTRUMENTO – SISTEMA FINANCEIRO DA RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
HABITAÇÃO – LEILÃO EXTRAJUDICIAL JÁ REALIZADO – GUILHERME DIEFENTHAELER
ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA – TENTATIVA DE APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
OBSTAR A VENDA DO IMÓVEL A TERCEIROS – REQUISITOS ADVOGADO :RACHEL ORMOND CORDEIRO REGO
NÃO CARACTERIZADOS. E OUTROS
1 – Agravo de instrumento interposto em face da decisão que indeferiu APELADO :JOMAR CARBURADORES LTDA ME
a tutela antecipatória, para impedir a venda direta, ou por concorrência, ADVOGADO :SEM ADVOGADO
do imóvel já adjudicado ao agente financeiro. A decisão agravada ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
consignou que o procedimento executivo foi promovido com base no DO RIO DE JANEIRO
Decreto-Lei nº 70/66 e que não existe notícia de venda do imóvel em (201051010120078)
questão a terceiro. Pelo que indeferiu a medida de urgência vindicada. JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA
2 – A constitucionalidade do Decreto-Lei n° 70/66 é matéria já MARIANNA CARVALHO BELLOTTI
pacificada no Supremo Tribunal Federal, e não há
inconstitucionalidade das disposições dos artigos 29 e 30 do Decreto- EMENTA
Lei n° 70/66. O próprio Decreto-Lei citado estabeleceu que o credor PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
hipotecário tem a faculdade de optar pela execução do crédito na forma CONTRATO DE LIMITE DE CRÉDITO PARA OPERAÇÕES DE
do Código de Processo Civil ou na dos artigos 31 a 38 do seu texto e, DESCONTO. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ E CERTEZA DO TÍTULO
nessa hipótese, o leilão é extrajudicial feito por Leiloeiro Público. EXECUTIVO. INTELIGÊNCIA DAS SÚMULAS Nos. 233, 247 e
3 – A agravante sustenta a ocorrência de irregularidades nos 258 DO STJ. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
procedimentos realizados com base no Decreto-Lei nº 70/66, dentre as APELAÇÃO DESPROVIDA.
quais que o agente fiduciário não foi escolhido de comum acordo pelos 1. Com relação à liberação pela credora de valores a serem utilizados
contraentes e ausência de notificação pessoal da execução segundo as necessidades do devedor, o contrato de limite de crédito
extrajudicial. Porém, a recorrente não instruiu o presente recurso com para operações de desconto guarda semelhança com o contrato de
qualquer documento comprobatório do que alega, em dissonância com abertura de crédito, o qual, a teor da Súmula nº 233 do STJ, não é título
o que preceitua o art. 333, I, do CPC. Assim, não há como obstar uma executivo.
futura e eventual venda do imóvel a terceiros, muito menos assegurar 2. A Súmula nº 247 do STJ, por sua vez, prevê que o contrato de
direito de renegociação ou reaquisição por parte da mutuária. Insta abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado do
salientar que as disposições da Lei nº 11.922/2009 não são imperativas demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o
no sentido de obrigar a renegociação, consoante, inclusive, o § 1º do ajuizamento da ação monitória.
art. 3º do referido Diploma Legal. De toda sorte, afigura-se inviável a 3. A apresentação de borderôs com os títulos a serem descontados é
renegociação pretendida nos termos da norma legal citada, porque já fato dependente de prova, razão pela qual não tem o condão de afastar
exaurida a execução extrajudicial. a iliquidez e incerteza do título executivo porquanto se consubstanciam
tão-somente em garantia da dívida, não possuindo autonomia com
relação ao título ilíquido que a originou. Inteligência da Súmula nº 258
do STJ.
4. Apelação desprovida.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
recurso de Apelação da parte autora, nos termos do Voto do Relator,
constante dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente
julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL
GUILHERME DIEFENTHAELER, 2011.50.02.002341-2
Desembargador Federal – Relator. Nº CNJ :0002341-50.2011.4.02.5002
/hrb/ RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MARCUS ABRAHAM
PARTE :ELIAS PEREIRA
AUTORA
ADVOGADO :ADALGIZA GOUVÊA DUTRA ROCHA
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.018181-8 PARTE RÉ :IESES - INSTITUTO DE ENSINO
Nº CNJ :0018181-08.2010.4.02.0000 SUPERIOR DO ESPÍRITO SANTO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ADVOGADO :RUBENVAL BRAGA FRANCO
GUILHERME DIEFENTHAELER REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
ADVOGADO :CRISTINA LEE E OUTROS ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL
AGRAVADO :CARLOS MURILO CARDOSO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM/ES
CARVALHO E OUTRO (201150020023412)
ADVOGADO :ELIEL SANTOS JACINTHO E
OUTROS EMENTA
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ ADMINISTRATIVO – REMESSA NECESSÁRIA EM MANDADO
(200351020028464) DE SEGURANÇA – ESTUDANTE – ENSINO SUPERIOR –
JUIZ FEDERAL RICARDO COLAÇÃO DE GRAU SIMBÓLICA – PREENCHIMENTO DE
PERLINGEIRO MENDES DA SILVA REQUISITOS – LIMINAR SATISFATIVA - SITUAÇÃO FÁTICA
CONSOLIDADA.
EMENTA 1. Deve ser mantida a r. sentença que concedeu segurança, para que o
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. Impetrante tivesse reconhecido o direito a participar da cerimônia
EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. REDISCUSSÃO DE simbólica de colação de grau, tendo em vista que sua participação não
MATÉRIA JÁ ABORDADA POR SENTENÇA QUE TRANSITOU traria qualquer repercussão em sua condição de não-concluinte do
EM JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. INTERESSE PROCESSUAL Curso de Direito.
PRESENTE NA FASE EXECUTÓRIA. FIXAÇÃO DE MULTA 2. A situação de fato consolidada não aconselha modificação, já que
DIÁRIA (ASTREINTES). POSSIBILIDADE. DESPROVIMENTO incapaz de gerar grave prejuízo à ordem jurídica ou à autonomia
DO RECURSO. universitária.
1. Em se tratando de sentença já transitada em julgado, como no caso 3. Tendo em vista que a pretensão do Impetrante fora integralmente
em apreço, não cabe, em sede de execução do julgado, rediscussão de satisfeita pela liminar concessiva, confirmada posteriormente pela
matéria já abordada na fase de conhecimento e instrução. sentença monocrática, não há possibilidade de discussão do direito
2. O Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição, consagrado no art. 5º, requerido.
XXXV da Carta Magna, conduz à conclusão de que o mutuário poderá 4. Remessa necessária desprovida. Sentença confirmada.
exercitar o seu direito de ação, visando à revisão do contrato ACÓRDÃO
habitacional, sempre que entender estar o agente financeiro Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
descumprindo cláusulas contratuais, sendo de total irrelevância o fato indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
da aplicação do INPC, eventualmente, majorar o débito do mutuário. Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento à remessa
3. O objetivo da imposição da multa é inibitório, no sentido de obrigar necessária, na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte
o devedor a cumprir obrigação específica, nada havendo de ilegal na do presente julgado.
fixação de astreintes na ocasião de inercia da parte em cumprir Rio de Janeiro,
determinação judicial fixada em sentença já transitada em julgado. MARCUS ABRAHAM
4. Agravo de Instrumento conhecido e improvido. Desembargador Federal
ACÓRDÃO Relator
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
recurso, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica
fazendo parte integrante do presente julgado. IV - APELACAO CIVEL 2011.51.01.002568-2
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. Nº CNJ :0002568-34.2011.4.02.5101
GUILHERME DIEFENTHAELER, RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Desembargador Federal – Relator. GUILHERME DIEFENTHAELER
/mpc APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
E OUTRO
ADVOGADO :GERSON DE CARVALHO FRAGOZO
E OUTROS
APELANTE :HENRIQUE ORICO
ADVOGADO :JACKSON SANTOS DE AMORIM
APELADO : OS MESMOS
EMBARGANTE : HENRIQUE ORICO
EMBARGADO : V. ACÓRDÃO DE FLS. 138/139

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (201151010025682)
JUIZ FEDERAL MAURO SOUZA
MARQUES DA COSTA BRAGA

EMENTA PREVINVEST no seu art. 35, resta claro na hipótese, que as


Os Embargos de Declaração não são a via hábil para a discussão do informações prestadas pela gerência da CEF não foram suficientes e
mérito da matéria impugnada. adequadas para esclarecer à Autora o tipo de negócio que estaria
ACÓRDÃO realizando.
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: 4. Sendo o caso de inversão do ônus probatório, caberia a CEF provar
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional que a intenção da Apelada era a realização de Plano de Previdência
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento aos Privada e não aplicação na Conta-poupança, estando presente o dever
Embargos de Declaração, nos termos do Voto do Relator, constante de informar suficiente sobre o produto a ser pactuado, o que
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. efetivamente não ocorreu.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. 5. Quanto à indenização a título de danos morais entende-se que se
GUILHERME DIEFENTHAELER, deve levar em conta as circunstâncias da causa, bem como a condição
Desembargador Federal – Relator. socioeconômica do ofendido e do ofensor, de modo que o valor a ser
/aro/ pago não constitua enriquecimento sem causa da vítima, merecendo ser
reduzida a quantia indenizatória de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para
R$ 2.000,00 (dois mil reais).
6. Apelação parcialmente provida.
ACÓRDÃO
IV - APELACAO CIVEL 560432 2011.51.01.011857-0 Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Nº CNJ :0011857-88.2011.4.02.5101 Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
RELATOR :DESEMBARGADOR FED. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar parcial provimento ao
GUILHERME DIEFENTHAELER recurso, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica
APELANTE :CAIXA VIDA E PREVIDENCIA S/A fazendo parte integrante do presente julgado.
ADVOGADO :GUSTAVO MIRANDA DA SILVA E Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
OUTROS GUILHERME DIEFENTHAELER,
APELADO :HILDA DE OLIVEIRA E SILVA Desembargador Federal – Relator.
ADVOGADO :ISAAC RODRIGUES E OUTRO /lvl.
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (201151010118570)
JUIZ FEDERAL TITULAR MAURO
LUIS ROCHA LOPES
IV - APELACAO CIVEL 2011.50.01.012761-0
EMENTA Nº CNJ :0012761-20.2011.4.02.5001
CIVIL. CONTRATO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. INSTITUIÇÃO RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
BANCÁRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. GUILHERME DIEFENTHAELER
APLICABILIDADE DA LEI 8.078/90. DEVER DE INFORMAR APELANTE :EDIO RODRIGUES E OUTRO
INSUFICIENTE. ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO. ADVOGADO :BRUNA LYRA DUQUE E OUTROS
REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO DE DANO APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
MORAL. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. ADVOGADO :RODRIGO SALES DOS SANTOS E
1. Entende-se que a Lei nº 8.078/90 se aplica à questão, conforme OUTROS
Súmula nº 297 do STJ, sendo a responsabilidade contratual da ORIGEM :3ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
instituição financeira objetiva, na forma do seu art. 14. VITÓRIA/ES (201150010127610)
2. A Apelada se vinculou a um plano de previdência privada Previnvest JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO PAULO
VGBL em 14/04/11, com o objetivo de movimentar o dinheiro GONÇALVES DE OLIVEIRA FILHO
depositado em 22/03/10 decorrente de pensão civil recebida pela morte
do seu pai no valor de R$ 209.526,07 (duzentos e nove mil, quinhentos EMENTA
e vinte e seis reais e sete centavos). Alega que a CEF, aproveitando-se ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
de sua inexperiência, induziu-a fazer a referida aplicação, sendo que INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR. ARTIGO
somente mais tarde percebeu seu desinteresse com a mesma, já que 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IMÓVEIS. SFH.
possui idade avançada. RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS. MERA RECUSA NO
3. É notório diante das circunstâncias fáticas, restando por irrazoável CUMPRIMENTO DO CONTRATO. DANO MORAL.
que a Apelada com idade superior a 81 (oitenta e um) anos tivesse a INOCORRÊNCIA. HONORÁRIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA.
intenção de realizar um plano de previdência privada para ela própria, DECISÃO MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
que se caracteriza por um investimento a longo prazo, com um período DESPROVIMENTO DO RECURSO.
mínimo de resgate. O erro quanto ao negócio realizado, se materializa 1. As decisões monocráticas, fulcradas no art. 557 do CPC, tem por
em sua insatisfação quando 12 (doze) dias após o pactuado, em primado maior a economia e a celeridade processuais, não agredindo
26/04/11 mediante carta enviada a seus prepostos, explicando o princípios constitucionais nem suprimindo o direito de recorrer,
equívoco objetivou seu desfazimento. Embora presente a informação porquanto o parágrafo único do mesmo art. 557, agravo do ato que
acerca da carência para o primeiro resgate no período de 12 (doze) indefere o recurso, cumpre o mandamento constitucional que assegura
meses na proposta de inscrição e no Regulamento dos planos aos litigantes amplitude de defesa.
2. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
expedidas na decisão agravada, as quais me reporto.
3. Muito embora o Superior Tribunal de Justiça tenha firmado
posicionamento no sentido de que os contratos de financiamento

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imobiliário são amparados pelo Código de Defesa do Consumidor, o
art. 42, parágrafo único, do CDC somente é aplicável nas hipóteses em
que há prova de que o credor agiu com má-fé nos contratos firmados
no âmbito do SFH, não sendo a hipótese do caso em apreço.
4. A recusa no cumprimento do contrato por parte da CEF possui
respaldo na interpretação da legislação que rege a matéria e, por si só, é Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
incapaz produzir qualquer espécie de lesão de conteúdo imaterial, não recurso, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica
havendo nos autos evidências de algum dano causado aos Autores em fazendo parte integrante do presente julgado.
consequência da recusa da Empresa Pública. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
5. Lide que revela a ocorrência de sucumbência recíproca, eis que as GUILHERME DIEFENTHAELER,
partes restaram vencidas e vencedoras, descabendo, portanto, a Desembargador Federal – Relator.
condenação ao pagamento de honorários advocatícios, a teor do art. 21, /mpc
do Código de Processo Civil, já que devem ser compensados os ônus
entre os litigantes.
6. Agravo Interno improvido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: BOLETIM: 137445
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante IV - APELACAO CIVEL 1994.51.01.012908-6
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. Nº CNJ :0012908-33.1994.4.02.5101
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER, MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal – Relator. APELANTE :UNIAO FEDERAL
APELADO :PAULO SERGIO TEIXEIRA DE
CARVALHO E OUTROS
ADVOGADO :RODRIGO BOUERI FILGUEIRAS
LIMA
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.013956-2 ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DO RIO
Nº CNJ :0013956-71.2012.4.02.0000 DE JANEIRO (9400129084)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER EMENTA
AGRAVANTE :PRISCILA VIDAL BORJA DE ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO – PAGAMENTO DE
ALMEIDA ATRASADOS - JUROS DE MORA – 1% AO MÊS – AÇÃO DE
ADVOGADO :ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTRO CONHECIMENTO AJUIZADA ANTES DA EDIÇÃO DA MP Nº
AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF 2.180-35/2001 – INCIDÊNCIA – LEI Nº 11.960/2009 – EFICÁCIA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO IMEDIATA – ENTENDIMENTO DO STF – RECURSO
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL PARCIALMENTE PROVIDO.
DO RIO DE JANEIRO 1 - Os vencimentos dos servidores públicos são créditos de natureza
(201251010012254) alimentar e, por esta razão, incidem juros moratórios no percentual de
JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA 1% (um por cento) ao mês nos débitos decorrentes de complementação
MARCELI MARIA CARVALHO de salários, aplicando-se à espécie o Decreto-Lei nº 2.322/87.
SIQUEIRA Precedentes: AgRg no AgRg no REsp nº 929.339/SP – Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura – DJe de 22-11-2010; AgRg no REsp nº
EMENTA 1.114.804/RS – Rel. Min. Felix Fischer – DJe de 16-11-2009; AgRg no
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA REsp nº 914.138/RS – Rel. Min. Jane Silva (Desemb. Conv. Do
ANTECIPADA. AUSÊNCIA DE PROVA INEQUÍVOCA DAS TJ/MG) – DJe de 22-04-2008.
ALEGAÇÕES. DESPROVIMENTO DO RECURSO. 2 - Na linha de entendimento do eg. STF, a matéria referente aos juros
1. Esta Corte tem deliberado que apenas em casos de decisão é processual, cuja eficácia é imediata, alcançando, desta forma, os
teratológica, fora da razoabilidade jurídica, ou quando o ato se processos pendentes.
apresenta flagrantemente ilegal, ilegítimo e abusivo, justificaria a 3 - Aplicam-se os juros de mora, a contar da citação, no percentual de
reforma pelo órgão ad quem, em Agravo de Instrumento, a fim de 1% (um por cento) ao mês, até a entrada em vigor da MP nº
conceder a antecipação dos efeitos da tutela. 2.180-35/2001, que incluiu o art. 1º-F à Lei nº 9.494/97, quando então
2. Hipótese em que a Agravante objetiva a nulidade da consolidação de os juros de mora deverão observar o percentual de 0,5% (meio por
propriedade de imóvel financiado sob as regras da Lei nº 9.514/97, cento) ao mês, na forma deste dispositivo legal, até 29-06-2009, e, a
restando ausente o requisito do fumus boni iuris, vez que a juntada do partir daí, deverão incidir os índices de remuneração básica e juros
processo administrativo de adjudicação do imóvel pela Agravada seria aplicados à caderneta de poupança, nos termos do art. 1º-F da Lei nº
fundamental para aferir se houve ou não a intimação prevista no art. 26 9.494/97, com a redação alterada pela Lei nº 11.960/2009.
da Lei 9.514/97, não havendo ainda presunção de boa-fé em favor da 4 – Recurso parcialmente provido. Sentença reformada, em parte.
Demandante, uma vez que a mesma permaneceu anos sem pagar. ACÓRDÃO
3. Agravo de Instrumento conhecido e improvido. Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas:
ACÓRDÃO Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: 2ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento à apelação, nos
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional termos do relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Custas, como de lei.
Rio de Janeiro, de dezembro de 2012 (data do julgamento).
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal

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Relator

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2004.51.02.004287-8 IMPROVIDO.


Nº CNJ :0004287-92.2004.4.02.5102 1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
GUILHERME DIEFENTHAELER expendidas na decisão agravada.
APELANTE :UNIAO FEDERAL 2. Objetiva a Autora a condenação da Ré ao pagamento das parcelas de
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO sua pensão militar referentes ao período de julho de 1996, data em que
SOCIAL - INSS sua genitora renunciou ao direito ao pensionamento em seu favor,
PROCURADOR :ELVIRA REBELLO conforme consta do Título de Pensão Militar, até à data em que se
APELADO :ARNALDO BATISTA BIGNON E iniciou efetivamente o pagamento do benefício, em julho de 1997, fato
OUTROS não contestado pela Ré.
ADVOGADO :HELIO BIZZO DA COSTA 3. Decorreu menos de cinco anos entre a data do início do pagamento
REMETENTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE da pensão (abril de 1997), quando a Autora teve conhecimento do não
EMBARGANTE : NITEROI-RJ pagamento dos atrasados, e o primeiro protocolo dos requerimentos
EMBARGADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO administrativos formulados visando o pagamento dessas parcelas, em
SOCIAL – INSS 21/02/2002, sendo certo que restou suspenso o curso do prazo
V. ACÓRDÃO DE FLS. 159/160 prescricional, com a formulação do requerimento administrativo, nos
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE termos do art. 4º do Decreto-Lei 20.910/32,
NITERÓI (200451020042878) 4. Verifica-se que, de 24/06/2002, data do último protocolo juntado aos
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO LUIZ autos até o ajuizamento da presente ação, em 14/07/2006, não decorreu
CLEMENTE PEREIRA FILHO o prazo prescricional quinquenal a que se refere à Súmula nº 85 do
STJ. Em verdade, o prazo prescricional para requerer atrasados foi
EMENTA interrompido com a interposição dos processos administrativos, a partir
Os Embargos de Declaração não são a via hábil para a discussão do de 21/02/2002, e não voltou a correr, por não ter sido neles proferida
mérito da matéria impugnada. decisão administrativa, não se verificando a prescrição de qualquer
ACÓRDÃO parcela.
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: 5. O direito ao benefício de pensão não se perfaz com o registro do
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional mesmo no Tribunal de Contas da União, mero órgão de controle
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento aos externo, cuja função consiste apenas em fiscalizar a legalidade do ato
Embargos de Declaração, nos termos do Voto do Relator, constante administrativo. Não possuindo tal ato caráter constitutivo, mas de mera
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. fiscalização, nada impede que sejam pagos não só o valor da pensão,
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. mas, também, os respectivos atrasados, que igualmente não dependem
GUILHERME DIEFENTHAELER, de análise daquele Órgão para sua concessão.
Desembargador Federal – Relator. 6. Agravo Interno improvido.
/aro/ ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.013806-7 dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Nº CNJ :0013806-26.2006.4.02.5101 Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME DIEFENTHAELER,
GUILHERME DIEFENTHAELER Desembargador Federal – Relator.
APELANTE :SUELI TEREZA MURTA RIBEIRO /aro/
ADVOGADO :MARCO ANTONIO HURTADO E
OUTRO
APELADO :UNIAO FEDERAL
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO IV - APELACAO CIVEL 510363 2007.51.06.001450-0
(200651010138067) Nº CNJ :0001450-47.2007.4.02.5106
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO JOSÉ RELATOR :DESEMBARGADOR FED.
CARLOS ZEBULUM GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :MARINA MARCOLONGO DE SOUSA
EMENTA ADVOGADO :OSMAR CASTRO FILHO
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MILITAR. AGRAVO APELADO :UNIAO FEDERAL
INTERNO. PENSÃO. PAGAMENTO DOS ATRASADOS. ORIGEM :1A. VARA JUSTIÇA FEDERAL -
PRESCRIÇÃO. INEXISTÊNCIA. PRÉVIO REGISTRO NO PETROPOLIS/RJ (200751060014500)
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. DESNECESSIDADE. JUIZ FEDERAL MARCELO BRETAS
MERO ÓRGÃO DE CONTROLE EXTERNO. DECISÃO MANTIDA
PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO EMENTA
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
GRATIFICAÇÕES. GDASST. GDASS. CITRA PETITA.
SENTENÇA ANULADA. REMESSA NECESSÁRIA
PARCIALMENTE PROVIDA E APELAÇÃO PREJUDICADA.
1. A sentença apresenta-se incompleta, não resolvendo todos os

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pedidos formulados na exordial, o que se traduz em erro in
procedendo e constitui questão de ordem pública.
2. O Juízo a quo, ao proferir a sentença, somente apreciou o pedido de
equiparação de gratificação quanto à GDATA, incorrendo, assim, em
julgamento citra petita, na medida em que não se manifestou sobre as
demais gratificações expostas na exordial, quais sejam GDASST e 4. Recurso não conhecido.
GDASS.
3. Este julgou procedentes os pedidos de equiparação de ativos e ACÓRDÃO
inativos, no que toca à GDATA no percentual de 10 pontos para o Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
período de 28/08/02 até último ciclo de avaliação, bem como ao Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
correspondente de 60 pontos a partir desta avaliação até junho de 2006. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em não conhecer o recurso, nos
Outrossim, à GDPGTAS no correspondente a 80%, a partir de julho de termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica fazendo
2006 até junho de 2008, bem como à GDPGPE no equivalente a 80% a parte integrante do presente julgado.
partir de janeiro de 2009. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
4. Resta evidenciada a afronta aos arts. 128 e 460 do CPC e impõe-se o GUILHERME DIEFENTHAELER,
reconhecimento da nulidade processual, nos termos previstos do art. Desembargador Federal – Relator.
267, § 3º e do art. 301, § 4º do CPC. /lvl.
5. Remessa Necessária parcialmente provida e recurso prejudicado.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar parcial provimento à IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 472767
Remessa Necessária e julgar prejudicado o recurso, nos termos do 2007.51.01.013739-0
Voto do Relator, constante dos autos e que fica fazendo parte Nº CNJ :0013739-27.2007.4.02.5101
integrante do presente julgado. RELATOR :DESEMBARGADOR FED.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. GUILHERME DIEFENTHAELER
GUILHERME DIEFENTHAELER, APELANTE :IVAN CALDAS MARINS E OUTROS
Desembargador Federal – Relator. ADVOGADO :PAULO GUSTAVO LOUREIRO
/lvl. OURICURI E OUTROS
APELADO :UNIAO FEDERAL
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 12A VARA-RJ
ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
IV - APELACAO CIVEL 454463 2007.51.10.006976-2 (200751010137390)
Nº CNJ :0006976-80.2007.4.02.5110 JUIZA FEDERAL SUBSTITUTA
RELATOR :DESEMBARGADOR FED. CLEYDE MUNIZ DA SILVA
GUILHERME DIEFENTHAELER CARVALHO
APELANTE :DEMERVAL BARROS DE SOUZA
ADVOGADO :ZULEIKA ROCHA REZENDE E EMENTA
OUTROS ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PLURALIDADE DE
APELADO :UNIAO FEDERAL AUTORES. GRATIFICAÇÕES. GDATA. GDASST. PRESCRIÇÃO
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO PARCELAS ANTERIORES. EXTENSÃO DE PORCENTAGEM
JOÃO DE MERITI (200751100069762) AOS INATIVOS. POSSIBILIDADE. CARÁTER GENÉRICO E
JUIZ FEDERAL TITULAR VLADIMIR NÃO PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES DO STF.
SANTOS VITOVSKY APELAÇÃO E REMESSA NECESSÁRIA DESPROVIDAS.
1. Inicialmente, quanto aos Autores Ivan Caldas Marins e Junia
EMENTA Machado Peixoto, mantém-se a extinção sem resolução de mérito da r.
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. COISA JULGADA. sentença, ante o ofício expedido pelo Inca, na qual informa que ambos
RAZÕES DISSOCIADAS. RECURSO NÃO CONHECIDO. possuem plano de carreira diverso do pleiteado, percebendo proventos
1. O presente recurso não merece admissibilidade, pois seus da Gratificação de Desempenho de Atividade em Ciência e Tecnologia
fundamentos não guardam sintonia com a matéria impugnada, sendo, – GDACT.
pois, ausente às razões do seu inconformismo. 2. A prescrição incide apenas sobre as parcelas anteriores a cinco anos
2. O exame dos autos revela que o recurso ora interposto possui razões do ajuizamento da ação, conforme Súmula 85 do STJ.
dissociadas da decisão hostilizada, vez que o decisum impugnado 3. A GDATA - Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-
julgou extinto o feito sem apreciação do mérito em razão do Administrativa era paga ao servidor público federal ativo, em razão de
reconhecimento da existência do fenômeno da coisa julgada, ante determinado desempenho individual no exercício de cargo público
sentença proferida pelo 2º Juizado Especial Federal de Nova Iguaçu, efetivo. O STF, no julgamento do RE nº 476.279/DF, entendeu que,
nos autos do processo nº 20075170004196-9, e que restou confirmada durante os períodos de fevereiro a maio de 2002 e de maio de 2004 até
pela 2ª Turma Recursal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro. A a chamada “conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação” (art. 1º
insurgência recursal trata, exclusivamente, da suposta paridade entre da Lei nº 10.971/2004), a GDATA se transformou em gratificação
ativos e inativos no que toca às gratificações GDATA e GDPGTAS. geral, em sua totalidade, pelo que deveria ser estendida aos inativos (ou
3. O recurso manejado carece de pressuposto de admissibilidade, vez pensionistas), que, nos termos do art. 7º da EC nº 41/2003, têm direito
que não contém os fundamentos de fato e de direito, tal como exige o adquirido à percepção das vantagens e benefícios concedidos aos
art. 514, II, do CPC. servidores em atividade, garantindo o pagamento de valores
equivalentes a 60 pontos (e não 30) a partir de 1º de maio de 2004, pois
a MP nº 198/04 atribui efeitos financeiros retroativos àquela data (art.
3º, parágrafo único) devido à ausência de regulamentação. Assim, os
Autores Paulo Antônio Ouricuri e Aluce Loureiro Ouricuri fazem jus
ao seu recebimento.

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4. A GDASST - Gratificação de Desempenho de Atividade da
Seguridade Social e do Trabalho com a entrada em vigor da Lei
10.971/2004, passou a ser paga indistintamente a todos os servidores
da ativa, no valor equivalente a 60 (sessenta) pontos, até a edição a
edição da Lei 11.784/2008 que determinou a substituição da GDASST
pela GDPST, período pelo qual faz jus ao recebimento a Autora Marita Federal da 2ª Região, por maioria, conhecer da remessa necessária e da
Cutrim da Cunha Tomassini. apelação da União Federal, declarar a incompetência da Justiça Federal
5. Apelação e Remessa Necessária desprovidas. para o presente mandamus, bem como a nulidade da sentença de fls.
ACÓRDÃO 242/246, e determinar a remessa dos autos ao Tribunal Regional do
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: Trabalho da 1ª Região, restando prejudicada a apreciação da remessa e
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional do recurso interposto, na forma do voto do Relator.
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao Rio de Janeiro, de de 2012
recurso e à Remessa Necessária, nos termos do Voto do Relator, MARCELO PEREIRA DA SILVA
constante dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente Juiz Federal Convocado
julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/lvl. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2008.51.01.021719-5
Nº CNJ :0021719-88.2008.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MARCUS ABRAHAM
APELANTE :UNIAO FEDERAL
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 436028 APELADO :CELCINA FERREIRA GOMES
2008.51.01.015600-5 ADVOGADO :JOSE AUGUSTO CARNEIRO E
Nº CNJ :0015600-14.2008.4.02.5101 OUTRO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO APELADO :JORGE PEREIRA DA CRUZ
MARCELO PEREIRA DA SILVA ADVOGADO :MARIA LIBERATA BARBOSA E
APELANTE :UNIAO FEDERAL OUTRO
APELADO :ELEN BATISTA LINS REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ
ADVOGADO :ABEL LIMA DE OLIVEIRA ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 26A VARA-RJ DO RIO DE JANEIRO
ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL (200851010217195)
DO RIO DE JANEIRO
(200851010156005) EMENTA
ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO –
EMENTA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-
MANDADO DE SEGURANÇA. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA ADMINISTRATIVA - GDATA – EXTENSÃO A INATIVOS –
NECESSÁRIA. CONCURSO PARA PREENCHIMENTO DE POSSIBILIDADE – PRECEDENTES DO STF - RECURSO
CARGOS DE SERVIDOR PÚBLICO. TRIBUNAL REGIONAL DO PROVIDO E REMESSA NECESSÁRIA PARCIALMENTE
TRABALHO. CRITÉRIO DE CORREÇÃO DE PROVA PROVIDA.
DISCURSIVA. NOTA DE CORTE. EDITAL EXPEDIDO POR 1 - Na linha do entendimento do Pleno do Supremo Tribunal Federal, é
PRESIDENTE DO TRT DA 1ª REGIÃO. INCOMPETÊNCIA DA cabível a extensão da GDATA aos servidores públicos inativos, nos
JUSTIÇA FEDERAL. LC Nº 35/79. períodos em que foi transformada em gratificação de caráter geral,
I- Nos termos art. 21, inciso VI da Lei Complementar nº 35/79, tendo sido paga a todos os servidores ativos, no mesmo patamar.
compete aos Tribunais, privativamente, “julgar, originariamente, os 2 - A GDATA teve caráter geral no período de fevereiro a maio de
mandados de segurança contra seus atos, os dos respectivos 2002 e a partir de maio de 2004. Com a edição do Decreto nº 4.247/02,
Presidentes e os de suas Câmaras, Turmas ou Seções”. que regulamentou a GDATA, em junho de 2002, esta deixou de ser
II- Falece competência à Justiça Federal comum para apreciar geral, passando a ser possível a avaliação dos servidores ativos, razão
mandado de segurança impetrado contra ato emanado pelo Presidente por que nesse período deve ser aplicada a pontuação de 10 pontos
de Tribunal Regional do Trabalho. Precedentes do STJ e dos Tribunais como determina o art. 5º, II, da Lei 10.404/2002.
Regionais Federais. 3 – Em recente julgamento, o e. STF reafirmou a jurisprudência
III- O reconhecimento da incompetência do Juízo para o feito não dominante sobre a matéria, reconhecendo a repercussão geral da
invalida a medida liminar deferida para evitar dano irreparável à parte, questão constitucional suscitada nos autos do RE nº 631880, que trata
ante a configuração do periculum in mora, tendo em vista o poder geral de caso análogo ao dos presentes autos.
de cautela do Juízo (art. 798, CPC), cabendo ao TRT da 1ª Região 4 – Deve ser observada a compensação de valores pagos a mesmo
apreciar sua convalidação. título administrativamente.
IV- Remessa necessária e apelação da União Federal conhecidas. 5 – Recurso provido e remessa necessária parcialmente provida.
Sentença declarada nula e determinada a remessa dos autos ao TRT da Sentença parcialmente reformada.
1ª Região, restando prejudicado o exame de mérito da remessa e do ACÓRDÃO
recurso. Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas:
ACÓRDÃO Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao recurso e parcial
Acordam os membros da 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional provimento à remessa necessária, nos termos do relatório e voto
constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Custas, como de lei.
Rio de Janeiro, de dezembro de 2012 (data do julgamento).
MARCUS ABRAHAM

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Desembargador Federal
Relator

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.51.01.009689-0


Nº CNJ :0009689-84.2009.4.02.5101 IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 527557
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL 2010.51.01.001928-8
GUILHERME DIEFENTHAELER Nº CNJ :0001928-65.2010.4.02.5101
APELANTE :UNIAO FEDERAL RELATOR :DESEMBARGADOR FED.
APELADO :JOAO DE DEUS SANTOS JUNIOR GUILHERME DIEFENTHAELER
ADVOGADO :FABIO LUCIANO DE ALMEIDA E APELANTE :ADALBERTO DA SILVA CARNEIRO
SILVA E OUTROS ADVOGADO :GIORGIA ENRIETTI BIN BOCHENEK
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 3A VARA-RJ E OUTROS
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DO RIO APELANTE :UNIAO FEDERAL
DE JANEIRO (200951010096890) APELADO :OS MESMOS
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO FÁBIO REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 10A VARA-RJ
CESAR DOS SANTOS OLIVEIRA ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (201051010019288)
EMENTA JUIZ FEDERAL ALBERTO NOGUEIRA
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO. SERVIÇO MILITAR JÚNIOR
OBRIGATÓRIO. DISPENSA POR EXCESSO DE CONTINGENTE.
INAPLICABILIDADE DA LEI 12.336/2010. PROFISSIONAL DA EMENTA
ÁREA DE SAÚDE. CONVOCAÇÃO POSTERIOR. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÕES.
IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA PELOS SEUS GDFFA. PRESCRIÇÃO PARCELAS ANTERIORES. EXTENSÃO
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO. DE PORCENTAGEM AOS INATIVOS. POSSIBILIDADE.
1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o CARÁTER GENÉRICO E NÃO PRO LABORE FACIENDO.
entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões PRECEDENTES DO STF. APELAÇÃO DA UNIÃO E REMESSA
expendidas na decisão agravada. NECESSÁRIA DESPROVIDAS E APELAÇÃO DA PARTE
2. Objetiva o Impetrante, graduado em Medicina, obtenção da ordem AUTORA PARCIALMENTE PROVIDA.
que o dispense definitivamente do serviço militar obrigatório, em 1. A prescrição incide apenas sobre as parcelas anteriores a cinco anos
razão de ser detentor de Certificado de Dispensa de Incorporação, por do ajuizamento da ação, conforme Súmula 85 do STJ.
excesso de contingente. 2. A GDFFA - Gratificação de Desempenho de Atividade de
3. O Superior Tribunal de Justiça, sob a sistemática do art. 543-C, do Fiscalização Agropecuária foi disciplinada pela Lei 11.784/2008 que,
CPC (recurso repetitivo), consolidou o entendimento no sentido de que reestruturando o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo garantiu
antes de 26 de outubro de 2010, data em que entrou em vigor a Lei nº aos servidores ativos o direito ao recebimento da GDFFA calculada
12.336, que alterou o art. 4º da Lei nº 5.292/1967, os estudantes de com base em 80 (oitenta) pontos até que fossem fixados os critérios de
Medicina, Farmácia, Odontologia ou Veterinária, dispensados por avaliação de desempenho, sendo assegurado igual direito aos inativos,
excesso de contingente, não estão sujeitos à prestação do serviço conforme se infere do art. 158 da Lei 11.784/2008. Esta gratificação foi
militar obrigatório, que era compulsório apenas para os que obtiveram regulamentada (Decreto nº 7.133/2010), sendo que, o primeiro ciclo de
o adiamento de incorporação em razão do estudo. avaliação de desempenho previsto para os servidores vinculados ao
4. No caso dos autos, o Impetrante foi dispensado do serviço militar Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será realizado
obrigatório, por excesso de contingente, em 31/10/2001 e, pela chefia imediata, tendo início a partir da data de publicação das
posteriomente, formou-se em Medicina em 28/06/2008. Apesar da metas globais de desempenho institucional, encerrando-se em 31 de
dispensa outrora concedida, foi novamente convocado para prestação outubro de 2010, conforme previsão no art. 8º, §3º da Portaria nº 1.031
do serviço militar obrigatório. Diante da orientação jurisprudencial de 22/10/2010.
pacificada no âmbito do STJ, a qual afirma que “as alterações trazidas 3. Merece reforma a r. sentença, no que toca à condenação da União ao
pela Lei 12.336/2010 não se aplicam ao caso em tela”, conclui-se que pagamento de honorários advocatícios, pois verifica-se que a r.
deve ser garantida ao Impetrante a liberação definitiva do serviço sentença fixou a verba honorária em 10% sobre o valor da causa,
militar, com reinclusão no excesso de contingente. concernente ao total de R$ 3.530,00 (três mil, quinhentos e trinta
5. Agravo Interno improvido. reais). Considerando a sucumbência mínima da parte autora, este valor
ACÓRDÃO corresponde à porcentagem fixada; contudo, não está atualizado.
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: 4. Apelação da União e Remessa Necessária desprovidas e Apelação
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional da parte autora parcialmente provida.
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao ACÓRDÃO
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
GUILHERME DIEFENTHAELER, recurso da União e à Remessa Necessária e dar parcial provimento ao
Desembargador Federal – Relator. recurso da parte autora, nos termos do Voto do Relator, constante dos
/aro/ autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/lvl.

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IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.004143-9
Nº CNJ :0004143-14.2010.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MARCUS ABRAHAM
APELANTE :UNIAO FEDERAL julho/98, é fato que independe de prova, em cujo favor milita a
APELADO :ROSICLER DE CAMPOS PEIXOTO presunção legal de existência e veracidade, nos termos do art. 334, IV,
ADVOGADO :AUREA ROCHA TRES do CPC.
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL 3 - Cabe à apelante demonstrar de forma clara e induvidosa de que
DO RIO DE JANEIRO houve incorreção na Portaria MARE nº 2.179/98 que, porventura,
(201051010041439) tenha lhe causado prejuízo.
4 – Recurso desprovido. Sentença mantida.
EMENTA ACÓRDÃO
ADMINISTRATIVO – EMBARGOS À EXECUÇÃO – EXCESSO – Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas:
ATRASADOS – CÁLCULOS DO CONTADOR – PRESUNÇÃO DE Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
VERACIDADE – RECURSO DESPROVIDO. 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos
1 - A jurisprudência firmada nesta Corte é pacífica no sentido de que, do relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte
havendo divergência entre os cálculos apresentados, devem prevalecer integrante do presente julgado.
aqueles elaborados pelo Contador Judicial, mormente diante da Custas, como de lei.
presunção iuris tantum de imparcialidade e legalidade de que estes Rio de Janeiro, de dezembro de 2012 (data do julgamento).
gozam. MARCUS ABRAHAM
2 - Eventuais diferenças já creditadas administrativamente sob o Desembargador Federal
mesmo título deverão ser compensadas na fase de liquidação de Relator
sentença, já que não se pode admitir o recebimento em duplicidade,
sob pena de enriquecimento ilícito.
3 – Recurso desprovido. Sentença confirmada.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas: IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.01.006466-3
Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da Nº CNJ :0006466-55.2011.4.02.5101
2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
do relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte GUILHERME DIEFENTHAELER
integrante do presente julgado. APELANTE :UNIAO FEDERAL
Custas, como de lei. APELADO :BRUNO DE ALMEIDA PEREIRA
Rio de Janeiro, de dezembro de 2012 (data do julgamento). ADVOGADO :JOAO CARLOS DE FIGUEIREDO
MARCUS ABRAHAM ROCHA
Desembargador Federal REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 26A VARA-RJ
Relator ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(201151010064663)
JUÍZA FEDERAL FRANA ELIZABETH
MENDES
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.011693-2
Nº CNJ :0011693-60.2010.4.02.5101 EMENTA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
MARCUS ABRAHAM INTERNO. SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO. CONCLUSÃO
APELANTE :ESTHER CARVALHO DA COSTA DE TEMPO DE SERVIÇO. INQUÉRITO POLICIAL MILITAR.
COURE ART. 31 E 33 DA LEI 4.375/64. PEDIDO DE LICENCIAMENTO.
ADVOGADO :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO INDEFERIMENTO. ILEGALIDADE. ART. 5, CAPUT, E INCISOS
APELADO :UNIÃO FEDERAL II E XIII DA CRFB. DECISÃO MANTIDA PELOS SEUS
ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO.
RIO DE JANEIRO (201051010116932) 1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
EMENTA expendidas na decisão agravada.
ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO – REAJUSTE DE 2. In casu, o Autor, incorporado à Marinha do Brasil para prestação do
28,86% – OBRIGAÇÃO DE FAZER – MP Nº 1.704/98 - Serviço Militar Obrigatório, encontrava-se sub judice, perante a Justiça
PRESUNÇÃO DE CUMPRIMENTO PELA UNIÃO FEDERAL - Militar, à época em que deveria ter se dado seu licenciamento, razão
ÔNUS DA PROVA - RECURSO DESPROVIDO. pela qual a Autoridade Militar entendeu pela sua permanência, de
1 - A partir de julho de 1998, todos os servidores federais civis tiveram forma compulsória, no SAM, na condição de Recruta, patente em que
incorporado em seus vencimentos o reajuste de 28,86%, compensando- permaneceu por 39 meses até o trânsito em julgado da sentença que o
se o eventualmente já percebido em 1993. absolveu, quando finalmente foi licenciado.
2 - A implementação do reajuste de 28,86% para os servidores civis 3. A interpretação do comando do art. 31 da Lei nº 4.375/64 não
federais em razão do imposto pela Lei nº 8.627/93 e por força da conduz ao entendimento de que o Praça que responde a processo
extensão das diferenças residuais pela MP nº 1.704/98, regulamentada criminal junto ao Foro Militar deva permanecer incorporado, ou seja,
pelo Decreto nº 2.693/98 e pela Portaria MARE nº 2.179/98, a partir de que se encontraria impedido de desligar-se da corporação findo o prazo
de sua convocação.
4. Após o período de prestação do Serviço Militar Obrigatório (12
meses), o incorporado será licenciado ex officio, só permanecendo no
SAM mediante requerimento nesse sentido e dependendo da
conveniência da Força Militar.

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5. A retenção do militar temporário, após cumprido o tempo de Serviço
Militar Obrigatório, constitui violação ao direito da liberdade de ir e
vir e do livre e exercício de trabalho ou profissão, nos termos do art. 5º,
caput, e incisos II e XIII, da Constituição Federal.
6. Agravo Interno improvido.
ACÓRDÃO incorporação dos brasileiros concluintes dos cursos de Medicina,
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: Farmácia, Odontologia e Veterinária, assumiu, nitidamente, contornos
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional de precariedade, ante a possibilidade de a Administração revogá-lo,
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao ainda que implicitamente, emitindo novo ato aos mesmos destinatários
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante (convocação), incompatível, a toda evidência, com o anterior
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. (dispensa).
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. Agravo retido não conhecido. Apelação e remessa necessária
GUILHERME DIEFENTHAELER, desprovidas. Sentença confirmada.
Desembargador Federal – Relator. ACÓRDÃO
/aro/ Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2a Região, por unanimidade, não conhecer do agravo retido
e negar provimento à apelação e à remessa necessária, na forma do
Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado.
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.01.000869-0 Rio de Janeiro, de dezembro de 2012.
Nº CNJ :0000869-71.2012.4.02.5101 MARCUS ABRAHAM
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Desembargador Federal
MARCUS ABRAHAM Relator
APELANTE :UNIAO FEDERAL
APELADO :EDUARDO DANIEL FERREIRA
ADVOGADO :GUILHERME VAZ PORTO
BRECHUHLER
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 2A VARA-RJ IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.01.001672-7
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO Nº CNJ :0001672-54.2012.4.02.5101
DE JANEIRO (201251010008690) RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MARCUS ABRAHAM
EMENTA APELANTE :UNIAO FEDERAL
ADMINISTRATIVO - MILITAR - SERVIÇO MILITAR APELADO :IRENE BAPTISTA DE ALLELUIA
OBRIGATÓRIO - DISPENSA POR EXCESSO DE CONTINGENTE ADVOGADO :PEDRO HENRIQUE ALVES SANTANA
OU POR RESIDIR EM MUNICÍPIO NÃO TRIBUTÁRIO – REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ
TÉRMINO DO CURSO DE MEDICINA - NOVA CONVOCAÇÃO – ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
IMPOSSIBILIDADE – LEI 12.336/2010 – INAPLICABILIDADE – JANEIRO (201251010016727)
AGRAVO RETIDO – NÃO CONHECIMENTO.
Não se conhece de agravo retido, na forma do artigo 523, § 1º, do EMENTA
Código de Processo Civil, se não foi reiterada sua apreciação por este ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – SERVIDOR
Tribunal. Em se tratando de decisão liminar ou antecipatória da tutela, PÚBLICO - LICENÇA-PRÊMIO NÃO GOZADA – CONVERSÃO
o agravo contra elas interposto deve ser, obrigatoriamente, de EM PECÚNIA – POSSIBILIDADE – HONORÁRIOS – REDUÇÃO
instrumento, uma vez que, dada a urgência dessas medidas e os – ART. 20, § 4º, DO CPC - REMESSA NECESSÁRIA E RECURSO
sensíveis efeitos produzidos na esfera de direitos e interesses das PARCIALMENTE PROVIDOS.
partes, não haveria interesse em se aguardar o julgamento da apelação. 1 - A questão encontra-se pacificada no âmbito do e. Superior Tribunal
Nesse sentido: RMS 31.445/AL, Relatora Ministra Nancy Andrighi, de Justiça no sentido de que é devida a conversão em pecúnia da
Terceira Turma, DJe 03/02/2012. licença-prêmio não gozada e não contada em dobro, na ocasião da
É vedada a nova convocação de profissionais da área de saúde que aposentadoria do servidor, sob pena de indevido enriquecimento por
tenham sido anteriormente dispensados do serviço militar por excesso parte da Administração Pública. Precedentes: AgRg no RMS nº
de contingente ou por residirem em município não tributário, na linha 36.767/RN – Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES – DJe de
de precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 25-09-2012; AgRg no Ag nº 1.404.779/RS – Rel. Min. TEORI
Nas hipóteses de dispensa do serviço militar obrigatório, por excesso ALBINO ZAVASCKI – DJe de 25-04-2012.
de contingente ou por residir em município não tributário, 2 – Redução dos honorários advocatícios, eis que, na hipótese, a
anteriormente à vigência da Lei nº 12.336/2010, não se aplicam os matéria encontra-se amplamente pacificada pelo e. STJ, devendo ser
preceitos nela estabelecidos. Precedentes: STJ - REsp nº fixados em 5% sobre o valor da Condenação, nos termos do disposto
1.186.513/RS – Primeira Seção - Rel. Min. Herman Benjamin - Julg. no art. 20, § 4º, do CPC.
14/03/2011– Julg. 14/03/2011 – Pub. 29/04/2011; TRF2 - APELRE 3 – Remessa necessária e recurso parcialmente providos. Sentença
201251010018438 – Oitava Turma Especializada – Rel. reformada, em parte.
Desembargadora Federal Vera Lucia Lima – Data da decisão: ACÓRDÃO
10/10/2012 - DJF2R - Data::17/10/2012 - Página::314; e TRF2 – REO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas:
200851010008960 - , Quinta Turma – Rel. Desembargador Federal Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
RICARDO PERLINGEIRO - Decisão de 29/11/2011– DJ de 2ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso e à
07/12/2011. remessa necessária, nos termos do relatório e voto constantes dos
A partir da vigência da Lei nº 12.336/2010, o ato de dispensa de autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Custas, como de lei.
Rio de Janeiro, de dezembro de 2012 (data do julgamento).
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
Relator

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III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.014510-0


Nº CNJ :0014510-06.2012.4.02.0000 APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL NACIONAL
GUILHERME DIEFENTHAELER APELADO :BRAZILIAN FOOD S C LTDA
AGRAVANTE :OSVALDINO OLIVEIRA DA SILVA ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DE
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL EXECUÇÃO FISCAL - RJ (9800595201)
AGRAVADO :ESTADO DO RIO DE JANEIRO JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA
PROCURADOR :SEM PROCURADOR NATALIA TUPPER DOS SANTOS
AGRAVADO :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
PROCURADOR :SEM PROCURADOR EMENTA
ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.
DO RIO DE JANEIRO EXECUÇÃO FISCAL EM FACE DE PESSOA JURÍDICA EM
(201251010414095) PROCESSO DE FALÊNCIA. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO FÁBIO (ART. 40, DA LEI Nº 6.830/1980 C/C ART. 1º-A, DA LEI Nº
CÉSAR DOS SANTOS OLIVEIRA 9.783/1999). DECRETAÇÃO DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. LEI Nº
11.051/2004. NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO
EMENTA IMEDIATA. DISPENSÁVEL A INTIMAÇÃO DO CREDOR.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E SÚMULA Nº 314/STJ. ARQUIVAMENTO DO FEITO COM A
ADMINISTRATIVO. SUS. TRATAMENTO MÉDICO- ANUÊNCIA DA FAZENDA NACIONAL. EXECUÇÕES FISCAIS
HOSPITALAR. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. NÃO DE PEQUENO VALOR. ARQUIVAMENTO SEM BAIXA (ART.
INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. ANTECIPAÇÃO DE 20, §§ DA MP Nº 1.973-63/2000, CONVERTIDA NA LEI Nº
TUTELA. INVIABILIDADE. RECURSO PROVIDO 10.522/2002). PRAZO PRESCRICIONAL NÃO SUSPENSO.
1. A implementação de políticas de saúde pública compete ao Poder PRECEDENTE DO STJ SOB O REGIME DO ART. 543-C DO CPC
Executivo, através de seus governantes eleitos, que, de acordo com sua E DA RESOLUÇÃO Nº 08/2008. NÃO APRESENTADA CAUSA
dotação orçamentária, irão decidir acerca das medidas a serem DE INTERRUPÇÃO/SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL.
adotadas no tratamento mais adequado a ser dispensado àqueles que INEXISTÊNCIA DE PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS
recorrem à rede de saúde pública. FALIMENTAR. NÃO APLICAÇÃO DA NORMA DO ART. 5º DO
2. O delineamento dessas políticas é, em princípio, questão de caráter DL Nº 1.569/1977 À HIPÓTESE DOS AUTOS. APELAÇÃO
discricionário, razão pela qual não pode o Judiciário se imiscuir na IMPROVIDA.
esfera de competência do Poder Executivo, impondo que um Reconhecida a prescrição intercorrente com fulcro no art. 40, da Lei nº
determinado tratamento deva ser posto à disposição do Autor, 6.830/1980 c/c art. 1º-A, da Lei nº 9.783/1999.
minorando seu sofrimento e agravando, provavelmente, de outros. Também, incide na hipótese dos autos a Lei nº 11.051/2004, que
Inteligência do artigo 2º da Carta Política. acrescentou o § 4º, ao art. 40, da Lei nº 6.830/80, autorizando o seu
3. A ingerência do Poder Judiciário na atividade precípua do reconhecimento de ofício. Tratando-se de norma de natureza
Administrador Público, sob pretexto de garantir a observância do processual, alcança os processos em curso. Questão ratificada
direito à saúde, importa em violação ao Princípio da Isonomia. mediante as alterações introduzidas pela Lei nº 11.280/2006 (art. 219, §
4. Agravo improvido. Decisão de indeferimento de antecipação de 5º do CPC).
tutela mantida. A jurisprudência pátria tem se assentado no sentido de ser
ACÓRDÃO desnecessária a intimação do credor acerca da suspensão da execução,
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: quando inequívoco seu conhecimento sobre tal fato, bem como do seu
Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da arquivamento, decorrência automática do transcurso do prazo de um
2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo, nos termos ano de suspensão e termo inicial da prescrição (Súmula nº 314/STJ).
do Voto do Relator, constante dos autos e que fica fazendo parte Precedentes.
integrante do presente julgado. O arquivamento da presente Ação Executiva ocorreu em 26.08.2000,
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. com a anuência da própria Exequente/Fazenda Nacional. Decorridos
GUILHERME DIEFENTHAELER, mais de 11 (onze) anos sem que a mesma se manifestasse no feito, até
Desembargador Federal - Relator. ser intimada da prolação, em 29.06.2012, da r. sentença, quando
/gis/rwa interpôs seu recurso em 03.08.2012.
O arquivamento sem baixa das execuções fiscais de pequeno valor,
com fulcro no art. 20, e seus parágrafos, da MP nº 1.973-63/2000,
convertida na Lei nº 10.522/2002, não causa a suspensão do prazo
prescricional para a cobrança do débito. Neste ponto já está pacificada
BOLETIM: 137447 a jurisprudência pátria, mediante julgado do Colendo Superior Tribunal
de Justiça, submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução
nº 08/2008.
IV - APELACAO CIVEL 1998.51.01.059520-0 A presente ação executiva foi proposta em face de pessoa jurídica em
Nº CNJ :0059520-87.1998.4.02.5101 processo de falência, já declarada em 18.09.1995 (andamento
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL processual do TJ/RJ - Processo nº 0066990-44.1995.8.19.0001),
GUILHERME DIEFENTHAELER concluindo-se que tanto a inscrição em dívida ativa (28.08.1997),
quanto a interposição da presente ação executiva (03.06.1998),
ocorreram posteriormente ao início do processo falimentar da
Executada e a decretação da falência da mesma.
A decretação de falência não suspende o prazo prescricional para a
cobrança de crédito que não submete à habilitação perante o Juízo

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Falimentar (art. 4º, § 4º e art. 29, da Lei nº 6.830/80 c/c art. 186 do
CTN); e, de acordo com a Súmula nº 44, do extinto Tribunal Federal
de Recursos: “Ajuizada a execução fiscal posteriormente à decretação
da falência do devedor, a penhora para a garantia do juízo far-se-á no
rosto dos autos” - STJ, REsp 253146/RS, Rel. Ministro GARCIA
VIEIRA, Primeira Turma, julgado em 15/06/2000, DJ 14/08/2000, p. 4 – À vista da índole relativa das regras de competência aplicáveis para
153, unânime. Outros Precedentes do Eg. STJ e desta Eg. Corte. a determinação do foro, conclui-se como equivocada a declaração de
A norma do art. 5º, do Decreto-Lei nº 1.569/1977 não deve ser aplicada incompetência levada a efeito, ex officio, pelo Juízo Federal ao qual foi
nas suspensões de ações executivas fundadas no art. 20, da Lei nº dirigida a ação principal, vez que necessária e indispensável, para dito
10.522/2002, e das respectivas Medidas Provisórias, uma vez que a reconhecimento, a provocação da parte devedora por meio de exceção
situação fática do caso concreto é diversa daquela descrita na referida declinatória de foro, não oposta, aliás, in casu.
norma. Precedentes do Colendo STJ e desta Eg. Corte. 5 – Agravo interno provido.
Confirmada a ocorrência da prescrição intercorrente. ACÓRDÃO
Apelação improvida. Vistos e relatados os autos, em que são partes as acima indicadas:
ACÓRDÃO Decide a Egrégia Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: Federal da 2ª Região, por maioria, dar provimento ao agravo interno,
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional nos termos do voto do Desembargador Federal Marcus Abraham.
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento à Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2012. (data do julgamento).
Apelação, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que MARCUS ABRAHAM
fica fazendo parte integrante do presente julgado. Desembargador Federal
Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2012. Relator para acórdão
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/al/

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.008293-0


Nº CNJ :0008293-44.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.007844-5 GUILHERME DIEFENTHAELER
Nº CNJ :0007844-86.2012.4.02.0000 AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL NACIONAL
GUILHERME DIEFENTHAELER AGRAVADO :SUMARE EXPORTADORA DE SAL
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA LTDA
NACIONAL ADVOGADO :SEM ADVOGADO
AGRAVADO :CIAB CIA/ IMOBILIARIA ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO
ATLANTICA BRASILEIRA DA ALDEIA/RJ (200551080000601)
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO EMENTA
DA ALDEIA/RJ (200751080003611) AGRAVO INTERNO– EXECUÇÃO FISCAL – COMPETÊNCIA
TERRITORIAL – RELATIVA – FORO DE ELEIÇÃO – NÃO
EMENTA OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO – CONHECIMENTO DE OFÍCIO –
AGRAVO INTERNO– EXECUÇÃO FISCAL – COMPETÊNCIA IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA Nº 33/STJ.
TERRITORIAL – RELATIVA – FORO DE ELEIÇÃO – NÃO 1 – Agravo interno interposto em face da decisão monocrática de fls.
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO – CONHECIMENTO DE OFÍCIO – 70/73 que, com base no art. 557, do Código de Processo Civil, negou
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA Nº 33/STJ. seguimento ao presente agravo de instrumento, mantendo o decisum
1 – Agravo interno interposto em face da decisão monocrática de fls. que, em sede de execução fiscal, declinou, de ofício, da competência
110/113 que, com base no art. 557, do Código de Processo Civil, negou do Juízo e, em decorrência, determinou a remessa dos autos ao Juízo de
seguimento ao presente agravo de instrumento, mantendo a decisão Direito da Comarca de Cabo Frio – RJ, consoante o disposto no art.
proferida nos autos da execução fiscal 2007.51.08.000361-1, que 578 do CPC c/c art. 15 da Lei nº 5.010/66.
declinou, de ofício, da competência do Juízo e determinou a remessa 2 – A teor do art. 578 do CPC, a execução fiscal será proposta, em
dos autos ao Juízo de Direito da Comarca de Cabo Frio – RJ, consoante regra, no foro de domicílio do devedor, sendo certo que, no âmbito de
o disposto no art. 578 do CPC c/c art. 15 da Lei nº 5.010/66. competência jurisdicional da Justiça Federal, o foro constitui-se de uma
2 – A teor do art. 578 do CPC, a execução fiscal será proposta, em Seção Judiciária que, a seu turno, coincide com a extensão territorial de
regra, no foro de domicílio do devedor, sendo certo que, no âmbito de cada Estado Federado, nos termos do art. 110 da Constituição Federal.
competência jurisdicional da Justiça Federal, o foro constitui-se de uma 3 – Como, na hipótese, a fixação da competência regula-se,
Seção Judiciária que, a seu turno, coincide com a extensão territorial de fundamentalmente, pelo aspecto territorial do domicílio do devedor
cada Estado Federado, nos termos do art. 110 da Constituição Federal. fiscal, a aludida competência jurisdicional qualifica-se,
3 – Como, na hipótese, a fixação da competência regula-se, inequivocamente, como relativa, circunstância que, a teor da Súmula
fundamentalmente, pelo aspecto territorial do domicílio do devedor n.º 33 do E. STJ, veda ao magistrado da causa apreciar e declarar de
fiscal, a aludida competência jurisdicional qualifica-se, ofício sua incompetência, vez que a competência se prorrogará, se não
inequivocamente, como relativa, circunstância que, a teor da Súmula oposta a correspondente exceção.
n.º 33 do E. STJ, veda ao magistrado da causa apreciar e declarar de 4 – À vista da índole relativa das regras de competência aplicáveis para
ofício sua incompetência, vez que a competência se prorrogará, se não a determinação do foro, conclui-se como equivocada a declaração de
oposta a correspondente exceção.. incompetência levada a efeito, ex officio, pelo Juízo Federal ao qual foi
dirigida a ação principal, vez que necessária e indispensável, para dito
reconhecimento, a provocação da parte devedora por meio de exceção
declinatória de foro, não oposta, aliás, in casu.
5 – Agravo interno provido.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados os autos, em que são partes as acima indicadas:
Decide a Egrégia Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por maioria, dar provimento ao agravo interno,
na forma do voto do Desembargador Federal Marcus Abraham.
Rio de Janeiro,13 de novembro de 2012. (data do julgamento).
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
Relator para acórdão
BOLETIM: 137449

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.01.020074-1


III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.008297-7 Nº CNJ :0020074-23.2011.4.02.5101
Nº CNJ :0008297-81.2012.4.02.0000 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ALUISIO MENDES
GUILHERME DIEFENTHAELER APELANTE :UNIAO FEDERAL
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA APELADO :ICARO NUNES GALIAÇO
NACIONAL ADVOGADO :JOSE PAES NETO
AGRAVADO :JOAO LINHARES DE MACEDO REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 11ª VARA/RJ
ADVOGADO :SEM ADVOGADO ORIGEM :11ª VARA FEDERAL DO RIO DE
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO JANEIRO (201151010200741)
DA ALDEIA/RJ (200351080008354)
EMENTA
EMENTA ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO. SERVIÇO MILITAR
AGRAVO INTERNO– EXECUÇÃO FISCAL – COMPETÊNCIA OBRIGATÓRIO. ESTUDANTE DA ÁREA DE SAÚDE. DISPENSA
TERRITORIAL – RELATIVA – FORO DE ELEIÇÃO – NÃO POR EXCESSO DE CONTINGENTE NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO – CONHECIMENTO DE OFÍCIO – 5.292/67 NA SUA REDAÇÃO ORIGINÁRIA. CONVOCAÇÃO
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA Nº 33/STJ. POSTERIOR À ENTRADA EM VIGOR DA LEI Nº 12.336/2010.
1 – Agravo interno interposto em face da decisão monocrática de fls. INAPLICABILIDADE. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
69/72 que, com base no art. 557, do Código de Processo Civil, negou 1. O Egrégio Superior Tribunal de Justiça, realizando uma
seguimento ao agravo de instrumento 2012.02.01.008297-7, mantendo interpretação sistemática do disposto no artigo 4º, caput, e do § 2º, da
o decisum que, em sede de execução fiscal, declinou, de ofício, da Lei nº 5.292/1967, firmou jurisprudência no sentido de que os
competência do Juízo e, em decorrência, determinou a remessa dos estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia ou Veterinária, que
autos ao Juízo de Direito da Comarca de Cabo Frio – RJ, consoante o tenham sido dispensados por excesso de contingente, não estariam
disposto no art. 578 do CPC c/c art. 15 da Lei nº 5.010/66. mais sujeitos à prestação do serviço militar após a sua colação de grau,
2 – A teor do art. 578 do CPC, a execução fiscal será proposta, em sendo compulsório somente àqueles que tenham obtido o adiamento da
regra, no foro de domicílio do devedor, sendo certo que, no âmbito de incorporação (AgRg no Ag nº 982.396/RS. Relator: Ministro Arnaldo
competência jurisdicional da Justiça Federal, o foro constitui-se de uma Esteves Lima. 5ª Turma. DJe 03/11/2008; AgRg no Ag nº
Seção Judiciária que, a seu turno, coincide com a extensão territorial de 1261505/RS. Relator: Ministro Og Fernandes. 6ª Turma. DJe
cada Estado Federado, nos termos do art. 110 da Constituição Federal. 03/05/2010).
3 – Como, na hipótese, a fixação da competência regula-se, 2. Com o advento da Lei nº 12.336/2010, que alterou dispositivos das
fundamentalmente, pelo aspecto territorial do domicílio do devedor Leis nº 4.375/1967 e nº 5.292/1967, a matéria ganhou novos contornos,
fiscal, a aludida competência jurisdicional qualifica-se, passando a ser prevista a possibilidade de convocação para o serviço
inequivocamente, como relativa, circunstância que, a teor da Súmula militar obrigatório dos concluintes dos cursos de Medicina, Farmácia,
n.º 33 do E. STJ, veda ao magistrado da causa apreciar e declarar de Odontologia e Veterinária que foram dispensados de incorporação, não
ofício sua incompetência, vez que a competência se prorrogará, se não se restringindo mais aos que tiveram a sua incorporação adiada.
oposta a correspondente exceção.. 3. No entanto, esse novo regime jurídico da obrigatoriedade do serviço
4 – À vista da índole relativa das regras de competência aplicáveis para militar trazido pela Lei nº 12.336, de 26 de outubro de 2010, aplica-se
a determinação do foro, conclui-se como equivocada a declaração de tão-somente aos concluintes dos cursos de Medicina, Farmácia,
incompetência levada a efeito, ex officio, pelo Juízo Federal ao qual foi Odontologia e Veterinária, que tiverem sido dispensados da prestação
dirigida a ação principal, vez que necessária e indispensável, para dito do serviço militar, por excesso de contingente ou por residirem em
reconhecimento, a provocação da parte devedora por meio de exceção Município não-tributário, após a publicação desta lei, sob pena de
declinatória de foro, não oposta, aliás, in casu. ofensa aos princípios constitucionais da irretroatividade das leis, da
5 – Agravo interno provido. segurança jurídica e à garantia constitucional do direito adquirido
ACÓRDÃO (artigo 5º, incisos XXXVI e XL, da Constituição Federal de 1988).
Vistos e relatados os autos, em que são partes as acima indicadas: 4. A Primeira Seção do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, sob a
Decide a Egrégia Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional sistemática do artigo 543-C do CPC (REsp nº 1.186.513/RS),
Federal da 2ª Região, por maioria, dar provimento ao agravo interno, consolidou o entendimento no sentido de que os MFDV, que foram
na forma do voto do Desembargador Federal Marcus Abraham. dispensados para a prestação do serviço militar antes de 26 de outubro
Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2012. (data do julgamento). de 2010, data de vigência da Lei nº 12.336, não estão sujeitos a uma
MARCUS ABRAHAM nova convocação.
Desembargador Federal 5. In casu, o apelado foi dispensado do serviço militar, por excesso de
Relator para acórdão contingente, em 31/05/2005, portanto, sob a égide da redação
originária do artigo 4º da Lei nº 5.292/67.
6. Negado provimento à remessa necessária e à apelação.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2a Região, por maioria, negar provimento à remessa

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necessária e à apelação, nos termos do voto do relator.
Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Desembargador Federal

não permitisse que ele escrevesse em quadro negro ou frequentasse as


aulas de educação física, não prejudicava seu desempenho escolar,
consignando que o aluno cursou a 1ª série do 1º grau, com
IV - APELACAO CIVEL 397003 1997.51.01.072759-8 aproveitamento excelente, demonstrando interesse, participação,
Nº CNJ :0072759-95.1997.4.02.5101 responsabilidade, bom entrosamento com a professora e colegas,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL obtendo aprovação para a série seguinte. Os boletins e trabalhos
GUILHERME DIEFENTHAELER elaborados pelo Autor no curso daquele ano letivo, assim como a prova
APELANTE :COLEGIO PEDRO II pericial médica produzida nos autos, confirmaram tais assertivas.
PROCURADOR :ALEX TAVARES DOS SANTOS E 4. Verifica-se, portanto, que houve discriminação por parte do Colégio
OUTROS Pedro II ao não permitir o retorno do aluno às atividades escolares do
APELADO :JERONIMO SIROTHEAU DE ano letivo de 1996, infringindo as disposições constitucionais acima
ALMEIDA EICHLER REP/ P/ referidas e a Lei 7.853/89. Em verdade, a conclusão a que se chega é
RODOLFO CAETANO BUARQUE de que o Autor possuía o direito à matrícula no estabelecimento
EICHELER público Réu, o qual deveria, na ocasião, ter tomado as providências
ADVOGADO :VIVIEN CAMPOS DE ALBUQUERQUE necessárias para recebê-lo, o que não o fez. Por outro lado, a genitora
E OUTROS do Autor não buscou os meios próprios para ver seu filho matriculado
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 17A VARA-RJ na vaga que lhe era garantida, decidindo, ao seu alvedrio, matricular o
ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL menor em rede privada, ajuizando esta demanda um ano e meio mais
DO RIO DE JANEIRO (9700727599) tarde e formulando pretensão diversa da que lhe era de direito –
JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA pagamento, pela Autarquia Federal, de mensalidade de escola
ADRIANA ALVES DOS SANTOS particular até a conclusão do 2º grau pelo estudante. Ademais, quando
CRUZ reabertas as portas da instituição de ensino para o Autor, através de
determinação judicial exarada neste processo, esse informou que não
EMENTA possuía interesse em retornar ao Colégio, não se mostrando plausível a
ADMINISTRATIVO. DIREITO À EDUCAÇÃO. GARANTIA pretensão de reembolso das mensalidades.
CONSTITUCIONAL. DEFICIENTE FÍSICO. PORTADOR DE 5. Contudo, entendo por razoável deferir parcialmente o pedido de
MIELITE TRANSVERSA. CADEIRANTE. MATRÍCULA NEGADA dano material relativamente ao reembolso das mensalidades pagas no
NO COLÉGIO PEDRO II. REEMBOLSO DE MENSALIDADES DA Instituto Santa Rita, referente ao ano em que houve a negativa de
ESCOLA PARTICULAR REFERENTES APENAS AO ANO DA reabertura da matrícula pelo estabelecimento de ensino demandado,
NEGATIVA. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. ocasião em que houve a negativa estatal de fornecer serviços
APELAÇÃO E REMESSA NECESSÁRIA PARCIALMENTE educacionais ao Autor, limitando-se a restituição ao ano de 1996, pois,
PROVIDAS. ao que tudo indica, o aluno teria esse ano letivo prejudicado,
1. A educação é direito de todos e dever do Estado, visando garantir o considerando que os trâmites do pedido de reabertura da matrícula
pleno desenvolvimento da pessoa e o preparo para o exercício da apenas tiveram fim com a decisão definitiva exarada no mês de maio
cidadania. No caso de portadores de deficiência é assegurado daquele ano, sendo cientificada a responsável legal do Autor apenas
atendimento especializado, preferencialmente em rede de ensino em 20/06/1996. No ano que sucedeu o ocorrido, assim como nos
público. Inteligência dos artigos 205 e 208, III e VII, da CRFB/88. subsequentes, os pais do enfante poderiam ter providenciado novo
Assim, compete ao Poder Público fornecer os meios necessários para a requerimento ao Demandado ou a qualquer outra instituição de ensino
inclusão no sistema educacional dos deficientes físicos, garantindo-lhes da rede pública para dar prosseguimento aos estudos do Autor de
não só a matricula em estabelecimento especial de ensino como forma gratuita; contudo, do que consta nos autos, optaram por mantê-lo
também o acesso digno as instalações do estabelecimento de modo a em rede de ensino privada, tendo, portanto, que arcar com tais custos.
frequentar as aulas, assegurando às pessoas portadores de deficiência o 6. Os danos morais não restaram configurados, pois, embora a inicial
pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive os direitos à relate ter o Autor passado por trauma psíquico, inexiste prova a
acessibilidade e a educação. respeito; muito pelo contrário, o Autor demonstrou ótima adaptação no
2. No caso, o Autor ingressou na instituição de ensino Ré, através de novo colégio, tendo avaliação acima da média, não havendo
sorteio público, em 1993, tendo, no ano seguinte, que requerer o repercussão aparente em sua vida social. A negativa de matrícula, por
trancamento da matrícula por conta da moléstia de mielite transversa si só, não é apta a gerar a pretendida indenização; necessário seria a
que lhe acometeu. Estabilizado seu quadro de saúde, solicitou a ocorrência de algum fato em concreto que pudesse vir a macular sua
reabertura da matrícula, em 25/03/1996, a qual restou indeferida, sob o honra, situação que não restou configurada, mormente porque
argumento de que o aluno não reunia condições neurológicas para inexistem nos autos elementos que caracterizem situação vexatória e
frequentar sala de aula normal, necessitando de condições especiais, humilhante ao Autor.
tais como: transporte ao banheiro, higiene pessoal, orientador 7. Apelação e Remessa Necessária parcialmente providas.
individual, sendo que a velocidade de sua escrita inviabilizaria o ACÓRDÃO
acompanhamento dos colegas; ainda, que o Colégio não dispunha de Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
instalações físicas e profissionais capacitados para atendê-lo. Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
3.Assim, os genitores do Autor matricularam-no em uma rede de Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar parcial provimento ao
ensino privada, o Instituto Santa Rita, estabelecimento de ensino não recurso de Apelação e Remessa Necessária, nos termos do Voto do
especializado ou destinado a portadores de deficiência física, o qual Relator, constante dos autos e que fica fazendo parte integrante do
declarou que a deficiência motora do Autor, à época dos fatos, embora presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
\nss

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO APELACAO CIVEL


1998.51.01.045323-5
Nº CNJ :0045323-30.1998.4.02.5101 VANTAGEM DO INCISO II DO ARTIGO 184 DA LEI 1.711/52.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ART. 250 DA LEI Nº 8.112/90. APELAÇÃO DO AUTOR PROVIDA
MARCUS ABRAHAM E PARCIALMENTE PROVIDAS A REMESSA NECESSÁRIA E A
APELANTE :COLEGIO PEDRO II APELAÇÃO DA UFRJ.
PROCURADOR :ALEXANDRE CHU CHANG 1. Na hipótese, o Autor, professor da UFRJ, aposentou-se em
APELADO :CLOVIS DO REGO MONTEIRO FILHO 26.11.1991, com as vantagens do artigo 192, inciso II, da Lei 8.112/90.
ADVOGADO :MARCELO DAVIDOVICH E OUTROS Em 25.11.1998, requereu a revisão de seus proventos, através de
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL Processo Administrativo, solicitando receber os benefícios do art. 182,
DO RIO DE JANEIRO (9800453237) inciso II, da Lei 1.711/52, o que lhe foi deferido em 21/01/2002, a
EMBARGANTE :COLEGIO PEDRO II contar da data da opção.
EMBARGADO :QUESTÃO DE ORDEM DE FLS. 2. Os valores devidos no período de dezembro/1998 a dezembro/2001,
227/228 (DISPENSA DE ACORDÃO) embora reconhecidos, não haviam sido pagos até o ingresso da
demanda (27/06/2003), o que se concretizou apenas no curso da ação,
EMENTA em novembro/2004, quando alcançado ao Autor o montante de R$
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 8.598,24; portanto, presente interesse de agir.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA. INOCORRÊNCIA DE SEUS 3. O direito do Autor às diferenças pleiteadas na inicial é incontestável,
LEGAIS PRESSUPOSTOS. NÃO CONHECIMENTO. inclusive já reconhecido administrativamente pela UFRJ, tratando-se
1. Verificada a preclusão consumativa, não se conhece dos embargos de caso de percepção de vantagem por servidor público federal
de declaração. aposentado prevista no art. 184, inciso II, da Lei 1.711/52, o qual
2. O artigo 463 prevê a possibilidade do magistrado alterar o que previa que o funcionário público que contasse com mais de 35 anos de
anteriormente decidiu, desde que ocorrentes inexatidões materiais ou serviço e fosse ocupante da última classe da respectiva carreira seria
erros de cálculo, o que, por óbvio, não significa possibilidade de aposentado com provento aumentado em 20%. Por seu turno, a Lei
reapreciação de questões e de prolação de nova decisão. 8.112/90 revogou a sobredita legislação, estabelecendo em seu art. 250
3. O direito processual civil brasileiro adota o princípio da preclusão que “o servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1
estrita, e uma decisão não pode, em princípio, ser cassada ou revista (um) ano, as condições necessárias para a aposentadoria nos termos
pelo próprio órgão que a proferiu. do , aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele dispositivo”. O
4. Embargos de declaração não conhecidos. STJ, na Quinta Turma, também já esboçou tal entendimento no
ACÓRDÃO julgamento do REsp 742250.
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima 4. Não houve demonstração satisfatória de cálculos pela Ré de forma a
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional concluir que os valores alcançados ao Autor correspondem ao pedido
Federal da 2a Região, por unanimidade, não conhecer dos embargos de principal desta ação na sua integralidade, sendo necessários cálculos
declaração, na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte que esmiúcem as verbas que devem ser pagas a ele, não sendo
do presente julgado. suficiente a simples aplicação de correção monetária e juros de mora
Rio de Janeiro, sobre o montante. Dessa forma, é procedente o pedido autoral, devendo
MARCUS ABRAHAM os valores devidos corresponder à totalidade da dívida, valor que será
Desembargador Federal apurado em sede de liquidação de sentença, sendo abatida a cifra já
Relator paga.
5. Em relação aos juros de mora, a sentença foi expressa ao referir que
deveriam ser “compensadas quaisquer atualizações eventualmente
efetivadas e já pagas ao autor”, por certo que os juros também já
aplicados deverão ser abatidos no novo cálculo. Ainda sobre os juros
IV - APELACAO CIVEL 425725 2003.51.01.014434-0 de mora, deverá ser observada a redação conferida pela Lei
Nº CNJ :0014434-20.2003.4.02.5101 11.960/2009 ao art. 1º-F, da Lei 9.494/97, a partir de sua entrada em
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL vigor, em 1º/07/2009, devendo ser aplicados os índices oficiais de
GUILHERME DIEFENTHAELER remuneração básica de juros aplicados à caderneta de poupança.
APELANTE :RAWLINSON PRESTES LEMOS 6. A UFRJ, na condição de Autarquia Federal, é isenta do pagamento
ADVOGADO :SAYONARA GRILLO COUTINHO E de custas judiciais, conforme art. 4º, I, da Lei 9.289/96; contudo, é
OUTRO cediço o entendimento de que tal isenção não a dispensa do
APELANTE :UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO ressarcimento do valor pago antecipadamente pela parte vencedora,
DE JANEIRO - UFRJ conforme previsão do parágrafo único do mesmo dispositivo.
PROCURADOR :ERIKA RODRIGUES COELHO 7. Honorários advocatícios mantidos no percentual de 10% sobre o
APELADO :OS MESMOS valor da causa, pois é adequado a bem remunerar o trabalho exercido
ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO pelo advogado, sendo devidamente observado o Princípio da
RIO DE JANEIRO (200351010144340) Razoabilidade e o art. 20, §§ 3º e 4º, do CPC.
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO 8. Apelação do Autor provida e parcialmente providas a Remessa
RÔMULO FILIZZOLA NOGUEIRA Necessária e a Apelação da UFRJ.
ACÓRDÃO
EMENTA Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento à Apelação
ao Autor e dar parcial provimento à Remessa Necessária e à Apelação
da UFRJ, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que
fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
\nss

ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO


ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.12.000101-1 DO RIO DE JANEIRO
Nº CNJ :0000101-93.2004.4.02.5112 (200551010050354)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JUIZ FEDERAL EUGÊNIO ROSA DE
MARCUS ABRAHAM ARAÚJO
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO EMENTA
- COREN/RJ PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
ADVOGADO :LUCIANE MARA CORREA GOMES E INTERNO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. SFH. CITAÇÃO POR
OUTROS EDITAL. NÃO CUMPRIMENTO PELA PARTE AUTORA DO
APELADO :MUNICIPIO DE ITAPERUNA DISPOSTO NO ART. 232, III, DO CPC. NULIDADE DA CITAÇÃO.
PROCURADOR :JOSE DEMETRIO FILHO ART.247 DO CPC. PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA. DECISÃO
ORIGEM :VARA ÚNICA DE ITAPERUNA MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
(200451120001011) RECURSO IMPROVIDO.
1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o
EMENTA entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões
PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. REDUÇÃO DO VALOR DOS expendidas na decisão agravada.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IMPOSSIBILIDADE. 2. O legislador processual determinou que a publicação do edital de
1. Sentença que extinguiu o processo com julgamento do mérito (art. citação fosse feita pelo menos em três momentos em um período
269, I do CPC), bem como condenou a autora ao pagamento em máximo de quinze dias: uma vez na imprensa oficial e, no mínimo,
honorários advocatícios fixados em 5% do valor da causa. duas vezes em jornal local. In casu, verifica-se que o edital foi
2. A questão versa sobre o quantum fixado a título de verba honorária. publicado no Diário Oficial em 07 de outubro de 1997; já no jornal
3. O art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil é expresso ao local, em 14 e 18 de novembro do mesmo ano, ou seja, não foi
estabelecer que, nas causas em que vencida a Fazenda Pública, o observado o lapso temporal máximo de quinze dias previsto no inciso
magistrado deve arbitrar os honorários advocatícios conforme sua III do art. 232 do CPC, pelo que resta nula a citação, conforme artigo
apreciação equitativa, observados os contornos inscritos no § 3º do 247 do CPC.
referido dispositivo legal. 3. Considerando que o débito era exigível desde 10/06/1984 e que
4. O magistrado goza de certa liberdade, não estando obrigado a passados mais de vinte e oito anos não houve citação válida, deve ser
obedecer ao limite mínimo de 10% (dez por cento) ou máximo de 20% reconhecida a prescrição.
(vinte por cento). 4. Agravo Interno improvido.
5. Precedentes: STJ: AgRg nos EDcl na DESIS no REsp 1171858/MG, .
Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 26/11/2010; ACÓRDÃO
TRF-2:AC nº 1985.51.01.730258-/RJ - Relator Desembargador Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Federal Guilherme Calmon Nogueira da Gama - E-DJF2R: Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
06/07/2010. Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao
6. Apelação desprovida. Sentença mantida. recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante
ACÓRDÃO dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional GUILHERME DIEFENTHAELER,
Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, Desembargador Federal – Relator.
na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente /aro/
julgado.
Rio de Janeiro,
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
Relator IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 445032
2007.51.01.016549-0
Nº CNJ :0016549-72.2007.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.005035-4 APELANTE :UNIVERSIDADE FEDERAL
Nº CNJ :0005035-93.2005.4.02.5101 FLUMINENSE - UFF
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL PROCURADOR :LUCIENE SALDANHA ARAUJO
GUILHERME DIEFENTHAELER RIBEIRO
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF APELADO :CLAUDIA MARIA DE LIMA COELHO
ADVOGADO :FLAVIO LESSA BERALDO ADVOGADO :LUIZ MAURO GUIMARAES COELHO
MAGALHAES E OUTROS E OUTRO
APELADO :RITA DE JESUS DOS SANTOS REMETENTE :JUIZO DA 4A VARA FEDERAL DE
NITEROI-RJ
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE
NITERÓI (200751010165490)
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
SANDRO VALÉRIO ANDRADE DO

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NASCIMENTO

EMENTA
ADMINISTRATIVO. PROFESSOR APOSENTADO. VANTAGEM
DO ART. 192, II, DA LEI 8.112/90. MEDIDA PROVISÓRIA
295/2006. LEI 11.344/2006. REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA
DE MAGISTÉRIO SUPERIOR. REMESSA NECESSÁRIA E EMENTA
APELAÇÃO PROVIDAS. ADMINISTRATIVO – APELAÇÃO – IMPUGNAÇÃO À
1. Não incide a decadência na hipótese, pois se trata de relação de trato ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – LEI Nº 1.060/50 –
sucessivo, que se renova mês a mês, não correndo o prazo até que haja DECISÃO QUE MANTÉM O BENEFÍCIO DA JUSTIÇA
negação do próprio fundo de direito, o que ocorreu apenas quando GRATUITA – MÍNIMO EXISTENCIAL - RENDIMENTOS
exarada decisão administrativa, em 15/12/2006. Assim, é da ciência da SUPERIORES A TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS - RECURSO
referida decisão, ocorrida em 06/03/2007, que se inicia o prazo para a PROVIDO.
interposição do presente writ, este ajuizado em 22/06/2007, portanto, 1 - A Lei nº 1.060/50 estabelece normas para a concessão de
dentro do lapso temporal de 120 dias previsto pela legislação. assistência judiciária gratuita, estatuindo as hipóteses para o
2. A Impetrante aposentou-se em 1995, percebendo em seus proventos deferimento do benefício, bastando a simples afirmação do requerente
a vantagem prevista no art. 192, II, da Lei 8.112/90. Com o advento da de que não está em condições de suportar o pagamento das custas do
MP nº 296/2006, convertida na Lei 11.344/2006, que reestruturou a processo, bem como dos honorários advocatícios, sem prejuízo da
carreira do magistério superior, criando a classe de Professor própria manutenção ou de sua família. Entretanto, é ressalvada ao juiz
Associado entre as classes de Professor Titular e Professor Adjunto, a a possibilidade de indeferir a pretensão se tiver fundadas razões para
Impetrante, a partir de julho de 2006, teve modificada a base de cálculo isso.
da vantagem percebida. 2 – Não há parâmetro expresso na legislação para se caracterizar a
3. Não há direito adquirido a determinado regime jurídico e, por situação de pobreza dos impugnados ou qualquer prova referente às
conseguinte, a determinado regime de vencimentos. Por outro lado, suas condições de custear as despesas do processo sem prejuízo dos
isso não pode acarretar redução da remuneração ou dos proventos de próprios sustentos ou de suas famílias.
aposentadoria, ou seja, do vencimento acrescido das vantagens 3 – Razoável, para aferição da situação de hipossuficiência idônea a
pecuniárias com caráter permanente, pois do contrário haveria violação garantir a concessão do benefício da gratuidade de justiça, utilizar
do Princípio da Irredutibilidade de Vencimentos. Dessa forma, se a lei como critério o percebimento de renda mensal inferior a três salários
reestruturou a carreira, é o novo padrão de cargos que deve ser mínimos, valor adotado, em regra, pelas Defensorias Públicas para o
observado, respeitada a irredutibilidade de vencimentos, agindo atendimento dos seus assistidos, e igualmente próximo ao do limite de
corretamente a Administração ao adequar a situação dos servidores à isenção do imposto de renda, eis que tal critério mostra-se mais
novel legislação, diante do Princípio da Legalidade. Precedentes compatível com a realidade socioeconômica do País e preserva-se o
jurisprudenciais. instituto jurídico tão relevante que é o da gratuidade de justiça.
4. Na hipótese, a nova reestruturação não acarretou efetiva redução 4 - A prestação estatal é obrigatória quando caracterizada a
global dos proventos de aposentadoria da Impetrante, restando necessidade. A reserva do possível não impede o Poder Judiciário de
observado o Princípio da Irredutibilidade de Vencimentos. “zelar pela efetivação dos direitos sociais”, mas deve fazê-lo com
5. Remessa necessária e Apelação providas. cautela e responsabilidade, consciente do problema da escassez de
ACÓRDÃO recursos do Estado, observando-se os princípios da proporcionalidade e
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: razoabilidade, devendo-se analisar, portanto, no caso concreto, se é
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional necessária a atuação do Estado para permitir o acesso à justiça gratuita
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento à Remessa àquele que a pleiteia.
Necessária e à Apelação, nos termos do Voto do Relator, constante dos 5 - Na hipótese, os contracheques acostados aos autos principais
autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. demonstram que o impugnado percebe renda mensal superior a três
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. salários mínimos da época, ou seja, suficiente para o pagamento das
GUILHERME DIEFENTHAELER, despesas processuais, ostentando, inclusive, situação financeira
Desembargador Federal – Relator. privilegiada em relação à média dos trabalhadores brasileiros, razão
\nss pela qual deve ser reformada a sentença que rejeitou a impugnação ao
benefício da assistência judiciária gratuita.
6 - Recurso provido. Sentença reformada.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas:
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.018380-0 Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
Nº CNJ :0018380-24.2008.4.02.5101 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao recurso, nos termos do
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte
MARCUS ABRAHAM integrante do presente julgado.
APELANTE :FUNDACAO UNIVERSIDADE DE Custas, como de lei.
BRASILIA - FUB Rio de Janeiro, de dezembro de 2012. (data do julgamento)
PROCURADOR :ALEXANDER ALI SHAH MARCUS ABRAHAM
APELADO :ELIZIER SABINO DOS SANTOS Desembargador Federal
JUNIOR Relator
ADVOGADO :SONJA PEREIRA DA SILVA E
OUTROS
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (200851010183800)
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2010.51.01.001638-0
Nº CNJ :0001638-50.2010.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
MARCUS ABRAHAM
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO

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SOCIAL - INSS
PROCURADOR :MARCELLO TEIXEIRA
BITTENCOURT
APELADO :DEA DE SOUZA E SILVA
ADVOGADO :MELAINE CHANTAL MEDEIROS
ROUGE EMBARGANTE ISAURA DE SOUZA HENRIQUES
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 20A VARA-RJ EMBARGADA V. ACÓRDÃO DE FLS. 124/125
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL
DE JANEIRO (201051010016380) DO RIO DE JANEIRO
(201051010228758)
EMENTA JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA
ADMINISTRATIVO – SERVIDOR APOSENTADO – GDASS - FABIOLA UTZIG HASELOF
CARÁTER GERAL - EXTENSÃO AOS INATIVOS –
POSSIBILIDADE - PRECEDENTE DO STF – RECURSO E EMENTA
REMESSA NECESSÁRIA DESPROVIDOS. Embargos de Declaração não são a via hábil para a discussão do mérito
1 – A Lei nº 10.855/2004, que instituiu, a partir de 1º de abril de 2004, da matéria impugnada.
a GDASS em substituição à GDATA, para os integrantes da carreira da ACÓRDÃO
Seguridade Social, em seu art. 11, dispôs que, aos servidores em Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas:
atividade, enquanto não regulamentados os critérios de aferição de Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
desempenho, seria paga a GDASS no valor correspondente a 60 2ª Região, por unanimidade, negar provimento aos Embargos de
(sessenta) pontos. Declaração, nos termos do relatório e voto constantes dos autos, que
2 - Com a edição da Lei nº 11.501, de 11 de julho de 2007, foi incluído ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
o § 11 ao art. 11 da Lei nº 10.855/2004, no qual se estabelece que “a Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2012.
partir de 1º de março de 2007 até 29 de fevereiro de 2008 e até que GUILHERME DIEFENTHAELER,
sejam regulamentados os critérios e procedimentos de aferição das Desembargador Federal – Relator.
avaliações de desempenho individual e institucional, e processados os /aro/
resultados da 1ª (primeira) avaliação de desempenho, para fins de
atribuição da GDASS, o valor devido de pagamento mensal por
servidor ativo será de 80 (oitenta) pontos, observados os respectivos
níveis e classes”.
3 – Recebimento da GDASS pelos servidores ativos IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.032012-2
independentemente de avaliação de desempenho, demonstrando, assim, Nº CNJ :0032012-49.2010.4.02.5101
o caráter geral da gratificação, que, por isso, deveria ter sido estendida RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
aos aposentados e pensionistas nos mesmos patamares concedidos aos GUILHERME DIEFENTHAELER
servidores ativos. APELANTE :ORDEM DOS ADVOGADOS DO
4 - Na hipótese, a autora demonstrou possuir direito à paridade BRASIL - RIO DE JANEIRO
remuneratória, capaz de autorizar a extensão das vantagens concedidas ADVOGADO :GUILHERME PERES DE OLIVEIRA E
genericamente para os servidores ativos, uma vez que adquiriu direito à OUTROS
aposentadoria por idade em data anterior à publicação da Emenda APELADO : JORGE LUIZ DE SOUSA
Constitucional nº 41/2003. ADVOGADO :SEM ADVOGADO
5 - Recurso e remessa necessária desprovidos. Sentença confirmada. ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO
ACÓRDÃO DE JANEIRO (201051010320122)
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas: JUIZ FEDERAL TITULAR MAURO
Decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da LUIS ROCHA LOPES
2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso e à remessa
necessária, nos termos do relatório e voto constantes dos autos, que EMENTA
ficam fazendo parte integrante do presente julgado. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.
Custas, como de lei. AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL
Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2012 (data do julgamento). PROPOSTA PELA OAB/RJ. EXTINÇÃO (ART. 284, PARÁGRAFO
MARCUS ABRAHAM ÚNICO, DO CPC). EXIGÊNCIAS SEM PREVISÃO LEGAL.
Desembargador Federal CERTIDÃO DE DÉBITO COM FORÇA EXECUTIVA (ART. 585,
Relator INCISO VIII, DO CPC C/C ART. 46, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI
Nº 8.906/1994). PRECEDENTES DO COLENDO STJ E DESTA EG.
CORTE. APELAÇÃO PROVIDA.
A presente Ação de Execução por Título Extrajudicial foi interposta
pela OAB/RJ, com base no art. 585, inciso VIII do CPC c/c o art. 46,
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.022875-8 parágrafo único, da Lei nº 8.906/1994, mediante a apresentação da
Nº CNJ :0022875-43.2010.4.02.5101 Certidão de Débito subscrita pelo Diretor Tesoureiro da OAB/RJ.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL A Certidão de Débitos que embasa a presente ação tem força executiva
GUILHERME DIEFENTHAELER por expressa previsão legal (parágrafo único, do art. 46, da Lei nº
APELANTE :ISAURA DE SOUZA HENRIQUES 8.906/1994), estando enquadrada na norma do inciso VIII, do art. 585,
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO do CPC.
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF A Lei nº 8.906/1994 não exige a instauração de Processo
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Administrativo de cobrança da exação em questão, tampouco a
anuência do devedor desta providência. Também, não impede a
cobrança em juízo da dívida decorrente do inadimplemento de
anuidades o fato de ter havido a suspensão do exercício profissional,
não cabendo ao Magistrado o acréscimo de requisitos não previstos em
lei para que seja acolhida a execução.

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Precedentes do Colendo Superior Tribunal de Justiça e esta Eg. Corte,
inclusive desta Eg. Quinta Turma Especializada.
Anulada a r. sentença e determinada a remessa dos presentes autos à
Vara de origem, para que seja dado o regular prosseguimento da ação
executiva.
Apelação provida. O prazo de 15 (quinze) dias para que a OAB/RJ se manifestasse acerca
ACÓRDÃO da certidão negativa do Mandado de Citação foi suficiente, sendo que a
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: mesma quedou-se silente, não requerendo, ao menos, a dilação do
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional mesmo.
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento à Apelação, Apelação improvida. Sentença mantida.
nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica fazendo ACÓRDÃO
parte integrante do presente julgado. Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
GUILHERME DIEFENTHAELER, Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento à
Desembargador Federal – Relator. Apelação, nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que
/al/ fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/al/
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.032138-2
Nº CNJ :0032138-02.2010.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :ORDEM DOS ADVOGADOS DO IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.034097-2
BRASIL - RIO DE JANEIRO Nº CNJ :0034097-08.2010.4.02.5101
ADVOGADO :HUGO MORETTO LARA E OUTROS RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
APELADO :JOSÉ GASPAR DE QUEIROZ BORGES GUILHERME DIEFENTHAELER
ADVOGADO :SEM ADVOGADO APELANTE :ORDEM DOS ADVOGADOS DO
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE BRASIL - RIO DE JANEIRO
JANEIRO (201051010321382) ADVOGADO :HUGO MORETTO LARA E OUTROS
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO ERICO APELADO :SERGIO MONTEIRO DE ALMEIDA
TEIXEIRA VINHOSA PINTO ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO
EMENTA DE JANEIRO (201051010340972)
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXTINÇÃO SEM GUSTAVO ARRUDA MACEDO
JULGAMENTO DO MÉRITO (ART. 267, INCISO III, DO CPC).
MANDADO DE CITAÇÃO NEGATIVO. ENDEREÇO DO EMENTA
EXECUTADO INCORRETO. IMPOSSIBILIDADE DE SE ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.
INSTAURAR A RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL. AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL
ADEQUADA A EXTINÇÃO COM FULCRO NO INCISO I, DO PROPOSTA PELA OAB/RJ. EXTINÇÃO (ART. 284, PARÁGRAFO
ART. 267, DO CPC. DESNECESSÁRIA A INTIMAÇÃO PESSOAL ÚNICO, DO CPC). EXIGÊNCIAS SEM PREVISÃO LEGAL.
PREVISTA NO § 1º DO MESMO DISPOSITIVO. INÉPCIA DA CERTIDÃO DE DÉBITO COM FORÇA EXECUTIVA (ART. 585,
INICIAL (ART. 282, II DO CPC). PRAZO SUFICIENTE PARA A INCISO VIII, DO CPC C/C ART. 46, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI
MANIFESTAÇÃO DA APELANTE. APELAÇÃO IMPROVIDA. Nº 8.906/1994). PRECEDENTES DO COLENDO STJ E DESTA EG.
A presente Ação de Execução por Título Extrajudicial foi interposta CORTE. APELAÇÃO PROVIDA.
pela OAB/RJ objetivando o adimplemento de débito relativo às A presente Ação de Execução por Título Extrajudicial foi interposta
anuidades dos exercícios de 1990/1992 e 2006/2009. pela OAB/RJ, com base no art. 585, inciso VIII do CPC c/c o art. 46,
A Exequente deixou transcorrer in albis o prazo para cumprir despacho parágrafo único, da Lei nº 8.906/1994, mediante a apresentação da
determinando a apresentação de novo endereço do Executado, tendo Certidão de Débito subscrita pelo Diretor Tesoureiro da OAB/RJ.
em vista o Mandado de Citação Negativo juntado aos autos. A Certidão de Débitos que embasa a presente ação tem força executiva
Cabe ao autor de qualquer demanda apontar o endereço correto do réu, por expressa previsão legal (parágrafo único, do art. 46, da Lei nº
sendo tal tarefa da parte, e não do Juiz. 8.906/1994), estando enquadrada na norma do inciso VIII, do art. 585,
O fato de a Exequente não ter conseguido fornecer o endereço com do CPC.
vistas à correta citação do Executado não pode eternizar a prestação A Lei nº 8.906/1994 não exige a instauração de Processo
jurisdicional. Registre-se que até o presente momento não foi possível Administrativo de cobrança da exação em questão, tampouco a
instaurar, de forma completa, a relação jurídica processual. anuência do devedor desta providência. Também, não impede a
A inicial é inepta, pois a qualificação do réu, com o endereço correto, é cobrança em juízo da dívida decorrente do inadimplemento de
requisito da petição inicial (art. 282, II do CPC). anuidades o fato de ter havido a suspensão do exercício profissional,
Embora a sentença faça menção ao inc. III, do art. 267, do CPC, o não cabendo ao Magistrado o acréscimo de requisitos não previstos em
fundamento adequado é o inc. I do referido artigo, o qual não carece da lei para que seja acolhida a execução.
intimação pessoal prevista no § 1º do mesmo dispositivo. Precedentes Precedentes do Colendo Superior Tribunal de Justiça e esta Eg. Corte,
desta Eg. Corte. inclusive desta Eg. Quinta Turma Especializada.
Anulada a r. sentença e determinada a remessa dos presentes autos à
Vara de origem, para que seja dado o regular prosseguimento da ação
executiva.
Apelação provida.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar provimento à Apelação,
nos termos do Voto do Relator, constante dos autos e que fica fazendo
parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. GUILHERME DIEFENTHAELER
GUILHERME DIEFENTHAELER, Desembargador Federal
Desembargador Federal – Relator. Relator
/al/ /cun/aor/

IV - APELACAO CIVEL 548892 2011.51.01.011924-0 IV - APELACAO CIVEL 2012.51.01.002191-7


Nº CNJ :0011924-53.2011.4.02.5101 Nº CNJ :0002191-29.2012.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER MARCUS ABRAHAM
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE APELANTE :JOAO VICTOR VIANA DA SILVA
ADMINISTRACAO DO RIO DE LIMA
JANEIRO - CRA/RJ ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA-RJ
ADVOGADO :MARIA MARTA GUIMARAES E APELADO :COLEGIO PEDRO II
OUTRO PROCURADOR :MARCELO FRANCISCO FRAGOSO
APELADO :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO DE CASTRO
PROCURADOR :PAULO ROBERTO SOARES ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL
MENDONÇA DO RIO DE JANEIRO
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE (201251010021917)
JANEIRO (201151010119240)
JUIZ FEDERAL FIRLY NASCIMENTO EMENTA
FILHO ADMINISTRATIVO - APELAÇÃO - COLÉGIO PEDRO II –
EDITAL – LIMITE – ILEGALIDADE - FALTA DE
EMENTA RAZOABILIDADE - INEXISTÊNCIA.
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO 1 – O Edital 2/2012 do Colégio Pedro II exige a comprovação de que o
REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DO RIO DE JANEIRO. candidato tenha nascido entre 1º de março de 2004 e 31 de março de
CONCURSO PÚBLICO. ANALISTA DE PLANEJAMENTO E 2005, incluindo ambas as datas. O Impetrante nasceu em 22.06.2005,
ORÇAMENTO. CARGO NÃO É PRIVATIVO DE BACHAREL EM ou seja, praticamente de três meses após a data limite prevista para a
CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO. CONHECIMENTOS seleção.
TÉCNICOS E BUROCRÁTICOS RELACIONADOS A OUTRAS 2. A Administração atuou dentro da esfera que lhe foi atribuída pela
ÁREAS PROFISSIONAIS. DECISÃO MANTIDA PELOS SEUS Lei de Diretrizes e Bases (arts. 12, I, e 23). Não se trata de discutir os
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO. efeitos pedagógicos do critério adotado pelo edital, e sim de reconhecer
1. Persistem imaculados e impassíveis os argumentos nos quais o a liberdade da Administração Pública em formular as regras de seus
entendimento foi firmado, subsistindo em si as mesmas razões editais, observando as vedações constitucionais.
expendidas na decisão agravada. 3 - Apelação desprovida. Sentença mantida.
2. In casu, trata-se de concurso público visando à seleção de ACÓRDÃO
profissionais para o Cargo de Analista de Planejamento e Orçamento Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
da Secretaria Municipal de Fazenda do Município do Rio de Janeiro, indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
cujas atribuições foram previstas no item 2, do Edital Conjunto Federal da 2a Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso,
SMA/SMF nº 121, de 27 de junho de 2011. Do cotejo entre essas na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
normas e o art. 2º da Lei 4.769/65, verifica-se que, conforme julgado.
ressalvado pelo MM. Magistrado a quo, as atividades desempenhadas Rio de Janeiro, de dezembro de 2012. (data do julgamento)
pelo Analista de Planejamento e Orçamento da Prefeitura Municipal do MARCUS ABRAHAM
Rio de Janeiro não são privativas da área administrativa, tendo relação Desembargador Federal
com outras áreas profissionais, como o Direito, a Contabilidade e a Relator
Economia. Assim, não há qualquer ilegalidade no edital em questão ao
estabelecer como pré-requisito para a investidura no cargo a graduação
em curso superior completo, com diploma devidamente registrado, sem
exigir formação específica.
3. Agravo Interno improvido. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.003417-0
ACÓRDÃO Nº CNJ :0003417-46.2012.4.02.0000
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional GUILHERME DIEFENTHAELER
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento ao AGRAVANTE :MERIDA OVERSEAS INT'L LTD
recurso de Agravo Interno, nos termos do Voto do Relator, constante ADVOGADO :ALDA REGINA ABREU DA SILVA
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. VELHO E OUTROS
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. AGRAVADO :SUSEP - SUPERINTENDENCIA DE
SEGUROS PRIVADOS
PROCURADOR : GUILHERME BALDAN CABRAL DOS
EMBARGANTE : SANTOS
EMBARGADO : MERIDA OVERSEAS INT'L LTD
V. ACÓRDÃO DE FLS. 226/227

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ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (200251010126096)
JUIZ FEDERAL MARCELO DA
FONSECA GUERREIRO

EMENTA reconhecimento, a provocação da parte devedora por meio de exceção


Os Embargos de Declaração não são a via hábil para a discussão do declinatória de foro, não oposta, aliás, in casu.
mérito da matéria impugnada. 5 – Agravo interno provido.
ACÓRDÃO ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas: Vistos e relatados os autos, em que são partes as acima indicadas:
Decide a Quinta Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional Decide a Egrégia Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, em negar provimento aos Federal da 2ª Região, por maioria, dar provimento ao agravo interno,
Embargos de Declaração, nos termos do Voto do Relator, constante na forma do voto do Desembargador Federal Marcus Abraham.
dos autos e que fica fazendo parte integrante do presente julgado. Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2012. (data do julgamento).
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. MARCUS ABRAHAM
GUILHERME DIEFENTHAELER, Desembargador Federal
Desembargador Federal – Relator. Relator para acórdão
/aro/

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.010052-9


III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.010046-3 Nº CNJ :0010052-43.2012.4.02.0000
Nº CNJ :0010046-36.2012.4.02.0000 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME DIEFENTHAELER
GUILHERME DIEFENTHAELER AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DE
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E
METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO)
TECNOLOGIA (INMETRO) ADVOGADO :LUCIANA MARINHO DA SILVA
PROCURADOR :LUCIANA MARINHO DA SILVA AGRAVADO :RAFAEL SILVA CAMPANATI ME E
AGRAVADO :PERES E MONTALVAO ART DO OUTRO
VEST E BAZAR LTDA ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ADVOGADO :SEM ADVOGADO ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO DA ALDEIA/RJ (200951080020540)
DA ALDEIA/RJ (200951080020472)
EMENTA
EMENTA AGRAVO INTERNO – EXECUÇÃO FISCAL – COMPETÊNCIA
AGRAVO INTERNO– EXECUÇÃO FISCAL – COMPETÊNCIA TERRITORIAL – RELATIVA – FORO DE ELEIÇÃO – NÃO
TERRITORIAL – RELATIVA – FORO DE ELEIÇÃO – NÃO OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO – CONHECIMENTO DE OFÍCIO –
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO – CONHECIMENTO DE OFÍCIO – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA Nº 33/STJ.
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA Nº 33/STJ. 1 – Agravo interno interposto em face da decisão monocrática de fls.
1 – Agravo interno interposto em face da decisão monocrática de fls. 41/44 que, com base no art. 557. do Código de Processo Civil, negou
38/41 que, com base no art. 557, do Código de Processo Civil, negou seguimento ao presente agravo de instrumento, mantendo o decisum
seguimento ao agravo de instrumento 2012.02.01.010046-3, mantendo que, em sede de execução fiscal, declinou, de ofício, da competência
o decisum que, em sede de execução fiscal, declinou, de ofício, da do Juízo e, em decorrência, determinou a remessa dos autos ao Juízo de
competência do Juízo e, em decorrência, determinou a remessa dos Direito da Comarca de Cabo Frio – RJ, consoante o disposto no art.
autos ao Juízo de Direito da Comarca de Cabo Frio – RJ, consoante o 578 do CPC c/c art. 15 da Lei nº 5.010/66.
disposto no art. 578 do CPC c/c art. 15 da Lei nº 5.010/66. 2 – A teor do art. 578 do CPC, a execução fiscal será proposta, em
2 – A teor do art. 578 do CPC, a execução fiscal será proposta, em regra, no foro de domicílio do devedor, sendo certo que, no âmbito de
regra, no foro de domicílio do devedor, sendo certo que, no âmbito de competência jurisdicional da Justiça Federal, o foro constitui-se de uma
competência jurisdicional da Justiça Federal, o foro constitui-se de uma Seção Judiciária que, a seu turno, coincide com a extensão territorial de
Seção Judiciária que, a seu turno, coincide com a extensão territorial de cada Estado Federado, nos termos do art. 110 da Constituição Federal.
cada Estado Federado, nos termos do art. 110 da Constituição Federal. 3 – Como, na hipótese, a fixação da competência regula-se,
3 – Como, na hipótese, a fixação da competência regula-se, fundamentalmente, pelo aspecto territorial do domicílio do devedor
fundamentalmente, pelo aspecto territorial do domicílio do devedor fiscal, a aludida competência jurisdicional qualifica-se,
fiscal, a aludida competência jurisdicional qualifica-se, inequivocamente, como relativa, circunstância que, a teor da Súmula
inequivocamente, como relativa, circunstância que, a teor da Súmula n.º 33 do E. STJ, veda ao magistrado da causa apreciar e declarar de
n.º 33 do E. STJ, veda ao magistrado da causa apreciar e declarar de ofício sua incompetência, vez que a competência se prorrogará, se não
ofício sua incompetência, vez que a competência se prorrogará, se não oposta a correspondente exceção..
oposta a correspondente exceção.. 4 – À vista da índole relativa das regras de competência aplicáveis para
4 – À vista da índole relativa das regras de competência aplicáveis para a determinação do foro, conclui-se como equivocada a declaração de
a determinação do foro, conclui-se como equivocada a declaração de incompetência levada a efeito, ex officio, pelo Juízo Federal ao qual foi
incompetência levada a efeito, ex officio, pelo Juízo Federal ao qual foi dirigida a ação principal, vez que necessária e indispensável, para dito
dirigida a ação principal, vez que necessária e indispensável, para dito reconhecimento, a provocação da parte devedora por meio de exceção
declinatória de foro, não oposta, aliás, in casu.
5 – Agravo interno provido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os autos, em que são partes as acima indicadas:
Decide a Egrégia Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional

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Federal da 2ª Região, por maioria, dar provimento ao agravo interno,
na forma do voto do Desembargador Federal Marcus Abraham.
Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2012. (data do julgamento).
MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal
Relator para acórdão

SUBSECRETARIA DA 6A.TURMA ESPECIALIZADA


III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.010325-7
Nº CNJ :0010325-22.2012.4.02.0000 BOLETIM: 137431
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DE IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.500710-7
METROLOGIA, QUALIDADE E Nº CNJ : 0500710-86.2003.4.02.5101
TECNOLOGIA (INMETRO) RELATOR : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZE
PROCURADOR :LUCIANA MARINHO DA SILVA APELANTE : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO A
AGRAVADO :LOJAS D P A LTDA RENOVAVEIS - IBAMA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO PROCURADOR : ANGELA ROQUELINA FARUOLO
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO APELADO : JOSE SALAZAR MACHADO
DA ALDEIA/RJ (200951080020393) ADVOGADO : FRANCISCO JOSE DE JESUS CARRER
ORIGEM : PRIMEIRA VARA FEDERAL DE EXEC
EMENTA
AGRAVO INTERNO– EXECUÇÃO FISCAL – COMPETÊNCIA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 369/371
TERRITORIAL – RELATIVA – FORO DE ELEIÇÃO – NÃO EMBARGANTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO A
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO – CONHECIMENTO DE OFÍCIO – RENOVÁVEIS - IBAMA
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA Nº 33/STJ. EMBARGADO ACÓRDÃO DE FLS. 366/367
1 – Agravo interno interposto em face da decisão monocrática de fls.
39/42 que, com base no art. 557, do Código de Processo Civil, negou EMENTA
seguimento ao agravo de instrumento 2012.02.01.010325-7, mantendo PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE
o decisum que, em sede de execução fiscal, declinou, de ofício, da DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
competência do Juízo e, em decorrência, determinou a remessa dos OU OBSCURIDADE.
autos ao Juízo de Direito da Comarca de Cabo Frio – RJ, consoante o 1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
disposto no art. 578 do CPC c/c art. 15 da Lei nº 5.010/66. aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
2 – A teor do art. 578 do CPC, a execução fiscal será proposta, em alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
regra, no foro de domicílio do devedor, sendo certo que, no âmbito de vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
competência jurisdicional da Justiça Federal, o foro constitui-se de uma 2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou
Seção Judiciária que, a seu turno, coincide com a extensão territorial de pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a
cada Estado Federado, nos termos do art. 110 da Constituição Federal. instância adequada, onde a pretensão poderá ser novamente
3 – Como, na hipótese, a fixação da competência regula-se, considerada.
fundamentalmente, pelo aspecto territorial do domicílio do devedor 3. O acórdão embargado consignou que os honorários advocatícios já
fiscal, a aludida competência jurisdicional qualifica-se, integram a Certidão de Dívida Ativa, nos termos do art. 1º do Decreto-
inequivocamente, como relativa, circunstância que, a teor da Súmula lei nº 1.025/69.
n.º 33 do E. STJ, veda ao magistrado da causa apreciar e declarar de 4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
ofício sua incompetência, vez que a competência se prorrogará, se não prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
oposta a correspondente exceção.. írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
4 – À vista da índole relativa das regras de competência aplicáveis para onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
a determinação do foro, conclui-se como equivocada a declaração de 5. Embargos de declaração improvidos.
incompetência levada a efeito, ex officio, pelo Juízo Federal ao qual foi ACÓRDÃO
dirigida a ação principal, vez que necessária e indispensável, para dito Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
reconhecimento, a provocação da parte devedora por meio de exceção Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
declinatória de foro, não oposta, aliás, in casu. declaração, na forma do voto da Relatora.
5 – Agravo interno provido. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
ACÓRDÃO NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Vistos e relatados os autos, em que são partes as acima indicadas: Desembargadora Federal
Decide a Egrégia Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Ldo
Federal da 2ª Região, por maioria, dar provimento ao agravo interno,
na forma do voto do Desembargador Federal Marcus Abraham.
Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2012. (data do julgamento).

MARCUS ABRAHAM BOLETIM: 137432


Desembargador Federal
Relator para acórdão
IV - APELACAO CIVEL 2011.51.01.013137-8
Nº CNJ :0013137-94.2011.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
NIZETE LOBATO CARMO
APELANTE :MAERSK BRASIL (BRASMAR) LTDA

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ADVOGADO :LEANDRO SOUZA DE OLIVEIRA E
OUTROS
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Desembargadora Federal
(201151010131378)

EMENTA
ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.
LEGITIMIDADE PASSIVA DA AUTORIDADE COATORA. IV - APELACAO CIVEL 2012.51.03.000150-0
DESUNITIZAÇÃO DE CONTÊINER. ART. 515, §3º, DO CPC. Nº CNJ :0000150-83.2012.4.02.5103
1 – A sentença extinguiu o writ, sem resolução de mérito, por RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
ilegitimidade passiva da União e do Inspetor da Alfândega no Porto do NIZETE LOBATO CARMO
Rio de Janeiro, fundada em que o ente federal não é parte do contrato APELANTE :GILBERTO RANGEL E OUTRO
de armazenamento firmado entre a impetrante, empresa de navegação ADVOGADO :JOSELA FRANCO VIEIRA E OUTRO
marítima, e o terminal portuário e, ainda, que o processo de APELANTE :MARILIA DE ASSIS SILVA
desutinização independe de qualquer autorização da Alfândega. ADVOGADO :JOSELA FRANCO VIEIRA MACHADO
2 – A autoridade coatora é aquela que praticou ou ordenou concreta e E OUTRO
especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado. Não se APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
confunde o simples executor material do ato com a autoridade superior ADVOGADO :SEM ADVOGADO
responsável pelas determinações por ele cumpridas. Inteligência do art. ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE
6º, § 3º, da Lei nº 12.016/2009. CAMPOS (201251030001500)
3 – Os dirigentes dos terminais alfandegários são depositários e
executores das ordens da Secretaria da Receita Federal, órgão EMENTA
despersonalizado e hierarquicamente vinculado ao Ministério da PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. INDEFERIMENTO DA INICIAL
Fazenda que administra a destinação das mercadorias apreendidas. A SFH. NECESSIDADE DEPÓSITO DOS VALORES
responsabilidade pelo esvaziamento do contêiner é do Poder Público e CONTROVERTIDOS. RECURSO IMPROVIDO.
não há como desobrigá-lo da liberação da unidade de carga. Aplicação 1. O juízo a quo indeferiu a inicial em ação de consignação e julgou
dos Decretos nº 1.910/96 e 6.759/2009. extinto o processo, nos termos do art. 284, parágrafo único e no art.
4 – Pela Ordem de Serviço nº 4, de17/10/2006, o Inspetor da 267, I, do CPC, por não terem cumprido a determinação de depositar as
Alfândega do Porto do Rio de Janeiro delega a sua competência ao prestações do contrato de mútuo hipotecário, com base no art. 50 da
recinto alfandegado para o procedimento de desunitização das Lei nº 10.931/2004.
mercadorias objeto de apreensão, mas isso não exclui a sua 2. A Lei nº 10.931/2004 é clara sobre a necessidade de depósito dos
legitimação para figurar no polo passivo desta ação mandamental. valores controversos, para suspender a exigibilidade e a continuidade
Não se discute nos autos despesas com a armazenagem dos do pagamento dos valores incontroversos, "no tempo e modo
contêineres, e eventual discordância será eventualmente dirimida em contratados", sob pena de inépcia da inicial. Precedentes desta Turma.
ação própria. 3. Na hipótese, os apelantes deixaram de observar os requisitos legais,
5- Afirma o impetrante, sem controvérsias, que não obstante o longo especialmente o fato de não terem efetuado o depósito integral do
prazo decorrido entre a descarga e o abandono, as mercadorias montante exigido.
continuam acondicionadas nos seus contêineres e, por isso, apresentou 4. Apelação improvida.
em 27/06/2011 e em 20/07/2011, requerimentos administrativos de ACÓRDÃO
desunitização das cargas e devolução dos contêineres vazios ao Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
Inspetor da Alfândega do Porto do Rio, mas até o momento apenas Segunda Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, na
dois conteiners foram devolvidos, persistindo o interesse quanto aos forma do voto da Relatora.
demais. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
6 – O contêiner não é acessório da mercadoria transportada, e por isso NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
não se sujeita à pena de perdimento, configurando-se indevida a Desembargadora Federal
retenção das unidades de carga de propriedade da empresa de
navegação marítima, ora apelante, a teor do art. 24, parágrafo único, da
Lei nº 9.611/98.
7 – Sentença parcialmente reformada. Julgamento da apelação, com
base no § 3º, do art. 515, do CPC. Apelação provida. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.01.004467-0
ACÓRDÃO Nº CNJ :0004467-33.2012.4.02.5101
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à apelação para, NIZETE LOBATO CARMO
reformando parcialmente a sentença, reconhecer a legitimidade passiva APELANTE :UNIAO FEDERAL
do Inspetor da Alfândega no Porto do Rio de Janeiro, e, com fulcro no APELADO :THIAGO GOMES DA SILVA
art. 515, § 3º, do CPC, julgar procedente em parte o pedido para ADVOGADO :SEM ADVOGADO
determinar que a autoridade coatora libere, no prazo de 10 (dez) dias, REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ
os contêineres de propriedade da impetrante, nos termos do voto da ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
Relatora. JANEIRO (201251010044670)
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO EMENTA
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIÇO
MILITAR OBRIGATÓRIO. DISPENSA. MUNICÍPIO NÃO
TRIBUTÁRIO. CONCLUINTE DE MEDICINA. CONVOCAÇÃO
NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 12.336/10. POSSIBILIDADE.
1. A sentença apelada concedeu a segurança contra ato da autoridade

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impetrada que convocou estudante de medicina já dispensado do
serviço militar obrigatório, por residir em município não tributário, em
22/06/2004, convencido do seu direito de não ser novamente chamado
para o Serviço Ativo do Exército, em 12/01/2012.
2. É possível a convocação superveniente de militar, após a conclusão
do curso de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária, por ADVOGADOS :JOSE JULIO MACEDO DE QUEIROZ E
aplicação do art. 4º, da Lei nº 5.292/1967, na redação da Lei nº 12.336, OUTROS
de 27/10/2010. Precedentes. APELADOS :FNS - FUNDAÇAO NACIONAL DE
3.Remessa necessária e apelação providas. SAUDE E OUTRO
ACÓRDÃO PROCURADORA :CRISTIANA COLOSIMO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da APELADO :JOAO BATISTA PINTO FILHO
2ª Região, por unanimidade, dar provimento à remessa necessária e à ADVOGADO :PAULO AMERICO LOPES FRANCO
apelação, nos termos do voto da relatora. ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. RIO DE JANEIRO (201251010012631)
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal EMENTA
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXTINÇÃO DO
PROCESSO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INCABÍVEL
1. Em embargos à execução contra execução de título judicial a FNS,
embargante/apelada, alega ter liquidado a dívida, juntando extrato
IV - APELACAO CIVEL 2011.51.01.017756-1 SIAPE para demonstrar o pagamento e, por isso, a sentença condenou
Nº CNJ :0017756-67.2011.4.02.5101 o Sindicato, apelante/embargado, em honorários de R$ 1.000,00.
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL 2. Os honorários de advogado são devidos por aquele que deu causa à
NIZETE LOBATO CARMO lide o que, no caso concreto, não foi observado. O documento juntado
APELANTE :CAROL DA SILVA SIQUEIRA comprova que o pagamento foi posterior à propositura da ação de
FERRAZ execução, evidenciando, destarte, quem realmente deu causa à
ADVOGADA :RAQUEL FERRAZ THOME propositura da ação. Inteligência do art. 20, do CPC.
APELADA :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF 3. O ordenamento jurídico pátrio veda a concessão do que não foi
ADVOGADOS :LIDIA GOMES DE OLIVEIRA pedido, e privilegia o princípio do tantum devolutum quantum
CORREIA E OUTROS apellatum, por isso reformo a sentença apenas para excluir a
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO condenação em honorários advocatícios.
DE JANEIRO (201151010177561) 4. Apelação provida.
ACÓRDÃO
EMENTA Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO POSSESSÓRIA. 2ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, nos termos do
CONFISSÃO E PAGAMENTO DA DÍVIDA ANTERIOR À Voto da Relatora.
SENTENÇA, PORÉM NÃO COMUNICADOS AO JUÍZO. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
1 – A sentença determinou a reintegração da Caixa no imóvel, fundada NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
em que a parte ré estava inadimplente com as cotas condominiais, Desembargadora Federal
caracterizando o esbulho possessório, embora, já então, a dívida Bsm
estivesse quitada, mediante termo de confissão e recolhimento dos
valores.
2 – A sentença deve refletir o estado de fato da lide no momento da
entrega da prestação jurisdicional. O fato constitutivo, modificativo ou
extintivo do direito, superveniente à propositura da ação, deve ser IV - APELACAO CIVEL 2011.51.02.000957-0
levado em consideração pelo julgador, inclusive pelo Tribunal, caso Nº CNJ :0000957-43.2011.4.02.5102
seja posterior à sentença. Malgrado, o pagamento da dívida dois meses RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
antes da prolação do decisum, sem demonstração da força maior que NIZETE LOBATO CARMO
justifique a ausência de comunicação tempestiva ao juízo, não pode ser APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
agora, em sede recursal, considerado para fins de reverter a sentença, ADVOGADO :DANIELLE RODRIGUES DE SOUSA E
em virtude do óbice do CPC, art. 517. Precedentes. OUTROS
3 – Apelação improvida. APELADO :ALCIONE DE ASSIS
ACÓRDÃO ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE
NITERÓI (201151020009570)

EMENTA
IV - APELACAO CIVEL 2012.51.01.001263-1 PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
Nº CNJ :0001263-78.2012.4.02.5101 ÓBITO DA EXECUTADA ANTES DA CITAÇÃO. EXTINÇÃO
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. HONORÁRIOS
NIZETE LOBATO CARMO ADVOCATÍCIOS. DESCABIMENTO.
APELANTE :SINDICATO DOS TRABALHADORES 1. Impõe-se a extinção da execução de título extrajudicial contra
DO SERVICO PUBLICO FEDERAL NO executada falecida antes da citação, sem localização de herdeiros e/ou
ESTADO DO RIO DE JANEIRO bens penhoráveis, sem resolução do mérito, por ausência de
pressuposto de constituição e desenvolvimento válido e regular do
processo (cf. CPC, art. 267, IV).
2. Na hipótese, são indevidos honorários advocatícios pela exequente,
eis que não se cogita de vencido ou vencedor, na extinção fundada em
causa alheia à vontade das partes. Aliás, a relação processual sequer

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restou constituída, em face da ausência da citação.
3. Apelação provida.
ACÓRDÃO
Decidem os Membros da Sexta Turma Especializada do Tribunal
Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao
apelo, nos termos do voto da Relatora. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO Desembargadora Federal
Desembargadora Federal
rdr

IV - APELACAO CIVEL 2012.51.01.040621-9


Nº CNJ :0040621-50.2012.4.02.5101
IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL 567033 RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
2011.51.14.000270-0 NIZETE LOBATO CARMO
Nº CNJ :0000270-30.2011.4.02.5114 APELANTE :CICERO DE MESQUITA REGA
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL HENRIQUES TEIXEIRA
NIZETE LOBATO CARMO ADVOGADO :CICERO DE MESQUITA REGA
PARTE AUTORA :REGINA SILVA GONÇALVES HENRIQUES TEIXEIRA
ADVOGADO :LEOPOLDO COUTINHO FILGUEIRAS APELADO :UNIAO FEDERAL
JÚNIOR ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA
PARTE RÉ :UNIÃO FEDERAL FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
REMETENTE :JUÍZO DA 1ª VARA FEDERAL DE (201251010406219)
MAGÉ-RJ
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL - MAGÉ/RJ EMENTA
(201151140002700) DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. MANDADO
DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. ATO OMISSIVO
EMENTA CONTINUADO. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA.
DIREITO ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA. 1. O impetrante insurge-se contra ato do PRESIDENTE DO
SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. PENSÃO. COMPANHEIRA. LEI Nº CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, em 17/07/2012,
8.112/90. UNIÃO ESTÁVEL E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. para assegurar a contratação para o cargo de advogado do CONFEP,
NÃO COMPROVADA. alegando que, não obstante ser o primeiro colocado no certame, a
1. A sentença remetida para reexame necessário julgou procedente o autoridade coatora, sem nomeá-lo, vem reiteradamente contratando
pedido de concessão de pensão por morte à companheira, 60 anos, de escritórios de advocacia ou terceiros para exercerem a função para a
ex-servidor público civil, 78 anos, fundada na existência de provas qual foi aprovado. O Juiz sentenciante, sem requisitar informações,
documentais e oral que corrobora plenamente a tese da autora, de reconheceu a decadência do direito à via mandamental e denegou a
convivência marital por, pelo menos, 4 anos, até o óbito. segurança, com base no art. 267, IV e VI, do CPC, entendendo que o
2. A companheira tem direito à pensão, desde que comprove ter ato coator deu-se em 25/02/2011, quando foi publicada a homologação
convivido maritalmente com o de cujus em união estável, duradoura, do resultado final do concurso.
pública e contínua. Inteligência do art. 226, § 3º da CRFB e art. 1º da 2. O impetrante não se insurgiu contra o ato de homologação, e nem
Lei nº 9278/96. poderia, porquanto foi o primeiro colocado dentre os dezenove
3. Dispensa-se prévia designação pelo instituidor, em vida, do possível candidatos aprovados. Seu inconformismo é contra a omissão da
beneficiário da pensão, desde que devidamente comprovada a união autoridade coatora em deixar de nomeá-lo. Há, portanto, que ser
estável. anulada a sentença, pois “é pacífico o entendimento doutrinário e
4. A documentação juntada, mesmo somada à prova oral colhida em jurisprudencial de que o prazo decadencial do mandado de segurança
audiência, não comprova a relação de companheirismo entre a autora e não corre contra ato omissivo enquanto perdurar a omissão” (Agravo
o falecido segurado, até a data do óbito, não sendo crível que um casal Regimental no Agravo de Instrumento 1045751/RJ, Ministra Denise
conviva por 4 (quatro) sem cartão de banco, faturas de despesas Arruda - Primeira Turma do STJ, DJE de 11/02/2009).
habituais do de cujos ou do casal, participação em igrejas, associações, 3. Apelação provida. Sentença anulada.
clubes, fotos comuns com a família, atestados médicos, declarações de ACÓRDÃO
imposto de renda, etc. Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
5. Os depoimentos da própria autora, da filha do ex-servidor (como 2ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, nos termos do
informante) e de duas vizinhas, com o mesmo sobrenome, a despeito voto da relatora.
de afirmarem a convivência comum, são confusos quanto às datas e Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
quantidade de filhas que morava com o casal, não acrescentando NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
qualquer dado pessoal para caracterizar o animus da união estável, Desembargadora Federal
sendo, por isso, imprestáveis para complementar indícios documentais
de convivência até o óbito do instituidor.
6. Remessa necessária provida.
ACÓRDÃO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da IV - APELACAO CIVEL 2010.51.05.000003-5
Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à remessa Nº CNJ :0000003-22.2010.4.02.5105
necessária, na forma do voto da Relatora. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
NIZETE LOBATO CARMO
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :ROBERTO ALVES VIEIRA E OUTROS
APELADO :JUCELIA MARIA RAPOSO DOS
SANTOS

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ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :VARA ÚNICA DE NOVA FRIBURGO
(201051050000035)

EMENTA
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. CUMPRIMENTO DE do voto da Relatora.
SENTENÇA. ABANDONO DA CAUSA. EXTINÇÃO. PRÉVIA Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
INTIMAÇÃO PESSOAL. NECESSIDADE. NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
1. A sentença extinguiu o processo sem resolução do mérito, em razão Desembargadora Federal
de a CAIXA não ter se manifestado acerca do prosseguimento do feito,
na fase de cumprimento de sentença no prazo concedido pelo
sentenciante.
2. A extinção do processo por abandono da causa ou desídia exige
prévia intimação pessoal da parte para dar prosseguimento ao feito. IV - APELACAO CIVEL 1998.51.05.601794-8
Aplicação do art. 267, III e § 1º. Precedentes do STJ e desta Corte. Nº CNJ :0601794-94.1998.4.02.5105
3. Apelação provida. Sentença anulada. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
ACÓRDÃO NIZETE LOBATO CARMO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, na ADVOGADO :JANAINA GOIES REZENDE E
forma do voto da Relatora. OUTROS
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. APELADO :RONDINELLI FERNANDES LUIZ
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Desembargadora Federal ORIGEM :VARA ÚNICA DE NOVA FRIBURGO
(9806017943)

EMENTA
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO MONITÓRIA.
IV - APELACAO CIVEL 568208 2009.51.16.000719-8 ABANDONO DA CAUSA. EXTINÇÃO. PRÉVIA INTIMAÇÃO
Nº CNJ :0000719-50.2009.4.02.5116 PESSOAL. NECESSIDADE.
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL 1. A sentença extinguiu a ação monitória, na qual, o réu não foi
NIZETE LOBATO CARMO localizado, por não ter a CAIXA adotado as providências necessárias
APELANTE :ODAIR MOURA PACHECO para o prosseguimento do feito.
ADVOGADO :ODAIR MOURA PACHECO 2. A extinção do processo por abandono da causa ou desídia exige
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF prévia intimação pessoal da parte para dar prosseguimento ao feito.
ADVOGADO :ARCINELIO DE AZEVEDO CALDAS Aplicação do art. 267, III e § 1º. Precedentes do STJ e desta Corte.
ORIGEM :1A. VARA FEDERAL DE MACAE 3. Na hipótese, inobservado o requisito necessário à extinção do
(200951160007198) processo, com a prévia intimação da CAIXA para suprir a falta, deve a
sentença ser anulada.
EMENTA 4. Apelação provida. Sentença anulada.
PROCESSO CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. PROCEDÊNCIA DO ACÓRDÃO
PEDIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
1. A sentença condenou o réu, ora apelante, a pagar honorários de 10% Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, na
(dez por cento) do valor da causa, em ação monitória pelo forma do voto da Relatora.
inadimplemento de parcelas de contrato de empréstimo no montante de Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
R$ 18.337,32. NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
2. No caso, não prospera a pretensão de exclusão da condenação ou Desembargadora Federal
redução para 1% (um por cento) do valor da causa porque, sendo
indubitável a sucumbência, são devidos honorários advocatícios.
Aplicação do art. 20 do CPC.
3. Não tem razão o apelante quando afirma que não ofereceu efetiva
resistência à pretensão autoral, reduzindo enormemente o trabalho REEXAME NECESSÁRIO EM MS 566484 2011.51.01.001904-9
desenvolvido pelo patrono da autora, pois impugnou a cobrança, Nº CNJ :0001904-03.2011.4.02.5101
imputando culpa à caixa. Atento às circunstâncias, o juiz julgou RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
adequadamente a lide, arbitrando verba honorária compatível com o NIZETE LOBATO CARMO
nível de complexidade da causa, não sendo o valor de R$ 1.800,00 APELANTE :ANDRÉ LUIZ DIAS DE MELLO
excessivo ou elevado. ADVOGADO :ROBSON DOS SANTOS TAVARES
4. Na dicção do § 3º, do art. 20, do CPC, o Superior Tribunal de Justiça APELADO :CONSELHO REGIONAL DE
consolidou entendimento no sentido de que o juiz não está adstrito aos ENGENHARIA, ARQUITETURA E
percentuais de 10 e 20% , mas isso não significa que não possa adotá- AGRON. - CREA/RJ
los. Precedentes. ADVOGADO :DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES
5. Apelação improvida. TORRES FREIRE E OUTROS
ACÓRDÃO REMETENTE :JUÌZO FEDERAL DA 32ª VARA-RJ
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA
2ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
(201151010019049)

EMENTA
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. REMESSA
NECESSÁRIA. CREA/RJ. CURSO TÉCNICO EM

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TELECOMUNICAÇÕES. FUNCIONAMENTO IRREGULAR.
INSCRIÇÃO NEGADA. SEGURANÇA DENEGADA.
1. A sentença submetida a reexame concedeu parcialmente a segurança
para determinar ao Presidente do CREA/RJ o recebimento e análise do
pedido para posterior expedição de registro profissional definitivo,
convencido de que o impetrante comprovou a conclusão do curso de mérito, salvo o total esgotamento das medidas cabíveis e a evidente
Técnico em Eletrotécnica, em 2009, sendo desinfluente constar dos inutilidade do prosseguimento. Aplicação do art. 791, III, do CPC.
documentos que a instituição de ensino estava “Sob Inspeção 4. Apelação provida. Sentença anulada.
Estadual”, pois não é razoável seja penalizado pela desídia do CEITEC ACÓRDÃO
em regularizar sua atuação, e tampouco pela omissão do Poder Público Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
na observância da legislação pertinente. Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, na
2. Se o CREA/RJ tem o dever de orientar e fiscalizar o exercício forma do voto da Relatora.
profissional, não pode e nem deve persistir na omissão de fiscalização Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
imputada à Secretaria de Educação/RJ, no exercício de seu poder de
polícia, sendo razoável a solução aviltrada por ela própria, para NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
possibilitar o registro profissional dos alunos que concluíram cursos Desembargadora Federal
técnicos no CEITEC, os quais “devem ser submetidos a avaliações
específicas com vistas a conseguir a titulação através do
aproveitamento de competência”.
3. Nas circunstancias, o CREA/RJ agiu dentro do seu dever de
fiscalização, sem qualquer ilegalidade ou abusividade competindo, se IV – APELAÇÃO CÍVEL 567846 2012.51.01.001632-6
for o caso, à Instituição de Ensino responder pelos prejuízos causados Nº CNJ :0001632-72.2012.4.02.5101
ao impetrante, no exercício de atividades de forma irregular. RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
Precedentes. NIZETE LOBATO CARMO
4. Remessa necessária provida. APELANTE :ERNANI RIBEIRO DAS CHAGAS
ACÓRDÃO MOURA
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da ADVOGADO :RONALDO ESPOSEL JÚNIOR
Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à remessa APELADO :ORDEM DOS ADVOGADOS DO
necessária, na forma do voto da Relatora. BRASIL - RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. ADVOGADO :GUILHERME PERES DE OLIVEIRA E
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO OUTROS
Desembargadora Federal ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (201251010016326)

EMENTA
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.05.000199-9 ANUIDADE. OAB. PROCESSO REMETIDO AO NÚCLEO DE
Nº CNJ :0000199-60.2008.4.02.5105 CONCILIAÇÃO. DEMORA NA DISTRIBUIÇÃO. DESÍDIA DA
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL EXEQUENTE. INEXISTÊNCIA. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO.
NIZETE LOBATO CARMO 1. O juiz julgou improcedentes os embargos à execução de anuidades
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF da OAB, de 2005 e 2006, no valor de R$ 808,17 (oitocentos e oito
ADVOGADO :JANAINA GOIES REZENDE E reais e dezessete centavos), convencido de que não houve a alegada
OUTROS prescrição do crédito, eis que a ação foi inicialmente distribuída ao
APELADO :BELVEDERE TRANSPORTES LTDA Núcleo de Conciliação da Seção Judiciária do Rio de Janeiro e, sem
ADVOGADO :NEEMIAS VARGAS DE OLIVEIRA E acordo, sobreveio o Termo de Retificação, com a redistribuição dos
OUTROS autos ao Juízo da 10ª Vara Federal.
ORIGEM :VARA ÚNICA DE NOVA FRIBURGO 2. Protocolada a execução antes da prescrição, o atraso na distribuição
(200851050001999) decorrente de fatos imputáveis aos trâmites judiciais não pode
prejudicar o direito do credor-exequente, que não contribuiu para a
EMENTA demora da citação.
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. EXECUÇÃO. TÍTULO 3. A prescrição interrompe-se no momento da propositura da execução,
EXTRAJUDICIAL. BENS DO DEVEDOR INSUFICIENTES. em nada influindo a data do despacho ordinatório da citação, salvo se
ABANDONO DA CAUSA. EXTINÇÃO. PRÉVIA INTIMAÇÃO provado que a demora decorreu de fato imputável à inércia do credor
PESSOAL. NECESSIDADE. exequente. Precedentes do STJ.
1. A sentença extinguiu a execução de título extrajudicial, fundada no 4. “Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora
descumprimento do despacho que determinava esclarecer como a na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não
exequente pretendia satisfazer o crédito e que providências adotaria justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou
para o prosseguimento do feito. decadência.”(Súmula 106 do STJ).
2. A extinção do processo por abandono da causa ou desídia exige 5. Apelação desprovida.
prévia intimação pessoal da parte já citada, para dar prosseguimento ao ACÓRDÃO
feito. Aplicação do art. 267, III e § 1º. Precedentes do STJ e desta Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
Corte. Segunda Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, na
3. A não localização de bens do devedor para nomeação à penhora forma do voto da Relatora.
enseja a suspensão do processo, e não sua extinção sem resolução do Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal

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IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL
2011.50.02.002349-7
Nº CNJ :0002349-27.2011.4.02.5002
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
NIZETE LOBATO CARMO readaptação da autora no cargo de auditor fiscal do tesouro nacional,
PARTE AUTORA :GELSON ADRIANO BARLEZ FEU título obtido através de sentença com trânsito em julgado.
ADVOGADA :JULIANA EDUARDO CRESCÊNCIO 2. Ajuizada a ação principal, sob o rito ordinário, tombada sob o nº
PARTE RÉ :UNES FACULDADE DO ESPÍRITO 00.705909-4, a autora obteve o provimento do direito, bem como o
SANTO trânsito em julgado, iniciando a execução.
ADVOGADO :RUBENVAL BRAGA FRANCO 3. Citada, a União Federal, com base no art. 730, do CPC, em relação a
REMETENTE :JUIZO DA 1ª VARA FEDERAL DE obrigação de pagar, a executada interpôs os embargos à execução,
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES tombados sob o nº 96.0023784-0, que foram julgados parcialmente
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL procedentes, tendo a parte exeqüente apelado.
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM/ES 4. Chamado o feito à ordem, após notícia de que a apelação da
(201150020023497) exequente, interposta nos embargos à execução, fora recebida no duplo
efeito, o juízo a quo determinou fosse aguardado o retorno dos
EMENTA embargos, entendendo-se que com esse despacho o processo ficou
ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO DE suspenso, assim como a contagem da prescrição.
SEGURANÇA. ESTUDANTE. ENSINO SUPERIOR. COLAÇÃO 5. Caso houvesse alguma incorreção referente à decisão que
DE GRAU SIMBÓLICA. LIMINAR SATISFATIVA. SITUAÇÃO determinou a suspensão da medida de levantamento dos valores e
FÁTICA CONSOLIDADA possível suspensão do processo a impedir o exercício da pretensão
1. A sentença remetida a reexame necessário concedeu a segurança executiva referente às diferenças de valores devidos, cabia à ora
para permitir ao Impetrante participar do ato de cerimônia simbólica de apelante mostrar-se irresignada via recurso ou outra medida processual
colação de grau, sem qualquer repercussão em sua condição de não- adequada.
concluinte do Curso de Sistema de Informações, em 21/12/2011. 6. Não há como se presumir a suspensão do processo de execução,
2. A situação de fato foi consolidada, sem grave prejuízo à ordem tampouco fora das hipóteses previstas no Código de Processo Civil.
jurídica ou à autonomia universitária, pela liminar concessiva, Muito menos é possível a identificação da causa de suspensão ou
confirmada posteriormente pela sentença monocrática. interrupção do prazo de prescrição, o que, em caso contrário, motivaria
3. Remessa necessária improvida. a reforma da sentença dos embargos.
ACÓRDÃO 7. Apelação conhecida e improvida.
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da acórdão
2ª Região, por unanimidade, negar provimento à remessa necessária, na Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes os acima
forma do voto da Relatora. indicados, decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação,
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO na forma do relatório e voto constantes dos autos, que passam a
Desembargadora Federal integrar o presente julgado.
bsm Rio de Janeiro, 17/ 12/ 2012 (data do julgamento).
GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA
Relator

BOLETIM: 137436

IV – APELAÇÃO CÍVEL/REEXAME NECESSÁRIO


IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.009009-6 2006.51.01.010635-2
Nº CNJ :0009009-02.2009.4.02.5101 N.º CNJ :0010635-61.2006.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME CALMON NOGUEIRA GUILHERME CALMON NOGUEIRA
DA GAMA DA GAMA
APELANTE :CARMEN PETRUS APELANTE :MATEUS FERREIRA BARBOSA
ADVOGADO :JOSE WALDECY LUCENA E OUTROS ADVOGADOS :CÉSAR DE SOUTO PALMA E OUTRO
APELADO :UNIAO FEDERAL APELANTE :UNIÃO FEDERAL
ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA APELADOS :OS MESMOS
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ORIGEM :JUÍZO DA VIGÉSIMA OITAVA VARA
(200951010090096) FEDERAL DA SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO
ementa (200651010106352)
APELAÇÃO – EMBARGOS À EXECUÇÃO –
REENQUADRAMENTO DE SERVIDOR – SUSPENSÃO DO ementa
PROCESSO PRINCIPAL - INÉRCIA DA PARTE - PRESCRIÇÃO – APELAÇÃO CÍVEL. REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO
SENTENÇA MANTIDA. ADMINISTRATIVO. MILITAR TEMPORÁRIO.
1. O cerne da questão reside em saber se ocorreu a prescrição do direito LICENCIAMENTO. CONCLUSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO.
de pleitear o recebimento de diferenças, devidas em razão da LEGALIDADE. ACIDENTE EM SERVIÇO. DIREITO À
ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR. ART. 50, IV, "A", DA LEI
N.º 6.880/80. REINTEGRAÇÃO PARA TRATAMENTO MÉDICO.
POSSIBILIDADE. AGREGAÇÃO. DANOS MORAIS. NÃO
CABIMENTO. RECURSO DO AUTOR IMPROVIDO E RECURSO
DA RÉ E REMESSA NECESSÁRIA PARCIALMENTE PROVIDOS.

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
1. Cuida-se de apelações cíveis interpostas pelo autor e pela ré em face
de sentença prolatada nos autos de ação de conhecimento, sob o
procedimento comum ordinário, que confirmou a decisão que
antecipou os efeitos da tutela pretendida e julgou procedentes em parte
os pedidos deduzidos na peça vestibular, condenando a demandada na
obrigação de fornecer ao demandante todo o tratamento médico presteza em detrimento das suas congêneres no serviço público em
necessário para a plena recuperação da lesão no joelho direito, geral. Admitir, todavia, que as eventuais deficiências do procedimento
decorrente de acidente em serviço, assim como na obrigação de pagar a clínico dispensado ao Autor sejam fonte para ressarcimento por danos
importância de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a título de indenização morais é distorcer o próprio conceito do instituto e abrir precedente
por dano moral. Não houve condenação ao pagamento das custas sob a escusa genérica de adequação do “tempo e modo” da
processuais e de honorários honorários advocatícios, em razão da assistência médica (já deferida integralmente pela própria sentença).”
sucumbêcia recíproca, com esteio no estatuído no art. 21 do Código de 8. Apelação do autor improvida e apelação da ré e remessa necessária
Processo Civi (CPC). parcialmente providas.
2. A Administração Pública pode ordenar, de ofício, o licenciamento
do militar, por conclusão de tempo de serviço. É certo que a acórdão
Administração Pública é dotada de poder discricionário, mediante o Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima
qual, dentre duas ou mais opções de agir válidas perante o Direito, indicadas, decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional
incumbe a ela a escolha, obedecidos os critérios de conveniência e Federal da 2.ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação
oportunidade. Contudo, o exercício da discricionariedade do autor e dar parcial provimento à apelação da ré e à remessa
administrativa não é absoluto ou intocável, cabendo ao Judiciário necessária, na forma do voto do Relator.
exercer o controle sobre os atos da Administração em desconformidade Rio de Janeiro, 17 / 12 / 2012 (data do julgamento).
com a lei. GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA
3. O perito nomeado pelo Juízo de primeiro grau concluiu que “O Relator
periciado é portador de lesao (sic) ligamentar complexa do joelho
dirieto. Comprovou com laudos e exames de imagem da época a
presença de lesão ligamentar. Não houve cessação da incapacidade
na ocasião da dispensa militar. Está inapto ao trabalho, aguardando
definição de marcação do tratamento cirúrgico. Incapaz em 30% para IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2010.51.02.003290-3
atividades laborativas, com restrição para deambular longas N.º CNJ :0003290-02.2010.4.02.5102
distâncias e subir e descer escadas e movimentos de rotação.” RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Considerando que, até o presente momento, se faz necessário o GUILHERME CALMON NOGUEIRA
tratamento médico especializado, bem como que há relação de causa e DA GAMA
efeito entre a lesão e as atividades desempenhadas pelo autor na EMBARGANTE :JOSE ROBERTO SCORZA
Aeronáutica, é de se concluir, portanto, que o desligamento do ADVOGADOS :RAPHAEL GOMES E OUTRO
demandante, sendo portador de sequela adquirida em serviço, EMBARGADA :FUNDAÇÃO INSTITUTO
conforme diagnosticado pelo perito judicial, foi, no mínimo, BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
prematuro, o que implica inferir que, nesse ponto, a sentença ora ESTATÍSTICA - IBGE
fustigada merece ser mantida. PROCURADORA :LUCIENE SALDANHA ARAÚJO
4. O autor faz jus a permanecer integrado às fileiras da Aeronáutica, RIBEIRO
porém na qualidade de adido, a fim de que possa receber o tratamento ORIGEM :JUÍZO DA 2.ª VARA FEDERAL DA
médico recomendado, na forma do que preceitua o art. 149 do Decreto SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE
n.º 57.654/66, que regulamenta a Lei n.º 4.375/64 (Lei do Serviço NITERÓI-RJ
Militar), DECISÃO :O V. ACÓRDÃO DE FLS. 260/261
5. O art. 50, IV, "e", da Lei n.º 6.880/80, assegura a assistência médico- ATACADA
hospitalar aos militares, sem ressalva de sua condição como
temporários ou de carreira. Dessarte, é de ser assegurada a reintegração ementa
do autor, procedendo-se à sua agregação na forma do disposto no art. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
82, I, do Estatuto dos Militares. INEXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. REEXAME
6. O pleito atinente à condenação ao pagamento de danos morais, DA MATÉRIA. IMPROVIMENTO.
contudo, não merece ser acolhido. Com efeito, não restou 1. Cuida-se de embargos de declaração opostos em face de acórdão
caracterizado, na espécie, que tenha o autor sofrido humilhações ou que, por unanimidade, deu provimento à apelação interposta pela ré,
que as ordens que lhe foram dirigidas por seus superiores tenham ora embargada, e à remessa necessária, reformando a sentença para
ocasionado a lesão ou o agravamento no seu estado de saúde, devendo- julgar improcedente o pedido formulado pelo autor, servidor público
se registrar que a vida militar prescinde de ordem, disciplina, respeito à federal, que pretendia garantir o recebimento dos valores referentes aos
hierarquia e subordinação, devendo todos os militares submeter-se a quintos incorporados por força da MP n.º 2.225/2001, relativos ao
tais princípios. Em consequência, não há como configurar tal situação período compreendido entre 08/04/1998 e 05/09/2001, assim como as
como capaz de causar danos morais, passíveis, por conseguinte, de parcelas atrasadas, acrescidas de correção monetária e juros de mora.
gerar direito à indenização pecuniária. 2. A situação do embargante foi suficientemente debatida no voto
7. “O que é se haure do relato dos fatos é a certeza de que, em uma guerreado, não havendo que se falar em contradição ou omissão. Os
realidade de um País com sistema de saúde precário e de deficiências precedentes invocados em nada o socorrem, pois os mesmos não
notórias, o Autor recebeu o tratamento possível, ainda quando possuem qualquer efeito vinculante em relação à esta Corte.
distante do ideal. Aliás, é sabido que, mesmo com as restrições 3. Não houve qualquer uma das causas que ensejariam o acolhimento
orçamentárias das Forças Armadas, o atendimento, nas unidades dos embargos de declaração opostos, sendo certo que o embargante, na
hospitalares vinculadas àquelas instituições, sobeja em qualidade e verdade, pretende a reforma da decisão proferida em razão de sua
sucumbência, devendo, portanto, buscar a via adequada para sua
efetiva satisfação.
4. Embargos de declaração improvidos.
acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima

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indicadas, decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da .2ª Região, por unanimidade, negar provimento aos
embargos declaratórios, nos termos do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 17 / 12 / 2012 (data do julgamento).
GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA
Relator apelações do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de
Janeiro, nos termos do voto da Relatora.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal
BOLETIM: 137446

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2006.51.01.011528-6


Nº CNJ :0011528-52.2006.4.02.5101 IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.01.018079-1
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Nº CNJ :0018079-72.2011.4.02.5101
GUILHERME CALMON NOGUEIRA RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
DA GAMA GUILHERME CALMON NOGUEIRA
APELANTE :UNIAO FEDERAL DA GAMA
APELANTE :ESTADO DO RIO DE JANEIRO APELANTE :UNIAO FEDERAL
PROCURADOR :LUIS FELIPE SAMPAIO DE ALMEIDA APELANTE :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
APELANTE :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO PROCURADOR :HUGO GONCALVES GOMES FILHO
PROCURADOR :HUGO GONÇALVES GOMES FILHO APELADO :SALVADOR GONCALVES DE
APELADO :RAFAEL DOS SANTOS SALOMAO OLIVEIRA
ADVOGADO :EDUARDO BARBOSA CAMPOS E ADVOGADO :DEBORA LESSA BARBOSA
OUTRO NOGUEIRA
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 32A VARA-RJ REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 20A VARA-RJ
ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO DE JANEIRO (201151010180791)
(200651010115286)
EMENTA
EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA E
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. FORNECIMENTO DE APELAÇÃO. CIRURGIA ORTOPÉDICA. ORGANIZAÇÃO DE
MEDICAMENTOS. UNIÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. FILA DE ESPERA. CONTROLE JURISDICIONAL.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. IMPOSSIBILIDADE.
1. A sentença, também condicionada a reexame necessário, ratificando 1. A sentença condenou a União, o Estado e o Município do Rio de
a decisão antecipatória, condenou os três entes da federação a Janeiro, solidária e antecipadamente, à realização de cirurgia de
fornecerem, ininterruptamente, os medicamentos Azatioprima 50 mg e artroplastia total de joelhos da parte autora.
Mesalazima 500 mg (pentasa), até o término do tratamento do autor, 2. Em instituições e hospitais públicos, devem os pacientes
portador de Síndrome de Crohn, doença inflamatória intestinal. necessitados de cirurgia aguardar o procedimento em fila de espera,
2. A União Federal, em regra, no âmbito do SUS, não tem atribuição organizada segundo critérios técnicos que considerem a entrada, a
de distribuir diretamente medicamentos, do que decorre a sua doença, a gravidade, e o procedimento necessário, cabendo à
ilegitimidade passiva para responder ações movidas para obtê-los. Administração zelar pelo respeito à ordem estabelecida, visando
Inteligência da Lei nº 8.080/90. Precedentes da Turma. afastar, na medida do possível, o risco à vida daqueles que,
3. A remessa dos autos à Justiça Estadual, melhor ajustada à prioritariamente, aguardam cirurgias de alta complexidade.
sistemática dos serviços do SUS, tem o efeito prático de aproximar os 3. Embora notórias as deficiências no SUS, com centenas de pacientes
pacientes necessitados de assistência médico-farmacêutica dos em listas de espera aguardando cirurgias, esse problema de saúde
organismos locais responsáveis, assim otimizando a efetividade das pública não pode e nem deve ser resolvido pelo Poder Judiciário, pena
prestações demandadas. de desestruturar-se o SUS no compromisso de preservar a saúde de um
4. Na hipótese, a parte autora, portadora de Síndrome de Crohn, paciente sem desatender outros que também aguardam cirurgia,
necessita de remédios que não integram a lista de medicamentos impondo-se sopesar, tão-somente, se a isonomia está sendo respeitada.
excepcionados fornecidos pela União Federal, e dos autos não consta 4. Não cabe ao Judiciário, sem conhecimentos médicos ou
laudo médico categórico afirmativo da essencialidade dos administrativos próprios, decidir, concretamente, se o paciente-autor
medicamentos em causa, destacando-os como únicos e insubstituíveis deve ser tratado ou operado antes de outro, que também aguarda na
para restabelecer a saúde do paciente, e situando-o, nessa medida, em fila, salvo quebrando o principio da isonomia.
quadro excepcional para justificar tratamento diferenciado, de sorte 5. No exame da omissão ou atraso na realização de procedimentos
que se impõe a remessa do feito ao Estado. cirúrgicos necessários, deve o magistrado corrigir somente eventuais
5. Apelação da União Federal e Remessa Necessária providas. vícios na organização da fila de espera para a sua prestação, não
Apelações do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de bastando, nessas hipóteses, alegações genéricas, sem a efetiva
Janeiro prejudicadas. indicação do desvio, pena de se invadir a esfera de competência de
ACÓRDÃO outro Poder.
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 6. No caso, o autor sequer cadastrou-se para cirurgia numa unidade do
Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à apelação da SUS, e é uma entre dezenas ou centenas de pacientes no mesmo estado
União Federal e à Remessa Necessária e julgar prejudicadas as de saúde, aguardando tratamento cirúrgico no INTO ou em outro
hospital público.
7. Apelação da União e Remessa necessária providas. Apelação do
Município do Rio de Janeiro prejudicada.
ACÓRDÃO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da

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2ª Região, por maioria, dar provimento à apelação da União e à
remessa necessária e julgar prejudicada a apelação do Município do
Rio de Janeiro, nos termos do voto proferido pela Relatora.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.015232-3


Nº CNJ :0015232-40.2012.4.02.0000 III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.014811-3
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Nº CNJ :0014811-50.2012.4.02.0000
GUILHERME CALMON NOGUEIRA RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
DA GAMA NIZETE LOBATO CARMO
AGRAVANTE :ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGRAVANTE :LUCIO BARRADAS LOPES
PROCURADOR :JOAO FLAVIO ROTTA ADVOGADO :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
AGRAVADO :WALKYRIA ALMEIDA FABBIO AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO AGRAVADO :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL PROCURADOR :PROCURADOR GERAL DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO DO RIO DE JANEIRO
(201251010087333) AGRAVADO :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
PROCURADOR :PROCURADOR GERAL DO
EMENTA MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL
CIRURGIA ORTOPÉDICA. ORGANIZAÇÃO DE FILA DE DO RIO DE JANEIRO
ESPERA. CONTROLE JURISDICIONAL. IMPOSSIBILIDADE. (201251010407790)
1. A decisão agravada deferiu parcialmente a tutela antecipada para
que a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município do Rio de EMENTA
Janeiro priorizassem o tratamento da parte agravada, aferindo-se o real PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
diagnóstico da enfermidade, e, constatada a necessidade de cirurgia, a FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. UNIÃO.
realizassem imediatamente, no INTO ou em outra unidade hospitalar LEGITIMIDADE PASSIVA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
apta a efetivar o procedimento cirúrgico. FEDERAL. PERDA DE OBJETO RECURSAL.
2. Em instituições e hospitais públicos, devem os pacientes 1. A decisão agravada obrigou a União a fornecer o medicamento
necessitados de cirurgia aguardar o procedimento em fila de espera, RITUXIMABE 650 mg (MABTHERA) e extinguiu o processo quanto
organizada segundo critérios técnicos que considerem a entrada, a ao Estado e Município do Rio de Janeiro, fundado em que esse
doença, a gravidade e o procedimento necessário, cabendo à medicamento não é fornecido pelas unidades da federação diretamente
Administração zelar pelo respeito à ordem estabelecida, visando aos cidadãos, mas sempre por estabelecimentos hospitalares que
afastar, na medida do possível, o risco à vida daqueles que, prestam assistência médica em oncologia como, no caso, o Hospital
prioritariamente, aguardam cirurgias de alta complexidade. Federal Cardoso Fontes.
3. Embora notórias as deficiências no SUS, com centenas de pacientes 2. O presente agravo, em que se pretende a reintegração do Estado e do
em listas de espera aguardando cirurgias, esse problema de saúde Município do Rio de Janeiro à lide originária, perdeu seu objeto, com o
pública não pode e nem deve ser resolvido pelo Poder Judiciário, pena julgamento do agravo de instrumento nº 2012.02.014392-9, em apenso,
de desestruturar-se o SUS no compromisso de preservar a saúde de um em que se reconheceu a legitimidade passiva exclusiva da União.
paciente sem desatender outros que também aguardam cirurgia, 3. Agravo de instrumento prejudicado.
impondo-se sopesar, tão-somente, se a isonomia está sendo respeitada. ACÓRDÃO
4. Não cabe ao Judiciário, sem conhecimentos médicos ou Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
administrativos próprios, decidir, concretamente, se o paciente-autor 2ª Região, por unanimidade, julgar prejudicado o agravo de
deve ser tratado ou operado antes de outro, que também aguarda na instrumento, nos termos do relatório e do voto que ficam fazendo parte
fila, salvo quebrando o princípio da isonomia. integrante do presente julgado.
5. No exame da omissão ou atraso na realização de procedimentos Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
cirúrgicos necessários, deve o magistrado corrigir somente eventuais NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
vícios na organização da fila de espera para a sua prestação, não Desembargadora Federal
bastando, nessas hipóteses, alegações genéricas, sem a efetiva
indicação do desvio, pena de se invadir a esfera de competência de
outro Poder.
6. No caso, a autora é uma entre dezenas ou centenas de pacientes no
mesmo estado de saúde, aguardando tratamento cirúrgico no INTO. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.014392-9
7. Agravo de Instrumento provido. Nº CNJ :0014392-30.2012.4.02.0000
ACÓRDÃO RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da NIZETE LOBATO CARMO
2ª Região, por maioria, dar provimento ao agravo de instrumento, nos AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL
termos do voto proferido pela Relatora. AGRAVADO :LUCIO BARRADAS LOPES
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO
ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(201251010407790)

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CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS.
TRATAMENTO ONCOLÓGICO. PRESTAÇÃO DE ALTA
COMPLEXIDADE. UNIÃO. LEGITIMIDADE PASSIVA.
COMPETÊNCIA DO JUÍZO FEDERAL.
1. A decisão agravada excluiu o Estado e o Município do Rio de OUTRO
Janeiro do polo passivo, obrigando, antecipadamente, a União Federal APELADO :FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE -
a fornecer o medicamento RITUXIMABE 650 mg (MABTHERA) não FUNASA
diretamente ao autor, mas sempre através do Hospital Federal Cardoso PROCURADOR :DJALMO LUIZ CARDOSO TINOCO
Fontes. ORIGEM :1A. VARA FEDERAL DE MACAÉ
2. A União Federal, de regra, no âmbito do SUS, norteado pelos (201051160008715)
princípios da subsidiariedade e da municipalização, não tem atribuição
de distribuir diretamente medicamentos, do que decorre a sua EMENTA
ilegitimidade passiva para responder ações movidas por pessoa ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO
hipossuficiente para obtenção de medicamentos. Inteligência da Lei nº COLETIVA. 28,86%. EXECUÇÃO. SÚMULA 150-STF. PROTESTO
8.080/90. Precedentes da Turma. JUDICIAL. INTERRUPÇÃO. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA.
3. Em que pese a Constituição da República atribuir competência 1. O Juiz julgou extinta, pela prescrição, pretensão executória
comum aos entes da federação, na formulação de políticas públicas de individualizada de acórdão em ação coletiva do SINTRASEF,
saúde, a Lei nº 8.080/90, que disciplina o SUS, na execução da Política concessiva do reajuste de 28,86%, convencido de que, entre o trânsito
Nacional de Atenção Oncológica, através das Portarias GM/MS nº em julgado do acórdão exequendo e o ajuizamento da execução
24391/05 e GM/MS 2439/08 SAS/M5 nº 741 de 19/12/2005, do transcorreram mais de 5 (cinco) anos.
Ministério da Saúde, partilha as competências, confere à União as 2. A execução prescreve no mesmo prazo da ação, isto é, em cinco
prestações de alta complexidade nos tratamentos de câncer, através anos, em se tratando de dívida da União ou de fundação pública
das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia federal, como na hipótese. Aplicação da Súmula150 do STF e art. 1º do
(UNACON’s) e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Decreto nº 20. 930/32.
Oncologia (CACON’s) mantidos com recursos federais. 3. Na execução oriunda de ações coletivas, interrompida a prescrição
4. A falta de tratamento ou a sua descontinuidade deve ser coibida, pelo protesto judicial, o novo prazo conta-se pela metade, a contar do
competindo à União Federal, no particular, as providências necessárias ato interruptivo. Aplicação do CC, art. 202, II, c/c Decreto-Lei nº
a otimização da gestão médico-hospitalar, inclusive com a 20.910/1932, art. 9º, na exegese da Súmula nº 383/STF.
responsabilização disciplinar dos agentes eventualmente recalcitrantes, 4. Ajuizada a execução antes do fim do novo prazo, não há falar em
nos termos a do art. 11, I e II, da Lei 8429/1992, que tipificam como prescrição da pretensão executória. In casu, o trânsito em julgado da
ato de improbidade administrativa " qualquer ação ou omissão que ação de conhecimento ocorreu em 21/6/2005, o protesto interruptivo
viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade foi protocolado em 21/6/2010 e a execução ajuizada em 5/10/2010,
às instituições, e notadamente:( I )- "praticar ato visando fim proibido quando não decorrido o novo prazo prescricional de dois anos e meio.
em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de 5. Apelação provida.
competência" e "( II )- retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ACÓRDÃO
ato de ofício [...]. Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
5. No caso, porém, o ofício nº 2913/12 GABDIR/HFCF/RJ, de Segunda Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, na
9/8/2012, dá conta que o tratamento quimioterápico vem sendo forma do voto da Relatora.
ministrado pelo Hospital Cardoso Fontes, e o estoque do medicamento Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
em falta foi regularizado, não excluindo a imperiosa manutenção da NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
ordem judicial exarada, para assegurar, em definitivo, a continuidade Desembargadora Federal
do tratamento ao paciente, submetido a oito ciclos mensais; presente
parecer técnico conclusivo sobre a necessidade do tratamento
ministrado em hospital federal.
6. Agravo de instrumento desprovido.
ACÓRDÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AC 462558/RJ
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2000.51.01.030454-8
2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de Nº CNJ : 0030454-91.2000.4.02.5101
instrumento, nos termos do do voto proferido pela Relatora. RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZE
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. APELANTE : CARLOS ULISSES DE PAIVA
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO ADVOGADO : FRANCISCO DAS CHAGAS DE MESQ
Desembargadora Federal APELADA : UNIÃO FEDERAL
ORIGEM : 28ª VARA FEDERAL DO RIO DE JANE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 164/166


EMBARGANTE CARLOS ULISSES DE PAIVA
IV – APELAÇÃO CÍVEL 564969 2010.51.16.000871-5 EMBARGADO ACÓRDÃO DE FL. 162.
Nº CNJ :0000871-64.2010.4.02.5116
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL EMENTA
NIZETE LOBATO CARMO PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE
APELANTE :ANTÔNIA MARIA DE SÁ RIBEIRO DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
VIEIRA E OUTROS OU OBSCURIDADE.
ADVOGADO :MÁRCIA MARÍLIA DOERING E 1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou
pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a

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instância adequada, aonde a pretensão poderá ser novamente
considerada.
3. O acórdão embargado consignou expressamente que o militar não
cumpriu os requisitos necessários à indenização de transporte,
porquanto retornou definitivamente ao Rio de Janeiro 2 (dois) meses
após a mudança para Boa Vista, conforme apurado em Inquérito Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
Policial Militar, devendo restituir os valores recebidos aos cofres da Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
União, nos termos da Lei nº 8.237/91. declaração, na forma do voto da Relatora.
4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo, Desembargadora Federal
onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
5. Embargos de declaração improvidos.
ACÓRDÃO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.015503-8
declaração, na forma do voto da Relatora. Nº CNJ :0015503-49.2012.4.02.0000
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
apa NIZETE LOBATO CARMO
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO AGRAVANTE :RUBENS PINHEIRO DE MAGALHAES
Desembargadora Federal E OUTRO
ADVOGADO :CARLOS JOSE MARIANO DA SILVA
E OUTROS
AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :AURIVAL PARDAUIL E OUTROS
IV - APELACAO CIVEL 1998.50.01.008059-3 ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA
Nº CNJ :0008059-85.1998.4.02.5001 FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL (201251010087590)
NIZETE LOBATO CARMO
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF EMENTA
ADVOGADOS :GILMAR ZUMAK PASSOS E OUTROS PROCESSO CIVIL. DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE
APELANTE :ENCOM CONSTRUÇÕES E INSTRUMENTO. SFH. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA.
INCORPORAÇÕES LTDA 1. A decisão agravada indeferiu a antecipação da tutela para (i)
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO depósito judicial do valor incontroverso, suspendendo a exigibilidade
APELADO :JORGE LUIZ LESSA MAGALHAES do valor controvertido; (ii) proibir a inclusão dos nomes dos autores
ADVOGADO :BORIS CASTRO em cadastros restritivos de crédito e (iii) obstar qualquer espécie de
ORIGEM :4ª VARA FEDERAL CÍVEL DE leilão extrajudicial do imóvel em referência nos autos principais.
VITÓRIA/ES (9800080597) 2. A decisão não é teratológica, mas deixou de assegurar a justa
proteção aos autores/agravantes, mutuários que, em princípio, não são
EMENTA inadimplentes oportunistas que buscam o Judiciário para eternizar a
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS moradia. Pagaram pontualmente 233 das 240 prestações previstas em
DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, contrato, anexando planilha de evolução do financiamento que espelha
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. 223 (duzentos e vinte e três) amortizações negativas. À sua vez, a
1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a CAIXA nada contribuiu ao exame do recurso, fazendo alegações
aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o contrárias às provas dos autos, mais evidenciando a verossimilhança
alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador das alegações autorais.
vinculado a examinar a classificação normativa das partes. 3. O valor de R$ 668,08, apresentado como incontroverso, não é
2. O mero inconformismo dos embargantes, sob qualquer título ou irrisório como sustenta a CAIXA, representando 68,35% do valor
pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a cobrado. Todavia, deverá ser depositado, não em juízo, mas
instância adequada, aonde a pretensão poderá ser novamente diretamente na CAIXA, no tempo e modo contratados, como manda o
considerada. art. 50, § 1º, da Lei nº 10.931/2004.
3. O acórdão embargado consignou que o oficial de justiça não 4. O periculum in mora está presente, considerando-se a possibilidade
encontrou a litisdenunciada ENCOM no endereço indicado, tendo sido de os mutuários terem seus nomes indevidamente negativados e, ainda,
informado pelo proprietário do imóvel que a empresa era sua locatária verem a parcela de refinanciamento do saldo devedor excessivamente
e que de lá saiu há mais ou menos quatro anos para local por ele onerada pela evidenciada e indevida capitalização de juros.
ignorado, sendo também desconhecido o paradeiro de seus 5. Agravo de Instrumento parcialmente provido.
representantes legais. Frustrada a diligência no endereço inicial, correto ACÓRDÃO
o procedimento de citação por edital. Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da 2ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento ao agravo de
prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos instrumento, nos termos do voto da relatora.
írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo, Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
onerando o já sobrecarregado ofício judicante. NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
5. Embargos de declaração improvidos. Desembargadora Federal
ACÓRDÃO

IV - APELACAO CIVEL 2011.51.08.001718-2


Nº CNJ :0001718-56.2011.4.02.5108

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
NIZETE LOBATO CARMO
APELANTE :MUNICIPIO DE CABO FRIO
PROCURADOR :FERNANDA CAMERANO B. C. AVILA
APELADO :UNIAO FEDERAL
APELADO :MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL ADVOGADO : SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA AND
PROCURADOR :ANDRE LUIZ FARIAS ORIGEM : DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL D
APELADO :INST. DO PATRIMONIO HIST.
ARTISTICO NACIONAL - IPHAN EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 336/337
PROCURADOR :THIAGO SERPA ERTHAL EMBARGANTE MARIA TORRES FAÇANHA DA SILVA
ORIGEM :VARA FEDRAL DE SÃO PEDRO DA EMBARGADO ACÓRDÃO DE FL. 334
ALDEIA (201151080017182)
EMENTA
EMENTA PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO EM AÇÃO DECLARATÓRIA DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
INCIDENTAL PARTADA A AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RELAÇÃO OU OBSCURIDADE.
JURÍDICA LITIGIOSA E IDENTIDADE DE PARTES. AÇÃO 1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
1 – O Município de Cabo Frio/RJ, réu na ação civil pública proposta alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
pelo Ministério Público estadual, e em trâmite no Judiciário vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
fluminense, com vistas à manutenção de imóvel de valor histórico, 2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou
propôs ação declaratória incidental em face da União e do IPHAN, que pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a
não são partes na ACP, objetivando o reconhecimento do interesse instância adequada, onde a pretensão poderá ser novamente
federal na demanda principal, pelo valor histórico nacional do bem a considerada.
ser protegido. Insiste, em grau recursal, na competência da Justiça 3. O acórdão embargado consignou expressamente que não afronta a
Federal, repisando os argumentos para reformar sentença terminativa, Constituição o procedimento de execução extrajudicial promovida na
que considerou, acertadamente, inadequada a via eleita e indeferiu a forma do DL 70/66, uma vez que o mutuário sempre poderá recorrer ao
inicial. judiciário para o exame de irregularidades.
2 – A ação declaratória incidental destina-se apenas a declarar a 4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
existência ou inexistência da relação jurídica, ampliando os limites prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
objetivos da demanda principal, de sorte a obter do magistrado írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
pronunciamento acerca da questão prejudicial de mérito, que será onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
acobertada pela coisa julgada. Aplicação do CPC, art. 4º, I, 5º e 470. É 5. Embargos de declaração improvidos.
outra ação, oponível nos mesmos autos, com julgamento cumulativo na ACÓRDÃO
mesma sentença da demanda principal, “prejudicada” em relação à Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
incidental. São requisitos: a identidade de partes; o nexo de Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
prejudicialidade, que não se confunde com preliminares processuais; a declaração, na forma do voto da Relatora.
competência do juízo para ambas as demandas; e procedimentos Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
compatíveis. NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
3 – Hipótese em que não há crise de certeza sobre nenhuma relação Desembargadora Federal
jurídica, tampouco identidade de partes ou mesmo competência do Ldo
mesmo juízo – afinal, ajuizada a declaratória em face da União e do
IPHAN, a competência é da Justiça Federal –, de sorte que a demanda
incidental é mero subterfúgio para burlar a aplicação das normas de
intervenção de terceiros, de sorte a atrair, por via transversa, a
competência da justiça federal ratione personae. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.01.005302-5
4 – Apelação improvida. Nº CNJ :0005302-21.2012.4.02.5101
ACÓRDÃO RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da NIZETE LOBATO CARMO
Segunda Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, na APELANTE :UNIAO FEDERAL
forma do voto da Relatora. APELADO :FABRICIO TEMPERINI VALENTE
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. ADVOGADO :FABIO LUCIANO DE ALMEIDA E
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO SILVA E OUTROS
Desembargadora Federal REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 18A VARA-RJ
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(201251010053025)
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.012349-0 EMENTA
Nº CNJ : 0012349-56.2006.4.02.5101 ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIÇO
RELATOR : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE MILITAR
LOBATO CARMO
OBRIGATÓRIO. DISPENSA POR RESIDIR EM
APELANTE : MARIA TORRES FACANHA DA SILVA E MUNICÍPIO
OUTROS NÃO TRIBUTÁRIO. CONCLUINTE DE MEDICINA.
ADVOGADO : ROMEU FERNANDO CARVALHO DE SOUZA E OUTROS NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 12.336/10.
CONVOCAÇÃO
APELADO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF POSSIBILIDADE.
1. A sentença apelada concedeu a segurança contra ato da autoridade
impetrada que convocou estudante de medicina já dispensado do
serviço militar obrigatório, por residir em município não tributário, em
18/01/2006, convencido do seu direito de não ser novamente chamado
para o Serviço Ativo do Exército, em maio/2012.

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
2. É possível a convocação superveniente de militar, após a conclusão
do curso de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária, por
aplicação do art. 4º, da Lei nº 5.292/1967, na redação da Lei nº 12.336,
de 27/10/2010. Precedentes.
3.Remessa necessária e apelação providas.
ACÓRDÃO DO RIO DE JANEIRO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da (201151010096184)
2ª Região, por unanimidade, dar provimento à remessa necessária e à
apelação, nos termos do voto da relatora. EMENTA
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR INATIVO. GDATEM.
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO PARIDADE. IMPOSSIBILIDADE. BENEFÍCIO POSTERIOR À EC
Desembargadora Federal 41/2003.
1. Em regra, as vantagens pecuniárias legalmente instituídas para
estimular o desempenho individual do servidor no exercício de cargo
público efetivo visam dar concretude ao princípio constitucional da
eficiência (CRFB/88, art. 37, caput), tendo como consectário lógico a
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.021718-9 inviabilidade de sua extensão a inativos e pensionistas que, no
Nº CNJ :0021718-35.2010.4.02.5101 momento da instituição, já passaram à inatividade.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL 2. A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Operacional
NIZETE LOBATO CARMO em Tecnologia Militar–GDATEM, instituída pela Lei 11.355/06, é um
APELANTE :UNIAO FEDERAL desdobramento da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-
APELADO :BERNARDO FERREIRA AMERICANO Administrativa–GDATA, aplicando-se àquela o entendimento
DO BRASIL consolidado do STF acerca desta última.
ADVOGADO :VICTOR FELIX MAZZEI 3. Após a EC nº 41/2003, só é possível a paridade entre ativos e
ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA inativos para aqueles que, no advento da emenda, já tenham passado à
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO inatividade; preencham os requisitos para aposentar-se ou, ainda, nas
(201051010217189) hipóteses de transição previstas na EC nº 41/2003 e EC nº 47/2005, art.
3º. Na hipótese, tendo em vista que o servidor aposentou-se em 2009,
EMENTA falece o pretendido direito à igualdade com os servidores da ativa.
ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. SERVIÇO MILITAR Precedentes
OBRIGATÓRIO. DISPENSA POR EXCESSO DE CONTINGENTE. 4. Apelação e remessa necessária providas.
CONCLUINTE DE MEDICINA. CONVOCAÇÃO NA VIGÊNCIA ACÓRDÃO
DA LEI Nº 12.336/10. POSSIBILIDADE. Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
1. A sentença apelada anulou ato de convocação e determinou a 2ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação e a remessa
expedição do certificado de dispensa da incorporação de estudante de necessária, na forma do voto da Relatora.
medicina já isento do serviço militar obrigatório, por excesso de Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
contingente, em 02/05/2005, convencido do seu direito de não ser NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
novamente chamado para o Serviço Ativo do Exército. Desembargadora Federal
2. É possível a convocação superveniente de militar, após a conclusão bsm
do curso de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária, por
aplicação do art. 4º, da Lei nº 5.292/1967, na redação da Lei nº 12.336,
de 27/10/2010. Precedentes.
3.Apelação provida.
ACÓRDÃO APELACAO CIVEL 2011.50.01.006031-0
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da Nº CNJ :0006031-90.2011.4.02.5001
2ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, nos termos do RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
voto da relatora. NIZETE LOBATO CARMO
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. APELANTE :ANDRADE S.A. MARMORES E
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO GRANITOS
Desembargadora Federal ADVOGADO :LUIZ GUSTAVO TARDIN E OUTROS
APELADO :INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVAVEIS - IBAMA
PROCURADOR :LENA MARTA RIBEIRO
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.51.01.009618-4 ORIGEM :3ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
Nº CNJ :0009618-14.2011.4.02.5101 VITÓRIA/ES (201150010060310)
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL
NIZETE LOBATO CARMO EMENTA
APELANTE :JOSE WALTER RIBEIRO SANTOS ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.
ADVOGADO :JULIANO BIZZO NETTO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. AMPLA DEFESA.
APELANTE :UNIAO FEDERAL CERCEAMENTO. INEXISTÊNCIA. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 11ª VARA-RJ POTENCIALMENTE POLUIDORA. AUSÊNCIA DE LICENÇA
APELADOS: OS MESMOS AMBIENTAL. AUTUAÇÃO. FUNCIONAMENTO DE DUAS
ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL EMPRESAS NO MESMO ENDEREÇO. CONTROLADORA E
CONTROLADA. CONFUSÃO PATRIMONIAL. PROPRIEDADE
DOS BENS APREENDIDOS. SOLIDARIEDADE. PENA DE
PERDIMENTO. PROPORCIONALIDADE. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
1 – A sentença apelada, julgou antecipadamente improcedente o

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pedido, mantendo a validez do auto de infração lavrado em
10/11/2006, face de sociedade limitada controlada pela companhia
apelante, solidariamente responsável pela extração e beneficiamento de
granito, atividade potencialmente poluidora, exercida sem licença
ambiental ou autorização do IBAMA; com a apreensão de maquinário,
chapas e blocos de granito; além de multa e pena de perdimento dos APELANTE : UNIAO FEDERAL
bens, em processo administrativo regular. APELADO : MARGARETH OGLIARI ARRUDA CORREIA
2 – O julgamento antecipado da lide não importa em cerceamento de ADVOGADO : SERGIO LUCIO MARIA ARRUDA
defesa se os fatos estão sobejamente comprovados por documentos, são ORIGEM : DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL DO RIO
incontroversos ou, ainda, desinfluentes ao deslinde do feito.
3 – Embora a fiscalização encetada a partir de informação da Receita EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 182/186
Federal focasse a sociedade limitada autuada, constatou-se nítida EMBARGANTE : UNIÃO FEDERAL
confusão entre ela e a controladora apelante (99,85% das cotas), que EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FL. 186
funcionava com os mesmos representantes legais, ambas sem licença
para desenvolver atividade poluidora no local, Município capixaba de EMENTA
Serra, sendo desinfluente a regularidade de documentação no PROCESSO CIVIL. REMESSA NECESSÁRIA. EMBARGOS DE
Município de Águia Branca. DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
4 – É solidaria a responsabilidade ambiental de todos que concorrem OU OBSCURIDADE.
para a atividade ilícita, direta ou indiretamente e, no caso, à ausência 1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
de certeza da propriedade dos bens apreendidos, é direta a aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
responsabilidade da apelante, embora não autuada, pelo alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
beneficiamento do granito, sem licenciamento, inclusive com os teares vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
liberando resíduos sólidos, pois de acordo com seu contrato social e 2. O mero inconformismo dos embargantes, sob qualquer título ou
cadastro na Receita Federal, também procede à sua industrialização, pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a
importação e exportação; e está sediada no local do depósito dos bens instância adequada, aonde a pretensão poderá ser novamente
apreendidos, no Município de Serra. considerada.
5 – As normas do direito societário não se prestam para justificar a 3. O julgador não está obrigado a analisar explicitamente cada um dos
desobediência da legislação ambiental e tampouco para afastar argumentos, teses e teorias aduzidas pelas partes, bastando a resolução
qualquer punição, favorecendo o abuso do direito de constituição de fundamentada da lide. Embargos declaratórios manifestados com
diferentes personalidades jurídicas, com unidade gerencial e explícito intuito de prequestionamento não dispensam os requisitos do
patrimonial entre os componentes do grupo econômico. Aplicação da artigo 535 do CPC. Precedentes jurisprudenciais.
Lei nº 6.938/1981, art. 3º, IV. 4. O acórdão embargado consignou expressamente que não há
6 – O Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério prescrição e tampouco o autor é parte ilegítima para pleitear a anulação
Público nos idos de 2004, após ter sido a apelante flagrada no exercício da demarcação, uma vez que os requerentes não tiveram ciência da
de atividade poluidora similar, no endereço comum das duas empresas, retomada, em 2001, do procedimento administrativo que buscam
em desconformidade com a legislação ambiental, reforça ainda mais a anular.
razoabilidade da pena de perdimento dos bens aplicada em março de 5. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
2011. prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
7 – Os honorários de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), correspondentes írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
a 0,75% (vírgula setenta e cinco por cento) do valor da causa, são onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
compatíveis com a complexidade da controvérsia e devem ser 6. Embargos de declaração desprovidos.
mantidos. ACÓRDÃO
8 – Apelação desprovida. Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
ACÓRDÃO Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima declaração, na forma do voto da Relatora.
indicadas, decidem os Membros da Sexta Turma Especializada do Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
provimento ao apelo, nos termos do relatório e do voto, que ficam Desembargadora Federal
fazendo parte do presente julgado. rgi
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal
Relatora
Rdr EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 2010.50.01.000073-3
Nº CNJ : 0000073-60.2010.4.02.5001
RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LO
APELANTE : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SAN
PROCURADOR : SERGIO ROBERTO LEAL DOS SANTOS
BOLETIM: 137450 APELADO : AUSONIA NAVEGACAO LTDA
REMETENTE : JUIZO DA 5A VARA FEDERAL CIVEL DE V
ADVOGADO : FRANCISCO CARLOS DE MORAIS SILVA E
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 2008.51.01.022340-7 ORIGEM : 5ª VARA FEDERAL CÍVEL DE VITÓRIA/ES
Nº CNJ : 0022340-85.2008.4.02.5101
RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 211/218
EMBARGOS
EMBARGANTE : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SAN
EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FL. 218

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
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INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE.
1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
vinculado a examinar a classificação normativa das partes. 4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
2. O mero inconformismo dos embargantes, sob qualquer título ou prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
instância adequada, aonde a pretensão poderá ser novamente onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
considerada. 5. Embargos de declaração improvidos.
3. O acórdão embargado consignou expressamente que a infração ACÓRDÃO
sanitária apurada no interior do navio não pode ser imputada ao agente Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
marítimo, porque inexiste nexo de causalidade entre sua conduta e o Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
resultado, como exige, expressamente, o art. 3º da Lei 6.437/77. declaração, na forma do voto da Relatora.
Precedentes do STJ. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012
4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos Desembargadora Federal
írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
5. Embargos de declaração desprovidos.
ACÓRDÃO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2006.51.01.005606-3
Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de Nº CNJ : 0005606-30.2006.4.02.5101
declaração, na forma do voto da Relatora. RELATOR : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZE
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. APELANTE : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRA
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO PROCURADOR : ALEXANDER ALI SHAH
Desembargadora Federal APELADO : ANA CRISTINA ROCHA DE ALBUQUE
rgi ADVOGADOS : HERMANN ASSIS BAETA E OUTROS
REMETENTE : 15ª VARA FEDERAL/RJ

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 140/142


EMBARGANTE FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRA
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.019941-3 EMBARGADO ACÓRDÃO DE FL. 138
Nº CNJ :0019941-20.2007.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL EMENTA
NIZETE LOBATO CARMO PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
APELANTE :PAULO BRUNO FILHO INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
ADVOGADO :JULIANA REIS CASTRO OBSCURIDADE.
APELADO :UNIAO FEDERAL 1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
DO RIO DE JANEIRO alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
(200751010199413) vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 242/248 pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a
EMBARGANTE PAULO BRUNO FILHO instância adequada, onde a pretensão poderá ser novamente
EMBARGADO ACÓRDÃO DE FL. 239. considerada.
3. O acórdão embargado consignou expressamente que a ação cautelar
EMENTA nada mais é do que um instrumento para assegurar o “status quo ante
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. lide” até o final do julgamento da causa principal. Portanto, decidindo-
INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU se a causa principal, não há que se perquirir mais sobre a garantia do
OBSCURIDADE. julgamento. Afinal, o acessório segue o principal.
1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a 4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
vinculado a examinar a classificação normativa das partes. onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou 5.Embargos de declaração improvidos.
pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a ACÓRDÃO
instância adequada, aonde a pretensão poderá ser novamente Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
considerada. Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
3.O julgador não está obrigado a analisar explicitamente cada um dos declaração, na forma do voto da Relatora.
argumentos, teses e teorias aduzidas pelas partes, bastando a resolução .Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
fundamentada da lide. Embargos declaratórios manifestados com NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
explícito intuito de prequestionamento não dispensam os requisitos do Desembargadora Federal
artigo 535 do CPC. Precedentes jurisprudenciais. Ldo

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.01.004022-9

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Nº CNJ : 0004022-88.2007.4.02.5101
RELATOR : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO
APELANTE : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB
PROCURADOR : ALEXANDER ALI SHAH
APELADO : ANA CRISTINA ROCHA DE ALBUQUERQUE
ADVOGADO : HERMANN ASSIS BAETA EMENTA
REMETENTE : JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
ORIGEM : DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010040229)
INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 116/118 OBSCURIDADE.
EMBARGANTE FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASILIA
1. O- FUB
acórdão embargado, fundado em entendimento consolidado no
EMBARGADO ACÓRDÃO DE FLS. 113/114 STJ (e, inclusive, reafirmado em julgado sob o rito dos recursos
repetitivos - REsp nº 1.186.513), concluiu que o autor, dispensado por
EMENTA excesso de contingente antes da vigência da Lei nº 12.336/10, não
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. deveria ser reconvocado, considerando irrelevantes as demais teses da
INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU recorrente.
OBSCURIDADE. 2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou
1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a
aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o instância adequada, aonde a pretensão poderá ser novamente
alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador considerada.
vinculado a examinar a classificação normativa das partes. 3. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
instância adequada, onde a pretensão poderá ser novamente vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
considerada. 4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
3. O acórdão embargado consignou expressamente que na declaração prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
emitida pelo Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
Cavalcanti - HEMORIO, a autora comprova que exerceu atividades onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
relacionadas à prescrição e execução de técnicas fonoaudiológicas em 5. Embargos de declaração improvidos.
pacientes oncohematológicos; participou da elaboração de protocolos ACÓRDÃO
nesse tratamento e na discussão nas equipes multidisciplinares Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
buscando solucionar as necessidades fonoaudiológicas desses 2ª Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
pacientes, o que atende às exigências do Edital, não merecendo, assim, declaração, nos termos do voto da Relatora.
prosperar as razões do indeferimento do recurso interposto pela Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
Candidata. NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da Desembargadora Federal
prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
5.Embargos de declaração improvidos.
ACÓRDÃO IV - APELACAO CIVEL 2008.51.10.002368-7
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da Nº CNJ : 0002368-05.2008.4.02.5110
Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de RELATOR : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZE
declaração, na forma do voto da Relatora. APELANTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
. ADVOGADO : ANDRE PIRES GODINHO E OUTROS
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012 APELADO : SHIFT 500 DISTRIBUIDORA DE MATE
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO HOSPITALARES LTDA E OUTROS
Desembargadora Federal ADVOGADO : SEM ADVOGADO
Ldo ORIGEM : 2A VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO F
(200851100023687)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 77/78


EMBARGANTE CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.51.01.001485-8 EMBARGADO ACÓRDÃO DE FL. 75
Nº CNJ : 0001485-46.2012.4.02.5101
RELATOR : DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO
EMENTA CARMO
APELANTE : UNIÃO FEDERAL PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
APELADO : MATHEUS OLIVEIRA RIBEIRO INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
ADVOGADO : FLÁVIA CARVALHO PINHEIRO OBSCURIDADE.
REMETENTE : 7ª VARA FEDERAL/RJ 1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ÀS FLS. 182/188 alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
EMBARGANTE UNIÃO FEDERAL vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
ACÓRDÃO DE FL. 180 2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou
pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a
instância adequada, onde a pretensão poderá ser novamente
considerada.
3. O acórdão embargado consignou expressamente que inexiste óbice à
cobrança da comissão de permanência da data do inadimplemento,
desde que não cumulada com outro fator moratório.

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
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4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
5. Embargos de declaração improvidos.
ACÓRDÃO presente julgado.
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012 (data do julgamento).
Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
declaração, na forma do voto da Relatora. Desembargadora Federal
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal
Ldo
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.002350-1
Nº CNJ :0002350-79.2006.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
NIZETE LOBATO CARMO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.017414-0 APELANTE :EDSON OLIVEIRA DE SOUSA
Nº CNJ :0017414-67.2010.4.02.0000 ADVOGADO :MANOEL CARLOS MATTOS DA
RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL SILVA E OUTROS
NIZETE LOBATO CARMO APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
AGRAVANTE :ARACA AGROPECUARIA LTDA ADVOGADO :MARCIO DIOGENES MELO E
ADVOGADO :ELIANE DRUMMOND MEIRA E OUTROS
OUTROS ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DE DO RIO DE JANEIRO
COLONIZACAO E REFORMA (200651010023501)
AGRARIA - INCRA
PROCURADOR :SEM PROCURADOR EMENTA
ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
(200351010051349) OBSCURIDADE.
1. Somente são cabíveis embargos declaratórios relacionados a
EMENTA aspectos que objetivamente comprometam a inteligibilidade e o
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PERÍCIA alcance do pronunciamento judicial, não estando o órgão julgador
TOPOGRÁFICA. PROVA EMPRESTADA. PRODUÇÃO DE vinculado a examinar a classificação normativa das partes.
PROVAS NOS PROPRIOS AUTOS. NECESSIDADE. 2. O mero inconformismo do embargante, sob qualquer título ou
1. A decisão agravada determinou o prosseguimento de perícia pretexto, há de ser manifestado em recurso próprio e perante a
topográfica anteriormente deferida, negando a suspensão da ação de instância adequada, aonde a pretensão poderá ser novamente
interdito proibitório, proposta em 14.01.2003, até julgamento final de considerada.
ação declaratória, distribuída por dependência, mas sem apensamento, 3. O acórdão embargado consignou que se o título judicial condenou a
em 18.02.2004, que objetiva o reconhecimento da não expropriação, Caixa unicamente a proceder à aplicação da taxa de juros progressivos
por decretos do INCRA, de gleba de 170 hectares, de propriedade da no saldo da conta vinculada ao FGTS, incabível a aplicação dos
agravante. expurgos inflacionários, que não foram objeto da demanda.
2. Na hipótese, a agravante insiste na necessidade da suspensão do 4. Os embargos declaratórios, concebidos ao aprimoramento da
processo de interdito até o julgamento final da ação declaratória , prestação jurisdicional, não podem diluir-se em motivos ou pretextos
porque nesta já houve perícia topográfica, que lhe foi favorável, írritos, contribuindo, ao revés, para alongar o tempo do processo,
concluindo que a área de 170 hectares não foi abrangida pelos decretos onerando o já sobrecarregado ofício judicante.
expropriatórios. 5. Embargos de declaração improvidos.
3. A nova perícia técnica deferida nestes autos de interdito proibitório, ACÓRDÃO
a requerimento do INCRA, já foi ratificada por esta Turma, em agravo Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
de instrumento, objeto de Recurso Especial, sem efeito suspensivo, Segunda Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
ainda não apreciado, de sorte que deve ser mantida, por ora, pena de declaração, na forma do voto da Relatora.
haver cerceamento de defesa em prejuízo do instituto agrário. Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
4. Se à agravante interessa manter o resultado de uma prova, que lhe é NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
favorável, ao INCRA importa a elucidação de outros pontos duvidosos, Desembargadora Federal
tal como reconhecido nos dois graus de jurisdição. Se no mesmo
processo pode o juiz determinar uma segunda perícia e, após, sopesar o
valor de cada qual, é evidente que também pode fazê-lo em processos
distintos. Aplicação dos arts. 437 e 439, parágrafo único, do CPC.
5. Agravo de instrumento desprovido. Decisão mantida. IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.020736-6
ACÓRDÃO Nº CNJ :0020736-21.2010.4.02.5101
Decide a Egrégia Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, GUILHERME CALMON NOGUEIRA
na forma do relatório e do voto que ficam fazendo parte integrante do DA GAMA
APELANTE :CAMILA APARECIDA DE JESUS
MOREIRA
ADVOGADO :GUSTAVO AFONSO MELLO BERNER
APELADO :UNIAO FEDERAL
ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL

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DO RIO DE JANEIRO
(201051010207366)

EMENTA
ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO. CUMULAÇÃO DE CARGOS.
TÉCNICA E AUXILIAR DE ENFERMAGEM. 70H (SETENTA) ADITAMENTO DE PAUTA DE JULGAMENTOS
SEMANAIS DE TRABALHO. IMPOSSIBILIDADE.
1. O art. 37, XVI, c, da Constituição da República, admite a cumulação Determino a inclusão dos processos abaixo relacionados no
de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com Aditamento a Pauta de Julgamentos ORDINARIA do dia 23 de
profissões regulamentadas, exigindo, contudo, compatibilidade de JANEIRO de 2013, QUARTA-FEIRA, às 13:00 horas, podendo,
horários. entretanto, nessa mesma Sessão ou Sessões subseqüentes, ser julgados
2. O Acórdão TCU nº 2.133/2005, ao recomendar um limite máximo os processos adiados ou constantes de Pautas já publicadas.
de 60 (sessenta) horas semanais nos casos de acumulação, estabelece
um critério de interpretação normativa pautado na razoabilidade, tendo 00053 2012.50.06.000722-7 AC ES 568565
em vista que a própria Constituição, no capítulo dos direitos sociais dos CNJ : 0000722-39.2012.4.02.5006 01.15.01.04 -
trabalhadores, estabelece que a duração do trabalho normal não pode PROFISSIONAL - MULTAS E DEMAIS
exceder a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais. Há um SANÇÕES - DÍVIDA ATIVA
limite, portanto, de base constitucional, e que deve servir de orientação RELATOR : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA
ou diretiva para os casos permitidos de acumulação de cargos. PAUTA : J.F.CONV. EUGENIO ROSA DE ARAUJO
3. O critério único e objetivo, a par de evitar o exercício de APTE : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA
discricionariedade arbitrária, em prejuízo do princípio da igualdade E AGRONOMIA DO ESPIRITO SANTO -
constitucional, que coíbe tratamentos discriminatórios ou CREA/ES
injustificáveis, porta o mérito de favorecer a racionalidade e a melhor ADV : MAGDA HELENA MALACARNE
qualidade do serviço de saúde pública, evitando que se realize ao peso APDO : LUIS CARLOS FRAGA AZEVEDO
do cansaço do servidor exposto. ADV : SEM ADVOGADO
4. Hipótese em que a cumulação de dois cargos na área de técnica em
enfermagem implica 70h (setenta) semanais de trabalho: 40h
(quarenta) no Instituto Fernandes Figueira e 30h (trinta) no Hospital
dos Servidores do Estado (Portaria nº 1.281/2006). RIO DE JANEIRO, 11 DE JANEIRO DE 2013.
5. O cumprimento de 30 (trinta) horas no Hospital dos Servidores do
Estado (HSE), com base na Portaria nº 1.281/2006, não dá direito à
redução da jornada, posto que esse ato administrativo pode ser
revogado a qualquer tempo, devendo ser considerada a carga horária DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ PAULO DA SILVA
contratada. Precedentes deste tribunal. ARAUJO FILHO
7 – Apelação desprovida.
ACÓRDÃO
Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da PRESIDENTE EM EXERCÍCIO
2ª Região, por maioria, negar provimento à apelação, na forma do voto
da Relatora.
Rio de Janeiro, 12 de novembro de dezembro de 2012.
NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargadora Federal

BOLETIM: 137416

SUBSECRETARIA DA 7A.TURMA ESPECIALIZADA IV - APELACAO CIVEL 2004.51.02.000183-9


Nº CNJ :0000183-57.2004.4.02.5102
SUBSECRETARIA DA 7a.TURMA ESPECIALIZADA RELATOR :JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
ÍNDICES POR ADVOGADO DA PAUTA DE 23.01.2013. CRISTIANE CONDE CHMATALIK
APELANTE :LANA MARTHA GUIMARÃES
FERREIRA E OUTRO
Código ADVOGADOS :ANA PAULA VASCONCELOS VAZ E
Nome do Advogado OAB Número do Processo OUTROS
MAGDA HELENA 2012.50.06.000722- APELADO :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
MALACARNE ES005073 7 ADVOGADOS SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA
2012.50.06.000722- ANDRADE E OUTROS
SEM ADVOGADO 7 ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE
JANEIRO (2004.51.02.000183-9)

EMENTA
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
PROCESSUAL CIVIL. SFH. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO.
7a.TURMA ESPECIALIZADA
COISA JULGADA. RECURSO IMPROVIDO.
1. Por se tratar de litisconsórcio facultativo, ambos os mutuários
possuem legitimidade concorrente, e não conjunta, para propositura de
demanda versando sobre revisão de cláusulas e anulação de atos de
execução extrajudicial referentes ao mesmo contrato, sendo lícito a
qualquer um deles propor ação sem a presença do outro.

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2. A desistência na ação originária de n. 92.0078717-7 e homologada
em relação a apenas um dos cônjuges, mas julgada em relação ao
outro, acerca da mesma causa de pedir e do mesmo pedido de revisão
do contrato de mutuário com a Ré, nada mais caberia ao julgador senão
ampliar ao presente feito a autoridade da res iudicata e julgar extinto o
feito sem resolução do mérito, com fulcro no art. 267, V do Código de DÍVIDA PÚBLICA DO INÍCIO DO SÉCULO RECONHECIDOS
Processo Civil, sob pena de serem proferidas decisões contraditórias. COMO VÁLIDOS – SENTENÇA QUE ANTECIPOU OS EFEITOS
3. Julgar prejudicado o agravo retido e negar provimento ao recurso. DA TUTELA – APELAÇÃO RECEBIDA TÃO-SOMENTE NO
ACÓRDÃO EFEITO DEVOLUTIVO – RECURSO CABÍVEL: AGRAVO DE
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: INSTRUMENTO – ARTS. 520 C/C 558 DO CPC. 1. Segundo a
Decidem os membros da 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional jurisprudência desta Corte, o recurso cabível da decisão que antecipa
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, os efeitos da tutela no bojo da sentença é a apelação, em homenagem
nos termos do voto da Relatora, que fica fazendo parte integrante do ao princípio da unirrecorribilidade das decisões. 2. Contudo, da decisão
presente julgado. que, nessas circunstâncias, recebe recurso de apelação tão-somente no
efeito devolutivo, cabe agravo de instrumento, não havendo que se
Rio de Janeiro, de de 2012. falar em preclusão. 3. Em regra, a apelação de sentença que confirma a
CRISTIANE CONDE CHMATALIK antecipação dos efeitos da tutela deve ser recebida no apenas efeito
JUÍZA FEDERAL CONVOCADA devolutivo (art. 520, VII, do CPC), excepcionadas as hipóteses do art.
558 do CPC. 4. Hipótese dos autos em que o Tribunal reconheceu a
relevância da fundamentação e a possibilidade de lesão grave e de
difícil reparação a ensejar o recebimento do apelo também no efeito
suspensivo, adotando entendimento compatível com a jurisprudência
BOLETIM: 137442 do STJ no que diz respeito a validade dos Títulos da Dívida Pública do
início do século. 5. Recurso especial improvido. (STJ – 2ª T., REsp
791515, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 16/08/2007)
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 224139 2012.02.01.021079-7 PROCESSO CIVIL. CONCESSÃO DE ANTECIPAÇÃO DE
Nº CNJ :0021079-23.2012.4.02.0000 TUTELA NA SENTENÇA. RECURSO CABÍVEL. APELAÇÃO.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE DEVE SER MANTIDA POR
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. ARTIGO 557 DO CPC.
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DE APLICABILIDADE. MATÉRIA PACÍFICA. SÚMULA Nº 83/STJ. 1.
COLONIZACAO E REFORMA Não há como abrigar agravo regimental que não logra desconstituir os
AGRARIA - INCRA fundamentos da decisão recorrida. 2. Nos termos do artigo 557, caput,
PROCURADOR :DIOGO ALVARES TRISTÃO do Código de Processo Civil, "o relator negará seguimento a recurso
AGRAVADO :JOSE NEVES MARTINS E OUTROS manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em
ADVOGADO :PAULO HENRIQUE COELHO DE confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo
ARAUJO E OUTROS tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior",
ADVOGADO :LEANDRO SILVA COSTA sendo prescindível que o tema reste apreciado pela Corte Especial. 3. A
ADVOGADO :CEZAR SOARES PEREIRA apelação é o recurso cabível contra sentença em que foi concedida a
ADVOGADO :CLÉRIO ALVES DE PAULA antecipação de tutela. 4. Com a adoção pelo sistema recursal brasileiro
ADVOGADO :FABIANE RABELLO DE SOUZA do princípio da singularidade dos recursos, mesmo que várias tenham
ADVOGADO :RODRIGO JOSE DA ROCHA JORGE sido as questões decididas em seu bojo, a sentença é una, devendo,
AGRAVADO :ANTONIA COLARY LEAL MARTINS portanto, ser enfrentada pelo recurso cabível previsto no artigo 513,
ADVOGADO :PAULO HENRIQUE COELHO DE CPC, que é apelação. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
ARAUJO E OUTROS (STJ – 6ª T., AGREsp 553273, Rel. Min. Paulo Gallotti, DJ de
ORIGEM :VARA ÚNICA DE ITAPERUNA 06/03/2006)
(200651120000386) Ressalte-se que inaplicável o princípio da fungibilidade na presente
hipótese, por se tratar de erro grosseiro. Veja-se:
DECISÃO PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO – ERRO
1. Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo INSTITUTO GROSSEIRO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO -
NACIONAL DE COLONIZAÇAO E REFORMA AGRÁRIA – IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
INCRA contra sentença que julgou improcedente o pedido de FUNGIBILIDADE RECURSAL
desapropriação do imóvel objeto da lide, determinando que o - Na hipótese em tela, o recurso carece de um dos requisitos
recorrente “diligencie o retorno dos ocupantes-invasores da Fazenda necessários para um juízo positivo de admissibilidade, qual seja, o
São Domingos às balizas impostas pela decisão de fls. 2956/2965, sob cabimento. É que, conforme o sistema recursal vigente, o recurso
pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil Reais)” (fl. 3.234). cabível contra sentença é a apelação e não o agravo de instrumento.
2. Deve ser negado seguimento ao recurso. - Impossibilidade da aplicação do princípio da fungibilidade recursal,
Há muito, é tranqüilo na jurisprudência o entendimento de que deve ser em razão não só do erro grosseiro, como também em decorrência da
interposta apelação para impugnar trechos de sentença, ainda que diferente sistemática que é adotada para a interposição de cada um
versem sobre matéria veiculada no agravo, tendo em vista o princípio deles.
da unirrecorribilidade. - Precedentes do Superior Tribunal de Justiça citados.
- Agravo não conhecido.” (TRF 2ª Região, 5ª Turma, AI n°
Nesse sentido, veja-se as seguintes ementas, proferidas em hipóteses 2002.0201.013062-0/RJ, Rel. Des. Fed. Vera Lúcia Lima, DJ de
análogas: 29.11.2002)
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO – TÍTULOS DA 3. Ante o exposto, nego seguimento ao presente agravo, nos termos do
art. 557 do Código de Processo Civil e art. 44, § 1º, II, do Regimento
Interno desta Corte.
Preclusa esta decisão, dê-se baixa na distribuição e remetam-se os
autos à vara de origem.
P. I.

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012.
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal

ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA


FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
IV - APELACAO CIVEL 561371 2011.50.01.003383-4 (201151010139031)
Nº CNJ :0003383-40.2011.4.02.5001
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS DECISÃO
FRIEDE Trata-se de Apelação Cível, interposta pela Parte Ré, contra a Sentença
APELANTE :JOSE CARLOS DE OLIVEIRA de fls. 55/60 (autos virtuais), que julgou procedente a pretensão
GALVEAS deduzida pela União Federal.
ADVOGADO :LUCIANA MARQUES DE ABREU Pretendeu a União Federal, em síntese, com o ajuizamento da presente
JUDICE DESSAUNE (ES005868) E demanda, a condenação da Ré a ressarcir ao Erário o valor de R$
OUTROS 106.823,33 (cento e seis mil, oitocentos e vinte e três reais e trinta e
APELADO :UNIAO FEDERAL três centavos). Assevera, para tanto que a Ré foi indevidamente
ORIGEM :3ª VARA FEDERAL CÍVEL DE beneficiada com o pagamento de pensão estatutária através de decisão
VITÓRIA/ES (201150010033834) judicial posteriormente revogada.
Irresignada com a Sentença de procedência, a Parte Ré opôs o
DECISÃO competente recurso de Apelação, às fls. 71/74 (autos virtuais), na qual
Trata-se de Agravo Interno, oposto pela União Federal, Parte Autora da pugna pela reforma do Decisum vergastado.
presente demanda, contra Decisão Monocrática de fls. 227/230, que Contrarrazões às fls. 78/80 (autos virtuais).
deu parcial provimento à Apelação da Parte Ré para anular a Sentença É o Relatório.
a quo. Não merece qualquer reforma a Sentença recorrida.
A União Federal ajuizou a presente demanda objetivando, em síntese, a E isto porque, nos autos da Ação Ordinária n.º 2005.51.01.012564-0,
declaração de propriedade, anulação de escritura pública e registro dela medida liminar – de caráter, pois, precário – assegurou à então Autora,
decorrente referente ao imóvel objeto da presente demanda, tendo em ora Ré da presente demanda, o restabelecimento da pensão estatutária
vista o mesmo ser caracterizado como terreno de marinha. percebida em razão do falecimento de seu genitor, a qual havia sido
Afirma que a Parte Ré, anteriormente, ingressou com ação judicial suspensa por ocasião de sua maioridade.
questionando a cobrança de taxa de ocupação – Processo nº No entanto, quando da prolação de sentença de mérito, o referido
96.0001525-2 –, tendo sido seu pleito julgado procedente sob o provimento liminar não foi confirmado, tendo este E. TRF, inclusive,
argumento de que a União Federal somente poderia exercer seu direito mantido a Sentença de improcedência a quo quando do julgamento do
de propriedade após cancelar o título do requerido através de decisão recurso de Apelação.
judicial. Em sendo assim, ajuizou a presente demanda com tal intento. Em sendo assim, reformada a decisão que ampara o recebimento dos
Entendeu este E. TRF que merece anulação a Sentença a quo ao valores em tela, tem-se que os mesmos não eram efetivamente devidos,
considerar que o deslinde da questão deduzida nos presentes autos, pelo que imperioso o retorno das partes à situação fática anterior.
como, inclusive, requerido pela Parte Ré, depende da produção de Neste sentido, já decidiu este E. TRF, bem como o C. STJ:
provas a fim de que se possa verificar a caracterização da área em liça “ADMINISTRATIVO. VALORES RECEBIDOS POR FORÇA DE
como terreno de marinha. DECISÃO JUDICIAL POSTERIOMENTE. REFORMADA. PRAZO
É o relatório. DECADENCIAL. ART. 54 DA LEI 9784/99. INOCORRÊNCIA.
Não merece ser conhecido o Recurso da Parte Autora. RESTITUIÇÃO - POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ E STF.
E isto porque, tendo este E. TRF anulado a Sentença recorrida, o 1. A par de restar inaplicável, de forma retroativa, o artigo 54 da Lei
Agravo Interno da União Federal em qualquer momento rebateu o nº 9.784/99 (STJ, REsp 412897, DJ 02/09/02), o respectivo termo a
decidido por este Corte, possuindo razões dissociadas da referida quo é contado (STJ, REsp 402441, DJ 22/04/02) da ciência do Poder
Decisão. Público do ato ilegítimo, sem prejuízo do § 1º, o que afasta, in casu,
Diante do exposto, na forma do art. 557 do CPC, não conheço do qualquer prazo extintivo, considerando-se a prolação do acórdão, que
Agravo Interno da União Federal. reformou a decisão que amparava o pagamento da verba, em 18 de
Publique-se. Intimem-se. setembro de 2000 e a suspensão do pagamento em agosto de 2005. 2.
Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013. Diversamente dos casos de errônea interpretação ou má aplicação da
Reis Friede lei pela Administração Pública, naqueles em que a Administração é
Relator compelida a efetuar o pagamento de valores, sob pena de
desobediência em virtude de decisão judicial provisória, o desconto
em folha é cabível, sob pena de enriquecimento ilícito, desde que
observado o princípio do contraditório e respeitado o limite máximo
de um décimo sobre a remuneração, nos termos do artigo 46 da Lei n.º
IV - APELACAO CIVEL 570789 2011.51.01.013903-1 8.112/90 (STJ: REsp 651081/RJ, DJ de 06.06.2005; REsp 725118/RJ,
Nº CNJ :0013903-50.2011.4.02.5101 DJ de 24.04.2006). 3. STF, MS 25641/DF, Rel., Min. Eros Grau, j.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS 22/11/2007. 4. Recurso desprovido e remessa necessária a que se dá
FRIEDE provimento para, afastando a ocorrência de decadência, julgar
APELANTE :JULIANA NOGUEIRA DA COSTA improcedente in totum a pretensão autoral.” (TRIBUNAL -
ADVOGADO :VALERIA CRISTINA PRATTS DA SEGUNDA REGIAO Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL – 404929
SILVA (RJ055503) E OUTRO Processo: 200551010247356 UF: RJ Órgão Julgador: OITAVA
APELADO :UNIAO FEDERAL TURMA ESPECIALIZADA Data da decisão: 04/12/2007 Documento:
TRF200174901 Fonte DJU - Data::11/12/2007 - Página::624
Relator(a) Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND)
“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VALORES
RECEBIDOS EM VIRTUDE DE LIMINAR POSTERIORMENTE
CASSADA. RESTITUIÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. Valores pagos

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pela Administração Pública em virtude de decisão judicial provisória,
posteriormente cassada, devem ser restituídos, sob pena de
enriquecimento ilícito por parte dos servidores beneficiados. 2. A
reposição de valores percebidos indevidamente possui expressa
previsão legal, artigo 46 da Lei nº 8.112/90, não havendo falar em
direito líquido e certo a ser amparado pela via mandamental.3. enriquecimento sem causa, não há como aplicar ao caso o princípio da
Precedente. 4. Recurso provido. (REsp 725118/RJ, Relator Ministro irrepetibilidade das parcelas de caráter alimentar, tendo em vista que, à
PAULO GALLOTTI, DJ de 24.04.2006) toda evidência, a Parte Ré agiu de má-fé ao perceber pensão de sua
Nessa esteira, a Suprema Corte já se manifestou quando do julgamento falecida esposa.
pelo Plenário, do Mandado de Segurança 25641/DF, Relator, Ministro Sobre a questão, já se pronunciou este E. TRF:
Eros Grau, j. em 22/11/2007. “ADMINISTRATIVO E CIVIL. ÓBITO DE PENSIONISTA.
Diante do exposto, na forma do art. 557 do CPC, nego provimento à DEVOLUÇÃO DE PARCELAS DO BENEFÍCIO RECEBIDAS
Apelação da Parte Autora. INDEVIDAMENTE. CABIMENTO. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA.
Após as formalidades de praxe, remetam-se os autos à Vara de origem. Trata-se de ação ordinária em que a União pretende a devolução de
Publique-se. Intimem-se. valores relativos a benefício estatutário de pensão por morte devido à
Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013. mãe da ré, que foram indevidamente sacados pela mesma após o óbito
Reis Friede da beneficiária. Em atenção ao princípio da isonomia, cabe aplicar,
Relator ao caso, o prazo prescricional previsto contra a Fazenda Pública, de
cinco anos, razão pela qual não restou consumada a prescrição.
Precedente. Na hipótese, restou demonstrado que a ré sacou, por três
meses, os pagamentos creditados à sua mãe, após o óbito da mesma,
fazendo jus, a União, à devolução do montante pago indevidamente.
IV - APELACAO CIVEL 568185 2011.51.06.001611-1 Recurso improvido.” (AC 200851010054749 AC - APELAÇÃO CIVEL
Nº CNJ :0001611-18.2011.4.02.5106 – 437209 Relator(a) Desembargadora Federal MARIA ALICE PAIM
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS LYARD Sigla do órgão TRF2 Órgão julgador OITAVA TURMA
FRIEDE ESPECIALIZADA Fonte DJU - Data::11/05/2009 - Página::165)
APELANTE :ORLANDO PAES LOUREIRO FILHO Em face do exposto, na forma do art. 557 do CPC, nego provimento à
ADVOGADO :ANTONIO JOSE DE SOUZA Apelação da Parte Ré.
(RJ128463) E OUTRO Publique-se. Intimem-se.
APELADO :UNIAO FEDERAL Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013.
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL Reis Friede
PETROPOLIS/RJ (201151060016111) Relator
DECISÃO
Trata-se de Apelação Cível, interposta pela Parte Ré, contra a Sentença
de fls. 200/202 (autos virtuais), que julgou procedente a pretensão da
União Federal IV - APELACAO CIVEL 2012.51.01.008551-8
A União Federal ajuizou a presente demanda objetivando que lhe Nº CNJ :0008551-77.2012.4.02.5101
fossem devolvidos valores indevidamente retirados pela Parte Ré. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
Assevera, para tanto, que o Réu é viúvo de pensionista militar e que, FRIEDE
quando do falecimento da mesma, ficou por vários meses recebendo a APELANTE :ENI ABREU DA SILVA
pensão de sua falecida esposa indevidamente. ADVOGADO :PAULO AMERICO LOPES FRANCO
Contra a Sentença de procedência a Parte Ré o competente recurso de APELADO :UNIAO FEDERAL
Apelação às fls. 204/207 (autos virtuais), onde pugna pela reforma do ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE
Decisum vergastado. JANEIRO (201251010085518)
Contrarrazões às fls. 214/220 (autos virtuais).
É o Relatório. DECISÃO
Inicialmente, afasta-se a alegação de prescrição da pretensão da União Trata-se de recurso de Apelação em Mandado de Segurança, interposto
Federal ao se considerar que as ações de ressarcimento, como a pela Parte Impetrante, contra sentença proferida pelo MM. Juízo da 8ª
presente, são imprescritíveis, consoante art. 37, § 5º da Constituição Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, que julgou
Federal, in verbis: improcedente o pedido e denegou a ordem de segurança. Determinou
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos ainda custas pela impetrante e deixou de condenar em honorários
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios advocatícios (art. 25 da Lei nº 12.016/09).
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, Como descrito pela Sentença, a impetrante ajuizou mandado de
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: segurança, com pedido de medida liminar, contra ato do Presidente da
(...) Comissão de Processo Administrativo Disciplinar do Instituto Nacional
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos do Câncer (INCA-UNIÃO FEDERAL), objetivando “que a impetrante
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem não seja obrigada a optar por um dos cargos e, consequentemente, a
prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de impetrada se abstenha de adotar procedimento sumário para a sua
ressarcimento.” apuração e regularização imediata e consequente exoneração do cargo,
Cumpre destacar, para o deslinde da presente causa, que, como sabido, na forma autorizada pelo caput do artigo 133 da Lei n.º 8.112/90, bem
a boa-fé objetiva é princípio norteador do Código Civil de 2002, como para que a impetrada se abstenha de efetuar o bloqueio de seu
devendo ser aplicada na interpretação de seus dispositivos e das pagamento, até o julgamento de mérito do presente mandamus”. No
relações jurídicas em geral. Assim, sob o prisma do princípio do não mérito, requereu “a procedência do pedido para confirmar a licitude e
constitucionalidade da acumulação de cargos da impetrante, nas
condições que a mesma vem sendo exercida até a presente data”.
A Impetrante, em seu recurso de fls. 238/288 dos autos virtuais,
sustenta, em síntese, que não há noticia nos autos de que a soma da
carga horária de ambos os cargos inviabilizaria a prestação adequada

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ou ineficiente e, se fosse o caso, para tanto, existe instrumento de
avaliação de desempenho. Afirma que a norma constitucional não
fixou critérios para acumulação de cargos de profissionais de saúde,
salvo a compatibilidade de horários, acrescentando que “um parecer,
por melhor que seja ele e por melhor que sejam suas intenções,
estabelecer um quantitativo de horas semanais, de forma a reduzir a laborada junto ao INCA também esteja reduzida para 36 horas
eficácia da norma constitucional não poderia dar-lhe contornos que semanais (fls. 22), e, mesmo que não se constate a superposição de
teriam que ser dados por lei”. horários (haja vista as escalas trabalhadas em regime de plantão de 12
Contrarrazões às fls. 292/296, em que a União Federal, x 60 horas), o fato de a impetrante acumular dois cargos/empregos que
preliminarmente requer a extinção do presente feito, na medida em que ultrapassam o limite de 60 horas semanais já constitui irregularidade
outro foi impetrado anteriormente – MS nº 2012.51.01.006234-8, suficiente a justificar procedimento disciplinar tendente à demissão
ajuizado em 09 de maio de 2012., “considerando que ambos tratam da (caso não ocorra desligamento voluntário quanto a algum dos
pretendida cumulação dos mesmos cargos”. No mérito, defende que a vínculos)”.
sentença deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Noutro giro, é importante ressaltar que a compatibilidade de horários
Parecer da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (fls 06/16 não deve ser entendida, apenas, como a ausência de choque entre as
dos autos físicos), pelo provimento da apelação. jornadas de trabalho. Tomando-se como base a Lei nº 8.112/90, que
É o relatório. Decido. prevê uma jornada de trabalho de, no máximo, 40 horas semanais (art.
A Sentença a quo não merece reforma. Senão vejamos. 19), com possibilidade de 2 horas de trabalho extras por jornada (art.
É cediço que o art. 37, XVI, “a”, da CRFB/88 excepciona a regra da 74), vê-se que esse limite foi reputado pelo legislador como necessário
inacumulabilidade de cargos ao admitir a cumulação de dois cargos ou para preservar a higidez física e mental do trabalhador e, em
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões conseqüência, sua produtividade.
regulamentadas, exigindo, todavia, a compatibilidade de horários. Registre-se que esta 7ª Turma Especializada vem prestigiando o limite
Confira-se: das 60 horas semanais:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos “ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA. EXERCÍCIO
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios CUMULATIVO DE DOIS CARGOS DE ENFERMAGEM.
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, INTERPRETAÇÃO DO REQUISITO DA COMPATIBILIDADE DE
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: HORÁRIOS À LUZ DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.
(...) LEGITIMIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO IMPUGNADO,
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, QUE, TOMANDO POR BASE ACÓRDÃO DO TCU, RESTRINGIU
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer O EXERCÍCIO DOS CARGOS DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE
caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda SAÚDE A UM TOTAL DE 60 HORAS SEMANAIS.
Constitucional nº 19, de 1998) A compatibilidade de horários, requisito constitucional para que se
(...) admita a cumulação de dois cargos públicos de profissional da área de
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, saúde, não apenas veda a superposição de jornadas. Há que se entender
com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda tal requisito, ressalvado no art. 118 da Lei no 8.112/90, à luz de um
Constitucional nº 34, de 2001)” critério de razoabilidade. Tomando-se como base a Lei no 8.112/90,
Por seu turno, o parágrafo 2º, do art. 118, da Lei nº 8.112/90, dispõe que prevê uma jornada de trabalho de, no máximo, 40 horas semanais
que “a acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à (art. 19), com possibilidade de 2 horas de trabalho extras por jornada
comprovação da compatibilidade de horários”. Esta comprovação se (art. 74), vê-se que esse limite foi reputado pelo legislador como
faz necessária para garantir a eficiência do serviço público. necessário para preservar a higidez física e mental do trabalhador e, em
Necessário, pois, analisar a existência ou não da indispensável conseqüência, sua produtividade. A proteção à integridade física do
compatibilidade de horários, a qual está condicionada a cumulação de trabalhador é decorrência direta do fundamento da dignidade da pessoa
cargos. humana e da garantia à inviolabilidade do direito à vida, corolário da
In casu, pela análise dos documentos e declarações fornecidos pela República Federativa do Brasil e direito fundamental assegurado a
própria Impetrante, observa-se que ela exerce os cargos de Auxiliar de todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país. Como tal, é
Enfermagem no Hospital Federal dos Servidores do Estado, com carga norma de ordem pública, não podendo ser afastada pela exclusiva
horária contratual de 40h semanais (fl. 34) e de Técnica de vontade da parte, diante da própria natureza do direito protegido, que
Enfermagem no Instituto Nacional do Cancer, cuja carga horária não pode ser objeto de livre disposição por seu titular. No caso
contratual também é de 40h semanais (fl. 22). concreto, infundada a pretensão da impetrante quanto à cumulação de
Sendo assim, e considerando que resta correta a utilização da jornada duas jornadas semanais de 40 horas, em especial por se tratar de
para a qual o servidor foi contratado e, principalmente, pela qual é atividade relacionada à área de saúde. Apelação a que se nega
remunerado, para aferir a compatibilidade de horários, percebe-se que provimento.”
na verdade o Impetrante perfaz uma carga horária semanal de trabalho (TRF2 - AC 200751010155240, 7ª Turma Especializada, Rel. Des.
que totaliza 80 horas, o que caracteriza uma carga excessiva de Federal SERGIO FELTRIN CORREA, DJU 27/08/2009)
trabalho, sendo um risco para a saúde da Impetrante e para a dos “ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA. EXERCÍCIO
pacientes por ela atendidos. CUMULATIVO DE DOIS CARGOS DE ENFERMAGEM.
Necessário registrar que, mesmo que se considerasse que a carga INTERPRETAÇÃO DO REQUISITO DA COMPATIBILIDADE DE
horária dos mencionados cargos se encontra reduzida, ainda assim se HORÁRIOS À LUZ DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.
extrapola o limite de 60 horas semanais, acarretando prejuízo ao bom LEGITIMIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO IMPUGNADO,
desempenho de suas funções, conforme muito bem assinalado pela QUE, TOMANDO POR BASE ACÓRDÃO DO TCU, RESTRINGIU
sentença de primeiro grau: O EXERCÍCIO DOS CARGOS DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE
“No caso concreto, ainda que a carga horária laborada junto ao SAÚDE A UM TOTAL DE 60 HORAS SEMANAIS.
Hospital Federal dos Servidores do Estado esteja comprovadamente A compatibilidade de horários, requisito constitucional para que se
reduzida para 36 horas semanais (fls. 20), bem como a carga horária admita a cumulação de dois cargos públicos de profissional da área de
saúde, não apenas veda a superposição de jornadas. Há que se entender
tal requisito, ressalvado no art. 118 da Lei no 8.112/90, à luz de um
critério de razoabilidade. Tomando-se como base a Lei no 8.112/90,
que prevê uma jornada de trabalho de, no máximo, 40 horas semanais
(art. 19), com possibilidade de 2 horas de trabalho extras por jornada

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(art. 74), vê-se que esse limite foi reputado pelo legislador como
necessário para preservar a higidez física e mental do trabalhador e, em
conseqüência, sua produtividade.
A proteção à integridade física do trabalhador é decorrência direta do
fundamento da dignidade da pessoa humana e da garantia à
inviolabilidade do direito à vida, corolário da República Federativa do que trata o texto constitucional para acumulação de dois cargos
Brasil e direito fundamental assegurado a todos os brasileiros e públicos não deve ser interpretado meramente com base na colisão de
estrangeiros residentes no país. Como tal, é norma de ordem pública, horários. Deve considerar, também, a possibilidade efetiva de
não podendo ser afastada pela exclusiva vontade da parte, diante da cumprimento de jornada, sem prejuízo ao desempenho do cargo ou à
própria natureza do direito protegido, que não pode ser objeto de livre saúde do trabalhador. Recurso de Revista não conhecido.”
disposição por seu titular. (RR - 76300-34.2009.5.04.0007, Relator Juiz Convocado: Sebastião
No caso concreto, infundada a pretensão da impetrante quanto à Geraldo de Oliveira, Data de Julgamento: 23/11/2011, 8ª Turma, Data
cumulação de duas jornadas semanais de 40 e 26 horas, em especial de Publicação: 25/11/2011)
por se tratar de atividade relacionada à área de saúde. Em seu voto, o eminente relator Juiz Convocado Sebastião Geraldo de
Agravo retido prejudicado, já que o juízo de plausibilidade quando da Oliveira destaca:
decisão que apreciou o pedido de medida liminar restou suplantado “De certa forma, compartilha-se com a alegação de não incidência do
pelo juízo de certeza quando da prolação da sentença. Apelação a que Parecer da AGU, que estabelece a limitação de sessenta horas
se nega provimento”. permissivo do acúmulo de cargos públicos, porque como antes
(TRF2 - AC 200751010258661, 7ª Turma Especializada, Rel. Juiz afirmado, estabelece carga horária alargada e incompatível com a
Federal Convocado THEOPHILO MIGUEL, DJU 27/08/2009) limitação máxima da Constituição Federal, de quarenta e quatro horas
“ADMINISTRATIVO. CUMULAÇÃO DE CARGOS. por semana. Na verdade, esse número de horas estabelecido, de
INCOMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. sessenta horas, admite que em cada um dos empregos o empregado não
I - É cediço que o art. 37, XVI, da CRFB admite a cumulação de dois ultrapasse a carga horária semanal de trinta horas (30 horas + 30 horas
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com = 60 horas). O somatório de sessenta horas por semana parte de um
profissões regulamentadas, exigindo, todavia, a compatibilidade de cálculo matemático resultante da jornada máxima estabelecida
horários. constitucionalmente, de quarenta e quatro horas por semana, com o
II - Nos presentes autos, verifica-se que o Impetrante exerce as acréscimo de dezesseis horas, considerada a proporcionalidade de
atribuições do cargo de médico junto ao Hospital Geral de Bonsucesso, aumento da jornada em cada um dos empregos como de oito horas,
com carga horária de 20 (vinte) horas semanais (fl. 27). Já o cargo de dado o permissivo constitucional de alargamento da jornada legal
tecnologista exige carga horária de quarenta horas semanais, o que diária em termos de horas extras.
resultaria uma carga horária total de 60 (sessenta) horas semanais. Em síntese, o número máximo de horas permitido, como de sessenta
III – Haverá incompatibilidade, como se verifica na presente hipótese, horas, tem fundamento legal e matemático, o que também autoriza à
sempre que a dupla jornada não permita ao servidor a execução de suas integração desse entendimento da AGU aos órgãos da Administração
funções com a necessária eficiência que dele se espera, mormente no Pública.
presente caso, que se trata de profissional da área de saúde. Além disso, a jornada máxima estabelecida parte de um critério de
IV – De fato, não é razoável que o Impetrante, logo após terminar sua razoabilidade, bom senso e possibilidade física de cumprimento pelo
jornada de 8h às 12:00, inicie outra jornada de trabalho de oito horas empregado, considerando que não é lícito o cumprimento de mais do
diárias, o que acabaria por resultar em serviços prestados não que dez horas de trabalho por dia.
satisfatoriamente. Entendimento diverso viola todos os princípios básicos insertos desde
V – Remessa Necessária e Apelação da FIOCRUZ providas”. épocas remotas de organização do trabalho, nas constituições e
(TRF2 - AC 200651010222078, 7ª Turma Especializada, Rel. Des. sistemas jurídicos de países civilizados.”
Federal REIS FRIEDE, DJU 13/05/2008) Por fim, quanto ao pedido de extinção do processo, feito pela União
Sobre o tema também da se manifestou o Tribunal Superior do Federal, alegando litispendência (em razão da existência do Mandado
Trabalho, que igualmente entendeu pela possibilidade de limitação da de Segurança nº 2012.51.01.006234-8), consigne-se que não se
carga horária semanal dos profissionais de saúde. Confira-se: vislumbra a hipótese do mencionado instituto processual.
“RECURSO DE REVISTA. ACUMULAÇÃO DE CARGOS Reza o Código de Processo Civil, em seu art. 301, § 1º e § 3º, que:
PÚBLICOS. PROFISSIONAL DE SAÚDE. COMPATIBILIDADE “Art. 301...........................................................................................
DE HORÁRIOS. 1. A Constituição da República, em seu artigo 37, § 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando reproduz
XVI, -c-, dispõe que é possível a acumulação de dois cargos públicos ação anteriormente ajuizada”.
pelo profissional de saúde, desde que a profissão seja regulamentada e § 2º Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a
exista compatibilidade de horários. 2. No entanto, na hipótese dos mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
autos, verifica-se que o acúmulo de cargos exigiria da Reclamante § 3º Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso, (...)”
trabalho com carga horária de setenta e duas horas semanais. Significa No presente caso trazido à colação, o pedido formulado no MS nº
que a Autora teria que trabalhar de segunda-feira a sábado, seis vezes 2012.51.01.006234-8 diz respeito ao suposto direito da Impetrante de
por semana, cumprindo jornada de doze horas. Portanto, verifica-se receber ininterruptamente seu vencimento de acordo com o cargo em
que a Reclamante pleiteia o acúmulo de cargos com carga horária de que foi empossado, uma vez que o Instituto Nacional do Câncer se
trabalho muito superior ao limite constitucional e legal estabelecido. recusou a lhe fazer qualquer pagamento, tendo em vista a acumulação
Tal situação caracterizaria jornada de trabalho exaustiva, em ofensa à de cargos supracitados.
legislação trabalhista vigente. 3. O Tribunal de Contas da União, em No presente feito, como visto, a Impetrante visa que se declare, em
razão da competência do art. 71, III, da Constituição da República, tem última análise, a licitude da acumulação dos cargos já mencionados.
se manifestado no sentido de que o limite máximo de jornada de O dispositivo legal acima colacionado denota a necessidade da
trabalho em casos de acumulação de cargos ou empregos públicos é de ocorrência de identidade entre as partes, a causa de pedir e o pedido, o
60 (sessenta) horas semanais. Precedentes da Corte de Contas. 4. Por que inocorre na hipótese sub examine, porquanto o pedido formulado
todo o exposto, pode-se concluir que o requisito da compatibilidade de na presente Ação é claramente mais amplo e abrange o pretendido no
outro Mandado de Segurança.
Vislumbra-se, portanto, tão-somente a hipótese do art. 104 do CPC que
prevê o instituto da continência, a saber:
“Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma,

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por ser mais amplo, abrange o das outras.”
Impende destacar alguns julgados acerca da matéria, verbis:
“(...) 1. A litispendência ocorre quando forem propostas ações com as
mesmas partes litigantes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir,
consoante dispõe o art. 301, § 1º, do CPC. 2. A ratio essendi da
litispendência visa a que a parte não promova duas demandas visando Turma, DJ DATA:05/02/2007 PG:00219)
o mesmo resultado, o que, frise-se, em regra, ocorre quando o autor CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. DEVOLUÇÃO DE
formula em face do mesmo sujeito, idêntico pedido, fundado da mesma PARCELAS DO PRÊMIO AO SEGURADO EM VIRTUDE DE
causa de pedir. 3. In casu, há identidade parcial dos pedidos, porquanto CANCELAMENTO DO CONTRATO. NEGATIVA DE
o do segundo mandamus (declaração de isenção da COFINS e PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. CONTINÊNCIA COM A
compensação) é mais abrangente que o do primeiro (declaração de EXECUÇÃO APARELHADA PELOS BENEFICIÁRIOS DO
isenção da COFINS) o que configura a continência, que é espécie de SEGURO. CONTINÊNCIA. REUNIÃO DOS FEITOS. TAXA
litispendência parcial. 4. O instituto da continência, como na conexão, JUDICIÁRIA. RECOLHIMENTO TARDIO. – Inexiste a alegada
importa a reunião dos processos, que visa evitar o risco de decisões negativa de prestação jurisdicional quando, tanto a sentença quanto o
inconciliáveis. Por esse motivo, diz-se, também, que são conexas duas Acórdão se pronunciam sobre as questões relevantes postas no litígio,
ou mais ações quando, em sendo julgadas separadamente, podem gerar com a fundamentação considerada pertinente. – Irrelevante o
decisões inconciliáveis, sob o ângulo lógico e prático.(...)” (STJ – 1ª T., recolhimento tardio da taxa judiciária, porquanto, à epoca do despacho
RESP nº 953034, Rel. Luiz Fux, DJ de 29/06/2009) citatório, a omissão já se encontrava suprida. – Não há falar em reunião
“(...) Configura-se a litispendência quando há repetição de ação, dos processos por continência, quando um dos feitos já se encontra
pressupondo identidade de partes, da causa de pedir e do pedido. Já a julgado. Aplicação da Súmula nº 235-STJ. Recurso especial não
continência ocorre quando, proposta mais de uma ação, todas tomarem conhecido.
por base os mesmos pressupostos na formulação dos pedidos (idêntica (RESP 199900200730, Ministro Barros Monteiro, STJ, 4ª Turma, DJ
causa de pedir e mesmas partes), variando apenas a extensão do objeto DATA:31/05/2004 PG:00311)
de cada uma das ações, sendo um deles mais amplo (= causa Diante do exposto, na forma do art. 557, caput, do CPC, nego
continente) e, por isso, englobando o outro(= causa contida), provimento ao Recurso de Apelação, nos termos da fundamentação,
exatamente a hipótese dos autos. 5. Não configura aditamento ao mantendo a sentença a quo na íntegra.
pedido, sem o consentimento do réu, quando proposta uma segunda Publique-se.Intimem-se.
ação, cujo objeto contém o da primeira (situação própria de Preclusa esta decisão, baixem os autos à vara de origem.
continência). Prorrogação da competência, reunido os processos no Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013.
mesmo juízo, o que propicia decisão simultânea, cumprindo-se, assim, Reis Friede
o objetivo de evitar decisões judiciais contraditórias ou o Relator
locupletamento da parte vencedora em detrimento da parte vencida
(...)” (STJ – 2ª T., RESP nº 866450, Rel. Herman Benjamin, DJ de
07/03/2008)
O art. 105 do CPC determina que, na ocorrência da continência, as
ações devem ser reunidas, a fim de que sejam julgadas IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.020074-8
simultaneamente. Nº CNJ :0020074-67.2004.4.02.5101
Entretanto, a presente ação já foi julgada em primeira instância, o que RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
permite a aplicação da Súmula nº 235 do STJ, que professa: FRIEDE
“A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi APELANTE :PAULO DE BIASE WRIGHT
julgado.” ADVOGADO :ANTONIO LANDIM MEIRELLES
Note-se que a aludida Súmula é cabível também na hipótese de QUINTELLA E OUTROS
continência. Confira-se: APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO ADVOGADO :MARIA DE LOURDES ALMEIDA DA
RECURSO ESPECIAL. CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. ERRO FONSECA E OUTROS
DE FATO INCAPAZ DE ALTERAR A DECISÃO. CONTINÊNCIA ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA
PREVENÇÃO. INEXISTÊNCIA. REUNIÃO DAS AÇÕES. FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
IMPOSSIBILIDADE, APÓS O SENTENCIAMENTO DE UMA (200451010200748)
DELAS. SÚMULA 235/STJ. SENTENÇAS CONFLITANTES.
EFICÁCIA DA SENTENÇA PROFERIDA PRIMEIRO E NOS DECISÃO
AUTOS DA CAUSA CONTINENTE. EMBARGOS ACOLHIDOS Trata-se de Apelação Cível interposta pela Parte Autora em face da
SEM EFEITOS MODIFICATIVOS. - Só há propriamente contradição Sentença de fls. 337/338, que declarou cumprido o julgado pela Caixa
numa decisão quando a sua conclusão se apresenta em desacordo com Econômica Federal.
uma proposição formulada na sua fundamentação. - Se há duas ações Irresignada, a Parte Autora apresenta Apelação às fls. 339/346
com continência por uma, a causa maior, causa continente, sempre requerendo a reforma do decisum vergastado, ao argumento de que não
chamará para si a competência, sem ter de prevenir. - 'A conexão não haveria provas de que a CEF aplicou índice superior ao concedido na
determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado.' Súmula sentença para o mês de fevereiro de 1989, em sua conta vinculada.
235 do STJ, aplicável também às hipóteses de continência. Contrarrazões às fls. 353/355.
Precedentes. - O julgamento posterior da causa contida não elimina a Parecer do Ministério Público Federal à fl. 364 deixando de opinar.
prejudicialidade, muito menos a eficácia da primeira sentença, que foi É o Relatório.
proferida antes e pelo juiz da causa maior, continente, devendo A pretensão recursal deduzida pelo Apelante consiste na alegação de
prevalecer diante da segunda decisão. Embargos de declaração que não foram apresentadas provas do devido cumprimento do julgado.
acolhidos para aclarar erro de fato. Entretanto, a Contadoria Judicial consignou expressamente à fl. 314
(EERESP 200401040619, Ministra NANCY ANDRIGHI, STJ, 3ª que a CEF aplicou percentual superior ao devido para o mês de
fevereiro/89, não havendo diferença a ser paga.
Desta forma, em que pese o inconformismo da Parte Autora, é lícito ao
Magistrado socorrer-se do serviço de apoio da Contadoria Judicial para
dirimir controvérsia acerca de eventuais erros nos cálculos exequendos,
sendo os cálculos elaborados pelo Contador do Juízo fruto da

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orientação oficial de procedimento para cálculos na Justiça Federal e,
portanto, devem prevalecer quando houver divergência entre as partes.
Veja-se, neste sentido, os seguintes acórdãos:
“PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. PRESUNÇÃO DE
VERACIDADE DOS CÁLCULOS FORMULADOS PELO
CONTADOR JUDICIAL. 1. A jurisprudência desta Corte Regional é TRABALHO ORIGINÁRIO, SERÁ LÍCITA A EXIGÊNCIA DA
no sentido da presunção de veracidade dos cálculos elaborados pelo ADMINISTRAÇÃO DE QUE PEÇA DESLIGAMENTO DE UM
Contador do Juízo. Na espécie, os argumentos sustentados pelo DELES).” (fl. 76).
Apelante não infirmam indigitada presunção. 2. Apelo desprovido.” Alega a União Federal, em síntese, que é incabível a acumulação dos
(AC 200651010120178 AC - APELAÇÃO CIVEL – 411040 Relator(a) cargos ocupados pela Agravada, aduzindo que a Agravada cumpre
Desembargadora Federal LANA REGUEIRA Sigla do órgão TRF2 carga horária de 40 (quarenta) horas semanais em cada cargo de
Órgão julgador QUARTA TURMA ESPECIALIZADA Fonte E-DJF2R enfermeira que ocupa, uma vez que a sua remuneração não foi
- Data::03/05/2010 - Página::151) reduzida. Sustenta que a carga de trabalho superior a 60 (sessenta)
horas semanais ofende os princípios da razoabilidade e eficiência,
“ADMINISTRATIVO – EMBARGOS À EXECUÇÃO – CÁLCULOS sendo lesiva à saúde do próprio servidor. Alega, ainda, que o Parecer
DO CONTADOR JUDICIAL – PRESUNÇÃO DE IMPARCIALIDADE QG-145, de 30 de março de 1998, da AGU, autoriza a acumulação de
E LEGALIDADE – RECURSO DESPROVIDO. 1 - A jurisprudência cargos públicos desde que se observe a carga horária máxima de 60
firmada nesta Corte é pacífica no sentido de que, havendo divergência (sessenta) horas semanais.
entre os cálculos apresentados, devem prevalecer aqueles elaborados Decisão Monocrática desta Relatoria, às fls. 82/85, indeferindo o
pelo Contador Judicial, mormente diante da presunção de que estes pedido de atribuição de efeito suspensivo ao Agravo.
observaram as normas legais pertinentes. Precedentes desta Corte. 2 – Contrarrazões às fls. 86/95.
Recurso desprovido. Sentença mantida.” (AC 200651010085117 AC - Ofício informando que foi prolatada sentença no processo de origem
APELAÇÃO CIVEL – 435176 Relator(a) Desembargador Federal (fls. 97/100).
FREDERICO GUEIROS Sigla do órgão TRF2 Órgão julgador SEXTA Parecer do Ministério Público Federal, opinando pela perda do objeto
TURMA ESPECIALIZADA Fonte E-DJF2R - Data::29/04/2010 - do presente Recurso.
Página::380) É o Relatório. Decido.
Por todo o exposto, nego provimento ao Apelo da Parte Autora. Em vista de ter sido proferida Sentença nos autos do mandamus de
Publique-se. Intimem-se. origem, concedendo, em parte, a Segurança pretendida, conforme
Rio de janeiro, 08 de janeiro de 2013. informação às fls. 97/100, forçoso reconhecer a perda superveniente do
Reis Friede interesse de agir, tendo-se por prejudicado o presente Agravo de
Relator Instrumento.
Neste sentido, confira-se:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO NA
INSTÂNCIA INFERIOR. INTEMPESTIVIDADE. MATÉRIA NÃO
PREQUESTIONADA. INCIDÊNCIA, POR ANALOGIA DA SÚMULA
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.018834-2 N. 282/STF. DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR EM MANDADO
Nº CNJ :0018834-39.2012.4.02.0000 DE SEGURANÇA. SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE MÉRITO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS NA AÇÃO PRINCIPAL. PERDA DE OBJETO DO AGRAVO DE
FRIEDE INSTRUMENTO INTERPOSTO NO JUÍZO A QUO. PRECEDENTES
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL DO STJ.
AGRAVADO :MONICA COUTO DANIEL 1. Quanto à suposta intempestividade do agravo interno perante o
ADVOGADO :PATRICIA VAIRAO CARELLI VIEIRA Tribunal de origem, não há como prosperar tal alegação do
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE recorrente, em razão da falta de prequestionamento da matéria. Dessa
JANEIRO (201251010449152) forma, o recurso especial não ultrapassa o inarredável requisito do
prequestionamento em relação à referida norma (557, §1º), do CPC
DECISÃO Incidência, por analogia, da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal de
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela União Federal - com Federal.
pedido de atribuição de Efeito Suspensivo, previsto no artigo 527, 2. Quanto ao mérito, é entendimento uníssono desta Corte no sentido
inciso III, do CPC -, em face de decisão interlocutória proferida pelo que, uma vez prolatada a sentença de mérito na ação principal, opera-
Juízo da 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, que, se a perda do objeto do agravo de instrumento contra deferimento ou
nos autos do mandado de segurança em que é apontado como indeferimento de liminar.
autoridade coatora o Diretor do Hospital Federal dos Servidores do 3. Comprovada a perda de objeto, não mais se verifica o interesse de
Estado, deferiu o pedido de liminar, nos seguintes termos: agir por parte do recorrente, considerando-se, assim, prejudicado o
“Do exposto, DEFIRO O REQUERIMENTO DE LIMINAR PARA recurso de agravo interposto na instância inferior.
QUE (i) A AUTORIDADE IMPETRADA SE ABSTENHA DE EXIGIR 4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, provido.
A COMPROVAÇÃO DA EXONERAÇÃO DO OUTRO CARGO (sem grifos no original).
OCUPADO PELA IMPETRANTE E (ii) DEIXAR EXPRESSO QUE (RESP 200802195357, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ -
ESTA LIMINAR É, POR SUA NATUREZA, PROVISÓRIA, NÃO SEGUNDA TURMA, DJE DATA:08/02/2011.)
GERANDO DIREITO AO RECONHECIMENTO DE ‘SITUAÇÃO Ante o exposto, e com fundamento no artigo 557, caput, do Código de
JURÍDICA CONSOLIDADA’, E QUE A ACUMULAÇÃO DE DOIS Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO ao Agravo de Instrumento.
CARGOS SÓ SERÁ PERMITIDA ENQUANTO A IMPETRANTE Publique-se. Intimem-se.
ESTIVER SUJEITA AO REGIME ATUAL DE CARGA HORÁRIA Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e remetam-se os autos ao
(ISTO É, A PARTIR DO MOMENTO EM QUE, EM UM DOS DOIS Juízo de origem.
CARGOS, OU NOS DOIS, TIVER DE VOLTAR AO REGIME DE Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2013.
Reis Friede
Relator

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III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.021061-0
Nº CNJ :0021061-02.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
FRIEDE
AGRAVANTE :JOSE ARNALDO DOS SANTOS controvérsia acerca da inaptidão física do Agravante e de seus efeitos
FAFIAES sobre o exercício das funções laborativas próprias ao cargo almejado.
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO Nesse sentido, mutatis mutandis, veja-se:
AGRAVADO :EMPRESA BRASILEIRA DE AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL
CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT CIVIL E ADMINISTRATIVO. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA
PROCURADOR :SEM PROCURADOR TUTELA. ART. 273 DO CPC. REQUISITOS. CONCURSO.
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE CANDIDATA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. NECESSIDADE DE
NITERÓI (201251020044501) PERÍCIA MÉDICA. PROVA INEQUÍVOCA. AUSÊNCIA. 1. Para que
haja a antecipação de tutela, devem ser preenchidos os requisitos
DECISÃO elencados no art. 273, caput e incisos, do Código de Processo Civil,
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela Parte Autora, ou seja, aquela só poderá ser concedida quando, existindo prova
representada pela Defensoria Pública da União – com pedido de inequívoca, se convença o Juiz da verossimilhança da alegação e
antecipação dos efeitos da tutela recursal –, em face de Decisão ocorrer fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou
interlocutória proferida pelo Juízo da 4ª Vara Federal de Niterói, que ficar caracterizado abuso do direito de defesa ou manifesto propósito
indeferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, através do qual protelatório do réu. 2. Na hipótese em que a parte autora postula o
a parte objetiva a concessão de medida cautelar de reserva de vaga reconhecimento de sua condição de deficiente para que possa ocupar
referente ao cargo de Agente de Correios/Operador de Triagem e uma das vagas reservadas para pessoas portadoras de deficiência
Transbordo. física, havendo divergência entre a conclusão do exame de saúde
Em suas razões recursais, o Agravante assevera que foi eliminado do admissional realizado pelo CEF, que não reconheceu a deficiência da
concurso público para provimento do cargo de Agente de autora e a declaração médica apresentada nos autos pela agravante,
Correios/Operador de Triagem e Transbordo, regido pelo Edital nº verifica-se que inexiste nos autos prova inequívoca que convença da
11/2011, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em razão de verossimilhança do alegado direito, mostrando-se necessária a
ter sido considerado inapto no exame médico admissional por dilação probatória destinada a evidenciar a existência dos
apresentar escoliose dorso lombar direita de 16º. Sustenta que há laudo fundamentos trazidos pela agravante. 3. Além disso, conforme
médico atestando sua capacidade física para o exercício das funções entendimento adotado por esta Corte, apenas em casos de decisão
pertinentes ao cargo almejado. Alega, ainda, que o comportamento da teratológica, com abuso de poder ou em flagrante descompasso com a
ré ofende o princípio da razoabilidade, aduzindo que sua exclusão do Constituição, a lei ou com a orientação consolidada de Tribunal
certame foi abusiva por considerar inaptidão física a escoliose de 16º, Superior ou deste tribunal seria justificável sua reforma pelo órgão ad
quando se admite, para o cargo em questão, uma escoliose de até 15º. quem, em agravo de instrumento, sendo certo que o pronunciamento
Requer a concessão da tutela de urgência, em caráter cautelar, para que judicial impugnado não se encontra inserido nessas exceções. 4.
seja determinada a reserva de vaga em seu nome até o trânsito em Agravo interno conhecido e desprovido. (sem grifos no original). (AG
julgado da sentença. 200702010163374, Desembargador Federal MARCELO PEREIRA/no
É o breve Relatório. Decido. afast. Relator, TRF2 - OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, DJU -
O denominado instituto da antecipação de tutela cognitiva foi Data::20/08/2008 - Página::153.)
incorporado à legislação processual civil por força da Lei nº 8.952/94, Por todos os motivos elencados, INDEFIRO o pedido de antecipação
passando expressamente a figurar na previsão normativa ínsita no art. dos efeitos da tutela recursal, diante da ausência dos requisitos
273, do CPC. Referido instituto condiciona-se à inequívoca autorizadores da medida.
demonstração da presença de todos os requisitos elencados pelo novo Ressalte-se, entretanto, que, oportunamente, a presente decisão poderá
texto do citado dispositivo legal. ser revista, - com maiores elementos, após a oitiva da Agravada -,
A Lei nº 10.352, de 26 de dezembro de 2001, ampliou o instituto quando do julgamento do mérito do recurso.
vertente, permitindo a aplicação do mesmo - anteriormente restrito ao Considerando a faculdade conferida pelo artigo 527, inciso IV, do
processamento originário e anterior à prolação da sentença meritória - CPC, deixo de requisitar informações ao MM. Juízo a quo, em face da
com o propósito de antecipar os efeitos do mérito recursal no Agravo desnecessidade das mesmas.
de Instrumento, ainda que condicionada aos mesmos requisitos e Intime-se a parte Agravada, para contrarrazões.
pressupostos previstos no dispositivo legal ínsito ao art. 273, do CPC. Em seguida, ao MPF.
Por efeito conclusivo, as mesmas limitações legais para o deferimento - Publique-se. Intime-se.
sobretudo liminar - da tutela antecipada originária subsistem na tutela Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013.
antecipada recursal. Reis Friede
Da análise dos autos, infere-se que existe controvérsia quanto à Relator
existência de capacidade física do Agravante para o regular exercício
do cargo de Agente de Correios/Operador de Triagem e Transbordo, e,
consequentemente, quanto à existência de direito à participação das
demais etapas do processo seletivo em comento.
Ademais, o laudo médico apresentado pelo Agravante, à fl. 55, não é III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020424-4
apto a demonstrar a inexistência de escoliose dorso lombar direita de Nº CNJ :0020424-51.2012.4.02.0000
16º, atestada por Médicos do Trabalho da ECT, com base em exame de RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
Raio-X da coluna (fl. 46). FRIEDE
Diante dos elementos constantes dos autos, revela-se prudente a AGRAVANTE :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
realização de perícia médica, em âmbito judicial, a fim de dirimir a PROCURADOR :CAMILA PEZZINO BALANIUC
DANTAS
AGRAVADO :JUAN HENRIQUE GARCIA
MAYRINCK CUNHA
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO
PARTE RE :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

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PROCURADOR :PROCURADOR GERAL DO
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
PARTE RE :UNIAO FEDERAL
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (201251010469412)
Ademais, não se afigura ilegal a atuação administrativa, no caso
DECISÃO concreto, o que afasta o cabimento de intervenção do Judiciário.
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo Estado do Rio de Nesse sentido:
Janeiro – com pedido de atribuição de efeito suspensivo, previsto no CONSTITUCIONAL E ADMINSTRATIVO. AGRAVO DE
artigo 527, inciso III, do CPC –, em face de decisão interlocutória INSTRUMENTO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE
proferida pelo Juízo da 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que deferiu MEDICAMENTOS PELO PODER PÚBLICO. POSSIBILIDADE.
o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, determinando que os RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS.
representantes legais dos réus encaminhem a parte autora a nosocômio INTERNAÇÃO. AUSÊNCIA DE CADASTRAMENTO. RESPEITO À
que realize a cirurgia indicada pelo especialista médico, bem como o ISONOMIA E À FILA DE ESPERA. SUBVERSÃO DA ORDEM
tratamento adequado ao seu estado de saúde, preferencialmente no ADMINISTRATIVAMENTE ESTABELECIDA. IMPOSSIBILIDADE.
Hospital Federal da Lagoa, onde realizou exames, no prazo de dez dias, 1. Ainda que determinado serviço seja prestado por uma das entidades
sob pena de multa diária de R$500,00 por réu e pessoal de R$300,00, federativas, ou instituições a elas vinculadas, nada impede que as
esta direcionada aos representantes legais dos réus, com arrimo no art. outras sejam demandadas, de modo que todas elas (União, Estados,
14, do Código de Processo Civil, além das demais cominações legais. Município) têm, igualmente, legitimidade para figurarem no pólo
A parte agravante postula pela atribuição de efeito suspensivo ao passivo em causas que versem sobre o fornecimento de medicamentos
presente Agravo, ao argumento de que a realização da cirurgia a pacientes do SUS. A orientação jurisprudencial do e. Supremo
acarretará graves e irreversíveis danos à organização da fila de espera Tribunal Federal tem sido no sentido da responsabilização solidária
de cirurgias, bem como às finanças do Estado, caso tenha que arcar dos entes federativos no que concerne o direito à saúde. Precedentes.
com os custos de sua realização em rede particular. Sustenta que não 2. Restando comprovado o acometimento da agravada de determinada
restaram preenchidos os requisitos do periculum in mora e do fumus moléstia e a necessidade de medicamentos específicos para um
boni iuris, aduzindo que não restou demonstrada a excessiva demora tratamento eficaz, estes devem ser disponibilizados, de modo a atender
ou omissão no tratamento médico dispensado ao autor pelo Poder ao princípio maior, que é a garantia à vida digna e o mínimo
Público. existencial do indivíduo.
É o breve Relatório. Decido. 3. Por sua vez, incabível a determinação envolvendo medicamentos de
O recurso de agravo de instrumento, como é cediço, não é dotado de uso eventual e não especificados.
efeito suspensivo imediato, dependendo, a sua atribuição, de 4. Além disso, é inviável que se determine a internação imediata da
requerimento da parte interessada em obstar o cumprimento da decisão agravada sem o devido cadastramento, sob pena de possibilitar as
agravada. situações de “fura-fila”.
Além disso, a atribuição de efeito suspensivo ao recurso de agravo de 5. Descabe ao Judiciário estabelecer prioridades de natureza médica.
instrumento pressupõe a presença concomitante de dois requisitos, Este não é administrador do SUS e, caso se admitisse a sua
quais sejam: a relevância da fundamentação, consubstanciada na intervenção indevida, teria também que resolver os problemas
plausibilidade do direito deduzido, e a possibilidade de ocorrência de decorrentes de sua atuação, haja vista que se uma pessoa realiza o
lesão grave e de difícil reparação, consoante dispõe o artigo 558, do exame por força de tutela judicial, outra, que teria direito por ordem
CPC, in verbis: natural, seria prejudicada.
Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de 6. Garantir a internação de um indivíduo significa retirar ou retardar
prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro a possibilidade de que outro seja internado. É, desse modo,
sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão inadequada a atuação do Judiciário, que não tem conhecimento sobre
grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, as prioridades, as enfermidades e a urgência de todos aqueles que
suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo aguardam ansiosamente por uma vaga num hospital público.
da turma ou câmara. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995) 7. Por outro lado, inviável, em um quadro insatisfatório, socializar um
Com efeito, a saúde é dever do Estado, que deverá prestá-la mediante custeio de internação em rede hospitalar privada.
políticas sociais e econômicas, de modo a assegurar a universalidade 8. Agravo de instrumento conhecido e parcialmente provido. (TRF 2ª
do tratamento e o respeito à igualdade, nos termos dos artigos 6º e 196, Região, AG 201350, 7ª Turma Esp., Relator Desembargador Federal
da CRFB/88. José Antonio Neiva, DJE 22/09/2011.)
No entanto, em que pese a situação delicada versada nos autos, não se SAÚDE PÚBLICA. PORTADOR DE COXARTROSE À ESQUERDA.
pode passar por cima de outras pessoas em igual situação e que tem MEDICAMENTOS E INSUMOS (PRÓTESE). CIRURGIA DE
prioridade na fila organizada administrativamente. ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL. 1- Caso no qual a agravada
No caso concreto, não é possível ao Judiciário, que não tem obteve liminar que lhe garante a imediata intervenção cirúrgica. A
conhecimento sobre as prioridades, as enfermidades, a ordem UFRJ agrava e aponta a quebra da fila e da isonomia. Cabe ao
administrativa em prol daqueles que também aguardam recursos para administrador adotar políticas de prioridade, organizar a fila e
iniciar ou dar continuidade a tratamento de saúde, priorizar o Autor, implementar a saúde pública. Invasão de outro Poder e afronta ao
ora Agravado, sob a genérica alegação do direito à saúde. Assim se artigo 2º da Lei Maior. É verdade que, na última década, se inflou
afirma posto que o artigo 196 da Lei Maior é claro ao impor a adoção sistema no qual se permite, e em alguns casos se estimula, que o
de políticas gerais e ao exigir o respeito à isonomia. cidadão recorra ao Judiciário para que este afirme o seu direito de, a
Deferir a tutela é violar os princípios constitucionais da igualdade e da cargo do Estado, obter tal ou qual medicamento, ou fazer
tripartição dos poderes. A saúde é dever a ser garantido de forma imediatamente tal ou qual cirurgia, ou imediatamente ser internado
igualitária e mediante políticas sociais e econômicas. Desta forma, não em tal ou qual hospital ou centro médico. 2 - O correto é afirmar que
cabe ao Poder Judiciário solucionar tais entraves, amenizando o o Judiciário apenas deve interferir, em tais casos, para julgar ações
sofrimento do Autor em detrimento de outros pacientes. penais e de improbidade contra os administradores que não cumprem
seu dever. Ou para impor a prática da ordem de fila, isonômica, em
tais searas. Mas nunca tomar para si e afirmar a necessidade e a
conveniência de tal ou qual providência, sem observar critérios
técnicos. Quando casos assim começam a ser entregues ao Judiciário,
há deturpação do artigo 2º da Lei Maior. Sob falsa alegação (e

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impossível) de que o Estado é obrigado a tudo, em termos de saúde,
logo atrás aparece o festival de conseqüências: compras
superfaturadas, alegação de urgência de aquisição de remédios sem
licitação, devido à ordem judicial, etc. 3 - O direito conferido no
artigo 196 da Lei Maior é claro: impõe a adoção de políticas gerais, e
respeito à isonomia. Agravo provido, para indeferir a liminar, sem
prejuízo de receber a autora o tratamento e a prioridade que seu caso
merece, sob pena de responsabilidade administrativa e profissional. 4 III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.017957-2
- Agravo provido. Nº CNJ :0017957-02.2012.4.02.0000
(AG 200802010116479 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO – 167827 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
Relator(a) Desembargador Federal GUILHERME COUTO Sigla do FRIEDE
órgão TRF2 Órgão julgador SEXTA TURMA ESPECIALIZADA Fonte AGRAVANTE :CRISTIANE CARVALHO TOLOMEI
DJU - Data::30/03/2009 - Página::105) DE ARAUJO
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – AGRAVO DE ADVOGADO :ANIELLA MESSANO WAISSMAN
INSTRUMENTO – SAÚDE PÚBLICA - PORTADOR DE AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
COXARTROSE BILATERAL – INTERVENÇÃO CIRÚRGICA – ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO
PRÓTESE - FILA DE ESPERA – CRITÉRIO CRONOLÓGICO - RIO DE JANEIRO (201251010414514)
OBEDIÊNCIA A ORDEM DE INSCRIÇÃO - ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA – INVIABILIDADE – DECISÃO MANTIDA. DECISÃO
1 – Sendo o critério adotado, o da ordem cronológica de inscrição, Trata-se de Agravo de Instrumento, interposto pela Parte Autora - com
deve este ser obedecido, sob pena de macular a fila de espera. pedido de atribuição de Efeito Suspensivo Ativo, previsto no artigo
2- Por mais ameaçadora que seja a condição de cada um dos inscritos 527, inciso III, do CPC -, em face da Decisão Interlocutória proferida
na fila de espera para a realização de ato cirúrgico, não deve o pelo MM. Juízo da 19ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de
Judiciário escolher quem vai ser operado primeiro. Aliás, deve sim, Janeiro, que indeferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, ao
afastar qualquer possibilidade de prover determinada situação à fundamento de que “se o judiciário autorizasse a prorrogação da
revelia dos demais interessados. licença sem a realização da perícia médica oficial, conforme
3 – Não pode o Poder Judiciário tomar qualquer medida que pretendido pela autora, estaria atuando em afronta ao princípio da
caracterize violação a princípios constitucionais, até porque na fila de legalidade”. Por outro lado, determinou a regularização da
espera para realização de cirurgia, poderão existir pessoas em representação processual da parte, “considerando que a autora foi
situação pior do que aquela que se socorreu da Justiça. diagnosticada como portadora de esquizofrenia paranóide, doença
4- Não restam dúvidas, que existe a necessidade de se estabelecerem que denota incapacidade”.
critérios administrativos que correspondam a uma melhora do Em suas razões recursais, a Agravante assevera que é servidora pública
atendimento às pessoas que necessitam de cirurgias e/ou transplantes. federal e sofre, há quatro anos, de esquizofrenia paranóide,
Entretanto, a solução para tais entraves da Saúde Pública, não está no enquadrando-se como portadora de alienação mental para os fins de
Judiciário, e sim nas políticas públicas de saúde, na qual o judiciário aposentadoria, conforme estabelecido no artigo 186, inciso I e §1º da
só pode intervir, para buscar à sua efetivação, o que, não é o caso dos Lei nº 8.112/90 e artigo 40, §1º, inciso I, da CRFB/88 . Aduz que a
autos. necessidade de renovação da licença médica acarreta a exigência de
5- Agravo de instrumento improvido. Decisão mantida. exames regulares perante a junta médica do TRT-1ª Região, o que lhe
(TRF 2ª Região, AG 167986, 6ª Turma Esp., Relator Juiz Federal causa constrangimento.
Convocado Leopoldo Muylaert, DJU 13/11/2008) Sustenta, ainda, a Agravante, que está apta a manifestar livremente sua
Assim, não merece ser deferida a tutela pretendida, sem prejuízo de o vontade, não sendo o seu caso de interdição, embora não possua
Agravante prosseguir seu tratamento, e de responsabilizar os setores condições de exercer seu múnus público. Aduz que seu estado de saúde
médicos e administrativos, caso a sua prioridade não seja respeitada, na é controlável pelas medicações ministradas. Por fim, alega que a
ordem igualitária, fundada em critérios técnicos. decisão agravada é contraditória, pois ao mesmo tempo em que
Assim, por todos os motivos elencados, DEFIRO o efeito suspensivo indeferiu a medida de urgência pretendida, por depender de realização
pretendido, para suspender os efeitos da decisão agravada até o de perícia médica, exigiu a regularização da representação processual
julgamento do recurso pela Turma. da parte, por ser portadora de esquizofrenia paranóide, reconhecendo
Ressalte-se, entretanto, que, oportunamente, a presente decisão poderá que se trata de doença incapacitante.
ser revista pelo Colegiado desta E. Turma, - com maiores elementos, Requer a reforma da decisão de piso, para que seja concedida a
após a oitiva da Parte Agravada -, quando do julgamento do mérito do antecipação dos efeitos da tutela, estendendo sua licença médica até o
recurso. julgamento definitivo do mérito, bem como para que seja afastada a
Considerando a faculdade conferida pelo art. 527, IV, do CPC, deixo necessidade de regularização de sua representação processual.
de requisitar informações ao Juízo a quo, em face da desnecessidade Decisão Monocrática desta Relatoria, às fls. 86/91, deferindo o pedido
das mesmas, ante a plena suficiência motivadora consignada em suas de atribuição de efeito suspensivo, tão somente para obstar os efeitos
razões de decidir. da decisão agravada até o julgamento do mérito recursal.
Oficie-se, entretanto, ao MM. Juízo a quo, encaminhando cópia da Informações prestadas pelo Juízo a quo, às fls. 97/98.
presente decisão. Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal se absteve de
Intime-se a Parte Agravada, para contrarrazões. opinar, por não vislumbrar qualquer interesse que justificasse sua
Após, ao MPF. intervenção no feito.
Rio de Janeiro, 07 de janeiro de 2013. Contrarrazões às fls. 108/110.
Reis Friede É o Relatório. Decido.
Relator Conforme relatado, objetiva a Parte Agravante, em apertada síntese, a
reapreciação do pedido de concessão da tutela antecipada requerida nos
autos do processo de origem, para que seja estendida a licença médica
até definitiva apreciação do mérito.
Em que pese a relevância da argumentação exposta pela Agravante,
não restou demonstrado o fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação no caso concreto. Isso porque a própria Agravante
afirma estar em gozo de licença médica, podendo, desta forma,

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submeter-se ao tratamento médico que se faz necessário. Em momento
algum se evidenciou, nos autos, a intenção da Agravada de revogar a
licença concedida para tratamento de saúde da Agravante, sendo certo
que a simples necessidade de realização de perícia médica oficial não
induz periculum in mora.
Com efeito, a Lei nº 8.112/920, ao passo em que garante o direito à da pensão previdenciária que obteve, estando correta a sentença ao
licença médica remunerada, condiciona seu gozo à realização de negar a retroação do pagamento do benefício do autor à data do
perícia médica oficial autorizativa. Veja-se o disposto nos artigos 202 e falecimento do instituidor, julgando procedente, em parte, o pedido,
203, de referido diploma legal, in verbis: posto que o benefício foi requerido após dez anos da morte do de
“Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de cujus, e o óbito ocorreu após a alteração da redação original do art.
saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem 74 da Lei nº 8.213/91 pela Lei nº 9.528/97, quando, inclusive, o autor
prejuízo da remuneração a que fizer jus. já era maior de idade, e não se pode afirmar que, embora inválido,
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será concedida fosse incapaz para todos os atos da vida civil, e não pudesse ter
com base em perícia oficial.” requerido o benefício, eis que a interdição do autor só ocorreu em
Conclui-se, assim, pela ausência de verossimilhança da alegação da 2007 (fls. 95/96). 5. Em tal contexto, deve prevalecer a orientação
Parte Autora, ora Agravante, acarretando a falta de requisito essencial contida no julgado, no sentido de reconhecer o direito da parte autora
ao deferimento da tutela pretendida. ao restabelecimento de seu benefício previdenciário, desde a cessação,
No que tange à determinação de regularização da representação vez que ausente prova efetiva de irregularidade. 6. Assim,
processual da Agravante, impende consignar que, embora seja a parte caracterizado o direito ao restabelecimento do benefício
portadora de esquizofrenia paranóide, não se pode afirmar de antemão previdenciário de pensão por morte e o caráter alimentar da
que seja incapaz para todos os atos da vida civil, principalmente se prestação devida, afiguram-se presentes os requisitos do artigo 273 do
considerarmos que não se encontra interditada. CPC, pelo que deve ser prestigiada a antecipação de tutela deferida
Frise-se que a interdição resulta de uma decisão judicial que, tendo na sentença. 7. Apelações e remessa oficial não providas. (sem grifos
observado o devido processo legal, verifica a ocorrência de alguma no original).
causa de incapacidade em relação a certa pessoa. Inexistindo sentença (APELRE 200751040037622, Desembargador Federal ABEL
interditória, não há como afirmar que a representação processual da GOMES, TRF2 - PRIMEIRA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R -
parte esteja irregular. Data::09/07/2012 - Página::14/15.)
Ademais, não há que confundir-se a incapacidade para a atividade PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. BENEFÍCIO
laborativa com a incapacidade para o exercício dos atos da vida civil. ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE. REQUISITOS LEGAIS. PESSOA
Como não houve interdição da Agravante, a demonstração de referida PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. COMPROVAÇÃO DA
incapacidade depende de prova pericial ainda não produzida. IMPOSSIBILIDADE DE PROVER A SUA PRÓPRIA MANUTENÇÃO
Nesse sentido, mutatis mutandis, confiram-se os arestos a seguir OU TÊ-LA PROVIDA POR SUA FAMÍLIA. PRINCÍPIO DA
colacionados: DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. HIPOSSUFICIÊNCIA
PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE RESTABELECIMENTO DE FINANCEIRA. CONDIÇÃO DE MISERABILIDADE. TERMO
PENSÃO POR MORTE. PRELIMINAR DE DEFEITO DE INICIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. CUSTAS. ISENÇÃO. 1.
REPRESENTAÇÃO AFASTADA. FILHO MAIOR INVÁLIDO. Não deve prosperar a preliminar de concessão de efeito suspensivo ao
PORTADOR DE ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE. DEPENDÊNCIA recurso de apelação trazida pelo INSS. Compulsando os autos, vejo
ECONÔMICA. NÃO CABIMENTO DA RETROAÇÃO DO que estão presentes os requisitos legais autorizadores do deferimento
BENEFÍCIO À DATA DO ÓBITO. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. da tutela antecipada, assim como deve ser observado o caráter
Primeiramente, correta a sentença na parte em que afastou a alimentar do benefício em questão. 2. No tocante à incapacidade,
preliminar do INSS de defeito de representação, pois a curatela conforme fls. 33 e 95, e testemunhas ouvidas às fls. 93/94, o autor
deferida à irmã do autor à época do ajuizamento do feito se possui diabetes e hipertensão. O requerente não possui um dos braços,
encontrava em vigor e tal questão não poderia servir para obstar o e teve que amputar uma de suas pernas, não tendo capacidade
curso do feito, sendo certo que antecipação da tutela deferida na laborativa. O fato do autor não ser impedido de praticar atos normais
sentença pôde ser cumprida normalmente (fl. 419). 2. A concessão do da vida diária, conforme informado na perícia médica, em nada
benefício previdenciário é regida pela legislação vigente à época do interfere na sua incapacidade para trabalhar (...) 11. Recurso de
falecimento do segurado. Na hipótese vertente, verifica-se que o óbito apelação desprovido e remessa parcialmente provida para esclarecer
do segurado e pai do autor (que era aposentado) ocorreu em os critérios de cálculos da correção monetária e dos juros moratórios,
21/12/1997 (fl. 28), na vigência do art. 16, I, da Lei nº 8.213/91, com a nos termos dos itens 7 e 8, mantida a sentença nos demais termos.
redação dada pela Lei nº 9.032/1995 3. O que se há de observar é se (sem grifos no original).
restou comprovada a invalidez do autor à época do óbito do segurado. (AC 200601990441436, JUÍZA FEDERAL ROGÉRIA MARIA
E, de fato, esta restou demonstrada, uma vez que o autor foi submetido CASTRO DEBELLI, TRF1 - 2ª TURMA SUPLEMENTAR, e-DJF1
à Perícia Médica nos autos do Processo nº 2007.51.54.003735-0 por DATA:08/02/2012 PAGINA:248.)
médico perito, que constatou que o autor é portador de •esquizofrenia PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. INCAPACIDADE PARA
paranóide–(fl. 404/405), •que o início da doença se deu na OS ATOS DA VIDA CIVIL NÃO COMPROVADA. HONORÁRIOS.
adolescência do Autor– , que •A doença do Autor é permanente e CUSTAS. REMESSA OFICIAL, TIDA POR INTERPOSTA, E
incapacitante–, e a incapacidade é •plena para qualquer atividade APELAÇÃO PROVIDAS PARCIALMENTE. 1. O laudo pericial
laboral–, sendo que também o INSS na esfera administrativa elaborado por perito nomeado pelo juízo concluiu que a autora não é
reconheceu a invalidez da parte autora, conforme fls. 261/262, portadora de doença física ou mental que a incapacite para os atos da
reconhecendo como DII (Data de Início da Incapacidade) a data de vida civil, embora a doença da qual é portadora a incapacite para
01/01/1976, quando tinha o autor 14 anos de idade. 4. Destarte, exercer atividades laborativas ou profissionais (fl. 54). 2. Deve ser
reconhecida a situação de incapacidade para a vida laborativa e, por mantida a sentença que determinou o restabelecimento do benefício de
conseguinte, a condição de dependente, consoante disposto no artigo pensão por morte devido à autora, sobretudo porque se baseou no
16, I, da Lei nº 8.213/91 e seu §4º, faz jus o autor ao restabelecimento pronunciamento isento do perito nomeado pelo juízo, cujo laudo foi
conclusivo acerca da capacidade para os atos da vida civil
(capacidade de exercício) da autora. 3. A manutenção dos honorários
em R$ 400,00 (quatrocentos reais) se revela compatível com a
apreciação eqüitativa do juiz, delimitada pelos critérios dispostos nas
alíneas 'a', 'b' e 'c' do § 3º do art. 20 do CPC. 4. O INSS está isento do

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pagamento de custas no Estado de Minas Gerais. 5. Remessa Oficial,
tida por interposta, e Apelação parcialmente providas apenas para
adequar custas ao entendimento da Corte. (sem grifos no original).
(AC 200501990247199, JUIZ FEDERAL FRANCISCO HÉLIO
CAMELO FERREIRA, TRF1 - 1ª TURMA SUPLEMENTAR, e-DJF1
DATA:23/09/2011 PAGINA:1198.) Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal se absteve de
Repise-se que, se a aferição do estado de saúde da Agravante depende opinar, por não vislumbrar qualquer interesse que justificasse sua
de realização de perícia médica para demonstração de sua incapacidade intervenção no feito.
laborativa, o mesmo se diga, e com muito mais razão, acerca da É o relatório. Decido.
incapacidade civil da parte. Conforme relatado, cuida-se de agravo de instrumento interposto pela
Ante o exposto, e considerando o determinado na Lei nº 9.756, de União Federal, objetivando a reforma da decisão proferida pelo Juízo a
17.12.98, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos quo, que aplicou a multa de R$2.000,00 (dois mil reais), com
Tribunais, e levando-se em conta, ainda, a nova redação por ela dada fundamento no artigo 14, Parágrafo Único, do CPC, bem como fixou o
ao artigo 557, §1º-A, do CPC, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao prazo derradeiro de 10 (dez) dias para o cumprimento da obrigação de
Agravo de Instrumento, para reformar, parcialmente, a decisão fazer contida no título judicial, cominando multa diária de R$500,00
agravada, afastando a necessidade de regularização da representação (quinhentos reais) em caso de descumprimento.
processual da Agravante, e mantendo o indeferimento do pedido de Preliminarmente, impende observar que é admissível, contra a Fazenda
antecipação dos efeitos da tutela. Pública, a aplicação de multa diária como meio coercitivo de impor o
Publique-se. Intimem-se. implemento de medida antecipatória ou de sentença definitiva de
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e remetam-se os autos ao obrigação de fazer, nos termos do artigo 461, caput e parágrafos, do
Juízo de origem, após as formalidades de praxe. CPC, in verbis:
Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013. “Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação
Reis Friede de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da
Relator obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor
o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do
resultado prático correspondente.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.017180-9 § 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa
Nº CNJ :0017180-17.2012.4.02.0000 (art. 287).
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS § 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado
FRIEDE receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A
AGRAVADO :IVANETE DE SOUZA RIBEIRO medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo,
ADVOGADO :RUTILENE FLORINDO DE PAULA E em decisão fundamentada.
OUTRO § 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença,
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se
JOÃO DE MERITI (200251100051747) for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo
razoável para o cumprimento do preceito.
DECISÃO
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela União Federal - com
prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento,
pedido de efeito suspensivo, previsto no artigo 527, inciso III, do CPC
determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa
– em face de Decisão interlocutória proferida pelo Juízo da 5ª Vara
por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas,
Federal de São João de Meriti - Seção Judiciária do Rio de Janeiro -,
desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se
que aplicou multa de R$2.000,00 (dois mil reais), nos termos do artigo
necessário com requisição de força policial.
14, Parágrafo Único, do CPC, bem como fixou o prazo derradeiro de
§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da
10 (dez) dias para a agravante dar cumprimento à obrigação de fazer
multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.”
contida no título judicial, cominando multa diária de R$500,00
Assim, o atual sistema processual atribuiu ao Magistrado o poder de
(quinhentos reais) em caso de descumprimento.
utilizar, inclusive de ofício, de meios executivos que objetivem a
Em suas razões recursais, a União alega que para o fiel cumprimento
entrega da prestação devida ou de seu sucedâneo prático de resultado
das decisões judiciais faz-se necessária a submissão aos trâmites
equivalente. Sobre o tema, veja-se o seguinte Julgado, in verbis:
administrativos legais, aduzindo que não fora encontrado qualquer
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR CIVIL.
registro funcional do falecido servidor público, o que impossibilitou o
PENSÃO POR MORTE. GENITORA. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA
cumprimento do julgado. Sustenta que descabe impingir à Fazenda
COMPROVADA. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA
Pública multa diária pelo descumprimento de decisão judicial,
FÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ.
aduzindo que, no caso concreto, não ficou caracterizado o
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC
descumprimento voluntário da decisão judicial. Alega, ainda, que a
NÃO CONFIGURADA. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. ANTECIPAÇÃO
fixação da multa deve se orientar pelo princípio constitucional da
DE TUTELA. OBRIGAÇÕES DE FAZER E ENTREGAR COISA.
razoabilidade, de modo que não proporcione à parte contrária um
COMINAÇÃO DE MULTA DIÁRIA. CABIMENTO, INCLUSIVE
enriquecimento sem causa.
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.
Decisão Monocrática desta Relatoria, às fls. 217/222, deferindo, em
1. Conforme dispõe o art. 217, I, "d", da Lei 8.112/1990, é assegurada
parte, o pedido de atribuição de efeito suspensivo.
a pensão por morte vitalícia aos genitores do servidor falecido, desde
Regularmente intimada, a Parte Agravada deixou de ofertar
que comprovada a dependência econômica em relação a ele.
contrarrazões.
2. O Tribunal de origem considerou suficiente a prova trazida aos
autos no sentido de demonstrar ser a autora dependente econômica em
relação a seu filho falecido, não havendo dúvidas de que foram
preenchidos os requisitos legalmente previstos. O reexame das provas
que ensejam a referida dependência esbarra na Súmula 7/STJ.
3. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não

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caracteriza ofensa ao art. 535 do CPC.
4. É cabível, mesmo contra a Fazenda Pública, a cominação de multa
diária (astreintes) como meio executivo para cumprimento de
obrigação de fazer ou entregar coisa (arts. 461 e 461-A do CPC).
5. Agravo Regimental não provido. (sem grifos no original).
(STJ - AGA 201001252763, HERMAN BENJAMIN - SEGUNDA acórdão proferido por este Eg. Tribunal Regional e a decisão agravada
TURMA, DJE DATA:02/02/2011.) passaram-se aproximadamente 4 (quatro) anos. Ainda assim, tem-se
Observe-se que a aplicação das astreintes, com previsão no §4º, do por exíguo o prazo estabelecido para cumprimento da decisão judicial,
artigo 461, do CPC, deve obedecer ao critério da razoabilidade. Em devendo ser ampliado para 30 (trinta) dias.
outras palavras, o legislador reservou ao julgador a aferição sobre a Assim, apesar de a medida de coerção utilizada pelo MM. Juízo a quo
necessidade ou não de aplicar referida medida, conforme o caso. ter o intuito de vencer a resistência da Agravante ao cumprimento da
Analisando os autos, afigura-se plenamente razoável a fixação de prazo obrigação de fazer que lhe fora imposta, encontra-se dissonante dos
e de multa a fim de compelir a União Federal ao cumprimento do critérios da razoabilidade e proporcionalidade.
julgado. Isto porque, além de não poder a agravante obstar a execução Sobre a possibilidade de aplicação de multa pessoal em razão de
da sentença já transitada em julgado, priva injustamente a exequente de descumprimento do dever disposto no art. 14, V, do Código de
direito que já foi pronunciado. Processo Civil, cumpre trazer à colação o que estabelece o parágrafo
Ocorre que, embora a astreinte deva ser expressiva a ponto de coagir o único do referido dispositivo:
devedor a cumprir o preceito, não pode configurar-se num ônus “Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer
excessivo, sob pena de desrespeito à equidade que deve balizar as forma participam do processo: (Redação dada pela Lei nº 10.358, de
decisões judiciais. Na hipótese dos autos, a fixação do valor de 2001)
R$500,00 por dia de atraso no cumprimento da decisão judicial revela- I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
se excessiva. A se manter o valor fixado, restariam mortalmente feridos II - proceder com lealdade e boa-fé;
os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, que são de III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são
observância obrigatória. Deve, portanto, a multa ser reduzida para destituídas de fundamento;
R$100,00 por dia de atraso. IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários
Nesse sentido: à declaração ou defesa do direito.
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar
INSTRUMENTO. UNIÃO FEDERAL. OBRIGAÇÃO D DE FAZER. embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza
MULTA. . REDUÇÃO DO VALOR FIXADO. ARTIGO 461, § 6º DO antecipatória ou final. (Incluído pela Lei nº 10.358, de 2001)
CPC. Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam
-Trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO exclusivamente aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso
FEDERAL objetivando cassar decisão que concedeu o prazo V deste artigo constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição,
improrrogável de cinco dias para que a União traga aos autos prova podendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais
do cumprimento da decisão de fl. 124. E vencido o prazo sem a cabíveis, aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de
comprovação, determinou a imediata incidência de multa diária no acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte por cento
valor de R$ 100,00 (cem reais). do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, contado do
- O sistema processual vigente, no artigo 461, § 4º do CPC, autoriza a trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita
imposição de multa cominatória diária, astreinte, como medida sempre como dívida ativa da União ou do Estado.”
coercitiva a compelir o devedor ao cumprimento de obrigação Da detida análise do referido dispositivo legal, verifica-se que o
estabelecida na sentença. Caberá ao Juízo a quo, ao fixar a multa, mesmo prevê a aplicação de multa à parte que deixa de cumprir com
considerar que esta visa garantir efetividade ao processo e, jamais exatidão os provimentos mandamentais e criam embaraços à efetivação
perder de vista a regra de proporcionalidade estampada no parágrafo de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. Todavia, a
6° do mencionado dispositivo de lei. mencionada multa não é aplicável aos advogados, que se sujeitam ao
-Noutro sentido, é entendimento jurisprudencial que, com base no Estatuto da OAB, ou, segundo decisão do Pretório Excelso, nos autos
novo dispositivo do artigo 461, § 6º do CPC, o valor atribuído à da ADI nº 2652/DF, a procuradores que estão sujeitos a outro regime
multa, mesmo depois do trânsito em julgado da decisão, pode ser jurídico, seja ele público ou privado. Neste sentido:
modificado, caso em que constate que se tornou insuficiente ou AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO
excessiva. (REsp 763975/RS, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 14 DO CÓDIGO DE
DJ 19/03/2007; REsp 770753/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJ 15/03/2007). PROCESSO CIVIL, NA REDAÇÁO DADA PELA LEI 10358/2001.
-Todavia, assiste razão à Agravante no que tange ao exíguo prazo PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
estabelecido para o cumprimento da obrigação, bem como, quanto ao 1. Impugnação ao parágrafo único do artigo 14 do Código de
valor arbitrado. Processo Civil, na parte em que ressalva "os advogados que se
- Agravo de Instrumento conhecido e parcialmente provido, para sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB" da imposição de multa
estipular o prazo de 30 dias para o cumprimento da determinação por obstrução à Justiça. Discriminação em relação aos advogados
constante na decisão ora objurgada, sob pena de multa diária de R$ vinculados a entes estatais, que estão submetidos a regime estatutário
50,00 (cinqüenta reais), com limite de R$ 1.500,00 (hum mil e próprio da entidade. Violação ao princípio da isonomia e ao da
quinhentos reais). inviolabilidade no exercício da profissão. Interpretação adequada,
(AG 200902010082887 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO – 177053 para afastar o injustificado discrímen.
Relator(a) Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND Sigla do 2. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente para, sem
órgão TRF2 Órgão julgador OITAVA TURMA ESPECIALIZADA redução de texto, dar interpretação ao parágrafo único do artigo 14
Fonte DJU - Data::15/10/2009 - Página::175) do Código de Processo Civil conforme a Constituição Federal e
Quanto ao prazo de 10 (dez) dias determinado na decisão, deve ser declarar que a ressalva contida na parte inicial desse artigo alcança
salientado que desde o ajuizamento da ação de conhecimento já se todos os advogados, com esse título atuando em juízo,
passaram mais de 10 (dez) anos, e que entre o trânsito em julgado do independentemente de estarem sujeitos também a outros regimes
jurídicos.
(ADI n 2652 / DF, Relator Min. Maurício Corrêa, Tribunal
Pleno, DJ 14-11-2003 pp. 00012)
Registre-se, ainda, que o STF vem recebendo Reclamações sobre a
questão, firmando entendimento no sentido de que os procuradores

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federais estão incluídos na ressalva do parágrafo único do art. 14 do
Código de Processo Civil:
RECLAMAÇÃO. PROCURADOR FEDERAL. MULTA PESSOAL.
SANÇÃO DISCIPLINAR. DESCUMPRIMENTO DA AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 2.652/DF.
1. Os procuradores federais estão incluídos na ressalva do parágrafo Contrarrazões apresentadas pelo Agravado às fls. 108/150.
único do art. 14 do Código de Processo Civil, não sendo possível, Parecer do Ministério Público Federal, às fls. 152/173, opinando pelo
assim, fixar-lhes multa em razão de descumprimento do dever disposto desprovimento do Agravo.
no art. 14, inc. V, do Código de Processo Civil. É o Relatório. Decido.
2. Reclamação julgada procedente. Da leitura dos autos, infere-se que, nos autos de origem, foi deferida
(Rcl 7181. Rcl – RECLAMAÇÃO Relator(a) CÁRMEN LÚCIA) medida liminar assegurando ao Impetrante, ora Agravado, a dispensa
Em sendo assim, e considerando, ainda, que não houve indicação exata de sua apresentação para o início da prestação do serviço militar para o
do responsável pelo ato atentatório ao exercício da jurisdição, a quem qual fora convocado.
direcionada a aplicação da multa pessoal do artigo 14, Parágrafo Insurgindo-se contra referida Decisão, a União Federal interpôs o
Único, do CPC, deve a mesma ser afastada. presente Agravo de Instrumento, cujo mérito passa-se a apreciar.
Ante o exposto, e considerando o determinado na Lei nº 9.756, de O cerne da questão diz respeito à existência do pretenso direito do
17.12.98, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos Agravado de tornar sem efeito a sua convocação para prestação de
Tribunais, e levando-se em conta, ainda, a nova redação por ela dada serviço militar obrigatório após ter sido dispensado por excesso de
ao artigo 557, §1º-A, do CPC, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao contingente.
Agravo de Instrumento, apenas para afastar a multa pessoal de Em se tratando de estudantes dos cursos de MFDV (Medicina,
R$2.000,00 (dois mil reais) pela prática de ato atentatório ao exercício Farmácia, Odontologia e Veterinária), um marco temporal deve ser
da jurisdição e reduzir a multa diária cominada para R$100,00 (cem traçado a partir da publicação da Lei n° 12.336, de 26 de outubro de
reais), ampliando para 30 (trinta) dias o prazo para cumprimento da 2010.
decisão judicial. Com o advento da Lei nº 12.336, de 26 de outubro de 2010, foram
Publique-se. Intimem-se. alteradas as Leis nº 4.375/64 e nº 5.292/67, que dispõem sobre a
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e remetam-se os autos ao prestação do serviço militar pelos estudantes de Medicina, Farmácia,
Juízo de origem, após as formalidades de praxe. Odontologia e Veterinária e pelos médicos, farmacêuticos, dentistas e
Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2013. veterinários. O art. 4º da Lei nº 5.292/67, com a redação alterada pela
Reis Friede Lei nº 12.336/2010, prevê expressamente a possibilidade de aqueles
Relator que obtiveram dispensa de incorporação serem convocados para prestar
o serviço militar após a conclusão do curso de medicina, in verbis:
“Art. 4º - Os concluintes dos cursos nos IEs destinados à formação de
médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários que não tenham
prestado o serviço militar inicial obrigatório no momento da
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.018402-6 convocação de sua classe, por adiamento ou dispensa de
Nº CNJ :0018402-20.2012.4.02.0000 incorporação, deverão prestar o serviço militar no ano seguinte ao da
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS conclusão do respectivo curso ou após a realização de programa de
FRIEDE residência médica ou pós-graduação, na forma estabelecida pelo
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL caput e pela alínea ‘a’ do parágrafo único do art. 3o, obedecidas as
AGRAVADO :RENATO SEIJI OKAMOTO demais condições fixadas nesta Lei e em sua regulamentação.”
ADVOGADO :ALEXANDRE MENEZES MELLO A Lei é clara no sentido de que mesmo os formandos em “MFDV”
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO dispensados de incorporação devem prestar o serviço militar após a
DE JANEIRO (201251010443289) conclusão do respectivo curso.
No entanto, construiu-se entendimento de que as normas previstas na
DECISÃO novel legislação não poderiam retroagir para alcançar situações
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela União Federal - com consolidadas. Consequentemente, quem foi dispensado antes da
pedido de atribuição de efeito suspensivo, previsto no artigo 527, publicação da referida Lei teria direito adquirido a não mais ser
inciso III, do CPC -, em face de Decisão interlocutória proferida pelo convocado.
Juízo da 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que, nos autos do Mandado Com a máxima vênia, este não parece ser o melhor entendimento,
de Segurança impetrado pelo Agravado, deferiu o pedido de liminar, posto que não existe situação consolidada quando se é dispensado da
para determinar que as autoridades impetradas se abstenham de incorporação por excesso de contingente.
convocar o Agravado para prestar serviço militar obrigatório, diante de Todo cidadão pode ser convocado e reconvocado até o último dia do
sua anterior dispensa por excesso de contingente. ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos e o profissional da
Em suas razões recursais, a União Federal assevera que a Constituição área de Saúde, até o final do ano em que completar 38 (trinta e oito)
Federal prevê a obrigatoriedade do serviço militar nos termos da lei. anos. Então não há que se falar em dispensa definitiva.
Aduz que a Lei nº 12.336, de 26 de outubro de 2010, tem A Lei do Serviço Militar, em seu artigo 5°, regula essa questão. In
aplicabilidade imediata, alcançando a situação jurídica em questão. verbis:
Sustenta, dessa forma, que a dispensa inicial de prestação de serviço “Art. 5º - A obrigação para com o Serviço Militar, em tempo de paz,
militar não impede a realização de convocações posteriores. Alega, começa no 1º dia de janeiro do ano em que o cidadão completar 18
ainda, que o Certificado de Dispensa de Incorporação não exime o (dezoito) anos de idade e subsistirá até 31 de dezembro do ano em que
Agravado do serviço militar até completar 45 (quarenta e cinco) anos completar 45 (quarenta e cinco) anos.”
de idade, a teor do artigo 5º, da Lei nº 4.375/64. Assim, verifica-se que a única hipótese de extinção da obrigação para
Decisão Monocrática desta Relatoria, às fls. 102/104, atribuindo o com o Serviço Militar é atingir a idade limite. Ressalte-se que dita
efeito suspensivo pretendido. extinção não se confunde com a isenção, que está prevista, na
Constituição da República, para as mulheres e os eclesiásticos.
O artigo 119, do Regulamento da Lei do Serviço Militar (RLSM), já
estabelece essa possibilidade, in verbis:
“Art. 119 - Os dispensados da prestação do Serviço Militar inicial,
como os reservistas, estarão sujeitos a outras formas e fases do

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Serviço Militar, do mesmo modo como a outros encargos necessários
à defesa da Pátria, nos termos do art. 181 da Constituição, da LSM,
do presente Regulamento e de legislação especial.” (grifou-se)
Tanto é assim que mesmo os dispensados por excesso de contingente
estão sujeitos à nova convocação, de acordo com o RLSM:
“Art. 93. (...)
§ 1º O excesso do contingente destina-se a atender, durante a
prestação do Serviço Militar inicial da classe, a chamada SUBSECRETARIA DA 8A.TURMA ESPECIALIZADA
complementar para o recompletamento ou acréscimo de efetivo das
Organizações desfalcadas ou que forem criadas. BOLETIM: 137444
§ 2º Constituirão o excesso do contingente os brasileiros residentes em
municípios tributários e que:
1) tenham sido julgados aptos em seleção e não tenham podido III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020774-9
receber destino de incorporação ou matrícula por excederem às Nº CNJ :0020774-39.2012.4.02.0000
necessidades; (...)” RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL
A finalidade do excesso de contingente, portanto, é a constituição de ERIK DYRLUND
uma reserva que atenda uma possível necessidade de recompletamento, AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ou mesmo de acréscimo no efetivo de uma Organização Militar. Cada ADVOGADO :MARCIA PEREIRA DIAS E OUTROS
classe tem a sua própria reserva no ano da respectiva prestação do AGRAVADO :MARIA DE FATIMA VIANA
serviço militar inicial. Enfim, estar no excesso de contingente não ADVOGADO :MARCELO OLIVEIRA CAMARA E
exime o cidadão do dever constitucional de prestar o Serviço Militar. OUTROS
O entendimento que merece ser prestigiado é aquele segundo o qual a ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL
convocação ocorrida após a entrada em vigor da Lei n° 12.336/2010 DO RIO DE JANEIRO
deve ser regida pela nova sistemática por ela introduzida. Em outras (200751010028059)
palavras, aquele convocado a partir da vigência de referida Lei está
obrigado a prestar o Serviço Militar, não importando em qual momento DECISÃO
se deu a dispensa da incorporação, mas tão somente o momento da Trata-se de Agravo na modalidade de Instrumento, com pedido de
nova convocação. antecipação de tutela recursal, interposto pela CAIXA ECONÔMICA
Nesse sentido, diversos precedentes deste Tribunal têm assinalado a FEDERAL - CEF em face de MARIA DE FÁTIMA VIANA,
incidência da referida lei às novas situações (APELRE objetivando cassar a decisão do Juízo da 15a Vara Federal - Seção
2010.51.01.017707-6, 6ª Turma Especializada, rel. Desembargador Judiciária do Rio de Janeiro, assim, vertida:
Federal GUILHERME COUTO, decisão publicada em 30/05/2011; “Fls. 117. Indefiro. Fixo a multa diária pelo descumprimento do
AG 2010.02.01.017693-8, 5ª Turma Especializada, rel. julgado em R$ 100,00, conforme decisão de fls. 112, a contar de
Desembargador Federal LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO, 4/6/2012.
decisão publicada em 21/02/2011; AG 2010.02.01.016723-8, 7ª Turma Intimem-se.”
Especializada, rel. Desembargador Federal REIS FRIEDE, decisão O petitório inacolhido diz:
publicada em 08/04/2011; AG 2011.02.01.003783-9, 5ª Turma “Caixa Econômica Federal, já qualificada nos autos do processo em
Especializada, rel. Juiz Federal Convocado MARCELO PEREIRA DA epígrafe, vem, por seu advogado, devolver os autos e informar que está
SILVA, decisão publicada em 21/06/2011). providenciando o cumprimento do julgado, mas o prazo concedido foi
Ademais, ao entender que a Lei n° 12.336/2010 só se aplicaria àqueles demasiado exíguo tendo-se em vista que, após a elaboração do laudo a
que foram dispensados da incorporação após a sua vigência, estar-se-ia Caixa por força de lei, deverá inclusive licitar a obra ou
concedendo, na prática, uma vacatio legis de 06 (seis) anos, pois os estudar/justificar sua dispensa.
dispensados por excesso de contingente em outubro de 2010 somente Assim, em respeito à celeridade processual e ao desejo que a Caixa tem
se formarão no curso de medicina, no mínimo, em 2016 e, com certeza, de dar cumprimento ao julgado da maneira mais rápida possível (o
essa não foi a mens legis. cumprimento da obrigação de pagar comprova isso), requer a Caixa
No caso sob exame, o Agravado encontra-se cursando o último seja a obrigação de fazer convertida em obrigação de pagar (nomeação
semestre da faculdade de Medicina e foi convocado para se apresentar de um perito pelo juízo, para elaborar o laudo de precificar a obra).
em data posterior à vigência da Lei nº 12.336/2010, publicada em Requer, ainda, a concessão de novo prazo para o cumprimento da
27/10/2010, razão pela qual não se vislumbra, prima facie, qualquer sentença, compatível com todas as obrigações legais que a Caixa
ilegalidade ou mesmo abusividade na conduta da autoridade impetrada. deverá observar e a revogação de quaisquer multas anteriormente
Ante o exposto, e considerando o determinado na Lei nº 9.756, de impostas.”
17.12.98, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos Por sua vez, a decisão de fls. 112 (fls. 122 dos presentes autos) foi
Tribunais, e levando-se em conta, ainda, a nova redação por ela dada assim vertida:
ao artigo 557, §1º-A, do CPC, DOU PROVIMENTO ao Agravo de “Tendo em vista o teor da petição de fls. 109/110 e em observância
Instrumento da União, para reformar a decisão agravada, indeferindo a aos princípios da celeridade e economia processual, utilizo, por
medida liminar pleiteada no mandamus de origem. analogia, da faculdade de retratação constante do art. 296 do CPC,
Publique-se. Intimem-se. determinando o prosseguimento da execução da obrigação de fazer.
Oportunamente, dê-se baixa na Distribuição e remetam-se os autos ao Na forma do art. 461 do CPC, intime-se a CEF para dar integral
Juízo de origem, após as formalidades de praxe. cumprimento ao julgado (fls. 92/99), providenciando, no prazo
Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2013. máximo de 30 (trinta) dias, laudo de vistoria e avaliação do imóvel da
Reis Friede autora, procedendo à contratação das obras de recuperação do imóvel
Relator localizado na Rua Pastor Silvio Lopes, nº 648, Bloco 8, aptº 301,
Condomínio Residencial Gramado, Santa Cruz da Serra ¿ Duque de
Caxias, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a vistoria do
imóvel, sob pena de fixação de multa diária no valor de R$ 100,00.
Cabe à CEF comunicar ao Juízo o cumprimento da decisão.”
Enquanto o petitório declinado diz:
“MARIA DE FÁTIMA VIANA, nos autos do processo em epígrafe
vem, com base no artigo 463 do CPC, expor e ao final requer o que

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segue:
I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS
1.1– Assim manifestou-se o douto julgador às fls.108, in verbis:
Tendo em vista o cumprimento da obrigação, JULGO EXTINTA A
EXECUÇÃO, nos termos do art.794, I, do CPC. À parte autora para
agendar junto à Secretaria do Juízo a retirada dos alvarás a serem 2007, quando intentou o pedido.
expedidos, conforme depósito de fls.105 e 106. PRI e certificado o É por isso que a autora, em observância ao artigo antecedente, vem
trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se os autos. buscar neste requerimento que o douto julgador no uso de sua
1.2 DA INEXATIDÃO MATERIAL sapiência, bom senso, razoabilidade e na forma da lei, proceda a
Conforme observa-se na sentença acima, que põe fim a execução, correção na r. sentença de fls.108.
claro está o erro, visto que conforme exaustivamente relatado em toda 2- DO PEDIDO
a exordial, em especial o documento de fls.100/102, a Ré encontra-se Em face ao exposto, requer:
inerte até a presente data quanto ao cumprimento do pedido principal A correção da sentença de fls..., aplicando-a, se for o caso, apenas à
concedido na sentença de 92/99, se não vejamos: indenização pelos danos morais, dando regular seguimento ao feito
Por todo o exposto, face a cognição exauriente própria da fase de quanto a primeira parte da sentença de fls.92/99.
prolação de sentença, e não mais no juízo de cognição sumária do Ratifica-se o pedido de fixação da multa diária, a partir de 28/05/2011,
art.273 do CPC, reconsidero a decisão de fls.47 e DEFIRO A em valor não inferior a R$ 100,00, pelo não cumprimento da tutela
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA para determinar que a CEF deferida, confirmada em sentença.”
providencie laudo de vistoria e avaliação do imóvel da autora, no A Agravante alega, em suma, como causa de pedir:
prazo máximo de 30 (trinta) dias, devendo proceder à contratação das “A decisão ora agravada foi proferida nos autos da ação de origem, já
obras de recuperação do imóvel localizado na Rua Pastor Silvio Lopes, na sua fase de cumprimento de sentença, oportunidade na qual a
no. 648. bloco 8, apto. 301, Condomínio Residencial Gramado, Santa decisão, ora agravada, indeferiu o pedido de conversão de obrigação de
Cruz da Serra, Município de Duque de Caxias, RJ, obtido através de fazer em obrigação de pagar, fixando multa retroativa pelo
Programa de Arrendamente Residencial PAR, no prazo máximo de 60 descumprimento da determinação. Há que se destacar ainda que
(sessenta) dias após a vistoria do imóvel. Deverá a CEF providenciar decisão não foi fundamentada.
todos os meios necessários para a realização das obras, inclusive com a Dessa forma, por se tratar de processo em fase de execução, torna-se
desocupação do imóvel, devendo indenizar a autora as despesas com a incompatível a utilização do agravo retido por total ausência de
sua mudança, e a pagar-lhe aluguel mensal no patamar de R$ 500,00, efetividade e adequação, tendo em vista que a norma do art. 522 do
com depósito imediato, até a conclusão das obras e a elaboração de CPC , segundo o qual a decisão interlocutória deve ser atacada por
novo laudo de vistoria. JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, agravo retido, somente cabendo o agravo de instrumento em situações
confirmando a tutela antecipada ora concedida, e condeno a CEF a excepcionais, aplica-se apenas ao processo de conhecimento.
pagar à autora indenização por danos morais equivalente a R$ 3.000,00 (...) Conforme aduzido anteriormente, a decisão agravada, sem
(três mil reais). fundamentação, indeferiu o pedido de conversão de obrigação de fazer
Como observa-se nos documentos de fls.105/106, a ré deu em obrigação de pagar, fixando multa retroativa pelo descumprimento
cumprimento apenas a segunda parte da sentença, qual seja, o da determinação.
pagamento da indenização por danos morais o que não é a totalidade da Primeiramente há que ser reconhecida a nulidade absoluta da decisão
obrigação, como entendeu a sentença que pôs fim a execução. agravada, s.m.j., pois toda decisão judicial deve ser fundamentada, nos
Acontece que nas fls.100/102 há dois pedidos a saber, in verbis, isso termos da Constituição Federal, sob pena de ser declarada nula, a teor
com base na sentença prolatada as fls.92/99, transitada em julgado e do contido no art. 93, IX, da CRFB.
não recorrida. (...) Não obstante, conforme preceitua o parágrafo primeiro do artigo
4. DO PEDIDO 461 do CPC a obrigação somente se converterá em perdas e danos se o
4.1 seja fixada a multa diária, a partir de 28/05/2011, em valor não autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do
inferior a R$ 100,00. resultado prático correspondente. No caso em tela, conforme justificou
4.2 seja procedida a execução do dano moral e sucumbência no valores a agravante em sua petição de folhas 117, o cumprimento da obrigação
R$ 5.322,79. no prazo estipulado era impossível em razão desta empresa pública ter
Compulsando-se os autos observamos que o douto julgador não se que se submeter às regras de licitação que estabelecem prazos mínimos
manifestou quanto ao pedido no item 4.1 acima descrito, que requereu para as suas etapas; além do prazo necessário para a execução das
a aplicação da multa diária pelo inadimplemento ao cumprimento da obras.
antecipação da tutela pretendida, confirmada em sentença. A conversão da obrigação de fazer em obrigação de pagar, plenamente
Ao contrário, às fls.108, o douto julgador, sm.j, de forma equivocada, justificável face a impossibilidade da agravante cumprir a tutela
julgou extinta, toda a execução, sem ter sido ela plenamente satisfeita. específica, também estaria de acordo com o princípio da menor
Incidindo tal decisão em verdadeira inexatidão material, pela qual deve onerosidade do processo executivo para o devedor, sem violar o
ser revista e reparada, afim de não causar prejuízos ainda maiores a que princípio da efetividade e garantir que a decisão judicial fosse
vem sofrendo a parte autora. efetivamente cumprida.
Quando estamos diante de tal inexatidão, assim mos socorre o CPC, Destaque-se que a Agravante é devedora de boa-fé, jamais tendo se
senão vejamos: recusado a cumprir o determinado, demonstrando, entretanto, a
Art .463- Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la; impossibilidade de fazê-lo
I- para lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões Assim, deve-se encontrar o equilíbrio entre os princípios da efetividade
materiais, ou lhe retificar erros de cálculo. e da menor onerosidade, bem analisado no ensinamento colhido do
Ora, se a sentença prolatada pelo douto julgador ainda não foi RESP 264495/SP, relatado pelo festejado Ministro Sálvio de
integralmente cumprida pela Ré, é flagrante o equívoco quando se Figueiredo Teixeira:
termina a extinção de sua execução, sem qualquer fundamento que a (...) Assim, restando evidenciada a justificada impossibilidade de
justifique e, mais, em detrimento da autora que ainda aguarda que a ré cumprimento da obrigação de fazer impõem-se a conversão da mesma
lhe de a satisfação perseguida na presente demanda, desde o ano de em obrigação de pagar, a fim de que a decisão tenha efetividade bem
como que se assegure a menor onerosidade ao devedor, que inclusive
já está tendo prejuízos com fixação de multa.
Por outro lado, a decisão agravada deve ser revista também no que
tange a multa, senão vejamos: ao analisar a petição da Agravante que
requeria a conversão de obrigação de fazer em obrigação de pagar

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mediante nomeação de perito, bem como o deferimento de novo prazo
para o cumprimento da sentença, compatível com as obrigações legais
de uma empresa pública o juízo a quo não só indeferiu todos os
pedidos sem fundamentação como também fixou multa diária de
R$100,00 retroativa à 4/06/2012.
Ao fixar a multa o despacho menciona que a mesma está de acordo ADVOGADO :ARMANDO BORGES DE ALMEIDA
com a decisão de fls. 112, entretanto nesta não há multa efetivamente JUNIOR
fixada. Ao contrário o que se infere da r. decisão é a possibilidade de ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
fixação em caso de descumprimento. Ao fixar a multa de forma DO RIO DE JANEIRO
retroativa a decisão agravada fulminou o princípio da segurança (200651010223794)
jurídica.
Outrossim, a multa não deve ser aplicada para punir o devedor. Ela foi DECISÃO
criada para servir como forma de coagi-lo, incutindo-lhe a idéia de que Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por ARNALDO DE
mais vale cumprir a obrigação a que foi condenado do que pagar a FREITAS REBELO em face de CAIXA ECONÔMICA FEDERAL –
multa. Np (sic) caso, fixar a multa retroativamente retira da mesma seu CEF, objetivando cassar a decisão proferida pelo Juízo da 18ª Vara
caráter coercitivo e lhe agrega função punitiva incompatível com o Federal – Seção Judiciária do Rio de Janeiro, assim, vertida:
instrumento. “Trata-se de execução de título judicial em que se acolheu a pretensão
Assim, deparamo-nos com o absurdo da situação constituída no autoral para determinar à CEF que fosse feita a recomposição da conta
presente feito, qual seja a da constrição da CAIXA ao pagamento de de FGTS do autor no que diz com os índices de 42,72% e 44,80%
multa retroativa há mais de seis meses, por, basicamente, ter (janeiro/89 e abril/90).
DESCUMPRIDO UMA ORDEM QUE, ESPERA, TER Em abril de 2010 a ré informou o cumprimento do julgado com o
DEMONSTRADO, NÃO DISPÕE DE MEIOS PARA CUMPRIR e depósito de R$ 29.683,66, Conforme extrato de fls. 79. Com tal valor
que efetivamente comunicou a impossibilidade ao juízo a quo. discordou a parte autora que entende devida a quantia de R$
(...) Em face de todo exposto, descabido considerar-se a CAIXA como 244.950,18, em agosto de 2009.
em estado de desobediência em relação ao determinado em ordem Os autos foram encaminhados uma primeira vez ao contador judicial
judicial, com a conseqüente fixação de multa cominatória, em razão que elaborou a planilha de fls. 123/125, no valor de R$ 29.683,65, em
desta não ter, materialmente condições de fornecer as informações e março de 2010, corroborando, portanto, o que foi depositado pela CEF
documentos exigidos pelo MM. Juízo. em cumprimento espontâneo do julgado.
(...) Isto posto, a CAIXA requer: O autor manifesta a sua discordância com o valor apontado pelo
Seja deferida a ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL para contador judicial às fls. 127/132, ressaltando a necessidade de que os
afastar a incidência de multa; cálculos tomem por base o saldo indicado nos extratos de fls. 12/13 e
Seja dado provimento ao presente recurso, de forma a reformar a 98 dos autos.
decisão ora agravada, com o conseqüente deferimento substituição da Diante da discordância do exeqüente, foi determinada a expedição de
obrigação de fazer por obrigação pagar, ou, não entendendo desta ofício ao BRADESCO para que este fornecesse os extratos da conta
forma, seja deferido prazo compatível para a realização da vistoria, fundiária do autor. Tais documentos foram juntados às fls. 146/168.
afastando-se me definitivo a multa fixada ou,. (sic)” Com os dados fornecidos pelo banco depositante, o contador ratifica
A decisão atacada é, portanto a de fls. 112 (fls. 122 dos presentes seu cálculo anterior no valor de R$ 29.683,65, em março de 2010.
autos), e não a decisão ora objurgada. Mais uma vez inconformado, o autor pretende a nomeação de perito.
E, nos termos da jurisprudência pacífica dos Tribunais Superiores, o Relatados. Decido.
pedido de reconsideração não interrompe, nem suspende o prazo para Indefiro o requerido pelo autor às fls. 174/179.
interposição do recurso cabível (RSTJ 95/271, RTFR 134/13, RT Os cálculos em questão são recorrentes nesta Justiça Federal e de
595/201) inclusive o do agravo de instrumento (RTJ 123/470). simples solução, até mesmo diante dos extratos apresentados pelo
Ao que se apura dos autos, o decisum de fls. 112 (fls. 122 dos presentes próprio banco depositante da época dos expurgos.
autos) foi publicado em 04/05/2012, e tendo sido o presente recurso Outrossim, os questionamentos da parte autora não são suficientes para
protocolado em 10 de dezembro de 2012, encontra-se o mesmo afastar a solidez dos cálculos elaborados pela contadoria judicial, os
intempestivo, o que conduz a negativa de seguimento do mesmo. quais apontam para o mesmo valor encontrado pela CEF.
Isto posto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso, nos termos do artigo Assim, acolho o parecer de fls. 170/172 para declarar quitada a
557, do CPC. obrigação de fazer referente à recomposição da conta de FGTS do
Oportunamente, remeta-se à vara de origem, observadas as cautelas de autor com base no presente título judicial transitado em julgado.
praxe. Intimem-se.
Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 2013. Em nada sendo requerido, dê-se baixa e arquive-se. “
POUL ERIK DYRLUND O Agravante alega, em suma, como causa de pedir:
Relator “(...) Trata-se , orignariamente , de ação ordinária através da qual o
agravante buscou a recomposição do saldo de sua conta do FGTS –
ação por demais corriqueira, simples, com entendimento mais do que
pacificado perante nossos Tribunais.
Em fase de cumprimento de sentença, iniciada em 12/08/2009 – há
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020825-0 mais de 03 (três) anos, portanto – o agravante apresentou os primeiros
Nº CNJ :0020825-50.2012.4.02.0000 cálculos, às fls.62/64 dos autos, apontando, àquela altura, o valor
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL devido de R$ 244.950,18 (duzentos e quarenta e quatro mil novecentos
ERIK DYRLUND e cinquenta reais e dezoito centavos), tendo sido o referido cálculo
AGRAVANTE :ARNALDO DE FREITAS REBELO apurado em 24/07/2009 com base nos extratos de FGTS de fls.12/13,
ADVOGADO :EDUARDO GOLDENBERG autenticados às fls.98.
AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF (...)
O juízo a quo, acreditando no cumprimento espontâneo do julgado, às
fls.65, concedeu, em 13/08/2009 prazo de 15 (quinze) dias para que a
agravada efetuasse o pagamento do quantum debeatur.
Depois de incontáveis percalços, todos criados pela agravada, apenas
em 27/4/2010, às fls.78, esta última apresentou seus cálculos e efetuou

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depósito de quantia infinitamente inferior à calculada pelo agravante na
conta vinculada deste último, no valor de R$ 29.683,66 (vinte e nove
mil seiscentos e oitenta e três reais e sessenta e seis centavos), juntando
extratos microfilmados (às fls.82/83) rigorosamente diferentes dos
apresentados às fls.12/13, novamente juntados às fls.98, devidamente
autenticados. ERIK DYRLUND
Ou seja, Exmos Srs. Julgadores, a divergência não era e não é AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL
meramente aritmética. AGRAVADO :MARCIA DE KATIA HOLANDA
(...) BRAGA
CONCLUSÃO ADVOGADO :MIRIAN OLIVEIRA DA ROCHA
Assim, considerando-se que a questão relativa à base de cálculo é de PITTA E OUTROS
natureza simples de ser enfrentada – extrato original que em tudo ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA
diverge do microfilme – requer-se a concessão de efeito suspensivo FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
ativo ao presente recurso, que reclama, se não julgamento urgente, ao (201251010462120)
menos julgamento para breve, principalmente se levarmos em conta o
extenso tempo entre o início da fase de cumprimento do julgado e a DECISÃO
decisão guerreada que entendeu, incorrendo em grave erro, estar Trata-se de Agravo na modalidade de Instrumento, com pedido de
quitada a obrigação da agravada. efeito suspensivo ativo, interposto pela UNIÃO FEDERAL em face de
Evidencia-se que a decisão atacada por este recurso contraria não só as MÁRCIA DE KÁTIA HOLANDA BRAGA, objetivando cassar a
normas de conhecimento comum como também afronta o amplo direito decisão do Juízo da 22ª Vara Federal - Seção Judiciária do Rio de
de defesa quando indefere a produção de prova técnica pericial capaz Janeiro, assim vertida:
de determinar qual dos extratos acostados aos autos é válido para servir “Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado
de base de cálculo, pelo que se impõe seja a decisão prontamente por MÁRCIA DE KÁTIA HOLANDA BRAGA contra ato atribuído
reformada por esse E. Turma.” ao DIRETOR DO HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO DO
RIO DE JANEIRO, objetivando, a concessão de liminar, a fim de não
A decisão objurgada, por seus termos, constitui vera decisão ser compelida a optar por um dos cargos de auxiliar de enfermagem
terminativa, atraindo para si, a natureza de sentença, que é passível de que exerce, tampouco ter o direito de acumulação remunerada de
impugnação por apelo, e não agravo de instrumento, sendo inaplicável cargos públicos restringido.
o princípio da fungibilidade recursal, dado o seu conteúdo objetivo. Para tanto, sustenta que desde o ano de 2008 exerce, acumuladamente,
Neste sentido, esta Egrégia 8ª Turma Especializada do TRF da 2ª as funções profissionais de auxiliar de enfermagem, uma no Hospital
Região, já se manifestou, quando do Agravo Interno no Agravo de Federal de Bonsucesso e outra no Corpo de Bombeiros, sem que os
Instrumento nº 191008/RJ, desta Relatoria: horários se sobreponham ou que seja excessiva a carga horária.
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. Ressalta que, nada obstante, foi instada a optar por um dos cargos,
EXTINÇAO DA EXECUÇÃO. ART. 794, INCISO I DO CPC. tendo sido instaurado Processo Administrativo Disciplinar, visando a
RECURSO CABÍVEL. APELAÇÃO CÍVEL. NÁO CABIMENTO apurar a acumulação ilícita dos cargos, no qual se imputa a ilegalidade
DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. da acumulação de cargo militar com outro cargo ou emprego público.
1. Trata-se de Agravo Interno interposto por em face da decisão de fls. É o relatório. Decido.
275/277, que negou seguimento ao Agravo de Instrumento em
epígrafe. A acumulação de cargos públicos, em regra, é proibida pela
2. Apesar de não ter sido intitulada de sentença, a decisão de fls. Constituição da República de 1988. Excepcionalmente, todavia, a
795/796 (fls. 271/272 dos presentes autos) caracteriza-se como tal, uma Carta permite referida acumulação, desde que haja compatibilidade de
vez que extinguiu a execução, enquadrando-se no disposto no artigos horários, em se tratando de: a) dois cargos de professor; b) um cargo de
794, inciso I do CPC. professor com outro técnico, ou científico; c) dois cargos ou empregos
3. Sendo, portanto, a apelação é o recurso cabível. privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas
4. Se não há dúvidas sobre o recurso cabível, não se aplica o princípio (art.37, XVI).
da fungibilidade recursal. No caso em tela, depreende-se de fls. 18, haver compatibilidade de
5. A meu juízo, d.m.v., da parte recorrente, considero que subsistem horários, na medida em que a impetrante cumpre 48 horas semanais
íntegros os fundamentos da decisão guerreada, o que deságua no nos dois vínculos públicos, concluindo-se, ab initio, ter sido atendido o
desprovimento do recurso. requisito previsto no art. 37, XVI, “c”, da CRFB/88.
6. Recurso desprovido.” Ademais, ao que parece, o cumprimento destas 48 horas semanais não
Diante do exposto, nego seguimento ao Agravo de Instrumento, nos obsta a impetrante de exercer suas atividades com eficiência e
termos do artigo 557, do CPC. qualidade, ante a forma com que referida carga horária está distribuída,
Oportunamente, remetam-se os autos à Vara de origem, observando-se qual seja, as quartas e sábado em um nosocômio, e às segundas-feiras e
os procedimentos de praxe. quinta-feiras.
Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 2013 Refira-se, por outro turno, que, conforme depreende-se da leitura do
POUL ERIK DYRLUND ato aqui hostilizado, sua fundamentação lastreia-se no fato de que um
Relator dos cargos seria pertencente ao quadro de saúde do Corpo de
Bombeiros do Rio de Janeiro (fls.47/50).
Nesse ponto, entendo, ao menos a priori, que, diante do cumprimento
da exigência constitucional de compatibilidade de horários, a princípio
existente, não se revelaria razoável adicionar restrição não prevista na
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020225-9 CRFB/88, principalmente considerando-se a ausência de vedação legal
Nº CNJ :0020225-29.2012.4.02.0000 neste sentido.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL Forte nas razões acima expendidas, considero presente o necessário
fumus boni iuris.
A par da plausibilidade da tese esposada, entendo que o perigo de dano
de difícil reparação resulta da própria natureza alimentar dos
vencimentos de que seria privada a autora, acaso tenha, de fato, que
optar por um dos cargos públicos que vem ocupando, sendo, por

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conseguinte, exonerado do outro.
Do exposto, DEFIRO A LIMINAR requerida, até ulterior deliberação,
para determinar à autoridade Impetrada que se abstenha de praticar
qualquer ato tendente a restringir a acumulação dos cargos ocupados
pelo Impetrante.
Intime-se a autoridade impetrada, para imediato cumprimento, bem cumulativo da atividade militar com o exercício de cargo ou emprego
assim para que, no prazo legal, prestem as informações que reputarem civil público permanente, o fez levando em consideração as
relevantes. características próprias da atividade militar, que exigem dedicação
Dê-se ciência ao órgão de representação das pessoas jurídicas integral, e a submissão a uma linha hierárquica rígida e univocamente
interessadas, para, querendo, ingressar no feito, na forma do artigo 7° definida, não excepcionando esta ou aquela categoria.
inciso II da Lei 12.016/2009. Em decorrência, ao não prever, no inciso VIII do art. 142, § 3º, a
Após, colha-se o parecer do MPF. aplicação, aos militares, do inciso XVI do art. 37 da CRFB/88, o
Por fim, venham-me conclusos para sentença.” legislador constituinte não distinguiu o militar que ocupa posto ligado à
A Agravante alega, em suma, como causa de pedir: atividade fim da Força Militar daquele que exerce atividades auxiliares,
“Na r. decisão de fls. 142/144, foi determinada medida liminar, como é o caso dos integrantes dos serviços de saúde das Forças
determinando que a autoridade impetrada se abstenha de restringir ou Armadas, das Policias Militares ou dos Bombeiros Militares.
obstar a acumulação dos cargos públicos de auxiliar de enfermagem A regra geral, de acordo com a própria CRFB/88, é a proibição à
que a impetrante ocupa atualmente. acumulação de cargos públicos, salvo nas hipóteses previstas no seu
A concessão de medida liminar, em sede de Mandado de Segurança, art. 37, inciso XVI – que não se aplica ao autor. Porque se trata de
encontra amparo no art. 7º, III, da nova lei do mandado de segurança – exceção, deve ser interpretada de forma restritiva, não cabendo ao
Lei nº 12.016 de 07.08.2009, que estipula: intérprete tecer considerações acerca da natureza da função
(...) A propósito, da necessidade de estarem presentes ambos os desempenhada pelo interessado no âmbito da carreira militar.
requisitos para a sua concessão, que são praticamente os mesmos na (...) Portanto, se não vislumbra o direito líquido e certo, não merece
Lei 1.533/51 e na novel Lei 12.016, já decidiu o Pretório Excelso, prosperar a tutela mandamental, muito menos em sua modalidade de
verbis: urgência.
(...) Sucede que, in casu, jamais se poderia reconhecer a existência de (...) Vale lembrar que a autora tem sua carga horária contratual no
fumus boni iuris, consubstanciado na relevância do fundamento do Hospital Federal de Bonsucesso de 40 horas semanais, (FL. 47) o que
pedido, para efeito de concessão de tutela de urgência, na medida em agregado a sua carga horária de 30 horas junto ao Corpo de Bombeiros
que o ato administrativo atacado encontra respaldo no princípio da Militar do Estado do Rio de Janeiro ultrapassa a carga horária
presunção de veracidade e legalidade dos atos administrativos. considerada razoável.
(...) Pelo que se depreende dos autos, o impetrante pretende acumular Com efeito: de acordo com o princípio da separação dos poderes (art.
cargos no Hospital Federal de Bonsucesso e no Corpo de Bombeiro. 2º da Constituição Federal), não cabe ao Poder Judiciário interferir no
A questão específica da possibilidade do exercício cumulativo de um poder administrativo-disciplinar do Executivo, exceto em hipótese de
posto ou patente militar, ainda que no serviço de saúde, com um cargo ilegalidade, o que, pelo menos à primeira vista, não ocorre no presente
público civil, também da área de saúde, encontra-se óbice conforme na caso, eis que “a Portaria Ministerial não gera direito adquirido à carga
Lei e na Constituição da República. horária de 30 horas semanais, podendo ser revogada a qualquer tempo,
(...) Ora, o militar não é servidor público, pois, a partir da EC nº 18/98, razão pela qual deve ser considerada a carga horária contratada”(TRF2,
a CRFB/88 passou a distinguir expressamente os servidores públicos 7ª Turma Esp., AI nº 2012.02.01.004229-3, Rel. Des. Fed. José
dos militares que integram as Forças Armadas, aos quais foi destinado Antônio Lisbôa Neiva, decisão proferida em 12.04.2012). Assim, no
um capítulo específico dentro do Título V – Da Defesa do Estado e das presente caso, deve ser considerada a carga horária semanal total de 70
Instituições Democráticas: o Capítulo II – Das Forças Armadas; bem horas em ambos os hospitais.
como distingue também os militares do Estado, do Distrito Federal e Destarte, a acumulação pretendida, com o cumprimento de jornada de
dos Territórios. Aos militares devem ser aplicadas, portanto, as normas 70 horas semanais, viola, em princípio, os princípios da razoabilidade e
constitucionais de caráter específico, além daquelas outras que a da eficiência do serviço público, por tratar-se de jornada de trabalho
própria Constituição determinar expressamente. exaustiva, comprometendo a qualidade dos serviços prestados, o que
Por conseguinte, quanto ao exercício cumulativo do posto ou patente apresenta maior gravidade por se tratar de profissional da área da
militar e de cargo público civil – aos Militares dos Estados, do DF e saúde.
dos Territórios incide a norma específica do art. 42, §1º, da CRFB/88, (...) Logo, a procedência de pedidos desta natureza, data venia, é uma
segundo a qual aplicam-se aos militares dos Estados – caso do autor – forma de inibir a atuação do poder/dever investigatório e punitivo
as disposições do art. 142, §§ 2º e 3º, da CRFB/88. inerente à própria Administração, o que indubitavelmente contraria o
Como se vê, o texto constitucional foi expresso ao afirmar a ordenamento jurídico pátrio.
impossibilidade de exercício cumulativo da atividade militar e do (...)Posto isso, a ora Agravante requer e confia que o Exmo. Dr.
serviço público, ao mesmo tempo, é a própria Constituição que Desembargador Federal Relator se digne receber o presente recurso e
informa, no inciso VIII do seu art. 142, §3º, quais os dispositivos que, atribuir-lhe efeito suspensivo/ativo ou conceder-lhe a antecipação de
previstos no seu art. 37 para os servidores públicos, terão tutela recursal, e, ao final, que a Colenda Turma entenda por bem dar
aplicabilidade também aos militares. provimento ao agravo, nos moldes da fundamentação supra, por ser
Com efeito, ao omiti-lo expressamente no rol previsto no inciso VIII medida de salutar justiça.”
do art. 142, §3º, o legislador constituinte deixou claro que aos militares Solicitem-se informações ao Juízo a quo.
não se aplica o inciso XVI do art. 37 da CRFB/88, independentemente Intime-se a Agravada, nos termos do artigo 527, inciso V do CPC.
do militar ocupar posto ligado à atividade fim da Força Militar ou a Após ao MPF.
atividades auxiliares, como é o caso dos integrantes dos serviços de No retorno, apreciarei o pedido de liminar.
saúde das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Bombeiros Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
Militares. POUL ERIK DYRLUND
A constituição da República, ao vedar expressamente o exercício Relator

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020054-8

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Nº CNJ :0020054-72.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL
ERIK DYRLUND
AGRAVANTE :SINDICATO NACIONAL DOS
AUDITORES FISCAIS DA RECEITA
FEDERAL-UNAFISCO SINDICAL imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ADVOGADO :ANA LUISA DE SOUZA CORREIA DE Parágrafo único.As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou
MELO PALMISCIANO E OUTRO de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata,
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL sendo assim consideradas como efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA 9.527, de 10.12.97)
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Desta forma, não há qualquer ilegalidade na portaria.
(201251010415300) Isto posto, INDEFIRO A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA
TUTELA.
DECISÃO Às partes sobre provas no prazo de 5 dias.
Trata-se de Agravo na modalidade de Instrumento interposto pelo Em vista da natureza coletiva da demanda, dê-se vista ao Ministério
SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA Público Federal.
RECEITA FEDERAL – UNAFISCO SINDICAL em face da UNIÃO A seguir, nada mais sendo requerido, voltem conclusos para sentença.”
FEDERAL, objetivando cassar a decisão do Juízo da 23ª Vara Federal O Agravante alega, em suma, como causa de pedir:
- Seção Judiciária do Rio de Janeiro, assim vertida: “(...) O juízo da 23a Vara Federal indeferiu o pedido argumentando que
“O SINDIFISCO propõe a presente ação de rito ordinário em face da “o curioso é que, se o sindicato nada viu de imoral ou ilegal na
UNIÃO FEDERAL postulando seja liminarmente reconhecido direito concessão do ponto facultativo e se, a rigor, não se opõe à
de seus afiliados substituídos de não compensarem os dias de ponto compensação mas sim apenas ao fato de ela vir a ser definida pela
facultativo atribuídos em razão do evento Rio+ 20, determinando-se à chefia imediata, tampouco oferece uma solução moral/legal que
ré que permita àqueles que já tenham compensado, que utilizem os permita a compensação dos dias não trabalhados (porém pagos)”.
referidos períodos de compensação para fins de revezamento de folgas Ora, ao Sindicato não cabe oferecer proposta de compensação em
previstos nas Semanas de Natal e Ano Novo, como permitido em 2011. substituição à definida pela Portaria, cuja legalidade é aqui debatida. Se
Em pedido definitivo, requer confirmação da antecipação de tutela. a compensação fosse definida uniformemente para toda a categoria,
Como causa de pedir, afirma que a Portaria n. 221 de 2012 do não seria ferida a isonomia nem a razoabilidade, garantindo-se a
Ministério do Planejamento, Gestão e Orçamento estabeleceu ponto prestação de serviços pelo que fora efetivamente pago aos servidores.
facultativo nos órgãos e entidades vinculados na cidade do Rio de (...) O presente caso não versa sobre caso fortuito ou força maior se
Janeiro, nos dias 20, 21 e 22 de junho de 2012, por ocasião da Rio +20; aplicam a casos isolados ou a casos em que é necessário uma solução
que a portaria estabeleceu ainda que os dias não trabalhados seriam rápida sobre como proceder, como no caso de um desastre natural que
compensados na forma do inc. II do art. 44 da L. 8.112/90, a critério da se abatesse sobre certa localidade.
chefia imediata. O mesmo não ocorre neste caso, em que a Portaria caminha no sentido
A presente ação não se destina a impugnar a concessão de ponto da ilegalidade por prever a possibilidade de compensação de modo
facultativo mas sim o dispositivo que delegou à chefia imediata o particular por cada chefia, sem qualquer indicativo da maneira como
poder de determinar a compensação dos dias não trabalhados na forma ser daria a compensação, em prejuízo potencial à isonomia entre os
prevista pela L. 8.112/90. Entende que não é razoável a delegação à servidores.
chefia imediata pois isto abriria espaço para discriminação no (...) O que se vislumbra no caso concreto é que a compensação ficará
tratamento de servidores em razão de preferências pessoais. totalmente a critério da chefia imediata. Isto é, de um lado a lei
Decido. determina que haverá compensação, mas não determina como. Deixa,
Curiosos os termos em que proposta a presente ação. portanto, ao sabor das escolhas pessoais pessoais dos chefes de cada
O sindicato e seus afiliados não impugna o ponto facultativo (faz repartição.
questão de frisar), ponto facultativo este que permitiu aos servidores (...) Também o Princípio da Razoabilidade é mais um empecilho à
deixarem de trabalhar por 3 dias sem que se tratasse de feriado fixado discricionariedade da Administração Pública, ampliando, pois, o
em lei. Impugnam - afirmam- o fato de a compensação dos dias não âmbito de apreciação do ato administrativo pelo Poder Judiciário.
trabalhados vir a ser definida pela chefia imediata, o que pode ser uma (...) Caso Vossa Excelência entenda indevida a compensação imposta
porta aberta a “discriminações”. em decorrência do evento Rio +20, o sindicato autor postula sejam as
O curioso é que, se o sindicato nada viu de imoral ou ilegal na compensações que porventura já tenham sido feitas, devolvidas aos
concessão do ponto facultativo e se, a rigor, não se opõe à servidoras nas semanas do Natal e Ano Novo, no regime de
compensação mas sim apenas ao fato de ela vir a ser definida pela revezamento em turmas de trabalho.
chefia imediata, tampouco oferece uma solução moral/legal que (...) O fumus boni juris decorre da inequívoca demonstração de que o
permita a compensação dos dias não trabalhados (porém pagos). ato pretendido pelas autoridades coatoras acarretará violação à
Vê-se claramente que o intuito da ação é simplesmente evitar a isonomia constitucionalmente garantida aos servidores, uma vez que
compensação dos dias não trabalhados. deixa a critério de cada chefia local o modo de compensação dos dias
A pretensão não encontra amparo até porque é a própria Lei 8.112/90 de ponto facultativo.
que define competir à chefia imediata a definição da compensação: Por fim, cumpre afirmar que a concessão de medida liminar mostra-se
Art. 44. O servidor perderá: perfeitamente reversível, caso posteriormente revogada este, eis que a
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo Administração tem meios de fazer a compensação de dias não
justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) trabalhados em outras datas, como sempre ocorre na época do Natal e
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, Ano Novo.
ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, (...) Diante de todo o exposto, é inegável que deve ser reformada a
e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até decisão proferida pelo MM. Juízo a quo, que está permitindo que
o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia ocorra ilegal e não isonômica compensação dos dias de ponto
facultativo do Rio+20.
Nestes termos, postula o Sindicato:
a) seja reconhecido o direito aos substituídos do sindicato autor de não
compensar os dias de ponto facultativo atribuídos em razão do evento
Rio+20;

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b) seja reconhecido o direito aos substituídos do sindicato autor que já
tenham compensado os dias de ponto facultativo do Rio+20 de fruir os
dias desnecessariamente compensados nas semanas de Natal e Ano
Novo, em regime de revezamento com seus colegas.”
Analisando os autos, entendo ausentes os requisitos peculiares para a
concessão de tutela antecipada recursal, que possui o requisito do este será maior para o indigitado devedor. Se por um lado a inscrição
“convencimento de verossimilhança” que é mais rigoroso do que o do do autor no rol do cadastro de inadimplentes busca proteger todo um
fumus boni juris (STF, Pet 2644, DJ 10/05/02), especialmente a teor da sistema comercial, o tão apenas ato do registro no banco de dados
fundamentação da decisão objurgada, que incorporo à presente. não traz nenhuma vantagem imediata para o credor, salvante o ato
Por derradeiro, comungo do entendimento, reiteradamente, adotado por quase que constrangedor e de coação indireta na cobrança da dívida.
esta Egrégia Corte, de que o deferimento da medida pleiteada se insere Mas para o devedor o risco é enorme. Vê seu crédito e bom nome
no poder geral de cautela do juiz que, à vista dos elementos constantes abalados, tem sua vida comercial quase que paralisada e o impede de
do processo que, pode melhor avaliar a presença dos requisitos usufruir incontáveis serviços bancários e comerciais.
necessários à concessão; e, conseqüentemente, que a liminar, em casos Exatamente esta colocação de ponderações na balança da Justiça, a
como o ora em exame, só é acolhível quando o juiz dá à lei uma faz pender para a possibilidade de concessão da tutela urgente
interpretação teratológica, fora da razoabilidade jurídica, ou quando o pleiteada, no sentido da não inclusão do nome da parte autora em
ato se apresenta manifestamente abusivo, o que inocorre, na hipótese; o cadastro de restrição ao crédito até o efetivo provimento judicial.
que deságua no indeferimento da liminar. No momento em que se discute exatamente a constituição e
Solicitem-se informações ao Juízo a quo. desenvolvimento de uma relação jurídica obrigacional, onde se pede
Intime-se a Agravada, nos termos do artigo 527, inciso V do CPC. uma declaração de inexistência de dívida (ou ao menos parcial), é
Após, ao MPF. inconteste que o perigo maior de dano não é do credor e sim do
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2012. devedor, na iminência de ver seu nome lançado nos infernais
POUL ERIK DYRLUND cadastros de inadimplentes, hoje sem dúvida mais perniciosos do que
Relator o rol de culpados previsto pelo Código de Processo Penal.
Quer por claro este Juízo que é deletério para o credor não ver a
obrigação satisfeita. Este inegavelmente colherá imensos prejuízos,
mas diante de uma vontade do devedor de discutir a inexistência de
uma dívida (ou seu valor), as circunstâncias conduzem, como provado
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020228-4 acima, no sentido de sua proteção, ante a possibilidade de danos
Nº CNJ :0020228-81.2012.4.02.0000 irreparáveis. E não se diga que o credor ficará no prejuízo, pois após
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL esta demanda, no caso de insucesso da parte autora, robustecerá
ERIK DYRLUND ainda mais seu interesse em ver saldado a dívida. Em casos análogos,
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF a jurisprudência pátria tem se manifestado neste sentido. Vejamos:
ADVOGADO :ANTHONY ABREU POLASEK E Conhecidos os efeitos negativos do registro em bancos de dados de
OUTROS devedores; daí porque inadequada a utilização desse expediente
AGRAVADO :SAPATARIA REX LTDA enquanto pendente ação consignatória, declaratória ou revisional,
ADVOGADO :LUIS FABRICIO MARINHO E uma vez que, inobstante a incerteza sobre a obrigação, já estariam
OUTROS sendo obtidos efeitos decorrentes da mora. Isso caracteriza um meio
ORIGEM :1A. VARA FEDERAL DE MACAE de desencorajar a parte a discutir em juízo eventual abuso contratual.
(201251160006510) (STJ, 4ª T., REsp. nº172854-SC, rel. min. Ruy Rosado de Aguiar, DJU
08.09.98).
DECISÃO EMENTA: Banco de dados. Serasa. Spc. Sdc. Inscrição de devedor.
Trata-se de Agravo na modalidade de Instrumento, interposto pela Ação de Nulidade. Tramitando ação onde os devedores pleiteiam o
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF em face da SAPATARIA reconhecimento da invalidade do título que teria sido preenchido com
REX LTDA, objetivando cassar a decisão do Juízo da 1ª Vara Federal - valores excessivos, mediante argumentação verossímil, pode o juiz
Seção Judiciária do Rio de Janeiro, assim vertida: deferir antecipação parcial de tutela para cancelar registro do nome
“Trata-se de ação intentada perante o Juizado Especial Federal, com dos devedores nos bancos de dados de proteção ao crédito. Arts. 273
pedido de antecipação de tutela (inibitória), requerida pela parte do CPC e 42 do CDC. Recurso conhecido e provido.
autora, qualificada na inicial, em face da CEF. Inegável a conseqüência danosa para aqueles cujos nomes são
A parte autora pretende, em síntese, a tutela antecipada na obrigação lançados em bancos de dados instituídos para o fim de proteção do
de fazer, visando à retirada de seu nome de cadastro de restrição ao crédito comercial ou bancário. Daí porque, existindo ação que ataque
crédito, até ser decidida a questão de mérito. a validade do título, onde se impugna o valor do débito cobrado pelo
Com a inicial vieram documentos. banco com fundamentos razoáveis, parece adequado que a utilização
É o relatório. Passo a decidir. daqueles serviços, que servem para estigmatizar o devedor, aguarde o
O entendimento jurisprudencial tem sido no sentido de que o fato de desfecho da ação.
estarem sendo discutidos judicialmente débitos/créditos, sejam de que (STJ, 4ª T., REsp. nº168934-MG, rel. min. Ruy Rosado de Aguiar, DJU
origem for, e desde que fundados em comprovadas e justificáveis 31.08.98).
razões, constitui motivo suficiente para ensejar a não inclusão do No caso em tela, o fumus boni iuris resta configurado. O nome da
nome da parte autora nos Serviços de Proteção ao Crédito. parte autora e seu CNPJ estão vinculados à CEF, em virtude de
A inscrição do nome do devedor em arquivo de consumo só pode ser suposto protesto indevido de título, ante o alegado pagamento, motivo
postulada pelo credor quando a obrigação restar incontestada; jamais pelo qual há elementos hábeis a gerar dúvida razoável acerca da
poderá ser utilizado como forma de coação ou punição, sob pena de legitimidade da cobrança feita em relação à requerente.
configurar-se abuso de direito. Igualmente se faz presente o periculum in mora, tendo em vista os
No atual quadrante, é de se observar que se o risco ou dano existir, prejuízos que a parte autora sofrerá com a negativação de seu nome
em cadastro de inadimplentes.
Por fim, não há se falar em periculum in mora inverso, pois se houver
consistência do título de crédito, deverá ser revista a presente decisão.
Mas, de toda sorte, não terá sofrido a parte ré maior prejuízo.
Isto posto, defiro a antecipação dos efeitos da tutela pretendida para

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determinar à CEF que promova a exclusão de nome da parte autora
dos cadastros de restrição ao crédito, relativo às pendências
bancárias que possam existir em função da dívida apontada em fls.
31/45, até o provimento judicial definitivo, sob pena de multa diária
no valor de R$ 100,00 (cem reais), a ser revertida em favor da parte
autora, até o limite global de R$5.000,00 (cinco mil reais). agravo. O ‘fumos boni juris’ acha-se demonstrado nas razões acima
P.R.I.” arroladas, pois o douto juízo ‘a quo’ concedeu um prazo exíguo para o
A Agravante alega, em suma, como causa de pedir: cumprimento da obrigação de fazer e arbitrou o valor exorbitante de
“No curso de ação ordinária em que se pede liminarmente a retificação R$100,00 de multa diária na hipótese de seu descumprimento.
dos instrumentos contratuais constantes destes autos, a fim de proceder Quanto ao ‘periculum in mora’, este igualmente está configurado, eis
a retirada do nome do agravado dos cadastros restritivos de crédito, sob que se encontra a agravante na iminência de se ver obrigada a pagar o
pena de multa diária de R$ 100,00 no caso de descumprimento. valor das astreintes arbitradas, principalmente em razão do prazo
(...) Conforme deflui di art. 273, do CPC, a outorga da tutela exíguo concedido para o cumprimento da liminar de antecipação de
antecipativa de mérito em geral requer o concurso de pressupostos tutela, o que poderá ocasionar o enriquecimento indevido da parte
específicos. Não se trata, assim, de medida largamente franqueada ao agravada em detrimento da CAIXA.
simples poder discricionário ou ao mero prudente arbítrio do Juiz, mas Por todo o exposto, pede e espera a Agravante que o presente recurso
de pronunciamento jurisdicional que há de pautar-se pela escrita seja recebido no EFEITO SUSPENSIVO, pelos motivos antes
observância das formalidades legais, sob pena de inquinar-se de ventilados, para, ao final, ser conhecido e provido, determinando a
nulidade pela infringência ao princípio constitucional multissecular do nulidade da r. decisão ora atacada ou alternativamente a redução ou
devido processo legal (CF/88, art. 5º, inc. LIV). exclusão das astreintes arbitradas pelo juízo a quo, ou a sua reforma,
(...) Em linhas gerais, cumpre tomar em conta as necessidades de com o que preservar-se-á o primado da verdadeira JUSTIÇA. ”
subsistência do autor e ponderar se ele pode ver-se privado do bem, ou Sobre o pedido de liminar, direi após.
direito de que provavelmente é titular. Mas o problema é tormentoso e Requisitem-se informações ao Juízo a quo.
atormentador. A bem de ver, a postulação de antecipação da tutela de Intime-se a parte Agravada, nos termos do artigo 527, inciso V, do
mérito deixa o Juiz a braços com o seguinte dilema: de um lado, a CPC.
tutela sumária satisfativa pode e deve apresentar-se como necessária a Após, voltem-me conclusos.
que o autor não sofra um dano.; de outro lado, contudo o reclamado Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012.
pode sofrer um prejuízo irreversível em virtude da antecipação de POUL ERIK DYRLUND
tutela. Relator
(...) No caso em tela, a parte autora não juntou qualquer documento
comprovando os fatos alegados na inicial, portanto, não demonstrou a
configuração do fumus boni júris (sic) e do periculum in mora.
Pelo exposto, devido a ausência dos requisitos legais autorizadores da
antecipação de tutela previstos na legislação processual, o referido III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020983-7
pedido feito na inicial não merece prosperar. Nº CNJ :0020983-08.2012.4.02.0000
A multa diária de R$100,00 imposta para o cumprimento da ordem RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL
judicial não atendeu aos critérios de proporcionalidade e razoabilidade, ERIK DYRLUND
uma vez que, tal instituto processual não pode servir como modo de AGRAVANTE :AGENCIA NACIONAL DO
enriquecimento. A multa pelo descumprimento de decisão não pode PETROLEO, GAS NATURAL E
ensejar o enriquecimento sem causa da parte a quem favorece, devendo BIOCOMBUSTIVEIS - ANP
assim, ser reduzida a patamares razoáveis. PROCURADOR :ROBERVAL BORGES FILHO
Para a regular incidência das astreintes, importa que sua fixação atenda AGRAVADO :CENTRO AUTOMOTIVO NIGHT
a finalidade específica de compelir o devedor a cumprir sua obrigação, TRAIN LTDA - EPP
a fim de proporcionar ao processo um resultado útil, prático, sem que ADVOGADO :SEM ADVOGADO
fique caracterizando o enriquecimento sem causa do beneficiário. ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE
Atende, assim, ao princípio da efetividade das decisões judiciais, nos EXECUÇÃO FISCAL - RJ
limites balizadores dos princípios da proporcionalidade e da (201151015053606)
razoabilidade.
Portanto, o objetivo da multa é apenas o de dar cumprimento ao DECISÃO
julgado, e não o enriquecimento do agravo e, ainda, o valor da astreinte Trata-se de Agravo de Instrumento, interposto com pedido de efeito
deve ser compatível com o do débito original ou com o valor suspensivo ativo, interposto pela AGÊNCIA NACIONAL DO
pecuniário atribuído ao objeto da demanda, em razão ao princípio da PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP em
razoabilidade. face do CENTRO AUTOMOTIVO NIGHT TRAIN LTDA - EPP,
(...) Devido aos motivos expostos faz-se necessária a revisão da multa objetivando cassar a decisão proferida pelo Juízo da 04ª Vara Federal –
cominada pelo do juízo a quo, que foi arbitrada em patamares Seção Judiciária do Rio de Janeiro, assim, vertida:
exorbitantes que violam os princípios da proporcionalidade e “Indefiro o pedido de citação por edital, considerando que a prescrição
razoabilidade, além de criar o risco iminente de enriquecimento ilícito já restou interrompida pelo despacho que ordenou a citação, na forma
da parte agravada. do art. 174, p. ún., I, do CTN e do art. 8º, § 2º, da LEF, bem assim pelo
Embora o instituto da astreintes se justifique no processo para fato de que tal providência é inócua no sentido da efetiva localização
assegurar a efetividade da prestação jurisdicional, o valor da multa do devedor e de seus bens, máxime diante dos indícios de dissolução
diária deve ser compatível com a obrigação, sob pena de redução, a irregular da Executada.
teor do art. 461, §§5º e 6º do CPC. Outrossim, indefiro a penhora on line, em vista da dissolução irregular
(...) Presentes, no caso, os requisitos legalmente previstos para tanto, da Executada, daí decorrendo a remota possibilidade de haver valores
requer a agravante a concessão de efeito suspensivo ao presente depositados em seu nome junto a instituições financeiras.
Havendo redirecionamento do executivo fiscal à pessoa dos sócios, a
providência em questão será deferida e cumprida na mesma
oportunidade em que deferida e cumprida em relação aos sócios, em
sendo cabível. Em havendo resultados positivos em relação à pessoa
jurídica executada, esta será citada por edital, caso não compareça

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espontaneamente aos autos.
Suspendo o curso da Execução Fiscal pelo prazo máximo de um ano,
com fulcro no disposto no art. 40 da Lei nº 6.830/1980.
Decorrido o prazo sem manifestação, determino o arquivamento dos
autos, sem baixa na distribuição, com fundamento no art. 40, § 2º, da
LEF. ART. 8º.
Conforme previsão legal, somente com a efetiva localização do 1. Segundo o art. 8º da Lei 6.830/30, a citação por edital, na execução
devedor ou de bens sobre os quais possa recair a penhora os autos fiscal, somente é cabível quando não exitosas as outras modalidades de
serão desarquivados para o prosseguimento da execução. citação ali previstas: a citação por correio e a citação por Oficial de
Intime-se.” Justiça. Precedentes de ambas as Turmas do STJ.
A Agravante alega, em suma, como causa de pedir: 2. Recurso especial improvido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-
“Insurge-se a parte Agravante contra a respeitável decisão do juízo a C do CPC e da Resolução STJ 08/08.”
quo, exarada nos autos da execução fiscal em epígrafe, que indeferiu o Isto posto, defiro a liminar, determinando a citação por edital, na forma
pedido de citação por edital do devedor, para fins de saneamento do pleiteada às fls. 10, item II.
feito, conforme transcrevemos a seguir, in verbis: Solicitem-se informações ao Juízo a quo, comunicando-o, inclusive,
(...) Certo é que a parte agravante não pode se conformar com a com urgência, desta decisão
respeitável decisão recorrida, pois, data venia, viola expressa Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 2013.
disposição da lei, uma vez que indefere pedido de citação por edital, POUL ERIK DYRLUND
para fins de saneamento do feito, depois de não localizado o devedor Relator
em diligência realizada pelo oficial de justiça.
Pelos motivos relacionados a seguir, requer seja concedido efeito
suspensivo ativo ao agravo, para garantir o prosseguimento à execução
fiscal e a citação por edital do agravado.
A a respeitável decisão recorrida, data venia, viola dispositivo expresso III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.017968-7
de lei federal. Nº CNJ :0017968-31.2012.4.02.0000
(...)No caso concreto, as diligências de citação realizadas pelo Oficial RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL
de Justiça confirmaram que a parte agravada não foi localizada no seu ERIK DYRLUND
domicílio fiscal e que se encontra em local incerto. AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
(...) Com efeito, tendo o oficial de justiça certificado que a parte ADVOGADO :LEONARDO MARTUSCELLI KURY E
agravada se encontra em lugar incerto, manifesta-se certo o direito de a OUTROS
parte exeqüente citar por edital o devedor, não apenas com base no inc. AGRAVADO :MARIA DALVA CALDAS E OUTRO
III, do art. 8º, da Lei 6.830/80, mas também com fulcro no art. 231, do ADVOGADO :HUGO LEONARDO VELLOZO
Código de Processo Civil. PEREIRA E OUTROS
(...) Não por outro motivo a jurisprudência do Superior Tribunal de ORIGEM :32 VARA JUSTIÇA FEDERAL RIO DE
Justiça é firme no sentido de garantir o direito de o exeqüente de citar o JANEIRO/RJ (201051010053790)
devedor por meio de edital, quando o mesmo se encontra em lugar
ignorado, incerto ou inacessível, como destacam os seguintes julgados; DECISÃO
in verbis: Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela CAIXA
(...) Estão presentes, portanto, os requisitos necessários ao deferimento ECONÔMICA FEDERAL – CEF em face de MARIA DALVA
do efeito suspensivo ativo pretendido no presente recurso, eis que o CALDAS E OUTRO, objetivando cassar a decisão do Juízo da 32a
indeferimento da citação do edital, além de, data venia, contrariar texto Vara Federal - Seção Judiciária do Rio de Janeiro, assim vertida:
expresso de lei e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, “Intime-se a CEF para comprovar o cumprimento do julgado
inviabiliza a continuidade dos atos executórios, acarretando sério dano (obrigação de fazer), no prazo de cinco dias.
a pretensão do recorrente. Restando evidenciado que houve DESCUMPRIMENTO
Pelas razões expostas, e por outras, de melhor conteúdo, que sempre INJUSTIFICADO quanto à obrigação de fazer (art 461, parágrafo 6º,
terão o eminente Desembargador Federal Relator e seus pares, requer: do CPC), é cabível aplicação de multa diária que fixo, inicialmente, no
A intimação do respeitável Juízo a quo, para prestar informações; valor de R$ 200,00 (duzentos reais) por dia de atraso, a partir do
Seja conferido efeito suspensivo ativo ao recurso, para garantir o primeiro dia útil após o termino do prazo acima assinalado.
prosseguimento da execução fiscal e a citação por edital da parte Quanto o cumprimento da sentença referente ao pagamento de quantia
agravada; certa, o devedor manteve inerte. Assim, APLICO a multa de 10 % a
A reforma da respeitável decisão proferida na execução fiscal, uma teor do art. 475-J, do CPC.
vez que a mesma viola expressa determinação legal e o interesse Outrossim, apresente a parte autora memória de calculo atualizada, e
subjetivo da parte agravante em promover a citação por edital da parte medida profícua em prol do regular prosseguimento do feito.
executada.” Publique-se.”
Analisando os autos, vislumbro a presença dos requisitos para a Os Embargos de Declaratórios opostos em face da decisão ora
concessão da liminar, mormente a verossimilhança das alegações, forte objurgada foram rejeitados pela seguinte decisão:
no disposto no §2o do artigo 8º da Lei 6.830/80 e no entendimento “Trata-se de embargos declaratórios interpostos pela CEF.
jurisprudencial (Súmula 414/STJ). É o relato. Decido.
Neste sentido, já se manifestou o Egrégio STJ, Resp 1103050/BA, 1a Cumpre afirmar que inexiste qualquer hipótese legal que propicie a
Seção, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJE 06/04/2009: utilização de embargos declaratórios na ausência de omissão,
“PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. contradição ou dúvida que objetivamente resulte o decisum.
CITAÇÃO POR EDITAL. CONDIÇÃO DE CABIMENTO: No presente caso, a Embargante discorda do próprio mérito da decisão,
FRUSTRAÇÃO DAS DEMAIS MODALIDADES DE CITAÇÃO daí concluir-se que os argumentos trazidos não podem prosperar, pois
(POR CORREIO E POR OFICIAL DE JUSTIÇA). LEI 6830/80, o que há é mero inconformismo.
Do exposto, CONHEÇO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
OPOSTOS, MAS NEGO-LHES PROVIMENTO, uma vez que
inexiste hipótese legal, no presente caso, para oposição de embargos
declaratórios em face da decisão embargada.
Intimem-se os Autores para manifestarem conclusivamente sobre fls.

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260ss e 282/283, em prol do regular prosseguimento do feito, sob pena
de baixa na distribuição e arquivamento dos autos.
Publique-se.”
A Agravante alega, em suma, como causa de pedir:
“(...) No r. despacho de fls. 254 o MM. Juízo entendeu por bem reduzir
o prazo de 30 dias que havia deferido pelo r. despacho de fls. 241 para Trata-se de Agravo na modalidade de Instrumento, interposto pela
apenas 05 (cinco dias) sem intimar esta empresa pública do teor do UNIÃO FEDERAL em face de MARIA IVANETE VIEIRA,
despacho de fls. 241, sob pena de multa. Ou seja, sem fosse dada a objetivando cassar a decisão do Juízo da 02ª Vara Federal - Seção
oportunidade de cumprir o despacho original. Judiciária do Rio de Janeiro, assim vertida:
(...) restava claro que o despacho se dirigia a secretaria, a qual deveria “Inicialmente, defiro o pedido de gratuidade de justiça.
tomar as providências administrativas cabíveis para iniciar o Trata-se de pedido liminar em que a parte autora pleiteia a sua
procedimento de execução e somente após a CEF seria intimada para imediata internação em qualquer hospital da rede pública federal que
cumprir o r. decisum transitado em julgado. disponha de tratamento oncológico, preferencialmente no INCA. Alega
A secretaria concluiu o procedimento administrativo em 09/04/2012, a DPU, que a representa, que expediu ofícios para os hospitais federais
conforme se pode contatar pela certidão de fl. 242, sendo certo que não com suporte em oncologia, entretanto não obteve resposta.
houve qualquer intimação da CEF para cumprir a sentença após o A demandante é portadora de neoplasia primária em rim esquerdo e
procedimento administrativo supracitado. lesões com imagens sugestivas de implante secundário em pulmão
(...) O MM. Juízo convencido de que esta empresa pública se manteve esquerdo e coluna lombar, necessitando de urgente internação,
inerte, no r. despacho de fls. 254 concedeu um exíguo prazo de 5 conforme laudo de fl. 18.
(cinco) dias para cumprir o julgado e aplicou multa de 10% prevista no Não tendo a postulante condições financeiras de suportar o tratamento
artigo 475-J do CPC em relação ao pagamento de quantia certa. recomendado para o seu mal, cabe ao Estado (gênero) providenciar o
Não é necessário lembrar que esta empresa pública diariamente tem suporte necessário a tanto, atendendo à exigência constitucional do art.
que responder a um volume absurdo de processos relativos ao FGTS 196 (“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
que impossibilitam a manifestação desta no prazo designado por este mediante políticas sociais e econômicas que visem á redução do risco
MM. Juízo a quo. Sendo igualmente não razoável a aplicação da multa de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário ás
prevista pelo artigo 475-J do CPC quando a CEF não foi regularmente ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”).
intimada a cumprir o despacho de fls. 241. Dessa forma, não pode a autora ficar à espera de uma resposta
Com base no exposto deve ser declarada a nulidade do r. despacho de dos aludidos hospitais, mormente diante da gravidade do mal que a
fl. 254 e determinada a publicação do r. despacho de fl. 241, de forma acomete.
que seja posto o feito em ordem, visto que entendimento em sentido Por isso, CONCEDO A LIMINAR PLEITEADA e determino a
diverso importaria em cerceamento de defesa, afronta ao devido internação da parte autora no INCA (Instituto Nacional do Câncer), no
processo legal e da publicidade dos atos judiciais constitucionalmente prazo de 48 horas. Oficie-se ao Diretor do INCA para que, após se
garantidos pelo artigo 5º, incisos LIV, LV e LX da CRFB. inteirar do caso, preste informações ao juízo, viabilizando eventual
(...) Por todo o exposto, pede e espera a Agravante que o presente reexame da decisão.
recurso seja recebido no efeito suspensivo, pelos motivos antes Cite-se a União Federal.”
ventilados, para, ao final, ser conhecido e provido, determinando a A Agravante alega, em suma, como causa de pedir:
reforma da r. decisão ora atacada, com o que preservar-se-á o primado “(...)No caso em exame, a decisão que deferiu a tutela antecipada para
da verdadeira Justiça.” determinar que a parte autora seja internada no INCA, prazo de 48
Analisando os autos, concluo restarem presentes os requisitos horas, para tratamento de câncer, é suscetível de causar lesão grave e
peculiares para a concessão da liminar alvitrada, em especial a de difícil reparação, em razão de causar danos e ranhuras ao tratamento
possibilidade de lesão grave e de difícil reparação, o que conduz ao isonômico estabelecido pela União a todos os cidadãos brasileiros.
deferimento da mesma, suspendendo-se a eficácia da decisão (...) A União demonstrará neste recurso que há fortes razões para que a
objurgada, até ulterior delibação. decisão recorrida seja revista, em função da ausência de requisitos para
Oficie-se comunicando, com urgência. a concessão da tutela antecipada, em razão da violação do tratamento
Solicitem-se informações ao Juízo a quo. isonômico dos demais pacientes que aguardam na fila para internação e
Intime-se a parte Agravada, nos termos do artigo 527, V, do CPC. pertinente tratamento médico. Fará ainda considerações a respeito dos
Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2012. medicamentos solicitados, ocasião em que apontará a existência de
POUL ERIK DYRLUND alternativas terapêuticas fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único
Relator de Saúde.
(...) Não há indicativos nos autos de que a autora tenha meios de
ressarcir os cofres públicos, caso seja derrotada na demanda. Há. Ao
contrário, sinais fortes de que não será capaz de fazê-lo.
Esta, portanto, caracterizada a irreversibilidade da decisão que deferiu
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.020158-9 a tutela antecipada, o que contraria frontalmente o art. 273, º2º, CPC,
Nº CNJ :0020158-64.2012.4.02.0000 razão pela qual deve ser cassada essa decisão.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL (...) Mencione-se, outrossim, a ausência de plausibilidade, requisito
ERIK DYRLUND essencial para o deferimento da ordem antecipatória (art. 273 do CPC),
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL cabendo sublinhar que a UNIÃO não se recusa a prestar o tratamento
AGRAVADO :MARIA IVANETE VIEIRA pleiteado pela parte autora. O que existe é uma espera em razão do
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO procedimento administrativo daquele órgão que, para atender em
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO igualdade de condições a todos que o procuram para tratamento adota
DE JANEIRO (201251011036333) como critério de seleção a emissão da guia de internação e a inclusão
na fila de espera, devido o elevado número de atendimentos.
DECISÃO Conforme se verifica, icto oculis, o autor, como tantos outros
privilegiados, é um dos que podem se socorrer do Judiciário, o que está
se tornando rotineiro hoje em dia. Do Judiciário se utilizam não para
exigir o alegado direito a saúde (art. 196 da CRFB/88) mas buscar o
benefício do tratamento privilegiado em detrimento de outros pacientes
que, em situação de saúde mais grave, se submetem ao que exige a lei,

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e que em razão disso são punidos ao serem preteridos e obrigados a
esperar por mais tempo na “fila” por um atendimento médico, para dar
a vez aos “privilegiados”. Isto porque além da espera exigida pela
demanda natural, ainda são obrigados a dar a vez aos que furam a
“fila” por determinação judicial, o que para eles aumenta o tempo de
espera natural que teriam se obedecida a fila. AGRARIA - INCRA
Atender ao pedido autoral, com fundamento no art. 196 da CRFB/88, PROCURADOR :LUCIANO MARTINS OLIVEIRA
seria proceder de forma diversa do que determina a Constituição (art. AGRAVADO :VALDIR MODESTO
5º, caput e art. 1º c.c 2º) e as leis vigentes, em flagrante ofensa aos ADVOGADO :FABRÍCIO SANTOS TOSCANO E
princípios da impessoalidade que garante o direito igualitário e OUTROS
universal à saúde, erigidos a princípios constitucionais. ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO
(...) Ao priorizar o autor na fila de atendimento se estará, de forma MATEUS/ES (201250030005666)
indireta prejudicando os demais que estão na fila. O Poder Judiciário
não tem conhecimento de todos os casos daqueles que aguardam em DECISÃO
fila da atendimento, que podem ser de menor, igual ou superior Trata-se de Agravo na modalidade de Instrumento interposto pelo
gravidade ao caso do autor. O autor em detrimento de outros que INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA
também aguardam a fila de espera seria afronta clara ao princípio da AGRÁRIA - INCRA em face de VALDIR MODESTO, objetivando
isonomia. cassar a decisão do Juízo da 01ª Vara Federal de São Mateus- Seção
(...) Diante do exposto o deferimento da tutela antecipada deve ser Judiciária do Espírito Santo, assim vertida:
cassado. “VALDIR MODESTO, qualificado na inicial, ajuizou a presente ação
Visando a dar cumprimento aos princípios e diretrizes do SUS (art. 7º, de conhecimento em face do INSTITUTO NACIONAL DE
Lei nº 8.080/90), alterou-se essa sistemática para que todos os COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA,
medicamentos para tratamento de câncer fossem fornecidos pelos ASSOCIAÇÃO DAS COMUNIDADES REMANESCENTES DE
Centros de Alta Complexidade em Oncologia – CACON. QUILOMBO DE SERRARIA E SÃO CRISTÓVÃO e da UNIÃO,
Destaca-se que cabe aos CACON’s, inclusive, fornecer os objetivando, liminarmente, a suspensão do curso do processo
medicamentos aos pacientes atendidos, mormente pelo fato destes administrativo nº 54340.000582/2005-15, instaurado pelo primeiro réu
terem sido prescritos pelos profissionais do próprio nosocômio. para a identificação de suposta área de remanescentes de quilombolas
Assim, a indicação de uso de um medicamento antineoplástico é na localidade denominada “Serraria, Mata Sede, São Cristóvão”, em
sempre de competência do médico assistente do doente, conforme São Mateus-ES e, ao final, a invalidação do procedimento.
protocolos de tratamento fundamentados em evidências científicas e Alega, em síntese, que é proprietário de imóvel rural inserido na
adotados na instituição onde este médico atua (CACON ou Serviço demarcação do procedimento administrativo em questão, que seria
Isolado de Quimioterapia). O tratamento então escolhido dependerá de inválido em razão das insanáveis irregularidades narradas na inicial,
fatores específicos, tais como evolução da doença, os tratamentos já sustentando, ainda, a inconstitucionalidade do Decreto 4887/2003, que
realizados e as condições do paciente. regula o PA.
(...) Assim, considerando que os CACON’s são da rede própria dos Juntos vieram os documentos de fls. 46/524.
gestores plenos do SUS (municipais ou estaduais) ou pelos mesmos Relatados, decido.
cadastrados/credenciados, competirá a esses gestores inserir o paciente O processo administrativo questionado pelo autor é conduzido com
no programa e avaliar o atendimento prestado, inclusive quando a observância às regras do Decreto 4887/2003 (fls. 69/71), que
dispensação dos medicamentos. “Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento,
(...) As recentes decisões, o prejuízo ao erário público e o risco inerente delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por
às políticas públicas já implementadas. remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68
Ante o exposto, a União requer a reforma da R. Decisão que concedeu do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”.
a antecipação de tutela quanto a União. De acordo com o referido diploma legal:
Por todo o exposto, requer a União o provimento deste agravo para que Art. 1o Os procedimentos administrativos para a identificação, o
seja cassada a decisão que concedeu a tutela antecipada, tendo em vista reconhecimento, a delimitação, a demarcação e a titulação da
os argumentos acima expostos. Pede ainda a concessão de efeito propriedade definitiva das terras ocupadas por remanescentes das
suspensivo a este agravo de instrumento.” comunidades dos quilombos, de que trata o art. 68 do Ato das
Solicitem-se informações ao Juízo a quo. Disposições Constitucionais Transitórias, serão procedidos de acordo
Intime-se a parte Agravada, nos termos do artigo 527, V, do CPC. com o estabelecido neste Decreto.
No retorno, apreciarei a liminar. Art. 2º Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos,
Após, ao MPF. para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2012. de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações
POUL ERIK DYRLUND territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra
Relator relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.
§ 1o Para os fins deste Decreto, a caracterização dos remanescentes das
comunidades dos quilombos será atestada mediante autodefinição da
própria comunidade.
§ 2o São terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.019389-1 quilombos as utilizadas para a garantia de sua reprodução física, social,
Nº CNJ :0019389-56.2012.4.02.0000 econômica e cultural.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL POUL § 3o Para a medição e demarcação das terras, serão levados em
ERIK DYRLUND consideração critérios de territorialidade indicados pelos remanescentes
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DE das comunidades dos quilombos, sendo facultado à comunidade
COLONIZACAO E REFORMA interessada apresentar as peças técnicas para a instrução procedimental.
Art. 3o Compete ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio
do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, a
identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das
terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos,
sem prejuízo da competência concorrente dos Estados, do Distrito

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Federal e dos Municípios.
§ 1o O INCRA deverá regulamentar os procedimentos administrativos
para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e
titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos
quilombos, dentro de sessenta dias da publicação deste Decreto.
§ 2o Para os fins deste Decreto, o INCRA poderá estabelecer dos interesses dos remanescentes das comunidades dos quilombos nas
convênios, contratos, acordos e instrumentos similares com órgãos da questões surgidas em decorrência da titulação das suas terras.
administração pública federal, estadual, municipal, do Distrito Federal, (...)
organizações não-governamentais e entidades privadas, observada a Art. 17. A titulação prevista neste Decreto será reconhecida e
legislação pertinente. registrada mediante outorga de título coletivo e pró-indiviso às
§ 3o O procedimento administrativo será iniciado de ofício pelo comunidades a que se refere o art. 2o, caput, com obrigatória inserção
INCRA ou por requerimento de qualquer interessado. de cláusula de inalienabilidade, imprescritibilidade e de
§ 4o A autodefinição de que trata o § 1o do art. 2o deste Decreto será impenhorabilidade.
inscrita no Cadastro Geral junto à Fundação Cultural Palmares, que Parágrafo único. As comunidades serão representadas por suas
expedirá certidão respectiva na forma do regulamento. associações legalmente constituídas.
(...) (...)
Art. 6o Fica assegurada aos remanescentes das comunidades dos Art. 21. As disposições contidas neste Decreto incidem sobre os
quilombos a participação em todas as fases do procedimento procedimentos administrativos de reconhecimento em andamento, em
administrativo, diretamente ou por meio de representantes por eles qualquer fase em que se encontrem.
indicados. Parágrafo único. A Fundação Cultural Palmares e o INCRA
Art. 7o O INCRA, após concluir os trabalhos de campo de estabelecerão regras de transição para a transferência dos processos
identificação, delimitação e levantamento ocupacional e cartorial, administrativos e judiciais anteriores à publicação deste Decreto.
publicará edital por duas vezes consecutivas no Diário Oficial da União Art. 22. A expedição do título e o registro cadastral a ser procedido
e no Diário Oficial da unidade federada onde se localiza a área sob pelo INCRA far-se-ão sem ônus de qualquer espécie,
estudo, contendo as seguintes informações: independentemente do tamanho da área.
I - denominação do imóvel ocupado pelos remanescentes das Parágrafo único. O INCRA realizará o registro cadastral dos imóveis
comunidades dos quilombos; titulados em favor dos remanescentes das comunidades dos quilombos
II - circunscrição judiciária ou administrativa em que está situado o em formulários específicos que respeitem suas características
imóvel; econômicas e culturais.
III - limites, confrontações e dimensão constantes do memorial Art. 23. As despesas decorrentes da aplicação das disposições contidas
descritivo das terras a serem tituladas; e neste Decreto correrão à conta das dotações orçamentárias consignadas
IV - títulos, registros e matrículas eventualmente incidentes sobre as na lei orçamentária anual para tal finalidade, observados os limites de
terras consideradas suscetíveis de reconhecimento e demarcação. movimentação e empenho e de pagamento.
§ 1o A publicação do edital será afixada na sede da prefeitura Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
municipal onde está situado o imóvel. Art. 25. Revoga-se o Decreto no 3.912, de 10 de setembro de 2001.
§ 2o O INCRA notificará os ocupantes e os confinantes da área Brasília, 20 de novembro de 2003; 182o da Independência e 115o da
delimitada. República.
(...) O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, por seu turno,
Art. 9o Todos os interessados terão o prazo de noventa dias, após a acerca da matéria em exame, assim dispôs:
publicação e notificações a que se refere o art. 7o, para oferecer Art. 68 - Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que
contestações ao relatório, juntando as provas pertinentes. estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva,
Parágrafo único. Não havendo impugnações ou sendo elas rejeitadas, o devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
INCRA concluirá o trabalho de titulação da terra ocupada pelos Esse dispositivo, detidamente observado, prevê, em verdade, a
remanescentes das comunidades dos quilombos. titulação de terras que, à época da promulgação da Constituição
(...) Federal de 1988, já eram ocupadas por remanescentes de quilombos, de
Art. 13. Incidindo nos territórios ocupados por remanescentes das ordem a conferir propriedade àqueles quilombolas que então já
comunidades dos quilombos título de domínio particular não detinham a posse das respectivas áreas, conferindo-lhes maior proteção
invalidado por nulidade, prescrição ou comisso, e nem tornado ineficaz jurídica ao chancelar situação fática e histórica.
por outros fundamentos, será realizada vistoria e avaliação do imóvel, O Decreto refutado pelo autor, que veio a lume em 2003 e passou a
objetivando a adoção dos atos necessários à sua desapropriação, nortear a atuação administrativa pretensamente destinada à efetivação
quando couber. da regra de transição, prima facie, desbordou desse ideário ao ensejar
§ 1o Para os fins deste Decreto, o INCRA estará autorizado a ingressar expropriações não previstas no ADCT - art. 68, dando azo a
no imóvel de propriedade particular, operando as publicações procedimentos que, na realidade, buscam inserir grupos a posteriori
editalícias do art. 7o efeitos de comunicação prévia. identificados como remanescentes de quilombolas em áreas que, à
§ 2o O INCRA regulamentará as hipóteses suscetíveis de época da promulgação da CF, já seriam ocupadas por terceiros não
desapropriação, com obrigatória disposição de prévio estudo sobre a quilombolas, que, inclusive, à época, já detinham título de propriedade.
autenticidade e legitimidade do título de propriedade, mediante Essa, inclusive, parece ser a hipótese dos autos, tendo em vista que a
levantamento da cadeia dominial do imóvel até a sua origem. cadeia dominial do imóvel em questão, do qual o autor detém título de
Art. 14. Verificada a presença de ocupantes nas terras dos propriedade, remonta de 1984, pelo que se infere do documento de fls.
remanescentes das comunidades dos quilombos, o INCRA acionará os 51/64 (na qualidade de herdeiro do proprietário - seu genitor).
dispositivos administrativos e legais para o reassentamento das famílias O Decreto em exame, assim, transbordando os limites contidos no
de agricultores pertencentes à clientela da reforma agrária ou a ADCT, prima facie, teria incorrido em inconstitucionalidade.
indenização das benfeitorias de boa-fé, quando couber. Assim também pareceu ao Sr. Min. César Peluso, relator da Ação
Art. 15. Durante o processo de titulação, o INCRA garantirá a defesa Direta de Inconstitucionalidade nº 3239/DF, em trâmite no E. Supremo
Tribunal Federal.
Convém menção ao Informativo 662, no que se refere à sessão plenária
do E. STF na qual lançado o voto do ministro relator:
Supremo Tribunal Federal - Informativo 662 - ADI 3239/DF,
18.4.2012.

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O Plenário iniciou julgamento de ação direta de inconstitucionalidade
ajuizada, pelo Partido Democrata - DEM, contra o Decreto 4.887/2003,
que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento,
delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por
remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68
do ADCT (“Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que à expressão “quilombos”, avaliou que o termo admitiria muitos
estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, significados, determinados por diversos fatores. Entretanto, elucidou
devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos”). O Min. Cezar que, identificados os requisitos temporais, o constituinte optara pela
Peluso, Presidente e relator, preliminarmente, conheceu da demanda. concepção histórica, conhecida por todos. Assim, afirmou que
Rememorou jurisprudência da Corte, segundo a qual a aferição de respeitáveis trabalhos desenvolvidos por juristas e antropólogos, na
constitucionalidade dos decretos, na via da ação direta, só seria vedada tentativa de ampliar e modernizar o conceito, teriam natureza
quando estes se adstringissem ao papel secundário de regulamentar metajurídica. Por isso, não seriam comprometidos com o sentido
normas legais, cuja inobservância ensejasse apenas conflito resolúvel apreendido do texto constitucional. Ocorre que não estariam contidos
no campo da legalidade. Ocorre que o caso cuidaria de decreto por limitações de nenhuma sorte, impostas, por outro lado, pelo
autônomo, de maneira que o ato normativo credenciar-se-ia ao controle legislador constituinte. Enfatizou que, por esta razão, o art. 68
concentrado de constitucionalidade. Observou que o decreto alcançaria apenas determinada categoria de pessoas, identificadas
impugnado não extrairia fundamento de validade das Leis 7.668/88 e como “quilombolas”. Dessumiu que os destinatários da norma não
9.649/98, motivo pelo qual não lhe seria aplicável o art. 84, VI, da CF seriam, necessariamente, as comunidades, tendo em conta debate a
[“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: ... VI - respeito da sua redação, se referente a “comunidades negras
dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da remanescentes dos quilombos” ou “aos remanescentes das
administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem comunidades dos quilombos”, como prevalecera. Concluiu, no ponto,
criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou que a preterição de um texto e a eleição de outro firmariam o sentido
cargos públicos, quando vagos”]. Demonstrou que a primeira lei individual, de modo que não se justificaria gravar a propriedade com os
autorizaria o Poder Executivo a constituir a Fundação Cultural atributos da impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade.
Palmares e determinaria apenas o que a esta competiria. A segunda, A partir dessa análise, reputou inconstitucionais os dispositivos da
por sua vez, estabeleceria as atribuições do Ministério da Cultura, norma adversada que estabeleceriam: a) o critério da auto-atribuição e
dentre elas a de aprovar a delimitação das terras dos remanescentes das autodefinição, para caracterizar quem seriam os remanescentes das
comunidades dos quilombos, bem como fixar suas demarcações, a comunidades de quilombolas; b) a fixação de que seriam as terras
serem homologadas mediante decreto. Concluiu, no ponto, que ambas ocupadas por remanescentes todas aquelas utilizadas para a garantia de
as leis limitar-se-iam à mera indicação dos órgãos encarregados das sua reprodução física, social, econômica e cultural (ocupação
medidas indispensáveis à execução do art. 68 do ADCT. Ademais, presumida); e c) a outorga de título coletivo e pró-indiviso às
registrou que, a despeito de diversos pedidos para realização de comunidades de remanescentes, com obrigatória inserção de cláusula
audiência pública, não identificara razões que a justificassem, visto que de inalienabilidade, imprescritibilidade e impenhorabilidade.
a causa encerraria matéria de direito. Além disso, os autos estariam IV
suficientemente instruídos e não haveria tema a envolver complexidade Relativamente à posse de que cuida o art. 68 do ADCT, asseverou ser
técnica. reconhecida aos remanescentes das comunidades de quilombolas, de
II forma contínua, prolongada, centenária, exercida com ânimo de dono e
No mérito, julgou procedente o pedido para declarar a qualificada. No que concerne à propriedade, declarou definitiva aos
inconstitucionalidade do decreto em discussão. Aduziu que, remanescentes dessas comunidades, com base em direito subjetivo
independentemente de o art. 68 do ADCT constituir norma de eficácia preexistente, com o objetivo de conferir-lhes a segurança jurídica que
limitada, contida ou plena, deveria ser complementado por lei em antes não possuíam. Ao Estado caberia, apenas, a emissão dos títulos
sentido formal. Acrescentou que a Administração não poderia, sem lei, respectivos, para posterior registro em cartório. Reconheceu que essa
impor obrigações a terceiros ou restringir-lhes direitos. Ressurtiu, forma de aquisição seria próxima do instituto da usucapião, cujas
assim, que o Chefe do Executivo não estaria autorizado a integrar singularidades seriam: a) característica não prospectiva, no que respeita
normativamente os comandos do referido art. 68 mediante ao termo inicial da posse, necessariamente anterior à promulgação da
regulamento, como o fizera. Frisou que o Decreto 4.887/2003 revogara CF/88; b) autorização especial do constituinte originário para que os
o Decreto 3.239/2001 o qual, sob pretexto de reger a matéria, padeceria destinatários da norma pudessem usucapir imóveis públicos, espécie
do mesmo vício formal. Desse modo, não concedeu efeitos vedada pelos artigos 183, § 3º, e 191, parágrafo único, que tratariam da
repristinatórios à norma revogada. Consignou que, embora louvável o usucapião constitucional urbana e rural, e que confeririam ao particular
ideal de proteção aos descendentes dos quilombolas, não se poderia o ônus de provar que o bem usucapido seria privado; e c)
ignorar o crescimento dos conflitos agrários e o incitamento à revolta desnecessidade de decreto judicial que declarasse a situação jurídica
que a usurpação de direitos, decorrente do decreto discutido, poderia preexistente, exigível nas outras quatro modalidades de usucapião
trazer. (ordinária, extraordinária, constitucional urbana e rural).
III Destacou a inconstitucionalidade da desapropriação prevista no
Discorreu acerca da evolução do quadro normativo ulterior ao art. 68 diploma adversado. Aclarou que os remanescentes subsistiriam em
do ADCT, nos âmbitos federal, estadual, municipal e internacional. terras públicas, devolutas, ou, se eventualmente em terras particulares,
Estabeleceu, também, as premissas extraídas do mesmo artigo. Quanto já as teriam, em razão do prazo, como usucapidas. Não caberia,
aos destinatários da norma, afirmou serem os que subsistiriam nos portanto, excogitar desapropriação, instituto desnecessário no caso.
locais tradicionalmente conhecidos como quilombos, na sua acepção Assentou que, não obstante, o decreto previra a desapropriação de
histórica, em 5 de outubro de 1988, ou seja, aqueles que, tendo buscado imóveis privados que, além de não disciplinada em lei, nos termos da
abrigo nesses locais, antes ou logo após a abolição, lá permaneceram Constituição (art. 5º, XXIV), não se amoldaria às hipóteses previstas,
até a promulgação da CF/88. Anotou não se dever emprestar rigor às de necessidade ou utilidade pública e de interesse social. Assinalou que
situações que se constituíram depois do mês da abolição, dadas as aos terceiros interessados, prestes a serem destituídos de seus bens,
dificuldades de comunicação que marcavam aquele século. No tocante sem lei específica, sequer fora garantido o devido processo legal, a
provocar quadro de desestabilização social, que deveria ser contido nos
limites constitucionais. Por fim, sublinhou que a legislação vigente
seria demasiado onerosa e burocrática para os interessados em registrar
seus títulos em cartório. Apontou que sequer as organizações que
defenderiam os direitos dos quilombolas estariam satisfeitas com o

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atual estado das coisas e arrematou que a atuação do legislativo, como
seria de rigor, teria trazido menos insatisfação e mais justiça em menos
tempo. Em respeito ao princípio da segurança jurídica e aos cidadãos
que, de boa fé, confiaram na legislação posta e percorreram longo
caminho para obterem a titulação de suas terras, desde 1988,
determinou fossem considerados bons, firmes e valiosos os títulos até no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade determinando a
aqui emitidos. Em seguida, pediu vista dos autos a Min. Rosa Weber. suspensão dos processos em curso que tenham como objeto de
Em seu voto, proferido em abril deste ano, Peluso, pontualmente, discussão do Decreto nº 4.887/2003, a decisão ora impugnada merece
destaca que o dispositivo de transição guarda hipótese afeita à reforma.
usucapião, não havendo que se cogitar inovadora modalidade de A República Federativa do Brasil tem como fundamento norteador do
desapropriação. seu ordenamento jurídico o princípio da dignidade da pessoa humana
Nesse contexto, entendo fundado o pedido de antecipação de tutela (art. 1º, III, CF/88). Tal posicionamento é defendido pela professora
formulado na inicial. Flávia Piovesan, senão vejamos:
Há nos autos tanto o fumus boni iuris, consoante as razões até aqui (...) O Decreto nº. 4.887 consiste em um grande avanço nos direitos dos
delineadas, quanto o periculum in mora, decorrente da sujeição do quilombas, uma vez que definiu um novo e moderno critério para
autor e de seu imóvel - durante todo o curso da presente ação judicial - identificar os remanescentes de quilombos: a auto atribuição.
aos trâmites de procedimento administrativo que se vislumbra (...)Não se admite que as conquistas já alcançadas por essas
inconstitucional ab ovo. comunidades tradicionais tribais, a duras penas, sejam agora mitigadas
Diante do exposto, inaudita altera pars, defiro a antecipação de tutela e/ou sacrificadas. O ordenamento jurídico brasileiro não comporta
pleiteada na inicial para suspender a tramitação do processo retrocesso. A tendência, como vem ocorrendo em outros ramos do
administrativo nº 54340.000582/2005-15, até ulterior decisão. direito, é progredir, é aprimorar os conceitos e normas existentes, de
Citem-se os réus e intimem-se.” modo a conferir maior efetividade aos direitos e garantias
O Agravante alega, em suma, como causa de pedir: fundamentais.
“(...) Trata-se de ação de Declaratório de nulidade com pedido de (...) Como será possível preservar a aplicação do princípio da
antecipação de tutela, visando a suspender o processo administrativo n. dignidade humana (art. 1º, III, da CF/88), como será possível garantir o
54340.000582/2005-15 em tramite no INCRA. direito de propriedade e de posse das terras que não estejam
Infelizmente, o juízo federal deferiu a liminar (fls. 527/533), aduzindo exclusivamente ocupadas por eles, mas que, tradicionalmente, tenham
que o decreto 4.887/2003, base do processo administrativo, é tido acesso para suas atividades tradicionais e de subsistência (art. 14,
inconstitucional. 1 da Convenção nº.169 da OIT, a qual deve ser plenamente observada
(...) Na Decisão Judicial ora impugnada, o Juízo se baseia no Voto pelo Estado brasileiro, como determina o Decreto nº. 5.051), com a
proferido pelo Ministro Cezar Peluso, nos autos da ADI 3239/DF, que adoção de tal medida retrocessiva?
julgou procedente o pedido do Partido Democrata – DEM, declarando (...) Dessa forma, o Decreto 4.887/2003 esta em harmonia com a Carta
a inconstitucionalidade do Decreto nº 4.887/2003. da República, inexistindo vício de inconstitucionalidade.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade 3239/DF esta em curso no STF (...) Por todo o exposto, com o risco de DANO, e dada a
não tendo sido julgada. Seu julgamento foi interrompido em face do VEROSSIMILHANÇA DO DIREITO ALEGADO, a Agravante
pedido de vista da Ministra Rosa Weber, existindo tão somente o voto requer, neste ato, seja concedida a ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS
do Ministro Cezar Peluso. DA PRETENSÃO RECURSAL, no presente Recurso de AGRAVO
Portanto, não houve decisão do Plenário do STF, seja de natureza DE INSTRUMENTO, em harmonia com a legislação processual civil
cautelar ou de mérito, necessitando de aprovação da maioria absoluta vigente (CPC, arts. 527, III,), de forma que seja determinada revogação
de seus membros, nos termos da Lei nº 9.868/1999, para sustar os da Decisão em tela, dando-se continuidade ao trâmite do processo de
efeitos da norma legal enfocada (Decreto nº 4.887/2003), prevalecendo desapropriação.
à presunção de constitucionalidade do aventado Decreto, NÃO se Diante do exposto, requer seja recebido e conhecido o presente Agravo
justificando a suspensão do processo administrativo. de Instrumento e, liminarmente, emprestado ao mesmo Efeito
Com efeito, não é possível suspender o trâmite regular do processo de Suspensivo, nos termos do art. 527, III, combinado com 558, ambos do
desapropriação em fulcro por suspeita de que o Supremo Tribunal Código de Processo Civil, pois restam presentes os pressupostos
Federal futuramente poderá entender pela inconstitucionalidade do autorizadores da medida, id est, o manifesto interesse público e a grave
Decreto nº 4.887/2003. Só seria permitida a suspensão do processo de lesão à ordem pública, reformando a decisão de fls. 527/533 que
desapropriação no caso de deferimento de medida cautelar na Ação determinou a suspensão do processo administrativo n.
Direta de Inconstitucionalidade. Não tendo sido concedida a medida 54340.000582/2005-15.”
cautelar, deve-se considerar a presunção de constitucionalidade das Solicitem-se informações ao Juízo a quo.
normas jurídicas. Intime-se a parte Agravada, nos termos do artigo 527, V, do CPC.
(...) É cediço que o regular processamento do processo administrativo Após, ao MPF.
não se mostra temerário. Afinal, eventual decisão a ser proferida no No retorno, apreciarei a liminar.
âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade, caso venha a ser Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
declarada a inconstitucionalidade do Decreto nº 4.887/2003, deverá POUL ERIK DYRLUND
definir a eficácia dos seus efeitos, de modo que o ato concreto que Relator
determinou a expropriação só será atingido na hipótese de ser
concedida eficácia ex tunc à decisão que reconhecer a
inconstitucionalidade do mencionado Decreto.
Entender de forma diferente seria transformar o controle abstrato de
constitucionalidade em controle concreto, a ponto de atingir todos os SECRETARIA DE ATIVIDADES JUDICIÁRIAS
processos em curso referente à matéria objeto da Ação Direta de
Inconstitucionalidade. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
(...) Diante do exposto, considerando que não existe decisão proferida SECRETARIA DE ATIVIDADES JUDICIÁRIAS
ATA DE DISTRIBUIÇÃO DO DIA 10.01.2013

PROCESS : 2009.51.12.000412-5 (200951120004125)


O 574131 - AC RJ
NUM. : 0000412-11.2009.4.02.5112

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CNJ
APTE : ADELIA MARIA REZENDE RAFAEL
ADV : FABIANE RABELLO DE SOUZA
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0005)
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2008.51.03.000648-7 (200851030006487)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0001) O 574125 - APELRE RJ
NUM. : 0000648-24.2008.4.02.5103
PROCESS : 2010.51.06.000485-2 (201051060004852) CNJ
O 574433 - AC RJ APTE : LAURECY BERRIEL PIRES,
NUM. : 0000485-64.2010.4.02.5106 REPRESENTADO POR SONIA ECCARD
CNJ RESENDE
APTE : ZILDA WILBERT LOSS ADV : WELLINGTON JOSE BERRIEL
ADV : CARLOS ALBERTO LORANG DE APTE : UNIAO FEDERAL
AMORIM E OUTROS APDO : OS MESMOS
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL DE
SOCIAL - INSS CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ
PROC : AUREA ORICHIO DE SIQUEIRA MELLO RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA R SILVA - 2A.TURMA ESPECIALIZADA
R ESPECIALIZADA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0006)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0002)
PROCESS : 2009.51.04.003748-5 (200951040037485)
PROCESS : 2011.51.01.807928-0 (201151018079280) O 574369 - APELRE RJ
O 574428 - APELRE RJ NUM. : 0003748-47.2009.4.02.5104
NUM. : 0807928-14.2011.4.02.5101 CNJ
CNJ APTE : ZELIS ROSA LUCIANO DA SILVA
APTE : CLAUDECIR ANDRADE GOMES ADV : MARCO TULIO RODRIGUES DA SILVA
ADV : RAIMUNDO NONATO DE MESQUITA APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
SOCIAL - INSS PROC : TITO LIVIO SAMPAIO VIEIRA
PROC : BRUNA SARMENTO DOS SANTOS RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 13A VARA-RJ VOLTA REDONDA-RJ
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
R ESPECIALIZADA R SILVA - 2A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0003) DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0007)
PROCESS : 2008.51.12.000437-6 (200851120004376) PROCESS : 2011.51.01.808212-5 (201151018082125)
O 574124 - AC RJ O 574409 - AC RJ
NUM. : 0000437-58.2008.4.02.5112 NUM. : 0808212-22.2011.4.02.5101
CNJ CNJ
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APTE : CARLOS ALBERTO DOS SANTOS
SOCIAL - INSS ADV : LUCINETE DE SOUZA AUGUSTO
PROC : JAILTON AUGUSTO FERNANDES GONÇALVES
APDO : EDSON GUIMARAES DA ROCHA APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : GLADISTONNE LUIZ SOARES LOPES SOCIAL - INSS
RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO - PROC : ALINE THEREZINO RODRIGUES
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA FRANCISCO DA SILVA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0004) RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
R SILVA - 2A.TURMA ESPECIALIZADA
PROCESS : 2007.51.04.003966-7 (200751040039667) DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0008)
O 574379 - APELRE RJ
NUM. : 0003966-46.2007.4.02.5104 PROCESS : 1995.51.01.069969-7 (9500699699) 574179
CNJ O - AC RJ
APTE : JOSE DA SILVA NUM. : 0069969-12.1995.4.02.5101
ADV : JORGE DE PAULO CAMPOS CNJ
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
SOCIAL - INSS NACIONAL
PROC : TITO LIVIO SAMPAIO VIEIRA APDO : PADARIA RAINHA DA MARGARIDA
RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE LTDA
VOLTA REDONDA-RJ ADV : LUIZ GONZAGA FIGUEIRA
RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
R SILVA - 2A.TURMA ESPECIALIZADA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0009)

PROCESS : 1996.51.01.049382-0 (9600493820) 574101


O - AC RJ
NUM. : 0049382-32.1996.4.02.5101

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CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : RILAN CONSTRUTORA E PROJETOS
LIMITADA
ADV : SANDRA CRISTINA PEIXOTO DE CNJ
SOUZA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : ESCORT ADMINISTRACAO E COR. DE
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0010) SEGUROS LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 1998.51.01.050309-3 (9800503099) 574096 RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0050309-27.1998.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0015)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2000.51.01.516981-7 (200051015169817)
NACIONAL O 574202 - AC RJ
APDO : JUREMA DONATO DE OLIVEIRA E NUM. : 0516981-78.2000.4.02.5101
SILVA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : GPL TURISMO LTDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0011) ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
PROCESS : 1999.51.01.039087-4 (9900390873) 574145 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
O - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0016)
NUM. : 0039087-28.1999.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2000.51.01.520846-0 (200051015208460)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 574321 - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0520846-12.2000.4.02.5101
APDO : CENTROARTE CENTRO DE COPIAS E CNJ
ARTES GRAFICAS LTDA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : WALTER TEIXEIRA DA SILVA NACIONAL
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - APDO : LABANA CALCADOS LTDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : SEM ADVOGADO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0012) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
PROCESS : 1999.51.01.072664-5 (9900726642) 574119 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0017)
O - AC RJ
NUM. : 0072664-94.1999.4.02.5101 PROCESS : 2000.51.01.522913-9 (200051015229139)
CNJ O 574210 - AC RJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NUM. : 0522913-47.2000.4.02.5101
NACIONAL CNJ
APDO : ENTRETELAS DHJ SA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : SEM ADVOGADO NACIONAL
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - APDO : CHILEBRAS DIVISORIAS E REFORMAS
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA LTDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0013) ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
PROCESS : 1999.51.01.094380-2 (9900943805) 574140 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
O - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0018)
NUM. : 0094380-80.1999.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2000.51.01.524774-9 (200051015247749)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 574256 - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0524774-68.2000.4.02.5101
APDO : B R CONNECT ENGENHARIA LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA DE JANEIR - CREA/RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0014) ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA
E OUTROS
PROCESS : 1999.51.01.095406-0 (9900954068) 574342 APDO : A REIS ENGENHARIA E CONSTUCOES
O - AC RJ LTDA
NUM. : 0095406-16.1999.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0019)

PROCESS : 2001.51.01.505043-0 (200151015050430)

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
O 574177 - AC RJ
NUM. : 0505043-52.2001.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : MARIO HELIO ALVES RAMALHO NUM. : 0520187-32.2002.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0020) APDO : NABOR FERNANDES DA SILVEIRA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2002.51.01.513096-0 (200251015130960) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O 574209 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0513096-85.2002.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0025)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2002.51.01.529827-4 (200251015298274)
NACIONAL O 574364 - AC RJ
APDO : CPS CENTRO DE PESQUISAS NUM. : 0529827-59.2002.4.02.5101
SOROLOGICAS LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : MARK TELECOM
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0021) TELECOMUNICACOES LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2002.51.01.516064-1 (200251015160641) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O 574196 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0516064-88.2002.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0026)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2003.51.01.523194-9 (200351015231949)
NACIONAL O 574387 - AC RJ
APDO : METALURGICA TITA LTDA - MASSA NUM. : 0523194-95.2003.4.02.5101
FALIDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : PANIFICACAO MODELO BOTAFOGO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0022) LTDA E OUTRO
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2002.51.01.516584-5 (200251015165845) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O 574333 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0516584-48.2002.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0027)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2003.51.01.525982-0 (200351015259820)
NACIONAL O 574343 - AC RJ
APDO : TELECOMP COM/ E SERVICOS LTDA NUM. : 0525982-82.2003.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0023) APDO : EGIDIO FERREIRA DA SILVA
ADV : ALTAIR MAGNO GAVIAO
PROCESS : 2002.51.01.517910-8 (200251015179108) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O 574161 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0517910-43.2002.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0028)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2003.51.01.532887-8 (200351015328878)
NACIONAL O 574234 - AC RJ
APDO : VMH TECNOLOGIA DA INFORMACAO NUM. : 0532887-06.2003.4.02.5101
LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : PREVIMUND PREVENCOES
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0024) IMUNOLOGICAS LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2002.51.01.520187-4 (200251015201874) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O 574265 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0029)

PROCESS : 2003.51.01.538492-4 (200351015384924)


O 574268 - AC RJ
NUM. : 0538492-30.2003.4.02.5101

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : PLANETA COPA CONFECCOES LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - DE JANEIR - CREA/RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : ALMIR FERREIRA JUNIOR
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0030) APDO : LUIZ CLAUDIO DE A MOURA FILHO
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2003.51.01.545346-6 (200351015453466) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O 574100 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0545346-40.2003.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0035)
CNJ
APDO : FARMACIA JARDIM AMERICA LTDA PROCESS : 2004.51.01.536329-9 (200451015363299)
ADV : SEM ADVOGADO O 574214 - AC RJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NUM. : 0536329-43.2004.4.02.5101
NACIONAL CNJ
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0031) APDO : TEQMAC COM E SERVIÇOS LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2003.51.01.546632-1 (200351015466321) RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
O 574205 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0546632-53.2003.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0036)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2005.51.01.534734-1 (200551015347341)
NACIONAL O 574239 - AC RJ
APDO : ESTRELINHAS EMPRESA NUM. : 0534734-72.2005.4.02.5101
JORNALISTICA LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : JG 987 LANCHERIA LTDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0032) ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
PROCESS : 2004.51.01.501995-3 (200451015019953) R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
O 574324 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0037)
NUM. : 0501995-80.2004.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2006.51.01.515981-4 (200651015159814)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 574238 - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0515981-33.2006.4.02.5101
APDO : STEP PECAS E SERVICOS LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : A OFICINA E DO GARCA LTDA ME
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0033) ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
PROCESS : 2004.51.01.525878-9 (200451015258789) R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
O 574432 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0038)
NUM. : 0525878-56.2004.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2008.51.01.501681-7 (200851015016817)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 574107 - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0501681-95.2008.4.02.5101
APDO : EMPREITEIRA GALDINO LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : COOPERATIVA MISTA DE TARBALHO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0034) E PRODUCAO DOS MARITIMOS LTDA-
COOPMAR E OUTROS
PROCESS : 2004.51.01.533098-1 (200451015330981) ADV : SEM ADVOGADO
O 574255 - AC RJ RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
NUM. : 0533098-08.2004.4.02.5101 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0039)
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO PROCESS : 1983.51.01.589208-4 (0005892082) 574184
O - AC RJ
NUM. : 0589208-62.1983.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
APDO : TRESELE EXP/ E IMP/ DE METAIS
LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0040) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 1997.51.01.067641-4 (9700676412) 574106 NACIONAL
O - AC RJ APDO : A GRACIOSA NOVIDADES LTDA E
NUM. : 0067641-41.1997.4.02.5101 OUTROS
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
NACIONAL R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : DARZE DISTRIBUIDORA DE DISCOS E DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0045)
FITAS LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2000.51.01.521522-0 (200051015215220)
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - O 574164 - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0521522-57.2000.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0041) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 1998.51.01.073096-6 (9800730966) 574162 NACIONAL
O - AC RJ APDO : METALPRONTO IND/ COM/ LTDA
NUM. : 0073096-50.1998.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
VETERINARIA DO ESTADO DO RIO D DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0046)
JANEIRO - CRMV/RJ
ADV : MARTHA CHRISTINA MARIOTTI PROCESS : 2000.51.01.533615-1 (200051015336151)
CLARO E OUTROS O 574356 - AC RJ
APDO : EDILA MARILIA MAIA LIMA NUM. : 0533615-52.2000.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0042) APDO : PAES MENDONCA SA
ADV : JOSE OSWALDO CORREA E OUTRO
PROCESS : 1999.51.01.038376-6 (9900383761) 574132 RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
O - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0038376-23.1999.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0047)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2000.51.01.534588-7 (200051015345887)
NACIONAL O 574182 - AC RJ
APDO : ALIANCA DERIVADOS DE PETROLEO NUM. : 0534588-07.2000.4.02.5101
LTDA E OUTROS CNJ
ADV : MARILIA TERESA SILVA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : RESTAURANTE DAS FLORES LTDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0043) ADV : DEIR ROSA MACHADO JUNIOR
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
PROCESS : 1999.51.01.081784-5 (9900817842) 574121 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
O - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0048)
NUM. : 0081784-64.1999.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2002.51.01.502524-5 (200251015025245)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 574286 - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0502524-70.2002.4.02.5101
APDO : DELIC S-INDUSTRIA E COMERCIO DE CNJ
CALCADOS LTDA APTE : CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA
ADV : SEM ADVOGADO - 1A REGIAO/RJ
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - ADV : CARLOS ALBERTO B. RANGEL E
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA OUTROS
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0044) APDO : SILVIO ROBERTO LAMEIRAS
FONSECA
PROCESS : 1999.51.10.758470-5 (9907584703) 573787 ADV : SEM ADVOGADO
O - AC RJ RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
NUM. : 0758470-21.1999.4.02.5110 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0049)

PROCESS : 2002.51.01.507246-6 (200251015072466)


O 574310 - AC RJ
NUM. : 0507246-50.2002.4.02.5101

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : SAPATARIA CALCE BEM DO ANIL
LTDA
ADV : JOHNNY PEREIRA CAVALARO DE PROCESS : 2002.51.01.541278-2 (200251015412782)
OLIVEIRA O 574225 - AC RJ
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - NUM. : 0541278-81.2002.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0050) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2002.51.01.508904-1 (200251015089041) APDO : SKYLAB INDUSTRIA E COMERCIO DE
O 574316 - AC RJ MOVEIS DE AÇO LTDA
NUM. : 0508904-12.2002.4.02.5101 ADV : VANESSA ZECCHINELLI RODRIGUES
CNJ DOS SANTOS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
NACIONAL R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : AVONAIC REPRESENTACOES E DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0055)
COMERCIO LTDA
ADV : FERNANDO CHARNAUX ROCHA E PROCESS : 2003.51.01.520063-1 (200351015200631)
OUTRO O 574243 - AC RJ
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - NUM. : 0520063-15.2003.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0051) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2002.51.01.517817-7 (200251015178177) APDO : GEOAGRI LTDA CONSULTORIA
O 574228 - AC RJ TOPOGRAFIA E AGRIMENSURA E
NUM. : 0517817-80.2002.4.02.5101 OUTRO
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
NACIONAL R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : HASENCLEVER DISTRUBUICAO E DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0056)
REPRESENTACOES LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2003.51.01.522914-1 (200351015229141)
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - O 574178 - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0522914-27.2003.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0052) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 2002.51.01.520698-7 (200251015206987) NACIONAL
O 574372 - AC RJ APDO : LIBRA COM DE ALIMENTOS LTDA
NUM. : 0520698-30.2002.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0057)
APDO : CEAP CENTRO EDUCACIONAL
ALTIVO PITALUGA LTDA PROCESS : 2003.51.01.526501-7 (200351015265017)
ADV : VALDIR CARNEIRO DE SA E OUTROS O 574335 - AC RJ
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - NUM. : 0526501-57.2003.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0053) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2002.51.01.527942-5 (200251015279425) APDO : REMARGRAN REVESTIMENTS DE
O 574160 - AC RJ MARMORES E GRANITOS LTDA
NUM. : 0527942-10.2002.4.02.5101 ADV : ALOIZIO BENEVIDES OLIVEIRA
CNJ RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0058)
APDO : LOCASERVE LOCADORA DE AUTO
LTDA PROCESS : 2003.51.01.528118-7 (200351015281187)
ADV : SEM ADVOGADO O 574245 - AC RJ
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - NUM. : 0528118-52.2003.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0054) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : EDDATA TRAINING CENTER
INFORMATICO LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA

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DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0059)

PROCESS : 2003.51.01.546044-6 (200351015460446)


O 574359 - AC RJ
NUM. : 0546044-46.2003.4.02.5101
CNJ BEBIDAS E COMESTIVEIS LTDA E
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA OUTROS
NACIONAL ADV : SEM ADVOGADO
APDO : ZILDA BASTOS DA CRUZ RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0064)
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0060) PROCESS : 2005.51.01.511545-4 (200551015115454)
O 574368 - AC RJ
PROCESS : 2004.51.01.510185-2 (200451015101852) NUM. : 0511545-65.2005.4.02.5101
O 574326 - AC RJ CNJ
NUM. : 0510185-32.2004.4.02.5101 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CNJ NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA APDO : CLIMOJ ASSISTENCIA MEDICA DE
NACIONAL JACAREPAGUA
APDO : DICIRIO DISTRIBUIDORA DE ADV : SEM ADVOGADO
CIMENTO BRANCO LTDA RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
ADV : SEM ADVOGADO R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0065)
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0061) PROCESS : 2005.51.01.533157-6 (200551015331576)
O 574355 - AC RJ
PROCESS : 2004.51.01.533018-0 (200451015330180) NUM. : 0533157-59.2005.4.02.5101
O 574277 - AC RJ CNJ
NUM. : 0533018-44.2004.4.02.5101 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CNJ NACIONAL
APTE : CONSELHO REGIONAL DE APDO : REINERI DO BRASIL CONSULT E
ENGENHARIA, ARQUITETURA E REPRESENTACAO S/C LTDA
AGRON. - CREA/RJ ADV : SEM ADVOGADO
ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
OUTROS R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : DILSON PEREIRA DA SILVA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0066)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - PROCESS : 2006.51.01.514385-5 (200651015143855)
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA O 574236 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0062) NUM. : 0514385-14.2006.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2004.51.01.538713-9 (200451015387139) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 574284 - AC RJ NACIONAL
NUM. : 0538713-76.2004.4.02.5101 APDO : CARNEIRO DA ROCHA ADVOCACIA
CNJ SOC CIVIL
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ADV : SEM ADVOGADO
ENGENHARIA, ARQUITETURA E RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
AGRON. - CREA/RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0067)
E OUTROS
APDO : REGINA MARIA GESTA SIMÕES PROCESS : 2006.51.01.522563-0 (200651015225630)
ADV : SEM ADVOGADO O 574384 - AC RJ
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - NUM. : 0522563-49.2006.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0063) APTE : CONSELHO REGIONAL DE
PSICOLOGIA DA 5 REGIAO-RJ
PROCESS : 2005.51.01.510816-4 (200551015108164) ADV : DIEGO MENDONCA MATOS E OUTROS
O 574111 - AC RJ APDO : ROSE FATIMA RODRIGUES
NUM. : 0510816-39.2005.4.02.5101 CARVALHO
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
NACIONAL R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : WONDERFOOD DISTRIBUIDORA DE DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0068)

PROCESS : 2008.51.01.503012-7 (200851015030127)


O 574129 - AC RJ
NUM. : 0503012-15.2008.4.02.5101
CNJ

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APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : INSTITUTO FARMOTERAPICO
NEOVITA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0069) APDO : MARIA CECILIA PRINCEPE DE
BARBOSA
PROCESS : 1998.51.01.059714-2 (9800597140) 574130 ADV : SEM ADVOGADO
O - AC RJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
NUM. : 0059714-87.1998.4.02.5101 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0074)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 2001.51.01.512559-4 (200151015125594)
APDO : CIANOVA TECIDOS ESPECIAIS LTDA O 574183 - AC RJ
ADV : FERNANDO CHARNAUX ROCHA E NUM. : 0512559-26.2001.4.02.5101
OUTRO CNJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0070) APDO : TIG GASES INDUSTRIAIS LTDA -
MASSA FALIDA
PROCESS : 1998.51.01.072066-3 (9800720669) 574091 ADV : SEM ADVOGADO
O - AC RJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
NUM. : 0072066-77.1998.4.02.5101 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0075)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 2001.51.01.533337-3 (200151015333373)
APDO : CAVALO MARINHO COMESTIVEIS O 574191 - AC RJ
LTDA NUM. : 0533337-17.2001.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0071) APDO : FARMACIA PIAUI DA BARRA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 1999.51.01.084666-3 (9900846664) 574157 RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
O - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0084666-96.1999.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0076)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2002.51.01.518765-8 (200251015187658)
NACIONAL O 574180 - AC RJ
APDO : V H V - MOTORES LTDA NUM. : 0518765-22.2002.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0072) APDO : ASSISTÊNCIA MÉDICA PEDIÁTRICA
DE URGÊNCIA LTDA
PROCESS : 2001.51.01.504632-3 (200151015046323) ADV : LOLA VAINSTOK FRANCA
O 574370 - AC RJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
NUM. : 0504632-09.2001.4.02.5101 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0077)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 2003.51.01.516344-0 (200351015163440)
APDO : SUGESTIVA CALCADOS E BOLSAS O 574397 - AC RJ
LTDA NUM. : 0516344-25.2003.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0073) APDO : SWQ TECNOLOGIA DE SISTEMAS
LTDA
PROCESS : 2001.51.01.510327-6 (200151015103276) ADV : SEM ADVOGADO
O 574247 - AC RJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
NUM. : 0510327-41.2001.4.02.5101 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0078)

PROCESS : 2003.51.01.518373-6 (200351015183736)


O 574186 - AC RJ
NUM. : 0518373-48.2003.4.02.5101
CNJ

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APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : VELON E BOKEL ARQUITETURA E
ENGENHARIA S/C LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NUM. : 0530352-07.2003.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0079) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2003.51.01.520038-2 (200351015200382) APDO : AKTUELL TECNOLOGIA DE
O 574363 - AC RJ INFORMACAO
NUM. : 0520038-02.2003.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0084)
APDO : COTEC INFORMATICA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2003.51.01.540130-2 (200351015401302)
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - O 574221 - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0540130-98.2003.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0080) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 2003.51.01.520472-7 (200351015204727) NACIONAL
O 574244 - AC RJ APDO : H EL MANN E CIA LTDA
NUM. : 0520472-88.2003.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0085)
APDO : PESO DE PAPEL LTDA E OUTRO
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2003.51.01.540146-6 (200351015401466)
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - O 574269 - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0540146-52.2003.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0081) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 2003.51.01.522490-8 (200351015224908) NACIONAL
O 574347 - AC RJ APDO : SUDEMA COM DE MAQUINAS LTDA
NUM. : 0522490-82.2003.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0086)
APDO : TRES HERMANOS COM/ LTDA E
OUTROS PROCESS : 2003.51.01.544229-8 (200351015442298)
ADV : SEM ADVOGADO O 574230 - AC RJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NUM. : 0544229-14.2003.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0082) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2003.51.01.524863-9 (200351015248639) APDO : SINERGIA PESQUISA E ASSESSORIA
O 574252 - AC RJ MERCADOLOGICA LTDA
NUM. : 0524863-86.2003.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
APTE : CONSELHO REGIONAL DE FARMACIA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
- CRF DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0087)
ADV : DANIELLE GARRAO AUGUSTO E
OUTROS PROCESS : 2003.51.01.546649-7 (200351015466497)
APDO : IRMADADE DOS POBRES DE ENG O 574354 - AC RJ
PAULO DE FRONTIN-MUNICIPIO DE NUM. : 0546649-89.2003.4.02.5101
PAULO DE FRONTIN CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : RIAD IMOVEIS LTDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0083) ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
PROCESS : 2003.51.01.530352-3 (200351015303523) R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
O 574266 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0088)

PROCESS : 2003.51.01.549993-4 (200351015499934)


O 574187 - AC RJ
NUM. : 0549993-78.2003.4.02.5101
CNJ

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APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : MAQUESONDA MAQUINAS E
EQUIPAMENTOS DE SONDAGEM
LTDA
ADV : GIORGIO VILELA SANTONI E OUTRO PROCESS : 2006.51.01.507044-0 (200651015070440)
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - O 574242 - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0507044-34.2006.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0089) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 2004.51.01.515971-4 (200451015159714) NACIONAL
O 574382 - AC RJ APDO : PADARIA N. S. DE APARECIDA DE
NUM. : 0515971-57.2004.4.02.5101 REALENGO LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
NACIONAL R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : UNIDADE DE ESTETICA SANTUZZA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0094)
BORRELLI LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2006.51.01.507723-8 (200651015077238)
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - O 574394 - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0507723-34.2006.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0090) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 2004.51.01.544888-8 (200451015448888) NACIONAL
O 574279 - AC RJ APDO : LANCHONETE TREZEFE LTDA ME
NUM. : 0544888-86.2004.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
APTE : CONSELHO REGIONAL DE R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
ENGENHARIA, ARQUITETURA E DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0095)
AGRON. - CREA/RJ
ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E PROCESS : 2006.51.01.507784-6 (200651015077846)
OUTROS O 574095 - AC RJ
APDO : TERESINHA PEREIRA DE ALMEIDA NUM. : 0507784-89.2006.4.02.5101
BRANCO CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : CAFE PAVAO LTDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0091) ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
PROCESS : 2005.51.01.510776-7 (200551015107767) R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
O 574327 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0096)
NUM. : 0510776-57.2005.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2006.51.01.519210-6 (200651015192106)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 574216 - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0519210-98.2006.4.02.5101
APDO : MASTER FLY-ENGENHARIA LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : AGI REPRESENTACAO E COM/ DE
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0092) VEICULOS LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2005.51.01.514356-5 (200551015143565) RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
O 574220 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0514356-95.2005.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0097)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2006.51.01.519804-2 (200651015198042)
NACIONAL O 574219 - AC RJ
APDO : SIMETRIA ENGENHARIA E NUM. : 0519804-15.2006.4.02.5101
PLANEJAMENTO LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NACIONAL
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : INDU ESPUMA COM DE PLASTICOS
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0093) LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0098)

PROCESS : 2006.51.01.520616-6 (200651015206166)

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
O 574283 - AC RJ
NUM. : 0520616-57.2006.4.02.5101
CNJ
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENGENHARIA, ARQUITETURA E
AGRON. - CREA/RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0103)
ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA
E OUTROS PROCESS : 1998.51.01.059297-1 (9800592970) 574133
APDO : JOSE RAIMUNDO CORREA PINTO O - AC RJ
ADV : SEM ADVOGADO NUM. : 0059297-37.1998.4.02.5101
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - CNJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0099) NACIONAL
APDO : DROGARIA FAX DO CALCADAO DA
PROCESS : 2011.51.01.504923-8 (201151015049238) PENHA LTDA
O 574431 - APELRE RJ ADV : MARIO FRANCISCO DE AGUIAR
NUM. : 0504923-57.2011.4.02.5101 SIMOES
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE :UNIAO FEDERAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0104)
ADV :GUSTAVO DA GAMA V DE OLIVEIRA
RMTE :JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE PROCESS : 1999.51.01.072644-0 (9900726448) 574181
EXECUCAO FISCAL-RJ O - AC RJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NUM. : 0072644-06.1999.4.02.5101
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0100) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2012.51.01.044029-0 (201251010440290) APDO : DENISE IND E COM DE ARTEFATOS
O 574402 - AC RJ DE COURO E PLASTICO LTDA
NUM. : 0044029-49.2012.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE : ERMELINDA AZEVEDO PAZ ZANINI R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : TIAGO ALLAM CECILIO E OUTRO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0105)
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 1999.51.01.083767-4 (9900837673) 574165
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - O - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0083767-98.1999.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0101) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 1992.51.01.085755-1 (9200857558) 574147 NACIONAL
O - AC RJ APDO : LATRACO PECAS E EQUIPAMENTOS
NUM. : 0085755-04.1992.4.02.5101 LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : INTERMARES COMERCIO, DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0106)
IMPORTAÇAO E EXPORTAÇAO LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 1999.51.01.085165-8 (9900851650) 574135
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - O - AC RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0085165-80.1999.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0102) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 1995.51.01.038332-3 (9500383322) 574175 NACIONAL
O - AC RJ APDO : FINIZOLA TRANSPORTES LTDA
NUM. : 0038332-43.1995.4.02.5101 ADV : MARIA CONCEICAO DE LIMA DIAS
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0107)
APDO : VIDRACARIA ESQUADRIA E
ELETRONICAS IRMAOS UNIDOS LTDA PROCESS : 2000.51.01.515296-9 (200051015152969)
ME O 574212 - AC RJ
ADV : SEM ADVOGADO NUM. : 0515296-36.2000.4.02.5101
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : ACOUGUE GIRASSOL LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA

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DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0108)

PROCESS : 2000.51.01.518302-4 (200051015183024)


O 574203 - AC RJ
NUM. : 0518302-51.2000.4.02.5101
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0113)
APDO : LANUZA COMERCIO, TRANSPORTES E
REPRESENTAÇOES LTDA PROCESS : 2002.51.01.519074-8 (200251015190748)
ADV : SEM ADVOGADO O 574254 - AC RJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NUM. : 0519074-43.2002.4.02.5101
NACIONAL CNJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0109) APDO : JOSE GOMES DE PINHO NEVES
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2001.51.01.502524-1 (200151015025241) RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
O 574103 - AC RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0502524-07.2001.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0114)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2003.51.01.512955-9 (200351015129559)
NACIONAL O 574398 - AC RJ
APDO : WATER IND/COM/DE OZONIZADORES NUM. : 0512955-32.2003.4.02.5101
LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NACIONAL
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : VIGIL SERVICOS DE GUARDA E
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0110) VIGILANCIA LTDA E OUTRO
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2001.51.01.517275-4 (200151015172754) APDO : ELOISIO CAMANHO ALVES
O 574201 - AC RJ ADV : REGINA COELI BERTHOLINI
NUM. : 0517275-96.2001.4.02.5101 ROSADAS E OUTROS
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0115)
APDO : FIEL-ASSESSORIA DE EMPRESAS
LTDA PROCESS : 2003.51.01.517344-5 (200351015173445)
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO O 574208 - AC RJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NUM. : 0517344-60.2003.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0111) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2001.51.01.528014-9 (200151015280149) APDO : JOPAMI-MATERIAIS DE CONSTRUCAO
O 574226 - AC RJ LTDA
NUM. : 0528014-31.2001.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0116)
APDO : GBS ADMINISTRACAO DE BENS
LIMITADA PROCESS : 2003.51.01.520405-3 (200351015204053)
ADV : SEM ADVOGADO O 574224 - AC RJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NUM. : 0520405-26.2003.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0112) APDO : SANTOS BIANCO IMP/ E COM/ DE
PROD ELETRO ELETRONICOS
PROCESS : 2002.51.01.513038-7 (200251015130387) ADV : SEM ADVOGADO
O 574250 - AC RJ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NUM. : 0513038-82.2002.4.02.5101 NACIONAL
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0117)
APDO : JARDIM ESCOLA POPI LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2003.51.01.523731-9 (200351015237319)
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - O 574172 - AC RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0523731-91.2003.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : QUEIJARIA PARATINGA LTDA ME -
MASSA FALIDA

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ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0118)

PROCESS : 2003.51.01.528216-7 (200351015282167) R 4A.TURMA ESPECIALIZADA


O 574232 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0123)
NUM. : 0528216-37.2003.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2004.51.01.516635-4 (200451015166354)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 574388 - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0516635-88.2004.4.02.5101
APDO : US BRASIL COM/ IMP/ E EXP/ LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NACIONAL
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : GABRIELA COM/ E REPRESENTACOES
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0119) LTDA ME
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2003.51.01.531155-6 (200351015311556) RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
O 574376 - AC RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0531155-87.2003.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0124)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2004.51.01.528468-5 (200451015284685)
NACIONAL O 574156 - AC RJ
APDO : BARCA DO LADO COM/ IMP/ E EXP/ NUM. : 0528468-06.2004.4.02.5101
LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NACIONAL
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : NOTRE DAME CONFEITARIA E
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0120) PADARIA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2003.51.01.537405-0 (200351015374050) RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
O 574374 - AC RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0537405-39.2003.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0125)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2004.51.01.538352-3 (200451015383523)
NACIONAL O 574271 - AC RJ
APDO : AD BUSINESS EDITORA LTDA NUM. : 0538352-59.2004.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - APTE : CONSELHO REGIONAL DE
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0121) DE JANEIR - CREA/RJ
ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA
PROCESS : 2003.51.01.542624-4 (200351015426244) E OUTROS
O 574197 - AC RJ APDO : JOSE CARLOS MARTINS DA SILVA
NUM. : 0542624-33.2003.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0126)
APDO : RIVER TWO - CELULARES E
INFORMATICA LTDA PROCESS : 2004.51.01.543884-6 (200451015438846)
ADV : SEM ADVOGADO O 574274 - AC RJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NUM. : 0543884-14.2004.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0122) APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENGENHARIA, ARQUITETURA E
PROCESS : 2003.51.01.546249-2 (200351015462492) AGRON. - CREA/RJ
O 574263 - AC RJ ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E
NUM. : 0546249-75.2003.4.02.5101 OUTROS
CNJ APDO : JOSE MAURO RIBEIRO DE MEDEIROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : SEM ADVOGADO
NACIONAL RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APDO : STUDIO V SOM E IMAGEM LTDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : SEM ADVOGADO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0127)
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
PROCESS : 2005.51.01.526238-4 (200551015262384)
O 574261 - AC RJ
NUM. : 0526238-54.2005.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA

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NACIONAL
APDO : TINTAS UNIDAS LTDA E OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0128) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2006.51.01.514542-6 (200651015145426) APDO : CENIRA VANACOR BARROSO
O 574241 - AC RJ ADV : ANA LUISA DE SOUZA CORREIA DE
NUM. : 0514542-84.2006.4.02.5101 MELO PALMISCIANO
CNJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0133)
APDO : ASP96 COMPUTER INFORMATICA
LTDA ME PROCESS : 2008.51.01.506473-3 (200851015064733)
ADV : SEM ADVOGADO O 574385 - AC RJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NUM. : 0506473-92.2008.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0129) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2007.51.01.531282-7 (200751015312827) APDO : W E D MADEIRAS LTDA
O 574248 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0531282-83.2007.4.02.5101 RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0134)
NACIONAL
APDO : SAGALUX PUBLICIDADE LTDA PROCESS : 2012.51.04.000352-8 (201251040003528)
ADV : SEM ADVOGADO O 574406 - AC RJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NUM. : 0000352-57.2012.4.02.5104
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0130) APTE : NELSON CANDIDO NETO
ADV : PEDRO ALVES DE SOUZA
PROCESS : 2007.51.01.536501-7 (200751015365017) APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
O 574461 - AC RJ SOCIAL - INSS
NUM. : 0536501-77.2007.4.02.5101 PROC : ALINE THEREZINO RODRIGUES
CNJ FRANCISCO DA SILVA
APTE : LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
S/A R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : LUIZ GUSTAVO ANTONIO SILVA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0135)
BICHARA E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 1992.51.01.083964-0 (9200839649) 574114
NACIONAL O - AC RJ
APDO : OS MESMOS NUM. : 0083964-97.1992.4.02.5101
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0131) NACIONAL
APDO : AUTO MECANICA MARINS LTDA
PROCESS : 2008.51.01.023071-0 (200851010230710) ADV : SEM ADVOGADO
O 574146 - REOAC RJ RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
NUM. : 0023071-81.2008.4.02.5101 R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0136)
PARTEA : HIRAN BALIU CHAMI
ADV : MARCELO MARCONDES KOZLOWSKI PROCESS : 1998.51.01.050101-1 (9800501010) 574142
PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O - AC RJ
NACIONAL NUM. : 0050101-43.1998.4.02.5101
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 16A VARA-RJ CNJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0132) APDO : POWER BRINGUEL IND E COM DE
EQUIP ESPORTIVOS LTDA
PROCESS : 2008.51.01.026694-7 (200851010266947) ADV : SIMONE SIQUEIRA PASSOS E OUTRO
O 574097 - AC RJ RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
NUM. : 0026694-56.2008.4.02.5101 R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0137)

PROCESS : 1998.51.01.055754-5 (9800557547) 574109


O - AC RJ
NUM. : 0055754-26.1998.4.02.5101
CNJ

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APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : ALFREDO COELHO CIA LTDA E
OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0138) APDO : LA CAVE AUX FROMAGES
IMPORTACAO E COMERCIO LTDA
PROCESS : 1998.51.10.978011-6 (9809780117) 574351 ADV : MARCIO ANDRE MENDES COSTA E
O - AC RJ OUTRO
NUM. : 0978011-90.1998.4.02.5110 RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0143)
NACIONAL
APDO : IMPORTASON COM/ DE IMP/ E EXP/ PROCESS : 2001.51.01.521117-6 (200151015211176)
LTDA E OUTROS O 574188 - AC RJ
ADV : SEM ADVOGADO NUM. : 0521117-84.2001.4.02.5101
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0139) NACIONAL
APDO : MANIST MANUTENCOES E
PROCESS : 1999.51.01.092292-6 (9900922921) 574128 INTALACOES DO BRASIL LTDA
O - AC RJ ADV : DELAMARIO DANIEL
NUM. : 0092292-69.1999.4.02.5101 APDO : ANA PAULA LOPES BRASIL ARAUJO E
CNJ OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : SEM ADVOGADO
NACIONAL RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
APDO : SWEET LOVE ALIMENTOS LTDA E R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0144)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - PROCESS : 2001.51.01.523454-1 (200151015234541)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA O 574229 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0140) NUM. : 0523454-46.2001.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2001.51.01.502540-0 (200151015025400) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 574390 - AC RJ NACIONAL
NUM. : 0502540-58.2001.4.02.5101 APDO : COMERCIAL 57 DE PRESENTES LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : PERSIANAS PRESIDENTE LTDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0145)
ADV : FRANCISCO RENAULT DE CASTRO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - PROCESS : 2002.51.01.500505-2 (200251015005052)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA O 574401 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0141) NUM. : 0500505-91.2002.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2001.51.01.517574-3 (200151015175743) APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
O 574195 - AC RJ DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -
NUM. : 0517574-73.2001.4.02.5101 CREMERJ
CNJ ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA OUTROS
NACIONAL APDO : CENTRO MEDICO ODONTOLOGICO
APDO : SALAO ARRABAL LTDA ME GODOFREDO LTDA
ADV : AMAURY PEREIRA DA SILVA E ADV : SEM ADVOGADO
OUTRO RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0146)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0142)
PROCESS : 2002.51.01.517311-8 (200251015173118)
PROCESS : 2001.51.01.519460-9 (200151015194609) O 574386 - AC RJ
O 574381 - AC RJ NUM. : 0517311-07.2002.4.02.5101
NUM. : 0519460-10.2001.4.02.5101 CNJ
CNJ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : EDPAT BRINQUEDOS LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA

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DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0147)

PROCESS : 2002.51.01.521686-5 (200251015216865)


O 574116 - AC RJ
NUM. : 0521686-51.2002.4.02.5101
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0152)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 2003.51.01.544834-3 (200351015448343)
APDO : PROGRAF COM/ IND/ GRAFICA LTDA O 574336 - AC RJ
ADV : SEM ADVOGADO NUM. : 0544834-57.2003.4.02.5101
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0148) NACIONAL
APDO : CONGRAPE - CONSTRUCOES E
PROCESS : 2002.51.01.529143-7 (200251015291437) PROJETOS LTDA
O 574207 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0529143-37.2002.4.02.5101 RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0153)
NACIONAL
APDO : PONTE DA BARCA MOVEIS E PROCESS : 2003.51.01.548132-2 (200351015481322)
UTENSILIOS DOMESTICOS LTDA E O 574092 - AC RJ
OUTRO NUM. : 0548132-57.2003.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0149) APDO : SABRINA COLEIRAS IND/COM/LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2003.51.01.525444-5 (200351015254445) RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
O 574155 - AC RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0525444-04.2003.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0154)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2004.51.01.506543-4 (200451015065434)
NACIONAL O 574362 - AC RJ
APDO : FIBRATEL TELECOMUNICACOES E NUM. : 0506543-51.2004.4.02.5101
ELETRICIDADE LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APDO : ROUGE DE FER IND/ COM/ IMP/ EXP/
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - ADV : BERNARDETE ALPOIM DOS SANTOS E
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA OUTRO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0150) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2003.51.01.525484-6 (200351015254846) RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
O 574330 - AC RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0525484-83.2003.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0155)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2004.51.01.525577-6 (200451015255776)
NACIONAL O 574185 - AC RJ
APDO : ATACADAO 300 DE MIUDEZAS LTDA NUM. : 0525577-12.2004.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0151) APDO : SANDRO SILVA MARTINS
ADV : SEM ADVOGADO
PROCESS : 2003.51.01.526054-8 (200351015260548) RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
O 574174 - AC RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0526054-69.2003.4.02.5101 DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0156)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2004.51.01.531905-5 (200451015319055)
NACIONAL O 574246 - AC RJ
APDO : HEMATO PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NUM. : 0531905-55.2004.4.02.5101
MEDICOS LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - NACIONAL
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : UNIX BROADCAST COM/ PRODUCOES
E REPRESENTACAO LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0157)

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PROCESS : 2004.51.01.532446-4 (200451015324464)
O 574278 - AC RJ
NUM. : 0532446-88.2004.4.02.5101
CNJ
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ELETRICOS E OUTROS
ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO ADV : SEM ADVOGADO
DE JANEIR - CREA/RJ RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0162)
APDO : LEE KING HWA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2005.51.01.536015-1 (200551015360151)
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - O 574104 - AC RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0536015-63.2005.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0158) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 2004.51.01.538361-4 (200451015383614) NACIONAL
O 574281 - AC RJ APDO : R G SANTORO EDITORES LTDA E
NUM. : 0538361-21.2004.4.02.5101 OUTROS
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
ENGENHARIA, ARQUITETURA E R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRON. - CREA/RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0163)
ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E
OUTROS PROCESS : 2005.51.01.536135-0 (200551015361350)
APDO : FABRICIO RIBEIRO DE BRITO O 574108 - AC RJ
ADV : SEM ADVOGADO NUM. : 0536135-09.2005.4.02.5101
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0159) NACIONAL
APDO : INDUSTRIAL PANIFICADORA
PROCESS : 2004.51.01.540636-5 (200451015406365) MARREIROS LTDA
O 574151 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0540636-40.2004.4.02.5101 RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0164)
NACIONAL
APDO : SPORT LIFE DE BANGU LTDA PROCESS : 2006.51.01.505718-5 (200651015057185)
ADV : SEM ADVOGADO O 574213 - AC RJ
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - NUM. : 0505718-39.2006.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0160) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2005.51.01.502682-2 (200551015026822) APDO : MOVEIS ALFRE LTDA E OUTROS
O 574275 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0502682-23.2005.4.02.5101 RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0165)
ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO
DE JANEIR - CREA/RJ PROCESS : 2006.51.01.505747-1 (200651015057471)
ADV : ALMIR FERREIRA JUNIOR E OUTROS O 574392 - AC RJ
APDO : PAULO CESAR DOS SANTOS SILVA NUM. : 0505747-89.2006.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0161) APDO : NUTRIR SERVICOS DE ALIMENTACAO
S/C LTDA ME
PROCESS : 2005.51.01.518748-9 (200551015187489) ADV : SEM ADVOGADO
O 574233 - AC RJ RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
NUM. : 0518748-78.2005.4.02.5101 R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0166)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 2007.51.01.022322-1 (200751010223221)
APDO : TRAMAX S/A EQUIPAMENTOS O 574189 - APELRE RJ
NUM. : 0022322-98.2007.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : PETROLEO BRASILEIRO S/A -

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PETROBRAS
ADV : BIANCA KALLER ROTHSTEIN
SUKMAN E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 12A VARA-RJ
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0167) R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0171)
PROCESS : 2007.51.01.531237-2 (200751015312372)
O 574366 - AC RJ PROCESS : 1996.51.01.049257-8 (9600492573) 574194
NUM. : 0531237-79.2007.4.02.5101 O - AC RJ
CNJ NUM. : 0049257-64.1996.4.02.5101
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA CNJ
NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APDO : AXIAL INFORMATICA LTDA E NACIONAL
OUTROS APDO : CASTELLO COSTA CIA/SEGUROS
ADV : ROSE MARIE ARGOLO DE BOM E ADV : SEM ADVOGADO
OUTROS RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
APDO : HUMBERTO BULHOES ARANHA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : SEM ADVOGADO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0172)
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 1997.51.01.064495-4 (9700644952) 574123
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0168) O - AC RJ
NUM. : 0064495-89.1997.4.02.5101
PROCESS : 2008.51.01.501114-5 (200851015011145) CNJ
O 574098 - AC RJ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NUM. : 0501114-64.2008.4.02.5101 NACIONAL
CNJ APDO : UNITED PRESS INTERNACIONAL INC
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ADV : SEM ADVOGADO
ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
DE JANEIR - CREA/RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : REGINA CELIA PINHEIRO AMORIM DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0173)
FONSECA E OUTROS
APDO : NEI DE SOUZA COUTO PROCESS : 1997.51.01.066389-4 (9700663892) 574173
ADV : SEM ADVOGADO O - AC RJ
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - NUM. : 0066389-03.1997.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0169) APDO : TROPICAL PICTURES PRESENTES
LTDA
PROCESS : 1996.51.01.029630-3 (9600296308) 574094 ADV : SERGIO DE ALMEIDA ARAUJO E
O - APELRE RJ OUTROS
NUM. : 0029630-74.1996.4.02.5101 APDO : REGINA DOS SANTOS DUTRA E
CNJ OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : SEM ADVOGADO
NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APDO : LIQUITEC IND E COMERCIO S/A NACIONAL
ADV : SEM ADVOGADO RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
APDO : NILO GAGO GONZALEZ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : JOAO MANOEL CALDAS ELIAS DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0174)
RABHA
RMTE : JUIZO DA 4A VARA FEDERAL DE PROCESS : 1998.51.01.070888-2 (9800708880) 574167
EXECUCAO FISCAL-RJ O - AC RJ
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - NUM. : 0070888-93.1998.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0170) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 1996.51.01.041309-5 (9600413096) 574204 APDO : BAIK BAIK CONFECCOES LTDA E
O - AC RJ OUTRO
NUM. : 0041309-71.1996.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ APDO : MARIA DE LOUDES BARBOSA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
NACIONAL RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
APDO : GEA CERAMICA LTDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : SEM ADVOGADO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0175)

PROCESS : 1998.51.06.700307-3 (9807003075) 574429


O - AC RJ
NUM. : 0700307-94.1998.4.02.5106
CNJ

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APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : BENTO & FILHO MATERIAL DE
CONSTRUÇAO LTDA ME
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - PROCESS : 2001.51.01.509801-3 (200151015098013)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA O 574338 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0176) NUM. : 0509801-74.2001.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 1999.51.01.030684-0 (9900306848) 574168 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O - AC RJ NACIONAL
NUM. : 0030684-70.1999.4.02.5101 APDO : AUTO POSTO TRES PONTOS LTDA
CNJ ADV : PAULO ROBERTO BECKER
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : NEUZA MARY RAMOS RIBEIRO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0181)
ADV : HILDENIA MEDEIROS DE SOUZA
CASTRO PROCESS : 2002.51.01.505114-1 (200251015051141)
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - O 574227 - AC RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0505114-20.2002.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0177) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 1999.51.01.077613-2 (9900776135) 574138 NACIONAL
O - AC RJ APDO : JOES-COMERCIO BRASILEIRO DE
NUM. : 0077613-64.1999.4.02.5101 ALIMENTOS LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : CARLOS ALBERTO DA SILVA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0182)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - PROCESS : 2002.51.01.518100-0 (200251015181000)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA O 574093 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0178) NUM. : 0518100-06.2002.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2000.51.01.528560-0 (200051015285600) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 574306 - AC RJ NACIONAL
NUM. : 0528560-23.2000.4.02.5101 APDO : CAFE E BAR TREVO DE OURO LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : GALATAS SISTEMA EDUCACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0183)
LTDA ME
ADV : HELIO ROBERTO FERREIRA DE PROCESS : 2002.51.01.527436-1 (200251015274361)
ALBUQUERQUE E OUTROS O 574222 - AC RJ
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - NUM. : 0527436-34.2002.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0179) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2001.51.01.500383-0 (200151015003830) APDO : PIZZARIA JAPON LTDA
O 574270 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0500383-15.2001.4.02.5101 RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0184)
ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO
DE JANEIR - CREA/RJ PROCESS : 2002.51.01.532797-3 (200251015327973)
ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA O 574375 - AC RJ
E OUTRO NUM. : 0532797-32.2002.4.02.5101
APDO : APORT INDUSTRIA, COMERCIO E CNJ
SERVIÇOS LTDA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : SEM ADVOGADO NACIONAL
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - APDO : GARCEZ MOVEIS E DECORACOES
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA LTDA ME
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0180) ADV : SEVERIANO DE FRANCA MEDEIROS
FILHO E OUTROS
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0185)

PROCESS : 2003.51.01.523273-5 (200351015232735)

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
O 574217 - AC RJ
NUM. : 0523273-74.2003.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : POSTO DE GOSOLINA SAO JOAO DA
BARRA DA TIJUCA LTDA PROCESS : 2004.51.01.536455-3 (200451015364553)
ADV : SEM ADVOGADO O 574099 - AC RJ
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - NUM. : 0536455-93.2004.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0186) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2003.51.01.530547-7 (200351015305477) APDO : ZONA OESTE COM /E IMP/ DE
O 574389 - AC RJ CIMENTO LTDA
NUM. : 0530547-89.2003.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0191)
APDO : CREP NEW IND/ E C DE P DE L M HOS
SAB E DETERGENTES LTDA PROCESS : 2005.51.01.504077-6 (200551015040776)
ADV : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA O 574417 - AC RJ
E OUTRO NUM. : 0504077-50.2005.4.02.5101
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0187) NACIONAL
APDO : ELBA IND/ DE PRODUTOS
PROCESS : 2003.51.01.533009-5 (200351015330095) ALIMENTICIOS LTDA
O 574259 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0533009-19.2003.4.02.5101 RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0192)
NACIONAL
APDO : CPC CONSULTORES ASSOCIADOS PROCESS : 2005.51.01.510262-9 (200551015102629)
LTDA O 574427 - AC RJ
ADV : SEM ADVOGADO NUM. : 0510262-07.2005.4.02.5101
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0188) NACIONAL
APDO : ZAPT SOLUCOES-ASSESSORIA DE
PROCESS : 2003.51.01.542999-3 (200351015429993) RECURSOS HUMANOS E OUTRO
O 574190 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0542999-34.2003.4.02.5101 APDO : GILBERTO DE PAULA E SILVA
CNJ ADV : ALEXANDRE DE PAULA RUY
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA BARBOSA E OUTROS
NACIONAL RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
APDO : UNITER ENGENHARIA E R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
CONSTRUÇÕES LTDA E OUTRO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0193)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - PROCESS : 2006.51.01.519551-0 (200651015195510)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA O 574260 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0189) NUM. : 0519551-27.2006.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2003.51.01.548716-6 (200351015487166) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 574253 - AC RJ NACIONAL
NUM. : 0548716-27.2003.4.02.5101 APDO : SOLITUDE COML/ LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : MAFRA DISTRIBUIDORA DE TITULOS DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0194)
E VALORES MOBILIARIOS
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2007.51.01.508082-5 (200751015080825)
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - O 574396 - AC RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0508082-47.2007.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0190) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : SOCIEDADE MAMIFERA BRASILEIRA
LTDA
ADV : FABIANO ANTONACCI NEVES E

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OUTRO
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0195)

PROCESS : 2007.51.01.523999-1 (200751015239991) LTDA


O 574391 - AC RJ ADV : LEONARDO BRAUNE
NUM. : 0523999-09.2007.4.02.5101 APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CNJ NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : FRANCISCO JOSE FERREIRA MATTOS DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0200)
ADV : RUBEM MALAFAIA
APDO : FRIGO ELETRICA LTDA PROCESS : 1999.51.01.069671-9 (9900696719) 574113
ADV : SEM ADVOGADO O - AC RJ
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - NUM. : 0069671-78.1999.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0196) APTE : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS
PROCESS : 2007.51.01.536119-0 (200751015361190) NATURAI RENOVAVEIS - IBAMA
O 574272 - AC RJ PROC : ANGELA ROQUELINA FARUOLO
NUM. : 0536119-84.2007.4.02.5101 APDO : JORGE RODES BRITO
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE RELATO : DES.FED. GUILHERME
ENGENHARIA, ARQUITETURA E R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
AGRON. - CREA/RJ ESPECIALIZADA
ADV : ALMIR FERREIRA JUNIOR E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0201)
APDO : MARCIO EDUARDO BELO
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2008.51.01.017738-0 (200851010177380)
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - O 574257 - AC RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0017738-51.2008.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0197) CNJ
APTE :ARIEL HAUS
PROCESS : 2008.51.01.505085-0 (200851015050850) ADV :KARINA FERREIRA REIS
O 574223 - AC RJ APDO :UNIAO FEDERAL
NUM. : 0505085-57.2008.4.02.5101 RELATO :DES.FED. GUILHERME
CNJ R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0202)
APDO : CAAP CORRETAGEM DE SEGUROS
LTDA PROCESS : 2009.51.01.025673-9 (200951010256739)
ADV : SEM ADVOGADO O 574171 - AC RJ
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - NUM. : 0025673-11.2009.4.02.5101
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0198) APTE :MARCELO FERNANDES LOMBA
ADV :JOVELINO RIBEIRO
PROCESS : 2009.51.01.501609-3 (200951015016093) APDO :UNIAO FEDERAL
O 574237 - AC RJ RELATO :DES.FED. GUILHERME
NUM. : 0501609-74.2009.4.02.5101 R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
CNJ ESPECIALIZADA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0203)
NACIONAL
APDO : FATIMA LUZIA BIANK LEIVAS PROCESS : 1994.51.01.022824-6 (9400228244) 574262
ADV : ANDRE WERNER VIANNA FERREIRA O - AC RJ
DIAS NUM. : 0022824-91.1994.4.02.5101
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : SANSAO GORENSTEIN
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0199) ADV : SAULO RODRIGUES DA SILVA
CARVALHO
PROCESS : 2011.51.01.006640-4 (201151010066404) APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
O 574421 - AC RJ ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E
NUM. : 0006640-64.2011.4.02.5101 OUTROS
CNJ RELATO : DES.FED. ALUISIO GONCALVES DE
APTE : FLET CAR AUTO MECANICA DO RIO R CASTRO MENDES - 5A.TURMA ESPEC
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0204)

PROCESS : 2009.51.17.001794-2 (200951170017942)


O 574458 - AC RJ
NUM. : 0001794-24.2009.4.02.5117

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
CNJ
APTE : MIRLEY RIBEIRO DA SILVA
ADV : JULIANO BIZZO NETTO E OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL
RELATO : DES.FED. ALUISIO GONCALVES DE
R CASTRO MENDES - 5A.TURMA ESPEC - RIO DE JANEIRO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0205) ADV :ANDRE LUIZ DA SILVA SOARES
APDO :VERA LUCIA ROSA
PROCESS : 2010.51.01.010925-3 (201051010109253) ADV :VERA LUCIA ROSA
O 574452 - AC RJ RELATO :DES. FED. GUILHERME CALMON
NUM. : 0010925-37.2010.4.02.5101 R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA
CNJ ESPEC
APTE : FINANCIADORA DE ESTUDOS E DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0210)
PROJETOS - FINEP
ADV : GUILHERME EISENLOHR E OUTROS PROCESS : 2009.51.01.023212-7 (200951010232127)
APDO : GUILHERME FONTES FILMES LTDA E O 574144 - AC RJ
OUTRO NUM. : 0023212-66.2009.4.02.5101
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO CNJ
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO - APTE : CELIA GONCALVES CARDOSO
R 6A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : EMILIANO CESAR PEREIRA GOMES
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0206) APDO : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA
SANITARIA - ANVISA
PROCESS : 2007.51.12.000663-0 (200751120006630) PROC : MARCELA LAMONICA REGO
O 574137 - AC RJ RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON
NUM. : 0000663-97.2007.4.02.5112 R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA
CNJ ESPEC
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0211)
ADV : ANTHONY ABREU POLASEK E
OUTROS PROCESS : 2000.51.03.003815-5 (200051030038155)
APDO : NELCIMAR BARBOSA ALVES O 574289 - AC RJ
ADV : ALEXANDRE MENDES VIEIRA NUM. : 0003815-30.2000.4.02.5103
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE CNJ
R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : MARCIONILA AREAS DE FREITAS -
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0207) ESPOLIO E OUTRO
ADV : ROBINSON FURTADO GAMA
PROCESS : 2011.51.01.007616-1 (201151010076161) SOBREIRA E OUTRO
O 574169 - AC RJ APDO : INSTITUTO NACIONAL DE
NUM. : 0007616-71.2011.4.02.5101 COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA
CNJ - INCRA
APTE : JOSE CARLOS DA SILVA FEITAL PROC : ALIPIO OLIVEIRA SANTOS
ADV : CLAUDIA RODRIGUES MOIA APDO : UNIAO FEDERAL
APDO : COMISSAO NACIONAL DE ENERGIA RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
NUCLEAR - CNEN R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA
PROC : FRANCISCO F. VIEIRA FILHO DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0212)
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2000.51.02.000386-7 (200051020003867)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0208) O 574206 - AC RJ
NUM. : 0000386-58.2000.4.02.5102
PROCESS : 2011.51.02.000935-1 (201151020009351) CNJ
O 574414 - AC RJ APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
NUM. : 0000935-82.2011.4.02.5102 ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E
CNJ OUTROS
APTE : MENANDRO SANDES LIMA APDO : CELIA VENDRAMINI SHAINDVAIN
ADV : LENITA CORTES DA SILVA E OUTRO ADV : ADOLPHO DOS SANTOS MARQUES DE
APDO : UNIAO FEDERAL ABREU E OUTROS
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA R ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0209) DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0213)
PROCESS : 2009.51.01.013951-6 (200951010139516) PROCESS : 2009.51.01.023285-1 (200951010232851)
O 574383 - AC RJ O 574127 - APELRE RJ
NUM. : 0013951-77.2009.4.02.5101 NUM. : 0023285-38.2009.4.02.5101
CNJ CNJ
APTE : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : DULCINEA LOPES DOS SANTOS
ADV : ALEXANDRE MARTIRE LOPES E
OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 12A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
R ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0214)

PROCESS : 2009.51.01.018518-6 (200951010185186)


O 574170 - AC RJ
NUM. : 0018518-54.2009.4.02.5101 ADV : FABIO SAMPAIO FERREIRA E OUTRO
CNJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 12A VARA-RJ
APTE : UBIRATAN FERREIRA DA SILVA RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
SANTOS E OUTROS R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : JULIO CESAR SOARES DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0219)
APDO : UNIAO FEDERAL
RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - PROCESS : 2009.51.01.021330-3 (200951010213303)
R 7A.TURMA ESPECIALIZADA O 574134 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0215) NUM. : 0021330-69.2009.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 1996.51.01.072977-3 (9600729778) 574192 APTE : JOAO CARLOS LORDELLO
O - AC RJ GUIMARAES
NUM. : 0072977-60.1996.4.02.5101 ADV : MARCELO FIGUEIREDO AZEVEDO E
CNJ OUTRO
APTE :LUIZ CARLOS ALVES PEREIRA APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV :ESIO COSTA JUNIOR E OUTROS ADV : CLAUDIO ROCHA DE MORAES E
APDO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF OUTROS
ADV :CINTIA DE FREITAS GOUVEA E RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
OUTROS R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA - DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0220)
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0216) PROCESS : 2011.51.04.002987-2 (201151040029872)
O 574425 - AC RJ
PROCESS : 2007.51.12.000089-5 (200751120000895) NUM. : 0002987-45.2011.4.02.5104
O 574141 - AC RJ CNJ
NUM. : 0000089-74.2007.4.02.5112 APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
CNJ ADV : LEONARDO DOS SANTOS
APTE : GECILDA DOS ANJOS DE RESENDE APDO : DANIEL DA SILVA VERONEZE
PINHO E OUTROS ADV : SEM ADVOGADO
ADV : CLÉRIO ALVES DE PAULA RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
APDO : DNIT-DEPARTAMENTO NACIONAL DE R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
INFRAEST DE TRANSPORTES DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0221)
PROC : HELIO ROBERTO NOVOA DA COSTA
RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA - PROCESS : 2013.02.01.000336-0 (201051018010249)
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA O 4161 - AR RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0217) NUM. : 0000336-55.2013.4.02.0000
CNJ
PROCESS : 2001.51.01.026026-4 (200151010260264) AUTOR : ERASMO PEREIRA DE SOUZA
O 574136 - AC RJ ADV : EDEVALDO GOMES COELHO
NUM. : 0026026-32.2001.4.02.5101 REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
CNJ SOCIAL - INSS
APTE : GILSON DO CARMO FIALHO E OUTRO PROC : SEM PROCURADOR
ADV : ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTROS RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ -
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF R 1A.SEÇÃO ESPECIALIZADA
ADV : CARMEN LUCIA HENRIQUES MENDES IMPEDID : DES.FED.PAULO ESPIRITO SANTO
E OUTROS O(S)
ASSTE : COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0222)
SECURITIZACAO - CIBRASEC
ADV : LUIS PAULO SERPA E OUTROS PROCESS : 2013.02.01.000325-5 (200951018123637)
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER - O 4160 - AR RJ
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0000325-26.2013.4.02.0000
DISTR. AUTOMÁTICA EM 10.01.2013 (0218) CNJ
AUTOR : ENOFRE ABEL DA SILVA
PROCESS : 2008.51.01.022412-6 (200851010224126) ADV : EDEVALDO GOMES COELHO
O 574120 - APELRE RJ REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
NUM. : 0022412-72.2008.4.02.5101 SOCIAL - INSS
CNJ PROC : SEM PROCURADOR
APTE : UNIAO FEDERAL RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
APDO : AURINO FERREIRA PAES R 1A.SEÇÃO ESPECIALIZADA
IMPEDID : DES.FED.LILIANE RORIZ
O(S)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0223)

PROCESS : 2013.02.01.000348-6 (201251010627339)

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O 8652 - HC RJ
NUM. : 0000348-69.2013.4.02.0000
CNJ
IMPTE : CICLONE RIBEIRO PERBONI
IMPDO : EXMO PROCURADOR DA REPUBLICA -
RJ
PACTE : CRISTIANO MESCOLIN DO CARMO PROCESS : 2013.02.01.000232-9 (200751020006528)
ADV : CICLONE RIBEIRO PERBONI O 224356 - AG RJ
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO - NUM. : 0000232-63.2013.4.02.0000
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0224) AGRTE : COMERCIAL SAO GONCALO DE
BEBIDAS LTDA
PROCESS : 2012.02.01.021295-2 ADV : ANTHONY GONCALVES
O (00148176720128080061) 224301 - AG ES AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NUM. : 0021295-81.2012.4.02.0000 NACIONAL
CNJ RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
SOCIAL - INSS DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0229)
PROC : JULIANA BARBOSA ANTUNES
AGRDO : REGINALDO PEREIRA MIGUEL PROCESS : 2013.02.01.000156-8 (201051170019023)
ADV : DANIELA APARECIDA BALBINO O 224358 - AG RJ
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA NUM. : 0000156-39.2013.4.02.0000
R ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0225) AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : VICTOR CALDAS WILLIAM
PROCESS : 2013.02.01.000351-6 (201251100017289) AGRDO : VANDA MARIA TRIGUEIRO BARBOSA
O 8653 - HC RJ ARRAES E OUTROS
NUM. : 0000351-24.2013.4.02.0000 ADV : PAULO ROBERTO TRIGUEIRO
CNJ BARBOSA
IMPTE : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RELATO : DES.FED. ALUISIO GONCALVES DE
IMPDO : JUIZO DA 4A VARA FEDERAL SAO R CASTRO MENDES - 5A.TURMA ESPEC
JOAO DE MERITI-RJ DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0230)
PACTE : JOSE NEVETON DE CARVALHO
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO PROCESS : 2013.02.01.000171-4 (201251010485223)
RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA O 224341 - AG RJ
R SILVA - 2A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0000171-08.2013.4.02.0000
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0226) CNJ
AGRTE : FLÁVIO HAMILTON BRANDÃO
PROCESS : 2013.02.01.000164-7 (201251010485429) DORTA ASSIST/P/ HAMILTON DORTA
O 224347 - AG RJ DO AMARAL SILVA
NUM. : 0000164-16.2013.4.02.0000 ADV : ROBERTO FAZOLINO BARROSO
CNJ AGRDO : UNIAO FEDERAL
AGRTE : CREW TRAVEL BRASIL AGÊNCIA DE RELATO : DES.FED. ALUISIO GONCALVES DE
VIAGENS LTDA. R CASTRO MENDES - 5A.TURMA ESPEC
ADV : GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0231)
OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2013.02.01.000168-4 (201051010218017)
NACIONAL O 224357 - AG RJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - NUM. : 0000168-53.2013.4.02.0000
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0227) AGRTE :CRISTIANE REIS DA SILVA E OUTROS
ADV :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
PROCESS : 2013.02.01.000234-2 (201251010316840) AGRDO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
O 224354 - AG RJ ADV :CLAUDIO ROCHA DE MORAES E
NUM. : 0000234-33.2013.4.02.0000 OUTROS
CNJ RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
AGRTE : DOMINGOS INACIO BRAZAO R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : NEY MOREIRA DA FONSECA E DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0232)
OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2013.02.01.000159-3 (200651015087013)
NACIONAL O 224342 - AG RJ
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - NUM. : 0000159-91.2013.4.02.0000
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0228) AGRTE : BANCO CENTRAL DO BRASIL
PROC : LEONARDO SILVESTRE BORGES
TEODORO E OUTROS
AGRDO : BERNARDO ANTONIO VOIGT
MASCARENHAS
ADV : MARCELLO IGNACIO PINHEIRO DE

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MACEDO E OUTRO
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0233)

PROCESS : 2013.02.01.000272-0 (201251011046892) IMPDO : JUIZO FEDERAL DA 12A VARA-RJ


O 224369 - AG RJ RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
NUM. : 0000272-45.2013.4.02.0000 R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0238)
AGRTE : MARIA LUIZA MORAES MATTOZINHO
ADV : ALBERTO LUIZ DA COSTA PROCESS : 2013.02.01.000322-0 (201251010479521)
CANTUARIA O 224410 - AG RJ
AGRDO : UNIAO FEDERAL NUM. : 0000322-71.2013.4.02.0000
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE CNJ
R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA AGRTE : EIFFEL COMERCIO AUTOMOTIVO
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0234) LTDA
ADV : GUSTAVO BENJAMIN BIRENBAUM E
PROCESS : 2013.02.01.000165-9 (201251510133903) OUTROS
O 224345 - AG RJ AGRDO : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-
NUM. : 0000165-98.2013.4.02.0000 ESTRUTURA AEROPORTUARIA -
CNJ INFRAERO
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE ADV : FABIO DE OLIVEIRA ALVAREZ E
ENGENHARIA, ARQUITETURA E OUTROS
AGRON. - CREA/RJ RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA R ESPECIALIZADA
E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0239)
AGRDO : MARCIA BARBOSA SILVA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2013.02.01.000268-8 (201251010431160)
RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON O 224365 - AG RJ
R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA NUM. : 0000268-08.2013.4.02.0000
ESPEC CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0235) AGRTE : EQUIPAV S/A PAVIMENTACAO
ENGENHARIA E COMERCIO E OUTROS
PROCESS : 2013.02.01.000169-6 (201251200001681) ADV : SORAIA GHASSAN SALEH E OUTROS
O 224339 - AG RJ AGRDO : COMPANHIA DOCAS DO RIO DE
NUM. : 0000169-38.2013.4.02.0000 JANEIRO
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
AGRTE :JOSE AUGUSTO DE LIMA VENDA RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
ADV :MARCILIO JOSE DA CUNHA NETO R 7A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRDO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0240)
RELATO :DES. FED. GUILHERME CALMON
R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA PROCESS : 2013.02.01.000162-3 (201051130004185)
ESPEC O 224346 - AG RJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0236) NUM. : 0000162-46.2013.4.02.0000
CNJ
PROCESS : 2013.02.01.000158-1 (201051010154350) AGRTE : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO
O 224360 - AG RJ AMBIENTE E DOS RECURSOS
NUM. : 0000158-09.2013.4.02.0000 NATURAI RENOVAVEIS - IBAMA
CNJ PROC : RAFAEL HERNANDEZ D. FILHO
AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF AGRDO : DEVANIR ORNELAS DA COSTA
ADV : LETICIA MARQUES DO NASCIMENTO ADV : JOSE CARLOS BARROS AMADO E
E OUTROS OUTRO
AGRDO : MARIA ADELIA AMANCIO DE LIMA RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA -
ADV : LORENZO FERREIRA SCAFFA FALCAO R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0241)
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0237) PROCESS : 2013.02.01.000161-1 (201150010074381)
O 224344 - AG ES
PROCESS : 2013.02.01.000349-8 (201051010335848) NUM. : 0000161-61.2013.4.02.0000
O 11004 - MS RJ CNJ
NUM. : 0000349-54.2013.4.02.0000 AGRTE : BANCO CENTRAL DO BRASIL
CNJ PROC : LUIZ SERGIO ZENHA DE FIGUEIREDO
IMPTE : PAULO FELIPE ALVES CARVALHOSA E OUTROS
ADV : VINICIUS NEME CARVALHOSA AGRDO : LAORECIR PASINATO E OUTRO
ADV : RODRIGO BRAGA FERNANDES E
OUTRO
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0242)

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
PROCESS : 2013.02.01.000270-6 (201251010497432)
O 224372 - AG RJ
NUM. : 0000270-75.2013.4.02.0000
CNJ
AGRTE : VICTOR HUGO COSTA SILVA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : MARIO DE CASTRO SILVA DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0247)
AGRDO : UNIAO FEDERAL
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER - PROCESS : 2004.51.01.534428-1 (200451015344281)
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA O 574463 - APELRE RJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0243) NUM. : 0534428-40.2004.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2013.02.01.000271-8 (201251010481709) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 224371 - AG RJ NACIONAL
NUM. : 0000271-60.2013.4.02.0000 APDO : GENERALI DO BRASIL - CIA/
CNJ NACIONAL DE SEGUROS
AGRTE : RODRIGO DA SILVA SOBRAL ADV : RAFAEL HENRIQUE FIUZA DE
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO BRAGANCA E OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL RMTE : JUIZO DA 8A VARA FEDERAL DE
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - EXECUCAO FISCAL-RJ
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0244) R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0248)
PROCESS : 2010.51.04.003053-5 (201051040030535)
O 574457 - APELRE RJ PROCESS : 1999.51.10.751244-5 (9907512443) 574358
NUM. : 0003053-59.2010.4.02.5104 O - AC RJ
CNJ NUM. : 0751244-62.1999.4.02.5110
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ
SOCIAL - INSS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROC : ARTHUR OLIVEIRA DE CARVALHO NACIONAL
APDO : THEREZA DE MENDONÇA COUTINHO APDO : IMPORTASON COM/ DE IMP/ E EXP/
ADV : TERESA CRISTINA CARNEIRO DA LTDA E OUTROS
SILVA E OUTRO ADV : SEM ADVOGADO
RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
VOLTA REDONDA-RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0249)
R ESPECIALIZADA
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0245) PROCESS : 1998.51.06.703383-1 (9807033837) 574424
O - AC RJ
PROCESS : 2000.51.10.001114-5 (200051100011145) NUM. : 0703383-29.1998.4.02.5106
O 573782 - AC RJ CNJ
NUM. : 0001114-75.2000.4.02.5110 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CNJ NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA APDO : BENTO & FILHO MATERIAL DE
NACIONAL CONSTRUÇAO LTDA ME
APDO : A GRACIOSA NOVIDADES LTDA E ADV : SEM ADVOGADO
OUTROS RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
ADV : SEM ADVOGADO R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0250)
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0246) PROCESS : 2009.51.01.009334-6 (200951010093346)
O 574412 - AC RJ
PROCESS : 2004.51.01.521262-5 (200451015212625) NUM. : 0009334-74.2009.4.02.5101
O 574438 - AC RJ CNJ
NUM. : 0521262-38.2004.4.02.5101 APTE : SERGIO LUIZ DA SILVA GOMES E
CNJ OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO E
NACIONAL OUTRO
APDO : TECNO 197 ELETRONICA LTDA ME E APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
OUTRO ADV : CLAUDIO ROCHA DE MORAES E
ADV : SEM ADVOGADO OUTROS
APDO : MARIA WANDA COELHO RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON
ADV : SERGIO RAMOS PACHECO E OUTRO R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - ESPEC
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0251)

PROCESS : 2000.51.03.003957-3 (200051030039573)


O 574294 - AC RJ
NUM. : 0003957-34.2000.4.02.5103

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
CNJ
APTE : MARCIONILA AREAS DE FREITAS -
ESPOLIO E OUTRO
ADV : ROBINSON FURTADO GAMA
SOBREIRA E OUTROS
APDO : INSTITUTO NACIONAL DE R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0256)
- INCRA
PROC : ALIPIO OLIVEIRA SANTOS PROCESS : 2013.02.01.000233-0 (201151010085460)
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA O 224355 - AG RJ
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA NUM. : 0000233-48.2013.4.02.0000
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0252) CNJ
AGRTE : BANCO NACIONAL DE
PROCESS : 2006.51.01.003126-1 (200651010031261) DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E
O 574285 - AC RJ SOCIAL - BNDES
NUM. : 0003126-79.2006.4.02.5101 ADV : AMANDA DA MOTTA MOSCOSO E
CNJ OUTROS
APTE : MARGARETH DOS SANTOS ROCHA AGRDO : REGINA CELY RODRIGUES SILVEIRA
PROC : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO E OUTROS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADV : MANOEL MESSIAS PEIXINHO
ADV : LIGIA BONILHA E OUTROS RELATO : DES.FED. MARCUS ABRAHAM -
APDO : BANCO ITAU S/A R 5A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : CARLOS MARTINS DE OLIVEIRA E DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0257)
OUTROS
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA PROCESS : 2013.02.01.000235-4 (201251010469795)
R ESPECIALIZADA O 224353 - AG RJ
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0253) NUM. : 0000235-18.2013.4.02.0000
CNJ
PROCESS : 2000.51.01.031894-8 (200051010318948) AGRTE : ANGECIA NACIONAL DE
O 574159 - AC RJ TELECOMUNICACOES - ANATEL
NUM. : 0031894-25.2000.4.02.5101 PROC : ALEX TAVARES DOS SANTOS
CNJ AGRDO : TELEMAR NORTE LESTE S/A E OUTRO
APTE : GILSON DO CARMO FIALHO E OUTRO ADV : ANA TEREZA PALHARES BASILIO E
ADV : ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTROS OUTROS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF RELATO : DES.FED. MARCUS ABRAHAM -
ADV : LEONARDO ALMEIDA CORTES DE R 5A.TURMA ESPECIALIZADA
CARVALHO E OUTROS DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0258)
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2013.02.01.000157-0 (200451010052875)
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0254) O 224359 - AG RJ
NUM. : 0000157-24.2013.4.02.0000
PROCESS : 2004.51.01.018559-0 (200451010185590) CNJ
O 574361 - AC RJ AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
NUM. : 0018559-94.2004.4.02.5101 ADV : FLAVIA DA FONSECA DIAS CORREA E
CNJ OUTROS
APTE : CRYOPRAXIS - CRIOBIOLOGIA LTDA AGRDO : LIA REGINA DELEITO BARBOSA
ADV : GUILHERME VALDETARO MATHIAS E ADV : SEM ADVOGADO
OUTRO RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
APDO : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA R ESPECIALIZADA
SANITARIA - ANVISA DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0259)
PROC : RODRIGO REIFF BOTELHO
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - PROCESS : 2013.02.01.000324-3 (201251010483184)
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA O 224415 - AG RJ
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0255) NUM. : 0000324-41.2013.4.02.0000
CNJ
PROCESS : 2013.02.01.000267-6 (201151015298342) AGRTE : EIFFEL COMERCIO AUTOMOTIVO
O 224366 - AG RJ LTDA
NUM. : 0000267-23.2013.4.02.0000 ADV : GUSTAVO BENJAMIN BIRENBAUM E
CNJ OUTROS
AGRTE : PAULO CESAR PEREIRA NOVIS AGRDO : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-
ADV : RAFAEL CAPAZ GOULART E OUTROS ESTRUTURA AEROPORTUARIA -
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA INFRAERO
NACIONAL ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
R ESPECIALIZADA
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0260)

PROCESS : 2009.51.01.008554-4 (200951010085544)


O 574193 - AC RJ

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
NUM. : 0008554-37.2009.4.02.5101
CNJ
APTE : WAGNER SABINO PAVAO
ADV : RICARDO DEZZANI COUTINHO E
OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL PROCESS : 2004.51.01.512820-1 (200451015128201)
APDO : OS MESMOS O 574249 - AC RJ
RELATO : DES.FED. GUILHERME NUM. : 0512820-83.2004.4.02.5101
R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA CNJ
ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0261) NACIONAL
APDO : TRANSLATAS TRANSPORTES LTDA E
PROCESS : 2009.51.01.027607-6 (200951010276076) OUTROS
O 574377 - AC RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0027607-04.2009.4.02.5101 RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
CNJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : ROSIMEA APARECIDA DA SILVA DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0266)
ADV : PATRICIA FIGUEIREDO DE SOUZA
MELLO PROCESS : 2004.51.01.522411-1 (200451015224111)
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF O 574441 - AC RJ
ADV : GERSON DE CARVALHO FRAGOZO NUM. : 0522411-69.2004.4.02.5101
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA CNJ
R ESPECIALIZADA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0262) NACIONAL
APDO : LAVANDERIA KLIN LTDA
PROCESS : 2010.51.01.020161-3 (201051010201613) ADV : SEM ADVOGADO
O 574419 - AC RJ RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
NUM. : 0020161-13.2010.4.02.5101 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0267)
APTE : GIORDANO BRUNO GOUVEA
LABOURIAU PROCESS : 1972.51.01.202944-0 (0002029448) 574153
ADV : TAISSA MEIRA COELHO ARAGAO O - AC RJ
MEDEIROS NUM. : 0202944-04.1972.4.02.5101
APDO : UNIAO FEDERAL CNJ
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA NACIONAL
DISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0263) APDO : LASOR S/A COMERCIAL E
INDUSTRIAL
PROCESS : 2003.51.01.523717-4 (200351015237174) ADV : JOSE CARLOS MOREIRA DA SILVA
O 574198 - AC RJ RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
NUM. : 0523717-10.2003.4.02.5101 R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0268)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 2008.51.01.010998-2 (200851010109982)
APDO : NAVEGARE SERVIÇOS MARITIMOS O 574444 - AC RJ
LTDA ME E OUTROS NUM. : 0010998-77.2008.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - APTE : MILTON BARRETO DE MENEZES
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : ALEXANDRE GARCIA GANIN
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0264) APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2003.51.01.513034-3 (200351015130343) RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
O 574176 - AC RJ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0513034-11.2003.4.02.5101 DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0269)
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2006.51.01.521860-0 (200651015218600)
NACIONAL O 574320 - AC RJ
APDO : RIO SAUDE CORRETORA DE SEGUROS NUM. : 0521860-21.2006.4.02.5101
VIDA E SAUDE LTDA CNJ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - PSICOLOGIA - 5A REGIAO
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : DIEGO MENDONCA MATOS E OUTROS
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0265) APDO : CLAUDIA FREITAS DE MEDEIROS
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0270)

PROCESS : 2001.51.01.516652-3 (200151015166523)

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
O 574199 - AC RJ
NUM. : 0516652-32.2001.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : COMERCIAL SOMMA S/A
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2013.02.01.000163-5 (200951015216835)
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - O 224348 - AG RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0000163-31.2013.4.02.0000
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0271) CNJ
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
PROCESS : 2007.51.01.028393-0 (200751010283930) PSICOLOGIA DA 5A REGIAO
O 574117 - AC RJ ADV : CELIA REGINA DO NASCIMENTO DE
NUM. : 0028393-19.2007.4.02.5101 PAULA
CNJ AGRDO : LEILA CRISTINA MOREIRA
APTE : ANDERSON CLEITON RODRIGUES DE GUIMARAES DE CARVALHO
SIQUEIRA ADV : SEM ADVOGADO
ADV : ARTUR SOUZA RAMOS RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
APDO : UNIAO FEDERAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO - DISTR. PREVENÇAO INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0276)
R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0272) PROCESS : 2013.02.01.000170-2 (201151010166836)
O 224340 - AG RJ
PROCESS : 2002.51.01.005107-2 (200251010051072) NUM. : 0000170-23.2013.4.02.0000
O 574440 - APELRE RJ CNJ
NUM. : 0005107-85.2002.4.02.5101 AGRTE : GALAXY HCM COMERCIO E
CNJ SERVIÇOS DE INFORMATICA LTDA -
APTE : UNIAO FEDERAL ME
APDO : URIAS PEREIRA BRITO E OUTRO ADV : EDUARDO SERAFIM TAVARES
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 28A VARA-RJ ADV : MARIA FRANCINETTE PENNA E
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA OUTROS
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA -
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0273) R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. PREVENÇAO INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0277)
PROCESS : 2006.51.01.008618-3 (200651010086183)
O 574276 - AC RJ PROCESS : 2013.02.01.000350-4 (200850010114811)
NUM. : 0008618-52.2006.4.02.5101 O 8654 - HC ES
CNJ NUM. : 0000350-39.2013.4.02.0000
APTE : MARGARETH DOS SANTOS ROCHA CNJ
PROC : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO IMPTE : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF IMPDO : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL
ADV : LIGIA BONILHA E OUTROS CRIMINAL DE VITORIA-ES
APDO : BANCO ITAU S/A PACTE : KLEBER PEREIRA DOS SANTOS
ADV : CARLOS MARTINS DE OLIVEIRA E ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
OUTROS RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
R ESPECIALIZADA DISTR. ORGÃO JULG. INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0278)
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0274)
PROCESS : 2013.02.01.000269-0 (9900020804) 224363
PROCESS : 2004.51.01.020842-5 (200451010208425) O - AG RJ
O 574515 - APELRE RJ NUM. : 0000269-90.2013.4.02.0000
NUM. : 0020842-90.2004.4.02.5101 CNJ
CNJ AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APTE : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA NACIONAL
SANITARIA - ANVISA AGRDO : HOTEIS CHAMI S/A
PROC : MARCELA LAMONICA REGO ADV : DIRCEU PAES LEME E OUTROS
APDO : CRYOPRAXIS - CRIOBIOLOGIA LTDA RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
ADV : GUILHERME VALDETARO MATHIAS E R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
OUTRO DISTR. ORGÃO JULG. INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0279)
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - PROCESS : 2013.02.01.000319-0 (201302010003190)
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA O 8567 - PA/PRE RJ
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0275) NUM. : 0000319-19.2013.4.02.0000
CNJ
REQTE : EXMO(A).SR(A).PRESIDENTE DO TRF -
2A. REGIAO
RELATO : DES.FED. PRESIDENTE - PRESIDÊNCIA
R

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DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 10.01.2013 (0280)

PROCESS : 2011.51.01.010787-0 (201151010107870)


O 12793 - CC RJ
NUM. : 0010787-36.2011.4.02.5101
CNJ NUM. : 0041328-44.2002.4.02.0000
AUTOR : EULINA SEPULVEDA DANTAS CNJ
ADV : ELTON DE ANDRADE GOMES E AUTOR : UNIAO FEDERAL
OUTRO REU : BENILTON PESSANHA DE ALMEIDA E
REU : UNIAO FEDERAL / FAZENDA OUTRO
NACIONAL ADV : ROMMEL ASSAD BATISTA MONTEIRO
SUSCTE : EXMO. DES. FED. GUILHERME COUTO E OUTRO
DE CASTRO REU : MARIA ISABEL FARIA DE ALMEIDA E
SUSDO : EXMO. DES. FED. LUIZ ANTONIO OUTROS
SOARES ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
R TRIBUNAL PLENO R 3A.SEÇÃO ESPECIALIZADA
IMPEDID : DES.FED.GUILHERME COUTO DE OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO
O(S) CASTRO EM VISTA O TERMO DE REMESSA DE
DES.FED.LUIZ ANTONIO SOARES REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0284)
REDISTRIB P/ ALTERACAO CLASSE EM 10.01.2013 (0281)
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO PROCESS : 2011.02.01.006515-0 (200551010062988)
EM VISTA A R. DECISÃO DE FLS. 6 O 3841 - AR RJ
NUM. : 0006515-73.2011.4.02.0000
PROCESS : 2002.02.01.042218-7 (9201031866) 837 - CNJ
O MC RJ AUTOR : ORLANDO ANDRADE DE ALMEIDA
NUM. : 0042218-80.2002.4.02.0000 ADV : REGINA ANTONIETA DE LIMA
CNJ CORTEZ E OUTRO
REQTE : UNIAO FEDERAL REU : UNIAO FEDERAL
REQDO : MAYRA SALGADO SIMAO E OUTROS RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
ADV : VANESSA REIS SANTOS E OUTRO R CASTRO - 3A.SEÇÃO ESPECIALIZADA
REQDO : BENILTON PESSANHA DE ALMEIDA REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0285)
ADV : ROMMEL ASSAD BATISTA MONTEIRO OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO
E OUTRO EM VISTA O TERMO DE REMESSA DE
REQDO : MARIA ISABEL FARIA DE ALMEIDA E
OUTROS PROCESS : 2010.02.01.002352-6 (200451010209752)
ADV : SEM ADVOGADO O 3574 - AR RJ
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO - NUM. : 0002352-84.2010.4.02.0000
R 3A.SEÇÃO ESPECIALIZADA CNJ
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO AUTOR : UNIAO FEDERAL
EM VISTA O TERMO DE REMESSA DE REU : ALBERTO PENNA MACHADO
REDIS. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0282) ADV : JOSE FRANCISCO NICANDIO
RELATO : DES.FED. MARCUS ABRAHAM -
PROCESS : 2000.02.01.014023-9 (8900147021) 228791 R 3A.SEÇÃO ESPECIALIZADA
O - AC RJ REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0286)
NUM. : 0014023-56.2000.4.02.0000 OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO
CNJ EM VISTA O TERMO DE REMESSA DE
APTE : EMPRESA BRASILEIRA DE TURISMO -
EMBRATUR PROCESS : 2007.51.01.805228-2 (200751018052282)
ADV : JOSE HAMILTON DA COSTA O 419246 - AC RJ
VASCONCELLOS E OUTROS NUM. : 0805228-07.2007.4.02.5101
APDO : CARLOS ORLANDO NOVAES CNJ
ABRUNHOSA APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : EDVAR ALKMIM E OUTROS SOCIAL - INSS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 29A VARA-RJ PROC : ANDERSON OLIEIRA CASTELUCIO
RELATO : DES.FED. GUILHERME APDO : NADIA FURTADO DA COSTA BARROS
R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA ADV : RONIDEI GUIMARAES BOTELHO
ESPECIALIZADA RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
REDIS. POR DEPENDÊNCIA EM 10.01.2013 (0283) R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0287)
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
PROCESS : 2002.02.01.041328-9 (9201031866) 2070 -
O AR RJ PROCESS : 2007.51.04.000832-4 (200751040008324)
O 453039 - APELRE RJ
NUM. : 0000832-11.2007.4.02.5104
CNJ
APTE : ADAIL MAGELA HORTA
ADV : ANA MARIA LOPES E OUTRO

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APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : RODRIGO DO VALE MARINHO
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE
VOLTA REDONDA-RJ
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO - APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA SOCIAL - INSS
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0288) PROC : MARIA CLARA DE M COSENDEY
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO APDO : LUIZ CLAUDIO BARROS FLOR REP/ P/
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. ALMIR FLOR E SOLANGE MARIA DE
BARROS
PROCESS : 2006.51.01.500648-7 (200651015006487) ADV : MARIA CELMA ALVES GUIMARAES
O 420618 - AC RJ RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE SAO
NUM. : 0500648-41.2006.4.02.5101 JOAO DE MERITI-RJ
CNJ RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
APTE : MARCOS MOREIRA RODRIGUES R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : ROSANGELA LIMA DA SILVA E REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0292)
OUTROS OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
SOCIAL - INSS
PROC : DIOGO ALVAREZ TRISTAO PROCESS : 2007.51.10.002384-1 (200751100023841)
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA O 483161 - AC RJ
R ESPECIALIZADA NUM. : 0002384-90.2007.4.02.5110
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0289) CNJ
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. SOCIAL - INSS
PROC : BRUNO CEZAR DA CUNHA TEIXEIRA
PROCESS : 2008.51.04.001788-3 (200851040017883) APDO : AGENOR GLORIA
O 443064 - APELRE RJ ADV : VANDERLEI SILVEIRA LIMA
NUM. : 0001788-90.2008.4.02.5104 RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
CNJ R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : JOAQUIM CANDIDO DA SILVA REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0293)
ADV : TERESA C. CARNEIRO DA SILVA OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO
GUIMARAES DOS SANTOS EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS PROCESS : 2011.51.01.802158-6 (201151018021586)
PROC : THIAGO CUNHA DE ALMEIDA O 552233 - REOAC RJ
RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL DE NUM. : 0802158-40.2011.4.02.5101
VOLTA REDONDA-RJ CNJ
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA PARTEA : UNIAO FEDERAL
R ESPECIALIZADA PARTER : JOAO PAULO FLORENTINO DE
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0290) OLIVEIRA
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
EM VISTA A R. DECISÃO DE FLS. 2 RMTE : JUIZO DA 7A VARA FEDERAL
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO-RJ
PROCESS : 2007.51.01.803798-0 (200751018037980) RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
O 414913 - AC RJ R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0803798-20.2007.4.02.5101 REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0294)
CNJ OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO EM VISTA O R. ACÓRDÃO DE FLS. 2
SOCIAL - INSS
PROC : ADRIANO ALMEIDA FIGUEIRA PROCESS : 1999.51.01.059287-2 (9900592875) 520609
APDO : ADEMILTON NEVES O - AC RJ
ADV : MARIA LUCIA MONTES DA SILVA NUM. : 0059287-56.1999.4.02.5101
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA CNJ
R ESPECIALIZADA APTE : ANTONIO COELHO ENG/ E
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 10.01.2013 (0291) CONSTRUCAO LTDA
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO ADV : CARLOS ANTONIO ALCANTARA
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. MACHADO E OUTROS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
PROCESS : 2001.51.10.004202-0 (200151100042020) ADV : NEUZA MARIA NEIVA DE SOUSA E
O 477637 - APELRE RJ OUTROS
NUM. : 0004202-87.2001.4.02.5110 APDO : LINO PEREIRA BELINHO CRUZ E
CNJ OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA
REDISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 10.01.2013 (0295)
OBS : PROCESSO REDISTRIBUIDO TENDO

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EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.

PROCESS : 2008.51.01.501578-3 (200851015015783)


O 561328 - AC RJ
NUM. : 0501578-88.2008.4.02.5101
CNJ LANA 1 3 0 0 32 0 36
APTE : BILHARES GUANABARA LTDA ME REGUEIRA
ADV : GISELLE MANES DA SILVA E OUTRO PAULO 1 0 0 0 2 2 5
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ESPIRITO
NACIONAL SANTO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NIZETE 0 0 0 0 3 2 5
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA LOBATO
ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 10.01.2013 (0296) CARMO
VERA LÚCIA 1 0 0 0 4 0 5
PROCESS : 2011.50.01.015623-3 (201150010156233) LIMA
O 566565 - APELRE ES LUIZ 0 0 0 0 37 0 37
NUM. : 0015623-61.2011.4.02.5001 ANTONIO
CNJ SOARES
APTE : SEI VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA SALETE 0 0 0 0 36 0 36
ADV : MARCELLUS FERREIRA PINTO E MACCALÓZ
OUTRO THEOPHILO 0 0 0 0 38 0 38
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA MIGUEL
NACIONAL GUILHERME 0 0 0 0 5 1 6
APDO : OS MESMOS COUTO DE
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL CASTRO
DE VITORIA-ES GUILHERME 0 0 0 0 4 1 5
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - DIEFENTHAE
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA LER
ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 10.01.2013 (0297) LILIANE 0 0 0 0 3 1 4
RORIZ
PROCESS : 2012.02.01.017433-1 (201151100052765) SERGIO 1 0 0 0 5 0 6
O 221522 - AG RJ SCHWAITZER
NUM. : 0017433-05.2012.4.02.0000 POUL ERIK 1 0 0 0 6 1 8
CNJ DYRLUND
AGRTE : CERVEJARIAS KAISER BRASIL S/A RICARDO 0 0 0 0 35 1 36
ADV : MARIO JUNQUEIRA FRANCO JUNIOR PERLINGEIRO
E OUTROS LUIZ PAULO 1 0 0 0 5 1 7
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DA SILVA
NACIONAL ARAUJO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - FILHO
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA REIS FRIEDE 0 0 0 0 8 0 8
ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 10.01.2013 (0298) JOSE F . 0 0 0 0 33 0 33
NEVES NETO
PROCESS : 2012.02.01.019598-0 (201202010195980) GUILHERME 0 0 0 0 5 0 5
O 8532 - PA/COR RJ CALMON
NUM. : 0019598-25.2012.4.02.0000 NOGUEIRA
CNJ DA GAMA
REQTE : EXMA JUIZA FEDERAL NATALIA JOSÉ 0 0 0 0 2 0 2
TUPPER ANTONIO
REQDO : EXMO(A).SR(A).PRESIDENTE DO TRF - NEIVA
2A. REGIAO ALUISIO 0 0 0 0 4 0 4
RELATO : DES.FED. CORREGEDOR - GONCALVES
R CORREGEDORIA DE CASTRO
ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 10.01.2013 (0299) MENDES
ABEL GOMES 0 0 0 0 1 2 3
QUADRO DEMONSTRATIVO DA DISTRIBUIÇÃO DE 10.01.2013 MESSOD 1 0 0 0 3 2 6
AZULAY
DESEMBARG EN AT 1R 2R DIS RE TO NETO
ADOR C RI EG EG T DI TA MARCELO 0 0 0 0 5 0 5
L PEREIRA DA
PRESIDENTE 0 0 0 0 1 0 1 SILVA
CORREGEDOR 0 1 0 0 0 0 1 MARCUS 0 0 0 0 2 1 3
ANTONIO 0 0 0 0 1 0 1 ABRAHAM
IVAN ATHIÉ TOTAL 7 4 0 0 280 15 306

PROCESSOS REMETIDOS PARA ANÁLISE DE CORRELAÇÃO:

PROCESS : 2006.51.01.517015-9 (200651015170159)

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O 10482 - ACR RJ
NUM. : 0517015-43.2006.4.02.5101
CNJ
: 200651015170639
: 200651015176812
: 200751018066001 E OUTROS
: 201051018007743 RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND (0003)
: 201051018017840 R
: 201051018024388
: 201051018043401 PROCESS : 2013.02.01.000303-6 (200251010043476)
: 201051018091821 O 224408 - AG RJ
: 200451015196279 NUM. : 0000303-65.2013.4.02.0000
: 200451015087673 CNJ
: 200651015038932 : 200251010113077
: 200651020021835 : 200251010243374
: 200651015038920 AGRTE : UNIAO FEDERAL
APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL AGRDO : FABIO GONCALVES RAUNHEITTI E
APDO : JOAO DA HORA SANTOS FILHO OUTRO
ADV : HERALDO ASSED IUNES FILHO E ADV : SEM ADVOGADO
OUTROS RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA (0004)
APDO : CICERO NOGUEIRA DE SOUZA R
ADV : UBIRATAN TIBURCIO GUEDES E
OUTROS PROCESS : 2013.02.01.000335-8 (200951018007662)
APDO : ESPERIDIAO FERNANDES CAMPOS O 8651 - HC RJ
ADV : LUIZ EDUARDO NOGUEIRA NUM. : 0000335-70.2013.4.02.0000
GUIMARAES E OUTROS CNJ
APDO : ARMANDO AVELINO BEZERRA : 201151018097293
ADV : MANUEL DE JESUS SOARES E IMPTE : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
OUTROS IMPDO : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL
APTE : CICERO NOGUEIRA DE SOUZA CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO-RJ
ADV : UBIRATAN TIBURCIO GUEDES E PACTE : JOSE DE RIBAMAR COIMBRA NEVES
OUTROS ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APTE : ARMANDO AVELINO BEZERRA RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO
ADV : MANUEL DE JESUS SOARES E R (0005)
OUTROS
APTE : ESPERIDIAO FERNANDES CAMPOS PROCESS : 2013.02.01.000337-1 (200351010026422)
ADV : LUIZ EDUARDO NOGUEIRA O 4162 - AR RJ
GUIMARAES E OUTROS NUM. : 0000337-40.2013.4.02.0000
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL CNJ
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO AUTOR : UNIAO FEDERAL
R (0001) REU : FLORENTINO JANUARIO DA SILVA E
OUTROS
PROCESS : 2009.51.01.004597-2 (200951010045972) ADV : SEM ADVOGADO
O 574299 - AC RJ RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
NUM. : 0004597-28.2009.4.02.5101 R ARAUJO FILH (0006)
CNJ
APTE : MARIA DA CONCEICAO LOPES DA PROCESS : 2013.02.01.000338-3 (200651010152064)
SILVA OLIVEIRA O 4163 - AR RJ
ADV : MARIA DA CONCEICAO LOPES DA NUM. : 0000338-25.2013.4.02.0000
SILVA OLIVEIRA CNJ
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF : 200651010095378
ADV : LEONARDO GONCALVES ALMEIDA E AUTOR : DANIELE OLIVEIRA DA SILVA
OUTROS ADV : SERGIO RODRIGO CAMPOS
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER (0002) MONTEIRO E OUTROS
R REU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF E
OUTRO
PROCESS : 2013.02.01.000160-0 (9500089521) 224343 ADV : SEM ADVOGADO
O - AG RJ RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA (0007)
NUM. : 0000160-76.2013.4.02.0000 R
CNJ
AGRTE : CELSO AZEREDO GIULITO T E R M O D E E N C E R R A M E N T O - 2ª V I A
ADV : MARCELO DAVIDOVICH E OUTRO
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Contém a presente ata a distribuição de 0299 feitos, realizada por
ADV : GILBERTO DE CASTRO NUNES FILHO processamento eletrônico de dados e 0007 encaminhados para
verificação de correlação totalizando, 0042 folhas, todas por mim
conferidas e rubricadas. (a) ............................ (Rui de
Araújo Santos), Diretor da Secretaria de Atividades Judiciárias.

Rio de Janeiro - RJ, 10 de janeiro de 2013.

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MARIA HELENA CISNE
DESEMBARGADORA FEDERAL
PRESIDENTE

ANDRE LUIZ DA SILVA 2009.51.01.013951-


SOARES RJ110879 6
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
ANDRE WERNER 2009.51.01.501609-
SECRETARIA DE ATIVIDADES JUDICIÁRIAS
VIANNA FERREIRA DIAS RJ096275 3
ÍNDICES POR ADVOGADO DOS FEITOS DISTRIBUÍDOS EM
ANGELA ROQUELINA 1999.51.01.069671-
10.01.2013.
FARUOLO 9
ANTHONY ABREU 2007.51.12.000663-
POLASEK RJ110282 0
Código
Nome do Advogado OAB Número do Processo 2013.02.01.000232-
ANTHONY GONCALVES RJ150122 9
ADOLPHO DOS SANTOS 2000.51.02.000386-
MARQUES DE ABREU RJ065963 7 ARTHUR OLIVEIRA DE 2010.51.04.003053-
CARVALHO 5
ADRIANO ALMEIDA 2007.51.01.803798-
FIGUEIRA RJ088753 0 2007.51.01.028393-
ARTUR SOUZA RAMOS RJ125177 0
ALBERTO LUIZ DA 2013.02.01.000272-
COSTA CANTUARIA RJ141727 0 AUREA ORICHIO DE 2010.51.06.000485-
SIQUEIRA MELLO 2
ALEX TAVARES DOS 2013.02.01.000235-
SANTOS 4 BERNARDETE ALPOIM 2004.51.01.506543-
DOS SANTOS RJ083698 4
ALEXANDRE DE PAULA 2005.51.01.510262-
RUY BARBOSA RJ112286 9 BIANCA KALLER 2007.51.01.022322-
ROTHSTEIN SUKMAN RJ115358 1
ALEXANDRE GARCIA 2008.51.01.010998-
GANIN RJ102529 2 BRUNA SARMENTO DOS 2011.51.01.807928-
SANTOS 0
ALEXANDRE MARTIRE 2009.51.01.023285-
LOPES RJ100387 1 BRUNO CEZAR DA 2007.51.10.002384-
CUNHA TEIXEIRA 1
ALEXANDRE MENDES 2007.51.12.000663-
VIEIRA RJ143229 0 CARLOS ALBERTO B. 2002.51.01.502524-
RANGEL RJ064900 5
ALINE THEREZINO
RODRIGUES FRANCISCO 2011.51.01.808212- CARLOS ALBERTO 2010.51.06.000485-
D 5 LORANG DE AMORIM RJ054536 2
2012.51.04.000352- CARLOS ANTONIO 1999.51.01.059287-
8 ALCANTARA MACHADO RJ097632 2
ALIPIO OLIVEIRA RJ001912 2000.51.03.003815- CARLOS MARTINS DE 2006.51.01.003126-
SANTOS A 5 OLIVEIRA RJ019608 1
2000.51.03.003957- 2006.51.01.008618-
3 3
ALMIR FERREIRA 2004.51.01.533098- CARMEN LUCIA 2001.51.01.026026-
JUNIOR RJ077417 1 HENRIQUES MENDES RJ108296 4
2005.51.01.502682- CELIA REGINA DO 2013.02.01.000163-
2 NASCIMENTO DE PAULA RJ104616 5
2007.51.01.536119- CHRISTIANE BARBOSA 2011.02.01.015363-
0 FERREIRA DE SOUZA RJ092007 3
ALOIZIO BENEVIDES 2003.51.01.526501- CICLONE RIBEIRO 2013.02.01.000348-
OLIVEIRA RJ110547 7 PERBONI RJ128200 6
ALTAIR MAGNO 2003.51.01.525982- CINTIA DE FREITAS 1996.51.01.072977-
GAVIAO RJ027432 0 GOUVEA RJ051050 3
AMANDA DA MOTTA 2013.02.01.000233- CLAUDIA RODRIGUES 2011.51.01.007616-
MOSCOSO RJ160250 0 MOIA RJ118564 1
AMAURY PEREIRA DA 2001.51.01.517574- CLAUDIO ROCHA DE 2009.51.01.009334-
SILVA RJ082772 3 MORAES PE021690 6
ANA LUISA DE SOUZA 2008.51.01.026694- 2009.51.01.021330-
CORREIA DE MELO PA RJ115185 7 3
2007.51.04.000832- 2013.02.01.000168-
ANA MARIA LOPES RJ104889 4 4
ANA TEREZA PALHARES 2013.02.01.000235- CLÉRIO ALVES DE 2007.51.12.000089-
BASILIO RJ074802 4 PAULA RJ000928 5
ANDERSON OLIEIRA 2007.51.01.805228- DAMIAO PEREIRA DOS 2004.51.01.533018-
CASTELUCIO 2 SANTOS RJ043647 0
2004.51.01.538361-
4
2004.51.01.543884-
6
2004.51.01.544888-
8

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DANIELA APARECIDA 2012.02.01.021295-
BALBINO ES013350 2
DANIELLE GARRAO 2003.51.01.524863-
AUGUSTO RJ099124 9
DEFENSORIA PUBLICA - 2011.02.01.012910-
RJ 2 FABIANO ANTONACCI MG08320 2007.51.01.508082-
DEFENSORIA PUBLICA 1998.51.01.070888- NEVES 9 5
DA UNIAO 2 FABIO DE OLIVEIRA 2013.02.01.000322-
2001.51.01.517275- ALVAREZ RJ124925 0
4 FABIO SAMPAIO 2008.51.01.022412-
2002.51.01.005107- FERREIRA RJ096565 6
2 FERNANDO CHARNAUX 1998.51.01.059714-
2003.51.01.546044- ROCHA RJ064497 2
6 2002.51.01.508904-
2006.51.01.003126- 1
1 FLAVIA DA FONSECA 2013.02.01.000157-
2006.51.01.008618- DIAS CORREA RJ116173 0
3 FRANCISCO F. VIEIRA 2011.51.01.007616-
2010.51.01.010925- FILHO 1
3 FRANCISCO RENAULT 2001.51.01.502540-
2011.51.01.802158- DE CASTRO RJ030217 0
6 GERSON DE CARVALHO 2009.51.01.027607-
2013.02.01.000168- FRAGOZO RJ106445 6
4 GERSON LUCCHESI 2009.51.01.000682-
2013.02.01.000271- BRITO DE OLIVEIRA RJ085053 6
8 GERSON STOCCO DE 2013.02.01.000164-
2013.02.01.000350- SIQUEIRA RJ075970 7
4 GIORGIO VILELA 2003.51.01.549993-
2013.02.01.000351- SANTONI RJ092780 4
6 GISELLE MANES DA 2008.51.01.501578-
DEIR ROSA MACHADO 2000.51.01.534588- SILVA RJ085718 3
JUNIOR RJ093958 7 GLADISTONNE LUIZ 2008.51.12.000437-
2001.51.01.521117- SOARES LOPES RJ111977 6
DELAMARIO DANIEL RJ098699 6 2010.51.01.010925-
DIEGO MENDONCA 2006.51.01.521860- GUILHERME EISENLOHR RJ013828 3
MATOS RJ0149466 0 GUILHERME 2004.51.01.018559-
2006.51.01.522563- VALDETARO MATHIAS RJ075643 0
0 2004.51.01.020842-
DIOGO ALVAREZ 2006.51.01.500648- 5
TRISTAO 7 GUSTAVO BENJAMIN 2013.02.01.000322-
2013.02.01.000269- BIRENBAUM RJ095492 0
DIRCEU PAES LEME RJ025306 0 2013.02.01.000324-
EDEVALDO GOMES 2013.02.01.000325- 3
COELHO RJ057518 5 GUSTAVO DA GAMA V 2011.51.01.504923-
2013.02.01.000336- DE OLIVEIRA RJ109688 8
0 HELIO ROBERTO
EDUARDO SERAFIM 2013.02.01.000170- FERREIRA DE 2000.51.01.528560-
TAVARES RJ071119 2 ALBUQUERQUE RJ094299 0
2000.02.01.014023- HELIO ROBERTO NOVOA 2007.51.12.000089-
EDVAR ALKMIM RJ027394 9 DA COSTA 5
ELIEL SANTOS 2000.51.01.031894- HERBERTH MEDEIROS 2009.51.01.009334-
JACINTHO RJ059663 8 SAMPAIO RJ101253 6
2001.51.01.026026- HILDENIA MEDEIROS DE 1999.51.01.030684-
4 SOUZA CASTRO RJ046199 0
ELTON DE ANDRADE 2011.51.01.010787- JAILTON AUGUSTO 2008.51.12.000437-
GOMES RJ083244 0 FERNANDES 6
EMILIANO CESAR 2009.51.01.023212- JOAO MANOEL CALDAS 1996.51.01.029630-
PEREIRA GOMES RJ133990 7 ELIAS RABHA RJ020370 3
1996.51.01.072977- JOHNNY PEREIRA
ESIO COSTA JUNIOR RJ059121 3 CAVALARO DE 2002.51.01.507246-
FABIANE RABELLO DE 2009.51.12.000412- OLIVEIRA RJ075314 6
SOUZA RJ088208 5 JORGE DE PAULO 2007.51.04.003966-
CAMPOS RJ108757 7
MG02107 2011.02.01.005445-
JOSE ALVES DA COSTA 3 0
2011.02.01.006498-
3

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JOSE CARLOS BARROS 2013.02.01.000162-
AMADO RJ046264 3
JOSE CARLOS MOREIRA 1972.51.01.202944-
DA SILVA RJ062624 0
JOSE FRANCISCO 2010.02.01.002352-
NICANDIO RJ106984 6 2013.02.01.000165-
JOSE HAMILTON DA 2000.02.01.014023- 9
COSTA VASCONCELLOS RJ088769 9 2001.51.01.026026-
JOSE OSWALDO 2000.51.01.533615- LUIS PAULO SERPA SP118942 4
CORREA RJ012667 1 LUIZ GONZAGA 1995.51.01.069969-
JOSEMAR LEAL 2009.51.12.000412- FIGUEIRA RJ042389 7
PESSANHA 5 LUIZ GUSTAVO
JOSEMAR LEAL 2011.02.01.005445- ANTONIO SILVA 2007.51.01.536501-
PESSANHA RJ043043 0 BICHARA RJ112310 7
RJ000952 2009.51.01.025673- LUIZ ROBERTO LEVEN 2006.51.01.000266-
JOVELINO RIBEIRO B 9 SIANO RJ094122 2
JUDSON REDINE DE 2009.51.01.813089- 2006.51.01.000277-
AVELLAR RJ120278 7 7
JULIANA BARBOSA 2012.02.01.021295- LUIZ SERGIO ZENHA DE 2013.02.01.000161-
ANTUNES 2 FIGUEIREDO RJ070203 1
2009.51.17.001794- MANOEL MESSIAS 2013.02.01.000233-
JULIANO BIZZO NETTO RJ132796 2 PEIXINHO RJ074759 0
2009.51.01.018518- MARCELA LAMONICA 2009.51.01.023212-
JULIO CESAR SOARES RJ118711 6 REGO 7
2008.51.01.017738- MARCELA LAMONICA 2004.51.01.020842-
KARINA FERREIRA REIS RJ089122 0 REGO RJ116420 5
LENITA CORTES DA 2011.51.02.000935- MARCELLO IGNACIO 2013.02.01.000159-
SILVA RJ136324 1 PINHEIRO DE MACEDO RJ065541 3
LEONARDO ALMEIDA 2000.51.01.031894- MARCELLUS FERREIRA 2011.50.01.015623-
CORTES DE CARVALHO RJ109662 8 PINTO ES013409 3
2011.51.01.006640- MARCELO FIGUEIREDO 2009.51.01.021330-
LEONARDO BRAUNE RJ123255 4 AZEVEDO RJ142556 3
LEONARDO DOS 2011.51.04.002987- MARCELO MARCONDES 2008.51.01.023071-
SANTOS RJ158449 2 KOZLOWSKI RJ095274 0
LEONARDO SILVESTRE 2013.02.01.000159- MARCILIO JOSE DA 2013.02.01.000169-
BORGES TEODORO RJ123357 3 CUNHA NETO RJ064504 6
LETICIA MARQUES DO 2013.02.01.000158- MARCIO ANDRE 2001.51.01.519460-
NASCIMENTO RJ097702 1 MENDES COSTA RJ074823 9
2011.02.01.012910- MARCO TULIO 2009.51.04.003748-
LIA VIZEU GIL 2 RODRIGUES DA SILVA RJ001094 5
2006.51.01.003126- MARIA CELMA ALVES 2001.51.10.004202-
LIGIA BONILHA RJ105973 1 GUIMARAES RJ070480 0
2006.51.01.008618- MARIA CLARA DE M 2001.51.10.004202-
3 COSENDEY 0
LOLA VAINSTOK 2002.51.01.518765- MARIA CONCEICAO DE 1999.51.01.085165-
FRANCA RJ053342 8 LIMA DIAS RJ049158 8
LORENZO FERREIRA 2013.02.01.000158- MARIA FRANCINETTE 2013.02.01.000170-
SCAFFA FALCAO 1 PENNA RJ028819 2
LUCINETE DE SOUZA 2011.51.01.808212- MARIA LUCIA MONTES 2007.51.01.803798-
AUGUSTO GONÇALVES RJ129198 5 DA SILVA RJ077324 0
LUIS EDUARDO DE 2000.51.01.524774- 1999.51.01.038376-
ATHAYDE VIEIRA RJ103763 9 MARILIA TERESA SILVA RJ032753 6
2001.51.01.500383- MARIO DE CASTRO 2013.02.01.000270-
0 SILVA RJ084810 6
2004.51.01.532446- MARIO FRANCISCO DE 1998.51.01.059297-
4 AGUIAR SIMOES RJ032565 1
2004.51.01.538352- MARIO JUNQUEIRA 2012.02.01.017433-
3 FRANCO JUNIOR SP140284 1
2004.51.01.538713- MARTHA CHRISTINA 1998.51.01.073096-
9 MARIOTTI CLARO RJ070563 6
2006.51.01.520616- NEUZA MARIA NEIVA RJ001464 1999.51.01.059287-
6 DE SOUSA B 2
NEY MOREIRA DA 2013.02.01.000234-
FONSECA RJ125059 2
PATRICIA FIGUEIREDO 2009.51.01.027607-
DE SOUZA MELLO RJ097503 6
PAULO ROBERTO RJ046210 2001.51.01.509801-

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BECKER 3
PAULO ROBERTO PIRES 2002.51.01.500505-
FERREIRA RJ077237 2
PAULO ROBERTO 2013.02.01.000156-
TRIGUEIRO BARBOSA RJ112233 8
PEDRO ALVES DE 2012.51.04.000352- 1992.51.01.085755-
SOUZA RJ071059 8 1
RAFAEL CAPAZ 2013.02.01.000267- 1995.51.01.038332-
GOULART RJ149794 6 3
RAFAEL HENRIQUE 2004.51.01.534428- 1996.51.01.029630-
FIUZA DE BRAGANCA RJ121320 1 3
RAFAEL HERNANDEZ D. 2013.02.01.000162- 1996.51.01.041309-
FILHO 3 5
RAIMUNDO NONATO DE 2011.51.01.807928- 1996.51.01.049257-
MESQUITA RJ129412 0 8
REGINA ANTONIETA DE 2011.02.01.006515- 1997.51.01.064495-
LIMA CORTEZ RJ041407 0 4
REGINA CELIA 1997.51.01.066389-
PINHEIRO AMORIM 2008.51.01.501114- 4
FONSECA RJ080573 5 1997.51.01.067641-
REGINA COELI 2003.51.01.512955- 4
BERTHOLINI ROSADAS RJ111655 9 1998.51.01.050309-
RENATA PASSOS 2003.51.01.530547- 3
BERFORD GUARANA RJ112211 7 1998.51.01.055754-
RICARDO DEZZANI 2009.51.01.008554- 5
COUTINHO RJ126458 4 1998.51.01.070888-
ROBERTO FAZOLINO 2013.02.01.000171- 2
BARROSO RJ089195 4 1998.51.01.072066-
ROBINSON FURTADO 2000.51.03.003815- 3
GAMA SOBREIRA ES007427 5 1998.51.01.073096-
2000.51.03.003957- 6
3 1998.51.06.700307-
RODRIGO BRAGA 2013.02.01.000161- 3
FERNANDES ES008776 1 1998.51.06.703383-
RODRIGO DO VALE 2007.51.04.000832- 1
MARINHO 4 1998.51.10.978011-
2009.51.01.813089- 6
RODRIGO LYCHOWSKI 7 1999.51.01.059287-
RODRIGO REIFF 2004.51.01.018559- 2
BOTELHO 0 1999.51.01.069671-
ROMMEL ASSAD 2002.02.01.041328- 9
BATISTA MONTEIRO RJ065305 9 1999.51.01.072644-
2002.02.01.042218- 0
7 1999.51.01.072664-
RONIDEI GUIMARAES 2007.51.01.805228- 5
BOTELHO RJ083066 2 1999.51.01.077613-
ROSANGELA LIMA DA 2006.51.01.500648- 2
SILVA RJ109692 7 1999.51.01.081784-
ROSE MARIE ARGOLO 2007.51.01.531237- 5
DE BOM RJ061439 2 1999.51.01.083767-
2007.51.01.523999- 4
RUBEM MALAFAIA RJ022530 1 1999.51.01.084666-
SANDRA CRISTINA 1996.51.01.049382- 3
PEIXOTO DE SOUZA RJ072440 0 1999.51.01.092292-
SANDRO JOSE DE 2011.02.01.006498- 6
OLIVEIRA COSTA 3 1999.51.01.094380-
SAULO RODRIGUES DA 1994.51.01.022824- 2
SILVA CARVALHO RJ092734 6 1999.51.01.095406-
1983.51.01.589208- 0
SEM ADVOGADO 4 1999.51.10.751244-
1992.51.01.083964- 5
0 1999.51.10.758470-
5
2000.51.01.515296-
9
2000.51.01.516981-
7

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2000.51.01.518302-
4
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0
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0

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Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 Caderno Judicial TRF
2006.51.01.522563-
0
2007.51.01.523999-
1
2007.51.01.531237-
2 2000.51.02.000386-
2007.51.01.531282- 7
7 VALDIR CARNEIRO DE 2002.51.01.520698-
2007.51.01.536119- SA RJ036157 7
0 VANDERLEI SILVEIRA 2007.51.10.002384-
2008.51.01.501114- LIMA RJ117760 1
5 2002.02.01.042218-
2008.51.01.501681- VANESSA REIS SANTOS RJ101067 7
7 VANESSA ZECCHINELLI 2002.51.01.541278-
2008.51.01.503012- RODRIGUES DOS SAN RJ100856 2
7 2009.51.01.013951-
2008.51.01.505085- VERA LUCIA ROSA RJ037791 6
0 VICTOR CALDAS 2013.02.01.000156-
2008.51.01.506473- WILLIAM RJ113689 8
3 VINICIUS NEME 2013.02.01.000349-
2011.51.04.002987- CARVALHOSA RJ167572 8
2 WALTER TEIXEIRA DA 1999.51.01.039087-
2013.02.01.000157- SILVA RJ032645 4
0 WELLINGTON JOSE 2008.51.03.000648-
2013.02.01.000163- BERRIEL RJ083281 7
5
2013.02.01.000165-
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2013.02.01.000324-
3
2013.02.01.000325-
SEM PROCURADOR 5
2013.02.01.000336-
0
SERGIO DE ALMEIDA 1997.51.01.066389-
ARAUJO RJ046370 4
SERGIO RAMOS 2004.51.01.521262-
PACHECO RJ073226 5
SEVERIANO DE FRANCA 2002.51.01.532797-
MEDEIROS FILHO RJ048248 3
SIMONE SIQUEIRA 1998.51.01.050101-
PASSOS RJ095568 1
SORAIA GHASSAN 2013.02.01.000268-
SALEH RJ127572 8
TAISSA MEIRA COELHO 2010.51.01.020161-
ARAGAO MEDEIROS RJ121816 3
TERESA C. CARNEIRO 2008.51.04.001788-
DA SILVA GUIMARAES RJ061792 3
TERESA CRISTINA 2010.51.04.003053-
CARNEIRO DA SILVA RJ061792 5
THIAGO CUNHA DE 2008.51.04.001788-
ALMEIDA RJ144671 3
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TIAGO ALLAM CECILIO RJ167480 0
TITO LIVIO SAMPAIO 2007.51.04.003966-
VIEIRA 7
TITO LIVIO SAMPAIO 2009.51.04.003748-
VIEIRA RJ094832 5
TUTECIO GOMES DE 1994.51.01.022824-
MELLO RJ075478 6

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