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RESUMO
ABSTRACT
Palavras-chave: espaço não formal; museu de ciências; educação ambiental; ação educativa
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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (FLC8565BID) – Seminário VIII -
07/07/2022
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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
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1. INTRODUÇÃO
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CANDAU, Vera Maria. Construir ecossistemas educativos–reinventar a escola. Reinventar a escola, v. 5, p.
11-16, 2000.
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trabalhar articulado com espaços formais é fundamental para refletir e desenvolver programas
educativos onde esses outros espaços possam ser explorados como espaços de ensino e
divulgação.
Como espaços não formais propícios para programas de EA, museus e centros de
ciências têm recebido muita atenção de pesquisadores devido ao seu potencial de engajar a
comunidade escolar com a cultura da ciência. De fato, o museu possui alguns aspectos que o
tornam a base para a promoção dessa proposta educativa de EA. Segundo Tapia (2001), a
natureza informal dessas organizações permite maior liberdade na escolha e organização do
conteúdo e da metodologia, ampliando as capacidades interdisciplinares e de contextualização
no que se refere às questões ambientais.
Vale ressaltar que, a partir da década de 1980, a concepção educativa das exposições
em museus de ciência foi muito influenciada pelas teorias educacionais em vigor, segundo
Cazelli, Marandino & Studart (2003), em particular, a teoria construtivista enfatiza o papel
ativo dos indivíduos na estruturação de sua própria aprendizagem e reconhece que a
aprendizagem é um processo dinâmico que requer interação constante entre o indivíduo e o
ambiente. Assim, a interatividade encontrada nos museus de ciências, através de seus aparatos
eletrônicos, é um campo propício para que práticas de EA e o ensino de ciências contribuam
com as mudanças no comportamento crítico das pessoas, sobretudo porque “atividades de
educação ambiental exigem uma combinação de elementos científicos e teóricos com
experimentação, práticas e conhecimentos externos as escolas”. (MINC, 1997, p. 63 4 apud.
LAMIM-GUEDES, 2017).
Dessa forma, o trabalho trouxe a análise e a reflexão de um espaço não formal de EA:
O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS), com o objetivo de promover
uma discussão sobre as questões que transpõem a EA nesses espaços de educação não formais
através de suas ações educativas. Isso porque, nesses locais, além de poder realizar atividades
educativas, é possível estimular uma atitude mais responsável em relação ao meio ambiente
por meio das atividades desenvolvidas nesses espaços que transcendem os espaços formais de
ensino. Assim, selecionou-se duas Exposições e dois Dioramas5 do MCT-PUCRS para
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MINC, Carlos. Ecologia e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1997. 128 p.
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Diorama pode ser definido como uma representação em três dimensões de um ambiente, uma cena ou evento,
utilizando modelos ou animais taxidermizados organizados em um determinado espaço (INSLEY, 2008.
OLIVEIRA, 2010 apud.. DE OLIVEIRA & MARANDINO, 2012 ).
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verificar, através da análise das ações educativas e das ferramentas pedagógicas museais, se
existe um escopo para o ensino-aprendizado da EA nesses espaços.
Do ponto de vista metodológico, foi realizada pesquisa de campo, análise documental
e bibliográfica de autores que discutem questões relacionadas a museus, EA em museus e
espaços não formais. Assim, este trabalho se insere na esfera das pesquisas exploratória-
qualitativa desenvolvidas na categoria da educação não formal, bem como as possibilidades
dessas práticas relacionadas às ações de EA que vêm sendo praticadas no MCT-PUCRS e que
podem contribuir para o processo socioeducativo.
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
de energia; as tecnologias limpas de carbono contra a crise climática; e o futuro que você
espera ainda pode ser o futuro que espera você.
Outro exemplo de experimento dessa exposição, que coloca o efeito estufa no cerne do
problema das mudanças climáticas, é: Impactos das Atividades Humanas Sobre a
Temperatura da Terra que, através de vídeo e gráficos evolutivos, mostra a variação na
temperatura média anual da Terra nos últimos 140 anos e busca saber qual ou quais
fenômenos (naturais ou não) são responsáveis por esse aumento. Depois de apresentar
algumas supostas causas, chega-se à conclusão que os gases do efeito estufa – sendo o CO2
atmosférico 40% mais alto do que no ano de 1.750 – são os responsáveis pelo aumento da
temperatura média da Terra nos últimos anos.
Ainda sobre a exposição Mudanças climáticas e Tecnologias, o experimento
Trocas/Depósito de Carbono, apresenta, de forma didática, a problematização da liberação de
carbono na atmosfera terrestre das principais fontes de produção de CO2. Através de
ferramentas como o touch screen, e de um aparato hands on8 que, ao manipular, libera uma
“esfera” de 0,1 g de molécula de carbono (que representa o equivalente a 12 segundos de
respiração humana) para que o visitante possa fazer uma comparação e ter a noção de quanto
CO2 é liberado no planeta por várias fontes de emissão de carbono. Da mesma forma, através
da ferramenta de QrCode, o visitante é redirecionado para informações complementares onde
é possível analisar as comparações de emissão de CO2 na geração de 1KWh de energia. Esse
experimento se inicia no 1º pavimento, no qual um enorme modelo tridimensional da cadeia
de carbono (Figura 1B e Anexo A1) direciona o visitante ao 3º pavimento, onde a
experimentação termina com a apresentação de mais um vídeo e um “aparato” que recebe a
“esfera” de carbono liberada no 1º pavimento.
O segundo espaço selecionado, a exposição Marcas da Evolução (Figura 2),
localizada no 2º pavimento, ativa desde março de 2017, por meio de uma grande árvore
filogenética, apresenta uma visão atual da evolução das espécies e suas modificações surgidas
ao longo do processo evolutivo, que, a partir da seleção natural e através de suas coleções
científicas, cria a possibilidade, entre outras, de ensinar a EA por meio da preservação e
importância da biodiversidade. Conforme instruções das políticas nacionais sobre educação
ambiental, o aprofundamento de temas, que estão ligados ao meio ambiente e à
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Hands-on: que considera o toque e a manipulação física como as principais formas de interação. Marandino
(2008)
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biodiversidade, deve primar pelo desenvolvimento de uma visão integrada do meio ambiente
em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos, assim evidenciado no artigo 5º da
lei 9.795/99 (BRASIL, 1999).
4. CONCLUSÃO
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A fragmentação de conteúdos e separação dos saberes gera dificuldade de assimilação e entendimento social
e planetário, causando problemas para a compreensão do complexo e tornando invisível as interações
existentes entre as partes e o todo, o mesmo relaciona-se a uma orientação para que a questão ambiental não
seja compreendida de forma fragmentada e sim de forma complexa, interligada, que permite a visão
integrada dos problemas que a caracterizam (MORIN, 2011, 2013, 2015 apud FARIAS, 2018).
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5. REFERÊNCIAS
______. Lei nº 9.795. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, 27 de abril de 1999. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 07 maio 2022.
FERRARO, José Luís Schifino; PIRES, Melissa Guerra Simões. Museus universitários e
internacionalização no ensino superior: a experiência de elaboração de uma exposição
conjunta entre o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (Brasil) e o Great North
Museum Hancock (Reino Unido). In: Congreso da redpop: conexiones–nuevas maneras de
popularizar la ciencia. Buenos Aires, 2017. Disponível em: <https://bit.ly/3OnWM5X>.
Acesso em: 25 maio 2022.
TAPIA, Jesús Alonso. A motivação na sala de aula. São Paulo: Editora Loyola. 2001.
Disponível em: <https://bit.ly/3n0mi5v>. Acesso em: 02 jun. 2022.
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ANEXO A
REGISTROS FOTOGRÁFICOS DA VISITA NO MCT-PUCRS EM 27/05/2022
1 2 1 2
4 4 5
6 7
8 8 9
FOTO 1 - Experimento CO2 – Cadeia de Carbono FOTO 6 - Detalhe de Vídeo - Cabine do Efeito Estufa
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ANEXO B